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Redução de açúcar é a bola da vez Alternativas para inovação em lácteos Alternativas para inovação em lácteos Redução de açúcar é a bola da vez Ano XXII - Jan/Fev 2018 - nº 130 - R$ 25,00 - www.revistalaticinios.com.br - ISSN 1678-7250 FORLAC - Nova feira de negócios em Lambari Promoção Compre os 3 livros no site e ganhe uma assinatura anual FORLAC - Nova feira de negócios em Lambari Promoção Compre os 3 livros no site e ganhe uma assinatura anual

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Reduçãode açúcar é a bola da vez

Alternativas para inovação

em lácteos

Alternativas para inovação

em lácteosRedução

de açúcar é a bola da vez

Ano XXII - Jan/Fev 2018 - nº 130 - R$ 25,00 - www.revistalaticinios.com.br - ISSN 1678-7250

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Ano XXII - nº 130 - janeiro/fevereiro 2018www.revistalaticinios.com.br

ISSN 1678-7250

Diretor-EditorLuiz José de Souza

[email protected]

RedaçãoJuçara Pivaro

[email protected]

PublicidadeLuiz Souza

[email protected] Domingues

[email protected]

[email protected]

Capapixabay.com

Projeto Gráfico e DiagramaçãoFábio Ruiz

AssinaturaAssinatura anual - R$ 120,00 (6 edições)

Número avulso - R$ 25,00

Comitê EditorialAdriano Gomes da Cruz - IRFJ

Airton Vialta - DG/ItalAna Lidia C. Zanele Rodrigues - Allegis Consultoria

Antônio Fernandes de Carvalho - UFVAriene Gimenes Van Dender - Tecnolat/Ital

Darlila Aparecida Gallina - Tecnolat/ItalIzildinha Moreno - Tecnolat/Ital

José Alberto Bastos Portugal - Embrapa Pecuária SudesteJunio Cesar J. de Paula - Epamig/ILCT

Mucio Furtado - DuPont/DaniscoNeila Richards - UFSM

Sebastião César Cardoso Brandão - UFV/Amazing Foods

SETEMBRO EDITORA

R. Manoel Maria Castanho, 87Portal do Morumbi

CEP 05639-150, São Paulo, SP, BrasilTel.: (11) 3739-4385

[email protected] opiniões e conceitos emitidos em artigos assinados

não representam necessariamente a posição da revista Indústria de Laticínios.

Mantenha seus dados atualizados preenchendo os formulários no site www.revistalaticinios.com.br

rezado Leitor,

EDITORIAL

P

Depois de um ano difícil, como foi 2017, os sinais, ainda que tímidos, de recuperação da economia, es-timulam investimentos e, no setor de lácteos, um dos fatores que contribui para garantir retorno de investimento é a inovação, seja em produtos, pro-cessos ou formas de comercialização. Na matéria de capa, trazemos depoimentos sobre as possíveis for-mas para inovar.

Um novo ingrediente entrou para a lista daqueles que requerem revisão na quantidade ingerida pela população mundial – o açúcar. A Organização Mun-dial da Saúde deu sinal de alerta e as indústrias de alimentos e bebidas buscam soluções para redução de açúcar em processados. Conheça algumas dessas soluções em matéria nesta edição.

Por falar em novidade, players do setor de feiras in-vestiram na realização de novo evento para o setor – a Forlac (Feira para a Indústria de Lácteos), organizada pela Enterprise/Rofer, reconhecida por organizar tra-dicional feira para o setor de proteína animal. O even-to acontecerá, em agosto deste ano, em Lambari (MG). Confira mais detalhes em matéria sobre lançamento da feira.

A partir desta edição, a Revista Indústria de Lati-cínios traz uma nova seção – Guia de Fornecedores - Indústria 4.0. No exterior, a Indústria 4.0 já é uma realidade e, no Brasil, a tendência é seguir o mesmo rumo. Por se tratar de novidade, abrimos espaço para as empresas fornecedoras da área divulgarem seus produtos e também para profissionais enviarem arti-gos que possam esclarecer nossos leitores sobre esse novo movimento da indústria.

Confira ainda nesta edição, artigos de empresas de pesqui-sa de mercado renomadas, que apontam as tendências para o mercado de alimentação e de lácteos.

Boa leitura!

Luiz SouzaDiretor e Editor

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SUMÁRIO

4

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Arsopi.................................................................13

Bela Vista..........................................................35

FiSA 2018..........................................................41

FORLAC..............................................................51

Granolab...............................................4ª capa

Horizonte Amidos.........................................15

Lance Judicial..................................................34

Prozyn.................................................................23

Rousselot............................................................9

Sig Combibloc......................................3ª capa

Somarole..........................................................32

Sooro..................................................................19

Sweetmix...........................................................43

Tovani.................................................................21

Trepko.................................................................33

• EntrevistaLaércio Barbosa, presidente da Associação de Leite Longa Vida fala da mudança da entidade, que passa a representar também o segmento de lácteos...............................................................................10

• Empresas & NegóciosLançamentos e inovações no mercado de lácteos..... ............................................................................................14

• Matéria de CapaInovação em lácteos vista por especialistas da área acadêmica............................................................16

• Guia de FornecedoresEspaço para empresas divulgarem seus produtose serviços.........................................................................24

• Redução de açúcarEmpresas fornecedoras de ingredientes trazem so-luções para reduzir açúcar em lácteos................28

• PainelMovimento do mercado do setor de leite e derivados............................................................................................30

• Divulgação Técnica Inovações Clean Label para redução de açúcarem produtos lácteos.....................................................36Inovação, Praticidade e Qualidade na coagulaçãode queijos........................................................................38

• MercadoArtigo Euromonitor - Reposicionando Indulgência na Era Dos Snacks.........................................................40Mintel anuncia as cinco tendências globais emalimentos e bebidas para 2018...............................42

• EventoLançamento da Forlac, nova feira para o setor de lácteos............................................................................................44

• LaticínioForno de Minas, o sucesso de um produto tradicional brasileiro..........................................................................48

• Fornecedores Indústria 4.0Novo espaço para empresas fornecedoras para a Indústria 4.0 divulgarem seus produtos e serviços............................................................................................52

• CEPEAPreço do leite é o menor desde fev/10 - Cepea/Leite............................................................................................56

• Fazer MelhorProposta de um planejamento experimental para a otimização do processo produtivo de Queijo Mus-sarela.......................................................................58Redução de açúcares e lactose em produtos lácteos............................................................................................64

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Nossos lei tores são os quadros dir igentes, administrat ivos e industr iais dos fabricantes de produtos lácteos e das empresas fornecedoras. São empresários, gerentes de produção, de compras e suprimentos, de marketing e de produtos, engenheiros, químicos industr iais, técnicos lat icinistas, especial istas e pesquisadores que inf luenciam e tomam decisões no setor lácteo.

Negócios e tecnologias, reportagens e artigos técnicos,dados de mercado e artigos analíticos.

Edição 130 - Janeiro/Fevereiro - deadline: 26/01 PANORAMA DO MERCADO DE LÁCTEOSInovações em produtos lácteos, em ingredientes e aditivos, embalagens e máquinas e equipamentos.Mercado consumidor: estatísticas das principais categorias de produtos. Ingredientes – Redução de açúcar em lácteosCategoria - Raio X da produção de Iogur tes – Evolução na produção e mercado.Laticínio - História e retrato de uma indústria de laticínios.Artigos técnicos – Caderno de Tecnologias de Laticínios - FAZER MELHOR

Edição 131 - Março/Abril - deadline: 20/03GUIA DOS FORNECEDORES – ANUÁRIO DO COMPRADOR – EDIÇÃO ESPECIALO Guia do Comprador – Uma obra de consulta anual, que traz ampla listagem de empresas fornecedoras e produtos que disponibilizam ao mercado. Informações divididas em cadernos setoriais: Embalagens, Ingredientes e Aditivos, Máquinas e Equipamentos, Refrigeração e Transpor te, Equipamentos para Laboratórios e Serviços.Ampla listagem de empresas fornecedoras, com endereços e logotipos junto aos dados.Destaque: Per fil dos principais fornecedores de cada segmento, com entrevistas com as empresas e divulgação da linha de produtos.Laticínios – História e retrato de indústrias de leite e produtos lácteos.Categoria – Raio X da produção de Lácteos sem lactose – Processos e mercado.Artigos técnicos – Caderno de Tecnologias de Laticínios - FAZER MELHOR

Em tempos de inovação, novas tecnologias se destacam e máquinas, equipamentos e processos de produção de embalagensSegurança alimentar - Processos seguros e produtos que garantem higienização nas indústrias de lácteos.Laticínio - História e retrato de indústrias de leite e produtos lácteos.Categoria – Raio X da produção de Iogur te Grego Tiragem adicional para distribuição na Fispal Tecnologia, com o GUIA DOS EXPOSITORES.Prévia das novidades que serão apresentadas no evento.Artigo técnico – Caderno de Tecnologias de Laticínios - Fazer Melhor

-Produtos e lançamentos dos expositores – releases de produtosPerfil corporativo de empresas expositoras – matéria de página inteira- Lista de expositores com endereços e logotipos – Guia dos Expositores- Programação técnica dos cursos e seminários- Entrevistas com os organizadores – Epamig / ILCT. Refrigeração industrial – soluções eficientes e sustentáveis que as empresas do setor trazem para o setor de leite e derivadosLactase – a enzima que garante sabor em produtos lácteos.Laticínio - História e retrato de indústrias de leite e produtos lácteos.Tiragem adicional para distribuição na 39a Semana do Laticinista – Congresso Nacional de Laticínios - Juiz de Fora - distribuição na FORLAC - Lambari, MG, de 7 a 9/08 - Catálogo Oficial- distribuição na Fi - Food Ingredients South AmericaCobertura da Fispal TecnologiaArtigos técnicos – Caderno de Tecnologias de Laticínios - FAZER MELHOR

Funcionais - Enriquecimento com proteína de leite – Soluções das empresas para alimentos e bebidas lácteasTiragem adicional: Cobertura da Minas Láctea - Expomaq, Semana do Laticinista e Congresso de LaticíniosTiragem adicional: Cobertura - Food Ingredients South America - Novidades apresentadas para a indústria de laticínios.Laticínio - História e retrato de indústrias de laticínios.Categoria - Raio X da produção de Bebidas Lácteas.Artigo técnico – Caderno de Tecnologias de Laticínios - FAZER MELHOR

Ranking dos maiores laticínios.Estatísticas do mercado consumidor – principais categorias.Especialistas – Profissionais de indústrias e área acadêmica analisam as inovações dos laticínios para o mercado.Laticínios – História e retrato de indústrias de leite e produtos lácteos.Artigos técnicos – Caderno de Tecnologias de Laticínios - FAZER MELHOR

A revista IL - Indústr ia de Laticínios é um excelente veículo para sua empresa divulgar produtos e ser viços para os profissionais que atuam na indústr ia láctea. Como revista especial izada, ela é uma fonte indispensável de informação e formação desses profissionais, trazendo entrevistas, repor tagens e ar t igos sobre temas atuais que afetam o sistema agroindustr ial do lei te no Brasi l e Mercosul.

Pauta 2018 - 6 EDIÇÕES BIMESTRAIS - 3 EDIÇÕES ESPECIAIS

Tem formação superior

Ocupam cargos de direção e gerência

Valorizam a publicidade na revista

Pretendem lançar novos produtos

Visitam feiras e exposições comerciais

Guardam a revista para consultas futuras

Ano XXI - Nov/Dez 2016 - nº 123 - R$ 25,00 - www.revistalaticinios.com.br - ISSN 1678-7250

Quem é Quem

Balanço de 2016 e

Perspectivas para 2017

Ranking dos Maiores

Laticínios do Brasil

Automação na

indústria de

laticínios

Automação na

indústria de

laticínios

Laticínio

Vigor - Pioneirismo

e tradição

Laticínio

Vigor - Pioneirismo

e tradiçãoANUNCIE EM 2017

Veja páginas 5 a 8ANUNCIE EM 2017

Veja páginas 5 a 8

FAZER MELHOR

•Desafios na produção de leite em pó deslactosado: breves considerações

•Uso de ferramentas matemáticas em processos de secagem de leite e soro

•Processamento de soro de leite

•Reação de Maillard em alimentos: uma ênfase em leite e derivados•Desafios na produção de leite em pó deslactosado: breves considerações

•Uso de ferramentas matemáticas em processos de secagem de leite e soro

•Processamento de soro de leite

•Reação de Maillard em alimentos: uma ênfase em leite e derivados

Ano XXI - Jan/Fev 2017 - nº 124 - R$ 25,00 - www.revistalaticinios.com.br - ISSN 1678-7250

FAZER MELHOR

•Elaboração de iogurte probiótico de Calafate (Berberis buxifilia – microphylla)

•Aspectos importantes para a manutenção da segurança e das caracteristicas

do queijo artesanal feito com leite cru

•Características físico-química e de textura do queijo Minas Padrão com

baixo teor de sódio

•Elaboração de iogurte probiótico de Calafate (Berberis buxifilia – microphylla)

•Aspectos importantes para a manutenção da segurança e das caracteristicas

do queijo artesanal feito com leite cru

•Características físico-química e de textura do queijo Minas Padrão com

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Laticínio

Gran Mestri

Fábrica de sonhos

Laticínio

Gran Mestri

Fábrica de sonhosQueijos finos

ganham mercadoQueijos finos

ganham mercado

Lácteos oferecem

novas possibilidadesLácteos oferecem

novas possibilidadesEntrevista

Rui Verneque

Presidente da

Epamig

Entrevista

Rui Verneque

Presidente da

Epamig

Edição 132 - Maio/Junho - Deadline – 10/05Edição comemorativa de 22 anos da revista

Edição 133 - Julho/Agosto - Edição Especial - deadline: 28/06

Edição 134 - Setembro/Outubro - deadline: 30/08

Edição 135 - Novembro/Dezembro - deadline: 22/10

TECNOLOGIAS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E EMBALAGEM

GUIA DOS EXPOSITORES DA 39a SEMANA DO LATICINISTA E 32o CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS - ILCT/EPAMIG

INGREDIENTES PARA PRODUTOS LÁCTEOS

QUEM É QUEM NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS+ AS 100 MAIORES EMPRESASDO SETOR - EDIÇÃO ESPECIAL

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NOVO RIISPOA ANÁLISE

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Ano XXII - Mai/Jun 2017 - nº 126 - R$ 25,00 - www.revistalaticinios.com.br - ISSN 1678-7250

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LançamentosLançamentos

Novo RIISPOASaiba mais.

Entenda melhor.

Novo RIISPOASaiba mais.

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Dairy News Dairy News

O Autor

Múcio M. FurtAdo, Ph.D.

Múcio nasceu na pequenina e nostálgica Car-

rancas, no Sul de Minas, cidade encravada nas mon-

tanhas, bem no centro da região mais queijeira do

Brasil, escolhida e consagrada pelos pioneiros lati-

cinistas dinamarqueses nos anos 20 e 30 do século

passado. No início dos anos 1960 estudou no Grupo

Escolar “Sarah Kubitschek” e no Ginásio “Coronel

Rozendo”, em Carrancas. Em seguida, ainda um

menino, foi estudar em Juiz de Fora, no famoso Ins-

tituto de Laticínios “Cândido Tostes”, onde diplo-

mou-se técnico em laticínios em 1970. Em 1979,

graduou-se em Farmácia e Bioquímica pela Univer-

sidade Federal de Juiz de Fora. Em 1982 e 1985 tor-

nou-se Mestre e Ph.D. em Ciência dos Alimentos,

respectivamente, pela Michigan State University, em

East Lansing, Michigan, nos Estados Unidos. Fez

vários cursos e estágios na França, e trabalhou por 2

anos como consultor informal em tecnologia de queijos para a FAO (Organização das Nações Unidas

para Alimentação e Agricultura) na América Latina. Além de professor e pesquisador do Instituto de

Laticínios “Cândido Tostes” por muitos anos, exerceu também as mesmas funções na Universidade

Federal de Viçosa, por dois anos, onde orientou diversos estudantes de pós-graduação, na área de lati-

cínios. Nos anos 1990, transferiu-se para a iniciativa privada, sempre atuando no setor de tecnologia

de queijos. Publicou mais de uma centena de artigos técnicos e científicos em revistas especializadas

do Brasil e de muitos outros países. Durante quatro anos foi professor-visitante na Universidad de

León, na região de Castilla y Leon, no norte da Espanha, onde lecionou sobre queijos no curso de

Doutorado em Alimentos do Departamento de Veterinária. É autor de 11 livros em que trata da

ciência e tecnologia dos queijos, um deles em espanhol (2005), dedicado aos queijeiros latino-ame-

ricanos, e que foi também publicado em 2017 na Espanha, em 2ª edição revisada e ampliada, pela

EAE-Editorial Academica Española, com distribuição eletrônica em vários países. Tem apresentado

cursos e conferências em quase todos os países da América Latina e também nos Estados Unidos. Em

2016 e 2017 participou nos Estados Unidos, como juiz, do concurso americano de queijos, a convite

da American Cheese Society. Além de sua devoção aos queijos, Múcio é um apaixonado estradeiro

e frequentemente pilota sua motocicleta Harley-Davidson Springer “Old Boy” tanto pelas sinuosas

estradas mineiras, quanto pelos escaldantes e desolados desertos do Arizona no Sudoeste norte-ame-

ricano. Hoje, Múcio trabalha na divisão Nutrition & Health da DuPont Brasil, em Cotia, na Grande

São Paulo, onde exerce a função de Senior Principal Application Specialist, viajando seguidamente

pelo continente latino-americano, visitando fábricas e apoiando clientes, o que o mantém em contato

permanente com os mais experientes queijeiros das Américas.

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Guia dos ExpositoresSemana do Laticinista-ILCTGuia dos ExpositoresSemana do Laticinista-ILCT

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ENTREVISTA

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Associação expande para novas categorias

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A ABLV – Associação Brasileira de Leite Longa Vida seguiu um caminho natural e passou a englobar outros derivados de leite que não demandam refrigeração. Agora sob a mesma sigla, a entidade será conhecida como Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida. Laércio Barbosa, fala das mudanças e das categorias que fazem parte da ABLV atualmente.

Por Juçara Pivaro

Laércio Barbosa é engenheiro de alimentos formado pela Unicamp, possui MBA em Administração pela Universidade de São Paulo, é diretor comercial da Usina de Laticínios Jussara e presidente da ABLV.

"Por solicitação de várias empresas, a mudança foi aprovada pelo conselho

deliberativo da entidade e referendada em assembleia

geral pelos associados".

RiL - Revista Indústria de Laticínios - Quais os motivos que levaram a associação a se tornar mais abrangente em categorias de produtos?

• Laércio Barbosa - Foi uma evolução natural decorrente do crescimento das empresas associadas. As empresas ampliaram seu portfólio de produtos para melhorar sua rentabilidade e diversificar sua atuação. Em nossas reuniões regulares, naturalmente, incluímos a discussão de temas relacionados a outros produtos longa vida até que, por fim, atendendo aos pedidos dos associados, passamos oficialmente a englobar outras categorias em nosso escopo de atuação.

RiL - Quais as novas categorias que a associa-ção deverá englobar?

• Laércio Barbosa - São aquelas que compreendem todos os produtos lácteos longa vida produzidos pelo processo UHT, ou similar, que não necessitem de refrigeração. As categorias mais importantes são as de leite condensado, creme de leite e bebidas lácteas.

RiL - As indústrias que produziam as categorias, que agora fazem parte da associação, sentiam necessidade de entidade representativa?

• Laércio Barbosa - Sim, pois tais categorias não tinham abrigo definido em qualquer associação que pudesse discutir seu mercado ou mesmo defender seus interesses não importa em que circunstâncias.

RiL - Quais foram as ações necessárias para criar e/ou transformar em nova entidade?

• Laércio Barbosa - Por solicitação de várias empresas, a mudança foi aprovada pelo conselho de-liberativo da entidade e referendada em assembleia geral pelos associados. O estatuto social foi alterado por meio de ata registrada em cartório.

RiL - Qual deve ser o nome oficial da ABLV com os novos focos de produtos?

• Laércio Barbosa - Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida. A sigla segue a mes-ma: ABLV.

RiL - Quando aconteceu a divulgação do novo formato da associação ao mercado?

• Laércio Barbosa - A divulgação oficial se deu em nosso evento anual realizado em outubro de 2017. O registro da nova denominação junto aos órgãos competentes deu-se no final de janeiro e, no momento, estamos fazendo as alterações em nosso website. Portanto, já é oficial e pode ser divulgado.

Laércio Barbosa, presidente da ABLV.

RiL - A associação deve vir também com no-vas propostas e objetivos. Em caso positivo, qual seria o perfil de atuação da entidade?

• Laércio Barbosa - Não haverá mudança no perfil de atuação da entidade. Nosso foco é a defesa institucional do setor, que engloba ações como as de monitoramento de qualidade, avaliação de mercado, inovação, políticas ambientais, campanhas de marke-ting, entre outras, continuarão a ser feitas e agora abrigarão também as demais categorias, além do leite longa vida.

RiL - Campanhas como ‘Leite Faz seu Tipo’ de-vem continuar ou outras virão com novos focos?

• Laércio Barbosa - Temos aprovado para este ano de 2018 a continuidade da Campanha “Lei-te Faz Seu Tipo”, que tem apresentado ótimos resul-tados. Para o ano de 2019, ainda estamos em fase de discussão.

RiL - A proteína do leite tem crescido em im-portância em aplicações em várias bebidas e al-gumas marcas estão incorporando em suas linhas de leite, ganhando um novo perfil de consumido-res. Essa e outras novas características positivas do leite serão foco de marketing para estimular o consumo?

• Laércio Barbosa - Nosso esforço está focado na reputação do leite como alimento insubstituível e o que oferece a maior densidade nutricional. O movi-mento Leite Faz Seu Tipo promove as qualidades do leite e não categorias específicas de produtos. Isso fica a cargo das empresas.

RiL - Qual o volume de leite longa vida consu-mido no Brasil nos últimos anos e quais os volumes de consumo das categorias: leite condensado, cre-me de leite e bebidas lácteas?

• Laércio Barbosa - O volume de leite longa vida é cerca de 7 bilhões/litros/ano; leite condensa-do cerca de 450 mil toneladas/ano; creme de leite, aproximadamente 300 milhões de litros/ano. Bebidas lácteas, particularmente achocolatados representam 400 milhões/litros/ano.

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ENTREVISTA

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"O de leite longa vida foi um dos que menos sofreram do ponto de vista do volume, que continua crescendo,

embora discretamente".

"Nosso esforço está focado na reputação do leite como

alimento insubstituível e o que oferece a maior densidade nutricional".

RiL - Pela questão culinária, creme de leite e leite condensado têm lugar garantido em grande parte dos lares brasileiros e foodservice. Os de-rivados de leite já têm boa receptividade e cres-cimento de consumo no Brasil? Essas categorias crescem mais que o próprio leite?

