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Departamento de Engenharia Civil
APLICAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO NA GESTÃO FÍSICO-
TERRITORIAL-AMBIENTAL DE MUNICÍPIOS
Aluna: Isabel Moreira de Oliveira
Orientador: Prof. Dr. Pedricto Rocha Filho
Co-orientador: Eng. Dr. Gilson Costa
Introdução
O termo geoprocessamento se refere a um ramo do conhecimento que utiliza técnicas
matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem
influenciando de maneira crescente as áreas de cartografia, análise de recursos naturais,
transportes, comunicações, energia e planejamento urbano e regional. As ferramentas
computacionais para geoprocessamento são chamadas de “Sistemas de Informação
Geográfica” (SIG). Essas ferramentas permitem realizar análises complexas por meio da
integração de dados de diversas fontes e da elaboração de bancos de dados georeferenciados.
Os SIG tornam ainda possível a automatização da produção de documentos cartográficos [1].
A tecnologia do geoprocessamento é uma ferramenta eficaz com relação à precisão,
confiabilidade e velocidade na geração de dados relativos à avaliação ambiental. Essas
características permitem a modelagem da realidade ambiental, e tornam viável a manipulação
de grande volume de dados, o seu tratamento e a disponibilização rápida de um universo de
informações. Em alguns estudos, após a obtenção de dados, os resultados foram conferidos
em campo, e foi constatada a veracidade das informações obtidas sobre locais de potenciais e
de riscos apontados nos mapas de avaliações [2]. Essas informações facilitam o
acompanhamento da rápida evolução de populações e dos espaços por ela ocupados, e
possibilitam o planejamento urbano. Por conta dessas razões, o uso de ferramentas do
geoprocessamento deve ser incentivado e expandido.
No final do ano de 2011 o projeto de Planejamento Urbano do município de
Maragojipe começou a ser desenvolvido. Neste projeto, é dada ênfase à utilização destas
ferramentas de geoprocessamento, já que esta área é, atualmente, palco de grandes
investimentos. A Petrobras criará um estaleiro e construirá um porto seco neste local, além de
existirem dois projetos de grande porte a serem instalados nas proximidades do município por
outras empresas. Visto isto, é de se esperar que Maragojipe cresça por causa da demanda de
mão de obra, sendo de interesse da prefeitura e da Petrobras o planejamento urbano da região,
para que o desenvolvimento e crescimento ocorram aliados àpreocupação ambiental.
Para que este projeto seja desenvolvido é necessário um estudo detalhado do
município, que se inicia por meio de um levantamento de imagens aéreas de alta qualidade
para a análise das águas, geografia, rodovias, etc. Além das imagens aéreas é necessário ter
informações censitárias, socioeconômicas, de infraestrutura e identificar no mapa elementos
urbanos como rodovias pavimentadas, não-pavimentadas, pontes, viadutos, limites dos
bairros, rios, lagos, curvas de níveis, etc. As fontes de informação utilizadas foram IBGE,
CPRM, e a Engemap (empresa parceira do projeto na área de tecnologia geográfica), e outras
fontes de conhecida confiabilidade. O presente estudo foi elaborado como forma de
introdução ao emprego das ferramentas de geoprocessamento no Planejamento Urbano, com
os objetivos descritos a seguir.
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Objetivos
1. Ampliar o conhecimento nas áreas de informações geográficas e de ferramentas de análise
de dados - SIG
2. Utilização do SIG para identificação de informações no território a partir de dados e
levantamentos prévios
3. Análise das informações espacializadas no território para tomadas de decisões
Metodologia
Os itens abaixo fundamentaram o aporte teórico necessário para o desenvolvimento deste
trabalho.
1. Estudo do sistema de análise de dados e diferentes processamentos de informação.
Existem diversos métodos para tomada de decisão e organização de base de dados e
cada um permite uma interpretação de dados diferente, produzindo estatísticas e modelos do
terreno mais ou menos próximo da realidade, ajudando a tomada de decisão. [1] e [3]
Existem diversos tipos de dados geográficos, como listado a seguir:
- Temáticos: mostram distribuição espacial de certa grandeza expressa de forma qualitativa.
