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Fundamentos de Enfermagem

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  • Fundamentos de Enfermagem

    Enf. Vivian Amorim Enf. Alessandro Ranieri

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 1

    I. Historia da Enfermagem .............................................................................. 03

    II. Processo de Trabalho em Enfermagem ........................................................ 07

    III. Pronturio Manual e Eletrnico ................................................................... 25

    IV. Lavagem das mos ...................................................................................... 32

    V. Calamento de luvas estreis ....................................................................... 36

    VI. Unidade de Internao ................................................................................. 39

    VII. Sinais vitais .................................................................................................. 45

    VIII. Exame fsico - bsico (Semiologia) ............................................................... 57

    VIX. Preparo do paciente para consultas, exames e tratamento ......................... 62

    X. Tricotomia .................................................................................................... 65

    XI. Coleta de materiais para exame ................................................................... 66

    XII. Medidas de Higiene, Conforto e Segurana ................................................. 73

    XIII. Eliminao intestinal e urinaria .................................................................... 82

    XIV. Balano Hdrico ............................................................................................ 85

    XV. Aplicao de calor ou frio ............................................................................. 88

    XVI. Mtodo e Clculo de Medicamentos ............................................................ 89

    XVII. Vias de Administrao de Medicamentos ..................................................... 99

    XVIII. Venclise (Hidratao venosa) ................................................................. 129

    XIX. Hemotranfuso ............................................................................................ 130

    XX. Descarte Seguro de Materiais ....................................................................... 132

    XXI. Feridas e Curativos ..................................................................................... 133

    XXII. Drenagem postural ..................................................................................... 151

    XXIII. Nebulizao . ............................................................................................... 155

    XXIV. Oxigenoterapia ........................................................................................... 157

    XXV. Aspirao de secreo ................................................................................ 161

    XXVI. Sondas (Cateterismo vesical, intestinal) .................................................... 163

    XXVII. Drenos ........................................................................................................ 176

    XXVIII. Cateterismo de nutrio parenteral ............................................................. 177

    XXIX. Desequilbrio Hidroeletroltico ..................................................................... 181

    XXX. Dietoterapia ............................................................................................... 195

    XXXI. O bito: aspectos Legais, cuidados e preparo do corpo aps a morte .......... 197

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 201

    SUMRIO

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 2

    A HISTRIA DA ENFERMAGEM

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 3

    ORIGEM DA PROFISSO

    A profisso surgiu do desenvolvimento e evoluo das prticas de sade no decorrer dos

    perodos histricos.

    As prticas de sade instintivas foram as primeiras

    formas de prestao de assistncia. Num primeiro estgio da

    civilizao, estas aes garantiam ao homem a manuteno da

    sua sobrevivncia, estando na sua origem, associadas ao

    trabalho feminino, caracterizado pela prtica do cuidar nos

    grupos nmades primitivos, tendo como pano-de-fundo as

    concepes evolucionistas e teolgicas.

    Quanto Enfermagem, as nicas referncias concernentes poca em questo esto

    relacionadas com a prtica domiciliar de partos e a atuao pouco clara de mulheres de classe

    social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.

    ENFERMAGEM MODERNA

    O avano da Medicina vem favorecer a reorganizao dos hospitais. na reorganizao da

    Instituio Hospitalar e no posicionamento do mdico como principal responsvel por esta

    reordenao, que vamos encontrar as razes do processo de disciplina e seus reflexos na

    Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa.

    Naquela poca, estiveram sob piores condies, devido a predominncia de doenas

    infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes.

    Os ricos continuavam a ser tratados em suas prprias casas, enquanto os pobres, alm de

    no terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instruo e experincias que resultariam num

    maior conhecimento sobre as doenas em benefcio da classe abastada.

    neste cenrio que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale

    convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em

    combate na Guerra da Crimia.

    PERODO FLORENCE NIGHTINGALE

    Nascida a 12 de maio de 1820, em Florena, Itlia, era filha de ingleses.

    Possua inteligncia incomum, determinao e perseverana - o que lhe permitia

    dialogar com polticos e oficiais do Exrcito, fazendo prevalecer suas idias.

    I HISTORIA DA ENFERMAGEM

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 4

    Dominava com facilidade o ingls, o francs, o alemo, o italiano, alm do grego e latim.

    No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as

    atividades das Irmandades Catlicas.

    Em 1849 Visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irms de Misericrdia, Ordem Catlica de

    Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Em 1854, a Inglaterra, a Frana e a Turquia declaram guerra

    Rssia: a Guerra da Crimia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade decresce

    de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela ser imortalizada como a

    "Dama da Lmpada" porque, de lanterna na mo, percorre as enfermarias, atendendo os

    doentes. Pelos trabalhos na Crimia, recebe um prmio do Governo Ingls e, graas a este prmio,

    consegue iniciar o que para ela a nica maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola

    de Enfermagem em 1959 Aps a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital

    Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas

    posteriormente

    A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das caractersticas da escola

    nightingaleana, bem como a exigncia de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de

    durao, consistia em aulas dirias ministradas por mdicos.

    Nas primeiras escolas de Enfermagem, o mdico foi de fato a nica pessoa qualificada para

    ensinar. A ele cabia ento decidir quais das suas funes poderiam colocar nas mos das

    enfermeiras.

    Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem.

    Assim, a Enfermagem surge no mais como uma atividade emprica, desvinculada do saber

    especializado, mas como uma ocupao assalariada que vem atender a necessidade de mo-de-obra

    nos hospitais, constituindo-se como uma prtica social institucionalizada e especfica.

    PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM

    Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras

    diplomadas comeam a prestar servios a domiclio em New York. As escolas deveriam funcionar de

    acordo com a filosofia da Escola Florence Nightingale, baseada em quatro idias-chave:

    A. O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado to importante quanto qualquer outra

    forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro pblico.

    B. As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associao com os hospitais, mas manter

    sua independncia financeira e administrativa.

    C. Enfermeiras profissionais deveriam ser responsveis pelo ensino no lugar de pessoas no

    envolvidas em Enfermagem.

    D. As estudantes deveriam, durante o perodo de treinamento, ter residncia disposio, que

    lhes oferecesse ambiente confortvel e agradvel, prximo ao hospital.

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 5

    HISTRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

    A organizao da Enfermagem na Sociedade Brasileira comea no perodo colonial e vai at

    o final do sculo XIX.

    A profisso surge como uma simples prestao de cuidados aos doentes, realizada por um

    grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta poca trabalhavam nos domiclios.

    Desde o princpio da colonizao foi includa a abertura das Casas de Misericrdia, que

    tiveram origem em Portugal. A primeira Casa de Misericrdia foi fundada na Vila de Santos, em

    1543. Em seguida, ainda no sculo XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitria, Olinda e Ilhus.

    Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presena de D. Pedro II e

    Dona Tereza Cristina.

    ANNA NERY

    Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na

    Cidade de Cachoeira, na Provncia da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio

    Nery, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um mdico militar e um

    oficial do exrcito, so convocados a servir a Ptria durante a Guerra do

    Paraguai (1864-1870), sob a presidncia de Solano Lopes.

    Anna Nery no resiste separao da famlia e escreve ao Presidente da Provncia,

    colocando-se disposio de sua Ptria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde

    dois de seus irmos tambm lutavam. Improvisa hospitais e no mede esforos no atendimento aos

    feridos. Aps cinco anos, retorna ao Brasil, acolhida com carinho, recebe uma coroa de louros e

    Victor Meireles pinta sua imagem, que colocada no edifcio do Pao Municipal. O governo imperial

    lhe concede uma penso, alm de medalhas humanitrias e de campanha.

    Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880A primeira Escola de Enfermagem fundada

    no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que, como Florence Nightingale, rompeu com os

    preconceitos da poca que faziam da mulher prisioneira do lar.

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    PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 7

    1. INTRODUO

    O Processo de Trabalho em Sade direcionado para a enfermagem indica um trabalho

    profissional especfico e pressupe uma srie de aes dinmicas e inter-relacionadas para sua

    realizao, ou seja, indica a adoo de um determinado mtodo ou modo de fazer (Sistematizao

    da Assistncia de Enfermagem), fundamentado no conhecimento tcnico-cientfico da rea.

    2. INSTRUMENTOS BSICOS DE TRABALHO EM ENFERMAGEM

    INSTRUMENTOS BASICOS DE TRABALHO EM ENFERMAGEM o conjunto de conhecimentos

    e habilidades fundamentais para o exerccio da profisso.

    Os principais instrumentos so:

    1) Observao.

    2) Comunicao.

    3) Planejamento.

    4) Trabalho em equipe.

    5) Mtodo cientifico.

    6) Aplicao dos princpios cientficos.

    7) Destreza manual.

    8) Criatividade.

    9) Avaliao.

    1) OBSERVAO

    A enfermagem, a partir de Florence Nightingale, em 19859, comeou a ter um cunho

    cientifico. A observao foi ento valorizada, pois tornava a pratica profissional mais que um

    simples cumprimento de tarefas.

    A observao o primeiro passo para a execuo de todos os cuidados de enfermagem.

    Assim, fica evidente que a habilidade de observar vai decidir o sucesso ou fracasso do processo

    cuidativo, pois a observao que nos dar subsdios para a construo deste processo.

    A observao um dos instrumentos bsicos que o profissional de enfermagem necessita

    para planejar e executar uma assistncia de qualidade. Pois a partir da observao treinada e

    sistematizada que esse profissional coletara dados que lhe permitiro chegar a um diagnostico da

    situao que se apresenta a sua frente.

    Desta forma, observar perceber com todos os rgos dos sentidos, o mundo que nos

    rodeia.

