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130
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CTC - Centro Tecnológico Disciplina de Circuitos Elétricos I POSTILA DE CIRCUITOS I Professor: Patrick Kuo Peng Colaboradores: Júlio Trevisan Maurício Rigoni Willian Hamada Florianópolis 2003

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Page 1: Apostila Circuitos.pdf

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CTC - Centro Tecnológico Disciplina de Circuitos Elétricos I

APOSTILA DE CIRCUITOS I Professor: Patrick Kuo Peng

Colaboradores: Júlio Trevisan Maurício Rigoni Willian Hamada

Florianópolis 2003

Page 2: Apostila Circuitos.pdf

2

Sumário

Sumário ______________________________________________________________ 2

Plano de Ensino ________________________________________________________ 3

Análise de circuitos: Uma visão geral. ______________________________________ 4

CAPÍTULO I – VARIÁVEIS ELÉTRICAS __________________________________ 5

CAPÍTULO 2 – ELEMENTOS DOS CIRCUITOS ___________________________ 10

CAPÍTULO III – CIRCUITOS RESISTIVOS _______________________________ 17

CAPÍTULO 4 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS __________________ 26

CAPÍTULO V – O AMPLIFICADOR OPERACIONAL_______________________ 53

CAPÍTULO 6 – INDUTORES E CAPACITORES ___________________________ 64

CAPÍTULO VII – ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS___________________ 78

CAPÍTULO VIII – POTÊNCIA EM CIRCUITOS SENOIDAIS ________________ 93

CAPÍTULO IX – CIRCUITOS TRIFÁSICOS ______________________________ 107

CAPÍTULO X – INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS DE SELEÇÃO DE FREQÜÊNCIAS _____________________________________________________ 122

Bibliografia__________________________________________________________ 130

Page 3: Apostila Circuitos.pdf

3

Plano de Ensino

Circuitos Elétricos I Capítulo I: Variáveis Elétricas Capítulo II: Elementos dos circuitos Capítulo III: Circuitos resistivos simples Capítulo IV: Técnicas de análise de circuitos Capítulo V: O amplificador operacional Capítulo VI: Indutores e Capacitores Capítulo VII: Análise de circuitos senoidais Capítulo VIII: Potência em circuitos senoidais Capítulo IX: Circuitos trifásicos Capítulo X: Respostas em freqüência

Page 4: Apostila Circuitos.pdf

4

Análise de circuitos: Uma visão geral.

Circuito elétrico = modelo matemático de um sistema elétrico real. Análise de circuito: permite prever o comportamento do circuito e de seus componentes Roteiro para análise de circuito:

• Identificar claramente os dados e o que é pedido.

• Simplificar ou redesenhar o circuito.

• Escolher o método de análise mais simples.

• Verificar se a solução encontrada é fisicamente possível.

Page 5: Apostila Circuitos.pdf

5

CAPÍTULO I – VARIÁVEIS ELÉTRICAS

Page 6: Apostila Circuitos.pdf

6

VARIÁVEIS ELÉTRICAS

1. O Sistema Internacional de Unidades

• Unidades de base

Grandeza Unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica Ampère A Temperatura Kelvin K Intensidade luminosa Candela cd • Unidades derivadas úteis na teoria de circuitos

Grandeza Nome / Símbolo Fórmula dimensionalFreqüência Hertz (Hz) s-1

Força Newton (N) kg.m/s2

Energia ou trabalho Joule (J) N.m Potência Watt (W) J/s Carga elétrica Coulomb (C) A.s Potencial elétrico Volt (V) W/A Resistência elétrica Ohm (Ω) V/A Condutância elétrica Siemens (S) A/V Capacitância Farad (F) C/V Fluxo magnético Weber (Wb) V.s Indutância Henry (H) Wb/A • Principais múltiplos e submúltiplos das unidades 10-12 10-9 10-6 10-3 0 103 106 109 1012

pico(p) nano(n) micro(μ) mili(m) quilo(K) Mega(M) Giga(G) Tera(T)

Page 7: Apostila Circuitos.pdf

7

2. Conceitos básicos de eletricidade

a) Cargas elétricas Qualquer matéria é formada por átomos. O do Hidrogênio é o átomo mais simples, o qual é constituído por duas partículas (prótons→ carga positiva e elétrons→ carga negativa).

Unidade da carga elétrica = coulomb (C)

Átomos normalmente neutros ⇒ N° de elétrons = N° de prótons.

Retirando elétrons ⇒ átomo terá carga positiva.

Adicionando elétrons ⇒ átomo terá carga negativa.

• Matérias onde é fácil retirar ou adicionar elétrons são chamadas de condutores (cobre, alumínio, etc...).

• Matérias onde é difícil retirar ou adicionar elétrons são chamadas de isolantes (borracha, porcelana, papelão, etc...).

b) Corrente elétrica: movimento dos elétrons.

dtdqi =

corrente elétrica em Ampère [A]

Relação de integral:

carga em Coulomb

tempo em segundos [s]

Page 8: Apostila Circuitos.pdf

8

c) Tensão elétrica ou diferença de potencial : Energia usada para mover uma unidade de carga através do elemento.

d) Potencia e energia:

• Potência = trabalho ou energia por unidade de tempo.

• Energia

dttitqtqt

t.)()()(

00 ∫=−

dqdWv =

Energia em Joule [J]

Carga em Coulomb [C]

Tensão em Volt [V]

dtdWp =

Potência em Watt [W] Energia em Joule [J]

Tempo em segundos [s]

vidtdqv

dtdWvdqdW ==⇒= vip =∴

dttitvtwtwdttptwt

t).(.)()()().()(

00∫ ∫=−⇒=

Page 9: Apostila Circuitos.pdf

9

• Convenção de sinais

Potência ou energia > 0 ⇒ o elemento absorve potência Potência ou energia < 0 ⇒ o elemento fornece potência

Page 10: Apostila Circuitos.pdf

10

CAPÍTULO 2 – ELEMENTOS DOS CIRCUITOS

Page 11: Apostila Circuitos.pdf

11

Elementos dos circuitos

I. Introdução Os circuitos podem ter 5 elementos básicos:

• Fontes de tensão; • Fontes de corrente; • Resistores; • Indutores; • Capacitores.

II. Fontes ideais de tensão e de corrente

Fontes = dispositivos capazes de gerar energia elétrica Existem 2 categorias de fontes:

• Fontes independentes e • Fontes dependentes (fontes controladas).

1. Fontes independentes

• Fonte ideal independente de tensão: estabelece uma tensão que não depende das ligações externas, ou seja, v é fixa, independente de i.

• Fonte ideal independente de corrente: estabelece uma corrente que não depende das ligações externas, ou seja, i é fixa, independente de v.

A

B

12V

A

B

12V

i [A]

v [V]

12

Característica tensão/corrente Símbolos

ou

Page 12: Apostila Circuitos.pdf

12

2. Fontes dependentes ou controladas Fonte controlada é aquela que estabelece uma tensão ou uma corrente que depende do valor da tensão ou corrente em outro ponto do circuito.

• Fonte de tensão controlada por tensão

• Fonte de tensão controlada por corrente • Fonte de corrente controlada por corrente

v [V]

i [A]

5

Característica tensão/corrente

A

B

5A

Símbolo

1v1v - tensão de controle

2v - tensão controlada α - ganho de tensão (adimensional)

12 vv ⋅=α

1i

β – ganho de corrente (adimensional) 12 ii ⋅= β

1i

1i - corrente de controle r – transresistência (Ω)

12 irv ⋅=

Page 13: Apostila Circuitos.pdf

13

• Fonte de corrente controlada por tensão

III. Resistência elétrica (Lei de Ohm) 1. Resistência elétrica Capacidade do material para impedir a circulação da corrente ou especificamente a circulação das cargas. Resistor: elemento do circuito que possui resistência elétrica. Exemplos (resistor não linear): varistor ( )(vfR = ), termistor ( )(TfR = ). 2. Lei de Ohm Estabelece uma relação algébrica entre tensão e corrente em um resistor. Num resistor linear é utilizando a convenção passiva, esta lei pode ser escrita da seguinte forma:

1v g – transcondutância (S) 12 vgi ⋅=

S lS

R l⋅=

ρR – resistência (Ω ) ρ - resistividade do material ( m⋅Ω ) l - comprimento (m) S – seção transversal ( 2m )

Símbolo

Page 14: Apostila Circuitos.pdf

14

∗ Condutância

GvvRR

vi ===1

; R

G 1= (condutância em mho ou S (siemens) )

∗ Potência num resistor

Outras expressões usuais: GvGi

RvP 2

22=== .

∗ Observações

Curto-circuito ⇔ resistência nula ⇔ tensão nula independente da corrente.

Riv +=

v

i ou

Riv −=

v

i

ivP ⋅=

v

i

ivP ⋅−=

v

i

Ora, Riv = . Então, 2RiiRiP =⋅=

Ora, Riv −= . Então, 2)( RiiRiP =⋅−−=

0== Riv ; i∀ v 0=R

Page 15: Apostila Circuitos.pdf

15

Circuito aberto ⇔ resistência infinita ⇔ corrente nula, independente da tensão.

IV. Leis de Kirchhoff 1. Definições

Nó: ponto de interconexão entre 2 ou mais elementos do circuito. Laço: caminho fechado passando apenas uma vez em cada nó e terminando no nó de partida. Malha: laço que não contém nenhum outro por dentro.

Exemplo:

2. Lei de Kirchhoff para correntes (LCK)

“A soma algébrica das correntes em qualquer nó de um circuito é sempre nula”

∑=

=N

nni

10

⇔ Σ correntes entrando no nó = Σ correntes saindo do nó.

0==Rvi ; v∀ v ∞=R

R1 I

E R2 R3

2

1

3 4

• 4 nós • 3 laços • 2 malhas

Page 16: Apostila Circuitos.pdf

16

Convenção

Corrente entrando no nó, atribuir sinal + Corrente saindo do nó, atribuir sinal -

3. Lei de Kirchhoff para tensões

“A soma algébrica das tensões em qualquer laço de um circuito é sempre nula”.

∑=

=N

nnv

10

Convenção

Percorrer o caminho fechado no sentido horário, escrevendo a tensão com o primeiro sinal encontrado.

Exemplo:

E 1

R1

R2

R3

1RV

2RV

3RV

01 321 =−++− RRR VVVE

Page 17: Apostila Circuitos.pdf

17

CAPÍTULO III – CIRCUITOS RESISTIVOS

Page 18: Apostila Circuitos.pdf

18

1. Resistores em série

Associação série ⇔ mesma corrente em todos os elementos.

2. Resistores em paralelo

Associação paralelo ⇔ todos os elementos sujeitos à mesma tensão.

IRRRIRIRIR

VVVV

n

n

n

)....(......

...

21

21

21

+++=+++=

+++= IRV eq .=

neq RRRR +++= ...21

1V 2V nV

V1R 2R

nR⇔ V

eqR

I I

Page 19: Apostila Circuitos.pdf

19

Observação:

IRV eq .=

eq

n

n

n

R

VRRR

RV

RV

RV

IIII

1

.1...11

...

...

21

21

21

=

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+++=

+++=

+++=

neq

neq

GGGGou

RRRR

+++=

+++=

...

1...111

21

21

1R

2R

3R21 // RR 31 // RRou

)//( 321 RRR + Ok!

V1R

2R nR ⇔ VeqR

I I

1I 2I nI

Page 20: Apostila Circuitos.pdf

20

3. Associação de fontes 3.1. Fontes de tensão em série

3.2. Fontes de Tensão em paralelo Fontes de tensão em paralelo só podem ser associadas se apresentarem o mesmo valor.

⇔ 1R 2R

21

21.RR

RR+

1V

2V

3V

A

B

⇔321 VVV ++

B

A

V5 V5 V5V10

Page 21: Apostila Circuitos.pdf

21

3.3. Fontes de corrente em série

Fontes de corrente em série só podem ser associadas se apresentarem o mesmo valor.

