apoiar a relação entre doente e profissional de saúde
DESCRIPTION
Apoiar a relação entre doente e profissional de saúde. Índice. Introdução. A importância da relação entre doente e profissional de saúde. Considerações especiais para mulheres portadoras do VIH. Maximizar os benefícios da relação entre doente e profissional de saúde. Estudos de caso. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Women for Positive Action is supported by a grant from Abbott
Apoiar a relação entre doente e profissional de
saúde
2
Índice
Introdução
A importância da relação entre doente e profissional de saúde
Considerações especiais para mulheres portadoras do VIH
Maximizar os benefícios da relação entre doente e profissional de saúde
Estudos de caso
Women for Positive Action is supported by a grant from Abbott
Introdução
4
Parcerias bem sucedidas entre doente e profissional de saúde
• Em termos gerais, as mulheres têm experiências positivas com os seus médicos e não referem preferências de género1
• A maioria dos médicos considera sentir empatia para com os seus doentes
• É importante apoiar uma relação bem sucedida e terapêutica entre doente e profissional de saúde
Women for Positive Action is supported by a grant from Abbott
A importância da relação entre
doente e profissional de
saúde
6
Porquê apoiar a relação entre doente e profissional de saúde?
Relação positiva entre doente e profissional de saúde
Capacitar as mulheres para seremparceiros activos nos seus
próprios cuidados de saúde
Ajudar as mulheresa gerir os
desafios do VIH
Apoiar
Confiança Respeito Empatia
Comunicação aberta,bilateral e eficaz
7
Preparar as mulheres para participarem activamente no seu próprio tratamento
O modelo preferencial de cuidados médicos evoluíu rumo a uma abordagem de parceria
ou aliança
Encoraja-se as mulheres a:1–4
Solicitar e obter informação junto dos profissionais de saúde
Levantar questões do foro clínico e psico-social
Participar no processo de tomada de decisão
Assumir responsabilidade pelo próprio bem-estar
8
Benefícios de uma parceria eficaz entre doente e profissional de saúde
Proactividade nas decisões de cuidados de saúde3
Adesão ao tratamento2,4,5 Cuidados próprio doente6
Convicção quanto à utilidade do tratamento2
Resultados de saude Auto-eficácia2
Satisfação1,2
O estabelecimento entre o doente e o profissional de saúde de uma aliança funcional
centrada no doente leva a que os doentes apresentem mais:
. . . e contribui para que os doentes não abandonem o tratamento7
9
Benefícios para a saúde de se sentir “reconhecido como pessoa’’
Beach MC et al. J Gen Intern Med 2006
Perc
en
tag
em
de d
oen
tes
Os doentes “reconhecidos como pessoas’’ pelos seus profissionais de saúde apresentavam maior probabilidade de se submeter a uma TARV, aderir à sua TARV, e de ter uma carga vírica não detectável. Referiam igualmente maior qualidade de vida, faltar menos às consultas, convicções mais positivas em relação à terapêutica, menos tensões sociais e menos consumo excessivo de drogas ou álcool
(n=1743)
10
• Falta de continuidade do tratamento
• Diferenças de tipo institucional, cultural ou de língua
• Novas tecnologias clínicas
• Regulamentos estatais, questões de reembolso e de custos2
• Elegibilidade para o tratamento
• Questões do foro legal• Alteração de normas
sociais2
• Dificuldade em compreender a informação sobre o VIH e respectiva terapêutica
• Receio de iniciar o tratamento
• Não adesão ao tratamento
• Sentimentos negativos acerca de si próprio ou da terapêutica
• Falta de confiança para fazer perguntas, não querer ‘contradizer’ os outros
• Incapacidade de estabelecer uma relação/ relacionamento adequados devido, por exemplo, a diferenças culturais, de personalidade, idade ou outras
Eventuais obstáculos a uma parceria bem sucedida doente/ profissional de saúde
Questões pessoais1 Outras questões1
Sete elementos preponderantes para uma relação bem sucedida entre doente e profissional de saúde
7
Comunicação
Experiênciade doente ambulatório
Experiência de doente internado
no hospital
Educação do
doente
Integração/ continuidad
e
Tomada de
decisão
Resultados
Disease Management Outcomes Summit 2003
12
Obter a excelência na comunicação e na educação
• Programa de auto-cuidados
• Diferenças de conhecimento entre médico e doente
• Educação individualizada do doente
• Responsabilidade do doente pela gestão da sua doença
• Os doentes conhecem os seus sintomas
• Discussão proactiva e feedback do doente
• Informação de tipo não clínico do doente
• Efeitos do género, idade, raça e religião no tratamento
• Abordagem flexível da comunicação
Comunicação Educação
13
Obter a excelência: Experiência de clínica/consultório e de internamento hospitalar
• Tratamento personalizado
• Papéis claramente definidos dos médicos
• Comunicação eficaz• Expectativas definidas
dos doentes• Comunicação com a
família e prestadores de cuidados de saúde
• Planeamento da alta• Contributo para
garantir que a urgência é utilizada para situações reais de emergência
• Acesso atempado e flexível às marcações
