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Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485 do Ministério da Justiça Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia Conselho Brasileiro de Oftalmologia Nº 122 - Novembro / Dezembro de 2008

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Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485 do Ministério da Justiça

Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Conselho Brasi le iro de Oftalmologia

122

- N

ovem

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/ Dez

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Um

sucesso visto e aplaudido por todos

“Vamos ensinarfacoemulsificaçãode trás para frente”Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Confira matéria na página 12

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Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485 do Ministério da Justiça

Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Conselho Brasi le iro de Oftalmologia

122

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200

8

Um

sucesso visto e aplaudido por todos

“Vamos ensinarfacoemulsificaçãode trás para frente”Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Confira matéria na página 12

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Quantos somos?

NotíciasdoCBO

Newton Kara-José

Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Alameda Santos, 1.343 • 11º andar • Cerqueira César • São Paulo • SP • CEP 01419-001 Tel. (11) 3266-4000 • Fax (11) 3171-0953

Departamento de Oftalmologia da Associação MédicaBrasileira - AMB

Expediente

Diretoria do ConselhoBrasileiro de Oftalmologia:Gestão 2007/2009

Presidente:Hamilton Moreira

Vice-presidente:Homero Gusmão de Almeida

Secretário Geral:Nilo Holzchuh

1º Secretário:Wallace Chamon

Tesoureiro:Adamo Lui Netto

Jornal Oftalmológico Jota Zero:Órgão de Divulgação do CBO

Jornalista Responsável:José Vital MonteiroMTb: 11.652

Publicidade:Fabrício LacerdaTel. (11) 3266.4000E-mail: [email protected]

Criação e Diagramação:

Ronda Propaganda e PromoçõesTel. (11) 3875.1690 / [email protected]

Serviços Gráficos:Ipsis Gráfica e Editora

Periodicidade: Bimestral

Os artigos assinados não representam,necessariamente, a posição da diretoriada entidade. É permitida a reprodução de artigos, desde que citada a fonte.

Jornal Oftalmológico Jota Zero nº 122novembro / dezembro de 2008com circulação em janeiro de 2009

Home Page: www.cbo.com.br

E-mail: [email protected]

A Palavra do Presidente

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Projeto Faco

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Oftalmologia em Notícias60

Especial58

Rejeição aos diplomas cubanos

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Opinião54

Classificados72

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Homenagem a Rubens Belfort Junior

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Todos conhecem aquela propaganda onde os brinquedos com pilhas

Duracell não param. A melhor imagem que posso imaginar e que

reflete o trabalho do CBO é aquela. Somos uma equipe enorme. É

muito difícil imaginar. Assessores em Brasília, todo o tempo ligados

em diversos projetos de lei. Viagens intermináveis. A diretoria toda

empenhada em atender aos anseios dos oftalmologistas brasileiros.

O programa científico do Congresso, a prova de título. A equipe em

São Paulo quase loucos de tanto trabalho. Reuniões de pauta do

Jota Zero, projetos de ensino facoemulsificação, glaucoma, lentes

de contato, edição de material científico, muitas publicações, e por

aí vai, não pára nunca. Assim também é nossa luta em defesa da

saúde ocular. Alguns clamam por um fim nesta história. Não se ilu-

dam, isto não tem fim. Em 2008 muito foi feito. O Conselho Federal

de Medicina e a AMB têm sido grandes parceiros. A dignidade de

nossa profissão e nossa responsabilidade social continuam sendo,

e sempre serão, nossa principal defesa. Criar duas classes de cida-

dãos brasileiros; uma com acesso à medicina preventiva de alta efi-

ciência, e outra de irremediados não é a intenção de ninguém.

Bem, chegou ao final, apenas o Ano de 2008, e não nosso trabalho.

Bom Natal a todos e um grande, ótimo ano novo, repleto de con-

quistas, e passem mais tempo com suas famílias. Pois em setembro

deste ano, é isso que nós da diretoria vamos fazer, ate lá estaremos

de serviço, de plantão no CBO.

Obrigado a todos.

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Hamilton MoreiraPresidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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PROJETO FACO amplia horizontes da facoemulsificação no Brasil

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Difundir o ensino da faco-emulsificação nos Cursosde Especialização emOftalmologia credenciadospelo CBO com a utilizaçãodas mais atuais técnicasdidáticas e deequipamentos modernospara assegurar aos alunoso ensino de padrõesinternacionaisnaquele que é, sem dúvida, o maisimportante procedimento cirúrgico daespecialidade. Este é o grande obje-tivo do Projeto Faco, que o ConselhoBrasileiro de Oftalmologia começou aexecutar a partir de novembro, com aparceria da Alcon Laboratórios doBrasil.Surgido de negociações realizadas en-tre o presidente do CBO Hamilton Mo-reira, o diretor presidente da AlconBrasil, Amaury Guerrero e o chefeexecutivo da Alcon Mundial, CaryRayment, em recente visita queempreendeu ao Brasil, o Projeto Facotem como objetivo dotar cursos deespecialização em Oftalmologia cre-denciados pela entidade com apa-

FACOEMUL

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relhos de facoemulsificação Legacycedidos em regime de comodato pelaempresa e difundir as mais modernastécnicas de ensino da facoemulsifi-cação entre tais instituições. O programa tem foco exclusivo noensino e, em sua primeira etapa, estácontemplando sete cursos creden-ciados: Universidade Federal da Bahia(BA); Hospital de Olhos do Paraná(PR), Universidade Estadual Paulista -UNESP de Botucatu (SP), Faculdadede Medicina de Marília - FAMEMA(SP), Centro de Estudos e PesquisasOculistas Associados - CEPOA (RJ),So-ciedade Beneficente Santa Casade Campo Grande (MS) e Universi-dade de Santo Amaro - UNISA (SP),num total de 39 alunos e residentes. O Projeto Faco está sendo coordenadopor Eduardo Sone Soriano, do Depar-tamento de Catarata da UniversidadeFederal de São Paulo (UNIFESP) e porJonathan Clive Lake, do Departa-mento de Catarata da Faculdade deCiências Médicas da Santa Casa deMisericórdia de São Paulo. Já foramrealizados encontros entre os coorde-nadores do programa e os professoresque serão responsáveis por sua exe-cução nas diferentes instituições deensino escolhidas para a transmissãodo conhecimento necessário e dasorientações que regerão o programa.Nas próximas semanas estarão ocor-rendo wet-labs em todos os serviços,com a participação dos coordenadorese de representantes da Alcon. “O jovem médico não precisa, ne-cessariamente, aprender a técnica ex-tra-capsular da cirurgia de cataratapara depois aprender a facoemulsifi-cação, como se fosse a evolução na-

tural. Este programa representa gran-de avanço para a cirurgia da cataratano Brasil. O ensino da moderna ci-rurgia, com padrões internacionais,não apenas de técnica, mas tambémem, termos de equipamentos, repre-senta uma grande, enorme conquista.Os coordenadores nomeados pela di-retoria do CBO, bem como os repre-sentantes do cursos envolvidos no pri-meiro momento estão com ótimasexpectativas. Ainda em 2008 teremosdois cursos com o treinamento com-pleto, iniciando as cirurgias. Em 2009,outros cursos de especialização emOftalmologia credenciados pelo CBOserão incluídos no programa. Todos osenvolvidos estão muito entusiasma-dos. Não tenho dúvidas de que o Pro-jeto Faco trará benefícios para a Oftal-mologia brasileira em proporção geo-métrica e, consequentemente, contri-buirá para melhorar sensivelmente asaúde ocular da população”, avalia opresidente do CBO, Hamilton Moreira.

Prioridade absoluta: Ensino

Para o coordenador da Comissão deEnsino do CBO, Paulo Augusto de Ar-ruda Mello, com o Projeto Faco, a en-tidade conseguiu harmonizar todos osinteresses envolvidos, com conse-quências bastante positivas.“O programa terá como resultado amelhoria substancial do ensino dasmodernas técnicas cirúrgicas e,consequentemente, o aprimoramentoda assistência oftalmológica ofereci-da à população. Ao mesmo tempo, aresposta imediata dos Cursos deEspecialização em Oftalmologia cre-denciados pelo CBO e o interesse des-

pertado entre as equipes encar-regadas de transmitir o conhecimentonestas instituições nos dão a certezaque o Programa continuará e teráoutros desdobramentos”, afirma.De acordo com Arruda Mello, a dis-ponibilização dos aparelhos para ins-tituições que dificilmente teriamacesso aos mesmos nas condiçõesnormais de mercado, representa umamarco nas negociações entre as ins-tituições representativas da espe-cialidade e as empresas que operamno segmento oftálmico. Considera queé a primeira vez que um programadesta envergadura é colocado em

SIFICAÇÃO

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prática beneficiandosete instituições emseu primeiro momento,com perspectivas sóli-das de ser ampliado amédio prazo.Já para um dos co-ordenadores do Pro-jeto Faco, Eduardo So-

ne Soriano, sem minimizar o signi-ficado do gesto, mais importante doque a própria disponibilização dos a-parelhos, é a possibilidade de difundirem todo o País as técnicas didáticasatuais do ensino da cirurgia de ca-tarata por facoemulsificação e decriar mecanismos para verificação,controle dos resultados e eventualcorreção dos rumos do projeto.“Quando passamos a discutir a efe-tivação do programa, ficou claro queera necessário que o Projeto Faco fos-se além da capacitação de centros deensino com equipamentos modernos.Era necessário que o programa con-templasse também a difusão da

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metodologia de ensino usada comsucesso na UNIFESP e na Santa Casade Misericórdia de São Paulo, de-senvolvida no Japão e que, na formamais simplificada, consiste em en-sinar a cirurgia ao jovem médico dofim para o começo”, ressalta Soriano.Explica que, por essa metodologia, asetapas finais da cirurgia são ensi-nadas e praticadas em primeiro lugarpara evitar que o jovem seja obrigadoa enfrentar as complicações inerentesàs fases iniciais da cirurgia sem aexperiência e o conhecimento neces-sários. De acordo com Soriano, essaforma de ensinar, além de mais di-dática, é menos traumática e geramenos complicações.O coordenador afirma também que oProjeto Faco implica na avaliação dosindicadores de qualidade da cirurgia,através da criação de questionário noqual os participantes devem informarsobre os resultados do procedimentoe do pós-operatório, identificar indica-dores de qualidade e os problemas de

ensino da facoemulsificação nas vá-rias regiões do País e nos vários ser-viços envolvidos. Tal preocupaçãoenvolve o desafio de tentar unifor-mizar o ensino dentro de realidadesdiferentes, buscando sempre a exce-lência.Outro desafio apontado por Soriano éobter a sustentabilidade do programanos cursos envolvidos, já que a cirur-gia de catarata por facoemulsificaçãoexige uma série de insumos e osserviços precisam ter condições defornecê-los.“Por fim, é importante ressaltar queos equipamentos cedidos em regimede comodato vão ser utilizados ape-nas e exclusivamente para o ensino. OCBO e a Sociedade Brasileira de Ca-tarata e Implantes Intra-Ocular (SBCII),que apoia e participa do projeto, bemcomo as instituições participantes,vão tomar todas as providências ne-cessárias neste sentido”, concluiSoriano.

“Quando Hamilton Moreira falou pela primeira vez sobre o Projeto de Ensino deFacoemulsificação do CBO, acreditamos que a Alcon poderia ser uma grande parceira nasua viabilização, unindo nossas forças: do lado da Alcon, pela experiência que temosparticipando desde o início do desenvolvimento da técnica de facoemulsificação no Brasil edo lado do CBO, pela sua tradição de promover o ensino na Oftalmologia e de lutar pormelhores condições para a saúde ocular em nosso País.Nos sentimos muito honrados em contribuir com o CBO nesta iniciativa, que mais uma vezreforça nossa parceria e compromisso com os oftalmologistas, e nossa tradição devanguarda na pesquisa e no desenvolvimento de produtos e equipamentos para aOftalmologia.”

A visão da indústria sobre o Projeto

Amaury Guerrero

Eduardo S. Soriano

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FACOEMULSIFICAÇÃO

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III Fórum

“Este terceiro Fórum teve basicamente o caráterde consolidação de umtrabalho que vem sendo feito há vários anos peloConselho Brasileiro de Oftalmologia, pela Oftalmologia Brasileira,por setores do Ministério da Saúde e do PoderLegislativo...”

Marcos Ávila

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Como criar condições paralevar assistênciaoftalmológica de excelênciapara toda a populaçãobrasileira? Como responderao desafio proposto peloMinistro da Saúde, José Gomes Temporão, de zerar a fila do transplante de córnea até 2010?

Estas foram as questões básicas quenortearam os debates do III Fórum Na-cional de Saúde Ocular, realizado noAuditório Petrônio Portella, do SenadoFederal, em 30 de outubro, com a par-ticipação de aproximadamente 300lideranças da especialidade, deputa-dos federais, senadores, secretáriosde saúde e técnicos ligados ao Minis-tério da Saúde.Organizado pelo Poder Legislativo(Câmara dos Deputados e Senado Fe-deral), pelo Conselho Brasileiro deOftalmologia (CBO) e pelo Ministérioda Saúde, o evento teve como ob-jetivo principal discutir a operaciona-lização da nova Política Nacional deAtenção em Oftalmologia e debaterprogramas para resolver problemasligados à captação de córneas paratransplante. Como resultado imediato,demonstrou, mais uma vez, a disposi-ção da Oftalmologia brasileira. Foi co-ordenado pelo ex-presidente do CBO,coordenador do Conselho de Diretri-zes e Gestão (CDG) da entidade e

Professor Títular de Oftalmologia daUniversidade Federal de Goiás, Mar-cos Ávila.“Este terceiro Fórum teve basica-mente o caráter de consolidação deum trabalho que vem sendo feito hávários anos pelo Conselho Brasileirode Oftalmologia, pela Oftalmologiabrasileira, por setores do Ministérioda Saúde e do Poder Legislativo. En-quanto os dois fóruns anteriores fo-ram tiveram o objetivo principal de a-presentar propostas ligadas à saúdepública ocular às autoridades e desensibilizá-las para a importância so-cial da luta contra a cegueira e a de-ficiência visual, este terceiro fórum foipara debater a operacionalização dasmedidas que já foram tomadas e co-mo cada um dos protagonistas deveatuar para transformar aquilo que es-tá no corpo das portarias ministeriaisem realidade que melhore o aten-dimento oftalmológico e a saúde o-cular”, afirmou Marcos Ávila.

Nacional de Saúde Ocular

Mesa de Honra da Cerimônia de Abertura do III Fórum Nacional de Saúde Ocular: deputado Arlindo Chinaglia (presidente da Câmara dos Deputados); Senadora LúciaVânia; Senador Flávio Arns; deputado federal Osmar Serraglio, deputado federal Joffran Frejat; deputado federal Rafael Guerra; Hamilton Moreira (presidente do CBO);Homero Gusmão de Almeida (vice-presidente do CBO); Nilo Holzchuh (secretário geral do CBO); Wallace Chamon (1º secretário do CBO); Adamo Lui Netto (tesoureirodo CBO); Alberto Beltrame (diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, representando o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão) eMarcos Ávila (coordenador do Fórum).

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Ministro da Saúde desafia oftalmologistas a zerar a fila dos transplantes até 2010

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recebeu a diretoria do CBO em seugabinete durante o III Fórum Nacional de Saúde Ocular, quando convocou osoftalmologistas a liderarem uma cruzada: zerar a fila dos transplantes de córnea até2010. Na ocasião, o ministro foi homenageado pelos oftalmologistas pela sua atuaçãoem defesa da saúde ocular da população. A diretoria do CBO entregou ao Ministro aComenda CBO e o Diploma de Honra ao Mérito. Participaram da reunião: HamiltonMoreira (presidente do CBO), Marcos Ávila (coordenador do III Fórum Nacional deSaúde Ocular), Homero Gusmão de Almeida (vice-presidente do CBO), Nilo Holzchuh(secretário geral do CBO), Adamo Lui Netto (tesoureiro do CBO), Alberto Beltrame(diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde) e CarlosAugusto Moreira Júnior (reitor da Universidade Federal do Paraná)

Pontos básicosOs eixos das medidas governamentaisdefinidas pelas Portarias 957 e 958, doMinistério da Saúde, e da Portaria 288da Secretaria de Atenção à Saúde (queregulamentou a Portaria 957), são osseguintes:

Hierarquização da rede A Política Nacional de Atenção emOftalmologia é um programa de orde-namento dos recursos existentes nosEstados e Municípios Brasileiros para arealização de serviços de atenção espe-cializada em Oftalmologia. Para atingir este objetivo, a política es-tabelece a criação de redes (estaduais eregionais) de atenção em oftalmologia,que funcionarão em hospitais gerais ouespecializados, de ensino ou em ambu-latórios especializados em assistênciaoftalmológicas.

As redes serão compostas por:1) Unidades de Atenção Especializada

em Oftalmologia de Média Complexidade;2) Unidades de Atenção Especializadaem Oftalmologia de Alta Complexidade;3) Centros de Referência em Oftalmologia.Todas as Unidades de Atenção Espe-cializada e os Centros de Referência es-tarão sob a responsabilidade de umgestor estadual ou municipal do Sis-tema Único de Saúde. Os gestores de-verão elaborar projeto que contenha,entre outras informações, os fluxos dereferência e conra referência dos paci-entes.

Priorização de cirurgiasoftalmológicas

Política Nacional de Procedimentos Ci-rúrgicos Eletivos de Média Complexi-dade (instituído pela Portaria 958) es-tabelece condições para que os ges-tores estaduais e municipais do SUS es-tabeleçam, em suas regiões, programasprioritários para a realização de pro-cedimentos cirurgicos para combater acegueira provocada por Catarata, Gla-

ucoma, Retinopatia Diabética e Dege-neração Macular Relacionada à Idade.Para tanto, elenca uma série de pro-cedimentos passíveis de receber cus-teio através do Fundo de Ações estra-tégicas (FAEC), além dos recursos regu-lamente repassados às secretarias desaúde.Também foram incluídos procedimentosrecém incorporados à Tabela Unificadado SUS. Por exemplo, para tratar de ca-sos complexos e avançados de Reti-nopatia Diabética, foram incluídos Vi-trectomia Posterior com Implante dePerfluorcabono e Endolaser, VitrectomiaPosterior com Implante de Óleo deSilicone e Endolaser e Panfotocoagu-lação. Para combate à cegueira porGlaucoma, além da Cirurgia Fistu-lizante, a Política de Cirurgias Eletivasprevê o fornecimento de cirurgias deImplante de Prótese Antiglaucomatosae Cirurgia do Glaucoma Congênito, alémdos tratamentos a laser (iridotomia efotocoagulação a laser).III

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Durante a solenidade de abertura do III Fórum Nacional de Saúde Ocular, deputados, senadores e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)

receberam a Comenda CBO e o Diploma de Honra ao Mérito

1. Deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP) recebe a homenagem de Nilo Holzchuh e Newton Kara-José

2. Senador Flávio Arns (PT/PR) entre Carlos Augusto Moreira Júnior e Harley Bicas, ao ser homenageado

3. Senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO) recebe a homenagem de Adamo Lui Netto e Marcos Ávila

4. Deputado Jofran Frejat (PR/DF) recebendo a comenda e o diploma das mãos de João Eugênio Gonçalves de Medeiros e Paulo Augusto de Arruda Mello

5. O homenageado, Deputado Rafael Guerra (PSDB/MG) entre Homero Gusmão de Almeida e Elisabeto Ribeiro Gonçalves

6. Deputado Osmar Serraglio (PMDB/PR) recebe as homenagens das mãos de Wallace Chamon e Jacó Lavinsky

7. O presidente do CBO, Hamilton Moreira, e o coordenador do fórum, Marcos Ávila, entregam as homenagens ao presidente da ANVISA, Dirceu Raposo de Mello

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Fico agradecido pela amabilidade doconvite para participar da solenidadede abertura do III Fórum Nacional deSaúde Ocular à qual não compareçoem razão de viagem ao exterior. Re-cebam meus cumprimentos os diri-gentes do Conselho Brasileiro deOftalmologia, os organizadores desteevento e todos os seus participantes. Quero lhes dizer algumas palavraspara demonstrar o quanto é impo-rtante o tema da saúde ocular para

este governo. Nossa administraçãopretende liberar cerca de R$ 800 mi-lhões nos próximos 4 anos para muni-cípios de todo o País implantarem oprograma “Saúde nas Escolas”. Emfunção dele, profissionais irão proce-der, duas vezes por ano, a examesoftalmológicos dos alunos, entre ou-tros procedimentos. Com isto, o go-verno federal deseja prevenir e mo-nitorar os problemas de saúde, emparticular, os oftalmológicos de 26milhões de crianças até 2011. Numa primeira fase, o programa sóserá implementado em 690 municí-pios e atingirá dois milhões de estu-dantes. Já disse, em outra oportuni-dade, que às vezes o jovem só des-cobre que tem problema de vistaquando vai prestar o serviço militar,por que os exames são mais rigoro-sos. Precisamos descobrir logo seexiste alguma anomalia e tratá-la an-tes que o aprendizado seja preju-dicado. Em se tratando de saúde o-cular, principalmente os problemas de

vista que exigem transplantes decórnea, gostaria de lembrar que em2007, os Estados de São Paulo, Para-ná e Mato Grosso do Sul, foram osque mais fizeram transplantes de ór-gãos no ano passado, considerando-se a população de cada um e que o decórnea é o mais efetuado pelo SUS. Embora já tenhamos avançado muitono campo da saúde ocular, sei queainda há muito para fazer. Estejamcertos, porém, que nossa equipe, es-pecialmente o Ministério da Saúde,estará empenhada em empreenderações efetivas nesta direção. Por fim,desejo que dos debates, que certa-mente se travarão neste fórum, sur-jam propostas e medidas que con-tribuam para a efetividade do aten-dimento à população brasileira no quese refere à saúde ocular. Recebam to-dos meu fraternal abraço,

Luiz Inácio Lula da Silva, presidenteda República Federativa do Brasil

Mensagem do Presidente da República dirigidaao III Fórum Nacional de Saúde Ocular

O Coordenador do III Fórum Nacional de Saúde Ocular, coordenador do Conselho de Dire-trizes e Gestão (CDG) do CBO e Chefe do Departamento de Oftalmologia da Faculdade deMedicina da Universidade Federal de Goiás, Marcos Ávila, foi agraciado com a Medalha doMérito Legislativo pela Câmara dos Deputados, em 10 de dezembro. Foram concedidas,nesta edição, 25 medalhas, das quais 24 comendas homenagearão brasileiros e uma serádestinada à personalidade estrangeira – a ex-senadora do Parlamento Colombiano IngridBetancourt. A Medalha Mérito Legislativo foi instituída em 1983, com o objetivo de homenagear ci-dadãos, instituições ou entidades, campanhas, programas ou movimentos de cunho social,civil ou militar, nacionais ou estrangeiros, que contribuíram com o Brasil. Os nomes dos ho-menageados com a comenda foram indicados por parlamentares, por meio da Segunda-Secretaria, órgão responsável pela guarda da Medalha, e deferidos pelo presidente ArlindoChinaglia. “A condecoração é uma forma de agradecer a essas personalidades pela de-dicação ao fortalecimento da democracia e ações em defesa da cidadania”, destacou osegundo-secretário da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI).

