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Apostila OAB 2ª Fase ≈ Direito do Trabalho Professor ALEXANDRE TEIXEIRA www.eupassonaoab.com.br CAPÍTULO 12: RECURSO ORDINÁRIO Recurso ordinário é o recurso cabível da primeira decisão que julgar o processo na instância ordinária. Instâncias Ordinárias Instâncias Extraordinárias Varas do Trabalho e TRT TST e STF É perfeitamente possível a revisão ou reexame de matéria de fato e de direito Só cabe reexame de matéria de direito CLT Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior: I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. c Súmulas nos 1, 23, 158, 192, 197, 214, 296 e 411 do TST. § 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: I – VETADO; II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. § 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. Professor ALEXANDRE TEIXEIRA 1

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Apostila OAB 2ª Fase ≈ Direito do Trabalho Professor ALEXANDRE TEIXEIRA www.eupassonaoab.com.br

CAPÍTULO 12: RECURSO ORDINÁRIO

Recurso ordinário é o recurso cabível da primeira decisão que julgar o processo na instância ordinária.

Instâncias Ordinárias Instâncias Extraordinárias

Varas do Trabalho e TRT TST e STFÉ perfeitamente possível a revisão ou

reexame de matéria de fato e de direitoSó cabe reexame de matéria de direito

CLTArt. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior:I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; eII – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.c Súmulas nos 1, 23, 158, 192, 197, 214, 296 e 411 do TST.§ 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:I – VETADO;II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.

SDI-2OJ-69 FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000) Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental.

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Quando se fala em competência originária, quer-se dizer a competência para processar e julgar pela primeira vez determinada matéria. Regra geral, a competência originária trabalhista é das Varas do Trabalho (reclamação trabalhista, consignação em pagamento, etc.), mas existem ações que são de competência originária dos Tribunais Regionais do Trabalho (mandado de segurança contra ato do juiz, ação rescisória contra sentença de juiz da VT e contra acórdão do TRT, conforme art. 678, I, c, 2/CLT). Cuidado! MS contra ato de fiscal do trabalho (autoridade administrativa) a competência é da Vara do Trabalho.

CLTArt. 678. Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:I – ao Tribunal Pleno, especialmente:c) processar e julgar em última instância:2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos Juízes de Direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos;

Das ações de competência originária nos TRT’s, cabem RO para o TST.

RO tem prazo, em regra, de 8 dias e efeito, em regra, meramente devolutivo.

Decisão terminativa é aquela que extingue o feito sem solução de mérito.Decisão definitiva é aquela que extingue o feito com solução de mérito ou julga o mérito.

Todo recurso trabalhista tem o primeiro juízo de admissibilidade e o segundo juízo de admissibilidade. O primeiro é o juízo a quo e o segundo é o juízo ad quem. O juízo a quo é o juízo prolator da decisão recorrida. O juízo ad quem é o juízo perante o qual o recurso será processado e ao final julgado.O recurso é apresentado perante o juízo a quo. Se presentes os pressupostos intrínsecos e extrínsecos, o processo é enviado para a instância superior, onde serão analisados de novo os pressupostos intrínsecos e extrínsecos do recurso.Por isso, enquanto as demais peças são compostas de uma peça única, os recursos são compostos de duas peças com um só conteúdo, quais sejam, a folha de rosto ou de apresentação (direcionada ao juízo a quo), e as razões recursais (direcionadas ao juízo ad quem).Não há se falar em efeito suspensivo, devendo ser requerido a remessa ao Tribunal, no efeito devolutivo, se for o caso, custas, depósito recursal e a intimação da parte contrária para contra arrazoar.Nas razões recursais, deve ser dito porque a decisão está errada e porque deve ser modificada, pedindo a reforma. Deve ser feita interpretação fática e jurídica, e o pedido de reforma.

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PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL

25. Merival prestou serviços à determinada sociedade de economia mista período de 04 (quatro) anos. Utilizando-se do direito de demitir seus empregados públicos, dispensou o recorrido pagando-lhe todas as suas verbas rescisórias. Inconformado, ingressou o recorrido com reclamação trabalhista em que requereu a nulidade da dispensa, sua reintegração ao emprego, os salários de todo o período em que ficou afastado, bem como seus reflexos nas demais verbas trabalhistas e honorários advocatícios. Devidamente instruída, a reclamação foi julgada totalmente procedente, determinando a imediata reintegração do reclamante ao emprego e o pagamento de todos os salários do período em que ficou afastado, contando o período do afastamento para férias, décimo terceiro, tempo de serviço, FGTS e ainda ao pagamento de honorários sucumbenciais em 15% sobre o valor da condenação. Como advogado da empresa estatal atue em prol de seus direitos.