• Doente e profissional de saúde preparados para as consultas
• Processo interno por escrito e informação de políticas
• Pessoal cortês e profissional
• Acesso flexível, por exemplo, a consultas fora de horas
Ambulatório Internamento
14
Obter a excelência: Integração, tomada de decisão e resultados
• Ponderação de factores pessoais, religiosos, económicos e psico-sociais
• Participação do doente na tomada de decisão
• Consciência do doente de todas as opções terapêuticas
• Revelação da adesão ao tratamento
• Evolução do doente facilitada pelo sistema de saúde
• Resultados clínicos partilhados com os elementos certos da equipa de cuidados de saúde
• Fornecimento aos doentes de todos os resultados dos exames
IntegraçãoTomada de
decisão
• Discussão prévia de resultados da prática clínica
• Compreensão dos resultados centrados no doente enquanto objectivos válidos
Resultados
Women for Positive Action is supported by a grant from Abbott
Considerações especiais para
mulheres portadoras de VIH
16
Melhoria da prestação de informação a mulheres seropositivas
• Os profissionais de saúde por vezes subestimam a necessidade que os doentes têm de receber informação
• Os profissionais de saúde poderão subestimar o valor e a acessibilidade da informação prestada1
• A informação deverá ser adequada às questões relacionadas com as mulheres e ter em atenção aspectos de tipo cultural
17
Valorização de questões psico-sociais para além das questões do foro “clínico”
• Os médicos que valorizaram igualmente os aspectos psico-sociais da vida do doente tinham mais tendência a transmitir confiança, empatia ou preocupação, e a formular mais questões em aberto do que os médicos exclusivamente centrados em aspectos clínicos
Profissionais de saúde
Solicitação e obtenção de informação
Levantamento de questões do foro psico-social e do foro clínico
Participação no processo de tomada de decisão Levinson & Roter. J Gen Intern Med 1995
• Os doentes tratados por esses médicos tinham mais tendência a falar dos seus sentimentos, a manifestar emoções positivas e a assumir um papel de parceria, e eram menos atreitos a manifestar raiva ou ansiedade
Doentes
18
Personalização do tratamento
O tratamento do VIH deverá variar consoante as necessidades singulares
e circunstâncias pessoais de cada mulher . . .
Cultura ou religião
Imigração
Potencial de concepção
Problemas de co-morbilidade
(por ex., alcoolismo, toxico-
dependência, depressão)
Questões familiares
Historial clínico
Violência ou abuso sexual
Questões de tipo sexual
Apoio
Etapa do percursocom VIH
Aceitação do diagnóstico Língua e
compreensão
Gravidez
Classe sócio-económica
Idade
19
Personalização do tratamento
. . . e ter em conta a mulher no seu contexto social
por exemplo, enquanto mãe, companheira, filha, educadora
20
• Adesão melhora/desencadeiatratamento
• Educar e encorajar• Procura de formas de estabilizar
a vida, se for caótica
• Normalmente mais educada• Mais fácil obter aceitação
• Tratar conforme protocolo• Considerar como MCPC
– ver abaixo
• Menores preocupaçõesde gravidez não planeada
• Potencial cultura partilhada com o médico
• Menos barreiras linguísticas
• A adesão é normalmente uma questão difícil
• Apoio/manter-se positivo
• Dificuldade em educar/ compreender
• Adesão normalmente boa• A escolha da TARV revelou
ser segura e eficaz nagravidez, para limitar riscos
• Enfoque na contracepção• Uso de IP se a contracepção
for pouco fiável
• Estigma cultural do VIH• Barreiras linguísticas• Perplexidade se não se confirmar a condição de imigrante
Adequação do tratamento às necessidades do doente: exemplos
ImigranteNão
imigranteVSVS
Aceitaçãoprévia do
diagnóstico
Aceitaçãoposterior dodiagnóstico
Classe sócio-económica baixa
Classe sócio-económica
elevada
Grávida Não grávida
Possibilidadede gravidez
Fiabilidade dacontracepção ouse não for MCPC
VSVS
VSVS
VSVS
VSVS
MCPC = mulher com potencial de concepção; IP = inibidor de protease
21
Negação
Revelação
Depressão(poderá prolongar-se)
-
+
percurso idealdistúrbio emocional e depressão
Se rejeitada
pelo parceiro
Se rejeitada por entes queridos
Gravidez, perda de emprego,
acontecimento de vida negativos
(a qualquer altura)
Efeitos colaterais
Início do tratamento
Diagnóstico
Aceitação / seguir em frente
The Planning Shop International Women Research, Julho de 2008
Como vivem as mulheres o VIH: o percurso da doente
Melh
ori
a d
ob
em
-esta
r em
ocio
nal
Este percurso caracteriza-se por muitos altos e baixos emocionais e varia de mulher para mulher. Corresponde ao
modelo clássico de sofrimento
22
Aceitação
O desafio do . . . diagnóstico
Desgosto
MedoRaiva
DorNegação
23
O desafio da . . . gravidez
A possibilidade de gravidez é um factor importante a considerar relativamente a todas as mulheres seropositivas ou com potencial de concepção
O VIH deverá ser analisado no quadro do tratamentopré-natal E a gravidez deverá ser analisadano quadro do tratamento padrão
do VIH
24
Considerações em torno da gravidez
Sobreviverei para ver os meus filhos crescerem?