Coordenador do III Forum Nacional de SaúdeOcular recebe Medalha Mérito Legislativo

Marcos Ávila e o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, durante a entrega da Medalha

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“Depois de manter, entre osanos de 2001 e 2005, amédia de 338 mil cirurgias decatarata realizadasanualmente, o SUS reduziudrasticamente o númerodestes procedimentos, para201 mil em 2006 e 247 milem 2007, o que resultou noaumento do número de cegospor esta doença e noaumento das filas depacientes precisando dacirurgia. Temos notícias deque em 2008 essa tristerealidade está mudando etenho certeza que, comoconsequência deste nossoencontro, dentro de poucotempo a realidade seráoutra”.

Com estas palavras, o coordenador doIII Fórum Nacional de Saúde Ocular,Marcos Ávila, retratou a evolução donúmero de cirurgias de catarata noPaís em passado recente, em sua con-ferência sobre “Principais causas daCegueira no Brasil”, que marcou oinício dos debates técnicos do evento.Ávila afirmou que levantamentos fei-tos a partir de diversas metodologiasindicam que o número de cegos noPaís esteja próximo a 1,5 milhões depessoas e que cerca de 5,2 milhões debrasileiros possuam deficiência visual

importante. Em sua conferência, o co-ordenador do evento fez uma lista dasprincipais doenças que provocam acegueira e a deficiência visual noBrasil, citando estatísticas e mostran-do as diferenças regionais e sociaisque influenciam essa realidade.Ao tratar da retinopatia diabética,Marcos Ávila ressaltou que no Brasilcerca de 6,6% da população, apro-ximadamente 12,5 milhões de pes-soas, sofrem de diabetes, dos quais25% são de crianças. Afirmou que opaciente diabético tem 29 mais chan-ces de desenvolver a cegueira, quecerca de 80% dos pacientes diabé-ticos apresentarão algum grau deretinopatia nos cinco anos seguintes àinstalação da moléstia e que, no mo-mento, cerca de 5,5 milhões de brasi-leiros são portadores de retinopatiadiabética. Também quantificou os por-tadores de degeneração macular rela-cionada à idade no País: cerca de 3milhões de brasileiros com mais de 65anos de idade.Explicando que a catarata senil é amaior causa de cegueira curável nomundo, Marcos Ávila criticou a quedado número de cirurgias feitas atravésdo SUS nos últimos dois anos o que,na sua opinião, valoriza ainda mais asrecentes portarias ministeriais, frutosda parceira entre o Ministério da Sa-úde e o CBO, que tentam reverter taltendência. Por fim, afirmou que oglaucoma, a terceira maior causa decegueira no Brasil, afeta 1 a 2% da

população com mais de 40 anos deidade, podendo afetar 6 a 7% da-queles que têm mais de 70 anos deidade, o que faz com que o Brasil pos-sua aproximadamente 985 mil glauco-matosos, com risco de perda visualirreversível. “Estes números aumentam muito anossa responsabilidade para que osproblemas burocráticos sejam rapida-mente resolvidos e que as portariasefetivamente funcionem, para que ha-ja o compromisso na realização deprojetos nas secretarias estaduais oumunicipais de saúde para que osprojetos possam sair do ministério eos recursos financeiros sejam dire-cionados para tratar dos pacientes ecombater a cegueira. Há uma uniãomuito grande da Oftalmologia brasi-leira, do CBO e do Ministério da Sa-úde para que tudo isto aconteça etenho certeza que no próximo fórumestaremos comemorando resultadoscada vez mais positivos”, concluiu ocoordenador do III Fórum Nacional deSaúde Ocular, Marcos Ávila.

21. Durante o evento, o presidente do CBO

concedeu inúmeras entrevistas à imprensa

2. Os oftalmologistas Carlos Augusto Moreira, Adamo Lui Netto e Milton Ruiz Alves

Marcos Ávila

Principais causas da cegueira no Brasil

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Em sua palestra sobre as portarias957, 958 e 288, o diretor do Departa-mento de Atenção Especializada doMinistério da Saúde, Alberto Beltra-me afirmou que a partir de setembrode 2007, depois das reuniões entreautoridades do Ministério elideranças oftalmológicas du-rante o II Fórum Nacional deSaúde Ocular, foram defi-nidas como prioridades da Secretariade Atenção Especial estabeleceu co-mo prioridades com relação à Oftal-mologia a retomada do diálogo com oCBO; a definição de uma política deatenção à saúde ocular que envol-vesse hierarquização dos serviços eampliação da rede; a retomada daseparação dos procedimentos oftal-mológicos relacionados às cirurgiaseletivas que haviam sido somados aoutros procedimentos e tiveram suafrequência reduzida em grande pro-porção; e trabalhar no sentido da im-plementação do Programa Olhar Brasil.“Em maio, em um evento em Goiânia,fui entregar formalmente ao CBO otexto de duas portarias muito impor-tantes. A primeira delas é a definiçãoda Política Nacional de Atenção à Sa-úde Ocular. Além das definições ge-rais, filosóficas, de manifestação devontade e de intenção, define ques-tões como critérios de montagem derede, de escolha e definição de cri-térios mínimos para sua constituição.Isto pode parecer um “burocratês”interminável, mas asseguro que nãoé. Existe a parte administrativo-buro-crática, mas a essência da portaria éde assistência à saúde”, afirmou.Beltrame esclareceu que a hierar-quização proposta tem o objetivo degarantir a atenção integral aos pa-

cientes, da atenção básica à alta com-plexidade e que as redes esta-duaisestão sendo montadas, não apenasnas instituições integrantes, mas tam-bém na montagem dos fluxos de refe-rência.Com relação às cirurgias oftalmoló-gicas englobadas no Programa deCirurgias Eletivas do Ministério daSaúde, Beltrame afirmou que com aseparação dos procedimentos ligadosà catarata, glaucoma, retinopatia dia-bética e degeneração macular relacio-nada à idade, o objetivo é chegar no

curto prazo à marca de 400 mil ci-rurgias de catarata por ano e à am-pliação da assistência prestada aosportadores das outras enfermidadesoftalmológicas priorizadas.Beltrame falou ainda sobre o novo re-gulamento técnico do Sistema Nacio-nal de Tansplantes, que está em dis-cussão, e sobre o programa OlharBrasil, que definiu como programaimportante e extremamente sensívelpara o governo e para o presidente daRepública“Gostaria de terminar reafirmando aabsoluta confiança que o Ministério

da Saúde tem na Oftalmo-logia brasileira. Temos traba-lhado em estreita colabo-ração e sempre percebemos

uma enorme reciprocidade. A Oftal-mologia é uma das especialidadesque tem melhor resposta às propostasdo Ministério da Saúde. É uma espe-cialidade engajada, com preocupa-ções sociais e o Ministério da Saúdereconhece isto. Queremos renovar nosso compro-misso, continuar trabalhando juntospara que no próximo fórum a gentepossa colher os frutos deste trabalhoe possamos ter no ano que vem umbelo balanço de trabalho e possamosestabelecer metas ainda mais ambi-ciosas”, concluiu Alberto Beltrame.

A Política de Atenção em Oftalmologia

Gostaria de terminarreafirmando a absoluta

confiança que oMinistério da Saúdetem na Oftalmologia

brasileira. Temostrabalhado em estreitacolaboração e sempre

percebemos umaenorme reciprocidade.A Oftalmologia é umadas especialidades quetem melhor resposta às

propostas doMinistério da Saúde...

Alberto Beltrame”

Alberto Beltrame

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“As portarias editadas peloMinistério da Saúde contéma estrutura jurídica eburocrática na qual aassistência oftalmológicaserá prestada para apopulação brasileira atravésdo SUS. Cabe a cadaoftalmologista,principalmente àqueles quesão líderes em suasrespectivas regiões eEstados, que tenhamcontatos com os gestoreslocais do SUS, fazer umgrande trabalho desensibilização destesgestores para que até julhode 2009 encaminhem aoMinistério o desenho daRede de AtençãoEspecializada emOftalmologia em suasrespectivas regiões para quea nova política desenhadapelas portarias possa sercolocada em prática.”

Com estas palavras, o representantedo CBO na Secretaria de Atenção àSaúde do Ministério da Saúde, Ale-xandre Chater Taleb, encerrou suaintervenção no III Fórum Nacional deSaúde Ocular, na qual abordou a Por-taria 957, editada em 15 de maio de2008.De acordo com Chater Taleb, a por-taria 957 institui a política nacionalde atenção em oftalmologia com osobjetivos de promover estratégicas depromoção da qualidade de vida, in-cluindo educação, proteção e recupe-ração da saúde e de organizar umalinha de cuidados integrais em todosos níveis de atenção para identificaros elementos condicionantes dasprincipais patologias e atuar epide-miologicamente. Cada gestor esta-dual ou municipal do SUS realiza ocredenciamento dos serviços de a-cordo com critérios próprios, obede-cendo aos critérios mínimos esta-belecidos pelo Ministério da Saúde.As Redes de Atenção Especializadaem Oftalmologia serão compostas dedois tipos de instituições: as unidadesde atenção especializada em oftal-mologia e os centros de referência emoftalmologia. As unidades de atençãoespecializada em oftalmologia, porsua vez, terão duas configurações,para média complexidade ou para altacomplexidade. “Quem é Unidade de Atenção Espe-cializada em Oftalmologia para MédiaComplexidade?”, pergunta Chater Ta-leb para responder em seguida: “todomundo! Qualquer prestador, seja elepequeno, médio ou grande, que estejacadastrado no SUS, que já atenda pa-cientes pelo SUS, a partir de 19 demaio passou a ser chamado de Uni-

dade de Atenção Especializada emOftalmologia de Média Complexidade. Já as Unidades de Atenção Especia-lizada em Oftalmologia para AltaComplexidade são os prestadores jácadastrados no SUS, porém que pre-cisam solicitar habilitação para estacategoria. A habilitação ocorre após

vistoria no local, seguindo as normasda portaria e, uma vez atendidas asnormas da portaria, dentro do de-senho da rede, a habilitação é en-caminhada ao Ministério da Saúde,que publica a nova situação da ins-tituição.Taleb explica que os serviços de altacomplexidade, além das atividadesfeitas pelas unidades de médica com-plexidade, precisam ter atendimentode urgência e emergência 24 horas,atendimento ao paciente portador deglaucoma, atendimento em reabili-tação visual e ser serviço de refe-rência em pelo menos um dos trêscampos assinalados: a) assistência a transplantes; b) assistência em tumores; c) assistência em reconstrução decavidade orbitária.

Os Centros de Referência serão oshospitais universitários já cadas-

Rumo à construção da Rede de AtençãoEspecializada em Oftalmologia

Gestores estaduais e municipais do SUS e responsáveis pelos serviços de atendimento emOftalmologia têm até julho de 2009 para habilitar as redes locais no Ministério da Saúde

Alexandre C. Taleb

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trados no SUS, que também precisamsolicitar a habilitação correspondente,submeter-se a uma vistoria do gestorlocal e aguardar a publicação do Mi-nistério da Saúde. Os gestores es-taduais e municipais, têm a autono-mia para desenhar a rede e deter-minar quantos serviços de cada tiposerão habilitados.Os Centros de Referência em Oftal-mologia devem, necessariamente, serreferência para os três grupos de ca-sos complexos para a habilitação dosserviços de alta complexidade e cadaum deles passará a ser o órgão asses-sor dos gestores locais na assistênciaoftalmológica, na implantação das po-líticas públicas de atenção oftalmo-lógica em cada uma de suas cidadesou estados e contribuir na regulação,fiscalização, controle e avaliação des-ta assistência.

Entre outros pontos, as portarias de-finem o protocolo clínico de atençãoaos pacientes portadores de glauco-ma, abrindo a possibilidade para queas unidades de alta complexidade eos centros de referência possam re-ceber recursos extras para o forne-cimento de colírios de primeira linha,de segunda linha, de terceira linha, asprostaglandinas, e/ou a combinaçãodeles aos pacientes portadores deglaucoma. Também definem o proto-colo de catarata e a nova tabela dehonorários, com revisão de valores,inclusão de novos procedimentos,exclusão de procedimentos que nãoeram realizados, uma descrição de ca-da um destes procedimentos e a de-finição dos procedimentos que sópoderão ser feitos por prestadoreshabilitados, ou seja, aqueles que sãode alta comlexidade e centros de

referência.As dúvidas e questionamentos levan-tados pelos participantes do III FórumNacional de Saúde Ocular foram en-caminhados para a Secretaria de A-tenção à Saúde do Ministério da Sa-úde e dentro de alguns dias será pu-blicada uma portaria retificadora queestabelecerá as condições para o fun-cionamento da rede.“Os oftalmologistas, principalmenteaqueles que exercem algum tipo deliderança em seus Estados e municí-pios, precisam entrar rapidamente emcontato com os respectivos gestoresdo SUS para que até julho de 2009 asredes estejam funcionando em todo oBrasil e a assistência oftalmológicapasse para um novo patamar de qua-lidade no País”, concluiu AlexandreChater Taleb.

Depoimentos

Senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO)Cumprimento a todos. Quero dizer da minha alegria de poder estar participandodeste evento. Acredito que este Fórum seja extremamente importante para quepossamos discutir as questões voltadas à Oftalmologia. Acredito que compolíticas públicas sérias, competentes, possamos avançar no que diz respeito àprevenção da cegueira das pessoas. O Senado da República sente-se honradoem abrigar este evento, de grande importância para a saúde pública do Brasil e,especialmente, para aqueles que dela mais necessitam.

“ ”

Deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), presidente da Câmara dos DeputadosO terceiro fórum, como este que o CBO organiza, patrocina, otimiza, tem tam-bém a capacidade de trazer aqui os parlamentares. Quando se trata de temadesta magnitude, é nosso dever defender idéias, proposições até por que ser-mos parlamentares apenas para sermos malabaristas do discurso fácil paraagradar, é melhor não sermos. Tenho certeza, todos nós aqui, representantes,deputados, deputadas, senadores e senadoras estamos aqui pelo nosso com-promisso de sairmos daqui determinados a defender a saúde ocular da po-pulação, abertos às propostas, às demandas para que, ao final, a populaçãoseja ainda mais beneficada por esta iniciativa do CBO. Parabéns a todos vocês.

Informações sobre o Projeto Olhar Brasil, Visite o sitehttp://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/area.cfm?id_area=1300�

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Senador Flávio Arns (PT/PR)Um evento desta natureza, na minhaopinião, é um momento importantepara discussão, reflexão, contatos, to-madas de posições em relação à ca-minhada que vem sendo feita, umaanálise dos resultados positivos, di-ficuldades, desafios, uma tomada deposição em relação ao futuro. O Brasildepende muito da área visual, parasuas atividades, para a Cidadania, pa-ra a realização de Direitos Humanos.É fundamental, como já foi ressaltado,que trabalhemos muito na área daprevenção. Por que ter problemas vi-suais? Por que fazer de um Direito Hu-mano de ter a saúde visual, a saúdede uma maneira geral, por que nãotrabalhar para que casos possam serevitados e por que a pessoa vai terproblemas visuais em função de pro-blemas que podem ser evitados? Pro-mover a saúde ocular, a saúde visual.E ao mesmo tempo, além de prevenir,resolver o quanto for possível proble-mas reais ou potenciais na área dasaúde ocular. Por que esperar que acriança venha a ser reprovada, a seevadir da escola, a ter o seu quadroagravado, quando tudo isto poderiaser trabalhado, com um quadro, comuma sintonia de identificação de pro-blemas reais ou potenciais, identifi-cáveis na responsabilidade pública esocial para o atendimento dos casos,sejam eles nas prefeituras, nos es-tados e no governo federal, em sin-

tonia e coordenação com a própriasociedade, como é o desejo de toda aárea da oftalmologia? Se formos ca-pazes disto, de prevenir, identificar,atender e promover e, por conse-quência, reabilitar tanto as pessoasque já tem quadros mais graves dedeficiência visual, estaremos promo-vendo um País mais justo, onde aspessoas possam dizer que o meudireito à saúde está sendo respeitado,eu tenho o atendimento à minha dis-posição. E com este trabalho, cadaum dos cidadãos pode dizer, eu possoparticipar de maneira mais efetiva. Avisão é fundamental. A saúde ocular éessencial. E todo esforço deve ser fei-to para que seja preservada, promo-vida, incentivada, conscientizada paraa valorização do Ser Humano. Pa-rabéns. Sucesso. Todos nós do Sena-do, da Câmara e na sociedade de umamaneira geral, estamos sempre jun-tos, caminhando juntos. E o grandedesafio é também este: sabermos ca-minhar juntos para atingirmos osgrandes objetivos que a sociedadeespera.

Newton Kara-José, ex-presidente do CBO e integrante do Conselhode Diretrizes e Gestão (CDG)da entidade

As conquistas da oftalmologia Brasi-leira com relação as portarias sãoboas e fazem parte da nossa luta paraa prevenção da cegueira. Esperemosque as portarias tenham efetividade,o que vai depender muito dos oftal-mologistas sensibilizarem os gestoreslocais e municipais do SUS para asdemandas da saúde ocular.A exposição montada mostrou que aoftalmologia está viva, atuante e temgrande preocupação com a saúde o-cular da população.O encaminhamento do livro de cata-rata aos parlamentares foi bastantepertinente, para mostrar a interven-ção da Oftalmologia brasileira nasaúde publica.Para aumentarmos o exército do SUSprecisamos aumentar o número decredenciados, almejando o credencia-mento unviersal.As portarias representaram um gran-de avanço e vão possibilitar a maiorparticipação dos oftalmologistas narecuperação da saúde visual. Em re-lação ao Projeto Olhar Brasil, vejocom grande ceticismo a possibilidadede se obter armações de óculos pelopreço estipulado. Com a experiênciaadquirida no Programa Olho no Olho,acredito que a melhor solução sejaresponsabilizar as óticas locais comos produtos e a confecção dos óculos.Com relação aos bancos de olhos etransplantes de córneas, São Paulo éo exemplo que deve ser seguido portodo o Brasil e não vejo razão paraque isto não aconteça.

