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Universidade de Marilia Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia Arquitetura e Urbanismo. ARQUITETURA e URBANISMO CONTEMPORÂNEOS APRESENTAÇÃO Este material foi elaborado para ser utilizada como suporte no 1° bimestre da disciplina Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FEAT- Unimar. Não é o único referencial da disciplina, mas fonte de referência dos conteúdos abordados. Prof. Arq. Ms. Walnyce Scalise

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Page 1: Apostila Arq Urb Cont

Universidade de Marilia

Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia

Arquitetura e Urbanismo.

ARQUITETURA e URBANISMO

CONTEMPORÂNEOS

APRESENTAÇÃO

Este material foi elaborado para ser utilizada como suporte no 1° bimestre da disciplina Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FEAT- Unimar.

Não é o único referencial da disciplina, mas fonte de referência dos conteúdos abordados.

Prof. Arq. Ms. Walnyce Scalise

Marília2007

Page 2: Apostila Arq Urb Cont

SUMÁRIO

1ª PARTE - ARQUITETURA MODERNA: CONTINUIDADE OU CRISE

1. AS MUDANÇAS DE PARADIGMA DA ARQUITETURA

2. A REDEFINIÇÃO DO MOVIMENTO MODERNO

3. A PRIMEIRA DIFUSÃO DO MOVIMENTO MODERNO

4. ENGENHARIA MODERNA

5. 0 ORGANICISMO

6. A INFLUENCIA ORGÂNICA NOS MESTRES RACIONALISTAS

7. COMPARAÇÃO ENTRE RACIONALISMO E ORGANISMO

8. O ESTILO INTERNACIONAL

9. O URBANISMO RACIONALISTA (PÓS 2 ª GUERRA)

10. CARACTERÍSTICAS FORMAIS DA ARQUITETURA DA 3ª GERAÇÃO

11. A CONTINUIDADE DA ARQUITETURA EXPRESSIONISTA.

12. CONTINUAÇÃO DOS TRABALHOS DOS MESTRES: GROUPIUS, MIES, LE

CORBUSIER, AALTO, WRIGHT

13. A REVISÃO FORMAL NOS ESTADOS UNIDOS

14. A ARQUITETURA BRITÂNICA: NEOBRUTALISMO E ESTRUTURAÇÃO

URBANA

15. A NOVA CULTURA URBANA

16. A ARQUITETURA NÓDICA: NEOEMPIRISMO

17. CULTURA E ARQUITETURA ITALIANA: ZEVI, ARGAN

2ª PARTE - A CONDIÇÃO PÓS- MODERNA

1. 1965- 1977 - A CONDIÇÃO PÓS- MODERNA

2. NOVO FUNCIOLISMO E A ARQUITETURA COMO EXPRESSÃO

TECNOLÓGICA

3. OS METABOLISTAS JAPONESES

4. A ARQUITETURA NEOPRODUTIVISTA

5. A FORTUNA TECNOLÓGICA DO ANOS 70

6. ARQUITETURA E ANTROPOLOGIA

7. A HERANÇA DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO

8. A BUSCA DA RACIONALIDADE NA DISCIPLINA ARQUITETÔNICA

9. A ARQUITETURA COMO SISTEMA COMUNICATIVO

10.MANIFESTOS E MECANISMOS PÓS MODERNOS

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11. A ARQUITETURA DO CONCEITO E DA FORMA

3ª PARTE - A DISPERSÃO DAS POSIÇÕES ARQUITETÔNICAS

1. 1977-1992 - AS POSIÇÕES ARQUITETÔNICAS

2. "REVIVAL" HISTORICISTA E VERNACULAR

3. CLASSICISMO PÓS MODERNO

4. A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL

5. O URBANISMO CONTEXTUALISTA

6. A VERSATILIDADE DO ECLETISMO

7. A OBRA DE ARTE COMO PARADIGMA DA ARQUITETURA

8. A NOVA ABSTRAÇÃO FORMAL

9. A SAIDA DA NOVA TECNOLOGIA

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1ª PARTE - ARQUITETURA MODERNA: CONTINUIDADE OU

CRISE

1. AS MUDANÇAS DE PARADIGMA DA ARQUITETURA

A arquitetura depende de muitos fatores e responde por uma

grande quantidade de solicitações de diferentes índoles. Para contestar a

toda essa complexidade ao longo da história, a arquitetura tem precisado de

paradigmas que a legitimam.

Toda a tradição clássica é uma perfeita construção deste sentido da

legitimação: as ordens, os textos de referência (Vitrúvio) e os modelos (Grécia, Roma)

definiram seu corpo conceituai.

O ecletismo do final do século XIX que tomou como fonte de legitimação a

mesma história dos estilos arquitetônicos (neoclássico, neogótico, etc.) é formado

por um paradigma renovador: a máquina. As tecnologias do aço e do concreto

permitem a renovação formal juntamente com as vanguardas plásticas do começo do

século.

As diversas abordagens de mestres do Movimento Moderno: construtivistas,

futuristas, neoplasticistas - tinham em comum a confiança em que o novo universo da

máquina (motores, barcos, aviões..) transformaria radicalmente o status de objetos,

edifícios e cidades.

Após a 2ª Guerra Mundial, este paradigma da máquina se enfraquece

à medida que surge um panorama de dispersão, fruto principal da aplicação

dos princípios gerais e universais das vanguardas em cada contexto cultural,

social e material.

Uma das correntes que toma maior coerência é aquela que tem como

referência predominante o humanismo, considerando culturas locais e as arquiteturas

vemaculares. Utzon, Van Eyck, Barragan, Smithson, etc...

A arquitetura popular e referências orgânicas da natureza passam a ser fontes

de inspiração, a linguagem da máquina é substituída pela linguagem metafórica do

orgânico.

2. A REDEFINIÇÃO DO MOVIMENTO MODERNO

Se a década de 20 foi um período de difusão e propagação do Movimento

Moderno, sustentado pela posição a política defendida por Gropius, isto é, que o

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trabalho coletivo não deveria se identificar com direções políticas, nos anos 30 a

situação se modifica.

A década de 30 foi marcada por uma crise política, econômica e social que

resultaria na Segunda Guerra Mundial. Verificou-se que as experiências concretas,

especialmente públicas, foram bloqueadas, uma vez que o debate político se modifica;

os partidos democráticos lutam pela sua sobrevivência devido a novos e crescentes

movimentos autoritários.

O conflito entre o pensamento moderno e os regimes autoritários de

alguns países europeus acaba por isolar as experiências, chegando, por volta de

1935 em diante, à total supressão destas (Alemanha e Áustria) ou ao seu

desenvolvimento marginal (França e Itália).

Portanto, quando a arqui tetura racional ista começa a se estender

universalmente, tanto pelas influências de Le Corbusier no exterior como pela própria

imigração dos mestres alemães, o Movimento Moderno toma novos caminhos.

A restrição do campo de trabalho e a pressão política fazem surgir, nos países

centrais, um academismo monumental e neo-decorativo, representado por uma

arquitetura de celebração, tipicamente neoclássica e tradicionalista. Paralelamente, há

a absorção do modernismo pelo repertório eclético, o que diminui a polêmica em

relação aos conteúdos e limitasse à discussão dos esquematismo dos preceitos

formais modernos.

Surge o "Estilo Modernista", uma versão suavizada da arquitetura moderna, na

qual acredita-se que a solução estava na atenuação do tecnicismo e da regularidade,

além do retomo a uma arquitetura mais livre e humana, vinculada a valores

tradicionais.

Este racionalismo formalista caracteriza-se por:

· Usar tetos planos e ambientes sem ornamentação;· Usar paredes claras de textura perceptível, não totalmente brancas e lisas

(revestimentos em pedra ao redor das aberturas e linhas traçadas sobre o

reboco);

· Empregar aplicação decorativa em móveis industrializados;

· Enfatizar contrastes fortes, principalmente no desenho e fotografia.

Apesar dessa crise, de um lado academicista e do outro formalista, há o

nascimento de uma nova vertente pós-funcionalista no trabalho de projetistas

principalmente do norte da Europa.

Esta nova versão da arquitetura moderna nasce no clima do Funcionalismo e

se propõe a libertar-se de seus dogmas. Não era mais necessário criar um limitado

vocabulário figurativo e rígidas fórmulas para se opor ao tradicionalismo, como

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no primeiro período. O problema principal era encontrar um elo entre o

utilitarismo tecnicista e o abstracionismo formal, mantidos separados pelos mestres

nacionalistas.

A nova corrente começa a tender da não-cor e forma pura para o uso de

materiais naturais, como madeira e pedra, para assim dar uma expressão familiar,

cotidiana e folclórica. Além disso, ela começa a incorporar as mais

recentes investigações sobre controle ambiental e estudo da acústica.

3. A PRIMEIRA DIFUSÃO DO MOVIMENTO MODERNO

Os principais motores para a evolução do Movimento Moderno:

1. A simbiose dos pressupostos modernos com as abordagens de cada

um dos contextos, culturas, identidade e tradições.

2. A necessidade de renovação formal, superação do Estilo Internacional.

3. O papel da memória na evolução da Arquitetura Moderna, superar a ruptura

com a tradição.

1. A cidade - o urbanismo nacionalista, a separação das funções -

o zoneamento: novos bairros e cidades.

A condição contemporânea lida com uma concepção histórica não mais vista

como completa, fechada, aceita a descontinuidade, o pluralismo e contrastes.

"A primeira evolução (1930-1945)"

O Movimento Moderno e a política

Ligação do ponto de vista ético entre a forma e a política. Exs.: a transparência

das fachadas com estrutura independente associada à noção de honestidade: a planta

livre relacionada com democracia e amplas possibilidades: a ausência de ornamentos

demonstrando economia.

O Est i lo In ternacional surge em 1931 com a Exposição de Obras

arquitetônicas de uma arquitetura funcionalista, cúbica. lisa, fachadas brancas, metal,

vidro. Ex. Ville Savoye (Le Corbusier).

"A Missão da Segunda Geração do Movimento Moderno"

Ampliar pontos básicos do Movimento Moderno, nova monumentalidade. A

América Latina surge como principal foco de interpretação livre e exuberante da nova

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tradição moderna (Brasil, Argentina, México, com Oscar Niemeyer, Lúcio Costa,

Clorindo Testa, Félix Candeia, entre outros) com versão própria, monumentalidade.

1942 - O "modulor" de Le Corbusier, com o usuário ideal.

Anos 50 - O gosto individual, a diversidade cultural, o contextualismo, a

tradição.

Na difusão do Estilo Internacional do Pós-Guerra, exemplos de Mies Van der

Rohe com espaços universais e estruturas que aceitam quase todo o tipo de função.

4. ENGENHARIA MODERNA

O desenvolvimento do Movimento Moderno deu-se paralelamente a um

gradativo empenho tecnológico, sem o qual as bases racionalistas não poderiam ser

modificadas. Novos princípios estruturais permitiram a ampliação de espaços cobertos

e a redução do número de apoios.

Neste período há a reatação dos vínculos entre arquitetura e engenharia,

perdidos no século XIX: novamente a criança de formas se vê ligada à profundidade

científica da técnica estrutural.

O mérito da engenharia moderna foi romper, pela primeira vez, com decisão, o

Classicismo e enfrentar os problemas estáticos sem preconceitos. As principais

inovações no período foram:

· Desenvolvimento de estruturas na forma de abóbodas-casca;

· Uso de curvas geradas por seções cônicas e parabólicas;

· Emprego de peças pré-moldadas combinadas entre si e da protenção do

concreto armado.

