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Fátima Especial Francisco e Jacinta Marto tornaram-se nos mais jovens santos não-mártires da Igreja Católica C anonização dos Beatos Francisco e Jacinta Marto Francisco Marto nasceu em 11 de junho de 1908 e foi batizado no dia 20 de junho do mesmo ano. Jacinta, sua irmã mais nova, nasceu em 05 de Março de 1910 e foi batizada no dia 19 desse mês. Ambos nasceram em Aljustrel e foram batizados na paróquia de Fátima. Eram os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus, e primos de Lúcia de Jesus (1907-2005). Receberam, desde muito novos, uma educação cristã simples. Cedo se fizeram pastores do rebanho da família. Acompanhavam a prima Lúcia, um pouco mais velha, também ela pequena pastora. O Francisco assume uma vida de contemplação, comprometido com a consolação de Deus que lhe parece estar «tão triste». A Senhora recomendara que ele rezasse muitos terços. E muito rezará o Francisco, procurando a solidão do monte ou a companhia do Jesus escondido no sacrário da Igreja paroquial para «pensar em Deus». A Jacinta deixa-se impressionar pelo sofrimento dos pecadores e reza e sacrifica-se pela sua conversão, pela paz no mundo, e pelo Santo Padre: «Sofro muito, mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para reparar o Coração Imaculado de Maria”. Papa Francisco em Fátima

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Fátima Especial

Francisco e Jacinta Marto tornaram-se nos mais jovens santos não-mártires da Igreja Católica

C anonização dos

Beatos Francisco e Jacinta Marto

Francisco Marto nasceu em 11 de junho de 1908 e foi batizado no dia 20 de junho do mesmo ano. Jacinta, sua irmã mais nova, nasceu em 05 de Março de 1910

e foi batizada no dia 19 desse mês. Ambos nasceram em Aljustrel e foram batizados na paróquia de

Fátima. Eram os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus, e primos de Lúcia de Jesus (1907-2005). Receberam, desde muito novos, uma educação cristã simples. Cedo

se fizeram pastores do rebanho da família. Acompanhavam a prima Lúcia, um pouco

mais velha, também ela pequena pastora.O Francisco assume uma vida de contemplação, comprometido com a

consolação de Deus que lhe parece estar «tão triste». A Senhora recomendara que ele rezasse muitos terços. E muito rezará o Francisco, procurando a solidão do monte ou a companhia do Jesus escondido no sacrário da Igreja paroquial para «pensar em Deus». A Jacinta deixa-se impressionar pelo sofrimento dos pecadores e reza e sacrifica-se pela sua conversão, pela paz no mundo, e pelo Santo Padre: «Sofro muito, mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para reparar o Coração Imaculado de Maria”.

Papa Francisco em Fátima

A CIDADE junho - julho de 2017 página 2

A legria e Gratidão

No dia 13 de maio de 1917, por volta das 12 horas, na Cova da Iria, lugar onde agora se ergue o Santuário de Fátima, os três pequenos pastores Lúcia, Francisco e Jacinta viram Nossa Senhora. A mensagem que aquela “Senhora mais brilhante que o sol” lhes transmitiu, e que eles fielmente viveram e nos comunicaram, conserva hoje, cem anos depois, toda a sua atualidade. É porque reconhecemos este acontecimento como uma bênção, pela qual queremos dar graças a Deus, e como uma interpelação, que queremos acolher, que a celebração deste Centenário das Aparições é um momento tão significativo. A presença do Papa Francisco e a canonização dos Beatos Francisco e Jacinta vêm coroar esta singular celebração festiva.

A presença do Papa reforça e torna visível a comunhão eclesial, tão presente na mensagem de Fátima e que se exprime na união ao Pontífice romano e na oração por ele e pelas suas intenções. Por outro lado, essa presença reitera o conhecimento eclesial da importância e da atualidade do acontecimento e mensagem de Fátima, bem como do seu valor universal. Só assim se compreende a presença, neste Santuário, de todos os Papas desde Paulo VI, com a compreensível exceção de João Paulo I, dado o seu curtíssimo pontificado. É igualmente significativo que o Papa Francisco tenha querido vir como peregrino, para rezar com os peregrinos, para os confirmar na fé, para com eles dar graças a Deus pelo dom que é Fátima, para chamar a atenção para os apelos da sua mensagem.

