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AP LITERATURA
Cora Coralina
Equipe:
Karolina Pedrosa
Pedro Luís
Thomas de Aquino
Yoshi Tadeu
Lucas Saldanha
“Feliz aquele que transfere o que sabe e
aprende o que ensina.”
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Tópicos
• vida e obra.
• poemas exemplares.
• Introdução.
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Introdução:
Neste trabalho vamos falar sobre á vida,obra e poemas de Cora
Coralina.
Cora Coralina,pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas
foi uma poetisa e contista Brasileira,considerada uma das principais
escritoras brasileiras,ela teve seu primeiro livro publicado em junho de
1965,quando já tinha quase 76 anos de idade.Seus livros variavam de
Infantis á contos,suas poesias eram bastantes conhecidas no meio
literário,Cora morreu á os 95 anos de idade em 1985,um de seus
melhores poemas se chama “Saber viver”onde ela retrata uma vida de
esperanças e felicidade.
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Vida:
Nasceu em Vila Boa de Goiás, no dia 20 de junho de 1889, filha do
desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacinta
Luíza do Couto Brandão. Faleceu em Goiânia, no dia 10 de abril de
1985, com quase 96 anos de idade e sepultada na Cidade de Goiás.
Iniciou seus estudos na antiga capital do Estado aprendendo as primeiras
letras com a mestra Silvina Hermelinda Xavier de Brito. Em 1910, Cora
fazia sucesso com o conto Tragédia da Roça,publicado no Anuário
Histórico, Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás, do professor
Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Conhece o jovem Cantídio
Bretas, advogado, transfere residência para o interior de São Paulo, e
residiu em Penápolis, Jaboticabal e Andradina.
Para Carlos Drummond de Andrade, “Cora Coralina é o nome mais
importante de Goiás”. Autodidata, recebeu o título de Doutora Honoris
Causa conferido pela UFG;O Tiokô, troféu da União Brasileira de Escritores
de Goiás; O Jaburu, do Conselho Estadual de Cultura; símbolo brasileiro
do Ano Internacional da Mulher. Trabalhadora rural, promoção da ONU
e, em 1983, é eleita Intelectual do Ano, com o troféu Juca Pato, da União
Brasileira de Escritores de São Paulo.
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Obras:
Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais (poesia)
Meninos Verdes (livro)|Meninos Verdes (infantil)
Meu Livro de Cordel
O Tesouro da Casa Velha
A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil)
Vintém de Cobre
As Cocadas (infantil)
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Poemas Exemplares:Meu Destino.
Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...
Cora Coralina
Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Cora Coralina
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Poemas Exemplares:Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.
Cora Coralina
Lindo demais
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
Cora Coralina
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