anuidade 2018: solicite a processo extrai sílica da ... estudo apresentado durante reunião anual...

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Jornal do Conselho Regional de Química IV Região (SP) Ano 26 - Nº 147 Set/Out 2017 ISSN 2176-4409 O Conselho retoma a promoção do Prêmio Walter Borzani, destinado a profissionais de destaque. Também estão definidas as regras do Prêmio CRQ-IV, voltado a estudantes Págs 8 e 9 Anuidade 2018: solicite a suspensão em novembro Pág. 3 Desenvolvido no Ipen, método obtém produto de alta pureza Pág. 10 Processo extrai sílica da biomassa da cana Indústria traça perfil do profissional do século XXI Pág.13 Cosméticos e saneantes foram temas de encontros Pág. 14

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Jornal do ConselhoRegional de Química

IV Região (SP)Ano 26 - Nº 147

Set/Out 2017

ISSN 2176-4409

O Conselho retoma a promoção do Prêmio Walter Borzani,destinado a profissionais de destaque. Também estão definidas

as regras do Prêmio CRQ-IV, voltado a estudantesPágs 8 e 9

Anuidade 2018: solicite asuspensão em novembro

Pág. 3

Desenvolvido no Ipen, métodoobtém produto de alta pureza

Pág. 10

Processo extrai sílicada biomassa da cana

Indústria traça perfil doprofissional do século XXI

Pág.13

Cosméticos e saneantesforam temas de encontros

Pág. 14

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2 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

PRESIDENTE: HANS VIERTLER

VICE-PRESIDENTE: NELSON CÉSAR F. BONETTO

1º SECRETÁRIO: LAURO PEREIRA DIAS

2º SECRETÁRIO: DAVID CARLOS MINATELLI

1º TESOUREIRO: ERNESTO HIROMITI OKAMURA

2º TESOUREIRO: REYNALDO ARBUE PINI

CONSELHEIROS TITULARES: CLAUDIO DI VITTA,DAVID CARLOS MINATELLI, ERNESTO HIROMITI

OKAMURA, JOSÉ GLAUCO GRANDI, LAURO

PEREIRA DIAS, MANLIO DE AUGUSTINIS, NELSON

CÉSAR FERNANDO BONETTO, REYNALDO ARBUE

PINI E RUBENS BRAMBILLA.

CONSELHEIROS SUPLENTES: AELSON GUAITA,AIRTON MONTEIRO, ANA MARIA DA COSTA

FERREIRA, ANTONIO CARLOS MASSABNI,

EDITORIAL EXPEDIENTE

Estudo apresentado durante reunião anual da AmericanChemical Society (ACS), em agosto, em Washington (EUA)mostrou uma nova possibilidade de geração de energia a partirde bactérias modificadas. Chamadas de “ciborgues” por contada transformação química à qual foram submetidas, essas bac-térias passaram a ter seus corpos cobertos com nanocristais desemicondutores que atuam como painéis solares e que são maiseficientes na conversão da luz solar em energia do que a cloro-fila, segundo afirmou Kelsey Sakimoto, da Universidade daCalifórnia (EUA), um dos autores do estudo.

“Ao invés de confiar na clorofila ineficiente, ensinei as bac-térias a crescer e cobrir seus corpos com pequenos nanocristaisde semicondutores”, disse. O experimento usou a bactérianatural, não-fotossintética, Moorella thermoacetica.

Para produzir sua bactéria ciborgue, Sakimoto introdu-ziu o aminoácido cisteína e o elemento cádmio no seu culti-vo. Modificadas, as bactérias passaram a sintetizar as nano-partículas de sulfeto de cádmio (CdS), que absorvem de for-ma eficiente a luz, funcionando como painéis solares nassuperfícies das bactérias. O novo organismo híbrido, cha-mado M. thermoacetica-CdS, produz ácido acético a partirde energia leve, água e CO

2 a uma taxa que supera qualquer

fonte de fotossíntese natural.

Ser estudioso, inovador, conscientedos riscos de suas atividades e comu-nicativo. Este é o perfil básico do pro-fissional que a indústria química quercontratar. Mas só isso não bastará aquem pretende fazer parte da próximarevolução do setor: a digital. O assuntofoi discutido em workshop realizado naAbiquim e cujo resumo está publicadona página 13.

O Conselho decidiu reativar o Prê-mio Walter Borzani. As regras desseconcurso e do tradicional Prêmio CRQ-IV já estão disponíveis. As inscriçõespoderão ser feitas de 1 de novembro a30 de março.

Quem a indústriaquer empregar

GEORGE CURY KACHAN, JOSÉ CARLOS OLIVIERI,MASAZI MAEDA E SÉRGIO RODRIGUES.

CONSELHO EDITORIAL: HANS VIERTLER E CLAUDIO

DI VITTA

ILUSTRAÇÃO DA CAPA: FREEPIK

JORNALISTA RESPONSÁVEL:CARLOS DE SOUZA (MTB 20.148)

ASSIST. COMUNICAÇÃO:JONAS GONÇALVES (MTB 48.872)

ASSIST. ADMINISTRATIVA: MARIELLA SERIZAWA

CONTATOS: 11 3061-6059 [email protected]

BIOQUÍMICA

Bactéria “ciborgue”gera energia verde

De acordo com o pesquisador, as bactérias ciborgue fun-cionam com uma eficiência superior a 80%, e o processo éautorreplicante e autorregenerador, tornando esta uma tec-nologia de desperdício zero. “A biologia sintética e a capa-cidade de ampliar o alcance do produto da redução de CO

2

serão cruciais para aproveitar esta tecnologia como uma subs-tituição, ou uma das muitas substituições, para a indústriapetroquímica”, previu Sakimoto.

Fontes: ACS (http://bit.ly/2xnMxIR)Futurism (http://bit.ly/2g2iKkc)

Painéis solares” do híbrido tornam maiseficiente a conversão da luz em energia

Kelsey Sakimoto

Uma publicação do Conselho Regional de Química IV RegiãoRua Oscar Freire, 2.039 – SP/SP

Tel. (11) 3061-6000 - www.crq4.org.br

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Informativo CRQ-IV – 3Set/Out 2017

ANUIDADES

Profissionais que estiverem desempregados e osque farão cursos de pós-graduação sem auferir rendadeverão solicitar, de 1 a 30 de novembro, o benefíciode suspensão da anuidade de 2018. Aqueles que jáestão com a anuidade suspensa e permanecem fora domercado de trabalho não precisarão renovar o pedido.Os documentos exigidos e as instruções para sua re-messa ao Conselho estão disponíveis na páginawww.crq4.org.br/suspensao.