Depoimentos“ ”

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Depoimentos“ ”Discurso do presidente do CBO,Hamilton Moreira na solenidade de abertura do III Forum Nacional de Saúde Ocular

Minhas primeiras palavras são de a-gradecimento. Agradeço em nome doConselho Brasileiro de Oftalmologia aacolhida nesta casa de leis, o SenadoFederal. Agradeço em nome do Con-selho a todos os senhores e senhorasque atenderam nosso convite, ao nos-so chamado para estar aqui hoje do-ando parte do seu tempo para discutirproblemas da saúde ocular do povobrasileiro. Estamos honrados de es-tarmos hoje aqui, honrados pela pre-sença de todos os senhores parla-mentares. Somos médicos, oftalmolo-gistas, brasileiros, tratamos da saúdeocular do povo brasileiro. Somos 14mil distribuídos em todo o territórionacional, número suficiente paraatender toda nossa população. Esta-mos presentes e atendemos 72% dapopulação brasileira atualmente, mascom a portaria que foi editada criandouma rede de distribuição, uma redede manejo dos pacientes, podemosalmejar um objetivo maior, que é a-tender com eficácia igual a todas aspessoas do Brasil. Temos responsabi-lidade social, uma história de respon-sabilidade social reconhecida interna-

cionalmente. Não existe nenhumoftalmologista hoje aqui que não te-nha participado nos últimos anos dealguma ação social. Todas as vezesque o Ministério da Saúde nos cha-mou, nós estivemos presentes. Mui-tas vezes, nós oftalmologistas e oConselho Brasileiro de Oftalmologia,foi o desencadeador das ações so-ciais. Temos exercido nossa cidadaniacom ações permanentes em relação àprevenção da cegueira e da promoçãoda saúde ocular em nosso país.Receitamos óculos, esta é a nossaprofissão. Muitas pessoas nos pro-curam para ter a refração do seu olhorealizada. Naquele momento vemosque muitas pessoas não precisam deóculos, mas precisam de cirurgia decatarata. Naquele momento muitasvezes que na refração, além daquelesóculos que o paciente precisa, eletem diabetes ou tem uma doença queo levará irreversivelmente à cegueira,como glaucoma, se não examinarmosnaquele momento o fundo de olho dopaciente. Às vezes são coisas sim-ples, como por exemplo, a presbiopia,a vista cansada, mas aquela oportu-nidade é única, no qual o paciente de45 anos, 55 anos, pode ter a sua do-ença prevenida. Diminuir o risco dadoença é parte da nossa constituição,é obrigação do estado e uma obri-

gação nossa como médicos oftalmo-logistas. Tem uma frase que eu repitosempre, do professor Hilton Rocha, deMinas Gerais, em homenagem aonosso deputado Rafael Guerra: paraver, basta ter olhos, mas para enxer-gar é preciso ter alma. E neste mo-mento, o Congresso Nacional tem aalma necessária para estar irmanadocom os médicos oftalmologistas paratentar diminuir o problema da ce-gueira, diminuir a fila de acesso aosmédicos oftalmologistas e melhorar asaúde ocular de nossa população.Mais uma vez agradeço muitíssimo apresença de todos vocês aqui, agra-deço o apoio de todos os parlamen-tares que estão presentes no audi-tório, presentes nesta mesa. Nos sen-timos, pelo CBO extremamente hon-rados e dignificados com a presençade todos. Bom trabalho para todosnós, obrigado.

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1. João Orlando Ribeiro Gonçalves cumprimenta Alberto Beltrame

2. Hamilton Moreira, Jofran Frejat, Rafael Guerra e Elisabeto Ribeiro Gonçalves

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Este foi o desafio lançado pelo Mi-nistro da Saúde, José Gomes Tem-porão às lideranças da Oftalmologiabrasileira que foram ao seu gabienteentregar a homenagem do III FórumNacional de Saúde Ocular. Horas de-pois, durante os debates técnicos doevento, o diretor do Departamento deAtenção Especializada, Alberto Bel-trame detalhou o desafio do ministro.De acordo com Beltrame, o Brasil pos-sui o maior sistema público de trans-plantes do mundo. Um sistema que,apesar de seus problemas, é capaz deorganizar, financiar, apoiar, desde oprocesso de captação de órgãos até otransplante e o pós-transplante, ga-rantindo, inclusive, o fornecimento deimuno-supressores.Mesmo assim, quase 70 mil pessoasesperam na fila por um órgão, dosquais 15 mil por córneas.Entre os problemas enfrentados pelosistema, de acordo com o repre-sentante do Ministério da Saúde, estáa ausência de notificação de aproxi-

madamente metade dos casos demorte encefálica ocorridos e a difi-culdade de trazudir os casos notifi-cados em transplantes efetivos. A ob-tenção da autorização dos familiaresé outro problema grave enfrentadopelo sistema.Em relação aos transplantes de cór-nea, Beltrame afirmou que a condiçãode não ser necessária a morte en-cefálica do doador é um ponto po-sitivo que tem que ser aproveitadopara aumentar o número de doações ea agilidade em transformar as doa-ções em transplantes.Afirmou que o Ministério realizou, nosúltimos anos, grandes esforços namontagem e aparelhamento de bancode olhos e na atualização dos valorespagos para os procedimentos ligadosao transplante de córnea. Além disso,estão em andamento campanhas deesclarecimento da população e dosprofissionais da saúde sobre a impor-tância da doação e da realização dostransplantes.

Afirmou, por fim, que está em an-damento um processo de consultaspúblicas para a atualização do regu-lamento técnico dos transplantes, pa-ra a qual solicitou a participação dosoftalmologistas, que deve ser feita a-través do CBO.“Zerar a fila de transplantes de córneaaté 2010 é absolutamente possível. Éimportante que tenhamos todo estecontingente de oftalmologistas reuni-dos no CBO engajados neste pro-grama. É um trabalho meritório, im-portante e que muda a qualidade devida de milhares de pessoas”, con-cluiu Alberto Beltrame.

Transplante de córneasZerar a fila de transplantes de córnea no País, que hoje tem aproximadamente 15 mil pessoas.

Porque a vida é colorida.

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Senhor presidente

Os médicos brasileiros sempre esti-veram na vanguarda das lutas sociaise desempenharam papel essencial nadefinição e construção do Sistema Ú-nico de Saúde. Possuem também im-portância indiscutível no atendimentoe romoção à saúde da população bra-sileira. Afinal, dos 870 mil cargos denível superior na atenção à saúde,60% deles são ocupados por profis-sionais com formação em medicina.Cabe lembrar que, neste ano, com-pletamos 200 anos de fundação daprimeira escola médica do Brasil e, aolongo desse período, a formação em

saúde brasilei-ra consolidou-se pela sua com-petência e rele-vância.A classe médi-ca cumpre umpapel funda-mental no dia-a-dia de todas

as famílias brasileiras. Esse cuidadodiário é recompensado quando o tra-balho se converte em cura, prevençãoe promoção à saúde.Nesse processo histórico de parti-cipação social, devo ressaltar que sóserá possível manter e aprimorar aconstrução do Sistema Único de Sa-úde como queremos - universal, equi-tativo, de qualidade, que atenda atodos e dignifique os profissionais desaúde - com a participação das enti-dades médicas. Não se faz a ReformaSanitária sem a atuação dos médicos.As dificuldades e os desafios nosunem em uma mesma luta para a me-lhoria de saúde da população bra-

sileira.Na agenda da classe médica há, entreoutras, duas importantes propostas. Aprimeira é o aperfeiçoamento das po-líticas de saúde. Para isso, o Minis-tério da Saúde vem trabalhando comas entidades como o Conselho Fe-deral de Medicina, a Associação Mé-dica brasileira, a Federação Nacionaldos Médicos e as associações de es-pecialistas para a melhoria das po-líticas, para o aprimoramento das ins-tituições e para a busca por resul-tados positivos do sistema público.Outra reivindicação refere-se à ques-tão salarial. Reconheço que, em mui-tos municípios e estados, os médicosvivem em situações salariais incom-patíveis com a importância do seu tra-balho e da relevância social que de-senvolvem. É importante continuar-mos a perseguir um padrão salarialque permita a esses profissionais de-senvolver sua atividade com qualida-de.O Ministério da Saúde vem desen-volvendo diversas ações para quali-ficar o trabalho do setor. Embora otema de financiamento da saúde pú-blica não esteja resolvido e o sistemanecessite com urgência de novasfontes de recursos, conseguimos, nosúltimos anos, melhorar a remunera-ção dos prestadores de serviços darede pública.Em 2007, a tabela de procedimentosdo SUS foi elevada em R$ 1,2 bilhãoe, neste mês, em um esforço em con-junto com a área econômica do go-verno federal, foi descontigenciadodo orçamento cerca de R$ 1,6 bilhão,o que permitiu um repasse maior nes-te ano para os estados e municípios.Também estamos investindo em uma

formação mais adequada para oatendimento à rede pública de saúde.O programa Pró-Saúde ganhou umreforço de R$ 40 milhões paraincentivar projetos de universidadesque adotem o tema “Saúde Pública”em seus cursos de graduação ou pós-graduação.Além disso, outros R$ 40 milhões se-rão aplicados no PET Saúde (Progra-ma de Educação pelo Trabalho em Sa-úde), que envolverá bolsas de estudopara estudantes de graduação, orien-tadores e tutores, profissionais queatuam no SUS. Pelo Unasus, com en-sino à distância, vamos formar maisde 100 mil profissionais em Saúde daFamília e gestão de saúde, até 2011.Vale ressaltar que ainda estamoscriando redes estruturadas de aten-dimento à saúde para dar segurançaaos profissionais no processo de inte-riorização do atendimento e da im-plementação do Telessaúde, um pro-jeto que traz mais segurança para aavaliação dos pacientes e conexãocom os centros de excelência, dandocontinuidade ao seu aprendizado, in-dependente de onde estiver no País.A construção destes 20 anos nos per-mite visualizar e refletir sobre a sig-nificativa importância da classe mé-dica, não apenas no atendimento di-reto à população, mas pela suaimportância no desenvolvimento deações e políticas sociais. A continui-dade deste processo e a ampliaçãodos serviços de saúde depende deque essa relação seja sempre forta-lecida.

Atenciosamente,

José Gomes TemporãoMinistro de Estado da Saúde

A Classe Médica na luta pelo desenvolvimento social

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5º......XIII – é livre o exercício de qual-quer trabalho, ofício ou profissão a-tendidas as qualificações profis-sionais que a lei estabelecer.” Nasábia concepção constitucional, dadaa prevalência do interesse público so-bre o individual, a restrição ao prin-cípio da liberdade da atividade profis-

sional por meio da respectiva regula-mentação é lícita somente quando ointeresse público assim o exigir. É ocaso de determinadas profissões que,se praticadas por pessoas despro-vidas de um mínimo de conhecimen-tos técnicos e científicos especiali-zados, poderiam acarretar sério danosocial, com riscos à segurança, àintegridade física e à saúde.”Em 10 de dezembro o relatório come-çou a ser lido na reunião ordinária daCTASP, mas por questões regimentaisnão foi completado. Além disso, de-putados da comissão compromete-ram-se a solicitar pedidos de vistas, oque deve atrasar mais ainda a votaçãoque, de acordo com o assessor polí-tico do CBO, Napoleão Puentes, só de-verá ocorrer em março de 2009.O relatório completo do DeputadoEdinho Bez, bem como o projeto subs-titutivo que apresentou pode serconsultado na íntegra na home page:

A prescrição de órteses e prótesesoftalmológicas fazem parte do rol deatividades privativas do profissionalmédico.Esta é uma das determinações con-tidas no substitutivo do Projeto de lei7.703/06, apresentado pelo deputadoEdinho Bez (PMDB/SC) na Comissãode Trabalho, de Administração e Ser-viço Público (CTASP) em 07 de novem-bro. O Projeto de lei 7.703/06, que dispõesobre o exercício da Medicina, foi a-provado pelo Senado Federal e en-viado à Câmara dos Deputados noinicio do ano. No Projeto do Senado,está incluso o inciso X do artigo 4º,que estipula que entre as atividadesprivativas do médico está a prescriçãode órteses e próteses oftalmológicas. Na CTASP, o projeto foi encaminhadopara relatoria do Deputado Edinho Beze recebeu 60 emendas, várias dasquais sugerindo a supressão do incisoX ou sua modificação para permitirque profissionais sem formação mé-dica também pudessem prescreverlentes de grau. Edinho Bez realizou vá-rias reuniões e audiências públicaspara a discussão do projeto que,embora tenha sido fruto de intensasnegociações entre entidades repre-sentativas das várias profissões daárea da saúde por ocasião de suaaprovação no Senado, voltou a pro-vocar intensas polêmicas na Câmarados Deputados.

O relatório apresentado pelo depu-tado Edinho Bez foi objeto de 14 pro-postas de emendas. Duas referem-seao Inciso X. A primeira delas é de au-toria do deputado Nelson Pellegrino(PT/BA), que pede que o Inciso sejamodificado, apresentando a seguinteredação: (sempre lembrando que o ar-tigo enumera as atividades exclusivasdo profissional médico) “X - prescri-ção de órteses e próteses oftalmo-lógicas, exceto as de soluções ópti-cas”. A segunda emenda foi apresen-tada pelo deputado Marco Maia (PT/RS) que sugere a supressão pura esimples do inciso.Ao mesmo tempo, o deputado RafaelGuerra (PSDB/MG) requereu o apen-samento do projeto de Lei 92/99 dadeputada Jandira Feghali (PC do B/RJ), que dispõe sobre o “Exercício daMedicina, a organização e atuaçãodos Conselhos de Medicina e dá ou-tras providências” e o deputado JúlioRedecker (PSDB/RS) requereu o apen-samento do Projeto 1.549/03, do de-putado Celso Russomano (PP/SP), que“Disciplina e o exercício profissionalde Acupuntura e determina outrasprovidências”. Na linguagem legisla-tiva, o apensamento significa anexardois ou mais projetos no mesmo pro-cesso de tramitação.O relatório foi devolvido para EdinhoBez, que deve apreciar as emendas esugestões apresentadas e elaborarseu parecer final para ser votado noâmbito da CTASP. Depois de aprovadonesta Comissão, o projeto será enca-minhado para a Comissão de Consti-tuição e de Justiça e de Cidadania(CCJC).No relatório apresentado em 07 denovembro, Edinho Bez assinala que “AConstituição Federal de 1988, aodispor sobre a matéria, é clara: “Art.

Relator mantém dispositivolegal favorável à saúde ocular

Napoleão Puentes

Deputado Edinho Bez

�http://www.camara.gov.br/sileg/integras/611721.pdf

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Ato Médico: um direito único.

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O PLS 619/2007, de autoria do Se-nador Tião Viana (PT-AC) e que con-solida a legislação sanitária federal,foi analisado pela Comissão de As-suntos Sociais (CAS) e encaminhadopara a Câmara dos Deputados comoPL 4247/2008. A ele foi apensado otexto consolidado pela deputada RitaCamata (PMDB/ES), PL 3343/2008.Na Câmara, o texto será analisado pe-lo Grupo de Trabalho de Consolidaçãodas Leis e pela Comissão de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania. O projeto de lei de consolidação a-tende às normas legal e constitu-cional e reúne a legislação federal emvigor, em matéria de saúde, orde-nando, de forma lógica e sistemática,os dispositivos legais sobre a matéria.O Senador Augusto Botelho (PT/RR),em seu relatório, assinalou a vigênciados decretos 20.931/32 e 24.492/34

que, entre outras coisas, proíbem aprescrição de lentes de grau por pes-soas sem formação médica.Em seu relatório, o Senador de Ro-raima assinalou que “o Decreto nº24.492, de 28 de junho de 1934, queregulamentou o Decreto nº 20.931, de11 de janeiro de 1932, na parte re-ferente à venda de lentes de grau. Em1990, o Decreto nº 99.678, de 8 denovembro, revogou o diploma de1932, com o que se tornaram sem e-feito as normas dispostas no Decretonº 24.492, de 1934.Entretanto, em 12 de julho de 1991,foi editado novo decreto, sem número,que, em seu art. 1º, revigorou, entreoutros, o de 1934. Em reforço, o De-creto nº 1.917, de 27 de maio de 1996,em seu art. 5º, tornou expressa a re-vogação do Decreto nº 99.678, de 8 denovembro de 1990, que havia re-

vogado todos os decretos constantesdo Anexo IV ao Decreto nº 99.678,entre os quais, os de nos 20.931, de1932, e 24.492, de 1934. Cumpre considerar, portanto, que,efetivamente, o Decreto nº 20.931, de1932, e o Decreto nº 24.492, de 1934,continuam em plena vigência, nãocabendo a este projeto de lei de con-solidação considerá-los implicitamen-te revogados, conforme o fez em seuart. 641.”

Consolidação da legislação de saúde mantémprescrição de lentes de grau como Ato Médico

Sen. Augusto Botelho

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Você é a base do CBO. Feliz Natal!

Rond

a Pr

opag

anda

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Cena típica na mente de jovens nestefinal de ano: “estou acabando a Re-sidência... Enquanto estudo para aprova de título de espe-cialista em Oftalmologia, soutorturado por muitas dúvidas.Devo me tornar um sub-especialista? Vale a pena fazer Pós-Graduação? Aonde existem vagas?Será que consigo abrir meu próprioconsultório? Sócios? Concurso públi-co? Emprego em grande clínica? Im-postos e tributos? Socorro, alguém meajude!”Sorte daqueles que tem um “mentor”para aconselhar e ajudar nas decisõesdo início da vida profissional. Mas éinjusto que essas informações não se-jam disponíveis para todos! Pensandonisso, o CBO decidiu lançar dois pro-jetos audaciosos, que pretendem aju-dar e dar opções ao jovem Oftalmo-logista a programar sua carreira. Sãoestes: “EXPO-CBO” e “Meu PrimeiroEmprego”.O “EXPO-CBO” tem como objetivodisponibilizar aos jovens Oftalmolo-gistas e Serviços de Oftalmologia detodo o Brasil um encontro para de-mocratizar a informação. O plano é,durante os Congressos Brasileiros deOftalmologia de 2009 em diante, pro-mover uma “feira” (com data e horamarcadas) onde todos os Serviços deOftalmologia do País possam mostrarquantas vagas existem para espe-cialização, aperfeiçoamento e Pós-Graduação. Nesta, representantes

desses serviços devem apresentar deforma impressa (talvez através depôster) os programas que oferecem e

precisam estar presentes para dis-cutirem os detalhes com os jovens,em clima informal. Assim, cada jovemterá a oportunidade de saber onde e-xistem e quantas são as vagas dis-poníveis para o que pretende fazer,bem como os pré-requisitos e formatode seleção. Para os Serviços, existe avantagem da divulgação e da certezade maior número de candidatos, o quefavorece a seleção dos melhores.Todos saem ganhando!Idealizado por Célia Nakanami, emconjunto com a Sociedade Brasileirade Administração em Oftalmologia(SBAO), o “Meu Primeiro Emprego”pretende fornecer informações práti-

cas ao jovem que está entrando nomercado de trabalho. Sob a forma deciclo de palestras, serão discutidos osfatores de maior aflição: auxílio na es-colha do local de estabelecimento(onde existem vagas), educação finan-ceira básica (como conseguir financia-mento e manter uma boa saúde finan-ceira), orientações jurídicas e tribu-tárias (taxas, impostos, tributos, entreoutros), além de exposição da posiçãodo CBO e no que a entidade pode aju-

dar no dia-a-dia do jovem oftal-mologista. É o CBO, através deprofissionais competentes e ex-perientes, no papel de “mentor”

do jovem!Ambos projetos precisam do apoio detodos, assim como sugestões e crí-ticas servirão para aperfeiçoá-los. Odesafio da Oftalmologia brasileira émanter sua excelência acadêmica esuprir as necessidades da saúde ocu-lar da população em todo País. O ob-jetivo conjunto final dos dois projetosé formar maior número de (melhores)especialistas, dando-lhes conheci-mento e ferramentas que lhes per-mitam ter uma carreira de sucesso.Assim teremos uma Oftalmologia ca-da vez mais forte, com maior qua-lidade de atendimento aos pacientes.

