apostila bq 2010

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA FATEC-SO PROJETOS, MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DE APERELHOS MÉDICO- HOSPITALARES APOSTILA DE BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA Profa Dra Elaine Conceição de Oliveira

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apostila de aulas praticas de bioquimica

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Page 1: Apostila BQ 2010

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA FATEC-SO

PROJETOS, MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DE APERELHOS MÉDICO-HOSPITALARES

APOSTILA DE BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA

Profa Dra Elaine Conceição de Oliveira

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I-INSTRUÇÕES GERAIS PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO

REGRAS DE SEGURANÇA DE LABORATÓRIO

O laboratório é um local onde há um grande número de equipamentos e reagentes que possuem os mais variados níveis de toxidez. Este é um local bastante vulnerável a acidentes, desde que não se trabalhe com as devidas precauções. Abaixo, apresentamos alguns cuidados que devem ser observados, para a realização das práticas, de modo a minimizar os riscos de acidentes.

ANTES DA AULA PRÁTICA

1. Estude os conceitos teóricos envolvidos, leia com atenção o roteiro da prática e tire todas as dúvidas.

2. Obtenha as propriedades químicas, físicas e toxicológicas dos reagentes a serem utilizados, e a forma de prevenir e contornar os possíveis acidentes causados por eles. Em muitos casos essas instruções são encontradas no próprio rótulo do reagente.

DURANTE A AULA PRÁTICA

1. O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que dispersem sua atenção e de seus colegas. Trabalhe com calma, atenção e responsabilidade, e seja metódico. Esteja sempre ciente e respeite as principais regras de segurança.

2. O cuidado e aplicação de medidas de segurança é responsabilidade de cada indivíduo; cada um deve precaver-se contra perigos devido a seu próprio trabalho e ao dos outros.

3. Consulte o professor sempre que tiver dúvidas ou ocorrer algo inesperado ou anormal.

4. Para sua segurança, use avental de algodão , de comprimento na altura dos joelhos e, de mangas longas. Não é permitido entrar na aula usando bermuda ou calçados abertos (chinelo, sandália, etc...).

5. Não fume, coma ou beba no laboratório.

6. Faça apenas a experiência prevista; qualquer atividade extra não deve ser realizada sem a prévia consulta ao professor.

7. Não cheire, toque ou prove qualquer reagente. Lembre-se que a contaminação ocorre por inalação e/ou ingestão e/ou absorção pela pele.

8. Nunca deixe o bico de Bunsen aceso quando não estiver usando.

9. Não use substâncias inflamáveis próximo a chama.

10. Trabalhe com cuidado com substâncias tóxicas e corrosivas, como ácidos, álcalis e solventes.

11. Todo material tóxico e/ou que exale vapor deve ser usado na capela.

12. Leia com atenção o rótulo do frasco de reagente antes de usá-lo para certificar-se que é o frasco certo.

13. Todos os frascos contendo reagentes, amostras e soluções devem ser devidamente etiquetados (identificação do material, nome do responsável e data).

14. Não contamine os reagentes, voltando o reagente não utilizado ao frasco original ou usando espátulas e pipetas sujas ou molhadas.

15. Sempre que realizar a diluição de um ácido concentrado, adicione-o lentamente, com agitação sobre a água, e nunca o contrário.

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16. NUNCA pipetar com a boca.

17. Não utilize material de vidro quebrado, rachado ou com defeito, principalmente para aquecimento ou em sistemas com vácuo.

18. Não deixe vidraria ou qualquer equipamento quente sobre a bancada sem o devido aviso.

19. Enxugue e lave qualquer local onde cair reagente.

20. O laboratório deve estar sempre limpo e arrumado, corredores e saídas desobstruídos, chão e bancadas secas.

21. Nunca jogue papéis, fósforo ou qualquer sólido na pia.

22. Reagentes não tratados ou insolúveis não devem ser jogados na pia. Solventes clorados e não clorados devem ser armazenados em frascos separados.

23. Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substância, não volte a extremidade aberta do mesmo para si ou para uma pessoa próxima.

24. Quando for testar algum produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do frasco.

RELATÓRIO

Não se entra num laboratório sem um objetivo específico, portanto é necessária uma

preparação prévia ao laboratório: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os princípios químicos

envolvidos nesta atividade?

Durante a realização dos experimentos é necessário anotações dos fenômenos observados,

das massas e volumes utilizados, tempo decorrido, condições iniciais e finais do sistema. Estas

anotações possibilitarão uma descrição precisa das atividades de laboratório. Não confie em sua

memória, tudo deve ser anotado.

Após o experimento vem o trabalho de compilação das etapas anteriores através de um

relatório. O relatório é um modo de comunicação escrita de cunho científico sobre o trabalho

laboratorial realizado.

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MATERIAIS MAIS USADOS EM LABORATÓRIO

1. Balão de Fundo Chato: Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto

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2. Balão de Fundo Redondo: Utilizado para aquecimento de líquidos e reações de desprendimento de gases

3. Balão Volumétrico: Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções com precisão em laboratório

4. Becker: Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto.5. Bureta: Aparelho utilizado em análises volumétricas precisas. 6. Cadinho: Utilizado para aquecer substâncias a seco e com grande intensidade de calor (acima de 500°C), por isto pode ser levado diretamente ao bico de bunsen. 7. Cápsula de Porcelana: Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções e na secagem de substâncias. Podem ser utilizadas em estufas desde que se respeite o limite de no máx. 500°C.8. Condensador: Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. Os mais comuns são os de Liebig, como o da figura ao lado, mas há também o de bolas e serpentina.9. Dessecador: Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade.10. Funil de Buchner: Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de filtro em conjunto com o Kitassato.11. Funil de Separação: Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido/líquido.

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12. Kitassato: Utilizado em conjunto com o funil de Büchner em filtrações a vácuo.

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13. Funil: Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não deve ser aquecido.14. Pipeta Graduada: Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida e não apresenta precisão na medida.15. Pipeta Volumétrica: Usada para medir e transferir volume de líquidos, não podendo ser aquecida, pois possui grande precisão de medida. Medem um único volume, o que caracteriza sua precisão.16. Proveta ou Cilindro Graduado: Serve para medir e transferir volumes variáveis de líquidos em grandes quantidades se necessário. Pode ser encontrada em volumes de 25 até 1000mL. Não pode ser aquecida.17. Tubo de Ensaio: Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. 18. Vidro de Relógio: Peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações em pequena escala, além de auxiliar na pesagem de substâncias não voláteis e não higroscópicas. Não pode ser aquecida diretamente.19. Anel ou Argola: Usado como suporte do funil na filtração.20. Balança Digital: Usada para a medida de massa de sólidos e líquidos não voláteis com precisão de até quatro casas decimais.21. Bico de Bunsen: É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Deve-se evitar seu uso quando utilizamos substâncias inflamáveis dentro do recipiente que se quer aquecer.22. Estante para Tubo de Ensaio: É usada para suporte dos tubos de ensaio.

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23. Garra de Condensador: Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças como balões, erlenmeyers etc

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24. Pinça de Madeira: Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento.25. Pinça Metálica (Tenaz): Usada para manipular objetos aquecidos.26. Pisseta ou Frasco Lavador: Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes.27. Suporte Universal: Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral.28. Tela de Amianto: Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de bunsen.29. Tripé: Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto.30. Espátulas e Colheres: Utilizadas para transferência de sólidos, são encontradas em aço inox, porcelana, níquel, osso e pp.31. Furadores de Rolhas: Dispositivos de diâmetros diferentes, utilizados para obter um orifício de diâmetro desejado em rolhas de cortiça ou borracha.32. Centrífuga: Serve para acelerar o processo de decantação.33. Pesa Filtro: Indicado para pesagem de sólidos higroscópicos e voláteis.34. Estufa: Com controle de temperatura através de termostato é utilizada para secagem de material; costuma alcançar até 300°C.35. Mufla: Produz altas temperaturas. É utilizada, em geral, para calcinação, alcançando até 1200°C.36. Balão de Destilação: Utilizado para destilação. Possui saída lateral para condensação de vapores.

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37. Garras Diversas: Fixar tubos, balões, erlenmeyers,....

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38. Bastão de Vidro: Utilizado para agitar soluções, transporte de líquidos nas filtrações.41. Termômetros: Utilizado para mediadas de temperatura.42. Almofariz   com Pistilo: Usado na trituração e pulverização de sólidos.

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AULA 1

1.1. UTILIZAÇÃO DO BICO DE BUNSEN

   

É utilizado no laboratório como fonte de calor para diversas finalidades, como: Aquecimento de

soluções, estiramento e preparo de peças de vidro entre outros. Possui como combustível

normalmente gás de rua ou o G.L.P (Gás Liquefeito de Petróleo) e como comburente oxigênio do

ar  atmosférico que em proporção otimizada permite obter uma chama de alto poder energético.

Um bico de Bunsen pode ser usado para:

Aquecer soluções aquosas não inflamáveis. Polir a fogo vidros quebrados. Secar sais hidratados. Fundir amostra. Aquecer sais para observar espectros emitidos.

