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SINERGIA Agosto 2008 1 Boletim informativo do Grupo Orguel ANO 2 - Nº 5 - DEZ 2007 Boletim Informativo do Grupo Orguel ANO 3 - Nº6 - AGOSTO DE 2008 9912202817-DR/MG anos

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SINERGIA Agosto 2008 1

Boletim informativo do Grupo Orguel A N O 2 - N º 5 - D E Z 2 0 0 7

B o l e t i m I n f o r m a t i v o d o G r u p o O r g u e l

A N O 3 - N º 6 - A G O S T O D E 2 0 0 89912202817-DR/MG

anos

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SINERGIA Agosto 20082

EDITORIAL

COmpARTILhAnDO sOnhOs

O sucesso de qualquer negócio parte de um sonho. De-pois, vira uma idéia que precisa ser construída dia após dia, com muito trabalho, dedicação, seriedade e persistência. Este ano, estamos comemorando 45 anos de fundação de nossa primeira empresa, a Orguel. Neste tempo, nós so-brevivemos, desenvolvemos e estamos buscando nos per-petuar.

Sempre cultivando a vontade de crescer, agregamos aos nossos sonhos, valiosos e dedicados colaboradores, que compartilharam conosco dificuldades, desafios e conquis-tas. O apoio dos colaboradores, clientes, parceiros, familia-res e amigos foi fundamental para a construção da nossa história.

Não tenho dúvidas de que toda empresa tem uma alma própria que se expressa por meio das emoções, da dedica-ção e do esforço dos que compartilham o mesmo objetivo. Assim, podemos dizer que a arte de “empresariar” é a ca-pacidade de agregar competências e fazer com que todos caminhem juntos para um destino em comum.

Agradecemos aos que passaram e aos que permanecem nesta caminhada diária em busca do desejo de nos tornar-mos, cada vez mais, uma grande empresa, sempre impor-tante para os colaboradores, clientes, parceiros, acionistas e sociedade.

Atenciosamente,

Francisco de Assis Guerra LagesPresidente

EntrEvista com murilo martins

Murilo Martins

é engenheiro, coM

longa experiência na

área de projetos, in-

dústria, construção

pesada e iMobiliária.

é sócio-fundador de

duas renoMadas eM-

presas de constru-

ção: a M. Martins en-

genharia, que atua no

segMento de pontes

e viadutos, e a patriMar, uMa das Maiores constru-

toras iMobiliárias de Minas gerais. eM deterMinado

ponto de sua trajetória, a história dele se cruzou

coM a do grupo orguel, quando se tornou aMigo de

uM dos sócios da então recéM-criada orguel. Mal

sabiaM eles que, anos depois, fariaM uM negócio de-

cisivo, que resultaria na criação de uMa das Marcas

Mais fortes do Mercado da construção no país.

1 – quando e coMo surgiu o priMeiro contato coM a orguel?

Eu trabalhava no setor de compras em uma firma de engenharia, no início da década de 60. Sempre tive como hábito me relacionar muito bem com os vendedores de outras empresas que nos procu-ravam, até porque aprendia muito com eles sobre os equipamentos. Nessa época, me chamava a atenção um jovem e tímido vendedor chamado Fábio Guerra, que era representante comercial de uma fabricante de betoneiras e, na época, junto com o irmão Francisco, ensaiava os primeiros passos de um negócio próprio que se chamava Orguel. Foi o início de uma boa amizade.

2 – eM que MoMento sua trajetória eMpresarial se cruzou coM a do grupo orguel?

Juntamente com outro sócio, criamos, no início da década de 70, a Companhia Mecânica Industrial (CMI). A empresa representava um anseio que eu tinha de atuar no mercado da indústria pesada. Paradoxalmente, depois de um período de dificuldades, no primeiro ano em que o empreendimento deu lucro, resolvemos vendê-la. Foi quando liguei para o Fábio, que nessa época já tinha a Orguel, e disse a ele que eu tinha um negócio para propor. Ofereci que ele nos comprasse a nossa linha de guinchos para construção pesada. Fábio se interessou e nós vendemos as patentes, matrizes e passamos a carteira de clientes desse produto para que o serviço de assistência técnica pudesse permanecer. Na minha opinião, o Fábio era a pessoa ideal para continuar o trabalho com qualidade. A coisa deu certo e, pouco tempo depois, ele me ligou me propondo um outro negócio. Queria que eu vendesse os direitos sobre a marca dos produtos, cujo nome era Mecan. Isso foi na década de 70. O resto da história todo mundo conhece.

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Leonardo acrescenta que as pessoas interessadas em apro-veitar seu tempo mais próximo da natureza, com con-forto e segurança, podem adquirir um lote com presta-ções a partir de R$ 750,00. Outras informações podem ser obtidas com a Imobiliária Casa Amarela, pelo telefone (31) 3264.1515.

construir

O novo empreendimento da Construir, na cidade de Prudente de Morais, acaba de ser concluído e está com suas áreas à venda. Situado a 67 quilômetros da capital mineira, o local alia conforto e tranqüi-lidade para quem busca uma opção de lazer sem se afastar muito da cidade grande. O condomínio rural de luxo, chamado Portal do Horizonte, tem uma área total de 2,4 milhões de metros quadrados e fica a 30 minutos do novo centro administrativo do governo do Estado e do aeroporto de Confins.

De acordo com o diretor da Construir, Leonardo Guerra Lages, o Portal do Horizonte conta com 95 áreas, a partir de 20 mil metros quadrados cada, portaria, meio-fio, água e luz. Ele afirma, ainda, que um dos grandes destaques do empreendimento é a área de convivên-cia, que será oferecida aos moradores por cinco anos. “Nesse espaço, os moradores vão poder usufruir de um salão de eventos, vestiário, piscina, campo de futebol e até lago e cascata artificial”, diz.

