apostila 1 profetas menores

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Seminrio Teolgico Reformado do AmazonasMatria: PROFETAS MENORES (2 Crditos). Professor: Pr Seung Yeol An Segundo Semestre de 2011

ProfticosTtulos dos profetas 1. Homem de Deus (I Sm2:27; I Rs 13:1; 17:18, 24; 20:28; II Rs 4:9, 16; 5:20; 6:9, 10; 7:17 19) II Pe 2:21; Dt 33.1 2. Servo de YHWH (Ex 14:31; Nm 12:7; Dt 34:5; Js 1:2; 24:29; I Rs 14:18; II Rs 9:7; 14:25; Is 20:3; Dn 9:10; Am 3:7; Zc 1:6; 3:8 etc..) 3. Mensageiro de YHWH (II Cr 36:15; Is 42:19; 44:26; Ag 1:13; Ml 3:1) 4. Intrprete (Is 43:27) 5. Sentinela tsaphah (Is 21:6,8; 52:10; Jr 6:17; Ez 3:17; 33:7) - Shamar (Is 21:11, 12; 62:6) 6. Profeta (nabhi). Essa palavra significa um porta-voz, aquele que fala a mensagem, a qual Deus havia revelado a ele. (Jr 1.4-10). 7. Vidente (Ro-Eh) (I Sm 9:6, 9; Is 30:9,10) Introduo Geral 1) A profecia no se limita apenas predio. Os profetas eram pregadores morais e ticos de uma religio espiritual. Eles repreendiam todas as formas de pecado. 2) Os profetas eram manifestados durante os tempos de crises espirituais para chamar Israel de volta a uma adorao e uma obedincia para com a Lei de Moiss. 3) Profecia inclui predies de eventos futuros. A Funo do Profeta 1. O profeta era indicado por Deus (Am 7.14-15; Jr 1.4-10) como pregador moral e tico de uma religio verdadeira. 2. Eles faziam predies de eventos futuros concernentes a Israel, gentios, o Reino Messinico. 3. Eles eram vigias para clamar as advertncias de Deus contra pecado e do desvio do Deus verdadeiro (Ez 3.17, 33.7). 4. Os profetas reivindicavam dar revelao divina (Jr 1.19; Am 3.7-8; Ez 2.3-10). Caractersticas gerais da Profecia 1. O Elemento de Tempo na profecia. - Normalmente consideravam eventos futuros como presente. - Talvez falassem do futuro como do passado (Is 53.5). - Grupo de eventos profetizados, os quais cumpriram em tempos diferentes. Por exemplo: Joel 2.28-31 foi cumprido no dia de Pentecoste, entretanto vai ser cumprido plenamente no dia final. 2. O princpio de Referncia Dupla (dupla perspectiva). As vises prximas e distantes podem estar misturadas em uma profecia. O cumprimento do prximo d segurana para o distante. (exemplo: profecia de Joel). 3. Algumas profecias so condicionais. Profecias de bnos e julgamentos so normalmente condicionados na resposta das pessoas para as quais elas foram dadas. (Exemplo: Jonas, 2 Cr 7.14). CRONOLOGIA DAS PRINCIPAIS DEPORTAES BABILNICAS 1. PRIMEIRA DEPORTAO (outono de 605 a.C.) Joaquim (4 ano) e Nabucodonosor (1 ano). Daniel e outros prncipes so levados cativos para a Babilonia. Jeoaquim foi amarrado com algemas (duas cadeias de bronze) para ser levado para a Babilnia (2 Cr 36.6), mas ele foi solto quando concordou em ser vassalo de Nabucodonosor. O rei Jeoaquim serviu 3 anos a Babilnia, mas depois se rebelou (2 Rs 25.1). 2. SEGUNDA DEPORTAO (16 de Maro de 597 a.C.) Joaquim (1 ano) e Nabucodonosor (8 ano). Joaquim levado cativo, e enviado para a Babilonia juntamente com os outros 10.000 cativos (2 Rs 24.11-16). Ezequiel foi levado nessa deportao. Zedequias (11 ano) e Nabucodonosor (19 ano) 18 de Julho de 586 a.C. Zedequias escapa e capturado posteriormente e levado para a Babilnia. 3. TERCEIRA DEPORTAO (15 18 de Agosto de 586 a.C.) 1

Jerusalm e o templo de Jerusalm so queimados e destrudos. Grande nmero de cativos so levados para a Babilnia (2 Rs 25.11; 2 Cr 36.20; Jr 39.9; 40.1; 52.15). - Jeremias parece ser levado para Egito. Depois no h mais registro sobre ele. - 70 anos profetizados de exlio babilnico: 605 a.C (1 deportao) a 536 a.C. (1 retorno). - Ismael assassina Zedequias.

PROFETAS MENORES1. OSIAS1.1. DATA: 760 725 a.C. O ministrio de Osias encerrou-se antes de 722 a.C. porque no h nenhuma referncia quanto a queda de Samaria no seu livro. 1.2. AUTOR: O homem Osias Osias no hebraico significa salvao. o mesmo que Josu no hebraico. A forma grega do nome seria Jesus. Sendo o primeiro profeta da graa, tambm o primeiro evangelista de Israel. Osias era um dos poucos profetas que originou do Norte. Provavelmente morava perto de Betel ou Samaria. E ministrou no Norte. Ele era contemporneo com Isaas e Miquias onde ambos estavam ministrando no Sul. Seu ministrio proftico se estenderia de 750 735 a.C., um pouco deps de Ams, pois certas condies descritas no livro, revelam a situao dos ltimos dias de Jeroboo II. De qualquer modo, no pode ser posterior a 735, porque Gileade pertencia ainda ao territrio israelita e a Assria era sua aliada. Em 732, a Assria tomou Gileade e levou cativos os seus habitantes. * Comparao entre Ams e Osias (os dois profetizavam para o Norte). Ams e Osias foram muito diferentes em sua maneira de pregar e em suas caractersticas pessoais. Ams veio de Jud para pregar em Israel, sendo, portanto, menos pessoal em sua pregao, ao passo que Osias pregou ao seu prprio povo. Ams falou da justia, conscincia; Osias pregou do amor, ao corao. O profeta Osias era um poeta de primeira classe, e podia ver as coisas vividamente, e pr os seus conceitos em termos de preciso e poder. Tinha uma natureza apaixonada, um amor inquebrantvel e uma sensibilidade intesa. Era uma personalidade de contrastes. Quando pensava em Deus, era o homem mais feliz da terra; quando pensava nos pecadores, era o mais triste de todos. Pensando em Yahweh, seu esprito era gentil e manso como o de uma pomba, mas quando se voltava para as ingratides dos homens, tornava-se temvel como leo. Se examinava o pecado, era pessimista; se pensava em Deus, era homem de f. Osias tem sido chamado, por alguns, o Jeremias de Israel e o apstolo Joo do AT. A chave-mestra de sua mensagem era: o pecado no apenas contra um ato praticado contra a lei de Deus, mas especialmente contra o seu amor. Tanto quanto podemos saber, Osias jamais conseguiu um convertido sua doutrina. A tradio conta-nos que ele morreu do corao ou martirizado, do lado oriental do Jordo, no Monte Osias, onde os judeus dizem estar o seu tmulo. 1.3. TEMA: O perseverante amor de Deus para com uma nao adltera. 1.4. FUNDO HISTRICO: O ministrio de Osias comeou durante o reinado de Jeroboo II. Naquela poca, no aparentava nenhum ataque inimigo que pudesse ameaar Israel. Jeroboo havia restaurado as fronteiras de Israel ate onde Davi e Salomo haviam estabelecidas anteriormente. Israel prosperava, mas era corrupta. Deus no podia deixar o pecado transpassar sem ser punido. Osias apenas mencionou Jeroboo II apesar de ter havido outros reis de Israel durante seu longo ministrio. A era em que o profeta viveu foi catica e inquieta (2 Rs 14.3-17.6). Os pecados que Ams descreveu e condenou iam-se tornando cada dia mais graves e temveis. A presso vinda da Assria tornava-se cada dia mais intensa e temvel. Internamente, a nao vivia dias de anarquia, no meio de uma diplomacia de mentira e traies. Foi, entretanto, esta tragdia domstica que deu a Osias o seu grande mpeto de pregador. Qual era, entretanto, a tragdia domstica? H diversas interpretaes, todas baseadas na do primeiro captulo, em funo do significado da mulher de prostituies, no versculo 2. 1) Deus ordenou que o profeta se casasse com uma prostituta. Os que se opem a este ponto de vista acham difcil que Deus mandasse fazer tal coisa, acrescentando que a palavra hebraica que descreve esta mulher se encontra no singular e, portanto, no concorda com prostituies, do versculo 2 do primeiro captulo. 2) Tal casamento no se realizou, mas com a alegoria de um tal casamento, o profeta pretende ilustrar a natureza das relaes de Israel com Yahweh. Por outro lado, parece impossvel que um homem invente tal histria que comprometeria a sua vida domstica real. Esta teoria tambm implica que Osias teria despertado para o fato de que Deus amor e ento teria escrito a histria para ilustrar o seu pensamento. Mas o versculo 2, corretamente 2

traduzido, diria assim: O princpio daquilo que Yahweh falou a Osias ... Isto leva-nos a ver que o casamento foi a primeira ordem de Yahweh a Osias. Deus lhe teria falado objetivamente sobre um lar despedaado, para que ento o profeta viesse que a situao de Israel em sua relao com Deus era justamente esta. Por outro lado, o estilo da narrativa no alegrico. Nenhum simbolismo se encontra no nome de Gomer, a mulher escolhida (v.3), como seria o caso, se se tratasse de simbolismo. 3) A mulher do captulo 3 no Gomer. Esta permaneceu fiel, mesmo que fosse idlatra. Osias trouxe para casa uma mulher duvidosa, separando-a dos seus amantes, para mostrar como Deus separaria Israel dos seus pecados. A objeo a esta teoria encontra-se em 3.1. Osias recebe ordem para amar uma mulher pecadora, como Yahweh tem amado Israel, ainda que o povo se tenha voltado para outros deuses. O paralelo seria possvel, se Gomer deixasse Osias por outros amantes, o que no o caso. 4) O casamento realmente se efetuou, e Gomer era casta, ao tempo do casamento, pois a palavra prostituies significa que ela era idlatra; tinha deixado a Deus pelos dolos e, portanto, era espiritualmente adltera. Depois do casamento, o seu adultrio espiritual degenerou-se em pecado fsico, abandonando Osias e os filhos. Esta teoria reconhece a histria como uma simples citao de fatos, mas evita as dificuldades morais que envolve. D uma base razovel do amor de Osias por sua esposa e explica melhor a conexo existente entre Osias e Yahweh e sua experincia nas relaes entre Deus e Israel. Tambm mais conforme com os ensinamentos do captulo 3. 1.5. ESBOO - CONTEDO: A. Drama histrico (1-3) - A trgica histria domstica do profeta e a sua moral a. Casamento (simblico) b. Smbolos explicados (relacionamento entre Israel e Deus) c. Reencontro (Osias compra Gmer de volta). B. Profecias (4-14) - Declaraes profticas. Todos os pecados do povo so expostos inexoravelmente; exorta, usando todos os meios persuasivos para faz-lo voltar a Deus. a. Pecado e culpa proeminentes (4-8) Transgresso Deus santo b. Julgamentos proeminentes (9-10) Visitao Deus justo c. Esperana proeminente (11-14) Restaurao, seguida de verdadeiro arrependimento Deus amor 1.6. PECULIARIDADE: 1. Os filhos de Osias - Sinais para o povo de Israel a. Jezreel Deus julgar a casa de Ze e Israel. Ze matou Jeroboo e ele no seguiu os mandamentos de Deus. b. Locuhamaha Desfavorecida. No haver misericrdia para a casa de Israel. c. Loami No meu povo. Israel no ser mais o povo de Deus contemporaneamente. 2. Nuvem da manh (Osias 6:4). algo passageira. Tcheshed amor, misericrdia, bondade. Esse amor implica a lealdade no pacto com Deus e Israel. 3. Po no virado: Israel bonito por fora, mas por dentro indiferente para Deus. 4. Pomba enganada: Procura ajuda do Egito, Sria em vez de Deus. 5. Trs interpretaes a. Alegrica. b. Osias realmente casou com uma mulher adltera (literalmente e historicamente). c. Osias casou com uma mulher virgem, mas depois ela se adulterou.

