apostila caio - segunda fase

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7/18/2019 Apostila Caio - Segunda Fase http://slidepdf.com/reader/full/apostila-caio-segunda-fase 1/256  !"#$%&'()#&*("+#&,("-)./&0(1+)2/.-#& 1 !"#$%&'($"%)*$#"%'( +,(-'./(01(/2'3/(0'(1') (  INTRODUÇÃO GERAL Primeiramente, parabenizamos você, nobre candidato ao ingresso na carreira advocatícia por mais uma conquista. Uma das principais barreiras, que é a aprovação para a segunda fase do exame da OAB torna mais próximo a meta de tornar-se um(a) advogado(a). Para tanto, cumpre enfatizar alguns detalhes importantes sobre a avaliação da segunda fase que deve ser levado em consideração na matéria de Direito Tributário e, porque não dizer, nas demais matérias. a) A nota mínima exigida para aprovação do candidato é a nota 6,0 (seis), sendo a segunda fase composta de uma peça prático-profissional e cinco questões dissertativas. A peça prática tem a pontuação máxima de 5,0 (cinco) pontos, sendo que a cada questão é atribuída a valoração de 1,0 (um) ponto; b) A nota atribuída pela banca examinadora não é uma nota com números inteiros, podendo ser fracionada dependendo de cada examinador (4,5; 6,25, etc), sendo havendo arredondamento, tanto para mais, quanto para menos; 1. Material bibliográfico a ser utilizado  Atualmente, a única utilização permitida é de legislação tributária sem comentários (denominada de ³lei seca´), juntamente com a Constituição Federal.

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+,(-'./(01(/2'3/(0'(1') (

 

INTRODUÇÃO GERAL

Primeiramente, parabenizamos você, nobre candidato ao ingresso

na carreira advocatícia por mais uma conquista. Uma das principais barreiras,

que é a aprovação para a segunda fase do exame da OAB torna mais próximo

a meta de tornar-se um(a) advogado(a).

Para tanto, cumpre enfatizar alguns detalhes importantes sobre a

avaliação da segunda fase que deve ser levado em consideração na matéria

de Direito Tributário e, porque não dizer, nas demais matérias.

a) A nota mínima exigida para aprovação do candidato é a nota 6,0 (seis),

sendo a segunda fase composta de uma peça prático-profissional e

cinco questões dissertativas. A peça prática tem a pontuação máxima

de 5,0 (cinco) pontos, sendo que a cada questão é atribuída a valoração

de 1,0 (um) ponto;

b) A nota atribuída pela banca examinadora não é uma nota com números

inteiros, podendo ser fracionada dependendo de cada examinador (4,5;

6,25, etc), sendo havendo arredondamento, tanto para mais, quanto

para menos;

1. Material bibliográfico a ser utilizado

 Atualmente, a única utilização permitida é de legislação tributária

sem comentários (denominada de ³lei seca´), juntamente com a Constituição

Federal.

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 Assim, o ideal é adquirir, o quanto antes, um material de

legislação atualizado, com as principais leis tributárias existentes, além do

Código de Processo Civil para em embasar as peças processuais.

 A maior importância da 2ª fase do Exame da OAB não está no

direito processual; pelo contrário: a maior importância deverá ser dada ao

Direito Material Tributário.

Vejamos o seguinte exemplo: se um candidato realiza um primor 

de peça prático profissional, o máximo que receberá dos examinadores será a

nota 5,0 (cinco). Se porém, apesar da primorosa peça apresentada, errar a

totalidade das questões dissertativas, restará reprovado!

No entanto, o candidato que não fez uma peça que seria

adequada dentro do esperado pelo examinador, conseguindo uma pontuação

2,0 (dois), porém, acertou quatro das cinco questões dissertativas, alcançou a

pontuação suficiente para a sua aprovação!

Isto significa apenas a dica mais importante: o estudo do direito

material prevalece sobre o direito processual tributário. Primeiramente, porque

o candidato dependerá do direito material para fundamentar a sua peça e,

segundo, porque dependerá deste conteúdo para responder cada uma das

questões dissertativas.

2. O que devo começar primeiro?

Com a mudança na forma de pontuação do exame da OAB, indico

a você candidato que comece respondendo as questões dissertativas. Isto

porque, por mais tempo que você demore respondendo as questões, você terá

grande chance nos resultados, deixando por último a peça prático-profissional.

O ideal é que, ao longo desse curso, você consiga realizar as questões numprazo médio de 2 (duas) horas, tempo que reputo mais do que suficiente para

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 A par dessas considerações, passemos a analisar as teses,

modelos de peças, questões dissertativas e outros itens que te levarão a

aprovação no exame da OAB.

Bons estudos !

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Notadamente no que tange ao exame da peça prático-

profissional, as teses, em direito tributário, são específicas para cada caso

apresentado, sendo didaticamente divididas em dois blocos de estudo:

a) Teses de Inconstitucionalidade

Esta deve ser a primeira tese analisada pelo candidato, tanto na peça

quanto nas questões. Com relação è peça, é plenamente comum a afronta às

chamadas limitações constitucionais ao poder de tributar, subdividindo-se nos princípios

constitucionais tributários ou nas imunidades tributárias.

Lembre-se, no entanto, que a tese de inconstitucionalidade poderá ser 

tanto formal quanto material. P.ex., se a criação de um empréstimo compulsório for instituído através de lei ordinária, padecerá de inconstitucionalidade formal, uma vez

que o art. 148 CF determina a instituição por meio de lei complementar.

Já em relação as questões, o candidato primeiramente deve se resguardar 

se existe alguma inconstitucionalidade ou constitucionalidade do procedimento adotado.

Determinando-se que a questão não se refere à ordem constitucional, passará para o

crivo da legalidade ou ilegalidade.

b) Teses de Ilegalidade

Neste caso, competirá ao candidato, após a análise dos pressupostos

constitucionais, a análise das questões legais, iniciando pela lei complementar que

versa sobre as normas gerais em matéria tributária, qual seja, o Código Tributário

Nacional.

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Muitas vezes, a resposta da fundamentação não se encontra

expressamente prevista no CTN, mas em outras legislações extravagantes, tais como aLei nº 87/96, que versa sobre as normas gerais do ICMS e a LC 116/03, que versa

sobre as normas gerais do ISS, além de outras que serão cabíveis, dependendo da

teses adotada.

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Nas localidades em que havia uma Delegacia da Receita Federal

e uma Delegacia da Receita Previdenciária, passou a haver apenas uma

Delegacia da Receita Federal do Brasil. Rio de Janeiro e São Paulo, no

entanto, continuam, num primeiro momento, a ter Delegacias especializadas

tais como a Delegacia Especial de Fiscalização  ± DEFIS, Delegacia Especial

de Administração Tributária  ± DERAT e Delegacia da Receita Previdenciária -

DRP.

Relativamente às contribuições previdenciárias, o prazo para

Impugnação Administrativa passa de quinze para trinta dias, devendo ser 

dirigida ao Delegado da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ). Os

Recursos, por outro lado, passam a ser dirigidos ao Conselho de Contribuintes

do Ministério da Fazenda.

 As certidões de regularidade fiscal passam a ser: i) Certidão

Específica relativa às contribuições previdenciárias; ii) Certidão Conjunta

Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União.

Destacam-se da Lei n° 11.457, de 16 de março de 2007, que

criou a Receita Federal do Brasil, os seguintes dispositivos pertinentes à

representação judicial do INSS:

Art. 1° A Secretaria da Receita Federal passa a denominar-se Secretaria da Receita 

Federal do Brasil, órgão da administração direta subordinado ao Ministro de Estado da 

Fazenda.

Art. 2° Além das competências atribuídas pela legislação vigente à Secretaria da 

Receita Federal, cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar,

acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação,

cobrança e recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do 

parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuições 

instituídas a título de substituição.

(...)

Art. 16. A partir do 1° (primeiro) dia do 2° (segundo) mês subseqüente ao da publicação 

desta Lei, o débito original e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas 

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em lei, relativos às contribuições de que tratam os arts. 2° e 3° desta Lei, constituem 

dívida ativa da União.

§ 1° A partir do 1° (primeiro) dia do 13° (décimo terceiro) mês subseqüente ao da 

publicação desta Lei, o disposto no caput deste artigo se estende à dívida ativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da 

Educação - FNDE decorrente das contribuições a que se referem os arts. 2° e 3° desta 

Lei.

§ 2° Aplica-se à arrecadação da dívida ativa decorrente das contribuições de que trata o 

art. 2° desta Lei o disposto no § 1° daquele artigo.

§ 3° Compete à Procuradoria-Geral Federal representar judicial e extrajudicialmente: 

I - o INSS e o FNDE, em processos que tenham por objeto a cobrança de contribuições 

previdenciárias, inclusive nos que pretendam a contestação do crédito tributário, até a 

data prevista no § 1° deste artigo; 

II - a União, nos processos da Justiça do Trabalho relacionados com a cobrança de 

contribuições previdenciárias, de imposto de renda retido na fonte e de multas impostas 

aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações do trabalho, mediante 

delegação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

(...)

Art. 23. Compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a representação judicial 

na cobrança de créditos de qualquer natureza inscritos em Dívida Ativa da União.

2) Lei do Mandado de Segurança (Lei nº 12.016/09)

Para que haja uma efetiva adaptação do candidato às novas

modificações à lei que regulamenta o Mandado de Segurança, previsto no art.

5º, LXIX da CF, destacamos toda a legislação, sublinhando os aspectos de

maior relevância. Senão, vejamos:

Art. 1o  Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 

certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data , sempre que,ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer 

violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de 

que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

§ 1o  Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 

representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de 

entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as 

pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no 

que disser respeito a essas atribuições.

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§ 2 o  Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão 

comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de 

sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.

§ 3 o  Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas,

qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança.

Art. 2 o  Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as 

consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o 

mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela 

controlada.

Art. 3 o  O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições 

idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias,

quando notificado judicialmente.

Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo 

submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação.

Art. 4 o  Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos 

legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax 

ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada.

§ 1o  Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama,

radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a 

imediata ciência pela autoridade.

§ 2 o  O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) 

dias úteis seguintes.

§ 3 o  Para os fins deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão 

observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP- 

Brasil.

Art. 5 o  Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 

I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,

independentemente de caução; 

II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 

III - de decisão judicial transitada em julgado.

Parágrafo único. (VETADO)

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Art. 6 o  A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos 

pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos 

que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da 

autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.

§ 1o  No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache 

em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se 

recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará,

preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em 

cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 

(dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda 

via da petição.

§ 2 o  Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora,

a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação.

§ 3 o  Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato 

impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.

§ 4 o   (VETADO)

§ 5 o  Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art.

267 da Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

§ 6 o  O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do 

prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o 

mérito.

Art. 7 o  Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 

I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a 

segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no 

prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; 

II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa 

 jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que,

querendo, ingresse no feito; 

III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver 

fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da 

medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante 

caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à 

pessoa jurídica.

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§ 1o  Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a 

liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei 

n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

§ 2 o  Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a 

compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens 

provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de 

servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de 

vantagens ou pagamento de qualquer natureza.

§ 3 o  Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão 

até a prolação da sentença.

§ 4 o 

Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento.

§ 5 o  As vedações relacionadas com a concessão de liminares previstas 

neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts.

273 e 461 da Lei n o 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo 

Civil.

Art. 8 o  Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex 

officio ou a requerimento do Ministério Público quando, concedida a medida,

o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de 

promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem. 

Art. 9 o  As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas 

da notificação da medida liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se 

acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem tiver a 

representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade 

apontada como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim 

como indicações e elementos outros necessários às providências a serem 

tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado 

como ilegal ou abusivo de poder.

Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando 

não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos 

legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração.

§ 1o  Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e,

quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber 

originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o 

órgão competente do tribunal que integre.

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§ 2 o  O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o 

despacho da petição inicial.

Art. 11. Feitas as notificações, o serventuário em cujo cartório corra o feito  juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados ao coator e ao 

órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, bem como a 

prova da entrega a estes ou da sua recusa em aceitá-los ou dar recibo e, no 

caso do art. 4 o desta Lei, a comprovação da remessa. 

Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7 o desta Lei,

o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, que opinará, dentro do 

prazo improrrogável de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser necessariamente 

proferida em 30 (trinta) dias.

Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do 

oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de 

recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa 

 jurídica interessada.

Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz observar o disposto no 

art. 4 o desta Lei. 

Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe 

apelação.

§ 1o  Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao 

duplo grau de jurisdição.

§ 2 o  Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer.

§ 3 o  A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser 

executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a 

concessão da medida liminar.

§ 4 o  O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em 

sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da 

administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente 

será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data 

do ajuizamento da inicial. 

Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público 

interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à 

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saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual 

couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão 

fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá 

agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a  julgamento na sessão seguinte à sua interposição.

§ 1o  Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere 

o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao presidente do 

tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou 

extraordinário.

§ 2 o  É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1 o deste 

artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra 

a liminar a que se refere este artigo.

§ 3 o  A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas 

ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem 

condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo.

§ 4 o  O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo 

liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a 

urgência na concessão da medida.

§ 5 o  As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da 

suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do 

pedido original. 

Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator 

a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do 

 julgamento.

Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a 

medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que 

integre.

Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos 

respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) dias,

contado da data do julgamento, o acórdão será substituído pelas respectivas 

notas taquigráficas, independentemente de revisão.

Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única 

instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos 

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casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for 

denegada.

Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os 

seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.  

Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos 

terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus .

§ 1o  Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira 

sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao relator.

§ 2 o 

O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 5 (cinco)dias. 

Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido 

político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus 

interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou 

por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 

constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de 

direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou 

associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 

finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.

Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo 

podem ser: 

I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de 

natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas 

entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; 

II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 

decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da 

totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.

Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada 

limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo 

impetrante.

§ 1o  O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as 

ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o 

impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado 

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de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da 

impetração da segurança coletiva.

§ 2 

No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito 

público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas.

Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á 

decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo 

interessado, do ato impugnado.

Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da Lei 

n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a 

interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento 

dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no 

caso de litigância de má-fé.

Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto- 

Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões 

proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções 

administrativas e da aplicação da Lei n o 1.079, de 10 de abril de 1950, 

quando cabíveis.

Art. 27. Os regimentos dos tribunais e, no que couber, as leis de organização 

 judiciária deverão ser adaptados às disposições desta Lei no prazo de 180 

(cento e oitenta) dias, contado da sua publicação.

Para tanto, se faz necessário estrita observância aos ditames

estabelecidas nas referidas legislações, salvo ainda aquelas que estejam

previstas no ordenamento jurídico pátrio.

Creio que, num primeiro momento, as ações do Mandado de

Segurança não terão uma modificação substancial naquilo em que já ocorria

para sua efetiva utilização, mas deve o candidato tomar o devido cuidado

quando das respostas das questões dissertativas.

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%<(²(0/-%4%8=1(&13*3(0'(&13!/$>4&%'(!'"'('5*%?'3/4$1(0'.('89/.(

 

Para determinar o juízo competente devemos atentar-nos para o

tributo em questão. Se o tributo for federal a competência é da justiça

federal; se for municipal ou estadual, a competência poderá ser da Vara da

Fazenda Pública (quando houver vara especializada) ou de Vara Cível comum (nas comarcas onde não existe vara especializada).

1) Correção nos endereçamentos

Os endereçamentos serão os seguintes:

a) se tributo federal

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal de ___ Vara Cível da

Seção Judiciária de ___ (para capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, etc.).

Quando versar sobre a outras regiões que não façam parte das Capitais dos

Estados (interior, por exemplo) a competência será da Vara Cível da Subseção

Judiciária de ________.

b) se tributo estadual ou municipal

Nos locais onde exista vara especializada ou anexo fazendário, a

competência será do Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara

da Fazenda Pública da Comarca de ________, e nos locais onde não houver 

vara especializada, a competência será do Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz

de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _______ .

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c) outros endereçamentos

  Recursos endereçados ao Supremo Tribunal Federal

Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Colendo Supremo

Tribunal Federal

  Recursos endereçados ao Superior Tribunal de Justiça

Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Colendo Superior 

Tribunal de Justiça

  Recursos endereçados aos Tribunais Regionais Federais

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Federal Presidente do Egrégio

Tribunal Regional Federal da _____ Região

  Recursos endereçados aos Tribunais de Justiça dos respectivos

Estados

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal

de Justiça do Estado de __________.

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<(²("1$/%"1()#.%&1(!'"'("/0'8=1(0'.(!/8'.($"%)*$#"%'.( 

Para redigir quaisquer das peças práticas em direito tributário

devem ser observados os seguintes tópicos:

a) Endereçamento: o candidato deverá analisar o juízo competente pelo local

indicado na questão. Caso o problema não indique o local da questão, poderá

se levar em consideração o local onde se está realizando a prova.

capacidade postulatória

b) preâmbulo fundamento legal da peça

nome da ação correspondente

qualificação da outra parte

c) fatos: os fatos determinam o problema exigido na prova prático-profissional,

indicando os atos equivocados praticados pelo Fisco e eivados de ilegitimidade

ou inconstitucionalidade. Logicamente, sempre haverá na prova um meio de

defesa plausível para o contribuinte, no qual você, candidato, atuará como

advogado.

Procure não criar os fatos, utilizando-se das mesmas expressões

trazidas no problema apresentado, com a apresentação da terminologia jurídica

apresentada. P.ex., autor, ré, embargante, embargado, etc.

d) direito: trata-se da causa de pedir próxima devendo o candidato apontar e

 justificar a defesa encontrada, fundamentando-a na lei ou na própria

Constituição Federal, discorrendo sobre o tema e enriquecê-lo com citações de

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doutrina e jurisprudência, fazendo um fechamento das idéias. Lembre-se que

toda a fundamentação deve ter um início, meio e fim.

Importante ressaltar que, se a peça apresentada possui pedido de antecipaçãode tutela ou pedido de liminar, é interessante que o candidato abra um tópico

apartado, explicando os motivos pelo qual deseja a concessão da referida

medida.

e) pedidos: são os pedidos específicos para cada tipo de peça apresentada,

onde o candidato somente saberá sua melhor sequencia após a realização do

maior número de peças específicas.

f) provas: demonstrar as provas com o que se quer comprovar o direito

alegado, notadamente a prova documental acostada aos autos e outras que se

fizerem necessárias ao julgamento do douto Juízo. O candidato somente

deverá se atentar que tal tópico não pode ser utilizado em sede de mandado

de segurança, uma vez que este independe de instrução probatória futura. 

g) valor da causa: valor dado pela ação demandada. 

h) desfecho: VmR RV YHUGDGHLURV ³FKDY}HV´ XWLOL]DGRV HP GLUHLWR WDLV FRPR

termos em que, pede deferimento , dentre outras expressões. 

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(

!/8'.(!"1&/..*'%.($"%)*$#"%'.(

 

1. Ação Declaratória de Inexistência (ou Existência) de Relação

Jurídico-Tributária

 A Ação Declaratória de Existência ou Inexistência de Relação

Jurídico-Tributária funda-se no disposto pelo artigo 4.º, inciso I, do Código de

Processo Civil - CPC.

Nesta ação o Sujeito passivo da obrigação tributária busca

estabelecer em seu favor uma decisão judicial aplicável aos casos futuros e

que lhe declare a existência de certo direito ou a inexistência da obrigação

tributária em casos concretos.

Essa ação tem por objeto, portanto, o pronunciamento da Justiça

(declaração por sentença) no sentido da existência de certo direito ou da

inexistência de certa relação jurídica, e deve ser proposta quando tributo não

tenha ainda sido pago, pois a sentença favorável ao Autor não o habilita a

haver repetição de indébito pago.

Pode ser utilizada para declarar inexistência de obrigação

tributária, para fixar obrigação tributária em quantia menor, para declarar a não-

incidência tributária, declarar a imunidade ou a isenção fiscal, etc.

 A ação comporta, nos termos do que dispõe o artigo 273 do CPC,

o pedido de antecipação da tutela, desde que presentes os requisitos exigidos

para tal.

Importa ressaltar, no entanto, que na ação declaratória a urgência

que reclama a antecipação de tutela reside no interesse de se evitar que, até

que seja a ação finalmente julgada, perca a sentença ao final proferida sua

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eficácia, pois o Autor teria que continuar a despender quantias para o

pagamento de exação devida à Ré, desfalcando seu patrimônio com a

perspectiva de apenas recuperar tais valores num prazo, sem dúvida, bastante

longo.

Levando-se porém, em consideração que o pedido de tutela

antecipada na prejudica o cliente, é interessante que o candidato requeira em

sua prova a antecipação da tutela, para os fins de evitar que o lançamento

tributário realmente ocorra e que possa induzi-OR DR GHQRPLQDGR ³VROYH HW

UHSHWH´SDJDUSDUDGHSRLVUHVWLWXLU 

a) Competência

 A Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária

deve ser proposta no Foro do domicílio do Autor. Geralmente os problemas

trazem o local da ocorrência do respectivo fato gerador que enseja tal

competência.

b) Endereçamento

Tributos Municipais ou Estaduais:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da _____ Vara da Fazenda

Pública da Comarca de São Paulo  ± SP (sendo da Capital de São Paulo ou de

outro Estado que possua vara especializada).

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Cível da Comarca

de _________. (em se tratando de locais onde não se dispõe de varas

especializadas)

Tributos Federais:

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da _____ Vara da Seção Judiciária

de _______ (em se tratando das capitais) ou da Subseção Judiciária de

 _______ (em se tratando de demais comarcas fora da Capital).

c) Pólo Passivo

Tributo Municipal: Municipalidade de ________;

Tributo Estadual: Fazenda Pública do Estado de ________;

Tributo Federal: União Federal;

2. Ação Anulatória de Débito Fiscal

Diferentemente da Declaratória, pressupõe a existência de um

lançamento tributário, uma vez que seu objetivo é anulá-lo. Seja qual for a

modalidade sob a qual se apresente (AIIM, DARF, entre outros), só é cabível

após o lançamento, que será combatido por ser indevida sua cobrança.

Possui como fundamento legal o artigo 38 da lei 6830/80, devendo

respeitar (como toda petição inicial) o disposto nos artigos 282 e seguintes do

CPC, bem como o artigo 169 do CTN, nos casos em que couber.

 A propositura da Ação Anulatória somente é possível se não houver 

defesa administrativa nem execução fiscal em curso.

O artigo 38 da lei 6830/80 estabelece que caberá ação anulatória desde

que acompanhada do depósito preparatório, no entanto este requisito não é

indispensável. Caso não ocorra o depósito o crédito não fica suspenso, mas

este efeito pode ser conseguido com a antecipação da tutela jurisdicional

pleiteada.

Portanto mesmo após a propositura da Ação Anulatória pelo contribuinte

o Fisco poderá ingressar com Execução Fiscal da sua dívida ativa. Somente se

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houve o depósito da quantia discutida, ou antecipação da tutela, fica impedido

o ajuizamento da execução.

Quadro comparativo entre ação declaratória e ação anulatória

AÇÃO DECLARAT RIA AÇÃO ANULAT RIA

Momento  Anterior ao lançamento Posterior ao lançamento

Pedido Declaração de inexistência da

obrigação tributária ou da

relação jurídica

 Anulação do lançamento (ou

ato equivalente)

Fund. Legal  Art. 4º e 282 e ss. do CPC Art. 38 da lei 6830/80 e 282 ss

CPC

a) Tutela Antecipada

Fundamentada nos artigos 273 e 461 do Código de Processo Civil,

objetiva assegurar a proteção jurisdicional.

O art. 273 visa afastar os efeitos nocivos do lapso temporal entre o início

da demanda e sua concessão definitiva, que podem lesar de forma grave o

direito do autor. Portanto se presentes a verossimilhança do direito e perigo de

dano irreparável ou de difícil reparação, o juiz poderá antecipar os efeitos da

tutela pleiteada.

É dever do juiz concedê-la se demonstrados seus requisitos, podendo

ser concedida em qualquer fase do processo (até mesmo antes da citação do

réu).

São seus requisitos: a)  prova inequívoca da verossimilhança da 

alegação e b) existência de um dano irreparável o de difícil reparação.

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IMPORTANTE: no caso de ação declaratória, o dano irreparável poderá ser a

existência do lançamento e a constituição definitiva do crédito tributário, que se

pretende afastar. No caso da ação anulatória, entende-se como dano

irreparável a existência da execução fiscal, tornando o sujeito passivo

economicamente inviabilizado.

b) Competência

Trata-se da mesma competência da ação declaratória.

c) Endereçamento

Trata-se do mesmo endereçamento da ação declaratória, em

relação a cada um dos tributos exigidos.

3. Ação de Repetição de Indébito Fiscal

 A Ação de repetição de Indébito é prevista no artigo n° 165 do

Código Tributário Nacional, que garante ao sujeito passivo da obrigação

tributária, independentemente de prévio protesto, o direito à restituição total ou

parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, nos seguintes

casos:

i) cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou

maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou

circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;

ii) erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da

alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou

conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

iii) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão

condenatória.

Essa ação tem por objeto, portanto, e ressarcimento do sujeito

passivo da obrigação tributária pelo indevido pagamento de exação tributária.O Autor da ação , no entanto, deve atentar para o que dispõe o artigo n° 166 do

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CTN, segundo o qual a restituição de tributos que comportem, por sua

natureza, transferência do respectivo encargo financeiro, somente será feita a

quem prove haver assumido referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a

terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.

É imprescindível que o candidato abra um tópico ao final do item

³'R 'LUHLWR´ GHPRQVWUDQGR D MXQWDGD GR FRPSURYDQWH GRV SDJDPHQWRV GRV

tributos.

4. Ação de Consignação em Pagamento

 A ação de consignação em pagamento está ligada ao pagamento

por consignação, uma das formas de extinção das obrigações quando há mora

do credor (artigos 972 a 984, do Código Civil).

Tal pagamento, nos termos do que nos ensina Antonio Carlos

Marcato, perfaz-se "com o depósito judicial ou extrajudicial, da quantia ou coisa devida, o qual, sendo aceito pelo credor ou reconhecido como válido e 

suficiente pelo juiz, tem o condão de extinguir a obrigação, liberando o 

devedor ".

Em matéria fiscal, a Ação de Consignação em Pagamento é

prevista no art. 164 do Código Tributário Nacional, segundo o qual a

importância do crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito

passivo, nos casos:i) de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao

pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação

acessória;

ii) de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências

administrativas sem fundamento legal;

iii) de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito

público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

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Também prevê o referido dispositivo que a consignação só pode

versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar, sendo que, caso

seja julgada procedente a consignação, o pagamento reputar-se-á efetuado e a

importância consignada será convertida em renda. A eventual improcedência

da consignação, no todo ou em parte, desencadeará a cobrança do crédito

acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.

 A Ação de Consignação é regulada pelo que dispõe os artigos

890 e seguintes do Código de Processo Civil.

 A ação deverá ser proposta no lugar do pagamento, cessando

para o devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se

for julgada improcedente. Tratando-se de prestações periódicas (parcelamento

tributário, por exemplo), uma vez consignada a primeira, pode o devedor 

continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se

forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias,

contados da data do vencimento.

O autor, na petição inicial, requererá:

i) o depósito da quantia a ser efetivado no prazo de cinco dias

contados do deferimento;

ii) a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta.

Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o

pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos que o disputam para

provarem o seu direito. Não comparecendo nenhum pretendente, converter-se-

á o depósito em arrecadação de bens de ausentes; comparecendo apenas um,

o juiz decidirá de plano; comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o

depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente

entre os credores, caso em que se observará o procedimento ordinário.

Na contestação, o réu poderá alegar que:

i) não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisadevida;

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29

Sempre que houver fundado receio de lesão a um direito ou do

perecimento de um bem, será cabível a medida cautelar inominada (art. 796 ess. do CPC).

 A Ação Cautelar poderá ser preparatória de outra ação judicial (cautelar 

preparatória), ou poderá ser proposta no curso da ação principal (cautelar 

incidental). Em qualquer dos casos é sempre competente o mesmo juízo da

ação principal.

Para sua propositura é indispensável comprovar a presença de fumus 

boni juris (indício de existência de um direito) e de periculum in mora (ameaça

a este direito pela demora em sua concessão).

 A sentença não tem eficácia constitutiva, mas declarativa, só possuindo

efeito devolutivo

Obs.:  A OAB tem preferido, nos últimos exames, que o candidato

ingresse diretamente com a ação principal e nela peça a antecipação da tutela

pleiteada, por ser mais benéfico ao cliente. No entanto a antecipação da tutela

não se confunde com a cautelar, pois não se limita a assegurar o resultado e

sim objetiva o próprio provimento jurisdicional.

6. Mandado de Segurança

É um remédio constitucional que objetiva atacar lesão ou ameaça de

lesão à direito líquido e certo, não protegido por  Habeas Corpus  ou Habeas 

Data e cometido por autoridade coatora.

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Trata-se de uma ação cível de conhecimento, com procedimento

especial. É mandamental e de rito sumário.

O candidato deverá observar as especificações constantes na Lei

12.016/09, conforme já assinalada na referida apostila.

a) Legitimidade 

Ativa: 

É do titular do direito líquido e certo ameaçado ou lesionado. No âmbito

tributário será um contribuinte, quer pessoa física, quer jurídica, órgãos

públicos ou universalidades patrimoniais, sendo possível até o litisconsórcio

entre elas.

O titular de direito líquido e certo decorrente de direito de terceiro que se

encontre em situação autorizadora do mandado de segurança, poderá impetrá-

lo em favor do direito originário, se o titular não o fizer em prazo razoável,

mesmo que para isso tenha sido notificado judicialmente.

Passiva:

É a autoridade coatora que ilegalmente ou com abuso pratica (ação) ou

deixa de praticar (omissão) determinado ato e assim fere o direito líquido e

certo do contribuinte.

É cabível contra atos administrativos, legislativos e judiciais.

Atenção:

Devemos entender por  autoridade coatora aquele que ordenou,

executou ou se omitiu na prática do ato impugnado e que tenha competência

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para corrigir a ilegalidade ou inconstitucionalidade, ou praticar o ato a que se

omitiu.