São alguns engenheiros que se destacaram durante o Movimento Moderno:

a) Robert Maillart (1872-1940)

Engenheiro suíço que inovou a construção de pontes de C.A., concebendo-

as como peças únicas, mas mantendo a continuidade de seus elementos:

arco portante, plataforma de sustentação da via de transporte e

componentes de ligação.

b) Eugène Freyssinet (1879-1962)

Engenheiro francês que foi o grande inovador do concreto protendido,

através do estabelecimento das condições praticas para sua utilização

c) Pier Luigi Nervi (1891)

Engenheiro e arquiteto italiano que realizou importantes pesquisas na

construção pré-moldada e esportiva.

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5. O ORGANICISMO

O organicismo constituiu uma atitude cultural peculiar e autônoma, cujos

signos se manifestam antes, durante e depois do período racionalista. Esta

propunha uma maior liberdade estereométrica, a recuperação dos valores individuais

e psicológicos e uma modalidade de intervenção urbana voltada para o

desenvolvimento regional, como meio de resolver a congestão hipertrófica das

metrópoles.

Ele está para o Racional ismo assim como o Barroco estava para

o Renascimento. Trata-se do mesmo fenômeno lingüístico, mas com uma diferença

essencial: enquanto o Barroco reintegra as três dimensões renascentistas, o orgânico

faz o mesmo com a quadridimensionalidade cubista.

Enquanto o Barroco raciocina em termos de pareces onduladas e

dos bastidores que formam as ruas, o orgânico pensa em termos de volumes e

espaços da cidade-paisagem.

O organicismo da década de 30 veio às correntes racionais

européias, criticando principalmente:

· O geometrismo e ‘“nudismo” racionais (a preocupação arquitetônica deixa

de ser puramente volumétrica, mas volta-se também ao espaço e ao fator

psicológico);

· O universalismo (desprezando os "Standards” artificiais representando

pelas caixas brancas, busca o particular);

· O retangularismo (de inspiração orgânica, busca a pluralidade das formas

onduladas ou diversas da ortogonalidade).

Na arquitetura orgânica, é impossível contemplar o edifício como uma coisa e

o entorno como outra: o espírito com que esta é concebida coloca tudo como uma

coisa só. O edifício é tido como obra de arte expressiva e vinculado à vida moderna, e

principalmente adequada às exigências individuais de seus usuários.

Dizer que ela é inspirada na natureza não significa que imitava as formas

naturais. Ela apenas se estendia como um vegetal, mas não precisava parecer um ou

significar 'retorno à natureza". Não era ART NOUVEAU.

Além disso, não se pode confundir com Expressionismo, no qual os edifícios

tentavam representar sentimentos, estados de espírito e seu conteúdo emotivo e

simbólico. A atenção que os arquitetos orgânicos prestavam ao homem e à vida ia muito

além da simples reprodução nos edifícios das sensações físicas humanas.

Basicamente, podemos encontrar duas bases irradiadoras do Organicismo

durante o Movimento Moderno na década de 30:

· A européia representada pelas experiências escandinavas de apropriação da

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tradição, em especial na atividade de Alvar Aalto;

· A americana representada pela postura de Frank Lloyd Wright e seus

precursores, numa visão integradora da arquitetura moderna.

São estas as principais características da linguagem arquitetônica organicista:

· Reflexão, na seqüência e na ordenação de seus espaços, dos movimentos

reais e fundamentais do homem na construção, o que é feito em nome de

uma função psicológica e espacial, ultrapassando os horizontes

figurativos do racionalismo;

· Integração completa da realidade estrutural e espacial do edifício, não

decompondo-o em planos, mas sim fazendo-se a projeção no edifício do

complexo das atividades humanas que nele se desenvolvem;

· Tendência ao gosto pelas formas livres, ângulos diferentes de 90°

variedade e riqueza de materiais, uso de curvas etc.

6. A INFLUÊNCIA ORGÂNICA NOS MESTRES RACIONALISTAS

Em meados da década de 30, Walter Gropius principia na Inglaterra uma nova

pesquisa, esforçando-se por assimilar e elaborar metodicamente as características do

ambiente britânico. Juntando-se com Edwin Maxwell (1899) em 1933, faz uma série de

projetos onde as idéias modernas são adaptadas ao ambiente inglês. O melhor

exemplo é a Escola de Impington, de 1936, totalmente inserida num espaço verde,

com uma edificação aberta ao exterior e uso de tijolos.

Único país que resiste ao Nazismo, a Inglaterra sobreviveu à decadência do

Racionalismo e acolheu as experiências organicistas. Alem de Gropius, Marcel Breuer

e Erich Mendelsohn também lá se instalaram, ingressando-se ao M.A.R. S na luta pela

arquitetura moderna bem mais humana, ou seja, enriquecida com o

vocabulário orgânico.

No início dos anos 30, devido à forte reação acadêmica, a arquitetura na

França faz um retorno ao Classicismo, o que coincide com o exterior, não só em

relação à planta simétrica e em bloco, mas também a uma ornamentação em que se

sublinha, tal como no passado, os elementos focais da composição.

Após 1933, Le Corbusier executa obras para uma clientela restrita, uma vez

que a arquitetura moderna é cortada dos encargos públicos e de uma grande parte da

construção privada. Começa então a explorar novos sistemas de construção e novos

padrões funcionais (materiais rústicos, uso de brise-soleil e pré-fabricação metálica).

Inicialmente, o Brise-soleil era um mero aparato técnico (anteparo para os raios

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solares) para depois se tomar um pórtico praticável, como no Centro de Negócios em

Argel, o que o leva a projetar externamente a estrutura de concreto armado, deixando

nas concavidades as vedações leves e as vidraças.

O edifício aos poucos perde o caráter geométrico abstrato que derivava

do vidro e do reboco branco, tornando-se capaz de absorver os sinais do tempo e de

ser incorporado na paisagem natural.

A principal contribuição de Le Corbusier no período vanguardista da arquitetura

moderna foi seu amor pelos volumes simples e puristas diferentemente de Gropius, que

preferia a articulação e a interpenetração de volumes.

Enquanto que para Le Corbusier, a construção da estrutura do edifício fechava

e envolvia os ambientes dentro de uma forma pré-estabelecida, para Gropius, não

havia a necessidade duma circunscrição e exigência de uma volumetria pura.

Além disso, os pilotis do primeiro negavam a continuidade entre o edifício e a

natureza, enquanto que a arquitetura de Gropius e de Mies propagava-se pelo terreno.

São obras de Le Corbusier desta segunda fase:

· 1930: "Villa Mandrot"

· 1935: Casa Auxmathes e casa de "weekwnd" perto de Paris

· Muros de pedra e abóbodas de C.A. rebaixadas

· 1938: Citté des Affaires (Centro de Negócios) em Argel

· Nova concepção de arranha-céu, brise-soleil como "loggias”.

Alvar Aatto (1898-19761)

Arquiteto finlandês considerado precursor europeu da arquitetura orgânica da

década de 30. Diferentemente dos mestres nacionalistas, não escreveu livros,

limitando-se a algumas palestras e declarações. Não pretendia propor teorias,

princípios ou fórmulas de composição, mas uma revisão do pensamento funcionalista.

Principia-se em Turku, em 1925, e logo fica conhecido no país e no exterior pelo

prédio do jornal TURUN SANOMAT, de 1928/30, pelas corretas e rigorosas formas

internacionais e uso correto do C.A.

No período de 1932 a 1934, Aalto desenvolve móveis de compensado curso,

onde as características estáticas da chapa são aproveitadas de modo a eliminar o

entrelaçamento habitual (Firma Artek).

Tais moveis, a serem produzidos em série, eram concebidos conforme a linha

orgânica do corpo humano, quando este repousa, lê etc., mas sempre levando em

consideração a produção industrial (pureza de linhas e planos), para haver um

barateamento e maior viabilidade.

Gradativamente, Aalto cria uma nova organicidade, onde nenhum elemento é

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livre por si mesmo: estrutura, fachadas, plantas, janelas tudo está ligado a fim de

libertar o homem e o espaço. Aproveitando-se dos progressos da produção industrial,

reivindica uma maior modéstia (menor escala) e parte do regionalismo buscando a

nacionalidade de formas funcionais e expressivas, não necessariamente ortogonais.

Principais obras:

· 1929: Sanatório em Paimio

· Preocupação com o aspecto utilitário e funcionalidade mecânica

visando o bem-estar psicológico dos doentes: distribuição lógica das

cores (anti-monotonia), controle de ruídos e ventilação, relação

direta com a paisagem, obliqüidade e importância aos detalhes.

· 1930: Pavilhão finlandês na Exposição Universal de Amberes (com ERIK

BRIGGMAN) for-mas curvas e ondulares de madeira.

· 1934: Biblioteca em Viipun· Complexo mecanismo de distribuição com grande empenho técnico e

funcional: alturas variáveis dos ambientes, sistema de iluminação difusa na

saia de leitura, unidade entre teto e parede em superfícies onduladas no

auditório, ênfase nos detalhes como corrimãos de madeira e regionalismo.

· 1937: Casa própria em Helsinki

Complexo industrial em Sunilla

Pavilhão finlandês na Exposição Internacional de Paris - paredes onduladas

de madeira promovendo abrigo psicológico e sombra.

· 1938: "Villa" Mairea

· Organismo geometr icamente s imples com var iedade de

acabamentos e continuidade entre arquitetura e decoração

(toque de modernidade no uso da madeira)

· 1939: Pavilhão finlandês na Exposição Internacional de New York

· Decomposição do espaço prismático através de uma ciclópica parede

ondulada e divisão da altura em quatro partes, que pendem sobre o

observador.

Em 1938, Aalto vai lecionar nos EUA, acabando por inserir-se nas polêmicas

do ambiente americano e desenvolvendo uma arquitetura definitivamente rompida do

esquematismo, igualitarismo e estandardização.

Suas idéias e características mais marcantes foram:

a) Maior preocupação com a vida do homem, ou seja, com a psicologia e os

valores regionais;

a) Maior habilidade com pormenores, diferentemente da visão conjunta e

harmoniosa dos racionalistas (importância a detalhes, como maçanetas,

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lustres, corrimãos, etc.);

b) Maior preocupação tecnológica, evitando clichês tecnicistas (uso de

madeira tratada, avanços acústicos e luminotécnicos etc.);

c) Abandono do dicionário cubista: l iberdade dos enquadramentos

neoplásticos, dos jogos volumétricos, em nome de amplas

paredes onduladas e formas oblíquas.

"A Natureza - a biologia oferece múltiplas e exuberantes formas: com as

mesmas construções, os mesmos tecidos e as mesmas estruturas celulares, é capaz

de engendrar milhares de combinações, das quais cada uma é exemplo de um alto

nível formal. A vida humana procede das mesmas raízes."

Frank Lloyd Wright (1869-1959)

Arquiteto norte-americano, nascido em 08/06/1869, em Richard

Center, Wisconsin, considerado profeta e gênio do Organicismo, uma vez que

antecede em 30 anos a experiência nacionalista européia.

Já a partir dos anos 80 do século XIX, Wright inicia uma renovação

da arquitetura americana auto-intitulada "orgânica", contrapondo-se a todo

resíduo classicista de Louis Sullivan e a Escola de Chicago (volumes isolados,

superfícies lisas, purezas cristalinas e geometriamos abstratos).

Ele começou a exaltar a horizontalidade, a linha da terra e os

materiais inacabados: a casa ancorada no solo com fator de integração da paisagem.

Desde o início de sua obra, os edifícios fazem parte da Natureza, da qual parecem

brotar harmonicamente, uma vez que suas formas, cores e materiais são

adaptados ao entorno.