Caro aluno, não deixe de ler a matéria pertinente a cada peça processual, pois só se faz uma boa prova pesquisada se você tiver lido antes e souber o que e onde encontrar nos livros consultados. Sem isso, uma prova

pesquisada poderá virar um verdadeiro pesadelo na hora “H”. E vira!

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Espaço do Aluno

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ____ª VARA DO TRABALHO DA CIDADE – ESTADO

RECURSO ORDINÁRIORECORRENTE: SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTARECORRIDO: MERIVAL

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA MUNICIPAL, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº, endereço, cidade-estado, estado civil, ocupação, endereço, cidade-estado, vem, através de seu advogado "in fine" assinado, com o devido respeito, em tempo hábil e atendidos os pressupostos legais, com fulcro nos artigos 893, II e 895, I, alínea "a" da Legislação Consolidada, interpor RECURSO ORDINÁRIO, contra decisão de V.Exa. que julgou procedente reclamação trabalhista contra si interposta por MERIVAL, nacionalidade, estado civil, ocupação, endereço, cidade-estado, fazendo-o pelas razões anexas e requer reverentemente a V. Exa. que se digne receber o apelo em seu efeito devolutivo (art. 899, CLT), remetendo-o ao Tribunal Regional do Trabalho da ____ª Região, para a sua devida apreciação e Julgamento.

Ressalte-se que o recorrente cumpriu as formalidades de lei, recolhendo as custas processuais (art. 789, CLT) e efetuando o depósito recursal (art. 899 e §§, CLT). Requer, outrossim, a notificação da parte recorrida para apresentar contra-razões ao recurso apresentado (art. 900,CLT).

Termos em que,Pede e espera seguimento.Cidade, dia de mês de ano.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ RELATOR DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ª REGIÃO

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIORECORRENTE: SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTARECORRIDO: MERIVAL

COLENDA CORTE,

A DECISÃO MERECE SER REFORMADA PELAS RAZÕES ABAIXO EXPOSTAS:

I – DA INEXISTÊNCIA DO DIREITO A REINTEGRAÇÃO

A decisão de primeiro grau contrariou entendimento dominante do TST no sentido de que os empregados públicos de sociedades de economia mista e empresas públicas podem ser arbitrariamente despedidos, sem que para isso, haja necessidade de motivação do ato, consagrada através da Orientação Jurisprudencial nº 247 SDI-1:

“Nº 247 SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE (alterada – Res. nº 143/2007) - DJ 13.11.2007 I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para sua validade”.

Tal entendimento só veio a confirmar o que diz o art. 173, § 1º, inc. II da CF/88 na medida em que as sociedades de economia mista, as empresas públicas e suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, não se podendo mesmo falar em estabilidade, já que está pacificado em nível de Tribunal Superior do Trabalho a inexistência de estabilidade que indique a reintegração de empregado:

“Súmula 390, inc. II. Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41, CF/88”.

Cabendo à recorrente decidir pela continuidade ou não dos contratos de trabalho de seus empregados públicos, observando, apenas, o pagamento das verbas Pr

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rescisórias do período e a indenização dos 40% sobre os depósitos do FGTS, não há que se falar em reintegração, pois só se reintegra empregado cuja demissão se constitua em ato jurídico nulo, o que não ocorre no caso em exame, pois a demissão de empregado público é poder potestativo do empregador público, em se tratando das hipóteses do art. 173, § 1º, inc. II da CF/88.

II – DAS PARCELAS DECORRENTES DA REINTEGRAÇÃO

É sabido que a sorte do acessório segue a do principal, desta maneira, pelo fato de sua dispensa não encontrar óbice legal tampouco constitucional, esta foi perfeitamente válida e, conseqüentemente, não há que se falar em reintegração, tampouco nas verbas trabalhistas daí decorrentes.

Assim, incabível a reintegração do recorrido ao emprego e o pagamento de todos os salários do período em que ficou afastado, contando o período do afastamento para férias, décimo terceiro, tempo de serviço, FGTS.

III – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Igualmente, impugna a reclamada pela reforma da sentença atacada também no que se refere ao deferimento de verba honorária de sucumbência à míngua de amparo legal, pois o recorrido está assistido por advogado particular, tampouco fez prova de sua hipossuficiência econômica, de modo a não preencher as exigências contidas nos Enunciados do TST 219 e 329.

IV – CONCLUSÃO

Diante do exposto, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA MUNICIPAL requer, respeitosamente, o acolhimento das razões jurídicas levantadas no presente recurso ordinário para reformar a sentença do juízo "a quo" e assim dar provimento ao presente recurso em todos os seus termos, por ser do mais lídimo direito.

Termos em que,Pede e espera provimento.Cidade, dia de mês de ano.

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26. Ismênia ingressou com reclamação trabalhista em 02.02.2004, em que buscou reconhecimento de vínculo de emprego, supostamente havido entre 15.03.90 e 01.12.2001, e pagamento de horas extras de todo o período, bem como adicional de insalubridade em decorrência do contato da empregada com lixo do escritório, comprovado por laudo pericial juntado pela própria reclamante. A notificação da empresa deu-se no dia 05.02.04 e a audiência de julgamento marcada para o dia 08.02.04. Compareceu a empresa-reclamada à audiência e postulou seu adiamento uma vez que não havia tido tempo de preparar sua defesa. O juízo a quo, ignorando seus apelos, indeferiu o pedido entendendo que o comparecimento espontâneo da reclamada supriria a falta de notificação, o que foi decidido sob protestos. Decretada a confissão ficta ante a ausência de contestação, o juiz acolheu integralmente os três pedidos, julgando totalmente procedente a reclamação. Como advogado da empresa elabore a medida processual adequada.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ____ª VARA DO TRABALHO DE CIDADE – ESTADO

RECURSO ORDINÁRIO

EMPRESA, pessoa jurídica, portadora do CNPJ de nº, endereço, cidade-estado, por intermédio de seu patrono abaixo assinado, vem perante V.Exa. em tempo hábil e atendidos os pressupostos legais, com fulcro nos artigos 893, II e 895, alínea "a" da CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO, contra decisão dessa Vara do Trabalho que julgou procedente reclamação trabalhista proposta por ISMÊNIA, nacionalidade, estado civil, ocupação, endereço, cidade-estado, fazendo-o pelas razões anexas, as quais fazem parte integrante desta petição, e, requer reverentemente a V. Exa. que se digne receber o apelo no efeito devolutivo, remetendo-o ao Tribunal Regional do Trabalho da ___ª Região, para a sua devida apreciação e Julgamento.

Ressalte-se que as custas processuais foram devidamente recolhidas (art. 789, CLT) e o depósito recursal efetuado (art. 899 e §§, CLT). Requer-se, finalmente, a notificação da parte contrária para apresentação das contra-razões de acordo com o art. 900, CLT.

Termos em que,Pede e espera seguimento.Cidade, dia de mês de ano.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ RELATOR DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ª REGIÃO

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

COLENDA CORTE,

EMPRESA, inconformada com a sentença proferida que julgou totalmente procedente a reclamação trabalhista contra si interposta, vem, com o devido respeito e acatamento de estilo, através de seus advogados apresentar Razões de Recurso Ordinário da decisão pelas razões de fato e de direito abaixo alinhadas:

I – DO CERCEAMENTO DE DEFESA

O art. 841, também da CLT, preceitua que entre a notificação e a audiência, deverá haver um mínimo de cinco dias, a fim de que a parte reclamada possa ter tempo de preparar sua defesa.

O comparecimento espontâneo da recorrente-reclamada à audiência por si só não tem o condão afastar referido prazo, a não ser que a titular do direito tivesse aberto mão do mesmo, o que não ocorreu. Na verdade, a recorrente protestou pelo adiamento da audiência, pois não teve física condição de preparar habilmente sua defesa, vendo-se cerceada do devido processo legal, ampla defesa e contraditório (art. 5º, incs. LIV e LV CF/88).

Segundo o disposto no art. 794 da CLT, no processo do trabalho só haverá nulidade quando o ato resultar manifesto prejuízo às partes litigantes. É o prejuízo manifesto nos presentes autos na medida em que não se obedecendo à norma contida no art. 841 da CLT evidente o prejuízo da recorrente-reclamada no seu direito de defesa, uma vez que não teve tempo hábil para preparar documentos e testemunhas.