COnsTRuIR LAnçA O pORTAL DO hORIzOnTEloteaMento rural de luxo fica eM prudente de Morais, próxiMo ao aeroporto de

confins e ao novo centro adMinistrativo do governo de Minas

BramEX

Com o objetivo de atender às necessidades do mercado, ampliar o estoque e proporcionar mais conforto e infra-estrutura para clientes e colaboradores, a Bramex está construindo um novo centro de distri-buição. O empreendimento, cujas obras já estão em andamento, será construído às margens da rodovia MG-10, em Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte, próximo ao aeroporto internacional de Confins. A previsão é de que a mudança para a nova sede seja reali-zada no início de 2009.

De acordo com o diretor da Bramex, Sérgio Guerra, a área total do terreno é de 20 mil metros quadrados, sendo 10% destinados a um gal-pão com 12 metros de altura e 1.250 metros quadrados de escritório. “Com o novo espaço, pretendemos ampliar o quadro de funcionários e investir em outros serviços e projetos ainda mais ousados”, adianta. Sérgio Guerra revela que a Bramex contratou uma consultoria na área de logística, responsável por orientar a construção da infra-estrutura de distribuição, contemplando as mais modernas técnicas de processos e equipamentos. “Para o cliente, essa nova logística pode ser traduzida como ainda mais ágil e eficiente”, explica.

Nova linha de ferramentas

A Bramex lançou na 16ª edição da Feira Internacional da Indús-tria da Construção (Feicon/2008), realizada no mês de abril deste ano,

BRAmEx InvEsTE Em nOvO CEnTRO DE DIsTRIBuIçãO

eMpresa prevê investiMentos de r$ 5 Milhões ao longo de 2008. o aporte é para a construção da sede eM vespasiano e eM novas linhas de produtos

em São Paulo, uma ampla linha de ferramentas manuais, como chave de boca, chave de fenda, alicates, entre outros. De acordo com Sérgio Guerra, a idéia é oferecer um extenso mix de produtos e conveniência aos clientes da empresa. “São ferramentas desenvolvidas dentro do que há de melhor em termos de qualidade no mundo e a preços competi-tivos. Agora, o varejista, o atacadista e o locador podem optar por uma ampla linha de ferramentas aqui na Bramex”, diz.

Perspectiva da nova sede da Bramex em Vespasiano - MG

Conforto e qualidade de vida próximos a Belo Horizonte

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A Locguel recebeu uma placa de destaque pelo cumprimento das metas do Programa de Segurança do Trabalho. O prêmio foi entre-gue pela Cred Medicina, Segurança e Higiene no Trabalho (Cred MHS) – empreendimento voltado para o ramo de saúde ocupacional. O projeto, implantado há 10 anos, visa ao controle de riscos à saú-de dos colaboradores, verifica as condições de salubridade do local e busca minimizar o número de acidentes, protegendo a integridade e a capacidade de todos.

Segundo a supervisora do departamento de pessoal da Locguel, Raquel Sales, o programa seguido pela empresa é o de medicina, engenharia e segurança do trabalho. “Contratamos a Cred MHS para fazer exames periódicos e verificar as condições de salubridade da em-presa. Foi baseado nesse levantamento que desenvolvemos ações para conter os riscos às doenças ocupacionais e acidentes de trabalho”.

Entre outras razões que levaram a Locguel a receber o prêmio, estão: padronização das fichas e fornecimento de EPIs (sobretudo creme de proteção para a pele, essencial para a neutralização de in-salubridade); participação nos levantamentos ambientais das filiais juntamente com os profissionais da Cred; introdução de ordens de serviço; melhoria na sinalização visual nos aspectos de segurança; e busca pelo aprimoramento do público interno.

Ações de segurança do trabalho

O Programa de Segurança do Trabalho da Locguel visa não ape-nas melhorar as relações humanas no trabalho, mas também aumen-tar a produtividade e a qualidade do serviço. Para o presidente da Cred MHS, professor Júlio César Damato Ferreira, a Locguel tem se destacado com relação às ações voltadas para a saúde do trabalhador. “A preocupação e o empenho à segurança do funcionário são priori-dades na agenda da empresa”, afirma.

As ações e palestras que fazem parte da política de segurança do trabalho da Locguel são replicadas em todas as filiais pelo Brasil. “O resultado é um ambiente mais protegido e empregados mais com-prometidos com as normas de segurança”, conclui Raquel.

locGuEl

LOCguEL RECEBE pRêmIO pOR

sEguRAnçA DO TRABALhO

iniciativas coMo palestras e grupos de discussões têM tornado o aMbiente

de trabalho na eMpresa Mais saudável e seguro

locGuEl FÔrmas

A Locguel Fôrmas – uma das divisões da maior locadora de equi-pamentos para construção do Brasil – acaba de lançar um novo sis-tema de fôrmas, desenvolvido para atender desde pequenas obras até empreendimentos de grande porte: a Fôrma Ideal tem altura-padrão de 2,45 metros e largura variando de 30, 45, 50 e 60 centímetros, indicada para todos os tipos de obra, como barragens, hidrelétricas, pontes e viadutos.

De acordo com o gerente nacional da Locguel Fôrmas, Hebert Aquino, dois diferenciais destacam a fôrma da Locguel das outras disponíveis no mercado. “Não há necessidade de utilização de perfis metálicos para alinhamento das fôrmas e trabalhamos com apenas duas alturas de barras de ancoragem para travamento. Com esses diferenciais, conseguimos diminuir o tempo de serviço para monta-gem da fôrma (horas/homem por metro quadrado) de 0,50 HH/m2 para 0,30 H.H/m2”, conta.

Segundo Hebert, a fôrma é muito versátil. O peso é de 40kg/m2 e permite que seja trabalhada manualmente. “Além disso, quando acopladas, podem ser remanejadas por guindastes ou gruas”, diz. Ele ressalta ainda que a fôrma é fabricada com perfis especiais, desenvol-vidos pela Locguel Fôrmas, para receber empuxos de até 65tm.

O gerente acrescenta que, dependendo do acabamento da obra e do número de reaproveitamento, a Locguel pode fornecer as fôrmas com compensado plastificado de 18 milímetros ou chapa fenólica de 8 milímetros. “Entre os acessórios da Fôrma Ideal que oferecemos es-tão: console de trabalho para concretagem, barras de ancoragem com porcas para travamentos, escora para prumo e grampos que travam e auto-alinham os painéis”, explica.