Para Wright, a expressão do edifício nunca depende primordialmente da

distribuição volumétrica ou das leis geométricas, proporcionais ou dimensionais, mas

sempre do conjunto arquitetônico - cada detalhe tem a mesma importância que todo o

complexo. Em seus desenhos, a paisagem desempenha uma função eminente como

complementação da obra.

Como não havia arquitetura na Universidade de Wisconsin, ele acabou

ingressando em Engenharia Civil, do que nunca se arrependeu: "Felizmente graças a

isso, livrei-me da maldição que era o ensino arquitetônico dessa época, tão

sentimentalizado nos EUA com sua falsa orientação cultural e sua ênfase equivocada

pelo sentimento".

Entretanto, não "agüentando mais perder tempo na universidade", Wright

abandona Madison e vai para Chicago, onde torna-se projetista no escritório de Louis

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Sullivan, do qual adotou seu lema:" A forma segue a função".

Em 1894, aos 25 anos, inicia a trabalhar por conta própria, cirando casas tão

pessoais e características que seus donos lhe davam afeto como se fossem seres

vivos: esta é sua primeira fase, a das Praire Houses, que dura até aproximadamente

1910.

Estas casas apresentavam os traços básicos da arquitetura orgânica de Wright,

que criou um código individual e próprio para poder articular suas admiráveis e

inimitáveis mensagens.

São estas as principais características das Praire Houses:

a) Uso simbólico da chaminé como ponto de partida para a distribuição

radial da planta, que se distribui no entorno deste núcleo de lazer da forma

cruciforme, obtida normalmente na interpretação de dois volumes de alturas

diversas;

b) Sentido orgânico de expansão da planta, que é um espaço articulado

e contínuo, inspirado na tradição rural e concebido como ambiente único, que é

diferenciado para satisfazer exigências particulares, como descanso, alimentação,

lazer, sociabilidade etc.

a) Ênfase dada ao espaço interior, na qual a concepção da casa é a

de refúgio, no qual o ser humano pode se esconder e se proteger da chuva, vento

e luz (pequeno uso do vidro e paredes brancas);

b) Uso de pesadas coberturas de proteção, conferindo maior maleabilidade e

liberdade da rigidez nacionalista, através de planos horizontais largos com protetores

sobressalentes como se desprendidos do edifício;

c) El iminação da ornamentação supérf lua e inclusão de

inovações tecnológicas: uso de janela-parede, concreto armado, balanços,

calefação, etc.

As mais importantes Praire Houses são:

· 1893: Casa Winslow

· Início de acentuação das linhas horizontais embora a planta ainda

seja retangular compacta, mas com indicação de expansão pela "bow-window",

incorporação da cozinha à copa e sala (plano aberto) e ampliação dos terraços.

· 1900: Casa Hickox, Kankakee, Illinois

· 1902: Casa Willitts

· 1908: Casa Roberts

· 1909: Casa Roble, Woodlawn Avence, Chicago.· Traçado cruciforme determinado pela implantação urbana num

organismo de ordem dinâmica e original, ao invés de fixo e simétrico:

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completa o ciclo das Praire Houses.

Neste período, Wright fez outros projetos além de casas, como o Larkin

Building, em Buffalo e o Templo de Oak Park, onde ele antecede a

decomposição em planos neoplástica, embora ainda preso à simetria e rigidez

estereométrica.

O período de 1911 a 1930 foi marcado por muitos problemas em sua vida

particular conflitos conjugais e relações complicadas o fizeram se afastar da

arquitetura e viajar para Europa e Japão. Em 1911, iniciou a construção do Taliesin

("Resplandecente") em Spring Green, o estúdio próprio que incendiou-se por

duas vezes e incansavelmente reconstruído.

Foram estas as principais obras de sua segunda fase a partir da década de 30:

· 1932: Escreve o livro "The Disappearing city", onde critica o funcionalismo

inorgânico e mecanicista, prevendo a decadência das cidasdes atuais e

propondo o Urbanismo Naturalista.

· 1934: Projeto de Broadacre City· Baseado na teoria de descentralização de seu livro cria uma

comunidade ideal onde as famílias seriam isoladas dentro de uma

ampla zona verde, cada qual com um acre (4000m2) e

interligadas por auto-estradas aos demais setores funcionais.

· 1936: Conjunto de escritórios Johnson, em Rancine.· Morfologia de elementos curvilíneos (estrutura elástica de

colunas em forma de cogumelo) num espaço livre e antisísmico.

· 1936139: Casa Kaufmann (Falling water), Bear Run, Pennsylvania· Estrutura em concreto armado e pedras locais apoiada num maciço,

rochoso, com três andares e intentando relacionar as duas margens

do rio Bear Run e ligar-se com a natureza;

· Desarticulação progmática e assimétrica de volumes e espaços:

retrata a desordem orgânica da natureza do lugar, tentando

traduzir a força selvagem das rochas e rios (forma de projetar de

dentro para fora)

· 1938: Casa-estúdio de Taliesin West, Paradise Valley, Arizona.· Uso de angulação de 30 e 60º, valorização de rochas ásperas e

angulosas, ligação enfática à terra e inserção na natureza desértica

da região.

A partir de 1936, a obra de Wright suscita forte interesse na Europa e

no mundo inteiro, do qual decorrem inúmeras publicações. Um de seus valores

principais foi a criança de um repertorio vastíssimo, sem se deixar aprisionar por uma

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única maneira de fazer arquitetura, no mesmo período, coexistem diversas

famílias morfológicas.

Para Wright, o mais importante era a liberdade da forma. Rebelou-se contra o

cubo e o paralelepípedo ("a caixa aborrecida") e adotou uma crescente variedade de

formas. Cada lugar novo e cada situação demandavam um novo conjunto de formas e

detalhes. Ele nunca foi escravo de normas, nem mesmo das suas.

Um grupo de mais de 50 discípulos, o Taliesin Fellowships, a ele se juntou

a partir da década de 40, influenciando toda a arquitetura mundial.

Essas são as principais idéias e contribuição da arquitetura de Frank

Lloyd Wright:

a) "Nos primeiros anos de vida tive de escolher entre a arrogância honrada e

a humilde hipócrita. Escolhi a primeira e até agora não tive motivo para

mudar de opinião: pretendo ser o maior arquiteto que jamais existiu".

b) "O arquiteto constrói para a vida que se vive dentro da construção. A

máquina deve construir o edifício, mas não é preciso construí-lo como se

também este fosse uma máquina".

a) "Organicismo é mais uma atitude ideológica que um código-estilo

propriamente dito. Que Deus me conceda os luxos da vida e

renunciarei, com prazer, ao necessário".

b) Interrelação entre edifício e natureza, numa distribuição livre sobre

o terreno, com planta flexível e cômoda: a casa deveria se fundir ao

que a rodeia, de modo que seja impossível dizer onde começa;

c) Acentuação das linhas horizontais e verticalidade dos elementos dispostos

nos pontos rodais: uso de superfície planas a diversas profundidades, em

retrocesso e balanço, porticado sobressalente, morfologia planimétrica e

espacial curvilínea etc.

d) Uso de materiais rústicos, textura dos muros e dinâmica das linhas:

materiais naturais (granito, pedra de deserto, madeira bruta, etc.), unidades

modulares em angulação, etc.

e) Antecipação de questões da arquitetura contemporânea: dimensão tópica

da arquitetura e urbanismo, questões ecológicas, criança tipológica

e morfológica, etc.

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7. COMPARAÇÃO ENTRE RACIONALISMO E ORGANICISMO

Quanto ao programa:

RACIONALISMO ORGANICISMO· Programa vinculado à estrutura

(composição)· Preocupação fisiológica· Organograma desenvolvido dentro de

um plano pré-estabelecido (compacidade)· Uniformidade dos ambientes· Aspira à regra, ao sistema e à lei.

· Programa contraposto à estrutura (anti-composição)

· Preocupação psico-biologica· Liberdade para o desenvolvimento do

organograma (diversidade)· Individualidade dos ambientes· Se compraz no uniforme

Quanto a estrutura:

RACIONALISMO ORGANICISMO

· Estrutura independente e formada de pilares e vigas modulados uniformemente segundo malha única.

· Estrutura concebida como um mecanismo segundo uma ordem absoluta e imutável

· Planimetria regular

· Variedade de soluções estruturais, com liberdade de orientação e diversidade de modulações

· Estrutura concebida como um organismo que cresce segundo leis próprias de harmonia com as próprias funções

· Planimetria irregular (ditada pelas necessidades humanas)

Quanto à forma plástica:

RACIONALISMO ORGANICISMO· Regularidade, purismo, simplicidade e

unidade· Preocupação com a plástica exterior

(estética da forma)· Despreza a natureza

· Liberdade plástica, complexidade, variedade multiplicidade

· Preocupação com a plástica interna(estética do espaço)

· É amante da natureza

Quanto ao caráter

RACIONALISMO ORGANICISMO

· Universalismo, idealismo e

estilismo

· Produto do pensamento

· Individualismo, realismo e

naturalismo

· Produto de sensações intuitivas

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8. O ESTILO INTERNACIONAL

No início da década de 40, a arquitetura moderna já era reconhecida como

International Style, no qual era possível identificar uma sintaxe própria e uma ordem

internamente lógica, além do fenômeno positivista de sua efetiva difusão.

Após a Primeira Guerra Mundial, nos anos 20, encontramos a chamada Fase

Triunfalista do Movimento Moderno, na qual os nacionalistas colocam na arquitetura a

responsabilidade de conseguir a justiça e a igualdade social, suas principais

características foram:

· A identificação do processo técnico com o processo estético - uma estética

cartesiana plenamente identificada com as exigências industriais da

racionalização técnica e econômica da forma e da cultura;

· A afirmação do Estatuto Funcionalista (“A forma segue a função”.) e da

nacionalidade absoluta - uma concepção funcionalista do desenho e da

existência.

Na Europa dos anos 30, o Racionalismo encontra barreiras ao seu

desenvolvimento pela ascensão de regimes autoritários e pela crítica iniciada pelos

orgânicos, que reivindicam o "prazer da arquitetura" e a necessidade do arbítrio

poético. Desenvolvendo-se de forma localizada, o Organicismo contribui para uma

ampliação do repertório moderno introduzindo:

· A apropriação de tradições regionais, principalmente em relação à forma e ao

material, além da renúncia à doutrina do modelo de formas geométricas simples;

· A interrelação da obra com a natureza e a inclusão do fator psicológico na lista

de funções pragmáticas.

Nos EUA, o modernismo acontece um pouco tardio, coincidindo com a crise de 1929,

embora algumas de suas bases já tivessem sido formadas desde meados do século XIX.

Na década de 30 obteve um desenvolvimento especial. que acaba por se equiparar ao

europeu, a partir de quando assumirá importante papel ao nível mundial.

O período que vai desde a Segunda Guerra Mundial até aproximadamente a década de

60 é reconhecido como uma fase de caráter pluralista, onde coexistem várias

tendências de fundamentação da arquitetura contemporânea. Os primeiros sinais de

questionamento dos princípios do Movimento Moderno aparecem no final da década de 50,

no XCIAM onde se discutiram:

· A falta de identidade da arquitetura moderna

· As limitações do zoneamento funcional

· A pouca atenção dada aos fatores psicológicos

A desagregação do Movimento Moderno será testemunhada pelos próprios

mestres modernos, através de seus projetos da década de 50. São os seguintes os

valores essenciais do Estilo Internacional, que a partir dos anos 60 receberam várias

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críticas, as quais fundamentaram o chamado Pós-Modernismo:

a) Rompimento com a Historia da Arquitetura, ou pelo menos com tudo aquilo

até antes de 1920 (A i-historicismo);

b) Autoproposição como solução genérica e universal para todos e quaisquer

problemas construtivos (Universalismo);

c) Elevação do programa funcional e da estrutura à posição de únicos

referenciais para a geração de formas arquitetônicas (funcionalismo);

d) Formalmente, tendência a empregar formas simples e articuladas

por elementos como janelas-fitas, fachadas-cortinas, coberturas

planas, balaustradas metálicas, esqueletos estruturais, balanços, etc.

