antonio jorge da silva muniz · 2019. 10. 25. · muniz, antonio jorge da silva fgsu: ferramenta de...
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Universidade Federal de Pernambuco
[email protected] www.cin.ufpe.br/~posgraduacao
Pós-Graduação em Ciência da Computação
Antonio Jorge da Silva Muniz
FGSU: Ferramenta de Gestão do Conhecimento
Aplicada à Área de Suporte a Usuário em TI
Dissertação de Mestrado Profissional
Por
RECIFE, ABRIL/2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE INFORMÁTICA
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
ANTONIO JORGE DA SILVA MUNIZ
FGSU: Ferramenta de Gestão do Conhecimento Aplicada à Área de Suporte a Usuário em TI
ESTE TRABALHO FOI APRESENTADO À PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO DO CENTRO DE INFORMÁTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO.
ORIENTADORA: Prof. Patrícia Tedesco
RECIFE, ABRIL/2010
Muniz, Antonio Jorge da Silva FGSU: ferramenta de gestão do conhecimento aplicada à área de suporte a
usuário em TI / Antonio Jorge da Silva Muniz - Recife: O Autor, 2010. vii, 64 folhas: il., fig., tab., quadros Dissertação (mestrado profissional) Universidade Federal de Pernambuco. CIN. Ciência da Computação, 2010.
Inclui bibliografia e apêndice. 1. Inteligência artificial. 2. Gestão do conhecimento. I. Título. 006.3 CDD (22. ed.) MEI2010 – 0126
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Agradecimentos
ü Agradeço a Deus, pois sem ele não teria forças e nem discernimento para
concluir este trabalho;
ü A minha família, especialmente a pessoa que é hoje minha inspiração e
razão de viver, minha filha Letícia, é por ela que corro atrás de novas
conquistas;
ü A minha orientadora, pela ajuda e paciência durante o período que nos
reunirmos, para que este trabalho pudesse ser concluído, muito obrigado
Patrícia!
ü Agradeço a diretoria do CIn-UFPE aos professores Paulo Cunha e
Hermano Perrelli, por esta oportunidade que me foi dada;
ü Ao meu amigo Rodrigo, que foi de fundamental importância para o
desenvolvimento da FGSU, obrigado!
ü A minha gerente Mel (Marlice), pois sem seu incentivo eu não teria
entrado no mestrado, por isso sou muito grato a ela;
ü Aos meus amigos de trabalho (André Hermenegildo, Claudio, Clecio,
Diogo, Juliana, Julio, Melo, Mario, Nadja) que diretamente me ajudaram
nesta conquista;
ii
ü Aos meus amigos e aos professores do mestrado profissional, por esse
período de bastante aprendizado que vivenciamos juntos;
ü A todos que diretamente e indiretamente ajudaram-me nesta conquista,
muito obrigado!
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Resumo
Atualmente as pessoas necessitam cada vez mais de conhecimento para realizar tarefas de complexidade crescente em menos tempo. No entanto, o conhecimento só pode ser obtido através de troca de experiências, práticas e pesquisas (em livros ou na INTERNET), que demandam um tempo maior do que o disponível. Isso porque, as pessoas de uma organização não interagem entre si ou a instituição não possui uma ferramenta que compartilhe e concentre o conhecimento já adquirido, o que poderia auxiliar na procura pelo conhecimento.
Com a disponibilização de ferramentas computacionais para auxiliar à gestão do conhecimento, os usuários vão poder concentrar em um local o conhecimento adquirido dentro da organização e, desta forma, facilita o compartilhamento do mesmo dentro do ambiente de trabalho.
Neste trabalho será desenvolvida uma ferramenta que dá suporte aos usuários em suas necessidades (procura do conhecimento para solucionar problemas de forma ágil). A ferramenta terá um repositório do conhecimento que será alimentado pelos usuários, o que permite que o mesmo esteja sempre atualizado, facilitando assim a busca pelo conhecimento. A ferramenta que será apresentada neste trabalho terá o nome de FGSU, Ferramenta de Gestão do conhecimento aplicada à área de Suporte a Usuário em TI.
A FGSU foi testada por uma equipe de helpdesk, formada por cinco pessoas. Esta equipe se mostrou bastante motivada com as funcionalidades oferecidas pela ferramenta (pesquisa, formulário, sugestão e relatório). Os resultados obtidos com estes testes preliminares foram considerados satisfatórios.
Palavras-chave: conhecimento, gestão do conhecimento e TI.
iv
Abstract
Nowadays, people need ever increasing amounts of knowledge in order to accomplish tasks that are more and more complex and that need to be done in less time. However, in many cases, this knowledge can only be obtained through the exchange of experiences, hands on practice or research (be it in books or on the internet) that demand more time than what is available. This situation is worsened because often members of an organization do not interact; their enterprise has no tool to serve as a central repository of the knowledge acquired, which could significantly help the search for knowledge.
With the availability of computational tools that help Knowledge Management, users can now concentrate all the knowledge acquired by the organization in one place, and thus ease the sharing of knowledge within the organization.
In this light, the goal of this work is to develop a tool that supports users in their needs (in particular, the search for knowledge that is relevant to solve particular problems in a timely manner). This tool will count with a knowledge base that will be updated by users as they solve their daily tasks. This tool, resulting from the research carried out in this work is called FGSU (in Portuguese, Ferramenta de Gestão do conhecimento aplicada à área de Suporte a Usuário em TI).
FGSU was used by a helpdesk team (that counted with 5 experienced professionals). The team was quite motivated by the potential help the functionalities offered by FGSU brought (in particular, the functionalities of search, form, suggestion, and report were analyzed). The preliminary tests carried out with FGSU have yielded promising results.
Keywords: Knowledge, Knowledge Management, information Technology.
v
Índice
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1
1.1 MOTIVAÇÃO .......................................................................................................... 2 1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 3 1.3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ................................................................................ 3
2 GESTÃO DO CONHECIMENTO ................................................................................... 5
2.1 GESTÃO DO CONHECIMENTO .................................................................................. 6 2.1.1 Dados ......................................................................................................... 6 2.1.2 Informação .................................................................................................. 6 2.1.3 Conhecimento .............................................................................................. 7 2.1.4 Ontologia .................................................................................................. 13
2.2 ABORDAGENS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO ...................................................... 14 2.3 O PROCESSO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO ........................................................ 16 2.4 TECNOLOGIAS PARA A GESTÃO DO CONHECIMENTO ............................................... 18
2.4.1 Tecnologias e Métodos na Gestão do Conhecimento ................................... 19 2.5 METODOLOGIAS PARA GESTÃO DO CONHECIMENTO ............................................... 23 2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 30
3 FERRAMENTA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO APLICADA À ÁREA DE SUPORTE A USUÁRIO EM TI (FGSU) .......................................................................... 31
3.1 FGSU ................................................................................................................. 32 3.2 O PROBLEMA DAS EQUIPES DE SUPORTE E A FGSU ................................................ 34 3.3 A FGSU EM DETALHES ........................................................................................ 34 3.4 PRINCIPAL DIFERENCIAL DA FGSU ....................................................................... 41 3.5 PÚBLICO ALVO .................................................................................................... 41 3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 42
4 A FGSU NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL .......................................................... 43
4.1 A IMPLEMENTAÇÃO DA FGSU .............................................................................. 44 4.2 UTILIZAÇÃO DA FGSU ......................................................................................... 45 4.3 EXPERIMENTO PRELIMINAR .................................................................................. 52
4.3.1 Objetivos ................................................................................................... 52 4.3.2 Organização .............................................................................................. 53 4.3.3 Resultados ................................................................................................. 54
4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 56
5 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS ................................................................ 58
5.1 CONTRIBUIÇÕES .................................................................................................. 59 5.2 TRABALHOS FUTUROS.......................................................................................... 60
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 62
APÊNDICE ...................................................................................................................... 64
vi
A.1 QUESTIONÁRIO SOBRE AVALIAÇÃO DA FGSU ....................................................... 64
vii
Lista de Figuras
FIGURA 2 - 1 ESPIRAL DO CONHECIMENTO NONAKA E TAKEUCHI (1997). .................... 10 FIGURA 2 - 2 FASES DA METODOLOGIA (COSTA ET AL. 2008) ........................................... 26 FIGURA 2 - 3 ELICITAÇÃO DA INFORMAÇÃO (COSTA ET AL. 2008) .................................... 27 FIGURA 2 - 4 CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO (COSTA ET AL. 2008) .............................. 28 FIGURA 2 - 5 REGISTRO DA INFORMAÇÃO (COSTA ET AL. 2008) ....................................... 29 FIGURA 3 - 1 FUNCIONALIDADES DA FGSU ........................................................................ 35 FIGURA 3 - 2 FLUXO RESUMIDO DA FGSU ......................................................................... 37 FIGURA 3 - 3 ÁRVORE ONTOLÓGICA DA FGSU ................................................................... 39 FIGURA 4 - 1 TELA DE LOGON DA FGSU ............................................................................. 45 FIGURA 4 - 2 PÁGINA INICIAL DA FGSU ............................................................................ 46 FIGURA 4 - 3 TELA DE CADASTRO DE CASOS ..................................................................... 47 FIGURA 4 - 4 TELA DE CADASTRO DE SOLUÇÕES ............................................................... 48 FIGURA 4 - 5 TELA LISTAR E EDITAR MEMBROS................................................................ 49 FIGURA 4 - 6 TELA CADASTRO DE SETOR .......................................................................... 50 FIGURA 4 - 7 TELA CADASTRO DE PLATAFORMA ............................................................... 51 FIGURA 4 - 8 TELA ANÁLISE E EDIÇÃO DE CASOS .............................................................. 52
C A P Í T U L O
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1 Introdução
ara sobreviver e competir na “sociedade do conhecimento”, as
organizações devem aprender a administrar seus ativos intelectuais.
Falar sobre administração e seus fatores de produção é fácil, pois é um conceito
já concretizado, já a gestão do conhecimento, está apenas no início.
Segundo (PROBST et al. 2002) o conhecimento é o único recurso que
aumenta com o uso. Logo, se faz necessário o uso e reuso entre as pessoas,
porque como o próprio autor definiu acima, só assim o conhecimento aumentará
entre elas. Se faz necessário conscientizar as pessoas que o conhecimento que
elas possuem é de plena importância nas ações relacionadas a gestão desse
conhecimento adquirido e assim podendo ajudar as organizações, tornando-se
uma estratégia da organização.
Uma preocupação que existe nas organizações é como transformar o
conhecimento adquirido pelas pessoas, ou seja, o conhecimento individual, em
conhecimento organizacional. Como compartilhar ou disseminar todo esse
conhecimento por uma organização? Para resolver, pode se criar ou implantar
processos ou ferramentas que gerem, armazenem, gerenciem e distribuam o
conhecimento na organização.
Na era da informação, as organizações que não gerenciam, nem
armazenam e muito menos compartilham o seu conhecimento individual
adquirido, precisam implementar o conceito de gestão do conhecimento. Apesar
de algumas organizações não utilizarem a gestão do conhecimento, já existem
P
2
algumas grandes organizações como XEROX1, MICROSIGA2, DATASUL3,
STEFANINI4 entre outras, que perceberam a necessidade de utilizar a gestão do
conhecimento, como estratégia de sobrevivência e de boa conduta na
organização.
Ciente que se faz necessário a organização possuir uma solução ou
ferramenta que utilize da gestão do conhecimento para gerenciar de forma mais
organizada todo seu conhecimento, podendo assim dar um melhor suporte ao
usuário, esse trabalho de pesquisa tem como objetivo desenvolver uma
ferramenta que de suporte à usuário. A ferramenta irá ajudar no dia-a-dia de
uma equipe de helpdesk. Normalmente uma equipe de helpdesk passa o dia
tentando solucionar problemas, onde os mesmos na maioria das vezes se
repetem. Logo, se existir uma ferramenta que ajude com sugestões na solução
desses problemas, a rotina de trabalho seria simplificada.
1.1 Motivação
É visível nos dias de hoje, a carência das organizações no tocante ao
gerenciamento do conhecimento. A gestão do conhecimento ainda não é vista
por algumas organizações como um método que posa lhes trazer benefícios,
mas sim como um recurso burocrático. Isso porque, para as organizações
iniciarem um processo de gestão do conhecimento, primeiramente , elas terão
que desenvolver e disseminar uma cultura entre seu pessoal, de registrar e
posteriormente compartilhar o conhecimento. Esse processo não acontece a
curto prazo, portanto, as organizações acham muito burocrático. No ponto de
vista de alguns autores entre eles DRUCKER (1999), ao contrário do que foi
citado acima, ele concorda que o futuro pertence às pessoas e as organizações
que detêm, o conhecimento. Isso porque, atualmente o “trabalhador do
conhecimento” é o maior ativo.
Segundo DRUCKER (1991) o conhecimento não é apenas mais um
recurso, ao lado dos tradicionais fatores de produção (trabalho, capital e terra),
mas sim o único recurso significativo atualmente. Ele ainda afirma que o fato
1 http://www.xerox.com 2 http://www.microsiga.com 3 http://www.datasul.com.br 4 http://www.stefanini.com.br
3
de o conhecimento ter se tornado o recurso, muito mais do que apenas um
recurso, é o que torna singular a nossa sociedade.
Diante disto, algumas organizações já iniciaram estudos e pesquisas sobre
a importância do uso e reuso do conhecimento entre seus colaboradores e,
usando como método para um melhor gerenciamento o conceito de gestão
conhecimento.
1.2 Objetivos
Com o intuito de endereçar algumas das lacunas citadas na seção 1.1, esta
dissertação busca apresentar uma ferramenta que dará suporte ao usuário em um
ambiente organizacional. O suporte será relevante, no sentido de apresentar
soluções para problemas que surgem no dia-a-dia de uma equipe de helpdesk,
por exemplo. Objetivamente, a ferramenta também oferecerá um ambiente onde
este usuário possa registrar todos os problemas existentes juntamente com suas
soluções, desta forma centralizando as informações, evitado assim, a perda de
informações dentro do ambiente de trabalho e evitando o retrabalho. Vale
salientar que este trabalho busca completar – e não contradizer – trabalhos já
existentes.
1.3 Estrutura da Dissertação
Além deste capítulo de introdução, o presente trabalho inclui outros quatro
capítulos, como descrito a seguir:
Capítulo 2: Neste capítulo serão introduzidos todos os conceitos básicos
associados a este trabalho. São eles: gestão do conhecimento que abrange
conceitos como dado, informação e conhecimento; ontologia; e também os
processos, as tecnologias e metodologias em gestão do conhecimento.
