antorpologia filosofica
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Homem Pensamento e Cultura – Uma Homem Pensamento e Cultura – Uma abordagem filosófica e antropológicaabordagem filosófica e antropológica
O objetivo (subjetivo) da Antropologia O objetivo (subjetivo) da Antropologia
Filosófica. Entender, filosoficamente, o que Filosófica. Entender, filosoficamente, o que nos torna humanos. O que é humano.nos torna humanos. O que é humano.
O Termo Antropologia deriva do grego
άνθρωπος: antropos, (homem / pessoa) e
λόγος (logos - razão / pensamento) é a
ciência preocupada em estudar o homem
e a humanidade de maneira totalizante,
ou seja, abrangendo todas as suas
dimensões. É uma ciência social que
estuda o homem. Preocupa-se em
conhecer cientificamente o ser humano
em sua totalidade:
•A Antropologia como ciência do biológico e do cultural tem seu objeto de estudo: o homem e suas obras;
•O objeto da antropologia engloba o conhecimento de sociedades humanas, letradas ou ágrafas, extintas ou vivas, existentes nas várias regiões da Terra;
•O antropólogo tem a tarefa de explicar os princípios da formação e do desenvolvimento das sociedades e culturas humanas;
•Toda investigação antropológica vale-se
do método comparativo em busca de
respostas para os por quês, na tentativa de
compreender as semelhanças e as
diferenças físicas, psíquicas, culturais e
sociais entre os grupos humanos;
•Exemplo: brancos e negros; língua
diversificadas; a indumentária do índio e do
não-índio; o culto do sol e a presença da
pirâmide no Egito e nas civilizações pré-
colombianas...
Antropologia FilosóficaAntropologia Filosófica
• Investigação da essência do homem;• Interpretação ontológica do homem;• Reflexão sobre nós próprios;• Compreender o homem• Tudo se deduz a partir do homem;• O que é o homem?
Linhas fundamentais da Antropologia Linhas fundamentais da Antropologia filosófica:filosófica:
A) conceitos de estrutura:Estrutura somática (corpo próprio).Estrutura psíquica (psiquismo).Estrutura espiritual (espírito).B) Conceitos de relação:Relação com o mundo (objetividade).Relação com o Outro (inter-subjetividade).Relação com o Absoluto (transcendência).C) Conceitos de unidade:Unidade como unificação (realização).Unidade como ser-uno (essência).
•As diferenças entre o homem e o animal não são apenas de grau, pois, enquanto o animal permanece mergulhado na natureza, o homem é capaz de transformá-la, tornando possível a cultura.
•O mundo resultante da ação humana não é natural.
Cultura e Humanização
• Em antropologia, cultura significa tudo que o homem produz ao construir sua existência: as práticas, as teorias, as instituições, os valores materiais e espirituais. Se o contato que o homem tem com o mundo é intermediado pelo símbolo, a cultura é o conjunto de símbolos elaborados por um povo em determinado tempo e lugar.
Ernest Cassirer
(1874-1945) Foi um filósofo judaico-alemão
Expandiu o campo da crítica kantiana a todas as formas da atividade humana. As categorias a partir das quais Kant pensa o fato científico, são para Cassirer um aspecto particular de formas simbólicas que revelam também o fato mítico, estético e social.
Ernest Cassirer
•O mito é uma forma intelectual de apreensão do mundo (diferente do científico);
•O mito não consegue a apreensão de um objeto verdadeiramente trans-subjetivo;
•O mito tem a característica de ser mais intuitivo e imediato;
•A primeira expressão de vivência do mundo é mitológica.
"No sentido tradicional do termo, uma filosofia da história é uma teoria especulativa e construtiva do próprio processo histórico. Uma análise da cultura humana não precisa entrar nessa questão especulativa. A tarefa que ela propõe a si mesma é bem mais simples e modesta. Procura determinar o lugar do conhecimento histórico no organismo da civilização humana.
“Não podemos duvidar de que, sem a história, perderíamos um elo essencial na evolução desse organismo. A arte e a história são os mais poderosos instrumentos da nossa indagação sobre a natureza humana. Que saberíamos sobre o homem sem essas suas fontes de informação? Ficaríamos dependentes dos dados da nossa vida pessoal, que só nos podem proporcionar uma visão subjectiva e que, na melhor das hipóteses, não passam de fragmentos dispersos do espelho partido da humanidade.
“É claro que, se quiséssemos completar a imagem sugerida por esses dados introspectivos, poderíamos apelar para métodos mais objectivos. Poderíamos fazer experiências psicológicas e colher dados estatísticos. Mas, a despeito disso, nossa imagem do homem continuaria sendo inerte e sem cor”.
(In: CASSIRER, Ernst- Ensaio sobre o homem. Introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 334-335)