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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE GRADUAÇAO EM ARQUITETURA E URBANISMO ANTONIO ADALBERTO MESQUITA DE RESENDE JUNIOR Centro Cultural Antônio Sampaio Pereira TERESINA PI 2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE GRADUAÇAO EM ARQUITETURA E URBANISMO

ANTONIO ADALBERTO MESQUITA DE RESENDE JUNIOR

Centro Cultural Antônio Sampaio Pereira

TERESINA – PI

2019

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ANTONIO ADALBERTO MESQUITA DE RESENDE JUNIOR

Centro Cultural Antônio Sampaio Pereira

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado ao centro universitário UNINOVAFAPI como requisito avaliativo para a obtenção do Grau de bacharelado em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Professora Esp. Karina Maria Ferraz dos Santos Cadena

TERESINA – PI

2019

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FICHA CATALOGRÁFICA

Catalogação na publicação Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035

Francisco Renato Sampaio da Silva – CRB/1028

R433c Resende Junior, Antonio Adalberto Mesquita de.

Centro Cultural Antônio Sampaio Pereira / Antonio Adalberto

Mesquita de Resende Junior. – Teresina: Uninovafapi, 2019.

Orientador (a): Prof. Esp. Karina Maria Ferraz dos Santos Cadena; Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2019.

72. p.; il. 23cm.

Monografia (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2019.

1. Centro cultural. 2. Cultura. 3. Educação. I.Título. II. Cadena, Karina Maria Ferraz dos S.

CDD 720.9

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiro a Deus por me dar a bênção de chegar até aqui mesmo com

todas as dificuldades que encontrei, mas por ter me dado forças para superar todos

os obstáculos e por ter cuidado de mim em cada momento.

Aos meus pais por todos os ensinamentos, cuidados e por sempre estarem

presentes quando eu mais precisei, aos meus tios Eugênio e Fernanda, por terem me

acolhido todos esses anos. Amo vocês.

A minha orientadora Karina Ferraz por me dar o que eu mais precisava quando

a procurei para me orientar nessa etapa final de TCC, a segurança e a certeza de que

daria tudo certo, como deu, Karina você é uma pessoa especial, sua energia e alegria

me motivavam a sempre o melhor, meu muito obrigado e minha eterna gratidão!

A todos aqueles que foram essenciais nesse caminho, principalmente minha

família, e aos meus amigos, Eduardo, Henrique, João Thiago e Ana Caroline,

Wandreson Sá e Belimariton Jr por sofrerem juntos, noites e noites em claro, das

brigas internas, dos conselhos nas horas difíceis, sem vocês o curso não seria a

mesma coisa e conseguimos concluir nossa trajetória com sucesso. Muito obrigado.

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RESUMO

A importância de um Centro Cultural numa cidade é a inclusão social da população

na cultura, onde oferte condições para todos e que contribua para o crescimento

profissional dos artistas, proporcionando espaços para desenvolver os seus trabalhos,

posicionado uma interação com o público. O presente Trabalho Final de Graduação

será abordado a criação de projeto para um equipamento cultural na cidade de

Esperantina/PI. A principal motivação para a realização de um projeto como esse é a

importância que as atividades culturais e educacionais desempenham uma forte

influência na sociedade, com as práticas de ações culturais para consolidar e valorizar

a cultura local e regional. Assim a proposta será apresentar um projeto arquitetônico

de um Centro Cultural para promover nesse espaço diversas atividades culturais e

educativas, a partir de estudos e conceitos a respeito do tema, de modo a unir

comunidades e moradores locais, alcançando todas as classes sociais e que

compreenda o conceito de espaços multifuncionais idealizando uma integração visual

e social desse local.

Palavras Chave: Centro Cultura, Cultura, Educação, Equipamento Urbano.

ABSTRACT

The importance of a Cultural Center in a city is the social inclusion of the population in the culture, where it offers conditions for all and that contributes to the professional growth of the artists, providing spaces to develop their works, positioned an interaction with the public. The present Final Graduation Work will be approached the creation of a project for a cultural equipment in the city of Esperantina / PI. The main motivation for carrying out such a project is the importance that cultural and educational activities have a strong influence on society, along with cultural action practices to consolidate and value local and regional culture. Thus the proposal will be to present an architectural project of a Cultural Center to promote in this space diverse cultural and educational activities, from studies and concepts on the subject, in order to unite communities and local residents, reaching all social classe and understanding the concept of multifunctional spaces idealizing a visual and social integration of this place.

Keywords: Center Culture, Culture, Education, Urban Equipment.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa de Localização da cidade ................................................................ 10

Figura 2: imagem do terreno que será proposto o projeto ....................................... 12

Figura 3: Teatro Municipal Diniz Chaves .................................................................. 15

Figura 4: Centro de Arte e Cultura ........................................................................... 24

Figura 5: Localização do Centro de Arte e Cultura ................................................... 25

Figura 6: Entrono do prédio ...................................................................................... 25

Figura 7: Planta Baixa .............................................................................................. 26

Figura 8: Estudos dos Condicionantes Físicos ......................................................... 27

Figura 9: Fachadas Leste ......................................................................................... 27

Figura 10: Desenho Esquemático da Edificação ...................................................... 28

Figura 11: Centro Cultural Curitiba ........................................................................... 29

Figura 12: Localização do Centro Cultural Curitiba .................................................. 30

Figura 13: Acesso Principal do Centro Cultural ........................................................ 30

Figura 14: Abas Laterais que Estabelecem o Acesso das Autoridades ................... 31

Figura 15: Planta Pav. Térreo .................................................................................. 32

Figura 16: Planta Pav. Superior ............................................................................... 32

Figura 17: Detalhamento da Cobertura Zenital ........................................................ 33

Figura 18: Instituto Moreira Salles ............................................................................ 34

Figura 19: Mapa de situação do IMS ........................................................................ 35

Figura 20: Planta Pav. SubSolo ............................................................................... 36

Figura 21: Corte Esquemático com acessos de carga e descarga .......................... 37

Figura 22: Corte Esquemático .................................................................................. 38

Figura 23: Plantas da Midiateca ............................................................................... 38

Figura 24: Plantas da Midiateca ............................................................................... 39

Figura 25: Plantas da Midiateca ............................................................................... 39

Figura 26: Plantas da Midiateca ............................................................................... 39

Figura 27: Utilização do vidro com estrutura metálica .............................................. 40

Figura 28: Estratégias Bioclimaticas ........................................................................ 40

Figura 29: Localização do terreno. ........................................................................... 41

Figura 30: Fachada do terreno voltada para Av. Petrônio Portela ............................ 42

Figura 31: Cruzamentos entre as ruas 42 e 38 ........................................................ 42

Figura 32: Analise do Entorno ................................................................................. 43

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Figura 33: Fachada Nordeste e Noroeste ................................................................ 44

Figura 34: Fachadas Sudestes e Sudoeste ............................................................. 44

Figura 35: Percurso do Sol durante o Ano. .............................................................. 45

Figura 36: Ventos Dominantes ................................................................................. 46

Figura 37: Curvas de Níveis do Terreno .................................................................. 46

Figura 38: Perfil topográfico do terreno .................................................................... 47

Figura 39: Programa de Necessidades .................................................................... 49

Figura 40: Fluxograma do Centro Cultural - Pavimento Terreo ................................ 50

Figura 41: Fluxograma do Centro Cultural - Pavimento Superior ............................. 50

Figura 42: Organograma .......................................................................................... 51

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 13

3. OBJETIVOS .......................................................................................................... 17

3.1 GERAL ................................................................................................................................ 17

3.2 ESPECÍFICOS.................................................................................................................. 17

4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 18

4.1 CONCEITO DE CENTRO CULTURAL .................................................................... 18

4.2 PANORAMA HISTÓRICO ............................................................................................ 18

4.3 SITUAÇÃO ATUAL ........................................................................................................ 21

5. METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................... 23

6. ANALISE DE PROJETOS SEMELHANTES ....................................................... 24

6.1 Internacional – Centro de Arte e Cultura ................................................................ 24

6.2 Nacional – Centro Cultural Curitiba .......................................................................... 29

6.3 Nacional – Instituto Moreira Salles ............................................................................ 34

7. ANALISE DO TERRENO ..................................................................................... 41

7.1 APRESENTAÇÃO DO TERRENO ............................................................................. 41

7.2 ENTORNO ......................................................................................................................... 43

7.3 ASPECTOS NATURAIS ................................................................................................ 44

8.0 LEGISLAÇÃO ..................................................................................................... 47

9.0 ESTUDO PRELIMINAR ...................................................................................... 48

9.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................................ 48

9.2 FLUXOGRAMA. .................................................................................................................... 50

9.3 ORGANOGRAMA. ............................................................................................................... 51

10.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................................................. 51

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53

APÊNDICES ............................................................................................................. 55

APÊNDICE A - MEMORIAL JUSTIFICATIVO................................................................... 56

APÊNDICE B - MEMORIAL DESCRITIVO ......................................................................... 62

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INTRODUÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso foi a elaboração de um Centro

Cultural que promova o convivo e a práticas culturais no município de Esperantina,

Piaui.

Foi abordado alguns conceitos de centros culturais e um breve histórico da

relação desses edifícios com as cidades. Em seguida momento será apresentado um

estudo para discutir os motivos da implantação do Centro Cultural Antônio Sampaio

Pereira na cidade de Esperantina – PI (Figura 1), com objetivo de realizar um projeto

que consiste em analisar as relações da nova edificação com as necessidades da

cidade e visando uma melhor qualificação urbana. O nome dado ao Centro Cultural

foi uma homenagem há um importante escritor, historiador e poeta esperantinense Sr.

Antônio Sampaio que sempre esteve envolvido com as questões culturais da cidade.

