apócope dos fonemas átonos finais /i/ e /u/ na localidade...

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Apócope dos fonemas átonos finais /I/ e /U/ na localidade de Universidade Federal da Bahia Instituto de Letras Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística Mestrado em Letras finais /I/ e /U/ na localidade de Beco, Seabra-BA Maria do Carmo Sá Teles de Araujo Rolo Orientadora: Profª. Drª. Jacyra Andrade Mota II SIS-VOGAIS - UFMG - Belo Horizonte-MG

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Apócope dos fonemas átonos finais /I/ e /U/ na localidade de

Universidade Federal da BahiaInstituto de Letras

Programa de Pós-Graduação em Letras e LinguísticaMestrado em Letras

finais /I/ e /U/ na localidade de Beco, Seabra-BA

Maria do Carmo Sá Teles de Araujo RoloOrientadora: Profª. Drª. Jacyra Andrade Mota

II SIS-VOGAIS - UFMG - Belo Horizonte-MG

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Apresenta-se, nesta comunicação, oresultado de um estudo piloto de basevariacionista (LABOV, 2008) sobre a apócopedos fonemas átonos /I/ e /U/ na fala da

APRESENTAÇÃO

dos fonemas átonos /I/ e /U/ na fala dacomunidade de Beco, envolvendo o corpus emconstituição para a pesquisa. É um trabalho debase descritiva e nele faz-se um estudo fonético-fonológico, correlacionando fatores linguísticos eextralinguísticos que possam condicionar suasocorrências.

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� Fazer um estudo linguístico no nívelfonético-fonológico para constatardiferenças com relação ao portuguêspadrão.

OBJETIVOS

padrão.� Verificar a presença ou ausência dosfonemas átonos finais /I/ e /U/ narealização da fala, bem como definir ascondições que favorecem ou restringema variação.

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Sobre as vogais átonas finais

� “uma vogal em sílaba não-acentuada nãose comporta da mesma forma que asua correspondente tônica.[...] asposições átonas, por serem mais débeis,favorecem o processo fonológico daneutralização”. Callou e Leite (2003, p. 44).neutralização”. Callou e Leite (2003, p. 44).

� “para a maioria dos falantes do portuguêsbrasileiro, as vogais postônicas finais sãodistintas das vogais tônicas e pré-tônicas esão pronunciadas como [I, , U]. Essapronúncia das vogais postônicas finaisdepende de variação dialetal”Cristófaro-Silva (2007, p. 85).

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Um pouco de fala

� “Aí já é [dirEt] pra lá o ônibu ...”

� “...só nam [asist] no dia de ...”

� “... é [ispERa)n] mia fia.”

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Apócope em Portugal

� Grupo dos dialetos Centro-Meridionais (Cf. Ferreira et al., 1996, p. 496).

� Ilha de São Miguel, Açores.Regiões de Beira Baixa, Alto Alentejo e � Regiões de Beira Baixa, Alto Alentejo e Barlavento do Algarve.

[»gat] ~ gato[»kop] ~ copo[»pok] – pouco

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Apócope no Brasil

� Apagamento da vogal átona em sílaba /l/+ vogal final, no município de Itaúna, Centro-Oeste de Minas Gerais (VIEGAS; OLIVEIRA, 2008).OLIVEIRA, 2008).

[ama»REl] ~ [ama»RElu]

[»el] ~ [»eli ]

[»fal] ~ [»fala]

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Apócope no Brasil

� Apagamento da vogal átona em sílaba final no ALERS - Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil (Koch et al., 2002).� Carta 31- [»sEt] ~[»sEtI] Carta 31- [»sEt] ~[»sEtI]

Rio Grande do Sul (Soledade-709)� Carta 32 - [deze»sEt] ~ [dIze»sEtI]

Santa Catarina (Chapecó-433) � Carta 09 - [»çm] ~ [»ome)j]

Paraná (Londrina-056)

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Apócope no Brasil

Documentam a apócope no ALERS:� Paraná – 35 ocorrênciasÁrea mais ao Norte do Paraná, predomínio de/i/ e /u/: [»po)tSi] (103), [»kRavu] (110) (Aguilera,/i/ e /u/: [»po)tSi] (103), [»kRavu] (110) (Aguilera,1994, p. 229-243).

� Rio Grande do Sul - 2 ocorrências

� Santa Catarina - 1 ocorrência

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Apócope no Brasil

� Estudo sobre o comportamento do processo da não realização das vogais /e/, /a/, /o/, em sílaba inacentuada final absoluta, no português falado na região bilingue de Blumenal-SC (Pagel, 1993, p. 94).p. 94).