Segundo o art. 1º, § da Nova Lei do MS, equiparam-se às autoridades,

para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e

os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de

pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder 

público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

b) Competência 

É o local do domicílio funcional da autoridade coatora. Devemos levar 

em conta este dado: se o domicílio funcional da autoridade coatora for federal,

será competente a Justiça Federal, se por outro lado o domicílio for estadual ou

municipal, é necessário verificar se no local há vara da Fazenda Pública, se

houver será este o foro competente, se não houver a competência é da justiça

cível comum.

c) Liquidez e certeza 

 A doutrina tradicionalmente vem definindo direito líquido e certo como

aquele manifesto em sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser 

exercido. Na petição inicial cabe ao impetrante fazer as provas dos fatos e,

conseqüentemente, da liquidez e certeza do direito.

Em sumas palavras, direito líquido e certo é aquele que independe de

instrução probatória futura, podendo decorrer de ameaça ou de efetiva lesão a

um direito líquido e certo.

Para efeitos do Exame da OAB, o Mandado de Segurança Preventivo éaquele que deverá ser impetrado antes do lançamento. Quando ocorrer o

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lançamento e antes do ajuizamento da execução fiscal, observando o prazo

decadencial de 120 dias contados do lançamento válido, será considerado o

Mandado de Segurança Repressivo.

ATENÇÃO: Não se faz a necessidade do candidato impetrar um

Mandado de Segurança dotado da expressão PREVENTIVO ou

REPRESSIVO, uma vez que a própria natureza do problema já vai determinar 

se ocorreu ou não o lançamento.

d) Liminar 

Trata-se de um provimento cautelar incidente previsto na lei do Mandado

de Segurança, possível desde que presentes os requisitos do Mandado de

Segurança acrescidos do periculum in mora . Cabe ao impetrante demonstrar 

sua necessidade e requerê-lo.

Em tese, quando da impetração do Mandado de Segurança, é

interessante que o candidato possam requerer a liminar, pois isto não

acarretará prejuízo ao cliente.

Tabela das possíveis Autoridades Coatoras

TRIBUTO MUNICIPAL TRIBUTO ESTADUAL TRIBUTO FEDERAL

ISS e taxas sobre bens

móveis:

Tributos aduaneiros (II e

IE):

Diretor do Departamento de

Rendas Mobiliárias

Em todos os casos: Inspetor Alfandegário da

Receita Federal

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33

IPTU, ITBI e taxas sobre

imóveis:

Tributos não aduaneiros:

Diretor do Departamento deRendas Imobiliárias

Delegado RegionalTributário

Delegado da ReceitaFederal

Para Certidões: INSS:

Diretor do Departamento de

 Arrecadação e Fiscalização

Gerente Regional de

 Arrecadação e Fiscalização

do INSS

Obs.: Nesta ação não cabem honorários advocatícios, nem

sucumbência.

Obs.: Não existe pólo passivo no Mandado de Segurança, pois a ação é

movida contra o ato da autoridade coatora e, portanto, contra o Estado, sendo

que sequer é obrigatória a presença de um advogado na relação processual.

7. Embargos à Execução Fiscal

Todas as decisões tomadas na esfera administrativa poderão ser 

revistas pelo poder judiciário (exceção feita à justiça desportiva). Não forem a

esta regra os créditos tributários a serem exercidos pela União, Estados

Membros, Municípios, Distrito Federal, suas autarquias e fundações, que o

fazem pela inclusão na dívida ativa e posterior execução judicial do crédito.

Sempre que o contribuinte entender que a execução que lhe move o

Fisco é indevida, deverá embargar em conformidade com o artigo 736 do CPC

e artigos 16 e ss. da lei 6830/80.

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34

Os Embargos à Execução constituem uma ação autônoma, correndo em

apenso à Ação de Execução Fiscal. Por este motivo a inicial dos embargos

deve observar os artigos 282 e ss. do CPC.

É obrigatória a garantia do juízo para que os embargos sejam recebidos

e processados, suspendendo-se o curso da execução fiscal, enquanto não

forem julgados.

a) Legitimidade

9  Passiva

Os embargos à execução fiscal somente terão lugar nas execuções de

quantia certa que tenham no pólo passivo uma pessoa jurídica de direito

público, que obviamente será aquela que ingressou com a execução.

Poderá ser o devedor (que é citado para pagar o débito fiscal) ou um

garantidor (que é intimado da apreensão e depósito do bem penhorado).

Se o executado for o responsável tributário deve apresentar Embargos

do Devedor e não de Terceiro, pois seu objetivo é desconstituir a dívida.

9  Ativa

É defesa embora autônoma, de uma ação de execução fiscal em curso,

portanto só poderá ter como autor um contribuinte contra o qual venha

movendo execução fiscal a Fazenda Pública.

b) Prazo 

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35

O prazo é de 30 dias contados da data da efetivação do depósito judicial

da quantia, da intimação da penhora do bem na execução fiscal ou da juntada

de prova de fiança bancária.

c) Competência 

O local do domicílio do executado. Se houver mais de um executado,

ficará a cargo da Fazenda Pública escolher um deles. É importante verificar se

há conexão, continência e litispendência com Ação Declaratória ou Ação

 Anulatória em curso.

O endereçamento deverá obedecer a seguinte regra:

  se tributo federal:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara das

Execuções Fiscais da Seção Judiciária de ___ 

  se tributo estadual ou municipal

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ____ Anexo das

Execuções Fiscais da Comarca de _____  

O contribuinte em sede de execução fiscal tem mais uma possibilidade

de defesa, além dos Embargos, a Exceção de Pré-Executividade, cabível a

qualquer momento do processo (diferentemente dos Embargos) e sem a

necessidade de estar garantido o juízo.

No entanto, esta ação somente poderá ser proposta em determinados

casos, em que haja defeito formal na formação do título executivo suficiente

para torná-lo anulável.

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36

 Assim, seria cabível a Exceção de Pré-Executividade nos casos de

nulidades absolutas ou nos casos de apreciação de matérias de ordem pública,tais como decadência, prescrição, etc. Isto faz com que o contribuinte não

necessite garantir o juízo de execuções para que possa ser admitida a

exceção.

RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

Prevê o Código de Processo Civil - CPC, em seu artigo n° 522,

que das decisões interlocutórias (despachos) caberá agravo, no prazo de 10

(dez) dias. O CPC prevê a possibilidade de interposição do recurso por 

instrumento ou, ainda, a interposição do recurso que ficará retido nos autos.

Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que otribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação

(não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas

razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal). Interposto o

agravo, o juiz poderá reformar sua decisão, após ouvida a parte contrária, em 5

(cinco) dias.

O agravo de instrumento (art. 524 do CPC) será dirigidodiretamente ao tribunal competente, através de petição com os seguintes

requisitos:

i) a exposição do fato e do direito;

ii) as razões do pedido de reforma da decisão e;

iii) o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do

processo.

 A petição de agravo de instrumento será instruída:

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 Além de informar o juízo contra a decisão do qual se recorre, o

Recurso deverá indicar a parte Agravada (pólo passivo):

Tributo Municipal: Municipalidade de _______;

Tributo Estadual: Fazenda Pública do Estado de ____________;

Tributo Federal: União Federal;

Agravo de Instrumento interposto em Mandado de Segurança: no pólo

passivo deve figurar a pessoa jurídica de direito público  ± cujo Procurador 

possui capacidade postulatória para recorrer (União Federal, Fazenda Pública,

etc.), não obstante mencione a autoridade coatora em face da qual foi

impetrado o MS.

d) Principais Elementos do Recurso

Endereçamento ao Tribunal competente (TJ ou TRF-3ª região);

Qualificação da Agravante;

Especificação do juízo recorrido;

Qualificação da parte Agravada;

Descrição dos fatos e síntese da decisão recorrida;

Razões para reforma da Decisão Agravada;

Requisitos para a concessão do Efeito Suspensivo ou Antecipação dos

Efeitos da Tutela Recursal;

Pedido:

- Reforma da decisão recorrida, concedendo-se o Efeito

Suspensivo ou a Antecipação dos Efeitos da Tutela Recursal, para o fim de

(...);

- Provimento do Agravo de Instrumento, reformando-se em

definitivo a decisão agravada;

- Requerimento de intimação da parte agravada, para que a

mesma ofereça resposta ao recurso;

- Declaração de autenticidade das cópias que compõem o

instrumento.

Local, data, nome do advogado e n.º da OAB;

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Documentos que acompanham o Recurso:

Peças Obrigatórias:

cópia da decisão agravada; certidão de intimação da decisão agravada

procuração dos advogados das partes;

Peças facultativas: (...);

RECURSO DE APELAÇÃO

Conforme expressa disposição do art. 513, do Código de

Processo Civil  ± CPC, contra a sentença proferida em 1ª instância caberá a

interposição do recurso de apelação.

O art. 267 do CPC elenca as hipóteses de extinção do processo

sem julgamento do mérito:

i) quando o juiz indeferir a petição inicial;

ii) quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por 

negligência das partes;

iii) quando, por não promover os atos e diligências que lhe

competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;

iv) quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição

e de desenvolvimento válido e regular do processo;

v) quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência

ou de coisa julgada;

vi) quando não concorrer qualquer das condições da ação, como

a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

vii) pela convenção de arbitragem;

viii) quando o autor desistir da ação;

ix) quando a ação for considerada intransmissível por disposição

legal;

x) quando ocorrer confusão entre autor e réu e;

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xi) nos demais casos prescritos pelo CPC.

O artigo n° 269 do CPC, por outro lado, elenca as hipóteses de

extinção do processo com julgamento de mérito:

i) quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;

ii) quando o réu reconhecer a procedência do pedido;

iii) quando as partes transigirem;

iv) quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição e;

v) quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.

 A apelação deverá ser interposta por petição dirigida ao juiz que

proferiu a sentença. Na citada petição será requerido o encaminhamento do

recurso à instância superior.

O Recurso de Apelação devolve ao tribunal o conhecimento da

matéria impugnada. Após a interposição da apelação, o juiz, declarando os

efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para responder.

 A regra geral é que a apelação seja recebida em seu efeito

devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo,

quando interposta de sentença que:

i) homologar a divisão ou a demarcação;

ii)condenar à prestação de alimentos;

iii) julgar a liquidação de sentença;

iv) decidir o processo cautelar;

v) rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los

improcedentes e;

vi) julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.

a) Petição de interposição (1ª instância)

O Recurso de Apelação deve ser interposto no mesmo juízo que

proferiu a decisão recorrida.

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Ações propostas pelo Contribuinte para discutir tributo municipal ou

estadual:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da _____ Vara da Fazenda

Pública da Comarca de São Paulo - SP.

Ações propostas pelo Contribuinte para discutir tributo federal

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da _____ Vara da Seção Judiciária

de _________ (capitais) ou Subseção Judiciária de _________ (demais

comarcas);

Embargos à Execução Fiscal de tributo municipal ou estadual: 

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara de Execuções

Fiscais Estaduais (ou Municipais) da Comarca de ________________;

Embargos à Execução Fiscal de tributo federal: 

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ da Vara de Execuções

Fiscais da Seção Judiciária de _______ (capitais) ou Subseção Judiciária de

 _________. (demais comarcas).

Embargos à Execução Fiscal de contribuição previdenciária: 

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara de Execuções

Fiscais Previdenciárias da Seção Judiciária de ____________ (capitais) ou

Subseção Judiciária de _____________ (demais comarcas).

b) Competência

 A competência para julgar o Recurso de Apelação é do Tribunal

ao qual se subordinar o juízo a quo (juízo recorrido).

Tributo estadual ou municipal: 

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

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Tributo federal ou contribuição previdenciária: 

Egrégio Tribunal Regional Federal da ___ Região.

c) Principais Elementos do Recurso

1. Petição de interposição (1ª instância):

1.1. Endereçamento ao juiz que proferiu a sentença;

1.2. Informação do processo ao qual se refere o Recurso;

1.3. Qualificação da Apelante;

1.4. Especificação da parte Apelada;

1.5. Requerimento de recebimento e processamento do Recurso de

 Apelação, com posterior envio dos autos à instância superior;

1.6. Informação de juntada da Guia de Preparo devidamente solvida;

2. Recurso de Apelação:

2.1. Endereçamento ao Tribunal competente (TJ ou TRF-3ª região);

2.2. Especificação do processo, do juiz a quo  e das partes (Apelante e

 Apelado)

2.3. Homenagens (Colenda Turma, Doutos Julgadores, etc.)

2.4. Descrição dos fatos e síntese da decisão recorrida);

2.5. Razões de Direito;

2.6. Pedido:

2.7. Provimento do Recurso de Apelação;

2.8. Reforma da sentença recorrida;

2.9. Objetivo almejado cRPDUHIRUPD³SDUDRILPGH´ 

2.10. Local, data, nome do advogado e n.º da OAB;

Justificativa da solução adotada para o problema.

RECURSO ESPECIAL

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O Recurso Especial é o recurso, de competência exclusiva do

STJ, cabível contra decisões de última ou única instância, proferidas por 

tribunal (TRF ou TJ), das quais não é mais cabível qualquer recurso ordinário.

O recurso especial será cabível apenas nas hipóteses taxativas

previstas no art. 105, III da CF, quais sejam:

(a) decisão que contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe

vigência,

(b) julgar válido ato de governo local, contestado em face de lei

federal e

(c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja

atribuído outro tribunal.

 A admissibilidade deste recurso fica condicionada ao

apontamento de uma destas espécies de vício e anterior questionamento da

matéria (o famoso pré-questionamento).

Não há previsão de recolhimento de custas para a interposição de

Recurso Especial, contudo, é necessário que se recolha as custas relativas ao

porte de remessa e de retorno, que nada mais são do que os valores que o

tribunal ad quo  deverá suportar para remeter ao STJ o processo, e sua

posterior devolução. Portanto, haverá preparo (porte e retorno), devendo ser 

recolhido no ato de interposição do recurso.

O recurso deve ser proposto no prazo de 15 dias, definido pela

regra geral dos recursos do art 508 do CPC. Igual prazo será dado à parte

contrária para oferecimento de contra razões.

 A previsão legal do processamento deste recurso, assim como do

Extraordinário, está no art. 541 a 545 do CPC. Será endereçado ao presidente

do tribunal que proferiu a decisão, onde será realizado o juízo de

admissibilidade do recurso (no caso do TRF é o Vice-Presidente, nos termosdo regimento interno, art 277).

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Neste juízo, será verificado o preenchimento dos requisitos legais,

assim como o recolhimento do preparo. Caso seja denegado o cabimento do

recurso, caberá agravo de instrumento, diretamente ao STJ, no prazo de 10

dias. Este agravo tem por fim determinar a admissão do recurso, podendo o

Recurso Especial ser analisado no mérito nos próprios autos do agravo, desde

que suficientemente instruído.

 A petição de recurso especial deve conter a exposição do fato e

do direito, a demonstração do cabimento do recurso e as razões do pedido de

reforma da decisão.

O pedido no recurso especial será para a reforma (ou

manutenção, em caso de contra razões) da decisão, com base nos argumentos

de mérito (tese de violação de legislação federal).

a) Aspectos práticos

 As partes no Recurso Especial são identificadas como recorrente

(parte que apresentou o recurso) e recorrido (parte adversa na ação).

O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão, no

prazo de 15 dias. Seu fundamento legal está no art 541 e seguintes do CPC.

 A petição do Recurso Especial deverá ser apresenta em uma

petição de interposição, endereçada ao presidente (ou vice) do tribunal prolator 

da decisão, e as razões de recurso, direcionadas ao STJ.

Na petição de interposição deve ser requerida a admissão do

recurso, com seu regular processamento, e envio à superior instância.

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO

O Recurso Extraordinário é o recurso, de competência exclusiva

do STF, cabível contra decisões de última ou única instância, proferidas por 

tribunal (TRF ou TJ), das quais não é mais cabível qualquer recurso ordinário.

O recurso extraordinário será cabível apenas nas hipóteses

taxativas previstas no art. 102, III da CF, quais sejam:

(a) contrariar dispositivo da Constituição Federal,

(b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal,

(c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da

Constituição Federal e

(d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

 A admissibilidade deste recurso fica condicionada ao

apontamento de uma destas espécies de vício e anterior questionamento da

matéria (o famoso pré-questionamento).

 As demais questões são idênticas ao recurso especial, tanto que

a fundamentação legal é a mesma, ou seja, art. 541 e seguintes do CPC. Vale

lembrar, apenas, que no Recurso Extraordinário haverá incidência de custas,

diferente do Especial, em que não há esta incidência.

O recurso deve ser proposto no prazo de 15 dias, definido pela

regra geral dos recursos do art 508 do CPC. Igual prazo será dado a parte

contrária para oferecimento de contra razões.

 A previsão legal do processamento deste recurso, assim como do

Especial, está no art. 541 a 545 do CPC. Será endereçado ao presidente do

tribunal que proferiu a decisão, onde será realizado o juízo de admissibilidade

do recurso. Neste juízo, será verificado o preenchimento dos requisitos legais,

assim como o recolhimento do preparo.

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Caso seja denegado o cabimento do recurso, caberá agravo de

instrumento, diretamente ao STF, no prazo de 10 dias. Este agravo tem por fim

determinar a admissão do recurso, podendo o Recurso Extraordinário ser 

analisado no mérito nos próprios autos do agravo, desde que suficientemente

instruído.

 A petição de recurso extraordinário deve conter a exposição do

fato e do direito, a demonstração do cabimento do recurso e as razões do

pedido de reforma da decisão.

O pedido no recurso extraordinário será para a reforma (ou

manutenção, em caso de contra razões) da decisão, com base nos argumentos

de mérito (tese de violação de texto constitucional).

Pode acontecer da parte ajuizar, ao mesmo tempo, Recurso

Extraordinário e Especial, já que pode haver, ao mesmo tempo, violação de

legislação federal e do texto constitucional. Neste caso, os dois recursos são

propostos independentemente, com prazos e peças distintas.

Contudo, os dois recursos serão remetidos ao STJ, que após

 julgar o Especial, em não tendo havido prejuízo para o pedido do

Extraordinário, o remeterá ao STF. Assim, o Extraordinário somente chega ao

STF após o STJ haver se manifestado no Especial (nos termos do 543 do

CPC).

a) Aspectos práticos

 As partes no Recurso Extraordinário são identificadas como

recorrente (parte que apresentou o recurso) e recorrido (parte adversa na

ação).

O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão, no

prazo de 15 dias. Seu fundamento legal está no art 541 e seguintes do CPC.

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 A petição do Recurso Extraordinário deverá ser apresentada em

uma petição de interposição, endereçada ao presidente do tribunal prolator da

decisão (no caso do TRF é o Vice-Presidente, nos termos do regimento interno,

art. 277), e as razões de recurso, direcionadas ao STF.

Na petição de interposição deve ser requerida a admissão do

recurso, com seu regular processamento, e envio à superior instância.

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

O Recurso Ordinário Constitucional é o recurso de competência

do STF ou STJ, cabível contra as decisões enumeradas na CF.

O recurso ordinário será cabível ao STF nos casos mencionados

no art 102, II da CF e 539, I do CPC. Na seara tributária, nos interessam os

casos de denegação de ordem em mandado de segurança de competência

originário dos tribunais superiores (STJ, TSE e TST).

Já ao STJ, será cabível nos casos de decisão denegatória de

ordem em mandado de segurança de competência originária de TRF ou

Tribunal de Justiça dos Estados, nos termos do art 105, II da CF e 539, II do

CPC.

Perceba-se que o objetivo do presente recurso é permitir a

reapreciação de decisões tomadas em sede de competência originária de

tribunais.

O recurso ordinário deve ser interposto em face do relator do

acórdão proferido, no prazo de 15 dias. Nos termos do art 540 do CPC, aplica-

se a este recurso, no que se refere a admissibilidade e procedimento no juízo

de origem as regras aplicáveis à apelação e ao agravo.

O recurso será endereçado ao Presidente do STF ou STJ.

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Não há previsão de recolhimento de custas para a interposição de

Recurso Ordinário, contudo, é necessário que se recolha as custas relativas ao

porte de remessa e de retorno, que nada mais são que os valores que o

tribunal ad quo  deverá suportar para remeter ao STJ o processo, e sua

posterior devolução. Portanto, haverá preparo (porte e retorno), devendo ser 

recolhido no ato de interposição do recurso.

Este recurso será endereçado ao presidente do tribunal que

proferiu a decisão, onde será realizado o juízo de admissibilidade do recurso

(no caso do TRF é o Vice-Presidente, nos termos do regimento interno, art

274). Neste juízo, será verificado o preenchimento dos requisitos legais, assim

como o recolhimento do preparo.

Caso seja denegado o cabimento do recurso, caberá agravo de

instrumento, diretamente ao STJ/STF, no prazo de 10 dias. Este agravo tem

por fim determinar a admissão do recurso, podendo o Recurso Ordinário ser 

analisado no mérito nos próprios autos do agravo, desde que suficientemente

instruído.

 A petição de recurso ordinário deve conter a exposição do fato e

do direito, a demonstração do cabimento do recurso e as razões do pedido de

reforma da decisão.

O pedido no recurso ordinário será para a reforma (ou

manutenção, em caso de contra razões) da decisão, com base nos argumentos

de mérito (tese de violação de legislação federal), a fim de conceder a ordem

denegada pelo tribunal prolator de decisão recorrida.

a) Aspectos práticos

 As partes no Recurso Especial são identificadas como recorrente(parte que apresentou o recurso) e recorrido (parte adversa na ação).

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O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão, no

prazo de 15 dias. Seu fundamento legal está nos art 102, II e 105, II da CF,

além dos art 539 e seguintes do CPC.

 A petição do Recurso Ordinário deverá ser apresenta em uma

petição de interposição, endereçada ao presidente (ou vice, no caso do TRF)

do tribunal prolator da decisão, e as razões de recurso, direcionadas ao STJ ou

STF.

Na petição de interposição deve ser requerida a admissão do

recurso, com seu regular processamento, e envio à superior instância.

EMBARGOS INFRINGENTES

Os embargos infringentes são o recurso cabível contra acórdão,

proferido em apelação1, não unânime, que tiver reformado sentença ou houver 

 julgado procedente ação rescisória.

Seu fundamento legal está no art 530 e seguintes do CPC. Busca-

se, com esse recurso, não a obtenção da unanimidade no julgamento, mas

apenas a prevalência do voto vencido, favorável ao embargante. No caso de

São Paulo, os embargos serão analisados pela Turma, composta por 5 juízes.

O mesmo tribunal que julgou a apelação é competente para

apreciar os embargos. Devem ser endereçados ao relator do acórdão

embargado, pessoalmente.

Os embargos infringentes devem ser limitados à matéria versada

no voto vencido, ou seja, ao apresentar o recurso, a parte requer, apenas, que

a turma julgadora faça prevalecer o voto vencido, por seus argumentos. Não

1 De acordo com a súmula 169 do STJ, não são cabíveis embargos infringentes em sede deapelação em mandado de segurança.

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pode, o recorrente, inovar os argumentos. Os limites da divergência são dados

pelo voto vencido.2 

Os embargos podem ser apresentados no prazo de 15 dias, a

contar da publicação do acórdão. A propositura dos embargos tem o condão de

interromper o prazo para a propositura de recurso especial ou extraordinário,

nos termos do art 498 do CPC. Apresentados os embargos, será dada

oportunidade à parte contrária oferecer contra razões, também no prazo de 15

dias.

a) Aspectos práticos

 As partes nos embargos infringentes são identificadas como

embargante/recorrente (parte que apresentou o recurso) e

embargado/recorrido (parte adversa na ação).

O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão,

endereçado ao relator do acórdão, no prazo de 15 dias. Será dado prazo ao

embargado apresentar contra razoes no mesmo prazo. Seu fundamento legal

está no art 530 e seguintes do CPC.

O principal pedido dos embargos é a reforma da decisão, de

forma a prevalecer o voto vencido, por seus próprios argumentos.

2 Em sendo assim, para a prova da OAB, a questão deve fornecer exatamente quais osargumentos do voto vencido.

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310/:1.(0'.(!/8'.(!"#$%&1(!"1-%..%14'%.( 

MODELO SIMPLIFICADO DE AÇÃO DECLARATÓRIA

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da _____ Vara da Seção

Judiciária de __________(ou local do domicílio da empresa),

(pular 10 linhas)

Nome da empresa, pessoa jurídica de direito privado,

regularmente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o

nº______, com inscrição estadual nº ______, possuindo sede na __________,

nº. __, bairro ______, cidade ______, por seu advogado e bastante procurador 

que esta subscreve (instrumento de mandato incluso) com escritório na ____,

bairro, _____ cidade _____, onde receberá as devidas intimações, nos termos

do artigo 39, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa

Excelência, com fulcro no artigo 4º, I, combinado com os artigos 282 e 273 do

Código de Processo Civil, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICATRIBUTÁRIACOM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face da União Federal, na pessoa de seu representante legal, pelas

razões de fato e de Direito a seguir expostas:

I  ± DOS FATOS

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54

 A doutrina é bem clara a respeito, como bem assevera o ilustre

SURIHVVRU &$55$==$ HP VXD REUD ³&XUVR GR 'LUHLWR &RQVWLWXFLRQDO

7ULEXWiULR´QDIO 

³(P PDWpULD WULEXWiULD YLJRUD SRLV R SULQFtSLR 

da estrita legalidade, pelo qual os tributos só podem ser criados 

ou aumentados por meio da lei ordinária. Não de medida 

provisória, nem de lei delegada, nem, muito menos, de 

UHJXODPHQWRTXHDLVWRREVWDRGHVtJQLRFRQVWLWXFLRQDO´ 

 Assim, fica evidenciado que o Decreto-regulamentar, ao

majorar a alíquota do IRPJ, exigindo, ainda, seu pagamento, a partir dessa

publicação, contraria dois princípios fundamentais: o da legalidade, que é

genérico para todo o decreto, e o da anterioridade, que é específico do direito

tributário, revestindo-se de manifesta inconstitucionalidade.

a) Da concessão de Tutela Antecipada

Segundo o art. 273, do CPC, são pressupostos autorizadores

da tutela antecipatória: a verossimilhança da alegação, em face da prova

inequívoca da alegação e o fundado receio de dano irreparável.

 A concessão da tutela antecipada justifica-se, pois a violação

dos princípios da legalidade e da anterioridade é uma prova inequívoca da

verossimilhança do pedido da Autora.

Por sua vez, como o IRPJ é lançado por homologação, e a

data do recolhimento apresenta-se iminente, a Autora está sujeita

imediatamente a um crédito tributário maior que o devido. Tal fato demonstra o

receio de perda financeira de difícil reparação. Além disso, a concessão do

pedido pode HYLWDU D DSOLFDomR GD DQWLJD UHJUD GR ³solve et repete  VH IRU

necessário um pedido de restituição do indébito.

III - DOS PEDIDOS

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Pelo exposto, a Autora requer a Vossa Excelência:

a) a concessão da tutela jurisdicional antecipada, de acordo

com o art. 273, do CPC, afastando, assim, a exigência quanto à majoração de

alíquota do IRPJ, pois a prova inequívoca da verossimilhança do pedido e o

receio de perda financeira foram demonstrados;

b) o julgamento procedente do pedido, declarando-se a

inexistência de relação jurídico-tributária com a União Federal, em relação à

majoração da alíquota de IRPJ, em face da violação dos princípios da

legalidade e da anterioridade e, por fim, confirmando-se a tutela anteriormente

concedida;

c) a citação da União Federal, na pessoa de seu representante

legal para, querendo, apresentar contestação e acompanhá-la até o seu final;

d) a condenação da Ré ao pagamento das custas processuais

e dos honorários advocatícios;

IV - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidos, especialmente a documental e outras que se fizerem

necessárias ao esclarecimento do D. Juízo.

V - DO VALOR DA CAUSA

 Atribui-se à presente causa o valor de R$ ________ (valor por 

extenso).

Nestes Termos,P. Deferimento

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Local, data

Nome e assinatura do advogado

OAB ± ____nº

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MODELO SIMPLIFICADO DE AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da _____ Vara da FazendaPública da Comarca de São Paulo  ± Capital.

(pular 10 linhas)

Contribuinte, (nacionalidade), (estado civil), (profissão),

portador de Cédula de Identidade RG n.º __________e inscrito no Cadastro de

Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o n.º __________, residente e

domiciliado na __________, n.º __, Bairro ________, cidade ________, por 

meio de seu advogado, que esta subscreve (instrumento de mandato incluso),

vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 282 e 273

do Código de Processo Civil, e no artigo 38, da Lei 6.830/80 propor a presente

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL

com Pedido de Tutela Antecipada 

em face da Municipalidade de São Paulo, na pessoa de seu representante

legal, de acordo com as razões de fato e de Direito a seguir expostas:

I - DOS FATOS

O Autor é contribuinte do IPTU, imposto de competência do

Município, o qual vem recolhendo anualmente, de maneira regular.

O Poder Executivo Municipal, por meio de Decreto, alterou o

valor venal dos imóveis acima da correção monetária do período.

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Por intermédio da notificação do lançamento de ofício, o Autor 

tomou ciência da cobrança administrativa do imposto aumentando

indevidamente.

Não concordando com a referida exação, não resta outra

alternativa senão propositura da presente ação.

II - DO DIREITO

Expor o direito de forma clara e concisa, analisando todos os

aspectos da ação ....

a) Da concessão de Tutela Antecipada

Segundo o art. 273, do CPC, são pressupostos autorizadores

da tutela antecipatória: a verossimilhança da alegação, em face da prova

inequívoca da alegação, e o fundado receio de dano irreparável.

 A concessão da tutela antecipada justifica-se, pois a utilização

de índices divorciados da verdadeira correção monetária do período representa

PDMRUDomR GR WULEXWR H QmR PHUD ³DWXDOL]DomR´ HVWDQGR VXMHLWD DR

disciplinamento exclusivo da lei. ³,Q FDVX´ violou-se o princípio da estrita

legalidade ou tipicidade fechada, representando uma prova inequívoca da

verossimilhança do pedido da Autora.