O tema deste trabalho surgiu da necessidade de implantar um Centro Cultural

na cidade de Esperantina – PI, de onde vem destacando – se como um importante

centro econômico e social na região norte do Piauí, onde sua principal fonte de renda

vem através da piscicultura.

Figura 1: Mapa de Localização da cidade

FONTE: JORNALESP.COM, 2012

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Um centro cultural é o espaço que permite participar de atividades culturais com

o objetivo de promover a cultura entre os habitantes de uma determinada região. Em

geral, os centros culturais são locais de encontro nas comunidades, onde as pessoas

se reúnem para conservar e desenvolver atividades culturais usufruindo de todo sua

estrutura como locais para organizar “workshops”, cursos, palestras, teatro, cinema,

além de possuírem salas de informáticas, auditórios e bibliotecas.

A cidade de Esperantina possui uma praça e uma igreja matriz, que define o

traçado central da cidade, onde há algumas manifestações culturais e festividades.

Existe uma carência de locais para atividades culturais e espaços de convivência que

atendam a necessidade da população. As opções de lazer e cultura são: Dois ginásios

poliesportivos onde além de eventos esportivos abrigam também solenidades, festas

de formaturas e festivais juninos, clube recreativo, biblioteca municipal e as praças

públicas onde são realizadas algumas festividades. Fica notório a falta de opção para

a realização de eventos culturais em uma estrutura de qualidade, onde acabam

gerando uma incerteza para encontrar um local em que as pessoas possam expressar

suas atividades culturais.

Com a grande concentração de pessoas nos grandes centros é dada pouco

importância para as pequenas cidades, onde se tivessem um investimento adequado

nas suas atividades culturais, esportivas e melhores condições de trabalho poderia

resolver o problema da qualidade de vida desses pequenos centros.

Em um mundo extremamente competitivo, a cultura é abordada como uma mercadoria de espetáculo, no qual utiliza a cidade contemporânea como instrumento de divulgação para além dos seus limites locais. Esse tipo de divulgação realizada pelas políticas urbanas fixa as questões sociais relacionadas aos espaços renovados, requalificados e readequados, onde são consumidos eventos e a cultura propriamente dita, dando início a uma nova maneira de “fazer cidade”. Assim, surge um interesse despertado nos centros culturais, transformando-os em edifícios monumentais e emblemáticos. (RIBEIRO, 2012, p. 3).

Para o desenvolvimento do trabalho foi feito levantamento bibliográfico a

respeito do tema Centro Cultural, estudados por autores como Renata Ribeiro (2012),

Jussara Janning (2004), Gabriela Maluf (2012) e Teixeira Coelho (1997), além de

análise sobre estudos de casos, buscando alternativas de programas de

necessidades dos prédios, características das cidades, das ações culturais, para a

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concepção do projeto fazer o estudo da cidade para a adequação do empreendimento

que será proposto para aquela região.

Foi escolhido para a implantação do projeto, um terreno que fica localizado na

Av. Petrônio Portela, principal avenida da cidade, onde funcionava o Hotel Rimo que

foi demolido, atualmente o local encontra – se sem nenhum uso previsto para ele,

como podemos observar na figura 02.

Figura 2: imagem do terreno que será proposto o projeto

Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

Portanto, acredita – se que o desenvolvimento do projeto possa criar um local

diferenciado para a população que contribua no crescimento da cidade e traga

conforto e segurança para seus usuários, buscando através da Arquitetura uma

infraestrutura de qualidade e valorizar o urbanismo de Esperantina.

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2. JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos as cidades brasileiras vêm passando por processo de

urbanizações que trazem inúmeras consequências que estão relacionadas em grande

parte com o rápido crescimento das cidades devido as políticas adotas para ordenar

seu crescimento.

Essa desorganização na urbanização das cidades transforma o ambiente

inadequado para a ocupação humana, devido à falta de áreas verdes, poluição, riscos

de acidentes tantos naturais como provocados pelo homem. A manutenção da

qualidade ambiental esta diretamente ligada a conservação dos espaços livres

urbanos, proporcionando benéficos que unem aspectos ecológicos e sócio-

econômicos.

Para compreender como que o projeto que visa atingir o público e suas diversas

camadas sociais, faixa etária e modificar as funções urbanas são necessário entender

como a cidade se comporta as transformações ocorridas ao longo do tempo.

As intervenções urbanas atualmente vêm transformando as cidades,

principalmente as europeias, em “cidades-espetáculos” inserido no panorama cultural

utilizando o que há de mais novo na arquitetura contemporânea. No Brasil as cidades

sofrem devido à economia e politica local que proporciona para a população viva no

extremo da pobreza e da riqueza evidenciando a desigualdade social do país. As

políticas públicas existentes, pouco valorizam a criação de espaços publicos para a

população.

Esperantina tem a piscicultura como uma das suas maiores fontes de geração

de renda. Está entre os maiores produtores de peixe em tanque escavado no Piauí,

mas também produz em tanques rede, nas águas do rio Longá e conta com sua

própria produção de alevinos que abastece os produtores do norte do estado do Piauí

e partes do Maranhão e Ceará. (ESPERANTINA, 2015).

O município de Esperantina, está situado na Mesorregião norte do Estado do Piauí, na Microrregião do Baixo Parnaíba Piauiense e na margem esquerda do Rio Longá. A sede municipal fica a 180Km da capital –Teresina. Com uma população de 39.621 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de 2013. (LUIZ, 2014, p.01).

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Uma cidade carente em estruturas para eventos de grande porte como

exposições e feiras, devido ao ter forte comercio local voltada para a piscicultura e o

turismo como o parque ecológico cachoeira do urubu. Em parceria com o SEBRAE,

Governo do Estado, a Prefeitura lançou em 2015 a primeira edição do “Festival do

Peixe de Esperantina”, um dos maiores eventos da piscicultura do Piauí, reúne

negócios, exposição tecnológica e novas práticas no cultivo do pescado, mas também

revela o enorme potencial cultural e turístico da cidade, tornando-se agenda

obrigatória no circuito de férias de julho. (ESPERANTINA, 2015).

Além disso, a cidade necessita de um espaço onde posso realizar atividades

institucionais, sociais, culturais, politicas, esportivas e educacionais. A partir das

citações abaixo pode – se observa como o município precisa de um local possa

realizar suas atividades culturais, onde é citado dos eventos que ocorrem na cidade.

O evento cultural e festivo foi realizado no espaço de lazer da Quadra de Esportes Noeme Lages e na oportunidade o público presente pôde conferir de perto as inúmeras apresentações culturais, a exemplo, da Quadrilha da Terceira Idade, o Grupo Coisas de Negro e outros tipos de Danças do próprio municipio. (LUIZ, 2012, p.01).

O evento “Ressuscita Esperantina” que foi realizado no sábado (31) de março pela prefeitura de Esperantina, através da secretaria de cultura em parceria com a paróquia de Nossa Senhora da Boa Esperança, entra para o calendário cultural e religioso do município, abrindo uma nova história. (LINHARES, 2018, p.01).

Apesar de a cidade ter uma extensão territorial generosa, não existe local

apropriado para realização de atividades que concentrem uma quantidade significativa

de pessoas em um mesmo local, onde fica evidente na seguinte publicação:

Os apreciadores do evento são unânimes em reclamar da falta de saída de emergência no local do evento e falta de acessibilidade para as pessoas com deficiência e/ou idosos. Outra reclamação é um único portal de entrada e saída para os frequentadores do festival do peixe. A falta de qualidade do som foi outra reclamação dos internautas nas redes sociais. (LUIZ, 2017, p.01).

O principal teatro da cidade “Teatro Diniz Chaves” está a anos, abandonado

pelo poder público, local onde antes servia para a realização de várias atividades

culturais, atualmente está servindo como depósito de doenças e abrigo para

moradores de rua, como podemos observar na figura abaixo:

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Figura 3: Teatro Municipal Diniz Chaves

Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

Um dos maiores ‘cartões postais’ do município de Esperantina está em ruínas. Sem estrutura, o Teatro Municipal Diniz Chaves, que foi palco de espetáculos no passado conhecido pelas mais diversas classes sociais da região, está de portas fechadas há muito tempo. (OLIVERIA, 2011, p.01).

Analisando a cidade de Esperantina, possui uma estrutura capaz de implantar

o projeto, porém, seus espaços se encontram desintegrados ou abandonados pelo

poder público. São os motivos para a elaboração do projeto:

- Espaços públicos e livres abandonados;

- Carência de equipamentos públicos de cultura e lazer;

- Esperantina é cidade central do território dos cocais;

- Mercado imobiliário servindo apenas o capital privado, gerando segregação

social.

Segundo (FERREIRA, 2014). A combinação dos acessos e a presença de

comércio atraem as pessoas a entrarem no edifício, isto é, há uma preocupação

projetual em integrar o espaço público com o sem público do edifício de modo a trazer

os transeuntes para o interior do edifício, por meio da permeabilidade espacial. O

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pavimento térreo consiste no espaço de integração dos espaços internos em rua

pública, sendo o local onde acontece os fluxos, as barreiras e permeabilidades.

O desafio foi proporcionar um espaço público com lugar de descontração,

sendo valorizado por ser um local privilegiado na cidade, tornando o palco de atuação

do homem em comunidade preservar e renovar constantemente a qualidade de vida

urbana, podendo criar parcerias com o Governo Federal através do Funarte

desenvolver o projeto.

As artes visuais, a música, o teatro, a dança e o circo brasileiros contam com a ação da Funarte, órgão do Estado brasileiro que incentiva a produção e a capacitação de artistas, o desenvolvimento da pesquisa e a formação de público para essas áreas no Brasil. Informações sobre projetos de incentivo podem ser encontradas na Funarte. (BRASIL, 2011, p.1).

