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Trabalho resumido ainda não completado sobre APHTRANSCRIPT
ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS – ACM
CURSO DE TÉCNICO DE SEGURANÇA
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
É o conjunto de procedimentos técnicos realizados no local da emergência e durante
o transporte da vítima, visando mantê-la com vida e estável, evitando o agravamento
das lesões existentes e fornecendo um transporte rápido e adequado até um serviço
de referencia.
Qual a importância de conhecer as técnicas de atendimento pré-hospitalar?
Porque APH é coisa séria. Fatos imprevisíveis podem fazer vítimas bem ao nosso
lado. Essas vítimas podem ser qualquer pessoa, ou até nós mesmos.
SOCORRISTA
É uma pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, com segurança, avaliar e
identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o
adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já
existentes.
ATRIBUTOS DO SOCORRISTA
Ter conhecimento técnico e capacidade para oferecer o atendimento
necessário.
Ter controle das suas emoções, ser paciente com as ações anormais ou
exageradas daqueles que estão sob situação de estresse.
Ter capacidade de liderança para dar segurança e conforto ao paciente.
RESPONSABILIDADES DO SOCORRISTA
Ter conhecimento acerca da necessidade de utilização dos equipamentos de
proteção individual (EPI) e fazer uso dos mesmos;
Controlar o local do acidente, identificando e gerenciando os riscos, de modo a
proteger a si mesmo, sua equipe, o paciente e prevenir outros acidentes;
Colher o maior número possível de informações junto à base, tais como tipo de
acidente, nº e situação das vítimas, se já foi acionado outro órgão para o local
(recursos adicionais), pontos de referência do local da ocorrência etc..
Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os equipamentos necessários para a
situação;
Identificar os problemas utilizando-se das informações obtidas no local,
através da cinemática do trauma e pela avaliação do paciente;
Fazer o melhor possível para proporcionar uma assistência de acordo com seu
treinamento, não correndo riscos desnecessários. Tentar fazer o que estiver ao
seu alcance para socorrer uma vítima, desde que a cena esteja segura para si e
sua equipe primeiramente;
Decidir quando a situação exige a mobilização ou mudança da posição ou local
do paciente. O procedimento deve ser realizado com técnicas que evitem ou
minimizem os riscos de lesões adicionais;
Solicitar, se necessário, auxílio de terceiros presentes no local da emergência
e coordenar as atividades;
Fornecer um atendimento humanizado ao paciente, tratando com dignidade e
respeito à vida humana.
DIREITOS DO PACIENTE
Solicitar e receber atendimento;
Exigir sigilo sobre suas condições;
Denunciar a quem não lhe prestou socorro e/ou não fez sigilo de sua condição;
Recusar o atendimento conforme o caso.
BIOPROTEÇÃO
São precauções universais por meio de práticas assépticas e/ou disposição de
barreiras com o fim de diminuir as possibilidades das pessoas contraírem doenças
transmissíveis ou infecciosas reduzindo a exposição ao contágio por meio do contato
direto, via respiratória, via oral e ocular.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua
saúde.
LUVAS DESCARTÁVEIS ÓCULOS DE PROTEÇÃO PROTETOR FACIAL
TOUCA
AÇÕES INICIAIS EM APH
AVALIAÇÃO DA CENA
SEGURANÇA DA CENA
BIOPROTEÇÃO (EPI)
AVALIAÇÃO DA CENA
Assumir a situação até a chegada da equipe especializada, caso seja o
indivíduo com maior treinamento no local.
Colaborar com a equipe especializada, caso já se encontre no local.
Não tente efetuar procedimentos para os quais não foi treinado.
Avaliar a vítima.
Acionar o serviço de emergência através do telefone 193.
Manter a calma.
Informar ao serviço de emergência:
Tipo de emergência
Número de vítimas
Tipo de lesões ou ferimentos
Endereço correto
Ponto de referência
Melhor acesso ao local
O socorrista deve se preocupar principalmente com sua segurança. Em primeiro lugar, deve
sempre avaliar a cena do paciente, quanto à emergência, antes de começar o atendimento.
Cuidado! Não se torne uma vítima!