� Queda da vogal final em posição absoluta:� [ba»tuta] ~ [ba»tut]

� [»poxto] ~ [»poxt]

� [bo»teko] ~ [bo»tek]

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Um pouco de história

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Conhecendo a comunidade - Beco

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MetodologiaO corpus

�O corpus foi constituído a partir da realização de6 inquéritos experimentais na comunidade pelopróprio pesquisador.

�Foram quantificadas um total de 1.111ocorrências:

1.002 - apócope109 - português padrão

� Inquéritos “in loco”.

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Metodologia

As ocorrências foram extraídas de dois questionários específicos: � Questionário fonético-fonológicoQuestão 66 - COPOQuestão 66 - COPOO que normalmente fica em cima do filtro e serve para beber água?

�Discurso semi-dirigido (temas)Relatar um acontecimento marcante em sua vida.

Duração das entrevistas: 45 min.

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GÊNERO/SEXO

3 homens

3 mulheres

� Seleção dos informantes

Metodologia

FAIXA ETÁRIA

f1 – 20 a 34

f2 – 40 a 54f3 - mais de 70

GRAU DE ESCOLARIDADE

Fundamental incompleto.

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Variável dependente

Presença/ausência das vogais altas finais / I / e / U /

[I] > [Ø] [I] > [Ø] [U] > [Ø]

[I] – [tu»matI] [U] – [»fikU]

[Ø] – [tu»matØ] [Ø] – [»fikØ]

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Um pouco de fala

Inf. 003: “Ali [»o)d] tem aqueles péde pau onde os [»pov] fica páisperá [»kax] tinha um pezão deisperá [»kax] tinha um pezão demanga do [fi)»nad] [sE»vER] e[ku)»mad] Bernardina. Tinha ôtalipu [»lad] do [tE»xe)n] de [ku)»pad]

Vital.”

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Fatores Linguísticos

� dentre as variáveis consideradas, foram selecionadas para esta apresentação:

• Consoante pré- vocálica:• Consoante pré- vocálica:• Quanto à zona de articulação• Quanto ao modo de articulação

• Dimensão do vocábulo:• Dissílabo• Trissílabo• Polissílabo

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FAIXA ETÁRIA GÊNERO

H

Fatores sociais

I 20-34HM

II 40-54HM

III + 70HM

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Análise dos dados

70,580%

100%

Gráfico 1 Frequência da apócope em função da consoante quanto à

zona de articulação em contexto antecedente

11,5

3,86,9 7,3

0%

20%

40%

60%

B ilabiais Labio d. D ento -

alveo lares

P alatais Velares

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Análise dos dados

80%

100%

Gráfico 2 Frequência da apócope em função das consoantes

dento-alveolares em contexto antecedente

33,426,7

8,22,4

17,1

0%

20%

40%

60%

80%

[t] [d] [s] [z] [n]

D ent o - alveo lares

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Análise dos dados

Gráfico 3

Frequência da apócope em função da consoante quanto ao

modo de articulação em contexto antecedente

52,5

18,7 18,85,0 5,0

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Oclus. Fric. Nas. Lat. Tepe

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100%

Gráfico 4

Frequência da apócope em função das consoantes

oclusivas em contexto antecedente

Análise dos dados

5,3 3,9

44,835,8

6,3 3,9

0%

20%

40%

60%

80%

[p] [b] [t] [d] [k] [g]

Oclusivas

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Gráfico 5

Frequência da apócope em função da dimensão do

vocábulo

Análise dos dados

0,0

60,4

28,3

11,3

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Monos. Diss. Triss. Poliss.

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100%

Gráfico 6

Atuação da variável gênero em relação à apócope

Análise dos dados

54,945,1

0%

20%

40%

60%

80%

Homens Mulheres

Gênero

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100%

Gráfico 7

Atuação da variável faixa etária em relação à apócope

Análise dos dados

34,624,6

40,8

0%

20%

40%

60%

80%

F1 F2 F3

F aixa etária

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80%

100%

Gráfico 8

Atuação de gênero e faixa etária em relação à

apócope

Homem

M ulher

Análise dos dados

40,4

27,7 2 4 ,9 24,13 4 ,7

48,2

0%

20%

40%

60%

80%

Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3

M ulher

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Considerações finais

Os resultados da análise demonstraram que, dasconsoantes estudadas:

�Quanto à zona de articulação, em contextoantecedente, as consoantes dento-alveolaresmostraram-se como fortes favorecedoras domostraram-se como fortes favorecedoras doprocesso com 70,5% de representatividade naamostra.

� Quanto ao modo de articulação, em contextoantecedente, as consoantes oclusivasmostraram-se como principais condicionadorasdo processo com 52,5% de representatividade.