Nesse contexto, o projeto de um Centro Cultural para a cidade de Esperantina,

torna – se relevante e justificativo, ao projetar local onde possa realizar diferentes

atividades em um único lugar. Com isso o trabalho consisti no desenvolvimento um

projeto onde pode criar um local diferenciado para a população que contribua para o

crescimento da cidade e traga conforto e segurança para seus usuários, buscou

através da Arquitetura uma infraestrutura de qualidade e funcional para o projeto.

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3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

O objetivo do trabalho foi desenvolver um projeto arquitetônico de um Centro

Cultura para a cidade de Esperantina – PI.

3.2 ESPECÍFICOS

• Elaborar um espaço que possibilite atividades comerciais, sociais,

educacionais, institucionais, políticas.

• Introduzir conceitos tecnológicos e sustentáveis como placas solares,

automação, sistemas de captação de água entre outros no projeto.

• Utilizar dos conceitos bioclimáticos e urbanísticos para desenvolver um centro

cultural onde insira no contexto urbano para proporcionar uma alternativa de

realizar várias atividades culturais e educacionais.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 CONCEITO DE CENTRO CULTURAL

Os centros culturais são instituições criadas de modo a produzir e elaborar

práticas culturais, conquistando o status de local privilegiado para práticas que

mantêm às ações culturais. Esses espaços proporcionam a cultura viva, através de

obra de arte, com informação em um processo criativo e dinâmico. (RIBEIRO, 2012).

Apesar de não haver um modelo definido de centro cultural, o aumento desse

titulo em fachadas traz a necessidade de questionar o que realmente é um centro

cultural, tendo em vista que nos dias atuais é objeto de desejo, principalmente de

órgãos públicos, identificando como civilidade e criando a imagem das cidades.

Os centros devem realizar ações que integrem três campos comuns ao trabalho

cultural são eles: a criação, visando à estimulação, a produção de bens culturais

através de oficinas, evitando que os eventos transformem a casa de cultura em espaço

de puro lazer e a preservação do campo do trabalho cultural, resguardando a cultura

e a manutenção da memória daquela coletividade. (RIBEIRO, 2012).

4.2 PANORAMA HISTÓRICO

Há indícios que os espaços culturais surgiram na Antiguidade Clássica,

principalmente na Grécia Antiga, esses locais eram utilizados para atividades

religiosas, mitologia, estudos da filosofia, medicina entre outros. No século XIX forma

criados os primeiros centros culturais na Inglaterra que funcionavam como centro de

artes, mas somente na década de 50, na França, que surgiram as bases do que

entende – se como centro cultural. Foram criados espaços de lazer para operários

franceses, com o objetivo de aproximar as relações entre as pessoas no trabalho, em

áreas de convivência, quadras esportivas e centros sociais.

No Brasil os primeiros centros culturais começaram na década de 60, mas só

consagrou – se em 1980 com a criação do Centro Cultural do Jabaquara e do Centro

Cultural São Paulo, localizados na cidade de São Paulo. O centro de cultura teve um

crescimento gigantesco nos últimos anos, alimentado por investimentos pelas leis de

incentivo à cultura. Atualmente, o mais é realizado por órgãos públicos é a construção

de espaços culturais. (RIBEIRO, 2012).

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Cultura está extremamente vinculada ao desenvolvimento humano, o que a firma como eixo de sustentação de qualquer nação. Ainda assim, o valor destinado à área no país é menor que 1% do orçamento nacional, demonstrando que, no Brasil, a cultura ainda é considerada um ornamento, algo supérfluo que não deve ter prioridade nos investimentos do governo.(JANNING, 2004, p. 5).

A cultura engloba além da área social, outros setores como o turismo,

economia e comércio, sendo tendenciosa para a utilização da arte com diversa

finalidades. Os principais objetivos buscados pelas empresas que invertem em cultura

é o ganho da imagem institucional, agregação de valor à marca, reforço do papel da

empresa, obtenção de benefícios ficais, retorno da mídia e aproximação do público-

alvo. (REIS, 2003).

Os Centro Culturais também possui caracteísticas de Centro Multifuncional

pois, englobam varias tipologia em um mesmo prédio o que permite uma certa

flexibilidade de usos.

Um complexo multifuncional confere um centro de desenvolvimento onde se insere no contexto urbano e quando implantado de maneira que suas atividades sejam uma resposta às necessidades locais. (RIBEIRO, 2014, p.01).

Assim surgiu o conceito multiúso, essa solução arquitetônica e urbanística que

procura reunir em um único empreendimento múltiplas funções, essa é uma

modalidade que se assemelha a um quebra-cabeça. Segundo (MALUF, 2012). O

edifício multifuncional é uma ideia, um conceito, e não tanto uma tipologia definida

com precisão. Nessa categoria enquadram edificações que contenham mais de uma

função, ou seja, edificações com combinações de funções como: habitação, trabalho,

lazer, comércio, entre outras.

A discursam sobre edifícios multifuncionais ficou mais evidente com a

realização dos TEAM X onde foi bastante comentado os conceitos da carta de Atenas

e a reintegração das funções urbanas.

Em 1956 foram enunciados os princípios ideológicos do Team X, formado por um grupo de arquitetos que questionou a Carta de Atenas de 1933. As principais propostas do Team X referentes aos edifícios multifuncionais, destaca-se a reintegração das funções urbanas aplicadas aos edifícios, a partir das diferentes escalas em que se envolve a vida social. (MALUF, 2012, p.08).

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A construção de um centro cultural é assossiado a formação de uma a ser

vendida, complentando com a paisagem urbana. Segundo (RIBEIRO, 2012). As

estratégias culturais de desenvolvimento urbano residia na propagação da imagem de

um centro de inovação, consistindo na manipulação de linguagens simbólicas, ou seja,

o “visual” de uma cidade, refletindo nas decisões sobre o que poderá ser visível ou

não, cujo desenho arquitetônico passa a ser um dos instrumentos mais cobiçados.

Segundo (COELHO,1997) descreve que os primeiros centros culturais foram

criados na Inglaterra, utilizando o conceito de “ação cultural” chamando de centros de

arte, assumiam a prática da ação sócio-cultural que foi privilegiada pelas políticas

culturais dos paisas socialistas europeus no século XX. O autor identifica três

momentos da “ação cultural” no século XX: o primeiro, quando dá o nome de

patrimonialista, tinha como objetivo de preserva o patrimônio cultural e focaliza a obra

de arte. O segundo momento, que acontece a partir da Segundo Guerra Mundial, abre

espaço para uma abordagem social da arte, deslocando o foco da obra de arte para

o usuário. O terceiro momento já ocorre no final da década de 60, quando as ações

culturais passam a preocupar – se com o individuo e são entendidas como instrumento

de criação de projetos individuais.

(JANNING, 2004). Afirma que a ação cultural é um conjunto de

procedimentos, envolvendo recursos humanos e materiais, que visam pôr em prática

os objetivos de uma determinada política cultural. Pode ser:

a) de produção: tem por objetivo específico concretizar medidas que permitam a

geração efetiva de obras de cultura ou arte;

b) de distribuição: propõe-se criar as condições para que obras de cultura ou arte

entrem num sistema de circulação que lhes possibilite o acesso a pontos públicos de

exibição;

c) voltada para a troca: visa promover o acesso físico a uma obra de cultura ou arte

por parte do público, de modo particular mediante o financiamento, no todo ou em

parte, do preço da obra ou do ingresso que a ela dá acesso;

d) voltada para o uso: procura promover o pleno desfrute de uma determinada obra,

o que envolve o entendimento de seus aspectos formais, de conteúdo, sociais e

outros; para tanto, recorre à elaboração de catálogos, programas de apresentação de

um espetáculo ou filme, palestras, cursos, seminários, debates etc.

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4.3 SITUAÇÃO ATUAL

A política urbana tem contribuído bastante para a transformação econômica e

física da estrutura urbana, a comunicação, produção do espaço e a cultura

estabelecem um união para forma uma lógica cultural, representando uma etapa da

globalização, passando de consumo de bens para serviços em muitas áreas da

produção cultural favorecendo o capitalismo.

Os centros culturais têm que criar condições para o surgimento de uma cultura

que implica em consciência, entrega, disciplina e comprometimento. Sejam quais

forem as condições de atuação, o centro cultural deve ser um espaço de inovação,

descoberta da realidade. Deve fazer uma clara opção pelo individuo numa situação

coletiva pois, a partir da existência de indivíduos é que se pode construir uma

coletividade que seja distinta que se conhece por massa, ou seja, uma coletividade

que valorize a diversidade e a individualidade.

Tanto a cultura como o lugar onde ela é exercida deve pertencer à sociedade

em um todo, proporcionando acesso direto aos conhecimentos divulgados pelo centro

cultural, girando em torno da informação, criação e discussão. No entanto, os

administradores políticos buscam construir a imagem de suas cidades através de

requalificação, renovação e readaptação de áreas degradas transformando a cultura

em consumo.

As cidades tornam-se “cidades-modelo”, cultivando uma marca urbana e lançando “tendências” de centros culturais, unindo-se à venda da imagem da cidade no mercado global, através da mídia, no qual se contempla a espetacularização da cultura. Com isso, na cidadeespetáculo a cultura é considerada uma mercadoria, gerando um grande número de equipamentos públicos.(RIBEIRO, 2012, p. 9).