• Laércio Barbosa - Entendemos que o leite é um dos principais alimentos do brasileiro, com uma preferência já consolidada junto ao consumidor, com consumo ainda em crescimento. Por ter uma base alta de penetração (acima de 90% dos lares consomem leite longa vida) seu crescimento, hoje, acompanha o crescimento vegetativo da população. Por outro lado, temos notado que com o aumento da renda do brasileiro, ocorrida nos últimos anos, tem crescido a penetração e aceitação também de outros derivados lácteos, cuja boa receptividade deriva da ótima repu-tação do leite. Assim, produtos como leite condensado, creme de leite e bebidas lácteas têm experimentado um forte crescimento de vendas nos últimos anos.

RiL - Qual o número de indústrias que faziam parte da ABLV e com as novas categorias esse nú-mero deverá crescer para quantas empresas?

• Laércio Barbosa - Temos cerca de 30 associados que, juntos, detém 80% do volume de leite longa vida. São os líderes das demais categorias de produtos. Portanto, não deverá ocorrer grande mudança nesse quadro.

RiL - Como avalia o setor de leite longa vida atualmente? Foi duramente afetado pela crise econômica no Brasil?

• Laércio Barbosa - Todos os segmentos foram afetados pela crise econômica. O de leite longa vida foi um dos que menos sofreram do ponto de vista do volume, que continua crescendo, embora discretamen-te. Porém, a rentabilidade tem sido duramente afe-tada pelos baixos preços de mercado observados no ano passado, decorrentes do crescimento da produ-ção interna e do excessivo volume de importação de lácteos pelo Brasil.

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EMPRESAS & NEGÓCIOS

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Regina lança mussarela e queijo prato fatiados em bandejas

A empresa centenária, Barbosa & Marques, fabricante dos produtos Regina, acres-centa ao seu portfólio duas opções de queijos fatiados: mussarela e prato, nas ver-sões tradicional e light. Disponíveis em bandejas, os itens podem ser utilizados para o preparo de lanches e receitas, oferecendo mais praticidade ao consumidor. Cada embalagem contém em média 160g.

A marca apostou nos queijos mais populares do país, como a Mussarela, que é versátil e um dos queijos mais consumidos no Brasil, sendo utilizada em pizzas, massas, saladas e churrascos. Cada 30g do produto contém 97 kcal, enquanto a versão light, que é reduzida em 25% de gordura, apresenta 61 kcal.

O queijo Prato, fabricado em todas as regiões brasileiras, é muito comum em sanduíches, devido ao seu sabor marcante. Uma porção de 30g possui 112 kcal, já a light 92 kcal com menos 25% de gordura.

Os queijos fatiados Regina apresentam maior durabilidade, pois durante o envase, é feita uma injeção de atmosfera modificada, garantindo mais segurança ao consumidor.

Os produtos de laticínios da marca Regina podem ser encontrados nos principais supermercados do país.

Philadelphia lança versão Zero LactoseA marca Philadelphia, primeiro cream cheese do mundo e líder da categoria no Brasil, acaba de trazer mais uma

novidade para o seu portfólio de produtos. Trata-se da versão Zero Lactose, desenvolvido para pessoas com intolerância ao açúcar existente no leite e seus derivados.

Disponível em embalagem de 150g, o novo Philadelphia Zero Lactose garante o sabor único das linhas de cream cheese da marca. O produto pode ser integrado a dietas com restrição à lactose, mas também se revela um aliado para quem prioriza uma alimentação saudável e leve, contribuindo para uma rotina alimentar equilibrada e saborosa.

Para a gerente da marca, Alethéa Risoléo, a novidade reitera a qualidade dos produtos Philadelphia: “buscamos, cada vez mais, trazer o melhor sabor e atender os perfis dos consumidores brasileiros, além de contribuir para uma alimentação de qualidade e nutritiva em todas as refeições, desde o café da manhã de todos os dias até a versatilidade para preparação de sanduíches ou pratos mais elaborados. ”

Presente em mais de 80 países, Philadelphia é pioneira na produção de cream cheese no mundo. Nos últimos anos, a marca tem investido em inovações no seu portfólio, inserindo novos formatos de embalagens e novas linhas de produtos.

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Vigor Grego Flocos vem com dois novos sabores: Flocos de Caramelo e Flocos de Chocolate Branco, que chegam ao mercado em edição limitada. Somados à versão original, o trio compõe agora a linha inédita Loucos por Flocos. O produto que deu origem aos lançamentos é o mais vendido da marca.

A marca, pioneira em iogurte grego no Brasil, inspira-se em sua versão de maior sucesso e lança dois sabores: Flocos de Caramelo e Flocos de Chocolate Branco, que chegam ao mercado em edição limitada. Somados à versão original, o trio compõe agora a linha inédita Loucos por Flocos. O produto que deu origem aos lançamentos é o mais vendido da marca.

Os novos sabores com caramelo e com chocolate branco combinam a cremosa massa de Grego com os deliciosos flocos desses dois ingredientes. O resultado é uma mistura incrível de sabores e texturas, que constitui uma ótima opção de lanche ou sobremesa. “O que fizemos foi confiar na preferência do consumidor, apostar em nosso produto líder em vendas e ir atrás do que fazemos de melhor, a inovação. Conhecemos o sucesso desse sabor e temos certeza de que esta nova linha de produtos vai conquistar ainda mais os loucos por flocos”, diz Tatiane Brandão, gerente de marketing da Vigor.

O diferencial da linha também está nas embalagens, que levam seu nome como assinatura. Nelas, destacam-se os

ícones reais de caramelo e de raspas de chocolate. Já a conhecida borda grega agora aparece em dourado, promo-vendo um contraste atraente e um forte impacto visual. Os produtos já estão disponíveis nos principais pontos de venda em todo Brasil, em embalagens de 100 g.

Vigor Grego lança sabores inéditos para compor deliciosa linha de flocos

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INOVAÇAO

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Alternativaspara inovar

Inovar continua na ordem do dia para encantar e, consequentemente, conquistar consumidores, mas quais as vias possíveis da inovação e quais alternativas ainda

não foram exploradas para atingir esse objetivo? Quais são os desafios para a área acadêmica e para a indústria?

O setor de leite e derivados, assim como outros segmentos de alimentos e bebidas trouxeram poucos lançamentos inovadores nos últimos dois anos. O orçamento mais apertado levou o consumidor a ficar mais seletivo em suas compras e as indústrias apostaram solu-ções simples, como disponibilizar embalagens tamanho família e mais econômicas ou em menores, baixando assim o preço por unidade.

A inovação tem várias vias e entregar valor agregado é uma delas. Se o consumidor reconhece atendimento às suas expectativas e tem um orçamento mais folgado, acaba pagando mais por diferen-ciais de um produto. É o caso de produtos premium, que sempre têm, como tiveram em 2017, seu nicho no mercado.

No evento ‘Inovações em Lácteos – Oportunidades e desafios’, realizado no Ital, no dia 29 de novembro de 2017, foram apresen-tados diversos aspectos do processo de inovação e destacamos nesta matéria depoimentos de alguns palestrantes.

DificuldadesLuis Eduardo Ramirez, gerente de marketing da Tetra Pak, que

participou de Painel realizado no evento afirma: “no Brasil, inovar é difícil e o mercado de lácteos não é exceção. Investir em inovação significa lidar com questões regulatórias, fiscais e logísticas que, por vezes, adiam os planos na adoção de novas tecnologias e processos”.

Segundo Ramirez, o mercado de lácteos tem muito espaço para agregar valor, especialmente em duas direções, uma delas da indús-tria para o consumidor, com produtos que atendam às necessidades dos indivíduos de forma mais específica e adequada e, a outra, dos consumidores para indústria, com a disponibilidade de pagar mais por produtos mais adequados.

“É importante ressaltar ainda que os preços ao longo da cadeia dependem fortemente do preço da commodity leite”, complementa o gerente de marketing. Ou seja, quando o leite tem um preço atrativo, como em 2016, a rentabilidade da cadeia tende a aumentar, mas quando os valores caem, a exemplo de 2017, a rentabilidade reduz também. E é aí que entra, mais uma vez, a relevância da inovação. Sendo inovadores conseguimos depender menos do preço da commodity e identificar os desejos do consumidor. Quando os produtos, marcas e soluções entregam valor, as pessoas se dispõem a pagar mais. É uma troca entre indústria e consumidor”, conclui.

Criar novos canais de comercialização de produtos também é uma alternativa para alavancar vendas. A Itambé é um exemplo

de indústria de lácteos que investiu em novo canal - no foodservice e, atualmente, representa uma boa fatia de mercado para a empresa. Ricardo Cotta Ferreira, diretor de Gestão e Relações Institucionais da Itambé Alimentos, que também participou do Painel do Ital, afirmou que a preocupação da indústria é fazer um link entre inovação e bom negócio. Ferreira destacou ainda que investir em processos é fundamental para ganhar mais agilidade.

Pesquisa e desenvolvimentoA crise econômica não intimidou os pesquisadores, que

continuaram de olho nas tendências e buscando soluções para atender aos anseios dos vários perfis de consumidores. O evento Inovação em Lácteos – Oportunidades e Desafios trouxe temas e pesquisas que as indústrias podem utilizar para conquistar consumidores. Confira a seguir, conteúdo descrito por palestrantes do evento.

Prebióticos emergentesDe acordo com a “International Scientific Association for Probiotics

and Prebiotics (ISAPP)” a definição para prebióticos é: substância seletivamente utilizada por microrganismos do hospedeiro conferindo benefício à saúde. Entre os prebióticos mais aceitos mundialmente estão lactulose, inulina, frutooligossacarídeos (FOS), galactooligos-sacarídeos e oligossacarídeos do leite humano. Contudo, há uma lista crescente de potenciais prebióticos como polidextrose, oligos-sacarídeos pécticos, xilo-oligossacarídeos (XOS), exopolissacarídeos bacterianos, polissacarídeos derivados de algas e polióis que ainda estão em estudo. Certas fibras solúveis fermentáveis são candidatas a prebióticos, e outros tipos de fibras podem ser prebióticos, desde que se prove que são utilizados seletivamente pela microbiota do hospedeiro e produzam benefícios à saúde. A classificação de fibras em prebióticos é controversa devido à fibra alimentar poder ser pre-biótica em um hospedeiro e não em outro. Por exemplo, a celulose pode ser considerada prebiótica em ruminantes, mas não em huma-nos. Além disto, para que uma substância seja classificada como pre-biótico é necessário considerar a região de atuação no organismo. Por exemplo, xilitol pode ser considerado prebiótico na cavidade oral e não apresentar atividade prebiótica em outros locais.

A apresentação da pesquisadora do Tecnolat/Ital, Patrícia B. Za-carchenco, “Prebióticos emergentes em produtos lácteos“, que acon-teceu durante o evento do Ital, abordou a aplicação em iogurtes dos XOS, que podem ser obtidos do bagaço da cana de açúcar, biomas-sa abundante no Brasil.

Biomassas de origem vegetal são baratas, renováveis, adequa-das para o desenvolvimento sustentável e promissoras para pro-dução de biodiesel, bioenergia e biomoléculas de valor agregado como os XOS. A doçura moderada, a estabilidade em ampla faixa de pH e temperatura e as propriedades inibitórias à retrogradação de amido permitem que a adição de XOS contribua com as proprie-dades sensoriais e nutricionais dos alimentos. Os XOS são constituídos de xilanas (principal constituinte das hemiceluloses), que estão pre-sentes na maioria das biomassas e/ou subprodutos agrícolas junto com celulose e lignina. Hemiceluloses são as segundas biomoléculas mais abundantes, representam 20 a 35% da biomassa lignoceluló-sica e são heteropolissacarídeos contendo, além das xilanas, ara-binose, manose e ácido glucurônico. Nas biomassas lignocelulósicas, hemiceluloses estão associadas com moléculas de celulose e lignina o que interfere na recuperação da xilana. Vários materiais já fo-ram avaliados para a produção de XOS incluindo madeira, cascas de cevada e outros grãos, espigas e cascas de milho, cascas de ar-roz, caule de tabaco, palha de centeio, caule de algodão, cascas de amêndoas, entre outros.

Ainda há poucos estudos sobre o bagaço de cana como fonte para produção de XOS. Após a extração dos produtos principais da cana de açúcar o material residual é o bagaço. Aproximada-mente 250 a 280kg de bagaço são gerados no processamento de cada tonelada de cana. Embora a composição química do bagaço revele que contenha 70 a 89% de carboidratos (sendo 40-45% de celulose e 30-35% de hemicelulose), o que reflete em seu potencial para uso em biorefinarias para separação de suas biomolécelulas (celulose e hemicelulose), a maior parte do bagaço é queimada nas caldeiras das usinas de açúcar para geração de energia. Portanto, é importante o desenvolvimento de processos para geração de XOS a partir de bagaço de cana-de-açúcar. Isto agregará valor a este resíduo industrial, além de identificar uma matéria-prima mais barata e potencial para as indústrias de prebióticos. Devido às dificuldades inerentes à produção de XOS por auto-hidrólise ou processo ácido,

recomenda-se hidrólise enzimática, pois evita a geração de produtos tóxicos indesejados na mistura XOS e evita o uso de equipamentos especializados.

Quanto às aplicações dos XOS em iogurtes alguns exemplos de pesquisas realizadas em diferentes países são:

(1) adição de XOS produzidos por hidrólise química e enzimática de cascas de amêndoas em iogurtes de leite de búfala em diferentes concentrações (0; 1,5%; 2,5%, 3,5% e 4,5%) com e sem gelatina e avaliação das características físico-químicas e sensoriais, sendo que a adição de até 3,5% de XOS não influenciou o sabor e aceitabili-dade global;

(2) obtenção de soluções de XOS por via enzimática de subpro-dutos como espiga de milho, casca de arroz, cascas de amêndoas e madeira, secagem das soluções em secador tipo spray e adição a io-gurtes simbióticos para substituir carboidratos em diferentes concen-trações, não tendo sido verificada diferença sensorial com a adição de até 2,5% de XOS.

(3) avaliação de vários fatores da produção de iogurtes simbióti-cos como efeitos de diferentes prebióticos, quantidades dos prebió-ticos, proporção entre as culturas probióticas, quantidade de inóculo, tempo e temperatura de fermentação mediu as respostas número de células viáveis, características microbiológicas, físico-químcas e senso-riais dos iogurtes. Foi verificado que a fermentação mais adequada foi obtida com adição de 0,8% de XOs, 0,6% de FOS e 0,8% de IMOs (isomalto-oligossacarídeos), proporção de 1:1 de L. casei S1 para Lactococcos lactis LB12, 3% de inoculo e 10h de fermentação a 37ºC.

(4) avaliação de iogurtes com fibra alimentar e XOs verificou que as quantidades mais adequadas foram 1,5% de fibra alimentar, 0,3% de XOs, 6% de açúcar e 0,6% de mistura de estabilizantes.

(5) avaliação de iogurtes com diferentes quantidades de XOs, sacarose, diferentes temperaturas de fermentação e concentrações de inóculo verificou que aqueles contendo 0,45% de XOs, 7% de sa-carose, 4% de inoculo e fermentação a 41º C receberam as maiores notas sensorais e apresentaram teores de acidez, gordura e sólidos lácteos adequados.

Componentes do leite com foco na saúde

Pesquisas tanto internacionais como nacionais têm demonstrado que o leite possui componentes bioativos potencialmente benéficos à saúde de diversos sistemas corporais humano, entre os quais o cardiovascular, o nervoso e o endócrino. Entre esses componentes, destacam-se os peptídeos biologicamente ativos ou bioativos (PBAs), o ácido linoleico conjugado (CLA) e a melatonina. Leila M. Spadoti, pesquisadora do Tecnolat/Ital, falou sobre o ‘Potencial de aplicação de componentes do leite na saúde cardiovascular e nervoso’.

PBAs são porções específicas das proteínas com 3 a 20 resíduos de aminoácidos e atividades biológicas características, que normal-mente são inativos dentro da sequência da molécula. Portanto, as proteínas do leite (caseínas e soroproteínas) precisam ser hidrolisa-das para que ocorra a liberação desses fragmentos bioativos.

Os ácidos linoleicos conjugados (CLA) correspondem a um grupo heterogêneo de isômeros geométricos e posicionais do ácido lino-leico, encontrados principalmente na fração gordurosa de produtos lácteos e cárneos de ruminantes.

A melatonina é um hormônio naturalmente presente no leite, com potente ação indutora de sono.

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As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo, sendo também importante causa de incapacidade física. Os dois principais fatores de risco associa-dos à incidência dessas doenças são a hipertensão e a dislipidemia e existem PBAs derivados de proteínas do leite que demonstraram possuir atividade capaz de reduzir esses dois fatores. Portanto, esses PBAs associados à melhoria da saúde cardiovascular, isolados ou na forma de hidrolisados proteicos, representam um ingrediente promis-sor a ser utilizado principalmente em alimentos funcionais.

Já existem no mercado internacional produtos lácteos comerciais e ingredientes com apelo funcional baseado nesses PBAs. Alguns exemplos são: leite fermentado Evolus (Valio Oy), com os peptídeos bioativos Val-Pro-Pro e Ile-Pro-Pro, derivados da ß e K-caseína, com alegação de “redução da pressão sanguínea” e o ingrediente C12 (DMV International) contendo dodeca-peptídeo da caseína (“redução da pressão sanguínea”).

Há também PBAs originados da proteólise das proteínas lácteas com ação opióide (atividade semelhante à dos opióides endógenos--endorfi nas), que atuam tanto no sistema nervoso central como em órgãos periféricos, produzindo vários efeitos fi siológicos. Em nível de sistema nervoso central, podem promover sedação e torpor, regula-ção da ingestão de alimentos, regulação do comportamento sexual, entre outros. Existem, no mercado internacional, produtos/ingredien-tes contendo esses PBAs. Como exemplos tem-se o Cysteine peptide (DMV International) – ingrediente contendo peptídeos derivados de proteínas do leite (“melhoria do sono e da disposição física”) e o Prodiet F200/Lactium (Ingredia) – bebida aromatizada derivada do leite contendo fragmentos de alfa-s1-caseína (“redução dos efeitos do estresse”), entre outros.

Além dos PBA, o CLA também pode auxiliar na saúde dos sistemas cardiovascular e nervoso. Na Argentina, há um leite funcional com alto CLA comercializado com a alegação de “cuida do seu coração, protege sua saúde”. Resultados de estudos recentes sugerem que a ingestão de produtos lácteos naturalmente enriquecidos em CLA (bio-

fortifi cação) pode representar uma estratégia nutricional importante para a prevenção ou redução de sintomas observados em pacientes com a Doença de Alzheimer.

Por fi m, leites enriquecidos com melatonina também estão sendo comercializados, em vários países europeus, com as alegações de “ajuda a dormir”/”sono reparador”. No Brasil, sua produção está sendo objeto de pesquisas.

Considerando que uma das maiores tendências atuais e futuras do mercado de alimentos é a busca por produtos com apelo de saudabi-lidade e/ou bem-estar, o desenvolvimento e a oferta de alimentos ou ingredientes com potencial para prevenção/melhoria/manutenção da saúde dos sistemas cardiovascular, nervoso e endócrino seriam opções a serem avaliadas pelas indústrias alimentícias ou farmacêu-ticas nacionais.

Desafi os dos artesanaisAs oportunidades e desafi os dos produtores artesanais de lácteos

foram abordados em palestra ‘Produtos artesanais e identidade dos queijos nacionais no mercado gourmet’ de Adriano Gomes da Cruz, doutor e professor em Tecnologia de Alimentos, do Instituto de Edu-cação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ).

A proximidade com as redes sociais e com a internet faz do con-sumidor atual um ser ávido por informação, o que tem relação direta com os alimentos que ele quer adquirir. No caso dos produtos lácteos, o aumento do poder aquisitivo da população brasileira teve refl e-xo direto no quantidade adquirida e, passado isso, a consolidação dessa situação pela aquisição de informações que, se no passado, eram desvalorizadas, hoje têm papel decisivo para sua compra: é necessário que o produto lácteo tenha componentes em sua formu-lação que proporcione saúde e bem estar, sejam obtidos através de processados que protejam o meio ambiente (sustentabilidade), sejam embalados de envoltórios práticos e de fácil manipulação e que preservem componentes sensoriais diferenciados que permitam seu continuo consumo (sensorialidade).

Todo esse contexto fortalece e contribui de forma positiva para expansão do consumo e fortalecimento dos queijos artesanais bra-sileiros. Sendo oriundos de processos produtivos realizados em em-presas de pequeno porte, na maioria das vezes familiares com for-te componente histórico, proporcionam sensações sensoriais únicas e diferenciadas para o consumidor que não mede esforços para sua compra, ainda que seja a um preço elevado.

O queijo artesanal brasileiro movimenta um mercado de apro-ximadamente que resultou em 20 bilhões de em vendas em 2017 e tem como seus principais representantes, o queijo da Serra da Canas-tra, Araxá e Serro (Minas Gerais), o queijo Serrano (Rio Grande do

Sul), o queijo Dom João e Chacrinha (Pernambuco) e Queijo Marajó (Pará). Basicamente, o processamento do queijo artesanal é realiza-do utilizando como matéria prima o leite cru, que não é submetido ao tratamento térmico e tem como adição do coalho ou pingo, que nada mais é a cultura láctica características da localidade em que é pro-cessado que dão o sabor, aroma e textura diferenciada ao produto, o que o torna inigualável em uma experiência sensorial. Ainda apre-senta forte componente histórico, estando relacionado com a história do local e preservação das tradições familiares, que são passadas pelas gerações dos membros da família.

Entretanto, dado os inúmeros microrganismos patogênicos que existem no leite cru, as questões de segurança alimentar tornam-se uma preocupação com esse produto, que tem ser capaz de manter sua identidade sem prejudicar a saúde do consumidor e, ao mesmo tempo, ser fonte de renda para o produtor manter-se na atividade. Dessa forma, para queijos artesanais, aplica-se a Instrução Norma-tiva no30, de 7 de agosto de 2013, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que entre os principais pontos determina: (a) o processo de maturação do queijo pode ocorrer em período inferior a 60 dias, sendo o cumprimento desse etapa de competência de Órgãos de Vigilância estadual e/ou municipal de inspeção industrial e sanitária reconhecidos pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal- SISBI/POA, (b) as pro-priedades leiteiras devem ser certifi cadas pelo Programa Nacional

de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCE-BT). Vislumbra-se com isso um menor índice de burocracia no trâmite de fi scalização do produto, permitindo que ele alcance regiões mais distantes do local de produção, o que na prática signifi ca mais consu-midores adquirindo o produto.

Neste contexto, o mercado de queijos artesanais tem tudo para consolidar seu crescimento no segmento de produtos gourmets, sendo um produto seguro para quem o consome e mantendo as tradições ligadas à região, onde é processado, o que pode, inclusive, incentivar um fl uxo de visitas de consumidores nessas regiões, impulsionando a economia do local.