A primeira edição do EXPO – CBO ocorrerá durante o XXXV Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em BeloHorizonte, de 24 a 27 de agosto de 2009. Os coordenadores dos Cursos de Especialização em Oftalmologiacredenciados pelo CBO já receberam comunicação solicitando que se preparem para a realização doevento e organizem as informações sobre o serviço, vagas oferecidas, corpo clínico, pré-requisitos emodalidades de seleção de alunos e prazos estabelecidos.

PRECISO DE AJUDA!

(*) Bruno Machado Fontes

...Sorte daqueles que tem um “mentor” para aconselhar

e ajudar nas decisõesdo início da vida

profissional. Mas é injusto queessas informações

não sejam disponíveispara todos!

“CBO ”

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Quantossomos?

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Este número, entretanto, deve sertomado como ponto de referência enão como soma exata. A filiação aoCBO é voluntária, bem como o enviode dados para a elaboração dos ca-dastros, embora a elaboração, a cadadois anos do Guia Interativo do Oftal-mologista (veja matéria na página 45),e a remessa de material do CBO, entreoutras atividades, sejam grandes in-centivos para que o médico oftalmo-logista mantenha seus dados atuali-zados junto à entidade representativamáxima da especialidade.Além disso, pela legislação brasileira,todo médico, depois de terminada agraduação, pode dedicar-se a qual-quer especialidade. O Conselho Fede-ral de Medicina (CFM) e os conselhosregionais de medicina estabeleceramnormas e resoluções determinandoque somente os médicos com Título

de Especialista podem anunciar a res-pectiva especialidade. Por outro lado,o CFM só considera especialista o mé-dico que registrou o respectivo títulona autarquia. Desta forma, pelos ca-dastros do CFM, o número de médicoscom título de especialista em Oftal-mologia existentes no Brasil não che-ga a 5.000, número que representauma deformação, provocada pelo fatoda grande maioria dos portadores dostítulos de especialista não realizaremos procedimentos burocráticos neces-sários para registrá-los.Algumas empresas do segmento of-tálmico mantém cadastros de médi-cos que se dedicam à especialidade,tenham ou não título de especialista,para uso de suas equipes de venda emarketing. Tal informação mercadoló-gica é considerada estratégica e ra-ramente compartilhada. Entretanto, a

atualização de tais listas torna-se ca-da dia mais difícil e praticamente to-das as empresas tentam se valer doscadastros do CBO, que também con-sidera tal informação estratégica e sóa compartilha em condições muitoespecíficas.Desta forma, é consenso que o cadas-tro mais completo dos médicos oftal-mologistas é aquele mantido peloCBO, embora seja abastecido com in-formações fornecidas voluntariamen-te, o que implica em perda de agili-dade, principalmente no registro defalecimentos e aposentadorias de mé-dicos oftalmologistas.

Por este cadastro, o número de mé-dicos oftalmologistas existente nosEstados e Regiões do Brasil em no-vembro de 2008 era o seguinte:

Pelo cadastro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, existem 13.089 médicos

oftalmologistas em todo o Brasil.

Região Norte TotalAcre 15Amapá 6Amazonas 109Pará 163Rondônia 42Roraima 12Tocantins 40

387

Região Nordeste TotalAlagoas 129Bahia 735Ceará 397Maranhão 109Paraíba 148Pernambuco 462Piauí 148Rio Grande do Norte 150Sergipe 82

2.360

Região Sudeste TotalEspírito Santo 229Minas Gerais 1.361Rio de Janeiro 1.953São Paulo 4.050

7.593

Região Centro-Oeste TotalDistrito Federal 315Goiás 326Mato Grosso 125Mato Grosso do Sul 140

906

Brasil 13.089

Região Sul TotalParaná 736Rio Grande do Sul 747Santa Catarina 360

1.843{ }

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Somosdemais?

Nos congressos e encontros oftalmo-lógicos é constante a queixa que omercado está saturado e que algumasregiões entraram em selvagem pro-cesso de concorrência predatória en-tre os médicos oftalmologistas, con-sultórios, clínicas e hospitais que a-tendem na especialidade. Ao mesmotempo, também são constantes notí-cias nos meios de comunicação demassa sobre dificuldades dos pacien-tes receberem assistência oftalmoló-gica no serviço público e são várias asorganizações não governamentais quese dedicam a levar algum tipo de as-sistência clínica e cirúrgica oftalmoló-gica a regiões mais carentes onde nãoexistem especialistas.O quadro ao lado, tomando como baseo cadastro do CBO, dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística(ANS) e da Agência Nacional de Sa-úde Suplementar (ANS), embora sejainsuficiente para responder a pergun-ta do título, dá boas indicações para

futuros debates. Deve-se levar emconta que os dados são agrupados porEstados da Federação e os mesmossão geográfica e socialmente hetero-gêneos e que o número geralmenteapontado como sendo da OrganizaçãoMundial de Saúde como a relaçãoideal entre médico especialista e anúmero de habitantes, 1 para 20.000,não é aceito sem discussão por todos.As colunas relacionando número demédicos e números de beneficiáriosde planos de saúde, embora possamparecer arbitrárias, representam a ne-cessidade de enriquecer o debatesobre saturação de médicos oftalmo-logistas. Afinal, seria o Estado de Ro-raima, com seus 12 médicos oftalmo-logistas, para cada um dos quais e-xistem, em tese, 786 beneficiários deplanos de saúde, menos saturado doque os Estados de São Paulo (4.050profissionais e 4.142 beneficiários) ouRio de Janeiro (1.953 profissionais e2.563 beneficiários)?

?

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Região NorteAcre 15 653.620 43.574 40.114 2.674Amapá 6 585.073 90.512 52.417 8.736Amazonas 109 3.167.668 19.433 350.656 3.217Pará 163 7.070.867** 43.379 583.714 3.581Rondônia 42 1.454.237 34.624 98.300 2.340Roraima 12 394.192 32.849 9.437 786Tocantins 40 1.248.158 31.203 55.167 1.379Total 387 11.400.147 29.457 1.189.805 3.074

Estado Número de Oftalmologistas População

RelaçãoOftalmologista/

População

Beneficiários dePlanos de Saúde

Relação Oftalmologista/Beneficiários de Planos de Saúde

Região NordesteAlagoas 129 3.014.979 23.371 272.020 2.108Bahia 735 14.079.966** 19.156 1.232.602 1.677Ceará 397 8.183.880** 20.614 858.462 2.162Maranhão 109 6.117.996 56.128 261.262 2.396Paraíba 148 3.640.538 24.598 303.226 2.048Pernambuco 462 8.487.072** 18.370 1.143.858 2.475Piauí 148 3.029.916 20.472 154.484 1.043Rio Grande do Norte 150 3.014.228 20.094 386.151 2.574Sergipe 82 1.938.970 23.645 208.140 2.538Total 2.360 51.507.545 21.825 4.820.205 2.042

Região SudesteEspírito Santo 229 3.351.327** 14.634 887.891 3.877Minas Gerais 1.361 19.261.816** 14.152 4.188.022 3.077Rio de Janeiro 1.953 15.406.488** 7.888 5.005.912 2.563São Paulo 4.050 39.838.127** 9.836 16.777.469 4.142Total 7.593 77.857.758 10.253 26.859.294 3.537

Região Centro-OesteDistrito Federal 315 2.455.903* 7.796 661.332 2.099Goiás 326 5.644.460** 17.314 582.987 1.788Mato Grosso 125 2.854.456 22.835 236.040 2.104Mato Grosso do Sul 140 2.265.021 16.178 316.858 2.263Total 906 13.219.840 14.591 1.824.217 2.013

Região SulParaná 736 10.279.545** 13.966 2.086.215 2.834Rio Grande do Sul 747 10.582.324** 14.166 2.029.899 2.717Santa Catarina 360 5.868.014** 16.300 1.280.691 3.557Total 1.843 26.729.758 14.503 5.396.805 2.928

Brasil 13.089 180.715.048 13.806 40.090.549 3.062

�Fonte: IBGE, Contagem da População 2007 e Estimativas da População 2007Beneficiários de planos de saude - junho de 2008 - Fonte ANShttp://www.ans.gov.br/portal/upload/informacoesss/caderno_informaca_09_2008.pd

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Nosso númeroaumenta emproporção?

O Título de Especialista emOftalmologia pode ser obtidode duas maneiras: pelaconclusão da ResidênciaMédica num dos 87 serviçoscreden-ciados pela ComissãoNacional de ResidênciaMédica (CNRM), órgão doMinistério da Educação(MEC) ou através daaprovação na Prova Nacionalde Oftalmologia, organizadae aplicada anualmente peloCBO na terceira semana domês de janeiro.

A Prova Nacional de Oftalmologia é o-brigatória para os alunos que con-cluíram os Cursos de Especializaçãoem Oftalmologia num dos 51 serviçoscredenciados pelo CBO, opcional paraos egressos das residências médicascredenciadas pela CNRM e pode serprestada por outros médicos forma-dos há mais de seis anos, que con-sigam provar sua ligação com a es-pecialidade através de um sistema depontuação elaborado pela AssociaçãoMédica Brasileira e aceitem se sub-meter a exames práticos.A maioria dos serviços credenciadospelo CBO também mantém creden-ciamento junto à CNRM. Cada ins-tituição tem uma sistemática própria.Enquanto que algumas mantém omesmo número de vagas para alunosdo curso de especialização e resi-dência, outras tem determinado nú-mero de alunos que fazem parte dosistema CBO e outros médicos inte-grados ao sistema da CNRM. Os dois sistemas de ensino e titulaçãoexistentes no País têm capacidadepara formar cerca de 440 especia-

listas por ano. Os números são vari-áveis ano a ano por conta de aban-dono de cursos, viagens ao exterior,contração de vagas em consequênciade remanejamento de verbas nas ins-tituições universitárias e outros fa-tores.Por outro lado, anualmente uma mé-dia de 100 a 150 médicos que nãofrequentaram nem os serviços creden-ciados pelo CBO nem os credenciadospela CNRM prestam a Prova Nacionalde Oftalmologia, dos quais cerca de30% são aprovados e conseguem oTítulo de Especialista. Também deve-se levar em conta que, anualmente,um número impossível de ser precisa-do de especialistas falece, aposenta-se, passa a atender menor número depacientes ou abandona a especiali-dade, o que contribui para complicarmais ainda a leitura das estatísticas.O número de vagas dos serviçoscredenciados pelo CBO e pela CNRMnos Estados, revelado por pesquisarealizada em novembro de 2008, foi oseguinte:

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Rio de Janeiro:Hospital Adventista Silvestre 1Hospital da Força Aérea do Galeão 2Hospital da Lagoa* 5Hospital de Olhos Santa Beatriz 5Hospital dos Servidores do Estado* 12Hospital Geral da Santa Casa 2Hospital Geral de Bonsucesso* 4Hospital Municipal da Piedade* 12Hospital Souza Aguiar 2Hospital Univ. da Univ. Federal Fluminense* 5Hospital Univ. Clementino Fraga Filho - UFRJ* 6Hospital Universitário Gaffrée Guinle - UNIRIO 2Hosp. Univ. Pedro Ernesto Universidade do Estado do Rio de Janeiro* 6Instituto Benjamin Constant* 6Centro de Estudos e Pesq. Oculistas Associados - CEPOA** 6Policlínica Botafogo** 1

Total do Estado do Rio de Janeiro 77São Paulo: CEMA* 12

PUC SP (Sorocaba) 3Complexo Hospitalar Pe. Bento de Guarulhos 6UNICAMP* 17 (10)USP* 14 (12)Faculdade de Medicina de Jundiaí* 5Faculdade de Medicina de Marília* 5Faculdade de Medicina de Santo Amaro* 3Faculdade de Medicina de S. José do Rio Preto 5Faculdade de Medicina do ABC* 8Hospital Ana Costa 2Hosp. das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP* 8Hospital do Servidor Público Estadual* 5PUC Campinas 4Hospital Oftalmológico de Sorocaba* 5Hospital Santo Amaro Guarujá 1Hospital Universitário UNOESTE 3Instituto Tadeu Cvintal 5Irmandade da S. Casa da Miser. de Santos 4Irmandade da S. Casa de Miser. de Limeira 2Irmandade Santa Casa de Miser. de São Paulo* 12Universidade de Ribeirão Preto* 2Universidade de Taubaté 1UNESP - Botucatu 7Universidade Federal de São Paulo* 17 (12)

NorteAmazonas: Instituto de Oftalmologia de Manaus* 7Pará: Hospital Bettina Ferro de Souza 4Total da Região Norte: 11

NordesteAlagoas: Hosp. Univ. Prof. Alberto Antunes - UFAL 4Bahia: Hospital Geral Roberto Santos SESAB 2

Fac. de Medicina da Univ. Federal da Bahia* 8Escola Bahiana de Med. e Saúde Pública - Inst. Bras. de Oftalmologia e Prev. da Cegueira* 6

Total do Estado da Bahia: 16Ceará: Fund. de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xeres

Vasconcelos 1Hospital Geral de Fortaleza* 2Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC 2Fundação Leiria de Andrade** 10

Total do Estado do Ceará 15Paraíba: Hosp. Univ. Lauro Wanderley - UFPB 2

Oculistas Associados da Paraíba 2Total do Estado da Paraíba 4Pernambuco: Centro de Oftalmologistas

Associados de Pernambuco 1Hosp. das Clínicas da Univ. Fed. de Pernambuco* 6Hospital de Olhos Santa Luzia 2Instituto de Olhos de Recife 2SEOPE 2Fundação Altino Ventura** 12

Total do Estado de Pernambuco 25Piauí: Hospital Getúlio Vargas* 3Rio G. Norte: Hosp. Univ. Onofre Lopes -

Univ. Fed. do Rio Grande do Norte* 4Total da Região Nordeste 71

SudesteEspírito Santo: Hosp. Univ. Cassiano Antonio Moraes 1Minas Gerais: Universidade Federal de Uberlândia 3

Hosp. das Clínicas da Univ. Fed. de Minas Gerais*8Hospital Felício Rocho 2Hospital Governador Israel Pinheiro 2Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte* 16Universidade Federal do Triângulo Mineiro* 4Inst. de Estudos e Pesquisas Centro Oftalmológico de Minas Gerais* 3

Total do Estado de Minas Gerais 38

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Nosso númeroaumenta emproporção?

Universidade de Mogi das Cruzes* 5Instituto Dr. João Penido Burnier** 4

Total do Estado de São Paulo 153 (139)Total da Região Sudeste 269 (255)

SulParaná: Hoftalon - Hospital de Olhos de Londrina 6

Hospital Caridade Irmandade Santa Casa de Misericórdia 2Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná* 6Hospital e Maternidade Angelina Caron 1Hospital Universitário Cajuru 2Hospital Universitário Evangélico de Curitiba* 6Hospital Univ. Regional do Norte do Paraná 2Hospital de Olhos do Paraná** 3

Total do Estado do Paraná 28Rio G. do Sul: Fundação Faculdade Federal de Ciências

Médicas de Porto Alegre* 2Hospital das Clínicas de Porto Alegre - Universidade Federal do Rio Grande do Sul* 4Hospital Nossa Senhora da Conceição 2Inst. de Oftalmologia Prof. Ivo Corrêa Meyer ** 2Santa Casa de Porto Alegre* 5Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre** 2

Total do Estado do Rio Grande do Sul 17Sta. Catarina: Hospital Governador Celso Ramos 3

Hospital Regional Homero de Miranda Gomes 3Hospital Regional de São José* 3

Total do Estado de Santa Catarina 9Total da Região Sul 54

Centro-OesteDist. Federal: Clin. Olhos Dr. João Eugênio 1

Hospital as Forças Armadas de Brasília 3Hospital de Base do Distrito Federal* 6Hospital Pacini de Oftalmologia 2Hospital Universitário de Brasília 1

Total do Distrito Federal 13Goiás: Fundação Banco de Olhos de Goiás 3

Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Goiás* 4Instituto de Olhos de Goiânia 3

Total do Estado de Goiás 10Mato G. do Sul Fundação Centro de Estudos da Santa Casa

Dr. William Maksoud* 7Hospital Universitário Aparecida Pedrossian - Universidde Federal de Mato Grosso do Sul 2

Total do Estado do Mato Grosso do Sul 9Total da Região Centro-Oeste 32

Total do Brasil 441 (427)

*Instituiçõs credenciadas pelo CBO e pela CNRM **Instituições credenciadas apenas pelo CBOSem sinalização - Instituições credenciadas apenas pela CNRM

Consulta realizada em novembro de 2008 revelou que alguns serviçoshaviam reduzido o número de vagas disponíveis, embora não seja certoque tal tendência venha a se consolidar nos próximos anos. O número devagas atual aparece entre parênteses.

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O excesso de número de oftalmologistas não traznenhum benefício paraninguém. Não resolve oproblema da democratizaçãoda saúde pública, nãoresolve o problema dainteriorização da assistênciaoftalmológica, provoca adegradação da especialidadee, consequentemente, da saúde ocular dapopulação. Esta é umapreocupação permanente do CBO, que procura agirpara reverter, ou pelo menosminimizar, o quadro de saturação que se percebeno horizonte a curto e médioprazos”.

Esta é a avaliação do coordenador daComissão de Ensino do CBO, PauloAugusto de Arruda Mello, que rela-ciona a situação do número e dis-tribuição dos oftalmologistas no Bra-sil com o atual esforço da entidade deremanejar o número de vagas noscursos de especialização credencia-dos.Afirma também que especialistasligados ao CBO estão realizando es-tudos cujos resultados preliminaresmostram que noção sobre a existência

de regiões completamente despro-vidas de médicos oftalmologistas pre-cisa ser colocada em novos contextos.Cita como exemplo, a existência demunicípios integrantes de grandes re-giões metropolitanas onde, efetiva-mente, não residem médicos oftalmo-logistas, mas onde especialistas re-sidentes em municípios próximos tra-balham e prestam atendimento. Citatambém que os resultados prelimina-res citados demonstram que o númerode cidades, cuja população recebe as-sistência oftalmológica itinerante deforma regular é maior do que se su-põe.“Não estou querendo minimizar qua-dros de carência que todos sabemosexistir, porém colocar o debate emtermos reais para que a sociedadebrasileira tenha condições de procuraras melhores soluções que, em nossaopinião, não passa pelo aumento in-discriminado do número de médicos ede oftalmologistas”.A atual preocupação da Comissão deEnsino do CBO de remanejar o númerode vagas de seus cursos credenciadosé motivada pela existência de ins-tituições que, por motivos internos,vem, sistematicamente aceitando nú-mero menor de alunos do que o es-tipulado em seu credenciamento noCBO. Além disso, Arruda Mello res-salta que muitas instituições, muitasdelas de grande prestígio, solicitamhá tempos seu credenciamento no

CBO, que não ocorre já que os novoscredenciamentos estão suspensos portempo indeterminado em virtude daformação de especialistas em númeromuito maior do que as necessidadesda população brasileira.“Os debates continuam e não temosposição fechada sobre novos creden-ciamentos ou autorização para au-mento do número de vagas de cursoscredenciados localizados em regiõesmais carentes. Nossa posição não ecorporativista, mas procura levar emconta as necessidades da populaçãode ter assistência oftalmológica deexcelente qualidade, as necessidadesdo ensino da especialidade e os li-mites impostos pela atuação institu-cional do CBO e sua grande respon-sabilidade em avalizar instituições deensino da especialidade e o Título deEspecialista em Oftalmologia queseus alunos recebem”, concluiu PauloAugusto de Arruda Mello.

E o CBO?