Capítulo 3: Este capítulo apresentará o trabalho proposto nesta
dissertação: a Ferramenta de Gestão do Conhecimento Aplicada à Área de
Suporte a Usuário em TI (FGSU). Será apresentada a FGSU, seu objetivo,
descrição, principal diferencial entre outras ferramentas existentes e por fim, o
público alvo.
Capítulo 4: Este capítulo apresenta a implementação da FGSU no
ambiente de helpdesk do Centro de Informática da UFPE (CIn), onde no mesmo
4
ainda será relatado os experimentos preliminares, objetivos, organização e
resultados obtidos do mesmo.
Capítulo 5: Finalmente, este capítulo apresenta as conclusões,
contribuições e os trabalhos futuros associados a esta dissertação.
C A P Í T U L O
2 Gestão do Conhecimento
os dias de hoje, onde as organizações possuem muitos recursos
trazidos pela tecnologia da informação (TI), é estranho que se
conviva ainda com problemas como perda ou mau uso da informação. A grande
questão parece ser como as organizações usam a informação? Segundo CHOO
(2006) esta é uma pergunta muito mais difícil do que parece. Isso porque, a
informação é um componente intrínseco de quase tudo que uma organização
faz. Em outras palavras, a informação é um fator essencial para a existência,
crescimento e desenvolvimento de uma organização.
Apesar de organizações terem a noção que a informação é um fator
essencial para seu desenvolvimento, elas muitas vezes não conseguem utilizar
este recurso ao seu favor. Isto acontece principalmente, em organizações que
ainda não perceberam o valor intelectual que existe em seus colaboradores,
como fonte de conhecimento.
Segundo CHOO (2006), a construção e a utilização do conhecimento é um
desafio para as empresas. Além disto, os conhecimentos e experiências se
encontram dispersos pela organização e se concentram em determinados
indivíduos ou unidades de trabalho. Por conta disso, é difícil para as
organizações localizar o conhecimento, já que este não chegou a ser
compartilhado entre seus funcionários ou armazenado em alguma base de
dados. Para complementar a idéia da importância do conhecimento para uma
organização, CHOO (2006), diz que, o conhecimento passou a ser visto como o
fator determinante para o crescimento e sucesso da organização.
N
6
Para auxiliar no processo de estruturação do conhecimento nas
organizações, foi criado o conceito de gestão do conhecimento. Este será o
diferencial em uma organização moderna, porque a mesma trabalhará
intensivamente o conhecimento dos seus funcionários.
Nas próximas seções, os conceitos de gestão do conhecimento, dados,
informação, conhecimento, ontologia e, processos, tecnologias e metodologias
referentes à gestão do conhecimento serão explanados em maiores detalhes.
2.1 Gestão do Conhecimento
Segundo SVEIBY (1998, p.3), o conceito de gestão do conhecimento
surgiu no início dos anos 90, com a idéia de que a gestão de conhecimento faz
parte da estratégia empresarial. Para melhor compreendermos o conceito de
Gestão do Conhecimento, é necessário antes esclarecer os conceitos de dados,
informação e conhecimento.
2.1.1 Dados
Segundo DAVENPORT E PRUSAK (2003), dados são conjuntos de fatos
distintos e objetos, relativos a eventos. Por exemplo: quando um candidato
preenche um formulário de inscrição para um concurso e nesse formulário
existem campos como, nome do candidato, CPF, RG, cidade e estado onde
reside, estes campos enumeram dados referentes àquele candidato. Antigamente
esses dados eram armazenados em fichários, já nos dias de hoje, com ajuda da
TI, esses dados ficam armazenados em de bases de dados.
De acordo com DAVENPORT E PRUSAK (2003), dados descrevem
apenas parte daquilo que aconteceu; não fornecem julgamento nem
interpretação e nem qualquer base sustentável para a tomada de decisão. Mesmo
o dado servindo de matéria-prima no processo de tomada de decisão, não pode
ajudar alguém a decidir o que fazer. Apesar disso, os dados são de plena
importância para as organizações, por serem utilizados na criação da
informação, como veremos a seguir.
2.1.2 Informação
O significado original da palavra “informar” é “dar forma a”, assim a
informação visa modelar a pessoa que a recebe no sentido de fazer alguma
7
diferença em sua perspectiva ou insight (DAVENPORT E PRUSAK, 2003). Em
outras palavras, a informação tem por finalidade mudar o modo como o
destinatário vê algo, exercer algum impacto sobre o seu julgamento e
comportamento. A informação é uma mensagem com dados que fazem a
diferença, podendo chegar ao receptor de forma audível ou visível.
Diferentemente do dado, informação tem significado relevância e propósito
(DRUCKER, 1999, p.32). A informação juntamente com o auxilio dos dados
que a compõem é capaz de gerar o conhecimento, ou seja, é matéria-prima
utilizada para não apenas construir, mas também para extrair o conhecimento.
Exemplo disto é quando uma pessoa vai realizar uma consulta em um
caixa eletrônico de um banco. Inicialmente este usuário terá que passar alguns
dados para acessar sua conta e, assim obter informações como um extrato da
conta, por exemplo. Através desta informação contida no extrato bancário, por
exemplo, saldo de uma de suas aplicações, o usuário poderá extrair
conhecimento para uma tomada de decisão.
Segundo DAVENPORT E PRUSAK (2003), dados tornam-se informação,
quando seu criador lhes acrescenta algum significado. Para este tipo de
transformação, existem métodos que são utilizados:
· Contextualização: sabemos qual a finalidade dos dados coletados.
· Categorização: conhecemos as unidades de análise ou os componentes
essenciais dos dados.
· Cálculo: os dados podem ser analisados matematicamente ou
estatisticamente.
· Correção: os erros são eliminados dos dados.
· Condensação: os dados podem ser resumidos para uma forma mais
concisa.
2.1.3 Conhecimento
Algumas pessoas têm a ideia, que o conhecimento é muito mais amplo,
profundo e mais rico que os dados e a informação. Isso porque, elas só vem ou
falam de um individuo esclarecido, informado e com conhecimento sobre
determinado assunto, ou seja, alguém inteligente e que tem uma boa formação
cultural. Agora raramente referem-se a um documento, como: um memorando,
um manual ou até mesmo base de conhecimento.
8
DAVENPORT E PRUSAK (2003), comentam que os epistemólogos
passam a vida tentando entender o que significa conhecer, e que não pretendem
dar uma definição final referente a este conceito. Na verdade o que eles
oferecem é uma definição funcional de conhecimento, ou seja, uma descrição
pragmática que nos ajude a comunicar o que queremos dizer quando falamos
sobre o conhecimento nas organizações. Eles ainda completam, dizendo que a
definição deles expressa as características que tornam o conhecimento valioso e
que ao mesmo tempo dificultam sua boa gesta.
Conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores,
informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma
estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações.
Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele
costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em
rotinas, processos, práticas e normas organizacionais (DAVENPORT E
PRUSAK, 2003).
Com base na definição feita acima, pode-se dizer que conhecimento não é
puro nem simples: é uma mistura de vários elementos; é fluido como também
formalmente estruturado; é tácito e, portanto difícil de colocar em palavras ou
de ser plenamente entendido em termos lógicos (DAVENPORT E PRUSAK,
2003).
Segundo NONAKA E TAKEUCHI (1997), o conhecimento humano é tão
antigo quanto à própria história do homem, e tem sido tema central da filosofia
e epistemologia desde o período grego. Estes autores classificam o
conhecimento humano em dois tipos: explícito e tácito.
O conhecimento explícito é aquele que pode ser articulado na linguagem
formal, inclusive em afirmações gramaticais, expressões matemáticas,
especificações, manuais e assim por diante (NONAKA E TAKEUCHI, 1997). É
facilmente transmitido, ou seja, fácil de ser compartilhado entre as pessoas,
sistematizado e comunicado. Por exemplo, um funcionário realiza uma pesquisa
na WEB, a procura de uma solução para um problema de VPN (Virtual Private
Network) que está ocorrendo em sua rede. Ele encontra um fórum (local na
internet, onde pessoas trocam informações sobre determinado assunto), que o
informou de forma detalha como resolver o problema da VPN. Este exemplo
9
detalha a idéia do conhecimento explícito, ou seja, compartilhamento de
conhecimento entre pessoas de maneira clara e simples.
Já o conhecimento tácito é o inverso do conhecimento explícito . Assim, é
difícil de ser articulado na linguagem formal. Na verdade este tipo de
conhecimento é o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e
envolve fatores intangíveis como, por exemplo, crenças pessoais, perspectivas e
sistemas de valor (NONAKA E TAKEUCHI, 1997). Por exemplo, uma
organização possui um Firewall (solução que funciona como um paredão, que
delimita através de regras o acesso à rede interna da organização a partir do
mundo externo, da internet). Agora imagine que o firewall está precisando ser
atualizado, mas ninguém da equipe de suporte sabe realizar esta tarefa. Logo, a
equipe de suporte está dependendo do conhecimento individual de um consultor
para realizar a atividade, que poderia ser facilmente resolvida, caso o
conhecimento tivesse sido compartilhado. Este exemplo detalha a idéia do
conhecimento tácito, ou seja, a idéia de um conhecimento individual.
Segundo NONAKA E TAKEUCHI (1997) o conhecimento tácito foi
deixado de lado como componente crítico do comportamento humano e
coletivo. Isso por tratar-se de um conhecimento totalmente individual, ou seja, é
aquele conhecimento particular ao seu possuidor. No quadro 2–1, serão
apresentadas algumas distinções entre o conhecimento tácito e o conhecimento
explícito.
Quadro 2-1 - Diferenças entre conhecimento Tácito e Explícito
NONAKA E TAKEUCHI (1997)
Conhecimento Tácito
(Subjetivo)
Conhecimento Explícito
(Objetivo)
Conhecimento de experiência
(corpo)
Conhecimento da racionalidade
(mente)
Conhecimento simultâneo
(aqui e agora)
Conhecimento seqüencial
(lá e então)
Conhecimento analítico
(prática)
Conhecimento digital
(teoria)
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Além dos “conhecimentos tácito e explícito, comentados por NONAKA E
TAKEUCHI (1997) em seu livro, os autores referem-se a outro conhecimento,
que é nomeado por eles de conhecimento organizacional.
De acordo com estes autores, o conhecimento tácito e explícito são
unidades estruturais básicas que se complementam e a interação entre eles é a
principal dinâmica na criação do conhecimento nas organizações. A “criação do
conhecimento organizacional” é um processo em espiral em que a interação
entre os dois tipos de conhecimento ocorre repetidamente e desta forma é que as
empresas conseguem gerar o conhecimento.
Na verdade, o espiral é chamado de “espiral do conhecimento”, onde o
mesmo ciclo se repete, até se gerar o conhecimento. O ciclo do espiral é
composto por quatro processos na conversão do conhecimento, são eles: 1°- do
tácito para o tácito, chamado de socialização; 2° - do tácito para o explícito,
chamado de externalização; 3° - do explícito para o explícito, chamado de
combinação; e por fim o 4° - do explícito para o tácito, chamado de
internalização, (NONAKA E TAKEUCHI, 1997). Na figura 2-1 é apresentado o
espiral do conhecimento de (NONAKA E TAKEUCHI, 1997).
Figura 2 - 1 Espiral do conhecimento NONAKA E TAKEUCHI (1997).
11
O processo da socialização “do conhecimento tácito para tácito” é um
processo de compartilhamento de experiências e, a partir daí, da criação do
conhecimento tácito, como modelos mentais ou habilidades e técnicas
compartilhadas (NONAKA E TAKEUCHI, 1997). Por exemplo, especialistas na
área do conhecimento, trocam experiências individuais adquiridas ao logo de
sua carreira, em uma conferência que reúne vários aprendizes na área. Logo, o
compartilhamento do conhecimento tácito, como já foi apresentado no exemplo
acima, não é realizado através de linguagem formal (livros, artigos, revistas,
pesquisa na WEB) e, sim através de observação, imitação, práticas e
experiências individuais adquiridas. De acordo com NONAKA E TAKEUCHI
(1997), o segredo para a aquisição do conhecimento tácito é a experiência.
Logo, sem alguma forma de experiência compartilhada, é extremamente difícil
para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio de outro individuo. O
exemplo a seguir ilustra bem como a socialização vem sendo aplicada nas
empresas. A HONDA5 instituiu sessões de brainstorming, ou seja, uma técnica
de dinâmica de grupo. Reuniões formais para discussões detalhadas destinadas
a resolver problemas difíceis nos projetos de desenvolvimento. As reuniões são
realizadas fora do ambiente de trabalho, na sua maioria em um hotel onde os
participantes discutem os problemas bebendo saquê, fazendo juntos as refeições
e banhando-se juntos em uma fonte de água quente. O detalhe interessante, é
que as reuniões não se limitam apenas aos membros da equipe de projetos, mas
sim abertas a qualquer funcionário interessado no projeto. Nas reuniões existe
um tabu: críticas sem sugestões construtivas. Isso porque, as discussões são
realizadas com a compreensão de que “é dez vezes mais fácil criticar do que
sugerir uma alternativa construtiva.” Mas essas reuniões não constituem apenas
de fórum para o diálogo criativo, são também uma forma de compartilhar
experiências e ampliar a confiança mútua entre os participantes. Logo, são
particularmente eficazes no sentido de compartilhar o conhecimento tácito e
criar uma nova perspectiva (NONAKA E TAKEUCHI, 1997).
A próxima fase da espiral do conhecimento é o processo de externalização
do conhecimento tácito para explícito, ou seja, o processo de articulação do
conhecimento tácito em conceitos explícitos. A conversão do conhecimento
5 http://www.honda.com
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usada no processo de externalização, segundo NONAKA E TAKEUCHI (1997),
é normalmente vista no processo de criação do conceito e é provocado pelo
diálogo ou pela reflexão coletiva, ou seja, uma comunicação ao grupo. Um
método utilizado com freqüência para criar um conceito é combinar dedução
com indução (NONAKA E TAKEUCHI, 1997). Um exemplo disto ocorreu na
Mazda6, que combinou os dois métodos de raciocínio ao desenvolver o novo
conceito para um de seus modelos o RX-7, descrito como “um autêntico carro
esporte que privilegia o prazer e o conforto de dirigir”. O conceito foi
deduzido do slogan do fabricante: “criar novos valores e apresentar os prazeres
de dirigir”, bem como o posicionamento do novo carro como um “carro
estratégico para o mercado norte-americano e uma imagem de inovação”. Este
novo conceito foi induzido a partir de viagens conceituais, que se constituíram
em experiências de direção realizadas por membros da equipe de
desenvolvimento. Logo, quando não se pode encontrar uma expressão adequada
para uma imagem através dos métodos analíticos de dedução ou indução, tem de
recorrer a um método não-analítico, ou seja, é um método usar a dedução das
pessoas, logo tem que ser objetivo no que queira expressar para as pessoas.
