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“O discípulo evolui por seus próprios méritos, e a si mesmo transformando, transforma o mundo!” “O discípulo evolui por seus próprios méritos, e a si mesmo transformando, transforma o mundo!”

Professor Henrique José de SouzaProfessor Henrique José de Souza

EditorEditor

hegou o tão esperado mês de junho de 2010, e, com ele, a Copa do Mundo. Evento que, literalmente, para o país e boa parte do mundo.

Todas as atenções estarão voltadas para nossa Seleção, cinco vezes campeã do mundo, em busca do Hexacampeonato.

CCÉ, de fato, um acontecimento a parte: pintamos e

decoramos nossas ruas; nos carros, desfraldamos, com orgulho, a Bandeira do Brasil; vestimos, “ad litteram”, a camisa da Seleção e passamos a ser o 12º jogador em campo. Cada jogo se transforma em uma grande festa. O comércio para, e os fogos de artifícios anunciam a esperada vitória. Realmente, unimo-nos em umsó coração e vibramos numa corrente pra frente. Muito linda essa paixão do povo brasileiro, chega a nos arrepiar de tanta emoção!

Garra e vontade, para se atingir um objetivo, nosso povo tem demonstrado de sobra. Acreditamos que falte, apenas, direcioná-las para reverter outras situações, que, ao longo da história, vêm subtraindo nosso país: a corrupção, que já contaminou o DNA do povo brasileiro; o quadro caótico na política, malcheiroso mar de lama, que invade os noticiários todos os dias; os descasos com a educação; a vergonha na saúde, com envolvimento de médicos em desvio de verba nos hospitais públicos, além da total impunidade em diversos casos de erros dos mesmos; a falta de segurança e o envolvimento de policiais com o crime organizado; a droga, que vem alienando nossos jovens e destruindo famílias.

Ah, se pudéssemos ser uma corrente pra frente de verdade!

Coincidentemente, ano de Copa do Mundo é o mesmo de eleição para Presidente. Curioso isso, não? Será que estamos enxergando demais, ou o povo é que não consegue tirar as vendas dos olhos, pelo conformismo, por se considerar, ainda, colonizado. Enquanto fizermos dos dias de eleição a agonia da obrigatoriedade de depositar nosso voto nas urnas, descrentes de que nada vai mudar, continuaremos permitindo que nossos destinos sejam manipulados por uma corja de malfeitores da nação, que enriquecem da noite para o dia.

Vamos reunir as mesmas força, paixão e vontade, que nos contagiam nos jogos de nossa Seleção durante a Copa do Mundo, e as colocar em nosso dia-a-dia, como cidadãos, cobrando dignidade, probidade e comprometimento com o país; vamos exigir respeito e cumprimento do dever em todas as classes, importando-nos com as injustiças, ainda que não sejam conosco.

Temos certeza de que seremos bem-representados

na Copa, pois temos, além dos melhores jogadores do mundo, uma torcida que acredita e que joga junto, irradiando vibrações positivas para superar qualquer adversário; pena que essa força só noa permite a união direcionada para o futebol. Precisamos, também, dessa paixão quando vestirmos a camisa do Brasil como eleitores, cidadãos, contribuintes, pais, trabalhadores, como um povo comprometido em deixar um país mais digno para suas futuras gerações.

Brasil, ao descalçarmos nossas chuteiras em mais uma Copa do Mundo, vistamos a camisa da vergonha, do comprometimento com a cidadania, visando às soluções de tantos e tão vergonhosos problemas. Pensemos nisso!

Corroborando, em parte, com nosso desabafo, a coluna Destaques apresenta a matéria de autoria do jornalista Paulo Francis Jr., intitulada “A Contratação do Dr. Nepotismo”; os ensinamentos do Grande Mestre Confúcio ilustram a coluna Os Grandes Iniciados e reforçam nossa conclamação.

Ainda, dentro dessa ótica, a coluna Ritos Maçônicos traz um rito, que nasceu, em especial, para exaltar o patriotismo de nosso povo, “O Rito Brasileiro”. Prestamos uma singela homenagem ao GOB, pelo seu aniversário, com a matéria “188 anos de Fundação do GOB”; ainda, ilustrando a coluna Trabalhos, a matéria “Aproveitando o Ensejo...”, de nossa autoria, apresenta aspectos que nos facilitarão entender o porquê de iniciarmos nossas reuniões às 20h.

Visando à melhor comodidade para nossos leitores, recentemente, criamos o “Blog” da Revista Arte Real, que poderá ser acessado através do endereço http://revistaartereal.blogspot.com/, onde encontraremos tudo sobre nossa Revista. Seu objetivo é criar uma interação maior com o leitor, a fim de chegarmos à excelência desse altruístico trabalho, em prol da cultura maçônica. Paulatinamente, baseado em sugestões, críticas e considerações dos leitores, iremos otimizando esse espaço. Além de ser mais um para “download” da Revista, também, disponibilizaremos livros eletrônicos, textos, palestras, etc. Haverá espaço para “links” maçônicos e para divulgação de anúncios das empresas de nossos patrocinadores, o que irá viabilizar a produção da Revista e a manutenção desse trabalho. Contamos com sua participação para melhor servi-lhe.

Desejamos sucesso para nossa Seleção, esperamos que façam uma profunda reflexão no teor deste Editorial e o conclamamos por seu comprometimento como eleitor nas eleições, que, generosamente, oferecem-nos, novamente, a oportunidade de melhorarmos o Brasil.

Encontrar-nos-emos na próxima edição! ?a b

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CapaCapa – A Lei Iniciática do Silêncio..................................Capa – A Lei Iniciática do Silêncio..................................CapaEditorialEditorial.....................................................................................2.....................................................................................2Matéria da Capa Matéria da Capa – A Lei Iniciática do Silêncio....................3– A Lei Iniciática do Silêncio....................3DestaquesDestaques - A Contratação do Dr. Nepotismo- A Contratação do Dr. Nepotismo...............................................4.4

Os Grandes Iniciados Os Grandes Iniciados - Confúcio.........................................5- Confúcio.........................................5RRitos Maçônicos –itos Maçônicos – O Rito Brasileiro................................. O Rito Brasileiro.........................................77Trabalhos Trabalhos - Aproveitando o Ensejo....................................- Aproveitando o Ensejo.................................... .......................8.......................8

- A Bolsa de Proposta e Informações......................................11 - A Bolsa de Proposta e Informações......................................11 - 188 Anos de Fundação do GOB............................................12- 188 Anos de Fundação do GOB............................................12 Reflexões Reflexões - O Tempo da Pressa.................................................................13 - O Tempo da Pressa.................................................................13 Boas Dicas Boas Dicas -- Livro Livro / Blog.................................................................................. / Blog.................................................................................. .14.14 LançamentosLançamentos - - Da Perícia ao Perito/Crônicas de Uma Cidade Chamada UniversoDa Perícia ao Perito/Crônicas de Uma Cidade Chamada Universo...14...14

A Lei Iniciática do SilêncioA Lei Iniciática do SilêncioAntônio Rocha Fadista

latão, chamado a ensinar a arte de conhecer os homens, assim se expressou: “os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo;

os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem pelo seu modo de falar”.

PPO pensamento do filósofo Iniciado nos oferece

uma excelente oportunidade para uma profunda reflexão, principalmente, para todos os que integram a Ordem Maçônica.

Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos. As palavras são a expressão das nossas ideias, dos nossos sentimentos e de nossas emoções, e transmitem aos ouvintes a carga de energia, positiva ou negativa, que acumulamos em nossa mente.

