antónio lobo antunes
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Concurso "O escritor apresenta-se"TRANSCRIPT
Biografia
António Lobo Antunes provém de uma família da alta burguesia. Viveu quase sempre em
Lisboa à exceção do período entre 1971 e 1973, onde participou, como tenente médico do
Exército, na Guerra do Ultramar. Posteriormente, exerceu a profissão no Hospital Miguel
Bombarda.
É um escritor de paixões. Ou se gosta ou não. A sua escrita é densa. Tem de se fazer algum
esforço de leitura porque, por exemplo, não é raro haver mudanças de narrador e assim o
leitor tem tendência a “perder o fio à meada”. No entanto, apesar de não ser um autor que
opte por uma escrita fácil (ou facilitista), Lobo Antunes constitui um fenómeno de vendas e é
muito lido internacionalmente, especialmente na Europa Continental.
Os seus livros são muito obsessivos e labirínticos. A obsessividade gira completamente em
torno da sua relação com a mulher mesmo que tal não seja diretamente referido. Apresentam
ainda uma diversidade linguística assinalável. Tipicamente ocorrem várias descrições
simultâneas tanto físicas como de pensamentos. É habitual uma realidade do “passado” estar
misturada com uma realidade do “presente”. No meio de um diálogo serem inseridos diálogos
imaginários ou do tempo passado.
Em 2005 foi distinguido com um dos mais importantes prémios literários do mundo: o Prémio
Jerusalém. Em 2007 foi distinguindo com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário
de língua portuguesa. Em 2008 foram-lhe atribuídas pelo Ministério da Cultura francês, as
insígnias de Comendador da Ordem das Artes e das Letras Francesas.
Obra
Das obras abaixo descritas, são de leitura indispensável as assinaladas com asterisco (*), para
poder conhecer bem este nosso escritor:
- *Memória de Elefante
- *Os Cus de Judas
- A Explicação dos Pássaros
- Conhecimento do Inferno
- *Fado Alexandrino
- Auto dos Danados
- As Naus
- A Besta do Paraíso
- Tratado das Paixões da Alma
- A Ordem Natural das Coisas
- A Morte de Carlos Gardel
- A História do Hidroavião
- *Manual dos Inquisidores
- O Esplendor de Portugal
- Livro de Crónicas
- Exortação aos Crocodilos
- *Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura
- Que farei quando tudo arde?
- Segundo Livro de Crónicas
- Letrinhas das Cantigas
- Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo
- Eu Hei-de Amar Uma Pedra
- *Deste viver aqui neste papel descripto: cartas da guerra (“ Cartas da Guerra”)
- Terceiro Livro de Crónicas
- Ontem Não Te Vi em Babilónia
- O Meu Nome é Legião
- O Arquipélago da Insónia
- Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?
- Sôbolos Rios Que Vão
- Quarto Livro das Crónicas
Desafio
Queremos lançar-vos um desafio!
Julgamos que aliciante, pois a escola é o local mais apropriado para o confronto e debate
saudável de ideias. Veículo ideal para a transmissão do conhecimento. Um espaço de crítica e
também de grande generosidade.
Pois, assim sendo, aqui vai o desafio para toda a comunidade escolar (pais, professores, alunos
e funcionários): escolham a citação com a qual estejam ou não mais de acordo e façam a vossa
defesa como só vós sabeis argumentar e entreguem-na à Professora Bibliotecária.
À melhor defesa eleita dentre as de cada período, por um júri abalizado, será atribuído um
prémio surpresa. O texto eleito, como não poderá deixar de ser, será dado a conhecer nas
duas escolas do agrupamento e pelos canais habituais.
Citações
“O próprio do homem é viver livre numa prisão. Estamos sempre condicionados e até
prisioneiros de nós próprios.”
“Muitas vezes as coisas que nos tocam mais são aquelas que na altura em que estão a
acontecer nem nos apercebemos.”
“Toda a invenção é memória. […] Quem nos arranja os materiais é a memória. As tais
coisas de que a gente não fala e aparecem nos livros, de maneiras desviadas.”
“Um parvo em pé vai mais longe que um intelectual sentado.”
“O livro é um organismo que vive independente e surpreende-nos a cada passo. Um
livro não se faz com ideias, faz-se com palavras. São as palavras que se geram umas às
outras. E com trabalho.”
“Os livros permitiram-me conhecer pessoas melhores do que nós. Que têm um calibre
humano que eu não tenho.”
“Ninguém é mais crédulo do que um desesperado.”