Qual o risco de vir a infectar o meu parceiro?
A gravidez irá agravar a minha seropositividade?
A minha seropositividade provocará anomalias ao bebé?
Qual o risco de o meu bebé ser infectado?
O tratamento ser-me-á nocivo ou ao meu bebé?
Terei de me submeter a uma cesariana?
Como engravido sem infectar o meu parceiro?
?
Serei tratada de forma diferente por quem me presta cuidados?
Deverei amamentar o bebé ou dar-lhe biberão?
E se o meu bebé for seropositivo? Quando saberei?
25
O desafio da . . . revelação
Obstáculos...
Culpa, perturbação do entorno familiar
Rejeição, acusações de infidelidade
Abandono
Perda de apoio económico
Violência (até 60%)1
Estigma
Discriminação
Factores motivantes... .
Sentido de responsabilidade ética
Preocupação com a saúde do parceiro
Sintomas e gravidade da doença
Necessidade de apoio social
Necessidade de aliviar a tensãoda não revelação
Para facilitar o tratamento, sexo seguro e comportamento preventivo do VIH
OMS. Gender inequalities and HIV 2008; OMS. HIV status disclosure to sexual partners: rates, barriers and outcome for women
26
Facilitar a revelação
Debate da necessidade de informar terceiros durante o
aconselhamento pré-teste e pós-teste
Abordagem da obrigatoriedade de revelação e do papel do
profissional de saúde
Ênfase nos aspectos positivos da revelação
27
Contagem de CD4 e carga vírica
as doses em falta poderão permitir uma replicação mais rápida do vírus e a deterioração do sistema imunitário
O desafio de . . . iniciar o tratamento
A adesão ao tratamento é fundamental para:
1
Prevenção da resistência à TARV
as doses em falta poderão estimular o desenvolvimento de estirpes novas
do VIH resistentes aos fármacos
2
28
O desafio de . . . iniciar o tratamento
Obstáculos a superarantes de iniciar o tratamento1,2
Preferência por
medicinas tradicionais
Problemas decomunicação
Baixaauto-estima
Questõesde estilode vida
Falta de confiança
no profissional de saúde
Não aceitação
do diagnóstico
Receio de efeitos
colaterais
Women for Positive Action is supported by a grant from Abbott
Maximizar os benefícios da relação entre
doente e profissional de
saúde
30
Facilitar a adesão ao tratamento
Não sei quando devo tomar os comprimidos
Sentia-me mal comos medicamentos,
por isso, deixeide os tomar
São demasiados comprimidos
Sinto-me bem – não preciso de outra receita
Esqueci-me de levar os comprimidos
quando fuide férias
Não tenho tempo para ir ao médico
Não quero tomar
medicamentos
Receio que os tratamentos
alterem a forma do meu corpo
31
Factores de êxito da adesãoao tratamentoA adesão ao tratamento é complexa, e entre os factores que a poderão reforçar incluem-se:1
Faixa etária mais elevada
Análise de questões do foro psico-social e clínico
Participação dos doentes na tomada de decisão
Assumir de responsabilidade pelo próprio bem-estar, por parte dos doentes
Colocação de perguntas aos profissionais de saúde, por parte dos doentes
Não imigrante
Sherr L et al. AIDS Care 2008; Schneider J et al. J Gen Intern Med 2004
32
Facilitar a adesão ao tratamento
Medidas para maximizar a adesãoAssegurar que os doentes estão informados do
tratamento
Reforçar o valor do tratamento
Envolver o doente em decisões de gestão
Seleccionar um regime com maior probabilidade de adesão
Prestar apoio social e psicológico
Vigiar e tratar a depressão e outros distúrbios mentais
Disponibilizar apoio extra durante os primeiros meses
Acompanhamento regular de longo prazo para vigiar / reforçar a adesão
33
Promover mudanças de comportamento
• Profissional de saúde:• Informa e pergunta
ao doente de que modo poderá mudar
• Utiliza a escuta reflexiva para explorar soluções
• Resultado:• Faz que os doentes
identifiquem e assumam responsabilidade pela mudança
• Profissional de saúde:• Informa e