A sociedade humana está cheia de palavras que magoam e ofendem o próximo. Infelizmente, existem palavras em excesso, tanto no mundo profano quanto nos Templos Maçônicos.

Orientado para refletir sobre a realidade e sobre o significado oculto das palavras, o Maçom sabe que, em última análise, ela é o reflexo da essência interna do ser humano.

Não por acaso a doutrina Maçônica recomenda o silêncio a todos os Maçons durante o período de aprendizado, de acordo, aliás, com a Escola Pitagórica, da qual a Maçonaria extraiu alguns dos Princípios que compõem o seu acervo filosófico.

A Escola, fundada pelo Filósofo de Samos na cidade de Crotona, preconizava o aperfeiçoamento do ser humano pelo estudo e pela prática da meditação e tinha um sistema de três graus: de Preparação, de Purificação e de Perfeição.

No Grau de Preparação, os neófitos eram só ouvintes e cumpriam um período de observação, durante o qual o objetivo era, pela prática do silêncio, desenvolver a capacidade de análise e de interpretação sobre tudo que se passava ao seu redor. Para atingir o Mestrado, no Grau de Perfeição, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos.

Sem dúvida, constitui grande prova de disciplina para todos nós, quando no Primeiro Grau, ouvirmos os Companheiros e os Mestres, sem expressarmos as nossas próprias opiniões sobre os assuntos tratados em Loja.

Chilon, um dos sete sábios da Grécia Antiga, quando perguntado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia laconicamente: calar.

No Zend Avesta, que contém toda a sabedoria da antiga Pérsia, encontramos normas e regras sobre o uso e o controle da palavra, cuja universalidade desafia os séculos.

Ao entrarmos em nossa Sublime Instituição, encontramos, na ritualística,

referências à sacralidade da palavra, que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre dosada, moderada, e espelhar o equilíbrio interno do orador.

Como dizia o Irmão Dante Alighieri na Divina Comédia, exortando o seu personagem Metelo: “usa a tua palavra como um ornamento”.

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Na realidade, o silêncio, a meditação e a análise são a única via que leva à libertação das paixões e dos maus pensamentos. Não é por acaso que a maioria dos Ritos Maçônicos reserva aos Irmãos o silêncio durante o período de aprendizado. O Rito Adoniramita, mais radical nesse sentido, estabelece que só os Mestres podem usar, livremente, a palavra.

Inúmeras são as Peças de Arquitetura, escritas por Irmãos em muitos países do Mundo, sobre o uso da palavra em Loja e sobre a Lei Iniciática do Silêncio.

À primeira vista, o silêncio poderia parecer ao Irmão Aprendiz um condicionamento e uma restrição à sua liberdade de expressão; ao exercitarem a autodisciplina, em seu silêncio, os Irmãos apreendem, com muito maior intensidade, tudo o que ouvem e tudo o que veem. Na realidade, o Aprendiz dialoga consigo mesmo e, nesse diálogo, analisa, critica e tira suas próprias conclusões. Em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos do Primeiro Grau a desenvolverem a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real.

Isto não significa que os Irmãos Aprendizes estejam proibidos de usarem a palavra em Loja. Existem ocasiões em que não só podem, como também se devem manifestar, principalmente, para tratar de assunto relevante, como por exemplo, na apreciação das informações sobre os candidatos à Iniciação.

Ao cruzarem as portas de uma Loja Maçônica, trazendo consigo os conceitos de liberdade total, os Irmãos, paulatinamente, aprendem a controlar os seus impulsos, aprimorando o seu caráter e preparando-se para serem líderes na construção da sociedade do futuro, na qual prevalecerão a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária. Por isso mesmo, a prática do silêncio deve ser entendida como um exercício de auto-aperfeiçoamento e, jamais, como uma proibição ritualística.

Tudo se resume na prática da Lei do Amor. O amor se oferece; não se pede exigir. Certamente, o Grande Arquiteto do Universo ilumina e abençoa a todos os que pensam mais e falam menos, pois estes espiritualizam a sua matéria, e são os Seus filhos mais diletos.?

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A Contratação do Dr. NepotismoA Contratação do Dr. NepotismoPaulo Francis Jr.

ão é somente falta de ética, moral ou dignidade. Sejamos sinceros: nepotismo envolve, diretamente, a falta de vergonha na cara dos

governantes. De Norte a Sul, de Leste a Oeste do Brasil, esse tipo de coisa, ainda, prolifera, infelizmente. Camuflado, nas brechas da lei, esse cancro está minando não só as estruturas que lhe são afetas, como também o processo democrático. Quando prefere um parente, em detrimento de alguém mais qualificado, o administrador público, certamente, está defendendo os seus interesses. Não está mais justificando os votos que recebeu! A escolha deve ocorrer pelo melhor. Existem políticos tão céticos e egoístas em suas posições, que, se pudessem, até os gatos, cães e papagaios de sua propriedade receberiam algum cargo.

NN

A forma de escolha de comissionados, por exemplo, chega a ser ridícula em grande parte dos casos. Na verdade, os chamados “cargos de confiança” geram a desconfiança da população. Isso nem deveria existir: o ideal seria aproveitar os funcionários de carreira ou pessoas devidamente concursadas, formadas e preparadas para o trabalho, no setor específico. É espantoso reconhecer que tais cargos, muitas vezes, não vêm acompanhados de quaisquer funções. Aí é que mora o perigo... Fiquemos, apenas, na suposição de um exemplo:

o Chefe dos Fiscais que não tem fiscais para fiscalizar. Assim, entram para o rol de servidores fantasmas; outra tradição do país.

O nepotismo tem mais de 500 anos. Segundo nos informa uma grande enciclopédia, a Carta de Caminha “ é lembrada como o primeiro caso de tentativa de nepotismo documentado no Brasil. Ao final da carta, Caminha pede ao rei um emprego a um sobrinho, um rapaz competente e cumpridor dos deveres. A palavra "pistolão", muito empregada no Brasil, vem de “epístola”, devido à carta de apresentação, prática iniciada por Pero Vaz de Caminha”.

Uma coisa “bem particular”: na minha família, nas famílias do Antônio, do Mário, do “Zé” só há gente preparada e competente. Rsrsrs... Na família do ex-presidente da Câmara Federal, Severino Cavalcanti, idem. Certa feita, ao requerer para um parente um cargo público, justificou: “Eu asseguro que é um bom sujeito. É da minha família”. Eu fico emocionado só de lembrar! Hoje, Severino é prefeito numa cidade chamada João Alfredo, em Pernambuco.

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Lembrando que não perdeu os direitos políticos porque se afastou às vésperas da cassação, outra aberração da lei. Será que lá há casos de nepotismo? Vamos fazer de conta que não...

É lamentável que esse tipo de prática esteja enraizado não somente na política. Já está na cultura ou ignorância do povo ou do eleitor. Tudo é normal! Até o cruzamento de interesses... O parente de sicrano contrata o irmão de fulano. Fulano dá emprego ao tio do beltrano. Uma mão lava a outra e, geralmente, Deus me livre e guarde, as duas limpam os cofres, uma beleza! Rsrsrs... As brigas políticas que envolvem esse tipo de coisa são abertas em cidades menores, onde quase todos dependem de emprego na administração. Os funcionários públicos, em qualquer lugar, devem ser idôneos e capazes para gerar, efetivamente, o crescimento. Já o prefeito, que só emprega mãe, irmã, pai, avô, etc... está negando o progresso ao seu município. Se essa gente fosse realmente competente, estaria empregada em algum setor estatal ou privado, depois de submetidos aos concursos e aos testes extenuantes que os cargos requeiram. Não estariam mendigando colocações! É por esse e outros motivos, que cidades, às vezes, próximas, aparentam grau de desenvolvimento tão diferenciados. Enquanto os desentendimentos nesse campo se evidenciam nos mexericos, o município anda para trás. Ou estou errado?

