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ano 03 número 10 (especial) maio 2008 RUGBY ANTIGOMOBILISMO COLECIONAR E RESTAURAR CARROS ANTIGOS, ESTÁ DIRETAMENTE ASSOCIADA À CULTURA DE PRESERVAR A HITÓRIA ESPORTE BRETÃO ® MUSEU ASAS DE UM SONHO PUCÓN DESTINO CHILE

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ano 03 número 10 (especial) maio 2008

RUGBY

ANTIGOMOBILISMOcolecionar e restaurar carros antigos, está diretamente

associada à cultura de preservar a hitória

esporte BretÃo

®

MUSEUasas de um sonho

PUCÓNdestino chile

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08 CONCURSO FOTOGRÁFICO

10 cidade e região

12 hI-TECh

14 internet news

16 GUADALAJARA NO MÉXICO

20 pucón no chile

BIBLIOTECA COMUNITÁRIA24antigomobilismo26CARROS ANTIGOS EM ÁGUAS34

A revista Acapulco Magazine atinge a sua publicação de número 10, e para a comemoração desta edição, preparamos matérias especiais. Percorremos mais de 1.500 km, partindo sempre de Santos, onde se localiza a redação da revista. Os destinos, com idas e voltas, foram São Carlos (626 km), Campinas (348 km), Águas de Lindóia (454 km) e a Capital (160 km).

Em São Carlos, interior de São Paulo, a TAM possui um Centro Tecnológico de Manutenção para aviões de grande porte, onde também está localizado o Museu Asas De Um Sonho. Foi uma grande satisfação realizar esta matéria. O simpático Jõao Francisco Amaro – presidente do museu e irmão do Rolim Adolfo Amaro, falecido em 2001 – concedeu entrevista à revista. Sempre atencioso, fez questão de apresentar a oficina de restauração dos aviões do museu. Um lugar fantástico que, na nossa opinião, é o coração do projeto da EDUCTAM.

“Voltamos novamente no tempo” com a matéria sobre carros antigos. Foi uma experiência gratificante conhecer as instalações da família Siciliano. Através do Museu do Automóvel de São Paulo e da RS Automóveis Antigos, desenvolvemos a matéria que apresenta belíssimas imagens de raridades. E para finalizar, vale conferir a matéria realizada com o time Jequitibá Rugby de Campinas. Jogadores que buscam a popularização de um esporte que possui inúmeras qualidades. Boa leitura!

direção executiva

Alexandrina Vilar

Jeifferson R. Moraes

diagramação

Ana Lúcia Vilar

colaboradores

Roberto Aló Filho

Scritta Serviço de Imprensa

(Débora Mendonça)

revisão

Silvia Repetto

impressão

Sonopress

Todas as publicidades, textos assina-dos, informes e fotos fornecidas são

de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando

a opinião da Revista

Proibida a reprodução total ou parcialde texto e imagem sem a prévia

autorização da Almav

para anunciar

(13) 2138.3398 ou (13) 3019.8266

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na internet

www.acapulcomagazine.com.br

A Revista Acapulco Magazine é uma

publicação da Almav Comunicação

Ltda ME, Caixa Postal: 73.915

Santos - SP - CEP: 11025-972

sobre o jardim acapulcoLoteamento aprovado em 1974.

O lançamento oficial ocorreu em 1976. Hoje com 4 milhões de metros quadra-dos e 2 mil residências. Localizado na

região da Praia de Pernambuco em Guarujá - SP

circulação e distribuiçãoUma publicação exclusiva dirigida

gratuitamente ao público do Jardim Acapulco, distribuída de porta em porta. A revista também é entregue em outros

condomínios da região, como: Park Lane, Jardim Pernambuco, Golf Clube, Península, Tortugas, Albamar, Marinas, Tijucopava, Taguaíba, Granville e outros.

assinaturas

(13) 2138.3398 ou (13) 3019.8266

[email protected]

SUMÁRIO

ANO 03 • NÚMERO 10 • 2008

Foto da Capa: Jeifferson Moraes

AO LEITOR

museu asas de um sonho36JOGO DE RUGBY46

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Na categoria amador a vitória foi de Denis Ernesto do Carmo. Ele fotografou o cenário inspirador no Canto do Maluf, na Praia de Pitangueiras

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cidaderegião

Duas fotos que têm Guarujá como cená-rio foram as vencedoras do 3º Prêmio Bai-xada Santista Através das Lentes, promovido pelo jornal A Tribuna e Grupo Rodrimar. Fo-ram enviadas 900 imagens para o concurso. Os primeiros colocados receberam R$ 2 mil em créditos para produtos fotográficos.

Na categoria profissional, o primeiro lugar foi para o funcionário público da Prefeitura de

Guarujá, Marcelo Ricardo Lourenço Gonçal-ves. Já na categoria amador, a vitória foi de De-nis Ernesto do Carmo. A premiação ocorreu na noite do dia 25 de abril, em Santos, com a pre-sença de dezenas de convidados.

Gonçalves conquistou o prêmio com a foto “Pequeno Contraste”. Suas lentes cap-taram o momento em que duas crianças da favela da Prainha, em Vicente de Carvalho,

CONCURSOfotográfic0

Assessoria da Prefeitura de Guarujá

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Na categoria profissional, o primeiro lugar foi para o fotógrafo Marcelo Ricardo Gonçalves. Luxo e pobreza convivendo lado a lado

acapulcomagazine 9

brincavam, enquanto um transatlântico cru-zava o cais do Porto de Santos. Luxo e po-breza convivendo lado a lado.

“Esse contraste é uma característica do Brasil, mas que pouco se vê em outras áreas de porto no mundo, que são locais privilegia-dos. Não imaginava que fosse ganhar o con-curso. Foi uma surpresa”, contou o funcioná-rio público, que, já aos sete anos, disparava seus primeiros flashes na companhia do pai, fotógrafo de uma seguradora.

Ele diz que prefere fotografar cenas de caráter social. “Quero fazer as pessoas re-fletirem sobre esses problemas, mas as fo-tos esportivas também são minhas favori-tas”, afirmou.

A noite no Canto do Maluf, na Praia de Pi-tangueiras, foi o cenário que inspirou Denis

Ernesto do Carmo. O local é utilizado para a prática do surfe noturno, após iluminação es-pecial instalada pela Prefeitura de Guarujá.

Com o título “A Noite da Praia”, a foto de Carmo conquistou o júri do concurso, composto pelas áreas de marketing e pu-blicidade de A Tribuna, um fotógrafo pro-fissional e um representante da empresa patrocinadora. Na análise das fotos, fo-ram levados em conta qualidade, técnica e criatividade.

Uma exposição, com as melhores ima-gens do concurso, acontecece entre os dias 5 de maio e 18 de julho, na Construto-ra Phoenix, no Centro de Santos. O ende-reço é Rua XV de Novembro, 141. A mostra poderá ser visitada de segunda a sexta-fei-ra, das 9 às 18 horas. A entrada é franca.

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cidaderegião

A reitora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Vilela, e o prefeito de Guarujá as-sinaram protocolo de intenções, no dia 24 de abril, na sede da USP, na capital paulista, para implantação de uma base de apoio e pesquisa do Instituto Oceanográfico (IO), no Município. Na oportunidade, a reitora apresentou crono-grama de serviços, garantindo que a obra es-tará pronta em setembro de 2009.

O prefeito de Guarujá explicou que a inten-ção de instalar uma base do Instituto Ocea-nográfico no Município já existia desde 2005, quando foi criada a Secretaria de Meio Am-biente. Ele acredita que esse núcleo beneficia-rá estudantes e, especialmente, a comunidade de pescadores da Região. “Além disso, o Insti-tuto dará apoio aos municípios e à sociedade, subsidiando políticas públicas, no que tange à pesquisa dos impactos das atividades portuá-

rias e industriais no Estuário”.A base do Instituto Oceanográfico de Gua-

rujá será instalada ao lado do Ferry Boat, en-tre o Iate Clube de Santos e a travessia de ve-ículos. A área do terreno, cedida pela Marinha Brasileira há mais de 30 anos, tem quatro mil metros quadrados. Já a área a ser construída é de aproximadamente 4,5 mil metros quadra-dos. Para a diretora do Instituto Oceanográfico de São Paulo, Ana Maria Setúbal Pires Vanin, a base de Guarujá será um “braço” importante do IO na Baixada Santista.

A obra avançará sobre o mar e terá 90% da estrutura instalada em uma laje de 800 metros quadrados sobre a água. O Instituto deve abri-gar um museu, um centro de convenções, re-feitórios, oficinas, sala de aulas, laboratórios, depósito, biblioteca, apartamentos e restau-rante, entre outras dependências.