Redução de açúcares e lactose em produtos lácteosPara atender à demanda do consumidor preocupado com os

impactos da alimentação saudável, pesquisadores buscam redução de açúcar e lactose. As empresas foram induzidas a um progressivo processo de reformulação de produtos, reduzindo ou retirando os ingredientes rejeitados pelos consumidores. No entanto, o movimento de reformulação é processo complexo, uma vez que integra, além da tecnologia de alimentos, diferentes áreas como saúde e nutrição, legislação e a perspectiva do consumidor. Confi ra na seção Fazer Melhor desta edição, o artigo ‘Redução de açúcares e lactose em produtos lácteos’, das pesquisadoras Darlila A. Gallina do Tecnolat/Ital e Adriane E.C. Antunes da UNICAMP/FCA.

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Embalagens e as macrotendências no setor de laticínios

‘Inovações em embalagens para produtos lácteos’ foi tema de pa-lestra da pesquisadora Fiorella Dantas, do CETEA/Ital, que fala das alternativas para resolver os desafi os de embalagens e tendências para esse setor. Confi ra abaixo, o que diz a palestrante.

A maioria dos produtos derivados de leite apresenta vida curta e é comercializada sob refrigeração. Leites, iogurtes, queijos e sorve-tes são os principais produtos dessa categoria e cada um apresen-ta características específi cas que levarão à perda de qualidade. A proteção ao produto até o fi nal da sua vida útil deve ser o objetivo principal da especifi cação de um material de embalagem. Entretan-to, em um mercado competitivo, a embalagem também deve atrair o consumidor, fi delizá-lo, diferenciar-se dos produtos concorrentes e aumentar as vendas. Estas funções são interligadas e devem ser con-sideradas durante o processo de desenvolvimento da embalagem.

As pro priedades necessárias para atender aos requisitos de pro-teção do produto estão relacionadas a barreira a gases (principal-mente oxigênio), barreira ao vapor d’água e barreria à luz para a conservação de propriedades sensoriais, hermeticidade para evitar recontaminação, resistência química para minimizar interação com o produto, resistência térmica para suportar enchimento a quente e eventual tratamento tér mico após enchimento e resistência mecânica para ter bom desempenho no ambiente de produção, transporte e comer cialização.

Além de suas funções primárias, o desenvolvimento da embala-gem deve considerar as tendências atuais de consumo, especialmente aspectos relacionados a: densidade nutricional e conveniência; di-gestibilidade e bem-estar, funcionalidade e prevenção; controle e adequação; premiumização e sensorialidade; naturalidade e susten-tabilidade que foram as macrotendências identifi cadas no documento Brasil Dairy Trends.

Características como facilidade de preparo e possibilidade de consumo a qualquer hora e em qualquer lugar são muito apreciadas pelos consumidores. Nesse caso, as inovações nas embalagens são

apresentadas por materiais que permitam aquecimento do produto em forno de micro-ondas, como por exemplo, a lata com selo de alu-mínio que pode ser aquecida em forno de micro-ondas, permitindo a preparação de forma prática e rápida de um fondue de queijo. Tampas de fácil abertura que permitem o refechamento como a da embalagem plástica termoformada selada com fi lme superior que pode ser resselável utilizada para queijos fatiados. Pode-se citar também o exemplo do produto Danoninho Para Levar da Danone que foi acondicionado em um stand up pouch e pode permanecer até 5 horas fora da geladeira. A embalagem apresenta design moder-no com formato diferenciado, facilidade de abertura e fechamento permitindo o consumo a qualquer hora em qualquer lugar. O acon-dicionamento asséptico a frio em garrafa de PET permitiu uma dife-renciação de apresentação associada a portabilidade dos produtos principalmente para as bebidas lácteas. Acessórios como colheres em material plástico ou em papel cartão que permitem o consumo ime-diato, canudos acoplados em tampas e alças reutilizáveis para gar-rafas do tipo longa vida também podem ser citadas como inovações que facilitam o consumo do produto.

Tintas de revelação também têm sido empregadas em embalagens de leite cartonadas para alertar o consumidor sobre a necessidade de refrigeração do produto e segurança microbiológica do alimento.

Propostas de produtos direcionados à saúde passaram a ser um importante foco das inovações e, nesse caso, a diferenciação e a atratividade visual da embalagem podem se tornar fundamentais para o seu sucesso. Cabe à embalagem fazer a comunicação da adição de ingredientes funcionais e nutritivos.

Atendendo à macrotendência de Controle e adequação, embala-gens menores e porcionadas podem ajudar no controle de calorias. A embalagem pode dar destaque para os conteúdos calóricos e para os teores de proteína. Informa as reduções de gorduras, de sódio e zero colesterol. Permite a comunicação objetiva, simples e educativa. Apresenta ao consumidor selos de sociedades e associações da área de saúde, aumentando a credibilidade dos produtos.

A tecnologia in mold label permitiu uma evolução em qualidade de rotulagem de potes plásticos. Hoje, é possível encontrar no mer-cado queijos, iogurtes e sorvetes em embalagens que empregaram essa tecnologia. Com ela se consegue aproveitar melhor o espaço da embalagem para comunicação, além de melhorar a qualidade das imagens.

O segmento de produtos premium caracteriza-se por sofi sticação, luxo, design minimalista, elegância e qualidade superior. Embalagens com efeitos estéticos, a exemplo de diferenciação pelo formato, uso de cores e impressão de alta qualidade, texturas e brilhos, extra-vagância de materiais, que provoquem novas sensações e emoções, que transmitem qualidade, confi abilidade e segurança, naturalidade aparente, imagem retrô ou que transmitem sofi sticação e luxo estão conectadas com a premiumização.

Sob a ótica da sustentabilidade, o desenvolvimento de materiais de fonte renovável continua uma tendência com várias opções de estruturas e blendas termoplásticas à base de PLA na estrutura, assim como muitas aplicações com Polietileno Verde da Braskem. Outra te-mática signifi cativa é a redução de espessura das estruturas fl exíveis, por meio do emprego de resinas plásticas de alta performance.

Nadar é a única escolha possível

Em palestra durante o evento do Ital, o doutor e professor Rodrigo Stephani, da Universidade Federal de Juiz de Fora, faz uma análise crítica do tema inovação e a atual situação da área acadêmica nesse contexto.

Precisamos de mais iniciativa acadêmica na inovação... Está difícil, mas temos que continuar tentando... continue a nadar...

continue a nadar...Quando a Pixar introduziu este “mantra” no roteiro da persona-

gem Dory, em Procurando Nemo (2003), deve ter se inspirado no lema dos profi ssionais de inovação em leite e derivados do Brasil. Não pode ser coincidência!

“Quando a vida te decepciona, qual é a solução? Continue a nadar! Continue a nadar! Continue a nadar, nadar, nadar! Para achar a solu-ção, nadar, nadar! (Dory – Procurando Nemo – 2003)”

Não precisamos explicar porque inovar é difícil e caro! Mas vale reforçar a importância do P&D neste tipo de atividade. Apenas para estabelecer a parte conceitual, de acordo com o Manual de Frascati, podemos distinguir três tipos de P&D:

• Pesquisa básica - consiste em trabalhos experimentais ou teóricos realizados principalmente com o objetivo de adquirir novos conheci-mentos sobre os fundamentos os fenômenos e fatos observáveis, sem considerar uma determinada aplicação ou um uso em particular.

• Pesquisa aplicada - consiste igualmente em trabalhos originais empreendidos com a fi nalidade de adquirir conhecimentos novos. No entanto, ela é dirigida principalmente a um objetivo ou um determi-nado propósito prático.

• Desenvolvimento experimental - consiste em trabalhos sistemáti-cos baseados nos conhecimentos existentes obtidos por pesquisa e/ou experiência prática, tendo em vista a fabricação de novos materiais, produtos ou dispositivos, para estabelecer novos processos, sistemas e serviços ou melhorar consideravelmente os já existentes.

Então, que comecem os problemas....É senso comum denominar iniciativa privada como o conjunto de

atividades e organizações constituídas sem participação do setor pú-blico. Já o termo setor público, por vezes referido como setor estatal, é referenciado como uma parte do Estado que tem como função li-dar com a produção, entrega e distribuição de bens e serviços por e para o governo ou para os seus cidadãos. E o termo academia? Este tem uma história um tanto quanto mais romântica no meu ponto de vista. De acordo com Elazier Barbosa em A origem das Palavras (2010, RG Editores), a palavra academia é proveniente da palavra grega Akademeia e signifi ca Jardim de Academos (herói ateniense).

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INOVAÇAO

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Diz o autor que Platão gostava de se reunir com seus discípulos para ensinar filosofia, num local sagrado ao herói ateniense Academo. O grupo passou a ser conhecido por Akademia. Com o tempo, a reu-nião de pessoas especializadas em uma determinada área também passou a receber a mesma denominação. Nesse local (às margens do rio Cefiso, perto de Atenas) foi instalado um ginásio. Mais tarde, o nome academia se generalizou a todas sociedades de sábio e ar-tistas. Hoje tem o significado de estabelecimento de ensino superior de ciências ou arte, faculdade, escola, onde se ministra o ensino de práticas desportivas ou lúdicas, etc.

E o que significa iniciativa acadêmica afinal? Muita calma nesta hora. Ainda precisamos acrescentar mais algumas informações neste momento...

Atualmente, as relações interinstitucionais constituem o cerne da vida acadêmica e refletem os avanços experimentados pela conso-lidação da ciência no mundo. A importância estratégica das rela-ções interinstitucionais consiste em fortalecer o conhecimento científico, construindo, nos seus espaços de articulação e de diálogo, a viabili-dade necessária para a realização de projetos de desenvolvimento nacional. As relações interinstitucionais permitem às Instituições Cien-tíficas e Tecnológicas (ICTs) dialogar entre si e demais instituições do “segundo” e “terceiro” setor e, assim, promover a articulação neces-sária para realizar inovação e criar condições para o crescimento tecnológico e econômico, objetivando distribuição de renda e inclusão social, geração de empregos e oportunidades de trabalho para to-dos. Nesse sentido, o diferencial estratégico das relações interinstitu-cionais é promover relações baseadas no diálogo, na cooperação e principalmente na transparência.

As relações interinstitucionais, visando à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, são estimuladas pela lei n° 13.243, de 11 de janeiro de 2016, conhecida como “marco le-gal de ciência, tecnologia e inovação”, que reflete a necessidade do país contar com dispositivos legais eficientes que contribuam para o delineamento de um cenário favorável ao desenvolvimento científico, tecnológico e ao incentivo à inovação. Desta forma, o marco legal em vigor deveria representar um amplo conjunto de medidas cujo objetivo maior é ampliar e agilizar a transferência do conhecimento gerado no ambiente acadêmico para a sua apropriação pela inicia-tiva privada, estimulando a cultura de inovação e contribuindo para o desenvolvimento industrial do país.

As alterações trazidas por essa lei buscam superar os obstáculos verificados por ocasião da implantação da legislação original, lei n° 10.973 de 2 de dezembro de 2004, regulamentada no dia 11 de outubro de 2005 pelo Decreto n°. 5.563. A nova lei deveria aprimo-rar as regras para transferência de recursos, contratação de bens e serviços, tornar mais flexíveis as regras orçamentárias, entre outras

medidas. Continuamos aguardando o real efeito da lei na relação iniciativa privada x academia. Continue a nadar... continua a nadar...

É visível a existência de um enorme esforço das insti-tuições públicas e privadas de ensino e pesquisa de leite e derivados em todo o Brasil, não sendo adequadamen-te aproveitado, tanto do ponto de vista de conhecimento quanto o de potenciais produtos e serviços, devido à falta de interação. Por isso, a ideia de trabalhar num ambiente colaborativo, onde o mais simples dos projetos pode tra-zer retorno a quem participa e a quem o produto final do projeto se destina é algo de um enorme potencial. Explorar

este conceito é a proposta do modelo Iniciativa Acadêmica que, como o próprio nome sugere, precisa começar na iniciativa.

As propostas de grupos de pesquisas em instituições públicas vi-sando interação com o setor privado por meio da Iniciativa Acadê-mica estão permitindo o compartilhamento dos laboratórios destas instituições, gerando um ambiente multi colaborativo único e essencial para a execução das atividades envolvidas no trabalho de inovação em leite e derivado, devido ao nível de complexidade e especifici-dades envolvidas tanto nos procedimentos de produção em escala piloto dos produtos, quanto nos procedimentos analíticos. Assim, esta iniciativa tem como fundamentação viabilizar a relação pública/pri-vada no âmbito da Inovação Aberta, como mecanismo de acelera-ção do desenvolvimento científico e industrial na área de laticínios no Brasil.

Atualmente, a informação está mais disponível do que nunca. Se para as crianças de hoje não é comum pensar em realizar uma busca em uma enciclopédia, há pouco mais de 20 anos, isso era praticamen-te a única fonte de referência para qualquer pesquisa formal que se fazia. O desafio de encontrar informação confiável é ainda maior no mundo de hoje, onde tudo está ao alcance de um clique, já que tudo é ‘encontrável’ pela internet.

Para grande parte dos itens que se busque na internet, voltados para a inovação é possível encontrar milhares ou milhões de resul-tados. Com um universo deste tamanho é possível encontrar coisas boas e ruins, materiais com bom conteúdo e materiais dispersos e que trazem as palavras de forma isolada. Por isso, é preciso ter cuidado com o que encontramos na internet ou que não conhecemos a fonte. Precisamos dialogar com as fontes e não as consultas apenas. Neste contexto de facilidade de interação e acesso a informações, diversos ambientes colaborativos ganham espaço, surgindo com uma enorme abrangência (iniciativa acadêmica).

Trabalhar com inovação não é uma tarefa fácil, pois não basta incluir no nome de um departamento ou de um setor uma ‘palavra mágica’. Muito menos publicar apenas inúmeros artigos científicos em periódicos indexados no Qualis da CAPES. Colocar o conceito de ino-vação em prática é um desafio que começa na alta direção da em-presa e vai até o blue-collar worker (o chão de fábrica), pois envolve o comprometimento de orçamento e a dedicação da equipe. No caso da academia é conseguir manter a sintonia das linhas de pesquisa e transferir os resultados para o mercado como um novo produto ou serviço e não apenas obter tabelas, figuras e gráficos nos portais online. Se integrar ações dentro de uma empresa já é difícil, imagine-mos acrescentar elementos externos como regulamentações públicas sem diretrizes de operacionalização dentro do setor acadêmico, cujo controle direto só gera menos do mesmo. O desafio é ainda maior.

Continue a nadar... continue a nadar...

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Buscando continuamente soluções de melhoria de desempenho e efi ciência dos custos, a multinacional alemã Schmersal traz em seu portfólio os inversores de frequência modelo PRAXI 20, que oferecem inúmeras funções e possibilidades para o controle das máquinas de empacotamento, de processamento, de lavagem industrial, de corte e solda, além de bombas, ventiladores, transportadoras, bobinadoras e desbobinadores.

“Os nossos inversores foram projetados para elevar a efi ciência dos processos de fabricação, nos quais o tempo gasto em instalações, manutenções e parametrizações foram levados em consideração. Os terminais de fácil acesso, a fi xação para trilho DIN, integrado com o recurso de assistente de inicialização - que permite a rápida parametrização da aplicação -, e a possibilidade de cópia dos parâ-metros com o inversor desenergizado são exemplos de funcionalidades que ajudam a reduzir o tempo de partida”, explica Samuel Roma, coordenador de produto de Automação da Schmersal.

Os inversores PRAXI também contemplam em sua versão de fábrica in-terface RS-485 com protocolo Modbus, oferecendo recursos para o controle de processos por meio de uma rede econômica e simples.

Os modelos de inversores PRAXI 20 estão disponíveis em todas as ten-sões comuns na linha de 110-575 V, em combinação com uma ampla gama de potências (até 18,5 kW/25 HP) e grau de proteção IP20 e IP21. Para correntes superiores a 16 A, a unidade está disponível com uma bobina de fi ltragem de harmônicos integrado, de acordo com a norma IEC61000-3-12.

Para mais informações sobre o PRAXI 20 acesse http://www.schmersal.com.br/nc/produtos/automacao/produto/action/detail/product/inversor-de-frequencia-praxi/

Schmersal BrasilAv. Brasil, 815 – Boituva – SP - CEP: 18550-000 - Tel.: (15) 3263-9800 - [email protected] - www.schmersal.com.br

Inversores de Frequência PRAXI 20 da Schmersal reduzem tempo de

partidas de máquinas

Sunnyvale apresenta nova etiquetadora com pesagem para

identifi cação de produtosA Sunnyvale trouxe para o mercado nacional nova solução que integra etiquetadora com

sistema de pesagem para identifi cação de produtos. A LI-700D, fabricada pela DIGI Europa, atende necessidades da indústria e de segmentos como varejo e logística, já que é um equipa-mento dinâmico e facilmente integrado a linhas de produção e expedição de produtos.

Com a LI-700D é possível pesar e etiquetar até 65 produtos por minuto. Além da identifi ca-ção do peso, a solução traz a possibilidade de impressão de outras informações nas etiquetas, como preço, código de barras, código Datamatrix, QR Code, tabelas nutricionais e imagens, entre outras. “Por se tratar de uma solução muito fl exível é uma ótima opção para fácil integração na indústria, além de atender segmento varejista, produtores rurais e operações logísticas que necessitam de controle e identifi cação. Um exemplo são os supermercados e redes atacadistas que podem contar com equipamento que facilite a identifi cação e precifi cação do produto na própria loja”, detalha o gerente de vendas das divisões de inspeção e embalagem da Sunnyvale, Alessandro Paixão.

Entre outros diferenciais da LI-700D está a possibilidade de gerenciamento remoto das informações com geração de relatórios e identifi cação de possíveis erros no processo. Toda a parte de software foi concebida com base no Windows 10, o que facilita o trabalho de programação e interação com o sistema.

Sunnyvale R. Quatá, 547 – Vila Olímpia - 04546-043 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3048-0100 / (11) 3048-0147 - www.sunnyvale.com.br

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Tamanho da estrutura, tipo de material a ser transportado e capacidade de carga da máquina são alguns itens que devem ser levados em consideração na compra. Quando o assunto é movimen-tação e transporte de grandes volumes de cargas, as empilhadeiras tornam-se itens imprescindíveis. Uma dúvida que sempre surge entre os interessados em adquirir essa tecnologia é referente ao mo-delo mais indicado para a sua operação.

No mercado, as versões mais conhecidas são as a combustão, que utilizam o gás liquefeito de petróleo (GLP), diesel e gasolina e podem transportar até 41 toneladas, e as elétricas que funcionam por meio de motores elétricos e usam baterias tradicionais recarregáveis. Ambas são compostas por torre de elevação, corrente de elevação, alavanca hidráulica, sistema hidráulico, garfos e cabine.

“Para fazer a escolha correta e melhorar o fl uxo de entrada e saída das mercadorias dentro do armazém, o ideal é observar características da estrutura onde a máquina será empregada, como a largura dos corredores e o tamanho e peso do produto a ser transportado”, orienta Bruno Almeida, coordenador de produtos da Somov, empresa do Grupo Sotreq, especializada na comercialização, aluguel e manutenção de empilhadeiras das marcas Hyster® e Yale®.

Além da grande capacidade para carregamento de materiais pesados, as empilhadeiras a combustão atingem uma maior velocidade de deslocamen-to. Com relação ao preço para aquisição, é inferior aos movidos a eletricidade. No entanto, pelo fato de usar combustíveis como GLP, diesel ou gasolina, costumam emitir gases poluentes, o que difi culta a utilização em ambientes internos.

O portfólio da Somov tem as Empilhadeira Hyster XT e a Yale MX que podem ser aplicadas em áreas externas e internas e permitem ao usuário a confi guração da potência do motor para o modo mais econômico, garantindo uma redução dos custos com combustível e diminuindo os danos ambientais.

No caso das empilhadeiras elétricas, elas são mais compactas e a base possui alto grau de giro dentro do seu próprio eixo. Esses fatores tornam os equipamentos elétricos ideais para a movimentação de cargas em locais com pouco espaço, como corredores estreitos com prateleiras, fábricas, câmaras frigorífi cas e depósitos que não necessitam de grandes manobras, mas também existem modelos para operações externas.

Embora os veículos elétricos tenham um preço mais elevado, muitos clientes têm optado em substituir a frota a combustão pela elétrica, pois o retorno do investimento pode ser obtido em dois anos. Isso ocorre devido ao elevado volume e consumo de combustível e maior necessidade de manutenção pre-ventiva e reparo do equipamento a combustão durante o período considerado.

Essas máquinas também geram um menor impacto ambiental e uma menor produção de ruídos durante a operação. Os modelos atuais possuem capa-cidade de até 5,5 toneladas. Na Somov já é possível encontrar equipamentos elétricos altamente confi áveis, robustos e econômicos para operações ex-ternas. A empresa trabalha com solução tradicional, uma bateria por turno para cada equipamento, e também com uma solução inovadora, com somente uma bateria de íon de lítio por máquina atendendo todos os turnos.

Site: http://somov.com.br/ Tel: (11) 4772-0800

Diferenças entre as empilhadeiras elétricas e a combustão

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SooroDesenvolvimento em tecnologia

para produzir qualidade

A Sooro surgiu no ano de 2001 em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, em uma pequena unidade industrial de concentração de soro de leite, com capacidade de pro-cessamento de apenas 150000 litros/dia. O número de colaboradores inicialmente era de 13 pessoas.

Ao longo dos 17 anos de atividades, houve um desenvolvimento muito grande em todos os sentidos. O aumento do rigor referente à legislação am-biental foi um grande aliado da empresa, uma vez que fez com que todos os produtores de soro de leite enxergassem a necessidade de buscar uma des-tinação industrial para o seu produto e o trabalho desenvolvido pela Sooro veio ao encontro a essa necessidade.

No desenvolvimento técnico e econômico da empresa, houve um crescimento exponencial, baseado em investimentos em equipa-mentos e tecnologias, qualifi cação técnica de seus profi ssionais, certifi cações de qualidade e desenvolvimento de clientes altamente exigentes e criteriosos.

Atualmente, a empresa possui um quadro de cerca de 260 colaboradores diretos e uma capacidade de produção instalada para processar 80 toneladas de “Sólidos de Soro por dia”, o equivalente ao volume de cerca de 1.500.000 litros de soro por dia.

A empresa foi a pioneira no Brasil a se dedicar exclusivamente ao processamento de soro de leite e foi a primeira a fazer uso da tecnologia de “Concentração por Sistemas de Membranas (Osmose Reversa, Nanofi ltração e Ultrafi ltração) e também foi a primeira a disponibilizar ao mercado o “Soro Parcialmente Desmineralizado em Pó”, “Concentrado Proteico de Soro em Pó – WPC” e “Permeado de Soro de Leite em Pó”. Esses ingredientes atendem diversas aplicações, tais como suplementos alimentares, chocolates, massas, carnes e derivados, panifi -cação, bebidas lácteas e iogurtes, queijos processados, entre outros.