Paulo Augusto de A. Mello

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Anuidade de 2009:agilidade em benefíciodo associado

A Secretaria Geral do Conselho Bra-sileiro de Oftalmologia já expediu aremessa dos boletos para o paga-mento da anuidade de 2009 para osmédicos oftalmologistas de todo oBrasil. A antecipação do envio tem o ob-jetivo de permitir que o associadoplaneje melhor as formas de como sedará sua participação na entidade e,ao mesmo tempo, permitir que sejamampliadas as vantagens proporcio-nadas pela associação antecipada.A diretoria do CBO decidiu manter ovalor da anuidade de 2008 para opróximo ano, o que na prática sig-nifica a concessão de desconto cor-respondente à inflação ocorrida du-rante o ano. Também foi mantido o va-lor especial para os jovens oftalmo-logistas (com até cinco anos de for-mado), correspondente a 50% daanuidade plena.O associado pode efetuar o paga-

mento da anuidade de 2009 emparcela única ou utilizar-se do pa-gamento parcelado.Se optar pela parcela única, poderáquitar até 20 de dezembro de 2008,pagando R$ 400,00 (ou R$ 200,00 nocaso dos jovens formados a partir de2004) ou até 20 de abril de 2009,pagando R$ 440,00 (ou R$ 220,00, nocaso dos jovens formados a partir de2004).Se optar pelo pagamento parcelado, aprimeira possibilidade é efetuar opagamento de quatro parcelas de R$110,00, com vencimentos em 20 dedezembro de 2008, 20 de janeiro, 20de fevereiro e 20 de março de 2009. Asegunda possibilidade é efetuar o pa-gamento de quatro parcelas de R$120,00, com vencimentos em 20 deabril, 20 de maio, 20 de junho e 20 dejulho de 2009.Os médicos beneficiados com o dovalor especial da anuidade não podemparcelar o pagamento.

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Inscrição antecipada no congresso

Juntamente com o boleto da anui-dade, o associado receberá o carnêpara o pagamento da inscrição ante-cipada ao XXXV Congresso Brasileirode Oftalmologia, que será realizadoem Belo Horizonte, de 24 a 27 deagosto de 2009: R$ 170,00, para ins-crição no evento e mais R$ 170,00 pa-ra inscrição no Dia Especial.De acordo com o secretário geral doCBO, Nilo Holzchuh, a abertura dapossibilidade de inscrições anteci-padas para o congresso de Belo Ho-rizonte foi resultado do sucesso dasmudanças efetivadas no XVIII Con-gresso Brasileiro de Prevenção daCegueira e Reabilitação Visual, rea-lizado em Florianópolis em setembrode 2008.

“A inscrição antecipada permite queo associado desfrute um grande des-conto e garanta sua participação noevento, ao mesmo tempo que pos-sibilita o melhor planejamento darealização do congresso. A instituiçãodo Dia Especial, um dia inteiro comprogramação científica voltada paraum dos grandes campos da Oftalmo-logia, teve resultados que superaramtodas as expectativas e a Científica, aDiretoria do CBO e a Comissão Or-ganizadora do congresso decidirammanter esta modalidade de apresen-tação do conhecimento e a secretariageral decidiu abrir a possibilidade doassociado realizar sua inscrição si-multaneamente ao pagamento daanuidade”, concluiu Holzchuh.

Cresce o número de associados ao CBO

O número de associados ao ConselhoBrasileiro de Oftalmologia cresceu8,32% em 2008 com relação ao anoanterior. Este crescimento é maissignificativo se for levado em consi-deração o número absoluto de mé-dicos oftalmologistas que decidiramassociar-se (ou voltar a fazer partedos quadros da entidade), 545, e suarelação com o universo total de es-pecialistas cadastrados no conselho,13.089 e que, pela primeira vez, foiquebrada a barreira dos 7.000 as-sociados. Em um ano, o CBO conse-guiu sensibilizar 4,16% de todos osmédicos oftalmologistas do Brasil ase filiarem, revertendo a tendênciapara a estabilização ou redução donúmero de associados registradadesde 2002.“Uma das prioridades da diretoria2007/2009 do CBO foi aumentar arepresentatividade da entidade. Paratanto, estabelecemos várias medidastais como anuidades diferenciadaspara médicos formados no período decinco anos, redução substancial dopreço das inscrições nos congressospromovidos pelo CBO para seus as-sociados, estabelecimento de parce-rias mais sólidas com as empresas dosegmento para a realização de ativi-dades ligadas ao ensino e ao apri-moramento profissional permanente,remodelação do Departamento Jurí-dico e intensificação das ações decomunicação com os médicos oftal-mologistas de todo o Brasil, entre ou-tras. Ficamos satisfeitos com os re-sultados alcançados até o momento etoda nossa ação vai ser para que atendência se mantenha e o númerode associados ao CBO cresça sempre,cada vez mais”, afirmou o presidenteda entidade, Hamilton Moreira.

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Congresso de Belo Horizonte

Acessibilidade aos associados Administração eletrônica do CBOMais dinamismo com vídeo-conferências Mais tecnologia com equipamentos de última geração Mais facilidades de navegação com o novo siteMais segurança com cobrança e pagamento eletrônicos Mais assessoria para você com o setor jurídico

Brasília mais próximaParceria com o Ministério da SaúdeAcompanhamento dos Projetos de Lei, em relação à Oftalmologia

Nova organização, maior agilidadeMelhor acessibilidade às reuniões científicasEspaço CBO- o seu espaço dentro do congresso

O ano novo nem começoue a gente já está organizando.

Secretaria Geral do CBO.Um novo ano ao alcance do associado.

NILO HOLZCHUHSecretário geral

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César Augusto Mesquita JuaçabaCleusa Coral-GhanemCristina Maria Bittencourt GarridoEduardo AndreghettiElcio Hideo SatoEmir Amin GhanemEpaminondas Castelo Branco NetoFernando Fonseca BotelhoFlávio Rezende DiasHermelino Lopes de Oliveira NetoHumberto Lubisco FilhoÍtalo Mundialino MarconJacó LavinskyJoão Eugênio Gonçalves de MedeirosJoel Edmur BoteonJosé Maurício Cabral MattosJuan Carlos Sanchéz CaballeroLígia Beatriz BonottoLília Ruth Picanço MuralhaMárcia Keiko Uyeno TabuseMarco Antônio Rey de FariaMarcos Pereira de ÁvilaMarcus Vinícius Abbud SafadyMaria Emília Xavier dos Santos AraújoMarineuza Rocha MemóriaMário José CarvalhoMário Junqueira NóbregaMarivaldo Castro de OliveiraMilton Ruiz AlvesNúbia Cristina de Freitas MaiaPatrícia Maria Fernandes MarbackPaulo César Silva FontesPaulo PeretRicardo Augusto Paletta GuedesRosângela Aparecida SimoceliRubens Camargo SiqueiraRuy Novais CunhaSandra Maria Mansur BotelhoSérgio KwitkoSilvana Artioli SchelliniSuel AbujamraTomás Fernando Scalamandré MendonçaVeralúcia Rosa Ferreira OliveiraWagner Duarte Batista

Valorizar o ensino, meta prioritária do CBO

A meta prioritária de valorizar o en-sino e prestigiar aqueles que o pro-movem levou a diretoria do CBO a ins-tituir, no XVIII Congresso Brasileiro dePrevenção da Cegueira e ReabilitaçãoVisual a devolução dos valores pagosna inscrição do evento àqueles queministraram aulas e palestras e com-partilharam seu conhecimento nas a-tividades da programação oficial docongresso. Foi uma experiência positi-va e representou o reconhecimentopor todos aqueles que contribuirampara o sucesso do evento.Na comunicação sobre a devoluçãodos valores pagos, a diretoria do CBOinformou sobre a possibilidade do co-lega realizar mais um gesto meritórioe abrir mão da devolução em bene-fício dos programas de ensino da es-pecialidade mantidos pelo CBO. No mês de novembro, recebemos aconfirmação que 58 colegas realiza-ram este gesto de desprendimento, oque representou a doação de R$12.200,00 para os programas educa-cionais da entidade. A eles, a Direto-ria do CBO agradece de forma especial:

Acácio Muralha NetoAdemar ValsechiAlmir Ghiaroni de Albuquerque e SilvaAna Estela Betesti Pires Ponce Sant’AnnaAndré Luís Freire PortesAndré Marcelo Vieira GomesAndréa Araújo ZinArmando Stefáno CremaArnaldo Pacheco CialdiniBruno Machado FontesCanrobert OliveiraCarlos Akira OmiCarlos Alexandre de Amorim GarciaCarlos Eduardo Leite Arieta

!Seguro contra roubos e furtos

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia conseguiu para seu associado um importante instrumento deprevenção a roubos de consultórios oftalmológicos. Em breve estará a disposição, no site do CBO, um linkcom informações sobre uma apólice de seguro contra roubos e furtos, a ser efetivado por intermédio doDepartamento Jurídico da entidade, em condições especiais para os filiados do Conselho.Para mais informações, consulte o site www.cbo.com.br

Em janeiro será distribuído aos as-sociados do Conselho Brasileiro deOftalmologia o Guia Interativo dosOftalmologistas Brasileiros, uma primo-rosa publicação que o CBO edita a cadadois anos que contém agenda, calendá-rios, diretorias do CBO, lista dos cursoscredenciados pelo CBO, Sociedades fi-liadas, agenda permanente, bulário demedicamentos oftálmicos, relação deassociados (por nome, sobrenome e ci-dade), índice telefônico, espaço paraanotações. A agenda de mesa é acom-panhada por um CD com todos os dadosexistentes na publicação e mais os re-gulamento para envio de artigos na re-vista Arquivos Brasileiros de Oftalmolo-gia, Programa de Educação Continuada,orientações para a requisição do con-vênio CBO/Banco do Brasil, Legislaçõese Decretos importantes para a Oftalmo-logia, Código de Ética Médica, Clas-sificação Brasileira Hierarquizada deProcedimentos Médicos (AMB/CFM),CID-10, Projeto Olhar Brasil, Política Na-cional de Atenção em Oftalmologia, Ori-entações Jurídicas, e Orientações da AN-VISA sobre montagem de consultórios.

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Prova Nacional de Oftalmologia

A Prova Nacional de Oftalmologia de2009 será prestada por 485 can-didatos e terá início em 15 de janeiro,com a realização da Prova Teórica I eda Prova Teórico-Prática. No dia se-guinte, será realizada a Prova TeóricaII e os que obtiveram rendimento com-patível se submeterão à Prova Práticaem abril.Da mesma forma que nos anos an-teriores, a Prova Nacional de Oftal-mologia mobiliza o trabalho de cen-tenas de pessoas para a sua rea-lização. As questões que a integrarãoestão sendo elaboradas há meses poruma equipe de profissionais especial-mente contratados para tal fim e re-visadas por professores da especia-lidade de todo o País. Simultanea-mente, as providências para a apli-cação das provas nas duas cidades(São Paulo e Brasília) em condições deabsoluta lisura, sob a fiscalização doConselho Brasileiro de Oftalmologia ede sua Comissão de Ensino.“Em linhas gerais, o planejamento daProva Nacional de Oftalmologia de2009 seguiu os mesmos trâmites doque foi realizado no ano anterior. Ti-

“Cesta de Realizações”

A Diretoria do Conselho Brasileiro deOftalmologia está comemorando oprimeiro ano de vigência da parceriaespecial com empresas do segmentooftálmico entregando a seus diretoresuma “cesta de realizações”, onde es-tão incluídos os resultados da parce-ria estabelecida. Graças a negocia-ções empreendidas desde do início dadiretoria 2007/2009 do CBO, as em-presas Alcon Laboratórios do Brasil,Allergan Brasil, Johnson & JohnsonVision Care, Essilor do Brasil e Vista-tek Produtos Ópticos Ltda. adquirirama condição de “Patronos do CBO” em

consequência dos recursos investidosem projetos especiais da entidade,entre os quais se destacam a ediçãoda Série Oftalmologia Brasileira e apossibilidade de sua comercializaçãoa preços especiais, aparimoramentodo site da entidade, lançamento doprojeto E-Learning, aprimoramento daedição dos Arquivos Brasileiros deOftalmologia e do Jornal Oftalmológi-co Jota Zero, o fornecimento de jalecoa alunos do primeiro ano dos cursosde especialização em Oftalmologiacredenciados pelo CBO e vários outrosprogramas que resultaram no aprimo-ramento de vários campos da especia-lidade, principalmente na transmissãodos conhecimentos.De acordo com o presidente do CBO,Hamilton Moreira, a “cesta de pro-jetos realizados” significa a materiali-zação de um novo tipo de parceira en-tre a entidade e empresas e a ma-nifestação do desejo que a mesmacontinue e que seja aprofundada.

vemos o acúmulo de experiência e a-primoramos a elaboração e a apli-cação da Prova, sempre com o pro-pósito de medir da melhor forma pos-sível o conhecimento daqueles quevão cuidar da saúde ocular da popu-lação brasileira”, afirma o coordena-dor da Comissão de Ensino do CBO,Paulo Augusto de Arruda Mello.Em 2009, os candidatos à ProvaNacional de Oftalmologia receberãocomo presente um jaleco médico, como brasão do CBO e as logomarcas dasempresas patronas do Conselho.“É a forma que encontramos paraprestigiar e demonstrar nossa solida-riedade e respeito aos médicos queestão lutando para obter o Título deEspecialista em Oftalmologia e, aomesmo tempo, de apresentar-lhes amais importante entidade represen-tativa da especialidade, o CBO”,declara o presidente da entidade,Hamilton Moreira.

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Provas do InternationalCouncil of Ophthalmology -

2009

30 de dezembro de 2008 é a data limitepara as inscrições para as provas doInternational Council of Ophthalmology(ICO), que serão realizadas simultanea-mente em mais de 50 países, em 02 deabril de 2009. No Brasil, as provas sãoministradas sob a responsabilidade doConselho Brasileiro de Oftalmologia esua edição do próximo ano ocorrerá emSão Paulo. Os certificados de aprovaçãonas provas do ICO são extremamentevalorizados por instituições internacio-nais de ensino e pesquisa e favorecema obtenção de estágios no exterior.Além disso, a aprovação vale pontospara a Prova Nacional de Oftalmologiapara os alunos dos cursos de especia-lização em Oftalmologia credenciadospelo CBO e para os residentes dos ser-viços credenciados pela Comissão Na-cional de Residência Médica (CNRM).As provas do ICO são divididas emquatro modalidades:1) Complete Basic Science + Optics &Refraction: composta de 80 questõessobre Ciências Básicas em Oftalmologiae 20 questões sobre Óptica e Refração,com duração de três horas;2) Basic Science (sem a parte de Opticsand Refraction): composta de 80 ques-tões sobre Ciências Básicas em Oftal-mologia, com duração de duas horas;3) Optics and Refraction: destinada a-penas aos aprovados na modalidadeBasic Science, composta de 20 ques-tões sobre Óptica e Refração, com du-ração de uma hora;4) Clinical Sciences: destinado apenasaos aprovados no Complete BasicScience, composta de 200 questões,com duração de quatro horas.

O candidato pode escolher o idioma emque prestará a prova (francês, inglês,alemão, castelhano, turco ou portu-guês), com exceção da modalidade Cli-nical Sciences, impressa exclusiva-mente em inglês. Os interessados emprestar tais provas devem ser associa-dos do CBO, com a anuidade de 2008quitada. Também devem solicitar o for-mulário de inscrição previamente àComissão de Ensino do CBO pelotelefone (11) 3266-4000 ou através do e-mail [email protected]

Para a efetivação da inscrição são ne-cessários os seguintes documentos:• formulário de inscrição devidamente

preenchido;• duas fotografias 3 x 4;• uma cópia do diploma de médico;• uma cópia da carteira de identidade;• Cheque nominal ao Conselho Brasi-

leiro de Oftalmologia no valor da ta-xa de inscrição da prova escolhida.

Valores das inscrições

Complete Basic Science: R$ 483,00Basic Science (sem Optics andRefraction): R$ 423,00Optics and Refraction: R$ 290,00Clinical Sciences: R$ 578,00

Os preços cobrados para os candidatosbrasileiros são resultado de negocia-ções feitas entre o ICO e a Comissão deEnsino do CBO, para adequá-los à rea-lidade do País e representam, em mé-dia, 30% dos preços cobrados no restodo mundo.

Gostaria de parabenizar o CBO pelo “XVIII Con-gresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual” realizado em Florianópolis,setembro, e agradecer o honroso prêmio que aInstituição, Faculdade de Medicina da FundaçãoABC, recebeu pelo vídeo “Encontro às cegas: umnovo olhar”. Contudo, e não sei por qual motivo,a Instituição, cujo nome saiu impresso oficial-mente, foi outra. Em momento algum, nem naficha de inscrição no referido congresso, nem nainscrição do vídeo, o “Instituto de OftalmologiaTadeu Cvintal” foi mencionado. Reitero, comoem e-mail enviado para a inscrição no Congres-so e nome no crachá, que sou residente, em pe-ríodo integral, da Disciplina de Oftalmologia daFaculdade de Medicina da Fundação ABC(FMABC), chefiada pelo Prof. Dr. José RicardoRehder, e o vídeo realizado (premiado) é ba-seado em 6 anos de trabalho único e exclusivoidealizado pela Disciplina de Oftalmologia daFMABC e realizado pelo Dr. Paulo R. Sampaio,chefe do setor de Visão Sub-normal/FMABC,conforme o próprio filme explicita. Solicito, porgentileza, a correção deste eqüivoco, colocan-do-me a disposição do CBO para ajudá-lo a di-fundir nossa idéia de humanização no aten-dimento da oftalmologia a outras instituições.

Victor Cvinta

Nota sobre a nova coleção de livros do CBOInfelizmente, os autores não receberam ostextos dos capítulos da nova coleção de livrosCBO para revisão. Isso causou a presença demuitos erros. Cito apenas dois, que me parecemmuito importantes e que desejo que todos sai-bam: 1) Eu escrevi toda a parte de Tratamentodo Estrabismo, exceto o das esotropias, escritopelo Dr. Mauro Goldchmit; no livro consta queeu o escrevi. 2) Todos sabem que eu sou exi-gente em matéria do vernáculo. Lutei e conseguique a maioria dos colegas brasileiros não digam(ou escrevam) a palavra mal formada “intraope-ratório”, pois o prefixo “intra” dá idéia de es-paço, não de tempo. O termo correto para in-dicar o intervalo de tempo que decorre entre oinício e o fim da operação é “per-operatório” (osufixo “per” indica tempo, como perene, per-manente, permanecer etc, embora às vezestambém indique espaço, como perfurar e per-correr). Assim escrevi inúmeras vezes nos meuscapítulos. Todos foram substituídos por “peri-operatório”, um grave erro, pois o prefixo “peri”significa “ao redor de”, (espaço) , erro cometidopelos obstetras (perinatal). Desejo esclareceresse fato, para que os colegas não pensem queeu ajo como “faça o que eu digo, não o que eufaço).

Prof. Dr. Carlos Souza-Dias

ErrataNa edição 121 do Jornal Oftalmológico Jota Ze-ro houve um erro na elaboração da legenda deuma foto publicada na página 27, na qual onome do oftalmologista Sérgio Kandelman foiinadvertidamente trocado.

Cartas�

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Com a chegada do fim doano, é possível fazer umbalanço positivo dasatividades do DepartamentoJurídico do ConselhoBrasileiro de Oftalmologia.Este setor foi inteiramenteremodelado para tornar-seum órgão prestador deserviços aos seus associadose auxiliá-los nas maisdiversas consultas. Desdesua reformulação, a procurapor esse setor através deligações telefônicas e e-mails praticamente dobrou,mas o CBO pretende ampliarainda mais sua área deatuação.

Contando com a colaboração de trêsadvogados, cabe ao departamento ju-rídico elucidar assuntos burocráticosvividos por seus associados no dia-a-dia. Além dos problemas cotidianos, oenfrentamento de questões como asatuações ilegais dos optometristas ede roubo dos consultórios oftalmoló-gicos tornaram-se um problema ins-titucional da classe oftalmológica e,portanto, incorporadas aos trabalhosdo departamento jurídico.É preciso que o associado se dê contada importância do serviço que tem asua disposição, pois a atuação do CBOcomo instituição depende dessa cons-cientização para que o médico oftal-mologista se torne um cidadão poli-ticamente ativo. Por isso, o depar-tamento jurídico foi repensado nessesmoldes: ser o instrumento de seu as-sociado a fim de viabilizar a resoluçãode seus problemas.

