apostila 1- o fenomeno mediunico atravez dos tempos

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  l i a n ~ a  Municipal Espil'ila de Juiz de Fora Sede do ConseJho Regional Espfrita d a Zona d a Mala - 7" Regiao Rua Espirito Santo, 650 -Tel.: (032) 212-5418 - 36013 - Juiz d e Fora - MG PROJETO O ORIENTAf;ÄO ItARA GRUPOS O ESTUDO DA MEDIUNIOAOE =PR06EM= o FENÖMENO MEDIUNICO ATRAVES DOS TEMPOS ~ ~ ~ l : I Y 9 _ ~  ~ ~ p ~ < ( F ~ 9 _ ~   Relatar a existencia do fenömeno mediunico atraves dos tempos. Mostrar a e v o l u ~ ä o  d o mediunismo desde os primardios d a Humanidade. Destacar os objetivos da mediunidade apas a o d i f i c a ~ ä o  Espirita. IDElI\S PRINCIPAIS Os fatos mediunicos säo de todos os tempos; con udo a mediunidade somente passa a ~ / I  - ! ser exercida d e maneira racional e cientifica com a Doutrina Espirita ou Espiritismo, codificado por Allan Kardec, no seculo XIX. Desde d e to d os os tempos, os Espiritos Superiores impulsionam a Humanidade para o progresso moral e intelectual, tendo sido a mediunidade a ponte de luz neste interd1mbio. A mediunidade atinge culminancia com Jesus, atraves de seu intercambio constante com 0 Plano Superior e nas diversas apari<;öes aos companheiros apas amorte. I No seculo passado, os feB..2 11enos de Hydesville e as mesas girantes, sao as m a n i f e s t a ~ ö e s  mediunicas preliminares da o d i f i c a ~ ä o  Espirita.

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A l i a n ~ a   Municipal Espil'ila de Juiz de ForaSede do ConseJho Regional Espfrita da Zona da Mala - 7" RegiaoRua Espirito Santo, 650 - Tel.: (032) 212-5418 - 36013 - Juiz de Fora - MG

PROJETO OE ORIENTAf;ÄO ItARA GRUPOS OE ESTUDODA MEDIUNIOAOE=PR06EM=

o FENÖMENO MEDIUNICO ATRAVES DOS TEMPOS

~ ~ ~ l : I Y 9 _ ~  ~ ~ p ' ~ < ! ( F ' ~ 9 _ ~  

• Relatar a existencia do fenömeno mediunico atraves dos

tempos.

• Mostrar a e v o l u ~ ä o   do mediunismo desde os primardios da

Humanidade.

• Destacar os objetivos da mediunidade apas a C o d i f i c a ~ ä o  Espirita.

IDElI\S PRINCIPAIS

• Os fatos mediunicos säo de todos os tempos; con!udo a mediunidade somente passa a~ . / ' I  - ! ser exercida de maneira racional e cientifica com a Doutrina Espirita ou Espiritismo,

codificado por Allan Kardec, no seculo XIX.

• Desde de todos os tempos, os Espiritos Superiores impulsionam a Humanidade para

o progresso moral e intelectual, tendo sido a mediunidade a ponte de luz neste

interd1mbio.• A mediunidade atinge culminancia com Jesus, atraves de seu intercambio constante

com 0 Plano Superior e nas diversas apari<;öes aos companheiros apas amorte.

I • No seculo passado, os feB..2!11enos de Hydesville e as mesas girantes, sao asm a n i f e s t a ~ ö e s  mediunicas preliminares da C o d i f i c a ~ ä o  Espirita.

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, - = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = ~ - - - -PROCEM aula nOOl/1

o FENÖMENO MEOIUNICO ATRAVES DOS TEMPOS

lntrodu\ao

Os fenömenos mediunicos sempre existiram. Ao longo da hist6ria dos povos, desde as

mais remotas civiliza<;öes a presen<;a dos Seres Invisiveis e assinalada por fenömenos os mais

diversos, dando noticias da continuidade da vida e do intercambio natural enfre os "vivos" e os

"moTtos".

