aos sábados, 6 e 20 junho aoarlivre · parte das entranhas da terra para desejar os elementos ali...

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jardim das estacas aoarlivre No Bairro das Estacas, mesmo na frente oeste do Teatro Maria Matos há um jardim, está protegido entre edifícios modernistas que dão história ao quarteirão. Pegámos nas bagagens e mesmo antes de ir de férias, fomos para o ar livre que é onde a cidade acontece e se festeja. Toda a gente sabe que as histórias são para serem contadas à sombra das árvores, enquanto nos espreguiçamos na relva a imaginar formas para as personagens de que ouvimos falar. Vamos criar animais improváveis que entram pelas fábulas dentro e depois fogem para o jardim onde as flores se inventam e se fazem hortas portáteis de levar para casa. Vamos comer desenhos e passear pelo jardim onde acontecem espectáculos mais ou menos musicais, que contam histórias de sonhos de criança e outras onde as personagens procuram o seu lugar na própria história. Tirar numa fotografia família, que afinal, é aquela que nós mais quisermos e depois sim… ir de férias descansado. aos sábados, 6 e 20 Junho Da autoria de Formosinho Sanchez e Rui d’Athouguia. O projecto do bairro das estacas e dos seus jardins é de 1950. Recebeu vários prémios nacionais e internacionais e foi considerado, na altura, como a primeira construção que aplicava de uma forma coerente a Carta de Atenas. A Carta de Atenas é o manifesto urbanístico resultante do IV Congresso Internacional de Arquitectura Moderna (CIAM), realizado em Atenas em 1933. Trata da chamada Cidade Funcional e prega a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, propondo, no lugar da densidade das cidades tradicionais, uma cidade-jardim, na qual os edifícios se localizam em áreas verdes pouco densas. Para a realização deste projecto, os arquitectos introduziram algumas alterações locais no Plano de Urbanização da Alvalade propondo um conjunto de quatro blocos dispostos em paralelo, assentes em “pilotis” com espaços verdes entre si. Estabeleceram deste modo uma separação entre os espaços para os automóveis e os espaços para peões. Cada habitação tinha amplas varandas que davam para espaços verdes, recebendo o sol de nascente a poente. Reinava o imperativo ético da habitação universal, sobretudo depois do congresso dos arquitectos portugueses em 1948, de forte oposição ao regime fascista nacional. O Bairro das Estacas é considerado uma distinta experimentação urbana, paisagística e tipológica. O Bairro das Estacas projecto educativo

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jardim das estacasaoarlivre

No Bairro das Estacas, mesmo na frente oeste do Teatro Maria Matos há um jardim, está protegido entre edifícios modernistas que dão história ao quarteirão. Pegámos nas bagagens e mesmo antes de ir de férias, fomos para o ar livre que é onde a cidade acontece e se festeja. Toda a gente sabe que as histórias são para serem contadas à sombra das árvores, enquanto nos espreguiçamos na relva a imaginar formas para as personagens de que ouvimos falar. Vamos criar animais improváveis que entram pelas fábulas dentro e depois fogem para o jardim onde as flores se inventam e se fazem hortas portáteis de levar para casa. Vamos comer desenhos e passear pelo jardim onde acontecem espectáculos mais ou menos musicais, que contam histórias de sonhos de criança e outras onde as personagens procuram o seu lugar na própria história.Tirar numa fotografia família, que afinal, é aquela que nós mais quisermos e depois sim… ir de férias descansado.

aos sábados, 6 e 20 Junho

Da autoria de Formosinho Sanchez e Rui d’Athouguia. O projecto do bairro das estacas e dos seus jardins é de 1950. Recebeu vários prémios nacionais e internacionais e foi considerado, na altura, como a primeira construção que aplicava de uma forma coerente a Carta de Atenas.A Carta de Atenas é o manifesto urbanístico resultante do IV Congresso Internacional de Arquitectura Moderna (CIAM), realizado em Atenas em 1933. Trata da chamada Cidade Funcional e prega a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, propondo, no lugar da densidade das cidades tradicionais, uma cidade-jardim, na qual os edifícios se localizam em áreas verdes pouco densas. Para a realização deste projecto, os arquitectos introduziram algumas alterações locais no Plano de Urbanização da Alvalade propondo um conjunto de quatro blocos dispostos em paralelo, assentes em “pilotis” com espaços verdes entre si. Estabeleceram deste modo uma separação entre os espaços para os automóveis e os espaços para peões. Cada habitação tinha amplas varandas que davam para espaços verdes, recebendo o sol de nascente a poente. Reinava o imperativo ético da habitação universal, sobretudo depois do congresso dos arquitectos portugueses em 1948, de forte oposição ao regime fascista nacional. O Bairro das Estacas é considerado uma distinta experimentação urbana, paisagística e tipológica.

