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PDJ EDITORIAL E, dentro da alegria pascal que começou no Domingo da Ressurreição de Jesus, e que para todo o crente é vivência permanente. Todos os dias celebramos a Páscoa. Não há fé sem Páscoa. E, como diz S. Paulo. "Se Cristo não Ressuscitou a nossa fé é vã... somos dignos de dó". O dizer-se "todos os dias" não é frase bonita mas é a única verdade. Assim sendo o cristão autêntico vive da Páscoa e celebra-a sempre que se reúne com os irmãos na fé, nomeadamente na Celebração da Eucaristia de Domingo. Há quem se diga cristão, mas não lhe entra na cabeça que o não pode ser sem celebrar a Eucaristia Dominical. A ida à celebração, não para assistir mas para celebrar, é o grande tesouro que lega aos filhos e a toda a comunidade. Quem nos fez crescer na Fé, ama Jesus Cristo "Não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e verdade", escreveu S. João. Tudo isto se aprende na Escola de Jesus e esta tem o ponto alto na Eucaristia. Como eu, muitos dos leitores do S. Miguel, dirão que nunca faltaram à Eucaristia de Domingo. Ainda me lembro de ir colo de minha mãe e do meu pai... Era o momento mais importante para a família, ninguém ficava em casa.... E dentro da alegria pascal, como iniciei o editorial, o Santa Padre Francisco, o Papa imprevisível, pois não diz as "coisas de véspera", anunciou o Ano Santo da Misericórdia. Senti uma alegria imensa, certamente fooram muitos que rejubilaram. Foi uma bênção que foi dada à nossa terra da Maia que, há já há muitos anos celebra a Semana da Misericórdia... Acolho-a como uma bênção terna de Jesus para quem tem sido apóstolo da Divina Misericórdia. Vive-se intensamente essa semana. Somos especiais ao culto a Jesus Misericordioso que tem lugar nas nossa Igreja de Nossa Senhora da Maia e no Santuário. Que a irradiemos para todo o lado. Vai ser um ano de graça e vai começar a 8 de Dezembro até a Festa de Cristo Rei. O nosso Santuário vai ter lugar preponderante, assim o creio. Entre nós já "acampou" Jesus Misericordioso. O Mês de Maio é importante para a noss a terra. Todos os dias, às 21h30, há a oração do Terço na Igreja e no Santuário, havendo, na noite do dia 12 a Procissão das Velas com o andor de Nossa Senhora de Fátima. A nossa Paróquia será inundada de Luz. S. MIGUEL DA MAIA 1 ANO XXVI Nº 281 MAIO 2015 PREÇO AVULSO 0,50€ DIA 12 DE MAIO A Procissão de Velas com o andor de Nos- sa Senhora de Fátima, sairá da Igreja de Nos- sa Senhora da Maia, às 21h30,percorrerá a Avenida Santos Leite, sentido poente, Praça do Lavrador, Rua Augusto Simões, Praça Dr. José Vieira de Carvalho, Avenida Visconde de Barreiros, Rua da Igreja, Praça do Santuário. Será um mar de Luz. Por Maria ao encontro de Jesus.

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Page 1: ANO XXVI Nº 281 MAIO 2015 PREÇO AVULSO 0,50€ · O Mês de Maio é importante para a noss a terra. Todos os dias, às 21h30, há a oração do Terço na Igreja e no Santuário,

PDJ

EDITORIAL E, dentro da alegria pascal que começou no Domingo

da Ressurreição de Jesus, e que para todo o crente é vivência permanente. Todos os dias celebramos a Páscoa. Não há fé sem Páscoa.

E, como diz S. Paulo. "Se Cristo não Ressuscitou a nossa fé é vã... somos dignos de dó".

O dizer-se "todos os dias" não é frase bonita mas é a única verdade. Assim sendo o cristão autêntico vive da Páscoa e celebra-a sempre que se reúne com os irmãos na fé, nomeadamente na Celebração da Eucaristia de Domingo.

Há quem se diga cristão, mas não lhe entra na cabeça que o não pode ser sem celebrar a Eucaristia Dominical. A ida à celebração, não para assistir mas para celebrar, é o grande tesouro que lega aos filhos e a toda a comunidade.

Quem nos fez crescer na Fé, ama Jesus Cristo "Não amemos com palavras e com a língua, mas com

obras e verdade", escreveu S. João. Tudo isto se aprende na Escola de Jesus e esta tem o ponto alto na Eucaristia.

Como eu, muitos dos leitores do S. Miguel, dirão que nunca faltaram à Eucaristia de Domingo. Ainda me lembro de ir colo de minha mãe e do meu pai... Era o momento mais importante para a família, ninguém ficava em casa....

E dentro da alegria pascal, como iniciei o editorial, o Santa Padre Francisco, o Papa imprevisível, pois não diz as "coisas de véspera", anunciou o Ano Santo da Misericórdia.

Senti uma alegria imensa, certamente fooram muitos que rejubilaram.

Foi uma bênção que foi dada à nossa terra da Maia que, há já há muitos anos celebra a Semana da Misericórdia...Acolho-a como uma bênção terna de Jesus para quem tem sido apóstolo da Divina Misericórdia. Vive-se intensamente essa semana. Somos especiais ao culto a Jesus Misericordioso que tem lugar nas nossa Igreja de Nossa Senhora da Maia e no Santuário. Que a irradiemos para todo o lado.

Vai ser um ano de graça e vai começar a 8 de Dezembro até a Festa de Cristo Rei. O nosso Santuário vai ter lugar preponderante, assim o creio. Entre nós já "acampou" Jesus Misericordioso.

O Mês de Maio é importante para a noss a terra. Todos os dias, às 21h30, há a oração do Terço na Igreja e no Santuário, havendo, na noite do dia 12 a Procissão das Velas com o andor de Nossa Senhora de Fátima.

A nossa Paróquia será inundada de Luz.s. miguel da maia ▪ 1

ANO XXVI ▪ Nº 281 ▪ MAIO 2015 ▪ PREÇO AVULSO 0,50€

DIA 12 DE MAIOA Procissão de Velas com o andor de Nos-

sa Senhora de Fátima, sairá da Igreja de Nos-sa Senhora da Maia, às 21h30,percorrerá a Avenida Santos Leite, sentido poente, Praça do Lavrador, Rua Augusto Simões, Praça Dr. José Vieira de Carvalho, Avenida Visconde de Barreiros, Rua da Igreja, Praça do Santuário. Será um mar de Luz.

Por Maria ao encontro de Jesus.

Page 2: ANO XXVI Nº 281 MAIO 2015 PREÇO AVULSO 0,50€ · O Mês de Maio é importante para a noss a terra. Todos os dias, às 21h30, há a oração do Terço na Igreja e no Santuário,

2 ▪ s. miguel da maia

CONSULTANDO A HISTÓRIA

Continuando a reprodução e leitura do “Livro dos Capitullos da Igreja de S. Miguel de Barreiros” e o registo da visita dos representantes do Balio de Leça a 30 de agosto de 1744: “(…)E como para guardar todos estes paramentos não haja caixão algum capas [capaz], e estando expostos aos ratos se hão de damnificar, mandamos que no termo de seis mezes pena de sequestro se fação caixões novos de castanho com seus almarios e boas fichaduras para guarda dos ditos paramentos o que tudo se fará no dito termo de seis meses a custa da Baliagem (…).”

NOTICIAS DA PARÓQUIAMaria Artur

No dia 10 de Abril, foram nomeados pelo Senhor Bis-po, D. António Francisco, os Corpos Gerentes do Cen-tro Social e Paroquial da Maia. A tomada posse, lavrada em Acta, foi no dia 22 de Abril de 2015, no Lar de Nazaré

Como Pároco da Maia, agradeço a todos os no-meados a disponibilidade para exercerem este car-go, com dedicação, saber e fé.

PROCISSÃO DE VELASNo dia 12 de Maio, às 21h30, sairá da nossa Igreja

de Nossa Senhora da Maia, a Procissão de Luz, com o andor de Nossa Senhora de Fátima. Os tapetes nas ruas, as colchas às janelas, a numerosa multidão são um sinal de que Maria, Nossa Senhora muito nos é querida. Participemos.

Por Maria ao encontro de Jesus

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Pró - VOCAÇÃO, por vocação

BOM DIA!Bom dia, Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Nunca pudemos passar sem Ti, e desde

que nascemos como pessoas e como nação, tens sido companhia, ternura, ajuda, carinho, amor. Obrigado, Mãe. Obrigado, Mãe.

Nunca Te esquecemos, mas, neste mês que é Teu, vais andar mais connosco, vais ser caminho mais sentido e mais comprometido para Jesus.

Tu és o Coração de Deus, Tu és a expressão viva da misericórdia de Deus para com a humanidade, para com Portugal, para com a nossa e Tua querida Terra da Maia.

Como tu, queremos viver mergulhados no amor de Deus. Como Tu, queremos viver mergulhados no amor do próximo, sobretudo do mais frágil.

Tu sabes, Senhora, das desgraças que se têm abatido sobre este pobre mundo. Tu sabes, Senhora, como a nossa sociedade se vai desfazendo, por rejeitar Teu Filho Jesus, que é a Pedra Angular de todo o edifício que se sonha e se quer sólido. Nós queremos ser melhores. Nós queremos famílias melhores. Nós queremos jovens que ajudem a modificar o rumo do mundo.