2. JOEL2.1. DATA: 835 a.C. 2.2. AUTOR: O homem Joel Nenhuma informao referente ao profeta, exceto a que temos neste livro, se encontra algures. O nome Joel no hebraico significa Deus Jeov. Pouco se sabe da pessoa dele exceto de que ele procedeu do reino do sul. Ele parece ser de Jerusalm, e mesmo que mostre grande familiaridade com os servios do templo, parece que no era sacerdote. A sua familiaridade com assuntos de agricultura e o contato ntimo com o povo no parecem fornecer elementos para lhe atribuirmos a vida reclusa de sacerdote. O seu discernimento espiritual era notvel, pois estava sempre vendo os reflexos das coisas eternas atravs das temporais. Na vinda da praga dos gafanhotos, podia ver o sinal da invaso do Dia do Yahweh; a vinda da chuva sobre um solo esturricado sugere o derramamento do Esprito de Deus sobre a alma sedenta do homem. A salvao iminente da praga dos gafanhotos 3

levou-o a ver que o dia de Yahweh livraria o seu povo dos seus inimigos. Tal habilidade sempre a melhor marca do verdadeiro profeta de Deus. Encontrar evidncias da presena de Deus nas ocorrncias da vida diria um dom raro daquele cujos olhos foram abertos ao mundo espiritual. (cf. Janelas da alma de Ken Gire) (Cf. Logos na natureza, na histria humana e na psicologia humana). um dos profetas mais antigos 2.3. TEMA: Se arrepender antes do Dia do Senhor. a profecia da dupla referncia. 2.4. FUNDO HISTRICO: O livro talvez foi escrito durante o princpio do reinado de Jos (835-796 a.C.). Isso explica porque nenhum rei mencionado em Joel, porque Jos era apenas uma criana e o pas estava sendo governado pelo seu conselheiro, Joiada, o sumo sacerdote. tambm possvel de que o livro foi escrito durante o reinado da rainha Atalaia (841-835 a.C.). Essa rainha no era da linhagem davdica. Ela era, de fato, a filha de Acabe e Jezabel. Ela obteve o trono assassinando o seu neto. Jos foi escondido pela sai tia para preservar a linhagem. 2.5. ESBOO - CONTEDO: O estilo de Joel clssico, parecendo-se com o de Ams e Miquias. Ou Joel copiou deliberadamente dos mais antigos profetas ou ento foi dele que os outros se abeberaram, pois a afinidade literria incontestvel. Comparese as seguintes semelhanas: Jl 3.18 Am 9.13; Jl 1.4 Am 4.9; Jl 2.11 Sf 1.14; Jl 2.3 Ez 36.35 e Is 51.3; Jl 2.11 Ml 3.2; Jl 3.10 Is 2.4. O cenrio descrito pelo livro de Joel o de uma praga devastadora de gafanhotos, e uma seca tremenda, descritas no captulo 1. A. Ilustrao do Dia do Senhor (1) Pragas sucessivas de gafanhotos e a seca 1. A devastao incomparvel e sem precedentes. 2. Os efeitos sobre vrias classes so descritos (1.5-12). 3. Todos so convocados assemblia dos penitentes (1.13-14). 4. Tudo isso ominoso do Dia do Senhor. Uma orao por livramento de todas as criaturas (1.15-20). B. Proclamao do Dia do Senhor (2-3) 1. O Dia do Senhor na histria de Israel 2:1-27 - O dia do Senhor iminente. Apressado pela praga de gafanhotos mais terrvel do que a presente. - Chamada ao arrependimento 2. O Dia do Senhor no futuro de Israel 2:28-3:21 bnos materiais e espirituais a. Esprito Santo 2:28-29 b. Segunda vinda 2:30-32 c. Restaurao 3:1-8 d. Julgamento das naes 3:9-16 e. Milnio 3:17-21 2.6. PECULIARIDADE: - Chama a ateno dos velhos (1:2) - Gafanhotos em diferentes formas e em diferentes estgios de desenvolvimento (larva gafanhoto lagarto caterpilar). Nao inimiga que Deus vai usar para julgar. (1:4) - Desolao total de Israel. Como conseqncias: 1) Vai faltar vinho, vai faltar uvas. (1:5) 2) Sacerdotes, ministros, fazendeiros: a sua terra no ter ... (animais, alimentos, comida) - Dia do Senhor representa: 1) A vinda do Senhor 2) A grande tribulao 3) O reinado milenar 2.7. Os Ensinos. Joel deu ao mundo uma lio de inestimvel valor: os desastres fsicos acompanham a desintegrao moral. O modo como um homem vive em relao a seu Deus vitalmente influenciar as suas alegrias ou tristezas terrenas. O verdadeiro arrependimento (rasgue o corao e no o vestido) no somente trar o ajustamento do homem com o meio ambiente. O mesmo Deus que governa as nossas almas governa o mundo em que vivemos. Que conforto admirvel ao pecador contm a promessa: Eu restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto.. (2.25). Para a alma penitente, tal promessa de Deus produz o alvio do corao, na esperana de, em breve, ser redimido na abundncia de seus fatores.

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Foi a Joel que Deus revelou a vinda do Esprito Santo sobre toda a carne (2.28), quando todo o povo de Deus se converteria em profetas e teria os olhos abertos para compreender os poderosos conselhos secretos de Deus. No Pentecostes, Pedro foi inspirado a dizer: Isto o que foi dito pelo profeta Joel (Atos 2.16).

3. AMS3.1. DATA: 760 a.C. A poca em que o livro teria sido escrito a linguagem do livro do mais elevado estilo e a mais pura do AT. Tal linguagem no serve para descrever um profeta campons, como se aprazem em o descrever alguns comentaristas do livro. H dificuldade em colocar o livro na sua data verdadeira. H mesmo quase unanimidade em o colocar no meado do oitavo sculo a.C., apesar de ser difcil dar exatamente o ano em que teria sido escrito e em que o profeta exerceu o seu ministrio. O ttulo do livro declara que o ministrio do profeta comeou nos dias do reino de Uzias em Jud, e Jeroboo em Israel, dois anos antes do terremoto. De Ams 6.14 e 2 Rs 14.25, podemos concluir que o profeta exerceu o seu ministrio justamente depois das vitrias de Jeroboo. Isto satisfez plenamente ao fato de que o reino nadavam em prosperidade e que, conseqentemente, a corrupo dominava tambm. No se sabe exatamente quando se deu o terremoto, mas, inferindo de Zacarias 14.5 e Ams 5.8, 8.9, parece que o terremoto foi acompanhado de um eclipse total do sol. Tal eclipse teve lugar no dia 15 de Junho de 763 a.C. Todos estes fatos concordam com a data do ministrio de Ams, mas ou menos em 760 a.C. Quanto ao tempo abrangido pela histria do livro, ou seja, pela durao das atividades do profeta, podemos concluir que estas atividades no se teriam prolongado alm da morte de Jeroboo II, e que ocorreu em 750, porque o livro ignora inteiramente a anarquia que se seguiu a morte do monarca. 3.2. AUTOR: O homem Ams O seu nome no hebraico significa pesado ou carga ou sustentado. Ele talvez foi mencionado na genealogia de Lucas (Lc 3:25). A. Sua profisso: Ams era um simples pastor, no dono de um rico rebanho (7:14). O trabalho do profeta seria, pois, criar e apascentar os rebanhos, nos desertos de Tecoa, e levar a l aos mercados em Jerusalm e Betel. Por estas mesmas regies, andou mais tarde Joo Batista, at que comeou a sua pregao, onde tivera lugar tambm a tentao de Jesus. Tecoa era um lugar fechado, por todos os lados, por altos montes, exceto pelo leste, onde havia uma descida para o Mar Morto. Diz o texto sagrado que Ams era cultivador de sicmoros (7.14), uma espcie de figueira pequena ou figueira brava, de que se alimentavam os pobres. A expresso cultivador de sicmoros tanto pode significar que se dedicava poda destas rvores, como que cuidava das frutas, para as levar aos mercados. B. Seu chamado: Ams se descreve como pastor de Tecoa em 1:1; uma pequena cidade situada a 19 quilmetros de Jerusalm. Ele foi chamado por Deus e no profetizou voluntariamente (7:14-16a). Por muitas vezes teria Ams visitado Betel, onde iria vender a sua mercadoria. L teria entrado em contato com os grandes pecados de Israel do Norte, especialmente no que se refere ao culto dos bezerros que Jeroboo introduzira neste local. Isto o teria inflamado sobremaneira e teria assim propiciado a sua chamada. No meio do mercado de Betel, alou a sua voz e comeou a sua obra proftica, condenando os pecados de Israel, especialmente dos seus lderes, e predizendo a morte de Jeroboo II. Amazias, o sacerdote de Betel, tentou fazer calar o profeta, mas isso apenas serviu para lhe acender ainda mais a ira, provocando maior condenao. Ams respondeu que no era profeta nem filho de profeta, isto , no era profeta profissional, mas sim um homem trabalhador, a quem Deus chamara para clamar os pecados acastelados em Betel. A destruio era certa e nem mesmo o sacerdote escaparia. Devido sua tentativa de fazer calar o profeta e a palavra de Yawheh, sua famlia seria destruda, e ele, levado cativo. C. Seu ministrio: apesar de ter nascido em Jud, Ams foi mandado por Deus para profetizar para o reinado de Israel em Betel, o centro religioso do Norte. 3.3. TEMA: Esteja preparado para prestar contas com Deus A Mensagem de Ams: Jeroboo II foi o mais bem sucedido de todos os reis do Reino do Norte. A Assria tinha de tal modo enfraquecido a Sria, que Jeroboo pde capturar o territrio que o rei de Damasco tinha antes capturado. Tinham-se seguido na Assria diversos monarcas fracos, de modo que Jeroboo tinha as mos livres para agir a seu modo, e esta atividade militar foi seguida de grande prosperidade. Os ricos ficaram ainda mais ricos, e os pobres, mais pobres. A corte estava corrompida, e os profetas estavam dormindo. A imoralidade dominava nas altas esferas da vida, e Ams, acostumado vida simples e pura dos campos, sentiu-se horrorizado com a espcie de vida que os nobres viviam juntamente com as suas esposas (3.12; 4.1.; 6.4). Segundo o Dr. John R. Sampey, Ams enojava-se cada vez que via um palcio. Exigia justia para o pobre e oprimido, e at o ttulo do livro se conforma com eta 5