Eventuais solicitações protocoladas depois de no-vembro somente serão apreciadas caso as situaçõesque permitem a concessão do benefício (perda doemprego ou matrícula em curso de pós-graduação) seconfigurarem em dezembro. O profissional registradono CRQ-IV que atender aos requisitos apenas a partirde janeiro não terá direito à suspensão.

Os profissionais que já têm a anuidade suspensaestão obrigados a notificar o Conselho tão logo inici-em uma atividade remunerada em qualquer ramo (mes-mo fora da área química). Caso não cumpram a deter-minação, passam a estar sujeitos a penalidades, taiscomo responder a processo administrativo por infra-ção ao Código de Ética Profissional e pagamento demulta. Para evitar a cobrança, é necessário solicitar ocancelamento do registro, que poderá ser reaberto pos-teriormente caso o profissional retome atividades naárea química.

Estabelecida há cinco anos, a fixação de prazos parao recebimento dos pedidos de suspensão da anuidadevisa permitir ao Conselho fazer um planejamento fi-nanceiro para o próximo exercício. Além disso, a me-dida possibilita a redução de custos com a emissão epostagem de boletos de cobrança e evita o acúmulo deprocessos a serem apreciados pelo Plenário no iníciodo ano, quando o fluxo de solicitações de novos regis-tros é mais expressivo.

Pedido de suspensão da taxa de2018 deve ser feito em novembro

Cuidado para não perder o prazo evita cobrança prevista na legislação

Freepik

Anote em sua agendaPedidos de suspensão da anuidade de

2018 deverão ser solicitados no períodoentre 1 e 30 de novembro de 2017.

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4 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

QUÍMICA FARMACÊUTICA

Em palestra com o tema “O SistemaProteolítico Ubiquitina: de mecanismosbásicos a doenças humanas, até o desen-volvimento de medicamentos”, proferi-da em 9 de agosto no Instituto de Radi-ologia do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da USP, em SãoPaulo, o Bioquímico israelense AaronCiechanover, um dos ganhadores do Prê-mio Nobel de Química em 2004, ressal-tou a iminência de uma revolução nahistória da Medicina moderna, com focona personalização dos cuidados médi-cos e na prevenção de doenças.

O evento, que teve o apoio da multi-nacional biofarmacêutica AstraZeneca,integrou o programa Nobel Prize Inspi-ration Initiative, que leva laureados auniversidades e centros de pesquisa aoredor do mundo, visando despertar ointeresse de jovens pesquisadores sobreCiência. Ciechanover também ministroupalestras nos dias 10 e 11 de agosto, res-

pectivamente em Brasília e no Rio deJaneiro. Na capital federal, apresentou-se na Universidade de Brasília (UnB),onde recebeu o título de “Doutor Hono-ris Causa”, e na Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa). Já no Rio,esteve na Fiocruz e no Instituto Nacio-nal do Câncer (Inca).

Em São Paulo, o cientista israelen-se apresentou aspectos das mudançasvivenciadas pela Medicina nos últimos100 anos, com destaque para a tecno-logia. Dos raios-X à ressonância mag-nética, passando pelos antibióticos, es-ses avanços foram resultados de esfor-ços contínuos da Ciência para que aexpectativa de vida humana fosse pro-longada. Entretanto, Ciechanover dis-se acreditar que, necessariamente, ha-verá um limite para essa extensão.

“A Medicina moderna tem que pa-gar o preço pela busca por maior tem-po de vida. Trata-se de um fardo pesa-

do para a economia, criando uma pres-são crescente sobre as famílias, os go-vernos e as seguradoras, ainda maisconsiderando que entre 80 e 90% dosgastos com saúde são feitos na partefinal da vida”, enfatizou.

A primeira revolução da Medicina,segundo Ciechanover, ocorreu entre asdécadas de 1930 e 1960, com a criaçãode medicamentos como a aspirina e apenicilina. Entre os anos 1970 e 2000,ocorreu a segunda, quando os avançostecnológicos e a descoberta de novoscompostos químicos, como as estatinas,viabilizaram a criação de drogas maiseficazes para obter, por exemplo, o con-trole do nível de colesterol.

A medicina preventiva e a epidemi-ologia, dois segmentos que, no enten-dimento do Nobel de Química, aindanão recebem a devida valorização, de-verão se tornar a base para o que eleentende como a terceira revolução, ouseja, a descoberta, por meio da pesqui-sa biomédica, de drogas que direcionemos tratamentos médicos para uma per-sonalização, atendendo a característi-cas genéticas específicas de cada paci-ente. O pesquisador citou os quatro“Ps” que esta nova Medicina deverá tercomo características: personalizada,preditiva, preventiva e participativa,sendo esta última a que irá emancipar acondição do paciente no contexto deseu tratamento, dando-lhe possibilida-des de discussão e de escolha.

Ciechanover considera que a basepara a personalização surgiu a partir doadvento do Projeto Genoma, em 2000.Com o sequenciamento dos genes queformam o DNA, tornou-se possível ela-borar análises das particularidades doorganismo de cada paciente e de como

Nobel de Química diz que futuroda Medicina é a personalização

Laureado em 2004, Aaron Ciechanover descobriu sistema que descarta proteínas

Ciechanover: revolução na Medicina focará a personalização dos cuidados e a prevenção de doenças

CRQ-IV

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Informativo CRQ-IV – 5Set/Out 2017

QUÍMICA FARMACÊUTICA

as doenças podem se manifestar de for-mas diferentes no corpo humano.

Outro ponto considerado relevan-te pelo pesquisador é o fato de que osmedicamentos precisam ser desenvol-vidos não apenas com foco nas doen-ças, mas também nas possíveis reaçõesadversas que uma pessoa pode apre-sentar. Para isso, o mapeamento gené-tico é fundamental para a prevençãode efeitos colaterais.

Ciechanover também defendeu queos países invistam nas universidades e,em especial, nos pesquisadores, poismuitas das descobertas científicas sãoconsequências de pesquisa básica mo-vida pela curiosidade dos cientistas.

QUALIDADE – Após a palestra, Ciecha-nover foi questionado pelo Informativosobre o atual estágio das pesquisas emtorno do sistema proteolítico ubiquitina,que lhe rendeu o Prêmio Nobel. Relaci-onado pelo pesquisador a medicamen-tos de combate ao câncer, devido ao fatode esta doença ser causada por proteí-nas modificadas que se acumulam deforma anormal, o sistema foi definidopor ele como um “mecanismo de con-trole de qualidade” do corpo humano pordescartar proteínas que podem gerarefeitos nocivos ao organismo.