Portanto, a externalização normalmente é orientanda pela metáfora e/ou
analogia (NONAKA E TAKEUCHI, 1997).
O processo de combinação “do conhecimento explícito para explícito” é
um processo de sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento
(NONAKA E TAKEUCHI, 1997). Em outras palavras, é processo de,
concentrar, armazenar ou padronizar o conhecimento. Uma maneira prática de
representar essa idéia é, por exemplo, um manual, ou um guia de trabalho que
devem ser incorporados a um produto. Nesta conversão tem-se um resultado
final concreto, como um manual, apresentado de maneira formal. A
reconfiguração das informações existentes através da classificação, do
acréscimo, da combinação e da categorização do conhecimento explícito (como
o realizado em bancos de dados de computadores) pode levar a novos
conhecimentos. A criação do conhecimento realizada através da educação é do
treinamento formal nas escolas normalmente assume esta forma. Um exemplo
disto é o ensino ministrado em um curso de pós-graduação.
6 http://www.mazda.com
13
O processo de internalização “do conhecimento explícito para o tácito” é
um processo de incorporação do conhecimento explícito no conhecimento tácito
(NONAKA E TAKEUCHI, 1997). De acordo com (SANTOS et al. 2001)
internalização é quando novos conhecimentos explícitos são compartilhados na
organização e outras pessoas começam a internalizá-los e utilizam para
aumentar, estender e reenquadrar seu próprio conhecimento tácito. Logo esses
conceitos de internalização citados acima estão intimamente relacionados,
segundo (NONAKA E TAKEUCHI, 1997) com a expressão “aprender fazendo”.
Para que o conhecimento explícito se torne tácito, é necessária a verbalização e
diagramação do conhecimento sob a forma de documentos, manuais ou histórias
orais. A documentação ajuda os indivíduos a internalizarem suas experiências,
aumentando assim seu conhecimento tácito. Além disso, documentos ou
manuais facilitam a transferência do conhecimento explícito para outras
pessoas, ajudando-as a vivenciar indiretamente a experiência dos outros (ou
seja, “reexperimentá-las”) (NONAKA E TAKEUCHI, 1997). Um exemplo disto
acontece na GE (General Electric)7, onde todas as queixas e consultas de
clientes são documentadas em um banco de dados no centro de atendimento de
Louisville, Kentucky, onde o mesmo pode ser usado, por exemplo, pelos
membros da equipe de desenvolvimento de um novo produto para
reexperimentar o que os telefonistas experimentaram.
Atualmente, uma forma de organizar o conhecimento explícito bastante
utilizada são as ontologias, descritas na seção a seguir.
2.1.4 Ontologia
O termo ontologia tem origem na filosofia. Ontologia é um ramo da
filosofia que lida da natureza e organização do ser. A ontologia vem sendo
adotada por algumas áreas além da filosofia, por exemplo, a área de
computação. Na área de computação, o segmento aonde a ontologia vem sendo
usada é em inteligência artificial (IA).
A ontologia é uma explícita especificação de uma “conceitualização”,
(GRUBER, 1995), isto é, consiste de uma especificação de objetos, conceitos e
7 http://www.ge.com
14
outras entidades que são assumidas como existentes, além de relações entre
conceitos e restrições expressas através de axiomas, (ZLOT et al. 2002).
Outra definição de ontologia apresentada por (GÓMEZ-PÈREZ et al.
1999), diz que “uma ontologia é um conjunto de termos orientados
hierarquicamente para descrever um domínio, podendo ser usado como
esqueleto para uma base do conhecimento”.
A pesquisa feita sobre ontologia foi incorporada a este trabalho, visto o
seu potencial de aplicação como meio de formalizar, representar, u tilizar e
compartilhar o conhecimento. Os campos da integração de informação,
recuperação de informação na WEB e gestão do conhecimento são alguns dos
fatores pelo uso de ontologia, (STUDER et al. 1998).
2.2 Abordagens de Gestão do Conhecimento
Como é enfatizado em CHOO (2006), atualmente, as instituições que não
estiverem se organizando estruturalmente com relação a seus dados, informação
e o conhecimento adquirido, não podem ser consideradas uma organização do
conhecimento. O grande problema disto é a perda e o mau aproveitamento da
informação e conhecimento existente entre o pessoal dentro da própria
organização. Desta forma, a organização fica sem poder compartilhar a
informação e o conhecimento, perdendo assim em produtividade e
competitividade. Agora, se existir a geração e o compartilhamento da
informação e do conhecimento de maneira estruturada, estes passam a
desempenhar um papel estratégico nas organizações.
Assim, a gestão do conhecimento pode ser vista como o recurso que vai
padronizar, estruturar, identificar, criar, renovar esse conhecimento que são
estratégicos na vida de uma organização.
Segundo CHOO (2006), a organização que for capaz de integrar
eficientemente os processos de criação de significado, construção do
conhecimento e tomada de decisão pode se considerar uma organização do
conhecimento.
Para NONAKA E TAKEUCHI (2008) o desenvolvimento do conhecimento
deve ser favorecido pelo ambiente e pela cultura organizacional. Atualmente
algumas organizações não incentivam o seu pessoal a desenvolver e
15
compartilhar o conhecimento tácito que eles detêm, ou seja, esta atitude gera
uma falta de cultura organizacional. Desta forma, essa organização nunca criará
o hábito entre seu pessoal de compartilhar conhecimento ou até mesmo registrá-
lo em algum repositório do conhecimento, tornando o conhecimento da
organização explícito, e assim avançando o seu status como organização do
conhecimento.
Para SANTOS e Colegas (2001), o problema comentado acima, é visto
como o principal problema referente à gestão do conhecimento. Mesmo aquelas
que não o fazem intencionalmente podem simplesmente não estar motivadas a
mostrar o que sabem.
A gestão do conhecimento segundo SANTOS e Colegas (2001) é portanto,
o processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos
conhecimentos que são estratégicos para uma organização. É a administração
dos ativos de conhecimentos das organizações, permitindo à organização saber
o que ela sabe.
Através da utilização da gestão do conhecimento pelas organizações, estas
podem mensurar com mais segurança a sua eficiência, tomar decisões acertadas
com relação à melhor estratégia a ser adotada em relação ao seu cliente, saber
identificar as fontes de informações, saber administrar dados e informações e
também saber gerenciar seus conhecimento. Isso se trata da prática de agregar
valor à informação e distribuí-la.
Segundo DAVENPORT E PRUSAK (2003), a gestão do conhecimento tem
os seguintes objetivos:
· Tornar acessíveis grandes quantidades de informações coorporativas,
compartilhando as melhores práticas e tecnologias;
· Permitir a identificação e o mapeamento dos ativos, do conhecimento e
informações ligadas a qualquer organização, seja ela com ou sem fins
lucrativos (memória organizacional);
· Apoiar a geração de novos conhecimentos, propiciando o
estabelecimento de vantagens competitivas.
· Acrescentar significado aos dados transformando-os em informação
essencial ao desenvolvimento pessoal e comunitário.
16
· Organizar e acrescentar lógica aos dados de forma a torná-los
compreensíveis.
Com base nos objetivos acima, fica claro que o uso da gestão do
conhecimento nas organizações, permite que estas encontrem recursos mais
adequados para sistematização e disseminação das informações, e também dos
ativos e de tudo aquilo que gera conhecimento e agrega valor à organização.
Na próxima seção, serão detalhados os processos relacionados à gestão do
conhecimento.
2.3 O Processo de Gestão do Conhecimento
Para (SANTOS et al. 2001) a gestão do conhecimento é composta por
alguns processos, chamados de processos corporativos. São eles: gestão das
competências, gestão do capital intelectual, aprendizagem organizacional,
inteligência empresarial e educação corporativa. Abaixo discutiremos cada um
deles em detalhes.
A Gestão das Competências está diretamente associada à idéia de
competência, que engloba o conhecimento real, a habilidade, a experiência, os
julgamentos de valores e redes sociais dos membros da organização. Segundo
SANTOS e Colegas (2001), competência é um conceito pelo qual se define
quais são as atividades, as habilidades e os conhecimentos necessários para
alcançar resultados diferenciados. Em outras palavras, este conceito engloba, o
conjunto de qualificações que a pessoa tem para executar um trabalho com um
nível superior de performance. Competência é, na verdade, colocar em prática o
que se sabe em um determinado contexto. Há competência apenas quando há
competência em ação (SANTOS et al. 2001). Logo, no ponto de vista
empresarial, é a prática que interessa: é o conhecimento aplicado que gera
capacidade de produzir resultados, ou seja, competência.
A Gestão de Capital Intelectual é a soma do conhecimento “tácito e
explícito” de todos em uma organização, o que lhe proporciona vantagens
competitivas; é a capacidade mental coletiva, a capacidade de criar
continuamente e proporcionar valor de qualidade superior (SANTOS et al.
2001).
Um exemplo que pode ser citado e usa o conceito de gestão de capital
intelectual é uma intranet (uma tecnologia que fica disponível internamente à
17
organização), ou seja, na sua rede interna, podendo fornecer material para
consulta, informações sobre a própria organização e também sobre seu pessoal e
fornece opção de fóruns, entre outros recursos...” e, funciona como suporte
tecnológico. Segundo SANTOS e Colegas (2001), muitas organizações já estão
utilizando tecnologias facilitadoras como a intranet para a aprendizagem
coletiva e o compartilhamento de conhecimentos.
A Aprendizagem Organizacional é eleita por (SANTOS et al. 2001)
como o tema central da gestão do conhecimento. Isso porque, aproveita os
recursos que já existem na organização para que as pessoas procurem,
encontrem e empreguem as melhores práticas em vez de tentar criar algo que já
havia sido criado. Desta forma, pode-se dizer que aprendizagem organizacional
é um processo que tem como características, detectar e corrigir erros e também
incrementar o capital intelectual.
TYSON (1997) argumenta que processo de aprendizagem organizacional
não se restringe apenas a um mero sistema de informação, ou a um data
warehouse, uma intranet, uma atividade ou função, um serviço de informações,
um mercado de pesquisa para fins específicos ou uma ferramenta de análise.
Porém, a adoção de uma ferramenta que viabilize, de forma sistemática, a
coleta, análise e disseminação (ou compartilhamento) do conhecimento é
fundamental para que os usuários possam tomar ações a partir dele . Com base
na colocação feita pelo autor, fica claro a importância de se ter uma ferramenta
onde se possa centralizar o conhecimento e com isso, compartilhá -lo dentro de
um ambiente organizacional.
A Inteligência Empresarial segundo McGONAGLE E VELLA (1990, p.
viii) é um processo analítico que transforma informações públicas desagregadas
em conhecimento estratégico relevante, acurado e utilizável, sobre
concorrentes, sua posição no mercado, performance, capacidades e intenções.
Logo, a inteligência empresarial usa o mesmo processo da gestão do
conhecimento, convertendo o conhecimento público (explícito) em
conhecimento que venha a ser útil para empresa.
Para SAPIRO (1993, p. 107-109), são várias as finalidades da aplicação
prática do conceito de inteligência empresarial, dentre as quais se destacam, a
sua importância na formulação estratégica para as organizações, e o seu aspecto
contributivo ao processo de tomada de decisão. Quando as empresas utilizam a
18
idéia de inteligência empresarial, a mesma está apenas transformando o
conhecimento. É necessário a utilização de o outro processo. Um processo onde
consiga transmiti o conhecimento entre os funcionários da empresa. Este
processo existe, é o de educação corporativa.
A Educação Corporativa é o processo de transferir o conhecimento
adquirido pelos funcionários em treinamentos feitos em salas de aula, cujo
objetivo é desenvolver qualificação isolada, para criação para a c riação de uma
cultura de aprendizado contínua, em que os empregados aprendem uns com os
outros e compartilham inovações e melhores práticas visando solucionar
problemas organizacionais reais (SANTOS et al. 2001). O foco do treinamento
vai além do empregado isoladamente para o desenvolvimento da capacidade de
aprendizado da organização, criando situações que permitam a discussão de
problemas comuns e soluções por meio de aprendizagem coletiva.
Logo os ambientes de aprendizagem passam a ser reestruturados de forma
a tornarem-se proativos, centralizados, determinados e estratégicos e o
resultado esperado é o aprender fazendo, desenvolvendo a capacidade de
aprender e dar continuidade a esse processo na volta ao trabalho (SANTOS et
al. 2001).
Todos os processos acima comentados fazem parte do processo
corporativo relativo à gestão do conhecimento. Na seção a seguir serão
discutidos alguns suportes de TI para gestão do conhecimento .
2.4 Tecnologias para a Gestão do Conhecimento
O termo tecnologia vem sendo utilizado e comentado desde sua origem
que foi no período da revolução industrial no final do século XVIII. Tecnologia
no grego é tecno “ofício” e logia “estudo”, é termo que expressa o
conhecimento técnico e científico.
Um dos princípios da tecnologia segundo DAVENPORT E PRUSAK
(2003) é que ela também ajuda na codificação do conhecimento e,
ocasionalmente, até mesmo eu sua geração.
Para DAVENPORT E PRUSAK (2003) a gestão do conhecimento é muito
mais que tecnologia (uma vez que envolve informação e conhecimento), mas a
tecnologia certamente faz parte da gestão do conhecimento. Isso é válido,
porque atualmente existe uma disponibilidade de tecnologias (Blogs, Wikis e
19
outros são exemplos de ferramentas) que têm sido usadas em processo de gestão
do conhecimento.
A função que a tecnologia exercer na gestão do conhecimento é estender o
alcance e aumentar a velocidade da transferência do conhecimento. Isso
acontece porque, a tecnologia informação possibilita que o conhecimento de
uma pessoa ou de um grupo seja extraído, estruturado e utilizado por outros
membros da organização e por seus parceiros.
De acordo com DAVENPORT E PRUSAK (2003) a tecnologia para a
gestão do conhecimento é um conceito amplo, que abrange muito mais que a
INTERNET e a INTRANET. As empresas podem aplicar uma ampla variedade de
tecnologias aos objetos da gestão do conhecimento, já que algumas estão
disponíveis há muitos anos.