Essa presenc;a e corno um sopro renovador frazendo esperan<;as e ampliando as

perspectivas do ser humano. Os primeiros registros dos fenömenos mediunicos estäo nosVEDAS, na india, cerca de dois rnil anos antes de Cristo, com relatos de interdimbio espiritual

com os chamados mortos.

De acordo com os povos, os costumes e a epoca, os Espiritos se comunicavam atraves de

mediuns de varios niveis culturais e a mediunidade era envolvida com simbolos, misterios e

cultos.

Alguns povos corno os Egipcios consideravam os sacerdotes dos templos corno pessoas

sobrenaturais, com poderes mediunicos aos quais eram, propositadamente, rnisturados co m

magicas e prestidigitac;ao, para impressionar 0 povo e manter junto ao poder constituid 0,

condi<;öes de mando e influencia politica.

Devemos destacar que desde todos os tempos, os Espiritos Superiores nos impulsionam

para 0 progresso moral-intelectual, tendo sido a mediunidade a ponte de luz neste intercambio.

"(...) Os antigos {izeram destes Espfritos, divindades especiais. As musas niloeram senilo a personi{icaI;ilo a1eg6ri.ca dos Espiritos protetores das ci€ncias, das artes e das

atividades humanas, corno os deuses Lares e Penates simbolizavam os Espiritos protetores da

familia. "

(0 Livro dos Espiritos - questäo 521)

Estudando os costumes dos povos, seus habitos, suas leis, encontra-se sempre presente 0

intercämbio com 0 plano espiritual.

"0 protetismo em Israel, durante vinte seculos corlsecutivos, e 11m dos fenlYnumos

transcendelltais mais notaveis da HistOria (...) Maises eum vidente e auditivo. Eie ve Jeovd, 0

Espirito Protetor de Israel, 1U l s a r ~  de Herob e do sinäi. ;;... - -. .'

(No lnvisivel - cap. Mediunidade Gloriosa)

E nos da uma eloqüente prova da mediunidade escrevendo ao receber as leis do

Decalogo.

Samuel, outro profeta judeu, ouve vozes que 0 chamarn no silencio da noite e (he

anunciam coisas futuras.

(I, Reis IIL 1 a 18).

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PROGEM aula nOO·1/2

Das tribos m a i ~   ~ " I v a e . ' n s ,   com s u a ~   praticas ritualisticas primitivas as intrincadas e

complexas i n i c i a ~ ö e s   egipcias ou as misticas m a n i f e s t a ~ ö e s   da India ate os nossos dias a

p r e s e n ~ a   constante e intensa dos Espiritos e um eloqüente atestado da comunicabilidade entre 0

plano espiritual e 0 fisico.

Os livros sagrados dos povos antigos trazem inumeras referencias aos fenömenos

mediunicos, desde Upanishads ate a Biblia DU Velho Testamento, com suas passagens rieas de

conteudos mediUnicos.

Nos primeiros tempos, aqueles que denotavam possuir dons para realizar esse

intercambio eram considerados seres especiais.

"Variando de nomenclatum, a Biblia c1mmava intennedilirios dos espfritos os

pro/etas, ell'1uanto, I/a tndia, eies emm tidos como pitris, 110 'apilo, Kamis, 11Il Persia, jerouers.

Os hebreus ail/da os del/omi1lllvam elolrills, os gregos lIla1leS e os rOl111mos pe1/1ltes. "

(Mediuns e Mediunidades - cap. 9)

Mediuns e fenömenos mediunicos, säo, portanto, p r e s e n ~ a s   naturais, espontäneas e

constantes na hist6ria da Humanidade, e figuras exponenciais corno S6crates, na Grecia Ant:iga,

\ referia-se ao amigo invisivel que 0 acompanhava freqüentemente.