Contamos com a Tua ajuda, Maria. E Tu conta com o nosso propósito de “sairmos” a anunciar, na alegria, à gente da nossa terra, que só com Jesus e contigo poderemos viver cada dia, um.

s. miguel da maia ▪ 3

Movimento Demográfico Mês de ABRIL

BAPTIZADOS11 - Jacinta Carreiro Sousa - Lia Meireles Forman - Mª Clara Ramos Lopes Toscano Grancho - Mª Teresa Pinto Martins de Oliveira - Ana margarida Rocha Sousa - Ricardo Paulo Monteiro19- Tomás da Silva Nogueira

ÓBITOS12 -Maria Alice Teixeira Ricardo(81anos)26 - Sofia Olinda S. Maia Aroso (93 anos)

VOCAÇÃO: “O SEMEADOR SAIU A SEMEAR”

Equipa Paroquial Vocacional

O Papa Francisco, no seu Tweeter, lembrou há dias dois aspetos da nossa vocação batismal, como pessoas e como comunidade, essenciais para que a alegria de Deus seja semeada entre os homens:

“Nós, cristãos, somos chamados a sair dos nossos «recintos», para levar a todos a misericórdia e a ternura de Deus.” (25/4)

“Cada comunidade cristã deve ser uma casa acolhedora para quem busca Deus e também para aquela pessoa que procura um irmão que a escute.” (28/4)

Estas duas reflexões têm de ser lidas à luz da Mensagem do Papa para o 52º Dia de Oração pelas Vocações (disponível na íntegra na página internet da paróquia, em “Outras Notícias”), em que insiste que “se a Igreja é, por sua natureza, missionária, a vocação cristã só pode nascer dentro duma experiência de missão”, numa atitude de “oferta da própria vida (…) quesó é possível se formos capazes de sair de nós mesmos”. Por isso o Papa diz que “a vocação ou, melhor, a nossa resposta à vocação que Deus nos dá” é “um êxodo”, uma saída como a de Abraão ou a do povo de Israel com Moisés.

Acrescenta ainda o Papa que “esta saída não deve ser entendida como um desprezo da própria vida, do próprio sentir, da própria humanidade; pelo contrário, quem se põe a caminho no seguimento de Cristo encontra a vida em abundância, colocando tudo de si à disposição de Deus e do seu Reino”. E continua

“A experiência do êxodo é paradigma da vida cristã (…). Consiste numa atitude sempre renovada de conversão e transformação, em permanecer sempre em caminho, em passar da morte à vida, como celebramos em toda a liturgia: é o dinamismo pascal”.

O Papa lembra em seguida que “esta dinâmica do êxodo diz respeito não só à pessoa chamada, mas também à actividade missionária e evangelizadora da Igreja inteira. Esta é verdadeiramente fiel ao seu Mestre na medida em que é uma Igreja em saída, não preocupada consigo mesma, com as suas próprias estruturas e conquistas, mas sim capaz de ir, de se mover, de encontrar os filhos de Deus na sua situação real e compadecer-se das suas feridas”, afirmando ainda que “esta dinâmica de êxodo rumo a Deus e ao homem enche a vida de alegria e significado”. Assim nos alerta contra a tentação de ficar comodamente à espera de que os necessitados venham ter connosco às nossas igrejas e instituições.

Aos jovens (mas vale para todos!) o Papa lança um desafio: “não haja em vós o medo de sair de vós mesmos e de vos pôr a caminho!”.E conclui dizendo: “Como é bom deixar-se surpreender pela chamada de Deus, acolher a sua Palavra, pôr os passos da vossa vida nas pegadas de Jesus, na adoração do mistério divino e na generosa dedicação aos outros! A vossa vida tornar-se-á cada dia mais rica e feliz.”

De facto, como lembra o Papa, “a vocação é sempre aquela ação de Deus que nos faz sair da nossa situação inicial, nos liberta de todas as formas de escravidão, nos arranca da rotina e da indiferença e nos projeta para a alegria da comunhão com Deus e com os irmãos.”

Como bem nos lembra a parábola, “o semeador saiu a semear”; não ficou à esperaem casa! Cada um de nós saberá onde está o doente, o pobre, o jovem sem esperança, o casal desavindo, o desempregado, o solitário, o rejeitado, em direção a quem terá de sair para semear a alegria de Deus.

BOM DIA!

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Manuel Machado

Maria Teresa e Maria Fernanda

Neste pequeno livro, intitulado saboreando a Salve-Rainha, encontramos uma reflexão/meditação para cada um dos dias,deste mês de maio, sempre dedicado a MARIA, Mãe de Jesus e Nossa Mãe.

Ébaseado na oração da Salve-Rainha que aqui é explicada, invocação a invocação, permitindo-nos rezá-la, com mais profundidade e ternura e não tanto de modo rotineiro.

Ao rezarmos a Salve-Rainha estamos a fazer pre-sença de toda a realeza de Maria, na medida em que a deixamos reinar como ela deixou que Deus reinasse em si – assim lemos sobre a invocação: Salve – Rai-nha. E as reflexões sucedem-se sobre Mãe de Miseri-córdia, Vida, Doçura, Esperança nossa,…

A enriquecer a explicação de cada uma das cita-ções desta oração mariana o autor deste livrinhofá--la preceder de pequenos fragmentos retirados, em grande parte, do livro Tratado da verdadeira devoção

à Santíssima Virgem, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Concretizando, quando citamos “Nos mostrai Jesus”, os escritos deste santo, aqui apresenta-dos, remetem-nos para um aprofundamento sobre Jesus: “Jesus Cristo, nosso Salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, deve ser o fim último de todas as devoções...o Caminho único que nos deve conduzir, a única Verdade em que devemos crer, a única Vida que nos deve animar, o único Tudo, que nos deve bastar em todas as coisas…”

Seráatravés de Maria que melhor havemos de conhecer este Jesus a quem queremos amar, servir e … chegar.

Pela gravidade da situação, porque afecta a nossa sensi-bilidade cristã de pessoas idosas educadas no respeito aos demais e, principalmente, pela desumanidade que o acto em si representa, aqui faço eco do último comunicado da Co-missão Nacional Justiça e Paz, para nossa reflexão.

«Vemos, ouvimos e lemos que em Lahore, no Paquistão, foram mortas 14 pessoas em duas Igrejas Cristãs: católica e de comunhão anglicana.

Vemos, ouvimos e lemos que a madre superiora de uma congregação, na Índia, foi violada durante um assalto ao con-vento onde residia.

Vemos, ouvimos e lemos notícias sobre refugiados cris-tãos assírios, caldeus e sírios, no Líbano.

Vemos, ouvimos e lemos o grito do Patriarca de Antio-quia, após o sequestro, por parte do

Estado Islâmico, na Síria, de 150 cristãos: "Eles não res-peitam a vida humana".

Vemos, ouvimos e lemos que na Nigéria as mulheres crianças são usadas para ataques suicidas.

Vemos, ouvimos e lemos o assassínio, na Líbia, de 21 trabalhadores cristãos coptas.

Vemos, ouvimos e lemos os relatórios da Ajuda à Igre-ja que Sofre e damos conta das perseguições aos cristãos no Afeganistão, na República Centro Africana, no Egipto, no Irão, no Iraque, nas Maldivas, na Nigéria, na Arábia Saudita, na Somália, no Sudão, no Iémen, em Mianrnar na China, na Eri-treia, na Coreia do Norte, no Azerbaijão e no Usbequistão«.

Vemos, ouvimos e lemos a recente tragédia dos refugia-dos no Mar Mediterrâneo.

Vemos, ouvimos e lemos o Papa Francisco afrrmar que "O sangue dos nossos irmãos cristãos é um testemunho que clama. Quer sejam católicos, ortodoxos, coptas ou lute-ranos, não importa: são cristãos! E o sangue é o mesmo. O sangue confesso de Cristo".

Não podemos ignorar os nossos irmãos perseguidos e mortos que cometeram o "pecado" de se assumirem como cristãos. É que se um membro sofre, todos sofremos com ele.

Não podemos ignorar os fiéis muçulmanos e de outras religiões que também são vítimas do extremismo funda-4 ▪ s. miguel da maia

Nem parece maio!A chuva cai forte,Vem dum céu cinzento,Sem brilho, sem colorido…Onde está a primavera,Por onde andará este ano,O belo maio florido?

Mas eu tenho esperança!Tenho esperança de verO sol deste mês de maioMuito brilhante a abrirNum céu azul sem núvens…E à noite, as estrelasA cintilar, a luzir…

E ao semicerrar os olhosAo fixar as estrelasLá longe, no céu distante,Sinto Maria sorrindo,Maria, mãe de Jesus,Me dando fé e esperançaCom seu rosto emoldurado Numa auréola de luz.

Ana Maria Ramos

MAIO COM CHUVA

"VEMOS, OUVIMOS E LEMOS..."

LIVRO A LIVRO

mentalista. Não podemos ignorar, também entre nós, os filhos que

recusam assistência religiosa aos pais idosos, e os pais que não dão oportunidade aos filhos de conhecerem Cristo e a sua doutrina.

Não podemos ignorar que o templo de Deus somos nós mesmos e que ao sermos violentados e perseguidos, é também Jesus Cristo que sofre.

Não podemos ignorar o apelo do Pontífice Papa Fran-cisco para "que esta perseguição contra os cristãos, que o mundo procura esconder, acabe e haja paz".

Termino com este mais recente exemplo lamentável ocorrido no Paquistão com a mártir Asia Bibi, cristã e mãe de 5 filhos: Um dia ela foi buscar água a um poço comunitá-rio. As mulheres muçulmanas protestaram dizendo que ela por ser cristã "contaminaria a água". Exigiram que se con-vertesse ao islão. Como recusou, foi condenada.

Na minha fraqueza humana, chego a pensar: Meu Deus, Meu Deus, por que nos abandonas-

Te? Mesmo acreditando nas "pegadas na areia".