2.4.1 Tecnologias e Métodos na Gestão do Conhecimento
Embora a gestão do conhecimento seja um campo de estudo relativamente
novo, tentativas no sentido de usar a tecnologia para captar e manipular o
conhecimento vêm sendo empreendidas há décadas.
DAVENPORT E PRUSAK (2003) em seu livro, citam algumas
tecnologias, como por exemplo: raciocínio baseado em casos (CBR)
DAVENPORT E PRUSAK (2003), descreve como combiná-las com os métodos
da gestão do conhecimento mais voltado para o ser humano e assim, criar um
ambiente do conhecimento dinâmico.
Raciocínio Baseado em Caso (CBR)
Raciocínio baseado em caso é uma técnica da Inteligência Artificial que
tenta combinar em computador o poder da narrativa com a codificação do
conhecimento. O CBR envolve a extração do conhecimento que surge de uma
serie de narrativas, ou casos e acontecimentos, sobre a área de problema que se
pretende solucionar (DAVENPORT E PRUSAK, 2003).
Programas de raciocínio baseado
em casos vêm apresentando
melhorias marcantes no
atendimento a clientes.
DAVENPORT E PRUSAK (2003)
20
A tecnologia usada pelo CBR tem apresentado resultados positivos quando
usada na resolução de problemas de atendimento a usuários de sistemas de
helpdesk. Isto porque, o CBR soluciona problemas baseado em experiências
passadas, ou seja, adapta e recupera experiências passadas que ficam
armazenadas em uma base de dados, desta forma, agilizando o acesso ao
conhecimento.
Implementando Tecnologias do conhecimento
Existem várias tecnologias que podem ser úteis na facilitação da gestão do
conhecimento, por exemplo: computador, telefone e videoconferência. Estas são
eficazes na viabilização da transferência de conhecimento tácito entre as
pessoas. O problema dessas tecnologias é que elas não captam nem distribuem o
conhecimento de forma estruturada.
Por isso, a idéia deste trabalho de dissertação é utilizar tecnologias que
captam, armazenam e distribuem o conhecimento estruturado para o uso das
pessoas. No entanto, é preciso ressaltar que para a gestão do conhecimento,
grandes volumes de dados podem ser um fator negativo. Isto se dá porque na
gestão do conhecimento, as pessoas precisam filtrar todo volume para encontrar
o conhecimento desejado. Isso porque, as tecnologias do conhecimento são
empregadas de forma interativa com seus usuários.
Em suma, o grande objetivo dessas tecnologias é auxiliar na captura do
conhecimento que existe na mente das pessoas e em documentos impressos e
torná-los disponíveis pela organização “compartilhar o conhecimento”, isso é
chamado por DAVENPORT E PRUSAK (2003) de valor agregado pelas
pessoas.
Repositórios do Conhecimento Amplo
Há décadas as organizações vêm demonstrando a necessidade de possuir
um local para armazenar seus dados nos Bancos de Dados. No caso da gestão do
conhecimento um dos métodos mais usado para armazenar os dados são os
chamados repositórios do conhecimento.
Segundo DAVENPORT E PRUSAK (2003), o melhor exemplo de
repositório do conhecimento amplo é a internet. Como fonte de conhecimento
externo, a internet pode superar algumas das desvantagens da assimetria e do
caráter localizado do conhecimento, uma vez que a pesquisa de um assunto
21
trará resultados de todo sistema. O nível de confiança do conhecimento
adquirido pela internet é, portanto, justificadamente baixo.
Segundo DAVENPORT E PRUSAK (2003), no passado os repositórios
das organizações eram em sua grande maioria externos, e eram usados para
inteligência competitiva, conhecimento de mercado ou conhecimento externo
técnicos, jurídicos ou comerciais. Hoje, porém, a maioria das organizações está
criando seus próprios repositórios do conhecimento estruturado, através do
conhecimento obtido de fontes internas “conhecimento tácito e explícito de seus
funcionários”.
Um exemplo de uma solução bem sucedida que usa gestão do
conhecimento e o método de repositório do conhecimento, é o sistema
Electronic Sales Partner (ESP) na empresa Hewlett-Packart (HP)8
(DAVENPORT E PRUSAK , 2003). O ESP contém centenas de documentos que
ajudam a força de vendas de sistemas de computadores da HP em seu processo
de vendas. Os documentos existentes nos repositórios do ESP são relatórios,
apresentações de vendas, especificações técnicas e encontram-se disponíveis em
âmbito mundial para todos os funcionários da HP através de uma INTRANET. O
ESP permite que os funcionários incluam novos documentos e, um pequeno
grupo de revisores vai determinar se os documentos submetidos são apropriados
para inclusão ao sistema. O ESP possui também um mecanismo de pesquisa,
onde o funcionário pode pesquisar documentos por categorias e tipos
ferramentas. Segundo o gerente da área de suporte a vendas , o ESP permite “um
feedback fenomenal, tanto da parte de contribuinte (da informação) como
usuário”.
Outro sistema que é utilizado para gestão do conhecimento é Hoover, da
Sandpoint system (uma unidade da Dun & Broadstreet). O Hoover tem como
principio realizar pesquisas em repositórios do conhecimento predeterminados e
seleciona conhecimento identificado como relevante “com base em palavras -
chaves especificadas pelo usuário” para uma pessoa ou grupo da organização. O
usuário do Hoover não precisa especificar nem conhecer as fontes das quais o
conhecimento é extraído. O Hoover é utilizado pela empresa Monsanto, com o
objetivo de distribuir o conhecimento do mercado externo pelas mesas de
8 http://www.hp.com
22
trabalho de seus cientistas que estejam desenvolvendo nos produtos químicos e
pesquisando avanços genéticos.
O GrapeVINE, outro programa utilizado pela HP para gestão do
conhecimento, é uma tecnologia ligeiramente mais estruturada para trazer o
conhecimento externo para dentro da organização. O GrapeVINE tem uma
semelhança com o Hoover, ele também rastreia conhecimento em repositórios
do conhecimento externos a organização. Porém, sua pesquisa não utiliza
palavras-chaves como base. Ao invés disto, o GrapeVINE se utiliza de quadros
de conhecimento, que são mapas hierárquicos dos termos e relacionamentos do
conhecimento da organização. Este tipo de quadro não é fácil de construir nem
de manter, mas pode proporcionar uma perspectiva mais estratégica de qual
conhecimento realmente interessa para organização. O GrapeVINE também
permite que editores do conhecimento comentem e priorizem dados externos,
assim aumentando a importância e a qualidade do conhecimento que chega nos
computadores dos funcionários e gerentes (NONAKA E TAKEUCHI, 1997).
O Repositório para Instituições de Ensino Superior (RIES) é uma solução
proposta, para apoiar a gestão do conhecimento acadêmico em instituições de
ensino superior, devido à visível deficiência destas em gerenciar o
conhecimento adquirido por seu corpo acadêmico. A RIES baseia-se nos
princípios da gestão do conhecimento, integrando a estes os resultados obtidos
em uma pesquisa realizada em uma instituição de ensino superior que foi
tomada como estudo de caso. A RIES é composta por um repositório do
conhecimento que contém em sua base todo material gerado pelos estudantes e
professores (MOTA et al. 2007).
O RIES utiliza como técnica para a pesquisa o uso de palavras-chave
como, por exemplo, busca por autor, busca personalizada, utilizado os
conectores “e”, “ou”, utilizado assim a combinação dos campos . Um recurso
oferecido pelo RIES é permiti que o usuário visualize um breve resumo do
conteúdo, antes de acessá-lo em sua totalidade. Outra funcionalidade
interessante oferecida pelo sistema, é que ele informa quantas vezes aquele
conteúdo foi acessado, assim possibilitando gerar estáticas dos conteúdos
gerenciados (MOTA et al. 2007).
Segundo DAVENPORT E PRUSAK (2003) no nascer da implementação
de iniciativas da gestão do conhecimento, uma estratégia tecnológica que não
23
cerceie a multiplicidade de soluções pode ajudar no estímulo ao aprendizado e à
exploração. Logo, o compartilhamento do conhecimento em toda organização
será mais fácil com o conjunto de ferramentas amplamente empregado e único.
Com base nas tecnologias, métodos e exemplos de ferramentas
comentados nesta seção, fica claro que grandes empresas e instituições vêm
dando uma importância cada vez maior a gestão do conhecimento, buscando
soluções tecnológicas que lhes permitam ampliar sua inteligência competitiva.
Na próxima seção vão ser apresentadas algumas metodologias existentes.
Com elas, pretende-se apresentar o melhor uso e onde pode ser mais bem
aplicada a gestão do conhecimento nas organizações.
2.5 Metodologias para Gestão do Conhecimento
Metodologia é o conceito que, segundo o dicionário Aurélio estuda os
métodos aos quais ela se liga ou de que se utiliza. Nesta seção serão
apresentadas a, MIM - metodologia de implantação Microsiga, MID -
metodologia de implantação Datasul, GIS – metodologia de gerenciamento em
implantação de sistema Stefanini e por fim a MGCIS – metodologia em gestão
do conhecimento para implantação de software.
Todas essas metodologias pesquisadas se utilizam de alguns dos seguintes
processos da gestão do conhecimento: compartilhamento, criação, identificação,
armazenamento, captura, aplicação e validação. Desta forma as organizações
citadas tentam aproveitar da melhor maneira possível todo o conhecimento que
circula internamente entre seus colaboradores.
Assim a gestão do capital intelectual dessas organizações deu início à
construção estratégica do caminho para a gestão do conhecimento.
A MIM é composta pelos seguintes processos: compartilhamento,
organização e armazenagem e por fim, aplicação, MICROSIGA (2008),
descritos abaixo.
· Compartilhamento: a Microsiga possui um portal do conhecimento
chamado de Documentação Eletrônica Microsiga (DEM). Este portal é
utilizado para compartilhar as informações adquiridas pelas equipes em
cada fase do projeto, ficando armazenadas em uma base de dados
acessível à equipe em tempo hábil;
24
· Organização e armazenamento: esse processo tem como objetivo
principal recuperar o conhecimento de forma, fácil, rápida e correta na
base do conhecimento. Desta forma, se evita que o conhecimento
armazenado na base seja perdido ou esquecido. A Microsiga se utiliza
de várias formas para armazenar o conhecimento, como por exemplo:
manuais de procedimentos, livros com registros ou através da base do
conhecimento, onde os usuários se utilizam de palavras chaves e filtros
para realizarem suas pesquisas. Com relação à atualização da base e o
portal do conhecimento a MIM utiliza um controle de versão para
evitar documentos duplicados;
· Aplicação: neste processo, é válido destacar a relevância de se
registrar as lições aprendidas com a utilização do conhecimento, os
ganhos obtidos e os desafios a serem alcançados.
A MIM não utiliza o processo de criação do conhecimento, o qual envolve
as dimensões de aprendizagem e externalização do conhecimento.
Na Datasul, a gestão do conhecimento se fez necessária a partir do
momento que se teve a necessidade da uniformização da informação entre as
equipes de projetos, isso porque as equipes precisavam ter acesso às
informações relacionadas aos projetos e garantir um processo contínuo de
aprendizagem, (DATASUL, 2007).
Com base nessas necessidades foi criada a metodologia de implantação
Datasul (MID), que é composta pelos seguintes processos: compartilhamento,
seleção e validação e por fim aplicação, (DATASUL, 2007).
· Compartilhamento: como na Microsiga, a Datasul também possui um
portal chamado de portal Datasul, que disponibiliza as informações de
cada fase do projeto em bases distintas, assim facilitando no momento
da pesquisa;
· Seleção e validação: neste processo de seleção e validação do
conhecimento é possível filtrar, avaliar a qualidade e sintetizar o
conhecimento, isso porque nem todo conhecimento gerado, recuperado
ou desenvolvido deve ser armazenado diretamente em uma repositório
do conhecimento organizacional;
25
· Aplicação: neste processo se faz importante o uso da informação
efetivamente e assim se traduzindo em benefícios concretos para o
projeto.
Como comentado anteriormente, a Datasul possui um portal, que
centraliza todas as informações referentes aos seus projetos, possui um processo
sistemático para manutenção e atualização do conhecimento, com uma
padronização de linguagem e informações para equipe e ainda contemplando
um controle de acesso aos documentos e procedimentos, (DATASUL, 2007).
Nem a metodologia MIM e nem a MID, utilizam todos os processos de
gestão do conhecimento em sua solução. Isto porque, cada empresa utiliza os
processos que melhor se adeque a sua solução.
A Stefanini, também possui um metodologia de Gerenciamento de
Implementação de Sistema (GIS). Esta metodologia se utiliza dos seguintes
processos de gestão do conhecimento: captura, identificação e criação do
conhecimento, (STEFANINI, 2005).
· Captura: esse processo contempla a aquisição do conhecimento,
através das experiências e habilidades de levantar e manter as
competências essencias, nas áreas do conhecimento;
· Identificação: este processo possui as competências que são críticas
para o sucesso do projeto (competências essência). Estas competências
representam o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que
cada um dos membros da equipe já desenvolveu e possui. Esta
atividade é facilitada pelo uso do mapeamento do conhecimento na
organização. A diferença entre as competências necessárias para cada
uma das áreas de atuação da organização, identificadas a partir do
mapa de conhecimentos e, as competências individuais existentes
nessas áreas definem o conjunto de competências a ser desenvolvido
nas pessoas;
· Criação do conhecimento: o processo de criação de um novo
conhecimento contempla as dimensões de aprendizagem,
externalização do conhecimento, experiências passadas, criatividade,
pesquisa, experimentação, descoberta e inovação.
26
A metodologia da Stefanini (GIS), também não possui todos os processos
de gestão do conhecimento. Neste caso, faltou o processo de organização e
armazenagem, desta forma, não conseguindo recuperar informação corretas de
maneira rápida e simples, através de um mecanismo de busca eficiente.
A metodologia proposta por (COSTA et al. 2008) MGCIS (Metodologia de
Gestão do Conhecimento em Projetos de Implementação de Software), possui
um mecanismo, que utiliza as lições aprendidas em projetos anteriores para que
as mesmas fiquem disponíveis, auxiliando na identificação e resposta aos
riscos. A MGCIS também visa à disseminação do conhecimento dentro da
organização e, conseqüentemente, a capacitação da equipe.
A MGCIS tem como objetivo manter o conhecimento construído durante o
projeto, para que ele possa ser reutilizado em projetos futuros quanto no
decorre do próprio projeto, (COSTA et al. 2008).