Importa ressaltar que ao tempo de Jesus os fatos mediunicos foram especialmente

marcantes.

HercuIano Pires enfatiza:

"A mediunidade atinge culmindncia COt1l Jesus, 7/1lS diversas manijestal;oes

narradas no Novo Testame1lto. "

(0 Espirito e 0 Tempo)

Andre Luiz, ampliando ainda mais esse pensamento esclarece:

"A prtitica da mediunidade MO esta sOt1le1lte na passagem do Mestre el7tre oshomens, junto dos quais, a cada hora, revela 0 seu itltercambio constatlte com () Plano

Superior, seja em col6quio COOl os emissarios de alta estirpe, seja em se dirigindo aos aflitosdesezzcarnados, no socorro aos obsessos do caminho, mas tambem na eqUipe dos coo/panheiros,

aos quais se apresenta em pessoa, depois da morte, mitlistrando i n s ~ o e s  para 0 edifiäo doEvangellro nascente. "

(Mecanismos da Mediunidade cap.26)

Mas, e exatamente PauIo quem va i legar aos tempos futuros um dos mais belos textos

acerca da mediunidade, em sua I epistoIa aos Corintios, cap. 12:4, quando fala acerca da

diversidade dos dons.

Todavia, embora todas essas ocorrencias expressivas atestando e confirmando a

autenticidade dos fatos mediunicos, os mediuns e a mediunidade passam a sofrer crueis

p e r s e g u i ~ ö e s  na Idade Media. Ja se disse que uma "noite de trevas" desceu sobre os seres

humanos obscurecendo a razäo de grande parte da Humanidade.

Por essa epoca desponta a figura iniguaiaveI de Joanna 0 ' Are, a donzela de Orleans, que

ouvindo "vozes" e obedecendo as suas d e t e r m i n a ~ ö e s provoca um movimento de I i b e r t a ~ ä o  do

povo frances. Por ouvir "vozes" e acusada de bruxaria e trai<;äo sendo condenada a fogueira,

q ue eIa enfrenta com estoicismo, tal corno os primeiros martires do Cristianismo,

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PROGEM aula n001/3

No seculo XVJJ1, segundo 0 es<:rit0r Arthur Conan Doyle, em seu Iivro A Hist6ria da

Espiritismo, surgem os principais precursores da Espiritismo, que encontram um campo

propicio para a divulga<;äo das novas ideias com 0 firn da Idade Media e, especiaImente, ap6s a

Revolw;:äo Francesa, cujos ideais de Liberdade, 19ualdade e Fratemidade renovaram 0

pensamenta do mundo europeu abrindo perspeclivas diferentes e ensejo para a impIanta<;äo deuma nova ordern de coisas, ideias e reaIiza<;öes.

Dentre stes precursores deseontam: EmanueI Swendenborg, extraordinario vidente

,r nascido n Su - ' . ward I r v i n g ; ~ ~ c o m ampIas aptidöes mediunicas e Andrew Iackson

": Davis, nos sta os Unidos)excepcionaI medium vidente, curador e de desdobramento. Estes e

1 outros m e d ~ n s   a b ~ l a r e i r a s  no pensamento humano, possibilitando 0 conhecimento deVnovos caminhos, preparando assim a Humanidade para 0 advento da Terceira ReveIa<;äo.

AS MESAS GIRANTES

No secuIo XIX um fenömeno muito interessante se toma bastante popular: as mesas

girantes. Nos saraus da epoca, nos acontecimentos sociais ou em reuniöes familiares as pes!.oas

se reuniam para fazer as mesas se movimentarem e responderem perguntas. Islo se tornou

"moda" e tambem a distra<;ao habitual das festas.

Nos Estados Unidos, na pequena cidade de Hydesville, pr6xima a Nova York, duas

irmäs, Kate e Margareth Fox, com 11 e 14 an os respectivamente, mediuns de efeitos fisicos,

foram protagonistas das manifesta<;6es denominadas "raps" ou tiplologia.