Por sua vez, com o lançamento de ofício ocorrido, plasmado na

notificação recepcionada pelo Autor, tem-se iminente a data do recolhimento,

sujeitando-o imediatamente a um crédito tributário maior que o devido. Tal fato

demonstra o receio de perda financeira de difícil reparação.

Posto isso, uma vez evidente a presença dos pressupostosautorizadores do provimento emergencial a que visa o Autor no vertente caso,

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espera lograr suspender o crédito tributário, consoante a inteligência do art.

151, V, do CTN, evitando-se, com isso, arcar com o ônus tributacional relativo

DRLPSRVWR³VXEH[DPLQH´ 

III - DOS PEDIDOS

Em face do exposto, o Autor requer:

a) a concessão da tutela jurisdicional antecipada, de acordo

com o art. 273, do CPC, afastando, assim, a exigência quanto à majoração de

alíquota do IPTU, pois a prova inequívoca da verossimilhança do pedido e o

receio de perda financeira foram demonstrados, suspendendo-se a

exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 151, V do CTN;

b) julgamento procedente, anulando-se o débito fiscal atinente

ao IPTU, formalizado por intermédio do lançamento de ofício, referente ao

exercício de ______, em razão da violação do princípio da legalidade, e

confirmando-se a tutela anteriormente concedida ;

c) a citação da Municipalidade de São Paulo, na pessoa de seu

representante judicial, para, se quiser, apresentar contestação;

d) a condenação da Ré nas custas processuais e nos

honorários advocatícios.

IV - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidos, especialmente a documental .....

V - DO VALOR DA CAUSA

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 Atribui-se à presente causa o valor de R$ ________ (valor por 

extenso).

Nestes Termos,

P. Deferimento

Local, data

Nome e assinatura do advogado

OAB ± _______ nº

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Para o exercício da sua principal atividade, importou a

mercadoria clasVLILFDGDFRPR³WLQWDHVSHFLDOSDUDMRUQDOSUHWHQGHQGRXVXIUXLU

DLPXQLGDGHSUHYLVWDQRDUW9,³G´GD&RQVWLWXLomR)HGHUDO 

Entretanto, a Empresa foi surpreendida por ato do Senhor 

Inspetor da IRF  ± Santos, que exigiu, indevidamente, para o desembaraço da

mercadoria, recolhimento de Imposto de Importação e do Imposto sobre

Produtos Industrializados.

Não concordando com a referida exação, não restou outra

alternativa senão a impetração do presente mandamus .

II - DO DIREITO

De acordo com o aUW9,³G´GD&)pYHGDGRj8QLmR

instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua

impressão.

De acordo com art. 111, do CTN, interpreta-se literalmente a

legislação tributária que disponha sobre exclusão do crédito tributário, na qual

se inclui a isenção, mas não a imunidade.

Nesse sentido, cumpre salientar que, enquanto a imunidade é

estabelecida na Constituição, criando, assim, uma proibição aos entes

tributantes de elegerem determinados fatos econômicos como hipótese de

incidência de impostos, a isenção é estabelecida pela lei, e somente neste

caso a interpretação deva ser literal, como preceitua o dispositivo legal

retromencionado.

 A corroborar a assertiva acima, cumpre trazer à colação as

lições do ilustre proIHVVRU5248(&$55$==$QDVXDREUD³&XUVRGH'LUHLWR

&RQVWLWXFLRQDO7ULEXWiULR´QDIO 

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³XPD LQWHUSUHWDomR WHOHROyJLFD GR 7H[WR

Supremo só viria ao encontro dos objetivos constitucionais de 

democratizar a cultura e a divulgação do pensamento.Lembramos que o intérprete, ou aplicador, se quiser evitar 

resultados absurdos, deverá guiar- VHVHPSUHSHOD´UDWLRLXULV´

Assim, fica evidente que uma interpretação rígida e literal da 

DOtQHD ³G´ GR DUWLJR GD &) SRGHULD HQVHMDU GHFLV}HV

incompatíveis com os valores culturais protegidos, preservados 

HHQFRUDMDGRVSHOD&RQVWLWXLomRQHVWHGLVSRVLWLYR´ 

Vale notar, ainda, que a Doutrina e a Jurisprudência são

pacíficas e bem claras a respeito desse assunto, conforme se observa da

ementa do Acórdão do TJSP, AC/966-2/Campinas:

³$LPXQLGDGHGHYHWHULQWHUSUHWDomRH[WHQVLYD

larga, não enfrentando o óbice do inciso II do art. 111 do 

&71´³LQ´³$&RQVWLWXLomRQD9LVmRGRV7ULEXQDLV S

col. II, Editora Saraiva, São Paulo, 1.997). 

Ou ainda, na citada obra, pág. 1.066:

³8PD YH] LPXQH GH WULEXWDomR R SDSHO

destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, imunes 

também devem ser considerados os insumos necessários à LPSUHVVmR´7-63$F -2/São Paulo.

 Ante o exposto, ficou demonstrado que os fatos são certos e

que o direito é liquido. Assim, a autoridade coatora lesou direito líquido e certo

do Impetrante, ao impedir o desembaraço das mercadorias importadas, sem o

recolhimento do Imposto de Importação sobre Produtos Industrializados.

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a) Da concessão de medida liminar

 A liminar será concedida, suspendendo-se o ato que deu

motivo ao pedido, quando for relevante o fundamento do pedido e do ato

impugnado puder resultar a ineficácia da medida, nos termos da Lei 12.016/09.

 A relevância do fundamento pode ser entendida como a

SODXVLELOLGDGHGRGLUHLWRLQYRFDGRRXQDH[SUHVVmRODWLQD³ fumus boni iuris 

Enquanto que a ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato,

refere-VHDRFKDPDGR³periculum in mora  

 Assim, estão preseQWHV R ³IXPXV ERQL LXULV´ SRLV D

inconstitucionalidade é manifesta, uma vez violada a imunidade determinada

SHOD&RQVWLWXLomREHPFRPRR³SHULFXOXPLQPRUD´SRLVDFDGDGLDTXHSDVVD

sem que a mercadoria seja liberada, aumenta a despesa da Impetrante com a

taxa de armazenagem, além de impedir a produção dos respectivos jornais,

 justificando plenamente o pedido de liminar.

III - DOS PEDIDOS

Em face do exposto, a Impetrante requer:

a) a concessão da liminar, ordenando à autoridade coatora a

liberação imediata da mercadoria importada, sem a exigência do recolhimento

do Imposto de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI):

b) seja julgado procedente o pedido, confirmando-se a liminar 

anteriormente concedida e concedendo-se a segurança em definitivo;

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c) a notificação da autoridade coatora para prestar informações

no prazo legal de dez (10) dias, como de direito, bem como a oitiva do

Ministério Público;

d)a condenação ao pagamento das custas judiciais.

IV - DO VALOR DA CAUSA

 Atribui-se à presente causa o valor de R$ ________ (valor por 

extenso).

Nestes Termos,

P. Deferimento

Local, data

Nome e assinatura do advogado

OAB ± ________ nº

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Pelo exposto, a Autora requer:

a) que seu pedido seja julgado procedente, com a declaração

do pagamento indevido do ICMS sobre as vendas de ativo fixo, bem como a

condenação da Ré na obrigação de restituir tais valores, acrescidos de juros e

correção monetária;

b) a citação da Ré, na pessoa do seu representante judicial,

para integrar o pólo passivo da ação;

c) a condenação do Estado de São Paulo nas custas

processuais e honorários advocatícios;

IV - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidos, especialmente a documental.

V - DO VALOR DA CAUSA

 Atribui-se à presente causa o valor de R$ ________ (valor por 

extenso).

Nestes Termos,

P. Deferimento

Local, data

Nome e assinatura do advogadoOAB ± ___________ nº

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MODELO SIMPLIFICADO DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da _____ Vara da Seção

Judiciária de________ .

(pular 10 linhas)

 ____________, nacionalidade, profissão, portador do RG e

CPF..., residente e domiciliado na..., Campinas, São Paulo, por seu advogado

infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 282 e 890 e seguintes, do CPC, bem assim com supedâneo

no art. 164, III, do CTN, propor a presente

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

em face da União e do Município de Campinas, na pessoa de seus

representantes legais, pelos motivos de fato e de direito abaixo articulados.

I - DOS FATOS

O Autor é proprietário de uma chácara localizada na cidade de

Campinas ±SP, tendo recebido notificação de IPTU daquele Município, bem

como notificação de ITR, haja vista o entendimento da União de que tal imóvel

está localizado em gleba rural.

O Autor, desejando extinguir o crédito tributário, dirigiu-se à

repartição fiscal, com o fito de efetuar o pagamento, porém encontrou óbices

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na consecução de tal intento, uma vez que, pagando para um dos entes, não

estaria adimplindo a obrigação tributária para com o outro.

Em face da iminência de uma dupla tributação, com o que não

concorda o Demandante, pretende, com a presente, obter o pronunciamento

 jurisdicional favorável, capaz de liberá-lo dos efeitos nocivos da bitributação em

comento, uma vez que intenciona pagar, mas pagar apenas para um dos dois

entes tributantes interessados na percepção do crédito tributário.

Diante da dupla exigência de tributo idêntico sobre um mesmo

fato gerador, o Autor teve de recorrer ao Poder Judiciário, a fim de que o

pagamento seja feito a um dos dois sujeitos ativos, restando saber a quem

pagar, se à União, ou à Municipalidade de Campinas.

II - DO DIREITO

O art. 164, III, do CTN, dispõe ser cabente a Ação de

Consignação em Pagamento, quando mais de um ente tributante pretender 

cobrar um ou mais tributos sobre o mesmo fato gerador. Tal situação versa

sobre o instituto jurídico da ³ELWULEXWDomR´SUHYLVWDQR&yGLJR7ULEXWiULRHGH

todo condenável, havendo medida judicial apta a sanar a dupla invasão

SDWULPRQLDOSOHLWHDGDSHORV)LVFRVQRFDVR³VXEH[DPLQH´ 

Não se torna despiciendo salientar que o fenômeno da

bitributação não deve ser tolerado, pela simples impossibilidade de

solidariedade ativa na relação jurídica tributária, sendo atentatório, ao direito

público subjetivo do contribuinte, o posicionamento, por mais de uma Fazenda

Pública, no pólo ativo da obrigação tributária.

O Autor foi surpreendido, na data tal, com o recebimento de

notificações expedidas pelo Fisco Federal, bem como pelo Fisco Municipal,desejosos de perceberem, respectivamente, o ITR, pela propriedade de imóvel

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localizado na área rural, e o IPTU, pela propriedade de imóvel localizado na

zona urbana, do município de Campinas.

O ínclito doutrinador ........, em sua obra....., pág....,

SUHFRQL]DQRFRQFHUQHQWHjELWULEXWDomR´LSVLVOLWWHULV´ 

......................................................................................................

...............................................................................................................................

.......................................................................................................................

³([SRVLWLV´QmR UHVWRXDR$XWRURXWUDVDtGDVHQmR LQWHUSRUD

presente Consignatória, para o fim de pagar o tributo ao sujeito ativo detentor 

da competência tributária e para obter a quitação do tributo para vários fins.

III - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, o Autor requer a Vossa Excelência que se

digne de:

a) autorizar o depósito judicial, na quantia de ....., evitando-se a

mora e suspendendo-se o crédito tributário, em consonância com o art. 151, II,

do CTN;

b) julgar procedente a ação, reputando-se efetuado o

pagamento e convertendo-se a importância consignada em renda da

............(União ou Município de Campinas), nos termos do art. 156, VIII, do

CTN, com a presente extinção do crédito tributário;

c) citar a União e o Município de Campinas, nas pessoas de

seus representantes legais, para que compareçam a Juízo, assinalando-lhes o

prazo para levantar o depósito ² caso uma das Partes se declare não

detentora da competência ² ou ofereçam as respectivas razões de estilo;

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d) condenar a ..... (União ou Município de Campinas) nas

custas e honorários advocatícios;

IV - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidos, especialmente a documental.

V - DO VALOR DA CAUSA

 Atribui-se à presente causa o valor de R$ ________ (valor por 

extenso).

Nestes Termos,

P. Deferimento

Local, data

Nome e assinatura do advogado

OAB ± __________ nº

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MODELO SIMPLIFICADO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da _____ Vara da Seção

Judiciária de________ .

(pular 10 linhas)

(PREAMBULO COMPLETO), vem mui respeitosamente à

presença de V.Exa, com fundamento nos artigos 16 da Lei 6.830/80, bem como

no art. 282 do CPC, opor os presentes

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL

que lhe move a Fazenda Pública do Estado de _______, a qual foi distribuída a

este setor sob o número supra-epigrafado, pelos motivos de fato e direito a

seguir aduzidos:

I - DOS FATOS

 A Embargante foi autuada pelo Fisco Estadual por deixar de

recolher o ICMS que, pretensamente, incidiria sobre a venda de veículos de

sua frota, constantes de seu ativo imobilizado.

Ocorre que, por entender inexigível o referido imposto ao caso

em tela, a Empresa não se utilizou dos recursos administrativos cabíveis ao

caso, o que culminou com a inscrição desse débito na Dívida Ativa.

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75

os bens tais como créditos, as ações, o dinheiro entre 

outros(...)o que caracteriza uma coisa como mercadoria é a 

destinação. Mercadorias são aquelas coisas móveis destinadas ao comércio. São coisas adquiridas pelos empresários para a 

renda no estado em que as adquiriu, ou transformadas, e ainda 

aquelas produzidas para a venda. Não são mercadorias as 

coisas que o empresário adquiriu para uso ou consumo próprio,

´  

 Ainda o artigo 110 do Código Tributário Nacional estipula que a

Lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance dos

institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados expressa ou

implicitamente pela Constituição Federal pelas Constituições dos Estados, ou

pelas leis orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios para definir ou limitar 

competências tributarias.

Em decorrência disso, temos que veículos constantes do ativo

LPRELOL]DGRGHXPDHPSUHVDQmRVmR³PHUFDGRULDV´HVLPSDUWHFRQVWDQWHGH

seu patrimônio. Suas eventuais vendas são para a sua troca por outros mais

novos e com conseqüência vida útil maior, e não para auferir lucro, o que aí

sim os caracterizaria como mercadoria.

Requer, outrossim, indicar que os presentes embargos

encontram-se garantidos, nos termos do art. 9º da Lei 6.830/80.

III - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a Embargante:

a) que os presentes embargos sejam recebidos e processados,

suspendendo-se o curso da Execução Fiscal;

b) sejam acolhidos os presentes embargos, julgando-os

procedentes, extinguindo-se a Execução Fiscal, corporificada na CDA, e

deconstituindo-se o crédito tributário, plasmado no lançamento, com oconseqüente levantamento da penhora (ou garantia);

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c) intimação da Embargada,na pessoa de seu representante

legal, para apresentação de sua impugnação, consoante o art. 17, da Lei

6.830/80;

d) condenação nas custas e honorários advocatícios;

e) seja declarada insubsistente a penhora (ou liberada a

garantia) que recai sobre os bens da embargante, efetuada em garantia da

execução, nos termos do artigo 32, parágrafo 2º da Lei de Execuções Fiscais.

IV - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidos, especialmente a documental.

V - DO VALOR DA CAUSA

 Atribui-se à presente causa o valor de R$ ________ (valor por 

extenso).

Nestes Termos,

P. Deferimento

Local, data

Nome e assinatura do advogado

OAB ± ___________nº

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77

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA _____ VARA

FISCAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO - CAPITAL

10 cm.

Contribuinte, nacionalidade, estado civil, profissão,

portador da cédula de identidade RG n° ____________ e inscrito no CPF/MF

sob o n° ____________, residente na _____________, n° ___, bairro Centro,

São Paulo/SP, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato

incluso), vem, respeitosamente, à presença de V. Ex.a., com fundamento nos

artigos 3°, Parágrafo Único, da Lei 6.830/80 e do art. 5º XXXV CF, argüir a

presente

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

à Execução Fiscal n° ____________ , que lhe move a Fazenda Nacional,

pelas razões de fato e de direito que adiante passa a expor:

CABIMENTO DA PRESENTE EXCEÇÃO

Busca-se com a presente oposição a demonstraçãode que a Certidão de Dívida Ativa que é lastro da presente Execução Fiscal

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  Referido valor é resultado da subtração de R$360,82 (saldo do

imposto a pagar na DIRPF original) da importância de R$3.284,58

(imposto devido conforme DIRPF original), ou seja: R$3.284,58  ± 

R$360,82 = R$2.753,70;

  Note-se que na declaração original a Receita Federal do Brasil

desconsiderou o valor de IRRF que o Excipiente informou

HTXLYRFDGDPHQWHQRFDPSR³FDUQr-OHmR´ 

   Após a apresentação da Declaração Retificadora do IRRF pelo

Excipiente, o equívoco supra referido foi corrigido, de forma que o

valor de R$2.923,76 relativo ao IR Retido pelos Juízos do Foro

Central passou a constar do campo apropriado;

   A partir de tal Retificação a DIRPF do Excipiente apresentou o

seguinte resultado: R$3.284,58 (Imposto Devido)  ± R$2.923,76

(Imposto Retido na Fonte) = R$360,82 (Saldo do Imposto a Pagar);

  Como o saldo de R$360,82 foi devidamente recolhido pelo

([FLSLHQWHFRQIRUPHFRPSURYDPDVDQH[DV'$5)¶VQmRKiTXHVH

falar em qualquer valor devido a título de IRPF.

Não obstante o recolhimento pelo Excipiente de

todo o imposto de renda devido no exercício 1996 e da apresentação da

mencionada Declaração Retificadora do IRPF que corrigiu um erro meramente

formal da declaração original, houve por bem a Excepta em dar 

prosseguimento à presente Execução, objetivando a cobrança de um valor 

absolutamente indevido.

II  ± DOS PEDIDOS

Face ao exposto e diante da documentação

presentemente carreada, requer digne-se V.Exa. em:

a) Determinar o recolhimento AD CAUTELAM do mandado de

penhora eventualmente expedido, já que o seu cumprimento acarretará

prejuízo ao Executado;

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b) Determinar a imediata manifestação da Exeqüente a respeito da

presente petição e respectivos documentos que comprovam a inexistência de

saldo de Imposto de Renda a ser recolhido;

Requer-se que, ao final, seja reconhecida a

nulidade da presente Execução Fiscal, com sua conseqüente extinção,

condenando-se a Exeqüente ao pagamento de honorários advocatícios, com a

posterior extinção e arquivamento do processo.

Termos em que,

p. deferimento.

Local, data.

nome e assinatura do advogado

OAB/___ nº ____ 

ANEXOS:

Documentos comprobatórios do recolhimento do tributo objeto da presente

Execução

CONTESTAÇÃO A AÇÃO CAUTELAR FISCAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA _____ VARA DE

EXECUÇÕES FISCAIS DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DA CAPITAL  ± SP

10 CM.

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Processo n° ______ 

 _______________________ com sede na Av.

 _________________ nº ____, no Município de São Paulo, Estado de São

Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº ______________________, e Inscrição

Estadual n° ____________________, vem, respeitosamente à presença de

Vossa .Excelência, com fundamento no artigo 8° da Lei n° 8.397/92, apresentar 

CONTESTAÇÃO

aos termos da presente AÇÃO CAUTELAR FISCAL que lhe move a UNIÃO

FEDERAL, consoante razões de fato e direito que passa a expor:

DOS FATOS ALEGADOS NA INICIAL

. (...).

DA LIMINAR REQUERIDA

 $XVHQWHV R ³3HULFXOXP LQ PRUD´ H GR ³)XPXV ERQL

 MXULV´QHFHVViULRVDRGHIHULPHQWROLPLQDUGDPHGLGDFDXWHODUI iscal...

Verifica-se, ante a narrativa apresentada pelo Autor,

a ausência de receio de lesão...

Descabida, portanto, a concessão da medida liminar,

 já que ausentes os fundamentos que a justificam...

DO MÉRITO

. (...).

DO PEDIDO

Face ao exposto, requer seja indeferido o pedido

liminar formulado nos autos da presente AÇÃO CAUTELAR FISCAL, haja vistaa ausência dos requisitos prescritos pela Lei n° 8.397/92 como necessários à

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Termos em que, requerendo seja recebido e

ordenado o regular processamento do presente recurso,

Pede deferimento.

Local e data.

 __________________________ 

(nome e assinatura do advogado)

OAB/____n.º ________ 

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MODELO SIMPLIFICADO DE RAZÕES DE APELAÇÃO

Razões de Apelação

Egrégio Tribunal,

Colenda Câmara,

Doutos Julgadores:

 A respeitável sentença de fls.,

proferida pelo douto Juiz da Vara de Execuções Fiscais Municipais da Comarca

de São Paulo, merece ser reformada totalmente, pelos motivos que a Apelante

passa a expor:

I - DOS FATOS

 A Apelante é uma entidade

beneficente que cuida de menores abandonados recolhidos das ruas, cuja

sede é imóvel próprio situado no Município de São Paulo.

No exercício de 95, recebeu um

lançamento referente ao IPTU, com relação à propriedade do citado imóvel.

Como entendeu que em função da

sua atividade gozava de imunidade, não tomou nenhuma iniciativa na via

 Administrativa nem na judicial.

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³$V LQVWLWXLo}HV GH DVVLVWrQFLD VRFLDO IRUDP GHFODUDGDV

pela Constituição, imunes a impostos justamente porque 

DX[LOLDPR(VWDGRQDUHDOL]DomRGREHPFRPXP´ 

 A jurisprudência também é bem

clara a respeito dessa questão, como, por exemplo, se depreende da decisão

do STF, MI 420/RJ:

³(PHQWD,PXQLGDGH7ULEXWiULD(QWLGDGHVYROWDGDVSDUDj

assistência social. A norma inserta na alínea C do inciso 

VI do art. 150 da Carta de 1988 repete o que previa a 

antiga alínea C do inciso III do art. 19 da CF anterior.

Assim foi recepcionado o preceito do art. 14, do Código 

Tributário Nacional, no que cogita dos requisitos a serem 

DWHQGLGRVSDUDRH[HUFtFLRGRGLUHLWRjLPXQLGDGH´ 

³([SRVLWLV´D$SHODQte, encontra-se

inconformada com a respeitável sentença de fls. prolatada pelo Meritíssimo

Juízo monocrático, dela discordando pelas razões acima articuladas, o que a

faz merecedora da reforma pleiteada, em face da flagrante violação à regra

imunitória.

III - DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer a Apelante:

DDUHIRUPD³LQWRWXP´GDUHVSHLWiYHOVHQWHQoDGHIOVDFROKHQGRRVUHIHULGRV

Embargos de Executado, extinguindo-se a Execução Fiscal, corporificada na

CDA, e deconstituindo-se o crédito tributário, plasmado no lançamento, com o

conseqüente levantamento da penhora;

b) a juntada da anexa guia comprobatória das custas de preparo, consoante o

art. 511, do CPC.

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MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

 Agravante: ___________ 

 Agravada: ___________ 

 Autos do Processo n.º ___________ 

(QUALIFICAÇÃO), não se conformando com a

decisão proferida, vem dela AGRAVAR, aguardando que ao final se digne

vossa Excelência em reformá-la pelos motivos que passa a expor:

I - DOS FATOS

O Meritíssimo Juiz, em decisão

interlocutória, indeferiu o pedido de liminar do citado mandado de segurança,

sob o fundamento de que (...)

Entretanto, cumpre notar que a lei

estadual concedeu isenção do ICMS por cinco anos, aos contribuintes que

realizassem um investimento mínimo de R$ 500.000,00, na região leste do

Estado.

No caso em comento, a Agravante

aplicou R$ 1.000.000,00 na sua nova fábrica, estabelecida na região leste do

(VWDGR ³,SVR IDFWR SRU WHU preenchido os requisitos impostos na lei para a

fruição da isenção, esta não pode ser revogada antes do prazo assinalado,

razão pela qual espera lograr obter deste respeitável Juízo Colegiado a reforma

da nobre decisão ora guerreada.

II - DO DIREITO

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SeguQGR R DUW ³LQ ILQH´ GR

CTN, a revogação de isenção obedecer-se-á ao Princípio da Anterioridade,

uma vez que se equipara à criação de tributo.

2 DUW ,,, ³E´ GD &)

determina que nenhum tributo pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro

em que foi publicada a lei que o aumentou ou instituiu. Esse é o denominado

princípio da anterioridade.

Com efeito, todos os tributos devem

atender tais princípios, ressalvadas as exceções previstas no próprio texto da

Constituição, sob pena de violarem o princípio da supremacia constitucional.

Não obstante o exposto, note-se

que a lei que afasta uma isenção assemelha-se aquela que cria um tributo, por 

isso também está sujeita ao princípio da anterioridade. No caso em discussão,

a renovação da isenção teve eficácia a partir da publicação da lei estadual,

contrariando, portanto, o citado princípio.

 A doutrina é bem clara a respeito

dessa questão, com ensina, por exemplo, o ilustre professor CARRAZZA, no

VHXOLYUR³&XUVRGH'LUHLWR&RQVWLWXFLRQDO7ULEXWiULR´QDIO 

³ UHYRJDGD D OHL LVHQWLYD H UHVWDEHOHFLGR R GHYHU GH

pagar o tributo, pela nova lei que a revogou, é 

inafastável a incidência do princípio da anterioridade,que encerra, para o contribuinte, uma garantia de 

estabilidade de ordem j XUtGLFD´ 

(...)

³$VVLP DV YDQWDJHQV GD LVHQomR WULEXWiULD FRQGLFLRQDO

incorporam-se ao patrimônio de seu destinatário (que 

cumpriu a condição), que passa a ver o direito adquirido 

de continuar desfrutando do beneficio, até a expiração do prazo fixado na le LLVHQWDGD´ 

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 A jurisprudência também segue o

mesmo entendimento, como se depreende do Acórdão do STJ, Resp.

$0FLWDGRQROLYUR³&yGLJR7ULEXWiULR1DFLRQDO,QWHUSUHWDGR´GD(GLWRUD

Saraiva, na fl. 152:

³(PHQWD± Assim como o Estado pode tributar, também 

pode revogar as isenções. A isenção interpretada 

restritivamente, adstrita à determinada finalidade de 

política fiscal, submete-se à regra geral da revogabilidade,

salvo quando estabelecida por prazo certo ou impondo 

específica condição onerosa satisfeita pelo contribuinte,

quando se impõe o sujeito ao cumprimento dessas 

FOiXVXODV´  

 Ante o exposto, merece a

Impetrante, ora Agravante, o regulamento da respeitável decisão proferida pelo

nobre Juízo Singular, denegatória da medida liminar suspensiva do crédito

tributário em comento, em face da violação à regra constitucional inserta no

Princípio da Anterioridade, a que toda revogação de isenção deve obediência,

sob pena de irremissível inconstitucionalidade.

a) DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL

 A Lei 12.016/09, que disciplina o

Mandado de Segurança, dispõe que a liminar será concedida, suspendendo-se

o ato que deu motivo ao pedido, quando for relevante o fundamento do pedido

e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida.

 A relevância do fundamento pode

ser entendida como a plausibilidade do direito invocado ou, na expressão

ODWLQD³fumus boni iuris (QTXDQWRTXHD LQHILFiFLDGDPHGLGDFDVRQmRVHMD

deferida de imediato, refere-VHDRFKDPDGR³periculum in mora  

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O relevante fundamento do pedido

RX ³IXPXV ERQL LXULV HVWi SDWHQWH SRLV D LQFRQVWLWXFLRQDOLGDGH pPDQLIHVWD

uma vez violado o Princípio da Anterioridade, inserido como limitação ao Poder 

de Tributar, no Texto Constitucional. Ademais, impende destacar que se trata

de flagrante violação a direito adquirido de fruição do benefício, conforme art.

5º, XXXVI, da CF.

 A ineficácia da medida, caso não

VHMD GHIHULGD GH LPHGLDWR UHSUHVHQWD R ³SHULFXOXP LQ PRUD´ H[VXUJLQGR

cristalina, pois a exigência do pagamento do tributo faz robustecer a

necessidade da liminar. Sem tal provimento emergencial, a Agravante, ou

deixará de recolher a exação, ficando inadimplente  ± o que a pode submeter a

uma eventual Execução Fiscal  ± ou efetuará o recolhimento, enfrentando os

percalços da ação repetitória, sujeitando-VHjUHJUDGR³VROYHHWUHSHWH´FDVR

logre obter procedência do pedido em julgamento de mérito da demanda.

Do exposto, uma vez presentes os

pressupostos autorizadores da medida liminar, merece a Impetrante, ora

 Agravante, a obtenção da concessão da antecipação dos efeitos da tutela

recursal, visante à consecução da liminar denegada, a fim de que se suspenda

o crédito tributário, consoante o art. 151, IV, do CTN.

III - DOS PEDIDOS

Em face do exposto, a Agravante

requer:

a) a concessão da antecipação dos efeitos da tutela recursal, consoante a

dicção do art. 558, do CPC, a fim de que se suspenda o crédito tributário

passível de exigência no vertente caso, uma vez revogada a isenção e exigido

de imediato o pagamento do gravame;

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MODELO SIMPLIFICADO DE RECURSO ESPECIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTEDO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo nº ____ 

Recorrente:

Recorrida:

CONTRIBUINTE, (qualificação completa), por 

seu advogado que esta subscreve, nos autos da Apelação Cível nº ___ em que

figura como Recorrente, não se conformando data vênia com o v. acórdão de

fls. ___ prolatado pela ___ do Egrégio Tribunal de Justiça de ____, vem

respeitosamente, com fulcro no art. 105, III, a  da CF, art. 541 e ss do CPC

interpor o presente

RECURSO ESPECIAL

Para o Colendo STJ, pelas razões de fato e de

direito anexas que fazem parte integrante desta.

Os requisitos constitucionais estão atendidos.

Presentes, também, os pressupostos gerais de admissibilidade. Quando ao

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específico, o recurso merece ser conhecido e provido, uma vez que o acórdão

recorrido negou vigência ao _______.