BIOPROTEÇÃO – USO DE EPI
O socorrista deve ter o cuidado de não entrar em contato com sangue, saliva,
secreções ou excreções do paciente. O uso do EPI protege as vias de entrada de
doenças transmissíveis ou infecciosas: boca, nariz, olhos e pele devem ser
protegidos.
Cuidado! Nunca julgue o potencial de doença de um paciente com base na sua aparência e
vestimentas!
AVALIAÇÃO INICIAL DE APH (A.V.D.I)
ALERTA?
O paciente interage com o meio. Atenção para um paciente consciente é importante
saber se o mesmo está lúcido, orientado em tempo espaço e pessoa.
VERBAL?
O paciente pode parecer inconsciente, mas responde a um estímulo verbal.
DOLOROSO?
Caso a vítima não responda ao estímulo verbal, utiliza-se o estímulo doloroso.
INCONSCIENTE?
Se não responde ao estímulo verbal e doloroso, então está inconsciente.
Se o paciente está inconsciente, em decúbito ventral, o emergencista necessitará
colocá-lo em decúbito dorsal para fazer a avaliação. Caso suspeite de trauma,
movimente-o de acordo com a técnica adequada.
SINAIS VITAIS
São quatro: pulso, respiração, temperatura relativa da pele e pressão arterial.
Pulso:
É o reflexo das contrações cardíacas (sístole). Podem ser percebidas pela palpação
de uma artéria posicionada próxima à pele e sobre uma estrutura óssea.
Os pulsos mais comumente usados são:
Carotídeo Radial Braquial Femoral
Respiração
Absorção do oxigênio e exalação do gás carbônico.
Na respiração, deve-se observar a inspiração e a expiração do paciente (ventilação).
Pressão arterial (PA)
É definida como a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes
internas das artérias. A PA é verificada em dois níveis, a PA sistólica e a diastólica. A
sistólica é a pressão máxima à qual a artéria está sujeita durante a contração do
coração (sístole). A diastólica é a pressão remanescente no interior do sistema
arterial quando o coração fica relaxado (diástole).
ABCD DO SOCORRISTA
AIR – Vias aéreas
Consiste em liberar as vias aéreas do paciente através da manobra de elevação da
mandíbula, com extensão da cabeça para permitir a livre passagem do ar (caso não
se suspeite de lesão cervical) e inspecionar a cavidade orofaríngea para retirar
qualquer corpo estranho, se for o caso.
BRETHING – Respiração
Verificar a presença de movimentos respiratórios, caso haja respiração e se há
ruídos, crepitação ou roncos.
CIRCULATION – Circulação
Verificar a existência de pulso circulatório através da verificação do pulso arterial.
DISABILITIES – Avaliação neurológica
Avaliar se há alguma disfunção neurológica, confusão mental ou alteração da
fotorreagência das pupilas.
EXAME PRIMÁRIO
Se a vítima está consciente (A.V.D.I);
Se as vias aéreas estão desobstruídas (A.B.C.D);
Se a vítima apresenta pulsação cardíaca (A.B.C.D).
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
O exame de fotorreação das pupilas.
As pupilas são fotorreagentes. Portanto, espera-se que, ao aumento da intensidade
luminosa elas se contraiam; ou que se dilatem com a diminuição do estímulo
luminoso.
ISOCORIA Comparando-se uma pupila com a outra, o normal é que elas sejam iguais
(isocóricas), porém, uma pequena parte da população tem as pupilas desiguais.
Comparando-se uma pupila com a outra, o normal é que elas sejam iguais
(isocóricas), porém, uma pequena parte da população tem as pupilas desiguais.
ANISOCORIA
Se não for normal à característica da pessoa, pode ser causada por lesão no sistema
nervoso central. Como exemplo, tem-se a LCT (ver fotorreagência).
MIDRÍASE Pode ser causada por uso de drogas depressoras do sistema nervoso central
(maconha, álcool), ou lesões no sistema nervoso central.
MIOSE Pode ser causada por uso de drogas estimulantes do sistema nervoso central
(cocaína, anfetamina).
V.O.S
É o procedimento para verificar se a vítima está respirando e o coração batendo.