OCEONOGRÁFICOiNStitUto

Assessoria da Prefeitura de Guarujá

Foto: divulgação

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acapulcomagazine 11

Até junho, a Prefeitura de Guarujá publicará o edital de licitação para as obras do Aeropor-to Civil Metropolitano. O avanço deste tão so-nhado empreendimento traz boas expectativas para o turismo da Cidade.

O secretário de Turismo de Guarujá desta-ca que este importante projeto está caminhan-do para se tornar realidade. “A abertura do pro-cesso de licitação é mais uma etapa que será superada, para que tenhamos a possibilidade de dar início às operações de nosso aeroporto em 2009. A expectativa, que sempre foi muito grande, está dando lugar ao sentimento de de-ver cumprido. A meta deste governo era fazer o aeroporto sair do papel e isto está acontecen-do”, afirmou o secretário.

A licitação será aberta já para as três fases do projeto, mas as ordens de serviço serão emi-tidas conforme o avanço da obra.

O custo total das obras será de, aproxima-damente, R$ 22 milhões. O Ministério do Turis-mo já liberou recursos de R$ 4 milhões, para im-plantação da primeira fase do Aeroporto.

O projeto do aeródromo já recebeu parecer favorável dos técnicos do Instituto Tecnológi-co de Aeronáutica (ITA), licença ambiental pré-via pelo Departamento de Avaliação de Impac-to Ambiental (DAIA), ligado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado, e o aval da Aeronáutica e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A Infraero demonstrou interesse em assumir a ad-ministração do futuro Aeroporto.

Fases do projeto: Construção da pista de ta-xiamento, pátio de aeronaves e nova portaria, além da separação física entre as áreas civil e militar; Ampliação da pista e construção do ter-minal de passageiros; Construção do terminal hidroviário de passageiros;

cidaderegião

AEROPORTOgUArUJá

Assessoria da Prefeitura de Guarujá

Foto: divulgação | PMG

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hitech

12 acapulcomagazine

o Power Plate é um aparelho revolucio-nário com o qual é possível, através de uso regular, perder até 500 calorias em apenas 30 minutos de utilização.

É uma verdadeira inovação em treino e condicionamento físico, pois trabalha a

musculatura através de uma plataforma que aplica de 25 a 50 vibrações por segundo. Es-tas vibrações alteram a força da gravidade fazendo com que o corpo fique mais pesa-do e cause resistência, resultando em exer-cícios mais eficazes.

A força que a pessoa faz para manter-se em posição no aparelho mais a vibração promovi-da, faz com que a musculatura seja exercitada sem provocar impacto às articulações.

Segundo a fisioterapeuta Ca-mila Monteiro Mota, 30

minutos de utiliza-ção do Power Plate equivalem à 1h30 de musculação em uma academia. Com ele é possível fortalecer bra-ços, pernas, abdômen e fazer alongamentos,

aumentando a força e a flexibilidade do corpo.

Além de definir a mus-culatura, o equipamento faz dre-

nagem linfática, massagens para combater a gordura localizada e a celulite. O aparelho pode ser utilizado por adolescentes até ido-sos, sedentários até atletas onde, em cada caso, terá uma função específica. Para os sedentários o trabalho será de fortaleci-mento e condicionamento físico; para atle-tas haverá uma potencialização da mus-culatura que resultará em mais força para realizar seu esporte.

O Power Plate pode ser usado intercalado com outra atividade física, por exemplo, com treino de corrida ou com pilates.

Camila Mota salienta que há todo um acompanhamento para que o usuário man-tenha a postura e faça os exercícios de for-ma correta.

É mais uma vantagem do power plate: quem não tem tempo para ir a uma academia, exercita toda a musculatura de uma forma mais eficaz e segura em apenas 30 minutos. Os be-nefícios adquiridos com o uso do Power Pla-te já podem ser sentidos após a realização de três sessões e comprovados em três meses, através de um programa elaborado para que a pessoa cumpra a meta de realizar essa sessão pelo menos duas vezes por semana.

O preço varia de acordo com o pacote es-colhido. Comparecendo duas vezes por sema-na o valor é de R$ 480 e três vezes, R$ 600.

As contra-indicações para a realização das sessões são: gravidez, diabete em grau avan-çado, pessoas que passaram por cirurgia re-cente, com alguns problemas cardiovascu-lares, colocação de próteses de quadril ou joelho recentes, epilepsia, enxaqueca aguda, problemas de coluna e tumores.

Em alguns casos um médico pode liberar a utilização do aparelho através de atestado. O Power Plate foi criado em 1999 pelo holan-dês Guus van der Meer, com base em protó-tipos desenvolvidos na antiga União Soviética para treinamento de astronautas e atletas olím-picos. Começou a ser comercializado já em 2000 para uso residencial. Em 2001, chegou a 100 unidades vendidas.

A divulgação dos benefícios trazidos pelo aparelho, em conjunto com o uso por clíni-cas de fisioterapia, clubes de futebol e ar-tistas como Madonna, Julia Roberts, Sting e a top model alemã Claudia Schiffer, fizeram com que em 2007 as vendas chegassem a 13 mil aparelhos.

Foto: divulgação

500 CALORIASem 30 miNUtoS

texto Roberto Aló Filho

Mais informações, entrar em contato com a fisioterapeuta Camila Mota )(13) 3289-6180 ou (13) 9712-2433.: http://br.powerplate.com/pt/

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internetnews

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Desde o dia 1 de maio deste ano, é pos-sível realizar o registro de domínios de sites na internet com a terminação .com.Br, uti-lizando apenas o cPf, para pessoas físicas. Antes, esse tipo de registro era aceito ape-nas para pessoas jurídicas que tinham que fornecer o cNPJ.

Com a mudança, existe uma expectativa do aumento desse tipo de registro por par-te de profissionais liberais que trabalham no Brasil e necessariamente não precisam ser uma empresa para exercer suas profissões.

A restrição ao CPF, que hoje não existe mais, levou muitos profissionais a recorrerem por registros internacionais, onde a proibição nunca existiu. Foi o caso do corretor de imó-veis José Carlos Santana, que trabalha em Guarujá. “há quatro anos fiz o registro do meu site nos EUA com a terminação .COM porque não tinha um CNPJ”.

Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br, essa mudança é resultado do grande número de solicitações de usu-ários feitas ao registro.br e também do re-conhecimento da informalidade na econo-mia brasileira.

Em nota, através da assessoria de im-prensa do Comitê, o diretor de Serviços e Tecnologia, Frederico Neves, explica que “o CGI.br fez a alteração pensando nas pesso-as físicas sem a opção de um registro com a finalidade comercial e na crescente impor-tância da Internet na economia”.

As pessoas físicas responsáveis por do-mínios .COM.BR estarão sujeitas aos mes-mos procedimentos das entidades jurídicas. Inicialmente esse será o único da categoria genérica, que permitirá registro tanto com CNPJ ou CPF.

Números da Internet - hoje existem mais de 1,3 milhão de registros de sites no Bra-sil. Esses registros estão divididos em cinco categorias: Pessoas Físicas, Pessoas Jurídi-

cas, Profissionais Liberais, Universidades e Genéricos.

Segundo estatísticas divulgadas na Inter-net, pelo site registro.br, além da terminação .COM.BR, que é a mais requisitada – com 1,2 milhão de registros e representa 90% dos sites, existem outros 70 tipos de opções de terminações, cada qual com suas restrições e exigências.

A terminação .ZLG.BR (para zoólogos) é a que menos possui registros na Inter-net. No mundo, existem apenas quatro do-mínios, sendo que somente dois estão ati-vos, kriterion.zlg.br e vidaselvagem.zlg.br. O site formicidae.zlg.br não pode ser registra-do porque está em processo de liberação e o quarto é desconhecido e não aparece na pesquisa do Google.

como registrar um domínio?

Primeiro você deverá escolher uma em-presa para realizar a hospedagem do site. Depois é necessário criar um cadastro no site registro.br, que irá fornecer um ID (login) e senha de acesso.

Clique no item registro e escolha a me-lhor opção que lhe atende, entre institu-cional, pessoa física e profissional libe-ral, sendo esta última para terminações .COM.BR com cadastro através de CPF.

O período de pagamento do domínio pode ser de um até dez anos, com valores entre R$ 30 e R$ 273.

O ID técnico é fornecido pela empresa de hospedagem, como também os endereços DNS a serem cadastrados.

Feito o preenchimento do formulário, cli-que no botão entrar e um ticket (número de processo) será criado para que você pos-sa acompanhar o serviço, que é verificado a cada 15 minutos e a publicação DNS (quan-do o site aparece na Internet) pode levar até 24 horas para ocorrer.