(Pureza formal e uso de materiais modernos);

e) Espacialmente, tendência a usar a planta livre composta por elementos

como pilotis, volumes independentes da estrutura, divisões planas ou

curvas, interpenetrações de espaços, etc. (Ênfase nas idéias de

flexibilidade e funcionalidade);

f) Nas questões urbanas, respeito aos preceitos básicos da Carta de Atenas

(1933), entre os quais:

· Zoneamento funcional das cidades e priorização do sistema viário;

· Estandardização, racionalização e regularização como fatores

essenciais para uma maior eficiência técnica e econômica;

Padronização de um mesmo tipo de habitação urbana, preferencialmente prédios de

vários pavimentos, funcionalmente projetados e imersos em áreas verdes.

9. O URBANISMO RACIONALISTA (PÓS 2GUERRA)

Reconstruções e novos bairros nas periferias e a cidade funcional.

Os princípios da Carta de Atenas úteis para o modelo capitalista de cidade.

Zoneamento - facilita controle, fragmentação, segregação, produção em série, pré-

fabricação.

A idéia de zoneamento mono funcionais melhor controle de cada área. Método

nacionalista de planejamento em equipe. Ex.: Ville Radieuse - Le Corbusier -

Síntese do trabalho teórico e prático sobre habitação e cidade.

Brasília (1960) surge no momento em que os princípios do

urbanismo nacionalista começam a entrar em crise.

Os CIAM (10 Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna. 1928 a 1956)

1ª1ª fase (1;2 e 3) ideologia radical e socialista

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2a fase (4, 5, 6) A carta de Atenas cidade funcional.

3a fase (7) - Conflitos pela massificação, interpretações, ensino,

pesquisa, relações com artes.

10. CARACTERÍSTICAS FORMAIS DA ARQUITETURA DA 3a GERAÇÃO

- Renovação no caráter formal, geração e análise, principais critérios

projetuais, tecnológicos e sociais se mantém.

2 tipos de instrumentos metodológicos:

- 0 critério de criação deve ser somado aos critérios de análise espacial,

social, tecnológico, produtivo, cultural e contextual

- A análise formal

Anos 50 - eclosão da arquitetura da 3a geração.

Ex.: Louis khan, Cario Scarpa, Kenzo Tange, Aldo Van Eyck, Jörn Utzon

A característica essencial da 3a geração é a intenção de conciliar a vontade de

continuidade das propostas dos mestres do Movimento Moderno ao impulso de uma

renovação necessária. As características formais da arquitetura que se desenvolveu

nos anos 50 variam com respeito aos padrões do período entre Guerras.

Exemplos dessa evolução formal:

Capela de Le Corbusier em Ronchamp; a Ópera de Sydney (Jõm

Utzon juntamente com as obras expressionistas de Eero Saarinen).

Do modelo da máquina se passa ao modelo aberto onde predominam contexto,

a natureza, o vernáculo, a expressividade de formas orgânicas e esculturas, textura

dos materiais.

Uma recuperação romântica da preocupação pela relação do homem e suas

obras com a natureza.

A cidade surge, para alguns, como expressão de beleza em contato com

a natureza e passa a ser para alguns o modelo de perfeição formal. O edifício

deixa de ser visto isolado, o ambiente urbano, edifícios integrados ao contexto

topográfico e urbano.

Revalorização da esfera da vida cotidiana. Esculturas sobre plataformas, maior

monumentalidade. Ex.: Brasília, Kahn, Utzon, Edifício das Nações Unidas NY (anos

50160).

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A busca de novas formas expressivas

Evolução da nova tradição da arquitetura moderna, da solução monumental de

conjuntos resolvidos como diversos volumes relacionados sobre plataformas e o

tratamento dos edifícios isolados introduzindo novidades. Busca: evitar a monotonia e

repetição na fachada. Tratamentos mais expressivos da cobertura modelo.

Passos:

Tratamento das fachadas

Recurso das formas de caráter escultórico: Capela de Ronchamp, Ópera de

Sydney

Na revisão formal, busca de novas formas expressivas, valor escultórico da

arquitetura, ênfase às coberturas (estruturas, abóbadas, coberturas

planas).

Crise do paradigma da máquina, recuperação da arquitetura popular.

Le Corbusier e a 3a geração: Parte "Neobrutalismo" A Capela de Ronchamp

1950-55 caráter épico e expressionista (surpresa e polêmica); Unidade de Habitação -

(1945-52) edifício cidade, serviços próprios.

A ópera de Sydney - Concurso Internacional/Jurado Eero Saarinen. Projeto

bastante expressivo sobre uma plataforma na água com grandes abóbadas que

funcionavam como fachada e cobertura.

11. A CONTINUIDADE DA ARQUITETURA EXPRESSIONISTA

A falta de unidade do Movimento Moderno gerou a corrente expressionista

alemã baseada na arquitetura dos anos 20 Gropius, Mies, Hans Scharon.

Une os experimentos da transparência, a luz e a fluidez espacial da arquitetura alemã

do início do século com as características de arquitetura por guerra. O organicismo

expressionista e as referências à arquitetura medieval.

(Expressividade e organicidade: Sala de Concertos Berlim) (1958-19153).

O expressionismo estrutural

Novas formas a partir de novas técnicas e materiais. Objetivos experimentais e

expressivos. Ex.: Piar Luigi Nervi, Félix Candeia, Eládio Dieste, Utzon, Saarinen,

Tange, Fumihiko Maki, Calatrava.

Holanda: Hertzebergier, Van Eyck (recuperação e revisão da

arquitetura moderna).

12. CONTINUAÇÃO DOS TRABALHOS DOS MESTRES: GROPIUS, MIES,

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LE CORBUSIER, AALTO, WRIGHT.

Os primeiros anos do segundo pós-guerra constituem um período de transição e

preparação. Foram produzidas na Europa construções para eliminar os danos da guerra e

para abrigar milhões de refugiados. Desta prática, renasce o Racionalismo, porém já

começam partir dos antigos mestres tendências inovadoras.

Essas correntes pós-45 são prosseguimento da busca da ampliação da forma

funcionalista, ocorrendo uma apropriação inédita de novos meios expressivos,

inclusive de formas de estilos históricos.

Podemos comparar este período de aproximadamente 30 anos, ou seja, da

Segunda Guerra Mundial, no qual coexistiram várias correntes que não tinham um

objetivo comum, a não ser o desejo de renovar, em termos artísticos e culturais, a

sociedade européia. Tal fase caracterizou-se por uma cultura em crise: a crise da

burguesia face à falência dos ideais de conquista do poder.

Analisemos agora a influência dos mestres modernos para a formação e difusão

dessas novas tendências pluralistas da arquitetura contemporânea.

Walter Gropius

Gropius se estabelece nos EUA em 1938, onde prossegue sua experiência

didática em Harvard, primeiramente trabalhando com um antigo ex-aluno,

Marcel Breuer (1902). Criticando a fixação de um repertório único, de soluções-

esquemas e hábitos constantes, para o Movimento Moderno, procurava demonstrar

que o arquiteto deveria enfrentar conjuntamente o problema da idealização e da

concretização, avaliando tanto fatores temporais como espaciais.

Para ele, cada obra era objeto de si mesmo, como solução coerente de um

problema particular. Se na Europa houve a necessidade de racionalizar as

funções para ordenar a caótica cidade tradicional, uniformizando as células de

habitação e integralizando as edificações públicas, nos EUA a situação era bem

diferente.

A descentralização causada pelo automóvel faz com que a casa tenha de

reunir funções recreativas, antes exercidas em locais comuns. Gropius intenta pelo

caminho de Wright, porém salientando que a qualidade e individualismo não

podiam ser tidos sem as exigências de normalização e de controle quantitativo. Novos

fatores influenciam sua obra nos EUA:

· A vastidão da escala e a urgência do desenvolvimento econômico;

· A flexibilidade exigida pela multiplicidade de fatores.

Em 1941, Gropius começa a trabalhar com Konrad Wachsmann (1901) no

aperfeiçoamento de estudos sobre pré-fabricação. Passa então da construção densa

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para a raia, isto é, das unidades em muitos andares pares as unidades independentes

pré-fabricadas.

Em 1945, juntamente com os ex-alunos, forma o grupo TAC (The Architects

Collaborative), que se caracterizava principalmente pelo pragmatismo e extremo rigor

técnico-construtivo. Este grupo chega a executar uns 70 projetos entre 1946 e 1953,

mas nenhum como caráter progressista do mestre.

São obras desta nova fase de Walter Gropius:

· 1939: Casa Frank, em Pittsburg

· 1940: Casa Chamberiain, em Weyland

· 1949: Harvard Graduate Center, Cambridge (Mass.)

· Composição formada por sete zonas de moradia e um centro

comunitário integrados por pátios entre si.

· 1960: Projeto da Universidade de Bagdá

· Uso de elementos formais heterogêneos e formas adequadas a

considerações climáticas

· 1961: Embaixada dos EUA em Atenas, Grécia.

· Disposição com átrio e planta semi-aberta com cobertura em

balanço.

Ludwig Mies Van Der Rohe

Mies vai para os EUA em 1938 para dirigir a seção de arquitetura do Armour

Instituto of Chicago, que em 1940 passa a ser o I.I.T. (Illinois Instituto of

Technology). No ambiente americano, sua arquitetura se dará em edifícios fechados

e circunscritos em si, sobrevivendo a flexibilidade e variedade européias.

Ele se utiliza de um mesmo modelo, com ritmo uniforme e mesmo material -

estruturas metálicas com vedação em alvenaria ou vidro chegando a uma

grande variedade e riqueza de soluções.

Nos EUA. Mies desenvolve duas formas típicas de construção:

· A cobertura suspensa com grande espaço em planta;

· O edifício-torre com estrutura em aço e vedação em vidro.

Aos poucos, ele assume a figura de superprojetista, idealizados de formas

exemplares, tendo como clientes as grandes firmas americanas. Os prédios seguem

proporções previamente estudadas e constituídas por painéis repetidos. As casas

ressaltar-se na paisagem urbana como objetos isolados, postos numa malha vazia do

espaço urbano ou no campo intacto, excluindo qualquer relacionamento com o fundo

natural.

A concepção americana da arquitetura de Mies implicou numa série

Page 23: Apostila Arq Urb Cont

de qualidades como: disciplina, simplicidade, precisão, perfeição, o que podem

associar-se a relações mais sensíveis de ordem, objetividade e universalidade.

As principais obras desse período são:

· 1939/42: Novo Campus do I. I.T.

· Uso de retícula modular e blocos simetricamente fechados:

subordinação a quadro visual unitário.

· 1949: Fromontory Apartments, em Chicago.

· Organismo rítmico formado pela repetição de painéis iguais com uso de

conveniente retícula estrutural.

1950: Casa Dra. Edith Famsworth em Chicago

· Prisma de vidro destacado do solo e sustentado por apoios

metálicos, com plataforma intermediária e com planta determinada por nova

concepção de casa: produto industrial.

· 1951: 860 Lake Shore Drive Apartments, Chicago.

· Esqueleto de aço com vedação em vidro: neutralidade da fachada,

variabilidade da planta, ordenação em tomo de núcleo central e condicionamento

artificial.

· 1956: Crown Hall, I.I. T, Chicago

· Pavilhão de arquitetura e desenho de planta retangular com total flexibilidade.