Ver a expansão da cavidade abdominal
Ouvir o ar saindo do nariz e da boca da vítima
Sentir os batimentos cardíaco
ESTADO DE CHOQUE
Quando os mecanismos de compensação do organismo entram em ação
direcionando o fluxo sanguíneo para o cérebro e coração priorizando a oxigenação
dos tecidos nobres desses órgãos vitais, em ocorrências de traumas ou males
súbitos decorrentes de patologias, tornando temporariamente secundárias outras
funções.
Causas de estado de choque
Queimaduras graves;
Hemorragias;
Acidentes por choque elétrico;
Envenenamentos e intoxicações;
Ataque cardíaco;
Exposição a extremos de calor ou frio;
Dor aguda;
Infecção grave;
Emoções fortes;
Lesões graves;
Poli traumatismos.
CLASSIFICAÇÃO
Choque hipovolêmico
Hemorragias internas e externas, perda de plasmas em queimaduras graves e
por desidratação intensa.
Choque obstrutivo
É produzido por obstrução ao enchimento e/ou ao bombeamento cardíaco. São
causas o pneumotórax hipertensivo e tamponamento cardíaco.
Choque neurogênico
Desenvolve-se quando o controle autônomo dos vasos sanguíneos falha.
Normalmente o sistema nervoso controla a contração e dilatação dos vasos
sanguíneos, regulando a pressão arterial.
Choque anafilático
Resulta de reação alérgica grave, que produz substâncias vasodilatadoras.
Ex.: venenos de insetos, medicamentos, alimentos etc.
Choque séptico
Ocorre em infecções graves devido à liberação de toxinas pelo agente
causador com efeito vasodilatador.
Choque cardiogênico
Causado pelo Infarto agudo do miocárdio, arritmia cardíaca e insuficiência
cardíaca congestiva.
Fases do estado de choque
Choque compensado
Choque descompensado
Choque compensado Choque descompensado
Sede Desorientação/inconsciência
Agitação Taquicardia severa
Taquicardia moderada Taquipnéia
Sudorese Sudorese
Pele fria e pegajosa Pele fria e pegajosa
Enchimento capilar retardado
Hipotensão (pulso radial ausente)
TRATAMENTO DO ESTADO DE CHOQUE
Avaliação do nível de consciência;
Promover a permeabilidade das v.a;
Oxigenoterapia;
Hemostasia de hemorragias externas;
Aquecer a vítima;
Transporte rápido.
PARADAS CARDIORRESPIRTÓRIAS - PCR
Parada cardíaca
É o cessar da atividade mecânica do coração. É um diagnóstico clínico
confirmado pela falta de resposta a estímulos, ausência de pulso detectável e
apnéia (ou respirações agônicas).
A parada do coração é sempre acompanhada pela parada imediata da
respiração.
A parada da respiração leva à parada do coração em 1 a 5 minutos.
Parada respiratória
Supressão súbita dos movimentos respiratórios, que poderá ou não, ser
acompanhada de parada cardíaca.
Parada respiratória/causas
Afogamentos
Asfixias
Epiglotites e laringites
Reações alérgicas/edemas de glote
Choques elétricos
Parada cardíaca/causas
Crise cardíaca - arritmia ou IAM
Parada respiratória
Drogas
Traumatismo
Processos infecciosos agudos
Afogamentos
PCR/Diagnóstico
Pulso ausente, débil ou filiforme
Insuficiência respiratória
Dilatação das pupilas
Espasmos da laringe
Cianose
Ausência de batimentos cardíacos
Morte clínica e biológica
A reanimação RCP é também uma aspiração médica, porque a morte clínica
não é seguida instantaneamente da morte biológica.
No momento em que um paciente apresenta sinais de morte clínica ainda há
viabilidade biológica dos órgãos internos.
Portanto, se for possível manter a oferta de oxigênio aos tecidos e recuperar a
respiração e a circulação espontâneas, antes da morte biológica dos tecidos, a
reanimação é conseguida com sucesso.
Para alguns pacientes com parada cardiorrespiratória e com funções
neurológica e cardiorrespiratória previamente preservadas, a utilização rápida
das técnicas de RCP, seguidas de cuidados médicos definitivos, pode ser
salvadora.