Ao longo de sua trajetória, a Sooro investiu e desenvolveu um efi ciente Sis-tema de Gestão da Qualidade. Em sua Política da Qualidade estão inseridos todos os programas exigidos pela legislação (MAPA), tais como: BPF, PPHO, 5S, Programas de Autocontrole, Controle de Pragas, Sistemas de Calibrações, HHCCP e PSO. Além dos programas acima citados, a empresa possui imple-mentado os Programas de SGA – Sistema de Gestão Ambiental, Programa de Sustentabilidade e Programas de Responsabilidade Social. A empresa também possui as certifi cações BRC (British Retail Council) e Halal.

Desde o início de suas atividades, a empresa tem a sustentabilidade como essência em seus negócios. A própria matéria prima, o Soro de Leite, que é um produto altamente poluente, caso seja destinado ao meio ambiente sem nenhum tipo de tratamento, demonstra a preocupação da Sooro em relação a esses aspectos. A empresa possui um Programa de Sustenta-

bilidade implantado, que se baseia em três aspectos: econômico - para garantir o retorno de capital investido por parte dos acionistas, assim como garantir a obtenção de recursos para o investimento contínuo no negócio; social – com objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e profi ssio-nal de seus colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade em geral e ambiental – na implementação de políticas de controles ambientais que possam mitigar os impactos causados pela operação e garantam a perfeita harmonia e cumprimento aos requisitos da legislação pertinente.

SooroRodovia BR 163 - Km 283,8Marechal Cândido Rondon - PR - BRASIL - CEP 85960-000Tel.: (45) [email protected]

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ALIBRA R. PEDRO STANCATO, 320 13082-050 - CAMPINAS - SP Tel: (19) 3716-8888 Fax: (19) 3246-1800 E-mail: [email protected] www.alibra.com.br

ALLENGER. ARABUTÃ, 427 90240-470 - PORTO ALEGRE - RS Tel: (51) 3337-8822 Fax: (51) 3337-6122 E-mail: [email protected] www.allenge.com.br

ANHEMBI R. MAJOR BASILIO, 348 03181-010 - SÃO PAULO - SP Tel: (11) 2601-3311 Fax: (11) 2601-0992 E-mail: [email protected] www.anhembiborrachas.com.br

ARSOPIR. SERRA DO MANTIQUEIRA - CTO. EMP. RAPOSO TAVARES - AL. 1, 271 06730-000 - VARGEM GRANDE PAULISTA - SP Cel: (11) 99318-8305 E-mail: [email protected]

BV BELA VISTAR. ELÓI CERQUEIRA,132 03062-010 - SÃO PAULO - SP Tel: (11) 2799-6777 Fax: (11) 2292-4322 E-mail: [email protected] www.grupobv.com.br

GLOBALFOOD R. ALBERTO SAMPAIO, 45 04373-030 - SÃO PAULO - SP Tel: (11) 5564-1100 Fax: (11) 5564-1101 E-mail: [email protected] www.globalfood.com.br

GRANOLAB AV. DAS ARAUCÁRIAS, 4826 83707-754 - ARAUCÁRIA - PR Tel: (41) 3512-4500 www.granolab.com.br www.granotec.com.br

HEXUSROD. RS 240 , 407 - KM 06 BAIRRO PORTÃO VELHO93180-000 - PORTÃO - RSTel: (51) 3562-6060E-mail: [email protected]@hexus.com.brwww.hexus.com.br

HORIZONTEROD. PR 491, s/n, KM 06 DISTR. DE NOVO TRÊS PASSOS 85975-000 - MAL. CÂNDIDO RONDON - PRTel: (45) 3284-8500 E-mail: [email protected] www.horizonte.ind.br

IMCD BRASILAV. DR. CHUCRI ZAIDAN, 1240, 15ºA04711-130 – SÃO PAULO – SPTel.: (11) 4360-6400E-mail: [email protected]

METACHEM AV. ANGÉLICA, 1814 - 13º AND. 01228-200 - SÃO PAULO - SP Tel: (11) 3823-8770 Fax: (11) 3823-8790 E-mail: [email protected] www.metachem.com.br

PROZYNR. DR. PAULO LEITE DE OLIVEIRA, 199 05551-020 - SÃO PAULO - SP Tel: (11) 3732-0000 Fax: (11) 3732-0021 E-mail: [email protected] www.prozyn.com

ROUSSELOTR. STO. AGOSTINHO, 280 DISTRITO DE ARCADAS13908- 080 – AMPARO – SPTel: (19) 3907-9090 Fax: (19) 3907-9000E-mail: [email protected] www.rousselot.com

SIG COMBIBLOC R. FUNCHAL, 418 CJTO 14º ANDAR 04551-060 - SÃO PAULO - SP Tel: (11)3028-6744 Fax: (11) 3028-6745 E-mail: [email protected] www.sig.biz/brasil

SOMAROLEAV. CELSO DOS SANTOS, 173 04658-240 - SÃO PAULO - SP Tel: (11) 5564-7933 / 5564-7255 E-mail: [email protected]

SOOROROD. BR 163 - KM 283,885960-000 - MAL CÂNDIDO RONDON - PR Tel.: (45) 3284-5300E-mail: [email protected]

SWEETMIX AL. CAÇAPAVA, 60 18085-250 - SOROCABA - SP Tel: (15) 4009-8910 Fax: (15) 4009-8919 E-mail: [email protected] www.sweetmix.com.br

TOVANIAV. ANGELICA, 2220 - 9º ANDARCONSOLAÇÃO- 01228-200 - SÃO PAULO - SP Tel: (11) 2974-7474 Fax: (11) 3151-4716 E-mail: [email protected] www.tovani.com.br

TREPKO R. BRASHOLANDA, 240, GALPÃO 183322-070 – PINHAIS – PRTel: (41) 3513-5100 / 5110 / [email protected] www.trepko.com

ULMA PACKAGING LTDA. R. JOSÉ GETÚLIO, 579 - CJ. 26 01509-001 SÃO PAULO - SPTel: (11) 3274-1415E-mail: [email protected]

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REDUÇAO DE AÇÚCAR

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Menos açúcar em lácteos

A Organização Mundial de Saúde, em 2015, deu o sinal de aler-ta ao publicar nova diretriz para o consumo de açúcar, apontando para a necessidade de adotar políticas públicas que estimulem a redução de uso e consumo desse ingrediente. Segundo a entidade, o consumo de açúcar não deve ultrapassar 50 g por dia e a população mundial está consumindo o açúcar bem acima desse limite, causando aumento de peso e doenças cardiovasculares, diabetes, problemas hepáticos, entre doenças.

Em maio de 2017, algumas entidades do setor de alimentos e bebidas, entre elas, a ABIA (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação); ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas) e Viva Lácteos, em parceria com o Ministério da Saúde, iniciaram movimento na direção de reduzir o uso de açúcar em alimentos industrializados.

A maior parte do uso de açúcar ocorre em preparações de ali-mentos em residências, 56,3%, segundo dados da POP/IBGE. Os ali-mentos industrializados representam 19,2% do uso do ingrediente, porém as indústrias criaram um plano voluntário para promover a redução em produtos processados.

Os desafios tecnológicos na empreitada de reduzir açúcar não são poucos e são considerados mais complexos do que em iniciativa semelhante de reduzir sódio, cujo modelo com etapas e objetivos foi sucesso no Brasil e reconhecido internacionalmente.

AliadosAliadas às entidades e aos objetivos do Ministério da Saúde, as

empresas fornecedoras de ingredientes e soluções trabalham em de-senvolvimentos para reduzir e/ou reduzir açúcares, que têm várias funcionalidades em alimentos e bebidas, tais como atribuir textura, maciez, coloração, consistência e conservação de alimentos processa-dos pela indústria.

Algumas empresas de ingredientes possuem soluções para aplicações que atendem aos desafios de produtos lácteos, reduzindo consideravelmente o açúcar.

SweetmixFibras solúveis e blends de edulcorantesComo distribuidor oficial dos produtos BENEO, a Sweetmix

oferece uma linha de fibras solúveis da raiz da chicória (Inulina e FOS) com ótimo perfil de dulçor. A Sweetmix também oferece uma linha completa de blends de edulcorantes, de fontes naturais ou sintéticas, para a redução de açúcares em lácteos. As soluções podem ser aplicadas bebidas lácteas e produtos fermentados.

A linha de fibras solúveis da BENEO possui perfil de dulçor semelhante ao açúcar. Embora com o potencial de dulçor em menor intensidade que o açúcar, as fibras da BENEO permitem que a redução de açúcar seja feita sem a perda da textura e palatabilidade, além de proporcionar um apelo nutricional de fibras solúveis ao produto.

As soluções de blends de edulcorantes são desenvolvidas de acordo com o objetivo e características desejadas pelo cliente. As melhores combinações são desenvolvidas para atender aos targets de redução de açúcar com o equilíbrio do perfil de dulçor para cada produto lácteo em questão.

As fibras solúveis da raiz da chicória podem ser fornecidas em forma líquida ou pó e os blends de edulcorantes podem ser fornecidos em pó e vêm de fontes variadas. As soluções para redução de açúcar da empresa possibilitam reduzir de 30 a 50%, dependendo da formulação do produto lácteo.

Segundo Maríllia Kubota, coordenadora de P&D da empresa, o principal desafio para promover a redução de açúcar é fornecer perfil e intensidade ideais de dulçor, com manutenção das características de corpo, textura do produto e estabilidade do produto lácteo.

A Sweetmix possui equipe técnica e um laboratório de alimentos para aplicação de ingredientes e desenvolvimento de soluções para dar suporte aos clientes. Marília destaca: “o suporte técnico e desenvolvimento em conjunto com os clientes possibilita que as soluções Sweetmix proporcionem a melhor performance técnica com custo otimizado”.

Duas RodasSolução premiada para redução de açúcarA Duas Rodas desenvolveu o T-Sweet, tecnologia de aroma

100% natural, que promove a redução de 25% a 33% de açúcar em produtos da indústria. Entre as possibilidades de aplicações em lácteos estão: iogurtes, bebida lácteas UHT, fermentados, achocolatados e sorvetes. O produto foi premiado na categoria Ingrediente Alimentício mais Inovador da Fi Innovation Awards 2017 com a 3ª colocação. Sem edulcorantes, esse ingrediente entrega a plenitude do sabor sem deixar residuais e proporciona ainda o apelo clean label ao produto final, diferenciais extremamente valorizados pela indústria e pelos consumidores.

O T-Sweet foi desenvolvido dentro do portfólio Taste Full Technologies, plataforma de ingredientes voltada à promoção da saudabilidade na alimentação global, sem abrir mão do sabor, principal quesito para a recompra de produtos. O Taste Full Technologies fornece soluções em redução de açúcar, de sódio, de gorduras e de moduladores de sabor para as indústrias de alimentos e bebidas.

Marco Paulo Pereira Henriques, gerente de marketing da Duas, explica que: “pesquisa e desenvolvimento permanentes de tecnolo-gias e soluções são uma estratégia de atuação da Duas Rodas no mercado global de alimentos e bebidas. Contamos com portfólio de cerca de três mil itens. Entre as mais recentes soluções voltadas a pro-

Pesquisas indicam que a população mundial consome açúcar acima da média. Entidades de vários segmentos das indústrias de alimentos já se movimentam para reduzir o açúcar em produtos processados e, para dar suporte a essa iniciativa, empresas fornecedoras de ingredientes contribuem com desenvolvi­

mentos que reduzem a quantidade de açúcar em várias categorias de produtos, inclusive, em lácteos.

Por Juçara Pivaro

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dutos lácteos, estão ingredientes, como o T-Sweet e o T-Sweet MOD, que arredonda o sabor de produtos com edulcorantes, eliminando residuais desagradáveis”.

O portfólio é reforçado por diversidade em opções de bioaromas de queijo, aromas naturais, linhas de extratos e desidratados, que permitem transformar novas exigências e tendências de mercado em produtos de sucesso, além de preparados para gelados comestíveis, para bebida láctea e composto lácteo em pó.

Os consumidores estão ávidos por produtos mais saudáveis, mas não abrem mão do sabor e da indulgência. Um dos principais desafios é justamente o equilíbrio entre a saudabilidade e a indulgência. “Nossos especialistas em sabor estudaram minuciosamente a interação das moléculas de açúcar no produto final e também no paladar, criando linhas diferenciadas de redução que não apenas conferem dulçor, mas garantem toda a sensorialidade ao produto final” acrescenta Henriques.

Entre os produtos, há soluções que ajustam os residuais desagradáveis de alguns ingredientes, como os edulcorantes, e arredondam suas notas de forma harmoniosa com a indulgência, ponto necessário para conquistar o consumidor final.

O premiado T-Sweet passou por testes em pesquisas com consumidores e foi aprovado com destaque pelos avaliadores. Para ambos os grupos, o fato de ser uma solução natural e facilmente entendível soma pontos positivos para essa tecnologia.

Com a forte tendência de crescimento em produtos lácteos, a equi-pe de especialistas da Duas Rodas está em constante busca por novos ingredientes e sabores para serem aplicados nos diversos produtos derivados de leite. A empresa possui um portfólio diversificado de aromas destinados a esse mercado, com sabores tradicionais, como morango e baunilha, até sabores mais indulgentes e inovadores, que visam surpreender os consumidores.

Na elaboração de lácteos, a aromatização é fundamental para obtenção de um produto de alta qualidade.

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Brasileiro demanda produtos mais sustentáveis e embalagens

com selos ambientais

Johnson Controls é reconhecida como líder mundial no combate

às mudanças climáticas

Consumidores brasileiros valorizam produtos recicláveis, que contêm selos ambientais e acreditam que as dis-cussões relacionadas a meio ambiente tendem a crescer. Em contraponto, diferenças de preços entre produtos e a falta de informações acerca de atributos sustentáveis são as principais barreiras no momento da compra, demonstra a pesquisa Environment Research, realizada pela Tetra Pak em 13 países.

No Brasil, 95% dos entrevistados acreditam que as questões ambientais devem ganhar ainda mais relevância nos próximos anos. Em território nacional, 47% dos consumidores procuram os selos quando compram bebidas e 26% reconhecem o selo FSC® (Forest Stewardship Council). No momento da compra, 81% dos brasileiros consi-deram muito relevante a presença desse logo na embalagem, que sinaliza que o produto comercializado utiliza uma matéria-prima de fonte renovável.

Aqui, mais do que nos outros países em desenvolvimento, a reciclagem é a atividade ambiental mais praticada: 48% dos consumidores nacionais declaram que separam os resíduos para a coleta seletiva.

“A pesquisa demonstra que nossos investimentos em reciclagem e materiais de origem renovável estão ple-namente alinhados com a demanda do consumidor consciente. Além disso, nos incentiva a manter inovação para oferecer uma embalagem segura, com o menor impacto ambiental possível e preservando os recursos naturais do planeta”, afi rma Valéria Michel, diretora de meio ambiente da Tetra Pak.

MobilizaçãoOs brasileiros citaram as redes sociais como o canal mais usado para obter informações ambientais sobre

embalagens. Ainda no quesito embalagens, plásticos de origem renovável são uma das inovações consideradas mais relevantes pelos entrevistados. O que estimula mais da metade (56%) a comprar produtos sustentáveis é a busca pela preservação do meio ambiente para as próximas gerações. Já 31% dos brasileiros o fazem porque faz parte do seu estilo de vida.

Interação e desafi osContudo, mesmo com a consciência ambiental em expansão, o alto custo dos produtos ambientalmente res-

ponsáveis ainda é uma barreira para os consumidores – mas é uma opinião em declínio (54% em 2015, 41% em 2017). Entrevistados também questionam a falta de informações e a escassez de produtos sustentáveis no momento da compra. Outro aspecto citado como empecilho são os signifi cados de conceitos ambientais. Os brasi-leiros, por exemplo, têm dúvidas sobre termos como “pegada de carbono” e “matéria-prima à base de plantas”.

“Mais consciente de suas ações, o consumidor quer que as marcas e os produtos sejam esclarecedores acerca de seus compromissos ambientais. Por isso, lançamos esse ano uma campanha chamada ‘Tô de Olho’, que explica por meio de uma webserie como a renovabilidade, ou seja, a utilização de matérias-primas renováveis nas emba-lagens da Tetra Pak, ajuda na conservação do meio ambiente e na proteção dos recursos naturais”, complementa Valeria.

Além das campanhas, a Tetra Pak mantém plataformas de interação que levam informação simples e acessí-vel a todos, onde quer que estejam. Um exemplo são as páginas Rota da Reciclagem e Tetra Pak, no Facebook, utilizadas para disseminar as mensagens da companhia ao consumidor fi nal.

A Johnson Controls está sendo reconhecida como líder global por suas ações e estratégias em resposta às mudanças cli-máticas pelo Climate Disclosure Project (CDP), projeto internacional sem fi ns lucrativos que impulsiona economias sustentáveis.

Mais de seis mil empresas apresentam divulgações climáticas anuais ao CDP para avaliação independente em relação à sua metodologia de pontuação. A Johnson Controls está entre os 22% das corporações que participam do programa de mudanças climáticas do CDP com nível de liderança, recebendo uma pontuação de clima A.

De acordo com o CDP, este resultado indica que a Johnson Controls implementou uma série de ações para gerenciar a mudança climática, tanto em suas próprias operações quanto além. “A Johnson Controls está empenhada em se expandir de forma sustentável ao clima”, diz Grady Crosby, vice-presidente de assuntos públicos e diretor de diversidade da Johnson Controls. “A visão da nossa empresa é um mundo seguro, confortável e sustentável – parte disto é tomar medidas sobre as mudanças climáticas”, completa.

A concorrência pelo nível de liderança está aumentando. De acordo com o CDP, as mudanças climáticas são agora um tema recorrente na sala de reuniões. Das empresas participantes, 97% relatam que as mudanças climáticas estão inte-gradas em sua estratégia de negócios e 96% agora estão relatando o envolvimento com formuladores de políticas sobre questões climáticas para encorajar mitigação ou adaptação.

A lista de todas as empresas que participam publicamente do programa de mudanças climáticas do CDP este ano está disponível no site www.cdp.net/en/research/global-reports/tracking-climate-progress-2017.

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Leite orgânico obtém avanços no extremo oeste

O Leite Orgânico é um dos projetos que integram o Programa de Desenvolvimento Econômico e Territorial (DET) promo-vido pelo Sebrae/SC em parceria com os Poderes Púbicos municipais de 24 municípios do extremo oeste catarinense. Im-plementada há três anos, a iniciativa vem apresentando importantes resultados. O projeto atende produtores que recebem apoio de técnicos de extensão, pequenas cooperativas, sindicatos e organizações não governamentais, visando um modelo sustentável de produção do produto.

O projeto para o desenvolvimento do Leite Orgânico também conta com a parceria da Associação dos Municípios do Extremo Oeste (Ameosc) e outras entidades e instituições.

O sistema adota baixos investimentos, uso racional de produtos externos e ênfase na produção a base de pasto perene. Entre as formas de manejo destaca-se o sistema de Pastoreio Racional Voisin (PRV), que está se consolidando em algumas propriedades e gera bons resultados técnicos, econômicos, sociais e no emprego de mão de obra.

Para avançar mais ainda nesse sistema, as famílias e organizações se preparam para comercializar o leite orgânico que vem sendo produzido. Hoje, já vendem o primeiro queijo orgânico de Santa Catarina, desenvolvido após as consultorias tecnológicas do Sebraetec – uma das soluções presentes no DET. “Somente no projeto da cooperativa foram atendidas 600 propriedades rurais de 12 cooperativas distribuídas em diversos municípios da região”, observou o presidente da Coope-rativa Central, Moacir Bernardi.

O coordenador regional extremo oeste do Sebrae/SC, Udo Trennepohl, lembra que o projeto de desenvolvimento do leite orgânico iniciou com a identifi cação das potencialidades existentes no setor, por meio de estudo, organização e plane-jamento para subsidiar e dar solidez às ações práticas da iniciativa.

A cadeia produtiva do leite orgânico inclui os insumos para sua produção (alimentos e medicamentos permitidos), as in-dústrias exclusivas para transformação do leite (não pode haver na mesma indústria produção paralela), os insumos para a indústria de transformação (material de limpeza, coalhos, polpas, sal, etc.), produtos ofertados (leite, queijos de diversos tipos, Iogurtes, bebida láctea, entre outros) e fomento e assistência técnica para os vários segmentos.

O DET que encerraria no fi m de 2017 continuará em 2018 devido aos expressivos resultados nos municípios atendidos.

Tetra Pak está entre as 10 empresas mais amadas no Brasil

Ampliar o conhecimento, ter estabilidade com oportunidades para crescer e fazer parte de uma cultura que prioriza a qualidade de vida. Estas são as principais vantagens de trabalhar na Tetra Pak, segundo comentários feitos por profi ssio-nais no Love Mondays, plataforma online de avaliação de empresas. A média dessas avaliações colocou a Tetra Pak em 8º lugar na terceira edição do ranking 50 Mais Amadas, elaborado pelo Love Mondays e divulgado em janeiro de 2018.

Para chegar à lista fi nal, foram consideradas as avaliações feitas entre os dias 1º de janeiro e 30 de novembro de 2017, sobre empresas com mais de 500 pessoas e que atuam no Brasil. Os comentários são postados de forma anônima e espontânea na plataforma, por funcionários atuais e também ex-funcionários. Entre os quatro pontos avaliados, receberam as melhores pontuações “cultura da empresa” e “qualidade de vida”. Também foram bem avaliados “oportunidades de carreira” e “remuneração e benefícios”.

Vogler Ingredients

recebe certifi cação FSSC 22000

A Vogler Ingredients implementou o Sistema de Segurança de Alimentos FSSC 22000, certifi cação, cujo projeto teve início em 2016, e que confere excelência na produção nos sistemas de gestão de segurança de alimentos, podendo ser usado em toda a cadeia de abastecimento, garantindo ao consumidor a certeza absoluta que está adquirin-do um produto 100% seguro.

Otto Nogueira, diretor da Vogler, ressalta que: “para obter a certifi cação, foram realizados inves-timentos em sistemas e pessoas, além da escolha de uma certifi cadora que é referência no setor ali-mentício, que nos auxiliou nesta conquista, atestan-do e garantindo a transparência de todo processo produtivo, do início ao fi m”.

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SIG apoia o desenvolvimento de metodologias científi cas e rigorosas

para quantifi car os benefícios da certifi cação FSC para o clima

EPAMIG ILCT conquista 1º lugar no Prêmio Saúde 2017

Demonstrando como o setor privado pode ter um papel importante na redução das mudanças climáticas, o Forest Stewardship CouncilTM (FSCTM) anunciou durante a Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP23), em Bonn (Alemanha), o apoio da sueca IKEA e da SIG Combibloc à documentação dos impactos positivos das fl orestas e forne-cimento de madeira.