Na sua peregrinação, o Santo Padre oferece-nos o melhor presente que poderíamos esperar: a canonização dos dois mais jovens videntes de Fátima. As canonizações, enquanto reconhecimento oficial da Igreja da santidade de alguns dos seus membros, fazem-se habitualmente em Roma. Que esta canonização tenha lugar em Fátima torna-a, para nós, muito especial, antes de mais porque é neste lugar que estão os seus túmulos, é este Santuário que custodia as suas relíquias. Mas esta canonização, feita em Fátima, é significativa por outro motivo: porque significa o reconhecimento de Fátima como verdadeira “escola de santidade”.

Por tudo isto, à grande alegria pela canonização dos Beatos Francisco e Jacinta, junta-se uma profunda gratidão a Deus, que nos concede a graça destes dois novos santos, nossos intercessores junto de Deus e modelos de vida para todos os cristãos. Uma profunda gratidão, porque a canonização destes que são os mais jovens santos não mártires a serem canonizados abre uma nova página na história do reconhecimento eclesial da santidade dos seus membros, estendendo-se à infância.

A gratidão estende-se também ao Papa Francisco, que quis estar presente em Fátima, na celebração do Centenário das Aparições, e que tomou a decisão de fazer a canonização dos Beatos Francisco e Jacinta neste lugar abençoado por Deus.

São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto, rogai por nós!

Tirado do jornal “Voz de Fátima”

Pe. Carlos Cabecinhas

apa declarou santos os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, videntes de FátimaP

De acordo com o rito, o Santo Padre ouviu atentamente a solicitação do Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Augusto dos Santos Marto, para que se “inscrevam os beatos Francisco Marto e Jacinta Marto no Catálogo dos Santos e, como tais, sejam invocados por todos os cristãos”.

Durante o pedido, o Prelado esteve acompanhado pela postuladora da causa, a religiosa Ângela Coelho. Em seguida, leu uma breve biografia dos pequenos irmãos que, em 1917, junto com sua prima Lúcia – atualmente Serva de Deus –, foram testemunhas das seis aparições da Virgem Maria nesta localidade portuguesa.

Assim, após a ladainha dos santos, o Papa procedeu ao recitar da fórmula de canonização: “Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, depois de termos longamente refletido, implorado várias vezes o auxílio divino e ouvido o parecer de muitos Irmãos nossos no Episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos Francisco Marto e Jacinta Marto, e inscrevemo-los no Catálogo dos Santos, estabelecendo que, em toda a Igreja, sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Depois do agradecimento de Dom António Marto e aplauso dos milhares de fiéis, teve início a liturgia da palavra.

Antes de começar a Missa, a imagem de Nossa senhora de Fátima entrou em procissão levada pelos cadetes da Academia Militar.

Do mesmo modo, ingressaram as duas candeias contendo as relíquias de Francisco e Jacinta, carregadas pela postuladora, a irmã Angela Coelho, e pelo consultor da postulação, Pedro Valinho, acompanhados de cerca de 20 crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos.

A imagem da Virgem e as relíquias foram colocadas à direita do altar. A Eucaristia foi concelebrada por 8 Cardeais e 73 bispos e arcebispos.

Um dos relicários continha uma madeixa de cabelo de Santa Jacinta e, o outro, um fragmento de osso da costela de Francisco Marto.

Os relicários têm a forma de uma candeia que representa a simplicidade de suas vidas e sua missão no mundo, a mesma candeia que aparece na imagem oficial dos novos santos.

A CIDADE junho - julho de 2017 página 3

página 4 A CIDADE

O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, destacou a espiritualidade contemplativa e compassiva de Francisco e Jacinta Marto “que os leva a ser espelho da luz de Deus na prática das boas obras”.

Ao apresentar ao Papa Francisco uma breve biografia dos dois videntes, pedindo que sejam canonizados, D. António Marto recorda que os dois jovens “cresceram num ambiente familiar e social modesto, profundamente cristão”.

Relatou depois que em 1916, quando pastoreavam o rebanho da família, com a prima Lúcia, viram por três vezes, na primavera, no verão e no outono, o Anjo da Paz, seguiram-se, entre maio e outubro de 1917, as visitas da Virgem Maria.

“Na primeira aparição, em 13 de maio de 1917, a Santíssima Virgem fez-lhes um convite: «Quereis oferecer-vos a Deus?». Com sua prima, Lúcia, responderam: «Sim, queremos». A partir dessa data viveram as suas vidas entregues a Deus e aos Seus desígnios de misericórdia”, salientou.