Como se vê na figura, com o anel de ar primário parcialmente fechado, distinguimos três zonas de chama:

a) Zona Externa: Gases expostos ao ar sofrem combustão completa, resultando CO2 e H2O. Esta zona é chamada de zona oxidante.b) Zona Intermediária: caracterizada por combustão incompleta, por deficiência do suprimento de O2. O carbono forma CO (monóxido de carbono) o qual decompõe-se pelo calor, resultando diminutas partículas de carbono que dão luminosidade a chama. Esta zona é chamada de zona redutora.c) Zona Interna: Limitada por uma “casca” azulada, contendo os gases que ainda não sofreram combustão mistura carburante. Dependendo do ponto da chama, a temperatura varia, podendo atingir 1560 °C.

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I. Prática para utilização do bico de bunsen

Métodos:

a) Aquecer CUIDADOSAMENTE em um tubo refratário 2ml de solução salina diretamente na

chama do bico de bunsen até a total evaporação.

Anotações_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Utilizando o tripé e tela de amianto, aquecer água até a ebulição. Prestando bastante atenção aos

materiais utilizados para sua própria segurança.

Anotações_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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1.2. MEDIDAS DE VOLUMES APROXIMADAS E PRECISAS

A medida precisa de volume é tão importante em muitos métodos analíticos como é a medida de massa.

Unidades de volume. A unidade de volume é o litro (L), definido como um decímetro cúbico. O mililitro (mL) é 1/1000 L e é usado onde o litro representa uma unidade de volume inconvenientemente grande.

Equipamentos para medidas precisas de volume. Medidas confiáveis de volume são realizadas com uma pipeta, uma bureta ou um balão volumétrico.

a a

b b

Pipetas. As pipetas permitem a transferência, de um recipiente a outro, de volumes conhecidos, com precisão.

Uma pipeta volumétrica ou de transferência dispensa um volume único, fixo, entre 0,5 e 50 mL. Muitas destas pipetas têm códigos coloridos para fácil identificação de seu volume.

A pipeta graduada transfere volumes variáveis entre 0,1 ml e 20 ml. São encontradas nas seguintes medidas: 1, 2, 5, 10 e 20 ml.

Buretas. Assim como as pipetas, as buretas são capazes de dispensar qualquer volume, até sua capacidade máxima. A precisão alcançável com uma bureta é muito maior do que com uma pipeta. (a)

Balões volumétricos. São fabricados com capacidades máximas de 5 mL a 5 L e são geralmente calibrados para conter um volume específico de líquido quando preenchido até sua marca de calibração (no pescoço do balão). Eles são usados para a preparação de soluções-padrão e para diluição de amostras a um volume fixo, antes de se tomarem alíquotas com uma pipeta. (b)

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Ao se ler volumes, seu olho deve estar no nível da superfície do líquido para assim evitar um erro devido à paralaxe. Paralaxe é um fenômeno que provoca a sensação: do volume ser menor que seu valor real se o menisco for "olhado" por cima da superfície e do volume ser maior se o menisco for "olhado" abaixo da superfície do líquido.

Equipamentos que nos fornecem medidas de volumes aproximadas: provetas, beckers, erlenmeyer.

ATENÇÃO!!!!!

SUA BOCA NUNCA deve ser usada para sucção já que há possibilidade de ingerir acidentalmente o líquido sendo pipetado. Ao invés da boca, deve-se usar uma pêra de borracha ou um tubo de borracha conectado à trompa de vácuo.

Objetivos: Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volume em laboratório

Procedimento experimental:

1. Medir 50 ml de água em um Becker e transferir para o Erlenmeyer . Verificar o erro de escala.Transferir para a proveta graduada e fazer a leitura do volume. Verificar a precisão

Anotar os resultados __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

2. Medir 50 ml de água na proveta graduada e transferir para Becker. Verificar o erro na escala.Transferir para Erlenmeyer. Verificar a precisão.Colocar estes três aparelhos em ordem crescente de precisão.____________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Pipetar 50 ml de água usando pipeta volumétrica.Transferir para a proveta.

Evitando a paralaxe. A superfície de um líquido confinado num tubo estreito exibe uma curvatura marcante, ou menisco. É comum utilizar a parte inferior do menisco como ponto de referência na calibração e no uso de equipamento volumétrico. Este ponto mínimo pode ser melhor visualizado segurando-se um cartão de papel opaco atrás da coluna graduada.

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____________________________________________________________________________________________________________________________________

Comparar a precisão das escalas.4. Pipetagem: Utilizando pipetas graduadas de volumes diversos (1 ml, 2 ml, 5 ml, 10 ml e 20

ml), pipetar água com a finalidade de treinar o aluno para controlar volumes variáveis numa pipeta graduada.

AULA 02

2.1. DILUIÇÃO E SOLUÇÕES

O que é uma solução?

Soluções são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias

Exemplo: No caso de uma solução contendo água e sal, temos o soluto e o solvente.

Soluto: trata-se da substância que se encontra em menor quantidade na dissolução, portanto esta

dissolvida em outra. No caso da mistura acima o sal é o soluto.

Solvente: esta é a outra substância, ou seja, a que dissolve o soluto. É o agente dissolvente. No caso

da mistura citada anteriormente, a água é o dissolvente.

De acordo com a proporção entre soluto e solvente temos:

Soluções diluídas: são aquelas contém pouco soluto em relação ao solvente (ex. 10g de sal comum

por litro de água).

Soluções concentradas: são aquelas que contém muito soluto (ex. 300g de sal comum por litro de

água)

O que é uma solução saturada?

Quando colocamos uma quantidade excessiva de sal na água, sob agitação, uma parte do soluto

dissolve. A quantidade adicional que irá se depositar ou precipitar no fundo do recipiente,

dizemos então que a solução está saturada ou que atingiu o ponto de saturação.

Coeficiente ou grau de solubilidade é a quantidade de uma substância (em geral, em gramas)

necessária para saturar uma quantidade padrão (em geral, 100g, 1000g ou 1 litro) de solvente, em

determinadas condições físicas de temperatura e pressão.

Concentração é o quociente entre a massa do soluto (em gramas) e o volume da solução em

litros.

Matematicamente C= m1 Unidade: gramas por litro (g/l) VA concentração indica quantos gramas de soluto existem em cada litro de solução.

Page 13: Apostila BQ 2010

Diluição de uma solução consiste em adicionar a ela uma porção do solvente puro.

A massa do soluto será a mesma na solução inicial e na final, mas a concentração irá diminuir, pois

o volume aumentou.

Experimento:

Materiais

Vidrarias Reagentes Outros

5 Tubos de ensaioPipetas graduadas

Azul de metilenoH2O destilada

Pêra de borrachaEstante para tubosBecker de plásticoPapel higiênicoCaneta p/ marcar tuboDescarte p/ pipetas

O que fazer:Tubos de

ensaioDiluição H2O dest.

(ml) Azul de metileno

1 1/102 1/503 1/1004 1/2005 1/600

Page 14: Apostila BQ 2010

AULA 03

ALANÇA ANALÍTICA e MOLARIDADE

1. Cuidados básicos

a) Verificar sempre o nivelamento da balança.

b) Deixar sempre a balança conectada à tomada e ligada para manter o equilíbrio térmico dos

circuitos eletrônicos.

c) Deixar sempre a balança no modo stand by, evitando a necessidade de novo tempo de

aquecimento (warm up).

2. O frasco de pesagem

d) Usar sempre o menor frasco de pesagem possível (pode-se utilizar papel manteiga ou

alumínio).

e) A temperatura do frasco de pesagem e seu conteúdo devem estar à mesma temperatura que

a do ambiente da câmara de pesagem.

f) Nunca tocar os frascos diretamente com os dedos ao colocá-los ou retirá-los da câmara de

pesagem.

3. O prato de pesagem

a) Colocar o frasco de pesagem sempre no centro do prato de pesagem.

b) Remover o frasco de pesagem do prato tão logo termine a operação de pesagem.

4. A leitura

c) Verificar se o mostrador indica exatamente zero ao iniciar a operação. Tare a balança, se for

preciso.

d) Ler o resultado da operação tão logo o detetor automático de estabilidade desapareça do

mostrador.

5. Calibração

Page 15: Apostila BQ 2010

e) Calibrar a balança regularmente, principalmente se ela estiver sendo operada pela primeira

vez, se tiver sido mudada de local, após qualquer nivelamento e após grandes variações de

temperatura ou de pressão atmosférica.

6. Manutenção

f) Manter sempre a câmara de pesagem e o prato de pesagem limpos.

g) Usar somente frascos e papeis para pesagem limpos e secos.

AULA 04

MOLARIDADE

Molaridade ou concentração molar é a relação entre o número de moles do soluto e o volume da

solução, em litros.

Um mol de qualquer substância contém 6.02 x 1023 (número de Avogadro) unidades químicas

elementares (por exemplo, moléculas). É muito conveniente medir concentrações em moles já que

as reações se ajustam à lei de proporções definidas.