Na madrugada de 31 de mar<;o de 1848, 0 Espirito Charles Rosna comunica-se, em casa

da familia Fox, atraves de pancadas, inaugurando assim uma nova etapa dos fatos espiritas. Asmediuns eram as irmäs Fox que estabeleceram entre elas e 0 Espirito Charles Rosna um criterio

de batidas, facililando 0 entendimento. Posteriormente, atraves de informa<;öes da pr6prio

comunicante, vieram a saber que eIe fora assassinado, alguns anos antes, naquele Jocal, e que

seus ossos estavam numa das paredes da residencia da famflia Fox. Para assombro de toda

familia e dos vizinhos constatou-se a veracidade da iniorma<;äo.

Ap6s este fata, que alcan<;ou grande repercussäo, as mesas girantes se tornaram ainda

mais populares.

As mesas nao se moviam apenas. Respondiam inteligentemente ils quest6es fonnuladas

e, inclusive, a algumas que eram somenle pensadas.

o Professor Hippolyle Leon Denizard Rivail, convidado, apos recusar a outros convites,resolve por firn assistir a uma sessäo de mesas girantes. Ao observar 0 fenömeno concluiu que

realmente havia ali algo muito mais serio. A mesa "respondia" as perguntas evidenciando que

havia uma inteligencia a manobra-la.

o Professor Hippolyte Leon Denizard Rivail interessou-se pelas mesas girantes em 1854jquando !!!!! seu amigo, 0 sr. Fortier, lhe falou a respeito. 0 Professor Rivail contava entäo~ e n t a an'bS"de idade, e era um homem de cultura ampla e solida, dedicado aos estudos.

Quando 0 sr. Fortier Ihe afirmou que as mesas girantes "falavam", sua resposta foi a

seguinte: "56 acreditarei ao ve-Io, e quando me provarem que uma mesa tem cerebro para

pensar, nervos para sentir, e que pode tornar-se s01liimbula. Ate la, pennita-me "äo ver no caso

mais do que uma hist6ria para nos fazer dom/ir em pe"."Eu estava etttifo na posifäo dos incredulos de hoje - anotaria Kardec mais tarde

que rregam, apenas por nilo ter visto, um fato que nilo compreemlem." Logo mais, anotaria

ainda: "Achava-me diante de um fato ilrexplicado, aparentemente c01Itrario as leis danatureza, e que a minhn razdo repelia. Ainda nada vira, nem obseroara. As experiblCiaS

realizadas na presellfll de pessoas honradas, digrras de fe, confinnavam a minha opiniifo,

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PROGEM aula n001/4

quanto apossibilidade de um efeito puramellte material. A irleill, porem, de IIma mesa-faltmte,

aiuda uil0 me entrara 1IJl meute. "No ano seguinte, em 1855, 0 sr. Carlotti falou ao Professor Rivail dos mesmos

fenömenos, com grande entusiasmo. Kardec anota, a respeito: "Eie era eorso, de temperamento

ardoroso e entrgieo, e eu sempre lhe apreeiara as q/uzlidades que distinguem uma grande e belaalma, porem, deseo/lfiava da sua exalta{:ao. Foi 0 primeiro a me falar da iJ/terven{:iio dos

Espiritos, e me eO/ltou tantas eoisas surpreenderrtes que, longe de me convencer, aumentou-me

as duvidas. Um dia 0 senhor sera dos /lOSSOS, COf/Cluiu. Nilo direi que näo, respondi-lhe;

verernos isso mais tarde. "Ern principios de maio de 1855, em compa.n1tia do magnetizador Fortier, 0 Professor

Rivail dirigiu-se a casa de Madame Roger (que era sonämbula), onde foi convidado pelo sr.