A2 A2 A2A4

3.4. Fontes de corrente em paralelo

1I 2I 3I ⇔231 III −+

4. Divisão de tensão

De maneira geral

iRV .11 =

iRRV ).( 21 +=

⇒21

11

.RR

VRV+

=21

21

.GGVGV

+= ou

1R

2R

1V

2V

V

i

21

12

.GGVGV

+=

iRV .22 =

1R

2R

1V

2VV

i

nR

Page 22: Apostila Circuitos.pdf

22

5. O circuito divisor de corrente

Mais geral

ou

nRRRVRV

+++=

....

21

11

1R 2RI

1I 2I

V1

1 RVI =

22 R

VI =

e IRR

RRV ..

21

21

+=

IRRR

RRI .)(

.

211

211 +

= e IRR

RI .)( 21

12 +

=

IGG

GI .)( 21

22 +

=IGG

GI .)( 21

11 +

=

ou

1 R 2RI 1 I 2I

V nR

IRR

RRRI

eq

n .//...////

1

321 +

=

IGGG

GIn

....21

11 +++

=

Page 23: Apostila Circuitos.pdf

23

6. Transformação Δ→Υ ou Υ→Δ

ABR

ACR BCR

ABR

BCRACR⇔

A B

C

A

C C

B

BRAR

A B

CR

C

AR BR

A

C

B

CR

Page 24: Apostila Circuitos.pdf

24

Resistência equivalente entre A e B

BABCACAB

BCACAB RRRRR

RRR+=

+++ )(

(1)

Resistência equivalente entre B e C

CBBCACAB

ACABBC RRRRR

RRR+=

+++ )(

(2)

Resistência equivalente entre A e C

CABCACAB

BCABAC RRRRR

RRR+=

+++ )(

(3)

Transformação Δ → Υ

ACBCAB

ACABA RRR

RRR++

=.

ACBCAB

BCABB RRR

RRR++

=.

ACBCAB

BCACC RRR

RRR++

=.

Transformação Υ → Δ

ABR

ACRBCR

B

A

BR AR

A

CRC

B

C

Page 25: Apostila Circuitos.pdf

25

C

CBCABAAB R

RRRRRRR ... ++=

B

CBCABAAC R

RRRRRRR ... ++=

A

CBCABABC R

RRRRRRR ... ++=

ABR

ACRBCRARBR

CR

AB

C

Page 26: Apostila Circuitos.pdf

26

CAPÍTULO 4 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE

CIRCUITOS

Page 27: Apostila Circuitos.pdf

27

Técnicas de Análise de Circuitos

I. Definições Ramo: caminho que liga 2 nós. Circuito planar: circuito que pode ser desenhado no plano sem que dois ramos de cruzem. Exemplo:

Circuitos planares

1R

3R5R

2R

4R

1R

3R5R

2R

4R

Circuito não planar

II. Método das tensões de nó (análise nodal)

É baseada na Lei de Kirchhoff para correntes (LCK).

Incógnitas são tensões. No de tensões incógnitas = No de nós – 1 .

Page 28: Apostila Circuitos.pdf

28

Roteiro:

a. Converter as resistências em condutâncias; b. Escolher o nó de referência, atribuindo-lhe tensão nula; c. Associar a cada nó (exceto o nó de referência, que tem tensão nula) uma tensão

incógnita (tensão de nó); d. Aplicar a LCK em cada nó (exceto no nó de referência) considerando todas as

correntes saindo do nó (por convenção); e. Resolver o sistema de equações.

1. Fontes do circuito: só fontes de corrente

a. Só fontes de corrente independentes

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡=⎥

⎤⎢⎣

⎡⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡−

−36

7224

2

1

VV

...

VVVV

12

2

1

==

Nó 1 0)(226 211 =−++− VVV

Nó 2 035)(2 212 =−+− VVV

...

1V 2V

Ω5,0 Ω2,0

Ω5,0

A6 A3−

0S2

S2S5

ABVA BG

ABVA BG

i

i

( )AB A Bi GV G V V= = −

( ) ( )AB A B B Ai GV G V V G V V= − = − − = −

Page 29: Apostila Circuitos.pdf

29

b. Incluindo também fonte de corrente controlada

2. Fontes do circuito incluem fontes de tensão (dependentes ou independentes)

a. Todas as fontes de tensão estão ligadas ao nó de referência

Nó 1 1 1 26 2 2 2 ( ) 0i V V V− − + + − =

Nó 2 2 1 22( ) 5 2 3 0V V V i− + + − =

i 25i V= −

0,5Ω

Ω5,0

0,2Ω6A 3A−

2V1V

i25S

2S 2S

1 2 1

21 2

4 8 6 4 8 62 3 3 2 3 3V V V

VV V+ =⎧ ⎡ ⎤⎡ ⎤ ⎡ ⎤

⇒ ⇔ =⎨ ⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥+ = − −⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦⎩...

2

1

6212

V V

V V

=−

=

Page 30: Apostila Circuitos.pdf

30

b. Nem todas as fontes de tensão estão ligadas ao nó de referência

Solução: considerar a fonte de tensão e os seus 2 nós como um único grande nó (supernó) ⇔ curtocircuitar nós 2 e 3.

VV 101 = Nó 2

2 1 22( ) 4 1 0aV V V I− − + + = Nó 3

32 2 0aI V− + + =

Problema: não se conhece a corrente aI na fonte de tensão

Nó 2 2 1 2 31( ) 6 1( ) 0V V V V− − + − =

Nó 3

3 2 3 41( ) 4 2( ) 0V V V V− − + − =

2

3

62

V VV V

=⎧⇒ ⎨ =⎩

1V 2V 3V S2S1S1

V2A4−A6V4

4V

1

4

42

V VV V

=⎧⎨ = −⎩

Cada fonte de tensão ligada ao nó de referência diminui o número de tensões incógnitas em 1 unidade

1V 2V aI 2xi

S2 A2S1A4V10xi

S2 3V

Page 31: Apostila Circuitos.pdf

31

II. Método das correntes de malha (análise de malha)

É baseada na Lei de Kirchhoff para Tensões (LTK). Incógnitas são correntes.

No de incógnitas = No de correntes de malha .

2

3

2

62

824

x

x

i

V VV Vi AP W

=⎧⎪ =⎪

⇒ ⎨ =⎪

=⎪⎩

2 1 2 32( ) 4 1 2 2 0V V V V− − + + + =

No supernó, 232xiVV =−

)(2 21 VVix −=

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡=⎥

⎤⎢⎣

⎡⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡− 10

2212

23

3

2

VV

Page 32: Apostila Circuitos.pdf

32

Roteiro:

a. Converter as condutâncias em resistências; b. Associar em cada malha uma corrente de malha no sentido horário; c. Aplicar a LTK em cada malha; d. Resolver o sistema de equações, obtendo o valor das correntes de malha.

1. Fontes do circuito: só fontes de tensão

a. Só fontes de tensão independentes

Correntes de ramo, em função das correntes de malha:

1 1

2 2

3 3

4 1 2

5 3 2

i Ii Ii Ii I Ii I I

== −=

= −= −

Correntes de malha: 1 2 3, ,I I I .

1I 2I 3I

1i 2i 3i

4i 5i

Page 33: Apostila Circuitos.pdf

33

b. Incluindo também fontes de tensão controladas

Malha 1

1 31 1 1 1 2 30 0R RV V V V R i R i− + + = ⇔ − + + = Malha 2

3 32 3 2 2 2 30 0R RV V V R i V R i+ − = ⇔ + − = Mas

1 1

1 1 1 2 1 22 2

2 3 2 2 2 23 1 2

( ) 0( ) 0

i IV R I R I I

i IV R I R I I

i I I

= ⎫− + + − =⎧⎪= ⇒⎬ ⎨ + + − =⎩⎪= − ⎭

1 2 2 1 1

2 2 3) 2 2

( )(

R R R I VR R R I V+ −⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤

⇒ =⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥− + −⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ...

Usando correntes de ramos, temos 3 incógnitas e 2 equações.

2 equações, 2 incógnitas

3 malhas⇒ 3 correntes incógnitas

⇒1

2

3

25 5 20 505 10 4 05 4 9 0

III

− ⎡ ⎤⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥− − =⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥− −⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦

... 1

2

3

29,62628

I AI AI A

=⎧⎪ =⎨⎪ =⎩

1I 2I

3i

1V

1i

2V

2i 3R1R

2R2RV

2RV1RV

2 malhas⇒ 2 correntes incógnitas

V50 Ω20

ϕi Ω4Ω5

Ω1

ϕi151I 3I

2I

Malha 1: 1 2 1 350 5( ) 20( ) 0I I I I−− + − + = Malha 2: 2 2 3 2 11 4( ) 5( ) 0I I I I I+ − + − = Malha 3: 3 2 3 14( ) 15 20( ) 0I I i I Iϕ− + + − =

1 3i I Iϕ = −

Page 34: Apostila Circuitos.pdf

34

2. Fontes no circuito: incluindo também fontes de corrente

a. Cada uma das fontes de corrente pertence a uma única malha

Calcular a potência na fonte de tensão:

Malha 2:

2 2 1 1 2 3 22 2( ) 26 1 2( ) 0 4I I I I I I I A+ − − + + − = ⇒ = Potência na fonte de tensão:

1 226( )26(5 4) 26

P V I I IW

= + ⋅ = − == − =

⇒ Cada fonte de corrente que pertence a uma única malha diminui o número de incógnitas em 1 unidade.

3 malhas⇒ 3 incógnitas Do circuito, obtém-se imediatamente 1 5I A= e

3 2I A= − .

1Ii

V26

Ω2

Ω3

2I3I

Ω1

Ω2

Page 35: Apostila Circuitos.pdf

35

b. Nem todas as fontes de corrente pertencem a uma única malha

Calcular 1V :

Existe uma fonte de corrente que pertence a uma única malha⇒ 2 incógnitas apenas.

1 4I A= Malha 2: 2 1 2 31 4( ) 0I v I I+ + − = Malha 3: 3 1 3 2 1 32( ) 4( ) 9 0I I I I v I− + − − + = Problema: não se conhece a tensão na fonte de corrente ( 1v não é incógnita principal do sistema). Solução: considerar a fonte de corrente como um circuito aberto e escrever a LKT na supermalha.

3 1 2 32( ) 1 9 0I I I I− + + =

No interior da supermalha temos:

1 2 35V I I= −

ora 1 1 32( )V I I= − Assim 2 184I A= e 3 16I A= −

3 malhas ⇒ 3 incógnitas

supermalha

2I1v

Ω4

Ω1

Ω21V

1I

A4 Ω93I

15V

Page 36: Apostila Circuitos.pdf

36

IV. Análise nodal ou análise de malhas?

a) Simplificar o circuito, b) determinar o número de equações necessárias utilizando a tabela abaixo. Análise Nodal Análise de Malha Incógnitas

Tensões de nó Correntes de malha

Número de incógnitas

Número de nós –1 Número de malhas

Critério para reduzir o número de incógnitas

Fonte de tensão ligada ao nó de referência

Fonte de corrente que pertence a uma única corrente de malha

Caso especial Fonte de tensão não ligada ao nó de referência ⇒ aplicar conceito de supernó

Fonte de corrente que pertence a duas correntes e malha ⇒ aplicar conceito de supermalha

Obs.: o nó de referência tem que ser colocado de preferência no nó que tem o maior número de fontes de tensão (dependente ou independente) ligado nele.