Diante do exposto, respeitosamente, requer 

seja o presente recurso admitido e regularmente processado e, após aberto

vistas à Recorrida para apresentar as contra razões no prazo legal, digne-se de

determinar a remessa dos autos ao Egrégio STJ.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local, data

Nome e assinatura do advogado

OAB/____ nº _____________ 

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RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Observar os mesmos moldes de uma apelação

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MODELO DE AGRAVO DE INTRUMENTO CONTRA DESPACHO

DENEGATÓRIO DE RECURSO ESPECIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

10 cm.

XPTO Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com

sede na ________, n°_____, bairro de ________, na cidade de São Paulo,

Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o n° ______ e Inscrição

Estadual de n° _______, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de

mandato incluso), vem, respeitosamente à presença de V.Exa., com

fundamento no artigo 544 do CPC, interpor o presente

AGRAVO DE INTRUMENTO CONTRA DESPACHO DENEGATÓRIO DE

RECURSO ESPECIAL

em face do r. despacho de fls., proferido pela Exmo. Desembargador Vice-

Presidente do Egrégio Tribunal Regional Federal da 3ª Região que negou

seguimento ao Recurso Especial interposto, pelos motivos aduzidos nas

anexas razões.

 A Agravante requer que, após as formalidades de

estilo e a intimação da parte Agravada para apresentar resposta ao presenterecurso, sejam os autos remetidos ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.

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III  ± DO DIREITO

Nos casos de tributos que foram declarados

inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal - STF, o contribuinte tem cinco

anos para ajuizar ação visando à repetição/restituição, contados da data de

publicação do acórdão da Corte Suprema.

Esse posicionamento encontra respaldo na

presunção de constitucionalidade das leis, que faz com que os cidadãos as

cumpram ainda que manifestamente inconstitucionais, até que tal vício seja

assinalado pelo órgão competente.

Dessa forma, o Plenário do Supremo Tribunal

Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário n° 169.740-7, decidiu que a

majoração da alíquota da contribuição para a seguridade social (10% para

20%) somente poderia ser aplicada depois de noventa dias contados da data

da publicação da lei e não da publicação da medida provisória.

 A inconstitucionalidade da legislação que ora se

combate foi declarada pelo Colendo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, em 27

de setembro de 1995, sendo que o Egrégio SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇA reiteradas vezes se pronunciou no sentido de que o contribuinte tem

cinco anos (a contar da declaração de inconstitucionalidade pelo STF) para

ingressar com ação requerendo a compensação/repetição o indébito.

 Assim, conclui-se que, diante da declaração da

inconstitucionalidade da exigência da referida contribuição, pelo Plenário do

Supremo Tribunal Federal (julgamento de 27/09/95, publicado em 17.11.95)

tomaram-se indevidos os valores recolhidos no período indicado, começando a

fluir, a partir desta data, o prazo para o ingresso de ação visando a

restituição/compensação.

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Ocorre que muito embora a Suprema Corte já tenha

decidido pela inconstitucionalidade da exação em questão, a agravante

necessita da tutela jurisdicional para que a Agravada seja condenada a aceitar 

a compensação do valor indevidamente recolhido com contribuição da mesma

espécie, acrescido da devida correção monetária integrante desse valor, na

medida em que o pedido realizado na via administrativa é imprestável para

esse fim.

Dessa forma, tratando-se de pagamento indevido

em razão de inconstitucionalidade de lei, um exame mais profundo evidencia

que não devem ser aplicadas as normas contidas nos artigos 168 e 169 do

CTN, isto porque a aplicação do Código Tributário Nacional, incluindo-se os

seus prazos, pressupõe a validade da lei perante a Constituição Federal.

IV  ± DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, requer a Agravante a

procedência do presente recurso para o fim de que seja admitido, processado e

 julgado o Recurso Especial interposto, dando-lhe, assim, provimento no sentido

de reformar o acórdão guerreado.

O advogado infra-assinado poderá receber 

intimações relativas ao presente feito na _________________________.

Termos em que,

P. Deferimento.

Local, data.

Nome e assinatura do advogadoOAB/___ nº

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Nome e assinatura do advogado

OAB/___ nº

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Nestes termos,

Pede deferimento.

Local, data

Nome e assinatura do advogado

OAB/___ nº

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Ponto 1

O Município de Arapiraca, por intermédio da lei nº 3.456, de 15 de julho de

1997, que foi publicada e que entrou em vigor nesta mesma data, instituiu a

Taxa de Lixo , estabelecendo os seguintes elementos do fato gerador:

a. O fato gerador é a utilização do serviço de coleta e transporte de lixo

domiciliar;

b. O contribuinte da taxa é o proprietário de imóvel urbano, tomador do serviço

de coleta e transporte do lixo domiciliar;

c. A alíquota é de 0,001% sobre o valor venal do imóvel;

João da Silva, morador e proprietário de bem imóvel localizado no Município de

 Arapiraca, não concordando com a referida exigência, procurou-o para

defender seus interesses.

QUESTÃO: Como advogado de João da Silva, promova a medida judicialcabível para resguardar os direitos de seu cliente.

Ponto 2

O contribuinte XPTO, sediado na cidade de São Paulo, através de fiscalização

realizada pela Fazenda Estadual em 15.07.1995, teve contra ele lavrado um

auto de infração e imposição de multa (AIIM) relativo à falta de pagamento do

imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA) cujo fato gerador ocorreu em 1o. de janeiro de 1989. Pela falta de pagamento do IPVA na data

aprazada, foi cobrado o valor originário de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos

reais) mais a multa de 20% (vinte por cento) com base na lei nº 4.589 de

12.8.1993, que estava em vigor na data da fiscalização (15.7.1995). Na data da

ocorrência do fato gerador estava em vigor a lei nº 6.538 que fixava o valor 

originário do IPVA em R$ 1.750,00 (um mil, setecentos e cinqüenta reais) e a

multa em 30% (trinta por cento) sobre o valor do imposto não pago.

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QUESTÃO: Como advogado de XPTO promova a medida judicial cabível para

resguardar os interesses dos seus clientes.

Ponto 3

 Através de fiscalização realizada em 25.8.1986 na empresa "Comércio de

Materiais para Construção João de Barro Ltda.", a Receita Federal, com base

na legislação vigente nesta data, lavrou auto de infração e imposição de multa

(AIIM) no valor de R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais)

relativamente à falta de pagamento do imposto sobre a renda (IR) incidente

sobre o lucro apurado em operação de vendas de mercadorias realizadas

durante o ano de 1980. Não concordando com a referida exigência o

contribuinte ingressou, imediata e tempestivamente, com a competente

impugnação administrativa, sendo, entretanto, proferida decisão a seu

desfavor, que transitou em definitiva em 24.8.1990. Não sendo pago o crédito

tributário, a Fazenda Pública, após inscrição na dívida ativa, ingressou com

execução fiscal, cuja petição inicial foi deferida pelo MM. Juiz em 24.3.1996.

QUESTÃO: Como advogado do contribuinte, promova a medida judicial

cabível para resguardar os direitos de seu cliente.

Ponto 4

 A Empresa XYZ Ltda., com estabelecimento e sede no Município de São

Paulo, durante o mês de maio de 1982, prestou serviços de limpeza à Empresa

WWW Ltda., sediada no mesmo Município, sem emissão de Nota Fiscal, e sem

o recolhimento do Imposto sobre Serviços de competência municipal

(ISSQN).Em 03 de maio de 1988, a fiscalização municipal identificou a falta de

recolhimento, oportunidade em que lavrou o Auto de Infração e Imposição de

Multa, passando a exigir o crédito tributário com base na Lei nº 7.999, de

23.11.87, publicada nesta mesma data. O Contribuinte, não concordando com

as exigências, ingressou imediata e tempestivamente, com a defesa

administrativa, rejeitada por decisão desfavorável transitada em julgado em

03.10.93. QUESTÃO: Como advogado(a) da Empresa XYZ Ltda., ingresse com

a Medida Judicial cabível para a defesa do contribuinte.

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contribuinte promoveu ação anulatória de débito fiscal, sem ter, no entanto,

efetuado o respectivo depósito judicial do montante constante no AIIM em

questão. Diante da ausência desse depósito, o MM. Juízo de 1ª instância

extinguiu a ação promovida, sem análise do mérito.

QUESTÃO: Como advogado do contribuinte, tome a providência judicial

cabível.

Ponto 10

 A empresa KYB, Indústria de Papéis e Celulose recolheu no ano de 2001 ao

Fisco Estadual o ICMS sobre a venda de veículos de sua frota, constantes de

seu ativo imobilizado. Os administradores da empresa não estão certos se tal

procedimento foi correto à luz da legislação tributária vigente, razão pela qual

decidem consultar um advogado.

QUESTÃO: Como advogado da empresa KYB, acione a medida judicial

adequada à solução da questão.

Ponto 11

 A sociedade Pirandello S. A. declarou à Secretaria da Receita Federal ter 

auferido, em setembro de 1999, receita de R$ 100.000,00 (cem mil reais),

quando na verdade ela foi de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). A declaração

a menor deveu-se ao fato de que a sociedade não tinha recursos em caixa

para pagar os tributos correspondentes. Em julho de 2000, já com capital de

giro suficiente, denunciou espontaneamente o débito, quitou os tributos

exigíveis (PIS, COFINS, IRPJ e CSLL), acrescidos de juros moratórios, e

impetrou mandado de segurança com o objetivo de afastar a cobrança de

multa. A sentença concedeu a segurança em parte, para impedir a exigência

de multa por lançamento de ofício, mas facultando à autoridade fiscal exigir 

multa simplesmente moratória.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Pirandello S. A., atue em seu favor.

Considere, para tanto, que o processo tramita perante a 25 a Vara Federal da

Subseção Judiciária de São Paulo e que a intimação da sentença foi recebida

há 10 (dez) dias.

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QUESTÃO: Como advogado(a) de ABC Ltda., utilize a medida judicial

apropriada para defender os interesses da sua cliente.

Ponto 14

No exercício de 1996, a Prefeitura do Município de São José da Serra realizou

obras de pavimentação asfáltica na zona norte da cidade. Naquela

oportunidade, os moradores da região receberam um comunicado da

Secretaria Municipal de Transportes e Vias Públicas, do qual constava apenas

o período da consecução das obras e as conseqüentes mudanças no tráfego

daquela área. Sem outras formalidades ou previdências preliminares, as obras

foram iniciadas no prazo previsto. A Fazenda Municipal está, agora, efetuando

a cobrança, pela via executiva, da contribuição de melhoria que foi instituída

pela Lei Municipal nº 12, de 29 de dezembro de 1995, com a finalidade de

custear a indigitada obra. De acordo com esse diploma, o valor da contribuição

corresponderia ao custo total da obra dividido pelo número de imóveis

beneficiados. Caio é proprietário de um imóvel nessa região, cujo valor venal

passou de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para R$ 12.000,00 (doze mil reais) em

razão da pavimentação, e está sendo executado judicialmente para pagamento

do montante equivalente a R$ 6.000,00 (seis mil reais), a título de contribuição

de melhoria.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado de Caio, exercite a providência judicial

necessária para afastar a cobrança, considerando-se que já houve citação no

bojo da execução fiscal e que o executado foi intimado da penhora que recaiu

sobre o próprio imóvel há 15 (quinze) dias.

Ponto 15

Na vigência da Lei Complementar nº 70/91, a construtora ZYB Ltda. ajuizou

ação de rito ordinário, visando à declaração de inexistência de relação jurídico-

tributária que a obrigue a efetuar o pagamento da Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social  ± COFINS sobre o produto das vendas de

imóveis. No curso do processo, foram realizados os depósitos judiciais das

importâncias questionadas até o mês de competência relativa a fevereiro de1999. A ação foi julgada improcedente, sob o fundamento de que a alienação

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de imóveis enquadra-se na hipótese de incidência prevista no art. 2º da Lei

Complementar nº 70/91, in verbis: "A contribuição de que trata o artigo anterior 

será de dois por cento e incidirá sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas das mercadorias e dos serviços de 

qualquer natureza ". Outrossim, asseverou o juízo singular que o art. 6º do

mesmo diploma, que contempla as hipóteses de isenção da contribuição, nada

menciona a respeito da venda de imóveis.

QUESTÃO: Como advogado da contribuinte, manipule a medida conducente à

reforma dessa decisão, publicada há menos de 5 (cinco) dias, considerando-

se, ainda, que o processo foi ajuizado em São Paulo-SP.

Ponto 16

 A empresa "Indústria e Comércio de Móveis de Madeira Santo Antônio Ltda",

em 21.05.95, teve contra si lavrado um Auto de Infração pela Fiscalização

Estadual, uma vez que foi identificada a realização de uma operação de venda

de mercadorias, em 05.10.90, sem emissão de nota fiscal, o que implicou falta

de pagamento do ICMS. No Auto de Infração e Imposição de Multa a

fiscalização exigiu a cobrança do imposto calculado pela alíquota de 18% e da

multa de 30% pela inadimplência, conforme previsto na Lei nº 7.896, de

23.03.95, publicada nesta mesma data, sendo certo que a Lei nº 5.698, de

17.07.88, vigente na data de ocorrência do fato gerador, fixava a alíquota de

10% e multa de 40%.

QUESTÃO: Como advogado (a) da contribuinte, ingresse com a medida judicial

cabível para defender os interesses de sua cliente.

Ponto 17

Por meio de fiscalização realizada em 25.08.89 na empresa "Comércio de

Materiais para Construção João de Barro Ltda"., a Receita Federal, com base

na legislação vigente nesta data, lavrou Auto de Infração e Imposição de Multa

(AIIM) no valor de R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais)

relativamente à falta de pagamento do Imposto Sobre a Renda (IR) incidente

sobre o lucro apurado em operação de vendas de mercadorias realizadasdurante o ano de 1983. Não concordando com a referida exigência, o

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decorrentes das mensalidades pagas pelos associados, tendo em vista a

previsão específica de tributação do serviço de acesso à internet na Lei

Municipal nº 9.999 aprovada em 31 de dezembro de 1998. A empresa não

apresentou defesa administrativa, mas ainda não foi executada judicialmente.

QUESTÃO: Considerando-se que o serviço em questão não consta da lista

anexa ao Decreto-lei nº 406/68, nem da Lei Complementar nº 56/87, adote, em

nome da contribuinte, a medida judicial cabível para desconstituir o indigitado

auto de infração e assegurar o direito do contribuinte de obter certidões de

regularidade fiscal durante o trâmite da ação. Os objetivos deverão ser 

perseguidos em uma única ação.

Ponto 20

De acordo com a Lei nº 11.154/91 do Município de São Paulo, a alienação inter 

vivos de bem imóveis está sujeita à incidência do Imposto de Transmissão de

Bens Imóveis  ± ITBI, a ser pago pelo adquirente. A cobrança do imposto é feita

sob o regime de alíquotas progressivas de 2, 3, 4 e 6%, incidentes sobre as

parcelas do preço divididas em faixas de valor em tabela específica.

Caio está adquirindo um bem imóvel situado no Município de São Paulo, cuja

escritura deverá ser outorgada em 10 dias, ocasião em que, necessariamente,

deverá apresentar a competente guia de recolhimento do imposto devidamente

quitada.

Ciente de que o valor da operação supera o limite da menor faixa de valor,

atraindo a incidência das alíquotas superiores a 2%, Caio impetrou Mandado

de Segurança, com pedido de liminar, contra o Diretor do Departamento de

Rendas Imobiliárias da Prefeitura do Município de São Paulo, para calcular e

recolher o tributo à alíquota de 2% sobre o valor total da operação.

 A medida liminar foi negada, sob o argumento de que o Município tem

competência para definir a alíquota do imposto, inclusive no regime de

alíquotas progressivas, tendo em vista o princípio constitucional da capacidade

contributiva (art. 145, §1º da Constituição Federal).

QUESTÃO: Considerando que a decisão denegatória da medida liminar foi

publicada na imprensa oficial há 5 (cinco) dias, adote a medida adequada para

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viabilizar a outorga da escritura de compra e venda do imóvel no prazo fixado,

mediante o pagamento do ITBI pela menor alíquota.

Ponto 21

 A sociedade "Almeirão e Filhos Ltda." tem por atividade principal a

comercialização, no atacado, de material de limpeza. Há 20 (vinte) dias, foi

intimada da lavratura de Auto de Infração e Imposição de Multa pela Secretaria

da Fazenda do Estado de São Paulo, que lhe aplicou penalidade por haver 

vendido mercadorias sem a emissão da correspondente nota fiscal de saída,

cobrando-lhe ainda o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços -

ICMS correspondente. A "Almeirão e Filhos" sustenta que, na verdade, a venda

daqueles produtos foi cancelada antes que houvesse a sua efetiva saída do

estabelecimento comercial, mas que por problemas internos, o sistema

informatizado de controle de estoque não registrou o cancelamento da

operação, dando baixa dos produtos vendidos. Possui, para tanto, documentos

que comprovam tanto a falha no sistema quanto a permanência dos produtos

tidos como vendidos em seu estoque.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da "Almeirão e Filhos Ltda.", tome a

medida cabível para cancelar o Auto de Infração e Imposição de Multa lavrado

contra a empresa. Considere que a empresa tem sede em São Bernardo do

Campo.

Ponto 22

 A Indústria de Artefatos de Madeira Ltda., entendendo que um determinado

produto por ela fabricado encontrava-se abrangido pela isenção do IPI, antes

de qualquer manifestação do Fisco formulou, em 01.02.99, consulta à

Secretaria da Receita Federal, porém, enquanto aguardava a resposta,

continuou comercializando o referido produto ao abrigo da isenção. Em

22.11.99, a Receita Federal, em resposta à consulta formulada, posicionou-se

oficialmente, fixando o entendimento de que aquele produto era tributado pelo

IPI à alíquota de 5%. Nesta mesma data, o contribuinte recebeu o DARF

(Documento de Arrecadação de Receitas Federais), emitido pela Receita

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Ponto 29

Caio e Tício são os únicos sócios da empresa XPTO S/A, que atuava no ramo

de industrialização e comércio varejista de tubos de plástico. Diante das

divergências administrativas entre ambos, em 31 de dezembro de 2000, foi

deliberada a cisão da companhia, com a versão dos ativos relacionados à

atividade de comercialização para outra empresa controlada por Caio, a RLBO

LTDA. Tício permaneceu à frente da XPTO, que passou a se dedicar 

exclusivamente à atividade de industrialização. Antes da data da operação, os

sócios decidiram transferir para os estabelecimentos comerciais toda a

produção excedente de tubos, que se encontrava no estoque da fábrica. Em 01

de janeiro de 2001, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e imposição

de multa contra a XPTO S/A, pelo não recolhimento do ICMS na transferência

daquelas mercadorias, sob o argumento de ser a transferência fraudulenta.

QUESTÃO: Como advogado da empresa, utilize o meio judicial pertinente a

afastar a cobrança do ICMS no caso concreto e assegurar à Autora o acesso

desde logo a certidões de regularidade fiscal. Suponha, para tanto, que todos

os estabelecimentos das empresas localizam-se no Município de São Paulo.

Ponto 30

 A empresa ABC LTDA. ajuizou ação de rito ordinário contra o Instituto Nacional

da Seguridade Social  ± INSS, visando ao reconhecimento da ilegitimidade da

cobrança da contribuição previdenciária incidente sobre remuneração de

autônomos e administradores, instituída pela Lei no 8.212/91, que recolheu

durante o exercício de 1996. O objeto da ação consiste ainda na repetição dos

valores indevidamente recolhidos naquele período. Analisando a questão, o

Juiz da 1a Vara Federal de São Bernardo do Campo  ± SP, embora tenha

reconhecido a inconstitucionalidade da exação, negou o direito à repetição do

indébito sob o fundamento de que a Autora deixou de comprovar que não

repassou para o preço de seus produtos o custo da contribuição previdenciária

recolhida indevidamente, como seria de rigor nos termos do art. 89, parágrafo

único, da Lei nº 8.212/91, com a redação dada pela Lei nº 9.032/95, que lhe

impõe semelhante mister.

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valor correspondente, adicionando este ao resultado e cobrando o IRPJ no

montante de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), equivalente ao lucro

líquido de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). A sociedade não se defendeu do auto

de infração e o crédito foi inscrito na dívida ativa, com a subseqüente

propositura de execução fiscal.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, atue em seu benefício.

Considere que a constituinte tem sede na cidade de São José do Rio Pardo e

que foi intimada da penhora de seus bens há 10 (dez) dias.

Ponto 33

 A Beija-Flor Revestimentos Ltda., com sede em São Paulo, é empresa que se

dedica à comercialização de papéis de parede. Seus sócios pretendem

aumentar o capital da sociedade, atualmente de R$ 100.000,00 (cem mil reais),

para R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), mediante a conferência de imóvel,

avaliado pelo diferencial de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Contudo, para

realizar a transferência da propriedade do bem, exige-se a comprovação do

recolhimento do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis  ± ITBI, conforme

circular do Diretor do Departamento de Rendas Mobiliárias da Secretaria das

Finanças do Município de São Paulo, que exige o pagamento do tributo na

hipótese. A alteração contratual correspondente já foi arquivada pela JUCESP,

restando apenas a integralização do aumento de capital.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Beija-Flor Revestimentos Ltda.,

acione o meio judicial adequado à solução do impasse.

Ponto 34Caio adquiriu de Túlio um imóvel, localizado no Município de São Paulo. Para

tanto, celebrou contrato de compromisso de compra e venda, em caráter 

irrevogável e irretratável, por meio do qual se comprometeu a pagar o preço de

R$ 100.000,00 (cem mil reais) em 10 prestações mensais, iguais e sucessivas

de R$ 10.000,00 (dez mil reais), após o que seria outorgada a escritura

definitiva de compra e venda. Era interesse de Caio registrar, no Cartório de

Registro de Imóveis competente, o contrato de compromisso de compra evenda. Contudo, ao apresentar o contrato para registro, na última semana,

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Caio foi surpreendido com a exigência do pagamento do Imposto sobre

Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) à alíquota de 2% (dois por cento) sobre o

valor da transação, com respaldo em lei municipal a exigi-lo desde logo, no

caso de compromissos irretratáveis e irrevogáveis.

QUESTÃO: Como advogado de Caio, proponha a medida judicial conveniente

aos interesses do cliente.

Ponto 35

 A sociedade Massas Presidente Ltda. moveu, contra a União Federal, ação de

repetição de indébito de contribuições ao PIS pagas a maior no período de

 janeiro a dezembro de 1997. Transitada em julgado a sentença de procedência

da ação, iniciou a execução, que foi embargada pela parte contrária, sob

alegação de excesso nos cálculos de atualização monetária apresentados.

Sobreveio sentença de procedência dos embargos acolhendo os argumentos

da União Federal no sentido de que, na falta de critério expresso constante do

título executivo, o crédito exeqüendo deverá ser corrigido monetariamente pela

variação da Taxa Referencial  ± TR, sem o acréscimo de juros moratórios. Esse

critério, no entender de seu cliente, não é satisfatório porque não representa a

atualização do poder aquisitivo da moeda. A sentença foi publicada no Diário

Oficial há 10 (dez) dias.

QUESTÃO: Como constituído da Massas Presidente Ltda., atue em prol de seu

cliente. Observe, para tanto, que os embargos tramitam perante a 25ª Vara

Federal da Subseção Judiciária de São Paulo.

Ponto 36João é sócio da sociedade Alpha Remédios Ltda., detendo 50% (cinqüenta por 

cento) do capital da empresa. Apesar de possuir proporção significativa do

capital, nunca se interessou pela administração da sociedade, confiada ao

sócio, Rubens. Pelo contrato social, a gerência incumbe exclusivamente a

Rubens. João foi surpreendido pelo recebimento de um mandado de citação,

intimação e penhora, dando conta da propositura de execução fiscal movida

contra a sociedade e ambos os seus sócios, visando à cobrança da quantia deR$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) a título de Imposto sobre Produtos

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Ponto 43

 A sociedade Copiadora do Mestre Ltda. dedica-se à atividade de reprodução

de documentos e, nessa qualidade, é contribuinte do ISS (Imposto sobre

Serviços), inscrita no cadastro específico do Município de São Paulo, onde tem

sede. Em maio de 1997, recebeu encomenda excepcionalmente vultosa de

cliente, para reprodução de 100.000 cópias de panfleto publicitário. Essa

operação levantou suspeita perante a fiscalização estadual, que entendeu ter 

havido, de fato, operação de venda dos panfletos, inclusive em razão de ter 

sido o papel de sua impressão fornecido pela própria Copiadora do Mestre

Ltda. Assim, em janeiro último, recebeu autuação por falta de recolhimento do

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços  ± ICMS, não impugnada

na esfera administrativa e geradora da inscrição do débito respectivo como

dívida ativa.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Copiadora do Mestre Ltda.,

proponha a medida pertinente à defesa de seus interesses.

Ponto 44

Empresa do ramo automotivo denominada Concessionária Bassan

Distribuidora de Veículos S/A, sediada no Município de São Paulo, recebe

veículos da montadora Lopes do Brasil LTDA., atualmente com isenção de IPI,

para portadores de deficiência física. A legislação do IPI (Lei n.º 3333/03 -

fictícia) define como "portador de deficiência física" toda pessoa que possuir 

deficiência motora nos membros inferiores e superiores, afastando desta

definição as pessoas que possuem deficiência visual (cegueira e outras

doenças de visão). José Maria, portador de cegueira congênita, quer adquirir 

veículo da Concessionária Bassan para uso pessoal, contratando motorista

particular para dirigi-lo e, mesmo assim, soube que sofreria incidência do IPI.

QUESTÃO: Como advogado de José Maria, manipule o meio judicial à garantia

de seus direitos.

Ponto 45

Em janeiro de 2003, a Sociedade "Carlos Ferreira  ± ME", inscrita no CNPJsob n.º 222.332.444-0001-00, foi regularmente notificada de lançamento

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de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), procura-o relatando que,

tendo em vista sua mínima margem de lucro, pretendia recolher o imposto de

renda com base no lucro real anual, levantando, mensalmente, balancetes para

apurar o valor das antecipações mensais, na sistemática do lucro real; como já

era de se esperar, o valor recolhido a título de antecipações de imposto de

renda e de contribuição social foi muito menor que o agora apurado com base

no lucro presumido. Acredita que esta situação não se alterará nos próximos

meses desse exercício.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da XPTO S/A, proponha a medida

 judicial que julgar cabível para proteger os interesses da empresa.

Ponto 52

Rode Bem S/A, empresa transportadora com sede e único estabelecimento no

município de São Paulo, impetrou Mandado de Segurança contra ato a ser 

praticado pelo Secretário Municipal das Finanças, obrigando-a a reter o

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre as importâncias

devidas a Delírio Locações Ltda., com sede e único estabelecimento em

Barueri  ± SP, por conta de um contrato de locação de doze caminhões. O

Mandado de Segurança foi impetrado em dezembro de 2003, sobrevindo

sentença de mérito no último dia 20 de maio, denegando a segurança com

base nos argumentos a seguir resumidos: (i) a lista de serviços anexa à Lei

Municipal nº 9999, de 1999, reflete aquela lista anexa ao Decreto-Lei nº 406/68,

prevendo, ambas, a locação de bem móvel como serviço sujeito ao ISS.

Irrelevante, para efeitos tributários, a qualificação da locação perante o direito

civil; (ii) o Município de São Paulo é competente para exigir o ISS sobre a

locação, tendo em vista que os caminhões locados são vistos com freqüência

naquela municipalidade.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Rode Bem S/A, ingresse com a

medida cabível.

Ponto 53

Os sócios da Moura e Leão S/A, sociedade anônima de capital fechadosediada na Cidade de São Paulo, inconformados com a elevada carga fiscal

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da datado fato gerador (precedentes majoritários do STJ). 3. Expurgos

inflacionários que integram os índices de correção monetária (precedente da

Corte Especial). 4. Juros calculados pela taxa Selic. 5. Honorários reduzidos. 6.

5HFXUVRHUHPHVVDRILFLDOSDUFLDOPHQWHSURYLGRV  

 A Fazenda Nacional, em recurso próprio, alega que as parcelas do PIS e da

Cofins, recolhidas há mais de cinco anos da propositura da ação, estão

prescritas, nos termos do artigo 168, inciso I c/c 156, inciso I, do Código

Tributário Nacional. Sustenta que o fato de as gorjetas integrarem o salário não

as excluem da base de cálculo do PIS e da Cofins. Entende que as leis que

tratam do PIS e Cofins, por serem leis especiais, prevalecem sobre a legislação

trabalhista, que tem um caráter geral. Inconforma-se, ainda, com a aplicação

da taxa Selic, eis que os índices a ela referentes não possuem natureza

moratória, e sim remuneratória.

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Hotel da Manhã Ltda., elabore o

instrumento processual adequado.

Ponto 56

 A JET Transportes Aéreos Ltda. impetrou Mandado de Segurança visando a

obter provimento assegurando o desembaraço aduaneiro de uma aeronave

Boeing 737-400 e dois motores, sem o pagamento do ICMS, tendo em vista

tratar-se de operação internacional de arrendamento mercantil. Não obtendo a

medida liminar pretendida, foi elaborado Agravo de Instrumento, perante o

Tribunal de Justiça de São Paulo, em acórdão assim ementado:

³$JUDYRGH,QVWUXPHQWR± ICMS  ± Desembaraço aduaneiro de uma aeronave

Boeing 737-400 e dois motores  ± alegada ilegalidade da incidência do ICMS  ± 

Indeferimento da tutela antecipada  ± Ausência dos requisitos da

verossimilhança da tese e do dano de difícil reparação ± 5HFXUVRQmRSURYLGR  

Embora tenha sido efetuado o recurso próprio, este foi admitido exclusivamente

em seu efeito devolutivo. Tendo em vista que as aeronaves se encontram,

ainda, pendentes de desembaraço, sua cliente, a JET Transportes Aéreos

Ltda. vem tendo constantes vôos cancelados.

