apocalipse 12 - lição 07 - a mulher vestida de sol e seus adversários

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LIÇÃO 07 - A MULHER VESTIDA DO SOL E SEUS ADVERSÁRIOS LIÇÃO 07 - A MULHER VESTIDA DO SOL E SEUS ADVERSÁRIOS 13 DE MAIO DE 2012 TEXTO ÁUREO “Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mt 16.18 VERDADE APLICADA Os últimos dias serão marcados por sinais e prodígios de mentira. Mas a igreja do Deus vivo seguirá triunfante e reinará gloriosa. OBJETIVOS DA LIÇÃO Mostrar que a igreja está envolta na luz de Deus; Insistir em que a igreja use toda a armadura de Deus Único meio de resistir no dia mau; e

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Page 1: Apocalipse 12 - Lição 07 - A Mulher vestida de Sol e seus Adversários

LIÇÃO 07 - A MULHER VESTIDA DO SOL E SEUS ADVERSÁRIOS

LIÇÃO 07 - A MULHER VESTIDA DO SOL E SEUS ADVERSÁRIOS

13 DE MAIO DE 2012

TEXTO ÁUREO

“Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mt 16.18

VERDADE APLICADA

Os últimos dias serão marcados por sinais e prodígios de mentira. Mas a igreja do Deus vivo seguirá triunfante e reinará gloriosa.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar que a igreja está envolta na luz de Deus;

Insistir em que a igreja use toda a armadura de Deus Único meio de resistir no dia mau; e

Lembrar que Satanás e os homens ímpios são poderosos, mas destinados à derrota.

GLOSSÁRIO

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Teólogos: aquele que sabe teologia ou que é versado nesta ciência;

Destronado: derrubar do trono; e

Laico: comum, ordinário. Que não sofre influência ou controle por parte da Igreja.

Textos de Referência:

Ap 12.1      E vi um grande sinal no céu: Uma mulher vestida do sol, e tendo à lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.

Ap 12.2      E estava grávida com dores de parto e gritava com ânsias de dar a luz.

Ap 12.3      E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças sete diademas.

Ap.12.4b    E o dragão parou diante da mulher que havia de dar a luz, para que dando ela a luz, lhe tragasse o filho.

Ap 12.5      E deu a luz um filho, um varão que há de reger as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.

Ap 13.1      E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete ca-beças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre a cabeça um nome de blasfêmia.

Ap 13.11    E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordei-ro; e falava com o dragão.

INTRODUÇÃO:

A mulher de Apocalipse 12, que estudaremos nesta lição, sempre teve por adversários ardilosos e ferozes, o Dragão e a Besta, mas, quando a sétima trombeta anunciar que “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo”, os inimigos tirarão a máscara e mostrarão todo o seu furor e malícia contra a mulher. É o que estudaremos agora. Deus nos abençoe e abra os olhos do nosso entendimento.

1. A MULHER E SEU FILHO: A identificação da mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés, uma coroa de doze estrelas na cabeça e grávida de um filho varão, desperta a imaginação dos leitores do Apocalipse. Confira as três interpretações mais conhecidas.

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Todo o capítulo 12 do livro de Apocalipse mostra a razão pela qual Satanás atacará Israel no meio do período da Tribulação e tentará eliminá-lo, ou seja, porque Satanás sabe que, àquela altura, pouco tempo lhe restará para evitar o cumprimento final do plano de Deus.

1. 1.  A mulher é Israel, o filho varão Jesus: O capítulo 12 apresenta outro  problema de identificação – a mulher vista no céu... com dores de parto que deu à luz (vs. 1, 2). Uma coisa parece certa – que esta criança "que há de reger todas as nações com vara de ferro" (v. 5) deve ser o Senhor Jesus Cristo (veja Sl. 2:9; Is. 66:7; Ap. 19:15). Muitas identificações têm sido sugeridas para a mulher. No período dos Pais da Igreja, Victorino dizia que era "a antiga igreja dos pais, e profetas, e santos, e apóstolos" (Ante-Nicene Fathers, VII, 355). Muitos escritores dizem que é Israel, de quem Cristo veio; enquanto outro, como Auberlen, Lenski, etc., interpretam-na mais compreensivelmente como o Israel de ambos os Testamentos. Eu penso que podemos afirmar que seja Israel. A Igreja Católica Romana, é claro, insiste que é a Virgem Maria, mas  a Igreja Romana também diz que Maria deu à luz sem dores, entrando em contradição com este versículo (veja Is. 66:7). Diante da mulher está o grande inimigo de Deus, o dragão (Ap. 12:4), que espera destruir Cristo. Mas fracassará no seu intento. Cometário Bíblico Moody