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Considerações finais

� Considerando, conjuntamente, a zona e o modode articulação, os dados mostraram que asconsoantes oclusivas dento-alveolares [t] e[d] são as principais favorecedoras do processode apócope.de apócope.

� O fator que mais favorece o desempenho davariável é o fator interno dimensão do vocábulo,cuja maior incidência ocorre em dissílabos com60,4% de representatividade na amostra.

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Considerações finais

� Das variáveis sociais temos uma faixa etáriaacima dos 70 anos com um percentual davariante que supera as outras duas faixas(40,8%).(40,8%).

� Não há diferença significativa segundo osexo do falante. Tomando por base a amostra,homens e mulheres não se diferenciam tanto.Ambos tem percentuais próximos para cada umadas variantes: homens (54,9%) e mulheres(45,1%).

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O estudo variacionista de Oliveira e Viegas (2008)sobre o apagamento da vogal átona final nacidade de Itaúna-MG trata apenas da apócope nocontexto /L/ + vogal e destaca, como fator maisimportante, a altura da vogal:

Comparando resultados

importante, a altura da vogal:

“Em relação aos fatores internos, o apagamentoda vogal é favorecido quando a vogal final éalta e quando a palavra seguinte se inicia porvogal – fenômeno de juntura, caracterizado comoapócope da vogal final – degeminação ou elisão”Oliveira;Viegas (p.136).

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Comparando resultados

Quanto aos fatores sociais que favorecem oapagamento, Oliveira e Viegas (2008),destacam:

“A análise das variáveis gênero e faixa etáriaindicou que, no apagamento final em Itaúna-MG, os homens favorecem o processo e oshomens jovens favorecem mais inda” Oliveira;Viegas ( p. 136).

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Comparando resultados

O estudo de Pagel (1993) sobre o comportamento doprocesso da não realização das vogais /e/, /a/, /o/, emsílaba inacentuada final absoluta, no português faladona região bilingue de Blumenal-SC, destaca a quedada vogal após a explosão de algumas consoantes:da vogal após a explosão de algumas consoantes:

� “Frequentemente é a vogal [o] que sofre esta quedaapós as consoantes /k/, /t/ /d/ /p/. [...] a vogal [e]nunca é substuída por este tipo de realização” (p.94).

� “O fenômeno se explica por estar na presença de doissistemas: o alemão e o português “.(p. 96).

� “Este fenômeno se realiza unicamente em locutoresmasculinos” (p.95).

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• AGUILERA, Vanderci de Andrade. Atlas lingüístico doParaná. [Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 1994], 411 p.

ilustradas.

• CALLOU, Dinah ; LEITE, Yonne. Iniciação à fonética e à fonologia.9 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

• CÂMARA Jr., Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. 36ed. Petrópolis : Vozes, 2004.

Referências

ed. Petrópolis : Vozes, 2004.• COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB. Atlas Lingüístico do Brasil:

Questionário 2001. Londrina: Editora UEL, 2001.• FERREIRA, Manuela Barros et.al. Variação lingüística: perspectiva

dialectológica. In.: FARIA, Isabel Hub (Org.) Introdução aLingüística Geral e Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho, SA.1996. p. 479 – 502.

• KOCH, Walter; Klassmann, Mário Silfredo; ALTENHOFEN, Cléo. AtlasLingüístico-etnográfico da Região Sul do Brasil. PortoAlegre/Florianópolis/Curitiba: Ed. UFRGS/Ed. UFSC/ Ed. UFPR, 2002. v.1, v. 2.

• LABOV, William. Padrões sociolingüísticos. Tradução de BAGNO,Marcos; SCHERRE, Maria Marta Pereira;CARDOSO, Caroline Rodrigues.São Paulo: Parábola Editorial, 2008

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• OLIVEIRA, Alan Jardel. A variação em itens lexicais terminadosem /l/V na cidade de Itaúna/MG, 2006. 211f. Dissertação(Mestrado em Estudos Lingüísticos) – Faculdade de Letras,Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.

• PAGEL, Dário Fred. Contribuição para o Estudo das Vogais FinaisInacentuadas em Português. In.: Caderno de Estudos Linguísticos,Campinas, (25). 1-173, Jul/Dez, 1993.

Referências

Campinas, (25). 1-173, Jul/Dez, 1993.• VIEGAS, Maria do Carmo; OLIVEIRA, Alan Jardel. Apagamento da

vogal átona final em Itaúna/MG e atuação lexical. In: RevistaABRALIN, vol 7, n. 2, p. 119-138, jul/dez, 2008.