.com.Br PArAPESSOAS FÍSICAS

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16 acapulcomagazine Foto: William Perry | Dreamstime

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acapulcomagazine 17

UM DOS TRêS PRINCIPAIS DESTINOS MEXICANOS, CAPITAL dO EstAdO dE JAliscO, REÚNE BElA ARquitEtuRA cOlONiAltexto Débora Mendonça

ALÉm DA teQUiLAGUADALAJARA

viagemdestino

inesquecível sede da copa de 70, onde o fu-tebol brasileiro se sagrou tricampeão mundial, a mexicana guadalajara, capital do estado de Jalisco, é muito mais que um importante desti-no de negócios. Com perfil industrial e presen-ça de muitas empresas internacionais, a cida-de localizada a 540 quilômetros da capital do país tornou-se um efervescente ponto comer-cial e cultural, reunindo um pouco de tudo que o México tem de melhor.

Desde a Copa que consagrou Pelé, os bra-sileiros nunca se esqueceram de Guadalajara, porém elegeram como destino de férias a ca-pital, Cidade do México, e as praias de Can-cun. O povo da região, no entanto, não esque-ce as conquistas do esporte brasileiro e, em um monumento, ainda exalta o feito da sele-ção por lá.

A cidade está disposta a recuperar um pos-to de destaque no turismo internacional, tendo como bandeira um apelo fraternal. “Queremos oferecer carinho e amizade” afirma o diretor-geral de Promoção e Desenvolvimento Regio-nal da Secretaria de Turismo do Estado de Ja-lisco, Francisco Salas Montiel.

Segunda maior cidade do México em po-pulação, Guadalajara tem 3,9 milhões de ha-bitantes e é berço de alguns emblemas do país, como a tequila, os mariachis e a char-rería – semelhante ao nosso rodeio, porém com cavalos –, tido como principal esporte nacional. Também conhecida como Cidade das Rosas, ostenta belos portões, praças e jardins que adornam a arquitetura colonial, ainda presente por todos os cantos em con-vivência harmoniosa com sua modernidade.

Localizada a 1.566 metros de altitude, Guadalajara fica no centro do estado, entre vales, vulcões e o mar do Pacífico. Uma das bebidas mais famosas do mundo, a tequila, é proveniente do município de mesmo nome localizado na região metropolitana.

A planta que dá origem à bebida é o Aga-ve Azul, um tipo de babosa que pode ser ob-servada no local, assim como o processo de destilação da bebida. A cidade oferece se-gurança ao turista com policiamento ade-quado, boa sinalização, iluminação pública e cuidado especial com a limpeza urbana: um convite para conhecer sua história, seu povo e seu tempero.

Guadalajara é uma das cidades mexi-canas com maior número de edificações e obras de arte do período colonial em toda a América Latina. Entre os principais marcos estão os murais do Palácio Municipal, que descrevem a fundação da cidade, enquan-to a Catedral Metropolitana exibe diferentes estilos arquitetônicos, duas imponentes tor-res e pinturas coloniais em seu interior. Sua construção foi iniciada em 1542, mas con-cluída somente no século 18.

Aos finais de semana, um programa para toda família é assistir às celebrações da ca-tedral e permanecer depois nas barracas montadas em volta da igreja, que oferecem petiscos como o chicharrón (toucinho) e a pitaya, um tipo de cacto vermelho. Outras vi-sitas obrigatórias são o Teatro Degolado, de arquitetura neoclássica, datado de 1866; o Palácio do Governo, de estilo barroco; e o Instituto Cultural Cabañas, que já foi orfanato,

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18 acapulcomagazine

hospício e quartel general. Sua construção foi terminada no final do século XVIII e abriga um mural do conceituado artista plástico Cle-mente Orozco (1883-1949), considerado pai do movimento Muralista, surgido em 1922.

Um dos edifícios de grande valor histó-rico abriga a Biblioteca Iberoamericana. Em seu interior estão murais de José Alfaro Si-queiros, entre outros artistas, em um ambien-te tão solene por dentro quanto por fora.

Quatro praças marcam em quadrante o centro da cidade, tendo no meio a Cate-dral Metropolitana: Plaza Guadalajara; La Rotonda de los hombres Ilustres, que tem este nome devido ao monumento circular em homenagem a artistas e políticos do País; a Plaza de Armas e a Plaza de la Li-beración, que à noite faz exibição gratui-ta de filmes em um grande telão. Próxima dali está a Plaza Tapatía, com suas escultu-ras de pedra, bronze, ferro e água: a Fonte y Plaza de Los Fundadores, o Escudo de Armas da Cidade, a Fonte da Imolação à divindade asteca Quetzalcóatl e El Rincón del Diablo.

Guadalajara é o lugar certo para quem ama futebol. Assim como no Brasil, o esporte é as-sunto em conversas de bar e endereço certo de torcedores do Chivas e do Atlas, que têm como sede o estádio de Jalisco. Foi esse o estádio que assistiu à vitória brasileira na Copa de 70 e também recebeu a seleção em 1986. há na cidade um monumento em homenagem à conquista da seleção, orgulho dos visitantes brasileiros. A praça que exibe a placa dourada ganhou o nome de Brasil.

Se falar de futebol não é o seu forte, ain-da assim pode haver bastante assunto para conversar com os moradores locais. Eles sa-bem tudo sobre as novelas brasileiras, exibi-

das com sucesso por lá, e também são fãs de Música Popular Brasileira!

Assim como o champanhe francês, só pode ser chamado de tequila o destilado pro-duzido nesta região de Jalisco, declarada Patri-mônio da humanidade pela Unesco em 2006. A destilaria mais tradicional – tanto no México como no Brasil – é a José Cuervo, fundada em 1795. Mas há outras famosas, como a Tequi-la Sauza (1873) e a Tequila herradura (1870), além das artesanais, como a Taberna do Ma-estro Tequilero.

O verme no fundo do copo, muito visto no cinema e sempre associado à tequila, na verdade é colocado em algumas garrafas de mezcal, bebida obtida por uma combinação de algaves – diferente da tequila, produzida apenas do Algave Azul.

A charrería, esporte mais tradicional do Mé-xico, tem eventos realizados todos os meses – boa parte deles em Jalisco – e conta com uma federação que defende a manutenção dos costumes e da prática esportiva. No site www.decharros.com é possível conhecer o ca-lendário de eventos do ano.

O fuso horário do México é de duas horas a menos em relação ao horário oficial de Brasília, se considerado o horário de verão brasileiro. A moeda local é o peso mexicano. Onze pesos mexicanos equivalem a um dólar americano.A Copa Airlines opera desde julho de 2007, cinco vôos semanais para Guadalajara, com conexão imediata na Cidade do Panamá. Saídas do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, SP, às segundas, quartas, quintas, sextas e domingos, com embarque às 12h45 e chegada às 22h54. Volta as segundas, terças, quin-tas, sextas e sábados, com embarque às 6h37 e desembarque às 20h30. Todos os horários são locais.

Tarifa de US$ 894 para permanência mínima de 3 dias e máxima de 30 dias. Tempo de viagem: 12 horas. Informações: )(11)3549-2672 ou 0800-771-2672.: www.copaair.com

Guadalajara é uma das cidades mexicanas com maior número de edificações e obras de arte do período colonial em toda a América La-tina; Calandria é um meio de transporte turístico comum que remete o requinte da região; Natureza exuberante no Bosque La primavera

viagemdestino

Fotos: divulgação

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Foto: Billy | Dreamstime20 acapulcomagazine

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acapulcomagazine 21

A entrada da cordilheira. É o que significa o nome da cidade de Pucón, no chile, em mapu-dungun, idioma dos índios mapuche, que há sé-culos habitam o local. A região é, de fato, a entra-da para a Patagônia chilena e o início da região dos lagos, no meio dos Andes.

Pucón fica em Auracanía, na 9ª região chi-lena, aos pés do Vulcão Villarrica, o mais ativo da América do Sul. Celebrado pelos mapuches como quase um deus, o imponente vulcão co-berto de neve foi testemunha da maior resis-tência à dominação espanhola na América La-tina. Foram séculos de sangrentas batalhas que se arrastaram até pouco mais de 100 anos atrás, quando os colonizadores se fixaram de vez às margens do lago homônimo ao vulcão. Quando o assunto vem à tona, é fácil ouvir de algum nativo que os espanhóis nunca domina-ram de fato a região.

Construída toda às margens do lago, a ci-dade é pequena e aconchegante. As casas exi-bem arquitetura de estilo europeu, geralmente com fachadas de madeira, em uma paisagem tranqüila e bucólica. A população, cerca de 20 mil pessoas, em sua maioria mestiços de ín-dios com espanhóis, chega a triplicar durante a temporada de esqui. Pucón é uma estância de inverno mesmo quando não é inverno, e um destino menos comum do que Valle Nevado, Chillán ou a região dos vinhos chilenos, como o Valle de Colchagua.

Ali, a cultura mapuche é forte e pode ser percebida principalmente pelo artesanato típi-co, encontrado por toda a cidade. Difícil en-contrar quem não se encanta com as flores de madeira nas muitas barracas espalhadas

por todos os lados. Só chegando bem perto é possível perceber que não são flores de verda-de. A madeira utilizada é um tipo de bambu en-contrado na região e as técnicas de confecção dessas peças são passadas de pai para filho.