- Cadastrais: definem objetos geográficos em um dado espaço no mapa, como por exemplo,
um lote de terra que tenha, atrelado a ele, informações tabeladas como o quem é o
proprietário, qual seu valor, sua área, etc.
- Redes: são mapas com informações associadas a serviços de utilidade pública (água, luz,
telefone), redes de drenagem (bacias hidrográficas), rodovias, e ferrovias.
- Modelos numéricos de Terreno (MNT): são mapas qualitativos que mostram a altimetria do
local para que seja possível a geração de mapas topográficos, mapas que mostram a
declividade para a análise de geomorfologia e erodibilidade, variáveis geofísicas e
geoquímicas, etc.
- Imagens: são fotografias aéreas armazenadas em forma de matrizes (de preferência
georreferenciadas).
Para que seja possível gerar cada tipo de mapa exposto anteriormente, é necessário que
exista um universo de representação diferente para cada caso. O vetorial é o mais exato
possível, e se constitui em forma de pontos, linhas, áreas, e polígonos. O matricial é
armazenado em formas de malha quadriculada, em que cada quadrado tem um valor atribuído
a ele. O problema deste último é o tamanho de armazenamento que se torna cada vez maior
para que se tenha uma resolução melhor da matriz.
Todos esses mapas devem, idealmente, estar georreferenciados, o que implica em um
fator importante, que é a localização, ou seja, o sistema de referências deve ser previamente
determinado.
Tipos de modelos de integração de dados:
- Modelos teóricos: equações de movimento derivadas de princípios físicos.
- Modelos empíricos: baseados em conhecimento (de especialistas) ou em dados (conjunto de
dados observados).
Modelos empíricos baseados em conhecimento: deve existir um conjunto de
informações de entrada que deve ser combinado com uma metodologia que permite
descobrir localizações ou zonas que satisfaçam critérios que podem ser segundo regras
determinísticas (lógica booleana que resultaria em um mapa binário) ou segundo a
ocorrência ponderada (que avalia graus de potencialidade, não é apenas SIM ou
NÃO). O mapa binário é mais simples e exige menor espaço de armazenamento,
porém ele difere mais da realidade, e não mostra nenhuma probabilidade de ocorrência
de um dado mineral, por exemplo, em uma região, mesmo que esta seja próxima de
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90%. Já o método nebuloso, de ocorrência ponderada, permite uma análise de
probabilidade.
Modelos empíricos baseados em dados: os métodos bayesianos utilizam dados de
probabilidade à priori – dados históricos que possibilitam a determinação de
probabilidade futura de um acontecimento – e à posteriori – uso de dados históricos
mais específicos para determinar uma probabilidade mais precisa de um futuro
acontecimento. Um exemplo seria que, para determinar a probabilidade de ocorrência
de chuva em um dado dia, os dados a utilizar na probabilidade à priori seriam aqueles
do histórico de chuva dos anos anteriores. Seriam determinados, então, quantos dias
chovem em um ano na região, e seria determinada a probabilidade. Porém, pode-se
obter uma probabilidade mais refinada ao adicionar outros dados, como a época do
ano que se deseja, que seria, então, utilizado para calcular a probabilidade à posteriori
[1].
2. Estudo dos diferentes modos de usos do SIG na análise territorial - estudos de casos e
referências brasileiras e internacionais.
Foram estudados casos diversos de análise de áreas de risco, locais potenciais de
ecoturismo, probabilidade de existência de reservas minerais, etc. [2] e [4].
Outro termo importante de se tratar, além do geoprocessamento, é o geoplanejamento.
Este último trata do uso de novas tecnologias de informação e de tratamento de dados
espaciais que relaciona o planejamento urbano com o espaço geográfico, e as características
físico-bióticas e socioeconômicas do território em questão.
Esse termo define o que está sendo planejado para o município de Maragojipe. Os
dados processados servem de apoio às decisões a serem tomadas e incluídas no planejamento
urbano do município. É apresentado a seguir um exemplo de geoplanejamento importante a
ser feito em Maragojipe. Neste município, ainda existem sociedades quilombolas que nunca
entraram em contato com o mundo desenvolvido; o ideal seria mantê-las protegidas em áreas
reservadas, o que somente será possível por meio de um planejamento de um local destinado à
preservação ambiental, e se houver uma fiscalização constante por parte dos órgãos
responsáveis. A criação destas áreas é facilitada através do uso de georreferenciamento do
território e análises periódicas de aerolevantamentos.