FôRmA IDEAL: sOLuçãO

InTELIgEnTE E ECOnômICA

novo produto da locguel facilita o Manuseio e reduz custos coM MontageM e instalação

Novo dispositivo atende grandes e pequenas obras

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Fiat

Após terminar o trabalho na Fiat Automóveis, em Córdoba, na Argentina, feito em 35 mil metros quadrados, a Multiclean manteve a parceria com a empresa e já executou vários outros trabalhos para a própria montadora e também para alguns de seus fornecedores. To-dos os serviços tiveram grande êxito, com total satisfação do cliente.

multiclEan

A Multiclean, especializada em tecnologia de lapidação de pisos, vem ganhando mercado e ampliando sua atuação em outros cam-pos. Além dos setores industrial e Centro de Distribuição (CD), com grande tráfego de empilhadeiras, agora, a empresa está voltada para a solução de demandas nos segmentos comercial e residencial. A Mul-ticlean oferece um trabalho de alta resistência à abrasão e excelente resultado estético de brilho, não só para pisos de concreto, como tam-bém para marmorite, placas prensadas e pedras ornamentais.

O diretor comercial da Multiclean, Guilherme Bisarria, está oti-mista. Ele afirma que hoje, a lapidação de pisos está tendo uma de-manda para supermercados, grandes lojas do setor de materiais para construção, academias, entre outros do ramo comercial, e também residências de alto luxo.

Em parceria com a empresa Project Pisos, a Multiclean oferece aos clientes consultoria e projetos de pisos, evitando menor número de juntas e atingindo formas de execução mais adequadas. “Nosso objetivo é prevenir patologias que geram grandes custos de recupe-ração e os melhores processos de tratamento. Com isso, pretendemos atender a necessidade de cada demanda, com um baixo custo de ma-nutenção, alta resistência e estética de alto padrão de acabamento”, explica Guilherme.

muLTICLEAn COnquIsTA mERCADOs nA LApIDAçãO DE pIsOs

atendiMento avança para consolidação nos setores coMercial e residencial

que “é importante formar um grupo de trabalho com representantes das empresas e também das construtoras, visando levantar oportuni-dades de melhorias de ambas as partes”.

Renison ressalta, ainda, que fazer parte da diretoria da Alec tem grande importância, não só para as empresas do Grupo Orguel, mas também para as demais locadoras e clientes. “Participar de associações e entidades de classe é uma filosofia do Grupo Orguel, que sempre trabalhou em função dos segmentos em que atua. Uma prova disso é a própria Mecan, uma das sócio-fundadoras da Alec”, explica.

mEcan

O supervisor de filial de São Paulo, Renato Nunes Caetano, e o gerente comercial, Renison Moreira, assumiram, este ano, cargos de diretores na Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis (Alec). Renato reassumiu a Diretoria de Estruturas Tubula-res e Renison a Diretoria de Escoramento.

De acordo com Renato, “a expectativa da Diretoria de Estruturas Tubulares é trabalhar em conjunto com os órgãos responsáveis pela elaboração de leis de segurança do trabalho, procedimentos e requi-sitos para fabricação de equipamentos”. Para ele, a intenção é promo-ver a evolução constante das normas de segurança, levando sempre em consideração a opinião daqueles que trabalham com determinada situação ou equipamento.

Um dos objetivos no mandato do diretor de Estruturas Tubula-res é participar das Comissões Permanentes Regionais (CPR), que são responsáveis pela discussão das leis de segurança do trabalho. Renato quer que a diretoria opine sobre mudanças e colabore com a experiência do setor, oferecendo cursos e palestras a respeito de temas de interesse coletivo. Outra meta é promover eventos para ampliação da rede de relacionamento, visando sempre à melhoria da comuni-cação no setor.

Já Renison Moreira, diretor de Escoramento, espera trazer para a associação as grandes empresas do Brasil, para que possam desenvol-ver trabalhos conjuntos em prol do próprio segmento e, conseqüen-temente, prestar um melhor atendimento aos clientes. Ele explica

mEmBROs DO gRupO ORguEL AssumEm DIRETORIAs nA ALEC

dois profissionais da Mecan são os novos diretores de estruturas tubulares e de escoraMento

Fábrica da Fiat em Córdoba

Renison Moreira e Renato Caetano, os novos diretores da Alec

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matÉria EsPEcial

gRupO ORguEL 45 AnOs: COmO TuDO COmEçOu

O cenário desta história é a Belo Horizonte da década de 60. Um dos personagens era vendedor de máquinas para construção. O outro, bancário. Em comum, além do fato de serem irmãos, tinham o sonho de constituir o próprio negócio. Foi graças a esse espírito empreen-dedor que Fábio Guerra Lages e Francisco de Assis Guerra Lages registraram, em 14 de junho de 1963, a primeira empresa de suas vidas: a Provenda Representações Gerais e Conta Própria LTDA., mesmo sem saber ao certo qual seria a atividade fim do empreendi-mento. Queriam representar algum fabricante e também vender por conta própria.

Naquela época, registrar um negócio não era tão simples como hoje. Por isso, os irmãos contaram com a ajuda de Bento Costa (cunhado e proprietário do bar Paris), que indicou um contador de confiança, que foi quem redigiu o contrato social. Para garantir a renda mensal, Fábio, estrategista e planejador, permaneceu no emprego de vendedor de equipa-mentos para construção. Francisco, um pouco mais jovem e impetuoso, continuou por pouco tempo no Banco Nacional do Comércio e logo tratou de deixar o posto de caixa para cuidar da firma.

No início dessa aventura empresa-rial, outro Francisco (Guerra da Silva) fez a diferença na vida dos irmãos. Tio Chiquito, como era carinhosamente chamado pelos sobrinhos, era irmão de dona Didina, mãe dos rapazes. Sujeito do tipo atencioso, estava sempre por perto quando os garotos mais precisavam, desde a infância. “Ele nos ouvia, aconselhava e até dava um ‘dinheirinho’ de vez em quando, que botava no bolso da gente quando estávamos distraídos”, lembra Francisco Guerra. E não foi diferente quando os irmãos Guerra Lages decidiram empreender.