ADPF

Para ilustrar esse primeiro ano de tra-balho, é preciso mencionar a árdualuta travada contra a optometria. Emfevereiro deste ano o autodenomi-nado conselho brasileiro de óptica eoptometria ingressou com uma Açãode descumprimento de Preceito Fun-damental (ADPF) no Supremo TribunalFederal para questionar constitucio-nalmente os decretos 20.931/32 e24.492/34. Esses decretos asseguramaos médicos as prerrogativas de dia-gnosticar alterações visuais e pres-crever lentes de grau além de vedaraos optometristas a instalação deconsultórios para atender clientes. Mesmo não sendo parte na relaçãoprocessual, o Conselho Brasileiro de

Oftalmologia encarou o dever ins-titucional e ingressou na ação pres-tando todas as informações às au-toridades julgadoras. Através de seuDepartamento Jurídico, o CBO formu-lou uma petição em defesa da saúdeocular para assegurar o direito da po-pulação a um atendimento preciso ede qualidade. Embora a ação aindanão tenha sido julgada, todos os pare-ceres concedidos até o momento fo-ram favoráveis. A luta apenas come-çou, e é fundamental a participaçãode cada oftalmologista. A vigília é ne-cessária, pois somente a união daclasse médica poderá fortalecer a as-sociação.

Suspensão de Alvarás em Minas

Outra vitória a ser comemorada é o O-fício expedido pela Secretaria da Vigi-lância Sanitária do Estado de MinasGerais suspendendo a concessão dealvarás sanitários aos optometristas apartir de março de 2008, além de a-nular todos os emitidos até aquela da-ta. O CBO, através de seu coordenadorjurídico Maurício Rhein Félix e do ex-presidente e integrante do Conselhode Diretrizes e gestão da entidade,Elisabeto Ribeiro Gonçalves, mantevecontato com a secretaria e pode sub-sidiar a decisão daquele órgão. Oconteúdo do Ofício evidencia a impor-tância de se prestar a informação eesclarecer os malefícios dos serviçosprestados por optometristas, pois “o

DEPARTAMENTO JURÍDICO DO CBO

(*) Laura Nunes

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motivo que gerou a medida objetodeste foi a escassez de esclareci-mentos técnicos e legais sobre ocampo de atuação dos optometristasque no exercício da atividade estãoinvadindo a competência dos oftalmo-logistas gerando agravos à saúde dapopulação”, menciona o texto do do-cumento.

Roubo de consultórios

Mesmo não sendo atribuição do CBOcombater os crimes de roubos e furtosa consultórios oftalmológicos, o de-partamento jurídico se colocou a dis-posição dos associados para o auxíliojurídico na condução dos processosalém de acompanhar as vítimas no re-conhecimento dos equipamentos apre-endidos pela polícia.No mês de julho, uma quadrilha espe-cializada em roubo a clínicas oftalmo-lógicas foi presa pela polícia, junta-mente com alguns receptadores. O

CBO esteve diretamente em contatocom as autoridades responsáveis pe-las prisões e passou a organizar, entreos médicos roubados, o reconheci-mento e a recuperação dos aparelhosapreendidos.Além disso, o Departamento Jurídicovem promovendo esclarecimentos pa-ra prevenir roubos e está trabalhandona elaboração de convênio com em-presa de seguros para oferecer con-dições especiais para os associadosdo CBO.

(*) Laura Nunes é advogada do DepartamentoJurídico do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

O coordenador do DepartamentoJurídico do CBO, Maurício Rhein Félix

Juliana Keiko Zukeran, também advogada do Departamento

Jurídico do CBO

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D E P A R T A M E N T O

J U R Í D I C O D O C B O

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IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO ÓPTICA NOS ESCOLARES

comparecimednto da criança, masmesmo marcando uma segunda datapara exame, apenas 10% dos ini-cialmente faltosos comparecem.Este aspecto da cultura dos pais deestudantes de escolas públicas do Es-tado de São Paulo, repetiu-se em todoo Brasil nos Projetos Olho no Olho, oque evidencia a existência de con-dutra generalizada.Vários aspectos poderiam ser levan-tados para explicar essa conduta in-compreensível para o oftalmologista.Fica, porém, mais uma vez demons-trado que qualquer projeto de saúdepública necessita, entre outras coisas,ser culturalmente aceitável. Os paisbrasileiros, pelo menos os das classeseconomicamente menos favorecidas,não entendem na sua maioria, que afalta de correção óptica quando ne-cessária pode se constituir em obs-táculo intransponível para a continui-dade do estudo da criança. A conduta da população só se co-nhece estudando esta mesma popula-ção e as hipóteses devem ser refe-rendadas em cada comunidade.

Assim, projetos comunitários em sa-úde devem obdecer a algumas con-cepções básicas, para alcançar os ob-jetivos desejados e ter maior chancede continuidade: devem objetivar pro-blemas de saúde que possam ser re-solvidos com apenas uma interven-ção, serem executados com financia-mento disponível, ter real importânciasocial e serem culturalmente aceitos.Os projetos de correção óptica em a-lunos de escolas publicas devem serprecedidos por orientação e convenci-mento dos professores e dos pais, sobpena de terem seus resultados finaismuito aquém do planejado, do neces-sário e do possível.Esses projetos devem ser demons-trativos, evidenciando o problema e apossilidade de solução, visando setornar permanente e aumentar suaabrangência para cobrir todo o País.Os projetos de correção óptica dosescolares e de cirurgia de catarata seenquandram dentro dos que cumpremesses requisitos, pois são comprova-damente exeqüíveis e necessários. Aprogramação deve prever a parte edu-cativa e a divulgação dos resultadosobtidos para serem realmente úteis eterem a devida continuidade.

(*) Newton Kara José, ex-presidente do CBO,integrante do Conselho de Diretrizes eGestão (CDG) da entidade e Professor Titulardo Departamento de Oftlamologia daFaculdade de Medicina da USP

Calcula-se que cerca de 7% dos es-colares necessitem de correção de ví-cios de refração aos 7 anos de idade e18% aos 14 anos de idade para se de-senvolverem cognitivamente.As barreiras para a correção ópticasão inúmeras e mundialmente conhe-cidas: descoberta do problema, saberque o mesmo tem correção, acesso alocal para atendimento, condições dedeslocamento até este local, ser a-tendido e obter os óculos quando ne-cessários.O que até há pouco não se con-siderava era a pouca importância ouaté mesmo a resistência e recusa dospais em terem seus filhos exami-nados. Mesmo em projetos em que ascrianças com problemas visuais sãodetectadas pelas professoras e exis-tem condições de transporte até o lo-cal do exame oftalmológico, com apossibilidade de obtenção de óculosgratuitos, mais da metade dos paisnão se dispõem a deixar seus filhosserem examinados. Poder-se-ia pen-sar que, na data marcada, várias in-tercorrências pudessem impedir o

(*) Newton Kara-José

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Os perigos, que são oriundos da na-tureza, estão sendo substituídos pelosriscos criados pelo homem.Na teoria do risco global, até a con-tratação de seguro é preconizada co-mo forma de proteção contra riscos in-certos. A Medicina é uma atividade deriscos. No entanto, tal medida encon-tra profunda resistência no seio dasentidades médicas pelas conseqüên-cias que poderão ser mais negativasdo que positivas para os médicos. Asua adoção, que muitos advogadosapóiam, tanto obrigaria aos médicosdespender um bom dinheiro extra emcontratação de seguro como estimula-ria o aumento das demandas contraos mesmos. Neste novo mundo de ris-cos ninguém tem o privilégio de serdono da verdade e esta é uma de suascaracterísticas. A incerteza de comoprecaver-se predominará neste futuropróximo. No entanto, deve ser considerado quealgumas complicações em Oftalmolo-gia são muito bem conhecidas e,neste caso, precisam ser prevenidasna sua forma convencional. Comoabordamos na edição anterior, a boainformação é o primeiro passo. Damesma forma citamos a cirurgia decatarata como principal exemplo porser de realização freqüente, ter um rolde complicações amplo e constituir-seem uma fonte importante de denúnciajunto aos CRMs. A realização destacirurgia exige, além de informaçãosuficiente, a existência de um planode tratamento das eventuais compli-cações.Há alguns outros procedimentos queconstituem motivos de queixas de pa-

cientes. Pelas suas importâncias va-mos citar alguns para complementarparcialmente as informações já pres-tadas. O descolamento de retina éoutro deles. Se o LASER não funcio-nou, um plano B precisa ser posto emação para que o lapso de tempo entreeste e a realização da cirurgia ultra-passe o preconizado pela literatura.As principais complicações devem serpreviamente informadas. Se existemproblemas estruturais, como falta deserviço pelo SUS, estes também de-vem ser informados ao paciente. Se acirurgia for necessária, não deixar deinformar complicações graves como oPVR, que é outra causa freqüente dedemandas por parte dos pacientes.Convém informar previamente aquiloque pode ser feito se a complicaçãode fato ocorrer para amenizar o im-pacto psicológico da má notícia e fa-vorecer a aceitação de novo trata-mento no tempo oportuno.Há assuntos cujos enfoques parecemestar mudando positivamente como éo caso da medicina itinerante. Aoftalmologia itinerante não está proi-bida, sendo até mesmo bastante ne-cessária para levar a assistência of-talmológica às populações de cidadesmenores. Tanto está sendo valorizadaque praticamente desapareceu daestatística como motivo de denúncia.Como exemplo desta afirmação, noCRM-SC a última de todas as de-núncias ocorreu ainda em 2007 e foi aúnica do ano. No entanto, trabalhar subordinado aestabelecimentos de ótica ou recebercomissões dos mesmos caracterizadependência, sendo um indício de in-

A precaução difere sensivelmente deprevenção. Enquanto esta visa preve-nir um dano conhecido, aquela tentaevitar um efeito ainda desconhecido,mas evidente. A vacina contra a po-liomielite, por exemplo, visa prevenirseqüelas que já são amplamente co-nhecidas pela Medicina. É a preven-ção. No entanto, até hoje nenhum e-studo conseguiu comprovar que algumtelefone celular tenha derrubado al-gum avião, mas terá má sorte aqueleque resolver telefonar do interior daaeronave que está pronta para partir.Isto é medida de precaução.O mundo antigo somente temia osperigos oriundos da natureza. Agorapode ser dito sem exagero que atétreme ante alguns perigosíssimos ris-cos criados pelo próprio homem. Emmeio a este novo mundo do riscoglobal, assim denominado por UlrichBeck, estão mergulhados os médicose a Medicina. De um lado, os riscos desua profissão cresceram e tornaram-se imprevisíveis. De outro lado, osmeios de prova tanto se aperfei-çoaram que permitem comprovar da-nos que antes o túmulo escondia. Neste novo equacionamento não épossível evitar-se com certeza todosos danos podendo, no máximo, ado-tarem-se algumas boas medidas deprecaução. A Medicina tanto evoluiu,mas não consegue prevenir todos osriscos possíveis oriundos de suas pró-prias descobertas. Assim ocorre comos novos medicamentos que aindanão foram suficientemente estudadose com eventuais mudanças genéticasproduzidas pelo homem cujos efeitossão desconhecidos em longo prazo.

(*) Elcio Luiz Bonamigo

DA PRECAUÇÃO EM OFTALMOLOGIA À REFORMA DO CÓDIGO

DE ÉTICA MÉDICA

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tigo 16 do Decreto nº. 24.492/1934,cujo objetivo principal é proibir tal de-pendência, corrobora perfeitamentecom esta interpretação. Se o artigo 98 precisa de supressão,entende-se que o artigo 99 precisa demudança e acréscimo. Ao mesmotempo em que o Código de Ética Mé-

dica proíbe radicalmente o comércioem Medicina através do artigo 9º dosseus Princípios Fundamentais, o 99utiliza o termo “comercialização” re-ferindo-se ao ato médico de admi-nistração, adaptação ou implante demedicamentos, órteses ou prótesesna prática médica. Diz o artigo que évedado ao médico: “Exercer simulta-neamente a Medicina e a Farmácia,bem como obter vantagem pela co-mercialização de medicamentos, ór-teses ou próteses, cuja compra decor-ra da influência direta em virtude dasua atividade profissional”. Há, por-tanto uma nítida inadequaçãoterminológica. Os termos “obter van-tagem pela comercialização de me-dicamentos, órteses ou próteses” de-vem ser mudados por darem a en-tender que, mesmo sem obtenção devantagem, tratar-se-ia de comercia-lização. E não se trata. Desta forma,seria muito mais claro e elegante e-liminar o termo “comercialização”,utilizando a seguinte redação notrecho correspondente à vedação:“obter vantagem pela administraçãode medicamentos, adaptação de órte-

ses ou implante de próteses”. No entanto, neste mesmo artigo 99,há também uma ausência intriganteque faz com que oftalmologistas éti-cos possam ser postos em dúvida. Épreciso tornar claro nesta legislação aexistência de distintos custos dos pro-dutos através da inclusão de um pa-rágrafo que diga: “Parágrafo único -Não constitui obtenção de vantagema cobrança dos custos diretos e in-diretos da administração de medica-mentos, adaptação de órteses ou im-plantes de próteses utilizadas no atomédico”. Desta forma, ficaria claroque tal cobrança é ética e não poderáser equivocadamente enquadrada emcomercialização. A redação atual per-mite interpretação distinta, principal-mente por não se referir aos cada vezmais significativos custos indiretos.Esta discussão de aspectos e pontosde vista relativos ao Código de ÉticaMédica visa tão somente instigar aapresentação de propostas na tenta-tiva de aperfeiçoar detalhes da nossalegislação ética em assuntos oftalmo-lógicos. Embora já estejamos na un-décima hora e alguns minutos, aindase faz possível a reflexão sobre os ar-tigos 98 e 99 do Código de ÉticaMédica e, se for o caso, apresentaçãode propostas de modificação junto aosite do CFM (www.portalmedico.org.br),até 31/12/2008, se este for o enten-dimento. A preocupação com estesdetalhes, que agora parecem tãoinsignificantes, pode ser bastanteoportuna no sentido de precaver-secontra o risco de futuras interpreta-ções desfavoráveis. “Não se pode mudar tudo aquilo quese enfrenta, mas nada pode ser mu-dado sem que seja enfrentado” (F. Roosevelt).

(*) Elcio Luiz BonamigoIntegrante da Comissão de Ética do CBO e Conselheiro Suplente do Conselho Federal de Medicina por Santa Catarina

fração ética e legal. Este é um as-sunto que não se encontra tão bemresolvido quanto o anterior, pois asdenúncias aos CRMs continuam sen-do apresentadas, embora em menorintensidade. A recente conscientiza-ção da categoria oftalmológica pareceter colaborado positivamente para adiminuição desta modalidade ilícitade interação. O relacionamento com óticas pode serperfeitamente ético, além de ser cadavez mais necessário pelo recente a-vanço tecnológico havido. A prescri-ção de óculos envolve muitos perso-nagens: médico, paciente e ótico. Háproblemas de insucessos de adapta-ção oriundos de todos os lados. Nin-guém vai acertar sempre, mas é o mé-dico quem, na vastidão das causaspossíveis, tem mais condições de des-cobrir aquilo que está desencadeandoa falta de adaptação. Para resolvercomplicações faz-se muito importanteuma boa interação (no sentido posi-tivo) entre o médico e a ótica em be-nefício do paciente. Neste aspecto, chama atenção a re-dação do artigo 98 do Código de ÉticaMédica que veda a “interação” domédico com ótica, como se estapalavra possuísse sempre uma cono-tação negativa. Muitas vezes é destainteração entre profissionais que seráalcançado o sucesso da prescriçãomédica e o benefício a ser propor-cionado ao paciente. Portanto, de umlado a manutenção da palavra “in-teração” nada acrescenta ao sentidodo artigo, pois logo a seguir vem “de-pendência” que é suficiente para si-gnificar o aspecto negativo a ser com-batido. De outro lado, a sua perma-nência pode até mesmo atrapalhar ainterpretação (permitiria o que pode-ríamos chamar de interpretação “fal-so positiva”, ou seja, vendo-se indíciode infração onde não existe). Assimsendo, o termo “interação”, deveriaser sumariamente eliminado do ar-tigo, conservando-se somente “de-pendência” para caracterizar a máprática a ser vedada. A leitura do ar-

...O relacionamentocom óticas pode serperfeitamente ético,além de ser cada vezmais necessário pelo

recente avançotecnológico havido.

A prescrição de óculosenvolve muitos

personagens: médico,paciente e ótico...

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O livro Oftalmolgeriatria, lançado pelaEditora Roca Ltda., parte do princípioque o aumento da expectativa de vidada população e do número de idosos éum fenômeno global, que trouxe no-vas necessidades e perspectivas paraa área da saúde, pois além de vivermais, as pessoas necessitam enve-lhecer com qualidade de vida. Essefenômeno está diretamente ligado aoaumento de doenças da visão, como acatarata, o glaucoma, a degeneraçãomacular relacionada à idade (DMRI) ea retinopatia diabética.A obra é destinada ao oftalmologista,clínico geral, geriatra e gerontólogo.Traz o olhar específico da Oftalmolo-gia e de suas subespecialidades sobreo processo do envelhecimento ocular,

suas conseqüências e possíveis inter-venções com objetivo de proporcionaro envelhecimento com qualidade devisão. São 27 capítulos, 546 páginas emais de 500 fotos e ilustrações, con-tendo informações básicas, que se a-profundam no decorrer de cada capí-tulo. Cada exemplar é acompanhadode um DVD com vídeos cirúrgicos ex-plicativos.

Mais informações sobre o livroOftalmogeriatria podem serobtidas junto à Editora Roca Ltda.,pelo telefone (11) 3331-4478, ou através da home pagewww.editoraroca.com.br ou do [email protected]

Especial

Rubens Belfort Junio

Rubens BeRubens Belfort Junior

O professor Rubens BelfortJunior recebeu, em 16 deoutubro, a Medalha Anchietae o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo,homenagens outorgadas pela Câmara Municipal deSão Paulo propostas pelovereador Mário Dias (DEM).

Durante a solenidade, as atividades ea importância do homenageado para aciência e prática oftalmológicas, bemcomo suas atividades em benefício dasaúde ocular da população foram res-saltadas por vários oradores. Ao agra-decer a homenagem, Rubens BelfortJunior compartilhou seu sucesso comtodos os integrantes do Departamen-to de Oftalmologia da UNIFESP e doInstituto da Visão, ao mesmo tempoem que ressaltou a importância de secriar mecanismos que possibilitem le-var a medicina de qualidade para todaa população.Durante a solenidade, também houveo lançamento do livro Oftalmogeria-tria, de autoria de Rubens Belfort Ju-nior e Marcela Cypel. A obra reúne aexperiência de importantes profissio-nais em suas áreas específicas dentroda especialidade (glaucomas, catara-ta, uveíte, degeneração macular, reti-nopatia diabética, entre outras), comenfoque em pacientes acima de 60anos.A homenagem contou com a parti-cipação dos integrantes do Institutoda Visão e do Departamento de Oftal-mologia da UNIFESP, familiares e ami-gos.

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recebe Medalha Ancheita

Em 27 de setembro, Rubens Belfort Júnior recebeu, em Sessão Solene de La Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima – Peru, o título de

Doutor Honoris Causa por méritos acadêmicos e reconhecida produção científica e especializada na Oftalmologia. A Universidad de San Marcos é a Universidade

mais antiga de todas as Américas, fundada em 1536.“ ”

Além do homenageado e do vereadorMário Dias, fizeram parte da mesadiretora da solenidade o secretárioMunicipal de Saúde de São Paulo, Ja-nuário Montoni; a chefe do Depar-tamento de Oftalmologia da UNIFESP,Denise de Freitas; o professor titulardo Departamento de Ortopedia e Trau-matologia e presidente da SociedadePaulista para o Desenvolvimento daMedicina, Flávio Faloppa; a diretorada Associação Pan-Americana deOftalmologia, Ana Luísa Höfling deLima; o presidente da AcademiaNacional de Medicina, Marcos Fer-nando de O. Moraes; o presidente doConselho Brasileiro de Oftalmologia,Hamilton Moreira; o presidente doHospital Israelita Albert Einstein,Cláudio Lottenberg e o presidenteemérito da Câmara Municipal de SãoPaulo, Brasil Vita.

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em notícias

OftalmologiOftalmologia60

O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul,Marco Antônio Becker, foi morto em Porto Alegrena noite de 04 de dezembro por doisdesconhecidos que o abordaram numa moto.Becker, expressiva liderança médica, nasceu emNovo Hamburgo em 5 de abril de 1948 e formou-se em Medicina pela UFRGS em 1973. Foi presidente-fundador da Sociedade deOftalmologia do Rio Grande do Sul, presidente daAssociação Médica do Rio Grande do Sul de 1991a 1993, vice-presidente do Conselho Federal deMedicina, presidente do Cremers entre 1993 e2005 e vice-presidente da atual gestão. Foi o primeiro brasileiro a ocupar o cargo depresidente da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe. Na vida política, foivereador pela cidade de Novo Hamburgo, onderesidia, entre 2001 e 2004.Como médico oftalmologista, manteve grandeatividade em defesa da saúde ocular dapopulação. Como liderança médica, reivindicou o aprimoramento da saúde pública no Brasil.

