apostila anatomia palpatória 2013 - completa

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INTRODUÇÃO À ANATOMIA PALPATÓRIA A anatomia é a ciência que fornece o conhecimento das estruturas que compõem o corpo humano. Ao utilizar-se de técnicas de contato manual, pode-se desvendar uma vasta quantidade de informação não disponível à visão, ajudando o terapeuta no acesso ao paciente e ao diagnóstico. Sendo assim, a ANATOMIA PALPATÓRIA visa capacitar os profissionais da área da saúde quanto à localização e palpação das principais estruturas músculo-esqueléticas, ósseas, ligamentares, nervosas e vasculares. A anatomia palpatória é uma importante ferramenta utilizada por diversos profissionais, dentre eles o fisioterapeuta, durante procedimentos de avaliação e tratamento. É em função de uma técnica precisa de anatomia palpatória que o profissional tem condições de identificar estruturas anatômicas diretamente relacionadas com cadeias lesionais que provocam sinais e/ou sintomas importantes como dor e redução da amplitude de movimento articular. Um bom conhecimento da anatomia palpatória permite que o profissional execute técnicas de tratamentos de forma mais precisa, promovendo desta maneira a melhora do quadro clínico do paciente e sucesso na terapia. AVALIADOR X AVALIADO Existem alguns princípios importantes para serem destacados e que devem ser seguidos dentro da anatomia palpatória: AVALIADOR AVALIADO Foco e concentração Conhecimento sobre as ações Percepção aumentada Confiança no avaliador Conhecimento das estruturas Feedback TÉCNICA DE PALPAÇÃO

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Apostila Anatomia Palpatória 2013 - Completa

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  • INTRODUO ANATOMIA PALPATRIA

    A anatomia a cincia que fornece o conhecimento das estruturas que compem

    o corpo humano. Ao utilizar-se de tcnicas de contato manual, pode-se desvendar uma

    vasta quantidade de informao no disponvel viso, ajudando o terapeuta no acesso ao

    paciente e ao diagnstico. Sendo assim, a ANATOMIA PALPATRIA visa capacitar os

    profissionais da rea da sade quanto localizao e palpao das principais estruturas

    msculo-esquelticas, sseas, ligamentares, nervosas e vasculares.

    A anatomia palpatria uma importante ferramenta utilizada por diversos

    profissionais, dentre eles o fisioterapeuta, durante procedimentos de avaliao e

    tratamento.

    em funo de uma tcnica precisa de anatomia palpatria que o profissional tem

    condies de identificar estruturas anatmicas diretamente relacionadas com cadeias

    lesionais que provocam sinais e/ou sintomas importantes como dor e reduo da amplitude

    de movimento articular.

    Um bom conhecimento da anatomia palpatria permite que o profissional execute

    tcnicas de tratamentos de forma mais precisa, promovendo desta maneira a melhora do

    quadro clnico do paciente e sucesso na terapia.

    AVALIADOR X AVALIADO

    Existem alguns princpios importantes para serem destacados e que devem ser

    seguidos dentro da anatomia palpatria:

    AVALIADOR

    AVALIADO

    Foco e concentrao

    Conhecimento sobre as aes

    Percepo aumentada

    Confiana no avaliador

    Conhecimento das estruturas

    Feedback

    TCNICA DE PALPAO

  • A tcnica correta de palpao deve ser executada de forma que toda a superfcie

    palmar das mos permanea em contato com a rea a ser analisada e, no somente a

    ponta dos dedos.

    AVALIAO Segurana e Ambiente

    O ambiente e a segurana em anatomia palpatria so dois aspectos a ser

    levados em considerao e cabe ao terapeuta responsabilizar-se por eles.

    Em relao ao ambiente, este deve ser arejado e espaoso para que, nem o

    terapeuta nem o paciente, sofram algum tipo de acidente desnecessrio, alm de ter que

    permanecer tranquilo e silencioso. A sala deve estar a uma temperatura amena e o

    terapeuta deve assegurar a privacidade do paciente.

    O equipamento mais importante para uma boa palpao so as mos do

    terapeuta, portanto, todos os cuidados necessrios devem ser tomados, como por

    exemplo, elas devem estar limpas, aquecidas, secas e com as unhas cortadas. Alm disso,

    o terapeuta deve usar uma roupa confortvel e apropriada, no deve usar qualquer tipo de

    jias ou acessrios, tais como anis, relgios, etc. e o cabelo, se comprido, deve estar

    preso.