A MGCIS possui um gestor que trabalha em parceria com a equipe de
projeto que é o gestor do conhecimento. A função deste gestor é de grande
importância e se divide em três fases: elicitação da informação, construção do
conhecimento e registro da informação. Cada fase está subdividida em
processos que devem ocorrer diversas vezes ao longo do ciclo de vida do
projeto (COSTA et al. 2008). A figura 2-2 abaixo demonstra as três fases
citadas.
Figura 2 - 2 Fases da Metodologia (COSTA et al. 2008)
· A fase de elicitação da informação é onde será feito o levantamento
das informações necessárias para realização do projeto. A mesma é
composta pelos processos: levantamento das necessidades, coleta das
27
informações internas, coleta das informações externas e consolidação
da informação;
· Na fase de construção do conhecimento as informações são
distribuídas entre os membros das equipes e transformadas em
conhecimento. A mesma é composta pelos processos:
discussão/internalização da informação e avaliação do que foi
aprendido;
· Por fim, a fase de registro da informação onde será alimentada o
repositório do conhecimento organizacional para que o conhecimento
adquirido no projeto passe a pertencer à empresa e possa ser
reutilizado. A mesma é composta pelos processos: explicitação do
conhecimento, análise das contribuições e manutenção do repositório
do conhecimento.
Uma visão de todos os processos que compõem cada fase da metodologia
será apresentada abaixo nas figuras 2-3,2-4 e 2-5:
Elicitação da informação e seus processos:
Figura 2 - 3 Elicitação da informação (COSTA et al. 2008)
· Processo de levantamento de necessidades: é o momento onde o
gerente de projeto deve levantar quais informações são necessárias
para as equipes, em que forma, qual prazo para disponibilizar a
informação e quais perfis de profissionais ele necessita no projeto;
· Processo de coleta de informações internas: é o momento onde ocorre a
recuperação das informações internas armazenadas no repositório do
conhecimento da organização, com o intuito de serem utilizadas em um
novo projeto ou para um em andamento;
28
· Processo de coleta de informações externas: é quando a busca pela
informação ocorre fora da empresa, podendo ser de duas formas: busca
diretamente no cliente ou através de consultores e bibliografias
existentes no mercado;
· Processo de consolidação da informação: é o momento onde o gerente
consolida todas as informações coletadas tanto internamente como
externamente e, assim resumido-as em um formulário que vai servir
como saída do processo, que por sua vez, será utilizada como entrada
nas próximas fases, que refere-se a construção e registro do
conhecimento.
Na figura 2-4 serão apresentados os processos (discussão/internalização
da informação e avaliação do que foi aprendido) da fase de construção do
conhecimento:
Figura 2 - 4 Construção do conhecimento (COSTA et al. 2008)
· Processo de discussão/internalização da informação: este processo tem
como objetivo realizar a construção do conhecimento, e ainda
identificar o público alvo das informações adquiridas na fase anterior
de elicitação da informação, assim estabelecendo uma estratégia para
que este público adquira o conhecimento desejado;
· Processo de avaliação do que foi aprendido: este processo é utilizado
pelo gestor, para avaliar se as coisas estão acontecendo como o
previsto, ou se será necessário alguma modificação com relação ao que
foi planejado inicialmente. O processo de avaliação ainda funciona
como um instrumento de diagnóstico do aprendizado, ou seja, um
mecanismo que incentiva o aprendizado contínuo.
29
Por fim, será apresentada a figura 2-5 composta pelos processos
(explicitação do conhecimento, análise das contribuições e manutenção da base
do conhecimento) da fase registro da informação:
Figura 2 - 5 Registro da informação (COSTA et al. 2008)
· Processo de explicitação do conhecimento: este processo tem como
objetivo codificar o conhecimento, ou seja, transformando-o de tácito
para explícito, desta forma, facilitando seu registro no repositório do
conhecimento da organização. Para DAVENPORT E PRUSAK (2003),
a codificação tem por objetivo disponibilizar o conhecimento de uma
forma acessível aos que dele necessitam.
· Processo de análise das contribuições: o objetivo deste processo é
garantir que apenas as informações válidas, corretas e úteis sejam
transferidas e armazenadas na base de conhecimento da organização.
· Processo de manutenção da base do conhecimento: este processo tem
como objetivo transferir as informações que foram transformadas no
processo de elicitação do conhecimento, testadas e validadas no
processo de análise de contribuições, para o repositório do
conhecimento da organização, assim facilitando o resgate da mesma.
Além da função já citada do gestor do conhecimento, ele também possui
outro papel importante que é incentivar o uso da metodologia, possibilitar que o
conhecimento da organização esteja disponível no decorrer do projeto, evitando
assim o retrabalho.
Também há na MGCIS o papel de codificador do conhecimento, que é
detentor de técnicas de captura informação e transformação em documento
escrito de maneira que possa ser lido e entendido, (COSTA et al. 2008). Isto
acontece na MGCIS quando o codificador ou o gestor do conhecimento precisa
liberar alguma informação, antes que, a mesma seja lida por outras pessoas.
30
Foram apresentadas nesta seção algumas das metodologias (MIM da
Microsiga, MID da Datasul, GIS da Stefanini e por fim a MGCIS proposta por
(COSTA et al. 2008) ) que utiliza o conceito e alguns dos processos de gestão
do conhecimento, para tentar melhorar a identificação, distribuição, criação e
registro do conhecimento existente internamente e externamente as suas
organizações.
2.6 Considerações Finais
Este capítulo apresentou os conceitos, processos, tecnologias e
metodologias de Gestão de conhecimento relevantes para a construção deste
trabalho.
Foram apresentados também os processos que fazem parte da gestão do
conhecimento. São eles: gestão de competência, gestão de capital intelectual,
aprendizagem organizacional, inteligência empresarial e educação coorporativa.
Algumas tecnologias e métodos que se utilizam da gestão do
conhecimento também foram apresentados e citados alguns exemplos onde
estão sendo utilizados, tais como o raciocínio baseado em casos (CBR),
implementação de tecnologias do conhecimento e repositório do conhecimento.
Por fim, foram apresentadas algumas metodologias que foram criadas e
estão sendo adotadas em algumas organizações que se utilizam da gestão do
conhecimento. São elas: a MIM da Microsiga, a MID da Datasul, a GIS da
Stefanini e por fim a MGCIS que é uma proposta de uma nova metodologia,
especificas para empresas de TI.
Assim, conclui-se este capítulo que servirá de base com relação aos seus
conceitos, processos, tecnologias e metodologias citadas, para os próximos
capítulos. No capítulo a seguir apresentaremos em detalhes a FGSU
(Ferramenta de Gestão do Conhecimento de Suporte à Usuário).
C A P Í T U L O
3 Ferramenta de Gestão do Conhecimento Aplicada à
Área de Suporte a Usuário em TI (FGSU)
ste capítulo apresenta detalhes sobre a ferramenta de gestão do
conhecimento de suporte a usuário (FGSU), resultado da pesquisa
apresentada nesta dissertação. Ao longo do capítulo, serão descritas as
funcionalidades, características e objetivo da FGSU. Além disto, será discutido
o cenário onde ela poderá ser utilizada.
Este capítulo será dividido nas seguintes seções: Apresentação da FGSU,
objetivo, problema e resultado, descrição do produto, principal diferencial a ser
explorado e por fim, público alvo e considerações finais.
E
32
3.1 FGSU
A ferramenta de gestão do conhecimento aplicada à área de suporte a
usuário em TI irá ajudar os usuários (no caso particular deste trabalho,
membros de equipes de helpdesk) na solução de problemas, tornando mais
produtiva sua rotina de trabalho. Um exemplo de problema enfrentado por
equipes de helpdesk é quando um usuário da equipe tenta resolver um problema
específico: “clientes VPN (Virtual Private Network) sem conseguir conectar no
servidor VPN”. Muitas vezes, este usuário sabe que algum dia esse problema já
foi resolvido por ele mesmo, mas infelizmente ele não o registrou e nem
compartilhou com outro usuário da equipe, ou seja, a informação sobre a
solução possível foi perdida. Com isso, há um retrabalho, perda de tempo e
esforço, o que diminui muitas vezes a qualidade do serviço do suporte.
Assim, será desenvolvida a FGSU, ferramenta que serve ao mesmo tempo
como repositório de conhecimento e sistema de recomendação de soluções . Para
tal, FGSU irá possuir alguns recursos, a saber: a pesquisa, formulário, relatório
e sugestão, através dos quais o sistema captura qual o objetivo do usuário , isto
é, qual o problema que o usuário está tentando resolver , a recomendação de
sugestão de solução para o problema, e também o cadastro de novos problemas
e soluções. Por fim, a FGSU irá utilizar todas as informações armazenadas no
repositório de conhecimento, para fornecer relatórios estatísticos que possam
ajudar aos gestores de áreas de suporte em suas tomadas de decisão, por
exemplo: um relatório com os usuários que mais registraram soluções durante
um período de quinze dias. Estes relatórios serão gerados através da integração
das informações existentes no repositório do conhecimento da FGSU. Abaixo
descreveremos os recursos da FGSU em maiores detalhes.
A pesquisa, que buscará por soluções existentes para o problema que o usuário
está enfrentando. Normalmente, podem haver dois tipos de problema: os provenientes
das requisições dos usuários através de um sistema de helpdesk existente no ambiente
interno da empresa ou instituição, como por exemplo, o RT (Request Tracker)9, que
funciona como a interfase entre os usuários e o pessoal do helpdesk; ou os que são
gerados por eventos do dia-a-dia equipe de suporte, como por exemplo “problemas
com servidores, problema em algum equipamento da sala dos servidores, como, Switch,
9 http://bestpractical.com/rt
33
roteadores entre outros.”, ou seja, problemas que acontecem no ambiente interno do
helpdesk. Toda pesquisa realizada pelo usuário, por exemplo, (pesquisar solução para
problema de cliente VPN sem conseguir conectar ao servidor VPN), será realizada em
um repositório do conhecimento. Repositório este, que ficará acumulando ao longo do
uso da FGSU todo conhecimento que foi adquirido através do cadastro feito pelo
usuário. O cadastro utiliza-se de outro recurso da FGSU que é o formulário.
O formulário é o recurso utilizado pelos usuários da FGSU para alimentar o
repositório do conhecimento. Toda vez que o usuário consegue resolver um problema
novo (ainda não cadastrado no sistema), ele pode querer registrar a sua solução (para
que fique disponível para os colegas). Isto é feito através do formulário de cadastro.
Uma vez cadastrado, o problema e sua solução ficam armazenados em um repositório
de sugestão. Quando este conhecimento é aprovado pelo gestor do conhecimento, então
é armazenado no repositório de conhecimento da ferramenta. O conteúdo armazenado
no repositório do conhecimento da FGSU engloba todas as informações e todo
conhecimento explícito que são cadastrados pelos os usuários da equipe de helpdesk,
utilizando-se do formulário da FGSU.
O relatório vai disponibilizar informações que ajudarão o gerente na tomada de
decisão. As informações que poderão ser fornecidas pelo relatório, por exemplo, são: os
dez problemas mais freqüentes no mês ou na semana que passou, qual pessoa da equipe
de suporte solucionou mais problemas esse mês ou essa semana que passou. Com as
informações apresentadas pelos relatórios, o gerente terá uma melhor visão do que está
se passando em relação à organização.
Por fim a sugestão servirá para ajudar os usuários no momento de solucionar os
problemas que acontecem no dia-a-dia da equipe de suporte e, também ajudar
solucionar os problemas que chegam através do sistema interno de helpdesk. Logo, o
sistema funciona como meio entre o usuário final e a equipe de helpdesk. Uma vez
recebido um problema, o usuário terá que realizar uma pesquisa na ferramenta, e a
mesma lhe apresentará todas as soluções referentes a este problema, caso o mesmo
tenha sido em algum momento cadastrado juntamente com sua solução. A idéia deste
recurso (sugestão) é facilitar, agilizar e diminuir o retrabalho da equipe de suporte no
momento de solucionar os problemas.
34
3.2 O Problema das Equipes de Suporte e a FGSU
O helpdesk é um serviço destinado há prestar suporte ao o usuário ,
oferecendo um ponto único de contato chamando de Single Ponit Of Contact
(SPOC). O suporte é feito aos usuários internos a empresas, através de
atendimento via telefone, acesso remoto ou alguma ferramenta web, com
objetivo de resolver todos os problemas que os usuários venham ter. Este é o
tipo de trabalho que o pessoal (equipe de helpdesk) executa, muitas vezes sob
pressão. Isso porque o usuário quer ser atendido de imediato. Todo e qualquer
problema é considerado urgente. Muitas vezes este atendimento não é feito de
maneira rápida, isso porque, o conhecimento necessário para o atendimento a
requisição feita pelo usuário não existe. Sendo assim, o pessoal (equipe de
helpdesk) tem que pesquisar uma solução para a requisição na web, em livros ou
através de uma consulta a uma pessoa especializada. Isto é, em muitos
momentos, o processo de pesquisa de soluções é repetido varias vezes, porque
no momento que resolveu o problema, o membro da equipe de helpdesk não
registrou sua solução. Caso tivesse registrado em algum lugar, por exemplo,
repositório do conhecimento, não teria esse retrabalho.
Neste contexto, a FGSU terá como objetivo principal minimizar os
problemas de perda de conhecimento e consequente retrabalho em um ambiente
de helpdesk.
Como resultado, espera-se que a FGSU melhore o desempenho e a
qualidade do serviço no atendimento ao usuário.
3.3 A FGSU em Detalhes
A proposta deste trabalho é desenvolver uma ferramenta que seja intuitiva
para que os usuários se sintam estimulados a utilizá-la. Com base nos
problemas citados na seção anterior 3.2, foram especificados os módulos de
pesquisa, formulário, relatório e sugestão. Tanto os módulos quanto as funções
foram especificadas para qualquer ambiente de suporte a usuário. Na figura 3-1
abaixo são apresentados os casos de uso da FGSU.
35
Figura 3 - 1 Funcionalidades da FGSU
Como pode ser visto na figura 3-1 acima existem três atores que se
relacionam com a FGSU: o ator sistema, o ator moderador e o ator membro do
sistema. Abaixo serão detalhadas as funções de cada ator.