No geoprocessamento é possível atribuir um sistema de pontos que qualificam as
diferentes características de uma região. Por exemplo, uma característica de qualidade
precária receberia pontuação mínima, enquanto que uma característica bem desenvolvida
receberia uma pontuação máxima. Uma área com alto potencial ecoturístico teria notas altas,
convidando ao investimento, enquanto que áreas degradadas necessitariam de ações de
recuperação [2]. Este tratamento seria utilizado para subsidiar a elaboração de procedimentos
e normas de ação para a melhor utilização dos recursos ambientais disponíveis.
Desenvolvimento do projeto
Para que o projeto de Planejamento Urbano de Maragojipe tenha sucesso é necessário
envolver diversos tipos de profissionais na sua elaboração. Este trabalho é formado por uma
equipe de Gestão Físico Territorial, uma de Planejamento Territorial, uma de Zoneamento
Ecológico-Econômico (ZEE) e uma equipe de Legislação Ambiental. Todas as equipes devem
ter reuniões periódicas entre si e com os organizadores do projeto para a discussão de
relatórios e produtos em andamento. A integração entre as equipes e a constante atualização
das atividades é fundamental.
Uma parte fundamental deste trabalho diz respeito a utilização do SIG, através do
programa ArcGis, como ferramenta para o planejamento territorial. Para a criação de um
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documento em ArcGIS, arquivos de mapas, conhecidos como shape files, devem ser
adicionados ao programa. Cada arquivo em ArcGIS pode ter diversas camadas destes shapes,
um pode conter o limite do município enquanto outro contém o mapa referente à massa
d'água, e outro referente a rodovia. Estes mapas são bases georreferenciadas obtidas a partir
do IBGE Censo 2010 e da Engemap. Shape files contêm mapas em forma de vetores e dados
em forma de tabelas. O IBGE apresenta apenas um shape e várias tabelas em Excel que
podem alimentar os mapas. Já a ENGEMAP apresenta vários shapes e ortofotos, mas carece
de dados. É fundamental que esses shapes sejam alimentados e relacionados às tabelas, para
possibilitar a produção de novos mapas pela equipe de Planejamento Territorial.
Na elaboração do projeto de Planejamento Territorial de Maragojipe os seguintes
passos foram adotados. Inicialmente, para relacionar os dados das tabelas com os mapas foi
necessário fazer uma seleção dos dados a serem utilizados, afinal, existia uma quantidade
enorme de dados que poderia deixar o projeto confuso e menos objetivo. Após esta seleção foi
necessário tornar a tabela compatível com os dados dos mapas inseridos no ArcGIS.
a. O sistema de coordenadas selecionado para uso no trabalho foi o mesmo do IBGE
– SIRGAS 2000. A conversão de todos os mapas que não estão neste sistema foi
feita no próprio ArcGIS através dos seguintes passos:
ArcCatalog Selecionar shapefile (.shp) Botão direito Properties Modify...
Escolher SIRGAS 2000 entre as opções listadas.
Figura 1 – Sistema de Coordenadas de um arquivo.
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Figura 2 – Como alterar o sistema de coordenadas de um arquivo.
b. Cada shape file estava armazenado individualmente, e era de interesse uni-los em
apenas um arquivo. A partir da ferramenta “Add Data” foram inseridas as camadas de
interesse, neste exemplo estão algumas das camadas utilizadas para as estatísticas sobre
abastecimento de água na região.
Figura 3 – Camadas de um mapa.
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Em seguida, foi selecionada a coluna da tabela que seria utilizada para fazer a união
dos dados das tabelas do IBGE aos shapes. A coluna selecionada foi a que continha dados
únicos, sem repetições, para que a mesma informação não fosse inserida mais de uma vez no
mesmo mapa. A coluna CD_GEOCODI tem o número cadastral de cada setor censitário.