    Posicionamento do paciente

    1. Paciente se encontre bem relaxado, para que a palpao seja bem sucedida e de preferncia o paciente dever ser avaliado individualmente;

    2. A posio em decbitos vai depender da estrutura anatmica a ser palpada: i. - Decbito Dorsal;

    ii. - Decbito Ventral;

    iii. - Sentado com a coluna ereta.

    3. O corpo do paciente na maca deve estar prximo do terapeuta e o segmento a ser

    analisado deve estar em posio de contrao concntrica (aproximao das fibras),

    porm, sem que tenha contrao (o msculo deve estar relaxado) ou em posio

    neutra. Este posicionamento importante, pois caso a musculatura esteja estirada,

    ela no estar em sua tonicidade normal (hipertonia) e isto poder alterar a

    percepo da palpao.

  • Posicionamento do avaliador

    1. O terapeuta dever colocar-se junto ao div. O posicionamento correto ir

    assegurar-lhe o alcance de todas as partes do corpo a palpar;

    2. Sempre ficar perto da estrutura a ser tratada, se posicionar em finta de sua

    preferncia e imaginar que uma gravata est em seu pescoo e esta deve ficar

    perpendicular a estrutura a ser palpada, sendo o centro de gravidade do avaliador

    acima do local a ser avaliado;

    3. Escolha da posio dos ps de acordo com o equilbrio necessrio tcnica:

    - Finta Dupla: A posio dos ps deve ser em paralelo estando um pouco afastado

    um do outro para manter uma boa base de suporte. A oscilao para trs e para frente

    com os joelhos e tornozelos dobrados permite que os braos e as mos do terapeuta

    sejam aplicados sobre grande rea, comparativamente com o pouco movimento dos

    quadris e coluna vertebral. Ambos os ps devem permanecer em contato com o cho

    em todos os momentos, para que o equilbrio seja mantido.

    - Finta Anterior: Um dos MMII fica para frente e o outro para trs, dando tambm

    um espao de afastamento entre os membros de cerca de dois palmos para garantir o

    equilbrio.

    - Swing: a passagem da finta dupla para a finta anterior ou vice-versa. Utilizado

    mais especificamente para tcnicas de tratamento.

    Altura da maca relativa altura do terapeuta (adaptaes):

    - Maca ideal: altura do avaliador do lado da maca, com o brao estendido e punho

    cerrado.

    Presso e Estruturas

    A presso exercida a cada palpao varia, dependendo da estrutura anatmica

    especfica que se deseja alcanar. difcil avaliar com preciso a quantidade de presso

    que realmente aplicada, portanto um bom parmetro de avaliao a sensao do

    paciente em relao ao seu toque.

    A ordem de palpao dos tecidos segue a disposio dos mesmos:

    1. Pele 2. Tecido adiposo

  • 3. Fscias 4. Msculos

    5. Ossos 6. Ligamentos 7. Nervos

    Para a palpao da pele deve ser realizado um toque suave com deslizamentos

    horizontais, a fim de se verificar a movimentao da mesma. Em seguida a palpao ser

    feita no tecido adiposo, com uma presso um pouco mais forte, no sentido vertical, onde a

    sensao ser de uma almofada. A fscia deve ser palpada horizontalmente com a mesma

    presso anterior. Os msculos devem ser palpados com movimentos circulares ou

    horizontais a fibra muscular, mas nunca transversalmente, pois pode lesionar as fibras do

    tecido alvo. Por fim a estrutura ssea deve ser palpada verticalmente com presso

    profunda o suficiente, porm com cuidado para que o paciente no sinta dor.

    Vale ressaltar que na palpao todos os tecidos devem ser apreciados e no

    palpar de forma direta e agressiva. Com a prtica e habilidade, o senso da percepo do

    toque, vai mostrar a presso suficiente para a palpao efetiva das estruturas. Para

    finalizar a presso deve ser iniciada com manobras suaves e superficiais, passando a

    manobras mais profundas.

  • REGIO CERVICAL

    Reviso anatmica Atlas e axis

    C1 a C4 agrupadas

    Processo Transverso de C1

  • C2 a T1

    Localizao de C6 / C7 / T1.