O método de análise mais adequado será aquele que leva a escrever o menor número de equações.

Page 37: Apostila Circuitos.pdf

37

Exemplo 1 Determinar a potência na fonte de tensão controlada

Ω300

Ω100 Ω250 Ω500

Ω400 V128V256 Ω200 i50

Ω150

i

Page 38: Apostila Circuitos.pdf

38

Exemplo 2 Determinar 1V e 2V .

Ω4

Ω6

Ω5,2

141,0 V A5,0

2V

Ω5,7 Ω8

28,0 V

Ω2

V1931V

Page 39: Apostila Circuitos.pdf

39

V. Transformações de fontes 1. Fonte real de tensão

L s V LV V R I= − 2. Fonte real de corrente

1

L s LI

I I VR

= −

Modelo Característica tensão-corrente

sI LV

b

a

LRLI

IRfonte real

fonte ideal de correnteLI

LV

VR

sV LV

b

a

LRLI

fonte real

fonte ideal de tensão

LI

LV

Característica tensão-corrente Modelo

Page 40: Apostila Circuitos.pdf

40

3. Equivalência de fontes Objetivo: transformar uma fonte real de tensão numa fonte real de corrente ou vice-versa.

• Fonte de tensão fonte de corrente

VR

sV LV

b

a

LR ⇒V

ss R

VI =

b

a

LRVI RR =

• Fonte de corrente fonte de tensão

VR

sIs IRV =LV

b

a

LR⇒sI

b

a

LRIR

Observações:

• A equivalência deve valer para qualquer valor de IR . • A seta da fonte de corrente sempre aponta do - para + da fonte de tensão

equivalente.

b

a1R

2R ⇔

b

a

2R

b

a1R

2R ⇔

b

a1R

Page 41: Apostila Circuitos.pdf

41

VI. Circuitos equivalentes de Thèvenin e Norton

1. Circuito equivalente de Thèvenin

A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de tensão em série com um resistor) a partir de redes lineares quaisquer.

LV

LIa

b

a

b

LV

LI

THV

THR

Onde

THV é a tensão que aparece entra (a) e (b) com a carga desconectada.

THR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b).

B. Determinação de THV e THR : 1o método

THV : desconectar a carga e determinar a tensão entre os terminais (a) e (b)

CCi : curtocircuitar os terminais (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito no sentido (a) (b)

CC

THTH i

VR =

Page 42: Apostila Circuitos.pdf

42

Exemplo: determinar o circuito equivalente de Thèvenin

V2

a

b

Ω4

1I12I

Ω3

cargaR

Page 43: Apostila Circuitos.pdf

43

C. Determinação de THR e THV : 2o método Objetivo: determinar os valores de THR e THV de tal forma que visto dos terminais (a) e (b) os dois circuitos abaixo são equivalentes.

a

b

a

b

THV

THR

Redelinear

Então se colocamos nos terminais (a) e (b) uma fonte de corrente de teste com valor TI nos dois circuitos, as tensões abV nos dois circuitos devem ser equivalentes.

Comparando as equações (1) e (2) podemos deduzir que

XRTH = YVTH =

Observação: se a escolha da direção da corrente na fonte de teste é invertida,

a

b

a

b

THV

THR

Redelinear

ABVTI ABV

TI

ab TV XI Y= + (1) ab TH T THV R I V= + (2)

Page 44: Apostila Circuitos.pdf

44

a

b

THV

THR

ABVTI

a

b

ABVTIRede

linear

ab TH T THV R I V= − + TH

TH

R XV Y

= −=

Page 45: Apostila Circuitos.pdf

45

Exemplo: determinar o circuito equivalente de Thèvenin.

V2

a

b

Ω4

1I12I

Ω3

cargaR

Page 46: Apostila Circuitos.pdf

46

D. Caso particular: circuito contendo apenas fontes independentes

a

b

cargaRRedelinear

• Determinação de THV : desconectar a carga e determinar a tensão vista dos terminais (a) e (b).

• Determinação de THR : desconectar a carga e determinar a resistência

equivalente vista dos terminais (a) e (b) com todas as fontes independentes em repouso.

Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto).

Exemplo: determinar o equivalente de Thèvenin que alimenta a carga LR .

a

b

LRΩ6

Ω3 Ω7

V12

Page 47: Apostila Circuitos.pdf

47

2. Circuito equivalente de Norton

A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de corrente em paralelo com um resistor) a partir de redes lineares quaisquer.

a

b

Redelinear

LI

LV ⇔

a

b

LV

LI

NI NR

Onde: NI é a corrente que vai de (a) para (b) através de um curto-circuito;

NR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b).

B. Determinação de NR e NI : 1o método Idem primeiro do Thèvenin:

CCN iI =

CC

THN i

VR =

C. Determinação de NR e NI : 2o método

De (1) e (2) ⇒ X

RN1

= e YI N =

a

b

Redelinear

abI

TV

a

b

NI NR

abI

TV

ab TI XV Y= + (1)1

ab T NN

I V IR

= + (2)

Page 48: Apostila Circuitos.pdf

48

D. Caso particular: circuito contendo apenas fontes independentes

Determinação de NR : idem a THR Determinação de NI : desconectar a carga, curto-circuitar (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito que vai do terminal (a) ao terminal (b). Exemplo:

a

b

LRΩ6

Ω3 Ω7

V12

Page 49: Apostila Circuitos.pdf

49

E. Determinação de NR e NI : 3o método A partir do circuito equivalente de Thèvenin, fazer transformação de fontes.

a

bTH

THN R

VI = NR LR

a

b

LRTHV

THR

VII. Transferência máxima de potência Objetivo: obter a máxima potência possível de uma rede qualquer.

LRRedelinear LR

LI

THV

THR

⇒ Determinar LR de tal maneira que a potência dissipada nela seja máxima:

22

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

==LTH

THLLLR RR

VRIRPL

Maximizar LRP ⇔ 0=

L

R

dRdP

L ⇔ THL RR =

Então TH

TH

THTH

THTHmáxR R

VRR

VRPL 4

22

, =⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

=

Page 50: Apostila Circuitos.pdf

50

Rendimento

LTH

L

THL

THTH

LTH

THL

V

R

RRR

RRVV

RRVR

PP

TH

L

+=

+⋅

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

==

2

η

Máxima transferência de potência não é necessariamente vantajosa. Ex: sistemas de potência

0,5

THR

THR

2

4TH

TH

VR

LR

LP

LR

η

Page 51: Apostila Circuitos.pdf

51

VIII. O princípio da superposição Circuito linear: se o circuito é alimentado por mais de uma fonte de energia, a resposta total é igual ao Σ das respostas a cada uma das fontes independentes em repouso. Observações: Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto). Fontes controladas não devem ser colocadas em repouso.

Redelinear

V

I

i

Redelinear

Vi

Redelinear

I

i

Page 52: Apostila Circuitos.pdf

52

Exemplo: obter XV por superposição.

V2 Ω4

1I12I

Ω3

XVA3

Page 53: Apostila Circuitos.pdf

53

CAPÍTULO V – O AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Page 54: Apostila Circuitos.pdf

54

1. Introdução Amplificador operacional: circuito integrado composto por uma associação de transistores, capacitores, resistores etc... Funções:

• Associado aos resistores pode desempenhar operação tais como adição, subtração, troca de sinal e multiplicação por um fator constante;

• Associado aos capacitores e/ou indutores, realiza operações como integração e diferenciação;

• Comparadores; • Osciladores.

2. Terminais do Amplificador Operacional

Considerar o Amp. Op. como uma caixa preta cujos terminais são mostrados a seguir:

1234

8765

Entrada inversora –Entrada não inversora +

VCC–

VCC+Saída

ua 741

Símbolo

+

_

Entrada NãoInversora

EntradaInversora

Saída

Alimentação+

_Alimentação

Page 55: Apostila Circuitos.pdf

55

3. Tensões e correntes nos terminais do Amp. Op.

• Sentidos das correntes e polaridade das tensões no Amp. Op.

+

_

+

_ _

+

V+

V-+

+

__

Vcc

Vcc

pioi

ini

−ci

+ci

oVpV

nV

• Regiões de operação do Amp. Op.:

Vo = -Vcc se A(Vp - Vn) < -Vcc Vo = A(Vp - Vn) se -Vcc ≤ A(Vp - Vn) ≤ Vcc Vo = Vcc se A(Vp - Vn) > Vcc

Curva de transferência de tensão do Amp. OP. O Amplificador operacional opera na região linear quando |Vp - Vn| < Vcc/A. Como A é um valor geralmente grande, então |Vp - Vn| deve ser pequeno.

Saturação positiva

Saturação negativa

Região

linea

r

ccV

ccV−

oV

AVcc−

AVcc

)( np VV −

Page 56: Apostila Circuitos.pdf

56

No caso ideal: Vp = Vn ⇒ A = ∞ resistência de entrada elevada ⇒ ip = in = 0

De acordo com as leis de Kirschhoff para corrente:

ip + in + io + ic- + ic+ = 0

i0 = - (ic+ + ic-) ora, ip = in = 0

Observações:

o ip = In = 0 não significa que i0 = 0; o As tensões de alimentação não precisam ser simétricas.

Ex.: V+ = 12V e V- = -8V Na região linear –8V ≤ Vo ≤ 12V

Exemplo 1:

12V

-12V

22k

220k

40k4,7k

12

Va

Vb

Vo

o Supondo o Amplificador ideal. Calcule Vo para: a) Va = 3V e Vb = 2V; b) Va = 1,5V e Vb = 2,5V. c) para Vb = 4V, especifique o intervalo no qual deve ser mantida a tensão Va para que o amplificador não entre na região de saturação.

4. Modo de operação do amplificador operacional

Page 57: Apostila Circuitos.pdf

57

4.1. Sem realimentação Este modo é denominado “operação em malha aberta”. Funciona sempre em modo saturação. Utilizado como circuito comparador. Ex. circuito de controle

ccV−

ccV

oVinV

pV

4.2. Com realimentação positiva Realimentação significa que uma fração da tensão de saída é reinjetada numa das entradas. Na realimentação positiva o sinal de saída é reinjetado na entrada não inversora. Muito instável, utilizado em osciladores. Ex. geradores de sinais.

gVoV

ccV

ccV−

4.3. Realimentação negativa

Este tipo é o mais importante meio de realimentação, pois estabiliza o sinal e tende a aproximar as características do amplificador ideal.

5. O circuito amplificador-inversor Hipótese: Amp. op. ideal Amp. op. operando na região linear

Page 58: Apostila Circuitos.pdf

58

Objetivo: Vo = f(Vs)

No nó 1 temos terra virtual, pois Vn = Vp. Ora, Vp = terra ⇒ Vn = terra.

No nó 1: is + if = 0 ⇔ 0=−

+−

f

no

s

ns

RVV

RVV

Como o Amp. op. é ideal Vn = Vp, ip = in = 0

Ora, Vp = 0 ⇒ Vn =0

Logo ss

fo V

RR

V −= ; a tensão de saída é uma reprodução invertida do sinal

de entrada, multiplicada por uma constante ⇒ amp. inversor.

6. O circuito amplificador-somador

Hipótese: Amp. op. ideal ⇒ Vn = Vp; ip = in = 0 Amp. op. operando na região linear

ccV

ccV−

oVaV

bVcV

aR

bR

cR

1

fR

ai

bi

ci

fi

ni

ia + ib + ic + if = in = 0

0=−

+−

+−

+−

f

no

c

nc

b

nb

a

na

RVV

RVV

RVV

RVV

1ccV

ccV−

sR

sV nVpV oV

fR

si

fi

Page 59: Apostila Circuitos.pdf

59

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛++−= c

c

fb

b

fa

a

fo V

RR

VRR

VRR

V

⇒ tensão de saída = - (soma das tensões de entrada multiplicada por um fator de escala).