Concentração em Mol/l ou Molaridade M é o quociente do número de mols do soluto pelo volume

da solução (em ).

Como calcular a massa de uma substância: exemplo o NaOH

Com a tabela periódica em mãos calculamos a massa, em gramas, de um mol de hidróxido de sódio:

(23+16+1=40).

Como 1 mol tem massa igual a 40 gramas, se diluirmos em 1 litro de água teremos uma solução de1

Mol ou 1 Molar de NaOH.

Resumindo, MOLARIDADE ou concentração molar, é a quantidade de matéria (SOLUTO), em

moles, por volume de SOLUÇÃO, em litros.

Experimento: Preparo de Solução

1. Aprender a efetuar cálculos de molaridade, utilizar a Balança Analítica e vidraria adequada para o preparo de uma solução.

Page 16: Apostila BQ 2010

Preparar 100 ml das soluções:

Na2HPO4 0,2M

KH2PO4 0,2M

Procedimento:

1. Efetuar os cálculos necessários. Pesar o sal em balança e transferir para o Becker de vidro.

2. Diluir o material com a metade do volume total de água destilada (lavar o papel para retirar todo sal) em Becker de vidro.

3. Homogeneizar com o bastão de vidro até o sal ficar totalmente diluído.

4. Com auxílio de um funil e bastão, verter a solução para o balão volumétrico.

5. Adicionar um pouco mais de solvente ao Becker de vidro para lavar o funil e bastão, transferir ao balão volumétrico.

6. Completar até ao traço, primeiro com a pisseta e depois com conta-gotas.

8. Tapar e homogeneizar a solução invertendo várias vezes o balão de diluição.

9. Transferir para o frasco de solução estoque com o auxílio do funil e do bastão de vidro.

10. Identificar o frasco com o nome da solução, a molaridade e a data que foi realizado.

Page 17: Apostila BQ 2010

AULA 05

ÁCIDOS E BASES

1- A teoria de Brönsted-Lowry

          Os conceitos clássicos de ácido e base foram dados por Arrhenius, em 1884. Segundo ele,

ácidos são substâncias capazes de liberar íons H+ quando em solução aquosa, e bases são

substâncias capazes de liberar íons OH-, também em solução aquosa. Quando foram observadas

determinadas reações em soluções não aquosas, os químicos sentiram uma necessidade de ampliar

os conceitos clássicos. Surgiram então novos conceitos, baseados nas estruturas moleculares e

eletrônicas das substâncias.

          Observando que todos os ácidos de Arrhenius continham hidrogênios ionizáveis, J. N.

Brönsted e T. M. Lowry propuseram, independentemente que:

Ácido - é toda espécie química capaz de ceder prótons.

Base - é toda espécie química capaz de receber prótons.

Exemplos:HCl + H2O H3O+ + Cl-

NH3 + H2O NH4+ + OH-

Como os ácidos se ionizam em íons hidrogênio (H+) e as bases em íons hidróxido (OH-),

conclui-se que quanto mais íons hidrogênio em uma solução, mais ácidos ela é. Alternativamente,

quanto mais íons hidróxido em uma solução, mais básicos (alcalina) ela é. O termo pH é usado para

descrever o grau de acidez ou alcalinidade (basicidade) de uma solução. A acidez ou a alcalinidade

de uma solução é expressa em uma escala de pH que vai de 0 a 14.

Page 18: Apostila BQ 2010

ESCALA DE pH

Em pH 7 (neutralidade), as concentrações de H+ e OH- são iguais. Um valor de pH acima de 7

indica uma solução alcalina (básica). Uma mudança de uma unidade na escala de pH representa

uma mudança de 10 vezes da concentração anterior.

A escala de pH é baseada no número de H+ em uma solução (expressam em cenas unidades

químicas chamadas de moles por litro). Uma solução com valor O na escala de pH tem muitos H+ e

poucos OH-. Uma solução com pH 14, em contraste, tem muitos OH- e poucos H+. O ponto central

é 7, onde as concentrações de H+ e OH- são iguais. Uma solução com pH 7, por exemplo, a água

pura, é neutra. Uma solução com mais H+ que OH-, é ácida e tem pH abaixo de 7. Uma solução

com mais OH- que H+, é básica (alcalina) e tem um pH acima de 7. Uma mudança de uma unidade

inteira na escala de pH representa uma mudança de 10 vezes em relação à concentração anterior.

Isto significa que, um pH 2, é 10 vezes mais ácido que um pH 3, e que um pH 1 é 100 vezes mais

ácido que um pH 3.

Indicadores de pH

São substâncias que possuem a propriedade de mudar de cor em função

da concentração de íons H+. Portanto a tabela mostra o comportamento

dos ácidos e bases em presença de alguns indicadores.

INDICADOR COR EM MEIO ÁCIDO COR EM MEIO BÁSICO

Fenofitaleína Incolor Vermelho

Metilorange Vermelho Amarelo

Tornassol Vermelho Azul

Experimento:

Medir o pH de diversas soluções

Solução pH Ácido ou Base Material

A

B

C

D

E

Page 19: Apostila BQ 2010

MUITO IMPORTANTE ATENÇÃO!!!!!!

NUNCA SE DEVE ADICIONAR ÁGUA A UM ÁCIDO CONCENTRADO, poderá ocorrer uma explosão com a conseqüente projeção de ácido concentrado.

Adicionar antes o ácido à água, lentamente deslizando pela parede do recipiente e com agitação constante.

A dissolução de ácidos concentrados é um processo bastante exotérmico.

AULA 06

SOLUÇÃO TAMPÃO

Uma solução tampão mantém o pH aproximadamente constante quando a ela são adicionados íons

H+ ou íons OH.

O metabolismo celular produz ácidos que são lançados, continuamente, nos líquidos intracelular e

extracelular e tendem a modificar a concentração dos íons hidrogênio. A manutenção da

concentração dos íons hidrogênio dentro da faixa ótima para o metabolismo celular depende da

eliminação do ácido carbônico nos pulmões, da eliminação de íons hidrogênio pelos rins e da ação

dos sistemas tampão intra e extracelulares.

O modo como o organismo regula a concentração dos íons hidrogênio (H+) é de fundamental

importância para a compreensão e a avaliação das alterações do equilíbrio entre os ácidos e as bases

no interior das células, no meio líquido que as cerca (líquido intersticial) e no sangue (líquido

intravascular).

As soluções tampão têm grande importância biológica. Exemplos: HCO3/H2CO3 e HPO4

2-

/H2PO4, responsáveis pela manutenção do pH do sangue.

Seus fluidos corporais devem manter um equilíbrio constante de ácidos e bases pelo fato de as

reações bioquímicas que ocorrem em sistemas vivos serem extremamente sensíveis mesmo a

pequenas alterações de acidez ou alcalinidade do meio. Qualquer modificação nas concentrações

normais de H+ e OH- pode afetar seriamente uma função de uma célula.

Experimento:

Preparo de solução Tampão pH 7,4. Utilização do pHmetro

Page 20: Apostila BQ 2010

Colocar 80 ml da solução de Na2HPO4 0,2 M em um becker e medir o pH.

Acrescentar cuidadosamente KHPO4 0,2 M até atingir o pH 7.4

Anotar o volume necessário para obter o pH ótimo

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

Acrescentar estas perguntas ao relatório:

1. Qual a diferença na utilização das fitas indicadoras de pH e o pHmetro?

2. Faça um esquema de uma escala de pH com seus valores correspondentes

AULA 07

TITULAÇÃO

Titulometria- A titulação consiste na determinação do volume necessário de uma solução padrão,

para reagir com um volume de uma solução problema.

Acidimetria é a determinação da dosagem de um ácido, empregando uma solução padronizada de

uma base.

Alcalimetria é a determinação da dosagem de uma solução padronizada de um ácido.

Quando se adicionam números iguais de equivalentes-grama de base e de ácido, a solução mudará

de cor em função da presença de um indicador ácido-base. Essa mudança de cor indica o ponto final

da titulação e é chamado de ponto de viragem ou ponto de equivalência. (V1 . N2 = V2 . N2)

Conhecendo a proporção em que reagem as substâncias e tendo determinado a quantidade de uma

substância (o reativo titulado) necessária para reagir nesta proporção, pode-se calcular facilmente a

quantidade desconhecida de substância presente no frasco da reação.

Page 21: Apostila BQ 2010

 

AULA 08

CARACTERIZAÇÃO DAS PROTEÍNAS

AMINOÁCIDOS

Os aminoácidos apresentam em sua molécula o grupo carboxila (que lhes dá característica

ácida) e o grupo amino (que lhes dá característica básica). Desse modo, quando em solução, ocorre

interação intramolecular, originando um "sal interno":

A nomenclatura dos aminoácidos deve obedecer às regras da IUPAC. Assim a numeração

dos carbonos da cadeia principal deve iniciar pelo grupo carboxila; ou então, devemos nomear tais

carbonos com letras gregas a partir do carbono vizinho à carboxila.

MATERIAL:

-    Bureta de 50 mL.