    Procedimento: Localizar a vrtebra mais saliente, com a cervical do paciente em

    flexo. Aps solicitar a extenso da cervical, verificar a mobilidade da vrtebra. Caso

    no ocorra movimento, o avaliador estar palpando T1. Se houver pequena

    movimentao, a vrtebra palpada ser C7. Quando o avaliador estiver palpando C6,

    haver grande mobilidade.

    Posicionamento terapeuta/ paciente para procedimentos de palpao da cervical.

  • Procedimento: Paciente em decbito dorsal, com a cervical em flexo apoiada no

    abdome do terapeuta. O terapeuta pode posicionar-se em finta dupla ou anterior.

    Palpao dos processos espinhosos das vrtebras cervicais

    Procedimento: Terapeuta aprecia os processos espinhosos das vrtebras com o dedo

    indicador ou mdio.

    Palpao das facetas articulares

  • Procedimento: Localizar o processo espinhoso e posicionar o indicador um dedo ao

    lado do mesmo. Observar a mobilidade das facetas, com movimentos no sentido

    nteroposterior.

    Palpao dos processos transversos de C2 a C7

    Procedimento: O terapeuta posiciona os indicadores mais lateralmente em relao s

    facetas articulares.

    Palpao do processo transverso de C1

  • Procedimento: Localizar o processo mastide e o ngulo da mandbula. O processo

    transverso de C1 estar localizado entre estas duas estruturas.

    Palpao anterior dos processos transversos das vrtebras de C2 a C7

    Procedimento: O terapeuta afasta o msculo esternocleidomastideo, e realiza uma

    presso no sentido posterior at sentir a barreira ssea. Deve-se atentar a no

    pressionar a traquia ou outras estruturas sensveis desta regio.

    Palpao posterior dos processos espinhosos e transversos das vrtebras de C2

    a C7 Procedimento: Paciente em decbito ventral, a fronte apoiada no dorso das mos, o

    mento ligeiramente voltado para dentro e o pescoo reto, inicie a palpao localizando

    com a mo espalmada o bloqueio sseo do occipital, em direo inferior, a primeira

    Processo mastide

    ngulo da mandbula

  • proeminncia ssea trata-se do processo espinhoso de C2. O processo espinhoso

    fcil de encontrar e pode ser usado para identificao das demais vrtebras cervicais.

    Ainda que difceis de identificar isoladamente, os processos espinhosos de C3, 4, 5 e 6

    parecem largos devido sua natureza bfida.

    Msculo esternocleidomastideo

    Msculos Escalenos

    Procedimento de Palpao: Localiza o msculo trapzio superior e o

    esternocleidomastideo. O msculo escaleno est localizado entre estes dois msculos.

    Msculo Trapzio Superior

    ECM

  • Msculo Levantador da Escpula

    Procedimento de Palpao: Localiza o ngulo superior da escpula. O msculo a ser

    palpado se localiza logo acima desta estrutura.

    REGIO TORCICA

    Os processos espinhosos da regio torcica formam uma linha de tubrculos que desce

    pela linha mediana do trax. Os que esto na parte superior do trax tm as pontas

    niveladas com a face superior do corpo vertebral inferior, ao passo que as da metade

    inferior tem processos espinhosos mais longos, que atingem a margem inferior da vertebra

    de baixo.

    Reviso Anatmica

    T1 a T4 Torcica Alta

    T5 a T9 Torcica Mdia T10 a T12 Torcica Baixa

    ngulo Superior da Escpula

    Levantador da Escpula

  • Localizao dos processos espinhosos das vrtebras torcicas

    Procedimento de Palpao: Com o paciente em decbito ventral, o terapeuta aprecia os

    processos espinhosos das vrtebras torcicas.

    Palpao dos processos transversos de T1 a T4

    Procedimento de Palpao: Primeiramente o terapeuta localiza o processo espinhoso,

    em seguida posiciona um dedo ao lado e um dedo acima deste processo. Por fim,

    pressione no sentido anterior sentindo a movimentao articular.

    Palpao dos processos transversos de T5 a T9

  • Procedimento de Palpao: Localize o processo espinho da torcica mdia, em seguida

    posicione um dedo ao lado e dois dedos acima deste processo e por fim, movimente no

    sentido anterior.

    Relao entre estruturas escapulares e vrtebras torcicas

    O ngulo superior da escpula est na linha horizontal dos processos espinhosos

    das vrtebras de T2 a T4.