É horripilante constatar que, até no Judiciário, isso

aparece. Recentemente, numa das operações da Polícia Federal, o filho de um desembargador com uma juíza, foi nomeado assessor de um deputado em Brasília e, na função, intermediava a venda de “habeas-corpus” utilizando o nome dos pais para fins ilícitos. O desembargador e a juíza foram condenados à aposentadoria compulsória pelo tráfico de influência. Notem que a pena, também, não é muito dura.

Continuar recebendo o salário em casa não me parece punição para as altas esferas da Justiça.

Cabe lembrar: desde 1996, o nepotismo é, expressamente, proibido. Recentemente, o STF aprovou uma súmula vinculante que barra essa

prática: “de cônjuge ao bisneto, passando por nora e bisavô, nenhum administrador pode fazer

contratação”. Tem político tão bom, mas tão bom, que contrata até a sogra para trabalhar com ele. Pode?

Cargos de confiança ou comissionados, salvo outro juízo, são de dedicação completa, de exercício integral pela municipalidade. Como cidadão,

entendo que essas funções pagam razoavelmente bem, até demais em alguns casos, para que o contratado tenha outra atividade. Anotem: segundo o IBGE, o

número de comissionados nos estados e municípios, mais as altas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário, gira em torno de 800 mil funcionários. Perdão, o Brasil é ou não é um país dividido entre malandros e tolos? E nós, a qual time pertencemos? Se somos de um terceiro grupo, dos honestos, devemos protestar, cobrar, exigir lisura dos que estão no poder. Isso é ter vergonha na cara... ?

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Confúcio*Confúcio*

onfúcio, ou Kung-Fu-Tze (mestre kong), é uma das figuras históricas chinesas mais conhecidas em todo o mundo. Filósofo moralista e teórico

político que viveu entre 551 a.C. - 479 a.C., desenhou uma doutrina, o confucionismo, que, ainda hoje, exerce forte influência em toda a Ásia oriental. Seu sistema de governo, criado a partir de uma visão nostálgica das virtudes humanas, busca o bem-estar geral, além de colocar, em pauta, questões específicas, como o abrandamento das penas. Em sua visão, os critérios para uma vida social harmoniosa estavam ligados ao altruísmo, sabedoria, cortesia, integridade, fidelidade e justiça.

CC

Se categorizarmos os ensinamentos de Confúcio,

eles se encaixam em três categorias: respeito aos pais, à arte de governar bem e à busca pela sabedoria. Confúcio não fundou nenhuma religião, apesar de seus conselhos tratarem, basicamente, da ética e da moral. "Os problemas superiores da metafísica, como a verdade absoluta e o além da morte, não integram a filosofia de Confúcio, dão, apenas, lugar a considerações e interesses mais terrenos, prendendo-se às necessidades imediatas do homem". Talvez, por isso, membros de diversas religiões considerem os ensinamentos de Confúcio como de fácil aplicação, pois muitos de seus preceitos assemelham-se, bastante, a ensinamentos filosóficos ou religiosos de outros Mestres (como os de Jesus, o Cristo, Epicteto, etc.).

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Diz-se que Confúcio chegou ao ponto em que, "ao ouvir um trecho musical, fazia o retrato físico e moral do autor e, ainda, das circunstâncias em que havia composto a melodia. De igual modo, deveríamos, ao escutar uma frase, observar um gesto, penetrar o caráter de uma pessoa. Os sons, palavra, poesia, música representam a expressão de um movimento do coração e do espírito, de uma emoção provocada por uma causa exterior. Essa causa está ligada à emoção que, por sua vez, rege a expressão. E o todo forma uma cadeia cujos elos não se interrompem. Pela expressão, dever-se-ia chegar à emoção, depois à causa. E como nossa natureza é formada por nossas aptidões, para sentir certas emoções, e não outras, e como as emoções habituais forjam nosso corpo, conhecer a emoção de um homem significa conhecer o próprio homem.

Ao contrário de Maquiavel, em “O Príncipe”, Confúcio ensina "a menos agressiva das doutrinas", em que o governante deve ser exemplo de virtude para o povo. O exemplo deve vir de cima, tanto que, nos breves períodos em que pôde exercer um cargo administrativo, os comerciantes desonestos não viam outra alternativa a não ser praticarem a honestidade. "A virtude jamais caminha só: um homem virtuoso consegue logo imitadores".

Mas "se o povo estava satisfeito, gozava de liberdade e de ordem, os senhores dos grandes clãs e os membros da família soberana viam seu poder decrescer diante da limitação imposta pela Razão, pela Equidade e pela Reciprocidade".

Confúcio peregrinou em diversos lugares tentando divulgar os seus princípios aos governantes, mas, decepcionado com o pouco caso deles, desistiu e retirou-se da vida política.

Ele louva, em seus ensinamentos, as virtudes de alguns discípulos, bem como revela os defeitos de outros. Ele, também, mostra-nos como extrair a sabedoria de situações corriqueiras, como uma conversa, uma música, um passeio. Mas, sem dúvida, uma das passagens mais memoráveis da literatura e da filosofia chinesa é o encontro entre o jovem Confúcio e o idoso Lao-Tsé, conhecido como “O Velho”.

Confúcio foi tão influenciado pela sabedoria do Mestre, que disse mais tarde: "Acabo de ver um homem

que alça a grandes alturas os seus pensamentos [...] Da minha parte, gosto que os meus pensamentos [como pássaros fiéis] sigam um caminho, sempre rasteado, e alcancem, sempre, a presa. Acabo de ver um homem cujas ideias são tão misteriosas e inacessíveis como um abismo. [...] Dos pássaros, sei que podem voar, [...] Com referência aos dragões, ignoro se eles voam com a tempestade ou cavalgam as nuvens na imensa pureza do céu. Vi Lao-Tsé como quem contempla um dragão. O queixo caiu-me e não pude respirar. Meu espírito, extraviado, não sabia onde pousar" .

Algumas recomendações de Confúcio: “Não dar importância ao principal, quer dizer, ao cultivo da inteligência e do caráter, e buscar, somente, o acessório, quer dizer, as riquezas, só pode dar lugar à perversão dos sentimentos do povo, o qual, também, valorizará, unicamente, as riquezas e se entregará, sem freio, ao roubo e ao saque”.

Se o príncipe se utiliza das rendas públicas para aumentar a sua renda pessoal, o povo imitará esse exemplo e dará vazão às suas mais perversas inclinações; se, pelo

contrário, ele utilizar as rendas públicas para o bem do povo, este se lhe mostrará submisso e se manterá em ordem.

Se um príncipe ou os magistrados promulgam leis ou decretos injustos, o povo não os cumprirá e se oporá à sua execução por meios violentos e igualmente injustos. Quem adquire riquezas por meio violentos e injustos, do mesmo modo perder-los-á.

Só há um meio de aumentar as rendas públicas de um reino: que sejam muitos os que produzam, e poucos os que gastem; que se trabalhe muito e que se gaste com moderação. Se todo o povo trabalhar

assim, os rendimentos serão sempre suficientes. Para o bom governo dos reinos é necessária a

observância de nove regras universais: o domínio e o aperfeiçoamento de si mesmo; o respeito aos sábios; o amor aos familiares; a consideração aos ministros por serem os principais funcionários do reino; a perfeita harmonia com todos os funcionários subalternos e com os magistrados; as cordiais relações com todos os súditos; a aceitação dos conselhos e orientações dos sábios e dos artistas de quem, sempre, deve rodear-se o governante; a cortesia com os transeuntes e estrangeiros, e o trato honroso e benigno com os vassalos. ?