Funções referentes ao Ator Sistema:
· Realizar busca de soluções de dado problema: a partir de um problema
recebido, o sistema busca no repositório do conhecimento soluções
existentes para este problema;
36
· Autenticar usuário: esta função é utilizada no momento que usuário
tenta realizar logon no sistema, usando o protocolo LDAP (Lightweight
Directory Access Protocol);
· Enviar e-mail: esta função será utilizada quando, por exemplo, for
cadastrado um problema sem solução por alguma pessoa da equipe de
helpdesk. Neste momento, todos os membros da equipe cadastrados no
sistema receberão uma notificação via e-mail com o problema em
questão e o nome de quem cadastrou, informando que houve um
cadastro de problema que no momento está sem solução. Quando for
cadastrada a solução para tal problema, será enviado um e-mail
automaticamente para o usuário responsável pela inserção do problema
no sistema, informando que já foi resolvido, passando também o nome
de quem resolveu.
Funções referentes ao Ator Moderador:
· Cadastrar setor: esta função é utilizada pelo moderador para realização
de cadastros de setores existentes na organização, como por exemplo:
suporte, oficina, administrativo entre outros;
· Cadastrar membros: esta função é utilizada pelo moderador quando ele
vai cadastrar os membros que vão ter acesso ao sistema;
· Definir moderador: esta função o moderador utiliza para promover
qualquer outro membro já cadastrado no sistema, para se tornar
moderador;
· Liberar soluções e problemas: nesta função o moderador tem o papel
de aprovar tanto a solução como o problema para serem armazenados
no repositório de conhecimento;
· Remover soluções e problemas: esta função é o oposto da anterior, o
moderador a utiliza para remover soluções e problemas do repositório
de sugestão. As informações que ficam no repositório de sugestão
estão a espera de liberação, caso sejam liberadas pelo moderador , as
mesmas vão ser armazenadas no repositório de conhecimento;
· Reformulação de soluções e problemas: esta função o moderador
utiliza no momento em que tenta reformular alguma solução ou
problema que ficou difícil de entender;
37
· Cadastrar plataforma de SO (Sistema Operacional): esta função o
moderador utiliza para cadastrar os SO que existem ou podem vir a
existir em seu ambiente organizacional;
· Listar membros: esta função será utilizada pelo moderador, para saber
quais usuários estão com acesso à ferramenta e, se o usuário está ou
não com perfil de moderador da FGSU.
Funções referentes ao Ator Membros do Sistema:
· Lista soluções e problemas: esta função é utilizada pelos membros do
sistema, quando o mesmo que listar todas as soluções existentes no
repositório de conhecimento para um determinado problema;
· Cadastrar soluções e problemas: utilizada para cadastrar novas
soluções e problemas. As soluções cadastradas ficam inicialmente
armazenadas no repositório de sugestão. À medida em que o
moderador as for aprovando, elas passam para o repositório do
conhecimento;
· Emitir relatórios: utilizada pelos usuários gerentes para gerar os
relatórios estatísticos de suporte a decisão;
· Logar no sistema: esta função será utilizada apenas pelos membros
que estiverem fazendo parte de um grupo de domínio autorizado a ter
acesso à ferramenta, por exemplo, grupo suporte.
A figura 3-2 apresentará o diagrama com o fluxo resumido da FGSU e
suas interligações.
casos
Servidor
Estação do usuário
Servidor web
Base de conhecimento
Sugestões
Base de Sugestão
Moderador
(1)
(2)
(3)(4)
(5)(6)
(7)(8)
(9)
(10)
LDAP
Figura 3 - 2 Fluxo Resumido da FGSU
38
Abaixo será detalhado o fluxo apresentado na figura 3-2.
(1) O usuário tenta autenticação na FGSU, fornecendo login e senha;
(2) A FGSU validará ou não as informações fornecidas pelo usuário ,
realizando uma consulta na base LDAP;
(3) A ferramenta recebe como retorno a autenticidade do usuário no
domínio;
(4) Caso a autenticação falhe, o usuário é impedido de acessar a
ferramenta, podendo realizar uma nova tentativa através da tela de
logon;
(5) Caso a autenticidade do usuário seja confirmada, a ferramenta
consultará a base de conhecimento e receberá como retorno todos os
casos disponíveis no primeiro nível da árvore ontológica;
(6) As informações obtidas no passo 5, é exibida ao usuário;
(7) O usuário poderá cadastrar novos casos na base de conhecimento,
porém, antes das informações serrem armazenadas nesta base, ficam
temporariamente armazenadas em uma base de sugestões, aguardando a
liberação do moderador;
(8) O moderador consulta á base de sugestões e verifica quais casos
poderão ser liberados para a base de conhecimento;
(9) O moderador libera os casos;
(10) Os casos liberados são persistidos na base de conhecimento.
Tendo apresentado o fluxo resumido da FGSU, agora serão comentados de
forma detalhada os módulos da FGSU, começando pela pesquisa. A pesquisa
será utilizada pelos usuários, a partir do momento que precisarem realizar uma
busca por soluções para resolver algum problema que surgiu via solicitação do
sistema interno de helpdesk (RT) ou de algum problema que venha surgir no
dia-a-dia da equipe.
No momento em que o usuário estiver logado na ferramenta e for usar a
pesquisa, vão aparecer alguns casos referentes a alguma plataforma, como por
exemplo: (plataforma Windows, UNIX, LINUX, Mac OS entre outros) listados
como opção de acordo com a necessidade do usuário ou seu problema, por
exemplo: imagine que o usuário recebeu uma solicitação para resolver um
problema do LINUX. A maneira que ele utilizará para procurar a solução será
através de uma árvore ontológica. A árvore será criada na medida em que os
39
casos venham a ser cadastrados no repositório do conhecimento. A busca por
casos semelhantes ao problema que se está querendo resolver é possível apenas
utilizando o mouse, sem a necessidade de precisar inserir uma frase ou palavra
para buscar um caso e/ou solução, como normalmente é feito quando se realiza
uma pesquisa. Com isso o membro saberá quais os casos que estão disponíveis
para consulta e, a mesma será apresentada de forma gráfica, assim facilitando a
visualização e a navegação. A árvore ontológica apresenta neste trabalho na
figura 3-3, tem o objetivo de exemplificar como é uma estrutura o (esqueleto)
de uma árvore ontológica. A estrutura é composta de casos pai (nó pai) e casos
filho (nó filho), sendo os mesmos referentes a alguma plataforma já registrada
na FGSU, como por exemplo: plataforma Windows (caso pai) tem alguns casos
filho (impressoras, crachá, VPN). Os casos filho estarão sempre associados a
alguma plataforma (Windows, LINUX, Mac OS, redes entre outros), ou seja,
um nó pai.
A figura 3-3 mostra um exemplo de árvore ontologia utilizada pela
FGSU.
Figura 3 - 3 Árvore ontológica da FGSU
40
Navegando na árvore o usuário poderá escolher qual segmento em que
tem interesse de explorar, como por exemplo: plataforma (SO) Windows, Mac
OS, LINUX e UNIX ou redes. Assim a FGSU vai tentando através desta
interação com usuário, apresentar áreas de problemas já cadastrados. A partir
das escolhas do usuário, é identificado o problema que se quer resolver, e ai é
sugerida uma (ou mais, se estiverem disponível) soluções para esse problema.
O formulário oferecido pela FGSU será um cadastro que vai gerar no
primeiro momento as entradas na base, chamada de base de sugestão. Elas
ficam nesta base até serem aprovadas pelo moderador, que também faz o papel
de gestor do conhecimento.
A partir do momento que a informação cadastrada estiver na base de
sugestão, estará disponível para ser analisada pelo gestor do conhecimento.
Caso a informação seja válida, será automaticamente transferida para o
repositório do conhecimento. Em outras palavras, no repositório do
conhecimento terá apenas informações validadas (lidas e entendidas) pelo
gestor do conhecimento.
Caso a informação não seja aprovada pelo gestor do conhecimento esta é
excluída da base de sugestão e nem chega a ser transferida para o repositório do
conhecimento. Assim, todo conteúdo armazenado no repositório do
conhecimento é digno de confiança, e poderá ser utilizado nas pesquisas feitas
pelos usuários através da árvore ontológica.
O gestor do conhecimento centraliza toda a responsabilidade de liberar e
analisar as informações registradas na base de sugestão, podendo gerar um
gargalo e assim causar um impacto na produtividade. Como sugestão, o que se
pode fazer é criar um comitê de gestores do conhecimento, desta forma,
descentralizando as atividades e assim melhorando a produtividade.
O relatório será um recurso que a FGSU vai oferecer para o gerente de
sistemas, no momento de uma tomada de decisão. Informações contidas no
relatório vão ser apresentadas para o gestor através de planilhas e também
através de gráficos estatísticos. Informações, como por exemplo: quantos novos
casos foram cadastrados no mês corrente? Com a resposta obtida através do
relatório, o gerente vai conseguir identificar onde existem pontos críticos em
seu ambiente organizacional e, logo terá embasamento para tomar uma decisão.
41
Por fim, as sugestões, que funcionam como mais uma opção para usuário
da FGSU no momento de solucionar algum problema. A sugestão vai surgir,
quando o usuário encontrar o caso que procura na árvore ontológica, onde o
mesmo virá com uma ou mais soluções registrada sobre ele. Por exemplo: o
caso que usuário procura é sobre VPN, em uma rápida pesquisa na árvore
ontológica o usuário encontra o caso, basta clicar em cima do caso que
aparecerá todas soluções relacionadas a este caso, ou seja, as sugestões para
aquele caso procurado.
Nesta seção foi apresentada à descrição da FGSU com todos seus recursos
e como os mesmo poderão ser implementados em um ambiente organizacional.
Na próxima seção, será apresentada o principal diferencial a ser explorado pela
FGSU.
3.4 Principal Diferencial da FGSU
A FGSU se diferencia das demais ferramentas de gestão do conhecimento,
basicamente por ser uma solução desenvolvida para qualquer ambiente de
suporte à usuário de TI, ou seja, pode ser utilizada ou adaptada às necessidades
encontradas em qualquer ambiente de helpdesk. Ao aplicar uma ferramenta
como a FGSU aos ambientes de TI, a organização evita retrabalho, perda de
conhecimento, e assim podendo aumentar a produtividade. O ponto forte que
destaca a FGSU das outras ferramentas é um de seus recursos o de sugestões,
que serve para ajudar o usuário no momento de solucionar algum problema que
vem do sistema interno de helpdesk.
Na próxima seção será explorado e detalhado o público alvo que a FGSU
pretende atingir, através de suas características e funcionalidades já citadas nas
seções anteriores.
3.5 Público Alvo
O público que realmente terá acesso a ferramenta serão equipes de
suporte. Em um primeiro momento, a FGSU será testada pela a equipe de
suporte CIn-UFPE. A equipe do helpdesk do CIn-UFPE é composta por 5
pessoas divididas em dois grupos: técnicos responsáveis por resolver problemas
em ambientes UNIX e técnicos responsáveis por resolver problemas em
ambiente Windows.
42
O grupo do UNIX é formado por duas administradoras de sistemas. A
primeira é a profissional mais antiga na equipe de helpdesk do CIn-UFPE,
possui uma experiência de 18 anos na área de TI no segmento de administração
de sistemas UNIX e nos sistemas que utilizam o UNIX como plataforma base,
como por exemplo: OpenBSD, FreeBSD, SOLARIS e AIX. Ela também tem
conhecimento na área de redes de computadores e em desenvolvimento de
sistemas. A outra pessoa da equipe do UNIX, está na equipe de helpdesk do
CIn-UFPE há 5 anos, mas possui uma experiência muito grande na área de
administração de sistemas UNIX que trouxe de outra empresas que já trabalhou.
Ela também tem conhecimento em sistemas como OpenBSD e FreeBSD, na área
de redes de computadores e também na área de segurança.
No grupo do Windows temos três administradores de sistemas. O primeiro
está na equipe do helpdesk CIn-UFPE há nove anos, tendo experiência na área
de administração de sistemas Windows, tanto com servidores que rodam os
sistemas Windows Server 2003 e 2008 como também com os clientes que rodam
os sistemas Windows XP, Vista e o Seven. Ele também tem conhecimento na
área de redes de computadores. O segundo está na equipe há três anos, sua
experiência é também com servidores com sistemas Windows Server 2003 e
2008 como também com os clientes que rodam Windows XP, Vista e o Seven.
Ele também tem conhecimento na área de redes de computadores. Por fim, o
mais novo integrante da equipe de suporte, está a dois anos na nossa equipe. Ele
tem experiência com servidores que rodam sistemas Windows Server 2003 e
2008 e com os clientes Windows XP, Vista e o Seven.
3.6 Considerações Finais
Este capítulo apresentou e comentou sobre a FGSU e seus objetivos,
problemas e resultados.
Nesta apresentação, fica claro que a FGSU é uma iniciativa pioneira,
tratando especificamente do problema da gestão do conhecimento em equipes
de suporte de TI, que trabalham sob pressão e sempre têm que aumentar a sua
produtividade.
No próximo capítulo será apresentado como a FGSU pode ser
implementada em um ambiente de suporte a usuário em uma organização.
C A P Í T U L O
4 A FGSU no Ambiente
Organizacional
o capítulo anterior foi apresentada a FGSU, os conceitos básicos
por trás de sua criação e uma visão geral de seu funcionamento .
Neste capítulo, apresentaremos como a FGSU foi implantada em um ambiente
organizacional. O ambiente organizacional escolhido para essa implantação foi
o setor de helpdesk do Centro de Informática da UFPE (CIn).
Para demonstrar as possibilidades que uma ferramenta deste tipo pode
fornecer, serão utilizados dados simulados (baseados nas experiências reais
vividas pela a equipe de suporte do CIn), que serviram para criação dos
relatórios estatísticos carregados pela ferramenta, como também, para as
pesquisas feitas ao repositório do conhecimento.
O capítulo será divido nas seguintes seções: implantação, onde serão
discutidos os aspectos mais tecnológicos pertinentes à FGSU; experimento
preliminar, onde serão apresentados os primeiros resultados obtidos com a
utilização da FGSU e por fim serão feitas as considerações finais.
N
44
4.1 A Implementação da FGSU
Segundo (PROBST et al. 2002) deve-se explorar o potencial e os limites
de técnicas individuas de gestão do conhecimento. Cada técnica tem
características próprias e, portanto, suas próprias limitações. Logo, a escolha de
uma ferramenta adequada para mudar a base de conhecimento de uma
organização requer entendimento dos problemas de conhecimento e do espectro
de efeitos das varias técnicas disponíveis. Devido às características particulares
do dia-a-dia de uma equipe de suporte a usuários de TI, foi escolhida como
técnicas de Busca e Atualização da Base de Conhecimento a técnica de
Raciocínio Baseado em Casos (do inglês CBR) (AAMODT E PLAZA, 2009).