O tempo disponível de viabilidade dos tecidos antes da morte biológica é curto
e o principal determinante do sucesso da RCP.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR - RCP
Cinco passos
1º Avaliação da cena
2º Verificação da responsividade A.V.I
Acione o serviço de emergência
Não responsivo, sem respiração ou com respiração anormal (apenas
com gasping) – inicia a RCP
3º Compressões cardíacas (30)
4º Verificação das vias aéreas
5º Compressão-ventilação (30:2)
Compressões torácicas
Localização do ponto de compressão
As compressões torácicas devem ser exercidas num ritmo mínimo de 100/min
e profundidade mínima de 5 cm (adultos e crianças) ou 4 cm (bebês).
Tabela resumo das diretrizes da American Heart Association (AHA)
TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM)
São lesões de coluna vertebral, as quais, quando mal conduzidas podem ocasionar a
morte ou incapacidade permanente. Aproximadamente l0% das lesões medulares
ocorrem por manipulação incorreta das vítimas de trauma por socorristas ou pessoal
hospitalar. A proteção da coluna cervical é uma das prioridades do tratamento pré-
hospitalar, a não ser que outra situação esteja produzindo risco de vida iminente.
Causas
Acidentes automobilísticos
Ferimentos por armas de fogo
Quedas
Acidentes esportivos
Acidentes de trabalho
Classificação das lesões
As lesões medulares podem ser classificadas do ponto de vista clínico em completas
e incompletas.
Incompletas
Nas lesões medulares incompletas há preservação de algumas funções.
Mesmo algumas lesões que parecem completas podem melhorar, deste modo
todos os pacientes devem ser tratados com o máximo de cuidado para evitar o
“segundo trauma” e danos secundários a medula espinhal.
Completas
As lesões medulares completas resultam em perda total de função, ao exame o
paciente não tem movimentação ou sensações abaixo do nível da lesão.
A lesão da medula espinhal (LME) ocorre em cerca de 15 a 20% das fraturas
da coluna vertebral.
A localização anatômica da lesão está diretamente relacionada ao
mecanismo de trauma.
Em média, 66% das lesões medulares estão localizadas no segmento
cervical.
Em média, ocorrem lesões da medula em 10% das fraturas na região
torácica e em 4% das fraturas da coluna toracolombar.
O priapismo ou seja a ereção involuntária do pênis pode ocorrer em casos
de lesão da medula espinhal.
A capacidade de andar não deve ser um fator na determinação da
necessidade de cuidados especiais e imobilização da vítima.
Só considerar a vítima imobilizada após estar em prancha longa com
estabilizadores de cabeça e colar cervical.
Atendimento pré-hospitalar
Hemostasia das hemorragias externas
Prevenir o estado de choque
Imobilização em prancha longa
Transporte para atendimento hospitalar
Oxigenoterapia
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO – TCE
Os mecanismos de lesão podem ser diretos e indiretos.
O mais comuns são os indiretos, nos quais o cérebro é lesado após
desaceleração súbita, como a que ocorre após acidentes
automobilísticos. A inércia do cérebro em movimento faz com que ele
atinja o crânio ou a dura-máter no lado da lesão (golpe) podendo
eventualmente ricochetear após o impacto e atingir o lado oposto do
crânio (contragolpe). A base do crânio é irregular nesta área e o
movimento pode causar dano ao tecido cerebral ou aos vasos
sanguíneos.
A lesão direta ao parênquima cerebral ocorre em traumatismos
penetrantes.
Sinais
Presença de lesões no couro cabeludo
Otorragia, rinorragia, otorreia, rinorreia
Equimoses periorbitárias e mastóide
Alteração pupilar
Alteração do nível de consciência
Perda de motricidade unilateral
Equimose mastoide ou sinal de Battle
Lesões no couro cabeludo
Fraturas Equimose periorbitária
Inchaço/contusões
Rigidez de pescoço
Alterações das pupilas
Rinorragia/rinorreia
Otorragias/otorreias
Perda de consciência
Perda de motricidade unilateral
Sintomas
Vômito ou náuseas
Tontura ou desmaio
Cefaléia
Lapsos de memória
Tratamento Pré hospitalar:
Avaliação da cena. Segurança da cena. Bioproteção. AVDI. Contato equipe Bombeiros e SAMU Corrija os problemas que ameaçam a vida. Manter a permeabilidade das
vias aéreas, a respiração e a circulação. Administrar oxigênio, se disponível.