...Resta unicamente uma explicação: a mulher nos v. 1,2 é a Jerusalém que espera pelo Messias, no sentido do povo de Deus do AT. Com freqüência lemos a respeito de suas ―dores de parto‖ (Is 26.17,18; 66.7,8; Jr 4.31; Mq 4.9,10; 5.3; etc.). O judaísmo falava das ―dores de parto do Messias. Simultaneamente transcorre uma linha de sentido profundo até Eva em Gn 3.15. Os conceitos combinados ―mulher – serpente – inimizade de morte – semente‖ tanto lá como aqui não podem passar despercebidos. Afinal, aqui está sendo dado à luz ―aquele‖ (em Gn 3.15 aparece o singular!) que esmaga a cabeça da serpente, ou seja, que vence a Satanás. Como esse Messias é nascido de Israel, Eva e Israel convergem nessa ilustração. Israel é, portanto, a mãe do Messias, e, conseqüentemente, também a mãe de todos os fiéis (de acordo com o v. 17). Comentário Bíblico Esperança

A igreja, representada por uma mulher, a mãe dos crentes, foi vista no céu pelo apóstolo em uma visão. Ela estava vestida de sol, justificada, santificada e brilhando pela união com Cristo, o Sol da Justiça. A lua estava embaixo dos seus pés; ela era superior à luz refletida e mais fraca que a revelação feita por Moisés. Tinha em sua cabeça uma coroa de doze estrelas; a doutrina do evangelho pregada pelos doze apóstolos é uma coroa de glória de todos os crentes verdadeiros. Estava com dor para dar a luz a uma santa família; desejosa de que a convicção dos pecadores possa terminar em sua conversão. O dragão é emblema conhecido de Satanás, e de seus agentes principais, ou dos que governam por ele na terra, como nessa época o império pagão de Roma, a cidade edificada sobre sete colinas. Tendo dez chifres, dividida em deserto reinos. Ter sete coroas representa sete formas de governo. Arrastava com sua causa a terceira parte das estrelas do céu, e as lançava na terra; perseguia e seduzia os ministros e mestres. Vigiando para esmagar a religião cristã, contudo, apesar da oposição dos inimigos, a igreja tirou adiante um grupo varonil de professantes fiéis e verdadeiros nos quais Cristo foi verdadeiramente formado de novo; o mistério de Cristo, o Filho de Deus que governará as nações e a cuja destra seus membros participam da mesma glória. Esta bendita semente foi protegida por Deus. Comentário Matthew Henry NT conciso.

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Nos textos da revista notamos que quanto ao 1.2 foi dito pelo autor que o texto bíblico por si só elimina tal interpretação. Sobre o 1.3 ele diz ser bem aceita, mas no final “dos azuis’ (para professores), ele fala sobre “suposições que parecem ocorrer”, não indicando se prefere, com isso também o 1.1, nem se não concorda com o 1.3. O D.A. junta-se à visão primeira: Israel, a mãe e Jesus o filho varão.

1.2.  A mulher é a própria terra e o filho varão os santos mortos: Como ilustrado pelo comentarista, o texto bíblico já esclarece e distingue a mulher da Terra, bastando compararmos os detalhes e suas relações ao relato.

1.3.  A mulher é a igreja visível, o filho varão, os fiéis: A explicação dada sobre o 1.3, em si, está plenamente mostrando haverem suposições em cima de uma troca de comparações: sempre a Igreja tem ofícios na forma masculina e seu relacionamento com o Cordeiro na forma feminina. Haveria aqui, nesta visão, uma dupla presença da Igreja em figuras. Já o filho varão, deixa de ser Cristo para o enquadramento citado (ora masculino, ora feminino) ter vez. Achamos tal forma forçada em sua essência.