    II - ENTENDENDO PROCESSO DE TRABALHO

  • Fundamentos de Enfermagem

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    TIPOS DE OBSERVAES

    a) OBSERVAO ASSISTEMATICA

    As observaes assistemticas ou no estruturadas so aquelas que realizamos

    esponteamente, sem utilizarmos meios tcnicos especiais, roteiros ou perguntas especificas.

    Aquilo que caracteriza a observao assistemtica o fato de o conhecimento ser obtido

    atravs de uma experincia casual, sem que se tenha determinado a principio quais os aspectos

    relevantes a serem observados e que meios utilizar para observ-los.

    b) OBSERVAO SISTEMTICA

    A observao sistemtica tambm chamada de Estruturada ou planejada aquela que

    fazemos para responder propsitos preestabelecidos , ou seja, sabemos de antemo o qu, como e

    quando vamos observar.

    Neste tipo de observao, utilizaremos um roteiro ou um instrumento para coletar dados

    especficos que devero ser observados. Ex: Os roteiros de entrevista e exame fsico.

    c) OBSERVAO NO PARTICIPANTE

    A observao no participante o observador um espectador. O observador toma contato

    com a realidade a ser observada, mas no se integra a ela, no participa.

    d) OBSERVAO PARTICIPANTE

    A observao participante aquela que acontece quando o observador, propositadamente

    ou no, integra-se ao grupo ou contexto que esta observando.

    Nessa situao o observador e o observado esto lado a lado, tornando-se observador um

    membro do grupo, de modo a vivenciar o que eles vivenciam e trabalhar dentro do sistema de

    referncia deles.

    CARACTERISTICAS TIPOS DE OBSERVAO

    Meios utilizados SISTEMATICA

    ASSISTEMTICA

    Participao do observador

    PARTICIPANTE

    NO-PARTICIPANTE

    Lugar onde se realiza

    VIDA REAL

    LABORATRIO

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 9

    Numa situao de enfermagem, quando orientamos um paciente, por exemplo, a respeito

    dos cuidados que ele deve ter com a inciso cirrgica, alm do cuidado (orientao do paciente),

    estaremos alertas para suas dificuldades, seus valores, que podem interferir no processo cuidativo.

    e) OBSERVAO INDIVUAL

    A observao individual aquela feita por uma nica pessoa. Nesse caso, os dados colhidos

    so decorrentes da personalidade do observador que se projeta sobre o observado.

    f) OBSERVAO EM EQUIPE

    Este termo, observao em equipe, utilizado quando referirmos observao feita por

    diversas pessoas e cada qual observa um aspecto da mesma situao.

    g) OBSERVAO NA VIDA REAL

    Quando essa observao, feita e registrada no momento em que ocorre, denomina-se

    observao na vida real.

    O fato de registrar um dado simultaneamente observao reduz a tendncia que temos

    em selecionar detalhes ou mesmo de esquec-lo.

    * Exemplos: As anotaes de enfermagem so um exemplo deste tipo de observao, pois so

    feitas no momento que ocorre: uma intecorrncia com o paciente, ao checarmos uma medicao

    que foi administrada.

    h) OBSERVAO EM LABORATORIO

    A observao em Laboratrio aquela realizada dentro de condies estabelecidas, onde os

    fatores que podem interferir na ocorrncia de um fato ou fenmenos controladas.

    Quando regularmos um respirador artificial, estabelecendo limites de padres respiratrios

    que faro soar alarmes, estamos estabelecendo os fatores que desencadearo aes de

    enfermagem.

    2) COMUNICAO

    A qualidade da assistncia de enfermagem que prestamos ao paciente pode ser

    diretamente influenciada pela nossa habilidade de comunicarmos com ele.

    Deste modo o uso da Comunicao como Instrumento Bsico do Enfermeiro um meio de

    utilizarmos para satisfazer as necessidades do paciente.

    Mesmo durante a administrao de uma injeo intra-muscular, o processo comunicativo

    est ocorrendo. Quando explicamos ao paciente o que iremos fazer e por qu, devemos utilizar

    palavras que ele compreenda e observarmos suas respostas verbais e no verbais, para sabermos

    o que ele entendeu, sua percepo e sentimentos a respeito do que falamos.

    A Comunicao um ato intrnseco ao existir humano.

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 10

    FORMAS DE COMUNICAO

    VERBAL Falada

    Escrita

    NO VERBAL

    Cinsia

    Toque

    Territorialidade

    PARAVERBAL

    A Comunicao engloba todas as formas que uma pessoa utiliza para poder afetar o outro.

    a) VERBAL

    A forma de transmitir uma mensagem que temos conscincia a verbal ou lingstica, e se

    refere linguagem falada ou escrita.

    b) NO VERBAL

    Tambm nos comunicamos de forma no verbal, e ela traduz aquilo que Watson chama de

    linguagem transparente do corpo.

    Quantas vezes j ouvimos: sim esta tudo bom !, mas pela expresso facial de quem a

    falou sabamos que nada estava to bom assim.

    Na forma no verbal ganha importncia no processo de comunicativo, pois ela pode

    suplementar uma informao verbal (completando ou rejeitando), contradizer, enfatizar, substituir,

    oferecer indcios sobre emoes ou mesmo controlar ou regular um relacionamento.

    b.1 - CINSIA

    A Cinesia parte da Cincia, que estuda o comportamento cintico do corpo, mostra-nos que

    se atentarmos postura corporal e expresses corporais de nosso interlocutor nossa comunicao

    ter mais chances de torna efetiva.

    As posies e movimentos do corpo podem ser classificadas em:

    - Emblemas: Aqueles atos no verbais que traduzem uma mensagem verbal que no pode ocorrer,

    como os sinais do surdo-mudo, um aceno pra quem esta longe.

    - Ilustradores: movimentos que acompanham a fala. Demonstraes de afeto.

    - Reguladores: movimentos sutis e inconscientes que regulam o fluxo de uma conversa.

    b.2 - TOQUE

    Tocar tambm uma forma de comunicao no verbal, e pode significar: atitude de nos

    unir ao outro, tocar como uma maneira de perceber o outro ou relao com outro.

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    b.3 - TERRIRORIALIDADE OU PROXMICA

    uma das formas de comunicao no verbal, e diz respeito ao espao do alm do nosso

    corpo que temos como nosso. Esta distancia pode influenciar e definir o tipo de envolvimento e,

    assim, de comunicao que queremos manter com o outro.

    b..4 PARAVERBAL OU PARALINGUISTICA

    Outra forma de comunicao a chamada Paraverbal ou Paralinguistica.

    Ela se refere ao tom de voz, ao ritmo, suspiros, perodos de silencio e entonao que

    damos a palavras quando falamos. E o seu significado semelhante ao que descrevemos para a

    comunicao no verbal.

    3) PLANEJAMENTO

    um processo intelectual porque determina conscientemente um curso de ao baseado

    em objetivos, fatos e estimativas submetidas a anlise.

    Os nveis de atuao do planejamento so: Planejamento estratgico, planejamento ttico

    e planejamento operacional.

    4) TRABALHO EM EQUIPE

    O trabalho em equipe um requisito vital para a obteno dos resultados, quando se

    considera potencial sinrgico dos grupos: um conjunto de pessoas que tem propriedades e

    qualidades coletivas que elas separadamente no manifestam.

    O trabalho em equipe ento um instrumento bsico, necessrio para que o profissional de

    Enfermagem resgate a sua especificidade, enquanto profisso.

    5) MTODO CIENTIFICO

    Mtodo cientifico um meio que conduz formao de um corpo de conhecimento, atravs

    da elaborao organizada e formal de uma denominada questo, com verificao e analise dos

    resultados do fenmeno observado, frente aos objetivos da investigao cientifica.

    Portanto, pode-se dizer que o mtodo cientifico para a enfermagem um instrumento

    bsico para o desenvolvimento da profisso enquanto cincia, cuja essncia o cuidar.

    OS ELEMENTOS DO PROCESSO DO METODO CIENTIFICO SO:

    Compreenso do problema.

    Coleta de dados.

    Formulao de hipteses.

    Elaborao de um plano para testagem da hipteses.

    Testagem de Hipteses.

    Interpretao e avaliao de resultados.

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    6) APLICAO DOS PRINCIPIOS CIENTIFICOS

    A caracterizao de uma profisso dada por um corpo de conhecimentos especficos que a

    instrumentaliza de modo a permitir seu desempenho com independncia, competncia e

    responsabilidade.

    A utilizao dos Princpios Cientficos enquanto Instrumento Bsico de Enfermagem via ao

    embasamento da profisso enquanto cincia, uma vez que subsidiam as aes realizadas a partir

    de um principio, ou seja, de uma verdade desenvolvida aps investigao adequada,

    diferenciando-se assim das desenvolvidas empiricamente. Desta forma compreendidos, so

    indispensveis no cotidiano do profissional, pois auxiliam o profissional da enfermagem no

    julgamento e adequada tomada de deciso relativos a assistncia a ser implantada a um paciente,

    orientando suas aes conforme as necessidade das situaes especificas assim o requerem.

    7) CRIATIVIDADE

    A criatividade uma atividade intelectual distinta da inteligncia, sem graduao maior ou

    menor quanto ao sexo ou raa, com intensidade varivel na criana e no adulto e que no se limita

    as atividades artsticas e literrio, como supe o senso comum.

    A criatividade, no entanto, no se constitui num instrumento bsico que o Enfermeiro deve

    utilizar somente na busca de solues de problemas. Ele pode criar o habito de utilizar seu

    potencial criativo atravs de associaes de idias, a partir da reflexo diria de sua pratica, o que

    poder leva-lo a surpreender-se e criar novas alternativas em prol do desenvolvimento pessoal e

    profissional.