*Texto de autoria ignara.

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O Rito BrasileiroO Rito Brasileiro

Valdir Roberto Galdeano*restigiar ou aderir a uma Loja do Rito Brasileiro deve ser considerado uma legítima afirmação de brasilidade e um autêntico ato de amor ao Brasil.

PPDos diversos ritos praticados pela Maçonaria

Regular, em todos os recantos da Terra, o Rito Brasileiro é um deles. O Rito Brasileiro, há muito tempo, é Regular, Legal e Legítimo. Acata os Landmarks e os demais princípios tradicionais da Maçonaria, podendo ser praticado em qualquer país.

Teria sido o embrião do Rito Brasileiro o apelo feito por um irmão Lusitano, um Cavaleiro Rosa Cruz, no ano de 1864, dirigido aos Orientes Lusitano e Brasileiro, no sentido de que fosse criado um Rito novo e independente, mantendo os três graus simbólicos, de acordo com a tradição maçônica, comum a todos os ritos, e os demais altos graus fossem diferenciados com características nacionais. Esse apelo vinha com a seguinte afirmação: “Convimos em que semelhante reforma é contrária ao cosmopolismo e à tolerância Maçônica, mas, também, é verdade que, enquanto os Maçons forem patriotas e os povos fisicamente desiguais, a conservação de um Rito Universal parece-nos impossível; talvez, um tão gigantesco projeto só poderá ser possível no vigésimo século”. Essa ideia está na página 6, vol. I, da Obra Clássica em Maçonaria, intitulada Biblioteca Maçônica ou Instrução Completa do Franco-Maçom, publicada em Paris, por Ailleaud Guillard.

Em 1878, em Recife, surgiu a Constituição da Maçonaria do Especial Rito Brasileiro, com aval de 838 obreiros, presidido pelo comerciante José Firmo Xavier, para as Casas do Círculo do Grande Oriente de Pernambuco; tal Constituição era, maçonicamente, totalmente irregular, pois a mesma, além de se assentar sob os auspícios de sua Majestade Imperial Dom Pedro II, Imperador do Brasil, da Família Imperial e de sua Santidade, Sumo Pontífice, o Papa, incluía vários preceitos negativos, como, por exemplo: a admissão, somente, de brasileiros natos e, em seu artigo 4°, afirmava que uma das finalidades do Rito era defender a Religião Católica e sustentar a Monarquia Brasileira. Evidentemente, o Rito não prosperou, pois era Irregular. A referida Constituição se

encontra na Biblioteca Nacional, também, publicada nos livros A Maçonaria e o Rito Brasileiro, de Hércules Pinto, Ed. Maçônica, 1981, e Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e Aceitos, de Mário Name, Ed. A Trolha, 1992.

Em 21 de dezembro de 1914, na reunião do Conselho Geral da Orem, presidido pelo Soberano Grão-Mestre Lauro Sodré, o irmão Eugênio Pinto, orador interino, fez a proposta para a criação do Rito Brasileiro, sendo aprovada.

Em 23 de dezembro de 1914, surgiu o decreto n° 500, que deu aos Maçons e Oficinas da Federação, o conhecimento da aprovação, do reconhecimento e da adoção do Rito Brasileiro. Kurt Prober, pesquisador maçônico, tece severas

críticas à forma de criação do Rito, alegando que o “quorum” da reunião era insuficiente, sendo

realizada ao apagar das luzes, e que o Rito teria sido invenção dos militares.

Em 1916, Lauro Sodré afastou-se do 3° mandato de Soberano Grão-

Mestre do GOB, assumindo, em seu lugar, Veríssimo José da Costa, que encaminhou

o decreto n° 500 para a aprovação da Soberana Assembleia Geral. Assim, através de um novo decreto, dessa vez, o de n° 536, de 17 de outubro de 1916, reconheceu, consagrou e autorizou o

Rito, criado e incorporado ao GOB.Em junho de 1917, o Conselho

Geral da Ordem aprovou a Constituição do Rito com seus Regulamentos, Estatutos e Rituais.

Mesmo assim, o Rito não prosperava pela falta de uma oficina chefe e de rituais publicados.

Em agosto de 1921, através do decreto n° 680, o Soberano Grão-Mestre do GOB expulsou o Grão-Mestre e outros 45 Veneráveis de Lojas do Estado de São Paulo, cassando as Cartas Constitutivas daquelas Oficinas, que passaram a adotar o Rito Brasileiro e publicaram rituais para os três primeiros graus, cópias fiéis do Rito Escocês.

Em 1940, Álvaro Palmeira propõe a formação de uma comissão para analisar, estudar e atualizar o projeto do Rito Brasileiro, que, naquela época, achava-se adormecido.

Em 1941, foi instalado o Supremo Conclave do Rito Brasileiro, através do Ato n° 1636. Este Supremo Conclave viria a adormecer, pois havia pequenas diferenças entre o Grão-Mestre Rodrigues Neves com o presidente do Supremo Conclave Otaviano Bastos.

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Em 1941, foi instalado o Supremo Conclave do Rito Brasileiro, através do Ato n° 1636. Este Supremo Conclave viria a adormecer, pois havia pequenas diferenças entre o Grão-Mestre Rodrigues Neves com o presidente do Supremo Conclave Otaviano Bastos.

Em 1968, considerado o ano da implantação do Rito Brasileiro, Álvaro Palmeira, Soberano Grão-Mestre, assinou o decreto n° 2080, reativando o Supremo Conclave, determinando que 15 irmãos revissem a Constituição do Rito, adequando-a às exigências internacionais de regularidade, fazendo um Rito Universal, separando o Simbolismo dos Altos Graus, conciliando a tradição com a evolução. Publicaram-se os rituais necessários.

Atualmente, o Rito Brasileiro é uma realidade vitoriosa. Possui organização e doutrina bem-estruturadas, que muito se diferencia da organização e doutrina insipientemente propostas ao longo de sua história. Solidamente constituído, é praticado por mais de 150 Oficinas Simbólicas, distribuídas por quase todas as unidades da Federação. É o segundo Rito mais praticado no Brasil. O Supremo Conclave do Rito Brasileiro tem sede no Oriente do Rio de Janeiro, na Rua do Lavradio, n° 100.

A Estrutura doutrinária do Rito Brasileiro

apresenta-se em cinco segmentos:Lojas Simbólicas (1° ao 3° grau): 1° Grau, consagrado

à fraternidade dos irmãos, união dos irmãos; 2° Grau, consagrado à exaltação do trabalho e ao estímulo da solidariedade; 3° Grau, consagrando ao princípio de que a vida nasce da morte;

Capítulos (4° ao 18° grau): dedicados ao estudo da Filosofia Moral, 14 virtudes, culminando com o Grau Rosa-Cruz, moral e espiritual, degrau capitular máximo;

Grandes Conselhos (19° ao 30° grau): dedicados aos estudos dos problemas nacionais e da humanidade; do 19° ao 22° - aspectos ligados à economia; do 23° ao 26° - aspectos ligados à organização da sociedade; do 27° ao 30° - aspectos ligados à arte, à ciência, à religião e à filosofia;

Altos Colégios (31° e 32° grau): dedicados ao bem-público e ao civismo, à abordagem de assuntos políticos, tratados elevadamente, sem injunções partidárias;

Sumo Grau (33º): máximo na hierarquia; de caráter administrativo;

Loja Complementar, foi introduzida no Rito, em 2008, na sua nova Constituição, que trata dos Graus 4 ao 14. ?*O autor é Grande Secretário Adjunto de Orientação Ritualística do Rito Brasileiro.

a b

Aproveitando o EnsejoAproveitando o EnsejoFrancisco Feitosa

ivemos a oportunidade de ser consultado por um Irmão a respeito do porquê de nossas reuniões na Maçonaria, assim como em várias outras

Instituições Iniciáticas, iniciarem suas atividades templárias às 20h, como horário oficial. Entendiam, à primeira vista, que seria, provavelmente, para que houvesse tempo hábil, após o término do horário profissional, geralmente, às 18h, para se deslocarem até suas respectivas Lojas Maçônicas.