Para a implementação da FGSU, foi necessária a utilização de algumas
tecnologias e também de uma infra-estrutura básica. As tecnologias utilizadas
foram: C#. NET, ferramenta utilizada para desenvolver as funcionalidades e a
parte visual (telas) da FGSU, Microsoft SQL Server 2005, SGBD (Sistema
Gerenciador de Banco de Dados) utilizado para criação das bases de dados da
FGSU e por fim o IIS (Internet Information Service) serviço de informação da
Internet que é utilizado como servidor web. Já com relação à infra-estrutura,
foram utilizadas: uma máquina servidora, com capacidade de hardware
(servidor DELL10 PowerEdge SC 1435, com processador Dual-Core AMD
Opteron (tm) de 3.00 GHz, 8.00 GB de memória e com dois discos de 512 GB)
para suporta todas as tecnologias citadas acima e uma conexão local com
velocidade acima de 100MBist por segundo, desta forma dando uma boa
condição de acesso a FGSU.
A FGSU foi desenvolvida para web, com objetivo de ter maior
disponibilidade de acesso aos membros da organização. A FGSU independe de
qualquer sistema operacional (pode ser tanto Windows quanto UNIX, que são
as plataformas utilizadas no CIn) para ser acessada. Esta decisão foi tomada
com vistas a aumentar a aceitação de uso da mesma. A FGSU apenas funcionará
na intranet da organização, ou seja, na rede local.
10 http://www.dell.com
45
4.2 Utilização da FGSU
Para o usuário acessar a FGSU, será necessário utilizar um navegador para
web (solução usada para acessar página em uma intranet ou na internet).
Acessando a página da FGSU, o usuário vai se deparar com uma tela de logon,
onde terá que usar seu usuário e senha do domínio CIn e pertencer ao grupo do
AD (Active Directory) suporte. Na figura 4-1, será apresentada a tela de logon
da FGSU.
Figura 4 - 1 Tela de logon da FGSU
Após o usuário ter feito o logon será mostrada a página inicial com
algumas informações relevantes sobre a ferramenta, Por exemplo: o que é
FGSU? Ao que se destina? E uma descrição sucinta das funcionalidades
(pesquisa, formulário, relatório e sugestão) existentes. Estas informações são
para ajudar o usuário que utiliza a FGSU pela primeira vez e não tem
conhecimento da ferramenta e suas funcionalidades.
Na figura 4-2 será apresentada a página inicial da FGSU, com todas as
informações citadas anteriormente.
46
Figura 4 - 2 Página Inicial da FGSU
Depois que logar e passar pela página inicial, o usuário terá a sua
disposição todas as opções de uso e navegação da ferramenta. Como opção de
uso e navegação, o usuário poderá usar áreas restritas a ele, como por exemplo:
cadastro de casos e soluções e também ele terá acesso a pesquisar os casos e
soluções na estrutura da árvore ontológica. A árvore ontológica estará no lado
esquerdo de todas as telas (tela de formulário de casos e formulário de soluções
e tela de consulta de casos pendentes e casos liberados) que o usuário sem perfil
de moderador terá acesso. Nas figuras 4-3 e 4-4 serão apresentadas as telas que
os usuários sem perfil de moderador terão acesso, logo será possível ver a
árvore ontológica.
Nas figuras 4-3 e 4-4 a seguir, serão apresentadas as telas que os usuários
que não possuem perfil de moderador terão acesso. A figura 4-3 é a tela que
apresenta o cadastro de casos.
47
Figura 4 - 3 Tela de Cadastro de Casos
Neste ambiente oferecido pela FGSU (tela cadastro de casos), o usuário
vai poder cadastrar casos, registrando assim um novo problema. Problema este
que ocorreu no ambiente de trabalho da equipe de helpdesk e logo foi
identificado por um usuário da equipe e depois o mesmo foi registrado na
FGSU. Para o usuário cadastrar um caso, ele terá que inicialmente dá um título
para o caso, por exemplo, VPN, depois ele vai ter que redigir uma breve
descrição sobre o mesmo, informando o usuário responsável, dizer a que
plataforma este caso está associado “Windows, LINUX ou MAC OS” e por fim
dizer que área responsável ele está associado “oficina ou suporte”. Quando
ocorre o registro de um novo caso ou problema, o mesmo fica como caso
pendente, só ficando liberado, quando o usuário moderador liberá-lo. Após isso,
o caso estará liberado e disponível na árvore ontológica para todos os usuários
com acesso a FGSU.
A próxima figura apresenta a tela que usuário não moderador poderá ter
acesso. Figura 4-4 apresenta a tela de cadastro de soluções.
48
Figura 4 - 4 Tela de Cadastro de Soluções
Nesta tela de cadastro de soluções, o usuário vai poder registrar uma nova
solução referente a um caso que já esteja cadastrado na FGSU. Para cada caso
pode está cadastrada mais de uma solução. Para o usuário registrar uma solução
na FGSU, basta ele identificar o caso referente à solução a ser registrar na
árvore ontológica, depois redigir um descritivo e por fim informar a fonte de
pesquisa sobre a solução, ou seja, a fonte onde o conhecimento foi adquirido,
por exemplo, “foi através de uma pesquisa na web, em livros, ou com algum
membro da equipe, entre outros...”.
As figuras “4-5, 4-6, 4-7 e 4-8”, apresentaram as opções disponíveis
apenas para usuários com perfil de moderador. Isso porque, as funcionalidades
em destaque “Listar e Editar Membros, Cadastro de Setor, Cadastro de
Plataforma e Analisar e Editar os Casos” são funções que afetam diretamente o
funcionamento da FGSU sendo, portanto funções de administração da
ferramenta. Desta forma, apenas usuários com experiência e conhecimento na
FGSU poderão ter acesso a estas funcionalidades.
Na figura 4-5 será apresentada a tela, onde o moderador poderá Listar e
Editar todos os usuários ativos da FGSU. Com esta opção de Listar Usuários, o
49
moderador consegue obter informações sobre todos os usuários que estão
cadastrados na FGSU, como por exemplo, a qual setor o usuário está filiado
“oficina ou suporte”, qual o endereço de e-mail do usuário e se o mesmo está
como moderador ou não. Com a opção Editar, o moderador pode modificar os
dados referentes ao usuário caso seja necessário, por exemplo, o nome ou o e-
mail do usuário foi digitado errado no cadastramento.
Figura 4 - 5 Tela Listar e Editar Membros
A próxima tela a ser apresentada é a de cadastro de setor. Nesta opção o
moderador poderá cadastrar diferentes setores que podem vir a surgir no setor
de TI da organização, por exemplo, setor de suporte, oficina, desenvolvimento
entre outros. Quando o moderador for cadastrar um novo setor, ele deve
informar o nome do novo setor, por exemplo, “suporte, oficina, helpdesk” e
depois redigir um breve descritivo sobre o mesmo. Por exemplo: o setor
cadastrado é “oficina”, a descrição poderia ser, setor responsável por todos os
problemas referentes na área de infra-estrutura “redes de computadores e parte
elétrica” e na área de hardware “problema físico em computadores” da
organização”. A figura 4-6 será apresentada a tela cadastro de setor.
50
Figura 4 - 6 Tela Cadastro de Setor
A figura 4-7 irá apresentar a tela de cadastro de plataforma. Esta é uma
função onde o moderador terá como cadastrar as plataformas que existem em
seu ambiente organizacional, como por exemplo: plataformas Windows,
LINUX, MAC OS, entre outras. Como pode ser visto pelos exemplos,
plataforma na FGSU é um termo que se refere ao sistema operacional. Para
cadastrar uma nova plataforma ou sistema operacional, basta o moderador
colocar o nome da plataforma “o sistema operacional Windows, UNIX, LINUX,
entre outras” e depois redigir de forma sucinta um descritivo sobre a mesma ,
por exemplo, sistema operacional da família Windows Microsoft, caso a
plataforma que estivesse sendo cadastrada fosse “Windows” .
51
Figura 4 - 7 Tela Cadastro de Plataforma
A figura 4-8 vai apresentar a tela de análise e edição de casos. Nesta tela
o moderador terá condições de ler todos os casos cadastrados pelos os usuários
não moderadores na FGSU. Após a leitura dos casos cadastrados, o moderador
decide se aprova ou não a edição dos casos ao repositório do conhecimento da
FGSU. Em situações onde o caso registrado pelo usuário não foi explicativo o
suficiente, ou esteja faltando algo para completar a solução para o caso ou até
mesmo tenha sido descoberto alguma outra solução, o moderador pode decidir
editar os casos cadastrados pelos outros usuários, completando assim a questão
em analise. Além disto, é possível que o moderador solicite informações
complementares ao usuário que registrou o caso. Nesta situação o caso retorna
ao usuário (através de um e-mail) para que ele realize as correções necessárias.
Esta funcionalidade é de grande importância, isso porque caso o
moderador autorize algum caso com sua solução que não tenha coerência entre
eles, o mesmo poderá gerar um problema futuro, para o usuário que precise
daquela solução.
52
Figura 4 - 8 Tela Análise e Edição de Casos
A próxima seção se destina a relatar os experimentos preliminares
realizados junto a FGSU no helpdesk do CIn, onde será detalhado os objetivos,
a organização e resultados obtidos na utilização da FGSU.
4.3 Experimento Preliminar
Os experimentos preliminares realizados na FGSU foram feitos em um
ambiente de suporte a usuário, também conhecido como helpdesk. Como já
citado na seção 3.5, o ambiente é formado por uma equipe de cinco pessoas.
Estas pessoas que formam a equipe de suporte do CIn, são as pessoas que vão
utilizar a FGSU.
4.3.1 Objetivos
O objetivo principal da realização dos experimentos preliminares com a
FGSU é avaliar a funcionalidade da mesma junto aos usuários da equipe de
helpdesk do CIn.
Outro fator importante para realização dos experimentos é com relação a
usabilidade da FGSU e, só com o uso para saber se as mesmas estão de acordo
com as necessidades dos usuários.
53
Com os experimentos também podemos avaliar como se comporta a
ferramenta em relação a sua velocidade de acesso (rápida ou lenta), no
momento de uma pesquisa ao repositório do conhecimento, por exemplo.
Outros fatores que se pretende atingir com os experimentos preliminares,
são, por exemplo: a ferramenta é usável? O conhecimento trazido pela
ferramenta é relevante? Com perguntas como estas, deseja-se avaliar a FGSU
com relação as suas funcionalidades e, também com relação a usabilidade se
realmente está sendo útil “trazendo conhecimento relevante” para seus usuári os
“equipe de suporte do CIn”. Estas perguntas foram levantadas em um
questionário, que foi utilizado para avaliar à satisfação ou não dos recursos
oferecidos pela a FGSU aos seus usuários. Com aplicação deste questionário,
obtivemos varias respostas interessantes, discutidas em detalhes na seção 4.3.3.
Na próxima subseção, será apresentado a maneira como foi organizado o
processo de implantação da FGSU, no ambiente organizacional do CIn-UFPE.
4.3.2 Organização
O processo de organização da FGSU, está sendo realizado no ambiente
organizacional do CIn-UFPE, como já citado acima. O CIn foi escolhido, por se
tratar de um ambiente já conhecido e por não possuir nenhuma ferramenta com
tal funcionalidade. Por não possuir nenhum local onde se registre o
conhecimento adquirido, ocorre perda de conhecimento e retrabalho à procura
de solução sobre algum conhecimento. O processo de organização se faz
necessário para a implantação de uma ferramenta como a FGSU, que tem como
objetivo prestar suporte à usuário.
O primeiro passo a ser tomado junto ao processo de organização foi
apresentar a ferramenta “FGSU”, para o pessoal da equipe de suporte do CIn.
Esta apresentação foi realizada em uma sala de reunião do CIn, onde foi
reunido todo pessoal da equipe de suporte.
Com o uso de alguns equipamentos como, por exemplo, “computador,
projetor e sistema de multimídia”, foi possível apresentar a FGSU, juntamente
com todas suas funcionalidades à equipe de suporte do CIn. A idéia da
apresentação, foi mostrar em detalhes como o pessoal pode usar o formulário
para cadastrar casos e soluções, como eles podem realizar uma pesquisa por
54
uma solução navegando pela árvore antológica da FGSU, ou seja, estimulá -los
ao máximo a usar a FGSU. Apresentando seus benefícios, usabilidade e o ganho
de tempo que se pode ter usando uma ferramenta com as características da
FGSU.
O período que a equipe de suporte do CIn passou utilizando a FGSU com
objetivo de avaliá-la, foi de três semanas. A idéia era que eles durante este
tempo, fossem usando a FGSU para irem se acostumando com o ambiente, suas
funcionalidades e também em registrar todo tipo de conhecimento adquir ido
durante este período de avaliação. A FGSU atualmente encontra-se no ambiente
de produção na Intranet do CIn, disponível para a equipe de suporte.
Inicialmente foram cadastrados alguns casos na FGSU, com objetivo de
alimentar o repositório de conhecimento, desta forma, disponibilizando já
algum conhecimento “casos e soluções” na árvore ontológica. Isto porque,
quando o pessoal da equipe começasse a usar a FGSU e mesma já tinha algumas
informações registradas. Os casos cadastrados, foram aqueles que mais vinham
surgindo no cotidiano da equipe: caso referente à VPN, falha em autenticar no
domínio, casos com impressoras em rede, e-mail, vírus e sistema de crachá.
Só que para saber se todos os fatores citados acima estão sendo ou não
aceitos de maneira positiva ou negativa pela equipe de suporte do CIn, foi
preciso elaborar um “questionário” que conseguisse extrair dos usuários da
FGSU um feedback e, que o mesmo também pudesse ser usado como método
avaliador para a FGSU. Este questionário teve por objetivo investigar se as
funcionalidades projetadas para ferramenta estavam de acordo com as
necessidades (busca pelo conhecimento, diminuir a perda de informação e o
retrabalho) existentes no ambiente de helpdesk; se esta era fácil de usar e se
realmente auxiliava no trabalho da equipe de suporte, trazendo conhecimento
relevante.
4.3.3 Resultados
Os resultados sobre a FGSU foram adquiridos através de um questionário
que foi passado para o pessoal que faz parte da equipe de helpdesk do CIn. O
objetivo deste questionário é avaliar a FGSU junto ao pessoal, para com isso
obter um feedback com relação às funcionalidades, usabilidade, o conhecimento
55
trazido pela FGSU, se o ambiente realmente está evitando a perda de
informações e diminuição do retrabalho. O questionário utilizado como método
de avaliação da FGSU junto ao pessoal da equipe de helpdesk do CIn encontra-
se disponível no Apêndice.