O Bairro das Estacas

projecto educativo

sábado 6 Junho

CircolandoCharanga

Espectáculo poético e visual, Charanga parte de dois objectos simbólicos, a bicicleta e a fanfarra. Parte das entranhas da terra para desejar os elementos ali ausentes: luz, ar, viagem… Procura a solidão, a nostalgia dos mineiros… e inventa para eles um sonho de criança. Um sonho de fuga e evasão em círculos de um carrossel. Um sonho que se conta com música. A música de uma pequena filarmónica de sopros.O espaço de sonho tem a forma de um círculo. Um círculo de terra com uma enigmática peça de ferro ao centro. Antes, houve uma vida dentro da terra fria e longas viagens por estradas sem fim. Histórias de um antes de ali chegarem que o que abre o espectáculo transpõe para a tela.

Entrada sul do jardim das estacas 16h00

Gratuito

criação colectivadirecção artística André Braga e Cláudia Figueiredointerpretação André Braga, Bruno Martelo, Hugo Almeida, João Vladimiro, Patrick Murys e Pedro Amarodirecção André Bragadramaturgia Cláudia Figueiredocomposição musical Alfredo Teixeiradirecção plástica João Calixtocoordenação técnica Cristóvão Cunhadirecção de cena Ana Carvalhosa construção da cenografia e objectos de cena Circolando e Tudo Faço Américo Castanheiraconcepção de sistema de iluminação Anatol Waschkemanutenção Nuno Guedes e Hugo Almeidadirecção de produção Ana Carvalhosa criação em residência de co-produção com o Teatro ViriatoCircolando é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artesapoios Fundação Calouste Gulbenkian, IEFP/Cace Cultural do Porto, Universidade Católica Portuguesa, Light Boxprodução executiva Corropio, Lda.

© M

arci

a Le

ssa

projecto educativo

18 Jornal 0

Jardim das estacas das 15h00 às 19h00

gratuito

Vamos construir origamis de várias formas e feitios com papéis coloridos. Decorar a casinha do jardim e convidar os nossos vizinhos das casas do lado a participarem connosco.

Construção de origamis

monitores Rute Ribeiro e Susana Esteves Pinto

Inventar desenhos e pintar, fazer recortes e colagens em formatos pequeninos para depois levar estas criações a passear em crachás que podemos colocar nos sítios mais bonitos.

Desenhos para levar a passear

monitor Daniel Pires

Fotografias familiares

monitor António Rebolo

Flores inventadas

monitor Ana Teresa Magalhães

Histórias a muitas mãos

monitores Patrícia Maya e Viviana Henriques

Histórias para

Onde já vivem plantas e árvores vamos plantar flores recicláveis para colorir o nosso jardim. São flores inventadas que vivem durante todo o ano onde nós quisermos. Flores feitas com as nossas mãos com tintas e com materiais recicláveis.

ouvir e ver

Há famílias de vários feitios. Famílias grandes e famílias pequeninas, famílias de amigos, de conhecidos, de loiros, de morenos... Vamos usar pinturas e adereços para podermos fotografar a família que quisermos, mais ou menos inventada, mais ou menos improvável.

Do buraquinho do seu ninho, um pássaro raro que habita o jardim convida-nos a partilhar histórias através das paredes da sua casa. É possível um pássaro encher uma casa de histórias? Como seria a sua casa? A partir da construção de casas e de casas de pássaros, vamos imaginar as histórias das suas vidas.

Nas paredes dos prédios à volta do jardim vamos começar a escrever uma história. Será uma história escrita a muitas mãos. Cada mão com um bocadinho de história a acrescentar à anterior. Será uma história feita por todos e publicada por nós no website do teatro.