· 1959: Seagram Building, New York

· Solução volumétrica dispendiosa: partes metálicas em bronze,

painéis de mármore pol ido ou vidro róseo, praça frontal e instalações

surpreendentemente perfeitas.

· Ordenação axial do edifício, perfil e disposição, acentuando a

sensação de pesadez do volume.

Le Corbusier

Na França, após a Segunda Guerra Mundial, o problema de reparação

dos danos causados pela guerra se junta à crise de alojamentos já anterior à

década de 40, o que tende a redistribuir a população no território. Isto provoca a ação

do Estado, que cria em 1944 o Ministério da Reconstrução e da Urbanística para

planificar a área urbana e rural, além de subvencionar a construção.

Realizam-se então grandes complexos residenciais, entre os quais as

"Unités d' habitacion" de Le Corbusier: a idéia de um organismo unitário com certo

número de células habitacionais e serviços comuns, que tinha suas bases nas

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"Imeubles-villes" de 1922 em diante.

O conceito da Unité foi uma das hipóteses mais importantes da cultura

urbanística atual: baseava-se na idéia de superar as distâncias entre a

dimensão urbana e a dimensão dos edifícios, introduzindo um submúltiplo para

equilibrar serviços e habitação. Le Corbusier previa um novo elemento constitutivo

da cidade, maior e melhor dotado de atribuições funcionais mais complexas.

Em 1946, Le Corbusier consegue o encargo de concretizar uma de suas Unités

em Marselha, experiência somente concluída em 1952. Mais tarde, novas Unités

foram construídas em Nantes (1953155), Beriim (1957), Bhey-enForêt e Firminy.

Entretanto , venficou-se que seu funcionamento correto somente podia ser obtido pela

presença de outras similares nas proximidades, já que as relações entre residências e

serviços não podem ser concebidas de modo unívoco e rígido.

De qualquer forma, a Unité d'habitacion de Marselha resume o pensamento

sócio-urbanístico de Le Corbusier todo trecho da habitação em um só bloco como

elemento base da cidade.

Depois da guerra, Le Corbusier também registrou, em suas obras, a queda de

todas as esperanças de resgatar o mundo através de arquitetura. Foi

abundante o uso de coberturas onduladas, brisas de concreto e não-ortogonalidade.

São obras dessa sua última fase:

· 1950/ 54: Chapelle de Nôtre-Dame du Haut, Ronchamp, França

· Abandono total dos 5 elementos, volume puro e superfícies lisas, recorrendo-se

à inspiração barroca e expressionista.

· 1950/65: Capitólio de Chandigarh, Punjab, índia

· Plano urbanístico composto de vias ortogonais com setores retangulares de

100 ha., cada qual dividido em 13 classes sociais, para a nova capital prevista

inicialmente para 150.000 hab. e capacidade até 500.000;

· Conjunto complexo formado por edifícios públicos (Parlamento, Palácio do

Governo e Palácio da Justiça) e casas de funcionários;

· Exploração de uma nova plasticidade: gigantescas cascas de C.A., aparente

rampas, galerias, coberturas salientes e quebra-sóis.

· 1954: Conjunto residencial Jaoui, Neuilly, França

· Uso de vigas de concreto aparente e tijolos à vista. arcos e janelas com marcos de

madeira: estética do arcaico.

· 1957: monastério de La Tourette, Lyon, França

· 1958: Pavilhão Philips da Exposição de Bruxelas

Alvar AaltoA atividade de Aalto pós-Segunda Guerra concentrou-se na exploração plástica do

concreto armado, antecedendo a concepção brutalista. Suas principais

contribuições para a arquitetura seguinte foram a acentuação da imagem e

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exposição da estrutura, os métodos de construção quase artesanais e a utilização de

materiais ásperos no interior e exterior das obras.

São obras de destaque nesta fase:

· 1947: Dormitórios do M.I.T. (Massachusetts Instituto of Tecnology),

Cambridge, EUA

· Abandono de qualquer resquício do esquematismo moderno, no qual o

edifício desenvolve-se segundo uma serpentina, de modo que cada quarto

possua uma visão particularizada.

· Nova função plástica e psicológica dada às escadas, que deixam de ser um

elemento justaposto e se tornam fator pr incipal na organização compositiva

da obra.

· 1950/52: Prefeitura de Sainatsalo

· 1957/59: Igreja de Vuoksenmiska, perto de Imatra

Frank Lloyd Wright

Os projetos e construções de Wright em seus últimos anos apresentaram cada

vez mais uma tendência ao fantástico. A discrepância entre a idéia e a

realidade tomou-se tão desproporcional que a combinação entre ambas ameaçou

desmoronar-se.

Estas obras apresentaram um germe para o futuro, no qual se

identificou desde simbolismos até retornos ao ornamentalismo. As principais obras

que merecem destaque são:

· 1946/59: Museu Guggenheim. Fifth Ave., New York

· Adequação da concepção plástica e continuidade volumétrica aos ideais

da arte moderna: grande espaço arredondado com piso contínuo por

rampa espiral e iluminação perimetral e central.

· 1947/48: Igreja unitária de Madison, Wisconsin

· Cobertura em balanço como elemento de configuração determinante do

fechamento espacial.

· 1950: Torre dos laboratórios Johnson Wax & Sons C°, Rancine

· Pisos se desprendem de um núcleo central e as paredes

são substituídas por uma transparência de vidro.

· 1953: Torre Prince of Bartlesville. Oklahoma

· Uso de formas agudas e verticalizantes, com planta quadrada

em cujo centro localizam-se os elevadores e instalações e cujo giro

em 45° cria uma volumetria externa dinâmica e ambígua.

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· 1957: Projeto da ópera de Bagdá

· Reminiscências de formas arquitetônicas babilônicas.

· 1959: Sinagoga Beth Sholom, Elkine Park, Pennsylvania

· Simbolização do Monte Sinai com resgate de signos da

religião judia.

· 1960: Centro comercial Mary Contry, San Rafael (Cal.)

· Disposição com várias plantas ao redor de pátio interior,

com linguagem formal e ornamentação tardia.

13. A REVISÃO FORMAL NOS ESTADOS UNIDOS

Os arquitetos americanos: Sullivan, Richardson, Wright, etc. somam-se os que

emigraram da Europa por causa da crise européia após a 2a Guerra Mundial: Gropius,

Mies, Mendelson e anteriormente Saarineu, Neutra, Schindler, etc.

Essas influências internacionais interagem sobre a grande variedade

que manifesta a arquitetura americana, aliado ao grande potencial

econômico que propiciou grandes empreendimentos arquitetônicos, bem como no

desenho industrial e nas artes plásticas, do expressionismo abstrato e logo após a

pop-art, o "land-art", o "minimal", o conceituai, etc.

Grandes escritórios praticam uma arquitetura de tecnologia

avançada: Yamasaki, Paul Rudolph, Cesar Pelli, Harrison e Abramovitz, etc ...

Wright. Saarinen e Kahn são exceções a continuidade do Estilo Internacional ao longo

dos anos 50.

A contínua influência entre América e Europa pode ser ilustrada por

Frank Lloyd Wright que foi referência para as vanguardas européias e ao mesmo

tempo o contexto europeu. como outros oferecem sugestões à obra de Wright. Por

outro lado, Wright representa uma posição individualista no panorama da

arquitetura, confiando no controle individual do artista sobre seu produto.

Nos anos 50, o Museu Solomon R. Guggenhein em. Nova York, projetado por

Wright surgiu como paradigma da arquitetura, da intervenção urbana e representa a

síntese das principais idéias arquitetônicas desenvolvidas por Wright traz em parte

a referencia ao sólido, as rochas e a busca do dinâmico, das formas

ponte e p lataformas, das formas esbel tas e em movimento, em sintonia

com o neoplastiscismo. Não possui qualquer relação tipológica e de escala com

o entorno urbano convivem nele as referências orgânicas e naturais com a

admiração pelo mundo da ficção científica e das máquinas.

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É evidente a influência de Wright em toda a arquitetura norte-americana atual:

Rudolph, Venturi, Alexander, etc.

O Formalismo e o Ecletismo em Eeero Saarinen (1910-1961)

Filho de arquiteto, nascido na Finlândia emigrou para os Estados Unidos

aos treze anos, estudou arquitetura em Yale (1930-1934). 1949 venceu concurso para

o monumento a Jefferson em St. Lovis. Obra baseada na arquitetura moderna e

difusor do Estilo Internacional nos Estados Unidos tem obras estritamente

nacionalistas de formas retas e simples e obras exageradamente

expressionistas, simbolistas e ornamentadas, baseadas no alarde estrutural,

nas formas livres e orgânicas (Aeroporto Kennedy da TWA; Nova York, Hockey

Ring da Universidade de Yale) obras onde predomina uma mentalidade construtiva

próxima à de Nervi, Candeia e Tange. O que o diferencia desses estruturalistas é

que para ele as questões estéticas e simbólicas estão sempre acima das razões

puras, materiais, estruturais, industriais e matemáticas.

Busca novas formas estruturais e de cobertura com novo repertório

formal, novos materiais, recorrendo a claras configurações organicistas.

Foi um dos primeiros arquitetos do Movimento Moderno que buscou

incorporar a metáfora à arquitetura contemporânea, colocando em 2° plano as

exigências funcionalistas.

Modernidade e Tradição em Louis L. Khan

Experiência arquitetônica singular no século XX. Figura crucial na

tradição americana e internacional em sua evolução da tradição modernista à

chamada situação pós-moderna.

Louis Kahn inicia sua intervenção no panorama da arquitetura internacional,

quando começa a se evidenciar a Crise da Arquitetura do Movimento Moderno. Como

alternativa, propõe para o método de projetação uma total inversão dos procedimentos

compositivos da arquitetura moderna e dos critérios do funcionalismo. Em cada obra

pergunta o que quer ser o edifício? Sustentando que as edificações possuem

uma essência que determina sua solução, que a forma tem sempre papel

preponderante.

Kahn define os estados básicos do projeto arquitetônico: o inicial (que define a idéia,

quando a forma surge como vontade concreta de existir e se elege entre a diversidade

de tipos formais). A seguir, a introdução da ordem pelos critérios da composição

tradicional, estabelecendo uma ordem que se baseará sempre no rigor e nas leis da

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geometria e por fim o desenho resolvendo os problemas compositivos, e definindo através

dos detalhes as qualidades de cada espaço, sua eliminação, seus elementos

construtivos, seus materiais e seu conforto interno.

O momento inicial da idéia e da forma é essencial na concepção arquitetônica de

Louis Kahn, é o momento dos croquis, dos primeiros trabalhos, frente aos primeiros dados do

programa e do lugar, onde se manifesta a estrutura da forma, que se expresse a

ordem que antecede ao desenho.

A análise das plantas de suas obras nos mostra o repertório de formas

utilizadas e a utilização das leis da geometria como a 1a e última, justificação de todo

projeto, desde a idéia inicial até a composição final. Sua última grande obra, o Palácio da

Assembléia em Dacca, sugere uma síntese entre Modernidade e tradição, entre o uso da

técnica e da memória juntos.

O que diferencia da busca da mentalidade de Niemeyer, Utzon, Candeia ou

Tange é que em Kahn a recriação da monumentalidade abandona o exclusivismo da

linguagem moderna para interpretar a história. Segundo Kahn "a monumentalidade em

arquitetura pode definir-se como uma qualidade espiritual inerente a uma estrutura que

transmite a sensação de sua eternidade da qual não se pode tirar ou trocar nada".