    A criatividade torna-se uma ferramenta bsica do Enfermeiro na busca de resolues de

    problemas de enfermagem, o que torna seu fazer profissional mais estimulante.

    8) DESTREZA MANUAL

    o reflexo de uma competncia real, permanente e adquirida de se executar uma tarefa e

    que implica o domnio que o individuo deve ter de si prprio (HABILIDADE PSICOMOTORA).

    9) AVALIAO

    Gomes, considera a avaliao como um processo continuo por si s, que estabelece sua

    presena durante um desenvolvimento de um programa.

  • Fundamentos de Enfermagem

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    2. CONTEXTUALIZANDO O TRABALHO EM SADE

    O trabalho pode ser caracterizado como um processo de transformao que ocorre porque as

    pessoas tm necessidades que precisam ser satisfeitas; no presente caso, necessidades de sade.

    Essa transformao se d mediante a atividade do trabalho, realizada com o consumo produtivo de

    fora trabalho e a intermediao de instrumento que o agente insere entre ele prprio e o objeto,

    para dirigir sua atividade a uma dada finalidade.

    A diviso do trabalho no apenas reflete o desenvolvimento cientifico tecnolgico, mas a

    dinmica social das prticas de sade engendra subdivises sistemticas dos trabalhos. Esse

    processo ocorreu no interior da enfermagem, dando origem s distintas categorias profissionais

    enfermeiro, tcnico de enfermagem, auxiliares de enfermagem, formal e regular, usualmente

    denominados atendentes. Assim, o trabalho em equipe refere se composio de diferentes

    processos de trabalho, constituindo em uma rede complexa de prestao de servios.

    3. PROCESSOS ASSISTENCIAIS ADMINISTRATIVOS DO SERVIO DE ENFERMAGEM

    Tanto a admisso do paciente como todos os demais processos envolvidos na assistncia

    durante sua hospitalizao, at, a finalizao dos servios oferecidos constituem-se em processos

    essencialmente relacionados sistematizao de Enfermagem.

    3.1 - PACIENTE

    O paciente o elemento principal de qualquer instituio de sade. Considera-se paciente

    todo o individuo submetido a tratamento, controle especiais, exames e observaes mdicas.

    O paciente procura o hospital quando atingido pela doena, cria nele angustia, inquietao,

    que leva a exagerar o poder e conhecimento sobre os profissionais que o socorrem, muitas vezes

    torna-se difcil o tratamento do doente, originando problemas de relacionamento (paciente

    pessoal).

    A doena trs para o paciente graves consequncias como:

    A. Choque emocional, ameaa do equilbrio psicolgico do paciente, rompimento das defesas

    pessoais.

    B. Obriga ao abandono das atividades normais.

    C. Ao recolhimento ao leito.

    D. Ao afastamento da comunidade.

    3.2 - ADMISSO DO PACIENTE

    A admisso do paciente responsvel pelo inicio do relacionamento do paciente e usa

    primeira percepo dos servios oferecidos, sendo portanto, um processo de alta visibilidade ao

    cliente.

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    Ao ser admitido no hospital, espera do Mdico e da Enfermagem, uma explicao, uma

    palavra de conforto em relao ao seu estado de sade. SE ISTO NO ACONTECE, o seu

    quadro psicolgico pode ser agravado, levando-o a se tornar submisso e despersonalizado,

    ou ento agressivo.

    Munido da solicitao mdica, o paciente apresenta-se ao Servio de Recepo e

    Internao, o qual analisa todas as condies para efetuar a internao, bem como a procedncia

    com relao a seguro sade, particular, SUS, outros convnios e especialidades, efetuando a

    internao conforme critrios adotados para cada vaso, transmitindo as informaes eletrnica ou

    manualmente aos demais setores envolvidos; Servio de Nutrio e Diettica, Laboratrio de

    Analises Clinicas e outros, quando necessrio.

    Aps preenchimento do formulrio, o paciente acompanhado por funcionrios do Setor de

    Internao unidade de internao na qual ser admitido.

    CABER ENFERMAGEM a responsabilidade por sua admisso e acolhimento na unidade,

    procedendo s anotaes de sua condies nessa ocasio, abrangendo as dimenses fsicas,

    psquicas, emocionais e sociais, com os objetivos de elaborar os Planos de Assistncia, de Cuidados

    e Prescrio. Presta tambm as orientaes necessrias ao paciente e familiares e comunica ao

    mdico responsvel ou outro membro da equipe sobre sua internao.

    Em casos nos quais o paciente no traga a prescrio mdica, A ENFERMAGEM

    aguardar visita e prescrio para iniciar o tratamento.

    * OBS1: Em caso de procedncia do Pronto Atendimento, a recepo desse servio dever

    comunicar-se com a Internao Geral, solicitando vaga e encaminhando familiares para efetuar a

    internao.

    * OBS2: Durante a permanncia do paciente em tratamento, suas necessidades bsicas devero

    ser atendidas de forma adequada, tais como: psicobiolgica, psicossocial e psicoespiritual).

    3.3 CENTROS DE DIAGNSTICOS

    No processo de admisso e alta, podemos observar que existe um espao de interseo

    entre o inicio e finalizao dos servios prestados aos pacientes, havendo entre ambos a

    interdependncia de vrios servios, componentes da dinmica assistencial.

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    Os centros de diagnsticos esto classificados de acordo com o tipo e caractersticas dos

    exames realizados, conforme segue:

    1. CDI- Centro de Diagnostico por Imagem.

    2. CDG Centro de Diagnostico por Mtodos Grficos.

    3. CDE Centro de Diagnostico por Mtodos Endoscpicos.

    4. Laboratrio de anlise clinica.

    Todos os exames solicitados aos centros de diagnsticos devero ser prescritos pelo mdico

    e checados pela equipe de Enfermagem, devendo constar do pronturio do paciente, e preenchidos

    em impresso prprio, para encaminhamento ao servio especifico.

    Atualmente, esse processo est sendo efetuado eletronicamente na maioria dos hospitais.

    CENTRO DE DIAGNSTICOS POR IMAGEM

    Os exames efetuados por este centro so constitudos por:

    1. Radiologia.

    2. Tomografia Computadorizada.

    3. Ressonncia Magntica.

    4. Ultrassonografia.

    5. Hemodinmica.

    6. Densitometria ssea.

    7. Medicina Nuclear e outros.

    Para realizao desses exames, as aes a serem tomadas so:

    A. Preenchimento da solicitao de exame em impresso prprio, pela escrituraria, que q

    encaminhar ao servio de CDI ou transmisso da informao atravs do sistema on-line.

    B. Encaminhamento da rotina de preparo do paciente internado pelo funcionrio do CDI

    equipe de Enfermagem.

    C. O CDI deve manter pessoal alocado no prprio setor para realizao do transporte do

    paciente ao local do exame e retorno, mantendo planto para atendimentos nas 24 horas e

    emergncias durante os sete dias da semana.

    D. A equipe de enfermagem cabe a realizao dos procedimentos de preparo do paciente e

    cuidados ps-exames.

    E. Os dbitos na conta do paciente devero ser realizados pelo funcionrio responsvel pela

    execuo dos cuidados, cabendo ao prprio centro de diagnostico a efetuao da cobrana ou

    encaminhamento ao setor de cobrana.

    CENTRO DE DIAGNOSTICO POR MTODOS GRFICOS

    Os exames realizados pelo centro de diagnostico por mtodos grficos so:

    1. Eletrocardiograma.

    2. Ecocardiograma.

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 16

    3. Teste egomtrico.

    4. Polissonografia.

    5. Prova de funo pulmonar.

    6. Bioimpedncia e outros.

    Para realizao destes exames no so exigidos cuidados e preparos especiais, exceto no

    caso da bioimpedncia, devendo-se entretanto seguir orientaes medicas de cada especialidade.

    Nos casos que houver impossibilidade de locomoo do paciente devido as suas condies

    fsicas, esses exames deveram ser realizados no prprio leito, por tcnico especializado, atravs de

    equipamento transportado ao local.

    Os dbitos devero ser efetuados no prprio centro de diagnostico, cabendo a enfermagem

    averiguar no pronturio, a realizao e condies em que foi realizado.

    CENTRO DE DIAGNSTICO POR MTODOS ENDOSCPICOS

    Destina-se a execuo dos seguintes exames:

    1. Endoscopia.

    2. Broncoscopia.

    3. Cistoscopia.

    4. Colonoscopia.

    5. Laparoscopia.

    6. Artroscopia e outros.

    Cabe a equipe de enfermagem a responsabilidade pelo encaminhamento da solicitao de

    exame ao servio competente, informando-se quanto s orientaes necessrias ao preparo do

    paciente.

    Os exames podero ser realizados em centro cirrgico ou sala especializada, contando com

    funcionrios e equipamentos prprios.

    A equipe de enfermagem dever inteirar-se conhecer os procedimentos especficos a

    serem realizados durante o exame, estando apta a orientar e preparar o paciente, prestando-lhe

    tambm os ps-cuidados necessrios.

    A equipe de enfermagem dever checar todos os exames prescritos no pronturio mdico,

    responsabilizando-se pelo lanamento dos dbitos em impressos prprio e encaminhamento

    tesouraria.

    LABORATRIO DE ANALISES CLNICAS

    Todos os exames que requerem anlises clinicas, solicitados durante 24 horas, so de

    competncia do servio de analise clinicas.

    Compreende a realizao de diversos exames, que requerem coleta e amostragem de

    sangue, urina e outros, para certificao de diagnsticos diversos.