Se Ra = Rb = Rc = Rf ⇒ Vo = - (Va + Vb + Vc). Ex. misturador de áudio.

7. O circuito amplificador não inversor

Vn = Vp ip = in 0

fs

osn RR

VRV

+= ora, Vn = Vp

= Vg

fs

osg RR

VRV

+= ⇒

gs

fso V

RRR

V+

=

A tensão de saída é uma reprodução do sinal de entrada, multiplicada por uma constante.

8. O circuito amplificador diferença

gV

sR

gR

fR

oV

ccV

ccV−

Page 60: Apostila Circuitos.pdf

60

aR

cR

bR

oV

ccV

ccV−

dRaVbV nV

pV

1

2

No nó 1:

0=+−

+−

nb

on

a

an iR

VVR

VV

No amplificador operacional ideal in=0 =ip e Vn=Vp

dc

bdpn RR

VRVV

+==

( )

( ) aa

bb

dca

bado V

RR

VRRRRRR

V −++

=

se

d

c

b

a

RR

RR

= ⇒ ( )aba

bo VV

RR

V −=

⇒ a tensão de saída é proporcional à diferença entre as tensões de entrada.

Uma característica importante de uma conexão de circuito diferencial é sua capacidade de amplificar consideravelmente sinais opostos nas duas entradas, enquanto amplifica suavemente sinais comuns a ambas as entradas.

Vamos escrever as tensões de entrada em função de duas outras tensões chamadas de tensão do modo diferencial e de tensão do modo comum: Vdm = Vb – Va (tensão de modo diferencial) Vcm = ½ (Va + Vb) (tensão de modo comum) Então Va = Vmc – ½ Vmd Vb = Vmc + ½ Vmd

Page 61: Apostila Circuitos.pdf

61

aR

cR

bR

oV

ccV

ccV−

dR

mcV 2mdV

2mdV

( )( ) ( )

( ) mddca

dcbbadmc

dca

cbado V

RRRRRRRRR

VRRR

RRRRV ⎥

⎤⎢⎣

⎡+

++++⎥

⎤⎢⎣

⎡+

−=

2

Vo = Amc Vmc + Amd Vmd

ganho de ganho de modo

modo comum diferencial Fator de rejeição de modo comum é um parâmetro usado para indicar até que ponto um amplificador diferença se aproxima de um amplificador ideal.

CMRR = mc

md

AA ⇒ quanto maior CMRR, melhor o Amp. op.

No Amp. op. ideal Amc = 0 e Amd elevado.

9. Modelo mais realista para o amplificador operacional

No Amp. Op não ideal, a resistência de entrada Ri é de valor finito, o ganho A é de valor finito e a resistência de saída R0 ≠ 0. Assim o circuito equivalente do Amp. Op. mais realista é apresentado abaixo.

Page 62: Apostila Circuitos.pdf

62

iRoR

nioV

pi

oi

( )np VVA −pV

nV

Exemplo: Determinar Vo = f(parâmetros do circuito) Amplificador não ideal

sV

sR

fR

oV

ccV

ccV−

nó 1:

i

n

f

no

s

ns

RV

RVV

RVV

=−

+−

( )

0=−

+−−

f

no

o

npo

RVV

RVVAV

ora Vp = 0

então

( )s

f

o

i

s

i

o

f

s

fo V

RR

RR

RRA

RR

RRAV

+⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛++⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛++

+−=

110

Page 63: Apostila Circuitos.pdf

63

Obs.: Ro = 0 Ri → ∞ Amp. op. ideal A → ∞

⇒ ss

fo V

RR

V−

=

Page 64: Apostila Circuitos.pdf

64

CAPÍTULO 6 – INDUTORES E CAPACITORES

Page 65: Apostila Circuitos.pdf

65

Indutores e Capacitores Estudo de 2 novos elementos: indutor e capacitor (elementos capazes de

armazenar energia).

I. O Indutor 1. Características do indutor

Basicamente o Indutor é um dispositivo de 2 terminais composto de um fio condutor, enrolado em espiral.

O comportamento dos indutores se baseia em fenômenos associados a campos magnéticos. A aplicação de uma corrente variável no indutor produz um campo magnético variável no seu redor. Um campo magnético variável induz uma tensão nos terminais do indutor e essa tensão é proporcional à taxa de variação de corrente que o atravessa.

Matematicamente:

div Ldt

=

Tensão em Volts Indutância em Henry [H]

Corrente [A]

Tempo [s]

Lidvdt

Φ = ⎫⎪ ⇒⎬Φ

= ⎪⎭

Fluxo magnético concatenado

Lei de Faraday {

)(tv

)(ti

Page 66: Apostila Circuitos.pdf

66

)(tv

)(ti L

dttdi

Ltv)(

)( =

)(tv

)(ti L

dttdi

Ltv)(

)( −=

Page 67: Apostila Circuitos.pdf

67

Observações: Quando a corrente é constante, a tensão entre os terminais de um

indutor ideal é nula . Assim, o indutor se comporta como um curto-circuito para corrente contínua.

A corrente que atravessa um indutor não pode variar instantaneamente,

ou seja, existe inércia de corrente no indutor. Se a corrente variar bruscamente é porque há tensão infinita

(imposta por um circuito externo) entre os terminais do indutor. O conceito de impulso é utilizado para modelar matematicamente este fenômeno. Neste caso temos um impulso de tensão nos terminais do indutor.

2. Corrente em um indutor em função da tensão entre os terminais do indutor:

0 0) 0

00

( )

(

0 0

( ) 1( ) ( ) ( )

1 1( ) ( )

1 1( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

i tt t

t i t t

t t

tt

di tv t L di t v t dtdt L

di t di v t dtL L

i t i t v t dt i t i t v t dtL L

= ⇔ =

⇒ = =

⇒ − = ⇒ = +

∫ ∫ ∫

∫ ∫

3. Potência e energia nos indutores:

0 0

00 0

( ) ( ) ( )20 ( )

( ) ( )

2 20 0

( )( ) ( ) ( ) ( )

( )( ) ( ) ( )

( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )

1( ) ( )2

1( ) ( ) ( ) ( )2

t t

t t

W t i t i t

i tW t i t

di tp t v t i t Li tdt

dW tp t dW t p t dtdt

di t di tdW t Li t dt dW t L i t dtdt dt

dW L idi W t W t L i

W t W t L i t i t

⎧ = ⋅ =⎪⎪⎨⎪ = ⇒ =⎪⎩

⇒ = ⇒ =

⎡ ⎤⇒ = ⇒ − = ⎣ ⎦

⎡ ⎤⇒ − = −⎣ ⎦

∫ ∫

∫ ∫

Page 68: Apostila Circuitos.pdf

68

Se 0( ) 0i t = , e 0( ) 0W t = , então 21( )2

W t Li= .

Page 69: Apostila Circuitos.pdf

69

II. O Capacitor O capacitor é um dispositivo de 2 terminais composto por 2 placas condutoras separadas por um isolante.

O comportamento do capacitor se baseia em fenômenos associados ao campo elétrico. Os campos elétricos são produzidos por uma separação de cargas elétricas, ou seja, por tensão. Então a carga é proporcional à diferença de potencial e podemos escrever que q = C v. Ora sabemos que i = dq/dt. Assim a relação tensão-

corrente no capacitor pode ser escrita da seguinte forma: Observações: Quando a tensão é constante, a corrente em um capacitor ideal é nula,

ou seja, o capacitor se comporta como um circuito aberto para corrente contínua.

A tensão nos terminais de um capacitor não pode variar

instantaneamente: Existe inércia de tensão no capacitor. Se a tensão variar bruscamente, é porque há corrente infinita (imposta

por um circuito externo) passando pelo capacitor. O conceito de impulso é utilizado para modelar matematicamente este fenômeno. Neste caso temos um impulso de corrente passando pelo capacitor.

2. Relações integrais para o capacitor

dvi Cdt

=

Corrente [A] Tensão [V]

Capacitância, em Farads [F]

Page 70: Apostila Circuitos.pdf

70

0 0

0 0 0

( )

0( )

( ) 1( ) ( ) ( )

1 1( ) ( ) ( ) ( )

t t

t t

v t t t

v t t t

dv ti t C dv t i t dtdt C

dv i t dt v t v t i t dtC C

= ⇒ =

⇒ = ⇒ = +

∫ ∫

∫ ∫ ∫

Page 71: Apostila Circuitos.pdf

71

1 2

1 2

1 2

( ) ( ) ( ) ... ( )( ) ( ) ( )...

( )

...

n

n

eq

eq n

v t v t v t v tdi t di t di tL L Ldt dt dtdi tLdt

L L L L

= + + +

= + + +

=

∴ = + + +

Os indutores em série se associam como resistores em série.

3. Potência e energia nos capacitores

0 0 0 0

( ) ( )

( ) ( )

2 20 0

( )( ) ( ) ( ) ( )

( )( ) ( ) ( )

( )( ) ( )

1( ) ( ) ( ) ( )2

W t v tt t

t t W t v t

dv tp t v t i t v t Cdt

dW tp t dW t p t dtdt

dv tdW t C v t dW C vdvdt

W t W t C v t v t

⎧ = ⋅ =⎪⎪⎨⎪ = ⇒ =⎪⎩

⇒ = ⇒ =

⎡ ⎤⇒ = + −⎣ ⎦

∫ ∫ ∫ ∫

Se 0( ) 0W t = e 0( ) 0v t = , 21( ) ( )2

W t Cv t=

III. Associações de indutores e capacitores em série e em paralelo 1. Associações de indutores

A. Indutores em série

)(1 tv )(2 tv )(tvn)(tv

c

)(ti

)(tv

)(ti

1L 2L nL

eqL

Page 72: Apostila Circuitos.pdf

72

B. Indutores em paralelo

nL2L1L

)(1 ti )(2 ti )(tin

)(ti

)(tv ⇔eqL

)(ti

)(tv

0 0 0

0 0

1 2

1 0 2 0 01 2

1 0 2 0 01 2 ( )

1

( ) ( ) ( ) ... ( )

1 1 1( ) ( ) ( ) ( ) ... ( ) ( )

1 1 1( ) ... ( ) ( ) ( ) ... ( )

eq

nt t t

nnt t t

t

nn t i t

L

i t i t i t i t

v t dt i t v t dt i t v t dt i tL L L

i t v t dt i t i t i tL L L

= + + +

= + + + + + +

⎛ ⎞⇒ = + + + ⋅ + + + +⎜ ⎟

⎝ ⎠

∫ ∫ ∫

∫ 14444244443144424443

neq LLLL1...111

21+++=

Os indutores em paralelo se associam como resistores em paralelo.

Para 2 indutores, 21

21

LLLLLeq +

= .

Page 73: Apostila Circuitos.pdf

73

2. Associações de capacitores A. Capacitores em paralelo

B. Capacitores em série

)(1 tv )(2 tv )(tvn)(tv

)(ti

)(tv

)(ti1C 2C eqCnC

nC2C1C

)(1 ti )(2 ti )(tin

)(ti

)(tv

eqC

)(ti

)(tv

c

dttdvC

dttdvCCC

dttdvC

dttdvC

dttdvC

titititi

eq

n

n

n

)(

)()...(

)(...)()()(...)()()(

21

21

21

=

=+++=

=+++

=+++=

neq CCCC +++= ...21

Os capacitores em paralelo se associam como condutâncias em paralelo.