Do perfil de Francisco, o Bispo de Leiria-Fátima destaca “o seu jeito pacífico e sereno”, referindo que depois das aparições passa a ter um estilo de vida caraterizado “pela adoração e pela contemplação”.

“Sempre que podia, refugiava-se num lugar isolado para rezar. Frequentemente, passava longas horas no silêncio da igreja paroquial, junto ao sacrário, para fazer companhia a «Jesus escondido»”, acrescentou.

“Sendo o mais contemplativo dos três videntes, a sua vida de oração alimenta-se da escuta atenta do silêncio em que Deus fala. Deixa-se habitar pela

presença indizível de Deus – «Eu sentia que Deus estava em mim, mas não sabia como era!» – e é a partir dessa presença que acolhe os outros na oração., referiu.

Recordou depois a doença e morte de Francisco e a trasladação dos seus restos mortais para a Basílica de Nossa Senhora de Fátima.

De Jacinta acentuou o “caráter carinhoso e expansivo”, afirmando que depois dos “encontros com o Céu, vive completamente esquecida de si, oferecendo orações e sacrifícios para o bem de todos quantos sofrem. A sua espiritualidade é caraterizada pela entrega generosa de si, como um dom para os demais”.

“Todos os pequenos gestos do seu dia, inclusive as contrariedades na doença, eram motivo de oferta a Deus pela conversão dos pecadores e pelo Santo Padre”, disse.

“Caraterística fundamental da sua espiritualidade era a compaixão, especialmente pelos que sofriam e pelos que viviam afastados de Deus”, referiu ainda o Bispo de Leiria-Fátima, recordando as circunstâncias da morte da vidente e a trasladação para a Basílica do Santuário.

A terminar a saudação, referiu a beatificação de Francisco e Jacinta, a 13 de maio de 2000, neste mesmo Santuário, e enumerou os últimos passos para a canonização “destes mais jovens beatos da história da Igreja”, com o reconhecimento do milagre que lhes foi atribuído e a escolha da data e local da cerimónia: “este dia 13 de maio de 2017, durante a peregrinação ao Santuário de Fátima, na celebração do Centenário das Aparições da Santíssima Virgem, Senhora do Rosário”.

. António Marto destaca espiritualidade de Francisco e JacintaD

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Homilia do Papa na Missa de canonização dos pastorinhos de Fátima

«Apareceu no Céu (...) uma mulher revestida de sol»: atesta o vidente de Patmos no Apocalipse (12, 1), anotando ainda que ela «estava para ser mãe». Depois ouvimos, no Evangelho, Jesus dizer ao discípulo: «Eis a tua Mãe» (Jo 19, 26-27). Temos Mãe! Uma «Senhora tão bonita»: comentavam entre si os videntes de Fátima a caminho de casa, naquele abençoado dia treze de maio de há cem anos atrás. E, à noite, a Jacinta não se conteve e desvendou o segredo à mãe: «Hoje vi Nossa Senhora». Tinham visto a Mãe do Céu. Pela esteira que seguiam os seus olhos, se alongou o olhar de muitos, mas... estes não A viram. A Virgem Mãe não veio aqui, para que A víssemos; para isso teremos a eternidade inteira, naturalmente se formos para o Céu.

Mas Ela, antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno onde leva a vida – tantas vezes proposta e imposta – sem-Deus e profanando Deus nas suas criaturas, veio lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre, pois, como ouvíamos na Primeira Leitura, «o filho foi levado para junto de Deus» (Ap 12, 5). E, no dizer de Lúcia, os três privilegiados ficavam dentro da

Luz de Deus que irradiava de Nossa Senhora. Envolvia-os no manto de Luz que Deus Lhe dera. No crer e sentir de muitos peregrinos, se não mesmo de todos, Fátima é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, «mostrai- nos Jesus».

Queridos peregrinos, temos Mãe. Agarrados a Ela como filhos, vivamos da esperança que assenta em Jesus, pois, como ouvíamos na Segunda Leitura, «aqueles que recebem com abundância a graça e o dom da justiça reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo» (Rm 5, 17). Quando Jesus subiu ao Céu, levou para junto do Pai celeste a humanidade – a nossa humanidade – que tinha assumido no seio da Virgem Mãe, e nunca mais a largará. Como uma âncora, fundemos a nossa esperança nessa humanidade colocada nos Céus à direita do Pai (cf. Ef 2, 6). Seja esta esperança a alavanca da vida de todos nós! Uma esperança que nos sustente sempre, até ao último respiro.