  • Fundamentos de Enfermagem

    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 17

    As solicitaes de exames devero ser preenchidas manualmente pelo prprio mdico ou

    encaminhadas eletronicamente ao setor pelo funcionrio responsvel.

    O impresso a ser preenchido dever estar disposto em local visvel no posto de

    enfermagem, visando a agilizao do servio de coleta.

    Geralmente os exames de rotina que exigem jejum so colhidos do paciente,

    preferencialmente, antes do caf da manh sendo que o funcionrio da enfermagem dever

    orient-lo ao jejum e outros cuidados ou preparos necessrios.

    Devido impossibilidade do estabelecimento de horrio determinado para coleta de alguns

    exames, tais como secreo e urina, caber a equipe de enfermagem, solicitar a retirada do

    material pelo laboratrio, aps efetuao da coleta pelo paciente.

    4 ANOTAES DE ENFERMAGEM

    Todos os registros das informaes do paciente, das

    observaes feitas sobre o seu estado de sade, das prescries

    de enfermagem e sua implantao, da evoluo de enfermagem

    e de outros cuidados, entre eles a execuo das prescries

    mdicas devem ser anotados em registros formais, como por exemplo, pronturio, ficheiros e

    outros conforme rotina da Instituio de Sade.

    indispensvel e est presente em todas as fases da internao (admisso, tratamento e

    alta).

    4.1 - FINALIDADES

    1. Contribuir com informaes para o diagnstico e tratamento mdico e de enfermagem.

    2. Conhecer o paciente, famlia e comunidade.

    3. Construir fator decisivo entre a vida e a morte atravs dos dados colhidos.

    4. Auxiliar a equipe multiprofissional na tomada de decises especificas.

    5. Verificar os problemas aparentes e inaparentes.

    6. Planejar cuidados de enfermagem.

    7. Analisar os servios hospitalares prestados.

    8. Analisar os cuidados de enfermagem prestados.

    9. Servir de base para qualquer documentao e anotao.

    4.2 CRITRIOS

    Todos os dados devem ser registrados imediatamente aps o fato ocorrido, evitando assim, o

    dficit do cuidado por falha na comunicao, levando em considerao os seguintes critrios:

    a) Exatido: os fatos devem ser anotados com preciso e veracidade. A omisso de dados ou

    o registro errado demonstram inexatido. As observaes devem ser especficas e exatas.

    b) Brevidade: todo registro deve ser conciso, objetivo e completo.

    c) Legibilidade: a anotao deve ser feita de forma ntida, legvel e tinta.

    d) Identificao: logo aps a anotao, o profissional deve assinar seu nome seguido do

    nmero do COREN. Sendo aluno, colocar seu nome e instituio de ensino.

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 18

    4.3 TIPOS

    Vrios so os tipos de anotaes de enfermagem e que podem ser realizaregistrados no

    pronturio do paciente. Dentre eles:

    A. Grfico: facilita a visualizao de oscilaes dos parmetros vitais do paciente, como

    temperatura (T), pulso (P), respirao (R) e presso arterial (PA) ou dos sinais objetivos,

    tais como: peso, altura, permetros; presso venosa central, entre outras.

    B. Sinal grfico: realizado por meio do checar li ou (I) significa que a ao prescrita (mdica

    ou de enfermagem) foi realizada e, do circular @ significa que a ao prescrita (mdica ou

    de enfermagem) no foi realizada. Quando um horrio est circulado, importante uma

    justificativa da no-realizao do cuidado na anotao de enfermagem.

    C. Descrio: numrica - so anotados valores de parmetros mensurveis. Podem ser locais

    especficos para o registro desses valores para facilitar a visualizao; narrao escrita -

    registro da forma narrativa daquilo que foi realizado, observado e ou informado pelo

    paciente ou familiar. o tipo de anotao mais freqentemente utilizado em pronturio de

    paciente.

    4.4 COMPOSIO

    A anotao de enfermagem, quando cientificamente estruturada, apresenta elementos

    valiosos para o diagnstico das necessidades do paciente, da famlia e da comunidade, facilitando o

    planejamento de assistncia ao paciente e apresentando elementos para o ensino e pesquisa no

    campo profissional.

    O profissional da enfermagem dever sempre compor suas anotaes com riqueza de

    contedo, e assim, colaborar efetivamente, para a elaborao de cuidados de enfermagem

    individualizados a cada paciente.

    4.5 - ROTEIRO (EVOLUO DE ENFERMAGEM)

    Deve-se utilizar como eixo as categorias descritas a seguir, bem como a sequencia.

    1. Nvel de conscincia (consciente ou insconsciente).

    2. Nvel de orientao no tempo e no espao (orientado ou desorientado).

    3. Queixas (dor, ferida, dieta, conforto, higiene, se houver).

    4. Estado emocional (calmo, agitado, nervoso, ansioso, deprimido, choroso).

    5. Aceitao de dieta (regular ou boa).

    6. Integridade da pele e mucosa (normocoradas ou hipocoradas ou hipercoradas).

    7. Hidratao oral ou venosa.

    8. Manuteno venclise.

    9. Presena de cateteres, drenos, feridas, ostomias, e outros.

    10. Deambulao (frequentes (+) ou ausentes (-), e restries se houver).

    11. Funes Fisiolgicas (evacuao e diurese).

    12. Acidentes/incidentes (ressuscitao cardio-pulmonar, atendimento espiritual, evaso do

    paciente, e outros).

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    5. PLANEJAMENTO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

    O plano de cuidados de enfermagem um plano de ao elaborado para ajudar a prestar

    cuidados de qualidade para o paciente.

    O planejamento envolve o desenvolvimento de estratgias, criadas para reforar reaes

    saudveis do cliente ou para prevenir, minimizar ou corrigir reaes no saudveis ao cliente,

    identificadas no diagnstico de enfermagem.

    Os componentes do planejamento do processo de enfermagem consistem em QUATRO

    ESTGIOS:

    1. Diagnstico de enfermagem com o estabelecimento de prioridades.

    2. Desenvolvimento de resultados.

    3. Estabelecimento de intervenes de enfermagem.

    4. Documentao do plano, uma vez que o plano de cuidados torna-se uma parte

    permanente do pronturio do paciente e utilizado por todos os membros da equipe de

    enfermagem.

    O formato do plano de cuidados auxilia o profissional da Enfermagem no processamento

    das informaes. Devem ser escritos por uma Enfermeira registrada, iniciados aps o primeiro

    contato com o paciente.

    Os componentes dos planos de cuidados de enfermagem, usualmente consistem em:

    Coleta de dados; Diagnostico de enfermagem; Prescrio de enfermagem ou Intervenes de

    enfermagem, Implementao, e Avaliao. Existem inmeros tipos diferentes de planos de

    cuidado. Planos de cuidado individualmente construdos, padronizados e computadorizados.

    DIAGNSTICO

    DE ENFERMAGEM

    (Classificao do problema)

    IMPLEMENTAO

    AVALIAO

    EVOLUO

    PRESCRIO DE

    ENFERMAGEM

    (Cuidados)

    COLETA DE DADOS

    (Identificao de necessidades afetadas)

    Planejamento dos

    Cuidados em

    Enfermagem

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    EXEMPLO DE PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM

    1. HISTRICO DO PACIENTE

    R.T., nascido no dia 13/06/1942, 66 anos, lavrador, proveniente do municpio de Vigia. Paciente

    refere plenitude gstrica ps-prandial h aproximadamente 2 anos, acompanhada de nuseas,

    vmitos ps- prandiais, pialorria intensa. Utilizava apenas medicamentos caseiros. H 1 ano evoluiu

    com perda ponderal de aproximadamente 20 kg, anorexia, liberao intensa de flatos e constante

    plenitude gstrica, nuseas e vmitos ps-prandiais. Nega hemaliquesia, hemolimse, disfagia para

    slidos. Nesse perodo procurou atendimento mdico em Belm inicialmente e com posterior

    encaminhamento para o Hospital Ofhir Loyola, realizando exames e sendo diagnosticada neoplasia

    gstrica. Continua sendo acompanhado no ambulatrio de cirurgia Oncologica e no momento est

    internado para tratamento cirrgico.

    2. ANTECEDENTES MRBIDOS PESSOAIS:

    Nega Diabetes Mellitus, Hipertenso arterial, cardiopatias e alergias. Ex-tabagista de longa data (+/-

    54 anos), parando o hbito somente quando iniciaram os sintomas. Nega etilismo. Afirma cirurgia

    anterior por correo de hrnia inguinal (+/- 5 anos).

    3. ANTECEDENTES MRBIDOS FAMILIARES: Nega casos na famlia.

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    4. EXAME FSICO:

    Regular estado geral, consciente e orientado auto e alopsiquicamente, aciantico, anictrico e

    afebril, emagrecido, eupneico, sem gnglios palpveis. - Ausculta pulmonar: murmrios vesiculares

    presentes bilateralmente, sem rudos adventcios. - Frequncia respiratria: 18 rpm - Ausculta

    cardaca: Batimentos cardacos normofonticos em 2 tempos. Sem sopros , Frequncia cardaca: 63

    bpm - Abdome plano, flcido, indolor palpao, sem visceromegalias, rudos hidroareos

    presentes.

    5. EXAMES COMPLEMENTARES:

    - EDA (05/03/2008): Mucosa do Corpo apresenta-se com emantema difuso e edema. Regio

    antropilrica apresentando extensa leso ulcerada e infiltrante, que impede a progresso do

    aparelho para o duodeno. - Neoplasia gstrica avanada tipo Borman III. - AP (25/03/2008)

    Adenocarcinoma gstrico ulcerado, pouco diferenciado, tipo difuso de Lauren com clulas em anel

    de sinete. - TC: Abdome superior (19/05/2008).