Para quem quer ainda mais aventura e de-safio, a dica é subir ao topo do vulcão. O pas-seio, com ou sem guias, parte do topo da es-tação pela manhã em direção à cratera do Villarrica, em quatro horas de muita caminha-da e escalada no gelo. Para alcançar o cume, é essencial estar em boa forma física – três em cada dez pessoas desistem no meio do cami-nho e voltam. A recompensa é a incrível expe-riência de poder observar gelo e fogo juntos, em um espetáculo natural visível apenas em al-guns poucos lugares do planeta.

Não é sempre que dá para ver a lava, mas só as galerias de gelo, formando grandes tú-neis, já compensam o passeio. Ao redor dos 300 metros de diâmetro da cratera principal é possível também avistar outros dois vulcões – Osorno e Pontiagudo –, muitas montanhas e vales e grande parte do lago Villarrica, além das cidades de Pucón e Villarrica. Para descer, novamente esquis ou snowboard.

Não faltam também praias vulcânicas e as famosas piscinas termais, em que a água quen-te vinda dos vulcões se mistura a outras frias e cria verdadeiros ofurôs naturais. Um exemplo é a queda d’água Salto de las Águas Calientes, com 76 metros de altura, na trilha para o Vulcão Cabulco, um pouco ao sul de Pucón.

Um grande campo de golfe faz parte das atrações da cidade. O curioso é que, por estar localizado na parte mais elevada de Pucón, é

viagemdestino

ENTRADA PARA

oS ANDeStexto Débora Mendonça

ESTâNCIA DE INVERNO ChILENA OFERECE MUITO LAZER, ESQUI, PASSEIOS, BANhOS TERMAIS, GASTRONOMIA E VULCÕES

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Centro de esqui de Pucón; Praias vulcânicas e piscinas termais, em que a água quente vinda dos vulcões se mistura a outras frias e cria verdadeiros ofurôs naturais; A cidade é pequena e aconchegante. As casas exibem arquitetura de estilo europeu em madeira

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também o local para onde os moradores de-vem se dirigir em caso de alerta de atividade vulcânica – algo raro. O último aconteceu em 1984, sem nenhuma conseqüência. Quem vi-sita a região não pode ir embora sem conhe-cer as cavernas basálticas ao redor do Villarri-ca. Na verdade, trata-se de uma única caverna, com muitas entradas, saídas e galerias abertas há milhões de anos pelas lavas do vulcão, o que resulta em um fenômeno chamado pelos moradores de “pedra-balão”. As paredes são ocas e, quando batem com a mão, as pedras fazem barulho. há apenas mais uma caverna desse tipo no mundo, na África.

Villarrica e Pucón têm programas, casas e passeios agradáveis o ano todo. A fazenda conhecida como Fundo huifquenco, ao lado da cidade de Villarrica, resume um pouco das atrações da região junto a um conceito bati-zado de agroturismo. Com 800 hectares, o lu-gar é ideal para descansar, caminhar, apreciar um bom assado de cordeiro – o prato típico da Araucanía – e passear de canoa, bicicleta ou cavalo, algumas vezes em companhia do sim-pático senhor que é dono do local e comanda o restaurante.

Em Pucón, dezenas de bons restaurantes, pubs e bares dividem a preferência dos turis-tas. há desde restaurantes clássicos e conven-cionais até ótimas opções de diversão noturna para os mais jovens. Com freqüência aconte-cem festivais gastronômicos e eventos musi-cais. Famosas na região, as festas de rodeio também têm espaço reservado no calendário e divertem os visitantes. Em alguns restauran-tes, as trutas são pescadas na hora, às vezes pelo próprio cliente, e se misturam ao cardápio com salmões e congrios.

A avenida Bernard O’higgins, a principal da cidade, conta com um grande número de lo-

jas de inverno, artesanato e até algumas gri-fes famosas, e é o programa preferido para os dias mais tranqüilos. Os turistas podem ainda jogar com a sorte em um movimentado cassi-no, o único da região, ou conhecer os tradicio-nais mercados de peixe de Pucón. Outra dica é passar pela praça onde foi construído um memorial em homenagem aos 22 mortos em 1964, em decorrência da última grande erup-ção do Villarrica.

turismo de primeiro mundo

Pucón fica a 870 quilômetros ao sul de San-tiago e não tem aeroporto. Os vôos para a ca-pital chilena duram quatro horas, a partir do Ae-roporto de Cumbica, em Guarulhos, pela Gol, LAN Chile ou Aerolíneas Argentinas. Em cerca de duas horas se pega outro vôo, de Santiago para Temuco, a 667 quilômetros de Santiago, com uma hora de duração. A partir de Temuco, são 110 quilômetros de estrada até Pucón, de ônibus ou carro. O percurso leva, em média, uma hora e meia.

Sobram opções de acomodações, restau-rantes, informações de programas e transpor-tes em Pucón e Villarrica. Pioneiro na região, o Gran hotel Pucón foi fundado no início dos anos 1930 e impulsionou a vocação turística ao redor do vulcão. Depois dele, o hotel del Lago, mais moderno, acomoda o cassino e um spa. E bem no meio do caminho entre as duas ci-dades fica o luxuoso Villarrica Park Lake hotel, com sua cozinha sofisticada e requintado spa. O hotel já acomodou celebridades como Gise-le Bündchen e Leonardo Di Caprio. há ainda casas para alugar e muitas pousadas.

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Fotos: divulgação

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literaturacultura

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em uma casa humilde, ainda sem acaba-mento, Deusa Santos, moradora do Areião, na enseada, guarda um tesouro de valor inesti-mável para ela. São mais de 2.000 livros, que compõe uma biblioteca comunitária utilizada, principalmente, por crianças e adolescentes da comunidade.

O espaço para abrigar os exemplares é pequeno e improvisado. Os livros estão por vários cantos da casa. Até mesmo as prate-leiras que abrigam alguns volumes foram fei-tas por ela.

A maioria das publicações foi doada – cerca de 80%. O restante, ela comprou em sebos ou tirou cópias. Os didáticos repre-sentam boa parte do acervo. Deusa revela que até já pensou em doar os mais de 5.000 livros que chegou a ter, mas o apego à litera-tura não permitiu.

“Os livros sempre fizeram parte da minha vida, mas a coisa foi ficando mais intensa por-que meus filhos [são seis] sempre tinham tra-balhos da escola para fazer e comecei a acu-mular exemplares”, revelou a dona-de-casa de 43 anos, que atualmente está desempregada e se vira como pode para garantir o sustento da família. Ela faz faxina, lava roupas para fora e chega até a catar latinha nas ruas.

Na casa de Deusa, o entra e sai de crian-ças e adolescentes é constante, principal-mente dos que estão entre a 1ª e a 8ª sé-rie. Além de emprestar os livros, ela dá uma mãozinha nos trabalhos, ensinando o que e onde pesquisar.

A jovem Daiane Vital, 12 anos, é freqüenta-dora assídua da biblioteca comunitária. ”Gosto muito de Português e aqui encontro bastante coisa. Costumo vir para cá, até cinco vezes por semana. A Deusa ajuda mais do que um pro-fessor”, revelou a estudante.

Para ela, o livro é um instrumento de trans-formação. “Um livro fechado não quer dizer nada, mas quando aberto acrescenta muita coisa em nossa vida. Depois que comecei a ler, passei a enxergar novos horizontes. Quem lê, viaja. Eu conheço o Brasil todo, através dos livros”, refletiu.

A literatura também criou expectativas em Deusa. Depois de fazer o curso técnico de Se-cretariado Executivo, graças a uma bolsa de estudos de 50% que conseguiu em uma insti-tuição de ensino da Cidade, ela pretende sentar nos bancos universitários. “Agora, meu sonho é cursar Geografia. É o que eu mais gosto”.

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BIBLIOTECA COMUNITÁRIA

Foto: Marcelo Ricardo | PMG

Pessoas que puderem ajudar e fazer doações, entrar em contato através do celular )(13)9706.0129

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“Nós vamos dar-lhes o car-ro que querem, a um preço acessível, e sem pagar tributo ao mercado negro”, palavras de Preston Thomas Tucker.

Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, iniciava-se uma mu-dança nostálgica da indústria au-tomobilística. E foi nesta década que um revolucionário projeto le-vou a criação de um carro à fren-te do seu tempo. Pela primeira vez, criava-se automóveis mais seguros. O precursor foi Preston Tucker, um grande empresário que fabricava aviões, canhões e tanques para o exército. Ele desenvolveu o lendário Tucker Torpedo que possuía cin-tos de segurança para o motorista e passa-geiros, uma novidade na época, quando as fábricas pouco se interessavam pela segu-rança das pessoas que dirigiam.

