Àpices foliares em uma diversidade alfa de uma floresta tropical

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SALOMÃO ÁPICES FOLIARES EM UMA DIVERSIDADE ALFA DE FLORESTA TROPICAL

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Page 1: Àpices foliares em uma diversidade alfa de uma floresta tropical

SALOMÃO

ÁPICES FOLIARES EM UMA DIVERSIDADE ALFA DE FLORESTA TROPICAL

CRUZEIRO DO SUL

2014

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ÁPICES FOLIARES EM UMA DIVERSIDADE ALFA DE FLORESTA TROPICAL

RESUMO

A Amazônia é a região de maior biodiversidade do planeta, constituída por imensas

florestas tropicais abundantemente ricas em espécies animais e vegetais, tanto em termos de

diversidade gama (espécies habitando uma região como um todo), quanto em diversidade alfa

(espécies coexistindo em um mesmo ponto). Mas apenas uma parte desta tão vasta

biodiversidade é conhecida. Muitos pesquisadores têm estudado as plantas desta região e suas

propriedades medicinais e químicas, mas, com um objetivo modesto foram coletados nesta

pesquisa dados de ápices foliares e através deles, foram geradas estatísticas sobre as suas

variações, classificações (através da morfologia externa) e estatística de predominância em

um mesmo ponto (sendo assim, uma pesquisa sobre diversidade alfa de ápices foliares),

buscando entender os tipos que são encontrados em certa área de uma floresta tropical e

levantar dados percentuais sobre eles.

Palavras chave: Ápice foliar, Diversidade Alfa, Folha, Morfologia

INTRODUÇÃO

A seguinte pesquisa busca uma melhor compreensão sobre ápices foliares decorrentes

e predominantes em uma área relativamente pequena de uma floresta tropical úmida e de

enorme taxa de biodiversidade. Assim, concluímos que mesmo em uma pequena área, existem

várias espécies diferentes de plantas, e, consequentemente, diferentes tipos de folhas.

Buscamos então, entender a variação de ápices em tais espécies de plantas ao mesmo

tempo em que formulamos hipóteses sobre o motivo de certos tipos deles são mais frequentes

do que outros.

A relevância social desta pesquisa é concluir através do ápice, quais as espécies de

plantas que mais ocorrem em uma floresta tropical em termos de diversidade alfa, já que,

além de fazer fotossíntese (que é realizada por todas as partes da folha) ele também é

importante para identificar as espécies de plantas, pois é um dos quesitos que diferencia uma

espécie de outra.

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OBJETIVO

O objetivo principal é classificar ápices foliares para gerar estatísticas que levem a

conclusões específicas sobre a ocorrência deles em determinada área de uma floresta tropical.

JUSTIFICATIVA

Pesquisa realizada para obtenção de nota na disciplina de Biologia de Campo, ao

mesmo tempo em que busca compreender a diversidade alfa de ápices em uma pequena parte

da Floresta Amazônica Ocidental.

HIPÓTESES

Pelo fato dos ápices contribuírem para a classificação das folhas, supõe-se: “em certa

região em que um certo tipo de ápice foliar predomina, as espécies de plantas que possuem

esse tipo de ápice em suas folhas tendem a serem encontradas mais frequentemente neste

lugar em que tal predomina do que as outras plantas que possuem um tipo de ápice que menos

ocorre nesta área”.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Mesmo sendo uma área pouco explorada, algumas pesquisas sobre tipos de ápices

foram feitas recentemente dentre as quais vale ressaltar SAUERESSIG Daniel. SIDOL;

Sistema de Identificação Dendrológica Online – Floresta Ombrófila Mista [On-line].

Disponível em: <http://florestaombrofilamista.com.br/sidol/?menu=glossary>. A pesquisa

salienta a definição de ápice foliar “O ápice é extremidade, normalmente oposta à inserção do

pecíolo, das folhas, folíolos ou foliólulos.” (SAUERESSIG Daniel, SIDOL; Sistema de Identificação

Dendrológica Online – Floresta Ombrófila Mista. Em: <http://florestaombrofilamista.com.br/sidol/?

menu=glossary>. Acesso em: 09 julho 2014) e apresenta as classificações já conhecidas por nós

através da morfologia externa, tais classificações são de uma forma geral a base desta

fundamentação teórica, e uma das partes de mais importância para esta pesquisa. “A morfologia

vegetal, uma das bases da botânica, tem por objetivo estudar e documentar formas e estruturas das

plantas. Utilizada, dentre outras coisas, no auxílio à classificação de plantas.” (Wikipédia, Morfologia

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Vegetal. Em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_vegetal>. Acesso em: 09 julho 2014) Através

dela, classificamos as plantas, suas estruturas e regiões. Dentre as regiões da folha, encontra-se o

ápice e, é classificado da seguinte maneira:

Apiculado: Apiculado: terminando em ponta pequena, aguda e pouco consistente.