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F³+iSUHYLVmROHJDOQR(VWDGRGH6mR3DXORSDUDDXWLOL]DomRGHSDXW a de

valores, podendo o Fisco valer-se dela sempre que o preço declarado pelo

FRQWULEXLQWHIRUFRQVLGHUDYHOPHQWHLQIHULRUDRGHPHUFDGR´ 

G ³1mR Ki TXDOTXHU LQFRPSDWLELOLGDGH GDV SDXWDV FRP D &)» SRLV VXD

utilização não importa em aumento de tributo (art. 97, I, do CTN), mas, como já

GLWRDOKXUHVHPDGHTXDomRGDEDVHLPSRQtYHOVREUHDTXDOLQFLGLUiDDOtTXRWD´ 

QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Cooperativa, apresente o recurso

cabível, visando à reforma do acórdão acima referido.

Ponto 63

Uma empresa sofre execução fiscal promovida pela Procuradoria da Fazenda

do Estado de São Paulo e, nos cinco dias indicados pelo juiz para quitar a

dívida ou oferecer bens à penhora, a empresa executada permanece inerte.

Todavia, transcorrido o prazo indicado, a executada oferece à penhora bens de

sua propriedade, como máquinas utilizadas em sua linha de produção. Após

tomar ciência da relação de bens indicados pela executada, a Fazenda Pública

protocola petição rejeitando os bens oferecidos, argüindo a baixa liquidez

destes bens no mercado e, paralelamente, solicita a penhora de 30% do

faturamento da executada, pedido que é integralmente deferido pelo juiz.

Contra a referida decisão, a executada interpõe, perante o Tribunal de Justiça

do Estado de São Paulo, agravo de instrumento contestando a falta de liquidez

e pedindo o levantamento da penhora sobre o faturamento, recurso que, por 

votação unânime da turma julgadora, foi declarado improcedente.

QUESTÃO: Considerando a penhora de 30% do faturamento da executada, o

que poderia comprometer as suas atividades e o fato de ter a executada

indicado outros bens que julga terem liquidez, como advogado da empresa,

tomar as medidas cabíveis nos autos do agravo de instrumento.

Ponto 64

 A Empresa Globalcomunications Ltda, sediada no Município de São Paulo, é

autuada em decorrência do não pagamento de Imposto Sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISSQN) em relação aos valores recebidos pela prestaçãode serviços de comunicação. O prazo para impugnação administrativa expira- e

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venais atualizados dos imóveis inscritos no Cadastro Imobiliário Fiscal do

Município de São Paulo.

Parágrafo 1°: Os valores venais dos imóveis serão atualizados periodicamente,

de forma a assegurar sua compatibilização com os valores praticados no

Município, mediante pesquisa e coleta permanente, por amostragem, dos

preços correntes das transações e das ofertas à venda no mercado imobiliário,

inclusive com a participação da sociedade representada no Conselho de

Valores Imobiliários.

Parágrafo 3°: O valor venal divulgado, em nenhuma hipótese, será inferior à

base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ² 

,378 XWLOL]DGD QR H[HUFtFLR GD WUDQVDomR 2 6U *XLPDUmHV DFDERX GH

negociar a venda, mediante contrato formal e regular, com valor fixado em R$

500.000,00 (quinhentos mil reais), de um imóvel seu para o Sr. Machado, e

cujo valor venal no carnê de IPTU é de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais).

Todavia, segundo a Planta Genérica de Valores, este imóvel valeria R$

700.000,00 (setecentos mil reais).

 As partes têm interesse em fazer o registro da transmissão da propriedade no

cartório de registro de imóveis o mais rápido possível, mas sabem que este ato

não será consumado na hipótese de o ITBI não ser recolhido consoante o

Decreto Municipal no 46.228/05. QUESTÃO: Como advogado, tome as

medidas judiciais cabíveis visando assegurar o pagamento do tributo da forma

menos onerosa possível.

Ponto 67

 A Lei no 11.051, de 29 de dezembro de 2004, buscou, por meio de seu artigo

17, reaproveitar uma antiga regra contida no artigo 32 da Lei 4.357/64,

segundo a qual fica a pessoa jurídica que possui débitos não garantidos junto à

União e/ou INSS impedida de efetuar a distribuição de lucros aos sócios ou

quotistas, sob pena de multa. Assim, segundo a nova redação do artigo 32, da

Lei 4.357/64, alterado pelo artigo 17 da Lei no 11.051/04, estabeleceu-se que:

³$UW$VSHVVRDV MXUtGLFDVHQTXDQWRHVWLYHUHPHPGpELWRQmRJDUDQWLGR

para com a União e suas autarquias de Previdência e Assistência Social, por 

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 $ HPSUHVD HVWDWDO ³$´ FULDGD SRU /HL H SUHVWDGRUD GH VHUYLoRV S~EOLFRV

mediante delegação da União, recebeu, no mês de janeiro de 2007, vários

ODQoDPHQWRVGR,39$³FDUQrV´UHODWLYRVjVXDIURWDGHYHtFXORV2VUHIHULGRV

lançamentos referem-se aos fatos geradores ocorridos de janeiro de 1998 a

 MDQHLUR GH &DEH UHVVDOWDU TXH D HPSUHVD ³$´ QXQFD KDYLD UHFHbido

qualquer cobrança de IPVA sobre a propriedade de seus veículos. Caso seja

obrigada a pagar a mencionada exação, terá um forte impacto no seu caixa.

QUESTÃO: Por não concordar com a exigência do IPVA acima mencionado, a

aludida empresa contrata-o, após processo licitatório, para propor uma medida

 judicial que afaste a cobrança do IPVA de imediato. Pede o cliente que a

referida medida judicial seja a mais célere possível e que não acarrete maiores

ônus em caso de perda da ação. Como advogado, redija a peça adequada.

Ponto 76 

Sua cliente, Aluguel de Móveis e Decoração de Interiores S.A, sediada na

cidade de São Paulo, é empresa dedicada à: a) locação de móveis para

residências; b) decoração de interiores. Desde sua fundação, em 1990, por 

orientação de seu contador, a referida empresa sempre pagou o ISS devido

sobre a locação dos móveis para residências e sobre o serviço de assessoria

na área de decoração. Basicamente, seu faturamento está dividido entre as

duas atividades antes mencionadas. Contudo, ciente do posicionamento

adotado pelo Supremo Tribunal Federal no sentido da não incidência do ISS

sobre a operação de locação de bens móveis, sua cliente pretende recuperar 

todo o imposto pago nos anos antecedentes, bem como pretende deixar de

pagar o tributo a partir dos meses subseqüentes. No tocante aos valores pagos

indevidamente, sua cliente requererá, por intermédio de seu contador, a

restituição administrativa. QUESTÃO: Como advogado contratado pela

empresa, ingresse com a medida judicial tendente a evitar o pagamento futuro

de ISS sobre o valor das locações de móveis residenciais.

Ponto 77 

 A empresa Comex Exportadora S.A. tem por objeto social a exportação deprodutos na área de tecnologia avançada e a comercialização de produtos de

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Questão 17

Um constituinte indaga se o Instituto da isenção é aplicável a todos os tributos,

indistintamente.

Questão 18

O Secretário Municipal do Meio Ambiente de uma cidade localizada às

margens do Rio Paranapanema instituiu, pela Portaria nº 1, de 30 de dezembro

de 1998, a cobrança de taxa visando custear a atividade de fiscalização e

controle da emissão de poluentes no rio. De acordo com a Portaria, todas as

indústrias localizadas no município seriam contribuintes da referida taxa. A

indústria química QMB S/A, alegando que não despeja qualquer tipo de

poluente no rio, questiona-o sobre a obrigatoriedade do pagamento da taxa e

sobre qual medida poderia adotar visando se eximir de futuras autuações e

garantir a expedição de certidões de regularidade fiscal. Qual seu parecer?

Questão 19

 A VXZ Ltda., empresa que se dedica à fabricação e comercialização de

produtos de limpeza, perquire se é possível creditar-se do valor total do ICMS

destacado na fatura da energia elétrica utilizada no seu único estabelecimento,

em que funciona o setor industrial e administrativo. Qual seu aconselhamento?

Questão 20

Em 1998, Lúcio adquiriu de Caio um imóvel, sobre o qual pendia débito do

Imposto Predial e Territorial Urbano  ± IPTU, relativo ao exercício de 1996. No

contrato de compra e venda, Caio comprometeu-se a quitar esse débito,

exonerando Lúcio de qualquer responsabilidade perante o Fisco Municipal.

Tendo recebido, recentemente, uma notificação de cobrança do tributo, Lúcio

perquire se há possibilidade de transferir a Caio o ônus do seu pagamento e,

em caso afirmativo, como proceder.

Questão 21

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possível o oferecimento de carta de fiança bancária e, em caso afirmativo, se

tem o direito de fazê-lo mesmo que tenha saldo livre em conta corrente para

prestar garantia em dinheiro. Qual sua resposta?

Questão 33

O contribuinte Pirro, morador em São Paulo, sofreu autuação em 15 de julho de

1995, de parte da Fazenda do Estado, pelo não pagamento do IPVA, por fato

gerador ocorrido em 1º de janeiro de 1989. Pela falta do pagamento do IPVA,

foi cobrado o valor originário de R$ 3.700,00 (três mil e setecentos reais) mais

a multa de 20% (vinte por cento) com lastro na Lei nº 4.589, de 12/08/93,

vigente à época da apuração da infração. Na data do fato gerador, vigia a Lei

nº 6.538, que fixava o valor originário do IPVA em R$ 1.750,00 (um mil,

setecentos e cinqüenta reais) e multa de 30% (trinta por cento) sobre o valor do

imposto não solvido. Perquirido por Pirro, qual seria seu parecer e sua

 justificação?

Questão 34

 A Indústria Estrela do Norte Ltda. possui dois estabelecimentos situados no

Município de São Paulo - SP: a matriz, em que se desenvolve a atividade

produtiva, e a filial, em que se desenvolve o comércio. Para acomodar 

divergências entre os sócios, decidiu-se pela cisão da sociedade, com a

criação de uma nova pessoa jurídica, a Cruzeiro do Sul Indústria e Comércio

Ltda., cujo capital social seria integralizado com os ativos constantes do

estabelecimento filial. Antes da formalização da cisão, transferiu-se para a filial

todo o estoque de produtos, que estava no estabelecimento matriz, sem

recolhimento de ICMS. Após a cisão, a fiscalização estadual lavrou auto de

infração e imposição de multa contra a Estrela do Norte Ltda., exigindo o

recolhimento do imposto sobre a mencionada transferência do estoque. Os

sócios da Estrela do Norte Ltda. consultam-no para saber se é devido o

imposto e se a operação, da forma como foi organizada, caracteriza fraude

fiscal. Qual seu aconselhamento?

Questão 35

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 A empresa Alpha S.A., que se dedica à manufatura de artefatos de plástico,

deseja passar a atender o mercado externo. Na análise do ônus tributário da

nova vertente do negócio, os diretores da companhia indagam-no para saber 

se estão sujeitos ao recolhimento do IPI sobre essas vendas. Qual seu

parecer?

Questão 36

Com base na reforma previdenciária efetuada pelo Governo Federal, e diante

do Decreto do Executivo, o Ministro da Previdência Social expediu Portaria,

elevando a base de cálculo das contribuições para o INSS, exigindo-a a partir 

do mês de dezembro de 1998, data da sua publicação no Diário Oficial da

União. A empresa YYY Ltda., contribuinte da referida exação, consultou-o para

saber se a noticiada exigência era devida e qual a medida judicial cabível no

interesse da consulente. Qual seu aconselhamento à YYY Ltda.?

Questão 37

Caio, sócio da empresa RLBO Comércio de Parafusos Ltda., pretende

transferir seu imóvel para a sociedade, mediante a integralização de aumento

de capital social no mesmo valor. Preocupado com o custo tributário da

operação, Caio o questiona se deverá efetuar o recolhimento do Imposto de

Transmissão de Bens Imóveis. Deduza sua orientação.

Questão 38 A Construtora ABC Ltda. construiu um prédio em São Paulo-SP, tendo solvido

o imposto sobre serviços relativo ao faturamento desta obra perante o Fisco da

Capital. Todavia, o Município de São Bernardo do Campo-SP, onde se situa a

sede da empresa, está exigindo o imposto em razão do mesmo fato gerador. A

empresa deverá efetuar novo recolhimento de ISS? O recolhimento efetuado

para o Município de São Paulo é suficiente?

Questão 39

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170

 A empresa ABC Ltda., dedicada ao ramo de fabricação e comercialização de

calçados, vendeu um de seus estabelecimentos voltados ao comércio varejista

para a sociedade RLBO Ltda. A ABC Ltda. continuou exercendo a atividade de

fabricação de calçados, mantendo ainda outros estabelecimentos dirigidos ao

comércio. A empresa RLBO Ltda., por sua vez, foi recentemente surpreendida

com a citação para os termos de execução fiscal ajuizada pela Fazenda do

Estado de São Paulo exclusivamente contra ela, objetivando a cobrança de

débitos de ICMS, correspondentes ao estabelecimento por ela adquirido da

empresa ABC, relativos a período anterior à aquisição. Um dos diretores da

RLBO perquire se deve desde logo efetuar o pagamento, tendo em vista que é

responsável, por sucessão, pelos débitos gerados naquele estabelecimento, ou

se há defesa possível na execução. Oferecer e justificar seu aconselhamento.

Questão 40

Uma determinada empresa impetra mandado de segurança e obtém a

concessão de medida liminar em conformidade com o pedido formulado.

Durante o período de vigência da liminar, a referida empresa é fiscalizada por 

autoridade competente, que constata não estarem sendo cumpridas as

obrigações acessórias atinentes à obrigação principal objeto da citada liminar.

 Assim, decide a autoridade autuar a empresa por descumprimento das

obrigações acessórias. Comentar a situação.

Questão 41

No momento da elaboração da folha de pagamento do mês de janeiro de 2002,

a ser paga em fevereiro, seu cliente, empregador, tem dúvidas a respeito da

tabela a ser usada na retenção do Imposto de Renda dos empregados. Em

08.01.2002, foi publicada a Medida Provisória no 22, que corrigiu as faixas

salariais de retenção, resultando em redução do imposto devido. Ocorre que,

no entender de seu cliente, as normas relativas a impostos apenas se aplicam

no exercício fiscal seguinte ao de sua edição, com o agravante de que, em se

tratando de Medida Provisória, a aplicação se dá no exercício fiscal seguinte ao

de sua conversão em lei. A MP 22 ainda não foi convertida em lei. Deverá seuconstituinte usar a tabela instituída pela MP 22 ou a antiga? Opine e explique.

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Questão 42

Determinada sociedade de economia mista, instituída pelo Município de Cotia

para a comercialização de alimentos, indaga-o a respeito da necessidade de

oferecer à tributação o lucro auferido em sua atividade, por entender que é

vedado à União Federal cobrar impostos sobre as rendas municipais. Formule

e motive seu parecer.

Questão 43

 A aplicação de sanção tributária deve respeitar os princípios da legalidade,

irretroatividade, vedação do confisco, capacidade contributiva, tipicidade,

segurança jurídica e anterioridade? Deduza sua resposta, justificando-a sobre

todos os princípios enumerados.

Questão 44

 A "substituição tributária " prevista no artigo 128 do Código Tributário Nacional

implica solidariedade entre substituto e substituído? Desenvolva sinteticamente

o tema.

Questão 45

 A Creche Bom Jesus de Pirapora, entidade filantrópica, visando obter recursos

para sua manutenção, resolve vender à população local produtos por ela

manipulados. O Estado exige-lhe o recolhimento do ICMS em razão do

exercício de tal atividade, a ser calculado sobre o montante das operações.

Ofereça parecer sobre a questão, arrolando sua razões.

Questão 46

Determinado Município, que não possui Plano Diretor nem lei específica que

regulamente a utilização da propriedade urbana, institui Imposto Predial e

Territorial Urbano  ± IPTU progressivo no tempo, para imóveis não edificados,

localizados no seu perímetro urbano. É lícita a instituição desse tributo?

Responda e justifique.

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Questão 47

 Após auditoria interna, seu cliente, pessoa jurídica, descobriu que pagou

Imposto de Renda (IRPJ) a maior nos anos de 1999 e 2000. Para não se

sujeitar à demora da repetição de indébito, gostaria de compensar os créditos

apurados com débitos tributários vincendos, sob sua responsabilidade.

Contudo, como a tendência é que gere prejuízos neste ano e nos próximos,

não poderá compensar com IRPJ vincendo. É possível que esse crédito seja

compensado com tributos de outras espécies, tais como PIS e COFINS? Dê

seu parecer e motive.

Questão 48

Certo Município exige dos proprietários de imóveis urbanos localizados em seu

território o pagamento de Taxa de Limpeza e Conservação. Seu cliente, sujeito

passivo dessa taxa, deseja questioná-la judicialmente, pois entende ser ela

inconstitucional. Contudo, tem um problema prático, pois a taxa é lançada

conjuntamente com o IPTU, sendo ambos os tributos objeto da mesma

notificação e do mesmo boleto de pagamento. Nenhum agente arrecada-dor,

por sua vez, está autorizado a receber parcialmente os tributos lançados. Qual

o meio cabível para solver o IPTU, enquanto questiona judicialmente a Taxa de

Limpeza e Conservação? Explicite e fundamente.

Questão 49

Seu cliente é proprietário de imóvel urbano localizado no Município de São

Bernardo do Campo. Em 1999, construiu ali um galpão, mas apenas

comunicou a Prefeitura a respeito, em 2001, embora devesse fazê-lo de

imediato. Agora, recebeu notificação de lançamento do IPTU de 2000, por meio

da qual a Prefeitura Municipal, revendo o lançamento anteriormente efetuado,

exige a diferença correspondente à área construída do galpão. Pode a

Prefeitura tomar essa atitude? Responda justificando adequadamente.

Questão 50

Determinada Prefeitura concedeu, às empresas localizadas em certa área,isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano  ± IPTU, pelo prazo de 5 (cinco)

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anos, desde que contratassem menores aprendizes oferecidos pelo serviço

social municipal. Passados dois anos, a Prefeitura se arrependeu do benefício

e encaminhou à Câmara Municipal lei revogando a isenção. Se essa lei for 

aprovada, revogando a isenção, poderá ser questionada? Motive seu

posicionamento.

Questão 51

Constatando que o número de furtos e roubos em estabelecimentos comerciais

aumentara muito, a Prefeitura de Nova Vista criou uma guarda municipal para

vigilância das ruas e praças da cidade. Para o custeio, instituiu a "taxa de

vigilância " a ser cobrada de todos os estabelecimentos comerciais, industriais

e prestadores de serviço, que se encontram nas ruas cobertas pela ronda

policial. É legítima essa cobrança? Justifique.

Questão 52

 As relações jurídicas sancionadoras, instaladas pelo descumprimento de

obrigação tributária ou de relação jurídica de deveres instrumentais, poderá

integrar o conceito de obrigação tributária? São relações jurídico-tributárias ou

não? Justifique e fundamente sua resposta.

Questão 53

 A Empresa de Metais Nordeste Ltda. realizou venda de mercadorias cuja saída

do estabelecimento comercial ocorreu em 01.12.00, ocasião em que vigia a Lei

n o 8.236, de 01.12.99, que previa a alíquota de 17% para o ICMS. Em

21.10.02, por ocasião de conferência dos procedimentos adotados, a Empresa

constatou a falta de recolhimento do ICMS relativo àquela operação. Na data

da conferência, todavia, vigorava a Lei n o 10.777, publicada em 20.12.01, que

fixava a alíquota do imposto em 16%. Desejoso de regularizar a situação, antes

que a fiscalização identificasse a irregularidade e lhe aplicasse penalidade

onerosa, o contribuinte consultou-o(a) para saber se poderia utilizar a alíquota

de ICMS de 16% para recolher o tributo, uma vez que esta legislação lhe era

mais benéfica. Qual sua posição? Responda e fundamente.

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Questão 62

Prefeitura interiorana isenta, por prazo indeterminado, o IPTU de alguns

imóveis em virtude da precária condição de moradia do local. Alguns meses

após a publicação da lei de isenção, ocorre a publicação de nova lei, instituindo

contribuição de melhoria em virtude de asfaltamento das ruas onde estão

localizados os ditos imóveis. O proprietário de imóvel beneficiado pela isenção

do IPTU pede a sua opinião sobre a instituição da contribuição de melhoria.

Qual a sua posição? Responda e fundamente.

Questão 63

Sócio de empresa comercial procura-o, indagando se os valores pagos a maior 

a título de ICMS, destacados em suas notas fiscais e julgados inconstitucionais

pelo Supremo Tribunal Federal, podem ser objeto de compensação e,

eventualmente, o crédito ser lançado para compensação. Opine considerando

as possíveis conseqüências da conclusão adotada.

Questão 64

O Poder Legislativo paulista, por meio de lei ordinária, instituiu alíquota do

ICMS em 18%, facultando ao Executivo fixá-la em até dois pontos percentuais

a maior, por determinado prazo. Aprecie a matéria sob o prisma da Lei maior.

Questão 65

Edmundo é acionista minoritário de uma sociedade anônima, nunca tendo

exercido poder de controle, nem cargo de direção. Soube que a sociedade

encerrou as suas atividades, sem procedimento formal de liquidação e sem

quitar suas obrigações tributárias. Agora, Edmundo questiona-o se desse fato

poderá advir-lhe alguma responsabilidade pessoal pelos débitos fiscais. Qual

sua orientação? Justifique e fundamente a resposta.

Questão 66

Carlos é proprietário de vários imóveis que constam da relação de bens anexaa sua declaração de imposto de renda, dentre os quais um de R$ 100.000,00

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(cem mil reais). Agora, deseja vender esse imóvel por R$ 130.000,00 (cento e

trinta mil reais). Carlos deverá pagar algum tributo em razão dessa operação?

Em caso positivo, qual e por quê?

Questão 67

Lei do Município de Valetas instituiu, em 31.12.2003, imposto sobre serviços de

qualquer natureza, que passa a ser exigido, a partir de 1.º de janeiro de 2004,

dos prestadores de serviços de assessoria em informática. Fundação instituída

e mantida pelo Governo Estadual consulta-o sobre a possibilidade de afastar a

exigência sobre seus serviços prestados em janeiro e fevereiro, com base na

imunidade recíproca. Você concordaria com a existência de tal direito?

Justifique. Em caso negativo, poderia a exigência ser afastada por outro

fundamento?

Questão 68

O Município de Rio das Piranhas instituiu taxa de coleta de lixo, exigindo dos

proprietários de terrenos naquele Município, cobrada pelo valor de R$ 150,00

(cento e cinqüenta reais) ao ano, independentemente de os terrenos serem

edificados ou não. Os terrenos são servidos por caminhões de lixo,

regularmente. Proprietário de um terreno de pequenas proporções procura-o,

inconformado, alegando: (i) que não é justo que seu lote, de pequenas

proporções, pague tanto quanto os terrenos de grande valor venal, e (ii) que ele

sequer utiliza o serviço, já que o terreno foi adquirido recentemente e ainda não

se iniciou sua edificação. Comente os argumentos do proprietário.

Questão 69

Considere a seguinte tabela progressiva para o cálculo do imposto de renda

das pessoas físicas:

Base de cálculo R$ Alíquota

 Até 1.058,00 0

De 1.058,00 até 2.115,00 15%

 Acima de 2.115,00 27,5%

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Um contribuinte procura-o, entristecido pelo fato de que por conta de um

aumento em seu salário, que passou de R$ 2.110,00 para R$ 2.160,00, sofreria

uma redução no valor líquido que seu empregador deposita em sua conta-

corrente. Você concorda com a preocupação externada pelo contribuinte? Por 

que?

Questão 70

Empresa, atuando no comércio de tecidos, relata-lhe que vem sofrendo

dificuldades em suas vendas, tendo em vista que seus principais clientes são

indústrias de confecção, todas contribuintes do Imposto sobre Produtos

Industrializados. Segundo informam, seus clientes sistematicamente preferem

comprar tecidos diretamente dos fabricantes, não aceitando adquirir tais

produtos de comerciante, senão mediante um abatimento no preço total. Tendo

em vista a sistemática do imposto, explique a razão da dificuldade enfrentada

pelo contribuinte e proponha uma solução, de acordo com a sistemática do

imposto, para o problema que lhe foi exposto.

Questão 71

Você foi procurado por um amigo, que lhe relata sua revolta pela fúria

arrecadatória que vem se espalhando pelo mais longínquos rincões do País.

Ele lhe diz que sua paciência esgotou-se quando, recentemente, recebeu

notificação da Prefeitura do Município de Estrela Grande do Mato, que exigia o

pagamento do IPTU sobre seu sítio. Em sua conversa, você descobre que o

sítio destina-se exclusivamente a atividades agropastoris. Há duas ou três

famílias de colonos que estudam na escola municipal, localizada a menos de

500 metros da porteira da propriedade, que já conta com luz elétrica e asfalto

até a porta. Na opinião de seu amigo, já basta o Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural  ± ITR que ele vem recolhendo, não se justificando a pretensão

da prefeitura, a seu ver abusiva. Você concorda com seu amigo? Por que?

Questão 72

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Retornando de uma viagem ao exterior, você recebe uma remessa de US$

100,00 dos Estados Unidos, efetuada pelo Dr. Den Tist, que, informado de sua

estada naquele país, consultara-o acerca do tratamento tributário a que ele

estaria sujeito caso resolvesse mudar para o Brasil. Conversando com seu

contador, este lhe informa que você deve recolher imposto de renda sobre

aquele rendimento, na modalidade de Recolhimento Mensal Obrigatório (carnê-

leão). Você está familiarizado com aquele tipo de recolhimento, em que você

informa o valor que recebe por serviços prestados a pessoas físicas no País,

mas fica surpreso por ter de ali incluir o valor que, afinal, decorre de um serviço

prestado fora dos limites territoriais brasileiros. Com base na Constituição

Federal e no CTN, justifique a posição de seu contador.

Questão 73

 A Indústria Brasileira de Carimbos para Escritórios Ltda., localizada em São

Paulo, abriu concorrência entre diversos fornecedores nacionais para o

suprimento de material plástico utilizado como insumo em seus produtos. A

Indústria Brasileira de Carimbos para Escritórios Ltda. possui apenas clientes

em seu Estado. Na data de abertura das propostas, viu-se o departamento de

compras diante de quatro ofertas, efetuadas por fornecedores, apontando os

seguintes preços:

Fornecedor Estado de Origem Preço (R$)

Plásticos Paulista Ltda. São Paulo 100

Plásticos Bandeirantes

Ltda.

São Paulo 96

Plásticos Carioca Ltda. Rio de Janeiro 96

Plásticos Potiguar Ltda. Rio Grande do Norte 90

Tendo em vista exclusivamente os aspectos tributários da questão, informe

qual a melhor oferta para a Indústria Brasileira de Carimbos para Escritórios

Ltda. e justifique.

Questão 74

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O Lar dos Idosos da Irmã Teodora, entidade civil sem fins lucrativos, voltada ao

amparo aos idosos, mantém um conjunto residencial, ocupado por idosos que,

(i) mediante o pagamento de um valor único (lump sum), subsidiado, adquirem

o direito de uso do apartamento, em caráter vitalício, sem possibilidade de

transferência a terceiros; (ii) mediante o pagamento de alugueres mensais

simbólicos, ocupam suas unidades. Havendo unidades vagas, estas são

alugadas a terceiros, a valores de mercado, voltando-se a renda à manutenção

do conjunto residencial. Os administradores do lar formulam consulta,

indagando-lhe: (a) embora tenham ciência de que não haveria imposto de

renda sobre os ganhos obtidos na cessão de uso dos imóveis aos idosos, as

receitas obtidas no aluguel de unidades, no mercado, também estariam

protegidas daquele imposto? (b) incide o IPTU sobre as unidades cedidas a

título vitalício? Fundamente.

Questão 75

 A Comercial Canta Galo S.A. é uma empresa que se dedica ao comércio

atacadista de artigos para decoração. Tendo em vista sua projeção de

resultados, a sociedade optou pela tributação, para fins do imposto de renda,

segundo a sistemática do lucro real. No mês de setembro de 2004, a Comercial

Canta Galo S.A decidiu efetuar uma agressiva política de vendas, efetuando

gastos substanciais com a propaganda de seus produtos. Segundo seus

cálculos, os gastos assim efetuados teriam seu impacto reduzido, tendo em

vista terem os pagamentos sido efetuados a pessoas jurídicas domiciliadas no

País, conferindo-lhe, daí, crédito relativo à Contribuição para o Financiamento

da Seguridade Social  ± COFINS. Nos termos da legislação em vigor, está

correto o raciocínio da Comercial Canta Galo S.A.? Por quê?

Questão 76

O Prefeito de determinado município, alertado de que a lei municipal não fixara

o prazo para o recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza,

decide, por Decreto, fixar o prazo para trinta dias após o fato gerador.

Passados alguns meses e ainda no mesmo exercício, o Prefeito decide alterar aquele prazo, passando a dez dias do fato gerador. Comente, do ponto de vista

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Ponto 1

 A exigência ofende as disposições do artigo 145, parágrafo 2o. da Constituição

Federal. A verdadeira natureza jurídica dessa exação é a de imposto. A medida

 judicial cabível seria uma Ação Declaratória, nos termos do artigo 4o. do Código

de Processo Civil, requerendo a declaração de inexistência relação jurídica.

Também poderá ser impetrado Mandado de Segurança preventivo, nos termos

da Lei nº 1.533/51. Ambas ações deverão ser propostas perante o MM. Juiz de

uma das Varas Cíveis da Comarca de Arapiraca - levando-se em consideração

que lá não existem Varas Especializadas das Fazendas Públicas.

Ponto 2

O lançamento tributário ocorreu após o decurso do prazo para a constituição do

crédito tributário previsto no artigo 173, I do CTN. A medida judicial mais

adequada é a propositura de Ação Anulatória de Débito Fiscal tambémdenominada de Ação Anulatória de Lançamento Tributário, conforme artigo 38

da Lei 6.830/80, pelo fato de o lançamento ter sido efetuado de ofício. Se fosse

por homologação, então seria cabível ação declaratória. Poderá, ainda, ser 

impetrado Mandado de Segurança, com base na Lei 1.533/51. A competência

para tais ações será do Juízo da Vara da Fazenda Pública, onde houver.