Essa é só uma parte da história que existe por trás de um carro, e talvez seja isso, que faz com que pessoas se apaixonem pela prá-tica do antigomobilismo. Esse novo tipo de neologismo, que além de restaurar carros antigos, está diretamente ligado à história e a cultura.

Tucker foi homenageado pelo renomado cineasta Francis Ford Coppolla no filme Tu-cker - A man and his dream (O homem e seu sonho, 1988), onde conta a saga deste em-presário que foi perseguido por grandes mon-tadoras norte-americanas e até mesmo pelo próprio governo americano, porque tinha um

pro-j e t o inovador que poderia abalar a indús-tria automobilística dos EUA. Infelizmente só foram fabricados 51 uni-dades do Tucker, dos quais sobrevivem atu-almente 47 exemplares.

Quando nos deparamos de frente a es-sas raridades, temos a sensação de voltar ao passado. Isso deve-se à dedicação de pes-soas como Roberto Edward Lee, engenheiro paulista que abriu o primeiro museu de car-ros antigos no Brasil, onde seu acervo conta com um modelo Tucker Torpedo, um dos dois que encontram-se fora dos Estados Unidos, o outro está exposto no Japão.

Lee começou expondo sua coleção num

A hISTÓRIA É RESGATADA ATRAVÉS DE COLECIONADORES DE CARROS ANTIGOS

DE VOLTA PARAo PASSADo

matériadacapa

texto e fotos Jeifferson Moraes

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gal-pão in-

dustrial, na Capital de São Paulo. De-

pois levou o acervo para sua fazenda em Caçapava, quando

reuniu 150 carros e montou o mu-seu. Era filho de Fernando Edward

Lee, engenheiro mecânico e cientis-ta que ficou conhecido em Guarujá como

“Robinson Crusoé”, por ter espírito aventurei-ro e invenções curiosas que mantinha na ilha onde morava.

O pai, hoje falecido, possuía concessão da Ilha dos Arvoredos, que se situa à 1,5 mil metros da Praia do Pernambuco, Guarujá, no litoral paulista. Através da influência do pai, entre amigos importantes, como um dos inventores da bomba atômica, o filho teve a oportunidade de entrar em contato com di-versas pessoas para comprar carros raros e

tornou-se o maior colecionador do País. Lee era o líder dos colecionadores brasilei-ros, cabia a ele organizar encontros nacio-nais, que foram suspensos por vários anos depois de sua morte trágica, em 1975. As-sassinado por sua companheira, a milioná-ria Elza Lionneti do Amaral.

O museu ficou aberto alguns anos, até o início da década de 1980, mas acabou fecha-do pela família. Para montar o museu, Lee contou com a ajuda de outro grande colecio-nador de carros antigos, Romeu Siciliano.

Romeu começou a se apaixonar por car-ros antigos ainda na infância, mas foi quando trabalhava com o tio que teve o seu primei-ro sonho, comprar um Chevrolet 1929. Não demorou muito, pediu um adiantamento de três ordenados e comprou o carro. Sua in-crível habilidade em restaurar carros antigos fez com que tomasse uma importante deci-são: montar seu próprio negócio. Onde exis-te até hoje no Ipiranga em São Paulo, a RS Automóveis Antigos. Mas o antigomobilismo

Impala Chevrolet, 1955, Modelo Bel AirFoi exposto emÁguas de Lindóiaem abril deste ano.Acervo particular

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matériadacapa

Le Zebre, 1909, de fabricação fran-cesa, motor a gasolina. Foi encon-trado totalmente desmontado em um porão de uma propriedade que pertencia a família Samarone, do-nos de uma importante cerâmica no Ipiranga. Veio ao Brasil a pedido da família de Santos Dumont.Museu do Automóvel de São Paulo

Nas fotos, da esquerda para a direita, detalhe da buzina manual em formato de cobra, cujo o olho é verdadeiro e embalsamado. Todos os acessórios são feitos em latão. O porta-luvas fica sobre o estribo na parte externa do veículo e as rodas de madeira. O motor na parte frontal possui 3 marchas para frente e uma ré

Fotos: Jeifferson Moraes28 acapulcomagazine

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matériadacapa

Cord, 1937, sedan 810, lançado no New York Motor Show de 1935, foi símbolo de status da época na

história do automóvel, devido a sua beleza, personalidade e estilo. Seus

faróis eram retráteis, idéia copia-da do farol de aterrissagem de um avião Stinson. Apelidado de “nariz de caixão” devido ao seu formato.

Museu do Automóvel de São Paulo

Nas fotos, da esquerda para a direita, câmbio semi-automático a vácuo, a seleção da marcha é efetuada com o dedo, por meio da pequena alavanca ao lado do volante, aro de buzina no volante. Luzes de freio embutidas na carroceria, desenho do pára-choque acompanha design. Rodas da Firestone com faixa branca

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matériadacapa

Hupmobile, 1926, de fabricação americana, 4 marchas, motor 6 cilindros,

foi totalmente restaurado após ficar 10 anos guardado em um galpão. Pertenceu a família Figueiredo. Participou da novela

“Chocolate com Pimenta” (Tv Globo)

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matériadacapa

À esquerda, o Museu no Ipiranga com exposição de mais de 40 carros antigos, e acima o espaço do Museu localizado na avenida dos Bandeirantes, com cerca de 20 raridades, onde encontra-se o Le Zebre 1909 e o Cord 1937. É pago um único ingresso para visitar os dois espaços

Oldsmobile Taxi-Yellow Cab, 1955, motor V8 rocket, câmbio automático, direção

hidráulica e vidros elétricos. O veículo fi-cou eternizado nas ruas de NY, retratado em vários filmes. O modelo foi utilizado

em diversas campanhas publicitárias

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Acima à esquerda, Panhard et Levasseur, 1910, fabricação francesa, motor 4 cilindros à gasolina equipado com magneto, câm-bio 4 marchas, o veículo encontra-se totalmente original sem nenhuma restauração. À direita, Marquete, 1929, fabricação ameri-cana, motor 4 cilindros, câmbio 4 marchas, esta marca era uma divisão da Buick (GM). Os veículos encontram-se no Ipiranga

ficou triste com o falecimento de Romeu no dia 8 de abril, deste ano. Os filhos sempre compartilharam da paixão do pai, que atual-mente são responsáveis pela continuidade de seu legado. Romeu realizou um sonho, quando inaugurou em 1999 o Museu do Au-tomóvel de São Paulo.

A filha Emília Siciliano explica que o mu-seu depende muito de doações e da ajuda de patrocinadores para sobreviver. “Meu pai quase fechou o museu por diversas ve-zes, e nós (os filhos) nunca deixamos que isso acontecesse”. Por algum tempo o mu-seu teve ajuda financeira da General Mo-tors do Brasil, mas a parceria foi desfeita quando a montadora passou a expor seu acervo no museu da Ulbra, em Canoas no Rio Grande do Sul.

O único museu de carros antigos da ci-dade de São Paulo ainda pode fechar suas portas. Emília revela que já estuda propos-ta de três cidades do interior – São Roque, Jundiaí e Campos de Jordão – para montar novos museus e transferir parte do acervo que existe na avenida dos Bandeirantes e no Ipiranga.

A importância dos museus é primordial para que as pessoas possam visitar e conhe-cer a história dos automóveis. O museu é a preservação das culturas que contam o pas-sado de todo o processo histórico de algu-

mas nações. Existem muitos colecionadores que mantém seus carros trancados em ga-ragens particulares, longe de olhos curio-sos. Mesmo que o número de eventos e exibições estejam crescendo, a exposi-ção permanente de carros antigos, em museus, deve ser estimulada.

Se existisse um incentivo à cultura nacional, mais realista, o carro de Tu-cker poderia estar disponível para vi-sitação em algum lugar do País. Sua história se entrelaça com a nossa, quando o próprio Preston veio ao Rio de Janeiro tentar realizar seu último sonho, a construção do carro esportivo Carioca. Ele fa-leceu no Rio em 1956, antes da conclusão do projeto.

Hoje o motor do Tucker Tor-pedo, carro que foi vendido ao Roberto Lee, está expos-to para visitações ao público em geral, no Museu Eduar-do André Matarazzo, em Be-bedouro, São Paulo.

O Museu do Automóvel de São Paulo, do lado de fora, não retrata em suas ins-talações a preciosidade de seu acervo, mas deixa bem claro a luta e a paixão de seu fundador.