A maioria dos centros culturais situados nas grandes cidades, são

posicionados em locais estratégicos que visam o crescimento da cidade, trazendo

melhorias para os bairros onde estão implantadas promovendo a renovação de

lugares degradados integrando com as comunidades sendo implantados em locais de

facíl acesso analisando o seu entorno. Segundo o próprio Governo Brasileiro, centro

cultural é:

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Centros culturais são espaços que conservam, difundem as artes e expõem testemunhos materiais produzidos pelo homem. No Brasil, há 2.500 centros culturais, entre museus, teatros e bibliotecas, que mantêm acervos e exposições. Com eles o cidadão entra em contato com diversas manifestações artísticas e pode desenvolver um olhar mais crítico sobre a cultura e outros aspectos de seu cotidiano. (BRASIL, 2011, p.1).

Os centros culturais exercem diversas atividades que resultam em uma

composição de ambientes como: bibliotecas, salas de internet, teatro, salas de

exposição, salas de jogos, quadras esportivas e piscinas entre outros fatores que

adaptam a tecnologia virtual. Afim de criar a procura pelo centro cultural, surge

acessos que facilitam a integração do exterior com interior.

Em São Luiz, no Maranhão e em Porto Alegre, as casas de cultura em

espaços para exposições permanentes, salas de leitura, salas multiúsos, auditório

para cursos palestras e exibição de filmes e área de convivência para apresentações

musicais. Para homenagear personalidades que se destacam na cultura do Rio

Grande do Sul, alguns de seus ambientes ganharam nome de artístias renomados,

entre eles estão o espaço Elis Regina e a Biblioteca Érico Verissimo. (BRASIL, 2011).

Os centros culturais vêm passando por diversas modificações. As atividades

foram as mais influenciadas devido aos arquitetos e agentes culturais buscarem um

conceito de espaço cultural mais aprofundado, proporcionando salas de múltiplo uso,

onde podem ser realizados diferentes atividades, sem que haja segregação entre

ambientes.

Assim, conclui – se que os centros culturais são polos de manifestações de

cultura, proporcionando ao público liberdade em realizar suas expressões culturais e

favorecer a importancia da mesma.

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5. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia buscada para o desenvolvimento do trabalho consiste na análise

de estudos de casos, terreno, estudos bibliográficos e legislações, para realizar o

projeto arquitetônico do Centro Cultural na cidade de Esperantina, onde há

necessidade de um espaço para a realização de atividades em geral.

A metodologia utilizada neste trabalho ocorreu pela divisão em etapas, haja

vista que a primeira etapa para embasamento teórico corresponde ao levantamento

de pesquisas bibliográficas de autores acerca do tema, como: Riberio (2012); Coelho

(1997) e Janning (2004); com o objetivo de aumentar o conhecimento em relação ao

tema e para conceituação histórica e teórica sobre Centros Culturais, soluções

sustentáveis e projetos arquitetônicos, abrangendo também acervos digitais como;

reportagens em sites para busca de levantamento de dados.

Na segunda etapa foram realizadas pesquisas em órgãos oficiais como a

Prefeitura de Esperantina, Secretaria de Obras, para levantamento de informações

relevantes sobre o terreno e legislações que seria usada.

A terceira etapa foi realizada a análise de projetos do mesmo segmento, em

nível internacional, nacional e local, denominados estudos de casos, com o objetivo

de auxiliar na composição do repertório para o desenvolvimento do projeto, e nas

soluções que se assemelham quanto às intenções plásticas, funcionais, tipológicas

e/ou tecnológicas a serem elaboradas.

Na quarta etapa compreendeu visitas em campo, para observação dos

aspectos de entorno, análise de equipamentos urbanos, sistema viário, acesso e

condicionantes físicos do local. Assim também como acessos, setorização,

fluxograma, programa de necessidades, os usos e demais soluções projetuais a

serem utilizados.

Como última etapa será realizada a elaboração da proposta arquitetônica, de

acordo com a legislação existente e com o auxílio de ferramentas como softwares de

desenho, sendo AutoCAD para a produção de plantas técnicas e SketchUp e Lumion

para maquetes eletrônicas.

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6.0 ANALISE DE PROJETOS SEMELHANTES

6.1 Internacional – Centro de Arte e Cultura

Ficha Técnica:

• Arquitetura: Furman - Huidobro

• Localização: Camino Melipilla, 270 Talagante, Chile

• Arquitetos: Ariel Furman, Daniela Garcia - Huidobro

• Área: 405.0 m²

• Ano do Projeto: 2017

Conceito e Partido arquitetônico

Buscando criar uma ligação entra as demais atividades formais da educação,

os arquitetos fizeram um desenho escultórico, flexível e adequado para o prédio,

propondo que a edificação assumisse um espaço de pausa entre as diferentes áreas

educativas estão localizadas nos recintos adjacentes. Com um programa cultural, a

edificação passou a ser o caminho de interação entres os programas educacionais já

existentes. Nos arredores da edificação possui grandes extensões de grama (Figura

04) apresentando visuais de longo alcance.

Figura 4: Centro de Arte e Cultura

Fonte: Archdaily, 2017

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Situação e Entorno

O Centro de Arte e Cultura foi locado em um terreno de 5000 m², localizado em

Talagante, região metropolitana chilena, entre as ruas Camino a Melipill e Segunda

Avenida (Figura 05), está inserido dentro de um estabelecimento educacional.

Figura 5: Localização do Centro de Arte e Cultura

Fonte: Google Maps (editado pelo autor), 2018

Considerando o extenso setor onde se está localizada a obra, optou-se por

gerar um espaço que se situa em um contínuo vínculo com o entorno verde que o

rodeia (Figura 06). O edifício se localiza entre dois polos onde funcionam distintas

áreas de educação. Por um lado, a educação teórica e formal nas salas existentes,

localizadas em direção ao oeste da obra e, por outro lado, em direção a ala sul,

estão as atividades recreativas e esportivas do colégio. (SBEGHEM, 2017).

Figura 6: Entrono do prédio

Fonte: Archdaily, 2017

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Para não desconectar das áreas verdes o arquiteto incorporou o prédio ao entorno

da maneira menos agressiva, buscando criar a fundação através de perfurações nos

terraços do perímetro.

Forma e Programa de Necessidades

O projeto baseava no desenho de um centro de atividades culturais com salas

de estudo, artes e música, além disso, forma desenhados camarins e bares para

servir às atividades da quadra esportiva situada no setor sul da obra. Conta com

três áreas (Figura – 07) para acomodar os distintos programas: 400m² para os

programas interiores do edifício, 200m² para o terraço exterior perimetral e 850 m²

para a construção de uma praça que abriga diferentes atividades culturais, atuando

como grande hall para o edifício. (SBEGHEM, 2017).

Figura 7: Planta Baixa

Fonte: Archdaily (Modificado pelo autor), 2018

O arquiteto desenhou o prédio para obter o máximo de aproveitamento da

radiação solar, recurso hídrico e do vento. De acordo com os condicionantes físicos,

PROGRAMAS DO CENTRO CULTURAL

T TERRAÇO EXTERIOR

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projetou os brises para controlar a entrada de luz em função do percurso solar

considerando altitude e azimute.

Figura 8: Estudos dos Condicionantes Físicos

Fonte: Archdaily, 2017

Na fachada leste (Figura 09) para controlar e aproveitar o máximo de luz natural

foi utilizado vidro temperado e brises verticais para espaços mais desfavoráveis,

através de uma extensa superfície envidraçada com painel termo isolante que atua

como envolvente do espaço interior onde estão às três salas de aula. (SBEGHEM,

2017).

Figura 9: Fachadas Leste

Fonte: Archdaily, 2017

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Já na fachada Oeste foram desenvolvidas aberturas de 1 m² a uma altura de 2.2

m que proporcionam uma ventilação cruzada, criando um clima agradável no verão.

No inverno, as aberturas são fechadas impedindo que essa ventilação circule pelas

salas que estão dispostas nessa região, criando um aumento térmico suficiente para

climatizar as salas de aula.

Para aproveitar água dos Split de ar-condicionado, o arquiteto desenvolveu um

sistema de captação através de condutores que abastecem um reservatório, essa

água armazenada é utilizada na irrigação das áreas verdes que estão locadas no

perímetro no prédio.

Materiais

As paredes externas da edificação são envidraçadas com vidro termo isolante

de 6mm que reduzem a entrada de calor no ambiente e preserva a temperatura

interna, além de proporcionar uma ótima acústica no local, além disso, tem uma

segunda pele formada por brises de diferentes espessuras e medidas de acordo com

a orientação da fachada. Na cobertura foi utilizado painel SIP de 10 mm pois, possui

excelente isolamento térmico.

Figura 10: Desenho Esquemático da Edificação

Fonte: Archdaily, 2017

A partir da análise do projeto foi possível identificar a preocupação com os

fatores climáticos pois, o arquiteto preocupou – se me locar a edificação para

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aproveitar o máximo da ventilação natural e barra através de brises metálicos a

insolação.

6.2 Nacional – Centro Cultural Curitiba

Ficha Técnica:

• Arquitetura: HARDT Planejamento

• Localização: Curitiba, Paraná, Brasil

• Arquitetos: Marlos Hardt

• Área: 2.140 m²

• Ano do Projeto: 2015

Conceito e Partido arquitetônico

O Centro Cultural Curitiba (Figura 11) pertence à Associação Brasileira da Soka

Gakkai (BSGI) em Curitiba sendo um importante edifício da associação que está

presente em 192 países com sede em outras cidades brasileiras. Devido à dimensão

do lote os arquitetos centralizaram o prédio, ocasionados afastamentos generosos

trazendo um visual aos ambientes internos e construção de pequenas praças ao redor

do prédio, além de permitir futuras ampliações do mesmo. Às cinco praças que ficam

nos seus arredores representam um elemento importante da cultura budista.

(MATUZAKI, 2016).