Suspeite de lesão cervical associada ao acidente e faça a imobilização da cervical.
Controle hemorragias (não deter saída de sangue ou líquor pelo ouvidos ou nariz).
Cubra e proteja os ferimentos abertos. Mantenha a vítima em repouso. Proteja a vítima para a possibilidade de entrar em convulsão. Monitore o estado de consciência, a respiração e o pulso. Trate o choque e evite a ingestão de líquidos ou alimentos.
Esteja preparado para o vômito.
O sinal de Battle e a equimose periorbitária são sinais tardios de fratura
de base de crânio.
HEMORRAGIAS
São perdas sanguíneas consequentes do rompimento de um ou mais vasos.
Quanto à origem, as hemorragias podem ser:
Internas
Hemorragias resultantes de ferimentos profundos com lesões de órgãos
internos.
As hemorragias internas são mais difíceis de ser reconhecidas porque o
sangue se acumula nas cavidades do corpo, tais como: estômago, pulmões,
bexiga, cavidades craniana, torácica, abdominal e etc.
Externas
Hemorragias originadas pela solução de continuidade dos tecidos externos.
Quanto ao tipo as hemorragias podem ser:
Arteriais
Hemorragia que ocorre pela ruptura de uma artéria. O sangue é de coloração
vermelha viva e sai em jatos.
Venosas
Hemorragia que ocorre pela ruptura de uma veia. O sangue é de coloração
vermelha escura e sai em gotejos.
Capilares
Hemorragia que ocorre nos vasos capilares. Pequenos sangramentos, como
nas escoriações.
Tratamento das hemorragias internas:
Localize a fonte da hemorragia Faça compressão direta sobre o ferimento Eleve o ferimento Mantenha a vítima aquecida
Procedimentos para hemostasia
Compressão direta
Elevação do ferimento
Curativo compressivo
Sintomas de hemorragias internas
Fraqueza Sede Hipotermia Ansiedade e agitação Taquipneia Pele pálida, fria, úmida e pegajosa Confusão mental Taquicardia Sudorese Pupilas dilatadas
Tratamento pré-hospitalar
Avalie o nível de consciência; Abra as VA estabilizando a coluna cervical; Monitore a respiração e a circulação;
Exponha o local do ferimento; Efetue hemostasia; Afrouxe roupas; Aqueça o paciente; Não dê nada de comer ou beber; Ministre oxigênio suplementar, se disponível; Transporte o paciente imediatamente para o hospital.
TRAUMA DE ABDÔMEN
A cavidade abdominal contém órgãos sólidos – fígado, baço, pâncreas, rins, e órgãos
ocos – esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto, bexiga, além de
outras estruturas – diafragma, pelve, coluna e alguns vasos calibrosos – aorta,
artérias ilíacas, vasos mesentéricos, veia cava.
As lesões traumáticas dos órgãos e estruturas contidos na cavidade abdominal
podem levar à morte imediata por hemorragias e choque ou, tardiamente, por
infecção. As lesões abdominais ocorrem muitas vezes em associação com outras,
principalmente do tórax.
A gravidade dos traumatismos abdominais baseia-se especialmente na possível
existência de uma lesão visceral, capaz de produzir alterações gerais graves como
são as peritonites ou as hemorragias.
Trauma abdominal fechado
Direto – Causados por lesões de impacto. Ex.: cinto de segurança.
Indireto – Traumas contra o abdômen sem solução de continuidade da parede
abdominal e que transfira energia lesando órgãos internos.
Trauma abdominal aberto
Penetrantes – Quando há solução de continuidade; penetração da parede
abdominal por objetos, projéteis, armas brancas, ou ruptura da parede
abdominal provocada por esmagamentos, limitada à parede do abdômen sem
provocar lesões internas.
