apesar da polícia civil do estado do acre não ter nenhum código de Ética e apenas fazer menção...
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A respeito da conduta ética da autoridade policial
Apesar da Polícia Civil do Estado do Acre Não ter nenhum código de
ética e apenas fazer menção a palavra ÉTICA uma única vez no Art. 10, V. da
sua Lei Orgânica (Lei Complementar n° 249 de 01 de Agosto de 2012) esta
Polícia Judiciaria preza todas as suas ações na Ética e Responsabilidade.
O código de ética do delegado de polícia federal nos mostra dentre outras coisa que:
V- exercer sua atividade profissional com independência, fundamentada na
liberdade de investigação e na dignidade da pessoa humana, livre de pressões
ou influências;
A Autoridade Policial não pode sofrer influências ou pressões para
realizar o deixar de realizar qualquer ato, ele deve ter sua conduta pautada no
maior grau de imparcialidade.
Outro Ponto marcante que vale ressaltar é a Discricionariedade que o
Delegado de Polícia tem na sua atuação, ele possui certa margem de
Liberdade para atuar, mas é importante destacar que essa liberdade dever
sempre ser pautada com base na Ética.
O delegado tem o direito de ao analisar o Flagrante avaliar se cabe ou
Não a prisão do indivíduo, muitas das vezes quando a Polícia Militar apresenta
um cidadão perante a Autoridade policial ela analisa o caso apresentado pelos
policiais e verificar que se trata de fato atípico, ou seja, que não houve a
ocorrência de um fato criminoso, da mesma forma quando avalia um crime
cometido e verifica-se a possibilidade de fiança, a Autoridade Policial irá avaliar
o caso concreto e decidir se disponibilizara a possibilidade de fiança ou se irá
deixar isso a cargo do juízo competente, é importante ressaltar que na
possibilidade de fiança, o Preso deverá preencher alguns requisitos, entre eles,
a pena dele não poderá ser superior a 4 anos, conforme tipificação no Código
Penal Brasileiro.
Dessa forma é importante destacar a afirmação do Ministro Celso de Melo: “O Delegado é o Primeiro Garantidor da Legalidade e da Justiça”
O delegado pode fazer uso do princípio da insignificância para deixar de
prendê-lo em flagrante delito?
De acordo com o Delegado Eduardo Luiz Santos Cabette em seu artigo
publicado no jus Brasil – ‘’ o delegado de Polícia e a aplicação do Princípio da
Insignificância’’
É inafastável o poder dever do Delegado de Polícia em reconhecer de
forma fundamentada a incidência do Princípio da Insignificância em
determinados casos concretos, sempre “sub censura” de eventuais conflitos de
convicção perante o Ministério Público e o Judiciário que são dotados de poder
requisitório e não são atrelados às deliberações do Delegado.
Também veio como forma de ratificar este entendimento a lei 12.830/13
a qual estabelece em seu art.2 § 6° “o indiciamento é ato privativo do delegado
de polícia” e se dará de forma fundamentada, “mediante análise técnico –
jurídica do fato”.