Page 74: Apostila Circuitos.pdf

74

4444 34444 21444 3444 21 )(

00201

1

21

0022

011

21

00

0 00

)(...)()()(1...11

)()(1...)()(1)()(1

)(...)()()(

tv

n

t

t

C

n

t

t

t

tn

n

t

t

n

tvtvtvdttiCCC

tvdttiC

tvdttiC

tvdttiC

tvtvtvtv

eq

++++⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+++=

=++++++=

=+++=

∫ ∫∫

neq CCCC1...111

21+++= . Os capacitores em série se associam como

condutâncias em série. IV. Dualidade

Definição: dois circuitos são duais se a equação de malhas que caracteriza um deles tem a mesma forma matemática que a equação nodal que caracteriza o outro.

Grandeza Dual

Tensão Corrente Carga Fluxo

Resistência Condutância Indutância Capacitância

Curto-circuito Circuito aberto Impedância admitância

Nó (não-referência) Malha Nó de referência Malha externa (laço) Ramo de árvore Ramo de ligação

Série Paralelo LKT LKC

Exemplo: Determinação de um circuito dual utilizando a tabela acima

Capacitor

dtdvCi =

Indutor

dtdiLv =

⎭⎬⎫

↔↔

LCvi

Grandezas duais

Page 75: Apostila Circuitos.pdf

75

V. Resposta natural de um circuito RL

O circuito estava operando em regime permanente quando em 0=t a chave passa da posição A para a posição B. Determine )(til para ≥t 0.

HLRRR

VE

542030

100

3

2

1

=Ω=

Ω=Ω=

=

c

1R C

2RLV

I 1G 2G

C

L

1. Colocar um nó em cada malha + um nó de referência

2. Aplicar as regras de dualidade

E

1R

0t =A B

2R 3R

L

1R

2R 3R

Li

⇔ 1R 2R 3R

Li

1

ER

eqR

t<0 (antes do chaveamento): regime permanente

Page 76: Apostila Circuitos.pdf

76

3

3

3

3

3 3

3

( ) ( ) 0

( ) ( ) 0

( ) ( )( ) ( )

ln( ( )) ( )

( )

L R

LL

L L

L LR t kL

L

R tk LL

V t V t

di tL R i tdt

R Rdi t di tdt dti t L i t L

Ri t t k i t e eL

K e i t Ke

+ =

+ =

= − ⇒ = −

⇒ = − + ⇒ = ⋅

⇒ =

∫ ∫

K depende das condições iniciais: 0(0 )Li Ke K+ = =

Como há inércia de corrente no indutor, (0 ) (0 ) 2,5L Li i A K− += = =

45( ) 2,5

tLi t e

−⇒ =

1

32,5

(0 ) 2,5

eq

Leq

L

ERRi A

R R

i A−

⋅= =

+

=

t= 0+ ( logo depois do chaveamento)

E

1R

2R 3R

L

⇔ 3R

L( )LV t

( )Li t

3( )RV t

Page 77: Apostila Circuitos.pdf

77

Calcular Ldidt

em 0t += e 0t −= :

a) utilizando as expressões da corrente em t = 0- e em t = 0+

0,8 0,8

0 0(0 ) 2,5 0,8 2,5 2 /

(0 ) 0

t tL t t

L

ddi e e A sdt

didt

+ − −

= =

⎡ ⎤ ⎡ ⎤= = − ⋅ = −⎣ ⎦ ⎣ ⎦

=

b) Utilizando o circuito logo depois do chaveamento

(0 ) (0 ) 4 2,5(0 ) (0 ) 2 /5

L LL L

di div L v A sdt dt

+ ++ + − ⋅

= ⇒ = = = −

Calcular 3

0

( )R

t

dV tdt +=

:

3

3

3

0,83 0

( )

(0 ) (0 ) 4 ( 0,8) 2,5 8 /

R L

R tLt

V R i t

dV diR e V sdt dt

+ +−

=

=

⇒ = = ⋅ − ⋅ = −

( )t s

( )( )Li t Ampères

2,5

0

Page 78: Apostila Circuitos.pdf

78

CAPÍTULO VII – ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS

Page 79: Apostila Circuitos.pdf

79

1. Fontes senoidais. Fontes de tensão (corrente) senoidal produzem uma tensão (corrente) que

varia com o tempo.

wtIti p sen)( = wtVtv p cos)( =

obs.:

• A função senoidal é uma função periódica isto é ela se repete em intervalos regulares.

• Um ciclo da função é um trecho que começa em uma certa amplitude e termina na mesma amplitude.

• O tempo necessário para percorrer um ciclo é chamado período.

• A freqüência é o número de ciclo por segundo ][1 HzT

f = ou ciclo/s.

• Freqüência angular ]/[22 sradT

wwt ππ =→=

• Função cosseno defasado )cos()( ϕ+= wtAtf Onde ϕ é o ângulo de fase da função cosenoidal e é geralmente apresentado em graus. Ex.: )302cos(20)( o+= ttv rad/s

Transformação para radianos

0 1.5708 3.1416 4.7124 6.2832 7.854 9.4248

-1

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

wt

v(t)Vp x

rad0 1.5708 3.1459 6.28324.7124 6.2832 7.854 9.4248

-1

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

wt

i(t)1 ciclo

Ip x

rad

Page 80: Apostila Circuitos.pdf

80

)180

.301.2cos(20)1( π+=v

• Para determinar a defasagem entre 2 funções senoidais. Seja )cos()( 11 α+= wtVtv p e )cos()( 22 β+= wtVtv p

então, )(1 tv está adiantado de βα − em relação à )(2 tv Ex.: 1( ) 100 (7 30 )v t sen t= − o

)107cos(40)(2o+= ttv

)1207cos(100)90307cos(100)(1

ooo −=−−= tttv

)1007sen(40)10907cos(40)(2ooo +=++= tttv

)(1 tv está adiantada de ooo 13010030 −=−− em relação à )(2 tv .

ou )(1 tv está atrasada de o130+ em relação à )(2 tv .

2. Respostas senoidais

)()(cos tvtVwtV LRp +=

Obter uma resposta em Regime Permanente senoidal corresponde a obter a solução particular da equação diferencial (1).

RV

wtV p cosLV )(ti

LR Hipótese: circuito está em regime permanente

dttdiLtiRwtVp)()(.cos += (1)

Page 81: Apostila Circuitos.pdf

81

A solução particular da equação diferencial tem a mesma forma que a fonte de excitação, então vamos supor que ( ) cos( )pi t I wt ϕ= + .

Objetivo: determinar pI e ϕ .

o ABBABA cos.sencos.sen)sen( ±=± o BABABA sen.sencos.cos)cos( ±=±

)sen()()cos(.cos ϕϕ +−++= wtIwLwtIRwtV ppp

]cos.sencos.[sen]sen.sencos.[cos.cos wtwtLwIwtwtIRwtV ppp ϕϕϕϕ +−−=wtwLIRIwtLwIRI pppp sen].cos.sen.[cos].sen.cos.[ ϕϕϕϕ −−+−=

Por identificação de variável

ppp VwLIRI =− ϕϕ sencos (2)

0cossen =−− ϕϕ pp wLIRI (3)

fazendo as eqs. (2)2 + (3)2, temos:

22222 )( ppp VIwLIR =+ ⇒ 22 )(LwR

VI p

p+

=

e da eq. 3 temos, ϕϕ cossen pp wLIRI −=

⇒ R

wLarctg−=ϕ

portanto,

)cos(.)(

)(22 R

wLarctgwtLwR

Vti p −

+=

podemos constatar que a corrente está atrasada de ϕ em relação à tensão.

3. Fasores. Definição: Fasor é um número complexo que representa uma tensão ou

uma corrente alternada, cuja parte real representa uma grandeza co-senoidal em t=0.

Page 82: Apostila Circuitos.pdf

82

O conceito fasor é baseado na identidade de Euler: θθθ sencos je j ±=± A transformada fasorial de uma tensão senoidal é feita da seguinte forma:

{ }{ }

{ }jwtjp

jwtjwtp

wtjp

p

eeVe

eeeV

eeV

wtVv

ϕ

ϕ

ϕ

ℜ=

ℜ=

ℜ=

+=+ )(

)cos(

⇒ Transformada fasorial transfere a função senoidal do domínio do tempo para o domínio da freqüência. Ex.: )502cos(100)(1 += ttv [V] o& 63202 −∠=V [V] 501001 ∠=V& [V] )63cos(20)(2

o−= wttv [V]

4. Excitação Complexa

v(t)

rede

lineari(t)

Fasor tensão

ϕϕ ∠== pj

p VeVV&

Forma retangular

Forma polar

Page 83: Apostila Circuitos.pdf

83

)cos()(1 vp wtVtv θ+= ⇒ )cos()(1 ip wtIti θ+=

)sen()(2 vp wtjVtv θ+= ⇒ )sen()(2 ip wtjIti θ+= Utilizando o conceito de superposição [ ] )(

21 )sen()cos()()()( vwtjpvvp eVwtjwtVtvtvtv θθθ +=+++=+=

⇒ [ ] )(

21 )sen()cos()()()( iwtjpiip eIwtjwtItititi θθθ +=+++=+=

rede

linear

)( vwtjpeV θ+ )( iwtj

peI θ+

Fator jwte aparece em todos os termos, o mesmo pode então ser suprimido ficando subentendido. Assim o circuito no domínio da freqüência é:

rede

linearvj

peV θ ijpeI θ

5. Elementos passivos no domínio da freqüência

5.1) Para o resistor.

Page 84: Apostila Circuitos.pdf

84

)(tv

)(ti

R

Aplicando a Lei de Ohm )(.)( tiRtv = ⇒ )()( . iv wtj

pwtj

p eIReV θθ ++ = iv j

pj

p eIReV θθ .= ⇒ no domínio da freqüência: IRV && .= O circuito no domínio da freqüência é

V&I&

R

5.2) Para o indutor

)(tv

)(ti

L

Utilizando uma excitação complexa do tipo )()( vwtj

peVtv θ+= teremos uma corrente do tipo

)()( iwtjpeIti θ+=

Tensão e corrente em fase

dttdiLtv )()( =

)()( iv wtjp

wtjp eI

dtdLeV θθ ++ =

)( iwtjpejLwI θ+=

iv jp

jp eIjLweV θθ .=

V&

I&

jLw

Page 85: Apostila Circuitos.pdf

85

No indutor, a corrente esta atrasada de 90° em relação à tensão. 5.3) Para o capacitor

VjCwI && =

IjwC

V && 1=

o&

& 90−∠=CwIV

No capacitor, a corrente está adiantada de 90° em relação à tensão. Exemplo: Determinar i(t) em regime permanente.

wtV p cos

)(ti

LR

o&&& 90.. ∠== ILwIjLwV

dttdvCti )()( =

)()()( ][ vvi wtjp

wtjp

wtjp ejCwVeV

dtdCeI θθθ +++ ==)(tv

)(ti

C

vjp

jp ejCwVeI i θθ =

V&

I&

jCw1

Page 86: Apostila Circuitos.pdf

86

Ω

No domínio da freqüência:

6. Impedância ( Z ) e admitância (Y )

a) Impedância( Z ) É a razão entre o fasor tensão e o fasor corrente.

(Ω)

{ }{ } reatânciaBZm

aresistênciAZe==Ι

==ℜ

As impedâncias se associam da mesma forma que as resistências. Série neq ZZZZ +++= ...21

Paralelo neq ZZZZ

1...111

21

+++=

b) Admitância (Y ) É a razão entre o fasor corrente e o fasor tensão em um elemento.