    O ngulo inferior da escpula est na linha horizontal dos processos espinhosos das

    vrtebras de T7 a T9. Incisura supra-esternal

  • Esterno / Manbrio / Processo xifide

    Clavcula

    Procedimento de Palpao: dedos em pina para palpar toda a extenso da clavcula.

    Testar mobilidade.

    Articulao esternoclavicular

  • Procedimento de Palpao: lateralmente a incisura supra-esternal, palpa-se a clavcula e o primeiro abaulamento encontrado a articulao esternoclavicular. Articulao acrmio-clavicular

    Procedimento de Palpao: Abaulamento sseo encontrado entre o acrmio da escpula

    e a clavcula.

    Primeira costela

    Procedimento de Palpao: Primeira estrutura ssea imediatamente abaixo da clavcula.

    Testar mobilidade.

  • Costelas

    Procedimento de Palpao: palpar uma a uma em direo descendente e lateral. Fibras inferiores do trapzio

    Procedimento de Palpao: Palpar no sentido das fibras. Grande dorsal

  • Procedimento de Palpao: Logo abaixo do ngulo inferior da escpula. Rombides

    Procedimento de Palpao: No so palpados diretamente, portanto uma suave

    movimentao deve ser realizada com a mo espalmada para que as tenses deste

    msculo sejam sentidas indiretamente, por um deslizamento quase imperceptvel. Abdominais

  • Reto abdominal

    Procedimento de Palpao: Sentir o tnus muscular, para uma localizao mais precisa

    do msculo pede-se ao paciente uma leve contrao muscular. Oblquo interno

    Oblquo externo

  • Transverso abdominal

    Procedimento de Palpao: No h possibilidade de palpao direta para este msculo,

    portanto, seu tnus pode ser sentido indiretamente com o paciente realizando uma flexo

    lateral do tronco.

  • REGIO LOMBOSSACRA Regio Lombar

    Localizao do processo espinhoso de L5

    Procedimento: terapeuta localiza o sacro com o paciente em decbito dorsal. Aps a base

    do sacro, a primeira espcula ssea representa o processo espinhoso de L5.

    Localizao dos processos transversos das vrtebras lombares

  • Procedimento: terapeuta em finta dupla, olhando para a cabea do paciente. Localizar o

    processo espinhoso da vrtebra que se deseja palpar. Dois dedos laterais e um dedo

    acima estar o processo transverso. Apreciar mobilidade no sentido pstero-anterior,

    observando se h alguma restrio de movimento.

    MEMBROS INFERIORES

    COXA (msculos) Regio medial

    Palpao: o paciente deve estar em decbito lateral com a perna de cima flexionada. Apreciar o tnus muscular dos adutores a partir do tero mdio da coxa em direo ascendente. Ateno para no palpar transversalmente o msculo sartrio. Regio lateral

  • Palpao: paciente em decbito dorsal com o joelho extendido e quadril flexionado. A palpao ocorre na regio lateral da coxa, e a sensao ser de maior rigidez devido presena da fscia deste grupamento muscular. Regio posterior

    Palpao: paciente em decbito ventral com o joelho flexionado e com os msculos em posio de contrao concntrica sem contrao muscular. Apreciar o tnus muscular destes msculos, se atentando para ultrapassar a massa adiposa presente nesta regio.

    Palpao: os tendes destes msculos (bceps femoral e semitendinoso) so facilmente palpveis sendo o do m. bceps o tendo mais lateral e espesso e do m. semitendinoso

  • mais delgado e medial. Quando no, uma contrao muscular resistida pode ser realizada para melhor evidenci-los. Regio popltea Palpao: o tnus muscular deste msculo pode ser apreciado de duas maneiras:

    1- Diretamente sobre o ventre muscular de maneria suave, pois esta regio pode apresentar-se dolorida devido algum possvel estresse na regio do joelho.

    2- Apreciar o tnus muscular ao realizar, com o polegar, movimento oblquo a partir da regio medial em direo a lateral.

  • PERNA (ossos e msculos) Tbia e Fbula

    Palpao: Com os dedos em formato de pina palpar a cabea da fbula e testar sua mobilidade na direo antro-posterior.

    Palpao: tambm com os dedos em formato de pina, apreciar toda a extenso desta estrutura ssea (tbia). Gastrocnmio

  • Palpao: apreciar o tnus muscular de ambos os gmeos e analisar se h diferena entre eles. Tibial posterior

    Palpao: com a polpa dos dedos apoiados na borda medial da tibia, sentir o tnus muscular por toda extenso desta estrutura com uma presso suficiente para atingir este msculo.