A Iniciativa Bonn é um esforço conjunto para desenvolver metodologias científi cas e rigorosas que ajudarão a quan-tifi car benefícios como a melhoria do sequestro de carbono das fl orestas com certifi cação FSC, ajudando a reduzir o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Estas informações permitirão que as empresas identifi quem os benefícios climáticos, vindos de produtos oriundos de fl orestas com certifi cação FSC, na luta contra o aquecimento global. Elas também ajudarão os governos com conheci-mentos específi cos sobre a quantidade de carbono estocado nas fl orestas com manejo responsável, oferecendo infor-mações mais precisas sobre seu progresso em atender às UNFCCC Nationally Determined Contributions (NDCs) dentro da estrutura do Acordo de Paris.

O FSC criará uma força tarefa, baseada em trabalhos anteriores, para desenvolver métodos que indicarão, a partir de informações científi cas, os impactos positivos da certifi cação FSC em comparação às práticas convencionais de ma-nejo fl orestal.

“Ao proteger e recuperar os ecossistemas das fl orestas e melhorar as práticas de gerenciamento das mesmas, o FSC tem um impacto positivo direto na redução do aquecimento global. Ao quantifi carmos estes impactos positivos, as empresas e os consumidores entenderão melhor a importância do gerenciamento responsável das fl orestas em ajudar a prevenir o aquecimento global e, eventualmente, tornar-se um catalizador da demanda por produtos oriundos dessas fontes,” explica Kim Carstensen, diretor geral do FSC International.

“Queremos ser uma empresa de balanço positivo, entregando mais do que retiramos da sociedade e do meio ambiente. Chamamos esta estratégia de WAY BEYOND GOOD. Uma parte importante do nosso compromisso com o balanço positivo é o apoio a ação global relativa à mudança climática e à regeneração dos recursos naturais. Desde 2009, a SIG oferece para o mercado embalagens cartonadas com certifi cação FSC. Hoje, mais de 80% das embalagens da SIG carregam o selo FSC; mais de 60 bilhões de embalagens SIG são vendidas com esse selo. Ao mostrarmos os benefícios das embalagens cartonadas com certifi cação FSC para o clima, de forma científi ca, suportamos nossa meta de termos 100% das embalagens com selo FSC,” diz Udo Felten, gerente de pro-duto e assuntos de sustentabilidade ambiental global da SIG.

Siga o anúncio da Declaração de Vancouver feito pelo CFO da SIG, Samuel Sigrist, no blog corporativo SIGnals http://signals.sig.biz/sustai-ning-protecting-health-forests/

A EPAMIG Instituto de Laticínios Cândido Tostes conquistou o primeiro lugar no 11º Prêmio Saúde 2017, da revista Saúde e da Editora Abril. A pesquisa que identifi cou a aplicação de corante bioativo no queijo prato para prevenir doenças oculares venceu na categoria Tecnologia de Alimentos entre diversos trabalhos de todo o país.

A solenidade de premiação aconteceu ontem, 28, em São Paulo. O chefe do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Cláudio Furtado Soares, recebeu o troféu, representando a equipe de pesquisadores Denise Sobral, Renata Costa, Junio de Paula, Vanessa Teodoro (UFJF), Gisela Machado e Elisângela Miguel. O trabalho foi avaliado por comissão julgadora do prêmio, formada por profi ssionais especializados na área de tecnologia de alimentos e também por voto popular no site da revista.

"O Prêmio Saúde/Nutrição representa muito para toda a equipe. Temos o compromisso de aplicar o conhecimento para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e, nesse sentido, a pesquisa exige que estejamos sempre volta-dos a identifi car as demandas e necessidades das pessoas e de que forma podemos contribuir para isso", ressalta a pesquisadora Denise Sobral.

EstudosDe acordo com os estudos realizados, o queijo prato pode ser mais um aliado na prevenção de doenças e lesões

oculares, como a catarata e a degeneração macular, que chega a causar cegueira em pessoas com mais de 65 anos. A utilização de corantes bioativos na fabricação do produto, como a luteína em substituição ao urucum, foi testada pela EPAMIG Instituto de Laticínios Cândido Tostes com resultados positivos.

"Substituímos o corante de urucum, tradicional-mente utilizado durante a fabricação do queijo prato, por corante luteína, com propriedades an-tioxidantes que evita essas doenças. Os resultados apontaram a absorção de 6mg de luteína em cada 100g de queijo, quantidade necessária para uma dieta diária de reposição dessa substância no orga-nismo; e o melhor, sem alterar o sabor do produto", revela a pesquisadora, que desenvolveu o projeto durante três anos.

Denise explica que o queijo prato é o segundo mais consumido no Brasil e a utilização da luteína pode trazer benefícios à saúde, sem alterar os hábi-tos da população. A luteína é um dos principais pig-mentos maculares contidos na retina humana, sendo responsável por duas funções fundamentais: prote-ger a mácula contra o estresse oxidativo e fi ltrar a luz azul de alta energia, melhorando a acuidade visual. Por meio desses mecanismos, acredita-se que a substância possa contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de catarata e de degeneração macular relacionada à idade.

Como a luteína não é sintetizada pelo organismo humano, é necessário que seja suprida por meio da alimentação. A dose mínima de luteína a ser ingeri-da para que tenha efeitos benéfi cos à saúde é de 6mg diárias.

Região com boa bacia leiteiraÁrea Construída: 2.415,00m², Área terreno: 6.477,60m²

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ESTUDO

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Inovações Clean Label para redução de açúcar

em produtos lácteos

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O cenário mundial atual apresenta um perfi l de consumidores com poder de decisão de compra dominado pela geração chamada de millennial. Essa geração é caracterizada por pessoas interessadas em experimentar coisas novas e mudar os padrões de consumo com relação aos seus pais e às gerações anteriores. Além disso, estão totalmente conectados a diversas fontes de informações que apre-sentam evidências científi cas dos problemas de saúde causados, ou diretamente infl uenciados, pelo estilo de alimentação adotado. Por conta disso, são altamente interessados em produtos cada vez mais naturais, com apelo saudável, levando à grande necessidade de pro-dutos clean label.

Combinado a isso, vemos que a qualidade de vida e a saúde das pessoas têm sido altamente afetadas pelo ritmo acelerado da vida moderna. A fi m de tentar driblar estes problemas, mais uma vez nos deparamos com a tendência ao consumo de alimentos mais saudá-veis, que ofereçam os nutrientes necessários para a manutenção do organismo, e o leite e seus derivados se destacam nessa categoria. Estes produtos são considerados fonte primordial de nutrientes impor-tantes, como proteínas, cálcio e vitamina D.

O consumo de açúcar e a necessidade da sua reduçãoUma das tendências na busca pela saudabilidade é o consumo de

produtos com teor reduzido de açúcar. Isso porque o consumo exces-sivo deste adoçante é um risco para o desenvolvimento de obesidade e diabetes. Dados apresentados pelo Ministério da Saúde mostram que o consumo médio diário de açúcares por brasileiros é de 16,3% do total de calorias com base numa dieta de 2.000 kcal, valor 63% maior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10%.

A diabetes é uma doença crônica na qual o organismo do indiví-duo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz. A insulina é um hormônio que controla os níveis

Eloisa Carmignola – Pesquisa, Desenvolvimento e InovaçãoJadyr Oliveira – Diretor Executivo

de glicose no sangue, e uma disfunção em relação a ela leva a hiper-glicemia e falhas na utilização de glicose como fonte de energia pelo indivíduo. Caso este quadro permaneça por longos períodos, podem ocorrer danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Relatórios da OMS apontam que mais de 16 milhões de brasileiros adultos sofrem de diabetes, ou seja, 8,1% da população. A doença ainda é respon-sável pela morte de 72 mil pessoas por ano no Brasil.

A fi m de alinhar cada vez mais a alimentação saudável a proto-colos de legislação no país, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA) e o Ministério da Saúde têm proposto metas para redução de açúcar em alimentos industrializados, que hoje repre-sentam 19,2% do açúcar total consumido pela população. Isso tem estimulado as indústrias alimentícias a aplicar diferentes estratégias para atender essa nova tendência. A indústria de lácteos, por exem-plo, tem tomado medidas como o aprimoramento de formulações de produtos como leites fermentados, iogurtes e leites condensados.

Novas tecnologiasApesar de ser um grande desafi o obter produtos com redução de

sacarose nas formulações sem alteração da percepção do dulçor por parte do consumidor, a Prozyn oferece inovações que podem atrair este consumidor por seu apelo mais saudável, com o uso de coadju-vantes de tecnologia e ingredientes naturais.

SWEETMAX DUO:Uma grande inovação tecnológica desenvolvida pela Prozyn tra-

ta-se de um produto de grau alimentício capaz de fornecer dulçor em bebidas lácteas através da sinergia de enzimas. A sua aplicação em bebida láctea aromatizada permite a redução de 35% de açúcares e 20% de calorias. Testes sensoriais mostram que amostras de bebi-da achocolatada contendo SweetMax Duo e com formulação original não diferem signifi cativamente.

É um produto de fácil aplicação, e os ingredientes que o compõem não deixam sabor residual e são totalmente naturais. Seu mecanismo de ação ocorre por alterações no perfi l de açúcares presentes, entre-gando produtos com maior índice de dulçor que a sacarose.

Suas principais aplicações abrangem as indústrias de bebidas lác-teas, mas também pode ser utilizado na produção de refrigerantes e sucos e bebidas de frutas.

STEVIOZYN:Edulcorante natural à base de estévia, tratado enzimaticamente

para eliminar o residual amargo característico dos produtos à base deste adoçante natural.

A estévia é um pequeno arbusto perene que pertence à família dos crisântemos e é nativa do Brasil e do Paraguai. Esta planta tem uma extraordinária capacidade adoçante, que, em sua forma natu-ral, é 10 a 15 vezes maior do que o açúcar doméstico comum. Na sua forma comercial como pó branco, de esteviosídeo extraído das folhas da planta, chega a ser de 70 a 400 vezes mais doce que a sua forma natural. Além disso, não tem calorias, e ainda ajuda na redução do índice glicêmico e no controle de peso corporal.

Uma de suas principais aplicações ocorre em produtos lácteos. Análises sensoriais com bebidas lácteas fermentadas adoçadas de forma padrão ou com redução de 45% dos açúcares por aplicação de Steviozyn mostram que não existe diferença signifi cativa ao nível de signifi cância.

A Tabela 1 apresenta as formulações padrão e com redução de 45% e aplicação de Steviozyn, as quais não apresentaram diferença com relação ao dulçor.

ConclusãoDe forma geral, a tendência ao consumo de produtos mais saudá-

veis é crescente. Como parte dessa demanda, encontramos produtos com teor reduzido de açúcar. No entanto, a obtenção deste tipo de produto é um grande desafi o em quesitos sensoriais e tecnológicos, e a indústria de lácteos é fortemente impactada por isso. Uma solução para o problema apresentado é a aplicação de tecnologias inova-doras, de forma a obter um produto fi nal de qualidade, seguro e com boas características sensoriais.

Sobre a ProzynA Prozyn é uma das principais fornecedoras de ingredientes bio-

lógicos do país. Possui soluções sob medida para as necessidades mais específi cas dos clientes, sempre baseadas na inovação, tecnolo-gia e melhoria da qualidade de vida. Oferece uma linha completa de ingredientes para redução de custo, otimização do processo e melhoria da qualidade do seu produto.

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1,00

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26,58

5,50

1,00

0,30

0,35

Tabela 1. Aplicação de Steviozyn na redução de açúcar em bebidas lácteas fermentadas.

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ESTUDO

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Inovação, Praticidade e Qualidade na coagulação

de queijos

Produto granulado, que solubiliza com grande facilidade na água ou leite, sem formar grumos durante o manuseio, QUIMOZYN ainda gera redução no volume de armazenamento e transporte, e promove o aumento de rendimento na produção.

Outra preocupação dos produtores de queijos é a estabilidade dos coagulantes durante seu estoque, o que define o tempo de vida de prateleira e, consequentemente, custos de produção. Por ser um produto em pó, QUIMOZYN tem baixa atividade de água, estabilidade de dois anos, e não necessita de refrigeração, favorecendo principalmente pequenos e médios produtores.

ConclusãoProdutores de queijos estão sempre em busca de inovações

tecnológicas para redução de custos e aumento de qualidade de seus produtos. Alinhado a isso, existe uma necessidade na facilidade no processamento. A aplicação de coagulantes inovadores, como o QUIMOZYN, leva à produção de queijos de qualidade, padronizados, seguros e com boas características sensoriais.

Sobre a ProzynA Prozyn é uma das principais fornecedoras de ingredientes

biológicos do país. Possui soluções sob medida para as necessidades mais específicas dos clientes, sempre baseadas na inovação, tecnologia e melhoria da qualidade de vida. Oferece uma linha completa de ingredientes para redução de custo, otimização do processo e melhoria da qualidade do seu produto.

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O queijo é um derivado de leite, obtido do leite coalhado e rico em proteínas de alto valor biológico, cálcio, fósforo, vitaminas e ou-tros minerais. Representa uma parcela significativa do segmento de lácteos no Brasil e seu consumo é cada vez mais frequente nos lares dos brasileiros.

Trata-se de um alimento muito rico sensorialmente, por isso, o consumidor de queijos é um consumidor que busca por momentos de prazer ao ingeri-lo, selecionando produtos seguros e de alta quali-dade. Por sua vez, para atender às necessidades deste consumidor, produtores estão sempre buscando por inovações tecnológicas que levem ao maior rendimento de produção, maior competitividade e um produto final de qualidade.

Na produção de queijos, a etapa de coagulação do leite é uma das mais decisivas na definição de características do produto, porém, os co-agulantes convencionais podem não atender às demandas da indústria.

Nova tecnologia na coagulação de queijosCom amplo portfólio de enzimas e outros bioingredientes, a Pro-

zyn está sempre desenvolvendo novas soluções para atender às de-mandas mais específicas. A partir disso, pensando em facilitar o pro-cesso produtivo de queijos, com diminuição de custos e aumento de qualidade, a Prozyn desenvolveu seu coagulante QUIMOZYN.

QUIMOZYN:Uma das preocupações da indústria é a não produção de sabor

amargo em queijos. A principal causa deste defeito pode estar rela-cionada à adição excessiva de coalho ou ao uso de coalhos de baixa qualidade. QUIMOZYN, por ser um produto 100% quimosina, apre-senta maior especificidade e menor atividade proteolítica, geran-do melhores características sensoriais, com produção de queijos sem amargor residual durante toda a validade. Trata-se de um produto em pó e pré-dosado, extremamente prático, seguro e fácil de usar. Elimina a etapa de pesagem e garante a padronização da dose com minimização de falhas.

O coagulante está disponível em sachês com peso adequado para tanques de 1.000L, 5.000L e 10.000L, ou feito sob medida, de acor-do com necessidades específicas.

Benefícios QUIMOZYN:

Praticidade Aumento de segurança e padronização na aplicação Redução de custos de produção Melhora de qualidade sensorial Aumento de rendimento Redução de volume de transporte e armazenagem

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MERCADO

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As empresas de alimentos e bebidas começaram a responder ao que vem sendo chamado de “reação contra o açúcar” - uma resposta ao aumento da pressão de lobistas e governos para que as pessoas comam e vivam de maneira mais saudável - no qual consumidores começam a lentamente mudar seus hábitos de consumo trocando os produtos ricos em açúcar e gordura pelos integrais ao mesmo tempo que adotam um estilo de vida mais ativo. Embora é certo que a mu-dança não acontecerá da noite para o dia, ela se tornará cada vez mais relevante e os snacks posicionados como saudáveis apresentam melhor desempenho que os tradicionais.

Fonte: Euromonitor International

Novo cenário competitivo favorece os lácteos e os snacks sal-gados

Essa demanda por alternativas de snacks saudáveis vem benefi-ciando as empresas do segmento de lácteos e snacks salgados. Tanto a Danone quando o Grupo Lactalis, que predominantemente operam no setor de lácteos, vem apresentando forte desempenho no ranking global de alimentos embalados. Com a compra da WhiteWave, marca reconhecida por seus produtos alternativos ao leite tradicional, em 2017, a Danone deverá ultrapassar a Kraft Heinz e se tornará a quinta maior empresa global de alimentos; já a Lactalis viu sua posição subir no ranking através de diversas aquisições em vários mercados emergentes, como Brasil e Índia. Beneficiada por sua forte presença nos snacks salgados, a PepsiCo apresentou um desempenho melhor que a maioria das empresas do segmento de doces e chocola-tes, incluindo Mars e Mondelez. Para os próximos anos, as marcas de doces e chocolates precisão redefinir suas estratégias caso queiram se manter relevantes nesse novo cenário competitivo de snacking.

Reposicionando Indulgência na Era Dos Snacks

Por Lianne van den Bos*

Vendas de chocolate caem, mas consumidores gastam mais por unidade vendida

Nos últimos anos, o açúcar se tornou o culpado pelo aumento de peso, o que contribui para o declínio global no consumo de chocola-tes entre 2014-2017. Contudo, a tendência de “menos, mas melhor” resultou num aumento do consumo per capita. A indústria de chocolate não continuar a competir com os snacks saudáveis do ponto de vista nutricional.

O caminho da premiunização será chave para que as empresas de chocolate continuem crescendo no futuro. Os consumidores con-tinuarão a buscar por produtos de indulgência, ainda que menos frequentemente. Qualidade ao invés de quantidade deverá ser um fator a impulsionar as vendas nos próximos anos. Espera-se que o gasto per capita em chocolates cresça a uma média anual de 0,5% até 2022, uma taxa maior que a esperada para o crescimento em volume da categoria globalmente.

O poder das causas sociais: bom para você e para o mundo

Em Praga, na República Checa, um café volante em cima de uma bicicleta, chamado Velobloud foi lançado no verão de 2016, apre-sentando um novo conceito na cidade, após o sucesso dos foodtrucks que começaram a surgir em 2016. A única diferença da marca está no fato que ela oferece às pessoas sem moradia a oportunidade de serem treinados como baristas e ganhar uma renda. "Velo" é um pre-fixo usado na forma antiga da palavra "bicicleta", enquanto "Velo-bloud" simplesmente significa "camelo", um animal que pode percor-rer longas distâncias, muitas vezes sem qualquer direção específica.

Este conceito não só fornece um formato inovador para vender café, mas também beneficia à comunidade local, proporcionando pessoas sem moradia com um caminho para a mudança social. O conceito foi bem recebido pelos consumidores locais que apoiam seus objetivos sociais, mas também que querem uma boa xícara de café. A empresa espera expandir o conceito para outras cidades da Repú-blica Checa em 2017. Conceitos similares podem ser replicados para os snacks uma vez que os consumidores são susceptíveis a apoiar uma marca versus outra se a primeira os faz sentir bem. Um snack pode não ser necessariamente nutritivo, mas, ao mesmo tempo, pode aju-dar a apoiar uma causa local.

*Esse artigo faz parte do estudo ‘Repositioning Indulgence to Re-main Relevant in the Healthy Snacking Era, da consultoria Euromonitor International.

* Gerente da Pesquisa de Alimentos da Euromonitor International

Nestléappoints anew CEOwith a strongbackground inhealthscience

Reckittannouncestheacquisitionof babyfoodcompanyMeadJohnson

PepsiCoacquiresprobioticdrinksMakerKeVita

Danonecompletestheacquisitionof plant-based dairycompanyWhiteWave

Unilevertakes astake inmaker ofhealthymeal-kitsSun Basket

Jan 2017

Feb 2017

March 2017

April 2017

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MERCADO

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Mintel anuncia as cinco tendências globais em

alimentos e bebidas para 2018

A Mintel, a principal agência de inteligência de mercado do mundo, apresenta as cinco tendências-chave que vão impactar o mercado mundial de alimentos e bebidas neste ano.

Em 2018, espera-se ver transparência e rastreabilidade dispo-nível para todos, independentemente da renda. Do medo de certos ingredientes às surpresas políticas, o autocuidado tornou-se uma prioridade para muitos e isso inclui a escolha de alimentos e bebi-das que atenderão necessidades nutricionais, físicas e emocionais. Oportunidades também serão abundantes para texturas naturais, sedutoras e inesperadas, que podem incluir de bebidas para mas-car a biscoitos com doce que “estoura” na boca.

Ao mesmo tempo, a rápida expansão da variedade de canais de varejo de alimentos e bebidas estimulará a oportunidade de recomendações, promoções e inovações de produtos que sejam personalizadas com base no comportamento individual do consumi-dor. Ultimamente, as empresas voltadas para o futuro estão desen-volvendo soluções para substituir fazendas e fábricas tradicionais por ingredientes e produtos acabados cientifi camente concebidos.

Com 2018 em mente, a Especialista Global de Alimentos e Be-bidas da Mintel, Jenny Zegler, discorre sobre as principais dire-ções que defi nirão os mercados de alimentos e bebidas em todo o mundo, explicando as tendências que ganharão mais importância no próximo ano.

Transparência TotalNa nossa nova realidade de pós-verdades, os consumidores exi-

gem transparência total das empresas de alimentos e bebidas.

A desconfi ança generalizada exerce pressão sobre os fabrican-tes para que ofereçam informações detalhadas e honestas sobre como, onde e quando alimentos e bebidas são cultivados, colhidos, feitos e vendidos. A necessidade de garantir a segurança e a con-fi abilidade de alimentos e bebidas levou ao aumento do uso de posicionamentos naturais, éticos e ambientais em uma escala glo-bal. Além de detalhes mais específi cos, a próxima onda de rótulos limpos desafi ará fabricantes e varejistas a democratizar a transpa-rência e a rastreabilidade para que os produtos sejam acessíveis a todos os consumidores, independentemente da renda familiar.

Práticas de AutorrealizaçãoÀ medida que mais consumidores acham que a vida moderna seja

agitada e estressante, dietas fl exíveis e balanceadas se tornarão ele-mentos fundamentais das rotinas de autocuidado.

O ritmo frenético da vida moderna, conectividade constante, des-confi ança generalizada e atitude controversa na política e nos meios de comunicação fi zeram com que muitos consumidores buscassem ma-neiras de escapar da negatividade em suas vidas. Muitas pessoas que se sentem sobrecarregadas concentram-se no "autocuidado", priorizando o tempo e os esforços dedicados a si mesmas. Para o futuro, defi nições individuais de autocuidado e equilíbrio reforçarão que uma grande variedade de formatos, formulações e porções de alimentos e bebidas sejam produzidos. E esses produtos devem ofe-recer soluções positivas e tratamentos que possam ser incorporados em defi nições customizadas e fl exíveis de saúde e bem-estar. Para os próximos anos, mais consumidores estarão à procura de ingredientes, produtos e combinações de alimentos e bebidas que proporcionem benefícios nutricionais, físicos ou emocionais promovendo suas priori-dades para o autocuidado.