2. O GRANDE DRAGÃO VERMELHO

Uma das regras de interpretação da bíblia é que “a Bíblia interpreta a própria Bíblia”. O texto aponta para um “grande dragão vermelho” (Ap 12.3). O texto diz que o “grande dragão” é Satanás, a antiga serpente, chamada o diabo (Ap 12.9). Neste ponto da revelação, o dragão (Satanás) é lançado fora das esferas celestiais para nunca mais voltar (Ap 12.8), Seu papel de acusador termina (Ap 12. 10b). Ao ser destronado, Satanás compreende que lhe resta pouco tempo e, com grande ira, sua única esperança é organizar um exército para fazer guerra contra Jesus em sua segunda vinda. Essa será a batalha do Armagedon (Ap 12.12, 17; Ap 19.19). O texto ainda revela que as sete cabeças do dragão apontam para sua posição geográfica “sete montes”, diz que “são sete reis” e, cinco deles já perderam sua força, um ainda existe e o outro vira nesse tempo (Ap 17.9-10). Por fim, diz “E os dez chifres que viste são dez reis” (líderes mundiais) que, na força de Satanás lutarão contra o cordeiro (Ap 17.12, 14).

2.1 A força do dragão:Vermelho, sendo a cor do sangue, indica a natureza homicida do diabo, pois ele foi homicida desde o princípio (Jo 8:44). O vermelho também pode representar pseudo-santidade—“por que está vermelha a tua vestidura?” (Is 63:2). Outrora o mais lindo dos seres angelicais, Satanás agora é objeto de desprezo. 

A cauda, representando a parte mais perigosa do dragão, é como um grande cometa neste monstro (Dn 8:10). Assim como Isaías (9:15) assemelha o profeta mentiroso a uma cauda, o poder e influência malignos de Satanás como mentiroso e enganador são semelhantemente descritos. Com poder e sabedoria combinados, Satanás acarretará a ruína moral total de uma terça parte das estrelas do céu, que podem representar governantes eminentes em lugares de autoridade. Pode também existir nas palavras de João uma referência velada a todos os anjos que se rebelaram com Satanás antes da criação.

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Como o cão seguro pela coleira, permitem-se ao diabo certas operações prescritas. Ele só pode produzir colapso moral desta vez entre “a terça parte”, identificada por alguns escritores como a parte ocidental do império romano. O seu arrastar das estrelas com a cauda, sacudida em fúria, implica a persuasão de Satanás de levar à apostasia.

2.2 A influência do dragão: Sem dúvida que este grande dragão vermelho representa Satanás em seu pior caráter. João expressamente identificou o diabo como o dragão em 20:2. Tanto Faraó como Nabucodonosor são mencionados como grandes dragões por sua crueldade e independência orgulhosa (Ez 29:3; Jr 51:34). (Pode ser que o crocodilo ou o leviatã do Antigo Testamento seja o réptil descrito.) “Dragão” aparece dez vezes no Apocalipse como símbolo adequado do adversário principal de Deus em seu papel de perseguidor implacável e homicida de multidões de santos e pecadores. Jó dá-nos uma descrição muito notável de um dragão: “É rei sobre todos os filhos da soberba” (Jó 41:1-34; veja também Is 27:1). O termo só é usado com referência a Satanás no livro do Apocalipse, e sugere a hediondez e o horror de seu governo (12:9). No Salmo 74:13 temos uma referência “à cabeça dos monstros”, pois na verdade Satanás encabeçará toda a violência insaciável representada pelo dragão.

2.3 As cabeças, os diademas e os chifres da Besta: O espetáculo terrível do dragão perante a mulher, esperando para devorar seu filho recém-nascido, é facilmente interpretado. Não era a mulher, mas sua semente a quem o monstro queria destruir, assim como Faraó tentou assassinar todas as crianças do sexo masculino de Israel (Êx 1:15-22). Que estudo fascinante é traçar os esforços de Satanás em destruir Israel, a semente real que devia produzir Cristo, e depois procurar destruir o próprio Cristo! Assim que Jesus nasceu, houve um esforço satânico em destruí-lo durante o assassinato dos inocentes (Mt 2:16).