-    Garra de bureta.

-    Suporte universal.

-    Funil.

-    Pisseta.

-    Erlenmeyer de 250 mL.

-    Indicador de pH- Fenoftaleína

-    Solução de hidróxido de sódio de sódio 0,5 M (NaOH).

-    Suporte universal.

-    Solução de ácido clorídrico (HCl). Concentração desconhecida

Page 22: Apostila BQ 2010

Os amino-ácidos são moléculas orgânicas que sempre contém átomos de carbono,

hidrogênio, oxigênio e nitrogênio em sua composição, podendo também possuir átomos de enxofre

na sua estrutura, como é o caso dos amino-ácidos cisteína e metionina. São conhecidos mais de 30

amino-ácidos diferentes, sendo que 20 são mais comuns, entre eles: ácido aspártico, ácido

glutâmico, arginina, asparagina, cisteína, cistina, fenilalanina, glutamina, histidina, leucina, lisina,

metionina, prolina, serina, treonina, triptofano e valina.

As proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecular elevada

(entre 15.000 e 20.000.000) e são sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de

um número grande de moléculas de a -aminoácidos, através de ligações denominadas ligações

peptídicas. Essa estrutura foi esclarecida pelo cientista Emil Fischer.

As proteínas são substâncias sólidas, incolores, insolúveis em solventes orgânicos, algumas

são solúveis em água, enquanto outras são solúveis ou em soluções aquosas diluídas de sais, ou em

soluções aquosas de ácidos, ou em soluções aquosas de bases, produzindo sempre colóides. Elas são

essenciais para o funcionamento das células vivas e, juntamente com os glicídios e lipídios,

constituem a alimentação básica dos animais. No organismo humano, durante a digestão, elas se

hidrolisam catalíticamente no estômago sob a ação da pepsina (suco gástrico) e da tripsina (suco

pancreático) e no intestino (duodeno) sob a ação da erepsina.

I. REAÇÕES DE CARACTERIZAÇÃO DE PROTEÍNAS

1. Reação de Biureto – A reação do biureto é devida às ligações peptídicas dando positivo para

proteínas e peptídeos com três ou mais resíduos de aminoácidos. As proteínas ou peptídeos, quando

tratados por uma solução diluída de sulfato de cobre, em meio alcalino, dão uma coloração púrpura

característica. O responsável pela cor é o complexo, que pode ser representado assim:

Page 23: Apostila BQ 2010

Reativos

Hidróxido de sódio 2,5N

Solução de sulfato de cobre a 1%

Solução de proteína de ovo a 10%

Técnica

Pipetar em 1 tudo de ensaio 1 ml da solução de proteínas

Colocar 5 gotas de NaOH 2,5N

Colocar 3 gotas de sulfato de cobre a 1%

2. Reação de Ninhidrina – esta reação é devido aos grupos amina, dando positiva para proteínas,

peptídeos, aminoácidos, aminas primárias e amônias. Esta reação é particularmente importante na

revelação e dosagem de aminoácidos.

Quando uma solução de ninhidrina é aquecida com uma solução de aminoácido, peptídeo ou

proteína desenvolve-se uma coloração azul violeta característica.

Aminoácido + ninhidrina -> aquecimento-> púrpura de Ruhemann (azul violáceo)

Reage com grupos amino-terminais, alfa-amino, eta-aminos de lisina, amônia e sulfato de amônio.

Localiza aminoácidos em líquidos biológicos desproteinizados.

Reativos

Solução de Ninhidrina a 0,1% em tampão fosfato pH 7,0

Solução de proteína de ovo

Preparar junto um segundo tubo substituindo a proteína por H2O destilada. Comparar os resultados.

Page 24: Apostila BQ 2010

Técnica

Pipetar em 1 tudo de ensaio 2 ml da solução de ninhidrina

Colocar 5 gotas de proteína

Ferver durante 2 minutos (banho fervente)

II. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO DE PROTEÍNAS

A exposição de moléculas protéicas a agentes como calor, extremos de pH, metais pesados,

alcalóides, detergentes, soluções concentradas de uréia, solventes orgânicos, radiações ultra-violeta,

etc..., faz com que a maioria delas apresente modificações físicas conhecidas como

DESNATURAÇÃO.

A desnaturação pode envolver alterações nas estruturas quaternária, terciária e secundária da

proteína, mas não na estrutura primária. Durante o processo da desnaturação a proteína é

desenrolada e expõe grupos hidrofóbicos que repelem água. A proteína desnaturada torna-se,

portanto menos solúvel e precipita. Ocorrem ainda outras alterações como diminuição da

solubilidade, perda da atividade biológica, aumento da reatividade de radicais de cadeia

polipeptídica, alterações na viscosidade e coeficiente de sedimentação.

As proteínas perdem a sua conformação e, consequentemente, a sua funcionalidade. A desnaturação

pode ser: reversível ou irreversível. Dependendo da forma pela qual a proteína foi desnaturada, sua

conformação nativa pode ser recuperada (renaturação) retirando-se lentamente o agente

desnaturante, como por exemplo fazer uma diálise contra água para retirar o agente desnaturante

uréia.

Reativos

Clara de ovo diluída 10 vezes

Ácido tricloroacético a 10%

Acetato de chumbo a 5%

Álcool etílico absoluto

A. Desnaturação por ação do calor

O calor pode desnaturar muitas proteínas.

Técnica

Colocar 2 ml de clara de ovo em um tubo de ensaio

Aquecer diretamente na chama

Preparar junto um segundo tubo substituindo a proteína por H2O destilada. Comparar os resultados.

Page 25: Apostila BQ 2010

Anotações_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

B. Precipitação por reação com agentes alcalóides

Os agentes alcalóides são ácidos que podem combinar-se com as proteínas que possuem carga

positiva (quando o pH da solução está no lado ácido do ponto isoelétrico da proteína) formando

complexos insolúveis.

Entre estes reagentes encontram-se: ácido pícrico, ácido tânico, ácido fosfotungstico, ácido

sulfosalicílico, ácido tricloroacético, etc.

Técnica

Colocar em tubo de ensaio 1 ml de clara de ovo e 1 ml de ácido tricloroacético a 10%. Observar a

formação de precipitado branco de proteína desnaturada.

Anotações_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

C. Precipitação por reação com sais de metais pesados

Em pH situado no lado alcalino do seu ponto isolelétrico, algumas proteínas combinam-se com

cátions de metais pesados, formando proteínas insolúveis.

Técnica

Colocar em tubo de ensaio 1 ml de clara de ovo e 1 ml de acetato de chumbo a 5%. Observar a

formação de precipitado de proteína desnaturada.

Anotações_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

D. Precipitação por ação de solventes orgânicos

Solventes orgânicos como álcool, éter e acetonas que abaixam a constante dielétrica das soluções

aquosas de proteínas diminuem também sua capacidade de solvatação, causando a perda de

solubilidade das proteínas.

Técnica

Colocar em tubo de ensaio 1 ml de clara de ovo e gotejar o etanol até a formação de precipitado..

Anotações_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Page 26: Apostila BQ 2010

AULA 8b

III. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO SEM DESNATURAÇÃO

A solubilidade de uma proteína depende do número e do arranjo de cargas na molécula, que por sua

vez depende da composição em aminoácidos. Partes não protéicas da molécula, como lipídeos,

carboidratos, fosfatos, etc., também afetam a solubilidade.

Força iônica

Em baixas concentrações de sais (baixa força iônica), a solubilidade em geral aumenta, pois

os íons salinos tendem a se associar às proteínas contribuindo para uma hidratação e/ou

repulsão entre as moléculas, aumentando a solubilidade “salting in”. Salting-in leva à

solubilização por diminuir a interação proteína-proteína.

Em elevadas concentrações salinas, os íons competem com a proteína pela água,

ocasionando perda de água de hidratação, atração mútua entre as moléculas e formação de

precipitado “salting out”. Salting-out é quando você continua colocando mais sal de forma

que leva à precipitação novamente por remover partículas de água e aumentar as chances de

ter interação proteína-proteína.

Reativos

Clara de ovo

Cloreto de sódio 1N

Solução saturada de sulfato de amônio

Salting-in

Técnica

Pipetar 3 ml de clara de ovo em um tubo de ensaio. Acrescentar a solução de cloreto de sódio 1N

até a total dissolução do precipitado.

Salting-out

Técnica

Passar 5 ml da solução obtida no experimento do sating-in para um tubo de ensaio. Juntar a seguir

colocar devagar a solução de sulfato de amônio até observar a formação de precipitado.

Page 27: Apostila BQ 2010

Anotações_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

AULA 09

O QUE SÃO ENZIMAS?

Chamamos de enzimas as proteínas complexas (heteroproteínas ou proteínas derivadas) que

atuam como catalisadores nos processos biológicos. Assim, as reações que ocorrem nos organismos

vivos são catalisadas pelas enzimas. Em muitos casos, as enzimas intracelulares ou endoenzimas.