Segundo o cientista, por se tratar deuma plataforma para o desenvolvimen-to de novas drogas, a ubiquitina já foiadotada como referência por algumasdas mais importantes indústrias farma-cêuticas globais, como Merck e John-son & Johnson. Além disso, ele infor-mou que já foram publicados cerca de100 mil artigos científicos sobre o as-sunto. “A descoberta foi apenas a pon-ta do iceberg, pois trata-se de um siste-ma complexo, que envolve cerca de 2mil proteínas”, apontou.

TRAJETÓRIA – Aaron Ciechanover nasceuno ano de 1947 em Haifa (Israel). Nosestudos, desenvolveu interesse pelas Ci-ências Biológicas (em especial, pela Bi-oquímica). No início dos anos 1970, ob-

teve mestrado em Ciências e formou-seem Medicina na Universidade Hebraicade Jerusalém. Prestou o serviço militaratuando na área médica de 1973 a 1976.

Em 1981, concluiu o doutorado noInstituto de Tecnologia de Israel (Te-chnion), em Haifa. Nessa época, junta-mente com seu orientador (o tambémisraelense Avram Hershko) e o norte-americano Irwin Rose (1926-2015), doFox Chase Cancer Center de Filadélfia(EUA), descobriu o papel da ubiquiti-na, que marca proteínas indesejadaspara que estas sejam decompostas pelocomplexo denominado proteassoma. Otrabalho foi agraciado com o PrêmioNobel de Química de 2004 (veja box).

No pós-doutorado realizado no Mas-

As pesquisas que conferiram o Prê-mio Nobel de Química de 2004 a Cie-chanover e aos seus colegas AvramHershko e Irwin Rose foram realiza-das na década de 1980 e ajudaram aciência a compreender como o corpohumano protege-se de doenças comoa leucemia e a fibrose cística a partirda eliminação de proteínas indesejadas.

As proteínas são moléculas queexecutam várias funções dentro dascélulas. Porém, quando terminam seuciclo de vida precisam ser eliminadas.

Os cientistas descobriram que asproteínas indesejadas, capazes, porexemplo, de levar a erros na multipli-cação das células, recebem o que foidenominado na época pela AcademiaReal de Ciências da Suécia - promo-tora do Prêmio Nobel - como o “beijoda morte” de uma molécula chamadaubiquitina, que se fixa a elas e as con-duzem até os proteossomos.

Funcionando como unidades de“processamento de lixo”, os proteos-somos trituram as proteínas. Antes dea destruição começar, a ubiquitina sol-ta-se de sua “vítima” e começa a pro-curar outra proteína a ser descartada.

O corpo permanece o tempo todotrocando proteínas, sintetizando-as edestruindo-as. Ciechanover, Hershkoe Rose explicaram o processo de con-trole de qualidade que o organismorealiza para se livrar das proteínas quese estragam, fornecendo bases para odesenvolvimento de vários medica-mentos destinados ao tratamento dedoenças degenerativas.

sachusetts Institute of Technology (MIT)de 1981 a 1984, o pesquisador continuouseus estudos sobre o sistema ubiquitinae fez importantes descobertas adicionais.Ficou comprovado que proteólises me-diadas por ubiquitina desempenham umimportante papel em muitos processoscelulares e anomalias nos sistemas quesustentam mecanismos patogênicos demuitas doenças, como certas malignida-des e transtornos neurodegenerativos.Dessa forma, o sistema se tornou umaplataforma importante para o desenvol-vimento de medicamentos.

Atualmente, Ciechanover é profes-sor honorário de pesquisa na Faculda-de de Medicina do Instituto de Tecno-logia de Israel.

O Beijo da Morte

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6 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

KURT POLITZER

A 16ª edição do Prêmio Kurt Polit-zer de Tecnologia, promovido pela As-sociação Brasileira da Indústria Quími-ca (Abiquim), está com inscrições aber-tas pelo site www.abiquim.org.br até odia 31 de outubro.

O objetivo da iniciativa é reconhe-cer o mérito de projetos que demons-trem a inventividade e a criatividade deempresas e pesquisadores, visando es-timular a pesquisa e a inovação.

A premiação é dividida em três ca-tegorias: Empresa Nascente de BaseTecnológica (Startup), Empresa ePesquisador. A primeira é destinadaa projetos nacionais desenvolvidos

por companhias em fase de estrutu-ração empresarial, sem posição defi-nida no mercado, inseridas ou não emincubadoras, que busquem oportuni-dades em nichos de mercado e quetenham produtos ou serviços inova-dores e de alto valor agregado.

Na categoria Empresa, podem par-ticipar as organizações que tenham de-senvolvido projetos e cases de inova-ção tecnológica na área química quelevem à modernização e ao aumento dacompetitividade do parque industrialbrasileiro. Poderão concorrer trabalhosde melhorias de processos, produtos eserviços já existentes no mercado, as-

Inscrições para prêmio promovidopela Abiquim vão até 31 de outubro

sim como aqueles que envolvam o de-senvolvimento de processos, produtos,aplicações e serviços pioneiros.

Já na categoria Pesquisador, parti-cipam profissionais que tenham desen-volvido projetos na área química compotencial de aplicação industrial.

A entrega dos troféus aos vencedo-res ocorrerá durante o 22º EncontroAnual da Indústria Química (ENAIQ),em 8 de dezembro, no Sheraton SãoPaulo WTC Hotel, na Capital.

Professor, pesquisador e empreende-dor, Kurt Politzer (1922-2010) integrouo Conselho Diretor e coordenou a Co-missão de Tecnologia da Abiquim.

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Informativo CRQ-IV – 7Set/Out 2017

LITERATURA

Manual de Perícias e assinatura derevista científica serão sorteados

Os interessados em concorrer deverão enviar um e-mail para [email protected], informando nome,CPF e endereço residencial com CEP. No campo “Assunto” da mensagem escreva a palavra “Sorteio” e

o interesse (título do livro ou assinatura da BrJAC). Remeta e-mails separados se quiser concorrer aambos. O sorteio será promovido em 06/11. Podem participar profissionais e estudantes.

As recentes mudanças na legislação implementadas noCódigo de Processo Civil fundamentam o Manual de Perí-cias, que está na sexta edição. O livro é indicado a profissi-onais com interesse em atuar como peritos em demandasjudiciárias. Editada pela Rui Juliano Perícias, a obra serviráde base para o curso que a empresa promoverá em S. Paulode 7 a 10 de novembro (acesse http://bit.ly/2w0mTsW paraobter mais informações).

O manual pode ser adquirido no site http://bit.ly/2x97XsEpor R$ 690,00. O valor inclui o acesso gratuito por um anoao conteúdo pago do site Roteiro de Perícias (http://roteirodepericias.com.br/), que inclui um fluxograma deta-lhado das rotinas dos profissionais da área, textos de refe-rência, além de diversos modelos de laudos, petições e co-municados típicos dessa área de atuação.