Como imitador de Cristo, que como Vencedor usará muitos diademas, Satanás é adornado com suas coroas ou diademas. As sete cabeças coroadas significam o exercício cruel e despótico de poder e autoridade terrenos, enquanto os dez chifres sem coroa podem representar os limites futuros do império distribuído em dez reinados. (O reino de Satanás tem a forma de dez reinados.) Satanás delega poder e autoridade à primeira besta, que é similarmente descrita em 13:1.

3. EXPLICANDO APOCALIPSE COM APOCALIPSE

Como entender o significado de figura tão estranha como aquela que João, no capítulo treze, por falta de outra palavra chama de a Besta Aprendamos, pois com as explicações que o próprio Jesus nos dá no capítulo 17. A Besta fala de poder temporal histórico, presente e futuro. Veja lição 10.

3.1 O último império de Satanás na Terra, a Besta que se levanta do mar – Ao ser derrotado por Miguel (Ap 12.7,8) e lançado sobre a terra (Ap 12.12,17), o diabo se organizará para vencer o resto da semente da mulher, e tentará manter o que ele pensa que lhe sobrou: “a posse do Planeta”. No intuito de se estabelecer como Deus e ser adorado pelos homens, buscará a união entre governantes e líderes mundiais e os fortalecerá. Deste fortalecimento sobrenatural nascerá o último império do ‘homem valente’ (Mt 12.29). Mas terá pouca duração (Ap 17.12), pois o Cordeiro o vencerá (Ap 17.14). [...]

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3.2 As cabeças, os diademas e os chifres da Besta – As sete cabeças e os dez diademas significam a autoridade que o diabo exerceu e ainda exercerá sobre os reinos da terra. Os dez chifres representam todos os reinos que se formarão nos tempos finais e, que juntos com a Besta receberão o poder (Ap 17.12) das mãos do dragão (Ap 13.4). A cabeça ferida de morte, e que reviveu, é chamada de a Besta [...]

Conforme foi visto no ponto 2.0, será no período da Grande Tribulação que Satanás e seus anjos serão expulsos das regiões celestiais. Satanás dará então continuidade a perseguição “a mulher”, ou seja, à nação de Israel no intuito de eliminá-la da face da terra (ver Ap 12.13). A nação, no entanto será mantida, sendo que lhe será dada “duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente” (Ap 12.14). Esta linguagem indica que pelo poder e direção de Deus, a nação será preservada durante os três anos e meio finais (tempo, e tempos, e metade de um tempo) da Grande Tribulação, sendo que o lugar onde a mesma será abrigada, segundo A. Gilberto (2003, p. 130) será na região da Jordânia, sendo esta referida no Antigo Testamento como Edom, Moabe e Amom, conforme descrito, por exemplo, em Dn 11.41. O diabo, porém não desistirá de seu intento, e assim ele lança da sua boca atrás da mulher, “água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar” (Ap 12.15). Segundo escreve W. Kelly(1989, p. 99), tal figura de linguagem indica a ação de Satanás de, durante o período da Grande Tribulação, tentar “sublevar aquelas nações que estão em completa desorganização, para abater os judeus, - mas em vão!”.  Em Ap 12.16, João escreve “E terra ajudou a mulher; e a terra abriu a boca e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca” (Ap 12.16). W. Kelly (1989, p. 99) escreve que “a terra” neste caso, se refere àquelas nações que neste período se encontrarão sob um governo estável, ficando, portanto entendido que tais nações estarão, durante a Grande Tribulação, prestando socorro à nação de Israel. O fracasso de Satanás quanto a destruição da nação de Israel o leva a irar-se e diante disto ele parte para fazer guerra ao resto da semente da mulher, neste caso, aos judeus que estarão se convertendo a Jesus durante o período da Grande Tribulação, sendo eles descritos em Ap 12.17 como sendo “os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”.