Novas sensaçõesA textura é a ferramenta mais recente para envolver sentidos e ofe-

recer experiências dignas de serem compartilhadas.

Em 2018, o som, a sensação e a satisfação fornecidos pela tex-tura se tornarão mais importantes para empresas e consumidores de alimentos e bebidas. A textura é a próxima característica da formu-lação que pode receber investimento para proporcionar aos consu-midores experiências interativas e que possam ser documentadas. A busca de experiências proporcionará oportunidades para alimentos e bebidas multi-sensoriais que usem textura diferenciada, oferecendo aos consumidores - especialmente aos adolescentes e jovens adultos da iGeneration - conexões tangíveis ao mundo real, assim como momentos para compartilhar pessoalmente ou on-line.

Tratamento preferencialUma nova era de personalização está começando devido à expan-

são das compras de alimentos on-line e via dispositivos móveis.

Como a tecnologia nos ajuda a fazer compras de uma forma mais fácil, surge uma nova onda de promoções e produtos específi cos. Motivados pelo potencial de economizar tempo e dinheiro, os con-sumidores experimentam uma variedade de canais e tecnologias ao adquirirem alimentos e bebidas, como entrega em domicílio, serviços de assinatura e reposição automática. As empresas e varejistas po-dem aproveitar a tecnologia estabelecendo novos níveis de efi ciên-cia, como recomendações personalizadas, combinações que cruzam diferentes categorias e soluções criativas que economizem o tempo, esforço e energia do consumidor. Existem oportunidades para as empresas atraírem os consumidores através da criação de produtos, sugerindo combinações de itens e outras opções em diferentes cate-gorias de consumo que tornam as compras mais efi cientes e acessíveis para os clientes.

Feira de ciênciasA tecnologia está sendo usada para criar soluções para o nosso

fornecimento global limitado de alimentos.

Uma revolução tecnológica está a infl uenciar a fabricação de pro-dutos. Algumas empresas visionárias estão desenvolvendo soluções que podem substituir fazendas e fábricas tradicionais pela produção cien-tífi ca de ingredientes e produtos acabados. Em 2018, a tecnologia irá começar a desfazer a cadeia tradicional de alimentos, já que produ-tores inovadores visam substituir fazendas e fábricas por laboratórios. Enquanto alimentos e bebidas sintéticos e de laboratório começam a surgir, a tecnologia poderia eventualmente ser usada para projetar alimentos e bebidas inerentemente. Assim, cresceria o consumo por ali-mentos e bebidas criados cientifi camente, indo além dos compradores preocupados com o meio ambiente, mas alcançando também aqueles focados na consistência, efi cácia e pureza dos ingredientes.

Jenny Zegler, Especialista Global de Alimentos e Bebidas da Mintel, afi rma: "em 2018, a Mintel prevê oportunidades para fabricantes e varejistas que ajudarão os consumidores a recuperar a confi ança em alimentos e bebidas e a aliviar o estresse através de dietas balanceadas e também por experiências memoráveis do que comem ou bebem. Há também um novo grande capítulo a despontar pelo qual a tecnologia irá ajudar as marcas e varejistas a desenvolverem conexões mais personalizadas com compradores, enquanto empresas modernas estão usando projetos científi cos para criar uma nova e emocionante geração de alimentos e bebidas sustentáveis”.

Por Jenny Zegler*

* Especialista Global de Alimentos e Bebidas da Mintel

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EVENTO

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Por Juçara Pivaro

A plataforma da Feira para a Indústria de Lácteos deverá gerar grandes negócios para o setor em 2018.

FORLAC – Minas Gerais tem nova feira que trará mais

oportunidade de negócios para laticínios

O ano de 2018 inicia com um novo evento dirigido ao setor de leite e derivados, a FORLAC – Feira para a Indústria de Lácteos, que acontecerá em Lambari (MG), de 7 a 9 de agosto. A cidade está estrategicamente localiza-da e, por ter destino conhecido como turismo de lazer, possui infraestrutura de rede hoteleira capaz de receber expositores e visitantes da FORLAC. Minas Gerais conta com mais laticínios do que municípios, sendo a região natural-mente adequada para eventos relacionados com leite.

A feira reunirá os principais fornecedores de máquinas e equipamentos e, em ano de perspectivas promissoras para o setor de laticínios, tomadores de decisão das indústrias de lácteos terão oportunidade de conhecer tecnologias inovadoras que serão apresentadas na Forlac.

No FORLAC Show, os visitantes terão acesso a palestras técnicas e os ex-positores terão espaço exclusivo para compartilhar suas experiências, know--how e conhecimentos.

A feira deverá receber mais de 100 estandes em seus 2800 m2 de área de exposição e será organizada pela Enterprise, empresa reconhecida por eventos de destaque na área de proteína animal.

Maria Antonia Ferreira, diretora da FORLAC e Enterprise destaca: “somos uma empresa dedicada a realização e organização de feiras tradicionais há mais de 30 anos. O resultado de nosso sucesso e experiência acumulados na execução de eventos permanentes no Brasil e no exterior foi a razão da parceria com a AMEL (Associação Municipal dos Empreendedores Pró Lambari),ACIL (Associação Comercial e Empresarial de Lambari) e CDL (Câ-mara de Dirigentes Lojistas de Lambari) para a tarefa de participarmos da FORLAC 2018 e ampliarmos juntos a importância industrial de Lambari no mundo dos lácteos”.

Em primeiro evento de lançamento da feira, que aconteceu em 6 de fe-vereiro, em Lambari, foi possível verificar a excelente receptividade da nova feira para o setor de laticínios pelas entidades representativas da cidade e demais participantes.

Oswaldo Luiz de Biaso, presidente da Forlac, falou da importância da feira para o setor de laticínios e o presidente do SILEMG (Sindicato da Indús-tria de Laticínios do Estado de Minas Gerais), João Lúcio Barreto Carneiro, representado no evento por Ruy Bacha ressaltou que: “o SILEMG tem orgulho em alinhar-se com a indústria de equipamentos de Lambari para a realiza-ção desse evento e agradeceu a confiança depositada na entidade”

O SILEMG parabenizou os idealizadores da feira, que transformará a ci-dade durante o evento na capital nacional dos equipamentos para a indústria de laticínios. Os números da cadeia do leite de Minas Gerais são motivo de orgulho para os players e entidades que atuam na área.

João Lúcio Barreto Carneiro enfatiza: “com vocação para a produção leiteira desde que os bandeirantes portugueses começaram a desbravar o Brasil, o estado produz anualmente 9 bilhões de litros de leite em 223 mil propriedades rurais, ordenhando 5,4 milhões de vacas”.

Em São Paulo (SP), houve também evento de lançamento da FORLAC, no dia 21 de fevereiro, que aconteceu na sede da FIESP (Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo) com a participação de empresários do setor de leite e derivados e entidades representativas.

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Lançamento da FORLAC em Lambari

Emerson Kapaz, presidente da Alek Consultoria Empresarial

Luiz Souza, diretor e editor da revista RiL - Indústria de Laticínios

A localização de Lambari, no Sul de Minas,

favorece a visitação

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EVENTO

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Emerson Kapaz, presidente da ALEK Consultoria Empresarial, que foi Secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e Deputado Federal, esteve no evento e, em sua explanação, destacou o momento de otimismo com a recuperação da economia e ressaltou que com as aplicações fi nanceiras rendendo pouco, o setor produtivo será benefi ciado com investimentos e, nesse cenário, ganha importância uma nova feira para um setor tão forte como o de lácteos.

A Revista Indústria de Laticínios, que tem 22 anos de circulação, apoia o lançamento da FORLAC, pois o setor de laticínios demanda investimentos em modernização de fábricas e processos. Luiz Souza, diretor da publicação enfatizou durante sua apresentação no evento de lançamento da feira que: “a indústria de lácteos é pujante, presente em todo o Brasil, é o quarto setor em faturamento da indústria de alimentos e bebidas e com maior número de produtos nos pontos de venda, segundo ranking da ABIA (Associação Brasilei-ra das Indústrias da Alimentação)” .

É nesse cenário que a FORLAC será realizada a cada dois anos. A edição de 2018 é o início de uma trajetória que deve conquistar o setor de laticínios e promete ser de muito sucesso.

A FORLAC – Feira para a Indústria de Lácteos é realizada pela Enter-prise/Rofer

Mais informações: Fone: +55 11 2730-0522 e-mail: [email protected] - site: www.forlac.net.br

Fabio Scarcelli, presidente da ABIQ

Luiz Fernando, Maria Antonia S. Ferreira e Cledson Fernandes - Equipe organizadora Enterprise/Rofer

Oswaldo Luiz De Biaso, presidente da FORLAC e Maria Antonia S. Ferreira, da

Enterprise, diretora comercial da FORLAC

Público no lançamento da Forlac em Lambari (MG)

Ruy Bacha, representante do Silemg e diretor da B&B Inox

O lançamento ofi cial da nova feira para o setor de lácteos – a Forlac – Feira para a Indústria de Lácteos, aconteceu na FIESP - Federação da Indús-tria do Estado de São Paulo, no dia 21 de fevereiro.

A diretora da Forlac, Maria Antonia Siqueira Ferreira, concedeu entrevis-ta para a Revista Indústria de Laticínios.

RiL - Revista Indústria de Laticínios - Qual a razão de uma feira especifi ca, como a FORLAC, ter sido programada para realização em Lambari, MG?

• Maria Antonia Ferreira - A cidade de Lambari conta com uma locali-zação geográfi ca estratégica para sediar um evento dirigido para a indústria láctea e sua expressão signifi cativa no país, tendo o Estado de Minas Gerais como o epicentro dos laticínios.

RiL - De quem foi a iniciativa de sua realização e o envolvimento de sua empresa ?

• Maria Antonia Ferreira - A iniciativa da realização da FORLAC foi da AMEL - Associação Municipal dos Empreendedores Pró Lambari, na pes-soa de seu presidente Oswaldo Luiz De Biaso, que fi rmou a parceria com a nossa empresa Enterprise Feiras e Eventos para sua organização e promoção, resultante provável de nosso sucesso e experiência acumulados na execução de eventos permanentes no Brasil e no exterior ao longo de mais de 30 anos voltada para o agronegócio.

RiL - Qual tem sido a repercussão e as razões que antecipam seu sucesso neste início de promoção ?

Lançamento Forlac - Nova feira de negócios para o setor lácteo

• Maria Antonia Ferreira - Após três anos de retração econômica o mercado voltou a crescer a partir do segundo semestre de 2017, e em velo-cidade que indica expansão para este ano. Estou certa de que o empresário está atento as variáveis do setor, a feira já despertou o interesse das enti-dades e associações do setor lácteo, bem como das empresas fornecedoras para a indústria de laticínios tendo uma grande procura para participação no evento. A Forlac tem o apoio do SILEMG – Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Mina Gerais, da FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, da ABIS – Associação Brasileira da Indústria do Setor de Sorvetes e da ABIQ – Associação Brasileira das Indústrias de Queijo e na divulgação, a Forlac conta com apoio da RiL – Revista Indústria de Laticínios, que será responsável pela produção do Catálogo Ofi cial de Expositores, que será distribuído aos visitantes durantes o evento.

RiL - Qual o posicionamento que sua empresa propõe para o ex-positor?

• Maria Antonia Ferreira - A característica principal que propomos ao expositor é de que ele seja Protagonista, mostre a sua empresa e divulgue sua marca, tenha um excelente networking, sinta a concorrência e dialogue com seus clientes oportunizando ótimos negócios.

RiL - Como pretendem inserir os expositores na FORLAC 2018? • Maria Antonia Ferreira - A nossa intenção é de transformá-los em

parceiros que antecipam tendências e sabem criar condições relevantes para realizar todos seus planos. Realmente elegemos o Empresário como foco e estaremos atentos às sugestões para o desenvolvimento de uma grande feira para o setor lácteo.

A Revista Indústria de Laticínios foi escolhida como mídia ofi cial da Forlac

Pela sua liderança e credibilidade no setor, A RiL – Revista Indústria de Laticínios foi escolhida pela organizadora da Forlac - Feira para a Indústria de Lácteos para ser a mídia ofi cial da feira. Além de produzir o Catálogo Ofi cial de Expositores, a revista divulgará notícias e informações da feira e dos expositores nas edições que antecedem o evento, falando dos lançamentos e produtos que serão expostos. O evento trará mais opor-tunidade de negócios para o setor de leite e derivados e empresas expositoras ou as demais relacionadas ao setor poderão destacar seus produtos e serviços nas edições normais impressas e digitais que antecedem a feira e no Catálogo Ofi cial, que será distribuído aos visitantes nos três dias.

Sobre a RiLA RiL – Revista Indústria de Laticínios, revista líder do setor lácteo, está há 22 anos no mercado editorial de veículo de comunicação especia-

lizado e sua credibilidade foi conquistada com trabalho sério, ética profi ssional, conhecimento e compromisso com a cadeia agroindustrial do leite.

Fonte indispensável de informação e formação dos profi ssionais da indústria de lácteos, a RiL tem foco editorial em negócios e tecnologias, reportagens e artigos técnicos, dados de mercado e artigos analíticos. Traz ainda a cada edição bimestral informação científi ca com origem na área acadêmica. Du rante sua trajetória, a RiL – Re-vista Indústria de Laticínios abriu espaço para as empresas de máquinas e equipamentos, forne cedores de ingredientes, embalagens, equipamentos de laboratórios, refrigeração, transporte e serviços divulgarem seus produtos, seus lançamentos, suas ações e novidades para profi ssionais especiali zados que atuam e tomam decisões na indústria de leite e derivados.

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LATICÍNIO

Por Juçara Pivaro

A iniciativa de uma família que buscou sabor e textura corretos do tradicional pão de queijo fez essa iguaria chegar com praticidade aos lares e foodservice no

Brasil e se tornar conhecida internacionalmente.

De Minas Gerais para o mundo

Uma receita de sucesso da mineira Maria Dalva Couto Mendonça com acréscimo de boa dose de empreendedorismo dela e de seus filhos deu ori-gem a uma das mais conhecidas empresas de alimentos brasileiras – a Forno de Minas.

O pão de queijo de Dona Dalva, que era sucesso na família e entre amigos, em pouco tempo, ultrapassou as fronteiras bem além de Minas Ge-rais, conquistando o Brasil e mais alguns países mundo afora. Essa trajetória bem sucedida teve início em 1990, quando Dona Dalva e seus filhos Hélida e Helder Couto Mendonça abriram uma pequena loja de 40 m2 em shopping na região sul de Belo Horizonte. A loja tinha apenas três funcionários e contava com uma masseira, um freezer, uma máquina de embalar e um Fiorino, que era utilizado para comprar matérias primas e entregar produtos aos clientes. O investimento inicial no empreendimento foi cerca de R$ 100 mil.

Em apenas um ano, a Forno de Minas era sucesso na capital mineira e seu pão de queijo passou a ser produzido em alta escala. Em 1992, Vicente Ca-miloti entrou como sócio da família Couto Mendonça. A produção diária que, em 1990, era de aproximadamente 90 kg de pães de queijo e, em 1992, já era 1200 kg. Para dar suporte ao aumento de demanda, a empresa foi instalada em galpões, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, com novas máquinas e contratação de mais funcionários.

Quatro anos mais tarde, em 1995, a empresa construiu sua sede própria, com 24 m2, também em Contagem. Nessa fase, a companhia vendia pão de queijo para grandes redes de supermercados. Como a Forno de Minas já fazia parte do dia a dia de muitos brasileiros e, para manter a excelência de seus produtos, foi adquirido um moderno laticínio em Conceição do Pará, a 120 km de Belo Horizonte. O objetivo era fabricar queijos na especificação ideal para a sua receita, garantindo assim padronização e qualidade de todos os produtos.

Até breveEm 1999, a Forno de Minas foi vendida para a multinacional Pillsbury,

unidade de alimentos da holding Diageo. A General Mills, que havia adquiri-do a Pillsbury, dez anos depois, fechou as portas da indústria e demitiu todos os funcionários.

O que parecia um ‘adeus’ para os antigos fundadores, virou um ‘até bre-ve’. Em 2009, a paixão pelo antigo negócio falou mais alto e a família Couto Mendonça e Vicente Camiloti readquiriram a marca, reativaram a fábrica da Forno de Minas e trouxeram de volta ex funcionários para retomar o empre-endimento. Dona Dalva assumiu novamente a produção e empresa voltou a produzir o legítimo pão de queijo mineiro.

DiversificaçãoO primeiro pão de queijo desenvolvido pela Forno de Minas foi o tradi-

cional. A empresa desenvolveu novas versões e, atualmente, fabrica receitas diferentes dentro do mesmo produto, a exemplo de pão de queijo tradicional, pão de queijo coquetel, pão de queijo assado e congelado (que fica pronto em cinco minutos), pão de queijo fit, pão de queijo gourmet, pão de queijo lanche e o palito de queijo.

A Forno de Minas partiu também para diversificação com linhas de ou-tros produtos. O atual mix da empresa atende varejo e também foodservice com: waffle (nas versões integral light e tradicional); empadas (nos recheios frango, frango com requeijão, palmito); as empanadas (nos recheios carne e frango); tortinhas (nos recheios com frango e frango com requeijão); folhados (nos recheios com presunto e queijo, frango, palmito, peru com queijo branco, banana com canela); massa folhada; para o rápido preparo de produtos como palmier e vol-au-vent; pães de batata (nos recheios de requeijão, frango com requeijão, peru com queijo branco e quatro queijos), além do palito de queijo. Especificamente para o food service, a Forno de Minas também possui uma linha composta por pastel de forno, croissants, cookies, quiches, burek e cinammon roll.

Soma-se a esse portfólio a linha de especialidade de batatas, composta pelas marcas Batatinha Quando Assa (BQA) e Noisette Rústica, além da ex-clusiva linha de massas frescas congeladas – “Mamma D’Alva” –, direcionada ao varejo e que estão disponíveis em três formatos: Cappelletti, no recheio carne com ervas de Provence; Ravioli, na opção quatro queijos com nozes e Sorrentino, em dois recheios, ricota fresca, parmesão e castanha do Pará; e mussarela de búfala, com tomate seco e manjericão.

Para diversificar e oferecer qualidade aos consumidores, a empresa conta com área de pesquisa e desenvolvimento de produtos. “Dona Dalva é responsável por esse setor e vale reforçar que a qualidade Forno de Minas é atestada por vários selos de qualidade internacionais, tais como: BRC (Bristish Retail Consortium) – Norma Global de Segurança de Alimentos – usada por empresas em mais de 120 países, que atesta a competência de todo o siste-ma produtivo, no que diz respeito à segurança de alimentos; Certificações Gluten-Free – principal certificação do mercado sem glúten, reconhecida em 27 países; Halal – certificação responsável por atestar que a produção está de acordo com as orientações da lei islâmica – e certificado FDA – regulamen-tação de alimentos, bebidas e suplementos destinados ao consumo nos Estados Unidos”, destaca Hélder Mendonça, um dos sócios da empresa.

Na foto, os sócios: Hélida Mendonça, Vicente Camiloti, Maria Dalva Mendonça e Hélder Mendonça.

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LATICÍNIO

ExportaçãoAinda na década de 90, os Estados Unidos foram os primeiros a receber

os produtos da Forno de Minas. “Nessa época, o foco era apenas o mercado étnico, formado por brasileiros que moram nos EUA”, ressalta Mendonça. Esse foi só o início da trajetória internacional da empresa mineira. Atualmente, a companhia exporta também para Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Peru, Uruguai, Emirados Árabes, Japão, Guatemala, El Salvador, Panamá, Costa Rica, Colômbia e China,

“A Forno de Minas foi a primeira a comercializar o pão de queijo con-gelado no Brasil e objetiva transformar a iguaria em um produto global. O setor internacional é um dos que mais crescem na empresa e com metas de incremento de mais de 100% na receita da empresa até 2020”, enfatiza Mendonça.

Para garantir qualidade e padrão de seus produtos, a Forno de Minas tem uma indústria de laticínios própria, que produz o queijo e outros produ-tos para a fábrica. Os insumos que não são processados pela empresa, são adquiridos de fornecedores homologados pela Garantia de Qualidade Forno de Minas.

Boas receitas e tendo qualidade como ingrediente indispensável fizeram os números da empresa crescerem. Hoje, a empresa tem ampla distribuição em todo Brasil, com destaque nas regiões Sudeste e Sul. São mais de 19 mil pontos de venda no território brasileiro.

Mendonça sinaliza que a trajetória de sucesso vai continuar e ressalta que: “para médio prazo os planos da Forno de Minas são expansão do mix de produtos, internacionalização e ampliação do mercado foodservice”.

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GUIA DE FORNECEDORES - INDÚSTRIA 4.0

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A Revista Indústria de Laticínios abre espaço para fornecedores que atendem à nova revolução industrial, que chega com a denominação de Indústria 4.0. O novo conceito de fabricação conecta máquinas, sistemas e pessoas ao processo produtivo. É um significativo passo além do que foi dado

na 3ª Revolução Industrial, que tinha como base a automação. Na Indústria 4.0, estão novos con­ceitos e movimentos, como ‘internet das coisas’, máquinas inteligentes que conversam entre si e a

customização de produtos oferecidos ao consumidor. Nesta nova seção, publicaremos novidades em tecnologia de fornecedores e também artigos de

especialistas que trazem sua contribuição para que nossos leitores possam conhecer e compreender essa nova transformação pela qual passa a produção industrial.

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TOTVS leva a Indústria 4.0 para a nuvemAplicar o conceito de Indústria 4.0 na prática é um importante desafio para o segmento de manufatura no Brasil. Enquanto o mercado evolui

para uma transformação digital, com produtos e processos cada vez mais inteligentes, as companhias nacionais, principalmente as pequenas e médias, buscam formas de se adequar a essa nova realidade. A TOTVS, que é líder em SMB (Small and Medium Business), desenvolveu uma oferta para que essas empresas possam vivenciar os benefícios proporcionados pela Manufatura Avançada, de forma viável e adequada aos seus negócios: na nuvem.

A modalidade, chamada TOTVS Intera, é uma forma inovadora e descomplicada de contratar soluções na nuvem através de uma assinatura.

Isto é, por meio de um valor mensal, o cliente usufrui de softwares de gestão e funcionalidades especializadas e em constantes evoluções sem nenhum custo com infraestrutura, como servidores ou data centers, manutenção e suporte próprios. Além disso, elimina a necessidade da aquisição de licenças e torna a tecnologia de ponta acessível às PMEs, inclusive aproximando-as da Indústria 4.0.

Ou seja, como cliente TOTVS, a empresa paga apenas a mensalidade correspondente ao número de pessoas que acessam (IDs) e recebe

todo o portfólio de software e hardware da companhia na nuvem. Para as que estão começando, é disponibilizada uma oferta mais direcionada a esse perfil que, além do sistema de retaguarda, conta com quatro módulos especialistas e permite que seja escolhido o pacote de serviços de implantação que melhor se encaixa às necessidades daquela organização. O objetivo é permitir avanços na gestão, produtividade, redução de custos e elevar a qualidade da operação como um todo.