Auditório do Lar de Nazaré

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Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 - 914874641 - 229411492 - 910839619

www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue

Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes; Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa; José Sousa; P. Domingos Jorge

E.P.P.F

A Equipa Paroquial , tendo em conta a Pastoral da Diocese, está a convidar os Casais, que este ano cele-bram 10, 25, 50 1 60 anos de Matrimónio para o Dia Diocesano da Família que terá lugar no dia 31 de Maio, em Santo Tirso. Desde já lança o convite. Porque estamos numa cidade, o convite para atingir a maior parte dos Casais é feito nas Eucaristis de DomingoComecem a responder utilizando os telefones abaixo indicados. Serão contactados posteriormente.

s. miguel da maia ▪ 5

CPM - PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÓNIO

EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

Nas instalações do Lar de Nazaré e Santuário do Bom Despacho, na Maia, de 07 a 30 de abril, decorreu o 81º “Curso” do CPM (Centro de Preparação para o Matrimónio), tendo-se inscrito 36 pares de Noivos, tendo completado 34.

Os temas, no total de seis, foram “tratados” pelos Noivos e moderados pelos Casais Animadores, em grupos de trabalho, aleatoriamente constituidos.Do empenho e do interesse postos na discussão dos temas era dada mostra, aquando da realização dos plenários.O testemunho vivencial dos Casais Animadores e a intervenção, sempre indispensável, do Assistente Espiritual - Pe. Domingos Jorge – contribuíram para o enriquecimento dos temas e para o objetivo do “Curso” que é proporcionar um local e tempo de discussão de temas que interessam a todos aqueles que se preocupam com as coisas do amor, da felicidade, diria, da Vida.

Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos os Casais, ao Assistente Espiritual e ao Diácono Jorge Moreira a disponibilidade e a gratuidade demonstradas. Quanto aos Noivos, tal como costuma dizer o Pe. Domingos, que o “Curso” do CPM seja a melhor prenda que levam para o casamento. O casal responsável do CPM, da Maia Maria Armandina e Jorge Lopes

"À Sagrada FamíliaDe Jesus, Maria e José Pedimos a graça da féPara viver com alegria.Sejamos rosto de amorConstrutores de comunhãoViveremos em união À imagem de Deus Pai e Senhor."

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Maria Luisa C. M. Teixeira

MAIO O MÊS DO ESPLENDOR

Novamente somos chegados ao mês de Maio, o mês mais belo do ano. A natureza parece que mais uma vez nos repete que é, sempre, possível renas-cer. Renascer… quantas vezes do nada! O Outono e o Inverno reduzem as árvores e toda a vegetação ao limite da existência. Olhando a terra no fim do Inverno, vê-se com uma certa nostalgia que muitas das plantas que dela brotaram na Primavera e a ocu-param no Verão, desapareceram, não as voltaremos a ter e talvez tenham que ser renovadas muitas das sementeiras ou replantadas outras plantas nos seus lugares. Mas, chegada a Primavera, tudo se renova e, quantas vezes ressurgem com uma vitalidade encan-tadora tantas das plantas que pensávamos desapa-recidas com a chuva, o vento e o frio. Neste tempo, e especialmente no mês de Maio, ao deixarmos es-praiar o nosso olhar pela natureza fora, até ao limite do horizonte, ficamos embebidos de uma paz imensa pelo verde tão doce e suave que a folhagem acabada de se oferecer á luz do sol se nos dá numa dádiva es-plendorosa do Criador. E desse largo olhar, passando ao olhar do pormenor vemos as infinitas maravilhas com que a natureza de novo se vestiu. Então, não nos chega sequer o tempo, para admirar, os pormenores, a beleza de cada espécie que se desenvolve ou mes-mo inalar deliciadamente o perfume com que muitas flores nos sensibilizam. È a maravilha deste planeta terra que se manifesta no nosso país nesta altura do ano. È uma graça imensa pela qual não podemos deixar de nos sentirmos muito gratos a Deus, e na qual poderemos, ou deveremos deixar-nos contagiar e assim renovar as nossas forças, as nossas ener-gias, quantas vezes um pouco adormecidas ou des-falecidas. Contemplar silenciosa e demoradamente a força com que a nudez e o vazio do inverno foi combatido pela natureza e a fez reaparecer na maior pujança e beleza do ano, revigora-nos por dentro e pode favoravelmente trazer-nos um novo ânimo ou um rumo diferente á nossa vida.

Coincidentemente Maio é o mês que iniciamos a festejar o dia daquela que dá a vida a cada ser huma-no, a Mãe. Na figura da Mãe celebramos a mais bela e importante ação criadora de Deus. De tal modo que Ele mesmo se fez homem através do Seu filho que enviou á terra nascido como todo ser humano de uma mulher, a Virgem Maria, Mãe do filho de Deus e nossa Mãe do Céu.

Quis também Deus abençoar privilegiadamente o nosso país com as aparições da Virgem Santíssima,

em Fátima. Sendo o mês de Maio o primeiro em que essa graça tão grande se deu em revelação ao nos-so povo, é pois, também este mês, muito belo pela devoção mais vivida através da oração do Terço feita em comunidade nas nossas igrejas.

O mês de Maio é, quanto a mim, um mês que in-duz o nosso estado de espirito a sentirmo-nos mais próximos de Deus, orando-Lhe pelas graças que nos concede no esplendor da natureza e porque nos sentimos, também, mais próximos da sua escolhida Virgem Maria por ser o mês a ela mais dedicado. É pois, um tempo muito propicio á oração. Deus quei-ra, neste Maio, possamos ter tempo para parar o fre-nesim do dia-a-dia da vida encontrando momentos tranquilos, de paz e silêncio para admirar a maravi-lhosa criação de Deus e deixar que Ele fale dentro de nós na profundidade das coisas e na comunicação nas horas de oração.

6 ▪ s. miguel da maia

Misericordiae Vultus -BULA DE PROCLAMAÇÃO DO JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MI-SERICÓRDIA - Papa Francisco

"Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.

Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na mise-ricórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai..." Papa Francisco.

MISERICORDIAE VULTUS

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55 ANOS “EM PISTA COM BADEN-POwELL”

s. miguel da maia ▪ 7

No passado dia 24 de Abril, o Agrupamen-to 95 –Maia comemo-rou 55 anos de vida!

Esta data foi assi-nalada pela inaugura-ção de uma exposição no edificio da Junta de Freguesia da Cida-de da Maia. Estiveram

presentes o Sr. Presidente da Câmara da Maia, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal da Maia, a sra. Presidente da Junta de Freguesia da Cidade da Maia e ainda outros autarcas, que nos seus discursos mostraram satisfação pelo evento e mais uma vez demonstraram total disponibilidade para continuar a apoiar o Agrupamento nos seus fins de educação não formal de crianças e jo-vens. A Provedora da Santa Casa da Mi-sericórdia da Maia também nos honrou com a sua presença, assim como Diri-gentes do Núcleo Litoral, antigos Es-cuteiros do nosso Agrupamento e os Pais e familiares dos nossos Elementos. Somos gratos pelo carinho demons-trado!

Nesta exposição estão retratados vários momentos que de alguma forma foram marcantes, tanto na história do Agrupamento, como na vida de mui-tos Escuteiros que passaram pelo 95 – Maia. Todos estão convidados a visitar

esta exposição até ao dia 1 de Junho, no horário de expediente da Junta de Freguesia da Cidade da Maia ou ain-da no dia 16 de Maio, sábado, durante todo o dia.

Ainda durante o fim de semana de 24 a 26 da Abril, todo o Agrupamento viveu um atividade em conjunto, fazen-do um grande acantonamento, pois o tempo não permitiu que se montas-sem as tendas para acampar. O entu-siasmo dos Lobitos, Exploradores, Pio-neiros e Caminheiros nos jogos, nos ateliers, nas visitas à Cruz Vermelha e à Torre Lidador no programa Maia 360º, foi visivel. Na Eucaristía de Domingo tivemos a presença do Chefe Regio-nal do Porto e do Chefe do Núcleo Litoral, que muito nos honraram com a sua presença. As palavras do nosso Assistente, sr. Padre Domingos e os parabéns da comunidade, alegraram--nos o coração. De seguida, o almoço partilhado com os Pais e familiares dos nossos Escuteiros foi o culminar des-tes dias de festa.

Agradecemos a todos aqueles que quiseram partilhar connosco esta alegria imensa de pertencer a uma fa-milia com 55 anos, o Agrupamento 95 – Maia. Bem-Hajam!

Por uma Juventude melhor, - Palmira Santos

O Papa Francisco, sendo ainda Arce-bispo de Buenos Aires, escreveu um livro intitulado “O verdadeiro poder é servir”. Ainda não tive oportunidade de o ler na sua integridade. Logo que possível, não deixarei de o “devorar”. Gostava, no entanto, de pegar na ideia sugerida pelo título – algo que me preocupa há muito - e de tecer algumas considerações sobre vasta área de governantes de Portugal, sem citar nomes mas tão somente ati-tudes.

Dum modo geral e desde há muito, vejo com pena que as atitudes de vas-ta gama de governantes não significam “servir”, mas sim “dominar” e “servir-se”. Não será necessário dizer que um outro esforço seu será melhorar a sua conta bancária, embora quem trabalha mereça receber o que é justo. As lutas interparti-dárias e as lutas por poder colocar o seu nome no "galarim" das hipóteses de vi-tória mais parecem maratonas nacionais em luta pelas chaves do Governo, da As-sembleia Nacional e de Belém, numa per-feita imitação das guerrilhas de capoeira de vários seres irracionais.