    JOELHO

    Tendo patelar e tuberosidade da tbia

  • Palpao: o tendo patelar pode ser palpado de duas formas: em forma de pina ou perpendicularmente (presso). Imediatamente abaixo da poro inferior do tendo patelar encontra-se a tuberosidade da tibia, palpada com o polegar. Meniscos

  • Palpao: os polegares repousam sobre os plats tibiais, a sensao ser de uma estrutura mais macia que o osso, j que uma estrutura gelatinosa. Ligamentos colaterais

    Palpao: so mais facilmente localizados com o joelho fletido e rodado. Seguindo a interlinha articular, localizar estas estruturas que parecem com um fino cabo de ao. Nesta posio o ligamento colateral lateral mais evidenciado.

    TORNOZELO E P

    Malolo lateral e medial

    Palpao: a palpao

    deve ocorrer com

  • os dedos em formato de pina. Tlus

    Palpao: com a polpa dos dedos aplicar uma presso perpendicular articulao tibio-trsica. Tubrculo do navicular

    Palpao: espcula ssea facilmente palpada ao deslizar o dedo a partir do malolo medial em direo oblqua a regio plantar.

  • Cubide

    Palpao: estrutura ssea palpada na regio lateral do p, entre o quinto metatarso e o calcneo. Ligamento talofibular anterior e posterior

    Palpao: assim como os outros ligamentos a sensao destas estruturas ser de um fino cabo de ao. Estes sero palpados anterior e posteriormente ao malolo lateral. Ligamento calcneo fibular Palpao: assim como os outros ligamentos a sensao destas estruturas ser de um fino cabo de ao. Ele ser

    TF Anterior

    TF Posterior

  • palpado logo abaixo do malolo lateral, entre os ligamentos talofibulares anterior e posterior. Mobilizao antro-posterior de tibia

    Posteriorizao da tibia: uma mo se apoia na tbia realizando a posteriorizao da mesma, enquanto a outra mo apoiada no calcneo, realiza o movimento contrrio. Anteriorizao da tibia: uma mo se apoia na tibia realizando a anteriorizao da mesma, enquanto a outra mo apoiada no dorso do p, realiza o movimento contrrio.

    MEMBROS SUPERIORES

    CINTURA ESCAPULAR

    Clavcula Escpula mero (proximal)

  • Na cintura escapular os estabilizadores dinmicos, que so os msculos, atuam sobre trs ossos para gerar a maior parte dos movimentos proximais dos membros superiores: clavcula, escpula e mero. CLAVCULA

    A palpao do corpo e das extremidades da clavcula no apresenta grandes dificuldades, pois uma estrutura ssea saliente e no recoberta superficialmente por msculos e pode trazer ao terapeuta informaes importantes. A clavcula possui duas curvaturas: os dois teros mediais so convexos e seu tero lateral cncavo. Extremidade Esternal da Clavcula

    Escpula

    Grande parte da escpula pode ser palpada. Algumas estruturas no oferecem grande dificuldade as suas palpaes, quando muito, apenas necessitam da adoo de algumas posies que objetivam deix-las mais salientes. Outras so mais difceis de serem palpadas, devido volumosa massa muscular situada superficialmente. Espinha da escpula

  • Palpao: Deslizar as polpas dos dedos a partir das fibras superiores do trazpio em direo caudal at perceber uma crista ssea que ser a espinha da escpula. Se esta estrutura for evidente a palpao pode ser feita em forma de pina. Acrmio

    Palpao: Palpar inicialmente a espinha da escpula e deslizar os dedos lateralmente sem perder o contato com o osso, at perceber uma mudana brusca de direo, esta estrutura ser o acrmio.