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De 20 a 24 de outubro foi realizado emSão Paulo o Curso de Saúde Comuni-tária para Programas de Residência eCursos de Especialização em Oftalmo-logia. O evento foi promovido pela Co-missão 2020 do Conselho Brasileirode Oftalmologia, coordenada por An-dréa Araujo Zin, e teve a coordenaçãolocal de Célia Regina Nakanami.O curso contou com a participação deaproximadamente cem representan-tes de cursos de especialização e re-sidências de oftalmologia de todo oPaís e teve como expositores MiriamCano (Assunção, Paraguai), MarinhoScarpi (UNIFESP), Paulo HenriqueMorales (UNIFESP), Andréa Zin (CBO eFIOCRUZ), Norma Medina (Secretaria

Em 29 de novembro de 2008, oHospital Estadual de Ribeirão Pre-to abriu as portas para o seu pri-meiro mutirão de prevenção da ce-gueira do idoso. O trabalho orga-nizado pelo oftalmologista JayterSilva de Paula e pelo diretor clínicodo Hospital Estadual, José CarlosPintyá, contou com a participaçãode alunos, residentes e profes-sores da Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto e enfermeiras,servidores e médicos do HE. Nessedia, 722 pacientes de Ribeirão Pre-to e várias cidades da região formaatendidos, e os casos que preci-saram foram encaminhados paracirurgia, exames e outros trata-mentos de maior complexidade.

Mutirão de prevençãoda cegueira do idoso

em Ribeirão Preto

de Saúde do Estado de São Paulo),João Marcelo Furtado (USP-RibeirãoPreto), Silvia Kitadai (UNISA), PedroCarricondo (USP), Denise Fornazari(UNICAMP), Keila Míriam Monteirode Carvalho (UNICAMP), Arnaud Ara-ujo Filho (UNIFESP) e Rosa Graziano(USP).O evento teve como objetivos fornecerinformações sobre o programa Visão2020, debater e planejar ações comu-nitárias de saúde ocular, desenvolverestratégias para a elaboração do pro-jeto e fornecer conhecimentos bási-cos de administração e monitorizaçãode programas.Os debates tiveram como temas cen-trais a epidemiologia básica e esta-

tística, metodologia de pesquisa, le-vantamento de doenças na comunida-de, dos recursos disponíveis e das es-tratégias para controle de doenças(catarata, erros refrativos, glaucoma,retinopatia diabética, cegueira infan-til, tracoma e Baixa Visão), liderança egerenciamento de projetos e o plane-jamento de programs ligados ao Visão2020.

Durante o Congresso da Associação Paranaense de Oftal-mologia, realizado em junho, o CBO promoveu encontro sobrea defesa da saúde ocular da população. Na ocasião, o pontoque gerou maiores polêmicas foi a lei que havia sido aprovadarecentemente no Estado do Rio Grande do Sul relacionadacom adaptação de lentes de contato. No encontro, ficou claroque a legislação brasileira relacionada com a defesa da saúdeocular é adequada e que não há qualquer necessidade denovos projetos de lei neste sentido. O presidente do CBO,Hamilton Moreira, defendeu também a maior integração entreos oftalmologistas e os integrantes das assembléias esta-duais para evitar que o problema do Rio Grande do Sul se re-petisse e para que a legislação existente fosse cumprida.Como consequência deste encontro, representantes do CBO,da Associação Paranaense de Oftalmologia (APO) e da So-ciedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refra-tometria (SOBLEC) mantiveram audiência com o presidente daAssembléia Legislativa do Estado do Paraná, deputado Nel-son Justus (DEM), que comprometeu-se a realizar gestõesjunto a Secretaria Estadual da Saúde para que medidas se-melhantes à tomadas pela secretaria da Saúde do Estado deMinas Gerais também fossem adotadas no Paraná.

Presidente da AssembleiaParanaense pede que cumpra a lei

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Participantes do curso

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Congresso do C. E. O.Cyro de Rezende

Em 30 de outubro e 01 de novembro,ocorreu o 44º Congresso de Oftalmo-logia da USP Ribeirão, que contoucom a participação de mais de 400oftalmologistas com debates sobretodas as áreas da especialidade, queteve como tema central a terapêuticaem Retina e Vítreo. Paralelamente foram realizados o 2ºCongresso de Auxiliares de Oftalmo-logia e o 1º Fórum Allergan de Resi-dência em Oftalmologia, que possibi-litou a trocas de conhecimentos e ex-periências entre os participantes des-ses grupos específicos. O Congresso premiou os autores dosmelhores temas livres apresentados:Flávio Koji Narazaki, Roberto de Ma-ttos Coelho e menção honrosa paraFelipe Eing. Durante o evento, foi realizada a ses-são de autógrafos do novo livro “A Vi-são e seus Probelamas” lançado pelofundador do Departamento de Oftal-mologia da USP Ribeirão preto, AlmiroPinto Azeredo. Ao final dos trabalhos,foi anunciada a eleição da nova dire-toria do C.E.O. Cyro de Rezende, queterá a direção de Rodrigo Jorge eJayter de Paula.

Os professores Harley E. A. Bicas,Erasmo Romão, Maria de LourdesVeronese Rodrigues, Almiro P. Azeredoe Eduardo M. Rocha, no 44º Congressodo CEO “Cyro de Rezende

Batizada de “Abrindo janelas para uma vida inteira”, em 09 de novembrofoi realizada campanha de prevenção à catarata infantil, no Baixo Bebê, noLeblon, Rio de Janeiro (RJ). Uma equipe de oftalmologistas realizou cercade 200 exames, nenhum deles com suspeita da doença. Além dos examesoftalmológicos, também foram promovidas diversas atividades infantis.A iniciativa foi coordenada pelo Instituto Catarata Infantil (ICI) e teve comoprincipais objetivos instruir a população sobre a seriedade da doença queatinge milhares de crianças em todo o País e alertar os pais e autoridadessobre a importância da aplicação do teste do olhinho, também conhecidocomo exame do reflexo vermelho, em crianças de zero a três anos deidade. A ação contou com o apoio do Instituto Brasileiro de Oftalmologia(IBOL), do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira deOftalmologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, bemcomo da Agência Internacional de Prevenção de Cegueira (IAPB) e daChristoffel Blindenmission (CBM).Durante o evento, foram arrecadadas doações suficientes para a reali-zação de cinco cirurgias.O Instituto Catarata Infantil é uma organização sem fins lucrativos quefunciona em parceria com o IBOL, no Rio de Janeiro ,fundado em 2004. Járealizou mais de 88 cirurgias. Mais informações podem ser obtidas nahome page www.institutocatarata.org.br

“Abrindo janelas

para uma vida inteira”

Equipe que realizou os exames

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Em 14 de dezembro de 2008encerram-se as inscriçõespara a segunda edição doPrêmio Allergan Latino-Americano de Oftalmologia.

Os trabalhos devem ter como temas:a) Diagnóstico do Glaucoma; e b) Fa-tores de Risco em Glaucoma. A datalimite para a entrega dos trabalhosconcorrentes é 31 de janeiro de 2009.A Segunda edição do Prêmio AllerganLatino-Americano de Oftalmologiatraz como novidade uma nova comis-são julgadora, formada e compostapor especialistas internacionais. Amudança foi realizada para motivar aparticipação de um dos maiores gru-pos de produção científica da AméricaLatina, justamente os integrantes dacomissão julgadora do 1º Prêmio, em2007. E para avaliar os trabalhos recebidos,através da mesma metodologia uti-lizada no ano anterior, em que a con-tribuição clínica era de 40%, a ori-ginalidade 40% e discussão 20%, oCoordenador da Comissão Julgadorado Prêmio, Paulo Augusto de ArrudaMello, convidou alguns dos melhoresespecialistas do mundo, entre osquais Antonio Martinez, da Espanha,Clive Migdal, da Gra-Bretanha e onorte-americano Theodore Krupin.

Prêmio

Serão escolhidas duas pesquisas esuas respectivas instituições, emcada um dos dois temas propostos,num total de 4 premiações.O autor principal que vencer em 1ºlugar em cada um dos temas receberáum prêmio de US$ 4.000,00 e à suarespectiva instituição será oferecido omesmo valor. Para o 2º lugar de cada um dos temas,tanto o autor principal quanto suainstituição serão premiados com ovalor de US$ 2.000,00. Os dois autores primeiros colocadosde cada tema serão premiados em Ce-rimônia a ser realizada no Congressoda ARVO em 2009 (Fort Lauderdale,EUA). O investigador definido principal decada um dos 4 trabalhos premiadosviajará com todas as despesas pagas,inclusive sua inscrição, pela Allerganpara receber o prêmio em nome dogrupo e da instituição que representa.Para o gerente de Marketing Regionalda América Latina da Allergan, Cleo-mar Aliane, a empresa apresentougrande crescimento no segmento deglaucoma no continente nos últimosanos e o prêmio é uma forma de re-tribuição aos médicos oftalmologistase uma demonstração de que o ob-jetivo maior é prevenir a cegueira pro-vocada pelo glaucoma.

Prêmio Allergan Latino-Americano de Oftalmologia

David da Rocha Lucena é o novo presidente da Sociedade de Oftalmologia do Ceará, eleito em 22 denovembro. A diretoria da entidade para o biênio 2009/10, já empossada, também é composta por JoséHyder Dantas Carneiro (vice-presidente), Leiria de Andrade Neto (secretário geral), Walder Braga Viana

(1º secretário), Marineuza Rocha Memória (2ª secretária), Edmar de Oliveira Guedes Júnior (1º tesoureiro) e César Augusto Mesquita Juaçaba (2º tesoureiro).

“As instituições na América Latinaprecisam de apoio para o desenvol-vimento de novas pesquisas, entãocriamos o Prêmio como uma forma deincentivo ao pesquisador e sua ins-tituição.

No total serão entreguesUS$ 24.000,00 em prêmios,sendo US$ 12.000,00 aospesquisadores premiados em primeiro e segundolugares nas duas categoriase US$ 12.000,00 para as respectivas instituiçõesganhadoras, afirmou.

A Comissão Julgadora do PrêmioAllergan Latino-Americano de Oftal-mologia é coordenada por Paulo Au-gusto de Arruda Mello.

As inscrições devem ser feitaspelo site

www.premioallergan.com

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Formatura em Brasília

Em 26 de novembro, o Serviço deOftalmologia do Hospital de Base doDistrito Federal realizou a solenidadede formatura de alunos do Curso deEspecialização em Oftalmologia, resi-dentes de Oftalmologia e “Fellows”de Retina da turma 2008. A soleni-dade foi promovida pelo Centro de Es-tudos Oftalológicos do Hospital(CEOHBASE), com o apoio da Socie-dade Brasiliense de Oftalmologia(SBrO).Antes da solenidade, o ex-presidentedo CBO e integrante do Conselho deDiretrizes de Gestão (CDG) da en-tidade, Elisabeto Ribeiro Gonçalves,proferiu uma conferência sobre “ACirurgia Vítreo-retiniana: de Gonin eMachemer aos dias atuais.” Outro ex-presidente do CBO e coordenador doCDG, Marcos Ávila, foi o paraninfo daturma e proferiu Aula Magma sobre“Prevenção da Cegueira no Brasil”.

Na ocasião, foi feita uma homenagmao deputado federal Alceni Guerra(DEM/PR).

Em 22 de novembro ladrões entraram em um consultório oftalmológicona cidade de São Gonçalo (RJ) e furtaram um auto-refrator com cera-tômetro SRK-900 (marca Shinnippon), nº de série 67E114; uma lâmpadade fenda YZ5E, Suzhon, nº de série 9600660: um greens SNC, Shinnippone um lensômetro Inami Japan, nº de série 197594. Qualquer informação sobre os aparelhos podem ser transmitidas à 74ªDelegacia de Polícia pelo telefone (21) 3399-5302 ou então através do e-mail [email protected] !

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica desenvolveu,juntamente com a agência SG Propag, desenvolveu umacampanha publicitária sobre a importância do teste do olhinho.A campanha é composta de várias peças tais como out-doors, objetos, taxi-door, adesivopara automóvel, camisas e objetos variados. A agência estáentrando em contato com os meios de comunicação para aveiculação da campanha nos próximos meses.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a tecnologia de Cross-Linkingcorneal para o tratamento de patologias como ceratocone, escarificação corneal edesepitelização corneal, desenvolvida pela Opto Eletrônica. O Cross-Linking corneal é

um procedimento de reforço da córnea, por meio do aumento da quantidade de uniões co-valentes entremoléculas de colágeno. Diminui a elasticidade e aumenta a resistência ao estiramento. Esta tecnologia já ébastante conhecida em outras áreas da medicina, em aplicações tais como próteses valvulares, pele artificial,traumatologia etc. Na Oftalmologia, a técnica possui especificidades, baseando-se no uso de riboflavina eradiação UV. Neste método, a riboflavina é aplicada sobre a córnea desepitelizada, com dupla função:fornecer radicais livres quando estimulada por radiação UV e absorver esta mesma radiação, para que nãoatinja o estroma profundo do endotélio. A aplicação consiste em uma solução de riboflavina-dextrano,aplicada sobre a superfície e estimulada com raios UV fornecidos por equipamento específico, que já está àdisposição dos médicos interessados por meio da Opto Eletrônica. A solução inclui também comando porpedal, para maior comodidade e câmera integrada para visualização da córnea.

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Em 08 de novembro, estudantes e professores do curso demedicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina -Joaçaba (UNOESC), realizaram estudo populacional pararastreamento precoce de retinopatia diabética no município deLuzerna (SC). O projeto foi iniciativa das acadêmicas Bárbara S. Jost e Érica Hilgemberg e contou com a orientação dosprofessores e oftalmologistas Alexandre Ferreira Daniotti, Elcio Luiz Bonamigo e Eduardo Buchele Rodrigues. Toda a população diabética da cidade foi selecionada com o objetivo de caracterizar os tipos e gravidade de retinopatiadiabética, fatores de risco para seu desenvolvimento e suaassociação com hipertensão arterial sistêmica. Inicialmente,agentes comunitários de saúde e médicos selecionaram os 140 pacientes diabéticos, que representam 2,6% da população de 5.400 habitantes do Município.Os pacientes foram previamente visitados pelas estudantes,que realizaram avaliação clínica geral completa assim comoclassificação das complicações como a nefropatia. Além disso,foram submetidos a vários exames laboratoriais, tais comoverificação de glicemia, detecção dos níveis demicroalbuminúria e hemoglobina glicosilada no plasma. Os médicos examinaram a acuidade visual e o fundo de olho de todos os pacientes, buscando detectar o número de portadores de retinopatia diabética. Outras doenças do fundo de olho como retinopatia hipertensiva e glaucomatambém foram diagnosticadas e classificadas. Resultados preliminares da pesquisa indicam que a incidênciade retinopatia diabética é de 36% dos pacientes examinados,enquanto 34% apresentaram retinopatia hipertensiva. Os pacientes com retinopatia diabética foram conduzidos a tratamento.

Cross-Linking corneal

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“A resolução 1.886 do Conselho Fe-deral de Medicina, baseada em re-solução semelhante do Conselho Re-gional de Medicina do Estado do Riode Janeiro, vem acabar com uma dis-torção grave que existia na relaçãoentre consultórios, clínicas e hospitaise os planos de saúde, alguns dos quaisinsistiam em classificar cirurgias oftal-mológicas como “procedimentos am-bulatoriais”, baseando-se nesta falsaclassificação para realizar o pagamen-to dos honorários. Com a resolução daentidade reguladora da Medicina noBrasil, a situação ficou esclarecida.”Esta é a avaliação de Nelson Louzada,coordenador da Comissão de Hono-rários Oftalmológicos do ConselhoBrasileiro de Oftalmologia (CBO), daSociedade Brasileira de Oftalmologia(SBO) e diretor financeiro da Fede-ração das Cooperativas Estaduais de

Serviços Administrativos emOftalmologia (FeCOOESO)sobre a Resolução 1.886/08, aprovada pelo Conse-lho Federal de Medicina(CFM), em 13 de novembroe publicada no Diário Ofi-cial da União em 21 de

novembro e que dispõe sobre as“Normas Mínimas para o Funcio-namento de consultórios médicos edos complexos cirúrgicos para pro-cedimentos com internação de cur-ta permanência”. Tal Resolução estabelece que “todoCentro Cirúrgico deve possuir umasala de recuperação pós-anesté-

sica, com qualidade de leitos, instru-mental, equipamentos e material deacordo com o número de salas e com-plexidade dos procedimentos nelerealizados, em cumprimento ao dis-posto na Portaria nº 1.884/94, do Mi-nistério da Saúde”.Também estabelece normas mínimaspara o funcionamento de consultóriosmédicos e dos complexos cirúrgicospara procedimentos com internaçãode curta permanência, definindo ascirurgias com internação de curta per-manência como “todos os procedi-mentos clínico-cirúrgicos (com exce-ção daqueles que acompanham ospartos) que, pelo seu porte dispensamo pernoite do paciente. Eventualmen-te o pernoite do paciente poderá o-correr, sendo que o tempo de perma-nência do paciente no estabeleci-mento não deverá ser superior a 24horas.”O mesmo documento legal define asanestesias para cirurgias com in-ternação de curta permanência: “sãotodos os procedimentos anestésicosque permitem pronta ou rápida recu-peração do paciente, sem neces-sidade de pernoite, exceto em casos

eventuais. Os tipos de anestesia quepermitem rápida recuperação do pa-ciente são: anestesia loco-regional,com ou sem sedação, e anestesia ge-ral com drogas anestésicas de eli-minação rápida.”A resolução classifica os estabele-cimentos de saúde aptos a realizaremtais procedimentos e sob que con-dições, os critérios para seleção dospacientes, as responsabilidades médi-cas, os materiais, instalações e recur-sos humanos necessários para a rea-lização dos procedimentos.A Resolução 1.886/08 foi fortementemotivada pela mobilização das entida-des representativas da Oftalmologia,CBO, SBO e FeCOOESO, que continua-mente manifestaram junto ao órgãoregulamentador da Medicina no Brasila distorção existente no recebimentodos honorários relacionados comprocedimentos cirúrgicos oftalmológi-cos.A Resolução pode ser lida na íntegrana home pagehttp://www.portalmedico.org.br/novoportal/index5.asp

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RESOLUÇÃO DO CFM ESCLARECE SITUAÇÃO DE PROCEDIMENTOS COM

INTERNAÇÃO DE CURTA PERMANÊNCIA

Nelson Louzada

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Esta é uma das dezenas de oraçõesdedicadas a uma das mais popularessantas da liturgia católica, Santa Lu-zia, cujo dia de devoção é comemo-rado em 13 de dezembro, data de seumartírio no distante ano de 304 d.C.Relacionada desde sempre com osolhos, Luzia de Siracusa sempre foiconsiderada em Portugal e em suascolônias como a melhor advogada pa-ra obter curas das doenças oculares epara a restituição ou conservação davisão e reproduzida em centenas deversões em pinturas, quadros e gra-vuras.Na história que nos chega do pas-sado, é impossível distinguir o real domito construído por sucessivas gera-ções de devotos. Luzia viveu em Siracusa, no sul daatual Itália, entre os anos de 281 e304. Filha de pais pagãos, de acordocom alguns, e de uma família cristã,de acordo com outras fontes, Luzia de-cidiu dedicar-se completamente àreligião cristã e consagrou sua vir-

gindade e sua virtude a suas crenças.Entretanto, havia sido prometida a umjovem pagão que a amava, de acordocom todas as versões. Nesta época sua mãe ficou grave-mente doente e Luzia propôs uma pe-regrinação ao túmulo de Santa Águe-da, em Catânia (também no sul daatual Itália). Quando estava recolhidaem suas orações, Luzia teve uma vi-são de Santa Águeda que lhe garantiua cura da mãe e que afirmou Deushavia recebido de bom grado a consa-gração de sua virtude. Com a cura da mãe, Luzia manteve-sefirme em sua recusa em casar-se edistribuiu os muitos bens da famíliaentre os pobres. O jovem pagão rejei-tado teria se enfurecido e denunciadoLuzia para as autoridades. Na época,nos domínios romanos estavam ocor-rendo perseguições aos cristãos orde-nadas pelo Imperador Dioclesiano e ajovem foi executada. Em seu martírio,os algozes teriam lhe arrancado osolhos, milagrosamente restituídos de-

pois de algumas horas, o que originousua profunda relação com os olhos e avisão, também reforçada por seu no-me, que em Latim e nas línguas la-tinas tem relação com luz.Extremamente popular na Itália, emPortugal e no Brasil, Santa Luzia foium dos maiores motivos pictóricos daarte religiosa do ocidente de todas asépocas. Também é uma das santasmais reproduzidas na arte popular.Uma rápida pesquisa no Google(2.630.000 registros) indica que exis-tem quatro cidades no Brasil cha-madas de Santa Luzia (Paraíba, MinasGerais, Bahia e Maranhão), além decentenas de paróquias e igrejas de-dicadas à santa. No Rio Grande doNorte, a parte do Brasil onde a de-voção à Santa Luzia sobrevive commais força, 13 de dezembro é come-morado com grandes procissões quechegam a reunir milhares de fiéis, quecontinuam a pedir sua intervenção naterapia das doenças oculares.