demanda: Corra, porm, o juzo como as guas, e a justia como o ribeiro impetuoso (5.24). Enquanto Sio estava calma e descansada, Ams podia ver a tempestade que se aproximava e que destruiria o Reino do Norte. A Assria aproximava-se, e chegou (6.14). 3.4. ESBOO - CONTEDO: A. Propsito e mtodo 1. Propsito para anunciar e explicar o julgamento de Deus sobre Israel. 2. Mtodo mensagens profticas que se repetem vrias vezes para enfatizar o julgamento de Deus. B. Pensamentos chaves 1. A divina eleio de Israel eleio para um propsito A sua falha trouxe julgamento (3:2;4:12). 2. A religio e moralidade so inseparveis (5:21-24). Deus odeia o seu ritualismo aparte da moralidade. 3. Inspirao Divina (3:1;7:8;7:15). 4. Profecia messinica (9:11) prediz a queda e a restaurao da casa de Davi. C. Esboo 1. Extenso do julgamento: uma srie de profecias contra as naes, culminando na sua condenao (1-2) Nem todas as naes sero julgadas pelo mesmo motivo. 2. Razes do julgamento: Trs discursos sobre Israel e sua iniqidade, cada um introduzido por Ouvi esta palavra (3-6) 3. Cinco Vises dos julgamentos (concernentes a Israel) (7-9) a. Praga dos gafanhotos (7.1-3) b. Fogo Seca (7.4-6) c. Prumo (7.7-9) d. Cesto com frutos do vero iniqidade est madura para castigo (8.1-14). e. Destruio do Templo. Os adoradores tambm seriam destrudos (9.1-10). 4. Promessas de restaurao (9.11-15). 3.5. PECULIARIDADE - 3.2: "Escolhi apenas vocs de todas as famlias da terra; por isso eu os castigarei por todas as suas maldades". Grandes oportunidades, grandes responsabilidades. Falto no cumprimento destas oportunidades requer maior castigo. - 3.4-8: O leo ruge na floresta se no apanhou presa alguma? O leo novo ruge em sua toca se nada caou? 5 Cai o pssaro numa armadilha que no foi armada? Ser que a armadilha se desarma se nada foi apanhado? 6 Quando a trombeta toca na cidade, o povo no treme? Ocorre alguma desgraa na cidade sem que o SENHOR a tenha mandado? 7 Certamente o SENHOR, o Soberano, no faz coisa alguma sem revelar o seu plano aos seus servos, os profetas. 8 O leo rugiu, quem no temer? O SENHOR, o Soberano, falou, quem no profetizar? Cada efeito tem a sua causa. Ams profetiza porque o Senhor est falando ao seu corao e, portanto, no pode calarse. Este testemunho de todo verdadeiro pregador. - 4.12 b: "Por isso, ainda o castigarei, Israel, e, porque eu farei isto com voc, prepare-se para encontrar-se com o seu Deus, Israel." - 5.21-23: "Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; no suporto as suas assemblias solenes. 22 Mesmo que vocs me tragam holocaustos e ofertas de cereal, isso no me agradar. Mesmo que me tragam as melhores ofertas de comunho, no darei a menor ateno a elas. 23 Afastem de mim o som das suas canes e a msica das suas liras. 24 Em vez disso, corra a retido como um rio, a justia como um ribeiro perene!". Poderamos assim parafrasear: Desprezo e aborreo as vossas festas crists; no tenho qualquer prazer nos vossos cultos domingueiros. Ritos sem sentimento afetivo, religio tola, so um escrnio a Deus.

4. OBADIAS4.1. DATA: 845 a.C. 4.2. AUTOR: Obadias. Nada se sabe da pessoa de Obadias, mas sabemos que o seu nome significa Servo de Jeov. No confundir este profeta com outro de igual nome e que viveu nos dias de Elias (1 Rs 18). 4.3. TEMA: Julgamento sobre Edom por causa do seu orgulho e por ter perseguido Israel. 4.4. FUNDO HISTRICO: A profecia de Obadias a menor do Velho Testamento. Esse livro tem sido apelidado de Orao Indignada de Obadias e o Hino Ira. No citado diretamente por qualquer outro escritor do NT. 6

O motivo que teria feito aparecer este livro teria sido a calamidade que visitou Jerusalm, na qual os edomitas (primos dos israelitas) tinham revelado um esprito totalmente contrrio ao sentimento fraternal em relao aos judeus, participando da pilhagem a que a cidade santa foi submetida, prendendo os fugitivos dela e vendendo-os como escravos. Os edomitas descenderam de Esa, o irmo gmeo de Jac. O livro de Gnesis descreve a rivalidade que existia entre Israel e Edom. Quando os israelitas subiram do Egito, os edomitas proibiram a passagem deles. No entanto, Deus comandou Israel tratar Edom como irmo (Dt. 23:7-8). Contudo, o dio de Edom persistiu contra Israel, como o AT abundantemente atesta isso. Com amarga e justa indignao, Obadias prediz a retribuio que Edom receberia e a eventual exaltao do povo de Yahweh. Agora dado a Obadias o pronunciamento da destruio final de Edom. () Jerusalm sofreu quatro invases e devastaes, e uma delas deve coincidir com esta profecia. A primeira foi levada a efeito por Sisaque, rei do Egito, por ocasio da diviso do reino. No parece ser esta a poca, porque nesta data estavam os edomitas submissos aos israelitas. Tambm no parece ser a que ocorreu nos dias de Jos, rei de Israel, visto como dificilmente poderiam os israelitas ser mencionados como estranhos, segundo o versculo 11. A escolha da data deve mediar entre a devastao dos rabes pelos filisteus, no reino de Joro, em 845 a.C., e a destruio de Jerusalm por Nabucodonosor, em 586 a.C.. A favor da primeira destas duas datas milita o fato de que nenhuma referencia se faz destruio do templo nem tampouco que a cidade poderia voltar a ser recapturadas, e mais o seguinte: a ausncia de expresses aramaicas; a citao que Jeremias faz da profecia de Obadias (1-6, captulo 49 de Jeremias); e o fato de que o profeta se encontra nos estreitos limites do perodo prexlico na Palestina. As naes descritas no so as vizinhas de Israel, no tempo do cativeiro, mas os seus antigos inimigos. Ams refere-se a Edom nos mesmos termos em que o faz Obadias, quando faz meno dos seus pecados (Am 1.6,9,11), no obstante pensarem alguns que estes versculos sejam do profeta. Mas ainda, quando se descreve a ocupao da Palestina, novamente no mencionado o pas montanhoso dos judeus, ao sul, demonstrando tal fato que este j estaria ocupado e, conseqentemente, tornando quase impossvel uma data contempornea com o exlio babilnico. 4.5. ESBOO - CONTEDO: A. O julgamento de Edom decretado: a destruio de Edom inevitvel (1-9, 15) - Yahweh anuncia, por seu embaixador, a punio de Edom, devido ao seu orgulho e ganncia (1-4). - Os aliados de Edom sero os motivos imediatos de sua runa (5-7). - Yahweh continuar a matana, at que a destruio seja total (8-9,15) B. O julgamento de Edom explicado: as razes para a destruio (10-14) 1. Violncia (10) 2. Atitude hostil (11) 3. Regozijavam quanto a calamidade de Israel (12) 4. Gozavam quando Jac estava na misria (12) 5. Despojando o povo de Deus (13) participao ativa (pilhagem, trfico dos escravos) 6. Preveniram o escape dos fugitivos 7. A traio deles para as mos dos inimigos (14) Nota: Havia duas fases para o julgamento de Edom: 1. Um perodo em que os edomitas seriam levados cativos (esse acontecimento se cumpriu durante a dinastia dos macabeus). 2. Um tempo em que eles se tornariam extintos (eles perderam a sua existncia nacional sob os romanos). C. O julgamento de Edom no Dia do Senhor: O dia do Yahweh est prximo (15-16) D. Libertao de Israel e Deus reinar no seu Reino (17-21) 4.6. PECULIARIDADE: Obadias deixou-nos trs lies inesquecveis. A sua admirvel figura potica, Se te elevares como gua, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derribarei, diz o Senhor (v.4), um aviso solene aos que se entrincheiram na maldade, onde quer que seja. Tambm: ... como tu fizeres, assim se far contigo (V.15), uma advertncia aos pecadores de hoje, como aos de amanha, do mesmo modo que foi aos habitantes de Edom. O grito de esperana e f o Reino ser de Jeov (v.21) classifica o profeta como o melhor expositor do maior sonho proftico de Israel.

5. JONAS5.1. DATA de acontecimento: 782 a.C. 5.2. AUTOR: 7

Jonas era um profeta do reino do norte. Ele era o filho de Amitai. A nica referncia que temos no AT a respeito deste profeta encontra-se em II Reis 14.25, onde se declara que ele era da cidade de Gate-hefer de Zebulom (Js. 19:13) ao norte de Nazar na Galilia, e que profetizou a respeito dos sucessos de Jeroboo II. Seu nome significa pomba. O homem Jonas e o seu livro Descrena tem atacado esse livro mais do que qualquer outro na Bblia. O livro tem sido criticado mais em torno do engolimento pelo peixe e preservao de Jonas dentro do mesmo. Razes que apresentam o livro como histrico: a. O livro apresenta como um acontecimento historicamente autenticado. b. Judeus e cristos a entenderam como histrico (II Reis 14:25). c. Jonas era uma pessoa realmente histrico chamado para o cargo proftico. d. Cristo cita Jonas como um personagem histrico (Mateus 12:38-41). 5.3. TEMA: Deus gracioso para com todos os homens. 5.4. ESBOO - CONTEDO: A. O Profeta desobediente (1) 1. Chamado e a desobedincia de Jonas 2. A tempestade 3. Jonas no mar 4. Jonas dentro do peixe 5. Jonas um tipo de Israel B. O profeta castigado (2) 1. As condies de Jonas 2. A orao de Jonas 3. A gratido de Jonas 4. A interveno de Deus 5. Jonas e Israel 6. Salvao do Senhor C. O profeta de sucesso (3) 1. O chamado renovado 2. O profeta obediente 3. O arrependimento de Nnive 4. A cidade poupada 5. Jonas: um retrato de Israel 6. O nosso Deus misericordioso D. O profeta instrudo (4) 1. O descontentamento de Jonas 2. A orao de Jonas 3. A planta, o verme, o vento 4. O corao de Deus 5. No h nele compaixo? * Outro esquema de Esboo 1. Jonas, o fujo desobediente cap.1 1) A ordem de Deus (1-2) 2) O barco que vai para Trsis (3) 3) Tempestade (4-14) (1) Jonas dorme no meio da tempestade no fundo do barco (4-6) (2) A desobedincia do Jonas foi descoberto (7-10) (3) A hesitncia dos marinheros (11-14) 4) Jonas foi jogado no mar, engolido por grande peixe (15-17) 2. Jonas, em orao cap. 2 1) Jonas foi jogado no mar (1-4) 2) Canta a salvao de Deus (5-6) 3) Um juramento a gratido pela salvao (7-9) Ao Senhor pertence a salvao! 4) Salvao (10) 3. Jonas, o pregador cap. 3 1) Deus d ordem para Jonas pela segunda vez (1-2) 8