Fortier para assistir as reuniöes que se reaJizavam na residencia da Sra. Plainemaison. Numa

terc;a-feira de maio, teve oportunidade de assistir "a algu/ls ensaios, muito imperfeitos, de

escrita medillniea ,runli1 ard6sia, com 0 auxilio de /nna cesta. " E0 antigo processo da "cesta de

bico" , ou seja, uma cestinha com um lapis amarrado ao lado, pendurada sobre a rnesa, e em

cujas bordas os mediuns colocavam as mäos, produzindo a escrita. Viu tambern, pela primeira

vez, a danca das mesas, que descreveu nestes termos: "Preser,ciei 0 fenumeno das mesas, quegiravam, saltavam e corriam, em eondi(:oes tais que nno lli1via lugar para qualquer duvida. "

Na casa da Sra. Plainemaison, 0 Professor Rivail travou conheeimento com a famiJia

Baudin, e passou a freqüentar as sessöes semanais que 0 Sr. Baudin reaJizava em sua

residencia. As mediuns eram duas meninas, filhas do dono da casa, Juhe e Caroline Baudin, de

14 e 16 anos, respectivamente. As reuniöes eram frivolas, e Kardec as define assim : "A

curiosidade e 0 divertimento eram os objetivos capitais de todos. "o Professor Rivail näo compareeia as reuniöes com 0 objetivo frivolo de divertir-se.

Queria observar os fenömenos e tirar as suas deduo;öes. Bastou a sua presen<;a para que 0 teor

das reuniöes se modificasse. Vejamos, pelas suas pr6prias anota<;öes, corno Kardec conseguiu

fazer que a danca das mesas e a pr6pria danca da cesta se transformassem, de coisas

aparentemente insigniiicantes, nos instrumentos de transmissäo da poderosa rnensagem

espiritual que 0 mundo reeebeu, no cumprimento da promessa messiänica do Cristo: "Foi

nessas reunioes - dizem as notas - que comecei os meus estudos senos de Espiritismo, menospor meio de revela{:{Jes do que de observa(:oes. Apliquei a essa nova cieru:ia, eorno 0 fizera ate

entao, 0 metodo experimenta I. Observara cuidadosamerlte, eornparava, deduzia conseqiiincias;dos efeitos procurava rernorltar as causas por dedufao e pelo errcadeamerrto 16gieo dos fatos,,Uio admitindo par valida uma explica(:iio, senilo quando resolvia todas as dijicu/dades da

questiio. Foi assim que procedi sempre, em meus traballIOS atlteriores, desde a idade entre 15 e16 anos."

Ao interpelar os Espiritos nas sessöes da casa do sr. Baudin, e mais tarde na casa do sr.

R o u s ~  com a medium Srta. Japhet, 0 Professor Rivail soube ver, com intui<;ao plena de suas

conseqüencias, 0 rompimento da grande barreira do mundo visivel com 0 invisivel, para que a

mensagem do Espirito fluisse sobre a Materia, e as lnteligencias libertas pudessem confabular

com as inteligencias escravizadas no cerebro humano.

Ninguem poderia dizer melhor, de maneira mais sintetica e mais profunda, 0 que foi

esse momente do que 0 pr6prio Kardee, neste breve treeho de suas anota<;öes particulares:

"Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exl,lorafllo que ia empreender. Percebi, lli1queles

jenfJmerlOS, a chave do problenli1 Mo obseuro e controvertido, do passado e do futuro dahumanidade, a solupio que eu procutava em toda a minlm vida. Era, em suma, toda umarevolUt;i1o nas ideias e nas C1englS;- Fllzia-se necessario, portanto, andar eom miliar

cireunspeet;ilo, näo levia"amente; ser p o s i t i V i S ~ O   idealista, para näo me deixar i/udir."\........