II – DA PRESCRIÇÃO BIENAL

Não obstante tratar-se de o presente de recurso ordinário, a Súmula 153, TST, estabelece que a prescrição poderá ser alegada enquanto na instância ordinária, assim a reclamação trabalhista encontra-se totalmente prescrita uma vez que o contrato de trabalho terminou em 01.12.01 e a ação trabalhista somente foi interposta em 02.02.04, portanto, muito mais que dois anos após a extinção do contrato, devendo haver a incidência do inc. XXIX do art. 7º da Constituição Federal na medida em que estabelece que a ação quanto aos créditos trabalhista dos empregados urbanos e rurais prescrevem em cinco anos, limitado a dois anos após a Pr

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extinção do contrato de trabalho, não havendo, em razão disso, que se falar em vínculo empregatício.

III – DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Caso V.Exa. não acolha a preliminar e a prejudicial acima, pugna-se pela prescrição de todos os direitos trabalhistas anteriores a 02.02.99, notadamente do pedido de horas extras e do adicional de insalubridade, ante a incidência do disposto no inc. XXIX, art. 7º CF/88, ressaltando-se que pela súmula 153 do TST pode-se argüir a prescrição em sede de Recurso Ordinário.

IV – DA INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO

Diante do fato de que a reclamante não preenche os requisitos do vínculo empregatício, notadamente pessoalidade, não-eventualidade, subordinação e a intenção de receber salário previstos no art. 3º, CLT, não tem qualquer vínculo de emprego com a reclamada pelo que improcede o pedido de qualquer verba trabalhista rescisória e indenizatória.

V – DA NECESSIDADE DE PERÍCIA PARA INSALUBRIDADE

O art. 195, § 2º da Consolidação prescreve claramente que arguída em juízo insalubridade ou periculosidade deverá o juiz proceder a prova pericial. Assim, mesmo que a reclamada tenha sido revel e confessa, por força de lei se impõe a prova pericial para a averiguação não apenas da insalubridade alegada, mas igualmente do adicional a ser aplicado e se a atividade, ainda que insalubre, se encontra tipificada como tal em qualquer das Portarias do MTE (OJ nº 4, inc. I, SBDI).

Além do mais, a OJ nº 4, I e II, do Tribunal Superior do Trabalho dispõe de forma precisa que a limpeza em residências e escritórios não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, justamente porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano pela Portaria do Ministério do Trabalho.

VI – DA INEXISTÊNCIA DE HORAS EXTRAS

A reclamante nunca prestou qualquer serviço extraordinário, cumprindo fielmente a jornada de trabalho prevista no art. 7º, inc. XIII, CF/88 de modo a afastar a incidência do inc. XVI do art. 7º, CF bem como do caput do art. 59 da CLT.

VII – CONCLUSÃO

Diante de todo o exposto, a RECORRENTE requer se digne V.Exa. declarar a Prof

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nulidade da sentença por cerceio de defesa, retornando os autos à primeira instância para que o juízo a quo designe nova audiência de conciliação e instrução, concedendo ao recorrente, dessa vez, tempo hábil para a apresentação de defesa.

No mérito, seja extinto o processo com julgamento de mérito pelo reconhecimento da prescrição total do direito de ação do autor. Requer ainda a prescrição parcial dos pedidos relativos aos créditos trabalhistas anteriores a 02.02.99 ante a prescrição bienal.

No mérito, reformar a sentença para julgar a reclamação totalmente improcedente.

Termos em que,Pede espera provimento.

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27. Empregador autuado por Auditor Fiscal do Trabalho, tendo em conta não haver recolhido FGTS sobre as férias vencidas pagas em dobro a empregado quando da rescisão do contrato de trabalho, impetra mandado de segurança, perante a Justiça do Trabalho. Notificada a autoridade coatora e prestadas as informações, o juízo declara sua incompetência e determina a remessa dos autos à Justiça Federal. Como advogado do impetrante proceda em prol de seus interesses.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ____ª VARA DO TRABALHO DA ___ª REGIÃO

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIORECORRENTE: IMPETRANTERECORRIDO: UNIÃO FEDERAL

RECORRENTE-IMPETRANTE, inscrita no CNPJ sob o nº, com endereço na Rua, nº, Bairro, Cidade, Estado, por intermédio de seu patrono abaixo assinado, vem perante V.Exa. em tempo hábil e atendidos os pressupostos legais, com fulcro nos artigos § 2º, art. 799, art. 893, inc. II, art. 895, a, todos CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO em desfavor de UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ, endereço, fazendo-o pelas razões anexas, as quais fazem parte integrante desta petição, e, requer reverentemente a V. Exa. que se digne receber o apelo em seu efeito devolutivo, intimando o recorrido para apresentar contra-razões, remetendo-o ao Tribunal Regional do Trabalho da ____ª Região, para a sua devida apreciação e Julgamento, como é de DIREITO.