Depois de trazer o relato quanto a visão da “mulher vestida do sol”, quanto a tentativa do diabo de exterminar a semente santa, quanto a fuga da mulher para o deserto e quanto a expulsão de Satanás e seus anjos das regiões celestiais, João relata a visão que ele tem, quando então estando sobre a areia do mar, ele vê “subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia” (Ap 13.1). A Besta que sobe do mar é uma referência ao Anticristo cujo surgimento foi visto em Ap 6.1, porém é na metade final da Grande Tribulação que seu poder se intensificará, sendo isto demonstrado na figura de linguagem “sete cabeças, dez chifres e dez diademas”. Em Ap 13.4, João fala do poder que será dado ao Anticristo, sendo este proveniente do dragão, ou seja, do próprio Satanás. No período da Grande Tribulação o Anticristo já estará exercendo forte influência sobre todos os povos, tribos, línguas e nações de forma que ele será visto por todos como alguém incomparável (ver Ap 13.4-6). O surgimento do Anticristo encontra relação com o texto de Ap 12, no fato de que será através dele que o diabo continuará sua perseguição à nação de Israel no intuito de exterminar o povo judeu (ver Ap 13.7), para que desta forma, o Reino Milenar de Jesus Cristo não venha a ser instalado na terra. É através também do Anticristo que Satanás tentará ainda resistir para manter-se na posição por ele usurpada desde que aconteceu a queda de Adão, e, além disto, através do Anticristo, Satanás tentará também ser adorado como Deus (ver Ap 13.4,8). Em Ap

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13.2, João descreve a Besta como sendo semelhante ao leopardo, linguagem esta que lembra a rapidez do Império Greco-Macedônio, seus pés como os de urso, linguagem esta que lembra a extensão do Império Medo-Persa e sua boca como de leão, linguagem esta que lembra a força do Império Babilônico. Esta descrição da Besta indica que o império do Anticristo trará em si características dos três impérios que antecederam o Império Romano por ocasião de seu primeiro domínio sobre a terra (ver Dn 7.4-7), porém o texto de Ap 13.4, onde João fala de “uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta”, permite, por inferência, identificar o império do Anticristo como sendo o Império Romano restaurado, já que segundo explica W. MacDonald (2008, p. 1009), esta figura de linguagem pode se referir a forma imperial de governo do Império Romano que deixou de existir, ou seja, a cabeça foi ferida com ferida mortal, porém a ferida mortal é curada, ou seja, o império será restaurado sob a liderança do Anticristo, o que levará toda a terra a maravilhar-se após ele.    

3.3 A religião do reino da Besta – No reino da Besta o estado não será laico. Haverá uma religião oficial que canalizará para o dragão a religiosidade do homem que é, naturalmente, um ser religioso. A alma humana sempre buscará um objeto de adoração (Ap 13.4). Satanás explorará esta necessidade a fim de alcançar seu maior objetivo: Ser adorado como único deus. Para tanto, entra em cena o falso profeta (Ap 16.13), que é a Besta que subiu da terra (Ap 13.11).

Depois de descrever a primeira Besta, João tem outra visão onde ele vê subir da terra outra Besta, sendo que esta tinha dois chifres semelhantes ao de um cordeiro, o que indica sua pretensão de se assemelhar a Jesus Cristo; e, além disto, esta Besta falava como o dragão, o que indica que sua ligação real é com Satanás e não com Deus (ver Ap 13.11). A terra de onde surge a Besta é uma simbologia das diversas religiões, onde o homem tenta, por meio de sua religiosidade se justificar diante de Deus, assim como fez Caim quando então ele tentou se apresentar diante de Deus através do fruto da terra, ou seja, através do fruto da sua religiosidade, ou por assim dizer por meio de suas obras, porém sem reconhecer a sua condição de pecador diante de Deus (cf. Gn 4.3-7). A figura linguagem “a besta que subiu da terra” indica, portanto que esta segunda Besta será um líder religioso, um falso profeta, que por ocasião da Grande Tribulação estará aliado ao Anticristo. João descreve o poder desta segunda Besta como sendo como o da primeira, sendo que ela exercerá Influência na terra para que seus habitantes adorem a primeira Besta, ou seja, o Anticristo. A. Gilberto (2003, p.139) escreve acerca disto:

“O falso profeta será, pois, um superlíder religioso. Pelos versículos 12 a 15 vê-se que ele promoverá uma religião universal em torno da primeira besta. O movimento religioso do ecumenismo já está hoje bem configurado por toda parte, visando unir todas as igrejas, aceitando pessoas de todas as procedências religiosas, bastando que digam que crêem em Deus. O palco, no momento já está armado, só faltando os atores para o drama”.