Figura 11: Centro Cultural Curitiba

Fonte: Archdaily, 2016

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Situação e Entorno

O Centro Cultural fica localizado na Rua Antônio Meirelles Sobrinho, 540 –

Cajuru, Curitiba – PR, Brasil em um terreno (Figura 12) cerca de 6.269 m², as obras

iniciaram em 2010 e forma concluídas em 2015. O prédio foi instalado em um local

que tem seus principais usos serviços e comercio como postos de gasolina, lojas,

distrito policial e Tribunal Regional do Trabalho.

Figura 12: Localização do Centro Cultural Curitiba

Fonte: Google Maps (Editado pelo autor), 2018

A frente do centro cultural é marcada por uma marquise metálica (Figura 13)

que destaca sua entrada principal posicionada de frente à rua, os acessos

secundários são para os usuários que utilizam o estacionamento fica na face posterior

da edificação. Os acessos das autoridades (Figura 14) da instituição também foram

locados nas faces principal e posterior do prédio, são duas abas protegidas pelas

empenas que sustenta o teto, criando um acesso exclusivo para eles.

Figura 13: Acesso Principal do Centro Cultural

Fonte: Archdaily, 2017

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Figura 14: Abas Laterais que Estabelecem o Acesso das Autoridades

Fonte: Archdaily, 2017

Forma e Programa de Necessidades

Visando unidade entre os 2 setores do edifício, foi projetada uma cobertura que

“abraça” o auditório com forma mais angulada, assim como o setor administrativo e

acadêmico. Como estratégia para aumentar a área útil da sala de música e escritórios

no pavimento superior, projetou-se estes volumes para fora da fachada principal,

dinamizando assim a volumetria. Nas abas laterais do auditório, as paredes inclinadas

possibilitam proteção e destaque às saídas de emergência assim como criam

movimento. (CENTRO CULTURAL, 2017).

O edifício proporciona uma integração visual e circulação no pavimento térreo

com o entorno. Os acessos ao prédio ficam centralizados, sendo o acesso principal

tem uma marquise que destaca a entrada, já no acesso secundário é espelhado até o

interior da edificação. O arquiteto foi atrás do fácil entendimento dos ambientes

internos posicionados de acordo com os acessos. Na região leste fica posicionado

sua área institucional sendo elas auditórios para 500 pessoas, salas técnicas e

acessos de serviços. No setor oeste fica as áreas administrativas, banheiros, salas

para convidados e pequeno auditório para 200 pessoas além da circulação vertical,

como podemos observar na (figura 15)

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Figura 15: Planta Pav. Térreo

Fonte: Archdaily, 2017

No pavimento superior (Figura 16) estão as salas multiúso que são utilizadas

para orações e aulas, escritórios e sala de música, também encontra – se uma

passarela suspensa que tem acesso para o balcão do auditório. As salas de ensaio

ficam na zona leste posterior ao auditório.

Figura 16: Planta Pav. Superior

Fonte: Archdaily, 2017

1 – AUDITORIO 4 - PORTARIA

2- LOBBY 5 - ADMINISTRAÇÃO

3 – BANHEIRO 6 – AUTORIDADES

1 – BALCÃO AUDITORIO 4 - SALA MULTI - USO

2- HALL 5 - ADMINISTRAÇÃO

3 – BANHEIROS 6 – SALAS DE AULA

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A volumetria do Centro Cultural ocasiona duas fachadas diferentes, devido à

funcionalidade que o programa de necessidades exige, elas se assemelham apenas

nos materiais utilizados que são o vidro e granito flameado e a sua cobertura angulada

onde é sustentada pelas empenas inclinadas. Essas estratégias foram adotadas para

preservar o ambiente interno da radiação solar.

Enquanto a fachada posterior segue em boa parte recuada, a principal projeta alguns volumes do piso superior para fora do edifício, dinamizando a volumetria. De acordo com os arquitetos, o objetivo era aumentar a área útil da sala de música e dos escritórios que estão nesse andar. (CENTRO CULTURAL, 2017, p.01).

A cobertura possui aberturas zenitais que ajudam a controlar as condições

térmicas da edificação, nessas aberturas estão janelas do tipo basculantes que

funcionam como controle para a circulação de ar, onde no inverno ficam fechadas

para preservar o calor dentro da edificação e no verão são abertas dispersando o ar

quente criando um efeito chaminé com entrada de ar pelas portas e janelas no edifício.

Podemos observar nos esquemas abaixo:

Figura 17: Detalhamento da Cobertura Zenital

Fonte: Archdaily, 2017

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A forma desenvolvida para a concepção desse foi trabalhado em cima do programa

de necessidades, que foi concebido uma volumetria com duas fachadas distintas e

uma cobertura angular para proteger da radiação solar. Essas estratégias serão

analisadas para tirar partido no projeto que pretende ser desenvolvido.

6.3 Nacional – Instituto Moreira Salles

Ficha Técnica:

• Arquitetura: Andrade Morettin Arquitetos

• Localização: São Paulo, SP, Brasil

• Arquitetos: Adriane De Luca, Raphael Souza, Carlos Eduardo

• Área: 8.662 m²

• Ano do Projeto: 2017

Conceito e Partido arquitetônico

A criação de um museu é sempre um acontecimento extraordinário pois, exerce

um papel fundamental nas cidades contemporâneas, propondo interesses e vitalidade

aos espaços urbanos além de promover eventos ligados a cultura e arte. É neste

contexto surgir a nova sede do IMS (Instituto Moreira Salles). A nova sede supre a

necessidade concreta por mais espaço, ela nasce sobretudo para criar um local que

representa os valores e espírito da instituição. (INSTITUITO MOREIRA SALLES,

2017, p.01).

Figura 18: Instituto Moreira Salles

Fonte: Archdaily, 2017

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O Museu foi projeto para obter uma relação com a cidade com características

modernas de modo que oferta um ambiente interno tranquilo balanceando a vibração

das calçadas com o seu entorno aos espaços museológicos, que exige qualidade e

percepção de luz, mostre uma sensação exclusiva para seus visitantes.

A estrutura espacial do Museu é notada pelos vazios do edifício onde esses

espaços foram deixados pela circulação e encontro que é distribuído de acordo com

os programas que existem. A fachada utiliza uma pele de vidro translúcida, que

proporciona uma qualidade de luz no interior do museu que foi desejado desde a

concepção do projeto, trazendo para quem está dentro do prédio uma vista do seu

entorno e proporcionando um ambiente agradável.

Situação e Entorno

O Instituto Moreira Salles fica localizado na Av. Paulista principal avenida de São

Paulo, onde é um dos poucos lugares que possui uma enorme variedade de

programas convivendo no mesmo lugar. Por estar em uma situação geográfica

privilegiada, a Av. Paulista tem um dos espaços mais movimentos de São Paulo.

(INSTITUTO MOREIRA SALLES, 2017).

Figura 19: Mapa de situação do IMS

Fonte: Archdaily, 2017

O prédio foi locado em um lote de 20 x 50 metros, rodeado por edifícios de 13

a 18 andares possuindo uma localização excelente. Ao adentrarmos dentro do lote,

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ao nível da calçada, fica notório a falta de aberturas e diálogo com o entorno devido à

sua frente pequena em relação aos lotes envolta.

Forma e Programa de Necessidades

Para solucionar a falta de abertura e diálogo, os arquitetos posicionaram o

museu para o centro do edifício a uma altura de 15 metros em relação ao nível da Av.

Paulista, almejando uma interação entre o museu e a cidade. Com isso abriu várias

portas para a distribuição dos espaços internos do museu, deixando os limites que era

imposta pelo lote, possibilitando uma vista da cidade.

Ao liberar o nível da paulista, foi proposto um primeiro subsolo (Figura 20) que

funciona como meio de ligação de diversas circulações do edifico, aproveitando ainda

para criar uma extensão da calçada que dirigi o visitante através de escadas e

elevadores para o centro do museu. Nesse pavimento também está o restaurante do

museu.

Figura 20: Planta Pav. SubSolo

Fonte: Archdaily, 2017

A utilização de escadas rolantes faz menção as estações de metrô, onde é

facilmente encontrada, isso fica mais evidente pelo seu posicionamento próximo ao

passeio que liga o prédio a Av. Paulista, que durante o percurso de mistura com os

sons e agitação vindos da rua assemelhando com as estações de metrô que possui

1 – ACESSO MUSEU 4 - RESTAURANTE

2- GUARITA 5 - BANHEIROS

3 – COZINHA

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uma movimentação intensa. Com isso foi concebido um espaço vibrante e cheio de

energia, com a intensidade forma o ambiente desejado para o museu.

As áreas de apoio do museu como reserva técnica, almoxarifado, depósitos,

estão no segundo Subsolo, que é ligado a edificação por um elevador de carga que

acessa a todos os pavimentos sendo restrito aos funcionários e apoio técnico.

Figura 21: Corte Esquemático com acessos de carga e descarga

Fonte: Archdaily, 2017

Com esta transferência reequilibramos o centro de gravidade do edifício,

aproximando os principais programas do térreo. Este resultado, mais uma vez, vai

além dos aspectos meramente funcionais. Trata-se de ajustar os percursos e os

deslocamentos para a escala e o tempo que são os mais pertinentes ao museu. A

partir do térreo elevado, a percepção que o visitante tem dos espaços de programa é

clara e direta. O térreo em si, foi transformado em praça de convívio e de distribuição,

que conta ainda com a loja e o café; acima desta praça, pairando sobre ela, estão os

espaços expositivos, protegidos num volume fechado; abaixo, estão agrupados os

programas da Midiateca, que funcionam como um grande espaço de encontro

dedicado ao cinema, à música, à literatura e, de maneira mais geral, à pesquisa e à

produção de conhecimento. (INSTITUTO MOREIRA SALLES, 2017). Onde podemos

observar na (figura 22).