Publicação dedicada à Química Analítica criada em 2010,a BrJAC (Brazilian Journal of Analytical Chemistry) éuma revista trimestral, em inglês, que divulga artigos científi-cos, entrevistas e notícias do mercado. O corpo editorial éliderado pelo Prof. Dr. Lauro Kubota, atual diretor do Institu-to de Química da Unicamp. A versão digital pode ser assinadagratuitamente, enquanto que os interessados em receber a re-vista impressa devem pagar uma taxa anual de R$ 360,00.

Por meio de parceria, o CRQ-IV irá sortear uma assina-tura anual gratuita da publicação impressa. O acordo tam-bém prevê aos não contemplados no sorteio a concessão deum desconto de 20%, por meio da utilização do códigoCRQ2017 na página de cadastro (http://www.brjac.com.br/new-user.php). Mais informações sobre a publicação podemser obtidas no site www.brjac.com.br.

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8 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

ESTUDANTES

Em sessão realizada no dia 18 desetembro, o Plenário do Conselho de-finiu o regulamento da edição 2018 doPrêmio CRQ-IV, tradicional concursopúblico promovido pela entidade quevisa estimular o interesse de estudan-tes pela pesquisa científica. As inscri-ções estarão abertas a partir de 1º denovembro e poderão ser feitas até 30de março do próximo ano. Os documen-tos necessários devem ser baixados dosite www.crq4.org.br.

No total, serão distribuídos aos ven-cedores R$ 34,5 mil, sendo reservadospara cada uma das três modalidades R$7 mil para estudantes e R$ 4,5 mil paraorientadores. Além dos valores (dosquais serão descontados os impostospertinentes), os contemplados recebe-

rão certificados, assim como suas res-pectivas instituições de ensino, e terãoseus nomes inscritos na Galeria de Ven-cedores do concurso, que é uma seçãodo site do Conselho.

Serão aceitos trabalhos individuaisou em grupos de até três alunos. É per-mitido a cada estudante ou grupo ins-crever somente um trabalho, feito noâmbito de curso enquadrado em umadas três modalidades previstas no re-gulamento: Engenharias da Área Quí-mica, Química de Nível Superior (Ba-charelado, Licenciatura e cursos tecno-lógicos) e Química de Nível Médio(cursos técnicos). Nesta última, serãoadmitidos somente trabalhos que sejamrelacionados às áreas de Cosméticos,Química de Alimentos e Química Am-

Conselho define o regulamentoda edição 2018 do Prêmio CRQ-IVConcurso distribuirá um total R$ 34,5 mil aos autores dos melhores trabalhos

biental. Na edição 2017, os temas defi-nidos para essa modalidade foramAgroquímica, Biotecnologia e Nano-tecnologia.

Cada trabalho poderá ter, no máxi-mo, dois orientadores. Estes deverão serprofissionais registrados, em situaçãoregular no CRQ-IV e que possuam atu-ação na área de conhecimento relacio-nada ao tema escolhido. Não há limitede pesquisas que um mesmo profissio-nal poderá orientar.

Como tradicionalmente ocorre, aentrega do Prêmio CRQ-IV ocorrerádurante solenidade alusiva ao Dia doProfissional da Química, comemoradoem 18 de junho. Contudo, a data exatado evento será definida posteriormentepelo Plenário do Conselho.

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Informativo CRQ-IV – 9Set/Out 2017

PROFISSIONAIS

O Plenário do CRQ-IV estabeleceu,no dia 18 de setembro, o regulamentopara a próxima edição do Prêmio Wal-ter Borzani. As inscrições serão aber-tas em 1º de novembro e irão até 30 demarço de 2018. O regulamento e a fi-cha de inscrição podem ser baixados emwww.crq4.org.br. O ganhador recebe-rá um troféu, um certificado e a inscri-ção de seu nome na Galeria de Vence-dores do concurso, disponível no site.

Poderá participar do prêmio o Pro-fissional da Química com expressivaexperiência em sua área de atuação eque esteja em situação regular noCRQ-IV. O candidato poderá se ins-crever por iniciativa própria ou ser in-dicado por entidade do setor produti-vo, associação ou instituição de ensi-no e/ou de pesquisa. No julgamentodo histórico profissional, será avalia-do o conjunto de atividades desenvol-vidas ao longo da carreira, como de-clarações, entrevistas, publicações erealizações técnicas e/ou científicas,entre outras que tenham proporciona-do avanços em prol da Química.

A entrega do Prêmio Walter Borza-ni ocorrerá durante solenidade alusivaao Dia do Profissional da Química, co-memorado em 18 de junho. A data exa-ta do evento será definida posteriormen-te pelo Plenário do Conselho.

HISTÓRICO – Instituído em 2011 e en-tregue pela primeira vez dois anosmais tarde, o Prêmio Walter Borzanisubstituiu o Prêmio Fritz Feigl comoa distinção concedida pelo CRQ-IVaos profissionais que, por meio de atu-ação na indústria ou ensino/pesquisacontribuíram para o desenvolvimento

da Química. O primeiro ganhador foiOsvaldo Antonio Serra, professor daUSP de Ribeirão Preto. Em 2014, opesquisador Luiz Carlos Dias, da Uni-camp, foi o contemplado. O prêmionão foi outorgado nos dois anos se-guintes por não ter sido alcançado onúmero mínimo de inscritos. O Plená-rio optou por não promover o concur-so em 2017.

O nome do prê-mio é uma homena-gem ao EngenheiroQuímico Walter Bor-zani. Formado em1947 pela Escola Po-litécnica da USP, foimembro da primeiraturma de conselhei-ros do Conselho Fe-deral de Química eresponsável pela ins-talação do CRQ-IV,em 1º de agosto de1957. Eleito conse-lheiro deste Regional

Plenário decide restabelecer concursoque reconhece carreiras de destaque

Inscrições começam em novembro; vencedor receberá trofeu e certificado

em 1966, prestou serviços à entidadeaté 1969.

Professor da Poli/USP, FEI e Mauá,concentrou suas pesquisas em biotec-nologia industrial. Foi um dos funda-dores da Academia de Ciências de SãoPaulo e integrou a Academia Brasilei-ra de Ciências. Faleceu em fevereiro de2008, aos 83 anos.

Arquivo

Walter Borzani foi responsável pela instalação do CRQ-IV, em 1957

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INOVAÇÃO

Pesquisadoras do Instituto de Pesqui-sas Energéticas e Nucleares (Ipen) de-senvolveram um processo que transfor-ma cinzas da biomassa de cana-de-açú-car em sílica gel e em nanosílica de altapureza, ambas na forma de pó. O traba-lho foi coordenado pela professora De-nise Alves Fungaro e teve a colabora-ção das pós-doutorandas Luciana Caval-canti de Azevedo e Suzimara Rovani.