TT

É lógico que, analisando puramente pelo aspecto logístico, tem até sentido. E, se fôssemos uma agremiação recreativa ou algo parecido, essa conclusão já bastava. Mas, em se tratando de Instituição Iniciática, poderemos ir bem mais além.

Despertemos nossas atenções aos reais objetivos templários de nossa Ordem e busquemos correlacioná-los a um estudo mais profundo, dentro do esoterismo. Não queremos, com isso, sentir-nos dono da verdade. Nem pensar! Na realidade, queremos apresentar, apenas, mais um caminho, talvez, para alguns, nunca dantes desbravado, mas, provavelmente, trar-nos-á uma nova ótica, que poderá ser aplicada aos nossos Mistérios. Afinal,

somos livres pensadores!

O Templo maçônico é um verdadeiro “livro de pedra”, assim, também, eram conhecidas as catedrais da Idade Média pelo seu profundo simbolismo, alegorias e a harmonia em suas medidas canônicas; em seus símbolos, profundas instruções, apenas, captadas por aqueles que, de fato, permitem passar-se da iniciação simbólica à Real.

Iremos lançar mão de um estudo, ligado, tão somente, ao ocultismo, para melhor desenvolver uma linha de raciocínio. Contamos com a tolerância e a compreensão dos leitores, pois estaremos sintetizando, em breves linhas, um assunto tão vasto e profundo, que aconselhamos aos interessados buscarem maiores informações em literaturas do gênero sobre ele.

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Lembremo-nos de nossa iniciação e, logo, perceberemos a relação das viagens com os 4 elementos da natureza: terra, água, fogo e ar. Em nossos rituais, apenas, é citado que “...os antigos diziam que havia quatro elementos...”. É lamentável, mas o tema é muito pouco explorado.

As provas da cerimônia de iniciação estão, estritamente, ligadas aos 4 elementos. No 2º Grau, a busca é de uma 5ª coisa, que, na verdade, apresenta-se tríplice, como 5ª 6ª e 7ª, mas, apenas, aos Mestres.

Tudo isso está ligado às Forças Sutis da Natureza, conhecidas pelo termo sânscrito “Tattwas”.

Os Tattwas estão, eternamente, presentes nos universos em evolução. São forças ou impulsos que mantêm a matéria em certo estado e numa certa forma de vibração. Toda matéria é vibração e está em movimento; nada do que está manifestado está parado; todo o universo está vibrando e em movimento. Nosso sistema planetário está sujeito a uma macrovibração, que se reflete no átomo como uma microvibração. Os átomos da matéria física estão em constante vibração e movimento. Toda vibração proveniente do Espírito provoca outra na matéria e vice-versa.

A Vibração é o 3º Princípio da Filosofia Hermética, de Hermes – o Trismegisto: “Nada está parado; tudo se move; tudo vibra”. Diz-se que aquele que compreende esse Princípio alcança o cetro do poder!”

Tudo que vibra emite som. O Universo é um som que vibra no espaço manifestado, em latência, em Parabrahm. No princípio era o Verbo e o Verbo era o OM (AUM), o som primordial que deu origem à Criação. Tudo que existe tem um som primordial que lhe deu origem, motivo pelo qual, somente, entendemos as coisas se lhe dermos um nome expresso por um som.

A palavra “Pessoa” em espanhol é “persona” = per sona, pelo som. Sim, pela vibração do som, estamos, constantemente, criando.

Os Tattwas são forças que imprimem a essência, o princípio, a realidade, a verdade e a forma. São forças do Grande Alento, do Hálito Divino, do Sopro Primordial, que se manifestam como vibrações, atuando na natureza, colocando-a em diferentes estados vibratórios, para executar diferentes funções no plano evolutivo. O Verbo se fez carne, a vibração se fez matéria. O Universo é uma obra de magia, que mantém a Harmonia das Esferas, e a

maior magia é a Mantrikâshakti, o poder oculto dos sons, que envolve palavras relacionadas com letras e números. Os Mantrans são fórmulas mágicas desse princípio.

O tratado hindu, que estuda os tattwas, é o Shivagâma (ensinamentos de Shiva). Ele é inexistente para os leigos, devido aos perigos decorrentes da manipulação das forças que sustentam a matéria.

Existem sete tattwas representados pelo heptacórdio divino, a lira de sete cordas, que provoca os sete sons divinos, as sete vibrações primordiais. O atual estágio evolucional em que se encontra a humanidade, é conhecido como 5ª Raça-Mãe, a Raça Ariana, pois teve seu início na Era de Áries, estando a humanidade, atualmente, em plena Era de Aquarius. Exotericamente, são conhecidos, apenas, cinco dos sete tattwas, ligados aos estados físicos da matéria:

Prithivi - sólido – elemento terra; Apas - líquido – elemento água; Tejas - radiante – elemento fogo; Vayú - gasoso – elemento ar; Akasha - éter – elemento éter (matéria primordial). Sendo este a fonte dos anteriores.

A Constelação do Cruzeiro do Sul é o centro donde emana essa energia, que, para o clarividente, apresenta-se com a forma simbólica de uma pirâmide. Baseados nesse conhecimento, que só a vista espiritual alcança, os egípcios ergueram suas pirâmides, bem como os povos pré-colombianos, para expressarem a formação quíntupla de nosso Universo, ou a expressão dessas cinco energias fundamentais do Cosmo.

Os demais, sexto e sétimo tattwas, conhecidos por Anupâdaka e Adi,

correspondem, respectivamente, às matérias subatômica e atômica. Anupâdaka significa “quem não tem Pai” ou “o que existe por si mesmo”. Sua influência ativa o sentido da intuição. Adi, por sua vez, significa o elemento primeiro, primordial. Ativa o sentido da percepção completa. Esses dois tattwas estão, apenas, latentes no homem e, somente, serão despertados, totalmente, na 6ª e 7ª Raças-mãe, daqui a algumas eternidades, permita-nos falar assim.

Essas forças sutis da natureza, embora tenhamos ou não consciência delas, atuam direta e constantemente em toda a natureza e, consequentemente, no homem. Estão relacionadas, dentre outras coisas, aos elementais, espíritos da natureza, aos sete Arcanjos, aos sete metais, às sete cores, aos sete planetas, aos sete chacras, aos sete dias da semana e, principalmente, às 24 horas do dia.

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A partir de então, estaremos correlacionando esse tema à dúvida do nosso Irmão, o porquê das sessões maçônicas, e, também, de muitas outras Escolas de Iniciação, terem seu início às 20 horas.

Cada dia da semana está ligado a um tattwa, e essa força sutil estará vibrando mais ativamente no seu dia. É o tattwa do dia. Esse dia estará sob maior influência desse tattwa, propiciando a realização dos aspectos a ele relacionados.