Perfurantes - Quando há envolvimento visceral de víscera oca ou maciça, ou
seja, quando o objeto que penetrar na cavidade abdominal atingir alguma
víscera , lesando órgãos e estruturas.
TRAUMA PENETRANTE POR FAF EM ABDÔMEN
Sintomas de traumas abdominais
Dor na região abdominal e\ou pélvica Respirações rápidas e superficiais Pulso rápido Abdômen muito sensível e\ou rígido
Traumas abdominais – tratamento pré-hospitalar
Use EPI (biossegurança); Verifique se a cena está segura; Não recoloque órgão eviscerado para dentro da cavidade abdominal; Cubra todo o ferimento com curativo; Curativo umedecido e oclusivo em eviscerações; Manter em decúbito dorsal e pernas flexionadas; Lesões pélvicas não flexionar pernas; Esteja alerta para possibilidade de vômito; Não lave a lesão; Trate o estado de choque; Monitorar sinais vitais.
QUEIMADURAS
Lesão do tecido de revestimento do corpo, causada por agentes térmicos, químicos,
radioativos ou elétricos, podendo destruir total ou parcialmente a pele e seus anexos,
até atingir camadas mais profundas (músculos, tendões e ossos).
A pele é o maior órgão do corpo humano e a barreira contra perda de água e calor
pelo corpo, tendo também um papel importante na proteção contra infecções.
Pacientes com lesões extensas de pele tendem a perder líquido corporal e
temperatura e se tornam mais propensos a infecções.
Classificação das queimaduras quanto à origem:
As queimaduras podem ter origem térmica, elétrica, química ou por radiação.
Térmicas
Causadas pela condução de calor através de líquidos, sólidos, gases e do calor
de chamas.
Elétricas
Produzidas pelo contato com eletricidade de alta ou baixa voltagem. Na
realidade o dano é ocasionado pela produção de calor que ocorre à medida que
a corrente elétrica atravessa o tecido. São difíceis de avaliar e, mesmo as
lesões que parecem superficiais, podem ter danos profundos a músculos,
nervos e vasos. A eletricidade, principalmente a corrente alternada, pode
causar PCR e lesão do sistema nervoso.
Químicas
Provocadas pelo contato de substâncias corrosivas, liquidas ou sólidas, com a
pele.
Radiação
Resulta da exposição à luz solar, fontes nucleares ou qualquer outra fonte de
energia emitida sob a forma de ondas ou partículas.
Classificação das queimaduras quanto à gravidade:
Depende da causa, estado prévio da vítima, profundidade, percentual de
superfície corporal queimada, localização, associação com outras lesões e
comprometimento das vias aéreas.
Queimaduras de 1º grau:
Lesão superficial da epiderme; Vermelhidão; Dor local suportável; Não há formação de bolhas;
Lavar o local com água fria corrente.
Queimaduras de 2º grau
Lesão da epiderme e derme; Formação de bolhas; Desprendimento de camadas da pele; Dor e ardência locais de intensidade variável;
Lavar o local com água fria corrente.
Queimaduras de 3º grau
Lesão da epiderme, derme e tecido subcutâneo; Destruição dos nervos, músculos, ossos etc.; Retirar anéis, pulseiras, tornozeleiras e congêneres, pois a vítima provavelmente sofrerá inchaço.
Gravidade das queimaduras quanto à extensão:
Queimaduras graves são as grandes queimaduras que atingem mais de
13% de área corporal queimada.
O risco de vida está mais relacionado com a extensão (choque, infecção) do
que com a profundidade.
São consideradas queimaduras graves: Na região genital; Queimaduras do 3º Grau, elétricas, por radiação; Com mais de 13% da área corpórea; Com lesão das vias aéreas;
Queimaduras em pacientes idosos, infantis e pacientes com doença
pulmonar.
Tratamento pré-hospitalar:
Prevenir o estado de choque (cobrir o paciente); Evitar infecções na área queimada, protegendo-o; Controlar a dor; Umedecer o local com soro fisiológico; Administrar oxigênio, se disponível; Encaminhar a vítima ao pronto socorro o mais rápido possível.