Em Ap 13.13, João mostra que este líder religioso fará grandes sinais, imitando o poder de Deus, sendo que seus sinais lembrarão aqueles demonstrados pelo profeta Elias, já que foi através de Elias que fogo desceu do céu à vista dos homens (cf. 2 Rs 1.10-13). Tais sinais conduzirão os homens ao engano a ponto dos mesmos serem levados à idolatria em relação à

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primeira Besta, o que os levará a fazerem uma imagem do Anticristo. No versículo 15, João vê que a imagem da Besta será dotada de poder até mesmo para falar, sendo que serão mortos todos os que não adorarem a imagem da Besta. Como em 2 Ts 2.3,4, Paulo se refere ao homem do pecado, o filho da perdição“que se assentará, como Deus, no Templo de Deus, querendo parecer Deus”, é de se supor que esta imagem será inserida no Templo em Israel para ser adorada, sendo talvez este fato que caracterizará a abominação da desolação referenciada por Daniel em Dn 11.31 e por Jesus em Mt 24.15, o que foi prefigurado na história por Antíoco Epifânio quando este proibiu o ministério de sacrifícios judaicos no Templo, levantou uma imagem ao deus Zeus em seu interior e além disto sacrificou um porco no altar (N. Lieth, 2005, p. 17). Em Ap 13.16, João mostra a autoridade da segunda Besta, pois esta“faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa”, ou seja, homens de diversas classes sociais, todos deverão receber um sinal na mão direita ou na testa. Tal sinal parece estar relacionado ao nome ou ao número do nome da Besta, sendo que somente através deste sinal é que os homens poderão comprar ou vender. Em Ap 13.18, João fala do número da Besta, sendo este número de homem, o qual João define como sendo o número seiscentos e sessenta e seis.

CONCLUSÃO:

Quando ainda na carne, Jesus falou aos seus discípulos sobre um maravilhoso organismo que nasceria de sua morte e ressurreição e declarou Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Que maravilhosa declaração. A igreja do Senhor triunfará sobre todo o mal, e por fim, reinará gloriosa.

Fontes:

Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,

Revista: APOCALIPSE – Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 07.

WWW.chamada.com.br

Segue abaixo o texto extraído do site WWW.chamada.com.br Apocalipse 12.

Começa a Batalha Pelo Planeta Terra

Os textos de Ezequiel 28 e Isaías 14 são as duas principais passagens bíblicas que mostram a entrada do pecado no universo por ocasião da queda de Satanás. O capítulo 28 de Ezequiel inicia com um pronunciamento de juízo contra o príncipe de Tiro, que demonstra ser uma referência a Lúcifer, ou seja, Satanás, aquele que realmente atua por detrás desse rei humano (Ez 28.11-19). Os versículos 14 e 15 de Ezequiel 28 dizem:“Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti”. Apesar de ter sido criado em beleza e perfeição, Satanás, o anjo de Deus mais elevado na hierarquia angelical, caiu em pecado e arrastou consigo um terço dos outros anjos (Ap 12.4,9).

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“Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (Isaías 14.15).

O texto de Isaías 14 é a outra passagem bíblica fundamental para nos esclarecer acerca da queda de Satanás. O profeta registra a famosa declaração de Satanás em sua rebelião contra Deus: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (vv. 13-14).Deus respondeu a tal declaração da seguinte forma: “Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (v. 15). Satanás se tornou o inimigo de Deus, um adversário que se levantou com o intuito de destronar Deus e impedir o plano divino para a história. 

Depois que caiu em pecado, Satanás partiu para expandir sua influência através da tentação de Adão e Eva, que tinham sido criados recentemente, para levá-los a se unirem a ele em sua rebelião contra Deus. Em conseqüência da participação de Satanás no engano de Eva a fim de que o ser humano se juntasse a ele na revolta contra Deus, o Senhor amaldiçoou a serpente e a mulher nos seguintes termos: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). O grande conflito entre a descendência da serpente e o descendente da mulher começou a ser travado a partir daquele momento.