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É curioso observar os detalhes dos veículos e fazer comparações entre as diferenças em cada década, por exemplo, a logomarca da Fiat, ao longo de um século, passou por diversas mudanças que marcaram seus modelos. Acima, as fotos de carros do acervo do Museu do Automóvel de São Paulo – na Bandeirantes e no Ipiranga – entre os anos de 1904, 1921 e 1931 comparados até o atual

comPAre AS mUDANçAS DA LogomArcA

1904 1921 1931

1968

1999 2006

viSite o mUSeU Do AUtomóveLO acervo do museu conta com

mais de 60 raridades. Alguns veículos participaram de nove-las, filmes, propagandas e even-tos, como o Benz 1911 na nove-la “Anarquistas Graças a Deus” e pertenceu ao Cardeal Arco Ver-de (outro existente pertenceu à Rui Barbosa), um Ford 1937 que participou do Filme “As Aventu-ras do Castelo Rá-Tim-Bum”, um Le Zebre 1909 que perten-

ceu à família de Alberto San-tos Dumont.

O museu oferece dois

espaços, com exposições permanentes, Um com cerca de 20 raridades e o outro com mais de 40 carros antigos.

Endereço: avenida dos Bandeirantes, 5051. Contato pelo telefone (11) 5533-0877, : www.museudoautomovelsp.com.br* [email protected]

O horário de funcionamento é de se-gunda a sexta das 9h às 17h (com horá-rio marcado). O preço da entrada é de R$ 10, crianças de 6 a 12 anos pagam R$ 5 e menores de cinco anos a entra-da é franca.

No Ipiranga: avenida Almirante Delamare, 33/39, telefone (11) 6168-1900 ou 6168.8084.

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cArroS ANtigoS em ágUAS De LiNDóiAEntre os dias 18 a 21 de abril, aconteceu

o 13o Encontro Paulista de Autos Antigos, em Águas de Lindóia, interior de São Pau-lo. O evento é uma espécie de salão de au-tomóveis antigos a céu aberto. A exposição atraiu milhares de pessoas à praça Adhe-mar de Barros, no centro da cidade.

Veja abaixo alguns destaques:1. Carro de bombeiros, Seagreve, 19202. Oakland, sedan 2 portas, 19253. Packardj, sedan 4 portas, 1937 4. Impala Chevrolet, conversível, 1960 5. Feetline Aerosedan Chevrolet, 19466. Pickup Ramona Chevrolet, 1929

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ASAS DAHiStóriA

especialcultura

O MUSEU ASAS DE UM SONhO CONTA COM UM DOS MAIORES ACERVOS DE AVIÕES RAROS DO PAÍS E DO MUNDO

texto e fotos Jeifferson Moraes

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graças a um brasileiro e sua determinação, a humanidade ganhou asas. Desde então a his-tória da aviação mundial mostrou uma incrível evolução, e hoje milhares de pessoas viajam de forma segura pelo mundo inteiro.

Alberto Santos Dumont, um mineiro que conquistou o mundo quando decolou com o avião 14 Bis, em 23 de outubro de 1906, em Paris. Voou a distância de 60 metros, entre 2 e 3 metros de altura, que durou 8 segun-dos. Parece pouco, mas foi o primeiro avião a voar no mundo. Um vôo com auto-propul-são, não catapultado, ao contrário do que foi feito pelos irmãos Wright.

O feito grandioso de Dumont contribuiu com um salto decisivo, para o início da histó-ria aeronáutica. No campo de Bagatelle, Pa-ris, Santos Dumont fez história, que infelizmen-

te foi pouco retratada na memória do brasileiro. Somente após meio século, o País teve seu primeiro museu oficial, inaugurado em 31 de julho de 1973, com a criação do Musal (Museu Aeroespacial), no Rio de Janeiro, que é man-tido pela FAB (Força Aérea Brasileira). Só nos EUA, terra dos irmãos Wright, existem hoje cer-ca de 700 museus.

Em 11 novembro de 2006, a histó-ria da aviação nacional ganha um forte alia-do para reverter esta situação. É inaugurado o Museu “Asas De Um Sonho”, em São Car-los, interior de São Paulo. Primeiro museu de aviões privado do mundo, mantido por uma empresa aérea. Os irmãos Rolim Adolfo Ama-ro e João Francisco Amaro foram os respon-sáveis por essa contribuição cultural ao País. O acervo do museu abriga raridades e pode

Foto, Gloster Meteor F-8, 1952, da Inglaterra, com motor Rolls-Royce, 2 turbinas, empuxo 1.588 kg e 1 lugar. Segundo jato de combate operacional do mundo, foi o primeiro caça a rea-ção da Força Aérea Brasileira. O Glos-ter Meteor é de propriedade da Funda-ção Santos Dumont e está cedido em comodato à EDUCTAM, exposto no Museu Asas De Um Sonho

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especialcultura

ser comparado a instituições renomadas no mundo inteiro, como o Imperial War Museum in Duxford (Inglaterra) ou o americano Confe-derate Air Force Museum, dois dos principais museus aeronáuticos do mundo.

Os caças supersônicos Mikoyan MiG-21M e o MiG-17 Fresco-A, que pertenceu à Força Aérea da Polônia, desembarcaram no porto de Santos, em São Paulo, e hoje fazem parte do acervo de raridades. Existente em poucos mu-seus do mundo, trata-se de um clássico da Guerra Fria. Os MiGs não foram doações, fo-ram comprados por decisão do próprio Rolim, com a negociação só tendo sido possível gra-ças à intermediação de uma empresa especia-lizada européia, a Skyhawk, em parceria com um especialista brasileiro em aviação russa.

Outro grande destaque do museu é o Spitfire Mk IX, um avião que foi utilizado na Se-gunda Guerra Mundial. Este avião lendário é um sobrevivente das inúmeras batalhas tra-vadas com seu arqui-rival, o Messerschmitt

de Adolf hitler. Foi doado pela Rolls-Royce em 2000, através de seu diretor mundial John Rose e segundo Mateus Pitta, relações públi-cas do museu, o avião chegou voando e até hoje mantém condições de vôo.

O Spitfire foi o mais popular de todos os caças da guerra e destacou-se na batalha da Inglaterra. Seu criador, o engenheiro inglês Re-ginald Mitchell, faleceu antes de vê-lo brilhar.Foram projetados 20.351 exemplares e esse, em especial, operou sob bandeira britânica na frente africana. Chegou a ser transferido para a USAAF (United States Army Air Forces) e com o fim da Segunda Guerra Mundial foi vendido para Força Aérea Sul-Africana. Foi abandona-do e serviu de playground em um hospital de crianças deficientes na África.

Somente em 1967 o Spitfire foi comprado por um piloto entusiasta que iniciou a restauração. Após várias reconstruções, foi exposto no mu-seu da Califórnia, onde realizou diversos shows aéreos até ser comprado pela Rolls-Royce.

Foi o mais popular de todos os caças da Segunda Guerra Mundial. Desta-cou-se na batalha da Inglaterra e foi uma das mais importantes aeronaves já planejadas. O criador foi o enge-nheiro inglês Reginald Mitchell, que faleceu antes de vê-la brilhar

Fotos: Jeifferson Moraes38 acapulcomagazine

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especialcultura

Spitfire mk ix – 1943

Com capacidade para 1 piloto, a cabine possui formato bolha e um retrovisor auxi-liava quando eram perseguidos

Podiam levar 2 poderosos canhões de 20 mm, 2 metralhadoras de 12.7 mm e 4 Browning de 7.7 mm

O Spitfire, que tem condições de vôo, pos-sui motor Rolls-Royce Merlin, com 12 cilin-dros em V – 1.710 HP a 3.000 RPM

O Spitfire do acervo foi fabricado em 1943 e operou sob bandeira britânica, na frente africana. Depois da guerra, foi playground num hospital de crian-ças deficientes. Após várias restaura-ções, participou de shows aéreos e em 1993, recebeu nova pintura, repre-sentando as cores do ás inglês James Edgar “Johnnie” Johnson, a qual é mantida até hoje

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especialcultura

Propositalmente o Messerschmitt BF 109 está exposto próximo ao Spitfire. De um lado o aliado, e de outro o avião de hitler, que ain-da traz em sua fuselagem marcas de com-bates aéreos. Furos de bala provavelmente feitos pelo rival durante a guerra. É difícil des-crever a reação dos visitantes, ao se depa-rarem com dois desses ícones da aviação mundial e com enorme bagagem histórica.

O Messerschmitt foi tão importante para os alemães quanto o Spitfire para os ingle-ses. Foram construídos 35.000 exemplares, que se tornou símbolo da Luftwaffe, Força Aérea que se desenvolvia em segredo. Pro-jetado por Willy Messerschmitt, o caça tinha características importantes para a guerra, como estrutura leve, desenho simples e mo-tor poderoso. O primeiro vôo deste modelo aconteceu em maio de 1935, posto a prova pela primeira vez na Guerra Civil Espanhola.