Em outros casos, atuam fora da célula em que são produzidas, daí serem chamadas de enzimas

extracelulares ou exoenzimas.

Elas são compostos facilmente destruídos pelo calor (temperatura acima de 70ºC), por

agitação intensa, por ondas ultravioleta e ultra-sonoras, por substâncias como o cianeto de sódio, o

fluoreto de sódio, traços de metais pesados, ácidos ou bases, etc.

ENZIMOLOGIA

O objetivo desta aula é propor um roteiro prático de enzimologia para medir a atividade

proteolítica usando como matriz enzimática detergente em pó de uso comum. Este roteiro permite a

discussão sobre noções básicas de enzimologia como atividade enzimática, substrato específico e

Page 28: Apostila BQ 2010

temperatura e pH adequados para a atividade ótima. Cabe ainda discutir as vantagens de se utilizar

enzimas em produtos industrializados de uso comum e também os cuidados necessários para se

prevenirem seus efeitos indesejáveis.

Os sabões em pó em sua maioria são adicionados de enzimas que vão degradar a matéria

orgânica, de acordo com sua afinidade pelo substrato, presente nas manchas das roupas. Os

principais tipos de enzimas utilizadas na indústria de detergentes incluem: a) amilases que

degradam amido e outros carboidratos; b) proteases que degradam ligações peptídicas; c) lípases

que degradam lipídeos; d) celulases que degradam celulose. A principal vantagem da formulação de

detergentes que contenha enzimas é a substituição de produtos cáusticos, ácidos e solventes tóxicos,

que agridem o meio ambiente e que provocam o desgaste de materiais e de instrumentos. O uso

diversificado das enzimas deve-se à sua característica de atuar como biocatalisadores

especializados.

Os detergentes modernos apresentam um espectro de ação e de utilização bastante amplo, havendo,

conseqüentemente, necessidade de especialização das formulações. As enzimas adicionadas às

formulações de detergentes de uso hospitalar, doméstico e industrial agem digerindo e dissolvendo

resíduos orgânicos (sangue, fezes, urina, vômitos, manchas diversas), higienizando as partes

externas e internas de instrumentos cirúrgicos, desobstruindo canais com resíduos e coagulados,

eliminando resíduos fecais dos canais e superfícies dos fibroscópios e removendo contaminantes da

rouparia hospitalar.

Aula demonstrativa

Materiais

a) Reagentes

Caseína 2% (m/v)

Tampão tris-HCL, pH 8,0

0,8 mL de ácido tricloroacético 20%

Solução de detergente a 2%

b) Vidrarias

Pipetas de 1, 2 e 10mL graduadas

Tubos de ensaios de 10mL

Banho-maria a 50°.C

Centrífuga

Espectrofotômetro a 400nm

Page 29: Apostila BQ 2010

Banho de gelo para resfriamento

Métodos:

a) Preparar os tubos de ensaios conforme o esquema descrito na Tabela 1.

b) Resfriar em banho de gelo até precipitar toda caseína.

c) Centrifugar a 2500rpm, 5min

d) Fazer a leitura em espectrofotômetro a 400nm, utilizando-se do tubo 1 como branco

Tabela 1: Esquema do experimento para determinar atividade proteolítica do sabão em pó

Reagentes Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4 Tubo 5

Sol. detergente 1ml 1ml 1ml 1ml 1ml

Tampão Tris 1ml 2ml 2ml 2ml 2ml

Sol. caseína 1ml 1ml 1ml 1ml 1ml

Incubação (50°C) 0 min. 5 min. 15 min. 30 min. 45 min.

Sol. TCA 8ml 8ml 8ml 8ml 8ml

RELATÓRIO

Apresentação de resultados e discussão

a) Elaborar uma tabela com os resultados obtidos, e fazer um gráfico.

Nome da tabela e gráfico: Avaliação da atividade da protease em função da absorbância e do

tempo de contato com o substrato protéico.

Tempo (minutos) (eixo X)

Absorbância (400nm) (eixo Y)

Gráfico e tabela.

Page 30: Apostila BQ 2010

Roteiro de Aula Prática

Assunto: Ácidos nucléicos

Experimento 7 - extração

Materiais:

Providenciado pelos alunos

Cebola descascada

Papel de filtro ou gaze

Do laboratório

bastão de vidro;

faca;

funil;

Cloreto de sódio, (10g - aprox. 2 colheres peq.);

Detergente (aprox. 120ml)

Álcool etílico (gelado – à aprox.

Água destilada (aprox. 120ml)

Page 31: Apostila BQ 2010

ralador ou picador ou “mixer”;

proveta graduada;

béquers de 250ml;

Banho-maria (a aprox. 60°C);

Cuba com gelo;

Procedimentos:

(os passos de 1 a 6 serão executados pelo professor, em conjunto para todas as equipes)

1.Pique a cebola em pedaços pequenos.

2.Coloque em um béquer o detergente, a água e o cloreto de sódio, mexendo a mistura até que os seus elementos se dissolvam completamente.

3.Adicione a esta solução a cebola picada;

4.Coloque o béquer no banho-maria a 60°C por 15 minutos, mexendo de vez em quando.

5.Findado esse tempo dê um choque térmico na solução colocando o béquer no gelo por 5 minutos.

6.Triture a cebola com a solução por 45 seg. e coloque no gelo por 15 minutos

Filtre a mistura em gaze, sem deixar passar a espuma e recolhendo o filtrado em um béquer limpo.

Adicione ao filtrado álcool etílico gelado, deixando-o escorrer pela parede do béquer;

Verifique a formação de duas fases e o surgimento de fios viscosos de DNA.

Mergulhe o bastão de vidro e, com movimento circular em um único sentido, entre as duas fases e enrole os filamentos obtidos.

Registre o ocorrido.

Objetivos:

Entender como pode ser feita a separação de ácidos nucléicos com base nas suas características

Verificar o comportamento de diferentes grupos de biomoléculas em diferentes soluções

Sugestões para o relatório:

Explicar a importância de cada etapa do procedimento e o comportamento dos diversos tipos de biomoléculas encontradas.

Page 32: Apostila BQ 2010

Explicar por que o DNA pode ser visualizado.

AULA 10

EXTRAÇÃO DE DNA E LÂMINA DE CEBOLA COM AZUL DE METILENO

Toda a informação necessária para criar um organismo encontra-se no DNA. Esta molécula é usada

durante o período de vida de um organismo para fornecer instruções para milhões de processos

celulares que ocorrem constantemente. Para estudar o modo como essas informações são

comunicadas à célula os cientistas isolaram o DNA e estudaram o modo de interação do DNA com

as proteínas e RNAs.

Este trabalho laboratorial usa um processo semelhante ao utilizado pelos cientistas quando

começaram as primeiras investigações sobre DNA. Para isolar o DNA os cientistas separaram-no

dos outros componentes celulares. As células foram fragmentadas e o DNA separado do conteúdo

lipídico das membranas da célula e das organelas. Em seguida o DNA foi separado das proteínas.

A extração do DNA de células eucariontes consta fundamentalmente de três etapas:

h) Ruptura das células para liberação dos núcleos;

i) Desmembramento dos cromossomos em seus componentes básicos, DNA e proteínas;

j) Separação do DNA dos demais componentes celulares;

O bulbo de cebola foi usado por apresentar células grandes, que se rompem quando a cebola é

picada.

O detergente desintegra os núcleos e os cromossomos das células da cebola, liberando o DNA. Um

dos componentes do detergente, o dodecil (ou lauril) sulfato de sódio, desnatura as proteínas,

separando-as do DNA cromossômico.

O álcool gelado, em ambiente salino, faz com que as moléculas de DNA se aglutinem, formando

uma massa filamentosa e esbranquiçada.

O objetivo destas práticas, especialmente a extração do DNA, é de que experimentos científicos

podem ser feitos de maneira relativamente simples, sem ser preciso equipamentos sofisticados para

sua realização.

Extração do DNA.

1) Pegue uma cebola cortada em cubinhos pequenos e coloque num Becker de 250ml.

Page 33: Apostila BQ 2010

2) Num outro Becker coloque 10ml de detergente, 3g de NaCl e complete com água até 100ml.

3) Misture a solução de detergente com a cebola picada e leve ao banho Maria a 60° C por 30

minutos.

4) Resfrie rapidamente a mistura colocando o Becker em uma bacia com gelo.

5) Mexa bem e, depois de resfriada, filtre a mistura, utilizando papel filtro.

6) Descarte o bagaço e coloque o líquido num tubo de ensaio.

7) Despeje delicadamente álcool resfriado no tubo de ensaio.

8) Faça movimentos lentos com o tubo, de forma que o DNA passe para a fase alcoólica.

9) Tente com cuidado, remover o DNA com um bastão de vidro, ele parece, na fase alcoólica,

como um chumaço de algodão.

Perguntas para responder:

1. Onde se encontra o DNA na célula?

2. Qual a função dos reagentes usados na experiência?

3. Quais as semelhanças e as diferenças entre o DNA de origem animal e o de origem vegetal?

4. Porque motivo não se pode ver a dupla hélice que constitui a molécula de DNA?

Se a mistura de cebola cortada foi obtida de uma única cebola, o DNA recolhido será composto por

várias réplicas dos mesmos cromossomas.