Sem nenhum cliente para atender e com tempo de sobra para inovar, Francisco Guerra aproveitava as tardes para conversar com tio Chiquito. Foi quando se teve a idéia de sair à rua e conseguir clientes para a pequena empresa de conservação e acabamento para

uMa história de coMpetência, inovação e união

construção do irmão de sua mãe. “Eu batia de porta em porta nos bairros com o desafio de convencer alguém que nunca tinha me visto a comprar um serviço de raspagem de taco. Foi uma época difícil, mas aprendi muito sobre venda”, relembra Francisco, que, nas horas vagas, complementava a renda agenciando a fabricação de móveis sob medida para consultórios, lojas e estabelecimentos comerciais. A principal ferramenta de trabalho era um cartão de visitas, com o telefone da casa do tio Chiquito.

A oportunidade

Os gurus do empreendedorismo de hoje são unânimes: atenção às oportunidades é fundamental para o sucesso. E, quando tiveram a primeira chance, os irmãos Guerra Lages não ti-tubearam. Em uma visita para vender betoneiras a uma das maiores obras da década de 60 na capital mineira, o Conjunto Arcângelo Maletta, no cen-tro da cidade, Fábio constatou que se-ria necessário ali um grande trabalho de acabamento. E logo soube que era um total de 40 mil metros quadrados, nas mais de 300 unidades habitacio-nais e no edifício comercial.

Fábio conta que, na época, tinha um dinheiro reservado para comprar

um apartamento. “Perguntei ao engenheiro Aroldo Rolfs, respon-sável pela obra, quanto custava uma daquelas unidades. Ao saber do valor, disse-lhe que os meus recursos não eram suficientes, mas que tinha uma empresa de acabamento e limpeza de obras e poderíamos fazer uma permuta. O engenheiro Aroldo se interessou e levou-me ao proprietário da Construtora Brasil América e do empreendimen-to, sr. Alair Couto, que se mostrou disposto em fazer o negócio”, relembra Fábio, que imediatamente levou a notícia ao irmão.

A proposta era receber 50% dos serviços executados e reter a ou-tra parte para pagar o apartamento. A intenção de Fábio era manter os seus recursos disponíveis para completar o pagamento dos custos

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Instalação da primeira loja na Galeria Ouvidor, no Centro de Belo Horizonte, para fornecimento de materiais para ras-pação e limpeza.

Abertura da filial Prado, em Belo Horizonte, para distribuição e assistência técnica de equipamentos para construção, com exclusividade da marca Richier, empresa francesa com liderança no mercado brasileiro.

Provenda: sua atividade iniciou-se quando os fundadores, Fábio Guerra Lages e Francisco de Assis Guerra Lages, decidiram montar o próprio negócio.

Firmado contrato de raspagem e limpeza do Ed. Maleta, maior obra de Minas Gerais na época. Muda o nome para Orguel.

Expande as ativi-dades, assumindo a distribuição exclusiva das im-portantes marcas suecas Dynapac e Flygt, fabricantes de compactado-res, vibradores e bombas.

Contratação da primeira consulto-ria externa para o desenvolvimento organizacional do negócio.

Fábio e Francisco convidam grupo de amigos para formar capital e adquirir pequena fábrica de elevado-res, dando origem à Sobraeq.

Ampliação da linha de produtos da loja do Centro e serviço de as-sistência técnica, com a distribuição exclu-siva das ferramentas elétricas Makita.

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quando os 50% recebidos não fossem suficientes. Empolgado com a oportunidade de um grande serviço, Francisco correu para contar ao tio Chiquito, que, como era de esperar, o apoiou. “Depois de con-versar com meu tio, procurei uma pessoa que já era mais experiente no segmento de raspagens, sr. Pedro Ferreira Pinto, que topou ser nosso parceiro na empreitada”, relembra Francisco. Com a ajuda do tio Chiquito e de Pedro, Fábio e Francisco conseguiram as máquinas e a mão-de-obra para desempenhar o trabalho.

O irmão mais velho conta que permaneceu com o dinheiro guar-dado para aplicar na obra se fosse necessário. “A resposta demorava muito e eu pensava que nem seria aprovada. Surgiu, então, a opor-tunidade de comprar um apartamento excelente no Gutierrez e nas condições em que eu poderia pagar, usando aquela reserva, é claro. Fechei o negócio às 8 horas da manhã e ao meio-dia o Francisco me comunicou que o sr. Alair Couto havia aprovado nossa proposta. Fiquei quase doido”, brinca Fábio. “Mas o Francisco fez milagres e foram raras as vezes em que precisei utilizar do meu salário para completar pagamentos da obra”, completa Fábio.

Com os 50% do contrato da permuta, os irmãos adquiriram o apartamento 2903 do Conjunto Arcângelo Maletta. O restante do valor ia sendo pago a cada fim de semana, à medida que o serviço era completado. Francisco conta que, logo no início, começou a ficar difícil comprar matéria-prima e, com a verba curta, algumas dupli-catas começaram a vencer. Mais uma vez estava lá o tio Chiquito para socorrer, dessa vez com o reforço do irmão mais velho da dupla, José Guerra Lages, que emprestou o dinheiro para quitar as duplicatas. “O Zé sempre foi um pai. Sempre esteve por perto ajudando com conselhos, orientações e até dinheiro”, relembra Francisco.

Orguel

A Obra no Maletta estava quase pronta quando os irmãos des-

cobriram o Synteko. Então, deram um passo adiante e começaram a oferecer a aplicação da resina a alguns proprietários dos apartamentos e, assim, agregar mais valor ao serviço. “Dei meu endereço para o sr. Matoso, encarregado geral do edifício, e disse que pagaria comissão se ele me indicasse proprietários interessados em aplicar Synteko”, diz Francisco. A idéia deu certo e o negócio também.