Restam poucos Messerschmitt no mundo, e esse é o único no Brasil. Existe uma curio-

sidade sobre este avião. Um piloto, atingido, conseguiu pousar em um lago congelado na Noruega. O calor do motor, provavelmente, causou o descongelamento que fez o avião afundar e lá ficou por 40 anos. Na década de 1980 foi resgatado e entregue ao museu ale-mão. Atualmente pertence ao MTU, do grupo Daimler-Chrysler. No final de 2007. foi cedido em comodato à EDUCTAM, uma instituição sem fins lucrativos fundada pela TAM Linhas Aéreas, gestora do museu.

Desde então, o avião foi totalmente res-taurado e recebeu as cores (yellow forteen) do avião do ás alemão hans Joachim Mar-seille, que desapareceu precocemente num acidente aéreo.

O Museu Asas De Um Sonho expõe a ré-plica do 14 Bis, que já efetuou diversos vôos, e ao seu lado a réplica Demoiselle, que foi a única aeronave de Santos Dumont fabrica-da em série. Em entrevista a revista Acapul-co Magazine, o irmão de Rolim, João Fran-

O alemão Messerschmitt foi o caça mais fabricado (mais de 35.000) até hoje em todo mundo. Foi o terror dos céus europeus. O conceito básico de Willy Messers-chmitt (seu criador) foi bem simples: primeiro ele acre-ditava em desenhos limpos, simples e leves, depois jun-tava o mais poderoso motor disponível à menor e mais leve estrutura que se podia desenhar

Fotos: Jeifferson Moraes40 acapulcomagazine

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meSSerSchmitt bf 109 g2 – 1943

Detalhe dos furos de balas na fusela-gem. Provalvelmente feitos pelo arqui-rival Spitfire durante a guerra

O cockpit tinha um reforço de metal que dava maior segurança ao piloto, mas dificultava a visibilidade externa

Potente motor Daimler Benz 605 B1 com 12 cilindros em V invertido - 1.475 HP a 2.800 RPM

Tem um histórico de guerra in-teressante. Atingido, seu piloto conseguiu pousar em um lago congelado da Noruega. Com o descongelamento o avião afundou e lá ficou por mais de 40 anos. Na década de 1980 foi resgatado e entregue a um museu alemão, que o restaurou parcialmente

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especialcultura

ceSSna 195b – 1950

14 biS (réplica)

p-47 thunderbolt – 1943

De origem dos Estados Unidos, motor Ja-cobs, radial, com 7 cilindros - 300 HP. Foi o motivador da coleção de aviões que origi-nou o acervo do Museu Asas de Um Sonho, e foi o primeiro avião a ser restaurado pelos irmãos Amaro em 1994, sendo adquirido em leilão público em 1984 por João Amaro e recolocado em condições de vôo. Consi-derado um dos grandes clássicos da Avia-ção Geral do “pós-guerra”: luxo e conforto dignos de um autêntico executivo. Amplo, veloz, espaçoso foi o top de linha de mono-motores da Cessna por muito tempo (anos 50). Foram construídos entre 1947 e 1954.

Esta foi a primeira aeronave “mais pesada que o ar” em todo o mundo a realizar um vôo documentado e oficialmente reconhecido, perante testemunhas, empregando de fato os princípios do avião moder-no. O 14 Bis do acervo é uma réplica em tamanho normal do histórico aeroplano de Alberto Santos Dumont. É de propriedade do Aeroclube de São Paulo, que o cedeu em comodato. Apesar de répli-ca, o modelo já efetuou vários vôos de prova e de demonstrações, inclusive na França

De origem dos Estados Unidos, motor Pratt & Whitney, radial, 18 cilindros – 2.000 HP. Seu peso, mais de 7 toneladas, era igual ao de um bimotor de transporte, o Douglas C-47. O poder de fogo do P-47 era de 8 metralhadoras “Ponto 50” de 7,2 mil tiros por minuto ainda podendo transportar 6 foguetes e tanque suplementar. Seu esquadrão era o famoso “Senta a Pua”, símbolo e grito de guerra, tendo suas origens na Segun-da Guerra Mundial. Está pintado representando o B-5 que foi pilotado pelo 2º Tenente Fernando Ro-cha em 75 missões, falecido em abril deste ano

muSeu aSaS de

Fotos: Jeifferson Moraes | Em preto e branco: divulgação42 acapulcomagazine

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mileS m.2h hawk major – 1934

conStellation l-049 – 1946

De origem inglesa, motor Gipsy Major, 4 cilin-dros invertidos – 130 HP a 2.400 RPM. Nos anos 20, os aviões Miles eram o símbolo de perfeição e ousadia no desenho aeronáutico quando a maioria dos aviões eram biplanos. Sua linhas eram inovadoras e muito arroja-das. O Miles Hawk do acervo foi fabricado em 1934 e dobra as asas para ocupar menos es-paço nos hangares. Em 1998 (literalmente su-cata) foi encontrado numa fazenda próximo a Pelotas. Foi incorporado ao acervo do museu onde pacientemente e artesanalmente foi res-taurado durante quase cinco anos

De origem dos Estados Unidos, 4 motores Wright Ciclo-ne, radial, 18 cilindros – 2.000 HP. É considerado o mais belo avião comercial do mundo, a majestade dos ares e pioneiro dos vôos transoceânicos sem escalas. A Panair do Brasil foi o seu maior operador no Brasil e por isto o Museu decidiu homenageá-la com a sua pintura. “Connie”, como era conhecido internacionalmente ficou abandonado por mais de 34 anos, até que em 1999 foi negociado com o governo paraguaio e assim foi transportado via terrestre para o Brasil. Seu transporte para o Museu se deu numa operação que utilizou mais de 6 carretas, por mais de 30 dias, e com uma logística caríssima

um Sonho

doaçõeSO museu recebe muitas doações e também man-tém aeronaves expostas por comodato. O primeiro helicóptero do museu é um Enstron F-28A, fabri-cado em 1970, doado pela família Siciliano da RS Automóveis Antigos. Está incompleto e por isto não poderá voar tão cedo novamente

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especialcultura

O museu Asas De Um Sonho, está localizado na rodovia SP 318 - km 249,5 - na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. Os acessos a partir da Capital, são feitos pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes. Ao lado do museu existe uma pista para pousos e decolagens, de 1.850 metros e comporta qualquer tipo de aeronave. SDSC - Latitude 21o52’35’’ S | Longitude 47o54’12’’ W | Horário: De quarta a domin-go, das 10h às 16h com entrada até às 15h | Ingresso R$ 15; estudantes, professores e crianças entre 7 e 12 anos pagam meia entrada, até 6 anos a entrada é grátis | : www.asasdeumsonho.com.br | )(16) 3306.2020

cisco Amaro, presidente do museu, revela seu enorme orgulho. “Temos 84 aviões no museu e cada um tem uma história”. Piloto desde 1964, afirma que o compromisso do museu é “mantê-las (as aeronaves) na sua forma original e na medida do possível em condições de vôo”.

Seu irmão, Rolim, foi dono e fundador da empresa TAM Linhas Aéreas. Morreu num trágico acidente de helicóptero, no dia 08 de julho de 2001, em Ponta Porã. O museu man-tém um memorial em homenagem a Rolim, que junto de seu irmão iniciaram a restaura-ção de um velho monomotor CESSNA 195, também em exposição, o primeiro do acervo. O museu se utiliza da Lei Rouanet, de incen-tivo à cultura, para investir no museu sendo a TAM a maior colaboradora deste projeto, que dedicou a todos os brasileiros.

À esquerda, os irmãos João e Rolim Amaro. Acima, o ex-presi-dente Fernando Henrique Cardoso e Rolim, a TAM havia vencido a licitação para transportar o presidente nas viagens internacionais; Abaixo, João com um dos primeiros aviões executivos da década de 30, na oficina de restauração, em São Carlos

Fotos: Jeifferson Moraes | Em preto e branco: reprodução memorial

foto, parte do museu que está dentro do Complexo Tecnológico da TAM, numa fazenda de 450 hectares onde funcionava uma antiga fá-brica de tratores. O curioso é poder observar aviões antigos ao lado de um Airbus 330, por exemplo, em manutenção no hangar da TAM

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JOGO DE rUgBY

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Foto: Sue Colvil | Dreamstime

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o rugby, jogo pouco conhecido para a maioria dos brasileiros, está se tornando muito popular nas universidades de vários estados do País. Há campeonatos regionais espalhados por todo Brasil com clubes formados por jogadores universitários.

Segundo Carlos Javier Pazos, profes-sor de educação física e técnico do Jequi-tibá Rugby Clube de Campinas, esse espor-te foi criado na Inglaterra com o objetivo de disciplinar os alunos mais rebeldes. Jogar rugby exige agilidade, raciocínio rápido, res-peito ao adversário e trabalho em equipe.

Pazos, que tem nacionalidade Argentina, salientou que a imagem desse esporte está ligada à violência, por isso não foi tão difundido no Brasil, mesmo sendo trazido a nosso País pelo introdutor do futebol, o inglês Charles Miller. O futebol foi melhor assimilado pelos brasilei-ros, porque as regras são mais fáceis. O rugby exige muita técnica e conhecimento das regras.