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Figura 22: Corte Esquemático

Fonte: Archdaily, 2017

Essas soluções foram adotadas para criar um programa onde reuniu o

auditório, salas de aula, espaço multimídia e biblioteca formando uma midiateca

(figuras 23, 24, 25, 26) do instituto, assim esse programa serviu de complemento para

as áreas de exposição distribuindo as atenções dentro do museu pois, a biblioteca

funciona como socialização para as salas de aulas e forma um pequeno auditório

suspenso que se comunica com o foyer. O objetivo do programa foi integrar as

atividades e mídias desenvolvidas no museu, mantendo o bom funcionamento que

cada espaço pode oferecer.

Figura 23: Plantas da Midiateca

Fonte: Archdaily, 2017

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Figura 24: Plantas da Midiateca

Fonte: Archdaily, 2017

Figura 25: Plantas da Midiateca

Fonte: Archdaily, 2017

Figura 26: Plantas da Midiateca

Fonte: Archdaily, 2017

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Material

Os materiais que foram utilizados reforçam a preocupação que o entorno do

museu, onde no térreo elevado foi usado no piso o mosaico português que existia nas

calcadas da Av. Paulista, já no pavimento nivelado com a rua foi utilizado o basalto,

que faz menção ao cimentado das calçadas. A escolha pelo vidro translucido com

segunda pele, foi usada para destacar o volume bem definido com os prédios vizinhos,

além de trazer bastante iluminação natural para o museu e manifestando diferentes

sensações para o observador de acordo com o espaço urbano.

Figura 27: Utilização do vidro com estrutura metálica

Fonte: Archdaily, 2017

Figura 28: Estratégias Bioclimaticas

Fonte: Archdaily, 2017

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O Instituto Moreira Salles é um bom exemplo de como projetar uma edificação de

caráter cultural onde todos os ambientes se ligam, criando uma conexão entre eles

mantendo o bom funcionamento de cada setor fazendo com que o programa proposto

realmente atenda as necessidades do local. Outro ponto importante foi a utilização

dos materiais translúcidos e transparente na fachada, que dá um tom de transparência

e uma comunicação visual do interno com externo da edificação.

7.0 ANALISE DO TERRENO.

7.1 APRESENTAÇÃO DO TERRENO

O terreno (Figura 29), está localizado na cidade de Esperantina – PI. Possui

uma área de aproximadamente 4.419,00 m² e situado na principal avenida da cidade,

Av. Petrônio Portela, com a Rua Projetada Quarenta e Dois e Rua Projetada Trinta e

Oito.

Figura 29: Localização do terreno.

Fonte: Google Maps (Editado pelo Autor), 2018

O local foi escolhido por estar próximo de diversas escolas públicas da região,

fazendo uma conexão entre cultura e educação, além de possuir diversas tipologias

nessa área, onde visa criar uma integração em todas as classes sociais da cidade. As

vias que compõem seu entorno são todas em duplo sentido o que possibilita um fluxo

Terreno

Av. Petrônio Portela

Rua Projetada 42

Rua Projetada 38

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livre, onde que apenas a Av. Petrônio Portela possui pavimentação asfáltica, as

demais ruas são em pavimentação carroçável.

As vias 42 e 38 são de caráter local pois, seu fluxo é tranquilo de fazem a

ligação entre o bairro Fazendinha, onde está localizado o terreno, e a Av. Petrônio

Portela. Já a avenida possui um grande fluxo pois, além de ser um eixo de comercial

de institucional é a via que faz ligação com a PI – 214 aonde vai para as cidades de

Morro do Chapéu e Luzilândia, (cidade que faz divisa com Maranhão).

Assim para fins de projeto a Rua Projeta 42, torna – se a mais qualificada para

receber o acesso veicular para a proposta do Centro Cultural.

Nas imagens abaixo é mostrado as ruas e avenida com compõem o entorno

do terreno:

Figura 30: Fachada do terreno voltada para Av. Petrônio Portela

Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

Na imagem acima podemos observar que a frente principal do terreno está no

mesmo nível da Av. Petrônio Portela, possibilitando um fácil acesso ao lote.

Figura 31: Cruzamentos entre as ruas 42 e 38

Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

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Na figura 31, podemos notar que as ruas 42 e 38 são compostas por terra, onde

também é mostrado que no ponto do cruzamento entre as duas ruas marca a maior

elevação do terreno.

7.2 ENTORNO

O terreno fica situado no bairro Fazendinha estando próximo a diversas

edificações, sendo elas: Escolas, Centro Comunitário Kolping, Residências, Postos

de Gasolina e comércios de pequeno porte. A escolha do terreno foi pensada para

alcançar diferentes classes sociais, criando assim, um projeto que possa unir a

sociedade.

A área onde o terreno está inserido, possui diferentes tipologias implantadas o

que proporcionar a realização do projeto viável para essa região, onde será o meio de

ligação entre todos esses diferentes usos devido ao terreno está centralizado em

relação as demais edificações. Com auxílio dos programas Google Maps e AutoCad,

foi traçado um mapa (Figura 32) onde é marcado as principais edificações que

compõem o entorno.

Figura 32: Analise do Entorno

TERRENO CEEP/UESPI ESCOLAS MUNICIPAL ESTADIO

KOLPING P. DE GASOLINA PRAÇA DO PALESTINA

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Fonte: Google Maps (Editado pelo Autor), 2018

7.3 ASPECTOS NATURAIS

A partir dos estudos de insolação feitos com o programa Sol Ar, foi gerado as

seguintes cartas solares referentes ao terreno estudado.

Figura 33: Fachada Nordeste e Noroeste

Fonte: Sol Ar, 2018

Figura 34: Fachadas Sudestes e Sudoeste

Fonte: Sol Ar, 2018

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Com isso a orientação solar do terreno ficou disposta da seguinte maneira:

• Fachada Nordeste: 06 hrs ás 11 hrs, nos meses de Dezembro a Junho, onde

a incidência solar é maior.

• Fachada Noroeste: 09 hrs ás 17 hrs, nos meses de Junho a Dezembro, onde

a incidência solar é maior.

• Fachada Sudeste: 06 hrs ás 14 hrs, nos meses de Dezembro a Junho, onde a

incidência solar é maior.

• Fachada Sudoeste: 12 hrs ás 17 hrs, nos meses de Junho a Dezembro, onde

a incidência solar é maior.

Fonte: Revit, 2018

Como podemos observar na figura 36, apresenta a movimentação do sol na

abobada celeste o ano todo, com isso percebe que a incidência solar é maior nas

fachadas Nordeste – Leste e Noroeste – Oeste. Com essas informações levantas

sobre o estudo de insolação concluir que será necessário adotar estratégias

bioclimáticas para a elaboração do projeto afim de trazer um conforto térmico para

dentro da edificação.

Figura 35: Percurso do Sol durante o Ano.

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De acordo com o site (CLIMATEMPO) foi realizado um levantamento (Figura

36) sobre os ventos dominantes do Município de Esperantina, onde sua distribuição

fica nas direções Norte – Nordeste e Leste – Nordeste, sendo sua maior intensidade

na direção Norte. Este levantamento foi realizado nos horários de 06 da manhã à 09

da noite.

Figura 36: Ventos Dominantes

Fonte: Climatempo.com.br, 2018

O terreno que será utilizado para o projeto possui um formato em L,

preenchendo metade do quarteirão onde está situado. Sua topografia apresenta um

desnível de aproximadamente 2 metros entre suas extremidades, configurando um

desnível aceitável, não exigindo esforços para uma planificação do terreno, como

pode ser observado na imagem abaixo.

Figura 37: Curvas de Níveis do Terreno

Fonte: Global Mapper, 2018

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Com auxílio do programa Google Earth, foi gerado um perfil topográfico do

terreno (Figura 38) onde mostra exatamente como é formada a topografia do terreno

estudado.

Figura 38: Perfil topográfico do terreno

Fonte: Google Earth, 2018

O perfil acima mostra um desnível de 2 metros que vai da cota 82 até a cota 80

tendo uma elevação de aproximada de 1.71 metros em toda a extensão do terreno.

8.0 LEGISLAÇÃO

A cidade de Esperantina não possui legislações referentes a construção civil,

como também Plano Diretor e Código do Postura, sendo assim foi escolhido as

Legislações de Teresina, por ser a cidade mais próxima a possuir todas as legislações

necessárias para criar a proposta do projeto Centro Cultural. São elas:

1. Código de Obra, Lei Complementar Nº 4.729 – Estabelece as normas,

condições, delega competências e regulamenta os procedimentos

administrativos e executivos, e fixa as regras gerais e especificas a serem

obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de

obras, edificações para o licenciamento e a execução das obras de construção,

realizados pelos agentes particular ou público. Será utilizado as normas sobre

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iluminação e ventilação natural, dimensionamento e vagas de estacionamento

para a criação do projeto.

2. Lei de Uso e Ocupação do Solo, Nº 3.560 – Orientar a utilização do solo quanto

ao uso, quanto à distribuição da população e quanto ao desempenho das

funções urbanas.

3. Normativa 9050 – Estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem

observados quanto ao projeto, construção instalação e adaptação do meio

urbano e rural, e de edificações ás condições de acessibilidade.

4. Normativa 9077, Saídas de Emergência – Estabelece as condições exigíveis

que as edificações devem possuir, afim de que a população possa abandoná –

las em caso de incêndio, completamente protegidas em sua integridade física

e permitir acesso de auxilio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e

retirada dos usuários.

9.0 ESTUDO PRELIMINAR

9.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Neste tópico será apresentado o programa de necessidades do Centro Cultural,

a partir das análise feitas com base nos estudos de casos, análise do terreno e

aspectos antrópicos.