A Provenda, enfim, começava a crescer. Um dia, conversando com o tio Chiquito, Francisco foi levado até o Banco Mercantil da Rua da Bahia. “Ele me apresentou o gerente do banco, sr. Brandão, que me ensinou que eu podia descontar títulos antes do vencimento e, dessa forma, fazer capital. Naquele dia eu descobri a América”, brinca Francisco. Depois do Maletta, a próxima obra foi o edifício ao lado, o Genoveva de Souza, um residencial de luxo, onde tra-balharam aplicando Synteko. A nova obra deu ainda mais fôlego à empresa. Com o tempo, a demanda por material era cada vez maior. Alguns lojistas, por temerem a concorrência, passaram a não nos vender mais produtos.

Francisco, então, aprendeu a comprar direto dos fornecedores. Nessa época, os sócios achavam que o nome Provendas não estava condizente com a atividade fim, que era a prestação de serviços. Foi então que a empresa mudou de nome e passou a se chamar Orguel – abreviação ousada de Organizações Guerra Lages –, que funciona-va em uma loja no andar B da recente Galeria do Ouvidor. Ali, além de agenciar serviços para a turma do “escritório do pardal” – apeli-do dado aos aplicadores de Synteko que se agrupavam debaixo das árvores da Praça Sete –, eles começaram a vender materiais como Synteko, lixa, cola e outros produtos para acabamento.

Na época, a “Loja do Guerra” já era conhecida no meio e os clien-tes logo foram aumentando. Como resultado, cresceu também o número de funcionários e o cunhado Bento passou a trabalhar no ne-gócio, já que Francisco precisaria se preocupar também com a facul-

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Viagem ao Japão, a convite da Makita, criando oportunidade de visitas a importantes indústrias japonesas.

Criação do programa de empréstimos de máquinas aos clientes enquanto as suas eram consertadas.

Fundação da Locguel Lo-cadora de Equipamentos para Construção, a partir do sucesso do programa de empréstimo.

Fábio e Francisco separam-se dos sócios na Sobraeq, assumem a fábrica de Belo Horizonte e criam a Mecan Indústria e Locação de Equipamentos para Construção, para dar continuida-de às atividades industriais.

Criação, na Orguel, da divisão de locação de ferramentas elétricas.

MatrizFiliais

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dade de administração, que começou a cursar na UFMG. Os irmãos, então, decidiram que era hora de fazer uma inauguração. “Para pare-cer que tínhamos estoque, decoramos a loja com latas vazias”, revela Francisco. “Convidamos representantes, gerentes de banco e clientes. Fizemos até panfle-tagem. Foi o maior auê”, relembra.

Há mais de 40 anos, conhecimento não era tão acessível como hoje. Mesmo assim, intuitiva-mente e também por necessidade, a Orguel, que já co-meçava a dar bons resultados, passou a ministrar cursos para qualificar a mão-de-obra de aplicadores de Synteko e raspadores de taco. “Ao final, entregávamos aos participantes uma carteirinha de raspador de taco. Eu guardo a minha até hoje”, revela Francisco.

A loja da Galeria do Ouvidor foi um marco não apenas por ser a primeira, mas também porque reuniu Francisco, o cunhado Bento e os irmãos Toninho e João Alberto, que trabalharam por lá durante algum tempo, enquanto cursavam a faculdade. “Eu ti-nha uma Kombi e fazia as entregas. Depois compramos uma Variant azul e a pintamos toda com nossa marca. Ela servia para apresentar o funcionamento dos equipa-mentos aos clientes. Toninho era o demonstrador, inclu-sive em cidades do interior”, relembra Francisco.

Com a demanda crescente, a loja para administrar e a inclusão de ferramentas elétricas Makita, era preci-so contratar um profissional para realizar a manutenção dos equipamentos. Foi quando os irmãos decidiram publicar um anúncio no jornal, procurando um jovem que atendesse ao perfil desejado. “Eu sempre gostei de construir talentos, por isso queria alguém jovem”, co-menta Francisco. O escolhido foi um estudante de 14 anos chamado Marco Aurélio Cerqueira. “Ele começou a mexer nas máquinas, sempre curioso. Aprendeu rápido como tudo funcionava”, conta Francisco. Hoje, esse mesmo Marco Aurélio é o sócio de uma das empresas do Grupo Orguel, a Locbras, que é líder nacional em locação de ferramentas elétricas.

Fábio continuava trabalhando como gerente da filial da Mecâni-

ca Pesada S/A, empresa pertencente ao grupo Schneider da França, fabricante das betoneiras Richier. Em certo momento, a diretoria da Mecânica Pesada decidiu fechar a filial e entregar a distribuição das betoneiras para a empresa de capital sueco Faço, que, além de

vender os britadores que fabricava, distribuía em Minas Gerais os compactadores e vibradores Dynapac e bom-bas submersíveis Flygt, de fabricantes suecos. Indicaram Fábio para o cargo de vendedor técnico, por conhecer os produtos Richier. Essa foi uma grande oportunidade para os irmãos se familiarizarem com a nova linha de equipamentos e ampliar o seu relacionamento com as construtoras.

Em menos de um ano, a Mecânica Pesada constatou que os resultados com o novo distribuidor não estavam satisfatórios e convidaram Fábio para criar uma empresa. Como já tinham a Orguel, eles criaram a primeira filial. Francisco continuou conduzindo os negócios de material de limpeza e ferramentas, e Fábio tocando os negócios de equipamentos para construção, agora como distribuidor

em Minas Gerais.Os irmãos logo verificaram a necessidade de ampliar a linha de

produtos, com o objetivo de formar um pacote que atendesse a ne-cessidade dos clientes em tudo que precisassem em equipamentos para construção. A Orguel ainda oferecia orientação técnica sobre os equipamentos indicados para cada tipo de obra, além de mecânicos

treinados pelos fabri-cantes para operação e manutenção, um diferencial que não era encontrado em outros fornecedores. Naquela ocasião, nas-cia a primeira empre-sa especializada em equipamentos para construção em Minas Gerais.