Panorama de Individualistas e Arranha-céus

Com Wright. Saarinen e Kahn, a arquitetura norte americana destaca-se pela

grande diversidade de tendências e individualidades. Nesse panorama destacam-se as

obras de Richard Neutra, Minoro Yamasaki, do S.O.M. de (Skidmore, Owings e Merrill),

de Philip Johnson.

Se durante os anos 30 surgem os principais impulsos à arquitetura moderna, coma

simplificação e regras do "Estilo Internacional", a partir dos anos 50 surgem as primeiras

preocupações com o historicismo e o ecletismo.

Alguns arquitetos como Paul Rudolph desenvolveram um novo expressionismo

estrutural e brutalista, com o uso do concreto aparente e a pedra.

Por último, destaca-se o minimalismo tecnológico que tem desenvolvido Kevin

Rocha combinando cuidadosa utilização da tecnologia com a busca classicista da

harmonia e proporção.

Da Europa à América: mescla de culturas

O predomínio da cultura européia, reforçada e mantida ao longo dos séculos

começa a declinar na 2ª metade do século XX. A América surge como a terra do

futuro e começa a ter uma forte presença invertendo a situação, com grande influência

da arquitetura americana a partir de Wright e cada vez mais dominam os

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teóricos (Venturi, Einsenman) os arquitetos (Gehry, Heyduk, ... ) e escolas de

arquitetura (Columbia).

Aliado ao êxodo de grande quantidade intelectuais europeus, expandem-se os

pensamentos surrealistas e existencialistas. Os focos culturais se multiplicam ao longo

do século XX e o novo papel da arquitetura americana acabará com o

monopólio europeu.

O processo de simbiose de culturas marca um caminho irreversível em termos

mundiais, com a arte e a arquitetura sendo influenciados por diversos pensamentos

orientais e acidentais.

14. A ARQUITETURA BRITÂNICA: NEOBRUTALISMO E

ESTRUTURAÇÃO URBANA.

Para tratar o contexto da arquitetura britânica do Pós-Guerra é necessário em

primeiro lugar, ressaltar o interesse da experiência da construção de novas cidades

para descongestionar Londres - as newtowns.

Entre 1946 e 1951 foram fundados as primeiras newtowns, baseadas

nas idéias iniciadas por Ebenezer Howard em 1898. Em 1903 foi criada a primeira

cidade jardim (Letchworth) e as demais newtowns derivaram desta tradição, com

critérios da separação racionais de funções. O conjunto era pitoresco e normalmente

mostrava respeito com as árvores e plantas. Formalmente a arquitetura das

newtowns era inspirada na arquitetura sueca (neoempirismo).

Essa experiência consistiu em unir a tradição das cidades-jardim com as idéias

do urbanismo racionalista, dos pianos de zoneamento e áreas verdes. Hipóteses

experimento e verificação, integrando as críticas às experiências futuras.

Seguiram-se 3 gerações de newtowns, a 2' geração nos anos 60, tratava de

criar cidades mais compactas, mais densas e nos anos 70 uma maior flexibilidade e

uma maior diversidade tipológica. Convivem o idealismo voltado ao futuro e o

tradicionalismo, de uma casa isolada com jardim.

A Arquitetura do Novo Brutalismo

Após a 2' Guerra, na experiência britânica destacam-se o forte predomínio da

tecnologia e as preocupações em tomo dos processos e necessidades de produção da

arquitetura. (Nesta harmonia entre a política industrial e as aspirações sociais). Por isso,

nesta arquitetura apresenta por um lado a . tendência que se baseia na

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interpretação neoromantica da arquitetura vernácula e por outro lado a tendência da

arquitetura high-tech. (Archigram, Price, Foster e Rogers).

Grande parte das obras do chamado novo Brutalismo é britânica (Ex. escola

em Hunstanton de Alisou e Peter Smithson, e as obras do independent Group, ambos

baseados nas formas de Mies, principalmente da fase americana).

Na arquitetura britânica dos anos 50, principalmente dos arquitetos que

partem de uma continuidade com o projeto da modernidade arquitetônica (os

Smithson, Mathew. Martin, Stirling e outros) têm importância especial o recurso da

articulação dos edifícios (horizontal e vertical).

"Estruturação Urbana" dos Smithson

Texto publicado em 1967, onde os Smithson expõe uma proposta completa e

ordenada das novas possibilidades da revisão formal que poderiam surgir

nas intervenções urbanas.

O texto mostra como a busca de um novo repertório formal na

arquitetura recorre a configurações que provém do expressionismo abstrato da art.

brut e inclusive o pop. Art.

15. A NOVA CULTURA URBANAA partir de 1945, planos regionais e municipais prevêem o crescimento

residencial, situação dos equipamentos e traçado de novas ruas. Ao longo dos

anos 50 assiste-se à reconstrução das cidades e desenvolvimento dos novos bairros

demonstra que a pretensão do zoneamento restrito segregando as diferentes funções

de cidade, é negativa. Pouco a pouco, os urbanistas passam a crer que a cidade urbana

existe onde há mistura e sobreposição saudável de funções (residência,

trabalho, comércio, lazer, ...) velando por um equilíbrio urbano.

Surge também na 2a metade do século XX uma nova cultura do

espaço público, com novo papel ao espaço livre urbano.

As obras: “Vida e Morte das Grandes Cidades “Jane Jacols e “O Direito

à Cidade” Henry Lefebvre, são críticas ao urbanismo racionalista nas grandes

cidades contemporâneas “““.

16. A ARQUITETURA NÓRDICA: NEOEMPIRISMO

Arquitetura doméstica, de raiz vernacular aliada a razões produtivas, à forte

influência do meio natural o que obriga a uma definição mais cuidadosa do meio

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arquitetônico onde habita o homem, insistindo na escala humana e psicológica da

arquitetura. Representa a síntese progressista entre racionalismo e

empirismo, tecnologia e saber tradicional.

A arquitetura "neoempirista" se desenvolve principalmente na Suécia e

Noruega estendendo-se aos países escandinavos, representa uma reação

ao excessivo esquematismo da arquitetura dos anos 30.

Mestres de destaque: o finlandês Alvar Aalto, o dinamarquês Jöm Utzon

desenvolvendo uma síntese entre forma e desenho racional e inspirações orgânicas,

entre organicismo e tecnologia.

Na Noruega, destaca-se o arquiteto Sverre Fehn integrando princípios

de tradição racionalista e da estruturalista francesa, influências da arquitetura italiana

e arquiteturas orgânicas.

O neoempirismo da arquitetura nórdica trata de humanizar, com

planta racionalista que se solta em formas articuladas e abertas, aproveitando

topografia e paisagem. Persegue-se a fantasia formal, a recuperação da decoração e

referência às formas tradicionais.

Não se trata de estabelecer modelos, mas desenvolver um novo conceito, um

método de propor e pensar através do projeto.

17. CULTURA E ARQUITETURA ITALIANA: ZEVI, ARGAN.

Nos anos posteriores à Guerra, a teoria e prática arquitetônica estão

relacionados a reconstituição política, econômica e social.

Idéias predominantes: consciência do valor dos setores populares,

necessidade de sintonizar com os mestres da arquitetura dos anos 20 e 30,

continuando e atualizando sua mensagem de modernidade, defesa da cidade, como lugar

do coletivo e patrimônio cultural.

Surge em Roma uma corrente de arquitetura neo-realista baseada no realismo e na

comunicação e uma outra corrente definida como pos - nacionalista (Zevi) que propõe

uma via organicista.

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2ª PARTE - A CONDIÇÃO PÓS- MODERNA

1. 1965-1977 - A CONDIÇÃO PÓS MODERNA

ANOS 50 - Continuidade do Movimento Moderno ao mesmo tempo

em surge uma nova geração de arquitetos e as primeiras tentativas de revisão e

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crítica.

ANOS 60 - Na segunda metade dos anos 60 - mudanças radicam e

grande pare da arquitetura se distancia do Movimento Moderno. Surgem

novas correntes e concepções a partir das críticas dos anos 50. Ex.: as

propostas do grupo Archigram, a crítica tipológica de Rossi, a arquitetura

comunicativa de Venturi. Juntamente com novas alternativas construtivas, surgem

temas como: conceito de tipologia, estrutura da cidade, a linguagem como

comunicação simbólica, além de novas metodologias e novos horizontes para

uma nova época.

O dilema entre a crise e a continuidade dos anos 50, passa para uma fase --

e novas propostas de caráter metodológico com novos sistemas de entender e projetar

a arquitetura. Ao lado das novas propostas tecnológicas, do caminho da crítica

tipológica da arquitetura como linguagem comunicativa e depois, a arquitetura

conceitual de Eisenman e Hejduk, surgem novos métodos arquitetônicos que

coincidem com o surgimento das metodologias das ciências sociais e o método que

articula a maioria: o pensamento estruturalista (fundamentado nas leis da

lingüística), Em Rossi. Venturi e Eisenman são evidentes traços do estruturalismo e

teorias da linguagem.

O ano de 1965 funcionou como fronteira: início de uma etapa diferente,

de busca de novas estratégias (teóricas e projetuais).

Anos 65 a 69 - período de mudanças radicais, primeiramente com

o desaparecimento dos grandes mestres do Movimento Moderno: morrem Le

Corbusier, Mies e Gropíus. Em 1968, a Escola de Desenho de Ulm, continuação

da Bauhaus se fecha.

Além disso, os projetos dos arquitetos mais jovens mostram uma troca

paulatina de coordenadas: Rossi - com elementos classicistas e historicistas.

Venturi e Moore - jogos formais e simbólicos.

Entre 1965 e 1970, surge uma grande quantidade de publicações

com panoramas gerais e locais da arquitetura dos anos 50 e 60:

-Kevin Lynch- A imagem da cidade (1960)

-Giulio Carlo Argan- Projeto e destino (1964)

-Robert Venturi- Complexidade e contradição na arquitetura

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(1966) -Vitorio Gregotti- O território da arquítetura(1 966)

-Christian Norberg- schulz- Intenções na arquitetura (1968), uma

tentativa lúcida de, a partir da crítica da arquitetura, buscar instrumentos e conceitos

necessários para interpretar a nova situação.

Despertando para a consciência de uma nova situação, que nos anos 70 se

chamará "pós-modernidade". O livro A linguagem da arquitetura pós-moderna

de Charles Jencks (1977) expõe a consolidação de uma nova condição,

diante da valorização da tradição histórica e do sentido comum.

ANOS 0- Em meados dos 70. a consciência crit ica com o legado

do Movimento Moderno, se evidencia em projetos, textos e fatos como em

1972. a implosão do Conjunto residencial Pruitt-lgoe em St. Louis, de Minoru

Yamasaki, concebido segundo os critérios de zoneamento, tipologia de blocos

do urbanismo racionaiista. Em 1976, incendeia-se a Cúpula geodésica do

Pavilhão dos Eua. em Montreal.

A partir dos anos 70, surge uma grande diversidade de posições: correntes

fundamentalistas; propostas hipertecnológicas; arquitetura alternativa e ecológica.

Perde-se a idéia de uma visão continua e homogênea como propunha as vanguardas

modernistas e abre-se o universo intelectual do pluralismo e da descontinuidade.

2. NOVO FUNCIONALISMO E A ARQUITETURA COMO

EXPRESSAO TECNOLOGICA

Nos paises mais avançados, como a Inglaterra, Eua, Japão, ocorre a

recuperação do espírito pioneiro e tecnológico das vanguardas. As novas

possibilidades tecnológicas dos anos 60 (chegada do homem à lua – 69) aliadas à

prosperidade, ao desenvolvimento capitalista, refletem-se nas propostas arquitetônicas

(arquitetura sobre o mar e no espaço). As novas possibilidades de cálculo,

projeto e produção de estruturas arquitetônicas, novos instrumentos,

experimentação, novos materiais, tecnologias avançadas, pré-fabricação acabam

por fomentar propostas radicais (às vezes impossíveis).