Intitulado “Produção de Sílica Gele Nanosílica de Alta Pureza a partir deCinzas da Biomassa de Cana-de-Açú-car com Alto Potencial de Comerciali-zação”, o trabalho foi reconhecido pelaAssociação Brasileira da Indústria Quí-mica (Abiquim), que concedeu o Prê-mio Kurt Politzer de Tecnologia 2016,na categoria Pesquisador, a Denise, en-trevistada pelo Informativo.

A pesquisadora ressalta que a ob-tenção da sílica (ou óxido de silício -SiO

2) ocorre tradicionalmente pela ex-

tração do cristal de quartzo presente naNatureza em jazidas ou lavras de areia(conhecida como areia industrial, areiade quartzo, areia quartzosa ou areia desílica), processo que pode gerar impac-tos ambientais significativos. “As rochase os minerais ocorrem em quantidadefinita e não renovável. A exploração deminérios de forma indiscriminada podeocasionar a destruição da flora, a extin-ção da fauna, a erosão dos solos e a po-luição do ar e das águas”, alerta.

O processo desenvolvido pelo grupodo Ipen utiliza as cinzas resultantes daqueima do bagaço da cana, que tradicio-nalmente são destinadas pelas usinas dosetor sucroalcooleiro à fabricação de fer-tilizantes. No entanto, Denise esclareceque as cinzas, por terem poucos nutrien-tes, não geram um desempenho satisfa-

tório nesse campo, podendo ser mais úteisna produção de sílicas, por meio de umprocesso mais sustentável e menos dis-pendioso se comparado ao método tradi-cional. “Estima-se que o custo de produ-ção da nanosílica a partir de cinzas dabiomassa de cana é cerca de 40% menor,considerando o baixo custo das matérias-primas e a baixa quantidade de energiautilizada no processo”, destaca a coorde-nadora da pesquisa.

Com base nos mais recentes núme-ros relativos à cana-de-açúcar divulgadospela Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab), é possível aferir a dispo-nibilidade da matéria-prima necessáriapara a produção da sílica gel e da nanosí-lica de alta pureza. A estimativa para asafra 2017/2018 de cana-de-açúcar é de647,63 milhões de toneladas (na safra2016/2017, foram colhidas 657,18 mi-lhões de toneladas). Cada tonelada gerade 250 a 270 kg de bagaço, cuja queimacom as palhas e pontas (mais 200 kg portonelada) resulta em 1% a 4% de cinzas.

SUSTENTABILIDADE – A nanosílica de-senvolvida é uma alternativa à sílica de

alta pureza comercialmente disponível,fabricada por meio de um processo defusão de areia industrial com soda cáus-tica em fornos de alta temperatura ope-rados entre 1.300 ºC e 1.500 ºC (ou emtemperaturas mais elevadas para pro-duzir materiais com características ví-treas). “No nosso processo, a nanosíli-ca de alta pureza é obtida em tempera-turas entre 350 ºC e 550 ºC. Logo, háuma grande economia de custo energé-tico”, salienta Denise.

No processo desenvolvido na pes-quisa, as cinzas primeiramente são sub-metidas a uma fusão com hidróxido desódio. Em seguida, a mistura fundida ésubmetida a refluxo de água para solu-bilização do silicato de sódio. Na últi-ma etapa, é adicionado ácido para pre-cipitar a sílica. Todo o processo estáincluído em um depósito de patentesubmetido ao Instituto Nacional de Pro-priedade Industrial (INPI).

A pesquisa está na fase de desenvol-vimento em escala de laboratório. Osprojetos em andamento no Ipen estãovoltados para a avaliação do uso da na-nosílica no tratamento de efluente têxtil

Processo transforma cinzas debiomassa em sílicas industriais

Solução pode gerar fonte de renda adicional ao setor sucroalcooleiro

1) Cinzas da biomassa de cana e 2) Nanosílica de alta pureza extraída do processamento das cinzas

10 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

Divulgação

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INOVAÇÃO

e de água contaminada com interferen-tes endócrinos, como o bisfenol-A. Nes-se mesmo enfoque de utilização, o pro-cesso de preparação de membrana parananofiltração tem sido objeto de estudo.Outra pesquisa busca analisar o uso dananosílica de alta pureza na produçãode biopolímeros termoplásticos comopotenciais substitutos dos plásticos con-vencionais. “A próxima etapa da linhade pesquisa será direcionada para o au-mento de escala e avaliação da viabili-dade econômica do processo de obten-ção dos produtos”, informa Denise.

ESTATÍSTICAS – De acordo com infor-mações do relatório “A indústria mine-ral paulista: síntese setorial do merca-do produtor” (http://bit.ly/2hhwdBq),publicado neste ano pela Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo (Fi-esp), as reservas brasileiras de areia in-dustrial em 2013 eram de 1,2 bilhão detoneladas lavráveis. As jazidas maisimportantes deste bem mineral estãolocalizadas nos estados de São Paulo(60%, com cerca de 546 milhões detoneladas de reservas lavráveis), MinasGerais, Santa Catarina, Rio Grande doSul, Bahia, Sergipe e Pernambuco.

A mesma publicação informa aindaque os dados oficiais sobre a demandapor areia industrial no país, de acordocom o Departamento Nacional de Pro-dução Mineral (DNPM), apontam queos segmentos vidreiro (37,5%) e de fun-dição (37,5%) são responsáveis pelamaior parte do consumo (75%). Paraesses setores, de acordo com Denise, aareia industrial é vendida no estado bru-

to, não beneficiado, e tem um bai-xo valor de comercialização. Os de-mais 25% correspondem a um nú-mero expressivo de segmentos in-dustriais, como indústrias cerâmi-cas (branca e de revestimento), ci-menteiras e de ferro-ligas.

A pesquisadora enfatiza que,apesar de possuir as maiores reser-vas mundiais de rocha de quartzo egrandes reservas de areia industrial,o Brasil tem dependência externados produtos industrializados ondea nanosílica de alta pureza é empre-gada. Dessa forma, trata-se de ummercado que, segundo ela, apresen-ta um potencial expressivo, pois ovalor comercial global estimado dasílica para aplicações que necessi-tam de um material de alta purezafoi de US$ 1,7 milhão em 2016.

A sílica gel e a nanosílica sintetiza-das pelo grupo do Ipen, por apresenta-rem grau de pureza acima de 99%, pos-suem, de acordo com Denise, alto va-lor agregado e potencial de geração dereceitas para as indústrias sucroalcoo-leiras, que poderiam comercializá-lascomo matérias-primas para os fabrican-tes de tintas, polímeros, cerâmicas, re-vestimentos, indústria automobilística,agentes de limpeza, catalisadores, ad-sorventes, desumidificantes e produtosalimentícios, criando assim um novonicho econômico para os subprodutosda fabricação de açúcar e álcool.