Ponto 3Encontra-se extinto o direito da Fazenda Pública Federal pelo decurso do prazo

prescricional previsto no artigo 174 do CTN. A medida cabível é a de Embargos

à Execução nos termos do artigo 16 da Lei 6.830/80. Referidos embargos

deverão ser propostos perante o MM. Juiz de Direito de uma das Varas das

Execuções Fiscais Federais.

Ponto 4

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Embargos à Execução3 (ou Embargos do Devedor), endereçado ao Exmo. Sr.

Dr. Juiz de Direito da MM. Vara de Execuções Fiscais em São Paulo. Deverá

ser demonstrada a inexigibilidade do crédito tributário em face da extinção da

obrigação tributária (art. 156, V, CTN), pela ocorrência da decadência, e

conseqüente perda do direito da Fazenda Pública Municipal, de constituir o

referido crédito. Além do mais, a constituição do crédito encontra-se em

desacordo com as disposições do artigo 150, III, a da CF cc art. 144 CTN

(princípio da irretroatividade da lei).

Ponto 5

 Ação de Consignação em pagamento na qual deverá ser requerida a citação

dos dois municípios.

Ponto 6

 Ação declaratória de inexistência de relação jurídica, com lastro no artigo 4º

(quarto) do Código de Processo Civil, perante uma das Varas da Fazenda

Pública em São Paulo. O(a) candidato(a) deverá fundamentar o direito do

contribuinte no parágrafo segundo do artigo 145 da Constituição Federal, ou

seja, a taxa não poderá ter base de cálculo própria de impostos. Poderá,

também, ser impetrado mandado de segurança preventivo (Lei 1.533/51),

contra ato do Senhor Diretor do Departamento de Rendas Imobiliárias da

Prefeitura de São Paulo, perante uma das Varas da Fazenda Pública de São

Paulo.

Ponto 7O examinando deverá apresentar Embargos à Execução, sustentando a

autonomia patrimonial da pessoa jurídica (art. 20 do Código Civil) e que a

responsabilidade subsidiária dos sócios na sociedade por quotas é limitada ao

montante do capital ainda não integralizado (art. 9º do Decreto nº 3.708/19).

 Além disso, deverá sustentar que a responsabilidade prevista no art. 135, III, do

Código Tributário Nacional restringe-se aos sócios gerentes e ainda depende

3OAB/SP gabaritou solução errada: sem Execução Fiscal não há como oferecer Embargos...!

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da demonstração de fraude e não do mero inadimplemento por impossibilidade

financeira.

Ponto 8

 A circulação de mercadoria que enseja a cobrança do ICMS pressupõe a

transferência da titularidade do bem. De acordo com a Súmula nº 166 do

Superior Tribunal de Justiça, não incide ICMS no simples deslocamento de

mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte. Com

esse fundamento, o examinando deverá propor ação anulatória de débito fiscal

perante uma das varas da fazenda pública da comarca da capital. Deverá

ainda formular pedido de antecipação de tutela, para suspensão da

exigibilidade do crédito tributário e alternativamente comprometer-se a realizar 

depósito judicial da importância questionada.

Ponto 9

Contra a sentença terminativa o candidato deve apresentar recurso de

apelação, visando a anulação da sentença (e não a sua reforma), com a

conseqüente remessa dos autos ao Juízo "a quo", para a respectiva análise do

mérito da questão.

Ponto 10

Propor Ação de Repetição de Indébito e alegar violação ao princípio

constitucional da tipicidade fechada da tributação (princípio da estrita

legalidade), visto que a venda dos veículos da empresa (ativo imobilizado), não

constitui fato gerador da obrigação tributária do ICMS, pois a venda de veículos

não constitui objeto social de empresa e o referido negócio jurídico não é

realizado com habitualidade, não se caracterizando, portanto, em operação

mercantil. A peça deverá satisfazer os requisitos jurídicos processuais, gerais e

particulares da espécie.

Ponto 11

Interposição de recurso de apelação, dirigido à 25ª Vara Federal de São Paulo,com os requisitos dos arts. 513 e seguintes do Código de Processo Civil. No

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que os valores serão depositados judicialmente para os fins e os efeitos das

disposições previstas no inciso II do artigo 150 do CTN.

Ponto 14

O examinando deverá apresentar Embargos à Execução, sustentando o vício

formal da cobrança, posto que não foi observado o procedimento previsto no

art. 82 do Código Tributário Nacional. Deverá argumentar ainda que o art. 145,

III combinado com o art. 81 do Código Tributário Nacional impedem a cobrança

de contribuição de melhoria em razão de obra pública em montante superior ao

da valorização do imóvel.

Ponto 15

O examinando deverá apresentar Recurso de Apelação, sustentando que o

intérprete e aplicador da lei tributária não pode se afastar das definições dos

institutos jurídicos dos outros ramos do direito, que são utilizados para

delimitação da obrigação tributária, conforme rezam os arts. 109 e 110 do

Código Tributário Nacional. Nesse sentido, não incide a COFINS sobre a venda

de imóveis, uma vez que o art. 191 do Código Comercial define como

mercadoria apenas os bens móveis e semoventes.

Ponto 16

 Ação Anulatória de débito fiscal e/ou de lançamento tributário, com fulcro no

artigo 38 da Lei 6.830/80, perante uma das Varas da Fazenda Pública em São

Paulo ou perante uma das varas cíveis da comarca do interior, objetivando a

anulação do lançamento realizado, uma vez que a alíquota a ser aplicada deve

ser aquela vigente à época do fato gerador, nos termos do artigo 144 do CTN.

Com relação a multa, nos termos do artigo 106 e incisos do CTN, deverá ser 

aplicada a mais benéfica ao contribuinte.

Poderá o candidato, ainda, impetrar mandado de segurança perante uma das

Varas da Fazenda Pública Estadual ou uma das Varas Cíveis da comarca do

interior, com fulcro na lei 1.533/51, contra ato do Ilmo. Sr. Dr. Delegado

Regional Tributário, utilizando em relação ao mérito, os mesmos fundamentosdo parágrafo anterior.

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Ponto 17

Embargos do devedor à Execução Fiscal, nos termos do artigo 16 da Lei

6.830/80, opostos perante uma das Varas das Execuções Fiscais Federais. O

candidato deverá sustentar que se encontra extinto o direito da Fazenda

Pública Federal pelo decurso do prazo prescricional previsto no artigo 174 do

CTN.

Ponto 18

Mandado de segurança, com pedido de liminar, contra ato do Delegado da

Polícia Federal em Santos, na qualidade de autoridade responsável pela

exigência indevida, perante uma das Varas da Justiça Federal da Subseção

Judiciária de Santos.

 Admite-se também a propositura de ação ordinária, com o pedido de

declaração da inexistência de relação jurídico-tributária que obrigue a empresa

a pagar o tributo. Nesta hipótese, a ação deverá ser dirigida contra a União

Federal, de acordo com os critérios de competência do art. 109, §2º, da

Constituição Federal (seção judiciária do Distrito Federal, subseção judiciária

de Santos ou subseção judiciária de Fortaleza).

No mérito, o candidato deverá sustentar que a base de cálculo da taxa é

idêntica à do Imposto de Importação (II), conforme definido pelo art. 20, II, do

Código Tributário Nacional, incidindo portanto a vedação do art. 145, §2º, da

Constituição Federal. Poderá, ainda, apontar a falta de correlação lógica entre

a atividade de polícia e o valor da taxa, o que pode comprometer o requisito de

referibilidade do tributo. Não poderá, contudo, discutir a legalidade do

procedimento de polícia, já que amparado pelos arts. 22 e segs. da Lei nº

6.815/80 ( Estatuto do Estrangeiro) e pela definição do art. 78, parágrafo único,

do Código Tributário Nacional.

O candidato deverá ainda requerer a concessão de liminar, invocando o

periculum in mora consistente no perecimento dos alimentos transportados. Se

optar por ação ordinária, o pedido será de antecipação de tutela, conforme os

requisitos do art. 273 do Código de Processo Civil.

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Ponto 19

O examinando deverá confeccionar ação anulatória de débito fiscal endereçada

a uma das varas da fazenda pública da comarca da capital, sustentando a

ilegitimidade do lançamento em questão, tendo em vista que o art. 146, III, a,

da Constituição Federal prevê que a cobrança dos impostos discriminados na

constituição está sujeita à prévia definição dos respectivos fatos geradores,

bases de cálculo e contribuintes, em sede de lei complementar. Deverá

focalizar o entendimento doutrinário e jurisprudencial no sentido de que a

competência tributária dos Municípios é condicionada pela taxativa lista de

serviços da lei complementar federal, não sendo lícita a cobrança do imposto

sobre serviços não constantes da lista, ainda que previsto em lei municipal e

ainda que, do ponto de vista econômico, a atividade possa ser caracterizada

como serviço de qualquer natureza, Deverá ainda ser formulado pedido de

antecipação de tutela para suspender a exigibilidade do crédito ou,

subsidiariamente, deverá ser requerida a realização do depósito judicial com a

mesma finalidade, tudo para viabilizar o acesso à certidões de regularidade

fiscal, nos termos do art. 206 do Código Tributário Nacional.

Ponto 20

O examinando deverá interpor Agravo de Instrumento endereçado ao 1º

Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, com pedido de efeito suspensivo ativo,

sustentando a ilegitimidade da cobrança do ITBI pelo regime de alíquotas

progressivas, tendo em vista que não há permissão constitucional expressa

para a instituição dessa fórmula de cobrança do ITBI. À medida que não há

previsão expressa do ITBI progressivo, a exação do Município de São Paulo

fere o art. 150, II, da Constituição Federal, pois trata desigualmente

contribuintes que se encontram em situação semelhante. Por outro lado, não

há que se cogitar na aplicação do art. 145, §1º da Constituição Federal,

porquanto não há correlação necessária entre a capacidade contributiva e o

valor do imóvel. A gradação do imposto de acordo com a capacidade

contributiva somente seria lícita nos chamados impostos pessoais.

Preferencialmente deverá o examinando indicar jurisprudência a respeito, em

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190

especial a Súmula nº 45 do 1º TAC. Deverá ainda observar os requisitos

formais de interposição do agravo de instrumento.

Ponto 21

O caminho mais recomendável é a apresentação de defesa administrativa, com

base no art. 89, § 1º, da Lei Estadual nº 6.374/89, dirigida ao Delegado

Regional Tributário do ABCD (ou outra autoridade equivalente, desde que o

candidato demonstre saber a quem deve a defesa ser dirigida). Pode-se, ainda,

propor ação declaratória negativa de débito fiscal, pelo rito ordinário, dirigida ao

Serviço do Anexo Fiscal da Comarca de São Bernardo do Campo.

No mérito, o candidato deverá sustentar que, se não houve circulação das

mercadorias, não ocorreu o fato gerador do tributo (art. 2º, I, da Lei

Complementar nº 87/96). Desta forma, tampouco se faz devido o pagamento

de multa, já que não foi descumprida a obrigação acessória de emitir nota

fiscal.

Ponto 22

O(A) candidato(a) deverá ingressar, perante uma das Varas Cíveis da Justiça

Federal, com Ação Anulatória fundamentada no artigo 38 da lei 6.830/80,

visando a anulação do débito tributário ou do lançamento tributário,

relativamente à cobrança de juros moratório e da multa de mora no percentual

de 20 %. Deverá contestar o prazo (15.12.1999) fixado para pagamento, visto

que, na pendência de consulta, nos termos do § 1º do artigo 160 do CTN, é

indevida a cobrança de juros e da multa moratória, assim como o prazo fixado

para pagamento é de 30 (trinta) dias contados da data em que o sujeito passivo

foi notificado do lançamento, portanto, até 22.12.99 o contribuinte poderia levar 

a efeito o recolhimento do valor do tributo devido, apenas corrigido

monetariamente.

Caberá, também, a impetração de Mandado de Segurança com base na Lei

1.522/51, sob os mesmos fundamentos jurídicos acima apontados.

Ponto 23

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O examinando deverá interpor recurso de apelação dirigido à própria vara local,

sustentando que a utilização do IPTU, como instrumento de estímulo ao

desenvolvimento social, só teria o necessário respaldo constitucional, se

baseada no desatendimento da função social da propriedade imóvel

previamente definida em lei federal. Além disso a diferenciação deveria ser 

progressiva no tempo e não imediata. Como não existe lei federal definindo as

funções sociais da propriedade dos diversos bens imóveis, bem como a

progressividade in casu  foi instituída independentemente do fator tempo,

passando a viger no exercício imediatamente seguinte à lei instituidora, a

exação em questão ofende o art. 156, I, parágrafo 1º e o art. 182, § 4º, II, da

Constituição Federal.

Ponto 27

 A revogação da isenção legal por Decreto viola o art. 178 do Código Tributário

Nacional CTN. Além disso é sustentável a aplicação do art. 150, I, da

Constituição Federal, combinado com art. 104, II, do CTN, que positivam o

princípio da anterioridade, tendo em vista que a revogação da isenção significa,

do ponto de vista econômico, majoração da carga tributária, razão pela qual,

ainda que o Decreto tivesse força para revogar a lei, somente poderia gerar 

efeitos a partir do exercício de 2002. O examinando deverá então impetrar 

Mandado de Segurança, endereçado a uma das Varas Cíveis da Justiça

Estadual, com pedido de medida liminar, para que, a empresa não fique sujeita

à imposição de multas e cobrança executiva, em razão do não recolhimento já

a partir do próximo mês. Alternativamente poderá o candidato ingressar com

uma ação declaratória de inexistência de relação jurídica objetivando através

de sentença, a declaração da ilegalidade do ato praticado, pleiteando ainda, a

tutela antecipatória para suspender a exigência da exação tributária em

discussão.

Ponto 28

O examinando deverá impetrar Mandado de Segurança, com pedido de medida

liminar, contra o ato do Delegado da Receita Federal em São Paulo. A açãodeverá ser endereçada a uma das varas da Justiça Federal de São Paulo - SP.

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Ponto 31

Interposição de embargos à execução, com base nos arts. 16 e segs. da Lei nº

6.830/80. No mérito, deverá o candidato sustentar que a COFINS é tributo

sujeito ao lançamento por homologação (art. 150 do Código Tributário

Nacional) e que o lançamento de ofício apenas ocorreria se a autoridade

administrativa verificasse a inexatidão da declaração do contribuinte, com

valores a serem complementados. Por isso, não ocorreu a hipótese do art. 44,

I, da Lei nº 9.430/96, que trata da multa imposta.

Ponto 32

Oposição de embargos à execução, com base nos arts. 16 e segs. da Lei nº

6.830/80. No mérito, o candidato deverá sustentar que a venda de bens do

ativo fixo não constitui receita tributável, porque não implicou variação

patrimonial para a sociedade (lucro), conforme compreendido no conceito de

renda do art. 153, III, da Constituição Federal e do art. 43 do Código Tributário

Nacional. A ação deverá ser proposta perante o anexo fiscal da Comarca de

São José do Rio Pardo (juízo estadual), por onde deve tramitar a execução.

Ponto 33

Mandado de segurança contra ato do Diretor do Departamento de Rendas

Mobiliárias, endereçado a uma das Varas da Fazenda Pública da comarca de

São Paulo, com pedido de liminar, visando à dispensa do recolhimento do ITBI

na hipótese. Opcionalmente, poderá o candidato propor ação declaratória com

tutela antecipada, formulando pedido similar.

No mérito, deverá a ação basear-se no disposto no art. 156, § 2º, I, da

Constituição Federal, que estabelece a não-incidência do ITBI na hipótese, já

que a sociedade não tem por objeto a compra e venda ou locação de bens

imóveis, nem o arrendamento mercantil.

Ponto 34

O candidato deverá impetrar mandado de segurança, com pedido de liminar,contra ato do Diretor do Departamento de Rendas Imobiliárias da Secretaria

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configurem o bloqueio das atividades comerciais, perecimento de direito

(licitação).

Ponto 39

Impetração de Mandado de Segurança perante o Juízo Federal, em Vara da

Subseção Judiciária de Santo André, tendo como autoridade coatora o

Delegado da Receita Federal da mesma localidade. No mérito, o candidato

deverá sustentar que a responsabilidade do sucessor limita-se ao montante de

seu quinhão hereditário, o que, no caso de Jonas, corresponde a R$ 10.000,00

(dez mil reais), nos termos do art. 131, II, do Código Tributário Nacional. Por 

isso, a cobrança integral do débito contraria a lei. O pedido deverá incluir a

determinação à autoridade coatora para que se abstenha de praticar atos

tendentes à cobrança, aí entendida a própria inscrição na dívida ativa, e ainda,

de impor ao impetrante sanções decorrentes do não pagamento, requerendo

liminar fundamentada. Admissível, alternativamente, a propositura de ação

anulatória de débito tributário, com pedido de antecipação de tutela,

fundamentando-o.

Ponto 40

Oposição de embargos à execução fiscal, dirigidos ao Juízo de Direito das

Execuções Fiscais Estaduais de São Paulo, com observância dos requisitos do

art. 282 do Código de Processo Civil e na forma do artigo 16 da lei nº 6.830/80.

No mérito, deverá o candidato sustentar que não responde pelo tributo, nos

termos do Código Tributário Nacional. A responsabilidade prevista no art. 133

desse Estatuto limita-se aos casos de alienação de fundo de comércio ou

estabelecimento comercial. No caso concreto, além de não ter havido cessão

do estabelecimento (não havia relação entre o titular atual e o anterior), os

estabelecimentos mantidos por ambas as sociedades são nitidamente distintos,

explorando, a Manolo e Irmãos Ltda., outro ramo de atividade.

Ponto 41

O(a) candidato(a) deverá impetrar mandado de segurança com pedido liminar,objetivando a consumação da doação do referido imóvel ao filho, calculando o

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ITCMD com alíquota de 1%, uma vez que, por ser tributo incidente sobre valor 

patrimonial do bem e não sobre a pessoa, a Constituição Federal, neste caso,

não prevê qualquer espécie de progressividade, realizando-se o princípio da

capacidade contributiva proporcionalmente ao valor do imóvel. Este é o

entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar inconstitucional a

progressividade das alíquotas do IPTU antes da Emenda Constitucional nº

29/00, e também a progressividade do ITBI, ambos de competência municipal.

 A segurança deverá ser impetrada perante Vara da Fazenda Pública em São

Paulo, sendo autoridade coatora o Delegado Regional Tributário em São Paulo.

Poderá, alternativamente, ingressar com ação declaratória de inexistência de

relação jurídica, com fulcro no artigo 4º do C.P.C, com pedido de tutela

antecipada, nos termos do seu art. 273, objetivando a realização da doação

com o pagamento da exação pela alíquota de 1% (um por cento).

Ponto 42

O(A) candidato(a) deverá ingressar com embargos à execução fiscal, com

fulcro no artigo 14 da Lei 6.830/80, argumentando que a cliente é imune àquele

tributo, nos termos da alínea "c", inciso VI, do artigo 150 da Constituição

Federal de 1988. Deverá ainda, argüir decadência relativamente ao débito

vencido em período anterior a 1997, cujo termo final do quinqüênio decadencial

ocorreu em 2001, conforme art. 173, I do Código Tributário Nacional.

Ponto 43

Propositura de ação anulatória de débito fiscal, nos termos do art. 38 da Lei nº

6.830/80, contra a Fazenda do Estado de São Paulo, perante alguma das varas

da Fazenda Pública da Capital. No mérito, deverá o candidato sustentar que a

operação em questão efetivamente corresponde a prestação de serviços,

descrita no item 76 da lista de serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406/68 e que,

por isso, exclui-se a incidência do imposto de competência estadual, o que não

é desnaturado pelo fato de os materiais serem fornecidos pelo próprio

prestador de serviços. Deverá, também, argüir decadência, uma vez que

decorrido o qüinqüênio legal a contar do primeiro dia do exercício seguinte

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da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo e deverá ser requerida liminar 

para impedir desde logo: a) a cobrança do tributo na forma pretendida pela

Municipalidade; b) a tomada de medidas sancionatórias pelo descumprimento

das obrigações acessórias.

Ponto 47

O candidato deverá mover ação de consignação em pagamento, com

fundamento no art. 164, III, do Código Tributário Nacional. Os requisitos da

ação deverão observar o disposto nos arts. 890 e seguintes do Código de

Processo Civil, em especial o art. 898, compreendendo o pedido a citação de

ambos os Municípios para comparecer aos autos e exercitar a pretensão ao

recebimento do valor consignado. O candidato deverá expor os motivos da

dúvida, argumentado com as regras do art. 3º da Lei Complementar nº 116/03

a respeito do local do pagamento do ISS. Como há dúvida quanto ao local do

pagamento, a ação pode ser proposta tanto em São Paulo (Vara da Fazenda

Pública) quanto em Taboão da Serra.

Ponto 48

Propositura de embargos à execução, dirigidos ao juízo da Vara de Execuções

Fiscais de São Paulo, contra a Fazenda do Estado de São Paulo. No mérito,

deverá o candidato sustentar que a responsabilidade dos administradores de

pessoas jurídicas de direito privado depende da prática de atos contrários à lei

ou ao estatuto (CTN, art. 135, III) e, portanto, não é automática. No caso,

 Alfredo não poderá responder porque o crédito tributário foi gerado antes de

seu ingresso como diretor da sociedade.

Ponto 49

Propositura de ação anulatória de lançamento fiscal, visando à anulação da

NFLD em questão, com requerimento de antecipação de tutela ou de

realização de depósito da quantia discutida para evitar a sua inscrição na

dívida ativa. No mérito, o candidato deverá sustentar que a lei instituidora de

semelhante contribuição previdenciária é inconstitucional, pois o art. 195, I daConstituição Federal apenas autoriza a instituição de contribuições sobre

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Conteúdo: Alegar estar presente o requisito do fumus boni juris, tendo em vista

que o acórdão recorrido negou vigência ao art. 3º, inciso VIII, da Lei

Complementar no. 87/96. Salientar a presença do periculum in mora, pautado

no risco de prejuízo irreparável a que estaria sujeita, em face da retenção da

aeronave e conseqüente cancelamento de vôos.

Ponto 57

i) endereçamento ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal Regional

Federal da 3ª Região;

ii) preliminar: intempestividade do recurso;

iii) preliminar: ausência de prequestionamento do art. 195, I, da Constituição

Federal, em sua redação original;

iv) preliminar: não-cabimento do recurso extraordinário, porque o fundamento

do acórdão da apelação para afastar a aplicação do art. 3° da Lei n° 9.718/98 é

legal, de modo que o recurso cabível seria o recurso especial;

v) mérito: não há necessidade de submeter o julgamento do Plenário do

Tribunal Regional Federal quando o fundamento é legal; somente quando é

constitucional; e

vi) mérito: impossibilidade de equiparação dos conceitos de faturamento e

receita bruta.

Ponto 58

i) endereçamento ao presidente ou vice-presidente do Tribunal de Justiça do

Estado de São Paulo;

ii) recurso cabível: recurso extraordinário;

iii) mérito: pleitear que a exigência do IPVA sobre a propriedade de aeronaves

extrapola o campo de competência tributária estadual, já que a expressão

³YHtFXOR DXWRPRWRU´ UHIHUH-se, nos termos constitucionais, àquele que é

licenciado em determinado Município (art. 158, III da CF). Também cabível o

argumento de que os Estados são competentes para o registro de veículos,

não para o registro de aeronaves. Neste sentido, confiram-se os seguintes

 julgados:

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§ EMENTA: IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores

(CF, art. 155, III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC 27/85): campo de incidência

que não inclui embarcações e aeronaves (STF, Pleno, Recurso Extraordinário

nº 134.509/AM, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ acórdão Min. Sepúlveda

Pertence, j. 29.05.2002, DJU 13.09.2002, p. 64).

§ EMENTA: IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores

(CF, art. 155, III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC 27/85): campo de incidência

que não inclui embarcações e aeronaves (STF, Pleno, Recurso Extraordinário

nº 255.111/SP, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ acórdão Min. Sepúlveda

Pertence, j. 29.05.2002, DJU 13.12.2002, p. 60).

Do voto do Ministro red. p/ acórdão, extraímos o seguinte trecho:

Esse campo material de incidência do imposto sobre propriedade de veículos

automotores resulta ainda de outras normas constitucionais, a começar pela

contida no § 13 do mesmo art. 23 da Constituição Federal, também

acrescentado pela Emenda nº 27, de 1985, que, tratando da destinação do

produto da arrecadação do imposto, dispõe que cinqüenta por cento constituirá

receita do Município onde estiver licenciado o veículo. Essa locução adverbial

de lugar somente pode ser referida aos veículos terrestres, porque estes, em

face da legislação e pela ordem natural das coisas, estão sujeitos a

licenciamento nos municípios de domicílio ou de residência dos respectivos

proprietários. Dispõe, com efeito, o art. 57 do Código Nacional de Trânsito:

 Art. 57. Os veículos automotores, de propulsão humana ou tração animal,

reboques, carretas e similares, em circulação pelas vias terrestres do País,

estão sujeitos a licenciamento no município de seu domicílio ou residência de

seus proprietários.

Já as aeronaves e embarcações devem ser registradas no Registro

 Aeronáutica Brasileiro e no Tribunal Marítimo, respectivamente, nos termos da

legislação relativa. No tocante às aeronaves nacionais, dispõe o Código

Brasileiro do Ar (Decreto-lei nº 32, de 18/11/66) que são bens registráveis para

efeito de sua condição jurídica, só podendo constituir objeto de direito através

de assentamentos no Registro Aeronáutico Brasileiro do Ministério da

 Aeronáutica, órgão encarregado de emitir os certificados de matrícula, que écondição para sua utilização (arts. 10 e 12).

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206

(...)

Os Estados-membros têm competência para legislar supletivamente sobre

tráfego e trânsito nas vias terrestres (Constituição, art. 8º, XVII, ´n´, e par.

único), sendo natural, assim, a atribuição constitucional de competência

impositiva sobre a propriedade de veículos automotores. Mas, em nenhum

ponto, a autonomia estadual se estende ao campo da navegação marítima ou

aérea. A competência para legislar sobre direito aeronáutico e marítimo é

exclusiva da União (Constituição, art. 8º, XVII, b). Normas locais que impõem o

registro e licenciamento de embarcações e aeronaves em cadastros dos

Estados interessados, para fins de cobrança do IPVA, não têm qualquer 

validade, porque se apresentam frontalmente conflitantes com as regras

constitucionais que declaram a competência legislativa exclusiva da União.

Ponto 59

i) elaborar ação de repetição de indébito, dirigida ao juízo competente (na

Capital, uma das Varas da Fazenda Pública; no interior, Vara Cível ou Vara

Única, dependendo da Comarca), requerendo a repetição do indébito do tributo

(tendo em vista que não há possibilidade legal de compensação).

ii) No mérito, não há incidência do ITCMD nesta hipótese, porque a doação

ocorreu antes da edição da lei que instituiu o referido imposto no Estado de

São Paulo.

 A colação, nos termos do art. 2002 e seguintes do Código Civil de 2002,

constitui simples indicação nos autos do processo de inventário, do valor dos

bens doados pelo de cujus ainda em vida, com o intuito de igualar a legítima

dos descendentes e do cônjuge. Neste sentido, confira-se o seguinte julgado:

Inventário  ± Herdeiros que informam as doações que o pai fez em vida

(adiantamentos de legítima) para, a partir de seus efeitos, apresentarem plano

de partilha proporcional sobre os bens que remanescem  ± Hipótese de partilha

 justa ou eqüânime que se fez em vida (art. 1776 do CC), inviabilizando a tese

de que caberá recolher imposto causa mortis também sobre o valor dos bens

doados  ± Bitributação inadmissível  ± Provimento (TJSP, 3ª Câmara de Direito

Privado, Agravo de instrumento nº 272.495/2, rel. Des. Ênio Santarelli Zuliani, j.

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207

03.12.2002, DJ SP I 28.01.2003, p. 36  ± Repertório IOB de Jurisprudência, vol.

I ± tributário, constitucional e administrativo, n. 1/18809, p. 675).

Ponto 60

Medida Judicial cabível: Agravo de Instrumento, com pedido de efeito

suspensivo, perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

 Alternativamente: Mandado de Segurança, com pedido de medida liminar,

perante o mesmo Tribunal. No primeiro caso, a agravada é a Fazenda Pública

do Estado de São Paulo; no segundo, apontar ato coator do MM. Juiz de

Direito da Vara das Execuções Fiscais da Comarca de São Paulo.

Ponto 61

Medida Judicial Cabível: Recurso Ordinário em Mandado de Segurança,

endereçado ao Superior Tribunal de Justiça (art. 105, II, b, da Constituição

Federal). Mérito:

(1) inexistência de prestação de serviço no mero ato de habilitação: o ICMS

pressupõe a efetiva prestação do serviço de comunicações, o que inocorre

quando da mera disponibilização do serviço ao usuário.

(2) proibição de analogia gravosa em matéria tributária (art. 108, § 1º do CTN),

que impede a extensão do tratamento tributário dado aos serviços de

comunicação à habilitação que os precede.

(3) a definição de prestação de serviços de comunicação não pode ser alterada

exclusivamente para fins tributários, já que se trata de conceito empregado

para a demarcação de competências tributárias (art. 110 do CTN).

Precedente: STJ, Recurso Ordinário em MS 11.368-MT, Relator Ministro

Francisco Falcão (DJU 9.2.2005).

Ponto 62

Medida Judicial Cabível: Recurso Especial, dirigido ao Superior Tribunal de

Justiça. Mérito:

(1) Violação do art. 97 do CTN, já que somente a lei pode fixar a base de

cálculo do tributo.

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208

(2) Violação do art. 148 do CTN, já que o arbitramento pressupõe processo

regular, incompatível com o regime de pauta de valores mínimos; ademais, nos

termos do mesmo dispositivo, a autoridade administrativa pode valer-se do

arbitramento somente quando não merecer fé ou for omissa a declaração do

contribuinte.