2) Pregao da Palavra (3-4) 3) Arrependimento de Nnive (5-7) 4) Deus no castiga Nnive, que foi salva (8-10) 4. Jonas, em aprendizagem contnua cap. 4. Histria se repete! 1) Jonas se queixa, irado (1-3) 2) Uma planta e o verme (4-7) 3) Sol e um vento calmoso oriental (8) 4) A lio passada (9-11) 5.5. PECULIARIDADE: * Contexto histrico: Jonas estava profetizando no reinado de Joroboo II(793 753 A.C.). O rei anterior, que foi Je, foi ferido pelo Hazael(rei de Sria), tendo de dar tributos(I Rs 10:32,33). Na poca de Je Israel foi invadido pelos assrios tambm. Mas Jeroboo II foi o grande rei que conseguiu recuperar as terras desde a entrada de Hamate at ao mar da Plancie (II Rs 14:25) como na poca de Salomo(I Rs 8:65). E conseguiu conquistar Transjordnia das mos da Sria (Damasco), derrotando Hazael, por conseguinte recebendo os tributos da Sria. Como isso foi possvel? Damasco foi invadida pelos assrios, que por sua vez, foram invadidos pelos Urarites (Ararat). Em vista de fraqueza de grandes naes, Jeroboo II pde realizar grandes faanhas. Esse progresso no foi devido vida reta do israelita. Era mais por causa dos pecados das naes que Deus estava castigando. Mas Israel no se humilhou diante de Deus e continuou no caminho de pecado. E continuou desprezando os gentios. Eles no entenderam o propsito verdadeiro de Deus, da soberania de Deus sobre a histria humana. Deus manda os profetas como Osias e Ams para alertar sobre julgamento de Israel. Neste contexto histrico, Deus manda Jonas para Nnive. * Por que Jonas no quis pregar na cidade de Nnive? - Xenofobismo - Nao Inimiga (Jonas sabia que Israel vai ser destrudo pelos assrios. Se, por acaso, assrios se arrependerem, Nnive no vai ser destrudo, e um dia eles vo invadir Israel. Qual judeu gostaria salvar a nao inimiga que um dia vai destruir o prprio pas?) - Orgulho Nacional de ser povo escolhido (mas escolhido para qu? Para ser o canal de bno para naes) - Cime? * As mensagens de Jonas 1. Deus catlico. Deus se interessa tambm pelos gentios e manda Seus servos para avisar de julgamento para as naes gentias. 2. Deus tem mente missionria. 3. O ser humano tem a tendncia de fugir das dificuldades e das responsabilidades diante dos problemas. Mas deveria de enfrentar. 4. Quando Deus chama, obrigatrio atender. No adianta fugir. Alis, ningum pode fugir da presena de Deus (Sl 139:7-10). (Voc j usou Jonas para aconselhar as pessoas que recusam os cargos dentro da igreja? Voc nunca usou a parbola dos talentos, juntamente?) 5. Deus Todo Poderoso (Onipotente) e soberano, por isso Ele pode usar at a natureza para cumprir Seus propsitos. 6. Deus justo e reto, por isso castiga a iniqidade, mas Ele misericordioso para salvar os perdidos. Deus gracioso para com todos os homens. 7. Podemos ter melhores frutos missionrios onde se esperava piores resultados. 8. Grandes homens de Deus, grandes depresses!(4:3, 8) 9. Inconstncia humana (Infantilidade). Desobedincia (cap 1) Arrependimento e Obedincia (cap. 2 - 3) Ira e Queixa (4:1) Amuado Chateado Depresso (4:1) Alegria por causa de planta que fez sombra na cabea dele(4:6) Ira - Depresso por causa de planta e vento quente(4:8, 9) * Porque Jonas ficou irado? * Quantas vezes ele se irou? Para responder essa pergunta, fao outra pergunta: qual foi o contedo de mensagem de Jonas para ninivitas? Foi evangelho (de esperana, de salvao) ou palavra de julgamento? Jonas profetizou dizendo que Nnive ia ser destrudo ao cabo de 40 dias (3:4 essa frase em hebraico composta somente em 5 palavras). Parece que Jonas no teve compaixo pelo povo, no disse para se arrepender para se livrar dos julgamentos, no estimulou a mudana de vida, nem deu a esperana de salvao. Mesmo assim, essas simples palavras como resultado de 9

obedincia surtiram grandes efeitos. Nnive tomou uma atitude que Jonas nunca esperava, alis, nunca desejava que acontecesse: arrependimento no sentido verdadeiro. * Jesus citou Jonas para falar da morte e ressurreio dele (Mt 12:38- 41) -> Interpretao Cristolgica, Soteriolgica, Escriturstica (Escritura pela Escritura).

6. MIQUIAS6.1. DATA: 735-700 a.C. Miquias profetizou durante os reinados de Joto (739-735), Acaz (735-715) e de Ezequias (715-695). 6.2. AUTOR: Miquias O homem Miquias O nome do profeta um dos mais comuns do AT. Aparece em diversas formas, como nome de umas doze pessoas, significando Quem como Jeov?. Nada se sabe sobre o profeta alm da sua residncia na cidade chamada de Moresete-Gate, mais ou menos 32 quilmetros sudoeste de Jerusalm, cidade perto de Gaza, cuja localizao exata ainda no foi devidamente identificada. Sabemos que ficava na regio de Sefel, nas imediaes da fronteira egpcia, para cujo ponto convergiam estradas de todas as direes. Aparentemente, Miquias era um campons, homem do povo e para o povo, e, por essa razo, o tm alguns apelidado de Miquias, o Democrtico. Penetrante observador da natureza, tinha o instinto do agricultor e a capacidade de observar os fatos friamente. um dos profetas em que pouco se encontra de poesia; suas tiradas so diretas e conclusivas. Graas a este feitio pessoal, tinha pouco interesse por cidades, talvez tambm pelo fato de que nos aglomerados humanos o pecado se manifesta mais intensamente. Era, como diramos, um pregador da roa, e nesta simplicidade de modo de ver as coisas, sentia intensamente os mal-tratos e sofrimentos infringidos ao comum. Acreditava que todos os pecados dos homens podem ser causados por uma origem comum o amor ao dinheiro. O profeta nasceu na Judia; profetizou em Jerusalm; e era um contemporneo mais jovem que Isaas. H passagens em Miquias paralelo a de Isaas, especialmente Miquias 4:1-5 com Isaas 2:2-4. Como contemporneo de Isaas, Osias e Ams, ele ministrou na ultima metade do oitavo sculo a.C. Miquias foi contemporneo de Isaas, mas assim mesmo, neste dois homens podemos ver diferenas importantes. Isaas pertencia classe alta. Era natural de Jerusalm, e assim estava mais a par dos assuntos nacionais. Era amigo e conselheiro de reis, e nesta qualidade tomou parte ativa em muitos negcios e movimentos polticos do seu tempo. As suas mensagens eram dirigidas especialmente aos lderes do povo e ao grupo seleto dos seus discpulos. Miquias, por seu lado, era um pregador muito diferente. Como simples agricultor, acostumado aos afazeres do campo, longe do bulcio das cidades, tinha o feitio do pregador roceiro. Enquanto que Isaas recebia o seu chamado no meio dos esplendores do templo, Miquias ouvia o grito dos oprimidos, seus contemporneos. Por isso, no era poltico como Isaas. Os seus sermes tratavam especialmente dos assuntos de moralidade social e deveres religiosos; no eram assuntos de poltica internacional, como os de seu colega. Entretanto, ambos tinham misso comum: pregar contra os pecados da terra, sendo que Miquias aviva mais as cores do pecado, e aborda muitos dos seus mnimos detalhes. Algumas vezes, Miquias exibe mesmo uma vivacidade grande e selvagem nesta exposio, qualidade que se encontra ausente nos elevados pensamentos de Isaas. Diferentes como eram, humanamente falando, tinham, entretanto, misso e uma mensagem substancialmente comuns. Ambos apelaram para a justia e a moralidade e pregaram a inevitvel conseqncia do pecado. Por estranho que parea, nunca se referem um ao outro. A nica referncia vida e influncia de Miquias fora do seu livro encontra-se em Jeremias, captulo 26. Jeremias foi preso por pregar a destruio de Jerusalm; em sua defesa, alguns dos seus amigos afirmaram que Miquias tinha j feito as mesmas declaraes e nada lhe havia acontecido; muito ao contrrio, que o povo se tinha arrependido dos seus pecados, evitando, assim, a runa da cidade. Como resultado disso, Jeremias foi tambm poupado. Nenhum profeta do AB teve maior capacidade para ver o futuro do que Miquias. Entre as suas predies, encontra-se a queda de Samaria, cujo acontecimento se deu em 722 a.C., a destruio de Jerusalm, ocorrida em 586 a.C., e o cativeiro babilnico de Jud e sua volta em 605-537 a.C. Foi ele que previu o nascimento do Messias Rei em Belm. 6.3. TEMA: Pecado e julgamento sobre Samaria e Jerusalm. 6.4. FUNDO HISTRICO: Nessa poca (735 a.C.), Assria estava se tornando um imprio mundial. Quando Joto e Acaz era co-regentes, Jud foi ameaada com uma invaso de Damasco e Israel (Is. 7). Atemorizado, Acaz apela para Tiglate-pileser II da Assria. Ele fez isso apesar da advertncia de Isaas. Essa aliana resultou na derrota de Damasco e Israel, mas 10

tambm custou a independncia nacional de Jud. Jud se tornou um vassalo da Assria. No foi at ento que Ezequias revoltou com a ajuda supernatural de Deus (II Reis 18-19). 6.5. ESBOO-CONTEDO: As profecias de Miquias se dividem facilmente em trs divises: captulos 1 e 2; captulos 3 a 5; e captulos 6 e 7. cada diviso caracterizada pela palavra, Ouvi (1:2;3:1;6:1). A. Julgamento sobre as cidade de Jud (1) a. A vinda do Senhor em julgamento b. A destruio de Samaria c. Ataques em Jud d. Destruio sobre vrias cidades e. Lamentao de Sio f. A maior lamentao agora B. Impiedade Universal (2) a. Os pecados berrantes de Israel b. A nao exilada c. Os falsos profetas d. A impiedade do povo de Deus e. O ajuntamento do remanescente C. Lderes, Sacerdotes, Profetas Culpados (3) a. Lderes injustos b. Profetas mentirosos c. O julgamento iminente d. Noite para Israel D. Messias e a Glria Milenar (4) a. Miquias ou Isaas? b. Paz e prosperidade milenar c. Restaurao do reino davdico d. Babilnia conquista Jud e. Emboscada mundial de Jerusalm E. A pessoa e o trabalho de Messias (5) a. Humilhao de Israel b. Nascimento e ministrio do Messias c. Israel sendo abenoada pelo Messias d. Purgao de Israel F. A controvrsia de Deus com Israel (6) a. A ingratido de Israel b. Os requisitos de Deus c. Os pecados flagrantes d. A punio inescapvel G. A Graa de Deus Prometida (7) a. Confisso da corrupo universal b. Esperana conflitante c. Orao pelo cuidado de Deus d. A resposta de Deus e. Louvor pela graa de Deus 6.6. PECULIARIDADE: Miquias 6.8: Ele mostrou a voc, homem, o que bom e o que o SENHOR exige: pratique a justia, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus. Numa frase nica, Miquias resume a mensagem de outros trs profetas do oitavo sculo: Ams dando nfase justia divina; Osias pregando o amor; Isaas insistindo numa comunho humilde com um Deus santo (c.f. Dt 10.12 - E agora, Israel, que que o SENHOR, o seu Deus, lhe pede, seno que tema o SENHOR, o seu Deus, que ande em todos os seus caminhos, que o ame e que sirva ao SENHOR, o seu Deus, de todo o seu corao e de toda a sua alma).