( S ou )

o0∠pVI&

jLwR

RLwarctgwLR

VjwLR

VI pp

∠+

∠=

+

∠=

22 )(

00 oo

&

22 )(

0

wLRR

LwarctgVI

p

+

−∠∠=

o

&

)cos()(

)(22 R

LwarctgwtLwR

Vti p −

+=

IVZ&

&=

V&

I&

Z Z é um número complexo mas não é um fasor

jBAZZ +=∠= θ

VIY&

&=

V&

I&

Y

Page 87: Apostila Circuitos.pdf

87

Admitâncias se associam da mesma forma que as capacitâncias.

Série neq YYYY

1...111

21

+++=

Paralelo neq YYYY +++= ...21 Observação: jbaZ +=

22

11bajbaBjG

jbaZY

+−

=+=+

==

aG ≠ 22 baaG+

=

bB ≠ 22 babB+

=

7. Análise de circuitos alimentados por fontes senoidais.

Determinar o circuito equivalente no domínio da freqüência do circuito estudado.

7.1) Análise nodal Mesmo procedimento que no capítulo 4. 7.2) Análise de malha Idem capitulo 4. 7.3) Transformação de fontes Ver capítulo 4. 7.4) Teorema de Thèvenin ou Norton

VYI && = ZY 1

=

jBGYY y +=∠= θ

Condutância Susceptância

Page 88: Apostila Circuitos.pdf

88

obs.: fonte teste = fonte de amplitude TI e fase 0.

o& 0∠= TT II 7.5) Superposição

)30

10cos(10o+

t

)(tvR Ω20

Ω5H2

V15 )60

20sen(20o+

t

sradw /10=

sradw /0=

o& 3010)20//20(5

51 ∠

+=

jV

VV o& 69,377,21 −∠=

′1V& Ω20

Ω5

V15

o3010∠

1V& Ω20

Ω5Ω20j

VV 151 −=′&

Page 89: Apostila Circuitos.pdf

89

sradw /20=

″+′+≠ 111 VVVVR&&&& pois não estão na mesma freqüência.

VtttvR )7,6520sen(98,315)69,310cos(77,2)( oo −−−−=

8. Diagramas fasoriais

São representações no plano complexo de todos os fasores de tensão e de corrente que aparecem num circuito. Elas permitem visualizar a defasagem entre os fasores tensões e correntes.

Regra para construção dos diagramas:

• No resistor a corrente está em fase com a tensão. • • No indutor a corrente está atrasada de 90° em relação a V. • • No capacitor a corrente está adiantada de 90° em relação a V.

″1V& Ω20

Ω40jo6020∠

o& 6020)40//5(20

40//51 ∠

+−

=″j

jV

VV o& 7,6598,31 −∠−=″

Page 90: Apostila Circuitos.pdf

90

Exemplo 1:

LI CI RI

mH2,0 RFμ8000I V&

sradw /5000=

o L C RI I I I= + +& & & &

CI&SI&

LI&

LC II && +

RVI P

R =& V&

pV3

45

o45

P

P

VR

Vtg

345 =o ⇒

RVV P

P =3 ⇒ Ω= 333.0R

Use um ou mais diagramasfasoriais para determinar R paraque a corrente no resistor RIfique atrasada de 45° em relaçãoà corrente da fonte 0I .

oo&

& 90102,05000

03 −∠=

××

∠== − p

p

LL V

jV

ZVI

o&

& 904 ∠== pC

C VZVI

RV

I pR

o

&0∠

=

Page 91: Apostila Circuitos.pdf

91

)2(1 AI&)20( VV&

)5(2 AI& I&

SV&

XV&

93,26=XV&

fRe65 65

38

Vθiθ iθ

50

Exemplo 2: No circuito abaixo, o amperímetro indica 5 A. Adotando o fasor V& como referência, desenhar o diagrama fasorial e determinar SV& .

A

Ω5

Ω10Ω4j

SV&

I&

1I&

2I&

XV&

V&

VIjV 20544 2 =×=×= &&

AV

I 21020

101 ===&

& AI 52 =&

21 III &&& +=

39,525 2222

21 =+=+= III &&&

o

&

&2.68

25

1

2 −=−

== arctgI

Iarctgiθ

93,2639,555 =×== IVX&&

VVV XS&&& +=

Componente horizontal de

VVVV iXS 30)2,68cos(93,2620cos =−+=+= o&&& θ

Componente vertical de VVV iXS 25)2,68sen(93,26sen −=−== o&& θ

VVS 05,39)25(30 22 =−+=& ][8,3905,39 VVS

o& −∠=

Page 92: Apostila Circuitos.pdf

92

o8,39

3025

−=−

= arctgSVθ

Page 93: Apostila Circuitos.pdf

93

CAPÍTULO VIII – POTÊNCIA EM CIRCUITOS

SENOIDAIS

Page 94: Apostila Circuitos.pdf

94

1. Potência instantânea

( ) ( ) ( )p t v t i t=

2. Potência média

0

0

1 ( )t T

t

P p t dtT

+

= ∫

3. Valores eficazes de corrente e tensão

Método para comparar a potência média dissipada num resistor alimentada por forma de onda diferente.

0I R

( ) cos( )pI t I tω ϕ= +R

2

1 0P R I= P2 = P1 se ( ) cos( )pi t I tω ϕ= +

0 2pI I= Verificação:

Potência no resistor alimentado por CC

redelinear

( )i t

( )v t

( )p t

T ( )t s0t

Page 95: Apostila Circuitos.pdf

95

21 0P R I=

Potência no resistor alimentado por CA

[ ]

2 2 2 2

2

1( ) ( ) cos ( ) cos (1 cos 2 )2

1 cos2( )2

p

p

p t Ri t R I t ora A A

R It

ω ϕ

ω ϕ

= = + = +

= + +

1 2P P= ⇔ 2

20 2

pR IR I =

0 0 22p

p

II I I= → =

Conclusão: Uma senoide com amplitude de pico igual a pI dissipa a mesma

potência que uma corrente constante de valor 2pI

sobre um resistor.

Método genérico para determinar o valor eficaz de uma grandeza

0

0

0

0

2

2 2

2

1 ( )2

1 ( )

t Tprms t

t T

rms t

IP R R I R i t dt

T

I i t dtT

+

+

⎛ ⎞= = =⎜ ⎟

⎝ ⎠

=

Obs.: para senoide 2p

rms

II = ,

2p

rms

VV =

4. Potência em elementos passivos

Page 96: Apostila Circuitos.pdf

96

4.1. Caso geral (impedância qualquer) v iϕ θ θ= −

( ) cospv t V tω=

0p pp

V VVI IZ ZZ

φ φϕ

°°

= = = − = −

( ) cos( )pi t I tω ϕ= −

( ) ( ) ( ) cos( ) cos( )p pp t v t i t V t I tω ω ϕ= = −

1 1( ) cos( ) cos(2 )2 2p pp t V I t t tω ω ϕ ω ϕ⎡ ⎤= − + + −⎢ ⎥⎣ ⎦

,ora

[ ]1cos cos cos( ) cos( )2

A B A B A B= − + +

1 1( ) cos( ) cos(2 )2 2p p p pp t V I V I tϕ ω ϕ= + −

( ) cos( ) cos(2 )rms rms rms rmsp t V I V I tϕ ω ϕ= + − ,ora

cos( ) cos cos sin sinA B A B A B− = +

[ ]( ) cos( ) cos(2 )cos( ) sin(2 )sin( )rms rms rms rmsp t V I V I t tϕ ω ϕ ω ϕ= + +

[ ]( ) cos( ) 1 cos(2 ) sin( )sin(2 )rms rms rms rmsp t V I t V I tϕ ω ϕ ω= + +

potência instantânea na potência instantânea na parte resistiva de Z parte reativa de Z

• Potência média:

0

1 ( ) cos( )T

rms rmsP p t dt V IT

ϕ= =∫ , [ W ]

• Potência reativa:

Vο

Iο

Z Z φ=

Page 97: Apostila Circuitos.pdf

97

Valor de pico da potência instantânea da parte reativa. sin( )rms rmsQ V I ϕ=

4.2. Circuito resistivo Tensão e corrente em fase.

0v iθ θ ϕ= ⇒ = .

[ ]( ) 1 cos(2 )rms rmsp t V I tω= +

[ ]0

1 1 cos(2 )T

R rms rmsP V I t dtT

ω= +∫

2

2 rmsR rms rms rms

VP V I R IR

= = =

0RQ = 4.3. Circuito exclusivamente indutivo 0 90 90v iθ θ ϕ= = − ° ⇒ = °

( ) sin(2 )rms rmsp t V I tω=

0LP =

2

2 rmsL rms rms L rms

L

VQ V I X IX

= = =

4.4 Circuito exclusivamente capacitivo

0 90 90v iθ θ ϕ= = ° ⇒ = − °

( ) sin(2 )rms rmsp t V I tω= −

0CP =

2

2 rmsC rms rms C rms

C

VQ V I X IX

= − = − = −

Page 98: Apostila Circuitos.pdf

98

5. Potência aparente e fator de potência

a) Potência aparente:

rms rmsS V I= , [VA] potência desenvolvida pela fonte. b) Fator de potência: Fator de potência: coseno do ângulo da carga, ou coseno da defasagem entre a tensão e a corrente.

cos( ) cos( )p v iF ϕ θ θ= = − [adimensional]

Como a função coseno é uma função par, cos( ) cos( )v i i vθ θ θ θ− = − . Acrescenta-se “atrasado” ou “indutivo” se a corrente da carga é atrasada em relação à tensão nos seus terminais, e “adiantado” ou “capacitivo” se a corrente da carga é adiantada em relação à tensão. • Fluxo da potência num circuito:

Fonte

R

L

CCarga

• Relações adicionais:

cos( )P S ϕ= sin( )Q S ϕ=

2 2S P Q= +

tan( ) QP

ϕ =

Page 99: Apostila Circuitos.pdf

99

6. Potência complexa

v iφ θ θ= − cos( ) cos( )rms rms rms rms v iP V I V Iφ θ θ= = −

{ }cos( ) sin( )rms rms v i rms rms v iP V I jV Iθ θ θ θ= ℜ − + −

{ }( )v ijrms rmsP V I e θ θ−= ℜ

{ }v ij jrms rmsP V e I eθ θ−= ℜ

{ }*

P V I° °

= ℜ

{ }P S= ℜ

Definindo a potência complexa *

S V I S φ° °

= =

Portanto { }P S= ℜ

{ }ImQ S S P jQ= = +

S S=

cos( )pF φ=

rms iI I θ°

=

rmsV V vθ°

= Z Z φ=

Page 100: Apostila Circuitos.pdf

100

• Conservação da potência complexa:

*

S V I° °

=

( )* *

1 2S V I I° ° °

= +

* *

1 2S V I V I° ° ° °

= +

1 2S S S= + ⇒ Não importa como os elementos estão conectados entre eles, para determinar a potência complexa desenvolvida pela fonte, basta somar todas as potências complexas de cada elemento. • Triângulos de potência (interpretação geométrica da potência

complexa):

0ϕ > → carga indutiva

• Relações adicionais:

V Z I° °

= 2

* *2 rmsrms

IS V I Z I I S Z I

Y

° ° ° °

= = ⇒ = =

* 2*

2* *

rmsrms

VVV S Y VZ Z

°°

= ⇒ = =

1I°

2I°

S

P

Q

ϕ

Page 101: Apostila Circuitos.pdf

101

7. Correção do fator de potência

Objetivo: Minimizar a troca de energia reativa entre a fonte e a carga, sem alterar a energia útil absorvida pela carga.

S

P

Q

ϕ'ϕ

Q'S'

Exemplo: Uma carga de 500 kVA com fator de potência igual a 0,6 atrasado, é alimentado sob uma tensão de 13,8 kVrms. f = 60 Hz a) Determinar a corrente da carga b) Deseja-se corrigir o fator de potência para 0,9 atrasado, através da

ligação de capacitores em paralelo com a carga. Determine o valor da capacitância requerida.

c) Calcular a nova corrente da carga.