O programa de necessidades está divido em cinco blocos: Área Educacional,

Administração, Galeria de Exposição, Área externa, Auditório. Estes blocos serão

dispostos de forma que permita uma circulação livre entre os usuários e os espaços.

No primeiro consiste em Auditório, onde é realizado palestras, cursos e

solenidades.

O bloco Educacional, está localizado as salas de aula, multimídia e as oficinas,

que será ofertado minicurso, aulas de informáticas e diversas oficinas de estudos.

A administração é responsável por gerência todo o Centro Cultural, onde terá

diversas secretarias para cada repartição cultural e educacional, além de contar com

os serviços de apoio.

Galeria de Exposição, local onde conta com as lojas de artesanato e praça de

alimentação, além dos espaços destina para as exposições.

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Área externa, conta com os acessos veiculares e para pedestre ao Centro

Cultural, com vagas de estacionamento e bicicletário.

Figura 39: Programa de Necessidades

PROGRAMA DE NECESSIDADES AMBIENTES ÁREA (m²)

AUDITORIO

CAMARINS 20 m²

CABINE DE SOM/PROJEÇÃO 22.75 m²

PLATEIRA 285.0 m²

PALCO 47.3 m² ÁREA EDUCACIONAL

MUSICA 52.2 m²

DANÇA 69.60 m²

TEATRO 69.60 m²

ARTESANATO 43.70 m²

ESTUDIO 18.80 m²

SALAS DE AULA 54.75 m²

LAB. INFORMATICA 80 m²

ADMINISTRAÇÃO RECEPÇÃO 11,35 m²

DEPOSITO 15.80 m²

AMD GERAL 48.15 m²

DIRETORIA 15.35 m²

REPOGRAFIA 15.20 m²

DESCANSO DOS FUNCIONARIOS COM COPA 30.00 m²

ALMOXARIFADO 11.80 m²

SERVIÇO DE T.I 15.00 m²

VESTIÁRIOS (COM BANHEIRO) 36 m²

DML 6.50 m²

CURADORIA 15.30 m²

SECRETARIA 20.00

GALERIA DE EXPOSIÇÃO

LANCHONETES 15.40 m²

LOJAS 18.75 m²

ÁREA DE EXPOSIÇÕES 381.60 m²

BANHEIROS 46.40 m²

JARDIM DE INVERNO 41.65 ÁREA EXTERNA

ESTACIONAMENTO 1270.51 m²

LIXEIRA 15 m²

CAIXA D’ÁGUA 9 m²

BICICLETARIO 50.40 m²

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019

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9.2 FLUXOGRAMA.

No diagrama abaixo é apresentado de fluxos do Centro Cultural.

.

Figura 40: Fluxograma do Centro Cultural - Pavimento Terreo

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019

Figura 41: Fluxograma do Centro Cultural - Pavimento Superior

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019

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9.3 FUNCIONOGRAMA.

Neste tópico é apresentado o organograma, o gráfico abaixo representa

visualmente a estrutura organizacional que pretende ser alcançada e mostrar os

diferentes setores do Centro Cultural.

Figura 42: Organograma

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019

10.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Concluo este trabalho, percebendo a importância da implantação de

equipamentos que ligam a cultura, lazer e educação. Apesar das transformações

ocorridas na sociedade brasileira, ainda é bastante presente a desigualdade e

vulnerabilidade social.

Após as pesquisas dos estudos de casos, analises do terreno e equipamentos

existentes, mostrou que a implantação de serviços voltados a cultura e educação,

torna uma forte construção social mais eficaz e com resultados mais concretos. Além

disso, ficou claro a importância de um ambiente cultural em um setor da cidade que já

tem uma demanda de instituições educacionais e culturais na região.

Com isso propõe criar um Centro Cultural, com objetivo de promover ações

culturais em benefício da sociedade através de acompanhamento profissional,

inclusão da educação e vivência comunitária.

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As informações coletadas mostram que para elaborar um Centro Cultural

precisa levar e em consideração a democratização dos espaços, acessos,

comunicação do interior com o exterior, atribuir ambientes que proporcionam o bom

funcionamento do espaço, oferecendo conforto e qualidade para seus usuários.

A partir dessa pesquisa foi proposto um Centro Cultural, buscando soluções

arquitetônicas que traga conforto térmico, acústico, acessibilidade, iluminação natural

para realizar um projeto de qualidade para seus usuários. Conclui que para a

implantação desse tipo de empreendimento é necessário conhecer o público e a

localidade para tornar a edificação atraente e convidativa.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - MEMORIAL JUSTIFICATIVO

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1. INTRODUÇÃO

O Presente memorial tem por objetivo descrever e consolidar as informações

necessárias para a proposta arquitetônica do Centro Cultural: Antônio Sampaio

Pereira, o projeto propõe uma edificação que integre educação profissionalizante,

ações culturais e expor as atividades locais e regionais, edifício composto por 02

pavimentos que abrigam as 04 salas oficinas culturais, 01 auditório, 01 Laboratório de

Informática, 01 Área de Exposições.

2. CARACTERISTICAS DO CENTRO CULTURAL

2.1 Localização

O centro fica localizado na cidade de Esperantina – PI, Brasil, no bairro

Fazendinha, entre a Av. Petrônio Portela e Rua Projetada 42. O seu entorno é

predominantemente residencial, com alguns comércios, escolas e centro comunitário.

2.2 Objetivo do Empreendimento

A função deste Centro é promover práticas culturais para todas as faixas etárias

e sociais, tendo acesso às oficinas de dança, teatro, artesanato, música, palestras,

minicursos entre outras ações culturais, gerando uma convivência na comunidade.

3. DESCRIÇÃO DO PROJETO

3.1 Justificativa da implantação no lote

De acordo com a figura 01.

Figura – 01: Implantação

Fonte: Arquivo Pessoal (2019)

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A edificação foi inserida de forma que aproveita a maior largura do terreno,

também pensando na orientação solar e dos ventos nas fachadas, que possibilitou a

criação de espaços amplos (Exposição e Auditório), possibilitando um acesso livre

dentro e fora da edificação, as curvas de nível leve possibilitou a criação de acessos

externos promovendo uma boa circulação no seu entorno.

3.2 Aspectos Urbanos

O projeto será inserido em um contexto urbano onde na sua frente principal

passa a principal Avenida da cidade, Av. Petrônio Portela que dá acesso a PI – 214,

que liga ao norte do Estado e divisa com Estado do Maranhão além disso, possui

várias instituições de ensino e comunitária, (Escola Técnica, Escolas Municipais,

Centro Comunitário Kolping), que pode fazer parceira afim de promover atividades no

Centro Cultural.

3.3 Concepção do Projeto

No partido arquitetônico, definiu que a edificação será o ponto de ligação entre

a cultura e os seus usuários, com isso surgiu a necessidade de uma implantação que

organiza os espaços com suas respectivas funcionalidades, feito essas definições

optou por fazer uma arquitetura contemporânea.

Alinhando os condicionantes físicos do terreno com o partido arquitetônico, foi criado

uma forma que setorizasse para melhor acomodar as atividades a serem exercidas,

proporcionado um programa livre e de fácil compreensão.

3.4 Setorização

O programa foi distribuído setorizando os serviços em quatro blocos, todos

ligados formando uma única unidade (Figura 02). No acesso principal ao terreno fica

o estacionamento para veículos e a caixa d’água, a entrada da edificação é marcada

por uma marquise de vidro, a área de exposição, também funciona como local para

distribuição dos outros setores da edificação, logo ao lado da entrada principal fica

localizado a recepção, posteriormente os acessos ao auditório, oficinas, baterias

sanitárias, lojas, escadas e plataforma elevatória, todos conectados a exposição.

Ainda no pavimento térreo, foi proposto um jardim de inverno que serve para

iluminar e ventilar a área de exposição e de um ponto de vista volumétrico serve para

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separar o auditório da edificação tendo uma visão de dois blocos. No auditório foi

setorizado com dois camarins, palco, plateia e um mezanino no fundo, onde ficará a

cabine de projeção e som. As lojas dão acesso livre entre o interior e exterior do

Centro, já as lanchonetes só tem acesso à parte exterior, onde forma uma pequena

praça de alimentação protegida por painel metálico, todas possuem mezanino.

No pavimento superior fica localizado as áreas administrativas, (Diretoria,

Almoxarifado, Sala de Reunião, Departamentos Administrativos, Reprografia), além

de baterias sanitárias e laboratório de informática.

Figura – 02: Setorização

Fonte: Arquivo Pessoal (2019)

O acesso de veículos ao terreno só pode ser feito pela rua projetada 38, já o

acesso para pedestres pode ser feito pela Rua projetado 38, (Acesso Principal) e pela

Av. Petrônio Portela.

3.5 Aspecto Forma

A concepção da planta baixa foi pensada para criar vários volumes, dando uma

impressão que eles estão sacando da edificação ao mesmo tempo, misturando várias

formas geométricas criando uma volumetria única, inspirações trazidas dos estudos

de casos, Centro Cultural Curitiba e Centro da Arte no Chile, onde esse jogo de forma

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ajuda nos aspectos climáticos do prédio. Nas fachadas as diferentes alturas

proporcionam um jogo de volumes que cria uma hierarquia, onde o auditório é o mais

alto e as lojas com as lanchonetes formam o volume mais baixo, sendo a exposição

o volume intermediário firmando o elo com os demais setores (Figura 03).

Figura – 03: Fachada Sul

Fonte: Arquivo Pessoal (2019)

Procurou trabalhar com cores neutras pegando o cinza como cor principal e

escolhendo variação de tons dessa cartela. Na fachada oeste onde fica a parede mais

alta da edificação, também está locado o auditório, para amenizar os efeitos da

radiação solar na fachada, foram utilizados painéis metálicos perfurados de aço

corten ao longo da fachada formando uma segunda pele. (Figura 04).