7. NAUM7.1. DATA: A data fica entre a queda de, 663 a.C. (3:8) e a queda de Nnive em 612 a.C. Portanto, a data mais ou menos 650 a.C. durante o reinado de Manasses (686-642 a.C.). 11

A data do ministrio de Naum tem de ser determinada pelas evidencias internas do livro (Conf. 3.8-10). Parece evidente que Naum profetizou depois do saque de Tebas ou N-Amon (663 a.C.) e antes da destruio de Nnive (612 a.C.). difcil de ir alm destas consideraes gerais. Alguns admitem que Naum estivesse em atividade a por 630-612 a.C., e outros, que deve ter sido em cerca de 650 a.C. Com a nossa atual deficincia de dados a respeito de certos perodos, a profecia de Naum concorda com todas estas pocas. Entretanto, uma data mais remota acomoda-se melhor a certos fatos, como o saque de Tebas, revelado no livro. 7.2. AUTOR: O homem Naum Naum um nome que no ocorre em qualquer outra passagem no AT. Vem de uma raiz que expressa a idias de consolao. Provavelmente, significa o confortador, o consolador, o que traz consolao. Naum chamado o Elcosita. O ttulo sugere que ele era natural de Elcos. Este nome no aparece em qualquer outra parte do At, de modo que h muita divergncia de opinies quanto sua localizao. H quatro teorias fundamentais: (1) Alguns identificam o local com a moderna vila de Clcus ou Elcoshe, vila que fica a vinte e quatro milhas ao norte de Nnive. (2) Uma antiga tradio a coloca na Galilia, identificando-a com a moderna El Couz (conf. Jernimo). (3) Outros identificam Elcoshe com Cafarnaum (vila de Naum). Os que aceitam este ponto de vista admitem que o nome tenha sido mudado de Elcoshe para Cafarnaum em honra do principal cidado da cidade. (4) Muitos acreditam que Elcos ficava ao sul de Jud, no muito distante da cidade de Miquias. No entanto, ningum sabe com certeza onde est localizado. 7.3. TEMA: A condenao de Nnive. Desde que esta cidade foi feita capital da Assria por Senaqueribe, tinha-se tornado o smbolo da traio e da opresso para todos os povos, especialmente para Israel. Tinha sido construda para durar sculos, sobre as barrancas do Tigre e fortificada com altas muralhas e minaretes, podendo resistir aos mais temveis ataques de qualquer inimigo. Tinha sete milhas e meia de muralhas em circunferncia, e sobre as mesmas podiam correr, paralelamente, trs automveis dos nossos dias. Sob o reinado de Assurbanipal, comeou a enfraquecer, e depois da sua morte, em 626, a sua desintegrao foi rpida. Em 612, depois de um tremendo cerco das foras conjugadas dos babilnios e medos, foi totalmente destruda, no ficando mesmo sequer um vestgio desta faustosa capital. Alexandre, o Grande, muitos anos depois, marchou com suas tropas sobre as runas de Nnive, sem sequer sonhar que pisava uma das mais antigas e poderosas capitais do mundo. A sua identificao atual constatada pela presena de duas elevaes, feitas dos seus monturos, mas somente em 1842 que este local foi identificado como d das runas de Nnive. Alguns escritores mostram-se cticos a respeito do livro de Naum, questionando mesmo o direito de ser includo no sagrado Cnon, em face do que eles consideram ser o livro uma vindicta estreita e superficial. O profeta no acusa o seu povo de qualquer pecado, como fazem os outros profetas do AT. Tal criticismo, entretanto, destitudo de imaginao e simpatia. Naum expressa, no seu livro, muito mais do que paixo pessoal, pois d expresso aos grandes princpios de que o universo constitudo de leis tais, que qualquer reino edificado sobre fora e fraude vir a cair, mais cedo ou mais tarde, enquanto o Reino de Deus, alimentado pela verdade e pela justia, ter de triunfar gloriosamente. A destruio de Nnive estabeleceu ou vindicou o governo moral do universo. 7.4. ESBOO - CONTEDO: A. A vingana Santa de Deus (1) a. Nosso Deus majestoso b. A bondade e ira de Deus c. O julgamento decretado d. O livramento anunciado B. A emboscada retratada, mas vvida descrio do cerco e captura de Nnive (2) a. A mensagem para Nnive b. O ataque sobre os assrios c. O despojo de Nnive d. O julgamento de Deus executado e. Eis que estou contra ti C. A desolao completa de Nnive. Causas da destruio de Nnive (3) a. O ataque descrito b. A vergonha de Nnive c. O exemplo de N-Amon (Tebas) d. A destruio da Assria e. O desespero do seu destino f. Um povo disperso 12

7.5. PECULIARIDADE: Livro. At o ltimo quarto do sculo XIX, a profecia era considerada uma unidade. Nos ltimos anos tem sido do agrado de alguns eruditos que s profecias genunas de Naum 1.1-2.2 foi prefixado um Salmo (2.3-3.19) alfabtico, de origem ulterior. Pfeiffer observa: um redator, que viveu mais ou menos ao redor do ano 300, prefaciou a soberba profecia de Naum... com um salmo alfabtico de seu tempo. Deste salmo, ele mal pde lembrar a primeira parte, substituindo o que tinha esquecido com observaes suas citadas de memria. Entretanto, a reconstruo de tal salmo improvvel, e pode ser considerada mera caturrice acadmica. Os mais modernos eruditos do AT do a Nau um lugar elevado entre os poetas-profetas de Israel. De todos os profetas, Naum dos que mais perto se aproximam de Isaas em sua habilidade potica.

8. HABACUQUE8.1. DATA: 609 a.C. Nem todos os comentaristas conservadores concordam com a data. H trs opinies proeminentes: ii. Durante o reinado de Jeoaquim (609-597 a.C.) iii. Durante o reinado de Josias (640-609 a.C.) iv. Durante os ltimos dias do reinado de Manasss (686-642 a.C.) De todas essas, a primeira a mais provvel por varias razes. Primeiro, os assrios no aparecem na cena e os caldeus esto se tornando poderosos (1.5-6); e em segundo lugar, as condies descritas em 1.2-4 indicam a natureza dos pecados, apostasia e corrupo, que caracterizavam Jud. Os maels sociais e morais descritos pelo profeta so semelhantes aos do reinado de Jeoaquim (609-597 a.C.), ao invs do Josias que precedeu a ele.

** Trs deportaes: 605, 597 e 586. Trs retornos: 536, 458, 444.

8.2. AUTOR: Habacuque O homem Habacuque No sabemos nada desse profeta, exceto seu nome, que significa afeto, abrao, designao que bem pode significar que ele era mui querido e estimado por conterrneos, na mesma simpatia. Nada sabemos de sua vida particular. O livro apcrifo, Bel e O Drago (vv. 33-39), afirma que ele levou uma sopa de lentilhas a Daniel na cova dos leos. Segundo outro livro apcrifo, Vida dos Profetas, ele pertencia tribo de Simeo, que fugiu quando do avano de Nabucodonozor sobre Jerusalm (587 a.C.), mas voltou depois da queda, moreendo dois anos antes da volta do cativeiro. Euzbio declara em sua Onomstico, que nos seus dias o tmulo do profeta podia ser visto em Gibe e Queila. O tempo em que o profeta exerceu a sua obra pode ser determinado com regular preciso. A Assria tinha j desaparecido do mapa e a Caldia comeava a surgir no seu grande poder. Portanto, temos de coloc-lo depois de 612 a.C., visto como Jud ainda no tinha sido invadida e a primeira invaso deu-se em 605. Os males sociais e morais descritos pelo profeta pertencem ao reino de Jeoiaquim, visto como, depois da morte de Josias, o povo voltou aos seus antigos pecados. 8.3. TEMA: O Justo viver pela F. Com Habacuque, surge uma nota nova na profecia. As suas declaraes so diferentes das dos seus predecessores, em muitos sentidos. Os primeiros profetas tinham-se dirigido a Israel, da parte de Deus, mas ele se dirige a Deus da parte de Israel. O problema do povo era o seu pecado, mas o problema do profeta era a inao de Deus. Com Habacuque, temos o problema da especulao religiosa em Israel. Sentia a prosperidade dos inquos caldeus, enquanto o povo de Deus sofria oposio. Assim, os fatos da vida no condizem com o tradicional ensino a respeito de Deus. Desta forma, o profeta interroga a Deus a respeito deste fato. Enquanto espera a resposta, na sua torre de vigia, Deus lhe responde. O mal , por sua natureza, destrutivo, mas o justo viver pela f. Mesmo que o mpio parea prosperar por um pouco, somente o justo permanece para sempre. Apesar do seu livro ser curto, citado vrias vezes no NT. Compare Hc 1.5 com At 13.40-41; Hc 2.4 com Rm 1.17 e Gl 3.11 e Hb 10.38. Veja tambm Hc 3.17-18 com Fl 4.4, 10-19. 8.4. ESBOO - CONTEDO: A.Perplexidade do Profeta (cap 1). Ttulo 1.1 1) Exclamao do Profeta (1.2) no estou suportando tanta injustia. O profeta grita a Yahweh por socorro, contra a violncia, a iniqidade e a desordem social. A lei desrespeitada e o juzo, pervertido pelos maus. (2-4) 2) A resposta de Deus Deus est fazendo alguma coisa. Deus vai usar caldeus que so cruis, ambiciosos, orgulhosos e bem sucedidos (5-11). 3) A vara da ira de Deus (1.12-2.1). Caldeus. 13

4) A perplexidade profunda de Habacuque. Como Deus santo pode usar uma nao mais mpia do que Jud? (1.12-17) 5) O profeta toma posio, para ver o que Yahweh vai responder (2.1). 6) Yahweh instrui o profeta a escrever a viso, para maior clareza e permanncia (2.2) 7) A resposta de Deus: O Justo viver pela F e O injusto ser visitado com ais (um orculo da consolao) (2.4). Caldeus eram um povo orgulhoso. Como resposta vem o julgamento para caldeus tambm. Por isso, confie apenas em Deus. 8) No morreremos. B.A Resposta de Deus (cap 2): Divinos princpios bsicos a viso da destruio final dos caldeus em 5 ais (2.6-20) 1) O primeiro ai por causa do orgulho e da ambio (6-8) 2) O segundo ai por causa do orgulho e da cobia (9-11) 3) O terceiro ai por causa da crueldade (12-14) 4) O quarto ai por causa da bebedeira. Yahweh agora por o copo nos seus lbios (15-17) 5) O quinto ai por causa da idolatria (18-20) 6) O justo viver pela f. C.A Triunfante F do Profeta a orao do profeta ou um salmo (Cap 3). 1) Orao a Yahweh Aviva a tua obra (3.2) 2) Passa em revista o trabalho de Deus, na histria de Israel, numa forma potica exaltada (3-15). No Sinai (3), pragas no deserto (5), terror das naes pela chegada de Israel (6), travessia do Mar Vermelho e do Jordo (8-10), em Bete-Herom (11), conquista da terra (12-15), tudo isto pela salvao do povo de Yahweh. 3) Tendo em vista as manifestaes passadas de salvamento, o profeta permanecer firme, mesmo no meio das maiores provaes, alegando-se sempre em Deus (16-19). * As caractersticas desse salmo: - Poesia de orao e louvor - Deus na sua majestade - Deus no seu poder - O temor das naes - A interveno de Deus pelo seu povo - O terror e confiana de Habacuque 8.5. PECULIARIDADE: 1.2-4 Quem so inquos mencionados nesta passagem? Pensam alguns que so o Egito e a Assria. Possivelmente, o elemento mau aqui seja Jud mesmo (conf. a lei se afrouxa, 1.4, dificilmente aplicvel a estranhos). 2.1 Habacuque tem pronta resposta s perguntas de Deus. O profeta sente que o seu problema de difcil soluo. 2.3 A resposta divina s interrogaes humanas pode demorar, mas a seu tempo vir. 2.4 O versculo-chave do livro. O mpio vive inchado, tolo, portanto, transitrio, existe por um momento. O justo permanece, porque habita em sua fidelidade a Deus. O AT no tem palavra para f, porque os hebreus no pensavem abstratamente ocmo os gregos. eram um povo prtico e tratavam de problemas em termos prticos. A f, para eles, consistia na manifestao da justia e tal manifestao s seria possvel pela f e confiana em Deus. Coube a Paulo tomar os termos concretos do AT, interpret-los, alarg-los e mostrar o seu final cumprimento na mensagem do evangelho. Em essncia, pois, esta passagem imortal ensina-nos que os maus no tm existncia, e s os justos vivem efetivamente. 2.14 Majestosa segurana da difuso do Reino de Deus. 2.20 Talvez um aviso a Habacuque que, como em 2.1, tentava fazer perguntas, quando Deus lhe respondeu. Captulo 3. Nega-se que este salmo pertena a Habacuque, especialmente por causa da evidncia que apresenta de ser usado no templo (Conf. 3.1, 19b). Esta adaptao talvez fora feita mais tarde; entretanto, Habacuque temia que a retribuio merecida pela Caldia demorasse muito; ele queria v-la imediatamente no meio dos santos. 3.3a No se trata de uma declarao de que Deus se originou no Sinai e, sim, que vinha do Sinai para ajudar o seu povo. 3.16 Habacuque reconhece, agora, que o auxlio no vir imediatamente, mas demorar bastante. At l, declara ele, na sua bela poesia, que viver pela sua f.