Casas com história por dentro

sábado 6 Junho

oficinas e outras actividades para toda a família

projecto educativo

contadores Catarina Requeijo, Raul Oliveira e Cláudia Gaiolas

Há histórias de que gostamos muito. Há histórias que parecem ser nossas. Nesta tarde, convidamos todas as crianças a trazer as suas histórias preferidas. Vamos lê-las para ti e para todos.

19Jornal 0

As histórias fazem parte da identidade cultural de qualquer ser humano. Existem personagens que alimentam a nossa imaginação e nos ajudam a construir um imaginário colectivo. Criando o efémero e construindo o maravilhoso de um mundo fantástico, onde tudo se torna possível.Todos nós já ouvimos a história da Branca de Neve… todos nós já a contamos … e quem conta um conto… é um contador de histórias! Imaginámos três contadores, que simultaneamente saltam para dentro da história, agindo e reagindo através de voos, voltas e reviravoltas onde os desvios nos levam a outras pequenas histórias…

projecto educativo

Joana ProvidênciaHistórias suspensas

Jardim das estacas 16h00 e 18h00

Gratuitoco-produção Radar 360º, Teatro Maria Matosdirecção Joana Providenciainterpretes co-criadores António Oliveira, Filipe Caco, Julieta Rodrigues,desenho e operação de som Miguel Pipacenário A2G arquitecturafigurinos Julieta Rodriguesadereços Susete Rebeloagradecimentos ACE, Fábrica da Rua da Alegria, Vera Santos

sábado 20 Junho

20 Jornal 0

De que são feitas as sombras? É possível tocar-lhes, agarrá-las ou oferecê-las a alguém? E que histórias nos contam? E nós? Sentimo-nos diferentes à sombra? Vamos descobrir onde se escondem as sombras do jardim, desenhá-las com giz no chão e em folhas de papel. Coleccioná-las em pedaços, dar-lhes cores e transformá-las em histórias com novas sombras! Traz um chapéu!

Que contas à sombra?

monitores Patricia Maya e Viviana Henriques

Tendo como referência os animais e monstros mitológicos, vamos inventar animais improváveis, usando técnicas de colagem e uma boa dose de imaginação. Para retribuir a amabilidade do jardim, vamos povoá-lo com os animais criados, pendurando os desenhos nas árvores, escondendo-os nos arbustos, colocando-os na relva, sentando-os nos bancos.

Animais improváveis

monitores Catarina Requeijo e Maria João

Criar pequenas plantações com sementes de frutos, legumes e outras plantas cheirosas. Inventar vasos e criar hortas que podemos transportar para onde quisermos. Aprender a receita de plantar, tratar e colher e depois, quem sabe, comer.

Hortas portáteis

monitor Ana Teresa Magalhães

Fazer brincadeiras e criações com uma pasta que é doce. Inventar desenhos deliciosos que se levam ao forno e são de se comer. Experimentar tudo isto num jardim AOARLIVRE.

Desenhos de se comer

monitores Joana da Cruz Chocalhinho e Gonçalo Ladeira

Uma banda improvável feita de sopros e de metais vai conversar com os visitantes do jardim pedir festas e mimos e em troca fazer pequenas serenatas improvisadas.

Banda fanfarra 15h00, 16h30 e 17h30

Fotografias familiares

monitor António Rebolo

monitores Aldara Bizarro e João Pintoco-produção Jangada de Pedra e Teatro Maria Matos

sábado 20 Junho oficinas e outras actividades para toda a família

Jardim das estacas das 15h00 às 19h00

gratuito

Dos 10 aos 13 anos

Uma personagem habita o Jardim das estacas por um dia. Tem como objectivo conhecer e recolher histórias de todos os jovens que visitam o jardim neste dia. Para isso, oferece uma história passada naquele bairro, pedindo aos ouvintes, em troca, uma história sua, verdadeira.

O Colhe Histórias

projecto educativo

Há famílias de vários feitios. Famílias grandes e famílias pequeninas, famílias de amigos, de conhecidos, de loiros, de morenos... Vamos usar pinturas e adereços para podermos fotografar a família que quisermos, mais ou menos inventada, mais ou menos improvável.

© M

arga

rida

Bote

lho