Solução:

a) 3

3

500 10 36,213,8 10 rms

SI AV

×= = =

×

b) 31 500 10 53,13 cos( ) 0,6 53,13S VA ϕ ϕ

°

= × ° = ⇒ = °

300 400k j k= + 300P kW= ' cos(0,9) 25,84Q arc= = °

400Q kVAR= ' 333,33cos( ')

PS kVAϕ

= =

' 'sin( ') 145,3Q S kVARϕ= =

S

P

Q

ϕ'ϕ

Q'S'

Page 102: Apostila Circuitos.pdf

102

Potência reativa do capacitor:

' 254,7CQ Q Q kVAR= − = − Potência complexa no capacitor:

*

CC CS V I P° ° °

= =0

C CjQ+

C

*

CC CV I jQ° °

=

* 2

* *

C CC C C

CC

VVV jQ jQZZ

°°

= ⇒ =

*1 1

C CZ Zjc jcω ω

= ⇒ =−

22C

C

QCf Vπ

= −

3

3

254,7 10 3,552 60 13,8 10

C Fμπ

×= − =

× × − ×

c) 3

3

' 333,33 10' 24,1513,8 10

SI AV

×= = =

×

Page 103: Apostila Circuitos.pdf

103

8. Transferência máxima de potência Objetivo: obter LZ de modo que a potência ativa na carga seja máxima.

SV°

L L LZ R jX= +

S S SZ R jX= +A

B

8.1 Carga puramente resistiva → L LZ R=

SV°

LR

SZ

LI°

S SL

S S LS L

V VIR jX RZ R

° °°

= =+ ++

2 2( )

SL

S L S

VI

R R X=

+ +

Potência na carga:

22

2 2( )L S

L L L

S L S

R VP R IR R X

= =+ +

max 0LL

L

dPP sedR

=

Page 104: Apostila Circuitos.pdf

104

2 2L S S SR R X Z= + =

8.2 Carga com RL fixo e XL variável

SV° LR

SZ

LI°

A

B

LjX

( ) ( )

SL

S L S L

VIR R j X X

°°

=+ + +

2 2( ) ( )

S

L

S L S L

VI

R R X X

°

°

=+ + +

Page 105: Apostila Circuitos.pdf

105

Potência na carga:

2

2

2 2max

( ) ( )L S

L L L L S L

S L S L

R VP R I P se X X

R R X X= = = −

+ + +

2

max 2( )L S

L

S L

R VP

R R=

+

8.3 Carga com RL variável e XL fixo

( ) ( )2 2

SL

S L S L

VI

R R X X=

+ + +

( ) ( )

2

2 2L S

L

S L S L

R VP

R R X X=

+ + + ; max 0L

L

L

dPP sedR

=

então ( )22L S S LR R X X= + +

SV LR

SZA

B

LjX

Page 106: Apostila Circuitos.pdf

106

8.4 Carga com RL variável e XL variável

( ) ( )

2

2 2L S

L

S L L S

R VP

R R X X=

+ + +

Fazendo LX variar: maxLP para L SX X= − .

Então: ( )

2

2' L SL

S L

R VP

R R=

+.

Em seguida, fazendo LR variar: max

' 0LL L S

L

dPP se R RdR

= ⇔ = .

Então: *

L S S SZ R jX Z= − = .

SV° LR

SZ

LjX

Page 107: Apostila Circuitos.pdf

107

CAPÍTULO IX – CIRCUITOS TRIFÁSICOS

Page 108: Apostila Circuitos.pdf

108

1. Tensões trifásicas equilibradas • Um sistema de tensões trifásicas equilibradas é um conjunto de 3

tensões senoidais com mesma a mesma amplitude, a mesma freqüência mas defasadas entre si de 120º.

• As tensões são chamadas tensões de fase a, b, c. • Seqüência de fases (defasagem entre as tensões de fase):

Seqüência abc, positiva ou direta 0an PV V

°= °

120bn PV V°

= − °

120cn PV V°

= + °

bnV°

cnV°

anV°

Seqüência acb, negativa ou indireta 0an PV V

°= °

120bn PV V°

= °

120cn PV V°

= − °

bnV°

cnV°

anV°

Page 109: Apostila Circuitos.pdf

109

0an bn cnV V V

° ° °+ + =

• Tipos de ligações possíveis de um gerador 3φ ideal:

caV°

bcV°

abV°

a

c

b

tipo Y tipo Δ 2. Análise do circuito Y-Y (equilibrado)

anV°

cnV°

bnV°

a

c b

A

CB

n NNnI°

aAI°

bBI°

cCI°

Z

Z Z

• Tensões nas fases:

Tensões entre o neutro e cada uma das linhas, ou tensões nos terminais de cada elemento.

Na fonte: anV°

, bnV°

, cnV°

Na carga: ANV°

, BNV°

, CNV°

• Tensões de linhas:

Tensões entre as linhas

anV°

cnV°

bnV°

a

c

b

Page 110: Apostila Circuitos.pdf

110

Na fonte = na carga : abV°

, bcV°

, caV°

.

• Corrente no neutro:

Nn aA bB cCI I I I° ° ° °

= + +

1 0an bn cnNn an bn cn

V V VI V V V

Z Z Z Z

° ° °° ° ° °⎛ ⎞

= + + = + + =⎜ ⎟⎝ ⎠

Portanto, não existe corrente circulando no neutro num sistema equilibrado. Então:

⇒ Quando existe impedância de linha no neutro, o mesmo pode ser considerado como um curto circuito.

⇒ Quando o neutro não está disponível, o mesmo pode ser

colocado no circuito para efeito de cálculo.

• Relação entre as tensões de fase e de linha:

Supondo seqüência ⊕ então: 0an PV V

°= °

120bn PV V°

= − °

120cn PV V°

= °

Sabendo que ab an nbV V V° ° °

= +

0 120an bn P PV V V V° °

= − = ° − − °

3 3(cos( 120 ) sin( 120 ))2 2P P PV V j V j

⎡ ⎤= − − ° + − ° = +⎢ ⎥

⎢ ⎥⎣ ⎦

Logo 3 30ab PV V

°= °

3 90bc PV V°

= − ° da forma mais geral fase PV V ϕ°

=

3 150ca PV V°

= ° 3 30linha PV V φ°

= + °

Page 111: Apostila Circuitos.pdf

111

bnV°

cnV°

anV°30°

abV°

• Circuito monofásico equivalente (válido somente para sistema

equilibrado):

anV°

ZbnV°

cnV°

a,b,c A,B,C

n N 3. Análise do circuito Y-Δ (equilibrado)

Page 112: Apostila Circuitos.pdf

112

anV°

cnV°

bnV°

a

c

b

A

CBn

aAI°

bBI°

cCI°

Z Δ

ABI°

BCI°

CAI°

Z Δ

Z Δ

Correntes de fase:

Na carga: , ,AB BC CAI I I° ° °⎛ ⎞

⎜ ⎟⎝ ⎠

Na fonte: , ,aA bB cCI I I° ° °⎛ ⎞

⎜ ⎟⎝ ⎠

Correntes de linhas:

Na carga = na fonte: , ,aA bB cCI I I° ° °⎛ ⎞

⎜ ⎟⎝ ⎠

• Determinação das correntes de linhas:

Ex.: anaA

Y

VI

Z

°°

= cncC

Y

VI

Z

°°

=

bnbB

Y

VI

Z

°°

=

Circuito monofásico equivalente

aAI°

3YZZ =

a,b,c A,B,C

n N

cCI°

bBI°

Page 113: Apostila Circuitos.pdf

113

• Determinação das correntes de fases nas cargas pela relação entre correntes de linhas e correntes de fase:

aA AB CAI I I° ° °

= −

Supondo seqüência ⊕: 0AB pI I° °

= °

120BC pI I°

= − °

120CA pI I°

= °

0 120aA p pI I I°

= ° − °

(cos(120 ) sin(120 ))aA p pI I I j°

= − ° + °

3 32 2aA pI I j

° ⎛ ⎞= −⎜ ⎟⎜ ⎟

⎝ ⎠

3 30aA pI I°

= − °

3 150bB pI I°

= − °

3 90cC pI I°

= ° da forma mais geral,

0fase pI I°

= °

3 30linha pI I φ°

= − ° Observação: se o gerador estiver ligado em Δ, substitui-se o mesmo por um gerador equivalente ligado em Y tal que a tensão de linha senha a mesma.

a

c

b

220 903

°

220 303

− °

220 1503

− °

seqüência ⊕ 3 30 30

3linha

linha fase faseV

V V V= ° ⇒ = − °

220120°

a

c

b

220 0°

220 120− °

Page 114: Apostila Circuitos.pdf

114

4. Circuitos 3φ desequilibrados 4.1. Carga desequilibrada em Y com neutro

A

C

B

N

NI°

AI°

BI°

CI°

AZ

BZ

CZ

3 circuitos independentes. 0N A B CI I I I

° ° ° °= + + ≠

Neste caso ANA

A

VI

Z

°°

=

BNB

B

VI

Z

°°

=

CNC

C

VI

Z

°°

=

4.2. Carga desequilibrada em Y sem neutro

Page 115: Apostila Circuitos.pdf

115

anV°

cnV°

bnV°

AI°

BI°

CI°

BZ

AZ

CZ

1I

2I

Utiliza-se o método das malhas. 1AI I

° °= 2 1BI I I

° ° °= − 2CI I

° °= −

4.3. Carga desequilibrada em Δ

• Caso não se conhece as tensões de linha na carga, substitui-se o circuito Δ por seu equivalente em Y, e utiliza-se o método das malhas.

• Conhece-se as tensões de linha na carga:

gZ

gZ

gZ

1Z 2Z

3Z

Page 116: Apostila Circuitos.pdf

116

anV°

cnV°

bnV°

A

CB

aI°

1Z

ABI°

2Z

3Z

1

ABAB

VI

Z

°°

= 2

CACA

VI

Z

°°

= => a CA ABI I I° ° °

= −

5. Potência em sistema 3φ

A A AZ Z φ= B B BZ Z φ= C C CZ Z φ=

, , , ,, , A B C A B CA B C v iφ θ θ= −

Tensões de fase instantâneas: Correntes de fase instantâneas:

( ) cos( )AN Ap vAv t V tω θ= + ( ) cos( )

AN Ap iAi t I tω θ= + ( ) cos( )

BN Bp vBv t V tω θ= + ( ) cos( )BN Bp iBi t I tω θ= +

( ) cos( )CN Cp vCv t V tω θ= + ( ) cos( )

CN Cp iCi t I tω θ= + Sabendo que [ ]1cos cos cos( ) cos( )

2A B A B A B= + + −

Potências instantâneas em cada fase:

A

C

B

( )AI t

( )BI t

( )CI t

AZ

BZ

CZ

Page 117: Apostila Circuitos.pdf

117

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) cos ( ) ( ) cos 2ABC

A AN A A rms A rms A A rms A rms v AB B B B B B B B BC C C C C C C C C

P t v t i t V t I t V t I t tφ ω θ φ⎡ ⎤⎛ ⎞⎢ ⎥⎜ ⎟= = + + −⎢ ⎥⎜ ⎟⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦

Potência instantânea total: ( ) ( ) ( ) ( )A B Cp t p t p t p t= + + Potência ativa total:

cos cos cosrms rms rms rms rms rmsA B C A A A B B B C C CP P P P V I V I V Iφ φ φ= + + = + +