A tabela 4-1 apresenta em resumo, as repostas obtidas através do
questionário que foi passado para o pessoal da equipe de helpdesk do CIn,
composta por cinco pessoas.
Tabela 4 - 1 Respostas obtidas com o questionário
Perguntas referentes a
parte 2 do questionário
Respostas dos
participantes
Sugestões
A FGSU é uma ferramenta
simples de usar?
Todos acharam que
sim
Acho que pode ser
melhorada a qualidade
da usabilidade e
disposição mais clara das
funções
O conhecimento adquirido
através da FGSU é relevante,
para você usuário?
Todos
responderam sim
As funcionalidades (pesquisa,
cadastro “formulário”,
relatório e sugestão) oferecidas
pela FGSU, são suficientes
para suprir as necessidades da
equipe?
Quatro pessoas
responderam SIM
e uma marcou a
opção NÃ0
Não só a ferramenta será
bastante útil para o
desempenho diário das
atividades, mas a
integração com a equipe
é fundamental
Seria interessante a equipe
possuir um local central para
registrar as informações
adquiridas no seu dia-a-dia?
Todo o pessoal da
equipe marcou a
opção SIM
De acordo com as respostas obtidas, notou-se que a FGSU supriu as
necessidades da equipe no que diz respeito:
56
· Ao compartilhamento da informação em função da centralização. A
informação agora se encontra centralizada e acessível, facilitando a
disseminação do conhecimento e também o registro de problemas junto
com suas soluções de forma centralizada, assim evitando a perda de
informações;
· À busca de soluções para os problemas que ocorrem no cotidiano da
equipe. A FGSU aperfeiçoou a consulta por soluções, isto porque o
usuário não precisa mais buscar tais soluções em outros sistemas de
busca;
No entanto, um dos usuários achou que a ferramenta deveria ser mais
intuitiva, focando a necessidade de melhorias na usabilidade das funções e na
organização dos recursos oferecidos. Já em relação às funcionalidades
“pesquisa, formulário, relatório e sugestão” da FGSU se é ou não suficiente
para suprir as necessidades da equipe, outro usuário alegou que apenas a
ferramenta não era suficiente, tendo em vista que a integração da equipe é
fundamental para um melhor desempenho na realização das atividades diárias.
Logo, o que pode se observar é a importância da ferramenta no sentido de
centralizar e compartilhar o conhecimento, porém a integração entre as pessoas
da equipe se faz necessário, com ou sem a ferramenta.
Seguindo as respostas obtidas pelo questionário, pode se considerar que a
FGSU alcançou seus objetivos (diminuir o retrabalho e a perda de informações,
trazer conhecimento relevante que auxilie na tomada de decisão, ser uma
ferramenta usável) mostrando-se de grande utilidade o que satisfez a equipe que
a utilizou durante o período de três semanas.
4.4 Considerações Finais
Este capítulo apresentou como a FGSU foi implantada em um ambiente
organizacional. No caso deste trabalho, o ambiente organizacional escolhido foi
CIn-UFPE.
Entrando em mais detalhes sobre a ferramenta e o ambiente utilizado para
implantação, se comentou sobre os experimentos preliminares utilizado para a
ferramenta. Na seção 4.2, se comentou sobre os objetivos esperados com estes
57
experimentos, e também a organização, ou seja, de que forma foi organizado
este experimento e por fim, foram apresentados os resultados retirados do
questionário que foi passado para os usuários que utiliza a FGSU responderem.
O questionário encontra-se no apêndice A.
No próximo capítulo serão apresentadas as conclusões referentes a este
trabalho e alguns possíveis trabalhos futuros.
C A P Í T U L O
5 Conclusões e Trabalhos
Futuros
omo citado na seção 1.1, as dificuldades do uso efetivo da Gestão do
Conhecimento na organização são evidentes. Isto porque, a gestão
do conhecimento na visão das organizações e seus gestores é considerada como
um recurso burocrático. Porém, tomando como base o pensamento de alguns
autores como DRUCKER (1999), que diz que, o futuro pertence às pessoas e as
organizações que detém o conhecimento, em uma sociedade baseada no
conhecimento o “trabalho do conhecimento” é o maior ativo. Com esta idéia,
desenvolveu-se a FGSU que foi apresentada neste trabalho é têm o propósito de
disseminar o conceito de gestão do conhecimento dentro da organização, ou
seja, deter e compartilhar o conhecimento entre as pessoas.
C
59
5.1 Contribuições
Seguindo o objetivo inicial que foi apresentar uma ferramenta que
contempla a dá suporte a usuários no ambiente organizacional. O objetivo
principal foi apresentar soluções para problemas que surgem no cotidiano de
uma equipe de helpedesk e também oferecer um ambiente onde usuários possam
registrar todos os problemas juntamente com suas soluções, de forma a
centralizar as informações, evitado assim, a perda destas dentro do ambiente de
trabalho.
Quando se falam em problemas que surgem no cotidiano, refere-se aqueles
que sempre aparecem, mas mesmo assim vez ou outra quando alguém da equipe
tenta solucioná-lo, não se lembra mais da solução. Isso porque, alguém que
resolveu o problema anteriormente não o compartilhou e nem registrou em
algum lugar qual a sua solução. Isto acontece em ambientes que não possuem
ferramentas como a FGSU, que tem o propósito de oferecer um ambiente
amigável onde os usuários podem registrar todos os casos que ocorrem em seu
ambiente de trabalho juntamente com uma ou mais soluções para este caso.
Além disto, como o caso juntamente com a sua solução está registrado em
repositório, facilita a pesquisa, disponibilizando de forma democrática, o
conhecimento entre toda a equipe. Desta forma, a utilização da ferramenta
acaba melhorando o atendimento ao usuário, ou seja, o tempo de resposta sobre
determinado caso e também evitando o retrabalho, busca na “web, livros, com
um amigo” sobre uma solução para um problema que em algum momento já
tinha sido resolvido.
A FGSU é composta por todas as funcionalidades citadas acima “pesquisa,
cadastro, relatório e sugestão”. Desenvolvida em um ambiente web, ela oferece
para o usuário formulários onde ele pode registrar os casos e suas soluções, e
ainda uma opção de pesquisa, onde o usuário pode navegar em uma árvore
ontológica a procura de um determinado caso. Cada caso registrado possui um
descritivo e também soluções que estão associados a ele . Outra funcionalidade
oferecida pela FGSU são os relatórios que vão ajudar os “gerentes” na tomada
de decisões. Um exemplo seria o gerente que saber quais novos casos foram
registrados na FGSU pelos usuários durante todo o mês corrente.
60
Com todas estas funcionalidades “pesquisa, formulário, relatórios e
sugestão” desenvolvidas, a FGSU foi colocada a teste. O experimento
preliminar realizado foi feito no ambiente de helpdesk do CIn. A equipe que
participou é composta por cinco pessoas, onde todos têm a função de
administrador de sistema. A FGSU foi explicada a todos através de uma
apresentação, do seu ambiente juntamente com as suas funcionalidades. O
propósito de colocar a equipe para usar a FGSU, foi para que se pudesse se
familiarizar com suas funcionalidades e se acostumar com a idéia de registrar
tudo de novo que aparecer no dia-a-dia, no que diz respeito a problemas e
descobertas. Este tipo de mudança cultural é de médio a longo prazo.
A forma utilizada para se obter o feedback da equipe referente ao
experimento na FGSU foi à utilização de um questionário. Nele, foram
avaliados pontos como as funcionalidades da FGSU, a usabilidade e se o
conhecimento trazido pela ferramenta era relevante. As respostas mostraram
vários pontos positivos com relação a FGSU como também algumas sugestões
para melhoria da mesma, conforme discutido na seção 4.3.3.
Logo o objetivo deste trabalho foi alcançado, pois a ferramenta “FGSU”
foi apresentada com êxito e vem ajudando a equipe de helpdesk do CIn no seu
dia-a-dia, no que diz respeito à procura por soluções e a centralização de
informações, ou seja, terem um ambiente de fácil acesso e utilização para
registrar as informações adquiridas em seu dia-a-dia.
5.2 Trabalhos Futuros
Apesar dos objetivos deste trabalho terem sido alcançados de forma
satisfatória, as atividades realizadas em um trabalho como este sempre suscitam
a necessidade de novas funcionalidades. Com base nisto, seja por não fazerem
parte do escopo deste trabalho ou pela inviabilidade de realização com os
recursos no momento disponíveis, alguns trabalhos futuros são sugeridos a
seguir:
· Integração da FGSU com um sistema interno de helpdesk, por exemplo
o Request Tracket (RT) utilizado no ambiente do CIn. Desta forma a
partir do momento que chegar uma nova requisição no RT, a FGSU
identifica o tipo de requisição pelo título do subject e também através
61
de uma analise feita ao texto, utilizando para isso técnicas como
cálculo de similaridade entre os atributos ontológicos e CBR, após a
identificação a FGSU, sugerir para o usuário soluções para aquele tipo
de problema. Tais soluções já se encontram registradas em seu
repositório do conhecimento;
· Integração do recurso de pesquisa oferecido pela FGSU com outros
sistemas de engenho de busca, como por exemplo: o Google, Yahoo,o
Bing da Microsoft. Neste caso, quando o usuário procurar algum
problema e este não for encontrado no repositório de conhecimento da
FGSU, automaticamente a consulta será estendida para os sistemas
citados acima e, serão exibidos para o usuário os resultados mais
relevantes a respeito do problema pesquisado;
· Fazer uma analise mais refinada dos atributos que identificam cada
problema para melhorar o formulário de requisição e assim facilitar o
cálculo de similaridade entre os problemas e permitir um refinamento
do mecanismo de sugestão.
62
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GRUBER, T. R. Toward Principles for the Diseng of Ondotogies Used for
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MICROSIGA - Guia de Referência - Homologação e Certificação Microsiga - HCM - Revisão 024, São Paulo, 2008.
63
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NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Gestão do Conhecimento. 1ª ed., Porto Alegre: Editora Bookman, 2008.
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PROBST, G. et al. Gestão do Conhecimento: os elementos construtivos do sucesso, tradução de Maria Adelaide Carpigiani. Porto Alegre: Editora Bookman, 2002.
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ZLOT, F. et al. Modeling Task Knowledge to Support Software Development.
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64
Apêndice
ste apêndice se destina ao questionário aplicado juntamente aos usuários
da FGSU. Este questionário foi utilizado com objetivo de avaliar, de
forma preliminar, a ferramenta e suas funcionalidades.
A.1 Questionário Sobre Avaliação da FGSU
Motivação
Você que faz parte da equipe de suporte na área de TI da sua organização, já
deve ter se deparado com uma situação, de precisar resolver algum problema e
naquele momento não ter conhecimento necessário para sua resolução. Podendo
ainda ter acontecido de você saber que o problema que está acontecendo na rede
interna da organização em outro momento foi resolvido, mas você não lembra
como foi resolvido. A forma de ter novamente o conhecimento para solucionar o
problema é realizando uma nova pesquisa na Internet. Então, depois de todo este
retrabalho, você lamenta porque no momento que encontrou a solução para o
problema, ou seja, o conhecimento, não existia um local onde registrar esta
informação adquirida, para que, se no futuro o mesmo problema ocorrer, você
possa encontrar a solução de maneira eficiente.
FGSU
A FGSU é uma ferramenta de gestão do conhecimento aplicada a área de
suporte à usuário em TI. A ferramenta é destinada a ajudar de forma rápida e
simples os seus usuários, membros de equipes de suporte, a resolver os problemas
que aparecem no seu dia-dia. A FGSU possui algumas funcionalidades como:
pesquisa, formulário, relatórios e sugestão, todas com o propósito de facilitar a
vida do usuário.
E
65
A pesquisa é usada pelo usuário quando ele procura alguma solução para
algum problema.
O formulário é o recurso que a FGSU oferece ao usuário, onde ele pode
cadastrar os problemas e suas soluções, ou seja, gera entrada de informações na
FGSU.
O relatório é um recurso que vai trazer para o usuário informações que vão
ajudar na tomada de decisão.
Por fim, o recurso de sugestão, que vai apresentar para os usuários soluções
para um determinado problema.
Objetivo
O objetivo deste questionário é avaliar a FGSU junto aos seus usuários, para
verificar se suas funcionalidades estão suprindo as necessidades existentes no
ambiente de helpdesk, se a mesma é simples de usar, se o conhecimento trazido
pela FGSU é relevante e também tentar descobrir suas falhas ou Bugs existentes.
Todas as informações serão mantidas em sigilo e você não precisa se identificar.
Parte 1: Identificando o Perfil do Usuário
1. Há quanto tempo você atual como profissional de informática?
a) Menos de 6 meses
b) Entre 6 meses e 1 ano
c) Entre 1 e 2 anos
d) Entre 3 e 5 anos
e) Mais de 5 anos
2. Com qual plataforma (SO) você trabalha?
a) LINUX
b) Windows
3. Nas últimas vezes que você tentou resolver algum problema, onde foi que
buscou a solução?
a) No Google
b) Procurou em documentos ou manuais
c) Perguntou para o amigo
66
d) Perguntou para o chefe/gerente
e) Outro. Qual?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4. Você tem o costume de registrar os problemas e as soluções em algum
lugar? “Exemplo: caderno de anotação, agenda eletrônica ou planilha”.
a) Sim. Onde?
b) Não
5. No dia-dia de trabalho, você percebe uma perda grande de informações
entre a equipe de suporte?
a) Sim
b) Não
6. Você gostaria de ter uma ferramenta com as características da FGSU a sua
disposição?
a) Sim
b) Não, não me faz falta
c) Depende, teria que usar a ferramenta primeiro
Parte 2- Avaliação da FGSU
7. A FGSU é uma ferramenta simples de usar?
a) Sim
b) Não, por quê? Justifique:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
8. O conhecimento adquirido através da FGSU é relevante, para você
usuário?
67
a) Sim
b) Não
9. As funcionalidades (pesquisa, cadastro, relatório e sugestão) oferecidas
pela FGSU, são suficientes para supri as necessidades da equipe?
a) Sim
b) Não
PS: caso sua resposta seja “não”, favor dar sugestões.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
10. Seria interessante a equipe possuir um local central para registrar as
informações adquiridas no seu dia-a-dia?
a) Sim
b) Não, por quê? Justifique:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Você teria mais algum comentário para fazer sobre s FGSU?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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