apresenta uma solução única
• Resultado:• O doente
normalmente resiste
• O profissional de saúde poderá considerar o doente desmotivado ou em negação
Direcção Orientação
Rollnick S et al. BMJ 2005
34
Compreensão de aspectos e de modelos da relação entre doente e profissional de saúde
• Calor e empatia na abordagem da relação entre doente e profissional de saúde
• Os aspectos técnicos do tratamento, como sejam, análises e exames, prescrição de terapêuticas
De tipo instrumental De tipo expressivo
• O médico recomenda e o doente colabora
• O “médico que tudo sabe" apoia e não é autoritário, mas é responsável pela escolha da terapêutica adequada
• Do doente, que possui menos poder, espera-se que siga as recomendações do médico
• Poder diferencial na relação
• O médico trata o doente de forma activa, o doente assume uma postura passiva
• O doente procura informação e assistência técnica
• O médico formula decisões que o doente terá de aceitar
• Muitas vezes não é o ideal para o êxito e satisfação duradouros
Activo-Passivo Orientação-Cooperação
• O médico e o doente partilham a responsabilidade pela tomada de decisões e pelo planeamento da via de tratamento
• O doente e o médico respeitam os respectivos valores e expectativas
Participação Mútua
Women for Positive Action is supported by a grant from Abbott
Estudos de caso
36
Estudo de caso: Resultado díspar de teste de VIH
• Mulher de 33 anos e parceiro do sexo masculino submetem-se a testes de VIH antes de interromper o uso do preservativo para planear uma família
• O resultado da mulher é seropositivoe o do homem é seronegativo
• A mulher recusa-se a informar o parceiro da sua seropositividade, por receio de ser abandonada
36
Para além da gestão do diagnóstico e da eventual gravidez, que outras questões há
a ponderar?
37
Questões a ponderar
• Revelação e confidencialidade na relação entre doente e profissional de saúde~ Muitas directrizes nacionais salvaguardam a
confidencialidade em relação aos doentes, exceptuando em circunstâncias especiais
~ O aconselhamento anterior e posterior ao teste deverá analisar abertamente o resultado seropositivo e propor o modo como as pessoas deverão preparar-se para receber “más notícias”
~ A revelação sem o consentimento da mulher poderá ser obrigatória, podendo embora ter consequências negativas gravosas no que diz respeito à confiança na relação entre doente e médico, e à continuidade do tratamento
37
38
Estudo de caso: Emigrante africana a viver na Europa/América do Norte
• Seguimento estável de TARV• A viver em alojamento estatal
partilhado• Preocupação com a imagem
corporal e questões de revelação• Planeia amamentar• Acredita que “Deus olhará pelo
bebé”
38
Para além da gestão do tratamento, que alternativas deverão ser
ponderadas?
39
Questões a ponderar
• Apoio social, dever de tratamento da mãe e do bebé~ Separação de mãe e filho deverá ser um último
recurso~ Resolução da situação de alojamento da doente~ Análise dos receios dela em relação à imagem
corporal e à revelação~ Poderá estar psicologicamente vulnerável e pensar
que evitando os efeitos colaterais do tratamento está a assumir a responsabilidade por uma nova vida
~ Ponderar a alteração do regime de tratamento~ Respeito pelas crenças espirituais e procura de apoio
comunitário, por exemplo, entre líderes religiosos da comunidade
~ Tal poderá fazê-la mudar de opinião acerca do tratamento e do aleitamento do bebé
39
40
Respeito pelas crenças
• Sempre que possível, é mais eficaz colaborar “com” as crenças, não “combatê-las”
• A utilização de líderes religiosos e de “histórias” poderá melhorar o empenho na relação entre doente e profissional de saúde
Women for Positive Action is supported by a grant from Abbott
Obrigado pela atenção
Há perguntas?