O desempenho de Fábio em sua passa-gem pela Faço moti-

vou a Dynapac – e em seguida a Flygt – a oferecer a distribuição de seus equipamentos para a Orguel. As referências fornecidas por essas empresas facilitaram a conquista de outras representadas, como as gruas Sampson, usinas de concreto Donar, tratores Agrale e outras, reunindo na Orguel as principais marcas brasileiras de equipamentos

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Fundada a Locbras Lo-cadora de Ferramentas, que absorveu a divisão de locação e assistência técnica de ferramentas elétricas e fornecimento de peças da Orguel.

Fundada a Orguel Adminis-tração e Participações com o objetivo de coordenar as ativi-dades das empresas. Passando a oferecer assessoria jurídica; contábil, marketing, financei-ra, RH e a estabelecer a linha de orientação estratégica.

A Construir, Empreendi-mentos Imobiliários, foi criada para atuar neste setor, pela afinidade do Grupo Orguel com o segmento de construção.

Inicia-se na Orguel a im-portação de máquinas e ferramentas com o objetivo de diversificar a linha de produtos e melhorar a com-petitividade no mercado.

Constitui-se a Bra-mex, Brasil Comércio Exterior Ltda. Com o objetivo de inten-sificar os negócios de importação e expor-tação de máquinas e ferramentas.

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para construção, inclusive os elevadores para obras Titan, fabricados por uma pequena fábrica de São Paulo.

A impossibilidade de atender a todos os pedidos de elevadores angariados levou o proprietário, sr. Ilo, a oferecer a Fábio a venda da fábrica. Não dispondo de capital suficiente, ele reuniu um grupo de amigos, composto por Romildo, Costa e Giacomo, e convidou tam-bém o irmão Francisco e o próprio sr. Ilo a se associarem. Foi então constituída a Sobraeq e instalada a fábrica de elevadores de obra no Bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte.

O negócio prosperou e dentro de pouco tempo compraram ter-renos no Bairro São Francisco e construíram ali uma nova fábrica. Com a dissolução da sociedade, foi constituída a Mecan, que deu continuidade às atividades da Sobraeq, sendo hoje a maior fabricante e locadora de andaimes, elevadores e escoramento do Brasil.

A busca constante pela inovação e introdução de novos produtos e formas de atendimento ao cliente levou os irmãos a outras des-cobertas. Como o objetivo da Orguel era ser diferenciada em qua-lidade, os irmãos começaram a oferecer máquinas para serem em-prestadas aos clientes enquanto as deles estavam em manutenção. Sabendo dessa disponibilidade, os consumidores passaram a propor alugar aquelas máquinas para suprir suas necessidades temporárias em pico de obras. Dessa iniciativa nasceu a Locguel, primeira loca-dora de máquinas para construção brasileira e hoje a maior rede de locação do país.

Novas empresas

O número de empresas cresceu vertiginosamente, todas criadas com o objetivo de focar segmentos específicos. Tanto que, em 1989, foi fundada a Orguel Administração e Participações, criada para co-ordenar a administração dos negócios e oferecer consultoria jurídica, de recursos humanos, financeira, contábil e de marketing para os empreendimentos. Era o início da holding do Grupo Orguel, que hoje controla também a Construir Empreendimentos Imobiliários; Bramex (Brasil Comércio Exterior LTDA.), braço internacional do Grupo; Multiclean, locadora de Equipamentos para limpeza e re-cuperação de pisos; Orguel Finanças; Cartão O2 e Orguel Platafor-mas.

Nova etapa

Aos 45 anos, maduro e com uma carreira bem encaminhada, o Grupo Orguel continua se renovando e chega a mais um momento importante. Atualmente, a holding, que preserva a característica de empresa familiar, está em processo de implantação da Governança

Corporativa e ensaia os primeiros passos rumo à sucessão planejada. Em breve, um novo executivo assumirá a cadeira de Presidente Exe-cutivo, função que hoje é exercida por Francisco Guerra, que deverá iniciar uma nova empreitada novamente ao lado do irmão Fábio, que é o presidente do Conselho de Administração do Grupo Orguel.

A sucessão não vai ser por falta de energia para trabalhar. Aos 65 anos, Francisco aparenta estar mais sábio do que nunca e cheio de idéias. Um “serelepe”, como ele próprio se define. Quem duvida pode tentar acompanhar a sua rotina diária de decisões estratégicas, que começa logo pela manhã e não tem hora para acabar. Tanto Fran-cisco quanto Fábio são unânimes em suas avaliações sobre a história do Grupo: “Parece que foi ontem”. “Não dá para acreditar que tanta coisa aconteceu nesse tempo”, diz Francisco.

Durante toda a trajetória de sucesso dos irmãos Fábio e Fran-cisco, além da competência, senso de oportunidade e sorte, um ou-tro fator sempre foi primordial: o apoio irrestrito e incondicional da família. Desde o saudoso tio Chiquito, passando pelos irmãos, esposas e filhos. Em Francisco, Fábio enxerga coragem, criatividade, dinamismo, humildade e comunhão. Em Fábio, Francisco destaca a seriedade, competência, segurança e confiança. Não é de admirar que a dupla tenha conquistado êxito nos negócios.

O sucesso do Grupo Orguel é, em essência, o resultado das me-lhores práticas observadas na união das diferenças. Quando indaga-dos sobre a receita do sucesso, os irmãos, mais uma vez, mostram por que são melhores juntos. Para Francisco, basta ser inquieto, corajoso, curioso, ter bom senso e não ter medo de arriscar. Afinal de con-tas, como ele próprio diz, “o caminho das pedras pode estar atrás da montanha, além do que se vê”.

Fábio considera que a maior razão do sucesso do Grupo Orguel tem sido a definição clara dos objetivos, planejamento, busca cons-tante de soluções que facilitem o trabalho dos clientes, desenvolvi-mento e valorização da equipe, confiança irrestrita entre os sócios e, sobretudo, o apoio da família.

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Criada a Multiclean, Locadora de Equipa-mentos para limpeza e recuperação de pisos, para atender a demanda de mercado.