A partir do nascer do sol, todas essas forças, uma após outra, por um intervalo de uma hora cada, estará vibrando e interagindo em tudo que está manifestado. Algumas Escolas de Mistérios, a exemplo da Rosa-Cruz, Eubiose e outras, estudam, minuciosamente, esse tema e colocam em prática sua melhor utilização, beneficiando-se das benéficas influências dessas forças da natureza.

Assim, durante o intervalo de um dia, essas forças se alternam e atuam a partir dos primeiros raios de sol. A começar pelo tattwa relacionado àquele dia, os sete vão se revezando, um após outro.

Para melhor praticidade, já que o sol nasce a cada dia em um horário, ficou convencionado que a primeira hora do tattwa do dia seria a partir das 6h da manhã, logo, alternando-se a cada hora. Como são sete, esses se repetirão a partir das 13h e, novamente, a partir das 20h.

A influência de cada tattwa acontece três vezes ao dia. Com isso, teremos um período de vinte e uma horas influenciado por essas forças. As três horas restantes não sofrem sua influência, pois estão ligados a outros planos sutis com relação à Grande Fraternidade Branca. Há relatos em que Helena Petrovna Blavastki reservava esse período para suas meditações, até porque se tratava de um Ser de hierarquia superior.

Por isso, as verdadeiras Escolas Iniciáticas, ligadas à Grande Fraternidade Branca, iniciam suas ritualísticas às 20 horas, a fim de receberem as influências da força sutil que vibra naquele dia. Não são poucas as Escolas de Iniciação que, conhecedoras desses Mistérios, realizam rituais específicos em determinados dias, fazendo uso das influências do tattwa do dia.

As Lojas maçônicas reúnem-se, semanalmente, no dia escolhido por seus membros, conforme sua comodidade e, em certos casos, quando em condomínio maçônico, nem isso, conforme o dia que lhes foi liberado.

Mas temos de ter, em mente, que as Ordens Iniciáticas são centros catalisadores de energias do Cosmo, a fim de expandir o estado de consciência da humanidade através da iniciação de seus membros, auxiliando na evolução da espécie humana, sendo essas Ordens orientadas por Seres de alta espiritualidade, ligados à Grande Fraternidade Branca.

Na realidade, os conhecimentos deixados pelos antigos iniciados nos sublimes Mistérios foram perdendo-se, pouco a pouco. Com isso, certas instituições, que têm atuação mais na área sócio-política, como a nossa Ordem (principalmente, nesse momento em que o mundo respira, profundamente, os ares do materialismo), foram descuidando-se de seu papel templário, por desleixo, por desconhecimento e, lamentavelmente, por falta até de consciência de seus dirigentes, preferindo a luta pelo poder à “Luta Pelo Dever”, frase tantas vezes sussurrada, de forma hermenêutica, nos ouvidos daqueles que ousaram ascender aos degraus da escada do R∴ E∴A∴A∴.

Mas, somente pelo fato de nos reunirmos às 20h, conscientemente ou não, estamos realizando um ritual em um dos três horários mais propícios, para captarmos as influências do potencial do tattwa do dia.

Atrás do mundo sensório, perceptível através dos cinco sentidos, existe um etérico, que passa a ter uma existência real para quem desenvolve seus chacras (órgãos etéricos de percepção). A técnica da abstração dos sentidos, em particular a visão, leva, gradativamente, à visão etérica desenvolvida, que possibilita estudar seres do mundo etérico.

Os tattwas sensibilizam os elementais ou espíritos da natureza. Esses possuem, em seu mundo (plano etérico), uma evolução paralela e diferente da humana, mas têm uma constante e importante função, tanto no desenvolvimento quanto na manutenção dos seres vivos do nosso mundo físico. Esses são comandados por hierarquias espirituais, principalmente, pelos Devas e Anjos.

A magia de um ritual reúne as vibrações emanadas pelas mentes dos Irmãos, que atuam em conjunto com o egrégora milenar maçônico, interagindo com os elementais e sob as influências dessas forças sutis da natureza, a fim de realizar seus propósitos.

Nas colunas zodiacais, os signos, em número de doze, estão distribuídos no ocidente em relação aos quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar. O Mestre é o que passou e venceu os doze Trabalhos de Hércules, ali representados; sublimou o quaternário e se encontra no éter (oridente) - Akasha – que é tríplice, formando o setenário, pois oculta outros dois tattwas latentes no homem, ligados à intuição e à completa percepção, o domínio de si mesmo, fazendo-se, assim, Um com o Pai. Lembremo-nos da passagem bíblica do Cristo, adentrando Jerusalém sobre o lombo do animal, vencendo o quaternário da matéria, pois, após o batismo no Rio Jordão, Ele recebera a Sua 5ª Essência. Mas, isso já é um assunto para outra oportunidade, se eu puder contar, novamente, com a tolerância do leitor.

A prudência nos convida a ficar por aqui!?

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Bolsa de Proposta e InformaçõesBolsa de Proposta e Informações

Jorge Mauro Corrêa Gomes palavra bolsa é substantivo feminino (Dic. Brasileiro Globo); espécie de saquinho em que se traz dinheiro; qualquer saquinho que se fecha

por meio de cordões (Dic. Aurélio); saquinho de couro, pano, etc., para portar dinheiro em moedas; qualquer outro saco pequeno; qualquer dos vários tipos de sacolas com alças, ou de carteiras, usados para guardar dinheiro, documentos, lenços, objetos de toalete, etc. (Dic. Web); pequeno saco de couro, plástico, pano, habitualmente, usado pelas mulheres para carregar dinheiro e miudezas (Dic. Inforpédia).

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Mala de mão de couro, tecido ou outros materiais, usada para transportar objetos de uso pessoal; saco de material flexível, com feitios diversos, que serve para transportar ou guardar alguma coisa. A palavra bolsa, de um modo geral, transmite a ideia de algo que envolve, ou transporta, ou guarda alguma coisa em seu interior. Pode ter sentidos variados e aplicações nas diversas áreas do conhecimento humano: bolsa de estudos – subsídios para estudar; bolsa de valores – instituição onde se fazem operações financeiras; bolsa de Fabricius – órgão linfóide das aves, localizado na parte dorsal da cloaca, tem estrutura de um pequeno saco e é importante para o sistema imunológico; bolsa ou saco amniótico ou âmnio – bolsa que carrega o líquido amniótico, fluido que envolve o embrião; bolsa de provisão – dinheiro para despesas correntes.

Na Maçonaria, são utilizadas duas bolsas ou sacos, com propósitos diferentes, que recebem os nome de Bolsa (Saco) de Propostas e Informações e Bolsa de Beneficência ou para oTronco de Solidariedade.

Neste trabalho, abordaremos a Bolsa de Propostas e Informações. Segundo Rizzardo da Camino, deve ser confeccionada em fazenda, couro ou material que melhor se adapte, não segue uma uniformidade e depende da sensibilidade do Arquiteto, Mestre Maçom responsável pela ornamentação e composição da Loja para os seus trabalhos. Rizzardo diz, ainda, o seguinte: “a sacola tem sido, sempre, a maneira mais singela da coleta, porque a mão, que coloca a oferta, permanece oculta dentro do recipiente, deixando de constranger quem nada coloca e evitando conhecer quem entrega a proposta ou a informação”.

A Bolsa de Proposta e Informações circula em loja pelas mãos do Mestre de Cerimônias (Art. 117, Regimento

Geral do GOMG), que, obedecendo a uma ordem dada pelo Venerável Mestre, após comunicação prévia nas colunas, feita pelos Vigilantes, também, a mando do Venerável Mestre.