Em muitos dos discursos “comiciei-ros” dos candidatos, não se fala do que o povo carece, mas sim da “penteado” e do “brilho dos sapatos” de cada orador. O povo e os seus problemas mais graves

À LUZ DA VERDADE O VERDADEIRO PODER É SERVIR

são mais pontos de partida para “des-compor” um concorrente nas lutas pela posse de mais volume de voz na rua e nas praças.

Em muitos das análises que os con-correntes aos diversos poderes tecem como desmistificadoras da “inutilidade” e desconcerto daqueles a quem o povo, em cada tempo, deve obedecer surdo e mudo, não há uma busca verdadei-ramente justa pelo discernimento dos contravalores da democracia vigente, mas sim autênticas diatribes “poéticas” e vazias cuja leitura nos deixa de boca aberta à espera de podermos com-preender onde está a “mensagem salva-dora” de cada novo “messias”.

Dá-me muita pena, quando vejo o que a televisão nos dá quando percorre as bancadas do Parlamento, ou seja, cen-tenas de pessoas mudas e caladas com os dedos nos computadores, enquanto que meia dúzia procura manter no ar o som ambiental para que a Assembleia pareça integrada por paladinos da ver-dade e da luz. Metade daquela multidão de parlamentares, a trabalhar em novos moldes, não seria mais útil a um país tão pequeno como é o nosso? Em Angola, donde acabo de chegar, depois de 16 anos de serviço ao povo daquele país, há Províncias maiores que o nosso País…

e sem o brilharete de tantos políticos de camarim comissionados para baterem palmas.

De quando em vez vão para a rua e para o desemprego muitos cidadãos, com motivações oficiais as mais diversifi-cadas e continua-se a multiplicar

“tachos” oficiais sem aparente uti-lidade. No entanto – que eu saiba – a imigração ainda não bateu à porta dos políticos, a não ser daquele tipo de com-petição para os diferentes corredores da União Europeia. Como sofre o observa-dor atento das aldeias do interior quan-do, por necessidade ou por lazer, tem de visitar alguma delas, com os prédios a ruir e meia dúzia de pessoas de ida-de avançada vai dando vida aparente às suas ruas. Mas, nas praças dessas aldeias, não aparecem políticos a “vender o seu peixe”. E essa é uma fatia importante do país que deveria merecer mais políticos em atitude de serviço”.

Oxalá que os novos tempos possam contemplar, nas liças eleitorais, mais can-didatos em cujo tom de voz transpareça verdadeiramente o “amor pelo povo”, pelo povo que lhes vai pagar o ordenado quando, terminada a peleja, assumirem as rédeas da governação.

Pe. Álvaro Teixeira, cmf

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8 ▪ s. miguel da maia

CONFERÊNCIA VICENTINAEleiçõesMês de Abril, mês de eleições na conferência vicentina de N.Sra. do Bom Despacho. O candidato ao cargo de

presidente, Mário Figueiredo Ribeiro Pires, foi eleito tendo merecido a confiança de cem por cento dosvotantes na assembleia eleitoral de 15 de Abril. A Mesa, resultante da escolha do seu presidente, ficou assim constituída:

Presidente Mário Figueiredo Ribeiro Pires / Vice-presidente Maria Alice Faria de Carvalho RochaSecretária – Maria Angélica Teixeira / Tesoureiro José Manuel Ferreira de Sousa Vogal – Mário Luis Sousa Soares

Conselheiro espiritual Padre Domingos Jorge do Adro

Ao presidente da conferência desejamos as maiores felicidades na certeza de que o seu sucesso será osucesso de todos e de que na mudança, também há sempre razões de esperança

A maior bênção....As pessoas passam, as instituições permanecem, o ditado popular afirma até que, “rei morto, rei posto”. No entanto o

homem tem memória, a sua maior bênção ou a sua maior maldição, seja pelo que deseja perpetuar, seja pelo que gostaria de esquecer. É esta memória que não nos permite esquecer tantas e tantas pessoas que , nas mais diversas áreas, dedicam a sua vida, ou parte dela, a melhorar a vida do homem, a melhorar a vida do Outro. Infelizmente, também vemos que, maioritariamente, não são estes os distinguidos, os reconhecidos pela sociedade em geral que, ao contrário, parece, em muitas situações, valorar pessoas e ações que nada têm a ver com estas preocupações.

Vem isto a propósito do pedido de demissão apresentado pelo presidente da nossa conferência, o eng. Carlos Alberto de Oliveira Costa, que exerceu este cargo durante 4 anos. Sendo eu um dos confrades mais recentes, dado que faço parte desta conferência há pouco mais de um ano, habituei-me, como todos os outros, a apreciar o seu carácter afável, a sua disponibilidade para ouvir, o seu espírito conciliador mas determinado, a sua capacidade para manter o foco no essencial.Com o eng. Carlos Costa todos entendemos que o apoio vicentino vai muito para além do “ fornecer” bens materiais, ainda que indispensáveis: o vicentino sabe que o seu irmão precisa igualmente de um amigo, um suporte espiritual e afectivo, que o ajude, que lhe dê forças para tentar vencer a situação desfavorável em que se encontra.

Como os homens têm memória, logo não são descartáveis, o Carlos Costa ficará para sempre ligado ao “renascimento” da Conferência de N. Sra do Bom Despacho e à nova dinâmica mobilizadora dos seus processos .

Expressando o sentir dos vicentinos e, estou em crer, da comunidade mais alargada, deixamos aqui o nosso agradecimento ao vicentino Carlos Costa; nós por cá tentaremos dar continuidade ao trabalho, respeitando a “arquitectura” que traçou, na esperança de que, brevemente, possa regressar.

"...Celebramos a festa da Bênção na Academia do Porto. É um dia feliz para todos nós, mas sobretudo para vós, ca-ros finalistas, para as vossas famílias, para os vossos amigos, para as vossas terras e para as escolas frequentadas ao longo do vosso percurso académico. É um dia feliz para a cidade do Porto, para a Aca-demia e para todos os portuenses.

A Igreja está convosco, neste gesto de bênção, como sempre esteve com solicitude fraterna, através das comuni-dades cristãs que aqui vos acolheram e da Pastoral Universitária que vos acompanhou ao longo destes anos.

O dia da Bênção constitui uma data assinalável, inscrita para sempre no calen-dário das vossas vidas. Este dia é uma eta-pa essencial do percurso feito e da cora-gem necessária para a viagem a realizar, a partir daqui. A melhor bênção que daqui levais consiste na certeza de que Deus vos ama e vos acompanha no caminho.

Esta é uma hora de ação de graças a Deus pelo caminho percorrido, pelo esforço feito, pelo trabalho realizado, pelo mérito alcançado e pelos resulta-dos conseguidos. Esta é uma hora de gratidão aos vossos pais e às vossas fa-mílias, aos vossos professores e às vos-sas escolas, sempre presentes, desde o berço da vida nos vários degraus do caminho que vos fez chegar aqui.

O horizonte do sonho não se esgo-ta hoje nem se circunscreve a esta bela

DA HOMILIA DE D. ANTÓNIO FRANCISCO, NOSSO BISPO NA BENÇÃO DAS PASTAS

moldura humana e à alma cristã que a habita e anima. O tempo da Universi-dade foi para cada um de nós, bem o sabemos e sentimos, o tempo necessá-rio para aprendermos a assumir as exi-gências da vida, a descobrir as energias positivas dos obstáculos, a transformar as dificuldades em possibilidades e as crises em oportunidades. O tempo da Universidade constituiu, para cada um de nós, tantas vezes o experimenta-mos e agradecemos, o tempo útil para integrarmos o saber adquirido na sa-bedoria da vida.

A Universidade ofereceu-nos o dom abençoado das pessoas encontradas, dos mestres competentes, dos funcionários dedicados e dos companheiros inesque-cíveis. A Universidade será sempre, para cada um de vós, um marco maior, um sinal determinante e uma memória ines-quecível de toda a vossa vida.

AUniversidade treinou-nos para ser-mos capazes de decisões, de compromis-sos, de respostas ao serviço das causas da dignidade humana, da valorização da vida, da consolidação da família, do desenvolvi-mento científico, do progresso económi-co, da justiça social e da paz.

Conhecemos, como nos recorda-va o Papa Francisco na mensagem an-teontem dirigida aos participantes da Exposição Internacional de Milão, os dramas das pessoas sem pão, sem casa, sem trabalho, sem paz, sem alegria e

sem esperança.A Igreja esteve sempre, desde os

tempos apostólicos, na vanguarda des-te serviço solidário aos mais pobres e desta solicitude permanente pelos que mais sofrem.

Somos convidados a reinventar a solidariedade, com ousadia e com perseverança. A Universidade é hoje, também, esta escola de sabedoria, de diálogo e de solidariedade no coração do mundo.

É proibido desistir de acreditar e de confiar, caros Finalistas! Convosco é possível sonhar e construir um mundo melhor! O mundo precisa de jovens como vós! O nosso país deve saber dar-vos valor, abrir-vos espaço e contar convosco.

Oxalá o Mundo e a Igreja saibam aprender convosco o amor pela vida, o respeito pelas pessoas, o encanto da alegria, o valor da verdade, a preocu-pação pelo bem comum, o anseio da

Maria Alice Rocha

Continua na PÁg. nº 9

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QUEM SÃO OS MISSIONÁRIOS COMBONIANOS?

s. miguel da maia ▪ 9

Os Missionários Combianos estão aqui na Maia desde há muitos anos. Mas afinal, quem são estes missionários? Quantos são? Que fazem?

A congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus - MCCJ - foi fundada por S. Daniel Com-boni a 1 de Junho de 1867, em Verona, na Itália.

No início era constituída por sa-cerdotes e leigos de diversas nacio-nalidades, sem votos religiosos. Em 1885, o instituto foi transformado em congregação religiosa, tendo recebido o nome de Filhos do Sagrado Coração de Jesus. As primeiras Constituições foram aprovadas em 1910, as quais es-tabeleciam com finalidade do institu-to a «conversão dos povos da África Central e de outros povos que fossem confiados ao Instituto como finalidade da Congregação».

O instituto conheceu o período de maior expansão na Europa após a II Guerra Mundial, aceitando também campos de trabalho no continen-te americano. Em 1988, obedecendo aos apelos da Ásia, os Combonianos enviaram para as Filipinas o primeiro grupo de cinco missionários.

Os Missionários Combonianos chegaram a Portugal em 1947. A pri-meira casa foi construída em Viseu. Seguiram-se as de V. N. de Famalicão, Maia, Lisboa, Coimbra e Santarém.

Os Combonianos portugueses são 93: 70 padres e 23 irmãos. Em Se-tembro de 2010 assumiram o cuidado pastoral das paróquias de Camarate e Apelação, situadas no concelho de Loures, às portas de Lisboa. Editam as revistas Além-Mar e Audácia dedicam--se à animação missionária das igrejas locais, à pastoral juvenil e à promoção

de vocações. A 1 de Janeiro de 2011, os Missio-

nários Combonianos no mundo eram 1639, dos quais 20 são bispos, cerca de 1236 padres, 255 irmãos e 128 pro-fessos com votos temporários. Estes membros são oriundos de 33 nações, estando presentes em 30 países de quatro continentes.

P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

BODAS DE OURO DE SACERDÓCIO:

Damos muitos parabéns pelos 50 anos de sacerdócio ao Padre José de Sousa, missionário comboniano que trabalhou muitos anos na África e no Brasil, e que agora está na Maia, Portugal. A celebração das Bodas de Ouro do Padre José de Sousa terá lugar no domingo, 28 de Junho, na Sé de Viseu, juntamente com o Padre Luís Albuquerque que este ano também celebra 50 anos de sacerdócio. Damos graças a Deus pela vida sacerdotal e missionária do Padre José de Sousa e pedimos ao Senhor que continue a conceder-lhe muitas bênçãos.

FESTA DOS FAMILIARES DOS MISSIONÁRIOS COMBONIANOS, NA MAIA

A Festa dos Familiares dos Combonianos, na Maia, no domingo, dia 12 de Abril, reuniu cerca de 200 pessoas. O P. José Vieira, superior provincial dos Mis-sionários Combonianos em Portugal, deu as boas vindas aos familiares que vie-ram de vários pontos do país, e deu informações sobre os vários combonianos portugueses que se encontram a trabalhar em diversos países do mundo.

O Ir. Bernardino falou da sua experiência missionária no Peru e Colômbia, o P. José Joaquim, que trabalha na missão do Malaui, presidiu à Eucaristia, à qual se seguiu o almoço de confraternização e uma tarde de convívio entre todos os presentes. Foi um dia bonito, vivido em família e com muita alegria.

DA HOMILIA DE D. ANTÓNIO FRANCISCO, NOSSO BISPO NA BENÇÃO DAS PASTAS

justiça e o testemunho de fé.A vossa felicidade depende de

muitos. Concretamente de quantos, estando atentos aos vossos valores, são responsáveis por vos abrir as portas do mundo do trabalho, do de-senvolvimento e do progresso de um País, que não vos pode ignorar nem dispensar. Mas a vossa felicidade de-pende sobretudo de vós: da verdade da vossa vida e da seriedade do vosso trabalho. Esse é também o sonho e o desejo de Deus para vós! Essa é a ra-

zão deste Dia de Bênção que para vós imploramos de Deus!

5. Vivemos o mês de Maio com o olhar e o coração voltados para a Mãe de Jesus e Mãe da Igreja. Em Portugal acresce a esta antiga e consagrada tra-dição da Igreja a coincidência de ter acontecido a treze de Maio de 1917 a primeira Aparição de Nossa Senhora, em Fátima.

Confio-vos, caros finalistas, à pro-teção da Mãe de Deus e nossa Mãe. Que a Mãe de Deus vele por vós com

o seu afeto materno. Que vos ilumine nos vossos caminhos, nos vossos tra-balhos e nos vossos projetos. Confio também à Mãe de Deus as nossas mães, neste Dia da Mãe.

Queridas mães: abençoai os vossos filhos com o vosso amor, com a vossa ternura, com a vossa oração! Queridas mães: abençoai-nos a todos nós!

Obrigado Mães! Parabéns Finalis-tas!

Porto, Avenida dos Aliados, 3 de maio de 2015António Francisco, Bispo do Porto

Continuação da PÁg. nº 8

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O primeiro grau da Sabedoria é saber calar. O segundo, saber falar pouco e moderar-se no discurso. O terceiro é saber falar muito, sem falar mal e sem falar demasiado. (Jose-ph Antoine Toussain, Abade de DINOUART) (1716 - 1786).

Há duas situações que indicam fraqueza: Calar-se quan-do é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se (Provér-bio Persa).

Fui habituado, desde pequeno, a guardar silêncio. Tínha-mos horas para falar, horas para brincar... e horas para guar-dar silêncio e trabalhar.

A grande e profunda experiência que tive sobre o silên-cio foi quando fiz os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loiola. Têm a duração de trinta dias (são os famosos exercí-cios espirituais de mês dos Jesuitas). Durante esse tempo não se podia falar, a não ser por algum motivo especial e urgente. O tempo dividia-se entre a oração, a leitura e a meditação. Foi uma experiência muito enriquecedora, necessária e fun-damental para a nossa vida espiritual futura. Aprendemos a rezar em silêncio, a ouvir o silêncio, a meditar.

Por mais tendência que se tenha para o silêncio, deve-mos sempre desconfiar de nós próprios. E se se sentir de-masiado desejo de dizer alguma coisa, tal será muitas vezes motivo suficiente para nos decidirmos a não a dizer. Quando se tem algo importante a transmitir há que parar e prestar uma atenção muito especial: devemos dizê-la primeiro a nós próprios, e, após esta simples precaução dizê-la novamente para que não tenhamos nós próprios de nos arrepender de o fazer. Os poetas. os escritores, os músicos, os artistas, os santos, são os cultivadores, por excelência, do silêncio. Cris-to retirou-se para o deserto... É nosilêncio das nossas casas, que a vida cresce, e é lá, principalmente, que os nossos filhos adquirem esses valores e os começam a pôr em prá-tica.

Costuma dizer-se que o silêncio é de ouro. Mas, num sentido mais profundo, pode dizer-se, também, que é no nosso silêncio interior que contactamos com Deus e é aí onde a nossa vida se constrói

Mário Oliveira

“Coração de Mãe Nunca Se Engana” é um livro publica-do há pouco tempo. Em tempo oportuno, perto do primei-ro domingo de maio, Dia da Mãe. É, muito possivelmente, um mimo bem bonito para se dar à mãe, pois o título é sugestivo. Mais ainda que é escrito por uma mãe sobre as vi-vências com o seu próprio filho de sete anos. Quanto mais que Maria Inês Almeida, a autora, jornalista de formação e escritora, está vocacionada para a escrita infantojuvenil. Todo o seu trabalho profissional é orientado para crianças. Utiliza vários meios, internet, televisão e escrita, para veicu-lar informação infantil, quer direcionada para os pais, quer direcionada primeiramente às crianças.

O livro apresenta-nos as descobertas que mãe e filho fazem juntos – o mundo, a vida, a amizade e o amor. Des-creve-nos as perguntas ingénuas mas perspicazes de uma criança, bem como as suas inesquecíveis frases também elas ingénuas mas que muitas vezes nos deixam a pensar… Conceição Dores de Castro

Há um outro coração de mãe que nunca se engana, um coração maior, maior que todos os corações do mundo. Maria, a nossa Mãe do céu, tem um coração de mãe que a todos ampara, que “dá sem esperar nada em troca e com-preende tudo, mesmo o que não é dito”. Mesmo o que dei-xamos no silêncio do nosso sofrimento, nas nossas lágri-mas caladas, nos nossos braços caídos. O coração de Maria conforta-nos, anima-nos, é um porto seguro.

Neste mês de maio, mês de Maria, temos a oportunida-de singular de nos aconchegarmos mais e em comunidade ao coração da nossa Mãe Maria ao recitarmos o terço nas nossas duas igrejas. Em cada serão deste mês, nós, como filhos dedicados, deixamos aos seus pés as nossas preocu-pações, as nossas ansiedades e também as nossas alegrias.

Coração de Mãe nunca se engana e esperamos sempre o Seu colo aconchegante.

CAMINHANTES OU ACOMODADOSA ARTE DE CALAR

“CORAÇÃO DE MÃE NUNCA SE ENGANA”

10 ▪ s. miguel da maia

VIAGEM AOS PAíSES BÁLTICOS

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A TRAGÉDIA DOS IMIGRANTES AFRICANOS NO MEDITERRâNEO OCIDENTAL

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No passado dia 19 de Abril, o naufrágio ao largo da Sicília de mais um barco de imigrantes ile-gais oriundos de vários países de África foi fez durante vários dias a manchete dos jornais, rádios e te-levisões do mundo inteiro. Os 800 mortos deste acidente fizeram dele o maior dos que, infelizmente, vêm ocorrendo desde há vários anos a esta parte, no mesmo cenário e com as mesmas origens. E fizeram também com que se transformasse num foco de aceso debate político, designadamente a nível da União Europeia (U.E.).