Independente da forma geral do limbo.

Acuminado: o limbo estreita-se gradualmente para o ápice, terminando em ponta

excessivamente aguda.

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Agudo: a região apical termina em ângulo agudo de maneira abrupta.

Fonte:<http://uniiquim.iquimica.unam.mx/GlosarioB/GlosarioB.html > acesso em 10 de julho de 2014

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Aristado: no ápice existe uma ponta longa e delgada.

Arredondado: o ápice forma um arco suave

Fonte: :< http://www.infobibos.com/Artigos/2011_1/couve/index.htm> acesso em 10 de julho de 2014.

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Cirroso: no ápice forma-se um cirrão (gavinha).

Fonte:< http://www.botgard.ucla.edu/html/botanytextbooks/generalbotany/typesofshoots/tendril/b0470tx.html>

acesso em 10 de julho de 2014

Emarginado: ápice do limbo termina com uma reentrância pouco profunda, aguda com

bordos arredondados.

Fonte:< http://indiabiodiversity.org/species/show/8100> acesso em 10 de julho de 2014.

Obtuso: os bordos da lâmina formam no ápice um ângulo obtuso.

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Este ápice apresenta ângulo obtuso e também uma característica dos ápices mucronados em que a nervura

principal “ultrapassa” o limbo

Retuso: ápice truncado e ligeiramente emarginado, ou seja, com uma ligeira reentrância

central.

(aproximando a imagem, pode-se perceber melhor tal reentrância)

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Truncado: ápice do limbo parecendo ter sido cortado transversalmente.

Fonte: SAUERESSIG Daniel. SIDOL; Sistema de Identificação Dendrológica Online – Floresta Ombrófila Mista [On-line].

Disponível em:< http://florestaombrofilamista.com.br/sidol/glossary/truncado.jpg>

Estas classificações são a base da fundamentação teórica desta pesquisa por ser usada

para classificar os ápices e gerar dados percentuais deles e das plantas presentes na floresta do

campus da UFAC.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Supor através de estatística e classificações de ápices foliares, as espécies de plantas eventuais

da floresta do campus da Universidade Federal do Acre, em Cruzeiro do Sul.

PLANEJAMENTO DA PESQUISA

Além de simplesmente classificar os ápices, a pesquisa buscará também através disto

predizer que espécies de folhas que possuem ápices do tipo mais proeminentes na área tendem

a ser mais frequentes nela.

Tendo como objetivo principal a classificação, a pesquisa usará constantemente termos

morfológicos para descrever as características de ápices foliares. Sendo assim foi necessário

fazer uma revisão de literatura de ápices foliares, a qual é muito escassa em si; tratando-se

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apenas de classificações, e tais classificações já eram conhecidas muito antes destes artigos.

Nenhuma pesquisa sobre o tema específico (tipos de ápices predominantes em certa região)

foi encontrada. Mas as classificações são sem dúvidas muito úteis por serem um dos poucos

referenciais teóricos e o mais fundamental deles.

Os materiais serão previamente preparados, assim como as vestimentas necessárias

(bota, calça, blusa com mangas longas, e chapéu). A área será demarcada com cipós que serão

usados como objetos naturais para se ter um limite na área e evitar coletar folhas de plantas de

áreas vizinhas, controlando a pesquisa.

As plantas coletadas serão classificadas, fotografadas, descritas e inseridas no projeto.

Diante dos dados obtidos serão apresentadas as conclusões, na qual uma delas foi prevista na

hipótese, mas com uma lacuna a ser resolvida, e isso cabe ao projeto como um todo, sendo a

resposta apresentada na conclusão.

MATERIAL

Câmara fotográfica – Registrar os tipos de ápices usados para a estatística e compará-los através de

fotos.

Caderno, caneta ou lápis – fazer as devidas anotações, contribuindo assim para a elaboração do

relatório e detalhes importantes.

Cipós- para demarcar a área de 4m².

Saco Plástico- para transportar as folhas coletadas.

Fita métrica- medir a área escolhida.

METODOLOGIA

A área de estudo compreendeu uma área de 4m² na floresta do campus da

Universidade Federal do Acre, Cruzeiro do Sul. Sendo assim, uma área de floresta tropical de

clima equatorial úmido. Este clima é natural da área sendo que localiza-se próximo a Linha do

Equador - entre ela e o Trópico de Câncer.