    EVOLUO (06/10/2008) 7 ps-operatrio de gastrectomia total mais colecistectomia mais

    linfadectomia D2 Consciente e orientado auto e alopsiquicamente, receptivo. Refere desconforto

    abdominal. Eupneico, normocorado, normotenso, normocardico, rtmico, afebril, aciantico e

    anictrico. - Ausculta pulmonar: Murmrios vesiculares presentes.

    Ausculta cardaca: BCNF em 2 tempos Abdome plano com ferida operatria mediana cicatrizando

    por segunda inteno sem sinais flogisticos + curativo oclusivo. Mantm sonda nasoenteral para

    nutrio enteral, mantm acesso venoso central por intracath em veia jugular direita, dreno de

    penrose com secreo serosa em grande quantidade (100 ml), apresenta edema em membros

    inferiores ( + / ++++). Aceita dieta oferecida diurese presente e espontnea, evacuaes

    presentes.

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    EVOLUO (07/10/2008): Encontra-se consciente e orientado auto e

    alpsiquicamente, queixa-se de desconforto devido sonda nasoenteral, sem mais queixas.

    Sem alteraes significativas ao exame fsico. Dreno de penrose com secreo serosa em

    pequena quantidade (40 ml). Fez R-X ( esofagografia).

    EVOLUO (08/10/2008): Encontra-se consciente e orientado auto e

    alpsiquicamente, queixa-se de desconforto devido sonda nasoenteral, sem mais queixas.

    Dreno : Dbito seroso 62 ml. Resultado do esofagograma normal Conduta: Iniciar dieta

    V.O ( liquidos claros). Mobilizar dreno.

    PLANO DE CUIDADOS: Sinais e sintomas/ Diagnsticos de Enfermagem/ Meta/

    Intervenes/ Ferida operatria Risco para infeco relacionado ao local de invaso do

    organismo. Secundrio cirurgia

    1.Estar livre de processos de infeco hospitalar durante a hospitalizao.

    2.Pincelar PVPI alcolico em intracath.

    3.Realizar curativo com soro fisiolgico em ferida operatria e evoluir aspecto.

    4. Limpar dreno com soro fisiolgico e lavar com 20 ml de soro fisiolgico aps gavagem.

    5.Observar as manifestaes clnicas de infeco (por exemplo: febre, urina turva,

    secreo purulenta).

    PLANO DE CUIDADOS: Sinais e sintomas/ Diagnsticos de Enfermagem/ Meta/

    Intervenes/ Peso abaixo do adequado. Nutrio afetada: Ingesta menor do que as

    necessidades corporais relacionados ao aumento da exigncia calrica e dificuldade de

    ingerir caloria suficiente secundrio ao cncer O indivduo dever ingerir a exigncia

    nutricional diria, de acordo com seu nvel de atividade e suas necessidades metablicas.

    1.Determinar as exigncias calricas dirias realistas e adequadas.

    2.Explicar a importncia da nutrio adequada(SNE e lquida e pastosa).

    3. Monitorar peso diariamente.

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    6 - TRANSFERNCIA DE PACIENTE

    A transferncia de pacientes deve tambm receber ateno especial, pois requer um srie

    de providncias a serem tomadas.

    TRANSFERNCIA PARA OUTRO HOSPITAL

    a) Comunicar ao paciente ou familiares os motivos da transferncia.

    b) Providenciar a reserva de vaga em outro hospital, consultando a famlia acerca da preferncia.

    c) Caso o paciente necessite de ambulncia, solicitar providencias da famlia atravs de convenio

    ou do hospital.

    d) Preencher minuciosamente a ficha de transferncia, encaminhando-a aos setores

    competentes.

    e) A transferncia dever ser acompanhada de um relatrio ou encaminhando mdico e de

    orientaes sobre cuidados de Enfermagem pelo Enfermeiro responsvel.

    f) A equipe responsvel pela remoo deve estar apta a prestar assistncia em casos de

    urgncias e emergncias.

    g) Anotar no pronturio os motivos da transferncia, as condies do paciente e o hospital ou

    clinica para onde foi transferido.

    h) Organizar a documentao seguindo os mesmos critrios da alta hospitalar, encaminhando-a

    ao Servio de Arquivo Mdico e Estatstica.

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    7 - ALTA HOSPITALAR

    A alta hospitalar inicia-se a partir da alta clnica, formalizada pelo mdico responsvel,

    finalizando com a alta administrativa.

    O planejamento da alta contm uma srie de variveis a ser considerada por sua

    interdependncia com vrios outros servios da instituio.

    A alta de enfermagem esta includa no processo assistencial, mas vinculada aos processos

    institucionais, sendo seu principal sujeito de interveno o paciente, sua famlia e o ambiente fsico

    e social em que encontra-se inserido.

    De acordo com estes referencias, o planejamento das aes de sade e aes educativas

    devem integrar os princpios bsicos da enfermagem e atender aos cuidados preventivos e

    curativos, atravs de orientaes que visem o aprendizado, a educao e a reeducao de hbitos.

    Representa a etapa final da hospitalizao, sendo que o papel desempenhado pela

    enfermagem neste momento de muita importncia, considerando que centraliza e coordena

    varias aes e condutas especificas, abrangendo o aviso de alta e comunicao aos demais setores

    envolvidos, dentre eles: Recepo/Internao, Nutrio e Diettica, Higiene e Tesouraria.

    O Enfermeiro, o profissional responsvel, o mesmo operacionaliza a alta, que se consolida

    atravs da liberao da Tesouraria, orientaes, entrega de receita mdica e respectivos exames

    ao paciente, e se necessrio, o acompanhamento Recepo.

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    1 - ASPECTOS TICOS E LEGAIS LIGADOS A ENFERMAGEM

    O pronturio um documento valioso para o paciente, para a equipe de sade (mdico,

    enfermeiro, dentista, entre outros) que o assiste e para as instituies de sade, bem como para o

    ensino, a pesquisa e os servios pblicos de sade, alm de instrumento de defesa legal.

    O pronturio do paciente corretamente preenchido , e efetivamente tem sido, a principal

    pea de defesa da equipe de sade nos casos de denncias por mau atendimento com indcios de

    impercia, imprudncia ou negligncia. Ele o primeiro documento que a polcia, a justia e o

    prprio Conselho Mdico ou de Enfermagem solicita aos hospitais/mdicos/enfermeiros

    denunciados para apreciao dos fatos da denncia.

    direito de todo paciente ou seu responsvel legal, por si ou por advogado

    constitudo, obter cpia integral de seu pronturio mdico (hospitalar ou de consultrio)

    a qual deve ser cedida incontinente.

    Fala-se em cpias pela facilidade de serem obtidas e pela sua aceitao geral, porm h

    quem exija o original e neste caso a cpia ficar no arquivo mdico do servio ou da instituio.

    1.1 - PREENCHIMENTO DO PRONTURIO DO PACIENTE

    O preenchimento do pronturio do paciente obrigao e responsabilidade intransfervel da

    equipe de sade, com exceo dos hospitais de ensino, nos quais alunos de medicina, enfermagem

    e outras profisses o fazem sob superviso, correo e responsabilidade de mdicos, enfermeiros e

    outros profissionais.

    1.2 - LEGISLAES DA ENFERMAGEM

    Decreto n 94.406, de 8 de junho de 1987, que regulamenta a Lei n 7.498, de 25 de

    junho de 1986, que dispe sobre o exerccio de enfermagem destaca:

    - Art. 11, inciso II: destacado que o Auxiliar de Enfermagem deve executar as atividades

    auxiliares, de nvel mdio, atribudas equipe de enfermagem, cabendo-lhe:

    "II- observar, reconhecer e descrever os sinais e sintomas que o paciente apresenta, ao nvel de

    sua qualificao."

    - Art. 14, inciso II; Relata a incumbncia a todo o pessoal de enfermagem da necessidade de

    anotar no pronturio do paciente todas as atividades de assistncia de enfermagem. Portanto,

    incumbe a todo o pessoal de Enfermagem:

    "II - Quando for o caso, anotar no pronturio do paciente as atividades da assistncia de

    Enfermagem, para fins estatsticos."

    III PRONTURIO MANUAL E ELETRNICO

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 26

    Resoluo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) 272/2002. Dispe sobre a

    Sistematizao da Assistncia de Enfermagem (SAE) nas Instituies de Sade Brasileiras.

    - "Artigo 32 - A Sistematizao da Assistncia de Enfermagem (SAE) dever ser registrada

    formalmente no pronturio do paciente/cliente/usurio, devendo ser composta por:

    I - HISTRICO DE ENFERMAGEM;

    - Exame Fsico.

    - Diagnstico de Enfermagem.

    - Prescrio da Assistncia de Enfermagem.

    - Evoluo da Assistncia de Enfermagem.

    - Relatrio de Enfermagem.

    * PARGRAFO NICO: "Nos casos de Assistncia Domiciliar - HOME CARE este pronturio dever

    permanecer junto ao paciente/cliente/usurio assistido, objetivando otimizar o andamento do

    processo, bem como atender o disposto no Cdigo de Defesa do Consumidor".

    1.3 - TEMPO DE GUARDA DO PRONTURIO

    0 Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) prev que todas as informaes referentes a

    uma criana devem ser guardadas at sua maioridade (18 anos), quando ento passa a contar o

    prazo de 20 anos j definido na legislao.

    Portanto, ao final dos vinte anos, o pronturio pode ser substitudo por mtodos de registro

    capazes de assegurar a restaurao plena das informaes nele contidas (microfilmagem, por

    exemplo) e os originais podero ser destrudos, conforme diz o art. 10 da Lei n 8.069/90 descrito

    abaixo.