O modelo também contempla a plataforma fluig, que permite ao cliente gerenciar as suas tarefas, organizar documentos, automatizar pro-

cessos, criar os seus próprios portais, acessar online os principais indicadores da empresa e, ainda, manter todos conectados e atualizados por meio de uma rede social corporativa. Tudo em um único ambiente e operando na nuvem, o que oferece um nível de segurança da informação extremamente confiável, e que, no contexto da Indústria 4.0, desempenha um importante papel na conectividade entre os elos da cadeia de suprimentos e entre as etapas da própria produção.

O cliente Intera conta ainda

com um profissional de atendimen-to especializado no seu segmen-to, que faz um acompanhamento constante, chamado de Copiloto. “Dentro da estrutura industrial bra-sileira as pequenas e médias em-presas desempenham um papel extremamente relevante. Por isso, pensamos em ofertas que se ade-quem perfeitamente a esses negó-cios e a resposta está na nuvem. Operar em cloud é a combinação perfeita entre praticidade e custo – com tecnologias de ponta, mas sem altos investimentos. Assim, o mercado SMB consegue vivenciar, na prática, o que parecia ser uma realidade apenas para as grandes ou multinacionais”, afirma Angela Gheller Telles, diretora dos seg-mentos de Manufatura e Logística da TOTVS.

Deixar espaço para dados de endereço, fone etc.

ABB revela o mais novo membro da família YuMi

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Com o sucesso do YuMi®, primeiro robô industrial de braço duplo verdadeiramente colaborativo do mundo, a ABB revela seu robô colaborativo de braço único, que combina os recursos líderes do setor, ocupando um espaço bem mais reduzido.

Como o próprio nome sugere, os robôs colaborativos são projetados para trabalhar na fábrica lado a lado com humanos, com o objetivo de aumentar a produtividade e ajudar na transição para a customização em massa. O robô será lançado oficialmente neste ano.

Assim como o YuMi, o robô de montagem de peças pequenas e lançado em 2015, o novo robô tem uma carga útil de 500 gramas e, por ser compacto, pode ser facilmente integrado às linhas de montagem já existentes, aumentando a produtividade. O novo robô também tem programação direta, eliminando a necessidade de treinamento especializado para operadores.

“O sucesso do YuMi excedeu as expectativas; originalmente projetado para montar peças pequenas, acabou se provando extrema-mente versátil — é capaz de resolver o Cubo de Rubik (cubo mágico), preparar um sushi, embrulhar presentes e até reger uma orquestra. Com base no enorme sucesso do YuMi, esperamos que nosso novo robô de um braço seja igualmente bem recebido, especialmente por ter sido desenvolvido a pedido de nossos clientes”, disse Sami Atiya, presidente da divisão de Robotics and Motion da ABB.

“Continuamos a desenvolver nosso portfólio de robôs colaborativos”, disse Per Vegard Nerseth, diretor executivo da ABB Robotics. "O mais novo robô é uma adição bastante aguardada à ‘fábrica do futuro’, possibilitando aos nossos clientes crescer e prosperar na era da customização em massa. Combinar esse robô com as soluções digitais do ABB Ability™ permitirá que nossos clientes mudem de patamar no que se refere à eficiência e confiabilidade de suas indústrias".

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GUIA DE FORNECEDORES - INDÚSTRIA 4.0

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Soluções integrais da nova Era 4.0Por Mikel Altuna Alkorta, Engenheiro Informático pela Universidade de Mondragón e responsável pela área de Inovação em ULMA Handling Systems

Estamos assistindo a uma transformação do B2B e do B2C para o C2B (Customer to Business), onde o cliente é o motor da atividade. É a logística do futuro. Essa é a Era da Logística 4.0.

Neste novo contexto, o objetivo é lançar um grande número de armazéns inteligentes capazes de uma maior adaptabilidade às necessidades das em-presas e, consequentemente, dos processos logísticos. O mundo virtual da tecnologia da informação, o mundo físico das empresas e a internet se converteram em uma coisa só.

As mudanças no perfil da demanda, juntamente com as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias, estão provocando uma importante revolução que está permitindo dar ao mercado soluções baseadas em tecnologias como o BigData, Cloud Computing, Internet das Coisas (IoT) ou robótica colaborativa.

A evolução dos sistemas de armazenagem e de preparação automática de pedidos estão em plena expansão, exigindo maior eficiência e rentabilidade de seus processos logísticos. A automatização acarreta maior flexibilidade e rapidez na preparação de pedidos e ajuda a a eliminar os erros em pratica-mente 100%, aportando confiabilidade e rastreabilidade. O aproveitamento do espaço é ótimo e a rentabilidade aumenta no processo intralogístico das empresas.

Observamos que além de buscar a automatização dos sistemas logísticos, existe um maior interesse para que os sistemas sejam ergonômicos e produtivos, pois quanto maior a ergonomia no posto de trabalho, maior será a produtividade que o operador dá ao processo.

Engenharia logísticaA inovação e a personalização da solução logística são as bases do saber fazer engenharia de uma empresa. Uma análise detalhada das necessidades

reais dos clientes permite encontrar a solução mais adequada à situação do cliente.Da mesma forma, o conceito de reengenharia é outro aspecto que define a engenharia logística como sendo “integral”. Este tipo de serviço permite uma

proposta mais envolvente ao redor das necessidades dos clientes onde são estudadas as novas necessidades organizacionais e operacionais (derivados, em alguns casos, de mudanças no mercado) para ajustes à realidade do momento e suas novas expectativas.

Soluções integrais projetadas e desenvolvidas de forma customizada podem ser compostas por diferentes soluções de preparação de pedidos, con-siderando as características do negócio do cliente e os objetivos que se deseja alcançar, soluções de armazenagem automatizada, soluções de transporte automatizado, entre outras.

São muitas as vantagens da automatização intralogística. Rentabilidade, qualidade, serviço e crescimento são fatores relacionados diretamente com a automatização de um armazém. As empresas que optam pela automatização de seus processos logísticos são capazes de mensurar vantagens competitivas obtidas em processos produtivos e de distribuição, economia com custos operacionais, melhoria na rapidez e qualidade da preparação de pedidos, aprovei-tamento ótimo do espaço, aumento de produtividade, ergonomia, segurança e a satisfação de todos os envolvidos nessa cadeia.

O objetivo é ter uma maior eficiência e competitividade através de um maior conhecimento logístico e de tecnologia adquiridos que faça com que as empresas tenham um diferencial em relação aos seus concorrentes.

O picking do futuroSistemas de picking cada vez mais inteligentes e ergonômicos permitem uma preparação de pedidos de acordo com as necessidades de cada operação,

seja assistida ou automatizada. Seu projeto permite eliminar tarefas que exigem manipular produtos de grande peso e contam com mecanismos que se ajus-tam em altura, por exemplo, garantindo condições de trabalho melhores para os operadores.

No último ano, temos evoluído intensamente no conceito de logística orientada à Indústria 4.0. Demos um salto qualitativo enorme na conectividade com nossos sistemas e temos chegamos à fase de que os dispositivos nos avisam sobre ocorrências antecipadamente, antes mesmo de que algo ocorra.

Observa-se que os sistemas inteligentes conectados são o futuro e por isso estamos equipando nossos sistemas com pequenos “cérebros” para que man-tenham uma comunicação com o centro de comando.

Na ULMA Handling Systems oferecemos diferentes soluções de preparação de pedidos, dependendo das necessidades de cada cliente, os objetivos a serem alcançados, entre outros aspectos. Entre os sistemas temos o FSS e SQS, uma nova geração de solução logística como referência em inovação tecnoló-gica transversal, presente em todas as empresas que decidem apostar no futuro com crescimento modular, avançar em qualidade de seus processos, controle de inventários, gestão da rastreabilidade, redução de tempos de entrega e de erros, tudo isso em um sistema que consegue alto fluxo de movimentação com capacidade de manipular entre 4 e 8 caixas ou bandejas ao mesmo tempo.

A evolução dos sistemas de picking está em pleno crescimento, especialmente nos setores onde se requer maior eficiência e rentabilidade dos processos de separação, como no e-commerce. A digitalização entrou na vida de todos nós e mudou a forma de nos comunicar, a forma como convivemos. Nasceu o e-commerce e com ele, mudou nossa forma de consumir – disso a percepção de que o comércio eletrônico precise de uma intralogística automatizada para poder atender à demanda dos clientes.

Os sistemas de picking da ULMA Handling Systems são totalmente automáticos e estamos trabalhando em sistemas cujo foco principal é a ergonomia e a produtividade, pois acreditamos que quanto maior a ergonomia no posto de trabalho, maior a produtividade que o colaborador aporta ao processo. Isso, somado a uma solução corretamente ajustada à necessidade do cliente, garante o sucesso do projeto.

Tecnologia da informaçãoNa ULMA Handling Systems damos especial importância à inovação, um dos nossos pilares. Dentro dessa nova Era, estamos imersos em elaborar ferra-

mentas-chave para a indústria do futuro com uma solução de tecnologia da informação voltada a instalações logísticas.O sistema Supervisor é projetado para aportar aos clientes um valor agregado a seus processos logísticos, com objetivo principal de supervisionar um

parque de armazéns espalhados pelo mundo – cada armazém tem seu próprio sistema e este interage de forma remota com parte da Nuvem. Com isso, promove-se uma visibilidade local e centralizada do armazém, uma visão global dos processos e instalações através da nuvem, disponibilidade de informa-ções e ferramenta de análises para a melhor e mais acertada tomada de decisões, confiabilidade dos sistemas e do software garantindo, a todo momento, a qualidade do serviço.

O futuroO objetivo principal da nova revolução é, a todo momento, seguir garantindo a qualidade dos serviços. A transformação digital está disponível e assim

continuará para melhorar a qualidade dos processos.Dispor de maior volume de dados que permita tomar melhores decisões, passar a trabalhar em um ambiente em que o manto “ciberfísico” e os negócios

estejam interconectados, é parte de toda essa nova realidade que permite garantir a otimização dos processos.

Quintiq - Tecnologia para planejamento no processo produtivo

Em mercados com margens de lucro baixas, como o de laticínios, melhorias no planejamento da cadeia de produção podem contribuir para evitar erros e desperdício e, consequentemente, refletir na rentabilidade do negócio. Com um software formatado para planejamento e otimização de todo processo produtivo de alimentos e bebidas, a Quintiq, ajuda as empresas em seus desafios em toda a cadeia de suprimentos na produção, vendas e operações ou logística.

Entre as principais vantagens do software para as indústrias de laticínios, Uri Tenzer, gerente sênior da Quintiq no Brasil, enumera: redução nos custos operativos, melhor previsão da demanda, melhor aderência às variações da demanda e redução nos estoques de segurança.

Uma marca da Dassault Systèmes, a Quintiq conta com inovações em software, que suportam as melhorias em planejamento da cadeia. Tecnologias como o recurso de análise preditiva, que pode utilizar fatores ambientais e circunstanciais, por exemplo, para melhorar e/ou prever o impacto que esses fatores terão na cadeia de suprimentos.

A análise preditiva é um tipo de inteligência artificial que identifica fatores que ajudam a predizer o comportamento de uma variável de interesse como, por exemplo, a demanda de determinado produto.

Recurso de algoritmos de machine learning, que analisa históricos passados para ajudar na tomada de decisões mais assertiva e também propor-cionam à cadeia de suprimentos mais assertividade nos planejamentos.

Tecnologias avançadas de otimização que permitem avaliar múltiplos cenários com milhões de variáveis contribuem para obter melhores resultados para atingir os objetivos de negócios do mercado de alimentos e bebidas.

A Dassault Systèmes oferece uma completa solução de Indústria 4.0, conectando a fábrica inteligente ao planejamento, para aproveitar ao máximo a produtividade e eficiência.

Tenzer esclarece que: “em geral, quanto mais complexos são os processos na indústria, a Quintiq oferece mais benefícios. Por isso, dentro da indús-tria de laticínios, as empresas que produzem, ao mesmo tempo, vários derivados de leite são as que mais podem se beneficiar com nossa tecnologia”.

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CONJUNTURA

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LEITE/CEPEA: Preço ao produtor é o menor

desde fev/10Por Natália S. Grigol

Contrariando as expectativas de agentes do setor, o preço do leite recebido por produtores em janeiro caiu 1,74% (ou 0,017 centavo/litro) frente ao mês anterior, chegando a R$ 0,9832/l na “média Brasil” líquida (que inclui preços sem frete e impostos da BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS). De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, na comparação com janeiro/17, o recuo é de quase 20%, sendo a atual média a menor desde fevereiro de 2010, quando foi de R$ 0,9369 (valores defl acionados pelo IPCA de dez/17).

Houve diminuição nas médias de todos os estados acompanhados pelo Cepea – com exceção de Santa Catarina, que apresentou alta de 1,34% de dezembro para janeiro, devido ao menor volume captado. Dentre os estados, a maior queda foi observada em Minas Gerais, de 2,93%, seguida por Goiás (com baixa de 2,80%), São Paulo (-1,89%), Bahia (-1,79%), Paraná (-1,16%) e Rio Grande do Sul (-0,46%).

Segundo pesquisadores do Cepea, a desvalorização do leite no campo esteve atrelada à baixa demanda na ponta fi nal da cadeia, que continua enfraquecida, e que, por isso, tem limitado os volumes de negociações entre indústrias e atacados/varejos. O consumo interno segue abalado pela perda do poder de compra do brasileiro em função do período de recessão econômica. Vale lembrar que a demanda pela maioria dos lácteos é afetada mais do que proporcionalmente pela variação na renda da população. Além disso, o período de fi m de ano e de férias escolares é, tipicamente, considerado uma época ruim para a comercialização de lácteos.

Outro fator que também pressionou as cotações, de acordo com pesquisadores do Cepea, foi a alta da captação em muitos estados, em decorrência do maior volume de chuvas. O aumento na captação em dezembro frente ao mês anterior no Paraná foi de 5,86%, na Bahia, de 1,87%, em Minas Gerais, de 1,39% e, em São Paulo, de 0,51%. Já em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, a captação recuou 3,37%, 2,65% e 2,22%, respectivamente, em função do desestímulo do produtor diante das baixas cotações. Segundo colaboradores, muitos produtores já deixaram a atividade, enquanto outros têm aumentado o abate de vacas e investido menos na produção. Esses resultados levaram a um ligeiro aumento de 0,23% do Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L) de novembro para dezembro.

Agentes consultados pela pesquisa do Cepea consideram a situação do setor crítica, o que impõem difíceis desafi os na gestão dos negócios, tanto para produtores quanto para indústrias. Ainda que os indicadores macroeconômicos indiquem a continuidade da recuperação econômica, a resposta do consumidor diante das gôndolas é lenta, o que tem difi cultado a previsão do comportamento do mercado.

Para fevereiro, a maior parte dos agentes entrevistados pelo Cepea acredita em estabilidade nas cotações do produtor. Um dos fatos que fundamenta essa expectativa é o comportamento dos preços do leite UHT (como este é o lácteo mais consumido do País, há grande correlação com os preços praticados no campo). De acordo com as pesquisas do Cepea apoiadas fi nanceiramente pela OCB, o preço do UHT negociado no atacado do estado de São Paulo registrou alta acumulada de 3,53% em janeiro. No entanto, a valorização do UHT não refl etiu melhora da demanda, mas, sim, a tentativa de estabilizar o mercado e recuperar a margem perdida sobre os custos de produção das indústrias.

Gráfi co 1: ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite – DEZEMBRO/17 (Base 100=Junho/2004)

Gráfi co 2: Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (defl acionados pelo IPCA de dezembro/17)

Envie seus artigos para [email protected]ê Técnico Editorial

· Proposta de um planejamento experimental para a otimização do processo produtivo de Queijo Mussarela

· Redução de açúcares e lactose em produtos lácteos

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Proposta de um planejamento experimental para a otimização

do processo produtivo de Queijo Mussarela

Fabiane Tanise do Nascimento Trennepohl1, Kelly de Moraes2

1Bacharel em Ciência e Tecnologia de Alimentos – Habilitação em Laticínios, aluna de pós-graduação do curso de Gestão e Controle de Qualidade de Alimentos, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) - E-mail: [email protected]ª. Drª. em Engenheira e Ciência de Alimentos, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) - E-mail:[email protected]

RESUMOO rendimento industrial é um indicador de lucros e de

viabilidade econômica da indústria. Sabe-se que o que o teor de sólidos influencia diretamente no rendimento dos queijos, assim a padronização de caseína e gordura tem por objetivo minimizar as variações que ocorrem na composição do leite. Este trabalho tem por objetivo avaliar o impacto de faixas de proteína e gordura no rendimento do queijo, assim como na qualidade sensorial do produto ao longo de sua vida de prateleira. Foram produzidos queijos a partir de leite ultrafiltrado, em três faixas diferentes e independentes de proteínas e gordura. Os resultados físico-químicos foram obtidos através do equipamento MilkoScan™ FT2 Milk application, sendo estes plotados em gráfico de superfície, para avaliação da interação dos componentes no rendimento do produto, que foi mensurado, considerando a relação de quilogramas produzidos de queijo em função da quantidade de quilogramas de leite consumidos. Os produtos dos experimentos foram avaliados sensorialmente, para os atributos de integridade da fatia, defeitos de textura e aparência e características de sabor, utilizando-se do método analítico descritivo ao longo de sua vida de prateleira. A partir dos experimentos, pode-se observar que há melhora no rendimento, sendo que as faixas de melhor desempenho não estão diretamente relacionadas com os períodos onde o produto apresentou maior conformidade sensorial ao longo do período de validade. Propõe-se que seja realizado um planejamento experimental, onde as faixas de melhor desempenho de gordura e proteína sejam avaliadas, em relação a rendimento, custos de produção e qualidade sensorial.

Palavras chave: Proteína. Gordura. Rendimento. Sensorial. Ultrafiltração.

1. INTRODUÇÃOO Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo,

correspondendo a 66% do volume total de leite produzido nos países que compõem o MERCOSUL. O Agronegócio do Leite e seus derivados desempenham um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população (EMBRAPA, 2015).

O queijo mais produzido na indústria brasileira é o mussarela, movimentando cerca de R$ 110 milhões por ano. São 20 mil toneladas de queijos que consomem 2 bilhões de litros de leite e empregam 37 mil pessoas na produção. É também o mais

consumido no mundo, consiste em um queijo de massa filada, sendo caracterizado como macio, não maturado, levemente salgado, de coloração branca ou levemente amarelada, pode ser encontrado em formatos e tamanhos variados. Possui alto valor nutritivo, sendo um produto de consumo básico em muitos países e camadas sociais (CASSIAN, 2005).

O rendimento industrial é um indicador importante dos lucros e determina a viabilidade econômica do funcionamento da indústria. É de conhecimento que o teor de sólidos do leite influencia no rendimento da maioria dos produtos lácteos, mas é no processamento de queijos que o efeito da composição e da proporção entre os constituintes é mais significativo (VIOTTO & CUNHA, 2006).

A padronização dos teores de caseína e gordura na elaboração de queijos tem por objetivo principal minimizar as variações sazonais que ocorrem na composição do leite, visando maior uniformidade nas condições de processamento e na qualidade do produto final, além de melhorar os coeficientes de rendimento do produto (CALLANAN, 1991).

Uma técnica que vem sendo utilizada é a ultrafiltração (UF) por não fazer uso de calor nem exigir mudança de fase, representando um processo economicamente viável. É uma tecnologia de separação de componentes em meio líquido, por membranas usadas para reter macromoléculas permitindo que moléculas de baixa massa molar atravessem a membrana. A UF representa uma operação onde se utilizam membranas como meio filtrante no fracionamento de misturas, soluções e suspensões envolvendo espécies de tamanho e naturezas químicas diferentes. Permitindo uma variação na relação de concentração entre os diversos componentes do leite, devido à retenção seletiva das proteínas e da permeação da lactose, sais minerais, água e compostos de baixa massa molar (SPADOTI, 2003).

O objetivo de se trabalhar com leite concentrado na elaboração de queijos é basicamente padronizar o teor de proteína, o que, minimiza os efeitos das variações sazonais da composição do leite no rendimento industrial de queijos. A padronização do teor de proteína, além do teor de gordura (como ocorre nos processos convencionais), resulta num maior controle do processo de fabricação e da qualidade do produto final, permitindo ainda, aumentar a eficiência da planta (PUHAN, 1991).

A proteína presente no queijo é responsável por retenção da umidade, em termos de rendimento, qualquer perda de proteína

representa perda não apenas de massa proteica, mas também da água que seria retida por essa massa. Em processos convencionais, a proteína perdida no soro do queijo consiste basicamente de proteínas do soro, que não são atacadas pelo coagulante, e do glicomacropeptídeo gerado após a quebra da k-caseína pelo coagulante, aproximadamente 3-4% da caseína é perdida. Perdas adicionais podem ocorrer devido a fatores mecânicos, ou a fatores físico-químicos, como coagulação incompleta da massa ou ação de proteases sobre a caseína (CALLANAN, 1991).

Na prática, é a relação caseína∕ gordura que influencia diretamente no rendimento do queijo, existindo um valor ótimo dessa relação para cada tipo de queijo. Um valor menor que o ótimo significa que não há caseína suficiente para a quantidade de gordura disponível, ocasionando maior perda de gordura no soro durante a fabricação. (LAWRENCE, 1991).

Entre os fatores que influenciam a composição do leite e o rendimento industrial de queijos, existem aqueles sobre os quais o fabricante não tem controle, e aqueles sobre os quais o fabricante exerce algum tipo de controle. Incluem aspectos como raça, individualidade do animal, estágio de lactação, idade, alimentação, intervalo entre ordenhas, clima, estação do ano e problemas de saúde, nesse contexto o fabricante deve buscar produtores qualificados, realizar testes de qualidade do leite, procurando bonificar os produtores por matéria prima de qualidade. Além de, uma série de condições de processamento que, após a ordenha, que podem afetar a qualidade, como a estocagem do leite, o tratamento térmico do leite, homogeneização, adição de cloreto de cálcio, concentração do leite, entre outros. Alguns desses fatores representam pouca perda do rendimento, no entanto, quando extrapolados em grandes escalas de produção, o impacto pode ser bastante significativo (LAWRENCE, 1991).

2. MATERIAIS E MÉTODOS2.1 FABRICAÇÃO DE QUEIJO MUSSARELAPara a fabricação do queijo mussarela foram realizados

processamentos em períodos diferentes, durante aproximadamente sete meses, utilizando três faixas diferentes e independentes de proteína (3,4%, 3,9% e 4,3%) e gordura (2,7%, 3,1% e 3,6%), que foram obtidas por concentração do leite através do método de ultrafiltração, como forma de padronizar as mesmas, seguindo as etapas de processamento tradicional do queijo Mussarela ilustrados nas Figuras 1 e 2.