Outras aplicações possíveis para osprodutos envolvem segmentos que pos-suem demanda crescente na atualida-de, tais como a indústria de microele-trônica (para a fabricação de semicon-dutores, circuitos integrados etc.); fa-bricação de células solares para gera-ção de energia elétrica por fotoconver-são de energia solar e uso em bateriarecarregável do tipo íon-lítio.

Contatos com a professoraDenise Fungaro podem

ser feitos pelo [email protected]

A pesquisa coordenada por Denise Fungaro ganhou o Prêmio Kurt Politzer 2016, promovido pela Abiquim

Marcos Santos/USP Imagens

Subproduto poderá gerar ganho extra ao setor sucroalcooleiro

CT

C

Informativo CRQ-IV – 11Set/Out 2017

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12 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

PATENTES

O crescimento da relevância dasuniversidades no âmbito do registro depatentes foi um dos destaques da pa-lestra “Patentes na Área da Química:Um Overview no Brasil e no Mundo”,proferida em 23 de agosto na sede daFundação de Amparo à Pesquisa doEstado de São Paulo (Fapesp) pelo nor-te-americano Matt McBride, diretor doServiço Especializado de Buscas dePropriedade Intelectual do ChemicalAbstracts Service (CAS), divisão daAmerican Chemical Society (ACS) quemantém bases de dados sobre periódi-cos científicos.

Cerca de 25% da documentaçãoanalisada pelo CAS para o registro denovas substâncias químicas provém dospedidos de patentes feitos em diversospaíses. A predominância das empresascomo produtoras de inovações cientí-ficas ainda é uma realidade global. Po-rém, segundo McBride, desde meadosdos anos 1990 é registrada uma tendên-cia de crescimento da participação dasuniversidades nesse processo. No Bra-sil, esse protagonismo pode ser obser-vado em segmentos como o de biotec-nologia industrial.

Em 1995, as instituições de ensinorespondiam por menos de 5% do totalde publicações de patentes. Dez anosdepois, o percentual chegou a 10%. Em2015, atingiu aproximadamente 20%.O diretor do serviço de buscas do CASacredita que a participação pode sermaior se mais universidades criassemsetores internos voltados para o auxí-lio a pesquisadores nos processos detransferência de tecnologia.

Nos últimos 40 anos, a importân-cia das patentes na descoberta de no-vas substâncias também está em uma

curva ascendente. Em 1976,apenas 10% dos novos com-postos químicos eram pro-venientes de registros depropriedade intelectual. Jáem 2016, o índice atingiu80%. Para McBride, a cata-logação de substâncias quí-micas é desafiadora devidoà existência de diferentesnomenclaturas. Além de res-saltar o padrão adotado pelaprópria CAS, também citoucomo exemplo o que é utili-zado pela União Interna-cional de Química Pura eAplicada (Iupac).

Atualmente, o Brasil senotabiliza por pedidos de re-gistro de patentes nas áreasfarmacêutica, de combustíveis fósseise de plásticos. McBride comparou oranking brasileiro com os de outrospaíses: China (setores farmacêutico, demateriais elétricos e plásticos), EUA(materiais elétricos, farmacêutico eplásticos) e Japão (materiais elétricos,plásticos e energia alternativa).

BRASIL – No 4º Seminário Abiquim deTecnologia e Inovação, promovido emjulho, durante o 46º Congresso Mun-dial de Química da Iupac, a biotecno-logia industrial esteve em foco na pa-lestra de Denise Ferreira, gerente daAmerican Chemical Society no Bra-sil. Na ocasião, ela apresentou dadossobre a participação do País no mer-cado global, que sofreu uma queda ex-pressiva nos últimos três anos (da 36ªposição para a 47ª). Um dos motivosapontados por Denise para essa retra-ção é o burocrático processo para o

registro de propriedade intelectual. Noentanto, salientou a importância dasuniversidades, como a USP e a Uni-camp, como principais responsáveispela produtividade científica nacional.

Em sua palestra na Fapesp, MattMcBride apresentou números referen-tes ao registro anual de trabalhos depesquisa brasileiros no CAS nas áreasde Química e Biotecnologia: apesar deum crescimento contínuo desde 2012,ambas deverão ter quedas neste ano.As razões para isso ainda não são co-nhecidas. Na Química, em 2012, cer-ca de 5 mil trabalhos foram cataloga-dos. Quatro anos depois, o total atin-giu 30 mil. Para 2017, a expectativa éde que o número não ultrapasse 10 mil.Já em relação à Biotecnologia, deaproximadamente 500 pesquisas em2012, chegou-se a 3.500 no ano pas-sado. O total deve cair para pouco maisde mil, em 2017.

Cresce a participação global deregistros feitos por universidadesDado foi apresentado por representante da ACS durante palestra na Fapesp

CRQ-IV

McBride é diretor do CAS, divisão da American Chemical Society

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Informativo CRQ-IV – 13Set/Out 2017

EMPREGO

Ser estudioso, inovador, conscientedos riscos de suas atividades e comu-nicativo. Estas são algumas das carac-terísticas que formam o perfil do pro-fissional desejado pelas indústrias quí-micas no século XXI. As expectativasdo mercado e a formação de mão deobra, por meio de cursos das institui-ções de ensino ou de programas de ca-pacitação feitos por empresas, foramobjetos de palestras e debates emworkshop realizado no dia 22 de setem-bro pela Associação Brasileira da In-dústria Química (Abiquim), que reuniugestores das áreas de Educação e Re-cursos Humanos.

Na abertura, o presidente-executivoda Abiquim, Fernando Figueiredo, enal-teceu a importância da Química para amelhoria da qualidade de vida humana,especialmente nos últimos 100 anos, epara o desenvolvimento sustentável doplaneta nas próximas décadas. Segundoele, tal capacidade de inovar e transfor-mar só será mantida pela atuação de pro-fissionais altamente qualificados. “A in-dústria química será o segmento maisbrilhante deste século, impulsionado

pelas novas ondas de inovação embio e nanotecnologias”, enfatizou.

Em sua palestra “A Quarta Re-volução Industrial, a empresa digi-tal e o futuro do emprego”, o ge-rente de Inovação e Tecnologia doSenai, Osvaldo Lahoz Maia, assi-nalou a queda do Brasil em termosde competitividade global (da 75ªposição para a 81ª em 2016), apon-tando a formação de profissionaisaptos a trabalhar com as novas tec-nologias digitais como um dos pi-lares para a reversão desse quadro.