    LEI FEDERAL N 8.069/90

    Art. 10 - "Os hospitais e demais estabelecimentos de ateno sade de gestantes,

    pblicos e particulares, so obrigados a":

    1 - "manter registro das atividades desenvolvidas, atravs de pronturios

    individuais, pelo prazo de dezoito anos";

    2 - PRONTURIO DO PACIENTE

    O pronturio do paciente ou, mais freqentemente chamado pronturio mdico, um

    elemento decisivo no atendimento sade dos indivduos, devendo reunir a informao necessria

    para garantir a continuidade dos tratamentos prestados ao cliente/paciente.

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 27

    Foi desenvolvido por mdicos e enfermeiros para garantir que se lembrassem de forma

    sistemtica dos fatos e eventos clnicos sobre cada indivduo de forma que todos os demais

    profissionais envolvidos no processo de ateno de sade poderiam tambm ter as mesma

    informaes.

    Desta forma, na instituio onde o paciente est recebendo cuidados, o pronturio

    representa o mais importante veculo de comunicao entre os membros da equipe de sade

    responsvel pelo atendimento.

    As informaes registradas no pronturio do paciente vo subsidiar a continuidade e a

    verificao do estado evolutivo dos cuidados de sade, quais procedimentos resultam em melhoria

    ou no do problema que originou a busca pelo atendimento, a identificao de novos problemas de

    sade e as condutas diagnsticas e teraputicas associadas.

    Em termos mais gerais, pode-se afirmar que o sistema de sade de um pas, estabelecido

    graas ao que se tem documentado em um pronturio, uma vez que dele so extradas as

    informaes sobre a sade dos indivduos que formam uma comunidade e uma nao.

    A anlise conjunta dos dados dos pronturios deveria ser capaz de fornecer, por exemplo,

    informaes desagregadas ou agregadas sobre pessoas atendidas, quais tratamentos foram

    realizados, quais formas teraputicas tiveram resultados positivos, como os pacientes responderam

    e quanto custou cada forma de tratamento por procedimento ou cumulativamente para todos os

    procedimentos de um paciente, de grupos de pacientes ou de toda uma populao.

    O pronturio em papel vem sendo usado h muitos anos. Hipcrates, no sculo V a.C.,

    estimulou os mdicos a fazerem registros escritos, dizendo que o pronturio tinha dois propsitos:

    1. refletir de forma exata o curso da doena e 2. indicar as possveis causas das doenas.

    At o incio do sculo XIX, os mdicos baseavam suas observaes e conseqentemente

    suas anotaes, no que ouviam, sentiam e viam e as observaes eram registradas em ordem

    cronolgica, estabelecendo assim o chamado pronturio orientado pelo tempo em uso desde ento.

    2.2 FUNES

    Atualmente entende-se que o pronturio tem principais funes:

    1. Apoiar o processo de ateno sade, servindo de fonte de informao clnica e

    administrativa para tomada de deciso e meio de comunicao compartilhado entre todos

    os profissionais.

    2. o registro legal das aes mdicas.

    3. Deve apoiar a pesquisa (estudos clnicos, epidemiolgicos, avaliao da qualidade);

    4. Promover o ensino e gerenciamento dos servios, fornecendo dados para cobranas e

    reembolso, autorizao dos seguros, suporte para aspectos organizacionais e

    gerenciamento do custo.

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 28

    3 - O PRONTURIO ELETRNICO

    Entende-se que o pronturio eletrnico do paciente (PEP) um registro eletrnico

    que reside em um sistema especificamente projetado para apoiar os usurios fornecendo acesso a

    um completo conjunto de dados corretos, alertas, sistemas de apoio deciso e outros recursos,

    como links para bases de conhecimento mdico.

    Por sua vez, o Computer-based Patient Record Institute define o pronturio eletrnico

    ressaltando que um registro computadorizado de paciente informao mantida eletronicamente

    sobre o estado de sade e os cuidados que um indivduo recebeu durante toda sua vida.

    Alm das vrias definies mencionadas, o PEP tambm recebe diferentes denominaes,

    que embora sendo usadas como sinnimos, possuem algumas diferenas, por exemplo: registro

    eletrnico do paciente, registro do paciente baseado em computador e registro eletrnico de sade.

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 29

    Este tipo de pronturio um meio fsico, um repositrio onde todas as informaes de

    sade, clnicas e administrativas, ao longo da vida de um indivduo esto armazenadas, e muitos

    benefcios podem ser obtidos deste formato de armazenamento.

    3.1 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS DOIS TIPOS DE PRONTURIOS

    As principais DESVANTAGENS do pronturio EM PAPEL so:

    2) S pode estar em um lugar ao mesmo tempo pode no estar disponvel ou mesmo ser

    perdido.

    3) Contedo livre, variando na ordem, algumas vezes ilegvel, incompleto e com informao

    ambgua.

    4) Para estudos cientficos, o contedo precisa ser transcrito, o que muitas vezes predispe ao

    erro.

    5) As anotaes em papel no podem disparar lembretes e alertas aos profissionais.

    As principais VANTAGENS so:

    a) Pode ser facilmente carregado.

    b) Maior liberdade de estilo ao fazer um relatrio.

    c) Facilidade para buscar um dado.

    d) No requer treino especial, no sai do ar como ocorre com computadores.

    Em relao ao pronturio ELETRONICO, as principais VANTAGENS so:

    a) Simultneo acesso em locais distintos.

    b) Legibilidade.

    c) Variedade na viso do dado.

    d) Suporte de entrada de dado estruturada.

    e) Oferece apoio deciso e anlise de dados.

    f) Troca eletrnica de dados e compartilha o suporte ao cuidado.

    A. Acesso remoto e simultneo: vrios profissionais podem acessar um mesmo pronturio

    simultaneamente e de forma remota. Com a possibilidade de transmisso via Web, os mdicos

    podem rever e editar os pronturios de seus pacientes a partir de qualquer lugar do mundo.

    B. Legibilidade: registros feitos mo so difceis de ler, na maioria das vezes. Os dados na

    tela ou mesmo impressos so muito mais fceis de ler.

    C. Segurana de dados: a preocupao com os dados freqente, principalmente no que se

    refere a perda destes dados por mau funcionamento do sistema. Porm, um sistema bem

    projetado com recursos de backup seguros e planos de desastres, pode garantir melhor e de

    forma mais confivel os dados contra danos e perdas.

    D. Confidencialidade dos dados do paciente: o acesso ao pronturio pode ser dado por nveis

    de direitos dos usurios e este acesso ser monitorado continuamente. Auditorias podem ser

    feitas para identificar acessos no autorizados;

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 30

    E. Flexibilidade de layout: o usurio pode usufruir de formas diferentes de apresentao dos

    dados, visualizando em ordem cronolgica crescentes ou no, orientado ao problema e

    orientado fonte.

    F. Processamento contnuo dos dados: os dados devem ser estruturados de forma no

    ambgua; os programas podem checar continuamente consistncia e erros de dados, emitindo

    alertas e avisos aos profissionais.

    G. Sadas de dados diferentes: o dado processado pode ser apresentado ao usurio em

    diferentes formatos: voz, imagem, grfico, impresso, e-mail, alarmes e outros.

    H. Relatrios: os dados podem ser impressos de diversas fontes e em diferentes formatos, de

    acordo com o objetivo de apresentao grficos, listas, tabelas, imagens isoladas, imagens

    sobrepostas, etc.

    As principais DESVANTAGENS do Pronturio Eletrnico so:

    1) Necessidade de grande investimento de hardware e software e treinamento.

    2) Os usurios podem no se acostumar com os procedimentos informatizados.

    3) Estar atento a resistncias e sabotagens.

    4) Demora para ver os resultados do investimento.

    5) Sujeito a falhas tanto de hardware quanto de software; sistema inoperante por minutos,

    horas ou dias que se traduzem em informaes no disponveis.

    6) Dificuldades para a completa e abrangente coleta de dados.

    ANOTAES

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    PROCEDIMENTOS EM ENFERMAGEM

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 32

    1 - INTRODUO

    Estudos de microorganismos cultivados a partir das mos de profissionais da sade

    provam que a lavagem das mos o procedimento mais importante na preveno de infeces

    hospitalares.

    A lavagem das mos , sem dvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior

    importncia na preveno e controle da disseminao de infeces, devendo ser praticada por toda

    equipe, sempre ao iniciar e ao trmino de uma tarefa.

    2 - BACTERIOLOGIA

    Milhes de bactrias habitam nossa pele, a maioria em condies normais, no produz

    doena, mas as patognicas (estreptococos, estafilococos) podem invadir o organismo atravs de

    leses da pele ou condies de baixa resistncia e virem a produzir infeco.

    2.1 - BACTRIAS TRANSITRIAS

    So as bactrias da flora superficial, que residem na epiderme, nos espaos ungueais,

    interdigitais e dobras da pele. Podem ser adquiridas atravs do toque das mos, manipulaes de

    objetos, sendo causa comum de infeco cruzada.

    Grande parte destas bactrias removida pela lavagem das mos. Ex: estreptococos,

    estafilococos.

    2.2 - BACTRIAS RESIDENTES

    Residem nas camadas mais profundas da pele, a derme, nos folculos pilosos e glndulas

    sebceas. Por serem bactrias fixas em camadas mais profundas da pele, so mais difceis de

    serem removidas, porm no so consideradas prejudiciais ao homem. Ex: S.epidermidis,

    micrococos e difterides

    IV LAVAGEM DAS MOS

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    3 - FINALIDADES

    A. Remover a flora bacteriana patognica.

    B. Prevenir infeco cruzada.

    C. Promover auto-higiene e segurana ao profissional.

    4 INDICAO

    1) No incio e no fim do turno de trabalho.