Satanás Difama a Deus

O livro de Jó é o primeiro livro da Bíblia revelado por Deus ao ser humano e, portanto, é o mais antigo livro do cânon das Escrituras. Eu creio que o livro funciona como uma espécie de prolegômeno* da Bíblia. Identificamos o tema geral da história na vida de Jó, um personagem bíblico que viveu antes de Abraão. Naquele contexto, percebe-se que Deus demonstrava alguma verdade ao conselho angelical** através dos acontecimentos na vida de Jó. Apesar das terríveis provações que Jó suportou, Deus abençoou esse homem no fim de sua vida muito mais do que o abençoara no começo, desbancando, desse modo, a falácia da acusação satânica fundamental de que Deus não sabe o que faz. O restante da Bíblia e a história comprovam essa tese com muito mais detalhes que envolvem não somente o povo de Israel , mas também a Igreja e outros grupos de pessoas redimidas.

No começo do relato da história de Jó, quando os anjos (tanto os caídos quanto os santos anjos) compareceram perante Deus, perguntou o Senhor a Satanás: “Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela” (Jó 1.7). À medida que acompanhamos o desenrolar do diálogo entre Deus e Satanás, descobrimos que, apesar de o diabo ter poder para investir contra a vida de seres humanos, isso não quer dizer, necessariamente, que ele possa fazê-lo quando bem entender. Satanás precisa da permissão de Deus para provocar calamidades na vida de um ser humano.

O Senhor iniciou sua conversa com Satanás perguntando o seguinte: “Observaste o meu servo Jó?” (Jó 1.8). Em seguida, Satanás solicitou a permissão do Senhor para causar danos a Jó. Satanás obviamente não pediria consentimento numa questão como essa, se não fosse necessário. O diabo admitiu que Deus fizera uma cerca viva (i.e., uma cerca de proteção) ao redor da vida de Jó e de sua família, proteção essa que o impedia de atacar sorrateiramente a Jó sem a permissão de Deus. Após conceder permissão a Satanás, o Senhor estabeleceu os limites de sofrimento que ele poderia infligir a Jó (cf. Jó 1.12; Jó 2.6).

Durante o diálogo entre Deus e Satanás, o diabo acusa o Senhor de não ser um Deus bom, de não saber o que faz e de ser Alguém que só obtém a lealdade do ser humano porque compra a pessoa com bens e benefícios. Percebe-se que o alvo de Satanás é obstruir o progresso do

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plano de Deus para que possa provar sua tese de que Deus não sabe governar o universo; na realidade, Satanás acredita que é capaz de governar melhor do que Deus. Essa é a razão pela qual a luta entre a descendência da serpente e o descendente da mulher se trava na história e chegará ao seu clímax nos últimos dias, durante o período de sete anos da Tribulação.

Satanás Ataca Israel

O conflito entre o descendente da mulher e a descendência da serpente concentrou seu foco sobre Israel porque o Messias viria da nação eleita de Deus. Portanto, se Satanás em alguma ocasião conseguisse frustrar o plano de Deus e impedir sua concretização na história, teria atingido seu intento de obstruir o propósito de Deus e teria provado sua alegação inicial de que o Senhor não merece ser Deus, o Altíssimo.

Todo o capítulo 12 do livro de Apocalipse mostra a razão pela qual Satanás atacará Israel no meio do período da Tribulação e tentará eliminá-lo, ou seja, porque Satanás sabe que, àquela altura, pouco tempo lhe restará para evitar o cumprimento final do plano de Deus. O objetivo essencial de Satanás é impedir a Segunda Vinda de Cristo. Como ele poderia alcançar esse objetivo? Ele acredita que pode atingi-lo pela destruição dos judeus. A Segunda Vinda de Cristo acontecerá no momento em que a nação de Israel aceitar Jesus como seu Messias e invocar Seu nome para que Ele os salve no Armagedom. Se esse acontecimento milagroso não ocorresse, Israel seria aniquilado naquele momento da Grande Tribulação. Desse modo, o capítulo 12 de Apocalipse oferece uma compreensão clara desse conflito que vem sendo travado há milênios, desde o início deste mundo, e que perdura para se tornar uma questão de extrema importância no ponto culminante da história. O texto de Apocalipse 12 nos mostra que um terço dos anjos caiu em pecado e seguiu a Satanás por ocasião da sua revolta inicial. Entendemos esse fato ao constatarmos que as estrelas nessa passagem simbolizam os anjos (compare com Apocalipse 9.1; 12.7,9).“Essa foi uma guerra no céu que ocasionou a expulsão de Satanás e seus anjos para a terra antes do nascimento do filho da mulher, donde se conclui que tal acontecimento faz parte da história passada. Uma segunda guerra é mencionada em Apocalipse 12.7-9, que vem a ser a última tentativa satânica de conquistar o céu e exterminar o menino após o seu nascimento”.[1]