Ressalte-se que o recorrente cumpriu as formalidades de lei, pelo que recolheu as custas processuais (art. 789, inc. II, CLT). Depósito recursal dispensado ante a inexistência de condenação pecuniária. Requer-se, finalmente, a intimação da parte contrária para apresentação das contra-razões de acordo com o art. 900, CLT.

Termos em que,Pede e espera seguimento.Cidade, dia de mês de ano.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ª REGIÃO

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

COLENDA CORTE a decisão atacada merece ser reformada.

I – DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

O § 2º do art. 799 da Consolidação prevê expressamente a possibilidade de interposição de Recurso das decisões que terminarem o feito sem julgamento de mérito ao acolher exceção de incompetência relativa ou preliminar de incompetência absoluta. Assim, é cabível o presente Recurso Ordinário para impugnar a decisão terminativa de feito em que fora reconhecida a incompetência absoluta da Justiça do Trabalho com a remessa de autos para outra justiça.

Após a Emenda Constitucional nº 45/04, passou a Justiça do Trabalho, por força do art. 114, incs. IV e VII, CF/88, a ter competência para processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho, assim como os mandados de segurança, habeas corpus e hábeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

Assim, em sendo afeita à jurisdição trabalhista a imposição de multas pelos órgãos de fiscalização do trabalho, surge sua competência para processar e julgar os mandados de segurança contra atos do Delegado Regional do Trabalho e dos Auditores Fiscais do Trabalho.

Incontroversa, pois, a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar os mandados de segurança que versarem sobre a imposição de multa pelos órgãos de fiscalização do trabalho.

II – DO JULGAMENTO DO MÉRITO DO MANDADO DE SEGURANÇA

O § 3º do art. 515, CPC, estabelece claramente a possibilidade do mérito do mandado de segurança impetrado contra ato do Auditor Fiscal do Trabalho ser julgado pelo presente Tribunal quando a matéria nele versar exclusivamente de direito, estando o presente processo em condição de ser imediatamente julgado.

Ocorre que o auto de infração lavrado contra o ora recorrente versou sobre o fato de não ter sido recolhido a contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sobre férias indenizadas. Ocorre que tais férias têm natureza Pr

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indenizatória de modo que o FGTS tem por hipótese de incidência parcelas de natureza remuneratória (art. 15 lei 8036/90). Assim, a Orientação Jurisprudencial de nº 195, SDI-1, esclarece que o FGTS não recai sobre a parcela relativa às férias indenizadas, sendo nulo, portanto, o auto de infração lavrado.

III - CONCLUSÃO

Diante de todo o exposto, a RECORRENTE requer se digne V.Exa. acolher o presente recuso porque tempestivo e cabível, declarando a competência material da Justiça do Trabalho para processar e julgar o mérito do mandado de segurança impetrado, com fulcro no § 3º, art. 515, CPC.

Termos em que,Pede espera provimento.

Cidade, dia de mês de ano.

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TEORIA DA CAUSA MADURA – ART. 515, §3º, CPC

Causa madura é aquela que está pronta para ser julgada.

CPCArt. 515§ 3º Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (artigo 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento.

Requisitos: 1. Matéria exclusiva de direito2. Extinção do feito sem solução de mérito3. Processo em condição de imediato julgamento

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Apostila OAB 2ª Fase ≈ Direito do Trabalho Professor ALEXANDRE TEIXEIRA www.eupassonaoab.com.br

PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL

28. Determinado empregado domiciliado em Areia Branca-RN para prestar serviços em Mossoró-RN ingressou com reclamação trabalhista na Vara Única desta cidade, pleiteando verbas trabalhistas rescisórias e indenizatórias em decorrência da rescisão de seu contrato de trabalho sem justa causa. Na primeira audiência, a empresa-reclamada, ao apresentar contestação, ingressou com petição de exceção de incompetência relativa requerendo que aquele juízo se desse por incompetente remetendo o processo para a Vara Única de Limoeiro do Norte, local do domicílio da empresa e da contratação do empregado. O juiz, atendendo o pedido, deu-se por incompetente e determinou a imediata remessa dos autos para a Vara Única de Limoeiro. Como advogado do empregado elabore a peça necessária para a defesa de seus interesses.