Considerando os três eixos dachamada “quarta revolução industrial”– tecnologia, capital humano e mode-los de negócios e plataformas –, Maiaenfatizou que as empresas devem adap-tar suas operações a essa nova realida-de, criando condições para atrair e re-ter os melhores talentos. Ao mesmotempo, os cursos da área devem acom-panhar as mais recentes tendências, cri-ando uma “cultura digital” desde o am-biente de ensino. No caso do Senai, ametodologia atual contempla o proces-so de implantação de uma fábrica to-

talmente conectada, com processosotimizados pela utilização de tec-nologias, incluindo computaçãoem nuvem, dispositivos móveis eanálise de grandes volumes de da-dos (“big data”).

“O desenvolvimento nos camposda Inteligência Artificial e Aprendi-zado Computacional, Robótica, Na-notecnologia, Impressão 3D e Ge-nética e Biotecnologia estão se in-terconectando e acelerando um aooutro, constituindo o que se chamade 4ª revolução industrial”, concluiuo gerente do Senai.

“A missão do Instituto de Químicada USP na geração de talentos para aindústria química” foi o tema da pales-tra de Luiz Henrique Catalani, diretordo IQ-USP. Ao apresentar os cursosoferecidos pela instituição, como o Ba-charelado em Química, salientou a res-ponsabilidade das escolas como inter-mediárias entre a sociedade e o merca-do de trabalho.

De acordo com um levantamento fei-to pela instituição, atualmente os alunosingressantes tendem a buscar formaçãopara atuar nos segmentos de QuímicaForense, Química dos Alimentos, Nano-tecnologia, Química dos Materiais, Quí-mica Nuclear, Química Quântica, Quí-mica Computacional e Fitoquímica.

A programação teve ainda palestrascom o psicólogo Julio Cezar Ferri Tur-bay, que abordou os novos desafios paraa gestão de pessoas; e com Mária AlvesFernandes de Oliveira, que falou sobre ouso das tecnologias no desenvolvimentode recursos humanos da Transpetro. Tam-bém foram apresentados casos de sucessode programas de capacitação mantidospelas empresas Rhodia e Braskem.

Perfil do profissional desejado édiscutido em workshop na Abiquim

Palestras apresentaram visões de especialistas do mercado e da academia

Figueiredo: inovação será mantida por elevada qualificação

Cursos devem criar uma “cultura digital”, diz Maia

CRQ-IV

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14 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

COSMÉTICOS

“Como preparar sua empresa paraas inspeções regulatórias” foi o temado seminário promovido pela ComissãoTécnica de Cosméticos do CRQ-IV(CTCos) no dia 15 de agosto, na sededa entidade, com apoio do Sindicatodos Químicos, Químicos Industriais eEngenheiros Químicos do Estado deSão Paulo (Sinquisp). O evento, queteve a participação de aproximadamen-te cem pessoas, se destinou principal-mente a Responsáveis Técnicos e pro-fissionais de áreas envolvidas na ges-tão regulatória.

O primeiro palestrante foi Luiz Ro-berto Fernandes, diretor da LR Consul-toria, especializada em assessoria naárea regulatória. Ele abordou os diver-sos documentos exigidos pelos órgãosde controle e fiscalização, tais como aAgência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa), a Companhia Ambien-tal do Estado de São Paulo (Cetesb) eo próprio CRQ-IV. De acordo com Fer-nandes, os trâmites burocráticos apre-

sentados devem ser cumpridos por in-dústrias, importadoras, distribuidoras,exportadoras, transportadoras e arma-zenadoras de produtos de higiene pes-soal, cosméticos e perfumes.

Ainda no período da manhã, a ins-peção sanitária foi o foco da segundapalestra, proferida pela Farmacêutica

Bioquímica Rita Bacoccini, diretora doGrupo Técnico de Cosméticos do Cen-tro de Vigilância Sanitária (CVS) doEstado de São Paulo. Além de detalhara estrutura de funcionamento do CVSe de apontar pontos críticos prioriza-dos pela fiscalização e exemplos denão conformidades, ela também aler-tou para o fato de que alguns repre-sentantes de indústrias, quando rece-bem vistorias, demonstram falta de co-nhecimento adequado sobre a legisla-ção vigente. “O interesse no cumpri-mento das normas deve partir das em-presas”, salientou.

Encontro discutiu asinspeções a que as

empresas estão sujeitasEvento voltado principalmente para Responsáveis

Técnicos reuniu 100 pessoas no auditório do CRQ-IV

Fernandes: trâmites alcançam toda a cadeia

Fotos: CRQ-IV

Alguns não conhecem a legislação, diz Rita

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Informativo CRQ-IV – 15Set/Out 2017

COSMÉTICOS

O primeiro bloco foi concluído comuma mesa-redonda formada pelos pa-lestrantes e aberta ao esclarecimento dedúvidas apresentadas pelo público.

A programação do período da tardefoi aberta pelo Engenheiro QuímicoLauro Pereira Dias, especialista em fis-calização de produtos controlados econselheiro do CRQ-IV. Com foco nasexigências do Exército, da Polícia Fe-deral e da Polícia Civil, a palestra deta-lhou aspectos do controle que esses ór-gãos promovem sobre os produtos iden-tificados como perigosos pela legisla-

ção. Dias ressaltou a importância de secontrolar a produção, o armazenamentoe o transporte destes por razões técnicas(como assuntos de segurança pública,por exemplo), determinações previstasem acordos internacionais e por ques-tões relativas à proteção de mercado.

O ciclo de apresentações teve pros-seguimento com Aaran Estevão LimaBarbosa, 1º Tenente do Corpo de Bom-beiros. Em destaque, as vistorias feitaspela corporação no sentido de evitarincêndios e consequentes danos a edi-ficações. Ele relatou que, atualmente,

17 bombeiros formam a equipe técnicaresponsável na cidade de São Paulo,onde são feitas diariamente, em média,cerca de 150 solicitações de vistorias.

O Engenheiro Civil Milton NorioSogabe, gerente de Projetos Especiaisda Cetesb, foi o último palestrante doseminário e descreveu as etapas do pro-cesso de fiscalização do órgão ambien-tal, com foco na poluição do ar e daágua. O encerramento se deu com umamesa-redonda, voltada para o esclare-cimento de dúvidas dos participantes.

APRIMORAMENTO – A Bacharel em Quí-mica Ana Clara Pereira, de Mairiporã,trabalha como Responsável Técnica naempresa VMV Cosméticos, localizada namesma cidade. “Por mais que se trabalheno ramo, nunca se sabe tudo, ainda maisem se tratando de normas que constante-mente passam por mudanças. Por isso,esse contato mais próximo com especia-listas é fundamental para o esclarecimentode dúvidas”, afirmou a profissional.