  • Borda medial da escpula

    Palpao: Posicionar o membro superior do paciente ao longo do corpo e com uma leve extenso de ombro, para que a escpula se aproxime da coluna vertebral e facilite a palpao. Com a mo espalmada sobre a coluna do paciente, deslizar lateralmente indo de encontro com a borda medial da escpula. Ao perceber uma resistncia ssea ter encontrado a borda que bastante longa e convexa. Borda lateral da escpula

  • Palpao: Posicionar as polpas dos dedos na regio lateral da escpula e deslizar em direo medial at encontrar uma barreira ssea. Aprofundar a palpao para no incorrer no erro de palpar os rotadores do ombro acreditando ser a borda lateral da escpula. Borda superior da escpula

    Borda superior da escpula

  • Palpao: Primeiramente localizar a espinha da escpula. Recuar os dedos e posicion-los aproximadamente 2 a 3 dedos transversos superiormente. Nesta regio, aprofundar a palpao at sentir a borda superior da escpula. ngulo inferior da escpula

    Palpao: Posicionar o paciente sentado com o antebrao apoiado no dorso, para tornar o ngulo inferior mais proeminente. Palpar em forma de pina o ngulo inferior da escpula.

  • Processo Coracide

    Palpao: Posicionar as polpas dos dedos sobre o tero lateral da clavcula e deslizar em sentido caudal at encontrar uma superfcie ssea que o processo coracide. Ateno: referncia para a palpao dos tendes dos msculos peitoral menor, poro curta do bceps braquial e coracobraquial. mero Proximal Tubrculo maior

  • Palpao: Paciente sentado com membro superior em posio anatmica. Posicionar as polpas dos dedos no acrmio e deslocar aproximadamente de um a dois dedos transversos em direo caudal. Aprofundar a palpao nessa regio at encontrar sobre as fibras do msculo deltide, uma estrutura rgida, grande e arredondada, que ser o tubrculo maior do mero. Tubrculo menor do mero

    Palpao: Posicionar a polpa do dedo no processo coracide e deslocar lateralmente cerca de um dedo transverso para encontrar o tubrculo menor.

  • Sulco Bicipital

    Palpao: Paciente sentado com membro

    superior em posio anatmica. Posicionar a polpa dos dedos entre as cristas do tubrculo maior e menor do mero, no sentido longitudinal do osso. Perceber um cordo espesso,

  • que o tendo da poro longa do bceps braquial, saber que na profundidade est o sulco bicipital. Msculos Peitoral Maior

    Palpao: A palpao deve ser feita em sentido oblquo ascendente. Para apreciar a contrao do msculo posicione o paciente sentado e o terapeuta resiste a uma aduo combinada com rotao interna do ombro para que o msculo fique mais pronunciado. Deltide (poro anterior, mdia e posterior)

  • Palpao: Apreciar as fibras do msculo deltide em sentido longitudinal. Para evidenciar a contrao muscular: a) Deltide Anterior com uma mo resistir flexo anterior do ombro do paciente e com a outra mo delimitar as bordas do deltide anterior; b) Deltide Mdio resistir abduo do ombro; c) Deltide Posterior resistir extenso horizontal do ombro em 90. Manguito Rotador

    Funo: Estabilizar a articulao gleno-umeral, ou seja, a cabea do mero na cavidade glenide da escpula.

    A palpao dos msculos do manguito rotador indireta, pois so msculos profundos e recobertos superficialmente pelas demais massas musculares. Portanto pode

    Deltide

    Supraespinhoso

    Redondo Menor Subescapular

    Infraespinhoso

  • ser observada a contrao dos msculos do manguito fazendo a prova de funo muscular isolada. Subescapular

    Palpao: Paciente sentado com o ombro em abduo acima de 90. Entrar com a polpa dos dedos na regio axilar do paciente, dorsalmente ao peitoral maior e ventralmente ao grande dorsal. A partir deste posicionamento, aprofundar a palpao indo em direo da face anterior da escpula. Solicitar uma rotao medial do ombro, e sob a polpa dos dedos perceber na profundidade o subescapular se contraindo. Supraespinhoso

  • Palpao: Posicionar os dedos superiormente a espinha da escpula na fossa supraespinhal. Com a mo homolateral a palpao posicionada no membro superior do paciente resistir abduo do ombro. Sob os dedos da mo contralateral perceber na profundidade a contrao do supraespinhoso. Infraespinhoso

    Palpao: Posicionar o paciente em decbito lateral com cotovelo flexionado a 90. O terapeuta ir repousar os dedos abaixo da espinha da escpula seguindo a orientao das fibras do infraespinhoso: de trajeto ascendente no sentido medial para lateral. Com a outra mo posicionada no antebrao do paciente, resistir rotao externa do brao para perceber a sua contrao. Redondo Menor

  • Palpao: Com o paciente em decbito lateral com cotovelo flexionado a 90. Traar uma linha imaginria entre o ngulo inferior da escpula e o ombro do paciente e posicionar a polpa dos dedos sobre esta linha. Para perceber a contrao muscular solicitar uma rotao externa resistida.