A Mecan obtém a licença tec-nológica da francesa Entrepo-se para a fabricação no Brasil do andaime multidirecional, que oferece alto grau de segurança aos usuários.

A Orguel Finanças foi fundada a partir do desejo de atuar no mercado financeiro por meio de aquisição de recebíveis e consultoria financeira.

Forma-se a joint-ven-ture Mecan Entrepo-se, com o objetivo de distribuir e alugar os andaimes multidi-recionais fabricados pela Mecan.

O Cartão O2 é criado com o objetivo de facilitar o uso do crédito de longo prazo na aqui-sição de equipamentos, tornando-se um diferencial das empresas do Grupo Orguel.

Para ampliar o portfólio, é criada a Orguel Plataformas, com equipamentos de acesso à altura de última geração, fabricados pela líder mundial Genie.

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O Comitê de Relações Socioambientais da Mecan (Cras), com o Projeto Educar, entregou, em fevereiro, o diploma de conclusão do primeiro grau – equivalente ao ensino da 5ª à 8ª série – a quatro co-laboradores da empresa. A solenidade foi realizada na sede da Mecan, em Vespasiano, onde estiveram presentes diretores e novos estudan-tes. De acordo com a diretoria da empresa, a meta é que, até 2012, todos os colaboradores tenham o segundo grau completo.

O objetivo do Telecurso 2000, realizado em parceria com o Sesi/Vespasiano, é ampliar de maneira significativa a oferta do ensino fundamental e contribuir para a qualificação dos trabalhadores da Mecan. Para o presidente do Conselho de Administração do Grupo Orguel, Fábio Guerra Lages, o curso é uma demonstração de que as pessoas podem realizar seus sonhos. “Os alunos que já se formaram e os que ainda vão conquistar seus diplomas darão incentivo para os demais colaboradores. Pretendemos difundir essa idéia pelas 11 empresas do grupo”, afirma.

A iniciativa partiu da equipe de Recursos Humanos da Mecan, que tem como meta dar oportunidade para mais 170 colaboradores operacionais. De acordo com a coordenadora do setor, Lídia Maria de Azevedo, a empresa tem um papel efetivo no desenvolvimento des-sas pessoas. “A implantação do curso demonstra que não só os fun-cionários estão avançando como também toda a organização. Nosso objetivo é aperfeiçoá-los em termos de conhecimento e dar condições para seu crescimento pessoal e profissional”, conta.

Kit-escolar

Outra iniciativa do Cras, implantada em 2007, por meio do Pro-jeto Educar, é a distribuição do kit-escolar aos filhos, de seis a dez anos, dos colaboradores. Para Lídia, o objetivo é “incentivar a edu-cação, subsidiando o custo de material escolar das pessoas que fazem parte da família Mecan”, diz.

Segundo a coordenadora do departamento de RH, o projeto é re-conhecido pelos funcionários, pois eles se sentem valorizados e felizes em relação ao futuro de seus filhos. “Percebemos uma mudança na postura dos colaboradores. Eles começaram a se sentir apoiados pela Mecan, além de terem notado um alívio no orçamento”, explica.

mECAn InvEsTE nA EDuCAçãO DOs

COLABORADOREs E DE suAs FAmíLIAs

funcionários da eMpresa conclueM o segundo grau e recebeM o Material escolar dos filhos

mEcan o2

sOLuçãO sOB mEDIDA pARA LOCADOREscartão o2 oferece facilidade para

eMpresas locadoras de equipaMentos aMpliareM o parque de Máquinas

Os empresários do ramo de locações de produtos para construção têm um novo aliado na busca por rentabilidade e expansão dos negó-cios. O cartão O2, ferramenta oferecida pelas empresas do Grupo Or-guel, possibilita o financiamento para compra de equipamentos, um diferencial de mercado, que gera facilidades para o locador aumentar o número de máquinas sem comprometer o caixa. A novidade foi apresentada na Feicon 2008, que aconteceu em abril, no Anhembi, em São Paulo. Logo no lançamento, um grande número de locadores optou pelos financiamentos com o cartão.

O diretor do cartão O2, Leonardo Guerra, explica como a fer-ramenta funciona. “O locador compra um equipamento financiado pela O2, em até 24 vezes. O valor da prestação do financiamento, geralmente, é inferior aos de locação do produto. Isso significa que o locador não só tem segurança para quitar o investimento, como terá a oportunidade de aumentar o faturamento. Ou seja, além de pagar a prestação e ampliar o número de máquinas, o locador melhora a rentabilidade”, salienta o diretor.

O cartão O2 é uma ferramenta criada para disponibilizar recursos pré-aprovados para financiamento de equipamentos vendidos pelas empresas do Grupo Orguel. “Com isso, nossos clientes podem me-lhorar o fluxo de caixa, expandir o parque de máquinas com agilida-de e sem burocracia”, explica Leonardo.

Mais informações pelo 0800-2834460 ou pelo site www.cartaoo2.com.br.

Carlos Roberto da Silva, Marcos Francisco Rodrigues, Alexandre Silveira Leal e Ronei Nascimento Neves

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Ciente da importância do empenho das empresas na mobiliza-ção da sociedade pela preservação do verde, a Locguel, empresa líder nacional no segmento de locação de equipamentos para construção, participou, no dia 8 de junho, da caminhada para coleta seletiva e conscientização ambiental, realizada pelo movimento Recicla Mo-rumbi. O evento buscou promover a cidadania e um estilo de vida sustentável, com o propósito de gerar trabalho e renda para brasilei-ros em situação de risco social.

Hamilton Diniz Abdala, gerente filial da Locguel, em São Paulo, Jederson Ricardo de Paula, gerente da Divisão de Fôrmas da Locguel Fôrmas-SP e, aproximadamente, 20 colaboradores representaram a empresa, que patrocinou o evento como parte de suas ações de estí-mulo ao desenvolvimento socioambiental.