Corre, corre, cavaleiro Pela porta de São Pedro Vai dizer a Santa LuziaQue me mande o lenço branco Pra tirar esse argueiro (1)

13 de dezembro, dia de Luzia, a Santa dos Olhos

(1) Cisco, pó. No Portugal de antigamente, arguedos também eram pedras pequenas,lisas e regulares que se colocavam sob as pálpebras para tratamento de algumasdoenças. No caso desta ladainha, talvez a melhor tradução fosse corpo estranho.

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“Em nome do acesso possível a o-portunidades concedidas, não po-demos permitir a validação auto-mática e em bloco de uma possívelsubformação profissional, que seinicia na facilitação da forma deacesso, passa pela permanênciasubsidiada internacionalmente, eaté mesmo inclui a restrição aoexercício profissional de nossosformandos no próprio País que osformou. Segundo seus próprios dit-ames acadêmicos. E que, por fim,ainda procura torná-los profis-sionais por força de regras ex-cepcionais, erigidas sob a égide dopreconceito de uma formação quese realizou por mecanismos estra-nhos àqueles percorridos pelo con-junto dos jovens brasileiros em seupróprio País. Além da formaçãocolocada em dúvida, parece tam-bém haver aqui flagrante ofensaaos pressupostos constitucionaisda isonomia de oportunidades paratodos os cidadãos em situação si-milar – a saber, os milhares comdiplomas estrangeiros a revalidar -

Não podemos deixar que apopulação sejaatendida porprofissionais deformação limitada.Além disso, dar aalguns médicosbrasileirosfacilidades para oexercício profissionalque seus colegasnão têm somente porque foram formadosem outro país emcondições especiais,seria uma injustiça,sabiamente rejeitadapela Comissão.

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Comissões da Câmara dos Deputados rejeitamreconhecimento automático de diplomas cubanos

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do Ajuste Complementar represen-tou uma grande vitória para a sa-úde da população brasileira e daJustiça. “Não podemos deixar que a popu-lação seja atendida por profis-sionais de formação limitada. Alémdisso, dar a alguns médicos bra-sileiros facilidades para o exercícioprofissional que seus colegas nãotêm somente por que foram for-mados em outro país em condiçõesespeciais, seria uma injustiça, sa-biamente rejeitada pela Comissão. Uma semana após ter sido rejei-tado na Comissão de Educação eCultura da Câmara dos Deputados,o projeto foi derrotado na Comis-são de Seguridade Social e Família(CSSF) da Câmara dos Deputados,onde o parecer pela rejeição, ela-borado pelo relator Rafael Guerra,foi aprovado por unanimidade.O projeto segue para o Plenário.

os Governos do Brasil e de Cuba,de 2006.”Esta foi a conclusão do extenso re-latório que o deputado Lelo Co-imbra (PMDB/ES) apresentou à Co-missão de Educação e Cultura daCâmara dos Deputados em 26 denovembro.O relatório rejeitando a aprovaçãoautomática dos brasileiros quecursaram a ELAM existente no tex-to do Ajuste Complementar aoAcordo de Cooperação Cultural eEducacional entre o Governo deCuba e do Brasil para reconheci-mento de títulos de medicina ex-pedidos em Cuba, celebrado emHavana, em 15 de setembro de2006, recebeu o apoio de 17 par-lamentares, contra 12 deputadosque queriam a aprovação do votoem separado do deputado CarlosAbicalil (PT/MT). O deputado Wal-dir Maranhão (PP/MA) tambémapresentou voto em separado. De acordo com o assessor par-lamentar do Conselho Brasileiro deOftalmologia e da Associação Mé-dica Brasileira, Napoleão Puentede Salles, esta é a primeira vez queum Ajuste Complementar a umAcordo de Cooperação entre doisgovernos tenha sido rejeitado poruma Comissão na Câmara dosDeputados. Para o ex-presidentedo CBO e integrante do Conselhode Diretrizes e Gestão da entidade,Elisabeto Ribeiro Gonçalves, queacompanhou a votação na Comis-são de Educação e Cultura daCâmara dos Deputados, a rejeição

face a mais um privilégio que sequer assegurar, agora oficialmen-te, apenas aos formados em Cuba.E devemos desde logo nos res-guardar, pois desde 15 de abril de2007, já existe uma segunda sededa Escola Latinoamericana de Me-dicina (a ELAM), agora na Vene-zuela, na qual já estão matricu-lados em seu curso de medicina,ao lado de 200 alunos cubanos,pelo menos 80 brasileiros, tambémindicados por partidos políticos epor organizações como o Movi-mento Nacional de Luta por Mo-radia, Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra (MST),Central de Movimentos Populares(CMP), entre outros. Assim, por todos os argumentossupracitados e por ensejar que, embreve, também a estes quase 700brasileiros que têm ou terão di-plomas médicos obtidos em Cubapara validar, sejam assegurados osmeios acadêmicos justos e legal-mente correntes de reconhecer oreal valor de seus estudos e, se foro caso, de lhes garantir, aqui, emnossas universidades, todas asreais complementações curricula-res, necessárias ao bom e plenodesempenho de todas as funçõesque nossa legislação atribui aosgraduados em Medicina em nossoPaís, competência esta a ser afe-rida por exame nacional a ser co-ordenado pelo MEC, é que somospela rejeição do texto Ajuste Com-plementar ao Acordo de Coope-ração Cultural e Educacional entre

Elisabeto Ribeiro Gonçalves

Deputado Lelo Coimbra

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Nota AMB: brasileiros formados em CubaA Associação Médica Brasileira tem como missão a defesa da dignidadeprofissional do médico e da assistência de qualidade à saúde da populaçãobrasileira. É posição desta entidade que os médicos brasileiros e es-trangeiros devem respeitar a legislação vigente. Para os formados no ex-terior, portanto, é necessário revalidação do diploma, o que inclui exame deproficiência. Congratulamo-nos com os senhores deputados membros daComissão de Educação e Cultura e, em particular, com o relator do Projeto deDecreto Legislativo 346/2007 pela rejeição da proposta de revalidação au-tomática de diplomas de médicos brasileiros formados em Cuba. Temos cer-teza de que vosso posicionamento representa valiosa contribuição à qua-lidade da atenção médica oferecida aos cidadãos de nosso País.

José Luiz Gomes do AmaralPresidente da Associação Médica Brasileira

27 de novembro de 2008

Já está disponível a todos os médicos e operadorasde planos de saúde a 5ª edição da Classificação Bra-sileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos(CBHPM), publicada pela Associação Médica Bra-sileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) eFederação Nacional dos Médicos (Fenam). O novo volume, que entrou em vigência em 18 deoutubro, possui 4.150 procedimentos médicos, dosquais 3.625 estão contidos também no Rol deProcedimentos e Eventos em Saúde da ANS (Re-solução Normativa ANS 167/2008). Além disso, to-das as alterações e exclusões aprovadas pela Câ-mara Técnica da CBHPM e editadas por meio deresoluções normativas estão agora listadas.A versão impressa custa R$ 54,00 para os sócios daAMB e R$ 108,00 para os não-sócios (R$ 7,00 defrete). Já a versão digital em CD-ROM custa R$280,00 para sócios e R$ 560,00 para não-sócios (R$5,00 de frete).Mais informações pelo telefone (11) 3178-6800 ouatravés da home page http://www.amb.org.br

5ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de

Procedimentos Médicos (CBHPM)

CFM procede recadastramentoobrigatório de médicos

O processo de recadastramento obrigatório dosmédicos, que atende o estabelecido pela resoluçãoCFM 1827/2007, já começou e deverá ser concluídono prazo de 18 meses. Os profissionais terão até 11de maio de 2010 para efetuarem a atualização dosdados e assim receberem a nova Carteira deIdentidade Médica. O Conselho Federal de Medicina (CFM) dá as se-guintes instruções: - Apenas as inscrições primárias deverão ser re-cadastradas. Seus dados serão transferidos para osConselhos Regionais de Medicina onde e casopossua inscrições secundárias. - Após concluir o recadastramento, dirija-se ao Con-selho Regional de seu Estado para assinar a ficha decoleta, levando uma fotografia colorida, 3x4cm, fun-do branco ou cinza-claro, sem qualquer tipo de man-cha, alteração, retoque, perfuração, deformação oucorreção. Não serão aceitas fotografias em que oportador utilize óculos, bonés, gorros, chapéus ouqualquer item de vestuário ou acessório que cubraparte do rosto ou da cabeça. - Você receberá um aviso para retirar a sua novacarteira, assim que estiver disponível no seu Con-selho RegionalPara fazer o recadastramento, acesse a home pagehttp://recadastramento.cfm.org.br/crmcad/

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A cada ano que passa, o calendáriooftalmológico torna-se mais inchadocom a oferta de congressos, sim-pósios, palestras entre outras moda-lidades de aulas e exposições que en-gordam o currículo, mas nem sempreenriquecem o conhecimento cien-tífico. Mas é bom lembrar que essenão é um problema isolado, pois das56 especialidades da medicina devi-damente reconhecidas pela Asso-ciação Médica Brasileira, 23 promo-veram mais eventos que a oftalmo-logia, evidenciando assim uma ten-dência generalizada da medicina. Mesmo a oftalmologia não estandoentre as especialidades que maispromovem eventos, o assunto vem setornando o foco de preocupações en-tre pesquisadores, organizadores e in-dústria, que já reconhecem a impor-tância de se ter um calendário oftal-mológico oficial.Esse tema já foi abordado há algumasedições do JORNAL OFTALMOLÓGICOJOTA ZERO quando o presidente daAllergan da América Latina, NelsonRoberto de Almeida Marques, alertoupara o fato de que a indústria emédicos oftalmologistas já tem per-cebido os excessos de eventos, o quejustificaria o pedido de um calendáriooficial. O presidente da Allergan aindaprevê a possibilidade da a indústrianão estar presente em todos oseventos devido aos seu alto custo.“Isso gera a necessária seleção deinvestimentos” concluiu Marques.Hamilton Moreira, presidente do CBO,entende ser necessário a oficializaçãodo calendário, mas não sem antes

submetê-lo ao debate “Já conver-samos com as sociedades de especia-lidades e ficou definido o respeito aointerstício de 45 dias antes e 30 diasdepois dos Congressos Brasileiros deOftalmologia e dos Congressos Brasi-leiros de Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual durante o qualnão seriam realizados eventos oftal-mológicos, com o objetivo de valorizaros eventos máximos da especiali-dade”, disse. No entanto, o presidente do CBO temenão surtir os efeitos desejados com aoficialização do calendário, e crê serpossível o surgimento de eventosparalelos. “Não podemos impedir queprofessores e pesquisadores de pales-trar em eventos não apoiados peloCBO. Também não podemos proibirqualquer evento realizado por outrasentidades. Podemos apenas nãoapoiá-los ou credenciá-los caso nãoestejam visando o ensino, que é nossaprioridade” concluiu Hamilton Mo-reira.Nesse mesmo sentido, Paulo Augustode Arruda Mello, coordenador dacomissão de ensino, entende a neces-sidade da criação de um calendáriooficial, mas também acredita que amedida será ineficaz caso não hajaadesão de todas as entidades envol-vidas. “Concordo que a programaçãotenha que encolher, mas não sabemosas portas que vamos abrir. O CBO nãoterá qualquer ingerência sobre oseventos realizados por terceiros”,acrescenta Paulo Augusto. O Coor-denador também acredita que esseseventos realizados por terceiros se

multiplicarão, aproveitando que ofi-cialmente os eventos acontecerão emmenor número.Paulo Augusto ainda aponta como re-levante o fato do programa da indús-tria ser muito atrativo, com propa-ganda eficiente de seus produtos, porisso dificilmente haverá redução deeventos por parte dela. “Os congres-sos se prestam a transmissão doconhecimento, subvencionar a enti-dade promotora e a socialização dosparticipantes, mas não podemos es-quecer que ele também pode estar aserviço de promoções pessoais ouproporcionar regalias a poucos” con-clui o coordenador da comissão de en-sino.Ainda não há solução para a polê-mica, mas acredita-se que se houveresforços para que todos enxuguemseus eventos, através de uma espéciede protocolo de intenções, poderá seruma saída razoável. Outra saída, em-bora acredita-se menos eficaz, é a nãocreditação, para a revalidação dotítulo de especialista, de eventos quedesrespeitarem o calendário oftalmo-lógico oficial. A oficialização de umcalendário oftalmológico não é no-vidade na Academia Americana deOftalmologia e está sendo feliz emsua proposta, mas não conseguiuseus objetivos sem antes atingir umconsenso entre todos os setoresrelacionados. Por enquanto, resta o pedido do CBO,para que os professores que têm aciência como prioridade selecionemeventos que realmente objetivem oensino.

P r e c i s a m o s d e u mc a l e n d á r i o o f i c i a l

d e e v e n t o s ?

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2000 (R$ 15.000,00). Se necessárioposso enviar fotos. Contatos com So-lange pelo telefone (41) 30757009 ouatravés do e-mail:[email protected]

• Vende-se microscópio Zeiss comzoom, micro e macrofocalização, comos comandos no pedal. Preço: R$ 18 mil.Tratar com Alan Reis pelo telefone(11) 3682-8518 ou através do [email protected]

• Vende-se trailer da Apramed,equipado para consultório oftalmo-lógico móvel, com cadeira, colunapantográfica, ar condicionado e fri-gobar. Prço a combinar. Tratar comEdna pelo telefone (99) 3663-1269 oucom dr. Francisco Júnior pelos telefo-nes (99) 8146-7428 ou 8111-1544.

• Vende-se os seguines aparelhos:cadeira e coluna Xenônio, semi-novas(R$ 1.600,00); projetor Xenônio, mo-delo AO (R$ 700,00); lensômetro ma-nual LMS 1 (R$ 1.200,00); lensômetroTopcon (R$ 1.500,00); Oftalmoscópioindireto (R$ 2.000,00); mesa cirúrgicaautomática (R$1.600,00); microscópio

cirúrgico Haag Sreit, com microfo-calização (R$ 9.000,00); caneda do fa-co Prestige Proficient (R$ 5.800,00).Contatos com Dra. Rejane pelo tele-fone (62) 8422-3613

• Vendo todos os aparelhos de umconsultório básico de oftalmologiapor motivo de aposentadoria. Tratarcom Dr. Luiz Carlos (11) 2941-5356 ou(11) 9963-2593.

• Vende-se ultra-som com biometria -colorido EZ AB 5500 Sonomed, comnota fiscal e apenas 1 ano de uso.Tratar com Dra. Érika Dabés pelo tele-fone (31) 8629-7171. • Vendo os seguintes itens por estarme desfazendo de clínica: caneta defaco Prestige, semi nova (R$5.800,00); lensômetro Topcon(R$1.500,00); lensômetro LMS1 (R$1.200,00); microscópio Haag-Streitcom microfocalização (R$ 9.000,00).Contatos pelo telefone (62) 8422-3613.

• Vende-se Laser Alcon, ano 2005,Ophthalas 532 Eyelite, pouco uso,com contrato de manutenção da

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O JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO publica gratuitamente nesta seção de classificadosanúncios de interesse da comunidade oftalmológica com a única finalidade de prestar mais um

serviço aos associados do CBO. Sempre que possível, os anúncios são confirmados antes de suapublicação. Entretanto, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e o jornal não têm qualquer

responsabilidade pelo conteúdo dos anúncios e muito menos pelos negócios eventualmenteefetivados a partir de sua publicação. É fundamental que o comprador tome os devidos cuidados

para verificar a procedência dos materiais e equipamentos que estiver adquirindo e que o vendedorse precavenha com as garantias necessárias a este tipo de transação.

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Alcon. Preço R$ 42.000,00. Contatoepelo telefone (48) 9119-1403 ouatravés do e-mail: [email protected]

• Vende-se campimetro computa-dorizado Topcon SBP2020, em exce-lente estado. Tratar com Fábio pelo te-lefone (21) 78317441.

• Vendem-se os seguintes aparelhos:projetor B-L (R$ 1.800,00); lente decontacto Goldman e espelho/go-nioscopia (R$ 350,00); biômetro DGHJed-Med Ultrassonic A-Scan (R$2.800,00); Coluna B-L (R$ 800,00); cai-xa de prismas soltos Luneau-France(R$ 500,00); microscópio cirúrgico D. F.Vasconcellos MC-M92 (R$ 10.000,00);coagulador de diatrermia IntercriosPY-I (R$ 1.500,00); lanterna de luzultravioleta (R$ 450,00); mesa Adagamanual p. LF (R$ 500,00); suporte decabeça p/ cirurgia (R$ 50,00); bisturide diamante dupla-face (R$ 1.200,00);Gauge (R$ 300,00); ferramentasvariadas p/ cirurgia (a combinar); LIOsAlcon p/ extracapsular (a combinar). Emais, os seguintes aparelhos paraMedicina Estética: carboxiterapiaCarbitec (R$ 9.000,00); mega-som Skiner(R$ 3.000,00); corpo 10 Skiner (R$3.500,00); ultra-som + endermoterapiaSkiner (R$ 2.000,00). Contatos com Dr.Celso Tavares pelos telefones: (15) 3411-5071 ou (15) 8115-1308 ou ainda através

do e-mail: [email protected] • Vendem-se os seguintes aparelhos:lensômetro Siom (R$ 1.200,00), len-sômetro Topcon (R$ 1.500,00), micros-cópio cirúrgico Haag-Strei, Inami (R$9.000,00) e caneta do faco Prestige(R$ 5.800,00). Motivo: desmontagemde clínica. Todos os aparelhos estãoem ótimo estado de conservação.Contatos pelo telefone (62) 8422-3613 ou através do e-mail:[email protected]

• Vende-se aparelho facoemul-sificador Regence 20/20 Medphaco,ano 2001, em ótimo estado com notafiscal por $ 20.000,00. Contatos pelostelefones (13) 9144-5439 ou 3342-3320, falar com Dr. Guaraci Reis.

Oportunidades de trabalho

• Clínica situada em Uruacu (GO)oferece oportunidade de traba-lho/sociedade para colega oftalmo-logista (clìnica e cirurgia). Contatos através do e-mail:[email protected]

• A Associação dos Cegos em Juiz deFora (MG) está recrutando médicosoftalmologistas que queiram trabalharna cidade. Contatos pelos telefones

(32) 2101-2454 (Anderson) ou ainda através do e-mail:[email protected]

• Precisa-se de médico oftalmo-logista, com especialização eexperiência em vias lacrimais paratrabalha em Belém. Contato com Dr.Bruno de Franco pelos telefones(091)3241-8414 ou 8123-3657.

• Oportunidade para trabalhar emClínica Oftalmológica na cidade deBebedouro (SP). Exige-se experiênciaem cirurgias do segmento anterior. Contatos pelo e-mail:[email protected]

• Hospital de Olhos de Guarapuava(PR) necessita de médico oftal-mologista especialista em segmentoanterior e retina. Contatos pelotelefone , ou via tel. 42 3621-7777,com Poliana Libório.Currículos devemser encaminhados através do [email protected]

Diversos

• Compra-se aparelhos oftalmo-lógicos antigos. Contatos através doe-mail [email protected]

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Clas

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iarEnvie as informações

através do e-mail:[email protected]

ou pelo fax:(11) 3171-0953