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9. SOFONIAS9.1. DATA: O livro foi escrito durante o reinado de Josias (1.1), 640-609 a.C. Evidncia interna sugere que foi escrito antes de 621 a.C. quando ocorreu a reforma espiritual de Josias. Razes: a. A queda de Nnive em 612 a.C. ainda futura (2.13). b. As prticas idlatras condenadas por Sofonias (1.3-6) so aquelas que foram abolidas em 621 a.C. c. As condies religiosas e morais encaixam no tempo antes de 621 a.C. (1.3-6, 8-9, 12; 3.1-7).

* Algumas datas: 722 - (Queda de Israel - reino do norte); 621 (Reforma espiritual de Josias); 612 (A queda de Nnive); 606 (1 deportao); 597 - (2 Deportao); 586 - (3 Deportao); 536 - (1 Retorno) ; 458 - (2 Retorno); 444 - (3 Retorno)9.2. AUTOR: Sofonias O homem Sofonias O nome Sofonias significa O Senhor esconde ou protege ou A quem Yahweh esconde. Este nome sugere que o profeta nasceu durante o reino de Manasses, quando muitos servos fiis de Jeov deram a sua vida por sua f. Os pais de Sofonias lhe teriam posto este nome, na esperana de que Deus no s o esconderia, mas o usaria. Parece que nas veias de Sofonias corria sangue azul, porque no primeiro verso, onde se d a sua genealogia, aparece o nome de Ezequias (727-698 a.C.). Diferente da maioria dos profetas, a sua linhagem dada at quatro geraes. Isso implica que a meno de Ezequias tem algum significado especial. Se nos valermos dessa tradio, aceitaremos que Sofonias era parente remoto do rei Josias. A explicao mais obvia seria a do rei Ezequias. Sofonias seria ento de uma descendncia real e relacionado com Josias. Exerceu a sua atividade no reino do sul e, provavelmente, era cidado de Jerusalm (1.4; 1.10-11). Sofonias profetizou durante o reinado de Josias, em 640-609 a.C. Alguns tm inquirido sobre se ele teria profetizado durante todo esse longo perodo ou apenas em parte dele. A resposta difcil, se no impossvel. As evidncias internas do livro convencem-nos de que ele exerceu as suas atividades antes de 612 a.C. Veja 1.3-5, 89, 12, onde os males por ele descritos so justamente os que precederam a ascenso de Josias. Ele talvez ocasionou a reforma de Josias. A leitura cuidadosa do profeta leva concluso de que as suas profecias foram proferidas em tempo de grande crise. Algum invasor andava solta, ameaando Jud e as naes vizinhas. A invaso dos citas, em 626 a.C., bem pode ser considerada a base histrica do trabalho de Sofonias. Joel viu a praga dos gafanhotos como um sinal de aproximao do dia de Yahweh, e Sofonias viu o avano dos citas como uma sombra dos dias de juzo divino. Se admitirmos esta posio, ento Sofonias comeou o seu ministrio mais ou menos ao mesmo tempo que Jeremias (626 a.C.). Por quanto tempo teria ele pregado, no sabemos. Sofonias no foi dos mais notveis pregadores; era severo, consagrado, e sua palavra dirigia-se diretamente ao corao do povo. Por isso, alguns o tm considerado o mais duro dos profetas, visto como foi o arauto do Juzo Universal. Pelo Juzo vir a redeno, primeiro, do seu povo, e depois, das naes em geral. Sofonias avantajou-se a Naum em extenso e profundeza de seus pontos de vista. 9.3. TEMA: A vinda do Dia do Senhor. Profeta mais frio de todos os profetas. Ele fala somente de julgamentos. O livro coloca toda nfase sobre o Dia de Yahweh. As caractersticas desse dia do Juzo: 1) O dia de Yahweh est iminente (1.14) 2) Ser um dia de terror (1.15) 3) Vem para julgamento do pecado (1.17) 4) Era seguido de grande convulso da natureza (1.15) 5) Cair sobre toda a criao, homem e animal, hebreus e estrangeiros (1.2-3; 2.4-15) 6) Apenas um resto sobreviver e gozar a era messinica (2.3; 3.9) 9.4. ESBOO - CONTEDO: A. Julgamento Universal (1) 1. Julgamento universal (todos os pecadores. 1.7-13) 2. Visitao sobre Jud que ser punido severamente. 3. O Dia do Senhor ser o dia da ira. Ser terrvel (1.14-18). 4. Aqueles que no buscam o Senhor B. O Ataque cai sobre todos (2) 1. Chamado para o arrependimento. Os mansos da terra devem procurar o Senhor, para que os esconda naquele terrvel dia (2.1-3) 2. Julgamento sobre Filstia (2.4-7) 3. Julgamento sobre Moabe e Amom (2.8-11) 15

4. Adorao universal do Senhor 5. Julgamento sobre Etipia e Assria (2.12-15) 6. O Senhor os visitar C. Ira e Bno (3) Ainda que realmente todos meream a destruio, um remanescente de Jud e dos gentios ser salvo (3.1-20) 1. Ai sobre a mpia Jerusalm 2. Os castigos e advertncias de Deus 3. Ira sobre as naes 4. A converso das naes (Por causa da persistncia de Jud em pecar, os gentios sero limpos pela punio, e, finalmente, convertidos a Deus (3.8-10) 5. O remanescente em Israel. Sio tambm ser cirandado e purificado, e ento ser honrado em toda a terra. O povo redimido louvar a Deus, que habita no meio dele (3.11-20) 6. Glria e gozo milenar 7. O rei de Israel no seu meio 9.5. PECULIARIDADE: * Dia do Senhor - 1.4: Est perto. Apresse! O dia do Senhor iminente. A vinda do Senhor vem como um ladro. A vinda do Senhor com uma mulher dando parto (a criana vem de surpresa). E vai comear grande tribulao. - 1.5-6: trs espcies de pecadores so destrudos: (1) os que esto divididos em sua aliana com Yahweh; (2) os que uma vez serviram a Yahweh, mas depois o abandonaram; (3) os que nunca procuraram a Deus. - 1.12: o vinho, quando fica parado muito tempo, vira acar. Isto aplica-se aos que se assentam sobre as suas fezes. Tal vinho imprestvel. - 1.15: Cheio de ira, angstia, de terror.. - 1.17: Dia do julgamento. - 2.11: Uma promessa gloriosa sobre o culto universal ao verdadeiro Deus. - 3.9: Assim como o mundo foi dividido pela confuso das lnguas, na Torre de Babel, da mesma forma um dia o povo voltar a falar a mesma lngua e a trabalhar junto, como os bois jungidos pela canga. O profeta reconhece que as diferenas de lngua impedem os seus esforos pr paz. Entretanto, tal unidade de linguagem no ser conseguida, a menos que as naes busquem servir a um s Senhor. - 3.12-13: Note as caractersticas dos que constituem o Resto: so um grupo duramente castigado, livre de insinceridade, que coloca sua esperana unicamente em Yahweh.

10. AGEU10.1. DATA: Todos os discursos (em nmero de quatro) so datados pelo profeta e foram proclamados entre o nosso Agosto e Dezembro de 520 a.C. Esses foram proclamados durante o segundo ano de Dario I Hystaspis. # Contexto Histrico: Ciro conquistou a Prsia em 539 a.C. Ele decretou uma lei permitindo os judeus retornarem a Israel em 536 a. C. Os remanescentes retornaram sob liderana de Zorobabel(governador) e Josu(sumo sacerdote)(Ed 2:64-65). Eles stabeleceram o altar, reiniciaram sacrifcios e construram (somente) o alicerce do templo no segundo ano da sua volta (Ed 3). Quando os exilados voltaram entusiasmados no ano 537 a.C., encontraram uma populao escassa e desalentada. O territrio de Jud havia diminudo, estava reduzido a apenas uma pequena rea ao redor de Jerusalm. Em todos os remanescentes via-se pobreza, quando j se haviam acostumado prosperidade da Babilnia. No havia esperanas de uma monarquia. O templo estava em runas e os povos vizinhos eram hostis. Da no se surpreenderem com a demora da reconstruo do templo. Os vrios elementos justificativos desta demora podem ser assim mencionados: 1. Durante a estada na Babilnia, os exilados se haviam acostumado a viver sem templo. 2. A oposio dos samaritanos e outras tribos circunvizinhas davam margem pronta desculpa dos judeus indiferentes. 3. O no cumprimento das antigas profecias quanto s glrias da restaurao tendia a desenvolver indiferena e ceticismo religioso. 4. Parcos recursos materiais e pobreza, resultantes da falta de colheita e da devastao causada pelos exrcitos persas, em sua marcha para o Egito tudo isso era causa de desencorajamento. A construo do templo havia parado por 16 anos (em 534 a.C.) depois da morte de Ciro, o governo prsico estava num estado de constantes ataques exteriores, quando Drio I Hystaspis assumiu o trono. Ele confirmou o decreto original de Ciro e deu aos judeus permisso para reassumirem a construo do templo em 521 a.C. 16