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página 6 A CIDADE

Com esta esperança, nos congregamos aqui para agradecer as bênçãos sem conta que o Céu concedeu nestes cem anos, passados sob o referido manto de Luz que Nossa Senhora, a partir deste esperançoso Portugal, estendeu sobre os quatro cantos da Terra. Como exemplo,temos diante dos olhos São Francisco Marto e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no mar imenso da Luz de Deus e aí os levou a adorá-Lo. Daqui lhes vinha a força para superar contrariedades e sofrimentos. A presença divina tornou-se constante nas suas vidas, como se manifesta claramente na súplica instante pelos pecadores e no desejo permanente de estar junto a «Jesus Escondido» no Sacrário.

Nas suas Memórias (III, n. 6), a Irmã Lúcia dá a palavra à Jacinta que beneficiara duma visão: «Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre numa Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com ele?» Irmãos e irmãs, obrigado por me acompanhardes! Não podia deixar de vir aqui venerar a Virgem Mãe e confiar-lhe os seus filhos e filhas. Sob o seu manto, não se perdem; dos seus braços, virá a esperança e a paz que necessitam e que suplico para todos os meus irmãos no Batismo e em humanidade, de modo especial para os doentes e pessoas com deficiência, os presos e desempregados, os pobres e abandonados. Queridos irmãos, rezamos a Deus com a esperança de que nos escutem os homens; e dirigimo-nos aos homens com a

certeza de que nos vale Deus.Pois Ele criou-nos como uma esperança para os

outros, uma esperança real e realizável segundo o estado de vida de cada um. Ao «pedir» e «exigir» o cumprimento dos nossos deveres de estado (carta da Irmã Lúcia, 28/II/1943), o Céu desencadeia aqui uma verdadeira mobilização geral contra esta indiferença que nos gela o coração e agrava a miopia do olhar. Não queiramos ser uma esperança abortada! A vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida. «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24): disse e fez o Senhor, que sempre nos precede. Quando passamos através dalguma cruz, Ele já passou antes. Assim, não subimos à cruz para encontrar Jesus; mas foi Ele que Se humilhou e desceu até à cruz para nos encontrar a nós e, em nós, vencer as trevas do mal e trazer-nos para a Luz.

Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, senti- nelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor.

Homilia do Papa na Missa de canonização dos pastorinhos de Fátima

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página 7 A CIDADE

Lucas, um menino brasileiro, foi quem, aos 5 anos, recebeu a cura milagrosa por intercessão dos pastorinhos Francisco e Jacinta, após cair de uma janela e ficar em coma; uma história que foi contada pelos pais do menino curado.

João Batista e Lucila Yurie são pais de Lucas e relataram toda a história do milagre que levará à canonização dos irmãos videntes de Fátima. Eles participaram de uma coletiva de imprensa no Santuário mariano de Portugal.

A identidade da criança, por ser menor, tem sido mantida “sob reserva”, de acordo com as normas do Vaticano.

O caso teve início quando, em 3 de março de 2013, por volta das 20h, Lucas estava brincando com sua irmã Eduarda e caiu de uma janela de 6,50 metros. Na época, ele tinha 5 anos.

O menino bateu com a cabeça no chão e sofreu um traumatismo craniano, com perda de tecido cerebral.

“Foi assistido na nossa cidade, em Juranda, e dada a gravidade do seu quadro clínico, foi transferido para o hospital de Campo Mourão, no Paraná”, recordou o pai, especificando, a tal transferência “demorou quase uma hora”. A criança chegou ao hospital “em coma muito grave”, sofreu duas paradas cardíacas e teve que passar por uma cirurgia de urgência. “Os médicos diziam que tinha poucas probabilidades de sobreviver”.

“Começamos a rezar a Jesus e a Nossa Senhora de Fátima, a quem temos muita devoção”, disse João Batista.

No dia seguinte, telefonaram para o Carmelo de Campo Mourão para pedir as orações das religiosas pelo menino. Porém, elas estavam na hora do silêncio e a carmelita que atendeu a ligação não passou o recado para a comunidade. “Ela pensou: O menino vai morrer. Vou rezar pela família”.