A segunda parte do versículo 4 é uma clara referência a Satanás (i.e., “o dragão”) que pára em frente da mulher que está para dar à luz (i.e., Israel ), numa tentativa de impedir o nascimento de Jesus, o Messias, o menino ao qual a mulher deu à luz no passado. Satanás não sabia o momento exato do nascimento do Messias, de forma que aguardou com muita expectativa pela vinda do descendente da mulher. A tentativa satânica de “devorar o filho [da mulher] quando nascesse” é vista no Novo Testamento naquela ocasião em que Satanás instigou o rei Herodes a tramar uma conspiração para achar o menino Jesus e matá-lo (Mt 2). Diante do fato de que os acontecimentos históricos envolvidos no nascimento de Jesus faziam parte do conflito angelical, o Senhor advertiu os magos do Oriente em sonho “para não voltarem à presença de Herodes”, pelo que eles, “regressaram por outro caminho a sua terra” (Mt 2.12). Satanás estava prestes a incitar Herodes para que este mandasse matar todos os nenês do sexo masculino da faixa etária de Jesus, porém, “tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” (Mt 2.13). Deus sempre está um passo à frente de Satanás.

Ao longo da história, fatos como os que acabamos de mencionar fazem parte do conflito angelical, da guerra entre a descendência da serpente e o descendente da mulher. Robert L. Thomas faz o seguinte resumo dos principais acontecimentos da história:

Page 11: Apocalipse 12 - Lição 07 - A Mulher vestida de Sol e seus Adversários

As más intenções do dragão para com o filho que estava para nascer à mulher ficam evidentes em toda a história do Antigo Testamento. Indícios da sua hostilidade vêm à tona no assassinato de Abel pelas mãos de Caim (Gn 4.8), na corrupção da linhagem de Sete (Gn 6.1-12), nas tentativas de violar sexualmente tanto Sara (Gn 12.10-20; 20.1-18) quanto Rebeca (Gn 26.1-18), no plano de Rebeca para tirar o direito de primogenitura de Esaú através de uma trapaça, ocasionando a inimizade de Esaú contra Jacó (Gn 27), no assassinato de todos os nenês hebreus do sexo masculino por ordem do Faraó no Egito (Êx 1.15-22), nas tentativas de assassinar Davi (por exemplo, 1 Sm 18.10-11), na tentativa da rainha Atalia de destruir toda a descendência real de Judá (2 Cr 22.10), na trama de Hamã para exterminar os judeus (Et 3-9), e nas constantes tentativas dos israelitas de matarem seus próprios filhos em atos de sacrifício com finalidade expiatória (cf. Lv 18.21; 2 Rs 16.3; 2 Cr 28.3; Sl 106.37-38; Ez 16.20).

A investida de Herodes para matar os nenês da região de Belém (Mt 2.16) e muitos outros incidentes durante a vida de Jesus neste mundo, inclusive Sua tentação, tipificam o contínuo esforço de Satanás para “devorar” o filho da mulher a partir do momento que o menino nasceu. Naturalmente a tentativa mais direta foi a crucificação de Cristo.[2]

A profecia é necessária para que, no decorrer da história, Deus demonstre por evidências que Jesus Cristo tem o direito de governar o planeta Terra e que Satanás não passa de um mentiroso em tudo o que fala, principalmente nas referências que ele faz a Deus. Essa é a razão pela qual Deus planejou acontecimentos proféticos que se cumprirão no futuro e que comprovarão que Jesus Cristo é o herói da história. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)

Notas:

1.   Robert L. Thomas, Revelation 8 22: An Exegetical Commentary, Chicago: Moody Press, 1995, p. 124.

2.   Thomas, Revelation 8 22, p. 125.

* Prolegômeno vem a ser uma introdução crítica ou analítica de um livro.

** O conselho angelical é uma referência àqueles anjos, tanto caídos quanto eleitos, que se apresentam diante do trono de Deus no céu conforme está descrito em Jó 1.6 e Jó 2.1.

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