Page 34: Apostila BQ 2010

AULA 11

IDENTIFICAÇÃO DE LIPÍDEOS

São substâncias caracterizadas pela baixa solubilidade em água e outros solvente

polares e alta solubilidade em solventes apolares. São vulgarmente conhecidos como

gorduras e suas propriedades físicas estão relacionadas com a natureza hidrófoba das suas

estruturas. Justamente por serem insolúveis, os lipídios são fundamentais para estabelecer

uma interface entre o meio intracelular e o extracelular, francamente hidrófilos.         

As gorduras mais importantes (glicerídeos) são ésteres de ácidos graxos (ácidos com mais

de 12 carbonos na cadeia) com glicerina. Se a gordura for líquida à temperatura ambiente é

convencionalmente denominada óleo. Os ácidos que ocorrem mais frequentemente são o ácido

palmítico, CH3(CH2)14COOH, o ácido esteárico, CH3(CH2)16COOH, e o ácido oléico,

CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH.

           Sofrendo hidrólise, as gorduras produzem glicerina e sais alcalinos destes ácidos graxos - são

os sabões. A ação do sabão está ligada às propriedades coloidais, em solução aquosa, dos ânions de

elevado peso molecular. Tais soluções coloidais possuem a propriedade de provocar a formação de

emulsões de outras substâncias (graxa, gorduras, óleo etc.).

1 - Teste da Solubilidade dos Lipídeos

Neste teste vamos identificar a presença de lipídios nas amostras. Para isso utilizamos algumas

substâncias como éter, clorofórmio, água, ácido clorídrico e hidróxido de sódio.

Sabendo que os lipídios são moléculas apolares e conhecendo a lei de dissolução "semelhante

dissolve semelhante", certamente as amostras que contém lipídios formarão soluções de apenas uma

Page 35: Apostila BQ 2010

fase com as substâncias apolares; e com as substâncias polares soluções onde observaremos mais de

uma fase.

Testando a Solubilidade da amostra que contém lipídio, temos:

Éter / Clorofórmio

Água / Ácido clorídrico / Hidróxido de sódio

Método

Colocar 5 gotas da amostra em cada um de 3 tubos de ensaio. Acrescentar 2 ml dos seguintes

solventes: no primeiro, água (H2O), no segundo, éter etílico (H3C-CH2-O-CH2-CH3) e no terceiro,

hidróxido de sódio (NaOH) 0,1N. Agitar e observar a solubilidade da amostra nos respectivos

solventes.

2 - Índice de Saponificação

O índice de saponificação de um óleo ou gordura é definido como o número de

miligramas de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos graxos

resultantes da hidrólise completa de 1g de amostra. Durante a saponificação, é formado

sabão de acordo com a reação:

O índice de saponificação é uma indicação da quantidade relativa de ácidos graxos de alto e

baixo peso molecular. Os ésteres de ácidos graxos de baixo peso molecular requerem mais álcali

para a saponificação, portanto o índice de saponificação é inversamente proporcional ao peso

molecular dos ácidos graxo presentes nos trialcilgliceróis. Isto acontece porque, num mesmo peso

de amostra, a quantidade de grupos carboxílicos será maior em trialcilgliceróis com ácidos graxos

de baixo peso molecular, e, conseqüentemente, o consumo de KOH será maior (maior I.S.) e vice-

versa.

O teste da saponificação identifica a presença de ácido graxo. Para isso colocamos a

amostra na presença de uma base como KOH (Hidróxido de Potássio) ou NaOH (Hidróxido de

Sódio).

Page 36: Apostila BQ 2010

Reação de Saponificação

O composto 4 é uma molécula anfipática, com uma "cabeça" polar (COO- K+) e uma cauda apolar

formada pelo radical "R". Quando em meio aquoso, moléculas anfipáticas tendem a se agrupar

formando estruturas esferóides, as micelas. Este é o princípio da limpeza de gorduras produzida

pelo sabão.

Método:

Colocar num erlenmeyer cerca de 4ml de óleo de cozinha e adicionar 10ml de solução alcoólica de

hidróxido de potássio (KOH) a 10%. Aquecer CAUTELOSAMENTE sobre tela de amianto e

manter em ebulição até evaporar o líquido.

Utilizaremos dois tubos de ensaio para os experimentos:

a) Tubo 1 – Pegar um pouco do sabão de potássio obtido inicialmente e em seguida

acrescentar 3ml de água e agitar e observar.

b) Tubo 2 - Pegar um pouco do sabão de potássio obtido inicialmente e em seguida

acrescentar 3ml de água, agitar e observar.

Observar os resultados.

Anotações______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 - Teste do Iodo

Este teste identifica a presença de ácido graxo insaturado. Ocorre uma reação de halogenação, em

que o iodo reage com as duplas ligações do ácido graxo insaturado.

Page 37: Apostila BQ 2010

Se houver dupla ligação, o iodo será consumido e a coloração característica da solução de iodo

diminuirá de intensidade.

Método:

Colocar num tubo de ensaio 1 ml da amostra, adicionar 3 gotas de lugol e aquecer direto na chama

CAUTELOSAMENTE.

Observar a mudança de coloração do sistema.

Anotações______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 38: Apostila BQ 2010

AULA 8

CARBOIDRATOS

Carboidratos, carbohidratos, hidratos de carbono, glicídios, glícidos, glucídeos, glúcidos, glúcides

ou açúcares são substâncias, sintetizadas pelos organismos vivos, de função mista poliálcool-

aldeído ou poliálcool-cetona.

Amido

O amido, também conhecido como amilo, é um polissacarídeo com cerca de 1.400 resíduos de

glicose. Funciona como substância de reserva para muitas plantas, entre as quais a mais conhecida é

a batata

O grão de amido é uma mistura de dois polissacarídeos: amilose e amilopectina.

Amilose: Macromolécula constituida de 250 a 300 resíduos de D-glicopiranose, ligadas por pontes

glicosídicas α-1,4, que conferem a molécula uma estrutura helicoidal.

Amilopectina: Macromolécula, menos hidrossolúvel que a amilose, constituída de

aproximadamente 1400 resíduos de α-glicose ligadas por pontes glicosidicas α-1,4, ocorrendo

tambem ligações α-1,6. A amilopectina constitui, aproximadamente, 80% dos polissacarídeos

existentes no grão de amido.

Hidrólise

Na digestão o amido é decomposto por reações de hidrólise em carboidratos menores. Essa

hidrólise é efetuada pelas enzimas amilases existentes na saliva e suco pancreático.

Page 39: Apostila BQ 2010

A enzima α-amilase ( α-1,4-glicano hidrolase ) rompe as ligações glicosídicas α-1,4 da amilose

originando uma mistura de maltose, arnilopectina e glicose. Rompe também as ligações α-1,4 da

amilopectina originando uma mistura de polissacarídeos denominadas destrinas.

A enzima β-amilase ( β-1,4-glicano maltohidralase ) rompe as ligações α-1,4 dos polissacarídeos

resultantes da hidrólise da amilopectina, originando maltose pura.

Funções dos Carboidratos

Energética: são os principais produtores de energia sob a forma de ATP, cujas ligações ricas em

energia (±10 Kcal) são quebradas sempre que as células precisam de energia para as reações

bioquímicas. É a principal função dos carboidratos, com todos os seres vivos (com exceção dos

vírus) possuindo metabolismo adaptado ao consumo de glicose como substrato energético. Algumas

bactérias consumem dissacarídeos (p.ex.: a lactose) na ausência de glicose, porém a maioria dos

seres vivos a utiliza como principal fonte energética.

Estrutural: a parede celular dos vegetais é constituída por um carboidrato polimerizado - a

celulose; a carapaça dos insetos contém quitina, um polímero que dá resistência extrema ao exo-

esqueleto; as células animais possuem uma série de carboidratos circundando a membrana

plasmática que dão especificidade celular, estimulando a permanência agregada das células de um

tecido - o glicocálix.

Reserva Energética: nos vegetais, há o amido, polímero de glicose; nos animais, há o glicogênio,

também polímero de glicose, porém com uma estrutura mais compacta e ramificada.

Reações de caracterização dos carboidratos

Reativos

Solução de àcido Sulfúrico concentrado

Reativo de Molisch

α- naftol..........................................5g.

álcool etílico............................100 ml.

Solução de Lugol

Iodo................................................5g

Iodeto de potássio.........................10g.

Page 40: Apostila BQ 2010

Água destilada.........................100 ml.

Solução saturada de sulfato de amônio.

Álcool etílico absoluto

Reativo de Benedict

Sulfato de cobre puro crist.......................................17,3g

Citrato sódico, puro crist..........................................173g

Carbonato de sódio anidro.......................................100g

Água destilada qsp..............................................1000 ml

Caracterização do Carboidrato

Técnica

1. Reação de Molisch

Colocar 1,0 mL da amostra a ser analisada em tubo de ensaio e acrescentar 5 gotas de solução

alcoólica de alfa-naftol a 5%. Homogeneizar. Adicionar, lentamente, pelas paredes do tubo 1,0 mL

de ácido sulfúrico concentrado.