Atualmente, a empresa mantém uma campanha de reciclagem nas filiais, onde os colaboradores de todos os setores são instruídos a separar todo material descartado. Além disso, a Locguel mudou o processo de pintura dos equipamentos, que antes utilizava tintas a base de solventes. Preocupados com o impacto desse produto no meio ambiente, a empresa adotou o uso de produtos a base de água.

O “Recicla Morumbi” contou com exercícios de aquecimento e alongamento, além de um caminhão que, ao longo do percurso, fez a coleta simbólica nos condomínios participantes. A concentração foi no piso térreo do Shopping Jardim Sul, às 9h, quando foi oferecido um café-da-manhã aos participantes.

Essa preocupação não é só uma prática da Locguel. O Grupo Or-guel tem se dedicado a projetos envolvendo os familiares dos cola-boradores e comunidade. Blitz Educativa de Vespasiano, Campanha Energia Para Todos, Dia de Fazer a Diferença, Projeto Alfabeletrar e programa de ajuda para material escolar são alguns exemplos de ações de responsabilidade social, comuns nas empresas do Grupo.

LOCguEL ApóIA EvEnTO pRó mEIO AmBIEnTE nO BAIRRO mORumBI

locGuEl

Sempre preocupada com a diversificação do mix de produto, a Or-guel agora entra no ramo de torres de iluminação. A primeira cidade a ter esse equipamento disponível para locação será Belo Horizonte, com um total de 20 máquinas. As torres chegam em agosto e pode-rão ser alugadas para qualquer parte do país, a partir de setembro.

Segundo Alex Cossenzo Abdo, gerente comercial da Linha Pesada da Orguel, o Grupo entrou no ramo de torres de iluminação por vá-rios motivos. “Existe carência de locadores desse produto no mercado além de haver demanda nos segmentos em que atuamos e, por últi-mo, por ter sinergia com os produtos com os quais já alugamos”.

As torres são usadas em grandes obras, que trabalham, normal-mente, em três turnos, têm altura de quase 10 metros e rotação de 360 graus, o que proporciona um posicionamento direcionável no local de trabalho. Outras vantagens são os baixos níveis de ruído e a excelente economia de combustível. Com apenas um tanque de 114 litros é possível chegar a 60 horas de operação.

Alex reforça que “a aquisição das torres de iluminação, além de colocar a Orguel num novo ramo de negócio, reforça a parceria com a Terex, um dos maiores fornecedores de equipamentos para constru-ção do mundo, e que já fornece as plataformas aéreas para Orguel”, completa.

ORguEL LAnçA A LInhA DE TORREs DE

ILumInAçãOnovo produto coMeça ser locado

para todo país, eM seteMbroeMpresa participa de

caMinhada pela ecologia

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Funcionários e familiares mobilizados pela preservação da natureza

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LOCBRAs ApOsTA nO vAREjO

líder de Mercado eM locação de ferraMentas elétricas Muda o foco do negócio para atrair o consuMidor final

locBras gALERIA DE FOTOs

Boletim Informativo do Grupo Orguel • Ano 3 • nº 6 • Agosto de 2008

ExpEDIEnTE:

Presidente do Conselho de Administração: Fábio Guerra LagesPresidente do Grupo Orguel: Francisco de Assis Guerra LagesGerente de Comunicação Corporativa: Andréa Guerra

Grupo OrguelAv. Antônio Carlos, nº 4315 - Pampulha - MG CEP: 31270-010Contato: 55 (31) [email protected]

Diagramação: RC ComunicaçãoRedação: Partnersnet Comunicação - (31) 3029-6888www.partnersnet.com.brFotos: Arquivo Grupo OrguelImpressão: Gráfica Silva LaraTiragem: 6 mil exemplares

“Faça você mesmo”: esse é o novo foco de negócio da Locbras. Des-de o início de 2008, a maior locadora de equipamentos e ferramentas elétricas do país passou a atuar com ênfase no mercado de varejo, de olho nas locações de produtos diretamente para pessoas físicas, ou seja, para quem quer construir ou reformar, sem ter de contratar uma em-presa para administrar a obra, por exemplo.

Segundo o diretor da Locbras, Marco Aurélio de Cerqueira, o novo serviço supre dificuldades como o custo elevado dos serviços de admi-nistração de obras. “Clientes de outros ramos que não o da construção passam a contratar profissionais específicos (pintor, eletricista, bombei-ro e pedreiro) e administrar as obras. Em alguns casos, como pequenas reformas e serviços, o próprio locatário põe a mão na massa e faz todo o serviço”, explica Marco Aurélio.

Ele informa que a idéia surgiu da constatação de que os clientes de varejo (compradores eventuais, aqueles que constroem esporadica-mente e pessoa física) valorizam muito mais os diferenciais da Locbras. “O Locseguro, o serviço Leva e Traz, as informações técnicas e todo o atendimento personalizado são mais reconhecidos pelos que buscam orientação e apoio ao lidar com as atividades de construção ou reforma civil, não sendo essa a sua atividade principal”, diz.

Benefícios e estruturação

Segundo Marco Aurélio, os benefícios para os clientes de varejo são inúmeros. “Eles passam a contar com uma empresa que oferece serviço de entrega (Leva e Traz), um seguro total contra possíveis de-feitos nos equipamentos – sem adicional no preço – (Locseguro) e um atendimento personalizado com orientações técnicas, indicando qual a melhor ferramenta e instruções de uso. Além disso, o locatário terá ga-rantia de funcionamento nos mesmos padrões utilizados pelas grandes construtoras”, conta.

O novo foco de negócio está em funcionamento em todas as filiais da Locbras espalhadas pelo Brasil. “Hoje temos lojas nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Joinville, Floria-nópolis, Belo Horizonte e Brasília. Em breve estaremos em Salvador e Recife”, diz. Marco Aurélio acrescenta que logo estarão trabalhando com o e-commerce, sistema em que o cliente poderá fazer negócios pelo site da empresa, a qualquer momento e de qualquer lugar.

Filial de Campinas comemora os 30 anos da Mecan

Festa junina Locguel Fôrmas 2008

Palestra do gerente de marketing da Drogaria Araujo para os colaboradores da Orguel