    2) Antes de preparar medicao.

    3) Antes e aps o uso de luvas.

    4) De utilizar o banheiro.

    5) Antes e depois de contato com pacientes.

    6) Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham sido usadas.

    7) Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda vesical, tubo orotraqueal e outros

    dispositivos.

    8) Aps o contato direto com secrees e matria orgnica.

    9) Aps o contato com superfcies e artigos contaminados.

    10) Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.

    11) Quando as mos forem contaminadas, em caso de acidente.

    12) Aps coar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar, manusear

    dinheiro.

    13) Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.

    14) Aps manusear quaisquer resduos.

    15) Ao trmino de cada tarefa.

    16) Ao trmino da jornada de trabalho.

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    5 - TCNICA DE LAVAGEM DAS MOS

    1. Retirar anis, pulseiras e relgio.

    2. Abrir a torneira e molhar as mos sem encostar na pia.

    3. Colocar nas mos aproximadamente 3 a 5 ml de sabo. O sabo deve ser, de preferncia,

    lquido e hipoalergnico.

    4. Ensaboar as mos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos.

    5. Friccionar a palma, o dorso das mos com movimentos circulares, espaos interdigitais,

    articulaes, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas dever ser feito com

    ateno).

    6. Os antebraos devem ser lavados cuidadosamente, tambm por 15 segundos.

    Enxaguar as mos e antebraos em gua corrente abundante, retirando totalmente o

    resduo do sabo.

    7. Enxugar as mos com papel toalha.

    8. Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha; ou ainda,

    sem nenhum toque, se a torneira for fotoeltrica. Nunca use as mos.

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    6 ORIENTAES GERAIS

    a) O uso de luvas no exclui a lavagem das mos.

    b) Manter lquidos antisspticos para uso, caso no exista lavatrio no local.

    c) Tem-se comprovado que a contagem de microrganismos sob as unhas e quando se est

    usando anis, relgios e pulseiras mais alta.

    d) Mantenha as unhas to curtas quanto possvel, e remova todas as jias antes da lavagem

    das mos.

    e) Realize o mesmo procedimento a cada paciente ou ensaio.

    f) A lavagem das mos deve ser feita em uma pia distinta daquela usada para a lavagem do

    instrumental, vidrarias ou materiais de laboratrio.

    g) Deve-se evitar lesionar as mos. Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas durante

    quaisquer procedimentos, elas devem ser removidas imediatamente, e as mos devem ser

    lavadas cuidadosamente.

    h) Profissionais com leses nas mos ou dermatites devem abster-se, at o desaparecimento

    dessas leses, de cuidar de pacientes e de manipular instrumentos, aparelhos ou quaisquer

    materiais potencialmente contaminados.

    i) No caso de dvida "LAVE SUAS MOS".

    ANOTAES

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    1 INTRODUO

    Sempre que houver possibilidade de contato com sangue, saliva contaminada por sangue,

    contato com a mucosa ou com superfcie contaminada, o profissional deve utilizar luvas.

    Embora as luvas no protejam contra perfuraes de agulhas, est comprovado que elas

    podem diminuir a penetrao de sangue em at 50% do seu volume.

    As luvas no so necessrias no contato social, histrico do paciente, medio da presso

    arterial ou procedimentos similares.

    2 - USO DE LUVAS ESTREIS

    A. Para realizao de procedimentos estreis e cirrgicos (cateterismo vesical).

    B. Proteo do paciente contra os microorganismos (queimaduras).

    C. Manuseio de estruturas orgnicas estreis (instrumentao cirrgica).

    3 - USO DE LUVAS NO ESTREIS

    a. Conhecidas como luvas de procedimento, so utilizadas para proteo pessoal de quem

    cuida do paciente.

    b. No requer tcnica especial para calar, mas para retir-las devemos seguir a mesma

    tcnica de luvas estreis.

    c. Manipulao de material contaminado.

    d. Contato com reas da pele ou mucosa infeccionadas.

    e. Contato com secrees corporais ou artigos contaminados.

    4 - PRECAUES GERAIS

    a) Escolher a numerao da luva adequada ao tamanho da mo, a fim de obter um melhor

    ajuste.

    b) Retirar relgios, anis, pulseiras, antes de calar luvas, para evitar danificar e contaminar

    as luvas.

    c) Abrir o pacote de luvas tocando somente na rea externa, de forma a manter as luvas e a

    parte interna do pacote estril.

    d) Para evitar contaminao da parte externa das luvas, manter as mos afastadas do corpo,

    num nvel acima da cintura, longe de qualquer mobilirio.

    e) Caso haja contaminao em qualquer etapa da tcnica de calar luvas estreis, descartar

    as luvas e reiniciar o procedimento.

    V CALAMENTO DE LUVAS ESTERIEIS E DE PROCEDIMENTO

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    5 - PROCEDIMENTO PARA CALAR LUVAS ESTREIS

    1. Retirar anis, pulseiras e relgios.

    2. Lavar as mos.

    3. Abrir a embalagem das luvas sem contamin-las, tocando apenas a parte externa do

    pacote.

    4. Levantar a luva a ser calada com a mo oposta, fazendo uma pina com o polegar e

    indicador, e tocando somente na parte inferior da dobra do punho.

    5. Afastar-se do campo estril.

    6. Calar a luva com a palma da mo voltada para cima e os dedos unidos, mantendo a

    distancia do campo estril, do prprio corpo e de qualquer fonte de contaminao.

    7. Colocar os dedos da mo enluvada (exceto o polegar) na parte interna da dobra do punho

    da segunda luva, expondo sua abertura.

    8. Palma da mo voltada para cima.

    9. Desfazer a dobra do punho com os dedos unidos e tocando somente na parte interna da

    dobra do punho.

    10. Ajustar as luvas.

    LUVA ESTRIL LUVA DE

    PROCEDIMENTO

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    6 - PROCEDIMENTO PARA RETIRAR LUVAS

    1) Manter as luvas contaminadas com os dedos voltados para baixo.

    2) Com a mo oposta enluvada, segurar a face externa da luva, na altura do punho.

    3) Tracionar a luva para retir-la da mo, virando-a pelo avesso e prend-la na mo que

    ainda est enluvada.

    4) Com a mo sem luva, segurar a face interna da luva, na altura do punho.

    5) Tracionar a luva com o mesmo movimento anterior, retirando-a de forma que uma luva

    permanea dentro da outra e o lado contaminado para dentro.

    6) Desprezar as luvas.

    7) Lavar as mos.

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    a rea destinada a acomodar e prestar servios de apoio ao paciente que facilita a

    realizao de um atendimento adequado.

    1 - FINALIDADES

    A. Proporcionar ao paciente um ambiente propcio a sua rpida recuperao.

    B. Oferecer Enfermagem condies que favoream um bom desempenho de suas funes.

    2 - TIPOS DE UNIDADES DE INTERNAO

    - Clnica Mdica Feminina, Masculina ou Mista.

    - Clnica Cirrgica Feminina, Masculina ou Mista.

    - Pediatria / Infectologia.

    - Neurologia / Ortopedia.

    - Cirurgia Plstica Reparadora.

    - UTI / UCO / UTI Neonatal / UTI Peditrica.

    - Cardiologia / Oncologia.

    3 - UNIDADE DO PACIENTE

    o conjunto de espaos e mveis destinado a cada paciente.

    Os componentes bsicos da Unidade do Paciente so:

    A. Uma cama com colcho / uma campainha.

    B. Uma mesa de cabeceira equipada com material de uso do paciente.

    C. Uma cadeira / Uma mesa de refeio.

    D. Uma escadinha / 02 baldes de lixo com tampa e pedal.

    E. Painel composto por: sada de oxignio (verde), sada de ar comprimido (cinza) e vcuo

    (amarelo).

    F. Armrio para guardar pertences como roupas, escova de dente, etc.

    A disposio dos mveis devero ser de maneira que permita boa circulao ao redor.

    4 - ARRUMAO DO LEITO

    a) Cama ABERTA - quando esta ocupada por paciente.

    b) Cama FECHADA - quando o leito est vago.

    NORMAS

    1) O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessrias durante o planto.

    2) O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade.

    3) Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho.

    4) Utilizar lenis limpos, secos e sem pregas.

    5) Caso os lenis sejam reutilizados, no deixar migalhas, fios de cabelos.

    VI - UNIDADE DE INTERNAO

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    6) Observar o estado de conservao dos colches e travesseiros.

    7) No sacudir as roupas de cama.

    8) No arrastar as roupas de cama no cho.

    PREPARO DO LEITO SEM O PACIENTE (Cama Fechada)

    - MATERIAL:

    - Luvas de procedimento.

    - 02 Lenis.

    - 01 Travesseiro.

    - 01 Fronha.

    - 01 Forro.

    - 01 Cobertor, se necessrio.

    - Hamper.

    - TCNICA:

    1. Lavar as mos.

    2. Preparar o material.

    3. Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira.

    4. Retirar a roupa de cama suja e coloca-los no hamper prximo do leito.

    5. Desprezar as luvas.

    6. Estender o lencol sobre o leito, amarrando as pontas do lenol na cabeceira e nos ps.

    7. Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lenol na parte mais prxima.

    8. Estender o viril e fazer uma meia dobra na cabeceira.

    9. Fazer o canto do viril nos ps da cama.

    10. Passar para o lado mais distante e proceder a arrumao do forro e virol.

    11. Colocar a fronha no travesseiro.

    12. Colocar o travesseiro na cama.

    13. Recompor a unidade.

    14. Lavar as mos.

    Preparo do leito SEM o paciente (cama fechada)

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    PREPARO DO LEITO COM O PACIENTE (Cama Aberta)

    - MATERIAL:

    - 01 travesseiro.