Circulação formal e informal. “Comentar como se faz contando com a ajuda do Mestre de Cerimônias”. Deve ser colocada a mão direita dentro da bolsa, mesmo que o irmão não tenha nada a depositar. No Ritual do GOMG/COMAB, segue-se a maneira informal.

Segundo Rizzardo da Camino, o Mestre de Cerimônias simboliza o ordenamento do Caos e a criação do Universo, ou seja, quando compõe a Loja para iniciar seus trabalhos, os irmãos estão saindo de um estado desorganizado para um organizado, a criação do mundo. Portanto, quem ordenou o Caos é quem circula com a Bolsa de Propostas e Informações, harmoniosamente, coletando aquilo que o Maçom traz consigo para dividir com os demais participantes da sessão. Nesse momento, é importante que reine o maior silêncio possível nas colunas, devendo-se evitar comentários, brincadeiras ou mesmo conversas entre os irmãos,

ou seja, os irmãos devem estar compenetrados, evocando a Chispa Divina, que existe dentro de si, para que se harmonizem com o G∴A∴D∴U∴, a Grande Força Cósmica. O M∴de CC∴ continua circulando e não faz sinal algum enquanto estiver de posse da Bolsa, e, se o Grão-Mestre estiver presente no altar, deverá colocar a mão na bolsa antes do V∴M∴.

José Castellani define a Bolsa de Propostas e Informações como sendo destinada a colher as propostas encaminhadas por escrito, as sindicâncias, os certificados de presenças e outras informações das quais a Loja deve tomar

conhecimento. Mesmo não tendo nada para colocar na bolsa, o Maçom deve depositar sua mão direita na mesma, retirando-a aberta. Esotericamente, ele está depositando os fluidos, a força vital, o poder espiritual que traz consigo para ser repartido com os demais. Citar o que diz o V∴M∴ quando a bolsa chega vazia: “A Bolsa colheu seu principal objetivo!”. Quando, na bolsa, é colocado algo que merece melhor discussão, estudo ou esclarecimento, o V∴M∴ pode declarar: “Prancha ou Coluna colhida sob Malhete”.

Existe um ditado que diz: “quem tem põe, quem não tem tira”, e os irmãos Pedro e Péricles Neves comentam que nada mais justo para que as energias se renovem periodicamente, como ocorre quando os Maçons, além de colocarem as informações e propostas, depositam, também, bons fluidos

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Segundo o Caibalion, não somente tudo vibra, como também há uma variação de escala nessas vibrações, e, logicamente, nossos pensamentos e sentimentos se manifestam, também, segundo essa Lei Hermética. Na Sessão, é importante que todos os presentes vibrem na mesma intensidade; isso canaliza energias que nos revigoram e melhoram nosso estado vital. Das vibrações energéticas, podemos tirar a Cura Prânica, que utiliza o prana (energia vital) para o tratamento de diversas doenças físicas, emocionais ou mentais, através da imposição das mãos, bastante difundida entre sociedades iniciáticas, grupos espiritualistas e a própria medicina alternativa, onde não há toque no corpo físico, pois todo o trabalho é feito no corpo energético ou aura.

A Bíblia nos fala da mão direita de Deus: “Com ela, Deus nos sustenta (Salmos 18:35); com ela, opera a justiça (Salmos 48:10); com ela, dividiu em dois o Mar Vermelho (Êxodo 15:6); com ela, faz proezas (Salmos

118:15,16). “Nem a mão esquerda deve saber o que faz a mão direita”, ensinou Jesus. “Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita” (Mateus 6:3).

A Bolsa de Propostas e Informações se dá no início dos trabalhos, e é a partir de sua circulação que a Sessão evolui. Parece ter sentido que tudo isso ocorra, após todos depositarem suas boas energias dentro dela, que, como vimos, servirá para juntar, guardar, reunir alguma coisa. O M∴de CC∴, que causa o Caos, em seguida, cria o universo, reunindo matérias e variadas vibrações energéticas (espírito e matéria): entrega-as ao V∴M∴, que, representando a Sabedoria, abre a Bolsa e as libera, iniciando o processo de harmonização, espiritualização e fortalecimento do egrégora que envolve o ambiente. Lembrando Charles Webster Leadebeater, “qualquer pessoa que, habitualmente, faça uso de pensamentos puros, bons e fortes estará utilizando-se, para tanto, da parte mais alta de seu corpo mental, raramente utilizada pelo homem comum”. ?

a b 188 Anos de Fundação do GOB*188 Anos de Fundação do GOB*

mbora se tenha a Maçonaria brasileira, iniciado em 1797, com a Loja Cavaleiros da Luz, criada na povoação da Barra, em Salvador, Bahia, e,

ainda, com a Loja União, em 1800, sucedida pela Loja Reunião, em 1802, no Rio de Janeiro, só em 1822, quando a campanha pela Independência do Brasil se tornava mais intensa, é que iria ser criada sua primeira Obediência, com Jurisdição nacional, exatamente com a incumbência de levar a cabo o processo de emancipação política do país.

EE

Criado a 17 de junho de 1822, por três Lojas do Rio de Janeiro - a Comércio e Artes na Idade do Ouro, a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói, resultantes da divisão da primeira - O Grande Oriente Brasileiro teve como seus primeiros mandatários José Bonifácio de Andrada e Silva, Ministro do Reino e de Estrangeiros, e Joaquim Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante. A 4 de outubro do mesmo ano, já após a declaração da Independência, em 7 de setembro, José Bonifácio foi substituído pelo, então, Príncipe Regente e, logo depois, Imperador D. Pedro I (Irmão Guatimozim). Este, diante da instabilidade dos primeiros dias de nação independente, e considerando a rivalidade política entre os grupos de José Bonifácio e de Gonçalves Ledo, que se destacava, ao lado de José Clemente Pereira e o Cônego Januário da Cunha Barbosa, como o principal líder dos maçons, mandou suspender os trabalhos do Grande Oriente, em 25 de outubro de 1822.

Somente em novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I - ocorrida em 7 de abril daquele ano - os trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.

Instalado no Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio de Janeiro, a partir de 1842, e com Lojas em praticamente todas as províncias, o Grande Oriente do Brasil, logo tornou-se um participante ativo em todas as

grandes conquistas sociais do povo brasileiro, fazendo sua História se confundir com a própria História do Brasil Independente.

Através de homens de alto espírito público, colocados em arcas importantes da atividade humana, principalmente, em segmentos formadores de opinião, como as Classes Liberais, o Jornalismo e as Forças Armadas - o Exército, mais especificamente - O Grande Oriente do Brasil iria ter, a partir da metade do século XIX, atuação marcante em diversas campanhas sociais e cívicas da nação.

Assim, distinguiu-se na campanha pela extinção da escravatura negra no país, obtendo leis que foram abatendo o escravagismo, paulatinamente; entre elas, a "Lei Eusébio de Queirós", que extinguia o tráfico de escravos, em 1850, e a "Lei Visconde do Rio Branco", de 1871, que declarava livre as crianças nascidas de escravas daí em diante. Eusébio de Queirós foi maçom graduado e membro do Supremo Conselho do Grau 33º; o Visconde do Rio Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. O trabalho maçônico só parou com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888.