Conforme os dias passavam, o quadro clínico da criança piorava até que, “no dia 6 de março os médicos pensaram na transferência para outro hospital, uma vez que nem havia os cuidados necessários para a sua idade”.

C riança curada por intercessão dos pastorinhos

“Disseram-nos que as possibilidades de o menino sobreviver eram baixas e que se sobrevivesse teria uma recuperação muito demorada ficando certamente com graves deficiências cognitivas ou mesmo em estado vegetativo”, relembrou o pai.

Então, em 7 de março, telefonaram novamente para o Carmelo, quando a religiosa que os atendeu passou o recado para a comunidade. Uma irmã correu para as relíquias dos Beatos Francisco e Jacinta, que estavam junto do Sacrário e sentiu esse impulso de oração: “Pastorinhos, salvem este menino, que é uma criança como vocês”.

Esta carmelita convenceu as demais a também pedirem a intercessão dos pastorinhos e também a família de Lucas passou a fazer o mesmo.

“Dois dias depois, no dia 9 de março – lembrou João Batista – o Lucas acordou, bem, e começou a falar, perguntando pela sua irmãzinha. No dia 11 saiu da UTI e dia 15 teve alta”.

Segundo o pai do menino, “agora ele está completamente bem, sem nenhum sintoma ou sequela O que o Lucas era antes do acidente ele o é agora: sua inteligência, seu caráter, é tudo igual.

Os médicos, incluindo alguns não crentes, disseram não ter explicação para esta recuperação”, acrescentou.

João Batista também agradeceu aos profissionais que acompanharam seu filho e à postulação de Francisco e Jacinta Marto, bem como ao Santuário de Fátima. “No entanto, não podemos deixar de agradecer a todos aqueles que rezaram pelo Lucas”, completou.

Damos graças a Deus pela cura do Lucas e sabemos com toda a fé do nosso coração, que foi obtido este milagre pelos Pastorinhos Francisco e Jacinta.

Os pais do menino curado expressaram “uma imensa alegria por ser este o milagre” que leva os pastorinhos à canonização. “Mas, sobretudo, sentimos a bênção da amizade destas duas crianças, que ajudaram o nosso menino e agora ajudam a nossa família”, concluiu.

junho - julho de 2017

ESTATUTO EDITORIAL DE “A CIDADE”

“A Cidade” é como “Órgão da Cidade do Imaculado Coração de Maria”- Fátima, uma publicação de informação especializada, de expansão editorial que define a sua orientação e objetivos, que a compromete a respeitar princípios deontológicos de imprensa e a ética profissional, de modo a não prosseguir fins comerciais, nem abusar a boa fé dos seus leitores, encobrindo ou deturpando a informação.

E assim como de harmonia com o seguinte articulado.

Art.º 1º - ObjetivoExpansão, como meio de comunicação social, dos ideários religiosos, culturais, que promovem uma

formação permanente dos seus leitores

Art.º 2º - Orientação “A Cidade” orienta-se pelos princípios definidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na

Doutrina e Moral Cristãs, segundo o ensinamento de S. Maximiliano Kolbe, e especialmente pela Mensagem de Fátima

Art.º 3º - DinâmicaComo órgão da “Cidade do Imaculado Coração de Maria” dinamizar a sua ação de harmonia com seus

ideários:1 – O homem é criado à imagem de Deus que o constituiu Senhor de todas as criaturas terrestres.2 – O próprio Senhor veio restaurar o homem na sua liberdade.3 – Ao longo dos séculos tem sido orientado nessa caminhada pela Virgem Santíssima.4 – Os cristãos de hoje são chamados a anunciar a salvação como testemunhas de Cristo, divulgando a

sua mensagem.5 – Fazer com que essa boa mensagem transmitida chegue sem deturpações, a todos os homens, através

da linguagem dos meios de comunicação social.6 – Ajudar a formar o homem e com ele a família e as comunidades, dentro da moral e da ética uma vez

que têm direito à educação , à formação e à cultura, incluindo a educação cristã, a informação religiosa, assente nos valores humanos universais e na não-violência.

Art.º 4º - FinalidadeContribuir para que, dentro dos seus Objetivos,

da sua Orientação e de sua Dinâmica, a Justiça, a Paz e o Amor, congreguem os portugueses e os homens de todas as nacionalidades, numa vivência de respeito e dignidade por todas as mais diversas culturas, em plena concordância com a Doutrina Social da Igreja.