Anotações_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

2. Identificação do amido- Lugol

Colocar em tubo de ensaio 2,0 mL da amostra a ser analisada. Acrescentar 3 gotas de lugol.

Aquecer o tubo no bico de bunsen. Observar. Resfriar em água corrente. Observar.

Anotações_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

3. Reação de Benedict

Colocar em tubo de ensaio 2,0 mL do reagente de Benedict e 8 gotas da amostra a ser analisada.

Ferver durante 2 minutos.

Anotações_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Page 41: Apostila BQ 2010

RELATÓRIO- AULA 8- Nome____________________________________________________

Título:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Introdução:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Materiais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedimento:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Conclusão:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 42: Apostila BQ 2010

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Referências:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

AULA 9

CARBOIDRATOS: HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO AMIDO

Chamamos de enzimas as proteínas complexas (heteroproteínas ou proteínas derivadas) que atuam

como catalisadores nos processos biológicos.

Catálise pela alfa-amilase (saliva)- o amido é quebrado na ligação alfa(1->4). A amilopectina, que

tem ligação alfa(1->6), é quebrada em oligossacarídeos resistentes à ação da enzima.

A atividade da enzima é observada pela diminuição da intensidade da coloração pelo iodo e pelo

aumento do poder redutor das substâncias formadas (glicose).

Elas são compostos facilmente destruídos pelo calor (temperatura acima de 70ºC), por agitação

intensa, por ondas ultravioleta e ultra-sonoras, por substâncias como o cianeto de sódio, o fluoreto

de sódio, traços de metais pesados, ácidos ou bases, etc.

Reagentes

Solução de amido

Solução de Lugol

Reativo de Benedict

Saliva 10% (coletada pelos alunos)

Técnica

1. Colocar 5 ml de solução de amido em um tubo de ensaio e leva-lo a um banho-maria. Deixar 10

minutos para homogeneizar a temperatura.

2. Adicionar 0,2 ml de saliva a 10%, misturar e, imediatamente, transferir 1 ml da mistura para dois

tubos de ensaio (0,5 ml em cada um) afim de executar o teste de iodo para o amido e de Benedict

para açucares redutores. Esse é o tempo 0.

Teste de iodo: 0,5 ml da amostra + 3 gotas de lugol

Colocar em tubo de ensaio 2,0 mL do reagente de Benedict e 0,5 ml da amostra.

Ferver durante 2 minutos, notando a mudança de cor e a formação de precipitado vermelho de

óxido cuproso.

Page 43: Apostila BQ 2010

3. Imediatamente após a retirada da alíquota do tempo 0, voltar o frasco para o banho-maria e

retirar alíquotas de 1 ml para os testes de iodo e de Benedict nos tempos de 5, 10 e 15 minutos.

Temp. Reações Tempo 0 5 minutos 15minutos

Hidrólise

Enzimática

37° C

Iodo

Benedict

RELATÓRIO- AULA 9- Nome____________________________________________________

Título:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Introdução:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Materiais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedimento:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Conclusão:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 44: Apostila BQ 2010

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Referências:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

RELATÓRIO- AULA 10 – Nome___________________________________________________

Título:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Introdução:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Materiais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedimento:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 45: Apostila BQ 2010

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Conclusão:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Referências:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________AULA 11

BALANÇA ANALÍTICA e MOLARIDADE

1. Cuidados básicos

g) Verificar sempre o nivelamento da balança.

h) Deixar sempre a balança conectada à tomada e ligada para manter o equilíbrio térmico dos

circuitos eletrônicos.

i) Deixar sempre a balança no modo stand by, evitando a necessidade de novo tempo de

aquecimento (warm up).

2. O frasco de pesagem

j) Usar sempre o menor frasco de pesagem possível (pode-se utilizar papel manteiga ou

alumínio).

k) Não usar frascos plásticos, quando a umidade estiver abaixo de 30-40%.

l) A temperatura do frasco de pesagem e seu conteúdo devem estar à mesma temperatura que

a do ambiente da câmara de pesagem.

m) Nunca tocar os frascos diretamente com os dedos ao colocá-los ou retirá-los da câmara de

pesagem.

3. O prato de pesagem

k) Colocar o frasco de pesagem sempre no centro do prato de pesagem.

l) Remover o frasco de pesagem do prato de pesagem tão logo termine a operação de

pesagem.

4. A leitura

Page 46: Apostila BQ 2010

m) Verificar se o mostrador indica exatamente zero ao iniciar a operação. Tare a balança, se for

preciso.

n) Ler o resultado da operação tão logo o detetor automático de estabilidade desapareça do

mostrador.

5. Calibração

o) Calibrar a balança regularmente, principalmente se ela estiver sendo operada pela primeira

vez, se tiver sido mudada de local, após qualquer nivelamento e após grandes variações de

temperatura ou de pressão atmosférica.

6. Manutenção

p) Manter sempre a câmara de pesagem e o prato de pesagem limpos.

q) Usar somente frascos e papeis para pesagem limpos e secos.

MOLARIDADE

Molaridade ou concentração molar é a relação entre o número de moles do soluto e o volume da

solução, em litros.

Um mol de qualquer substância contém 6.02 x 1023 (número de Avogadro) unidades químicas

elementares (por exemplo, moléculas). É muito conveniente medir concentrações em moles já que

as reações se ajustam à lei de proporções definidas.

Concentração em Mol/l ou Molaridade M é o quociente do número de mols do soluto pelo volume

da solução (em ).

Como calcular a massa de uma substância: exemplo o NaOH

Com a tabela periódica em mãos calculamos a massa, em gramas, de um mol de hidróxido de sódio:

(23+16+1=40).

Como 1 mol tem massa igual a 40 gramas, se diluirmos em 1 litro de água teremos uma solução de1

Mol ou 1 Molar de NaOH.

Resumindo, MOLARIDADE ou concentração molar, é a quantidade de matéria (SOLUTO), em

moles, por volume de SOLUÇÃO, em litros.

Experimento: Preparo de Solução

Page 47: Apostila BQ 2010

1. Aprender a efetuar cálculos de molaridade, utilizar a Balança Analítica e vidraria adequada para o preparo de uma solução.

Preparar 100 ml das soluções:

Na2HPO4 0,2M

KH2PO4 0,2M

Procedimento:

1. Efetuar os cálculos necessários. Pesar o sal em balança e transferir para o Becker de vidro.

2. Diluir o material com a metade do volume total de água destilada (lavar o papel para retirar todo sal) em Becker de vidro.

3. Homogeneizar com o bastão de vidro até o sal ficar totalmente diluído.

4. Com auxílio de um funil e bastão, verter a solução para o balão volumétrico.

5. Adicionar um pouco mais de solvente ao Becker de vidro para lavar o funil e bastão, transferir ao balão volumétrico.

6. Completar até ao traço, primeiro com a pisseta e depois com conta-gotas.

8. Tapar e homogeneizar a solução invertendo várias vezes o balão de diluição.

9. Transferir para o frasco de solução estoque com o auxílio do funil e do bastão de vidro.

10. Identificar o frasco com o nome da solução, a molaridade e a data que foi realizado.

Anotar aqui o material necessário para se preparar uma solução:

Vidrarias Reagentes Outros

Page 48: Apostila BQ 2010

Cálculos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

RELATÓRIO- AULA 11 – Nome___________________________________________________

Título:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Introdução:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Materiais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedimento:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 49: Apostila BQ 2010

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Conclusão:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Referências:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________AULA 12

ÁCIDOS E BASES

1- A teoria de Brönsted-Lowry

          Os conceitos clássicos de ácido e base foram dados por Arrhenius, em 1884. Segundo ele,

ácidos são substâncias capazes de liberar íons H+ quando em solução aquosa, e bases são

substâncias capazes de liberar íons OH-, também em solução aquosa. Quando foram observadas

determinadas reações em soluções não aquosas, os químicos sentiram uma necessidade de ampliar

os conceitos clássicos. Surgiram então novos conceitos, baseados nas estruturas moleculares e

eletrônicas das substâncias.

          Observando que todos os ácidos de Arrhenius continham hidrogênios ionizáveis, J. N.

Brönsted e T. M. Lowry propuseram, independentemente que:

Ácido - é toda espécie química capaz de ceder prótons.

Base - é toda espécie química capaz de receber prótons.

Exemplos:HCl + H2O H3O+ + Cl-

NH3 + H2O NH4+ + OH-

Como os ácidos se ionizam em íons hidrogênio (H+) e as bases em íons hidróxido (OH-),

conclui-se que quanto mais íons hidrogênio em uma solução, mais ácidos ela é. Alternativamente,

Page 50: Apostila BQ 2010

quanto mais íons hidróxido em uma solução, mais básicos (alcalina) ela é. O termo pH é usado para

descrever o grau de acidez ou alcalinidade (basicidade) de uma solução. A acidez ou a alcalinidade

de uma solução é expressa em uma escala de pH que vai de 0 a 14.