O grupo Archigram (1960 - Inglaterra), formado pelos arquitetos: Peter Cook.

Crompton, Chalk, Greene e Webb, toma-se referência de uma parte das propostas da

arquitetura contemporânea. De posição neofuncionalista, do progresso ilimitado

(Hegel), do espírito dos tempos, o sentido evolutivo, base do Movimento

Moderno, segue valendo para eles. Propõem alterações drásticas, naves espaciais,

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cápsulas. As propostas do Archigram representam a síntese entre a cultura

pop inglesa e a assimilação dos progressos tecnológicos, indo desde

pequenas cápsulas até megacidades, trabalhando com a imitação das leis da

engenharia e o conhecimento científico, as possibilidades dos materiais e tecnologias.

3. Os METABOLISTAS JAPONESES

Além das marcantes presenças norte - americanas e latinas-

americanas na arquitetura do pós-guerra, surge um outro foco de evidência:

o Japão. A partir do Movimento Moderno, a arquitetura japonesa destaca-

se peia adesão do esti lo internacional e ao mesmo tempo pelo vigor e

expressionismo formais nos anos 50, com coberturas leves e expressivas, estruturas

em madeira e sensibilidade construtiva, tudo reforçado pela utilização brutalista do

concreto.

Com sua arquitetura exalta a estrutura, a arquitetura moderna

e a arqui te tura t radic ional japonesa, o que ocorre at ravés da v io lência

formal , geometrização e rigoroso planejamento estrutural. Esta fase está

relacionada à arquitetura de Le Corbusier brutalista e do Museu de Arte

Moderna - Tóquio (1957), paradigma para muitos arquitetos japoneses, com

destaque para Kenzo Tange, cujas obras deste período apresentam tanto

uma crítica ao funcionalismo através da exaltação das formas estruturais

quanto pela vontade de recuperar certo naturalismo perdido. Ex.: Biblioteca

Hirosamma (1954).

Porém, será ao longo dos anos 70 que surgirão novas formulações

como a busca de um novo tipo de cidade que Kenzo leva adiante e se expressa

nas propostas dos "Metabolistas", grupo criado em 1960 juntamente com

Kikutake. Kurokawa, Maki, Otaka e o crítico Kawazoe. A idéia básica é planejar

desde o desenho industrial até o sistema de agregação de cápsulas

residenciais. Surge como reação à falta de planejamento urbano típica no

Japão, pensando novos organismos na escala urbana: cidades oceânicas,

aéreas, unidades agrícolas, unidades residenciais móveis ou estruturas

helicoidais.

A brutalista exaltação estrutural, tecnológica e agregativa do

edifício são levadas à escala da cidade. Ex. Expo 70, Pavilhão de Kenzo

Tange – Osaka, esta exposição funcionou como um mostruário de tipos

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formais gerados pelas novas tecnologias.

Das utopias urbanas de Kenzo destacam-se os planos do MIT para Boston e da

baía de Tókio. A arquitetura dos metabolistas influencia o reflorescimento da

arquitetura japonesa: Shinohara (conceituai), Tadao Ando (minimalista), Fumihiko Maki

(eclética).

4. A ARQUITETURA NEOPRODUTIVISTA

As possibilidades de altas tecnologias, de inovações, principalmente nos

Eua e Inglaterra. Na Inglaterra, a arquitetura high-tech, influenciada pelo Archigram,

equipe criada por Normam Foster, que sem renunciar aos aspectos lúdicos do

Archigram, busca o rigor das realizações práticas e possibilidades do desenho

industrializado. Prefere-se trocar de ambiente já existente que interpretá-lo e

valorizá-lo. Outros arquitetos de destaque: James Stirling, Patríck Hodgkinson,

A arquitetura produtívista foi mais bem desenvolvida nas possibilidades

plásticas e materiais da tecnologia pelos norte-americanos, experimentando nos

arranha - céus, a resistência, a rapidez, o conforto térmico, acústico, a transparência,

etc... Ex: Kevin Roche, John Dinkeloo e a Fundação Ford- NY (1968). Colegio -

Indianácofis (1973), Hotel Plaza- NY(1976).

Esta arquitetura também se desenvolve na Alemanha, com abordagem

como as estruturas tencionadas de Frei Otto (Munique, 1972). A Espanha, ao longo

dos anos 60, vive uma polêmica entre tecnologia avançada (Tons e Fargas) e

tecnologias artesanais (Bohigas), além de Ricardo Bofill (Sant Just- Barcelona,

1975).

Na América Latina, a arquitetura do desenvolvimento com Clorindo Testa,

Elia, Ramos e Agostini com estruturas espetaculares em concreto, materiais e

métodos locais, diferente do expressionismo tecnológico e experimental do concreto

de Félix Candeia e do tijolo de Eládio Dieste.

5. A FORTUNA TECNOLÓGICA DOS ANOS 70

A Torre - cápsula de Nagakin, em Tókio (1971), de Kisho Kurokawa, reflexo

do Archigram e dos Metabolistas dos anos 60, com jogo formal - células pré-fabricadas

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e possibilidades combinatórias na articulação volumétrica. A Sony Tower

em Osaka (1976), de Kisho Kurokawa. O centro Georges Pompidou em

Paris(1977) de Richard Rogers e Renzo Piano, um novo tipo de edifício urbano

com a cultura e o lazer; uma megaestrutura à qual se adicionar módulos

transparentes, símbolo da Paris contemporânea.

6. ARQUITETURA E ANTROPOLOGIA

Aceitação da pluralidade e diversidade cultural (anos 60 e 70) por

influências diversas; na arquitetura de algumas propostas da terceira geração

nos campos da arquitetura, urbanismo e desenho buscam-se soluções alternativas

aos critérios vigentes (culturais, econômicos, tecnológicos, urbanos e projetuais),

mais adequadas a cada contexto social.

No geral, se expressa como um dos resultados da tendência ao

humanismo dos anos 50. Este movimento dos anos 70 atinge âmbito mais amplo

que a arquitetura, indo desde o planejamento de um desenho participativo até

proposta de urbanismo de participação.

7. A HERANÇA DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO

Surgem diversas construções teóricas para afrontar o

planejamento de métodos e critérios compositivos para uma nova arquitetura

pensada em função dos usuários e suas possibilidades de participação nos

espaços públicos e privados. John Tumer - estudos sobre ocupação ilegal do solo e

auto construção publicados em 1965.

Christopher Alexander - arquiteto e matemático, desenvolveu pesquisas

para explicitar uma maneira de sentir e realizar a arquitetura que pode estar em cada

sujeito, relacionando o desejo insaciável de reformas temporais, relação entre a

arquitetura e a cultura material e simbólica, recuperação dos valores das

arquiteturas populares e tecnologias alternativas.

Dentro dessa linha pode-se perceber a construção de novos museus, a

ampliação da cultura de massas e a revalorização da memória coletiva.

8. A BUSCA DA RACIONALIDADE NA DISCIPLINA

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ARQUITETÔNICA

Esforços para construir uma teoria para a arquitetura contemporânea em

resposta às exigências internas da disciplina, às vezes delineia a favor de

objetos sociais, culturais, político. Ex. Rossi, Aymonino, Tafuri, Gregotti, com

propostas que, a princípio, partem de conceitos das pré-existências ambientais -

tradição, idéia de monumento, responsabilidade do arquiteto dentro da sociedade.

A obra “A Arquitetura da Cidade" de Aldo Rossi, com a intenção de entender

a arquitetura em relação a cidade, com pontos de vista da antropologia, psicologia,

geografia, ecologia, política, entende a cidade como um bem histórico e cultural.

As Primeiras Obras de Aldo Rossi - Sua análise comprova como o

instrumento da tipologia arquitetônica serve tanto para o momento da análise

como para o projeto. Admiram as idéias de Adolf Loos, os pátios.

9. A ARQUITETURA COMO SISTEMA COMUNICATIVO

A perda da capacidade de transmitir significados e valores simbólicos,

críticas ao funcionalismo, Peter Blake - Forma x fiasco.

Complexidade e contradições em arquitetura - Robert Ventura, visão

contrária à da arquitetura moderna, em favor de uma via híbrida, complexa e

contraditória (sem a coerência do racionalismo) para responder aos propósitos de

comodidade, solidez e beleza (Vitrúvio). Contrário à simplificação da

modernidade. Principais obras: Casa Filadélfia, 1962 - Vanna Venturi: Guiide house

- 1963 Filadélfia; Pátio Franklin, 1972 e o instituto de Informação Científica, 1978.

Desenvolve a idéia de edifício - anúncio, com o espaço funcional totalmente

independente da fachada, fazendo contraste a Adolf Loos e sua concepção da casa

como máquina limpa por fora e obra singular e comunicativa por dentro. Os textos

Aprendendo com todas as coisas e Aprendendo de Las Vegas, apresentam-se como

um tratado sobre o simbolismo na arquitetura.

A Idéia do Aplique - Ao final dos anos 70, a equipe de Venturi, dando

continuidade ao movimento Arts and Crafts, do século XIX, defenderá a idéia de um

tratamento aplicado sobre as superfícies de desenhos, moveis e edifícios. Baseiam-se

nas posições de John Ruskin, entendendo que o que caracteriza cada edifício é a

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ornamentação, a estrutura e o interior representam meros fatos construtivos,

funcionais. Ex.: Edifício de Oficinas do Instituto de Informação Científica, Filadélfia

(1978).

10. MANIFESTOS E MECANISMOS PóSMODERNOS

A Pós modernidade é mais uma situação que uma tendência

concreta no final do anos 70. São realizadas obras que se

transformam em manifestos da nova arquitetura "pós moderna" Ex:

Piazza d'Italia, de Charles Moore, em N. Orleans (1978); Edifício ATT, de

Philip Johnson em N. Y. (1978).

11. A ARQUITETURA DO CONCEITO E DA FORMA

-Seus máximos representantes são os White- os 5 de Nova

York: Peter Eisenman, John Hejduk, Michael Graves, Richarc Meier

e Charles Guathmey, trabalhando no campo do experimentalismo e das

atividades didáticas.

Seu trabalho surge da análise dos pressupostos formais modernos

dos anos 30, como relações ao pós-modernismo estilístico e como

defeso da riqueza dos trabalhos das vanguardas.

Einsenmam desenvolve uma arquitetura baseada na forma em si

mesma, com uma arquitetura que parte da separação radicai entre a

escala do humano e do mundo das formas geométricas. (Realiza uma

arquitetura de total abstração baseada nas pautas da arte conceitua) (Minimai.

Land Art, como predomínio das idéias iniciais sobre o resultado final.

O mecanismo conceitual na arquitetura a enfatiza como trabalho

intelectual, sem qualquer pretensão popular ou contaminação o torna realidade.

Uma arquitetura que parte de premissas formais e conclui em resultados formais

da arquitetura intelectual, anti-organica, Peter Einsenmam, da arquitetura do

anti-humanismo, reconhecendo as leis autônomas dos abjetos, o pensamento

lógico como suporte da forma.

John Hejduk desenvolve sua atividade experimental no campo do

ensino do desenho. Seu método é muito mais empírico, plástico e sensível.

Em Richard Meier predomina o pragmatismo e a perfeição profissional oral

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acima de qualquer experimento conceituai. A influência deste dispositivo

conceitual será vista mais adiantemos anos oitenta com uma nova geração de

arquitetos.

3ª PARTE - A DISPERSÃO DAS POSIÇÕES ARQUITETÔNICAS

1. 1977-1992- A dispersão das posições arquitetônicas.