Neste perodo (520 A.C.), Ageu e Zacarias estimularam o povo para reconstruo. A obra foi concluda no ano de 516 a.C. 10.2. AUTOR: Ageu. # O homem Ageu: Ageu apareceu repentinamente no ano 520 a.C.(segundo ano do reinado de Drio-1:1) e desapareceu de igual modo. Nada se sabe de sua vida antes ou depois de sua pregao. Tomando como base o texto encontrado no cap. 2:3, sugere-se que ele fazia parte de um pequeno grupo que conhecera o antigo templo em sua glria e, assim, conclui-se que era homem idoso quando profetizou. Esta suposio est em harmonia com o pequeno espao de tempo de sua atividade pblica. Seu nome significa festivo. Ele foi primeiro profeta ps-exlico. Com Ageu comea o ltimo perodo proftico, o posterior ao Exlio. A mudana dos contedos das mensagens significativa: * Antes do exlio prevaleceu o anncio do castigo, * Durante o exlio, a consolao e a esperana, * Depois do exlio, a exortao restaurao. 10.3. TEMA: Reconstruo do templo. tima mensagem para igreja que quer construir ou que precisa de avivamento. 10.4. ESBOO - CONTEDO: # Esboo - contedo: 4 profecias 1. Urge a Reconstruo do Templo (1:1-15). Reiniciemos a construo do Templo! 1) Admoestao contra indiferena (1-6) exortao para que fossem reiniciadas as operaes da construo (1.1-11). Acaso, tempo de habitardes vs em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em runas?(4) Considerai o vosso passado!(5) 2) Israel que est sendo castigado (6-11). Como Israel estava passando pelas necessidades, insucesso, fracassos na vida (6, 9-11). O que Deus quer a construo do templo e (posterior adorao a Deus) Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR.(8) 3) Israel escuta a voz de Deus (12-15) comea a construo. 2. Encorajamento e Promessa de Glria Futura (2:1-9) 1) Encorajamento para Reincio da construo (1-5) 2) Promessa de Glria Futura (6-9). A glria desta ltima casa ser maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exrcitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exrcitos. (9) 3. necessria a vida santa e pura (2:10-19) concluso da construo do Templo. 1) Pergunta sobre Pureza e Impureza (10-14) 2) Aplicao Prtica (15-19) construo do templo. Mt 6:33. 4. A bno futura sobre Zorobabel (2:20-23). Mensagem escatolgica. Zorobabel um tipo de Cristo. 10.5. PECULIARIDADE: O ministrio de Ageu foi bem diferente daquele dos profetas antigos. Comparadas com as gloriosas mensagens dos outros, as suas parecem humildes, mas nunca foram mais oportunas. Jeremias havia falado quanto ao templo, quando no havia mais necessidade do templo, embora esse dia ainda no houvesse chegado. A luta que a comunidade dos exilados experimentava precisava da influncia do templo, para unificar seu povo e afastar a tentao do paganismo. A Lei era necessria at vinda do Messias e a operao do Esprito Santo. - 1.2 Muitas vezes ouve-se, ainda hoje, o grito do povo de Deus sobre a necessidade de um templo adequado. - 1.4 O povo estava gastando dinheiro em suas prprias casas. Por que no na casa de Deus? - 1.6-9 Quando um homem negligencia sua responsabilidade financeira diante de Deus, o que ele conserva para seu uso nunca suficiente. Era tempo de inflao, quando Ageu comeou a pregar. - 1.12b A razo porque o povo obedecia a Ageu: estava certo de que era enviado de Deus. - 2.3,9 A primeira crise na operao da construo. Os antigos estavam dizendo que o novo templo no se comparava com o de Salomo, e isso estava fazendo com que os construtores perdessem o entusiasmo. Ageu os advertiu, dizendo que a aparncia material no o mais importante. Os dias da maior glria daquele templo ainda se esperavam. Sem dvida, isto seria cumprido no ministrio de Jesus. - 2.19 A segunda crise. A prosperidade que Ageu havia prometido, se obedecessem a Deus, ainda no se havia verificado. O povo acusava o profeta de o estar enganando. Ageu se defendeu, referindo-se Lei. A impureza mais contagiante do que a santidade. E toma muito templo, depois que ocorre o arrependimento, para 17

desaparecerem os efeitos do pecado. Ento, viro dias mais prsperos. Esta verdade constantemente aplicvel. O pecado nunca deve ser tratado com delicadeza. Suas conseqncias continuam sobre a terra, at mesmo depois da reconciliao do pecador com Deus. - 2.23 O dia do Senhor foi sempre iminente, na profecia do AT. O sinete era a marca do anel deixada nos selos de cera dos documentos e que garantiria sua autenticidade. O emblema era diferente entre todos os anis. O dono no confiava nunca seu sinete a qualquer outro, pois era de uso privado. O ensino aqui que Zorobabel tem a garantia de Yahweh em sua obra. No h qualquer indicao de que Ageu ensinava que Zorobabel seria o Messias, como pensam alguns estudiosos, embora seja interessante o fato de que Jesus descendente de Zorobabel.

11. ZACARIAS# Homem Zacarias: O seu nome em hebraico significa Jeov lembra. um nome muito comum que aparece mais de 20 vezes no AT. O profeta mencionado 3 vezes nos outros livros: Ed 5:1; 6:14; Ne 12:16. Ele era filho de Beriquias e o neto de Ido, o chefe de uma das famlias sacerdotais. Ele era jovem quando iniciou o seu ministrio como profeta (2: 4). Ele comeou profetizar logo depois de Ageu. Nascido na Babilnia, Zacarias viu Jerusalm pela primeira vez quando viajou com os exilados, de volta da Babilnia. Seguiu a orientao de Ageu, quanto idia da reconstruo do templo. Zacarias e Age, no entanto, apresentam entre si um interessante contraste. Eram diferentes, tanto quanto era possvel, com uma coisa apenas em comum um interesse apaixonado pela restaurao do templo. Ageu era velho, cnscio de que o tempo estava passando rapidamente e que, por isso, devia falar diretamente sobre o assunto. Zacarias era jovem e visionrio. Ageu era prosaico e prtico. Zacarias era idealista, criando, em palavras coloridas, quadros imaginativos e ainda insistindo na necessidade de ao poltica e religiosa. Ageu profetizou do sexto ao nono ms do ano 520 a.C. Zacarias comeou seu trabalho no oitavo ms e continuou, com pequenos intervalos, por vrios anos. A depresso aludida por Ageu estava no auge. A apatia dela resultante era inconcebvel para um temperamento como o de Zacarias. Pertencia ele casta sagrada de Ido, o sacerdote, e consagrou sua fora para servir ao grande objetivo para o qual Ageu devotava todo o seu esforo, atirando-se de corpo e alma conquista do seu ideal. Existe uma profunda idia messinica, no mago de sua mensagem, que lhe deu tanta confiana, e para a qual apelava: o destino que Deus daria nao. De fato, o cumprimento destas esperanas dependia do interesse do povo pela reconstruo do templo. Zacarias difere do seu predecessor na nfase que ele deu s vises, como um meio de comunicao divina, num simbolismo apocalptico, e num grande lugar ocupado pela meditao anglica, na sua comunho com Deus, no seu livro, vemos a tendncia do primitivo judasmo em enfatizar a santidade de Yahweh a tal ponto que, s vezes, se apresenta como se no se dirigisse diretamente a seres humanos.1 # Cronologia harmnica com Ageu, Zacarias, Esdras etc.. 1. A primeira mensagem de Ageu. 29/08/520. Ag 1:1-11, Zc5:1 2. Incio da construo. 21/09/520. Ag 1:12-15, Zc 5:2. Durante 536 530 a construo do templo foi atrapalhada e durante 530 a 520, foi parada. 3. A Segunda mensagem de Ageu. 17/10/520. Ag 2:1-9 4. Zacarias comea sua mensagem. 10 e 11 de 520. Zc 1: 1 - 6 5. A terceira mensagem de Ageu. 18/12/520. Ag 2:10-19 6. A Quarta mensagem de Ageu. 18/12/520. Ag 2:10-19 7. 8 vises de Zacarias. 15/02/519. Zc 1:7-6:8 8. Josu coroado. 6 de 518. 6:9-15 9. Exortao ao arrependimento e as bnos prometidas. 07/12/516. 7 8. 10. Dedicao do Templo. 12/03/516. Zc 6:15-18 11. ltimas profecias de Zacarias. Depois de 480. Zc 9 14 # Esboo: * O livro tem duas divises principais: 1. cap 1-8. Vises profticas. Tem algumas referncias histricas. Condenao e Esperana. 2. cap 9-14. Profecias verbais do futuro. Inteiramente escatolgica. A futura salvao de Jerusalm: Paz * Outro esquema de esboo 1. Exortao ao arrependimento: Volta a Yahweh (1:1-6) 2. Mensagens de encorajamento aos construtores: 8 vises que Zacarias viu(1:7 6:8)1

Clyde T. Francisco. Introduo ao Velho Testamento. Juerp. (3 edio). Rio de Janeiro, 1985. Pg. 203. 18

1) Os cavalos e o cavaleiro. 1:717. Os israelitas estavam cansados e decepcionados, desestimulados por causa da construo do templo, mas Deus consola prometendo acompanhar eles. 2) Os 4 chifres e 4 ferreiros. 1:18-21. Os chifres (smbolo de orgulho) so inimigos de Israel que estavam cercando Sio, mas Deus vai enviar ferreiros que vo derrotar completamente inimigos. 3) Um homem com um cordel de medir para medir Jerusalm. 2:1-13 As naes se uniro. Jerusalm seria cheia de habitantes; Yahweh, pessoalmente, seu muro (defesa). (1) Viso, propriamente dita. 1-5. Medidor = Cristo. Jerusalm = Igreja. Cordel = reconstruo e expanso. (2) Interpretao da viso. 6-13. 4) O sumo sacerdote Josu. 3:1-10. Josu representa o povo de Israel. Mesmo que o povo de Deus esteja no pecado, e Satans acusa sem parar, h o advogado (Anjo do Senhor) e Deus estende misericrdia para nos perdoar e derrotar todos os ataques de Satans. Deus enviar Messias para estabelecer o reino da Paz. Sat acusando o sumo sacerdote. O sacerdote perdoado, limpo e ungido, torna-se um sinal do Messias, o servo de Yahweh, o ramo. 5) O candelabro de ouro entre duas oliveiras. 4:1-14. O candelabro o templo e Igreja. Duas oliveiras so dois ofcios de Cristo: Rei (Zorobabel) e Sacerdote (Josu). Assim a igreja ser alimentada pelo azeite de oliveiras (Cristo). leo Esprito Santo. 6) O rolo voante. 5:1-4. Os que quebraram a lei sero julgados e condenados pela prpria lei. Maldio para o ladro e o mentiroso. 7) A mulher sentada dentro da efa. 5:5-11. Efa e Mulher so smbolos do mal, pecado que sero eliminados completamente da terra. Banimento da impiedade. 8) Os 4 carros. 6:1-8. Semelhante primeira viso. Na primeira, Deus visto como onisciente que governa o mundo. Aqui Deus todo poderoso que derrota os inimigos e conquista a terra. a primeira pode ser descrio do incio do Reino, esta a realizao do reino. (1) Vermelho guerra, grande matana (2) Preto tristeza, morte (3) Branco vitria, progresso (4) Baio grandes pestes 3. Coroa que foi colocada na cabea de Josu, sumo sacerdote (6:9-15). Essa parte a concluso da parte das vises. Josu um tipo de Cristo. Unio dos ofcios reais e sacerdotais na pessoa do Messias. Deus encoraja o povo para construir o templo e mostra a vinda do Messias e do Reino. 4. Questo de Jejum e promessa de restaurao de Jerusalm (7:1-8:23) Jejum convertido em banquete. Se a nao restaurada obedecer a Yahweh e se conduzir fiel e verdadeiramente, os jejuns dos dias do exlio sero transformados em dias de gozo e satisfao, porque atrs de tudo est o amor de Deus. 1) O jejum que no agrada a Deus. 7:1-7 2) A desobedincia foi a causa do cativeiro. 7:8-13 3) Sio restaurada. 8:1-23 5. Duas advertncias: Vinda de Messias e Realizao completa do Reino de Deus (9:1-14:21) 1) Primeira advertncia. A vinda de Messias e recusa do povo. 9:1-11:17 * O peso de Hadraque e de outras cidades pags, juntamente com as mensagens cheias de promessas e avisos por Israel (Cap 9-11; 13.7-9). (1) Ao passo que muitas cidades pags sero castigadas, Yahweh proteger sua terra (9.1-8). (2) Entra o rei de Sio, trazendo a paz e domnio universal. Israel livre do cativeiro e vitorioso sobre todos os inimigos (9.9-17). (3) Em contraste com dolos impotentes, Yahweh mandar chuva sobre a terra e livrar, congregar e guiar seu povo escolhido (cap 10). Jud e Efraim agora unidos. (4) O bom pastor e os pastores loucos (tolos) (cap 11.; 13.7-9). 2) Segunda advertncia. A Segunda vinda de Messias e o Seu Reino. 12:1 14:21 * UM grupo de profecias sobre Israel (Cap 12.-14.) (N.B. Zacarias usa o termo Israel para designar o povo que voltou, embora fosse de Jud ou de outras tribos). (1) Jud e Jerusalm, por auxlio divino, sero capazes de resistir a todos os inimigos (12.1-9). (2) Grande pranto em Jerusalm sobre o Ferido (12.10-14). (3) Jerusalm limpa de dolos e falsos profetas (13.1-6). (4) Depois de um terrvel castigo, Jerusalm ser transformada e, sob a proteo de Yahweh, ser o centro de adorao do mundo (cap. 14). # Livro 2