Ponto 63

- recurso especial perante o Superior Tribunal de Justiça;

- segundo entendimento de grande parte da jurisprudência, especificamente do

STJ, a penhora sobre o faturamento somente tem cabimento na ausência de

oferecimento de bens alternativos, uma vez que o gravame deverá importar o

menor ônus ao contribuinte executado;

- a penhora sobre o faturamento poderá conduzir a empresa à insolvência

- 7UHFKRGR-XOJDGR³,QLFLDOPHQWHHVWD7XUPDHQWHQGHXTXHSRGHULDSHQKRUDU

30% do rendimento da empresa, mas, depois, a Turma e a própria Seção

mudaram a orientação e não permitem mais a penhora do rendimento da

empresa, porque isso equivale a penhorar a própria empresa (...) Se houver 

SHQKRUDGRIDWXUDPHQWRRXGRUHQGLPHQWRDHPSUHVDSRGHILFDULQYLiYHO´ 

Ponto 64

- Ingressar com Ação Anulatória de Débito Fiscal;

- requerer a declaração de inexistência da relação jurídica e a anulação do

crédito inscrito em dívida ativa;

- efetuar o depósito do montante discutido - artigo 38 da Lei 6.830/80  ±  ³$

discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em

execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança,

ação de repetição de indébito ou ação anulatória do ato declaratório da dívida,

esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente

corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e dHPDLVHQFDUJRV´ 

- os serviços de comunicação devem ser tributados pelo ICMS e não pelo ISS.

Ponto 65

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- Interposição de Agravo de Instrumento dirigido ao Tribunal Regional Federal

da 3ª Região;

- a lei não pode retroagir para atingir a coisa julgada  ± a lei não poderia ter 

efeitos sobre os precatórios já expedidos ou com pagamento em curso;

- trata-se de um ato coercitivo para cobrança de tributos (cobrança indireta) e

que fere os princípios da legalidade, igualdade e coisa julgada.

Ponto 66

Mandado de Segurança.

- o artigo 8º do Decreto, não fixou apenas critérios genéricos e abstratos para

apuração do valor venal, o que só seria possível por lei, mas acabou

prescrevendo a publicação do valor venal de cada imóvel em concreto. O

parágrafo 1º deste artigo determinou a atualização periódica do valor venal,

mas não se trata de mera atualização monetária da base de cálculo - esta

atualização implica verdadeira majoração da base de cálculo, ferindo o

princípio da legalidade;

- princípio da legalidade - artigo 150, inciso I, da Constituição Federal - artigo 9,

inciso I, artigo 97, inciso II e parágrafo 1º;

- impossibilidade de fixação da base de cálculo por decreto.

Ponto 67

Mandado de Segurança.

- sanções indiretas - restrições ou proibições impostas ao contribuinte, como

forma indireta de obrigá-lo - há cerceamento dos direitos fundamentais dos

contribuintes, como o devido processo legal;

- devido processo legal (CF, art. 5, LIV) é suprimido;

- pode-se também alegar violação ao princípio da proporcionalidade -

desobedecem a adequação dos meios, desrespeita o princípio de menor 

ingerência possível nos direitos do cidadão;

- a CF, artigo 195, parágrafo 3º, prevê, apenas excepcionalmente a sanção

indireta tributária.

Ponto 68

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210

Embargos à execução.

- artigo 135, III, do Código Tributário Nacional;

- sustentar que mero não pagamento de tributo não configura excesso de poder 

ou infração de lei suficiente para responsabilizar pessoalmente o diretor.

Ponto 69

Mandado de segurança preventivo ou ação declaratória de inexistência de

relação jurídico-tributária. Os serviços públicos em questão são executados em

benefício da população em geral, sem possibilidade de individualização dos

respectivos usuários e, conseqüentemente, da referibilidade a contribuintes

determinados, não se prestando para custeio mediante taxa, conforme

entendimento jurisprudencial. A base de cálculo eleita pela lei em questão não

é própria de taxa, que deve ser o valor suficiente para ressarcir o Estado pelo

exercício do poder de polícia ou pela prestação de serviços públicos

específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição,

 jamais o faturamento das empresas estabelecidas no município, como

determina a Constituição Federal no §2º do artigo 145 e confirma a

 jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Igualmente é cabível o argumento

de que a taxa em questão implica na utilização de tributo com efeito de

confisco, também vedada pelo artigo 150, IV, da Constituição Federal.

Ponto 70

 Ajuizamento da ação anulatória de débito em divida ativa, com pedido de

antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, ou mandado de segurança

repressivo, com pedido de liminar, pleiteando a anulação do ato de inscrição do

débito em dívida ativa.

Ponto 71

Interposição de exceção de pré-executividade com pedido de exclusão do

nome do ex-procurador do pólo passivo da execução fiscal.

Ponto 72

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0DQGDGRGH6HJXUDQoD&I6~PXODGR67-³1DDomRGHPDQGDGRGH

VHJXUDQoDQmRVHDGPLWHFRQGHQDomRHPKRQRUiULRVDGYRFDWtFLRV´H6~PXOD

GR67)³1mR cabe condenação em honorários de advogado na ação de

PDQGDGRGHVHJXUDQoD´ 

Ponto 73

Mandado de Segurança ou Ação Declaratória de Inexistência de Relação

Jurídico-Tributária. - Mérito: Da análise dos elementos característicos do

contrato de licença para uso da marca decorre a conclusão lógica de que este

consubstancia uma obrigação de dar e não uma obrigação de fazer,

evidenciando a impropriedade de se querer tributar, via ISS, este negócio

 jurídico.

Ponto 74

Embargos de devedor com fulcro no artigo 736 e seguintes, do Código de

Processo Civil, e no artigo 16 da Lei n° 6.830, de 22 de setembro de 1.980. -

Mérito: A empresa deve alegar que se aplica a regra da prescrição do direito do

Fisco com constituição do crédito pelo contribuinte, cuja hipótese supõe o fluxo

de cinco anos, contados da data da entrega do documento de formalização do

crédito ao Fisco (DCTF, GIA, etc.), sem pagamento antecipado, ex vi dos arts.

150 e 174 do CTN. Conseqüentemente, houve a extinção do direito de ação do

Fisco cobrar judicialmente o crédito tributário.

Ponto 75

Mandado de Segurança repressivo com pedido de liminar. Mérito: (argumento

PDLRU LPXQLGDGH UHFtSURFD SUHYLVWD QR DUWLJR LQFLVR 9, DOtQHD ³D´ GD

Constituição Federal e (argumento menor) decadência no período de 1988 a

2001, artigo 173, CTN,

Ponto 76

Mandado de Segurança repressivo com pedido de liminar ou ação declaratória

de inexistência de relação jurídico-tributária (ordinária) com pedido deantecipação de tutela. Mérito: tese já sufragada pelo STF no sentido de que a

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214

;')'"%$1(0'.(@*/.$9/.(1)5/$%<'.(

 

Questão 1

Não obstante ser inexigível o ICMS, por força da isenção, a empresa isenta

continua obrigada pela emissão de notas fiscais, bem como pela escrituração e

manutenção dos livros contábeis, conforme dispõe os artigos 194 e 195 do

CTN. A isenção se refere, tão somente à obrigação tributária e não aos

deveres instrumentais. Desta forma, como advogado, orientaria o consulente a

proceder a escrituração e manutenção dos livros contábeis, bem como a

emissão de notas fiscais.

Questão 2

Segundo dispõe o artigo 131, inciso I do Código Tributário Nacional, bem como

o artigo 4o. da Lei nº 6.606/89, seu cliente será solidariamente responsável pelo

recolhimento do tributo mencionado, podendo inclusive ser executado pelaFazenda Estadual, não restando outra alternativa se não de efetuar o

pagamento e pleitear a posterior restituição em face do contribuinte - antigo

proprietário.

Questão 3

Responderia que o lançamento espontâneo do ICMS é efetuado por 

homologação.

Questão 4

 A imunidade tributária é expressamente concedida pela Lei 8.906/94, em seu

artigo 44, parágrafo 5o., por constituir a Ordem serviço público, com

personalidade jurídica.

Questão 5

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Consoante regras dos artigos 1º e 2º da Lei 6.830/80, uma vez inscrito o valor 

na dívida ativa, a medida judicial cabível será a Execução Fiscal. 

Questão 6

Nos termos do parágrafo 2º do artigo 161 do Código Tributário Nacional, o

contribuinte deverá pagar o valor do crédito tributário sem os acréscimos, tais

como juros e multas desde que o faça no prazo de 30 (trinta) dias, após ser 

notificado, segundo o disposto no artigo 160 do CTN.

Questão 7

Como determinado no artigo 174 do CTN, o prazo será de 5 (cinco) anos e

começa a ser contado da data de sua constituição definitiva, levando-se em

consideração a ausência de causas suspensivas ou interruptivas.

Questão 8

O ato praticado pelos agentes fiscais, feriu o princípio constitucional da

vedação do tributo como forma de confisco, segundo reza o artigo 150, inciso

IV da Constituição Federal. A medida judicial mais apropriada, será a

impetração de um mandado de segurança, com fulcro na Lei 1.533/51, contra o

ato praticado pelo Senhor Delegado Regional Tributário, considerando,

evidentemente, a urgência da deliberação de mercadorias.

Questão 9

Sim. O artigo 126, inciso II, do CTN, dispõe que a capacidade tributária passiva

da pessoa natural não será afetada se estiver sujeita a medidas que importe

privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou

profissionais. A situação de falido, restritiva de suas atividades comerciais, em

nada afeta a capacidade tributária passiva do contribuinte.

Questão 10

De acordo com o art. 138 do Código Tributário Nacional a denúncia

espontânea da infração exclui a penalidade que dela seria decorrente. Assim o

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pagamento já efetuado não deveria realmente incluir multa, razão pela qual a

cobrança é ilegítima.

Questão 11

Não. O art. 195, I, da Constituição Federal prevê a possibilidade de cobrança

de contribuição social sobre a folha de salários. Por outro lado, o art. 7º, XI, da

Constituição Federal exclui a natureza salarial da participação nos lucros. O art.

28, I, § 9º da Lei nº 8.212/91 também exclui a possibilidade da cobrança.

Questão 12

O art. 150, VI, c, da Constituição Federal prevê que as entidades de educação

e assistência social sem fins lucrativos estão imunes ao pagamento de

impostos sobre o patrimônio, renda e serviços, desde que atendidos os

requisitos da lei. Segundo pacífico entendimento doutrinário e jurisprudencial, o

acesso a imunidade está condicionado à observância dos requisitos do art. 14

do Código Tributário Nacional, que em seu inciso I veda a distribuição de

qualquer parcela do patrimônio ou da renda a título de participação nos lucros

ou resultados. Assim é desaconselhável a estratégia.

Questão 13

Sim, o filho menor responde pelo crédito tributário do "de cujus" até o limite de

seu quinhão (R$ 200.000,00), conforme os artigos 126, I e 136, II do CTN.

Questão 14

Sim, estará sujeito ao pagamento de contribuição de melhoria , conforme artigo

145, III, do CF.

Questão 15

Sim. Ainda que alterada a razão social original pelo adquirente de empresa

comercial, permanecerá este como sucessor tributário da que foi alienada (art.

133, inc. I, do CTN).

Questão 16

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217

 A empresa referida é totalmente responsável pela infração fiscal e não o

contador (art. 136 do CTN). O contador, no entanto, poderá ser civilmente

responsabilizado por sua negligência, por haver descumprido sua obrigação

contratual perante a empresa.

Questão 17

Não, segundo estabelece o CTN, em seu artigo 177 a isenção não é

extensiva:às taxas; às contribuições de melhoria; aos tributos instituídos a sua

concessão.

Questão 18

 A cobrança é ilegítima porque a taxa é espécie do gênero tributo, razão pela

qual deve necessariamente estar prevista em lei em sentido estrito, nos termos

do art. 150, I da Constituição Federal e art. 9º, do Código Tributário Nacional. A

empresa poderá ajuizar ação declaratória de inexigibilidade da taxa, com

pedido de antecipação de tutela. Caso a tutela antecipada seja indeferida,

inclusive em grau de recurso, deverá a empresa efetuar o depósito judicial do

montante em discussão, com a finalidade de suspender a exigibilidade, nos

termos do art. 151, II, do Código Tributário Nacional.

Questão 19

É possível o creditamento, a partir da entrada em vigor da Lei Complementar nº

87/96, consoante permite expressamente o seu art. 33.

Questão 20 As convenções entre particulares não são oponíveis ao Fisco, conforme o

disposto no art. 123 do Código Tributário Nacional. Lúcio, portanto, na

qualidade de atual proprietário, responde pelo débito perante o Município, a

teor dos arts. 130 e 131, I , do mesmo código. No entanto, poderá cobrar o

valor de Caio por via regressiva, mediante ação própria de caráter 

condenatório.

Questão 21

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218

O Prefeito não poderia sancionar o projeto de lei, uma vez que é

inconstitucional, pois só a União pode instituir empréstimo compulsório,

conforme artigo 148, I , da CF.

Questão 22

Não. De acordo com o art. 145, § 2º, as taxas não poderão ter base de cálculo

própria de impostos. O valor venal do imóvel constitui base de cálculo do IPTU,

conforme art. 33 do Código Tributário Nacional. Além disso a limpeza pública

não é um serviço divisível, razão pela qual a exação em questão extrapola a

competência atribuída ao Município pelo art. 145, II, da Constituição Federal.

Questão 23

O prazo prescricional está previsto no artigo 174 do CTN que dispõe: A ação

para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data

da sua constituição definitiva. Assim, depois de completado o lançamento, tem

o Estado o prazo de cinco anos para impetrar a ação assecuratória do crédito

tributário. Findo esse prazo, ocorre a extinção do crédito mediante a

prescrição.

Questão 24

O lançamento suplementar é possível em sede de revisão de lançamento, com

fundamento no art. 149, VIII, do Código Tributário Nacional. Todavia, deverá se

limitar àqueles exercícios em relação aos quais ainda não se operou a

decadência, isto é, aos exercícios de 1995 em diante.

Questão 25

 A defesa a ser apresentada deverá se basear no art. 146 do Código Tributário

Nacional, que afirma que as alterações dos critérios de lançamento de tributos

deverão ser aplicadas, "em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato

gerador ocorrido posteriormente à sua introdução". Dessa forma, os critérios

novos não são aplicados a fatos pretéritos. Além disso, como não é exigido

imposto, apenas multa, poderá invocar também o art. 100, parágrafo único, do

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CTN, já que a orientação anterior da autoridade fazendária é norma

complementar de direito tributário.

Questão 26

É possível, tendo em vista o art. 144, §1º, do Código Tributário Nacional, que

permite a aplicação de lei posterior ao fato gerador que amplie os poderes de

fiscalização das autoridades administrativas.

Questão 27

Incidem ambos os impostos, por força do art. 2º, VI, da Lei Complementar nº

87/96, já que a legislação do ISS não sujeita a operação à incidência exclusiva

do ICMS.

Questão 28

 A substituição tributária é instituto previsto no art. 6º da Lei Complementar nº

87/96, que impõe ao contribuinte o dever de recolher o ICMS incidente sobre

operações que não praticou, conforme a previsão específica para cada estado.

Se as operações forem posteriores, trata-se da hipótese de substituição

tributária "para frente" a que se refere o art. 150, § 7º, da Constituição Federal.

Questão 29

Sim. O espólio responde por todos os débitos tributários do "de cujus", sejam

eles conhecidos, em via de serem lançados, e também, pelos débitos

desconhecidos à data de abertura da sucessão. ( art. 131, inc. III do CTN).

Questão 30

Sim. Conforme o art. 202 do Código Tributário Nacional, a Certidão de Dívida

 Ativa deverá indicar "a origem e a natureza do crédito, mencionada 

especificamente a disposição da lei em que seja fundado ", além da "data em 

que foi inscrita ".

Questão 31

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Questão 36

Nos termos do artigo 195, parágrafo 6º da Constituição Federal, a instituição ou

majoração das contribuições para a seguridade social somente poderão ser 

exigidas a partir de 90 (noventa) dias da publicação da lei que as instituiu ou

aumentou. Sendo certo, ainda, afirmar que tal exigência desrespeita o princípio

da legalidade tributária prevista no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal,

sendo que para a defesa do contribuinte poderia ser utilizada a Ação

Declaratória ou o Mandado de Segurança.

Questão 37

Não há incidência do imposto, tendo em vista o disposto no art. 36, I do Código

Tributário Nacional e art. 156, §2º, I da Constituição Federal.

Questão 38

De acordo com o art. 21, b, Dec. 406/68, o ente tributante competente para

efetuar a cobrança do imposto sobre serviços de construção civil é o Município

do local da obra, com exclusão daquele do local da sede. Logo, o recolhimento

está correto.

Questão 39

 A responsabilidade por sucessão neste caso é apenas subsidiária, tendo em

vista que o alienante continuou a exploração do mesmo ramo do

estabelecimento negociado. Vale dizer, a Fazenda Estadual, antes de

demandar a RLBO, deveria ter executado a ABC Ltda. Dessa forma, a RLBO

deverá oferecer bens à penhora, para em seguida, apresentar embargos à

execução, em que deverá sustentar a responsabilidade da empresa alienante ,

nos termos do art. 133, II, do Código Tributário Nacional.

Questão 40

 A autuação é procedente em virtude do parágrafo único do artigo 151 do CTN.

 A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não dispensa o cumprimento

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das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito

esteja suspenso.

Questão 41

O princípio da anterioridade, previsto nos arts. 150, III, b, e 62, § 2º, da

Constituição Federal, apenas se aplica a casos de instituição ou majoração de

tributos. Como a nova tabela resulta em redução de tributo devido, pode ser 

aplicada imediatamente.

Questão 42

 A imunidade recíproca conferida aos entes federativos aplica-se apenas às

fundações e autarquias por eles mantidos, por força do art. 150, § 2º, da

Constituição Federal. Além disso, às sociedades de economia mista que

exercem atividade econômica aplica-se o regime tributário das pessoas

 jurídicas de direito privado (CF, art. 173, § 1º, II, e § 2º).

Questão 43

 A sanção tributária deve respeitar o direito de propriedade do contribuinte, não

sendo lícito a tomada de seus bens (seu papel equivale a figura do não  ± 

confisco tributário).

 Ainda é de ser verificado o princípio da tipicidade nas normas sancionadoras,

pois, o enquadramento do ilícito, exige a concretização de fatos descritos em

lei, excluindo-se a figura da presunção.

Por outro lado, pela nítida distinção entre tributo e sanção tributária,

entendemos que as normas sancionadoras tributárias não estão sujeitas aos

princípios da anterioridade, não  ± confisco, capacidade contributiva, pois estes

são princípios atinentes à instituição, regulamentação e forma de cobrança dos

tributos, nada acrescendo à figura das sanções tributárias.

O princípio da segurança jurídica atinge as normas sancionadoras, assim como

todas as demais normas jurídicas do ordenamento, e o princípio da

irretroatividade das leis, vê-se aplicado também pelas normas sancionadoras,

por ordem do Sistema Constitucional, com exceção das questões deinterpretação da lei mais favorável ao infrator (retroatividade da lei benéfica).

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223

Questão 44

 A substituição tributária é um tipo de responsabilidade tributária, em que o

dever de reter o tributo é atribuído a terceira pessoa, relacionada indiretamente

com o fato jurídico tributário. O substituto tributário faz às vezes do contribuinte

quando do pagamento do tributo, sendo responsável exclusivo pelo referido

encargo.

Na substituição tributária não existe solidariedade, pois a solidariedade

expressa relação entre pessoas que compõe conjuntamente o pólo passivo da

obrigação tributária, o que não acontece com relação ao substituto tributário.

O dever de pagar o tributo é atribuído por lei ao responsável, de forma

exclusiva. O substituto não recebe o papel do verdadeiro contribuinte, apenas

compõe o pólo passivo indireto da relação jurídica tributária.

Questão 45

 A Creche é entidade de assistência social, sem fins lucrativos (entidade

filantrópica), estando portanto imune de impostos, nos termos do art. 150, VI,

"c" da C.Federal. Ademais a receita da venda dos produtos por ela

manipulados é destinada à consecução de sua finalidade social, desprovida de

qualquer interesse lucrativo. Considere ainda a jurisprudência e doutrina

favoráveis à interpretação ampla das regras de imunidade.

Questão 46

Não, pois de acordo com o art. 182, § 4º, da Constituição Federal, a instituição

do IPTU progressivo no tempo depende do descumprimento da função social

da propriedade urbana, conforme diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor e

por lei específica para a área em que localizado o imóvel.

Questão 47

O crédito apurado poderá ser compensado, mediante requerimento dirigido à

Receita Federal, com base no art. 74 da Lei nº 9.430/96. Não é possível a

compensação sponte propria, com base no art. 66 da Lei nº 8.383/91, que élimitada a tributos da mesma espécie.

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224

Questão 48

Como o IPTU não é questionado, não pode ser objeto de depósito judicial para

fins de suspender a sua exigibilidade. Trata-se, na verdade, da hipótese da

subordinação do pagamento de um tributo (IPTU) à quitação de outro (Taxa de

Limpeza e Conservação), o que viabiliza a consignação judicial do IPTU nos

termos do art. 164, I, do Código Tributário Nacional.

 Alternativamente ação visando o reconhecimento da inconstitucionalidade da

taxa e pedido cautelar (medida liminar ou tutela antecipada) para possibilitar o

pagamento do IPTU devido.

Questão 49

Sim, a teor do art. 149, VIII, do Código Tributário Nacional, que permite a

revisão de lançamento para apreciação de fato não conhecido ou não provado

por ocasião do lançamento anterior, qual seja, a construção do galpão.

Questão 50

Sim, poderá ser questionada com fundamento no art. 178 do Código Tributário

Nacional, que dispõe sobre as isenções condicionadas e concedidas a prazo

certo.

Questão 51

O fato gerador da taxa é o serviço público específico e divisível ou o exercício

regular do poder de polícia (art. 145, II, CF e art. 77, CTN).

Não se cuida no caso de exercício de poder de polícia. Trata-se de prestação

de serviço de vigilância à comunidade em geral, sem a necessária

especificidade com relação aos obrigados.

 Assim, não é legítima a instituição da referida taxa.

Questão 52

 As relações jurídicas tributárias sancionatórias não integram o conceito de

obrigação tributária.

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225

 As obrigações tributárias têm por objeto a imputação de direitos e deveres

correspondentes aos sujeitos de uma relação jurídica tributária, logo que

concretizado o evento previsto no antecedente da norma de incidência.

O objeto das relações tributárias decorre de fato lícito, já que o conceito de

tributo somenttrabale comporta fatos lícitos, excluindo de seu campo os atos

ilícitos (art. 3º do CTN)

Verifica-se que inexiste possibilidade para inclusão das relações sancionatórias

no conceito de "obrigação tributária". As relações sancionatórias não cabem no

conceito de obrigação tributária, tendo em vista que as primeiras decorrem de

fatos lícitos e, a Segunda, de fatos ilícitos.

Questão 53

 A Empresa, para regularizar a situação, deverá recolher o imposto calculado

pela alíquota de 17%, uma vez que deve ser aplicada a lei vigente na data da

ocorrência do fato gerador, em face da estrita legalidade prevista na

Constituição Federal, bem como das disposições do artigo 144 do Código

Tributário Nacional. Não se aplica, no caso, a retroatividade benéfica.

Questão 54

Maria é responsável tributária por solidariedade, sendo certo de que a

responsabilidade tributária solidária não comporta benefício de ordem, razão

pela qual é responsável pelo pagamento do tributo integral que, todavia, não

poderá ser de 100%, mas de 99% em face da isenção a que faz jus o Sr.

 Antonio da Silva, conforme preceitua o artigo 124, I, e seu parágrafo único, cc

artigo 125, II do Código Tributário Nacional.

Questão 55

Roberto de Carvalho é o responsável tributário porque a obrigação subroga-se

na pessoa do adquirente, quando se trata de crédito tributário relativo a

impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de

bens imóveis, levando em conta que não constou da escritura pública a prova

da quitação dos tributos. O fato da escritura prever expressamente que aresponsabilidade dos débitos existentes até a data da celebração da escritura

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fosse do vendedor, não pode ser oposto à Fazenda Pública para modificar a

definição legal do sujeito passivo da obrigação tributária, conforme preceituam

os artigos 123 e 130 do Código Tributário Nacional.

Questão 56

Não está correto o procedimento relativo ao pagamento da multa, uma vez que

o recolhimento é amparado pelo artigo 138 do Código Tributário Nacional, que

exclui, nos casos de denúncia espontânea, a aplicação de quaisquer 

penalidades.

Sendo norma geral de direito tributário, com "status" de lei complementar, não

pode a lei estadual contrariar a regra ali instituída.

Questão 57

Goiás, por ser o local da situação do imóvel, conforme o art. 155, § 1º, I, da

Constituição Federal.

Questão 58

Não, segundo o art. 125, II, do Código Tributário Nacional, a isenção concedida

em caráter pessoal beneficia apenas Júlio. Bernardo continuaria devendo o

tributo, proporcionalmente.

Questão 59

 A imunidade recíproca não atinge o promitente comprador em virtude da regra

expressa do artigo 150, § 3º da Constituição Federal. Assim, Manuel deve

recolher o IPTU e o ITBI relativos ao imóvel.

Questão 60

 A ocorrência da denúncia espontânea, prevista no artigo 138 do CTN, tem o

condão de elidir a exigência da multa de mora. Para a concretização desta

figura, faz-se necessária a concorrência de dois pressupostos, quais sejam, a

auto-denúncia (confissão do ilícito) do infrator antes de qualquer procedimento

fiscal, somado ao pagamento do tributo devido com acréscimo de juros ecorreção monetária.

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Questão 61

 A empresa não poderá ser responsabilizada pelo débito tributário já existente,

em virtude do parágrafo único do artigo 130 do CTN: "No caso de arrematação

em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço".

Questão 62

Pode haver a cobrança da contribuição de melhoria em questão, como dispõe

o artigo 177 do CTN: "Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é

extensiva: I  ± às taxas e às contribuições de melhoria; (....)".

Questão 63

 Art. 166 do CTN. Só poderá haver restituição de tributos que comportem

transferência do encargo fiscal para terceiro se o contribuinte de direito provar:

a) ter assumido o ônus não repassando o tributo ou; b) estar expressamente

autorizado pelo contribuinte de fato a recebê-los.

Questão 64

 A questão deve ser considerada com invocação do artigo 150, I da C.F. sendo

inconstitucional a pretensão em face do princípio da estrita legalidade da

tributação. Ainda, a inconstitucionalidade se manifesta em razão da indevida

delegação de poderes ao Executivo.

Questão 65

 Apenas se cogita da responsabilidade pessoal dos sócios, em caso de

liqüidação, na hipótese de sociedade de pessoas (CTN, art. 134, VII). No caso,

como se trata de sociedade anônima, não haverá responsabilização pessoal do

acionista a esse título.

Questão 66

Deverá escolher o imposto de renda sobre o ganho de capital obtido na venda,

equivalente à diferença entre o preço da venda e o valor declarado ( R$30.000,00). Deverá, ainda, quitar o Imposto de Transmissão sobre Bens

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Imóveis, apenas se a respectiva legislação municipal imputar esse ônus ao

vendedor (CTN, art. 42).

Questão 67

1mRpSRVVtYHODOHJDUDLPXQLGDGHUHFtSURFDGHTXHWUDWDRDUW9,³D´Mi

TXHDLPXQLGDGHQmRVHHVWHQGHDRVVHUYLoRV³UHODFLRQDGRVFRPH[SORUDomRGH

atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos

privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas

SHORXVXiULR´DUW&)&RPUHODomRDRVIDWXUDPHQWRVGHMDQHLURH

fevereiro, estão eles livres da tributação, tendo em vista que a Emenda

Constitucional nº 42 intURGX]LX D DOtQHD ³F´ QR DUW ,,, GD &RQVWLWXLomR

YHGDQGRDFREUDQoDGHWULEXWRV³DQWHVGHGHFRUULGRVQRYHQWDGLDVGDGDWDHP

TXHKDMDVLGRSXEOLFDGDDOHLTXHRVLQVWLWXLXRXDXPHQWRX´ 

Questão 68

 Ambos os argumentos não prosperam. O primeiro argumento baseia-se na

idéia de capacidade contributiva, aplicável a impostos. Não é pacífica sua

extensão às taxas. De qualquer modo, o valor venal não poderia ser usado

como base de cálculo da taxa, à luz do art. 145, § 2º, do texto constitucional,

que veda que as taxas tenham base de cálculo próprio de impostos. O segundo

argumento também é falho, já que as taxas podem ser cobradas por serviços

postos à disposição do contribuinte (art. 145, II da CF ou art. 77 e 79 do CTN).

Questão 69

Não. Tratando-se de uma tributação progressiva, a renda do contribuinte é

tributada a cada faixa por alíquota diversa. Assim, o aumento real do salário do

contribuinte será tributado, sem que isso implique redução em relação ao valor 

que recebia, conforme segue:

Situação

anterior 

Salário R$ 2.110,00

Tributação Até 1.058,00 Isento

Parcela superior a 1.058,00 e 15% de 1.052 =

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Questão 71

Seu amigo está errado. Tendo em vista os melhoramentos públicos descritos, a

área em que se encontra o sitio é zona urbana, à luz do art. 32, parágrafo 1º,

do CTN. Assim, é devido o IPTU. Por outro lado, o ITR vem sendo recolhido

indevidamente.

Questão 72

O contador está certo. A Constituição Federal, no art. 153, parágrafo 2º, I,

contempla os princípios da generalidade e da universalidade. Esses princípios

estão hoje regulados no 1º do art. 43 do CTN, que submete os rendimentos ao

imposto, independentemente da localização, condição jurídica ou nacionalidade

da fonte.

Questão 73

Como a Indústria Brasileira de Carimbos para Escritórios Ltda. efetua vendas

apenas para clientes de seu estado, vê-se que suas saídas são tributadas pelo

ICMS à alíquota de 18%. Assim, ao calcular o efetivo custo de um insumo, a

Indústria Brasileira de Carimbos para Escritórios Ltda. deve considerar o

montante de crédito de ICMS sobre suas aquisições, já que esse será

compensado com o devido no momento de suas saídas. Temos, assim, os

seguintes valores líquidos de ICMS:

Fornecedor Preço (valor da

nota)

Crédito de ICMS Preço líquido do

ICMS

Plásticos Paulista

Ltda.

100 18 (18% 100) 82

Plásticos

Bandeirantes Ltda.