    - 02 lenis.

    - 01 cobertor (se necessrio).

    - 01 fronha.

    - 01 lenol para fralda.

    - 01 rolo para costas (se necessrio).

    - Camisola ou pijama.

    - 01 forro.

    - TCNICA:

    1. Lavar as mos;

    2. Colocar a roupa na mesa de cabeceira;

    3. Explicar o que se vai fazer ao paciente;

    4. Colocar o hamper prximo a cama;

    5. Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro lado;

    6. Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira;

    7. Colocar o paciente em decubito dorsal protegido com o lenol de cima;

    8. Enrolar o forro e lenol de baixo separadamente, ate o meio da cama e sob o corpo do paciente;

    9. Substituir o lenol de baixo, e o forro, pela roupa limpa;

    10. Virar o paciente para o lado pronto, nunca expondo-o;

    11. Passar para o lado oposto;

    12. Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lenois limpos, prendendo-os e fazendo os

    cantos;

    13. Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente;

    * OBS: - Se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser feita por duas pessoas.

    Preparo do leito COM o paciente (cama aberta)

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    UNIVERSO DA ENFERMAGEM Pgina 42

    5 - LIMPEZA DE UNIDADE

    a limpeza realizada na Unidade do Paciente.

    FINALIDADES

    A. Promover conforto, segurana e bem estar ao paciente.

    B. Remover microorganismos.

    C. Evitar infeco cruzada.

    D. Manter a unidade com aspecto limpo e agradvel.

    TIPOS DE LIMPEZA

    Pode ser: limpeza concorrente ou limpeza terminal.

    a) Limpeza Concorrente: Consiste na limpeza de parte do mobilirio da unidade do paciente, e

    feita diariamente aps o banho do paciente e arrumao do seu leito.

    Ocorre basicamente a limpeza de piso, do sanitrio, remoo de poeira do mobilirio

    (bancadas, mesa, cadeira) e peitoril.

    Esse tipo de limpeza realizado pela equipe da higienizao, exceto no caso do colcho,

    deve ser feito pela equipe de enfermagem.

    OBS.:

    A limpeza das superfcies horizontais deve ser repetida durante o dia, pois h acmulo de

    partculas existentes no ar ou pela movimentao de pessoas.

    A limpeza ou desinfeco concorrente do colcho deve ser feita no perodo da manh,

    durante a higiene do paciente, pela equipe de enfermagem.

    b) Limpeza Terminal: a limpeza completa da unidade do paciente, aps: Alta, bito ou

    transferncia.

    realizada exclusivamente pela equipe da higienizao. Nesse processo inclui tambm a

    limpeza do colcho.

    - MATERIAL:

    - Soluo desinfetante (fenol),

    - 01 par de luvas de procedimento,

    - Panos de limpeza,

    - Hamper e sanito (saco plstico),

    - Bacia.

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    - TCNICA:

    1. Lavar as mos.

    2. Reunir o material.

    3. Colocar o material sobre a mesa de cabeceira.

    4. Calar luvas.

    5. Desprender a roupa de cama e despreza-la no hamper, evitando movimentos bruscos.

    6. Recolher materiais e equipamentos (amb, umidificador, aspirador, comadre, papagaio) e

    encaminha-los ao expurgo.

    7. Afastar a cama da parede, deixando espao suficiente para realizao da limpeza;

    8. Iniciar a limpeza do leito pela parte superior do colcho, da cabeceira para o centro, inclusive as

    laterais do colcho, sempre do mais distante para o mais prximo.

    9. Continuar a limpeza do colcho, do centro para os ps, inclusive as laterais do colcho, sempre

    do mais distante para o mais prximo.

    10. Dobrar o colcho ao meio e limpar o estrado iniciando da cabeceira para o centro. Elevar o

    estrado e limpar a parte inferior do mesmo, inclusive espaldar e ps.

    11. Limpar a parte posterior do colcho, da cabeceira para o centro, retorna-lo em cima do estrado.

    12. Dobrar o colcho para o lado contrario e limpar a outra metade do estrado, do centro para os ps

    segundo a tcnica, no se esquecendo da parte inferior do estrado.

    13. Realizar a limpeza da parte posterior do colcho iniciando do centro para os ps.

    14. Passar para o lado mais distante e limpar a lateral do leito, grade e ps do leito.

    15. Passar para o lado mais prximo e limpar a lateral do leito, grade e ps do leito.

    16. Limpar com a soluo de fenol a mesa de cabeceira iniciando pela parte interna da mesma.

    17. Limpar com a soluo de fenol a parte externa da mesa de cabeceira.

    18. Limpar com pano embebido na soluo de fenol o suporte de soro (retirando fitas adesivas e

    esparadrapos que porventura estiverem colados).

    19. Retirar as luvas.

    20. Arrumar o leito conforme tcnica descrita anteriormente.

    21. Encaminhar material utilizado ao expurgo.

    22. Montar o painel de gases.

    23. Lavar a mos.

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    CONSIDERAES FINAIS

    1) O produto utilizado para a limpeza terminal da unidade devera ser fenol sinttico. No caso

    da limpeza concorrente, usar lcool a 70%.

    2) A limpeza do carrinho de banho, carrinho de parada, carrinhos de medicao e de

    curativo, devera ser feita uma vez por planto pela enfermagem, com fenol sinttico.

    3) Os panos de limpeza utilizados na limpeza terminal ou concorrente, devero ser

    enxaguados quantas vezes forem necessrias na bacia utilizada para este fim.

    4) Ao realizar a limpeza concorrente, limpar a unidade com gua e sabo, caso estiver suja

    de sangue ou secreo.

    5) Utilizar movimentos simples e amplos em um s sentido.

    6) Observar a seqncia da limpeza (do mais limpo para o mais contaminado, evitando sujar

    as reas limpas).

    7) Evitar molhar o cho.

    ANOTAES

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    Sinais vitais so reflexos ou indcios de mudanas no estado do paciente. Eles indicam o

    estado fsico do paciente, ajudam no seu diagnostico e tratamento.

    VII - SINAIS VITAIS

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    o equilbrio mantido entre produo e perda de calor pelo organismo no ambiente e

    deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotlamo no crebro.

    1 - TIPOS DE TERMMETRO

    De mercrio axila Digital axila Digital boca

    Digital reto Digital auditvo

    2 - FATORES DE VARIAES DA TEMPERATURA

    A. Fisiolgicos: Sono e repouso, idade, exerccio fsico, fator hormonal, alimentao, banho,

    agasalho, emoo e desnutrio.

    B. Patolgicos: Processos infecciosos, determinadas drogas e distrbios emocionais.

    1 - TEMPERATURA CORPORAL

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    3 - TERMINOLOGIA

    - HIPOtermia: Temperatura abaixo do valor normal.

    - HIPERtermia: Temperatura acima do valor normal.

    - AFEBRIL: Temperatura normal.

    - FEBRCULA: Variaes entre 37,0 a 37,5 [C].

    4 - LOCAIS DE VERIFICACO

    a) Regio axilar ou inguinal.

    b) Regio bucal.

    c) Regio retal.

    d) Regio auditiva.

    Axilar Bucal

    Retal Auditiva

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    4.1 CONTRA-INDICAES

    - BUCAL: contra indicado o uso desta tcnica em:

    a) Crianas.

    b) Idosos.

    c) Doentes graves.

    d) Inconscientes e psiquitricos.

    e) Portadores de doenas orofarngeas.

    f) Aps fumar e

    g) Ingesto de alimentos quentes ou frios.

    - RETAL: contra indicada em casos de:

    A. Interveno cirrgica do reto e perneo.

    B. Processos inflamatrios locais.

    5 - VARIACO DA TEMPERATURA DE ACORDO COM A REGIO

    - Axilar ou Inguinal: 36,0 a 36,8.

    - Bucal: 36,5 a 37,0.

    - Retal: 37,0 a 37,5.

    6 - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM

    NA HIPERtermia: Banho morno, compressas com gua e lcool, ingesto de lquidos.

    NA HIPOtermia: Aquecimento do individuo atravs de agasalhos, cobertores e do meio

    ambiente, ingesto de alimentos quentes.

    ANOTAES

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    a tenso que o sangue exerce nas paredes das artrias. A medida da presso arterial

    (P.A) compreende a verificao da presso mxima (sistlica) e a presso mnima (diastlica),

    sendo registrado em forma de frao.

    1 - A P.A DEPENDE DO:

    DBITO CARDACO: Representa a quantidade de sangue ejetado do ventrculo esquerdo para o

    leito vascular em um minuto.

    RESISTNCIA VASCULAR PERIFRICA: Determinada pelo lmen (calibre), pela elasticidade dos

    vasos e viscosidade sangunea.

    VISCOSIDADE DO SANGUE: Decorre das protenas e elementos figurados do sangue.

    2 - A P.A. ALTERADA EM ALGUMAS SITUAES FISIOLGICAS:

    a) Alimentao, medo, ansiedade, exerccios, estimulantes (AUMENTAM A P.A)

    b) Repouso, jejum, depresso (DIMINUEM A P.A).

    3 - TIPOS DE APARELHOS DE P.A

    Analgico Digital punho

    Digital com braadeira Analgico de coluna (esquerdo) e mesa (direita)

    2 - PRESSO ARTERIAL

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    4 - LOCAIS DE AFERIO

    NO ANTEBRAO NO PUNHO

    - Membros superiores (braos).

    - Membros inferiores (regio popltea).