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PROGEM aula n001/5

o professor Rivail estava livre das injunc;öes da misticismo, em plena era da razäo. De

posse dos insrrumentos culturais da epoca I" da intuic;äo necessaria eie pode apresental ao

mundo as respostas para os problemas humanos I" para as guestöes gue afligiam a

humanidade. Partindo da constatac;äo de um fato: a exist€ncia de um mundo invisivel gue

circundava 0 visiveJ, 0 Professor Rivail iniciou a explorac;äo desse mundo. EIe viu-se em

condic;Ö€S de interpelar esse mundo, penerrar nos seus segredos, dialogar com 1"11" I" convidar os

homens a acompanha-lo nesse dialogo. A cesta-€screvente foi apenas 0 ponto de partida de um

imenso dialogo, no plano da i n t e l j g ~ n c i a ,   da razäo, I" da pr6pria experimentac;äo cientifica,

enrre 0 Visivel I" 0 !J.wislveJ, gue se prolongaria pelo futuro.

A natureza desse dialogo näo e rnistica, porgue os tempos säe ourros I" as portas do

antigo misterio se abriram ao irnpacto do raciocinio I" da linguagem dos homens. Vejamos

aincla as anotac;öes intimas cle Rivai!: "Um dos primeiros resultados que colhi de minluzsobservafoes, foi que os Espiritos, niio sendo mais do que as allllas dos IlOmells, ,Ufo possu[am

lzem a puma sabedoria, nem a cienda integral. Que 0 saber de que disptmham se reduzia ao

grau de adiantamento que llnviam atingido, e que suas opinioes s6 tinham 0 valor dns

opiniOes pessoais. Reconhecida esta verdnde , desde 0 princlpio, ela me preservou do grave

eseolho de acreditar ,In infalibilidnde dos Espiritos, e me impediu ao mesmo tempo de

fomlUlar teorias prenUltmas, eom base no que fosse dito por um QU por alguns deles. " Est

posiC;äo de Kardec e de importäncia fundamental para a compreensäo do Espiritismo.

o ESP1RITO VERDADE

Na sessäo de 25 de marc;o de 1856, em casa do Sr. Baudin, 0 Professor Rivail, pergunta

ao Espirito gue 0 orienta qual e a sua identidade. A resposta foi registrada nas anotac;öesparticulares de Kardec, I" hoje podemos le-Ia em Obras P6stumas. Foi a seguinte: "Pam ti,

e h a m a r - m ~ - e i   Verdnde. " No momento, certamente, ninguem percebeu 0 sentido dessa resposta.

o pr6prio Kardec anotara mais tarde: "A protefilo desse Espirito, CIIja superioridnde eu estava,

eI.tiio, longe de imaginar, jamais, de fato, me faltou." Kardec acentua ainda, nas anotac;öes

sobre a sessäo de 8 de abri! do mesmo ano, que 0 Espirito Verdade Ihe prometera ajuda para a

realizac;äo da sua obra, inclusive no tocante a vida material. A resposta do Espirito, nesse

ponto, encerra uma Iic;ao de amor: "Nesse mundo, a vida material tein de ser levada em conta, e

näo te ajudnr a viver seria rmo te amar." .

Na sessäo de 30 de abri! de 1856, em casa do sr. R o u s ~   atraves da mediunidade da

Srta. Japhet, 0 Professor Rivail tem, corno1"11"

mesmo anotou, a primeira revelac;äo da suamissäo.

A FALANGE 0 0 CONSOLAOOR

o Espirito Verdade näo era apenas um simbolo, mas 0 Guia Espiritual de toda uma

falange de Espiritos Superiores, incumbida de dar cumprimento a promessa do Cristo sobre 0

advente do Consolador. Essa falange, por sua vez, näo se restringe ao plano espiritual, mas se

projeta na vida material atraves da encarnac;äo dos seus elementos, incumbidos de atuarem

neste plano.Desde a promessa de Jesus, no Evangelho de Joao, ate a vinda do Consolador, podemos

ver, atraves da Hist6ria, 0 trabalho bimilenar de preparac;äo gue se reaüzou, para 0 seu

cumprimento.