A pesquisa bibliográfica foi baseada principalmente em classificações de ápices

foliares, através de apostilas de morfologia foliar recentemente publicadas. As partes em que

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há citações dos autores foram inseridas e aceitas por serem comprovadas, e de conhecimento

de qualquer pessoa que estudou a área da botânica.

As estatísticas foram desenvolvidas a partir da análise de material coletado, gerando a

classificação e percentual deles bem como através da comparação entre os próprios, dividindo

o total de um certo tipo de ápice pelo total de ápices recolhidos e multiplicando por 100.

Tendo a fórmula:

p= Na/TA.100

Em que:

p= porcentagem;

Na= Número de ápices;

TA= Total Absoluto (o total de cada tipo de ápice foliar ).

Encontrando assim, o percentual de cada um deles em relação ao total.

A classificação de cada um os ápices é apresentada em ordem alfabética, junto com as

suas descrições de suas características e fotos. As descrições foram feitas a partir de todo o

material analisado, mesmo que, em alguns casos algumas fontes sobre a classificação dos

ápices se contradiziam foi escolhida a mais relevante, ou seja uma em que o padrão da mesma

condiz com os de outras mais do que é contradito.

Todo o gráfico foi elaborado conforme os dados de cada um dos ápices segundo a sua

predominância que depende das plantas que ocorrem na área pesquisada. Gerando conclusões

que condizem com os percentuais.

REURSOS

Os recursos utilizados na pesquisa foram puramente humanos; não foram necessários recursos

financeiros.

EXECUÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa foi executada na floresta do campus universitário da UFAC, no dia 20 de junho de

2014 das 08:00 as 11:00h. Inicialmente foi demarcada uma área de 4m² (quatro metros

quadrados) e dela foram coletadas folhas aleatórias de 30 plantas diferentes. Após a coleta os

ápices foram classificados morfologicamente alguns dias depois, e, esta classificação

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transformados em dados, gerando um relatório percentual da ocorrência de cada um dos tipos.

Que, por fim, geraram as conclusões.

DADOS E ANÁLISE

Ápices foliares encontrados Frequência Absoluta

Acuminado 12

Apiculado 8

Aristado 6

Obtuso 1

Retuso 2

Total 30

RESULTADO – DADOS E PERCENTUAL

Ápices foliares

encontrados

Frequência Absoluta Frequência Relativa

(%)

Acuminado 12 40%

Apiculado 8 30%

Aristado 6 20%

Obtuso 1 3%

Retuso 2 7%

Total 30 100%

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Gráfico

Acuminado Apiculado Aristado Retuso Obtuso0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

AcuminadoApiculadoAristadoRetusoObtuso

CONCLUSÕES

Assim concluímos que em uma área de 4m² da floresta do campus da Universidade Federal do

Acre, em Cruzeiro do Sul; predominam ápices do tipo acuminados, correspondendo a 40% do

total enquanto outros tipos encontrados: apiculado 30%; Aristado 20%; Obtuso 3% e Retuso

7%. Com bases nestes dados e estatísticas considera-se que plantas que possuem ápices

foliares acuminados, tendem, em termos de diversidade alfa, a serem mais frequentemente

encontradas na área pesquisada, e nas áreas próximas. Assim, as plantas que possuem ápices

foliares do tipo Obtuso e retuso são mais raras na área pesquisada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Disponível em: < http://pt.wiktionary.org/wiki/morfologia > acesso em 7 de julho de 2014.

Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABP9MAF/morfologia-vegetal-folhas?part=2 > acesso em 7 de julho de 2014.

Disponível em: < http://pesquisaemeducacaoufrgs.pbworks.com/w/file/fetch/64878127/Willian%2520Costa%2520Rodrigues_metodologia_cientifica.pdf > acesso em 9 de julho de 2014.

Disponível em: < http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/estrutura-elementos-um-projeto-pesquisa-ii-elementos-.htm > acesso em 9 de julho de 2014.

Disponível em: < http://www.cesumar.br/pesquisa/periodicos/index.php/rama/article/download/2047/1939 > acesso em 9 de julho de 2014.

Disponível em : < http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=187117008003 > acesso em 9 de julho de 2014

Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Meristema> acesso em 9 de julho de 2014.

Disponível em :< http://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_vegetal > acesso em 9 de julho de 2014.

Disponível em:< http://uniiquim.iquimica.unam.mx/GlosarioB/GlosarioB.html> acesso em 10 de julho de 2014.

Disponível em:< http://www.infobibos.com/Artigos/2011_1/couve/index.htm> acesso em 10 de

julho de 2014.