Figura 4 – Coluna selecionada para unir os dados das tabelas.
c. A coluna correspondente a cada setor censitário estava na tabela do IBGE, e
deveríamos unir esta coluna àquela do shape file. Para tal, foi necessário utilizar o programa
Access que converte dados em forma de texto para formato numérico. É possível ligar apenas
colunas com o mesmo formato.
d. Os dados que tinham importância no projeto foram incluídos no mapa, mas para que
houvesse uma leitura direta sobre o Município, foi criado um arquivo que tivesse apenas as
informações de Maragojipe. Os passos para criar este arquivo são:
d-1. fazer um shape que tenha apenas Maragojipe.
d-2. unir as tabelas do IBGE com a tabela do shape de Maragojipe.
Figura 5 – tabelas unidas ao arquivo de mapa de Maragojipe.
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Figura 6 – mapa e dados apenas de Maragojipe.
e. Foram produzidos mapas estatísticos de Maragojipe com os dados das tabelas do
IBGE, como este sobre abastecimento de água por setor censitário.
Figura 7 – mapas estatísticos de Maragojipe.
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Figura 8 – Ampliação de um dos mapas estatísticos de Maragojipe.
A partir das ortofotos (imagens aéreas de alta resolução no formato de ArcGIS
georreferenciadas) foi iniciado um trabalho de desenho de cada edificação da área urbana que
será, posteriormente, confrontado em campo.
Figura 9 – Anexo do Plano Diretor de Maragojipe: Perímetro de Tombamento. Prefeitura
Municipal de Maragojipe – Instituto do Patrimonio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
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Figura 11 – Inserção em ArcGis do Anexo descrito anteriormente.
Figura 12 – Ampliação da inserção em ArcGIS.
A partir dos dados organizados de Maragojipe, foram definidas quais seriam as
informações a serem obtidas sobre a região ao redor do município para o planejamento das
ações referentes à mobilidade. Isto é, quais seriam as rodovias a serem estendidas, as rotas
náuticas a serem criadas, e qual seria a possibilidade ou necessidade de reativação de uma
antiga ferrovia.
No momento está sendo criado o MaragojipeGeo, um programa contendo as
informações de Maragojipe que funciona via internet. O programa é uma ferramenta de gestão
que ajuda técnicos municipais a tomarem decisões a partir da seleção e associação das
informações. Ele utiliza tecnologia flash, cuja interface e forma de comunicação com o
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servidor é mais fácil. MaragojipeGeo pode ser acessado por meio de um endereço online de
maneira ágil, e permite interação com um usuário anônimo ou identificado. Este último pode
editar temas, mapas, ver todas as camadas existentes ou até mesmo gerar novas camadas.
Uma necessidade futura será a elaboração de um manual para explicar a utilização do
programa para os técnicos da prefeitura. Deste modo a própria prefeitura poderia atualizar os
dados e fazer novos projetos.
Os mapas, como os apresentados acima, foram elaborados como teste para a
sistematização de informações em ArcGIS para, futuramente, serem agregados ao
MaragojipeGeo.
No momento, um desafio para que tudo isto ocorra em grande escala é a falta de
integração entre as secretarias do governo, e entre as empresas que têm dados importantes
para alimentar a base de dados. Porém, um projeto já existe em nível federal para que as
instituições públicas e privadas tenham acesso a uma enorme base de dados integrada, que é o
Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM).
Os sistemas de cadastro do Brasil revelam vários problemas, geralmente derivados de
falta de atualização e integração dos dados. Por exemplo, o proprietário de um terreno se
dirige ao cadastro para atualizar sua propriedade, mas a informação na Secretaria que procura
não identifica tal lote e diz ser impossível o cadastro. Porém, em outra Secretaria, as
informações poderão já estar atualizadas, mas não existe um sistema de informação integrado,
o que gera a desinformação. Outro exemplo interessante é o do IPTU, que se baseia em
informações do valor de mercado de imóveis. Os dados registrados no IPTU não são
atualizados e nem são integrados com outras empresas que têm informações similares. Dessa
forma, um valor de imposto injusto pode ser cobrado de um morador em decorrência dessa
falta de integração de informações. Esses exemplos mostram como seria importante o Estado
ter acesso a dados de múltiplas fontes. Por outro lado, existe a necessidade das empresas
terem informações de dados obtidos pelo Estado, para que elas tomem conhecimento da
existência de novos centros urbanos, e decidam sobre locais preferenciais para instalação de
novas unidades de energia elétrica, de escolas privadas, de televisão paga, internet, e outros
serviços e facilidades.