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PROGEM aula n O Ol/6

Ao lado do Espirito da Verdade encontramos toda a pleiade de entidades espirituais que

subscrevem a mensagern publicadas nos "Prolegömenos" de 0 Livre dos Espiritos, e as demais,

que aparecem corno autoras das numerosas mensagens transcritas nesse livro, bem corno em 0

Evangelho Segundo 0 Espiribsmo e nas outras obras da Codifica<;äo. Ao lado de Allan Kardec,

encontramos os seus colaboradores, desde os que foram incumbidos de despertar-Ihe a atenc;äopara os fenömenos, ate os mediuns que mais diretamente 0 serviram, corno os meninas Baudin,

a Srta. Japhet e a Srta. Ermance Dufaux. 0 editor Didier , Gabriel DeJanne, Camille FIammarion,

os companheiros da Soeiedade Espirita de Paris, Amelie Boudet que foi sua companheira de

vida e de lutas, e tantos outros, inclusive os que, fora da Fran<;a, em todas as partes do mundo,

se dispuseram a auxiJia-lo na grande batalha.

Varios mediuns reenearnaram no seculo XIX com a missäo de eooperar na eomprovac;äo

da realidade espiritual e foram pesquisados por estudiosos e cientistas da epoea, dando assim

excelente respaldo para a Codifieac;äo.

Citamos dentre eIes: Eusapia Paladino, Statton Moses, Srta. Piper, Daniel D. H o m ~ Elisabeth d'Esperance, Florence Coolk, ete. J

A MEDIUNIDADE NOS DIAS ATUAIS

No secuJo XIX, prosseguindo a tarefa de Allan Kardec, novos missionarios e

eolaboradores vem trabalhando no campo da mediunidade.

Destaeamos 0 trabalho dos mediuns Francisco Cändido Xavier, Yvonne A Pereira,

Divaldo Pereira Franeo, que atraves de obras psicografadas por inumeros Espiritos

programados pela Espiritualidade Superior, trazendo luzes, esclarecimento, consolo e

orientac;äo para os que buseam na Doutrina dos Espiritos, 0 roteiro para suas vidas.A pesquisa cientifiea dos fenömenos mediilnicos foi iniciada e desenvolvida por Allan

Kardec.

As leis dos fenömenos mediunieos (ou paranormais) foram descobertas e descritas

tambern por eIe em 0 Livro dos Mediuns, ha mais de um seculo (Hoje, essas leis säo

redescobertas nos laborat6rios modemos). Allan Kardec tece profundos comentarios sobre estas

inteligeneias, em 0 Livro dos Mediuns - 1a parte - eap. I, quando eIe questiona "Ha Espiritos?" e

apresenta argurnentos 16gicos e racionais. Kardec partiu do principio de que os fenömenos

falam. Interrogou os Espiritos comunicantes e controlou 0 que eIes diziam com experiencias

reaLizadas com pessoas vivas. 0 eonfronto dessas manifestac;öes em dois pIanos da reaJidade e

a constante repetic;äo de experiencias Ihe davam uma margem de certeza possive!. Jnsisbu doze3110S consecubvos nesse trabalho. Hoje, as confirmac;öe5 eientificas mostram que eIe estava -certo. Atingiu por metodos psicol6gicos 0 que as ciencias atuais conseguiram com a p a r e l h o sespeciais. Kardee realizou assim a maior fac;anha cientifica de todos os tempos. Tudo quanto

afirmou foi 0 resultado de pesquisas serias. Das investigac;öe5 espiritas do Professor Rivail

surgiram as experiencias da Metapsiquica, as Sociedades de Pesquisa Psiquica, e em nossos

dias as invesbgac;öe5 da Parapsicologia, em pleno campo universitario, todas elas confirmando,

pelos metodos mais modernos e rigorosos - aquilo que podemos chamar "a mensagern da

cesta."

Näo apenas pela Parapsieologia, mas tambem pela Fisica NucJear, pela B j o l o g i ~  avanc;ada, pela Astronaubca, por todos os ramos do eonhecimento, estäo em face de umacomprovac;äo total da Gencia Espirita.  