A Campanha republicana, que pretendia evitar um terceiro reinado no Brasil e colocar o país na mesma situação das demais nações centro e sul- americanas, também, contou com intenso trabalho maçônico de divulgação dos ideais da República, nas Lojas e nos Clubes Republicanos, espalhados por todo o país. Na hora final da campanha, quando a república foi implantada, ali estava um maçom a liderar as tropas do Exército com seu prestígio: Marechal Deodoro da Fonseca, que viria a ser Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Durante os primeiros quarenta anos da República - período denominado "República Velha" - foi notória a participação do Grande Oriente do Brasil na evolução política nacional, através de vários presidentes maçons, além de Deodoro: Marechal Floriano Peixoto Moraes, Manoel Ferraz de Campos Salles, Marechal Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás e Washington Luís Pereira de Souza.

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Durante a 1ª Grande Guerra (1914 - 1918), o Grande Oriente do Brasil, a partir de 1916, através de seu Grão-Mestre, Almirante Veríssimo José da Costa, apoiava a entrada do Brasil no conflito, ao lado das nações amigas. E, mesmo antes dessa entrada, que se deu em 1917, o Grande Oriente já enviava contribuições financeiras à Maçonaria Francesa, destinadas ao socorro das vítimas da guerra, como indica a correspondência, que, da França, era enviada ao Grande Oriente do Brasil, na época.

Mesmo com uma cisão, que, surgida em 1927, originou as Grandes Lojas Estaduais brasileiras, enfraquecendo, momentaneamente, o Grande Oriente do Brasil, este continuou como ponta-de-lança da Maçonaria, em diversas questões nacionais: anistia para presos políticos, durante períodos de exceção, com estado de sítio, em alguns governos da República; a luta pela redemocratização do país, que fora submetido, desde 1937, a uma ditadura, que só terminaria em 1945; participação, através das Obediências Maçônicas europeias, na divulgação da doutrina democrática dos países aliados, na 2ª Grande Guerra (1939 - 1945); participação no movimento que interrompeu a escalada da extrema-esquerda no país, em 1964; combate ao

posterior desvirtuamento desse movimento, que gerou o regime autoritário longo demais; luta pela anistia geral dos atingidos por esse movimento; trabalho pela volta das eleições diretas, depois de um longo período de governantes impostos ao país.

E, em 1983, investia na juventude, ao criar a sua máxima obra social: a Ação Paramaçônica Juvenil, de âmbito nacional, destinada ao aperfeiçoamento físico e intelectual dos jovens - de ambos os sexos - filhos ou não de maçons.

Presente em Brasília - capital do país, desde 1960 - onde se instalou em 1978, o Grande Oriente do Brasil tem, hoje, um patrimônio considerável, e em diversos Estados, além do Rio de Janeiro, e na Capital Federal, onde sua sede ocupa um edifício com 7.800 metros quadrados de área construída.

Com aproximadamente 2.000 Lojas, cerca de 61.500 obreiros ativos (31.12.1999), reconhecido por mais de 100 Obediências regulares do mundo, o Grande Oriente do Brasil é, hoje, a maior Obediência Maçônica do mundo latino e reconhecida como regular e legítima pela Grande Loja Unida da Inglaterra, de acordo com os termos do Tratado de 1935. ?

*Matéria extraída do site www.mestremacom.com.br a b

O Tempo da PressaO Tempo da PressaCarmen Glória Coelho

xiste uma pressa esgotante nas pessoas. Pressa no andar, no falar, ao alimentar-se... Pressa, muita pressa...EE

Pressa em conhecer, conquistar, em ter certezas.As mesmas certezas que, pela pressa,

revelam-se infundadas.Pessoas de todas as idades correm de

um lado para o outro, buscando o pote de ouro no fim do arco-íris.

O valioso tempo é ignorado, pois a pressa não acredita que ele (o tempo) é sagrado, precioso e insubstituível.

Correndo atrás de tantos “ouros” nas nossas vidas, deixamos de ver os verdadeiros tesouros tão ao alcance das nossas mãos.

Deixamos de olhar nos olhos de quem nos trouxe ao mundo tridimensional e de acalmar nossa pressa, nossos desesperos...

Deixamos de ouvir “os mais velhos” e de aprender com a sabedoria, que vem a todos com o próprio tempo,

deixando de evitar, assim, tantas perdas, prejuízos e sofrimentos.

Deixamos de ter tempo para os parceiros dessa nossa jornada, diminuídos olhares, multiplicadas queixas e

exigências, deixando partir experiências únicas como o romance, o diálogo afetuoso, o desabrochar dos

filhos. Esquecemos de SER e, apenas,

queremos TER.Continuamos “colonizáveis” trocando

todo nosso SER por mercadorias vindas das “Índias” do consumismo e pelo consumismo

do TER.Viver bem, com saúde e

confortavelmente é um direito de todos. A obsessão pelo excesso compromete a existência a nível planetário.

O tempo é inexorável e não volta.Faça um inventário da sua vida; há tempo para abraçar

seus tesouros e desfrutar do sagrado tempo, enquanto você, ainda, existe. ?

a b

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a LivroLivro bIndico o livro do escritor e acadêmico Ubyrajara de Souza Filho, MI, 33º, com o título “Cognição e Evolução dos

Rituais Maçônicos”, editado pela Ed. “A Trolha”.

a BlogBlog bConheçam o Blog da Revista Arte Real http://revistaartereal.blogspot.com/ onde você poderá baixar todas as edições já

publicadas.a b

O autor é Desembargador Titular da Quarta Câmara Cível do TJRJ, Professor de Direito e Conferencista em cursos especializados em Perícias Judiciais, Presidente da Banca de Monografia na Escola de Magistratura – RJ e Membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Ana Amélia – ALCAN-RJ.

“A Obra, como esclarece o próprio autor, está dividida em quatro partes, de forma a permitir abordagem abrangente, sistêmica, prática e detalhada sobre o tema. Por sua praticidade, clareza e objetividade, conjugadas ao seu ilustre valor didático e jurídico, a obra não poderia ser mais oportuna. Com ela o seu ilustre autor preenche uma lacuna que existia no tema enfrentado, coloca nas mãos dos operadores do Direito um valioso instrumento profissional e presta mais um relevante serviço à Justiça”. ?

Sérgio Cavalieri Filho Desembargador do TJ/RJ

Esta obra visa mostrar ao leitor, através de belas crônicas, a história pitoresca de Cosmópolis, cidade de uma vila dependente, assim como a maioria das cidades brasileiras. Ostentando futuro promissor, intensa vida econômica social e estratégica posição geográfica, essa “cidade-universal” vizinha e antigo Distrito de Campinas, SP, guarda relatos memoráveis, que recebem tons de lindo matiz, contados com a mestria de nosso querido Irmão José Honorato Fozzati.

Vale a pena conferir! ?a b

rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para 15.087 e-

mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.

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Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º Colaboradores nesta edição: Antônio Rocha Fadista – Carmem Glória Coelho – Jorge Mauro Corrêa Gomes – Paulo Francis Jr.- Valdir Roberto GaldeanoEmpresas dos Irmãos Patrocinadores: Adalberto Domingues Advocacia - Arte Real Software – Bisotto Imóveis - CFC Objetiva Auto Escola – CONCIV – Corrêa de Souza Advocacia - Decisão Gestão Empresarial - Gerson Muneron Advocacia - Gráfica Everesty – Honorato (livro) - López y López Advogados – Olheiros.com – Perícias & Avaliações - Pousada Mantega - Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Reinaldo Pinto (livro) - Saneartec - Santana Pneus – Studio Allegro.Contatos: MSN - [email protected] E-mail – [email protected] Skype – francisco.feitosa.da.fonseca ( (35) 3331-1288 / 8806-7175

Temos um encontro marcado na próxima edição. Tenham todos uma boa leitura! ?a b