A medida em que se utiliza o conceito de "posição arquitetônica" evita-se a

utilização de termos bastante ambíguos para qualificar diversas atitudes arquitetônicas

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como arquitetura "pós moderna", "descontração"ou "regionalismo crítico". Arquitetura

"pós-moderna" tem sido um termo ambíguo que tanto pode designar uma situação

geral, como certas tendências na arquitetura que são marcantes: historicistas,

ecléticas e por isso deve ser usado com muita cautela.

"Desconstrução" termo que serve para assinalar a recuperação

do construtivismo soviético insiste só em aspectos formais e superficiais de uma parte

da arquitetura atual: do fragmento, da colisão. Atrás desta aparência plástica

existem questões mais profundas como uma idéia de espaço dinâmico, método

projetual, referências interdisciplinares que são as que realmente podem

delimitar posições arquitetônicas.

O "regionalismo crítico", que a partir de maio de 1990 foi rebatizado como

"regionalismo realista" é um termo criado pelos focos internacionais de uniformização

cultural e constitui uma forma superficial de reconhecer a diversidade cultural do

planeta terra. 0 critério de regionalismo é muito amplo e ambíguo para delimitar

posições arquitetônicas. A maioria das obras arquitetônicas tem sempre componentes

nacionais locais ou regionais.

As posições arquitetônicas predominantes que serão vistas: o historicismo

baseado na recuperação do estilismo classicista; a continuidade do

contextualismo cultural, que valoriza os valores urbanos e históricos de cada obra; a

versatilidade do ecletismo, baseada na busca de novas formas a partir da mescla

de linguagens e convenções, o paradigma da singularidade da obra de arte: 5 o

surgimento de uma nova abstração baseada no jogo formal, 6 a continuidade no uso

radical da alta tecnologia (As 3 ultimas são métodos mais relacionados com a

ortodoxia da modernidade).

"REVIVAL" HISTORICISTA E VEMACULAR

A arquitetura fortemente enraizada na história, de comunicação com

o usuário,do ressurgimento da capacidade significativa na arquitetura. Na

maioria dos casos recorre ao prestígio e conforto das linguagens clássicas, o peso

da tradição, a nostalgia e necessidade de precedentes históricas.

Page 42: Apostila Arq Urb Cont

Ao longo dos anos 80, muitos arquitetos seguiram este caminho apesar

do grande número de críticas que esta arquitetura "pós-moderna" recebe. Ex:

Graves, Cullot, Jencks, Bofill.

O Fundamento Europeu - Essa volta às linguagens históricas tem papel

transcendental, com a nova sensibilidade com relação aos centros históricos das

cidades européias, Conservação, integração e reconstrução com tendências

historicistas exclui toda nota de modernidade.

Classicismo Anglo saxão - Ex: Quinlan Terry - Inglaterra (anos 80).

Interações que continuam de maneira acrítíca uma tradição de grande tradução.

o classicismo vitoriano e georgiano.

Ricardo Boffil - Arquiteto catalão cuja obra pretende uma síntese

entre o classicismo e a alta tecnologia, propondo inclusive sistemas de pré

fabricação com molduras que acabam configurando edifícios resolvidos segundo

uma interpretação livre da tradição clássica. Essa experiência parte da

vontade de recuperar os valores históricos e símbolos da arquitetura com a

finalidade de transformá-la em um fenômeno popular. Ex: Conjunto Antigona

(1985) recuperando os princípios compositivos da cidade barroca, cada edifício

recria tipologias históricas.

Classicismo Pós- moderno na América do Norte

Baseada em razões nacionalistas, quando na realidade a arquitetura

clássica nasceu na Europa. Michaei Graves, iniciou um caminho neo

vanguardista e gradativamente foi acrescentando à sua obra murais, o valor

autônomo e plástico dos elementos e a ênfase ao decorativo. O contato com edifícios

de arquitetura histórica e popular, a vontade de relacionar-se com a natureza

e um método plástico de superposição de sistemas de linguagem evidenciam esta

evolução. Ex: Humana Tower (1985), Biblioteca, Califórnia (1984).

Sua identificação com a pintura a lhe permite escolher cuidadosamente

as cores para edifícios de forte valor cromático. A cor serve para identificar,

articular e vitalizar os elementos e partes do edifício no conjunto.

Page 43: Apostila Arq Urb Cont

A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL

As obras mais recentes de Aldo Rossi mostram uma grande capacidade

para continuar evoluindo idéias, teorias e arquitetura na posição que coloca a

cultura do lugar, os bens culturais do homem; o que diferencia suas últimas obras

das primeiras é um espírito mais ecleticista e mais sensível na integração à tradição

tipológica e formal de cada contexto. Ex: Teatro do Mundo (1979).

Alvaro Siza (Portugal) utiliza a inspiração nos elementos concretos do

lugar como ponto de partida do projeto. Para iniciar cada projeto precisa um

intenso diálogo com alugar e com os usuários. A partir daí, usando uma arquitetura às

vezes organicista com grande capacidade de adaptação vai resolvendo cada

projeto. Ex: Banca Borges (1986).

Rafael Moneo (Espanha) uma arquitetura que parte das características

do lugar e da tradição histórica. da história da arquitetura e na qual confluem

grande diversidade de linhas arquitetônicas, como a arquitetura Bórica, a Romana, o

movimento moderno, as vanguardas, o expressionismo de Scharoun.

O Urbanismo Contextualista

O contextualismo se manifesta não só nas obras de arquitetura, mas, também

nas experiências urbanas que tem como referência o tecido histórico de

grandes cidades, modernizando-as. Nos anos 80, destacam-se 2 cidades

européias que passaram por um processo de transformação completa de algumas

áreas: Berlim e Barcelona.

Modelos para intervenções em outras cidades, mostram diversidade

devido ao fato da participação de uma boa mostra de arquitetos, com

intervenções que vão desde a recriação de tipologias, morfologias e linguagens

da cidade até complicadas redes de superposições, jogos de formas.

A criação de novos espaços públicos com soluções de diferentes

tipos: jardins, praças, avenidas, parques, com novos tratamentos, dão grande

importância ao projeto arquitetônico e ao mobiliário urbano.

Page 44: Apostila Arq Urb Cont

A VERSATILIDADE DO ECLETISMO

Tendência baseada na confiança de que se pode conseguir novos

resultados formais a partir da mescla de configurações de diversas origens,

principalmente no trabalho de síntese de fatores contrários: história e

modernidade, artesanato e alta tecnologia.

Baseia-se em soluções híbridas, na mescla e nos contrastes. Numa das

manifestações mais claras do espírito ecletista que trabalha a colagem e a agregação

foi realizada em 1980 para a Bienal de Veneza e se intitulou “Strada Novíssima”, em

defesa da arquitetura contextualista organizada por Paolo Portoghesi, com a

participação de 20 arquitetos defensores do novo ecletismo pós moderno.

As últimas obras de James Stirling refletem a concepção da arquitetura

como uma seqüência sensível de espaços de formas volumétricas distintas, diversos

sistemas de obtenção de luz e referências estilísticas contrastantes. Ex: Clore Gallery

(1986).

O austríaco Hans Hollein rechaça o reducionismo da estética da

máquina e do funcionalismo, seu projeto do Museu Municipal (1982) é exemplo de

arquitetura sabiamente eclética que utiliza bastante a metáfora.

O Museu de História e Arte (1989) possui toda a intensidade da arquitetura

simbólica, encravada na montanha (rocha, caverna, tesouro. jóias).

A OBRA DE ARTE – PARADIGMA DA ARQUITETURA

Numa época de crise de valores e de fracasso das grandes

interpretações, a arte converte-se em valor de segurança. 0 artista plástico trabalha

as obras uma a uma, artesanalmente, inovando. Na vontade de imitar os

autênticos artistas, arquitetos buscam um método arquitetônico que se aproxime

aos mecanismos da criação artística. Renuncia-se, a princípio, da produção em série e

da industrialização radical. Cada obra será singular mantendo uma relação única e

instrumental como contexto, com o usuário e arquiteturas existentes.

Não só a arquitetura tem se aproximado da arte. Artistas plásticos têm feito

Page 45: Apostila Arq Urb Cont

intervenções em interiores espaços públicos e na paisagem. Ex: Smithson, De Maria.

O Exemplo de Frank Gehry - Sua arquitetura tem se baseado em montagens

artesanais de diversas formas simples: prismas, cilindros esferas, torres, ... Envoltório

arquitetônicos promulgando uma arquitetura tátil baseada na textura dos materiais e

na variedade cromática como reflexo das arquiteturas populares.. Ex: Casa Gehry

(1978). Projetos que sejam uma festa de volumes, materiais, texturas, cores e objetos,

com o máximo de referências. Gehry pretende que sua obra não sela valorizada por

atributos de durabilidade ou monumentalidade mas pelo valor de ser considerado

uma obra de arte e pelo sentido que os usuários lhe outorgam com seu uso e

satisfação.

Outros arquitetos que se destacam na mesma linha: Himmelblau

(Viena), Jordi Garcés, Enric Soda (Espanha) Steven Holl, Emílio Ambasz (EUA).

A NOVA ABSTRAÇÃO FORMAL

Surge como reação às tipologias estáticas, designando uma arquitetura

que é abstrata e figurativa, que se baseia na experimentação de jogos formais.

Esse termo evita o da "desconstrução" que insiste em questões apenas estilísticas

conforme citado anteriormente.

Arquitetura que tende a falar dos tempos recentes, da desordem,

da insegurança, da perda da relação com o lugar e a história. Não se propõe a

colocar em primeiro plano o homem, nem como usuário dos seus espaços, nem como

receptor das mensagens da arquitetura. Tanto em sua forma como em seus espaços

tenta novas propostas, nova idéia de espaço (mais dinâmico) e novos modelos de

representação.

Principais arquitetos: Peter Einsenman, Bemard Tschumi, Zaha Hadid,

Rem Koolhas, Libenskind, Hejduk, Cook, Shinohara. Trata-se de uma

arquitetura experimentalista e inovadora que as idéias constituem a razão da

arquitetura.

A SAÍDA DA ALTA TECNOLOGIA

Por ultimo, a mais representativa posição da arquitetura moderna, a

que aborda ciência, indústria e técnica desde o século XIX (Palácio de Cristal, Torre

Eiffel, etc...), o Archigram, os Metabolistas e ao longo dos anos 80, apesar das críticas, volta a

aflorara confiança na nacionalidade e no mundo da tecnologia.

Page 46: Apostila Arq Urb Cont

Essa arquitetura rechaça o retomo historicista, jogos formais, decorativos.

Dentro desse panorama, tem-se uma arquitetura de alta tecnologia com elegância no

desenho como na obra de Norman Foster, ou ainda arquiteturas mais agressivas e a

presença dos elementos estruturais e de instalação como a de Richard Rogers e Renzo

Piano e casos como o de Santiago Calatrava com formas estruturais e agressivas e

Jean Nouvel com a exploração de campos formais baseado em outras artes.

BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA

MONTANER, Josep M. M. Después del Movimiento Moderno- Arquitectura de Ia segunda mitad dei siglo XX. Barcelona: Gustavo Gili, 1995.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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GÖSSEL, Peter. Arquitetura no Século XX. Germany: Taschen, 1996.

Jodidio, Philip. Contemporary American Architects. Koln :Benedickt Taschen Verlag, 1996.

Jodidio, Philip. Contemporary Califomia Architects. Koln : Benedickt Taschen Verlag, 1996.

Jodidio, Philip. Contemporary European Architects. Koln : Benedickt Taschen Verlag, 1996.

MEYHOFER, Dirk. Contemporary Japanese Architects. Koln : Benedickt

Taschen Verlag, 1994.