Espaço do Aluno

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ____ª VARA DO TRABALHO DE MOSSORÓ – Prof

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ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

RECURSO ORDINÁRIO

RECORRENTE, nacionalidade, estado civil, ocupação, endereço, cidade-estado, por intermédio de seu patrono abaixo assinado, vem perante V.Exa. em tempo hábil e atendidos os pressupostos legais, com fulcro nos artigos 895, inc. I, CLT, § 2º, art. 799, CLT e súmula 214, “c”, TST, interpor RECURSO ORDINÁRIO, contra decisão dessa Vara do Trabalho que acolheu Exceção de Incompetência Relativa contra si proposta por julgou procedente reclamação trabalhista proposta por RECORRIDO, pessoa jurídica, portadora do CNPJ de nº, endereço, cidade-estado, fazendo-o pelas razões anexas, as quais fazem parte integrante desta petição, e, requer reverentemente a V. Exa. que se digne receber o apelo no efeito devolutivo, remetendo-o ao Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região, para a sua devida apreciação e Julgamento.

Ressalte-se que as custas processuais foram devidamente recolhidas (art. 789, CLT). Depósito recursal dispensado por falta de condenação em pecúnia (art. 899, § 1º, CLT). Requer-se, finalmente, a notificação da parte contrária para apresentação das contra-razões de acordo com o art. 900, CLT.

Termos em que,Pede e espera seguimento.Cidade, dia de mês de ano.

ADVOGADOOAB

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO Prof

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DA 21ª REGIÃO

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

COLENDA CORTE,

RECORRENTE, inconformada com a decisão de V.Exa. que acolheu Exceção de Incompetência Relativa e determinou a remessa dos autos para Vara do Trabalhista distinta do Tribunal Regional excepcionado, vem, com o devido respeito e acatamento de estilo, através de seus advogados apresentar Razões de Recurso Ordinário da decisão pelas razões de fato e de direito abaixo alinhadas:

DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO

Muito embora o § 1º do art. 893, CLT, preveja a irrecorribilidade das decisões interlocutórias, cabendo a apreciação das mesmas apenas quando do recurso da decisão principal, o § 2º do art. 799, CLT, dispõe que as decisões sobre exceções de incompetência, quando terminativas de feito, são recorríveis.

Aliado a este dispositivo, a alínea “c” da súmula 214, TST, esclarece que na Justiça do Trabalho, nos termos do § 1º do art. 893, CLT, as decisões interlocutórias não comportam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante disposto no art. 799, § 2º, CLT.

Tendo em vista a decisão ser terminativa de feito, o recurso cabível é o Recurso Ordinário nos termos do inc. I, art. 895, CLT.

DA COMPETÊNCIA DA VARA DO TRABALHO DE MOSSORÓ

De acordo com a regra contida no art. 651, caput, CLT a vara competente para processar e julgar a reclamação trabalhista é a da localidade da prestação de serviços do empregado, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

Assim, tendo sido o empregado contratado em Limoeiro do Norte para prestar serviços em Mossoró-RN, a Vara competente é a de Mossoró-RN e não a de Limoeiro do Norte, de modo que a decisão do juiz da Vara do Trabalho que acolheu exceção de incompetência relativa deve ser reformada para manter a competência daquela Vara (Mossoró-RN).

Prof

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CONCLUSÃO

Diante do exposto, RECORRENTE requer se digne V.Exa. acolher o presente recurso porque cabível e tempestivo para dar-lhe provimento e reformar a decisão impugnada determinando a manutenção da competência da Vara do Trabalho de Mossoró-RN.

Termos em que,Pede e espera provimento.

Cidade de dia de mês de ano.

ADVOGADOOAB

Regra geral, as decisões interlocutórias no processo do trabalho não comportam recurso (Art. 893, §1º/CLT). Decisão interlocutória é aquela que julga uma questão incidental. Ao julgar uma questão incidental através de decisão interlocutória, deve a parte prejudicada protestar, consignando seu protesto em ata de audiência; e, quando da interposição do recurso principal, levantar a questão em preliminar.

CLTArt. 893§ 1º Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

Exceções a esta regra, encontram-se na súmula 214, itens “a”, “b” e “c”, TST.Pr

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