    Redondo Maior

  • Palpao: Com o paciente em decbito lateral, posicionar a polpa dos dedos lateral e superiormente ao ngulo inferior da escpula, situando-se abaixo do redondo menor. Resistir com a outra mo posicionada no antebrao uma aduo combinada com rotao interna do ombro. COTOVELO

    As estruturas sseas que compe a articulao do cotovelo so fceis de serem palpadas devido a sua proeminncia. composta pela parte distal do mero se articulando com a parte proximal do rdio e da ulna. O cotovelo estabilizado, principalmente, pelos estabilizadores passivos, que so os ligamentos. Epicndilo Medial

  • Palpao: Paciente sentado com o cotovelo flexionado. Iniciar a palpao pela borda medial do brao com as polpas dos dedos e deslizar em sentido distal, at encontrar uma eminncia ssea, proeminente e convexa que ser o epicndilo medial. Epicndilo Lateral

    Epicndilo Medial

    Epicndilo Lateral

  • Palpao: Paciente sentado com o cotovelo flexionado. Iniciar palpando a borda lateral do brao e deslocar os dedos em sentido distal at encontrar uma eminncia ssea que ser o epicndilo lateral. Ele no to bem delimitado quanto do epicndilo medial. Em caso de dvida, solicitar prono-supinao do antebrao: o epicndilo lateral no se movimenta. Cabea do Rdio

    Palpao: Paciente sentado com o antebrao pronado e apoiado na maca. Palpar em forma de pina com a polpa do polegar e do indicador, a cabea do rdio, aproximadamente a um dedo transverso distalmente ao epicndilo lateral. Para testar se realmente sua mo est repousando sobre a cabea do rdio pede-se ao paciente que realize uma prono-supinao. Interlinha Articular do Cotovelo

    Cabea do Rdio

    Interlinha Articular

  • Palpao: Paciente sentado com o cotovelo flexionado. Posicionar a polpa dos dedos na dobra do cotovelo e aprofundar a palpao at perceber um leve abaulamento que ser a interlinha articular. Olcrano

    Palpao: Paciente sentado com o ombro e o cotovelo flexionados. O olecrano uma estrutura fcil de ser palpada devido ao seu tamanho e a sua salincia. Fossa Olecraniana

    Olcrano

  • Palpao: Paciente sentado com poucos graus de flexo de cotovelo. Iniciar a palpao pelo olecrano e deslizar a polpa dos dedos aproximadamente um dedo superiormente a ele. Ir encontrar um abaulamento que ser a fossa olecraniana. Para certificar que est palpando a estrutura correta, pedir ao paciente que faa uma extenso de cotovelo; neste movimento o seu dedo ser projetado para fora, pois quem ir preencher a fossa olecraniana ser o olecrano. Borda Dorsal da Ulna

    Fossa Olecraniana

    Borda Dorsal da Ulna

  • Palpao: Paciente sentado com o cotovelo flexionado. Visualizar o sulco existente entre o rdio e a ulna na regio posterior do antebrao do paciente. Colocar as polpas de seus dedos no lado medial desse sulco para palpar a borda dorsal da ulna. Ligamento Colateral Ulnar (Medial)

    Palpao: A palpao do LCM indireta, ou seja, no ser percebido na polpa dos dedos, apenas ser palpado o seu trajeto a procura de algum sintoma que o paciente poder vir a relatar. O LCM se origina do epicndilo medial e se insere na parte proximal da ulna (face medial do processo coronide), portanto a palpao deve seguir este sentido. Ligamento Colateral Radial (Lateral)

    Palpao: Igualmente ao LCM, o LCL no ser sentido apenas ser palpado o seu trajeto. Ele se origina do epicndilo lateral e se insere no ligamento anular, que envolve a cabea do rdio. A palpao dever seguir este trajeto.