Neste retrospecto, analisando 0 fenömeno mediunico atraves dos tempos, ressaltarnos a

programac;äo espiritual superior, visando sempre 0 progresso moral e intelectual da

Humanidade.

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PROGEM aula nOOl /7

Jesus mar,a 0 inki0 de um TI('VO ci,lo historko no Ocidente. Com 0 seu ensino,

amplamente divulgado e aceito, as grandes concep<;öes do passado, limitadas a pequenos

cireulos de inieiados ou eleitos, modelam uma nova mentalidade eoletiva.

Com a vinda do Espiritismo 0 Consolador prometido por Jesus - "0 espirito se derrama

sobre toda a eame", e a fe, iJuminada pela razäo, deixa 0 terreno primario da eren<;a, paraelevar-se ao da eonvie<;äo, arraves do eonhecimento direto da realidade espiritual. A

mediunidade desenvolvida eneoraja os apostolos, que se manrem em eontato eom as for<;as

espirituais, para poder enfrentar 0 poder temporal. Os marhres, os santos e os sabios eneheräo

o mundo de espanto, eom as luzes de uma nova e vigorosa eoneep<;äo da vida, que eleva o·

homem adma de si mesmo.

Na propaga<;äo do Espiritismo, vemos repetirem-se os milagres da fe e da eoragem dos

cristaos primitivos.

E a eonvie<;äo poderosa: "Eu 000 creio. Eu sei", resultante do desenvolvimento da

mediunidade positiva, que faz 0 movimento espirita sustentar uma nova eoneep<;äo da viela e

do mundo.Onde a mediunidade eom ]esus se torna a fonte de esclareeimento e orienta<;äo dos

problemas do espirito. Gra<;as a ela, 0 homem se emandpa da tutela dos rilos e eultos

primitivos.

E a mediunidade eumpre assim suas finalidades fundamentais:

1 - Dar aos homens 0 eonhecimenlo da verdade;

2 - Promover a melhora espiritual da Humanidade.

(0 eonteudo de parte desta aula, foi adaptado do eap. V, 2a parte do Iivro 0 Espirilo e 0

Tempo)

Observacäo: Esta aula foi revisada e atuahzada em abri! de 1997.

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PROGEM aula n C Ol/8

BIBLIOGRAFIA

1 - KARDEC, Allan -°Livro dos Espiritos.

2- XAVIER, Francisco C./VIEIRA, Waldo/Andre Luiz - Mecanismos da

Mediunidade - FEB.

3 - PIRES, J. Herculano - 0 Espirito e 0 Tempo.

4 - FRANCO, Divaldo P.jVianna de Carvalho - Mediuns e Mediunidades.

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•PROGEM aula nOOl/9

SUGESTÖES DE ATIVIDADES

Introdus:äo

 Ao iniciar 0 estudo, explicar aos participantes a tecnica de leitura que sera utilizada

na reuniäo.

Desenvolvimento

 Distribuir com os participantes a c6pia da aula e pedir-lhes que leiam quantas vezeslforam necessarias; sendo que na segunda leitura, deveräo sublinhar os itens mais Jimportantes e na terceira, anotar num papel as diividas,

 Atender ao grupo quanto ao esclarecimento de duvidas ou outras s o l i c i t a ~ ö e s .   Ao terrnino da ultima leitura a turma devera fazer:

a) um resumo escrito do texto;

b) justificar porque as religiöes e seitas antigas tiveram corno base a mediunidade.

Conclusäo

 Escolher alguns participantes para lerern as conclusöes.

 Encerrar 0 trabalho esclarecendo possiveis duvidas.

Tecnicas

 Leitura individual ou em grupo.

Recursos

=> C6pias do assunto.

 Lapis e papel.

Avalias:äo

=:> 0 estudo sera considerado satisfat6rio se 0 resumo escrito refletir as ideias principaisexistentes no texto lido, e se as justificativas sobre as bases medi(micas das religiöes

estiverem corretas.