Na Argentina, o rugby é muito praticado, porque existem clubes que trabalham as di-visões de base. Por esse motivo, eles che-garam ao terceiro lugar no último mundial realizado na França em 2007. A seleção bra-sileira de rugby masculina está na segunda divisão sul-americana, enquanto que a se-leção feminina está em situação oposta: são bicampeãs sul-americanas da modalidade.

O rugby é um jogo de contato, de impac-to, mas tudo é treinado. Os jogadores sa-bem como segurar o adversário e como levá-lo ao solo. É um esporte que exige aci-ma de tudo respeito ao oponente, educação, cuidado para com o outro. Se a pessoa não tem esses princípios, não pode jogá-lo, por-que vai pôr alguém em risco. No futebol, ma-chuca-se o adversário intencionalmente, o que não acontece no rugby. Entre os prati-cantes, existe uma expressão para diferenciar um esporte do outro. “O rugby é um jogo de cavalos jogado por cavalheiros e o futebol é um jogo de cavalheiros jogado por cavalos”.

Carlos Pazos explicou como se joga uma modalidade do rugby conhecida como

texto Roberto Aló Filho

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O objetivo do jogo é que dois times, ambos de quinze ou sete jogadores, observando o jogo leal, de acordo com as leis e espírito do espor te devem, seja carregando, passando, chutando ou apoiando a bola, marcar o maior número de pon-tos possíveis.

No Rugby Union as mãos são usadas para mo-ver a bola. Entretanto, um jogador pode passar a bola para outro, somente para trás ou para o lado, nunca para frente, ou pode chutá-la. Ao chutar so-mente quem chutou ou o jogador que vier de trás do chutador é quem pode pegar a bola. Isso impli-ca que a maioria do progresso do time atacante é feita por um ciclo de passes de bola, corridas para avançar no campo, ser derrubado e repetir esse processo. Cada um desses ciclos é chamado de fase de jogo.

Duração da partida e campo de jogo

Uma partida de rugby é dividida em dois tem-pos de 40 minutos cada. No Rugby Sevens a par-tida tem duração de 14 minutos, dividida em dois tempos de 7 minutos cada, salvo a final em que os tempos têm duração de 10 minutos cada um.

Um campo de rugby consiste em uma área má-xima de jogo de 144 x 70 metros em uma superfí-cie plana. Os campos são geralmente do tamanho dos campos de futebol. Algumas linhas são pin-tadas no campo em intervalos regulares: linha de bola morta, linha de in-goal, linha de 22 metros,

linha de 10 metros e linha de meio-campo. Essas linhas são espelhadas para o outro lado do campo. Existem também linhas à 5 metros da linha de in-goal e à 5 e 15 metros da linha lateral. Duas traves - uma de cada lado - em forma de H são colocadas em cima da linha de in-goal, no centro do campo.

No rugby, diferente do futebol, as linhas que fa-zem o limite do campo são consideradas comple-tamente fora do campo de jogo. Mas no rugby, a linha do in-goal é considerada dentro do in-goal e pode-se marcar um try (o gol do futebol) apoiando a bola sobre a mesma, ou contra a base de um dos postes. Do local onde a bola é tocada pelo jogador ao fazer o try, é traçada uma linha imaginária até a marca dos 22 metros, onde a bola será coloca-da para a tentativa de marcação de mais 2 pontos (conversão) através de um chute em direção ao H.

A superfície sempre deve ser segura para se jo-gar. Ela deve ser gramada, mas também pode ser de areia, terra, neve e grama sintética. Não pode ser uma superfície dura permanente como concre-to ou asfalto. No caso de grama artificial, a mesma deve estar de acordo com as regulamentações da IRB (International Rugby Board).

JogadoresUm time de Rugby Union é composto de 15 jo-

gadores: oito forwards (atacantes), numerados de 1 a 8; e sete backs (zagueiros), numerados de 9 a 15. Dependendo da competição cada time pode

regrAS BáSicAS

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Ilustração: Dreamstime; Texto: www.bhrugby.com.br (Belo Horizonte Rugby Clube)

Um campo de rugby consiste em uma área máxima

de jogo de 144 por 70 metros em uma

superfície plana. São geralmente

do tamanho dos campos de futebol

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possuir o número máximo de sete substitutos. Cada jogador tem uma função diferente e todos os times vão jogar sempre com a mesma formação, com apenas algumas pequenas variações. O rugby se difere de outros esportes, tais como o futebol, com seus vários tipos de formação (4-4-2, 3-5-2 etc).

mais algumas regras

1. A bola é oval (com o mesmo peso que uma bola de futebol).

2. A par tida é conduzida por um árbitro e dois bandeirinhas (auxiliares). Nos jogos profissio-nais existe mais um árbitro. Ele utiliza recursos de replay de vídeo para tirar dúvidas quanto à va-lidade de um try, quando o árbitro de campo so-licita. É também conhecido por TMO (Television Match Official).

3. A pontuação é dada da seguinte forma: try (5 pts), conversão (2 pts), penalty (3 pts) e drop-goal (3 pts).

4. Pode-se chutar a bola ou passá-la com as mãos. No caso do passe, a bola só pode ser lan-çada para trás. No caso do chute, a bola pode ser lançada para frente. Porém, no time que ataca, quem estiver à frente do chutador estará impedi-do (fora de jogo) até que seja colocado em jogo por algumas das formas mencionadas nas leis.

5. O ato de derrubar o outro jogador é cha-mado de tackle, ou teco (termo apor tuguesado). Só é permitido derrubar o atleta que estiver segu-

rando a bola. Constitui infração gravíssima der-rubar com as pernas ou passar rasteira em qual-quer jogador.

6. O jogo é paralisado quando a bola sai pela lateral, quando é cometida alguma infração ou quando é marcado algum ponto. A par tida não é interrompida se a bola ou algum jogador que es-tiver com ela forem ao solo.

7. Toda vez que houver três ou mais joga-dores em pé em contato com a bola (Maul), ou quando a mesma estiver no chão (Ruck), a bola divide o campo em duas metades, estando impe-dido (fora de jogo) o jogador que estiver à frente desta metade correspondente em seu campo de defesa. Os jogadores devem dar a volta nessa li-nha imaginária e avançar a par tir dela.

8. Algumas infrações: segurar a bola quando caído no chão; tentar derrubar um jogador en-quanto estiver no chão; derrubar um atleta que não estiver com posse da bola.

9. Após essas infrações, para reiniciar o jogo forma-se o scrum, que normalmente é formado por 3 linhas de jogadores, sendo 3 na primeira, 4 na segunda e 1 na terceira, totalizando 8 jogado-res. A bola é jogada no meio do “túnel” do scrum por um jogador do time lesado pela penalidade pela esquerda do seu time. Neste momento um time tenta empurrar o outro até a bola sair en-tre as pernas dos jogadores e continuar o jogo, como em um jogo de “cabo de guerra”.

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Foto: Jeifferson Moraes

Após uma infração, para reiniciar o jogo forma-se o scrum, que normalmente é formado por 3 linhas de jogadores, sendo 3 na primeira, 4 na segunda e 1 na terceira, totalizando 8 jogadores

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Touch, que tem regras mais fáceis e me-nos choque entre os jogadores. Seria uma espécie de introdução ao jogo semelhan-te a uma “pelada” de futebol jogada na praia.

São sete jogadores de cada lado, em cam-po reduzido (futebol society). O jogo começa com um chute na bola, que tem o formato oval, para o alto e para frente. O time adversário pega a bola e começa a progredir. O objetivo é che-gar na área de gol (no caso do futebol, seria a linha de fundo), chamada de In-goal, e marcar o gol do rugby, chamado try, que vale cinco pontos. Após a marcação desse try, um joga-dor pode chutar a bola em direção do “h”, que é a trave do rugby, marcando mais dois pontos.

A bola deve ser passada com as mãos late-ralmente e para o jogador que estiver atrás de quem está com a bola. Se for passada para al-guém que estiver à frente, é marcado impedi-mento. Nessa modalidade, o jogador não pode ser derrubado. Para parar o jogo o adversário deve tocar as duas mãos na cintura do oponente. A bola será passada para a outra equipe quando os jogadores forem tocados na cintura três ve-zes. São dois tempos de 10 minutos cada.

Acima, Carlos Javier Pazos, professor de educação física e técnico do Jequitibá Rugby Clube de Campinas; Jogadores em uma partida de rugby touch

Fotos: Jeifferson Moraes

Sites relacionados:: www.brasilrugby.com.br - Associação Brasileira de Rugby: www.rugbymagazine.com.br - Site especializado: www.rugbyparatodos.org.br - Projeto social: www.irb.com - International Rugby Board

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