Tratamento pré-hospitalar para as queimaduras químicas:
Use EPI (biossegurança). Verifique se o local é seguro. Limpe o pó químico da área afetada antes da proceder à lavagem. Remova a
roupa contaminada e joias ao fazer o enxágue. Use luvas de látex. Lave a área completamente com água corrente por vinte minutos ou mais. Cubra com compressas esterilizadas. Lave a área afetada, sem retirar o curativo, se o paciente começar a se
queixar de dor ou ardor. Previna o choque.
Queimaduras elétricas
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada
respiratória ou cardiorrespiratória, dano ao SNC e lesões em órgãos internos.
Tratamento pré-hospitalar
Use EPI (biossegurança). Confira se a cena é segura; se necessário, acione a companhia energética
local. Verifique a respiração e pulso. A energia elétrica passa através do corpo,
muitas vezes resultando em parada cardíaca. Também pode haver um bloqueio parcial, devido à inflamação dos tecidos ao longo da via aérea.
Avalie a queimadura, procure pelo menos dois pontos queimados. Um deles será no local onde o paciente entrou em contato com a fonte de energia (muitas vezes a mão), o outro é a saída (muitas vezes é o pé ou a mão).
Aplique uma compressa estéril ou limpa para cobrir as queimaduras. Trate o choque e conduza o paciente com monitoramento constante ao
hospital.
Extensão das queimaduras
De acordo com a extensão da queimadura, usamos percentagens através da
regra dos nove, que permitem estimar a superfície corporal total queimada
(SCTQ). Nesse caso, analisamos somente o percentual da área corpórea
atingida pela lesão, sem considerar sua profundidade(seus graus).
A regra dos nove divide o corpo humano em doze regiões. Onze delas
equivalem a 9% cada, e uma (região genital) equivale a 1%, conforme segue:
Divisão do corpo humano Adulto Criança
Cabeça e pescoço 9% 18%
Membros superiores 9% cada 9% cada
Tronco anterior 18% 18%
Tronco posterior 18% 18%
Membros inferiores 18% cada 13,5% cada
Genitais 1% 1%
Total 100% 100%
Gravidade das queimaduras
A gravidade de uma queimadura deve sempre considerar os seguintes
aspectos:
Grau da queimadura;
Percentagem da SCTQ:
1º grau > 15% SCTQ = grave
2º grau > 10% SCTQ = grave
3º grau > 5% SCTQ = grave
Localização da queimadura;
Idade da vítima;
Enfermidades anteriores da vítima.
Queimaduras graves
Queimaduras que afetam as áreas críticas do corpo (rosto, mãos, pés, genitais
e nádegas), ou queimaduras inalatórias.
Sinais e sintomas de suspeita de queimaduras das vias aéreas
Pelos nasais queimados;
Queimaduras faciais;
Tosse com exposição de restos de carvão;
Dispnéia e dificuldade respiratória;
Inconsciência em um lugar fechado com chamas;
Antecedente de explosão.
Tratamento pré-hospitalar
1. Use EPI (biossegurança).
2. Verifique se o local é seguro.
3. Pare o processo de queimadura com um cobertor molhado ou com a
técnica de parar, cair e rolar para o paciente.
4. Esfrie a área queimada em água fria ou use um jato de água fria por
alguns minutos. A melhor coisa é mergulhar, se possível, a área afetada em
água fria.
5. Mantenha uma via aérea aberta; garanta que o paciente esteja respirando.
6. Cubra a queimadura inteira usando um curativo frouxo estéril ou limpo.
Não tape a boca ou nariz. Não aplique quaisquer cremes. Cubra com gaze
estéril de preferência.
7. Dê especial atenção aos olhos. Se as pálpebras e os olhos estão
queimados, cubra as tampas com curativo volumoso estéril ou limpo. Se o
protocolo permitir e estiver disponível, aplique curativos umedecidos em
soro fisiológico ou água limpa.
8. Preste atenção especial aos dedos. NÃO feche uma mão que tenha
queimaduras de segundo ou terceiro grau sem ter de inserir um curativo
entre cada dedo. Se o protocolo local permitir, aplique compressas úmidas
em água estéril.
9. Previna o choque.
10. Não remova a roupa presa à pele. Corte em torno da lesão e cubra com
curativo limpo.