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A crtica do livro comeou em se querer descobrir uma relao entre Mateus 27.9 e Zacarias 11.13. Os captulos de 1 a 8 so admitidos como sendo escritos por Zacarias; entretanto, quanto aos captulos 9 a 14, h uma controvrsia. Um grupo diz que esses captulos indicam uma situao histrica, dentro de fora de Jerusalm, diferente da que se observa descrita nos captulos 1 a 8. Nestes, Zacarias apresenta um quadro de toda a terra em paz, o que era realmente certo quanto Sria inteira; eles no apresentam qualquer perigo contra Jerusalm, mas descrevem sua paz e expanso frutfera em termos bem notveis, durante os reinados dos primitivos reis persas. Esta situao se transforma nos captulos 9 a 14. As naes esto agitadas, o cerco de Jerusalm est iminente e a sua salvao somente poder ser assegurada mediante muita guerra e um terrvel derramamento de sangue. Sabemos exatamente dos problemas enfrentados por Israel na primeira parte do perodo persa. A atitude para com o paganismo no foi a que se acha descrita em Zacarias 9-14. Alguns julgam que os captulos foram escritos antes do pr-exlio; outros, que so do ps-exlio, em data anterior a 350 a.C. Entretanto, a melhor corrente sustenta que os captulos 9-14 no tm perodo histrico, mas foram escritos por Zacarias no fim da sua vida, como um drama apocalptico. CF. Pfeiffer, que, entretanto, no d Zacarias como autor: 1) Um inventor divinamente enviado, para destruir a Sria, Fencia, Filstia, e a vinda do messinico Prncipe da Paz (9.1-10). 2) A restaurao de Jud e Efraim, para derrotar os gregos (9.11-10.4). 3) Todos os judeus quebraro o jugo dos opressores (10.5 a 11.2). 4) Os falsos e os verdadeiros pastores (11.3-17; 13.7-9). 5) Jerusalm, atacada por seus inimigos, triunfar (12.1-13.6). 6) Saque de Jerusalm e livramento miraculoso de metade da populao (14). # Peculiaridades: 1. O livro tem sido rotulado o segundo livro mais messinico de todos dos livros do AT. A interpretao e identificao do Messias dominam o livro inteiro. 1) 3:8 servo (Mc10:5) e Renovo (Lc 1:75); 2) 6:13 Rei Sacerdote (Hb 6:20 - 7:1); 3) 9:9-10 Rei humilde 4) 11:12,13 a traio para Cristo; 5) 12:10 a crucificao de Cristo (pregos); 6) 13:1 a fonte purificadora; 7) 13:7 humanidade e deidade Em termos gerais, na primeira parte do livro Messias descrito como servo (3:8) embora seja do renovo (6:12 Is 4:2; 11;1, Jr 23:5) de Davi, na Segunda parte, ele descrito como Pastor (11:4; 12:10; 13:7) e Rei (9:9; 14:9). 2. As profecias de Zacarias podem ser encontrados em outros profetas.3 1) 4 chifres 1:18 Dn 7:7 2) Medidor 2:1 Jr 31:39, Ez 40:3 3) Tio tirado do fogo 3:2 Am 4:11 4) 7 olhos 4:10, II Cr 16:9 5) Juiz verdadeiro 7:9,10 Ex 22:21-24 6) Espalhar como castigo 7:14 - Lv 26:33, Dt 4:27, 28; 28:36,37 7) O futuro de Jerusalm 8:3-13 Is 2:2-4; 54:1-17, Jr 3:17; 50:4,5 8) Advertncias contra as naes 9:1 Am 1:2 2:3 9) Promessa de restarurao 1:17; 2:10 Is 40:1, Os2:23, Mq 7:4 10) guas vivas 14:8 Ez 40 - 48

12. MALAQUIAS* Autor: Malaquias o ultimo dos profetas. O seu nome significa meu mensageiro. Ele profetizou quando Neemias estava em Jerusalm e depois que ele voltou para Prsia. Entre 433 420 A.C. Ele veio como mensageiro de Deus para denunciar o pecado do povo e preparar o povo para os prximos anos de silncio proftico. Juntamente com Ageu e Zacarias, Malaquias foi profeta ps exlico. Nada sabemos da vida pessoal do autor, exceto o que revelam os seus escritos. Enfrentou seus adversrios com uma bravura indomvel e sempre estava pronto para qualquer emergncia. Nunca temeu a homem algum, porque temia muito a Deus. Combateu de rijo e desmoronamento do lar. Enfrentou o escrnio e o antagonismo, certo de que somente atravs de Deus poderia a raa humana encontrar a fora e a serenidade.

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Por isso, Lutero disse que Zacarias era a essncia dos Profetas. 20

Malaquias enfrentou tambm indiferena, causada pelo desapontamento e ceticismo demonstrados na negligncia ao culto no templo. Os sacerdotes realizavam as cerimnias superficialmente sem envolvimento do corao. Julgavam que qualquer coisa seria suficiente para agradar a Deus e, assim, animais cegos ou defeituosos eram oferecidos no altar. O povo, por sua vez, no queria cumprir seu dever religioso. Predominavam os casamentos mistos e os divrcios, acompanhados por uma visvel decadncia moral. Mesmo assim, ainda havia um ncleo fiel na comunidade (3.16). * Livro H pelo menos duas vistas principais quanto data: (1) O intervalo no qual Neemias havia voltado Prsia (cerca de 430 a.C.). Malaquias anunciou os mesmos pecados que Neemias encontrou na sua volta. A aluso feita ao governador (1.8) aponta mais para um estrangeiro do que para o prprio Neemias, que recusou usar das suas prerrogativas oficiais. (2) Precedeu a Esdras (537 a.C.). Malaquias no se refere s medidas tomadas por Esdras, quanto ao casamento misto ou publicao da Lei. Sua linguagem, dizem os entendidos, a mesma do Deuteronmio e no a dos Cdigos Sacerdotais, como seria de esperar de um substituto de Esdras. A esta teoria se objeta que tal argumento do silncio e, por isso, sem valor. O ensino de Malaquias sobre casamento e divrcio d mais nfase ao fato; quando a isso se refere, trata como um contrato feito com 10 anos de antecedncia. Deuteronmio, o livro da Lei, era muito popular depois do tempo de Esdras. O estilo de Malaquias didtico, acadmico, mas no to livre quanto o dos antigos profetas. (1) H uma acusao; (2) O povo responde; (3) O profeta orienta sua mensagem ao lar de maneira verdadeiramente proftica. A profecia se apresenta em forma de ensino, resultando eventualmente no escolasticismo dos rabinos. Em Malaquias, temos Profecia dentro da Lei. Ele reafirma verdades ensinadas pelos primitivos profetas quanto ao amor e cuidado de Deus e julgamento do mau, mas, por outro lado, pe grande presso sobre a Lei, como regra disciplinar de viver. Sua apresentao tolerante recebe severa condenao. Sua exortao final : Lembra-te da Lei de Moiss (4.4). * Contexto: Os judeus voltaram da Babilnia com grande esperana. Eles comearam construir altar e templo e reconstruram a cidade de Jerusalm. Com a reforma religiosa de Esdras e Ageu e Zacarias, eles foram estimulados para vida mais santificada. No mesmo tempo esperavam que o grande tempo viria com a reconstruo do templo de Jerusalm, mas passados vrios anos, esse grande tempo de glria no veio provocando desnimo e desconfiana e incredulidade. No seu lugar vieram os sofrimentos, fome, dificuldades. Eles comearam se duvidar do amor de Deus (1:2), da justia e governo reto de Deus (2:17). Chegaram afirmar at intil servir a Deus, que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do Senhor dos Exrcitos? (3:14) * Mensagem de Malaquias: 1. Amor Eletivo de Deus. Jac x Esa? Numa base de Aliana. Eleio. (1:1-4) 2. Deus Catlico (1:5, 11). Soberania de Deus sobre todo o universo, sobre a histria humana. 3. Dia do Senhor. Literatura Apocalptica - Escatolgica. Deus vai julgar os mpios, mas d a chance de arrependimento. No fim dos tempos haver os justos. Haver o precursor antes da vida de Messias. Grande e Terrvel Dia do Senhor (tribulao) (castigo) (purificao). As glrias da eternidade (4:2-3). 4. Dzimo e Oferta * Esboo 1. Amor Eletivo de Deus: 1:1-5 2. As iniqidades de Sacerdotes (liderana religiosa): 1:6 2:9 Problema bsico desprezar o nome de Deus. Desonrar. Desrespeitar. Profanar. 1) Questo de Oferta Sacrifcio. A mesa do senhor, animais (cego, coxo, enfermo, dilacerado, defeituoso) - Eu no tenho prazer em vs. Nem aceitarei da vossa mo a vossa oferta.(1:10) Maldito seja o enganador (1:14) - O castigo dos sacerdotes: maldio sobre os sacerdotes e amaldioar as bnos dos sacerdotes (2:2). Reprovar a descendncia, atirar excremento ao rosto e ao sacrifcio e lavar para fora (2:3) - Os outros povos e naes oferecem melhor que Israel!(1:11) - Comparao com Levi (2:4-7) 2) Questo de instruo prtica da palavra aplicao da justia (2:8 9). Mas vs vos tendes desviado do caminho e, por vossa instruo, tendes feito tropear a muitos; violastes a aliana de Levi no guardastes os meus caminhos e vos mostrastes parciais no aplicardes a lei. 3. Advertncia contra a infidelidade: 2:10 16 1) Casamento misto (com a filha de outros deuses): blasfemar o templo e as ofertas: 2:10 13 2) Infidelidade conjugal: 2: 14 16. Questo de ser um. 4. Deus justo vai voltar para julgar. Essa vinda do Senhor ser precedida pelo Seu Anjo. 2:17 3:5. 5. O roubo tocante aos dzimos e ofertas. 3:6 12. Deus requer arrependimento. 21

6.

Deus julga os perversos que falaram contra o Senhor. 3:13 4:3. Justo x Perverso. O que serve ao Senhor x O que no O serve. - Palavra dos perversos: Intil servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exrcitos? Ora, pois, ns reputamos por felizes os soberbos; tambm os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao SENHOR e escapam. (3:14 15) 7. Lembre-se da lei de Moiss. 4:4 8. A promessa de envio de Elias, antes da vinda de Messias. 4: 5 - 6 * As peculiaridades - Feche as portas da Igreja! (1:10). melhor no haver cultos do que misturar irreverncia com adorao. - Sol da Justia (4:2) Cristo: Lc 1:78,79 (Zacarias) - Profeta Elias (4:5) Joo Batista - O grande e terrvel Dia do Senhor (3:2-3) (4:5) - Uso freqente de perguntas. - Provai-me para os justos (3:10) x tentar ao Senhor dos perversos(3:15) - Moiss e Elias

Profetas do Norte Osias, Ams (Ele era do sul, mas foi profetizar no Norte. Contra Edom), Jonas (contra Nnive), Naum (contra Nnive), Profetas do Sul Joel, Miquias, Habacuque, Sofonias, Isaias e Jeremias, Ageu, Zacarias e Malaquias1. Profetas Pr exlicos Joel, Osias, Ams, Jonas, Miquias, Naum, Habacuque, Sofonias, Isaias, Jeremias. 2. Profetas Exlicos: Daniel, Ezequiel e uma parte de Jeremias. 3. Profetas Ps-Exlicos: Ageu, Zacarias e Malaquias.

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