Como é compreensível numa situação com este dramatismo, nin-guém se poupa a opinar, a criticar e a aventar soluções para o problema. Ouvimos teses radicais. Umas a de-fender que a Europa não pode rece-ber mais nenhum emigrante, outras, no extremo oposto, a defender que tudo se resolveria se a U.E. aceitas-se receber todos os que tentam entrar ilegalmente no seu espaço; e que, se fosse esta a opção dos go-vernantes europeus, quiçá, nem esta tragédia nem as que lhe antecede-ram teriam ocorrido…

É bom de ver que nenhuma das propostas radicais são opções reais. Fechar as portas à imigração signi-fica que, com a baixíssima taxa de natalidade existente em quase to-dos os Estados Membros da U.E., não haveria mão-de-obra suficien-te para operacionalizar o aparelho produtivo. E abrir as fronteiras de par em par a todos e cada um que quisesse vir para cá, significaria que iriamos criar condições para situa-ções de explosão social, numa so-

ciedade europeia que tem uma taxa de desemprego que ronda os 15%, mas que ultrapassa os 20% e mes-mo 25% em vários dos seus Esta-dos Membros.

Descontados estes incontorná-veis extremismos, próprios de uma sociedade a quem é permitida a li-berdade de expressão, mesmo no direito ao disparate, neste debate político em torno da tragédia do naufrágio predominou o tom crí-tico em relação à União Europeia, pela incapacidade de uma aborda-gem comum ao problema.

A sua causa não reside, segura-mente, na União Europeia. Estánas enormes desigualdades de rendi-mento e condições de vida no mun-do em que vivemos enos conflitos armados em vários países de Áfri-ca. Ora, sendo a Europa o vizinho mais próximo, e sendo este vizinho consideravelmente mais rico, com-preende-se a natureza deste êxodo migratório e o facto de sobrar para a União Europeia.

É também inquestionável que o facto de a U.E. não ter uma Políti-ca Externa e de Segurança Comum (PESC), não ajuda a resolver as si-tuações que têm ocorrido. Assim sendo, cada país afectado tem que gerir estas situações com os seus próprios meios, apesar de os imi-grantes não se dirigirem especifi-camente a eles, países da fronteira sul da U.E., mas preferindo espe-cialmente aos países mais ricos do centro e norte da Europa.

É, assim, incompreensível, que a União Europeia não tenha sido ca-paz de criar uma política para lidar com o problema e, designadamente, apoiar os seus Estados Membros da fronteira sul em meios financeiros e materiais. Durante alguns anos teve a funcionar a operação de vi-gilância e controle Mare Nostrum. Mas, porque custava cerca de 100 milhões de euros por ano, acabou com ela. É óbvio que os custos de vigilância e assistência humanitária que países como Itália e Espanha têm que fazer para lidar com a si-

tuação, não podem ser suportados apenas pelos respectivos orçamen-tos nacionais. E quem diz Itália e Espanha, pode perfeitamente dizer Portugal, Grécia, Chipre ou Malta, também eles com fronteiras exter-nas a sul da U.E.. A operação Tritão que se lhe seguiu, com muito menor custo, não se tem revelado suficien-te. Basta lembrar que todos os anos o número de imigrantes ilegais que através do Mediterrâneo Ocidental demandam as Europa ronda os 150 a 200 mil e o número de mortos ultrapassa frequentemente os 1.500 a 2.000.

A experiência mostra que não basta reforçar os meios de vigilância do Mediterrâneo e de assistência às vítimas. Impõe-se, como ficou bem expresso no debate recentemente ocorrido a este respeito, que haja uma política de colaboração estre a U.E. e os países de origem destes imigrantes no sentido de combater as redes de traficantes de seres hu-manos. Como os Estados Unidos da América fizeram com os Países da Améria Central e do Sul, a fim de liquidar as redes do narcotráfi-co. Sem estas redes criminosas de angariadores e transportadores, a imigração ilegal e as mortes a ela associadas não teriam seguramente a expressão que têm tido.

E também não é difícil de con-cluir que, se a U.E. tivesse uma PESC, para além das respostas às situações que acabei de referir, teria outra capacidade para intervir polí-tica, diplomática e militarmente nes-ses conflitos, que são a principal ori-gem dos fluxos da emigração ilegal.

Arlindo Cunha

COMUNICAR A FAMíLIA: AMBIENTE PRIVILEGIADO DO ENCONTRO NA GRATUIDADE DO AMOR

Mensagem de Sua santidade Papa Francisco para o XLIX dia Mundial das Comunicações Sociais

"...A família mais bela, protagonista e não problema, é aquela que, partin-do do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos. Não lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e confiança, em todos os ambien-tes onde diariamente nos encontramos, para construir o futuro."

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O Papa Francisco não é sensível às lógicas do cinismo di-plomático cuja linguagem recorre frequentemente a certos artifícios semânticos, para amaciar ou adocicar, tragédias que a Humanidade não pode esquecer ou apagar.

Na sua fidelidade à verdade, o Santo Padre, afirmou que o extermínio de 1,5 milhões de arménios, pelo império Otomano, foi o primeiro genocídio do século XX.

A reacção do governo Turco, em Ankara, foi imediata, acusando o Papa de ter criado um sério problema diplomá-tico, pela perda de confiança que tais afirmações geraram.

O Papa lembrou que já o seu antecessor, S. João Paulo II, em 2001, tinha assinado um documento pontifício, refe-rindo-se a esse hediondo facto histórico, utilizando precisa-mente o termo genocídio.

A diferença, além do tempo que separa esta mesma vi-são sobre o mesmo facto, é que o Papa Francisco aludiu de viva voz, na Basílica de S. Pedro, numa homilia dominical, na qual celebrava a vida do místico arménio do século X São Gregório de Narek, que foi declarado doutor da Igreja Ca-tólica.

O Sumo Pontífice lembrou ainda que no século passado, a Humanidade viveu três tragédias sem precedentes, três

SEM MEDO DAS PALAVRAS genocídios dilaceradores, e que o do povo arménio foi o primeiro deles, seguindo-se o do nazismo, depois o do esta-linismo, poucos anos mais tarde, sucederam-se os que ocor-reram no Camboja e no Burundi, e mais recentemente os que aconteceram no Ruanda e na Bósnia.

O Papa do sorriso, sublinhou que esconder ou esquecer o mal, é deixar que as feridas continuem abertas e a sangrar, e que o perdão e a reconciliação estão associados ao arre-pendimento sincero e à penitência, sem o que, o perigo da Humanidade cair nas mesmas tentações, nos mesmos erros e insistir no mal, estará sempre à espreita…

Esta é a Igreja de Cristo. Uma Igreja que não temo o sig-nificado e a verdade das palavras, uma Igreja que não se dei-xa conduzir ou condicionar pelos protocolos da diplomacia política, e que não teme a incomodidade da sua voz, quando está em causa a vida de milhões de inocentes mártires, cuja memória é preciso lembrar e respeitar.

Na realidade, há palavras duras e lancinantes que doem e incomodam a consciência da Humanidade, mas não há como as evitar, por mais sinónimos que procuremos para tentar amenizar ou dourar o seu significado. E a palavra ge-nocídio é uma delas.

Victor Dias

ENSINAI-NOS A AMAREntramos no mês de Maria, que só por si devia ser de

uma ternura sem fim.O homem luta sempre pela liberdade e quando a con-

quista esquece-se das suas origens abandona tudo. Torna--se escravo das trevas, vive em solidão e desprezo. É só olhar para a nossa europa o continente mais rico do nos-so planeta a terra. Lutou-se por liberdades e consoante as conquistaram foram esquecendo Deus, acham que já não precisamos d’Ele, puro engano Deus é amor e se não te-mos amor no nosso coração tudo se torna vazio, escuro e áspero, numa só palavra mergulhamos nas trevas, lutas pelo poder e quem ganha mais dinheiro, somos capazes de ter um vizinho a passar graves problemas, mas não ligamos. Não é nada connosco não sou eu, total frieza, não existe Deus no nosso coração não temos amor, não somos soli-dários, normalmente se calhar a jeito no máximo damos o que não nos faz falta e achamo-nos obreiros da missão de Deus ao ajudar os pobres, puro engano. Só seremos verda-deiros obreiros da missão de Deus se tivermos a coragem de tirar do nosso conforto para dar aos outros. Olhemos para o mediterrânio , alguém acha que uma mãe se mete a atravessar aquele mar, naquelas condições se não fosse por desespero? Se eles olham para trás e veem a morte! Como José Carlos Novais

12 ▪ s. miguel da maia

não tentar a sorte, se Deus estiver comigo chegarei a terra firme. Puro desespero, e nos em vez de os acolhermos com amor que Deus nos ensinou, não olhamos a ver quanto nos custa, Deus esta a desaparecer da europa, o homem esta cada vez mais egoísta, não é capaz de dar um pouco do seu conforto para ajudar outro irmão. Que nossa senhora nos ensine a amar o outro, durante o mês de maio peçámos a Maria que nos encha o coração de amor, e assim vos deixo esta oração de S. João Paulo 2, escrita a 2 de novembro de 1984. “ Ó Maria, suplicamos-vos: fazei-nos compreender, de-sejar, possuir, na tranquilidade, a pureza de alma e de corpo. Ensinai-nos o recolhimento, a interioridade; dai-nos disposi-ção para escutar as boas inspirações de Deus; ensinai-nos a necessidade da meditação, da vida interior pessoal, da ora-ção que só Deus vê em segredo. Maria, ensinai-nos a amar. Pedimos-Vos o amor, o amor de Cristo, o amor único, o amor sumo, o amor total, o amor dom, o amor sacrifício para os irmãos. Ajudai-nos a amar assim. Obtende-nos, ó Maria, a fé, a fé sobrenatural, a fé simples, plena e forte, a fé sincera, tirada da sua verdadeira fonte, a palavra de Deus, e do seu canal indefectivel , o magistério instituído e garantido por Cristo: a fé viva!”

Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:

PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃBÍBLIA SAGRADAMedalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela Igreja.

ESTES ARTIGOS RELIGIOSOS ESTÃO á VENDA NOS CARTóRIOS DAS NOSSAS IGREJAS.

ARTIGOS RELIGIOSOS DAS NOSSAS IGREJAS

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João Bessa

E VENHAM MAIS SEIS!

Após um período de dedicação, aprendizagem e crescimento, chegou finalmente o momento de alguns dos elementos do Grupo de Acólitos da nossa Paróquia realizarem, também eles, o seu compromisso a este Ministério, de forma alegre e voluntária, perante Jesus e a nossa Comunidade Paroquial. Assim, a 19/Abril, na Eucaristia das 11:00, e com o objectivo de servir, de forma mais consciente e digna o Altar, apresentaram-se para realizar o seu compromisso solene os seguintes elementos:Rafael Martins, Ana Amorim, Leonor Carvalho, Filipa Pereira, Rita Freitas e Paulo Monteiro.

A ansiedade e expectativa por este momento era evidente

nos seus rostos e expressões. Pelo desejo de poderem receber finalmente a sua Cruz, como símbolo deste Compromisso assumido, mas também pela determinação e entusiasmo em cumprir esta etapa e continuarem a sua caminhada no seio deste Grupo. Neste dia, como é natural quando cumprimos mais uma

etapa, seja em que contexto for, é inevitável olharmos por cima do ombro, recordar alguns momentos e fazer uma retrospetiva. E, ao fazê-lo, é de certa forma emotivo constatar o percurso de “consolidação pastoral” efetuadopor este Grupo, ao longo dos últimos três anos. Um Grupo que na génese da sua organização, em 2012, já possuía muito talento, sem dúvida alguma, mas que penso desde então ter sido capaz de continuar a crescer, a desenvolver-se, a consolidar o seu caminho. Não o digo de forma imaculada, mas acredito no entanto que com mais altos que baixos.

Quando nos deparamos com novos projetos e desafios, a injeção de entusiasmo pela “novidade” impulsionam os primeiros passos, sendo indubitavelmente importante as primeiras decisões tomadas e a definição de um rumo, de uma meta. Porém, quando esse efeito se desvanece, o desafio torna-se ainda maior, principalmente nos contextos cristão e voluntário atuais, para sermos capazes de manter a motivação e dedicação ao compromisso abraçado, semana após semana, atividade após atividade. A Fé que nos move deve ser capaz de se consolidar continuamente, com a mesma necessidade que sentimos do ar que respiramos. Encontrar Jesus no nosso dia-a-dia não é muitas vezes fácil, e por isso torna-se fundamental o apoio e exemplo da família de cada um de nós. Um dos meus “pedidos mais requisitados” regularmente a Jesus é precisamente o de que este Grupo se possa continuar a desenvolver, individual e coletivamente, no desempenho da sua Missão, pois estou convicto de que tem potencial para abrir e descobrir vários horizontes. “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é mais do que uma gota no oceano. Mas o oceano seria menor se lhe faltasse essa gota.” (Madre Teresa de Calcutá).

Eu sou um acólito porque gosto de servir o altar e também porque tenho fé no plano de Deus para a Humanidade.Assim, aceitei fazer o compromisso pois quero ajudar o Sacerdote na Eucaristia. Porém, apenas o realizei após ter feito algum percurso a servir o Altar e quando tive a certeza de que o queria realizar.

Rafael MartinsFoi no passado dia 19/Abril que assumi um compromisso

como acólita, diante de Deus e de toda a comunidade cristã pre-sente na igreja de Nossa Senhora da Maia.Passados quase três anos desde que enverguei a túnica, a nossa veste branca, fortaleci o meu desejo de servir dignamente o altar do Senhore a comuni-dade na Liturgia.

Foi neste inesquecível domingo solene em que incorporei de forma profunda o significado da cruz que passei a usar, e assumi o compromisso maior de convictamente disseminar o testemunho de Jesus Cristo no seio familiar, na escola, em qualquer contexto.Tenho que, indubitavelmente, agradecer a todos os acólitos, em especial ao João Bessa que me incentivou como catequista a fazer parte deste grupo, e ainda um agradecimento especial ao padre Domingos e ao grupo Coral da Igreja da Nossa Senhora da Maia.

Ana AmorimO Compromisso assumido por mim, na Eucaristia do dia 19 de

Abril, é o cumprimento não de uma obrigação, mas sim de um dese-jo de continuação do meu caminho enquanto cristã.Ao longo desse percurso aprendi novas formas de lidar com o meu ‘’eu’’ e o mundo que me rodeia. Do nervosismo do ato, passei à paz da realidade!

A cerimónia onde se celebrou o Compromisso foi deveras inesquecível. Não posso deixar de fazer um agradecimento a to-dos os que me têm incentivado e apoiado nesta caminhada.Foi, e continua a ser, o percurso desejado e ainda não terminado, pois a minha devoção não tem um fim!

UM PEQUENO TESTEMUNHO DOS NOVOS ACÓLITOSPara mim, fazer o compromisso de acólito foi algo realmente

importante na minha vida cristã, uma vez que pude, mais uma vez, afirmar a minha Fé. Na Eucaristia de celebração deste Compro-misso, senti-me realizada. Estava um pouco nervosa, mas por uma boa causa. Receber a Cruz significa, para mim, a continuação da minha caminhada como acólita e, além disso, significa também o meu compromisso para com o Grupo de Acólitos, com a Igreja, com a Comunidade Paroquial e com Deus.

Dia 19/Abril foi um Domingo especial para mim, único, im-portante e significativo. Depois de alguns anos a servir Jesus e a Igreja, chegou o momento tão esperado de receber a minha Cruz, realizando o meu Compromisso. Senti-me muito feliz, pois trata--se de muito mais que o simples gesto de receber uma Cruz, pois possui vários sentimentos e significados relacionados. Este mo-mento trata-se portanto de mais uma etapa na minha vida como acólita, e de mais um motivo para me sentir orgulhosa do que faço, motivando-me a continuar!

O meu compromisso como acólito representou um pacto entre mim e a minha paróquia, em que me comprometo a ajudá-la a servir a Deus. A cruz que recebi é o símbolo que comprova o compromisso que fiz. Assim, comprometo-me a tornar um acólito constante e sério na concretização da minha entrega e vocação.

Paulo Monteiro

Leonor Carvalho

Filipa Pereira

Rita Freitas

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Paula Isabel

A Palavra Mãe é uma palavra quenteQue alegra a alma e o coração da gente.

Todos temos Mãe e paiDoutra forma é asneira que sai.

A Mãe é como um casteloSe for boa mãe tudo dentro dela é belo.

A Mãe é um tratado com assinaturaCom alma, coração, bondade e candura.Mas bem pior… Se não é pura.

Ser Mãe, não é só ser mulherÉ dar vida e fazê-la crescer.

A Mãe, só o éPorque há um pai ao pé.

Ser Mãe é ser um diamanteLapidado, transparente, brilhante.

Só há Mães, porque há filhosE há pais com os mesmos sarilhosEncarando-os com os mesmos brilhos…

Ouvia de minha Mãe em criança:-Cuidar dos filhos… Não cansa!

A Mãe é como o sol para o mundo-Está com todos os filhos.

Antigamente. O pai trabalhavaE a Mãe governava.

Hoje. Trabalham os doisE pouco governam depois

Futuramente. Haverá falta de paisCom o “frenetismo” dos falsos casais.

Sem pais não há filhosSem filhos não há futuroSem futuro não há passadoEstá tudo demograficamente errado.

A Mãe é como o espaçoEstrela eterna Infinito sonho Luz intensa.

Sonhei com a palavra mãe.-Sabia a doce-Luzia a pérola-Cheirava a flores-Era muito bela!..

A Mãe é o móvel de maior estimação da casaO pai o decorador da mesmaOs filhos são rendas e bilrosOs netos, a pirâmide da tenda…

À mulher! O valor que temMas muito… Especialmente. Mãe!

O grupo de catequese do 1º ano celebrou, em comunidade e no passado dia 2 de maio, a sua festa, a Festa da Família.

Enquanto catequistas, temos procurado ajudar estes meninos e meninas a descobrir e a conhecer Jesus, sem esquecer, e diria mesmo sublinhando, que os primeiros catequistas são os pais, a família. Tal como foi partilhado, logo no início da celebração, «é no seio da família que esta relação com o amigo Jesus se consolida», na certeza que o amor que cresce em família, une os seus membros e os torna mais fortes. Todos amados por Jesus. Todos a festejar esta verdadeira dádiva.

O desafio acontece todas as semanas, em cada sessão.

Na alegria em lhes dar a conhecer Jesus menino que, como eles, ia à escola, brincava, ajudava os pais e rezava. Todos entendem o sentido de «Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça».

Na alegria de lhes falar de Maria, da sua entrega e do seu amor. De lhes dar a conhecer a família de Nazaré. E, em véspera do Dia da Mãe, um tributo especial a Maria e a todas as mães que amam e zelam incansavelmente pelos seus filhos, também foi feito.