96 17,28 (18% de

96)

78,72

Plásticos Carioca

Ltda.

96 11,52 (12% de

96)

84,48

Plásticos Potiguar 

Ltda.

90 10,80 (12% de

90)

79,20

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Tendo em vista a tabela acima, a melhor oferta é a de Plásticos Bandeirantes.

OBS: Serão aceitos erros algébricos, desde que inequívoca a compreensão do

raciocínio jurídico.

Questão 74

(a) A imunidade se estende às unidades alugadas a terceiros. É o que dispõe a

Súmula 724 do STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao

IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI,

c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades

essenciais de tais entidades. (b) sobre as unidades cedidas, não incide o IPTU,

 já que o Lar mantém a propriedade (não transferida pelo contrato de uso),

aplicando-se a imunidade da entidade de assistência social.

Questão 75

Não está correto: O art. 3º da Lei 10.833/2003 arrola as hipóteses em que se

conferem créditos. No caso de serviços, vê-se que, de regra, eles somente

darão direito a crédito se utilizados como insumo na prestação de serviços e na

produção ou fabricação de bens ou produtos destinados a venda. No caso, os

serviços não se relacionam com a produção, não dando direito a crédito.

Questão 76

(a) Legalidade: não se estende ao prazo para recolhimento do tributo, já que o

art. 97 do CTN não estende o princípio à questão do prazo e o art. 160 deixa

FODUR TXH R SUD]R p PDWpULD GD ³OHJLVODomR WULEXWiULD´ QmR GD OHL E

anterioridade: A Súmula 669 do STF pacificou o entendimento de que norma

legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita

ao princípio da anterioridade.

Questão 77

O prazo prescricional não foi respeitado. A inscrição em dívida ativa suspende

o prazo prescricional por 180 dias (artigo 2º, § 3º, Lei 6.830/80). A execução foi

ajuizada quase um ano e meio após a inscrição em dívida ativa (05/07/2005), oque significa que a contagem do prazo prescricional voltou a ocorrer 180 dias

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após a data de inscrição em dívida ativa, ou seja, 07/2004. Portanto, tomando-

se as datas de ocorrência dos fatos geradores até a distribuição da ação de

execução fiscal, descontados os 180 dias de suspensão, terá sido consumada

a prescrição. Ver também artigo 174 do Código Tributário Nacional.

Questão 78

Orientar a Empresa X a fazer a retenção do ISS sob pena de responsabilidade.

Questão 79

Tendo fixado a residência no Brasil, o Sr. Pierre passará a ser tributado

segundo o princípio da universalidade - deverá pagar imposto sobre o

rendimento auferido no Brasil e na França - o imposto pago na França (sobre

os rendimentos lá auferidos) poderá ser compensado com o imposto devido no

Brasil sobre estes rendimentos.

Questão 80

É menos onerosa a aplicação feita por pessoa física, pois haverá apenas a

retenção de 15% a título de imposto de renda - no caso de se investir como

pessoa jurídica, embora o valor retido de 15% possa ser compensado

posteriormente, haverá a incidência das alíquotas de 15% e adicional de 10%,

PIS e Cofins.

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0%&'.(0/(:%4;*'(!1"$*;*/.'(

 

I) ORTOGRAFIA :

Abaixo-assinado > Documento ( Ex. Todos assinaram o abaixo-assinado )

Abaixo assinado > Signatário ( Ex. A abaixo assinado, vem requerer... )

* * *

Acender > Por fogo, fazer arder, incendiar 

AScender > Subir, elevar-se

* * *

Acento > Sinal ortográfico ( agudo, grave, circunflexo)

ASSento> Local ou objeto em que a gente senta

* * *

Afim > Significa semelhante. Ex. Temos idéias afins

A fim > Indica finalidade. Ex. Está aqui a fim (com a finalidade) de estudar 

* * *

Ante > Significa antes. Ex. anteontem, anteprojeto

AntI > Significa contra. Ex. Antinupcial (contrário ao

casamento)

* * *

Arrear > Pôr arreios em...

Arriar> Abaixar, descer ( o que estava suspenso ou levantado)

* * *

À-toa > Irrefletido

À toa > sem destino

* * *

Bimensal > Ocorre 2 vezes ao mês

Bimestral > Ocorre a cada 2 meses

* * * 

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CaÇar > Procurar, buscar, como se faz às feras

CaSSar > Fazer cessar, tornar nulo ou sem efeito (licenças, autorizações etc)

* * *Cartucho > Invólucro de papel ou cartão. Recipiente com filme ou fita

magnética.

Cartuxo > Pertencente ou relativo à Cartuxa. Religioso de Ordem Cartuxa

* * *

Cessão > Ato ou efeito de ceder.

Sessão > Reunião de pessoas ( Ex.Sessão da câmara, Sessão do Júri etc.)

Seção > Divisão de um setor ou departamento.* * *

Cerrar > Fechar.

Serrar > Cortar.

* * *

Cerração > Nevoeiro espesso

Serração > Ato de serrar, serragem

* * *

Chácara >Pequena propriedade campestre, casa de campo

Xácara > Narrativa popular em versos

* * *

Cheque > Ordem de pagamento emitido em favor de pessoas ou empresas

Xeque > Pôr em dúvida o valor, a importância, o mérito de:

* * *

COmprimento > MedidaCUmprimento > Ato de cumprir.

* * *

CoZer > Significa Cozinhar 

CoSer > Significa costurar.

* * *

ConSerto > Reparar,Corrigir.

ConCerto >Peça Musical.

* * *

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DesApercebido > Desprevenido,desprovido.

Despercebido >Que não foi percebido.

* * *

DEferir > Anuir ( o que se pede ou requer) atender, conceder 

DIferir > Adiar, retardar; divergir ; ser diferente.

* * *

DIscriminar > Separar, segregar ou relacionar, fazer lista etc.

DEscriminar > Inocentar, deixar de ser crime.

* * *

DIstratar > Desfazer tratado.

DEstratar >Insultar, Ofender.

* * * 

Emergir > Para fora

Imergir > Mergulhar 

* * * 

ESpectador >Quem assiste a um espetáculo.

EXpectador > Quem está na expectativa.

* * *

Estada > Ato de estar, demora, permanência

Estadia > Prazo concedido para carga e descarga de navio

* * *

Esterno > Osso situado na parte anterior do tórax

Externo > Que está por fora ou vem de fora

* * *

Estrato > Camadas das rochas, ou de uma população (pelo seu nível

social)

Extrato > Resumo, síntese; que se extrai

* * *

EXperto > Quem tem experiência, perito

ESperto > Acordado, desperto

* * *Flagrante > Evidente, ato em que a pessoa é surpreendida ao praticar 

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Fragrante > Perfumado, aromático, odorífero

* * *

Fluir > Correr em abundância; Ir no sentido de...Fruir >Estar na posse de; possuir; desfrutar 

* * *

Haja > Verbo haver ( Ex. É preciso que haja gasolina para o veículo

funcionar)

Aja > Verbo agir. ( Ex. Temos que agir rápido...)

* * *

HelipoNto > Local para apenas um helicóptero.HelipoRto > Local para vários helicópteros.

* * *

História > É a ciência ( Ex. História do Brasil)

Estória ou história ( com "h" minúsculo)> é uma narração, um conto etc.

* * *

Incontinente > Falta de continência, moderado, sensual

Incontinenti > Sem demora; sem interrupção; imediatamente

* * *

Infligir > Causar ou produzir ( dano, incômodo, prejuízo etc)

Infringir >Violar, quebrar, transgredir, desrespeitar 

* * *

Ir de encontro > Significa ir contra, chocar-se.

Ir ao encontro > Significa concordar, aproximar-se.

* * *

InSipiente > Que não sabe.Ignorante

InCipiente > Iniciante.

* * * 

MaL > Contrário de Bem. (Ex. Ele foi mal nas provas, ela foi bem )

MaU > Oposto de Bom. (Ex. Ele é um mau aluno mas, um bom atleta)

* * * 

Pleito > Debate. discussão,questão em juízo

Preito > Homenagem, sujeição, dependência

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RAtificar > Confirmar (Ex. Foi ratificada a data dos exames )

REtificar > Corrigir. ( Ex. Foi retificada a nota da redação )

* * *

Tacha > Pequeno prego de cabeça larga e chata

Taxa > Tributo, imposto

* * *

TráfEgo > Circulação de veículos. ( Ex. Neste horário o tráfego fica muito

lento)

TráfIco > Comércio ilegal ou ilícito. (Ex. A polícia combate o tráfico de

drogas)

* * *

Sesta > Hora em que se descansa ou dorme depois do almoço.

Sexta > Intervalo de seis graus consecutivos na escala diatônica

Cesta > Receptáculo feito de fibra entrelaçada com o sem alça.

* * *

Tenção > Intenção, intento ( Ex. Se sua tenção é ir rápido, tome um avião)

Tensão > Qualidade do que é tenso ( pode também ser diferença de

potencial elétrico entre dois pontos de um circuito - Tensão elétrica,

voltagem)

(Dupla grafia) 

Câmera ou Câmara  Porcentagem ou Percentagem 

Quota ou Cota  Aterrissar ou Aterrizar 

Sucatear ou Sucatar  Catorze ou Quatorze

Descarrilar ou Descarrilhar  Quociente ou Cociente 

NUNCA ESCREVA COM H FEN: 

Bicampeão/Tricampeão/Tetracampeão...

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antiético malcasado subgerente subprefeito

antiaéreo malsucedido subaquático subsolo

antidiluviano semifinal suboficial subsíndico

antiinflacionário sobreloja subtotal supermercado

contracheque subcomissão subumano

extraconjugal subdelegado subseção

ESCREVA CERTO: 

CINQÜENTA, nunca Cincoenta.

BENEFICENTE,nunca Beneficiente.

EMPECILHO e não impecilho.

PARALISAR e nunca Paralizar.

ATERISSAR e não aterrisar 

ADIVINHAR e nunca advinhar 

CABELEIREIRO e não cabelereiro

Nomes susceptíveis de forma coletiva especial

Amigos Tetúlia

Bispos Concílio; sínodo

Ciganos Bando; pandilha

Escritores Plêiade

Gente 

Chusma;

magote

Livros(amontoados) pilha; ruma

Papéis Resma; rima;

ruma

Professores Congregação

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Palavras e expressões Latinas em uso no Português:

Álibi  - Em outro lugar. Recurso de que se vale alguém acusado de crime

provando que não se achava no lugar do fato

Curriculum vitae  - Currículo de vida de alguém. Conjunto de dados biográficos

e de todas as atividades profissionais.Déficit - saldo negativo.Superávit - Saldo

positivo, sobra

Ex-offício  - Por dever do cargo

Fac-símile -reprodução exata

Fiat lux   - Faça-se a luz! É do Gênesis, ao descrever a seqüência de criação

das coisas

In loco - No lugar, no local.

Ipsis litteris  - Literalmente

Per se - Por si mesmo. Sem influência alheia.

Pro rata - em proporção

Post scriptum - Depois do escrito ( quando se escreve qualquer mensagem e

no final se quer acrescentar alguma coisa mais, coloca-se P.S. e escreve-se o

que se faz necessário.

Quorum - Número mínimo para funcionamento de um órgão colegiado.

Sic  - Assim, (Quando num texto há qualquer palavra errada, costuma-se

colocar depois dela SIC, para afirmar que tal erro se encontra no texto e não

pertence a quem está fazendo a citação dele).

Sine die - Sem dia marcado.

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Sine qua non  - Subtende-se conditio, condição sem a qual nada pode ser 

feito.

Statu quo - No estado primeiro em que se achava a questão.

Stricto Sensu - Em sentido estrito/ opõe-se a lato sensu.

Superávit - Saldo positivo, sobra.

Verba gratia  - Por exemplo

Versus - c ontra

Vide - Vê. Isto é , confira.

Vox populi, vox Dei - A voz do povo é a voz de Deus.

REDUNDÂNCIAS: 

> Encarar de frente ( Pode-se encarar de lado?)> Desfecho final ( Se houve desfecho, já se chegou ao final)

> Elo de ligação ( Todo elo é de ligação)

> Planos para o futuro ( Alguém faz plano para o passado?)

> Criar novos empregos ( Alguém consegue criar algo velho?)

> Habitat natural ( Todo habitat é natural)

> Conviver juntos ( quem convive separado?)

> Sua autobiografia ( Se é autobiografia, só pode ser sua)> Sorriso nos lábios ( Onde poderia ser?)

> General do Exército ( Só existem generais no Exército)

> Brigadeiro da Aeronáutica ( Só existem brigadeiros na Aeronáutica)

> Almirante da Marinha ( Só existem almirantes na Marinha)

> Manter o mesmo time ( Quem consegue manter outro time?)

> Labaredas de fogo ( Há labaredas de outra coisa?)

> Despesas com gastos ( ambas têm o mesmo sentido )> Monopólio exclusivo ( Se é monopólio, já é total )

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> Ganhar grátis ( Quem ganha pagando?)

> Paises do mundo ( E de onde mais podem ser?)

> Viúva do falecido ( Há viúva sem haver falecido?)> Cale a boca ( O que mais se pode calar?)

> Erário Público (Todo erário é público )

> Experiência anterior ( Se possui, só pode ter adquirido posteriormente)

>Tenho um amigo meu ( Se você tem, já é seu)

> Pessoa Humana ( Basta pessoa, ou ser humano)

> Há quinze dias atrás ( Um ou outro. Há quinze dias, ou Quinze dias

atrás)

II) ESTUDO DA CRASE

 A crase indica a fusão da preposição a com artigo a: João voltou à (a

preposição + a artigo) cidade natal. / Os documentos foram apresentados às (a

prep. + as art.) autoridades. Dessa forma, não existe crase antes de palavra

masculina: Vou a pé. / Andou a cavalo. Existe uma única exceção, explicada

mais adiante.

Regras práticas 

Primeira- Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um termo

masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou aos, existe crase; do

contrário, não. Nos exemplos já citados: João voltou ao país natal. / Os

documentos foram apresentados aos juízes. Outros exemplos: Atentas às

modificações, as moças... (Atentos aos processos, os moços...) / Junto à

parede (junto ao muro).

No caso de nome geográfico ou de lugar, substitua o a ou as por para. Se o

certo for para a, use a crase: Foi à França (foi para a França). / Irão à Colômbia

(irão para a Colômbia). / Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase).

Pode-se igualmente usar a forma voltar de: se o de se transformar em da, há

crase, inexistente se o de não se alterar: Retornou à Argentina (voltou da Argentina). / Foi a Roma (voltou de Roma).

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Segunda - A combinação de outras preposições com a (para a, na, da, pela e

com a, principalmente) indica se o a ou as deve levar crase. Não é necessário

que a frase alternativa tenha o mesmo sentido da original nem que a regência

seja correta. Exemplos: Emprestou o livro à amiga (para a amiga). / Chegou à

Espanha (da Espanha). / As visitas virão às 6 horas (pelas 6 horas). / Estava às

portas da morte (nas portas). / À saída (na saída). / À falta de (na falta de, com

a falta de).

Usa-se a crase ainda

- Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (ederivados): Cheguei àquele (a + aquele) lugar. / Vou àquelas cidades. /

Referiu-se àqueles livros. / Não deu importância àquilo.

- Nas indicações de horas, desde que determinadas: Chegou às 8 horas, às

10 horas, à 1 hora. Zero e meia incluem-se na regra: O aumento entra em vigor 

à zero hora. / Veio à meia-noite em ponto. A indeterminação afasta a crase: Irá

a uma hora qualquer.

- Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas como às pressas, às

vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de,

à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força

de, à espera de: Saiu às pressas. / Vive à custa do pai. / Estava à espera do

irmão. / Sua tristeza aumentava à medida que os amigos partiam. / Serviu o filé

à moda da casa.

- Nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a

tradição lingüística o exija, como à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista,

à venda, à toa, à tinta, à mão, à navalha, à espada, à baioneta calada, à

queima-roupa, à fome (matar à fome): Morto à bala, à faca, à navalha. / Escrito

à tinta, à mão, à máquina. / Pagamento à vista. / Produto à venda. / Andava à

toa. Observação: Neste caso não se pode usar a regra prática de substituir a

por ao.

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- Antes dos relativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser

substituídos por ao ou aos: Eis a moça à qual você se referiu (equivalente:

eis o rapaz ao qual você se referiu). / Fez alusão às pesquisas às quais nos

dedicamos (fez alusão aos trabalhos aos quais...). / É uma situação

semelhante à que enfrentamos ontem (é um problema semelhante ao que...).

Não se usa a crase antes de

- Palavra masculina: andar a pé, pagamento a prazo, caminhadas a esmo,

cheirar a suor, viajar a cavalo, vestir-se a caráter. Exceção. Existe a crase

quando se pode subentender uma palavra feminina, especialmente moda emaneira, ou qualquer outra que determine um nome de empresa ou coisa:

Salto à Luís XV (à moda de Luís XV). / Estilo à Machado de Assis (à maneira

de). / Referiu-se à Apollo (à nave Apollo). / Dirigiu-se à (fragata) Gustavo

Barroso. / Vou à (editora) Melhoramentos. / Fez alusão à (revista) Projeto.

- Nome de cidade: Chegou a Brasília. / Irão a Roma este ano. Exceção. Há

crase quando se atribui uma qualidade à cidade: Iremos à Roma dos Césares. /

Referiu-se à bela Lisboa, à Brasília das mordomias, à Londres do século 19.

- Verbo: Passou a ver. / Começou a fazer. / Pôs-se a falar.

- Substantivos repetidos: Cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a

ponta.

- Ela, esta e essa: Pediram a ela que saísse. / Cheguei a esta conclusão. /

Dedicou o livro a essa moça.

- Outros pronomes que não admitem artigo, como ninguém, alguém, toda,

cada, tudo, você, alguma, qual, etc.

- Formas de tratamento: Escreverei a Vossa Excelência. / Recomendamos a

Vossa Senhoria... / Pediram a Vossa Majestade...

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- Uma: Foi a uma festa. Exceções. Na locução à uma (ao mesmo tempo) e no

caso em que uma designa hora (Sairá à uma hora).

- Palavra feminina tomada em sentido genérico: Não damos ouvidos a

reclamações. / Em respeito a morte em família, faltou ao serviço. Repare: Em

respeito a falecimento, e não ao falecimento. / Não me refiro a mulheres, mas a

meninas.

 Alguns casos são fáceis de identificar: se couber o indefinido uma antes da

palavra feminina, não existirá crase. Assim: A pena pode ir de (uma)

advertência a (uma) multa. / Igreja reage a (uma) ofensa de candidato emGuarulhos. / As reportagens não estão necessariamente ligadas a (uma)

agenda. / Fraude leva a (uma) sonegação recorde. / Empresa atribui goteira a

(uma) falha no sistema de refrigeração. / Partido se rende a (uma) política de

alianças.

Havendo determinação, porém, a crase é indispensável: Morte de bebês leva à

punição (ao castigo) de médico. / Superintendente admite ter cedido à pressão

(ao desejo) dos superiores.

- Substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo: Pegaram-

se a dentadas. / Agrediram-se a bofetadas. / Progrediram a duras penas.

- Nomes de mulheres célebres: Ele a comparou a Ana Néri. / Preferia Ingrid

Bergman a Greta Garbo.

- Dona e madame: Deu o dinheiro a dona Maria . / Já se acostumou a madame

 Angélica. Exceção. Há crase se o dona ou o madame estiverem

particularizados: Referia-se à Dona Flor dos dois maridos.

- Numerais considerados de forma indeterminada: O número de mortos

chegou a dez. / Nasceu a 8 de

 janeiro. / Fez uma visita a cinco empresas.

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/a curto prazo / à custa (de) / a dedo / à deriva / a diesel / à direita / à disparada

/ à disposição / a distância / a duras penas / a elas(s), a ele(s) / a eletricidade /

à entrada / à escolha (de) / à escovinha / à escuta / a esmo / à espada / à

espera (de) / à espreita (de) / à esquerda / a esse(s), a essa(s) / a este(s), a

esta(s) / à evidência / à exceção de / à falta de / a ferro e fogo / à flor da pele /

à força (de) / à francesa / à frente (de) / à fresca / a frio / a fundo / a gás / a

gasolina / à gaúcha / a gosto / à imitação de / à inglesa / a instâncias de / a

lápis / à livre escolha / a longa distância / a longo prazo / a lume / à luz / a mais

/ a mando de / à maneira de / à mão / à mão armada / à mão direita / à

máquina / à margem (de) / à marinheira / a marteladas / à medida que / à meia-

noite / a menos / à mercê (de) / à mesa / à mesma hora / a meu ver / à minha

disposição / à minha espera / à minuta / à moda (de) / à moderna / à morte / à

mostra / a nado / à noite / à noitinha / à nossa disposição / à nossa espera / a

olho nu / à ordem / à paisana / a par / à parte / a partir de / a passos largos / a

pé / a pedidos / a ponto de / a postos / à praia / a prazo / à pressa / à prestação

/ a prestações / à primeira vista /a princípio / à procura (de) / à proporção que /

a propósito / à prova / a público / a quatro mãos / à que (=àquela que) / àquela

altura / à queima-roupa / à razão (de) / a respeito de / à revelia (de) / a rigor / à

risca / às avessas / às cegas / às cinco (horas) / às claras / a seguir / à

semelhança de / às encobertas / a sério / a serviço / às escuras / a sete chaves

/ às favas / às gargalhadas / às margens de / às marteladas / às mil maravilhas

/ às ocultas / à sorte / a sós / às pressas / às quais / às quartas-feiras / à sua

disposição / à sua escolha / à sua espera / à tardinha / a termo / à tinta / a toda

/ à última hora / à vista (de) / à volta (de) / à vontade / à vossa disposição / dar 

vazão à /de parte a parte / de ponta a ponta / de uma ponta à outra / em que

pese a / exceção à regra / face a face / falar à razão / faltar à aula / fazer as

vezes de / frente a frente / graças às / perante as / pôr à mostra / pôr à prova /

pôr fim à vida / quanto às / recorrer à polícia / reduzir à expressão / reduzir a

zero / sair à rua / saltar à vista / tirar à sorte / voltar à cena / voltar às boas

Exemplos:

 A entrada será permitida mediante à entrega da passagem. [Inadequado]

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 A entrada será permitida mediante a entrega da passagem. [Adequado]

Desde à assembléia os operários clamavam por greve. [Inadequado]

Desde a assembléia os operários clamavam por greve. [Adequado]

Os médicos eram chamados a sala de cirurgia. [Inadequado]

Os médicos eram chamados à sala de cirurgia. [Adequado]

III) ACENTUAÇÃO GRÁFICA:

1. Regras gerais: 

Para acentuar corretamente as palavras, convém observar as seguintes regras:

1.1. Proparoxítonas 

Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados. Exemplos:

árvore, metafísica, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África, Ângela.

1.2. Paroxítonas São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em:

i(s): júri, júris, lápis, tênis.

us: vírus, bônus.

r: caráter, mártir, revólver.

x: tórax, ônix, látex.

n: hífen, pólen, mícron, próton.

l: fácil, amável, indelével.

ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis,

fósseis, jérsei.

ão(s): órgão(s), sótão (s), ófão (s), bênção (s).

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ã (s): órfã(s), ímã (s).

ps: bíceps, fórceps

Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hifens, polens, jovens,

nuvens, homens.

Não se acentuam os prefixo paroxítonos terminados em i ou r: super-homem,

inter-helênico, semi-selvagem.

1.3. Oxítonas 

São acentuados os vocábulos terminados em:

a(s )d, e(s), o(s): maracujá, ananás, café, você, dominó, paletós, vovô, vovó,

Paraná.

em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs.

 Acentuam-se também los monossílabos tônicos terminados em a, e, o

(seguidos ou não de s): pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, dê, hás, crês.

 As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las

também são acentuadas: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo,

comprá-la-á.

O til vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: lã, fã,

irmã, alemã

2. Regras especiais 

 Além das anteriormente vistas, cumpre observar ainda as seguintes regras:

 Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói: chapéu, céu, anéis,

pastéis, coronéis, herói.

Hiatos ôo e êe: vôo, enjôo, vôos, crêem, lêem, dêem.

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a) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do

presente do indicativo:

ele tem/ eles têm, ele vem/eles vêm.

b) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do

singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do

presente do indicativo: ele retém/ eles retêm, eles intervém /eles intervêm.

c) Recebem acento diferencial as seguintes palavras:

pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição).pára (verbo), para diferenciar de para (preposição).

pêlo (substantivo), para diferenciar de pelo (contração).

pélo (do verbo pelar), para diferenciar de pelo (contração).

pôde(3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar de pode (3ª

pessoa do singular do presente o indicativo)

IV) O USO DO PORQUÊ: 

* por que - grafa-se separadamente e sem acento:

a) orações interrogativas diretas:

Por que ele saiu?

b) orações interrogativas indiretas:

Não sei por que ele saiu.

c) pronome relativo:

O caminho por que (pelo qual) passei era difícil.

por quê - grafa-se separadamente e com acento, quando ocorrer no final de

frases interrogativas:

Ele saiu cedo, por quê?

Você não aceitou minha sugestão. Por quê?

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* porque - grafa-se numa única palavra quando for empregado como

conjunção, geralmente causal ou explicativa.

Neste caso pode ser substituído pela conjunção pois. É a resposta da

pergunta.

Saí cedo, porque tinha um sério compromisso.

* porquê - grafa-se numa única palavra e acentuado quando for substantivo.

Não sei o porquê de sua revolta.

Nesse caso pode ser reconhecido:

a) pela anteposição do artigo;

b) substituindo-RSHODVSDODYUDV³PRWLYR´³FDXVD´ 

Exemplos:

V) EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS :

 A nível de experiência, tudo é válido. [Inadequado]Em nível de experiência, tudo é válido. [Adequado]

Eles estavam em vias de cometer uma loucura. [Inadequado]

Eles estavam em via de cometer uma loucura. [Adequado]

 A seguir, alguns exemplos de locuções em uso inadequado:

EMPREGO INADEQUADO EMPREGO

 ADEQUADOa nível de em nível de

à medida em que na medida em que

ao mesmo tempo que ao mesmo tempo em

que

apesar que apesar de que

de modo a de modo que

a longo prazo em longo prazo

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em vias de em via de

ao ponto de a ponto de

de vez que uma vez que / portanto

CONSTRUÇÃO

INADEQUADA

CONSTRUÇÃO ADEQUADA

estar de (greve) estar em (greve)

namorar com namorar arrasar com arrasar 

repetir de (ano) repetir o (ano)

VI) Verbos / preposições :

Os estudantes visam uma melhor colocação profissional. [Inadequado]

Os estudantes visam a uma melhor colocação profissional. [Adequado]

Os estudantes visam a ela. [Adequado]

...[termo regente: visar a = ter por objetivo]

Os combatentes visavam aos territórios ocupados recentemente. [Inadequado]

Os combatentes visavam os territórios ocupados recentemente. [Adequado]

Os combatentes visavam-nos. [Adequado]

...[termo regente: visar = mirar]

Os mais velhos insistiam em querer assistir o jogo em pé. [Inadequado]

Os mais velhos insistiam em querer assistir ao jogo em pé. [Adequado]

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Os mais velhos insistiam em querer assisti a ele em pé. [Adequado]

...[termo regente: assistir a = ver, observar]

 Assiste o médico o direito de solicitar as informações sobre seu cliente.

[Inadequado]

 Assiste ao médico o direito de solicitar as informações sobre seu cliente.

[Adequado]

 Assiste-lhe o direito de solicitar as informações sobre seu cliente. [Adequado]

...[termo regente: assistir a = caber, pertencer]

Tua equipe assistiu aos processos de forma brilhante e participativa.

[Inadequado]

Tua equipe assistiu os processos de forma brilhante e participativa. [Adequado]

Tua equipe os assistiu de forma brilhante e participativa. [Adequado] ...[termoregente: assistir = prestar assistência, socorrer]

VI) PONTUAÇÃO :

Não se separam por vírgula:

a) predicado de sujeito;

b) objeto de verbo;

c) adjunto adnominal de nome;d) complemento nominal de nome;

e) predicativo do objeto do objeto;

f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja

apositiva nem apareça na ordem inversa)

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A vírgula no interior da oração

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar o vocativo. Ex.:Maria,

traga-me uma xícara de café.

 A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui

ontem.

c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.

Ex.: Chegando de viagem, procurarei por você.

 As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.

Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.

e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para

acertar a viagem.

f) separar conjunções intercaladas.

Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado.

Ex.: A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.

Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos.

Ex.: "Lua, lua, lua, lua,

por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)

 j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da

vírgula. Ex.: Conversaram sobre futebol, religião e política.

Não se falavam nem se olhavam./ Ainda não me decidi se viajarei para Bahia

ou Ceará.

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Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar 

ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.

Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.A vírgula entre orações

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.

b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as

iniciadas pela conjunção e ). Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí

para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),

principalmente se estiverem antepostas à oração principal.

Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e

fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas. Ex.: "- Senhor , disse o velho, tenho

grandes contentamentos em a estar plantando..."

Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:

1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.

Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase

(polissíndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.3) quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição

(adversidade, conseqüência, por exemplo) Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda

assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),

principalmente se estiverem antepostas à oração principal.

Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e

fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de Alencar)

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d) separar as orações intercaladas. Ex.: "- Senhor , disse o velho, tenho

grandes contentamentos em a estar plantando..."

Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão. Ex.:

"Senhor  - disse o velho - tenho grandes contentamentos em a estar 

plantando..."

e) separar as orações substantivas antepostas à principal.Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei

8- PONTO-E-VÍRGULA ( ; ) 

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma

seqüência, etc.

Ex.: Art. 127  ± São penalidades disciplinares:

I- advertência;

II- suspensão;

III- demissão;IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V- destituição de cargo em comissão;

VI- destituição de função comissionada. ( cap. V das penalidades Direito

 Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas

quais já tenham tido utilizado a vírgula.

([³2URVWRGHWH]DPDUHOHQWDHIHLo}HVLQH[SUHVVLYDVQXPDTXLHWXGH

apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da

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vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi

transformando em opressora asma cardíaca; os

lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim -

Visconde de Taunay)