Figura – 04: Fachada Oeste

Fonte: Arquivo Pessoal (2019)

Na fachada leste (Figura 05) foi usado revestimento 3D de aço corten na parede

do auditório, já na parede das oficinas e administração foi pintada com uma tonalidade

de cinza escuro, é nessa fachada onde fica localizado a marquise de vidro que marca

a entrada do Centro Cultural.

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Figura – 05: Fachada Leste

Fonte: Arquivo Pessoal (2019)

Para atender as solicitações de grandes vãos toda a estrutura do prédio é

metálica com laje nervurada pois, proporciona maior flexibilidade para projetar esse

tipo de vãos.

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APÊNDICE B - MEMORIAL DESCRITIVO

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1. INTRODUÇÃO

O memorial descritivo, tem a finalidade de descrever todos os materiais e sistemas

construtivos que será utilizado no projeto executivo. O documento define

integralmente o projeto e suas particularidades, apresenta também a descrição dos

elementos constituintes, com suas sequências executivas e especificações.

2. RELAÇÃO DAS PLANTAS COM O PROJETO

• Prancha 01/13: Situação – Ecs: 1:500

• Prancha 02/13: Implantação – Esc: 1:150

• Prancha 03/13: Locação e Cobertura – Esc: 1:150

• Prancha 04/07: Planta Baixa / Layout – Esc: 1:100

• Prancha 08/09: Cortes Longitudinal e Transversais – Esc: 1:100

• Prancha 10/11: Fachadas – Esc: 1:100

• Prancha 12/13: Detalhes – Esc: 1:25

3. SISTEMA CONSTRUTIVO

Estrutura metálica (Figura 06), laje nervurada e cobertura em telha termo acústica

sobre estrutura metálica, fechamento em alvenaria de tijolo.

Figura – 06: Estrutura Metálica

Fonte: aec.com.br (2018)

Na fundação será adotada solução com a intensidade das cargas, a capacidade

de suporte do solo e a presença do nível d’água, feito por um estudo geotécnico.

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4. COBERTURA

Estrutura: Treliça metálica com tratamento antiferrugem, com pintura eletrostática

na cor preto. Dimensão a serem definidas pelo calculista.

Telha: Telha metálica termo acústica (Figura 07), seção trapezoidal, tipo

sanduíche, com miolo de poliuretano. Pintura eletrostática na cor branca. Cumeeira

metálica.

Figura – 07: Estrutura Metálica

Fonte: aec.com.br (2019)

Calha: Em Zinco

5. SISTEMA DE VEDAÇÃO

Tijolos cerâmicos de seis furos (Figura 08) 9x14x10 cm.

Figura – 08: Tijolo Cerâmico

Fonte: novabertioga.com.br (2019)

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Divisórias dos boxes (Banheiros). Divisórias com painéis de melamínica estrutural

TS, fixados em perfis em alumínio e parafusados nas paredes de alvenaria e ao chão.

6. ESQUADRIAS

As janelas são de alumínio com pintura eletrostática na cor branca e vidro laminado,

os contra marcos e caixilhos em alumínio.

Janelas:

J1 – Janela de alumínio tipo basculante, com três folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 320 x 50 x 160 cm.

J2 – Janela de alumínio tipo de correr, com duas folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 200 x 100 x 110 cm.

J3 – Janelas de alumínio tipo basculante, com duas folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 100 x 50 x 160 cm.

J4 – Janelas de alumínio tipo basculante, com quarto folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 200 x 50 x 160 cm.

J5 – Janela de alumínio tipo de correr, com duas folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 200 x 100 x 110 cm.

J6 – Janela de alumínio tipo de correr, com seis folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 300 x 100 x 110 cm.

J7 – Janela de alumínio tipo de fixa, com quatro folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 500 x 100 x 110 cm.

J8 – Janela de alumínio tipo de fixa, com quatro folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 700 x 100 x 110 cm.

J9 – Janela de alumínio tipo de correr, com duas folhas de vidro pintada na cor

branca, nas dimensões 300 x 100 x 110 cm.

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As portas são variadas:

P1 – Porta de madeira lisa, com acabamento em verniz, nas dimensões 90 x 210

cm.

P2 – Porta de madeira lisa, com acabamento em verniz, nas dimensões 70 x 210

cm.

P3 – Porta de madeira lisa, com acabamento em verniz, nas dimensões 80 x 210

cm.

P4 – Porta de Alumínio, com duas folhas de vidro pintada na cor branca, nas

dimensões 200 x 250 cm.

P5 – Porta de Alumínio, com duas folhas de vidro pintada na cor branca, nas

dimensões 150 x 250 cm.

P6 – Porta de madeira acústica com duas chapas de madeira maciça preenchida

com chumbo e lã de rocha, nas dimensões 200 x 250 cm.

P7 – Porta metálica acústica com duas chapas de madeira maciça preenchida com

chumbo e lã de rocha, nas dimensões 200 x 250 cm.

P8 – Porta de madeira acústica com duas chapas de madeira maciça preenchida

com chumbo e lã de rocha, nas dimensões 90 x 210 cm.

7. AUDITORIO

7.1 Pisos

Na circulação foi utilizado carpete 50 x 50 cm, com 5 mm de espessura.

Na plateia e no palco foi utilizado piso em régua de madeira cedro 122 x 8 cm, com

12 cm de espessura, com acabamento em verniz.

No camarim e na cabine de projeção foi utilizado piso cerâmico esmaltado, na

dimensão 45 x 45 cm, com rejunte de 5mm, com reprodução em mármore na cor bege.

7.2 Parede

As paredes laterais do auditório são de carpete vermelho de 4 mm de espessura,

com painel ripado em MDF.

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Na parede do palco, nos camarins e cabine de projeção é pintada com tinta Suvinil

PVA na cor Safari.

7.3 Teto

O teto do auditório é todo com painel de madeira reflexivo com acabamento em

verniz devido às questões de acústicas.

No camarim e cabine de projeção é forro de gesso acartonado com pé solto.

8. EXPOSIÇÃO

8.1 Piso

Utilizado porcelanato acetinado Eliane, na dimensão 60 x 60 cm, com rejunte de 2

mm.

8.2 Parede

Pintada com tinta Suvinil PVA na cor Casamento.

8.3 Teto

Telha metálica com pintura eletrostática vermelha e estrutura metálica aparente

com pintura eletroestática preto.

9. Oficinas

9.1 Piso

Porcelanato esmaltado, Portobello, na dimensão 60 x 60 cm, com rejunte de 3 mm,

com reprodução em madeira.

9.2 Parede

Pintada com tinta Suvinil PVA na cor Creme de baunilha, com uma parede

destaque na cor Carnaval e Esmeralda Autentica

9.3 Teto

Forro de gesso acartonado com pé solto.

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10. Administração

10.1 Piso

Piso cerâmico esmaltado, na dimensão 45 x 45 cm, com rejunte de 5mm, com

reprodução em mármore na cor bege.

10.2 Parede

Pintada com tinta Suvinil PVA na cor Casamento.

10.3 Teto

Forro de gesso acartonado com pé solto.

11. Banheiro

11.1 Piso

Piso cerâmico esmaltado, na dimensão 45 x 45 cm, com rejunte de 5mm, com

reprodução em mármore na cor bege.

11.2 Parede

Pintada com tinta Suvinil PVA na cor Casamento.

11.3 Teto

Forro de gesso acartonado com pé solto.

12. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A instalação elétrica foi embutida, conforme detalhado em projeto específico. Os

equipamentos Instalados deverão obedecer às normas da ABNT, e ao projeto

específico.

13. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIA

Todas as tubulações são de PVC rígido da Tigre ou Amanco, embutido nas

alvenarias e contra pisos conforme indicação de projeto específico. Possui duas

baterias de banheiros, uma em cada pavimento. Todos os banheiros têm louças

brancas.

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13.1. Vasos Sanitários

Banheiro de uso comum

Bacias sanitárias com caixa acoplada (Figura 09) com saída horizontal, Deca,

na cor Branca.

Figura – 09: Sanitário Deca

Fonte: Deca.com.br (2019)

Cuba

Cuba de sobre por quadrada, Deca, na cor branca.

Figura – 10: Pia de sobre por

Fonte: Deca.com.br (2019)

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Chuveiro

Chuveiro com tubo de parede, Deca, com acabamento cromado. Torneira de mesa

com bica baixa para lavatório, deca.

14. EQUIPAMENTOS

Os ambientes atendem as normas da NBR como, por exemplo, os banheiros

específicos para portadores de necessidades especiais possuem mobiliário

diferenciado. As barras de apoio são importantes e devem ser colocados a uma altura

entre 0,70 e 0,75 centímetros. O espelho deste banheiro também deve ter uma

inclinação de 10%, o assento sanitário deve estar a uma altura de 0,45cm e a altura

da pia de 0,80cm, além de permitir um raio livre para manobras de 1,5m. As salas de

dança equipadas com barras e espelho. O mobiliário das salas de cursos também é

diferenciado pois, são necessárias bancadas para os cursos práticos, assim como

pias, cavaletes, etc. No auditório deve existir as instalações de som e vídeo.

15. VOLUMETRIA

As imagens a seguir mostram a volumetria e paisagismo do parque e centro

esportivo proposto, desenvolvidas em software 3D, para melhor ilustração e

exposição da proposta projetual.

Figura – 11: Vista do estacionamento e entrada principal

Fonte: RAFAERE (2019)

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Figura – 12: Vista Frontal do Centro Cultural Antônio Sampaio Pereira

Fonte: RAFAERE (2019)

Figura – 13: Vista do painel metálico fixado na parede do auditório

Fonte: RAFAERE (2019)

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