    Ligamento Colateral Medial

    Ligamento Colateral Lateral

  • PUNHO Processo Estilide do Rdio

    Palpao: Paciente sentado com o antebrao em posio neutra. Iniciar a palpao pelo 1 metacarpo e deslocar em direo ao rdio (sentido cranial) at encontrar um processo pontiagudo. Processo Estilide da Ulna

    Processo Estilide do Rdio

  • Palpao: Paciente sentado com o antebrao supinado. Iniciar pela borda ulnar da mo, deslocar em direo distal at encontrar um processo pontiagudo. Cabea da Ulna

    Palpao: Paciente sentado com o antebrao pronado. Palpar em forma de pina uma estrutura de formato arredondado situada prxima a borda ulnar da extremidade distal do antebrao. OSSOS DO CARPO

    Processo Estilide da Ulna

    Cabea da Ulna

  • A palpao dos ossos do carpo mais complexa devido ao pequeno tamanho

    destas estruturas. Pisiforme

    Palpao: Paciente sentado com antebrao supinado. Pode-se palpar em forma de pina o pequeno osso que se localiza sobre o piramidal do lado medial. Escafide

  • Palpao: Paciente sentado com o antebrao supinado. Palpar o ponto de interseo entre a prega de flexo distal do punho com o alinhamento do 1 metacarpo. Hamato

    Palpao: Paciente sentado com o antebrao supinado. Posicionar a polpa dos seus dedos no alinhamento do 4 espao intermetacrpico, ligeiramente afastados. A polpa do seu dedo mais prximo da articulao do punho encontrar uma superfcie pontiaguda ao aprofundar a palpao. MSCULOS Bceps Braquial

  • Palpao: Com o paciente sentado apreciar o tnus muscular da cabea curta e da cabea longa do bceps cujas fibras musculares esto em sentido longitudinal. Palpar no sentido da origem do msculo: (a) Cabea curta processo coracide da escpula; (b) cabea longa sulco bicipital. Tendo Distal do Bceps Braquial

    Palpao: Palpar com as polpas dos polegares o tendo distal do bceps na prega do cotovelo mais localizado no lado medial. Outra forma de palp-lo em forma de pina e resistir a uma flexo do cotovelo, onde ele ficar mais pronunciado. Trceps Braquial

    Tendo Distal do Bceps Braquial

  • Palpao: Apreciar o tnus do trceps braquial em sentido longitudinal as fibras musculares. Coracobraquial

    Palpao: Paciente em decbito dorsal com o brao em abduo. Posicionar as polpas dos dedos logo abaixo da poro curta do bceps braquial que se situa sob o peitoral maior. Com a outra mo resistir a flexo de cotovelo e a aduo horizontal do brao. Ir sentir sob as polpas dos dedos a contrao do coracobraquial. Flexores do punho

    Palpao: Devido a grande quantidade de msculos no antebrao e a sua localizao ser prxima um do outro, a palpao dos msculos no ser feita separadamente e sim

  • globalmente. Os msculos flexores do antebrao situados superficialmente esto em sentido longitudinal, portanto a sua palpao deve respeitar este sentido. Pronador Redondo e Pronador Quadrado

    Excees: Os msculos pronadores so os nicos msculos da regio anterior do antebrao que no esto em sentido longitudinal. Vale ressaltar que eles so msculos profundos.

    (a) Pronador Redondo: Sentido oblquo do epicndilo medial a borda lateral do rdio. (b) Pronador Quadrado: Sentido Transversal da borda lateral da ulna a borda lateral do

    rdio. Extensores do Punho

    Palpao: Devido grande quantidade de msculos no antebrao e por sua localizao ser prxima uns dos outros, a palpao dos msculos no ser feita separadamente e sim globalmente. Os msculos extensores do antebrao esto em sentido longitudinal, portanto a sua palpao deve respeitar este sentido.

    Pronador Redondo

    Pronador Quadrado

  • Tendes Distais do Punho

    Flexor Radial do Carpo

    Flexor Radial do Carpo

  • Palpao: Paciente sentado com o antebrao em posio neutra. Solicitar ao paciente uma flexo com desvio radial do punho. As polpas dos dedos podero palpar o tendo do flexor radial do carpo que bastante grosso. Flexor Ulnar do Carpo

    Palpao: Paciente sentado com o antebrao supinado. Fazer o movimento simultneo de flexo do punho com desvio ulnar. Palpar o tendo do flexor do punho que ficar mais evidenciado. Palmar Longo

    Flexor Ulnar do Carpo

  • Palpao: Paciente sentado com o antebrao supinado. Fazer o movimento simultneo de flexo do punho e oposio de polegar para o 5 dedo. Com a polpa do indicador palpar o tendo palmar no tero distal do antebrao.

    Palmar Longo