ESCALA DE pH

Em pH 7 (neutralidade), as concentrações de H+ e OH- são iguais. Um valor de pH acima de 7

indica uma solução alcalina (básica). Uma mudança de uma unidade na escala de pH representa

uma mudança de 10 vezes da concentração anterior.

A escala de pH é baseada no número de H+ em uma solução (expressam em cenas unidades

químicas chamadas de moles por litro). Uma solução com valor O na escala de pH tem muitos H+ e

poucos OH-. Uma solução com pH 14, em contraste, tem muitos OH- e poucos H+. O ponto central

é 7, onde as concentrações de H+ e OH- são iguais. Uma solução com pH 7, por exemplo, a água

pura, é neutra. Uma solução com mais H+ que OH-, é ácida e tem pH abaixo de 7. Uma solução

com mais OH- que H+, é básica (alcalina) e tem um pH acima de 7. Uma mudança de uma unidade

inteira na escala de pH representa uma mudança de 10 vezes em relação à concentração anterior.

Isto significa que, um pH 2, é 10 vezes mais ácido que um pH 3, e que um pH 1 é 100 vezes mais

ácido que um pH 3.

Indicadores de pH

São substâncias que possuem a propriedade de mudar de cor em função

da concentração de íons H+. Portanto a tabela mostra o comportamento

dos ácidos e bases em presença de alguns indicadores.

INDICADOR COR EM MEIO ÁCIDO COR EM MEIO BÁSICO

Fenofitaleína Incolor Vermelho

Metilorange Vermelho Amarelo

Tornassol Vermelho Azul

Experimento:

Medir o pH de diversas soluções

Solução pH Ácido ou Base Material

A

Page 51: Apostila BQ 2010

B

C

D

E

MUITO IMPORTANTE ATENÇÃO!!!!!!

NUNCA SE DEVE ADICIONAR ÁGUA A UM ÁCIDO CONCENTRADO, poderá ocorrer uma explosão com a conseqüente projeção de ácido concentrado.

Adicionar antes o ácido à água, lentamente deslizando pela parede do recipiente e com agitação constante.

A dissolução de ácidos concentrados é um processo bastante exotérmico.

RELATÓRIO- AULA 12 – Nome___________________________________________________

Título:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Introdução:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Materiais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedimento:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 52: Apostila BQ 2010

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Conclusão:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Referências:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________AULA 13

SOLUÇÃO TAMPÃO

Uma solução tampão mantém o pH aproximadamente constante quando a ela são adicionados íons

H+ ou íons OH.

O metabolismo celular produz ácidos que são lançados, continuamente, nos líquidos intracelular e

extracelular e tendem a modificar a concentração dos íons hidrogênio. A manutenção da

concentração dos íons hidrogênio dentro da faixa ótima para o metabolismo celular depende da

eliminação do ácido carbônico nos pulmões, da eliminação de íons hidrogênio pelos rins e da ação

dos sistemas tampão intra e extracelulares.

O modo como o organismo regula a concentração dos íons hidrogênio (H+) é de fundamental

importância para a compreensão e a avaliação das alterações do equilíbrio entre os ácidos e as bases

no interior das células, no meio líquido que as cerca (líquido intersticial) e no sangue (líquido

intravascular).

As soluções tampão têm grande importância biológica. Exemplos: HCO3/H2CO3 e HPO4

2-

/H2PO4, responsáveis pela manutenção do pH do sangue.

Seus fluidos corporais devem manter um equilíbrio constante de ácidos e bases pelo fato de as

reações bioquímicas que ocorrem em sistemas vivos serem extremamente sensíveis mesmo a

Page 53: Apostila BQ 2010

pequenas alterações de acidez ou alcalinidade do meio. Qualquer modificação nas concentrações

normais de H+ e OH- pode afetar seriamente uma função de uma célula.

Experimento:

Preparo de solução Tampão pH 7,4. Utilização do pHmetro

Colocar 80 ml da solução de Na2HPO4 0,2 M em um becker e medir o pH.

Acrescentar cuidadosamente KHPO4 0,2 M até atingir o pH 7.4

Anotar o volume necessário para obter o pH ótimo

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

Acrescentar estas perguntas ao relatório:

3. Qual a diferença na utilização das fitas indicadoras de pH e o pHmetro?

4. Faça um esquema de uma escala de pH com seus valores correspondentes

RELATÓRIO- AULA 13– Nome____________________________________________________

Título:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Introdução:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Materiais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedimento:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 54: Apostila BQ 2010

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Conclusão:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Referências:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

AULA 14

TITULAÇÃO

Titulometria- A titulação consiste na determinação do volume necessário de uma solução padrão,

para reagir com um volume de uma solução problema.

Acidimetria é a determinação da dosagem de um ácido, empregando uma solução padronizada de

uma base.

Alcalimetria é a determinação da dosagem de uma solução padronizada de um ácido.

Quando se adicionam números iguais de equivalentes-grama de base e de ácido, a solução mudará

de cor em função da presença de um indicador ácido-base. Essa mudança de cor indica o ponto final

da titulação e é chamado de ponto de viragem ou ponto de equivalência. (V1 . N2 = V2 . N2)

Conhecendo a proporção em que reagem as substâncias e tendo determinado a quantidade de uma

substância (o reativo titulado) necessária para reagir nesta proporção, pode-se calcular facilmente a

quantidade desconhecida de substância presente no frasco da reação.

Page 55: Apostila BQ 2010

 

Anotações_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

RELATÓRIO- AULA 14 – Nome___________________________________________________

Título:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Objetivos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Introdução:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Materiais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

MATERIAL:

-    Bureta de 50 mL.

-    Garra de bureta.

-    Suporte universal.

-    Funil.

-    Pisseta.

-    Erlenmeyer de 250 mL.

-    Indicador de pH- Fenoftaleína

-    Solução de hidróxido de sódio de sódio 0,5 M (NaOH).

-    Suporte universal.

-    Solução de ácido clorídrico (HCl). Concentração desconhecida

Page 56: Apostila BQ 2010

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedimento:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Conclusão:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Referências:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________AULAS COMPLEMENTARES

I. FOTOMETRIA (FOTOCOLORIMETRIA E ESPECTROFOTOMETRIA)

Os métodos espectroscópicos baseiam-se na absorção e/ou emissão de radiação electromagnética

por muitas moléculas, quando os seus electrões se movimentam entre níveis energéticos. A

espectrofotometria baseia-se na absorção da radiação nos comprimentos de onda entre o

ultravioleta e o infravermelho.

A chamada radiação luminosa corresponde a uma gama de comprimentos de onda que vai desde o

ultravioleta ao infravermelho no espectro da radiação electromagnética.

O espectro do visível está contido essencialmente na zona entre 400 e 800 nm.

Tabela: Comprimentos de onda da luz visível.

CorComprimento de onda

(nm)

Page 57: Apostila BQ 2010

violeta 390 - 455

azul 455 - 492

verde 492 - 577

amarelo 577 - 597

laranja 597 - 622

vermelho 622 - 780

Um espectrofotómetro é um aparelho que faz passar um feixe de luz monocromática

através de uma solução, e mede a quantidade de luz que foi absorvida por essa solução.

Usando um prisma o aparelho separa a luz em feixes com diferentes comprimentos de onda

(tal como acontece no arco-íris com a separação das cores da luz branca). Pode-se assim

fazer passar através da amostra um feixe de luz monocromática (de um único comprimento

de onda, ou quase). O espectrofotómetro permite-nos saber que quantidade de luz é

absorvida a cada comprimento de onda.

Page 58: Apostila BQ 2010

Fig. Espectrofotómetro. A luz é dividida em feixes de diferentes comprimentos de onda por meio

de um prisma óptico e passa através da amostra, contida numa cuvette ou célula de

espectrofotómetro.

 

Page 59: Apostila BQ 2010

 II. PROCEDIMENTO PARA O PREPARO DE UMA SOLUÇÃO

A. Tomar conhecimento dos perigos potenciais das substâncias

utilizadas de modo a reduzir a possibilidade de contaminações ou

acidentes.

B. Decidir qual o volume de solução a preparar.

C. Efetuar os cálculos necessários.

Método

1. Todo o material deve estar seco.

2. Separar uma espátula e o recipiente em que será pesado o material.

3. Medir a massa de soluto necessária.

4. Transferir o soluto para um becker de vidro lavando o recipiente de

pesagem com solvente de modo a arrastar todo o soluto.

5. Dissolver todo o soluto utilizando apenas uma parte do solvente

agitando com um bastão de vidro.

6. Verter a solução para o balão volumétrico, com auxílio de um funil,

lavando o copo, o bastão de vidro e o funil com solvente para arrastar

todo o soluto.

7. Completar até ao traço, primeiro com a pisceta e depois com conta-

gotas.

8. Tapar e homogeneizar a solução invertendo várias vezes o balão de

diluição.