Na alegria de lhes falar de Jesus que vive. Que vive no nosso coração. Num coração que é amigo, generoso, amável e verdadeiro.

Na alegria de lhes ensinar a rezar e a cantar.Na alegria de os ver a crescer nesta dimensão que lhes dará densidade

humana. Com suporte e essência da família e acolhimento verdadeiro nesta família mais alargada que é a comunidade. Tal como se quis transmitir ao escolher para o placard de entrada uma casa que é a Igreja. Na simplicidade do desenho, a presença de todos os que são responsáveis e têm obrigações com a formação, crescimento e felicidade destes meninos e meninas.

E assim, a celebração da Festa da Família aconteceu com a alegria visível e sentida pelas crianças, pelos pais, catequistas, pela equipa animadora, comunidade, catequistas e pelo nosso Padre Domingos. A todos deixamos uma palavra de agradecimento.

Henrique António Carvalho

ESPECIALMENTE: Mãe.A FAMíLIA EM FESTA

14 ▪ s. miguel da maia

Numa audiência privada, o Papa Francisco confirmou a D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, que quer celebrar o centenário das aparições de Fátima na Cova da Iria. Em 2017, celebra-se o centenário e é mesmo nesse ano que o Papa deseja visitar Fátima. Após vários convites, é a primeira vez que o desejo do Papa é explicitamente expresso.

D. António Marto afirma que foi uma dupla alegria pois é a primeira vez que um bispo português é recebidoem audiência privada pelo Papa e também porque o Papa expressou a sua resposta positiva ao convite do bispo para vir a Portugal.

Alegria é o sentimento que todos nós, portugueses, sentimos por saber desta possível vinda do Papa ao nosso país, nomeadamente Fátima, que celebra uma grande festa

PAPA FRANCISCO VEM A FÁTIMA

Maria Lúcia

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s. miguel da maia ▪ 15

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NA-ZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .

Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.

IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISEm Abril recebeu-se

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL da MAIA - LAR DE NAZARÉ

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Abril - Quinta- Feira Santa 140,15; Sexta-Feira Santa (Lugares Santos)343,60; Páscoa 565,47; 2º Domingo 5531,18; 3º Domingo 386,25; 4º Do-mingo 512,52; 1º Domingo de Maio 613,30;Vários 116,75; Cofre Ig.NªSª da Maia: Santíssimop -14,75; NªSª da Maia 34,45;S. Miguel 12,35: Obras: 8,45. Sagrada Família (Machado) -20,42; Sagrada Família (Cartório) 24,30;António Augusto Mota Coelho e esposa (Bodas de Ouro) 500.00

3473 - Guido Ferreira da Silva...............................................................10,003474 - Cremilde da Purificação.....................................................50,003475 - Por Maria Joaquina Barros .................................................15,003476 - Dra Maria Fernanda Moreira de Sá................................100,003477 - Helder Teixeira e Catarina Almeida.................... .. ........ 50,003478 - Maria Elidia A. C. Teixeira...................................................100,003479 - Maria Lúcia ...........................................................................10,00 A Transportar .................................................... 361.038,77

Continuam as inscrições para as Valências :Centro de Dia / Apoio DomiciliarPode inscrever-se no Cartório Paroquial.

Tel.: 229 414 272 ; e-mail [email protected]

O LAR DE NAZARÉ

" Deus quer, o homem sonha, a obra nasce". Foi a intui-ção de um dos nossos poetas.

Quem "andou e anda com as mãos na massa" sente que isto é verdade inquestionável.

O poeta António Machado y Ruiz escreveu: "Caminhan-te, não há caminho. Faz-se caminho ao andar".

Olhando para o que se tem feito e se há-he fazer nes-ta nossa paróquia, quem tem arregaçado as mangas sente alegria ouvir isto, pois traduz a verdade do que tem sido o nosso caminhar. Alguns para se desculparem por nada fa-zerem, inventam coisas e por "mal dizerem" até se acham os únicos que têm razão, pois não dão nada para as obras, para a Paróquia, incluindo a côngrua para o Pároco, há quem esteja aqui há dezenas de anos e não deu um cêntimo que esteja registado...Na minha terra diz-se a quem assim faz. "Que lhes preste".

O Lar é orgulho de quem vive na Maia e ama a Maia., a terra onde está, vive e tira os seus rendimentos.

Quantos e quantos elogios à Paróquia eu recebo. A quem trabalha eu os dedico.

Vamos lá, minhe gente. "Dos fracos não reza a história".

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Luís Fardilha

Pela Cidade...Se alguma coisa pode definir

a marca específica da atual equipa do Ministério da Educação será, certamente, a cultura de avaliação que desde o primeiro momento quis instaurar no sistema educa-tivo nacional. Não é que já não se tivesse vindo a verificar, na acção desenvolvida pelos ministros mais recentes, uma atenção crescente a esta vertente política, traduzida numa certa tendência para reforçar a importância dos exames nacionais

e a sua exigência, em paralelo com a insistência na avaliação de docentes, com todas as polémicas e enfrentamentos po-líticos e sindicais que implicou. No entanto, desde a primeira hora que Nuno Crato sublinhou o seu desejo de alargar a todos os ciclos de ensino a rotina dos exames nacionais e aprofundar os níveis de rigor e exigência.

Ninguém nega o carácter decisivo que a avaliação tem no domínio da actividade educativa. Também não serei eu a contestar a necessidade de cultivar a prática de um ensino exigente e rigoroso, o qual será o único meio de fornecer aos portugueses do futuro as condições para se afirmarem na sociedade nacional e internacional e para realizarem os seus projectos e anseios. Uma escola que aceite compactuar com facilidades e laxismos não cumpre a sua missão social e desrespeita os direitos e as expectativas dos seus alunos. No entanto, não parece razoável tornar a avaliação na fina-lidade do ensino ou usá-la como argumento no campo da luta política. Pior ainda seria que se tornasse numa obsessão.

Vêm estas considerações a propósito da realização nas escolas nacionais duma avaliação obrigatória para os alunos do 9º ano das suas competências em Língua Inglesa. A con-cepção dos instrumentos de avaliação que compõem o teste (estrutura e enunciados) foi contratualizada pelo Ministério da Educação português com uma entidade britânica (Cambridge English Language Assessment) dando origem ao Preliminary English Test for Schools Portugal 2015), cuja parte escrita se realizou no passado dia 6. Esta operação mobilizou não só os professores de inglês, mas também outros docentes, que desempenharam funções de vigilância. Para poderem ser utili-zados como classificadores, os professores tiveram de receber formação específica, de modo a receberem a certificação da entidade britânica que elaborou todo o material e determina as condições de realização das provas. Não foi a primeira que as escolas portuguesas viveram uma experiência como esta, porque o mesmo já tinha ocorrido no ano passado.

Não me parece oportuno estar a discutir aqui aspectos que as federações sindicais de professores têm destacado,

como a colocação de funcionários públicos nacionais ao serviço duma entidade privada estrangeira... No entanto, não quero deixar de apontar algumas ideias que julgo merecerem reflexão e eventual discussão.

Em primeiro lugar, salientarei o facto de neste processo se ter, aparentemente, começado a casa pelo telhado. Não seria mais lógico que se tivesse lançado um programa de actuali-zação pedagógica e didáctica dirigida aos docentes de Inglês, dotando-os de competências específicas que melhorassem o seu desempenho docente e que, em particular, os pusessem a par das metodologias mais recentes e inovadores para o ensino da sua disciplina? Depois de ter dado essa formação aos docentes, caberia ainda aos responsáveis públicos zelar para que todas as escolas dispusessem dos materiais didácticos mais adequados à aplicação das metodologias propostas e monitorizar a sua adequada utilização. Depois, então, culmi-nando este processo, poderia fazer-se a avaliação!

Em segundo lugar, não pode deixar de considerar-se que este exercício traduz uma desconfiança relativamente à capacidade das instituições nacionais. No mínimo, é a confissão de que os avaliadores nacionais poderiam não ser imparciais ou deixar-se influenciar pelo espírito corporativo. Se não foi esta preocupa-ção em assegurar uma objectividade impoluta na avaliação das competências dos alunos portugueses, então teríamos de ver na iniciativa uma injustificável manifestação de novo-riquismo.

Em terceiro lugar, cabe perguntar a razão por que se optou por este calendário. A realização desta avaliação no início de maio, interrompendo o calendário escolar pré-estabelecido no início do ano e interferindo no normal funcionamento das actividades escolares veio perturbar a vida das escolas numa altura particularmente sensível do ano lectivo. Os professores classificadores deixaram de dar as suas aulas normais para frequentarem as acções de formação, os espaços foram alocados à realização das provas, outros docentes foram convocados para a realização de tarefas de vigilância fora dos seus horários de trabalho habituais. Tudo isto a mês e meio do final do ano lectivo e da época de exames...

Por último, talvez fosse de pedir que alguém explicasse a razão de se abrir um calendário de exames para o Inglês fora da época normal. O que justifica esta anomalia? Qual será a razão por que os alunos são examinados nesta disciplina enquanto as aulas estão a decorrer e não o são a Matemática, a Português, a História, ou a Francês?

Tem de haver um tempo para avaliar, do mesmo modo eu deve haver um tempo para planificar e outro para leccionar. A avaliação, mesmo que numa língua estrangeira e feita por uma entidade externa não deveria surgir como um facto estranho ao processo de ensino e aprendizagem, um ovni aparecido do nada e cujo sentido parece escapar ao mais comum dos mortais.

CADA COISA A SEU TEMPO...

16 ▪ s. miguel da maia

director e chefe de redacção

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maio 2015ano xxvinº 281

correspondentes

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composição

José Tomé