5.1. Para um sistema equilibrado

rms rms rmsA B C rmsV V V V= = =

A B C A B CZ Z Z Z φ φ φ φ= = = ⇒ = = =

rms rms rmsA B C rmsI I I I= = =

• Potência instantânea: ( ) 3 cosrms rmsp t V I ϕ=

• Potência média: 3 cosrms rmsP V I ϕ= → Para carga ligada em Y fase linhaI I= 3 fase linhaV V=

3 cos 3 cos3

linhaY linha Y linha linha

VP I P V Iϕ ϕ= ⇒ =

→ Para carga ligada em Δ fase linhaV V=

3 fase linhaI I=

3 cos 3 cos3

linhalinha linha linha

IP V P I Vϕ ϕ= ⇒ =

YP P=

Page 118: Apostila Circuitos.pdf

118

Resumo: V e I em valores eficazes. Por fase Total Potência ativa cosf f fP V I ϕ=

3 cos 3 cosT f f L LP V I V Iϕ ϕ= =

Potência reativa sinf f fQ V I ϕ=

3 sin 3 sinT f f L LQ V I V Iϕ ϕ= =

Potência aparente f f fS V I=

3 3T f f L LS V I V I= =

Potência complexa

*

ff fS V I° ° °

= *

3T f fS V I°° °

=

Fator de potência cospF ϕ=

cospF ϕ=

5.2. Para um sistema desequilibrado Potência ativa total: T A B CP P P P= + + Potência reativa total: T A B CQ Q Q Q= + +

Potência aparente total: 2 2T T TS P Q= +

Fator de potência: cos TT

T

PS

ϕ =

Potência complexa total: T A B CS S S S° ° ° °

= + +

6. Medida da potência média em um circuito 3φ

6.1. O Wattímetro

Page 119: Apostila Circuitos.pdf

119

I

V

CARGA

bobina da tensão(resistência alta)

bobina da corrente(resistência baixa)

Observação: Bobina da corrente em série com a carga Bobina da tensão em paralelo com a carga. cos( )v iW V I θ θ= − 6.2. O método dos dois Wattímetros

1 cos( )ac aac a v IW V I θ θ= −

2 cos( )

bc bbc b v IW V I θ θ= −

1 2P W W= + Exemplo: Se a carga estiver ligada em Y, e o gerador ligado em Y: Seqüência ⊕ 0anV V= °

ou

Y

a

c

b

1W

2W

Page 120: Apostila Circuitos.pdf

120

120bnV V= − ° 120cnV V= ° Z Z ϕ= 3 30linha faseV V= °

3 30bc bnV V°

= °

3 120 30bcV V°

= − ° °

3 90bcV V°

= − ° ac caV V

° °= −

3 30ca cnV V°

= °

3 30 120caV V°

= ° °

3 150caV V°

= ° 3 150 3 330 3 30V V V V

°⇒ = − ° = ° = − °

0ana

V VI IZZ

ϕϕ

°° °

= = = −

120 120bnb

V VI IZZ

ϕϕ

°° − °

= = = − − °

1 3 cos( 30 ( ))W V I ϕ= − ° − − 2 3 cos( 90 ( 120 ))W V I ϕ= − ° − − ° 1 cos( 30 )L LW V I ϕ= − ° 2 cos( 30 )L LW V I ϕ= + °

Obs.: Para o sistema equilibrado é possível determinar o fator de potência da carga.

[ ]1 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I ϕ ϕ= ° + ° [ ]2 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I ϕ ϕ= ° − °

2 1( ) 2 cos( ) cos(30 )L LW W V I ϕ+ = ° 2 1

2 1

cos(30 ) cos( )sin( ) cos(30 )

W WW W

ϕϕ

+ °= −

− °

2 1( ) 2 sin( ) sin(30 )L LW W V I ϕ− = − °

Page 121: Apostila Circuitos.pdf

121

2 1

2 1

3 cos( ) 321 tan( )sin( )2

W WW W

ϕ

ϕϕ

+ −= − =

1 2

1 2tan( ) 3

W WW W

ϕ−

=+

⇒ 1 2 tan( ) 0 0 cos( ) 1W W ϕ ϕ ϕ= = ⇒ = ⇒ = ⇒ carga resistiva 1 2W W= com sinais apostos → carga reativa pura 1 2 0W W ϕ> ⇒ > ⇒ carga indutiva 1 2 0W W ϕ< ⇒ < ⇒ carga capacitiva

Page 122: Apostila Circuitos.pdf

122

CAPÍTULO X – INTRODUÇÃO AOS

CIRCUITOS DE SELEÇÃO DE FREQÜÊNCIAS

Page 123: Apostila Circuitos.pdf

123

1. Introdução Até agora, em nossas análises de circuitos com fontes senoidais, supomos que a freqüência da fonte era constante. Neste capitulo, vamos estudar o efeito da variação da freqüência sobre as tensões e correntes do circuito ⇒ resposta em freqüência do circuito.

jLω

se ω = ∞ ⇔

0se ω = ⇔

1jCω

se ω = ∞ ⇔

0se ω = ⇔

Escolhendo adequadamente os valores das componentes e a forma de ligação entre eles, podemos montar circuitos que deixam passar apenas sinais cujas freqüências estejam dentro de uma certa faixa ⇒ circuitos de seleção de freqüência ou Filtros. Exemplos de aplicação: telefone, televisão, satélites, rádios, equalizadores, etc. Principais tipos de filtro: filtro passa-baixas, filtro passa-altas, filtro de banda de passagem, filtro de banda de rejeição. Estes filtros são chamados filtros passivos, pois são construídos a partir de componentes passivos. 2. Filtros passa-baixas

Page 124: Apostila Circuitos.pdf

124

iV oV

R

C

Para identificar o tipo de filtro, examina-se o gráfico da resposta de

freqüência no domínio da freqüência.

iV°

oV°

R

jLω

( )i oo

i

RV V RV H jR jL R jLV

ωω ω

° °° °

°= ⇒ = =

+ +

2

2

( ) ( )

R RL LH j H j

R RjL L

ω ωω ω

°= ⇒ =

+ ⎛ ⎞+ ⎜ ⎟⎝ ⎠

( ) arctan Lj

Rωθ ω = −

Gráfico de amplitude:

Para freqüências altas o circuito deixa passar

pouco sinal.

iV oVR

L

0

1

12

( )H jω

ωcω

Bandarejeitada

Bandapassante

Page 125: Apostila Circuitos.pdf

125

Gráfico de fase:

Tensão de saída

atrasada de 90º em relação à tensão de entrada.

A freqüência limite entre a banda rejeitada e

a banda passante é chamada freqüência de corte cω . Ela corresponde

à freqüência pela qual

max1( )2cH j Hω = .⇔

Amplitude da função de saída é igual a pelo menos 70,7% do valor máximo possível.

Razão da escolha de max

2H para definir cω :

• Potência máxima na saída:

2max1

2R

RV

PR

=

• Potência na saída quando cω ω= :

max max1 1( ) ( )2 2c o R c RH j H V V j Vω ω= ⇒ ⇒ =

2

2 2maxmax

1( )1 1 12

2 2 2 2c

R

RRR c

P

V VV jP

R R Rωω

⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠= = =

123

12c RP Pω =

0( )jθ ω

90− ° ω

Page 126: Apostila Circuitos.pdf

126

No limite entre a banda rejeitada e a banda passante a potência média fornecida à carga = 50% da potência média máxima.

cω = freqüência de meia potência. ⇒ Dentro da banda passante, a potência fornecida a uma carga é pelo menos 50% da potência média máxima.

3. Filtros de banda de passagem Circuitos que deixam passar sinais cujas freqüências estejam dentro de uma certa faixa e rejeitam sinais cujas freqüências estejam fora desta faixa. Exemplo:

No domínio da freqüência:

iV°

R

1jCωjLω

1

VIR j L

ω

°°

=⎛ ⎞+ −⎜ ⎟⎝ ⎠

iV oVR

CL i

iV oV

R

C L

Page 127: Apostila Circuitos.pdf

127

2

2

11 1( ) tan

1 1

LI CH j arcRV R j L R LC C

ωωω

ω ωω ω

°

°

⎛ ⎞−⎜ ⎟= = = − ⎜ ⎟

⎛ ⎞ ⎜ ⎟⎛ ⎞+ − ⎜ ⎟⎜ ⎟ + − ⎝ ⎠⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠

( )

22

1

1H j

R LC

ω

ωω

=⎛ ⎞+ −⎜ ⎟⎝ ⎠

1

( ) arctanL

CjR

ωωθ ω

⎛ ⎞−⎜ ⎟= − ⎜ ⎟

⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠

• Freqüência de ressonância 0ω :

Page 128: Apostila Circuitos.pdf

128

Freqüência pela qual ( )H jω é máxima. max

1 IHR V

= = .

Na freqüência de ressonância a impedância equivalente do circuito é um resistor puro. As impedâncias do capacitor e do indutor têm módulos iguais e de sinais opostos. ⇒ a tensão de entrada e a corrente estão em fase.

1eqZ R j L

ω⎛ ⎞= + −⎜ ⎟⎝ ⎠

, como na ressonância 0( )eqZ Rω =

⇒ 0 00

1 10LC LC

ω ωω

− = ⇒ =

• Freqüências de cortes 1ω e 2ω

Potência máxima = Potência na freqüência de ressonância 2

0 max12 pP R I= .

Freqüências de cortes = Freqüência para max

2pI

I = =freqüência ½

potência.

1 2

2 2max max

01 1 12 2 2 22

p pI IP P R R Pω ω

⎛ ⎞= = = =⎜ ⎟⎜ ⎟

⎝ ⎠

max1 2 2 2 2

( ) ( )2 2 2

p p p pI V V VI I

R R R Rω ω= = = = =

+

22 1

pVI

R LC

ωω

=⎛ ⎞+ −⎜ ⎟⎝ ⎠

22 1 1R L R L

C Cω ω

ω ω⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − ⇒ = ± −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠

a) 22 2 2

2

1 1 0R L L RC C

ω ω ωω

= − ⇒ − − =

2

2

4

2

LR RC

± +=

2

2

4

2

LR RC

+ +=

b) 2

1 1 11

1 1 0R L L RC C

ω ω ωω

= − ⇒ + − =

Page 129: Apostila Circuitos.pdf

129

2

1

4

2

LR RC

− ± +=

2

1

4

2

LR RC

− + +=

• Banda passante ωΔ

Largura de banda da passagem:

2 1RL

ω ω ωΔ = − =

0 1 2ω ω ω=

• Fator de qualidade Q

0 0LQ

Rω ω

ω= =

Δ

Q maior, circuito mais seletivo.

Page 130: Apostila Circuitos.pdf

130

Bibliografia

1) Electric Circuits, James W. Nilsson, Susan A. Riedel. Ed. Prentice Hall, Sixth Edition, 1999. ISBN 0-201-43653-1.

2) Fundamentos de análise de Circuitos Elétricos, David E. Johnson,

John L. Hilburn, Johnny R. Johnson. Ed. Prentice Hall do Brasil, Quarta Edição, 1994. ISBN 85-7054-047-7.

3) Linear Circuit analysis, Artice M. Davis. Ed. PWS Publisching

Company, 1998. ISBN 0-534-95095-7.

4) Introdução à Analise de Circuitos, Robert L. Boylestad. Ed. Prentice Hall do Brasil, 8a Edição, 1998. ISBN 85-7054-078-7.

5) Análise de Circuitos em Engenharia, J. David Irwin. Ed. Pearson

Education, 4a Edição, 2000. ISBN 85-346-0693-5.

6) Análise de Circuitos em Engenharia, William H. Hayt Jr., Jack E. Kemmerly. Ed. McGraw-Hill, 1973.

7) Circuitos Elétricos, Joseph A. Edminster. Ed. McGraw-Hill, 1980.