Nesse contexto, a ideia da criação de um Cadastro Territorial Multifinalitário surge
para integrar e facilitar a atualização de dados para todos os integrantes. Esse Cadastro
representaria um inventário territorial oficial e sistemático de cada município, baseado no
levantamento dos limites de cada Parcela, conforme definido a seguir. Parcela Cadastral seria
toda e qualquer porção da superfície do município a ser cadastrada, e cada unidade (lotes,
lagos...) seria modelada por uma ou mais Parcelas. Estas Parcelas teriam uma única situação
jurídica, ou seja, seriam, uma propriedade registrada ou um bem público.
Este sistema seria padronizado, e incluiria dados georreferenciados, contando com
uma projeção cartográfica comum. Sendo assim, o passo seguinte para a formação desse
sistema seria o estabelecimento de um acordo entre as instituições públicas e privadas
interessadas, para que se criasse uma base de dados unificada. Dessa forma, tanto o governo
quanto as empresas teriam as informações necessárias para continuar aprimorando seu
funcionamento em busca de maior eficiência [6].
Conclusões
No projeto de Maragogipe, o ArcGIS é utilizado para integrar informações que
permitem um melhor planejamento territorial. É possível analisar e planejar soluções sobre o
impacto de uma grande obra em uma região, como é no caso da construção de um estaleiro.
Esse empreendimento significará a ocorrência de deslocamento de mão de obra para o local.
Caso a região não tenha infraestrutura adequada, haverá falta de energia elétrica,
abastecimento de água potável, escola para os filhos dos trabalhadores, e outros fatores
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importantes para que se tenha qualidade de vida. Logo, o planejamento urbano para que a
região esteja estruturada para receber novos trabalhadores é necessário. O programa ArcGIS e
o MaragojipeGeo auxiliam tanto para detectar que não existem tais recursos em uma região
quanto para permitir uma visão geral de planejamento e projeto territoriais.
As ferramentas de um SIG permitem que o projeto seja atualizado constantemente sem
dificuldades, e por diversas pessoas, ajudando a territorializar as informações do município.
Estas ferramentas podem ser utilizadas não somente no cadastro de parcelas, mas como no
cadastro e atualização do proprietário, da vegetação presente no terreno, da massa d’água
existente, entre outras diversas atualizações. Elas também agilizam o processo de fiscalização
de uma reserva ambiental, facilitam a tomada de decisão de projetos, enfim, permitem a
gestão do território.
Espera-se que o trabalho de Maragojipe se estruture como base metodológica, como
uma ferramenta para trabalhos futuros e mesmo melhoramentos futuros, com mapas que
permitam articulação das informações.
Referências
1. CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. (eds) Introdução à Ciência da
Geoinformação INPE, São José dos Campos, 2001.
2. SILVA, J.X. da; ZAIDAN, R. T. Geoprocessamento e Análise Ambiental:
Aplicações 4.ed. Bertrand Brasil, 2004. 61p.
3. DRUCK, S.; CARVALHO, M. S.; CÂMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V. (eds)
Análise Espacial de Dados Geográficos. Brasília, EMBRAPA, 2004
4. 5º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA E
GEOAMBIENTAL Conhecimento do Meio Físico: Base para a Sustentabilidade, São
Carlos, 2004, Pejon, O. J. Zuquette, L. V. (eds)
5. ESRI. Apostila de Exercício: ArcGis Desktop I: Iniciando com SIG. Academia GIS
Imagem, Rio de Janeiro, 2010.
ESRI. Apostila de Exercício: ArcGis Desktop II: Ferramentas e Funcionalidades.
Versão 10. Academia GIS Imagem, Rio de Janeiro, 2010.
6. CUNHA, E. M. P.; ALFONSO, D. Manual de Apoio - CTM: Diretrizes para a criação,
instituição e atualização do Cadastro Territorial Multifinalitário nos municípios
brasileiros. Erba - Brasilia: Ministério das Cidades, 2010.