O coordenador do evento foi o En-genheiro Químico Carlos Alberto Tre-visan, integrante da CTCos. Segundoele, o seminário superou as expectati-vas. “O tempo é curto, por isso foramescolhidos temas prioritários. A parti-cipação foi até acima do esperado, con-siderando a atual situação econômicado País”, analisou.

Para Trevisan, cumpriu-se a meta dechamar a atenção para a importância deas empresas obterem os conhecimen-tos necessários, visando a adequação àsdiversas normas existentes para insta-lações e procedimentos. “Muitas vezes,o problema não é falta de interesse, masum desconhecimento sobre como teracesso às informações sobre a legisla-ção”, pontuou.

O Manual de Produtos Químicos da Cetesb passou por reformulação de con-teúdo e de sistema. Com informações atualizadas, o novo Manual foi construídoem uma plataforma tecnológica, garantindo acesso via web, com diversos recur-sos de pesquisa para fichas químicas, o que dá mais dinamismo às consultas.

São 96 Fichas de Resposta a Emergências Químicas. Cada ficha é estruturadaem seis campos contendo informações detalhadas sobre: identificação do produto;medidas de segurança; riscos ao fogo; propriedades físicas, químicas e ambien-tais; informações toxicológicas; observações.

O Manual apresenta novas e importantes informações para as equipes de res-posta às emergências químicas, destacando a classificação e a identificação doSistema Globalmente Harmonizado (GHS), as medidas para o controle de emer-gências, as medidas de prevenção e de combate ao fogo, a peroxidação de produtose as concentrações de referência para exposições agudas (AEGL, em inglês).

Veja mais detalhes em http://emergenciasquimicas.cetesb.sp.gov.br/manual-de-produtos-quimicos.

Manual de Produtos Químicosda Cetesb é reformulado

Os arquivos com asapresentações feitas duranteo seminário estão disponíveisna seção Downloads do site

do Conselho.

Dias falou sobre produtos químicos controlados

Ana Clara: contato com especialistas é fundamental

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16 – Informativo CRQ-IV Set/Out 2017

SANEANTES

A Comissão Técnica de Saneantes doCRQ-IV (CTSan) promoveu no dia 29de agosto o seminário “Inovação tecno-lógica e tendências realizáveis para o

mercado de saneantes”, que visou for-necer subsídios sobre inovações tecno-lógicas disponíveis atualmente e a ca-pacidade do mercado de absorvê-las. OSindicato dos Químicos, Químicos In-dustriais e Engenheiros Químicos doEstado de São Paulo (Sinquisp) e a As-sociação Brasileira do Mercado de Lim-peza Profissional (Abralimp) foram osapoiadores da iniciativa do Conselho.

O ciclo de palestras foi aberto porJefferson Santos, diretor de Negóciose Inovação da empresa InnovativeLinkage. Falando sobre os novos ape-los originados pelas mais recentes ten-dências em comportamento do consu-midor, ele ressaltou que as grandesempresas, ao longo do tempo, passa-ram a concentrar esforços em suas ati-vidades principais, terceirizando diver-sas etapas de sua cadeia produtiva(como o transporte). Dessa forma, pu-

deram investir mais no relacionamentocom os clientes e inovar no conceito deseus produtos, adequando-os às espe-cificidades de cada mercado.

Seminário abordou inovaçõese tendências mercadológicas

Organizado pela CTSan, evento teve apoio do Sinquisp e da Abralimp

Jefferson Santos, da Innovative Linkage Mazzeo ressaltou vantagens das glucamidas

Fotos: CRQ-IV

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Informativo CRQ-IV – 17Set/Out 2017

SANEANTES

Floripes Oliveira, coordenadora da AkzoNobel

Fernandez falou sobre matérias-primas vegetais

A Técnica em QuímicaGlaucia Siqueira

Valente planeja sededicar ao mercado

de saneantes

A segunda apresentação do seminá-rio foi conduzida pelo Químico Fabri-zio Mazzeo, gerente técnico do setorde Industrial & Home Care da Clari-ant. Ele destacou vantagens em termosde economia e sustentabilidade propor-cionadas pelas glucamidas (obtidas apartir do açúcar) a produtos de limpezade louças e superfícies, a exemplo demelhores índices de remoção de sujei-ra no comparativo com outros surfac-tantes usados na atualidade.

Ainda no período da manhã, o futu-ro das funcionalidades dos produtossaneantes esteve em foco na palestra da

Bacharel em Química Floripes Ferrei-ra de Oliveira, coordenadora de labo-ratório da divisão de Surface - Cleaning& Softeners da AkzoNobel. Capacida-de de remover resíduos de construçãoe de realizar limpeza com baixa espu-ma estiveram entre as funcionalidadesapontadas como importantes para pro-dutos voltados ao cuidado com edifíci-os. Já para cozinhas, o poder desengor-durante, a suavidade e a eficiência sãoalgumas das características considera-das prioritárias. O encerramento do blo-co se deu com uma rodada de pergun-tas do público aos palestrantes.

A programação continuou à tardecom o Químico Industrial Marcos Ce-sar Fernandez, gerente de desenvolvi-mento de novos produtos da Cargill,que falou sobre matérias-primas de fon-te vegetal, tais como óleos, gorduras,ácidos graxos e glicerina, obtidas a par-tir de soja, canola, girassol, milho, al-godão, entre outros.

A última palestra foi proferida peloconsultor Roberto Garini e ressaltou opapel da Qualidade no âmbito internodas empresas, desde a integração de pro-fissionais até o controle de processos eprodutos. Ao diferenciar os conceitos deeficácia (“fazer o certo na primeira vez”)e de eficiente (“fazer o certo”), salien-

tou que o controle de processos é maiseficaz que o de produtos. Além disso,mostrou que a Qualidade influencia nogerenciamento da imagem da empresa,das marcas e dos produtos inovadores.

TRANSIÇÃO – A Técnica em QuímicaGlaucia de Siqueira Valente, de Gua-rulhos, encontrou no seminário um pa-norama atualizado do mercado de sa-neantes. “O evento proporcionou aces-so a conhecimentos importantes, aindamais considerando que estou há poucotempo no setor”, relatou.

Ela é sócia de uma microempresaque comercializa produtos domissani-tários em Cachoeira Paulista, situada naregião do Vale do Paraíba. Ao mesmotempo, atua como supervisora na em-presa Quimifactor, de Guarulhos, espe-cializada em tratamento de água e eflu-entes. “Estou em um momento de tran-sição na carreira, pois pretendo me de-dicar apenas ao mercado de saneantesno futuro”, projetou.

Os arquivos com asapresentações feitas duranteo seminário estão disponíveisna seção Downloads do site

do Conselho.

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