O processo ocorre passando pelas seguintes etapas, o leite cru é recebido na plataforma de recepção, onde são realizadas as análises conforme plano amostral da empresa. Estando todas dentro dos padrões do MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) o leite é descarregado resfriado e estocado em silos de armazenamento.

Após o silo ter seu volume completo com aproximadamente cem mil litros o leite é enviado para uma centrífuga onde ocorre a clarificação/ padronização. Nesta etapa o teor de gordura é padronizado e o excedente é enviado para tanques de estocagem de creme. Após padronização o leite é enviado para o pasteurizador, onde recebe tratamento térmico em temperaturas de aproximadamente 75°C∕ 19 segundos, passando então para a sessão de resfriamento do pasteurizador, para que atinja temperaturas inferiores a 4°C. Em seguida o leite resfriado é enviado para os silos de armazenamento de leite pasteurizado. Após atingir um volume de aproximadamente cem mil litros o leite pasteurizado é encaminhado para o sistema de UF. Este sistema visa padronizar o teor de sólidos do leite de acordo com os experimentos previstos.

2.2 ANÁLISES FÍSICO QUÍMICASPara a análise de determinação de gordura e proteína, tanto

do leite cru quanto concentrado, foram utilizados os resultados das análises obtidas através do equipamento MilkoScan™ FT2 Milk application, via Infravermelho, varrendo todo o espectro, possibilitando a medição de novos parâmetros, o mesmo possui uma curva pré-desenvolvida pelo fabricante, composta por 1309 amostras de leite coletadas na Dinamarca, França, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia e EUA, além da inserção de curva para cada análise com amostras de leite da região onde o equipamento será utilizado inseridas a partir de análises oficiais disponibilizadas na Instrução Normativa nº 68 de 2006 (BRASIL, 2006).

Os resultados são validados utilizando o método analítico de linearidade, onde, os resultados obtidos são diretamente proporcionais às propriedades do analito, dentro do intervalo predefinido, a correlação entre estes foi expressa por uma curva analítica. Os coeficientes da curva analítica foram obtidos por meio do método de regressão linear, o qual gerou a equação y = ax +b, na qual y é a resposta analítica, x é concentração, a é coeficiente angular e b é o coeficiente linear. Além dos coeficientes de regressão (a e b), obteve-se o coeficiente de correlação (R2), que é um dos parâmetros que avalia a qualidade da curva analítica, pois quanto mais próximo de 1,0, menor é a dispersão das amostras e a incerteza dos coeficientes de regressão calculados (RIBANI et al., 2004).

Quinzenalmente são realizadas bateladas de 15 amostras através dos métodos tradicionais de análise e posteriormente as mesmas são analisadas no equipamento, como

um comparativo dos resultados, caso os mesmos apresentem diferenças significativas, considerando que o equipamento possui um nível de exatidão de 0,024% e repetibilidade 0,004%, a curva do equipamento é ajustada.

Tendo em vista que, o número de amostras de leite concentrado é muito inferior à amostragem de leite cru, mensalmente são realizadas bateladas de 15 amostras através dos métodos tradicionais de análise e posteriormente as mesmas são analisadas no equipamento, como um comparativo dos resultados. Caso os mesmos apresentem diferenças significativas, considerando os níveis de exatidão e repetibilidade do equipamento, realizando-se os ajustes necessários.

Figura 1: Fluxograma do processamento tradicional de queijo mussarela.Fonte: Autor (2016).

Figura 2: Ilustração da padronização do leite para produção do queijo mussarela.Fonte: (www.vaportec.com.br, 2016).

RECEPÇÃO DOLEITE CRU

RESFRIAMENTO DO LEITE CRU

ESTOCAGEM DOLEITE CRU

CLARIFICAÇÃO/PADRONIZAÇÃO

DO LEITE

PASTEURIZAÇÃO DO LEITE

CONCENTRAÇÃO DO LEITE

PASTEURIZADO/PADRONIZADO

ESTOCAGEM DO LEITE

PASTEURIZADO/PADRONIZADO

RESFRIAMENTODO LEITE

PASTEURIZADO/PADRONIZADO

Leite FrescoPasteurização

Permeado/Descarte

Ultrafiltraçãopor Membrana (UF)

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2.3 RENDIMENTOO rendimento de cada teste foi mensurado, considerando

a relação de quilogramas produzidos de queijo em função da quantidade de quilogramas de leite consumidos (kg/kg). Os quilogramas de leite consumido foram obtidos multiplicando-se volume de leite pela sua densidade. A equação 1 apresenta o cálculo para o rendimento do queijo.

Onde: mq é a massa de queijo produzido (kg); VL é o volume de leite utilizado no processo (L); e dL é a densidade do leite no processo em questão (kg/L)

2.4 AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE QUALIDADE SENSORIAL DO QUEIJO MUSSARELA

O queijo mussarela produzido nos experimentos foi avaliado sensorialmente quanto às características de qualidade por um analista sensorial classificado como especialista. Os atributos sensoriais medidos foram: integridade da fatia, defeitos de textura e aparência e características de sabor. As características foram preenchidas na ficha de avaliação apresentada na Figura 3, utilizando o auxílio de uma escala mostrada no Quadro 1. O produto passa por avaliação depois de decorrido 10 dias de sua fabricação, as fatias devem possuir espessuras de 0,8 a 1,0 mm.

O método sensorial utilizado foi o analítico descritivo, assim denominado por descreverem e quantificarem as informações a respeito da característica que está sendo avaliada, através de pontuação, a aparência, cor, odor, sabor e textura de um produto. É um método utilizado para desenvolver um registro do perfil sensorial de um produto ou dos componentes sensoriais de seus ingredientes. Para tal faz-se uso de uma escala especial de valores com pontuação, de um a cinco, onde um representa péssimo, três representa bom e cinco representa excelente (ANZALDÚA & MORALES, 1994). A partir do método escolhido, foi elaborada uma escala para avaliação das características de acordo com comparação com as características definidas como padrão, conforme Quadro 1.

O produto para ser avaliado como dentro dos padrões, definidos pelo controle de qualidade da empresa em questão, deve apresentar no mínimo 47 fatias totalmente íntegras de um total de 50 fatias, com ausência de furos. O sabor deve ser amanteigado, moderadamente lácteo, pouco salgado e ausência de gosto ácido. A textura deve ser moderadamente macia e a fraturabilidade na boca também moderada, com formação de fio de aproximadamente 2 cm levemente resistente e elasticidade de 20 a 35 cm.

Foram coletadas três amostras de queijos produzidos nos experimentos, uma no período de fevereiro, uma em maio e outra em julho, sendo estas avaliadas em quatro momentos da sua vida de prateleira, sendo eles: tempo zero correspondendo a dez dias após a fabricação; tempo de 1∕2 com 90 dias, tempo de 3∕4 nos 135 dias; tempo de 4∕4 aos 190 dias da fabricação.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃOConsiderando que o leite consiste em uma matéria prima

variável, cujas características podem estar relacionadas com dois conjuntos principais de parâmetros, os físico-químicos, que são influenciados pela alimentação, genética, manejo, estágio de lactação e sanidade do rebanho leiteiro e, os microbiológicos que são influenciados pela carga microbiana inicial do leite, as condições de higiene na obtenção (incluindo equipamentos) e a velocidade de multiplicação dessas bactérias (DIAS & FURTADO, 2001), torna-se uma tarefa difícil fabricar um produto padronizado, e, nesse contexto, procurou-se trabalhar com um sistema de ultrafiltração.

Foram realizadas análises físico-químicas de gordura, proteína e densidade do leite concentrado com finalidade de avaliar o processo. Os dados de médias de proteína encontravam-se nas faixas de 3,4±0,03%, 3,9±0,06% e 4,2±0,05%, e os de nas faixas de 2,7±0,05%, 3,1±0,02% e 3,6±0,03%. A densidade média do leite após padronização encontrou-se em uma faixa de 1,032±0,001 kg/L, utilizada para a conversão de litros em kg de leite para fins de cálculo do rendimento.

A ultrafiltração oferece a possibilidade de ajustar o conteúdo de proteína do leite, seja pela sua concentração específica ou através da adição do permeado de UF de leite no leite coletado, visando superar as variações naturais na composição, no entanto os teores de gordura serão variáveis de acordo como coeficiente de concentração utilizado (MISTRY & MAUBOIS, 2004).

Deve-se ponderar que o processo de UF irá atuar através de uso de membranas, ocorrendo em dois fluxos, permitindo que a água, os sais dissolvidos, a lactose e os ácidos passem por ela em qualquer direção, enquanto retém∕concentra proteínas e gorduras (WWW.TETRAPACK.COM, 2016), conforme ilustrado na Figura 4. Assim o teor de proteína ira ser padronizado em função da proteína presente do leite pasteurizado, que consiste na proteína original do leite cru, enquanto que a gordura passará por um processo de padronização e redução antes da pasteurização.

Os experimentos foram realizados trabalhando-se em três diferentes concentrações de proteína 3,4%, 3,9% e 4,3%, não tendo controle total sobre a gordura. Bem como, em

três concentrações principais de gordura 2,7%, 3,1% e 3,6%, não tendo controle total sobre a proteína. A Figura 5 mostra os resultados obtidos de rendimento em função das concentrações padronizadas de proteína e respectiva gordura no experimento, bem como as concentrações fixas de gordura e suas respectivas concentrações de proteína no experimento.

Observando a Figura 5, os valores que apresentaram melhores rendimentos puderam ser observados encontram-se nos extremos das concentrações de proteína e gordura avaliados, ou seja, valores inferiores (2,8% de gordura e 3,2% de proteína), assim como valores superiores (3,6% de gordura e 4,2% de proteína). A proteína possui a propriedade funcional tecnológica

Eq.(1)h(%)=mq X 100

VL x dL

AVALIAÇÃO SENSORIAL - características que impactam na percepção do consumidor

PRODUTO: Queijo Mussarela

Data: Data da Produção: Turno:

CARACTERÍSTICAS MAIS IMPORTANTES QUE IMPACTAM NA PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR

Unidade Amostral: 1 Peça

Frequência de Análise: 2 amostras por turno Fab: Fab:

Atributo Geral Atributo específico Lote: Lote:

Aparência Integridade da fatia

Defeitos de aparência

Sabor

Gosto salgado

Sabor amanteigado

Sabor lácteo

Gosto ácido

Defeitos de sabor

Defeitos de textura

Figura 3: Ficha de avaliação sensorial contendo características que impactam na percepção do consumidor. Fonte: Autor (2016).

ÍNDICE DE VARIAÇÃO COMPARATIVO COM O PADRÃO

Índice Descrição

3 Característica muito mais intensa ou presente quando comparada com a descrição padrão

2 Característica moderadamente mais intensa ou presente quando comparada com a descrição padrão

1 Característica ligeiramente mais intensa ou presente quando comparada com a descrição padrão

0 Característica de acordo com a descrição padrão

-1 Característica ligeiramente menos intensa ou presente quando comparada com a descrição padrão

-2 Característica moderadamente menos intensa ou presente quando comparada com a descrição padrão

-3 Característica muito menos intensa ou presente quando comparada com a descrição padrão

SIGNIFICADO DA ESCALA

0: Padrão /Meta

–1 ou +1: Variação permitida /aceitável

–2 ou +2: Sinalizador de problemas /necessário atuar

-3 ou +3: Produto fora do padrão sensorial

Fonte: Autor (2016)

Quadro 1: Escala utilizada para avaliação de produto. Figura 4: Fluxo de funcionamento das membranas de ultrafiltração.Fonte: (www.tetrapack.com, 2016).

Figura 5: Rendimento em função das diferentes concentrações de proteína e gordura. Fonte: Autor (2016).

Bacteria, spores,fat globules

Casein,Whey proteins

Lactose,acids, NPN Water

Minerals

Rendimento %

Gordura %Proteína %

3,8

10,0

9,5

9,0

10,5

11,0

11,5

12,0

4,0

3,63,4

3,23,0

2,82,6

2,4

3,83,63,43,23,0

4,24,4

4,6

>11,5<11,5<11<10,5<10<9,5<9

de capacidade de retenção de água e a gordura de repelir a água (FENNEMA, 2010), portanto os extremos criam uma espécie de equilíbrio entre a retenção e repulsão da água. O rendimento pode apresentar níveis elevados devido o próprio conteúdo de água, que está atingindo o limite de umidade para o queijo mussarela (padrão interno – 43 a 47,0%), porém a qualidade de padrão sensorial precisa ser avaliada, pois irá refletir futuramente na vida de prateleira e consequentemente nas vendas.

Pode-se afirmar que se trabalhados valores ótimos de proteína e gordura, podemos melhorar em muito o rendimento do produto mantendo a qualidade já consolidada no mercado, no entanto, para definição dos pontos ótimos, seria necessário realizar um estudo onde ambas concentrações de gordura e proteína pudessem ser trabalhadas de forma conjunta, ou seja com os parâmetros em um mesmo experimento, o que no sistema de ultrafiltração não é possível.

Utilizando-se do processo de ultrafiltração, não foi possível padronizar o leite de forma que se possam testar os dois valores ótimos ao mesmo tempo, para avaliação do quanto o rendimento seria melhorado. Para realização de tal experimento, seria necessário que o leite fosse submetido a um processo de padronização onde o mesmo teria sua gordura totalmente removida. Posteriormente, o leite desnatado passaria através de uma microfiltração, que é utilizada como uma ferramenta para o enriquecimento específico em caseína micelar do leite para produção de queijo (MAUBOIS &FAUQUANT, 2001). Nesta etapa a proteína seria padronizada e posteriormente o percentual de gordura definido como valor ideal seria reinserido no concentrado, assim estaria pronto para ser enviado ao processo de elaboração de queijo.

A microfiltração ainda auxilia na redução da contagem de microrganismos e células somáticas, o que melhora a qualidade do leite e minimiza a hidrólise pela ação de enzimas proteolíticas, melhorando rendimento e evitando incrustações em trocadores de calor. Permitindo ainda a remoção de esporos a baixas temperaturas, o que não irá afetar a coagulação do leite (SAMUELSSON et al. , 1997).

Referente às análises de padrão de qualidade do produto, considerando-se os padrões internos de conformidade do produto, tem-se como produto conforme aquele que atende a especificação sensorial conforme descrito no Quadro1, ou seja, que dentro das características avaliadas pontuem como zero característica em conformidade com a descrição do produto) ou +1 ou – 1 (indicando que as características estão ligeiramente mais ou menos intensas que o padrão).

Pode-se observar na Figura 6, que no período de produção em que houve pior desempenho ocorreu no mês de abril, sendo que neste mês houve experimentos com proteína com valores de 3,9% e gordura nas faixas de 2,7% e 3,6%. Enquanto que os meses que apresentaram melhor desempenho correspondem aos meses de junho e julho, onde houve experimentos de proteína nas faixas 3,4% e 4,2% e de gordura nas faixas 2,7% e 3,6%. Dentre as não conformidades, a mais recorrente consiste em defeito de textura, conforme demonstrado na Figura 7, apresentando consistência mole, sendo representados em números de amostras não conformes para o item avaliado. O produto foi considerado como não conforme a partir da pontuação -2, que sinaliza que o processo precisa ser avaliado de forma a evitar que o produto fique retido.

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A pior textura corresponde aos níveis mais elevados de conteúdo de proteína, o que atesta uma maior retenção de água, podendo causar o amolecimento da mussarela e problemas no fatiamento refletindo diretamente na vida de prateleira.

Das avaliações de vida de prateleira de produto, a amostra de fevereiro apresentou conformidade para quase todos os itens avaliados até o final do período, com exceção da qualidade do fio, que com 190 dias apresentou-se com características alteradas. Isso se deu devido à proteólise do produto, que ocasiona uma consistência amolecida, sendo que o produto ao derreter apresenta-se líquido, característica esta indesejada no queijo mussarela. No entanto, como o produto já ultrapassou os 180 dias, que correspondem a sua validade, o produto foi considerado satisfatório.

A amostra coletada em maio apresentou conformidade na avaliação realizada com noventa dias para todos os itens, entretanto, na avaliação realizada em 135 dias apresentou defeito de qualidade do fio, indicativo de que a amostra não está chegando ao final de sua vida de prateleira com qualidade adequada. A amostra coletada em julho passou pela análise de 90 dias apresentando conformidade para todos os itens, as demais análises não foram concluídas até a finalização do presente trabalho.

Como os parâmetros foram avaliados de forma isolada, devido à impossibilidade de controlar os mesmos, e detendo de conhecimento de que a empresa está prestes a instalar um sistema de microfiltração, propõe-se que a mesma realize um planejamento experimental, utilizando-se dos pontos que apresentaram melhor desempenho com vistas a avaliar as variáveis de forma conjunta, bem como avaliar o impacto que estas alterações proporcionaram

ao produto final ao longo de sua vida de prateleira.O experimento planejado é um teste ou uma série de testes nos

quais se induzem mudanças deliberadas ou estímulos nas variáveis de entrada (inputs) do processo ou sistema, de tal forma que seja possível observar e identificar os efeitos nas respostas ou variáveis de saída (outputs) (GÁLDAMEZ, 2002).

3.1 PROPOSTA DE PLANEJAMENTO EXPERIMENTALUm experimento fatorial de k fatores, cada um deles com

dois níveis são denominados de experimentos fatorial 2k. O processo experimental dessa técnica consiste em realizar testes com cada uma das combinações da matriz experimental, para em seguida determinar e interpretar os efeitos principais e de interação dos fatores e assim, poder identificar as melhores condições experimentais do produto ou processo de fabricação (GÁLDAMEZ, 2002).

Para fins de otimização de processo, após a implantação da microfiltração na fábrica, propõem-se a metodologia de otimização por superfície de resposta que consiste em um planejamento experimental fatorial 2k com adição de pontos centrais e axiais resultando em um modelo quadrático (segunda ordem) (RODRIGUES & IEMMA, 2005). A Tabela 1 apresenta o delineamento experimental proposto. As variáveis independentes (Xi) estudadas seriam as concentrações de proteína e gordura, tendo como respostas (Yi) o rendimento, custo de fabricação e parâmetros sensoriais.

Os valores definidos como variáveis a serem utilizados no experimento, representam aqueles que apresentaram melhor desempenho individual na avaliação realizada nos experimentos demonstrados na Figura 5, bem como aqueles que foram aceitos como viáveis pela indústria onde o experimento será desenvolvido.

Para a otimização do processo será aplicado uma equação de segunda ordem como modelo matemático preditivo. A análise estatística dos resultados será aplicado a equação de segunda ordem como modelo matemático preditivo da variável resposta Y, correspondente a um modelo de regressão linear múltipla, cuja equação geral está ilustrada na Equação 2.

Eq.(2)

Onde Yn representa a variável resposta, bn os coeficientes de regressão, Xn as variáveis independentes codificadas e x o erro puro.

Os cálculos matriciais para as estimativas dos parâmetros do modelo foram feitos pelos métodos dos mínimos quadrados, a avaliação do ajuste foi feita pela metodologia de análise de variância (ANOVA) e a otimização pela metodologia de análise de superfície de resposta (RSM) (BARROS et al., 1995; RODRIGUES & IEMMA, 2005).

4. CONSIDERAÇÕES FINAISDiante dos experimentos realizados, nos quais avaliou-se os

parâmetros de gordura e proteína de forma isolada, pode-se observar que há melhora no rendimento. Bem como, que as faixas que apresentaram melhor rendimento não estão diretamente

relacionadas com os períodos onde o produto apresentou melhor desempenho sensorial ao longo da vida de prateleira.

Mesmo que na primeira avaliação realizada com dez dias após a fabricação, o percentual de conformidade apresentou-se eficaz, porém essas características não são mantidas no decorrer de sua vida, sendo necessário avaliar como esse produto irá se comportar com o decorrer do tempo.

Na avaliação do produto ao longo de sua vida de prateleira, pode-se observar que o produto referente ao mês de maio onde foram realizados os experimentos com faixas de proteína de aproximadamente 4,3%, o produto não chegou ao final do prazo de validade com características ideais. Indicando que mesmo que haja melhoria em termos de rendimento o produto perde significativamente em qualidade.

Propõe-se que seja realizado um planejamento experimental, nas faixas de melhor desempenho de rendimento sejam avaliadas as variáveis independentes de gordura e proteína, tanto quanto ao impacto que produzirão no rendimento do produto, quanto aos custos de produção bem como se os atributos de qualidade serão mantidos ao longo do seu período de vida de prateleira.

Sugere-se também que seja avaliado sensorialmente o produto elaborado no planejamento experimental, ao longo de seu período de validade, uma vez que foi evidenciado que as faixas de melhor rendimento não estão diretamente relacionadas com os melhores desempenhos sensoriais do produto ao longo do tempo de armazenamento.

PROPOSAL OF AN EXPERIMENTAL PLANNING FOR THE OPTIMIZATION OF THE PRODUCTION PROCESS OF MUSSARELA CHEESE

ABSTRACTIndustrial income is an indicator of profits and economic viability

of the industry. It is known that the solids content directly influences the cheese yield, so the standardization of casein and fat aims to minimize the variations that occur in the milk composition. This work aims to evaluate the impact of protein and fat bands on cheese yield, as well as on the sensorial quality of the product throughout

Variáveis Independentes Variáveis dependentes

Experimentos X1Proteína (%)

X1Níveis

X2Gordura (%)

X2Níveis

Y1Rendimento (%)

Y2Custo de Fabricação (R$)

YnParâmetros sensoriais*

1 3,65 -1 2,74 -1 - - -

2 4,15 +1 2,74 -1 - - -

3 3,65 -1 3,45 +1 - - -

4 4,15 +1 3,45 +1 - - -

5 3,3 -1,41 3,1 0 - - -

6 4,3 +1,41 3,1 0 - - -

7 3,8 0 2,6 -1,41 - - -

8 3,8 0 3,6 +1,41 - - -

9 3,8 0 3,1 0 - - -

10 3,8 0 3,1 0 - - -

11 3,8 0 3,1 0 - - -*Atributos de qualidade serão: Integridade da fatia, textura, aparência, maciez na mastigação, fraturabilidade na boca e qualidade do fio.

Tabela 1: Delineamento experimental proposto para otimização do processo de produção de queijo mussarela.

its shelf life. Cheeses were produced from ultrafiltered milk in three different and protein and fat independent ranges. The physico-chemical results were obtained through the MilkoScan ™ FT2 Milk application, which were plotted on the surface graph to evaluate the interaction of the components in the yield of the product, which was measured considering the ratio of kilograms of cheese produced as a function of Amount of kilograms of milk consumed. The products of the experiments were sensorially evaluated for the integrity attributes of the slice, texture defects and appearance and taste characteristics, using the descriptive analytical method throughout its shelf life. From the experiments, it can be observed that there is an improvement in the yield, and the bands of better performance are not directly related to the periods where the product showed greater sensorial conformity throughout the period of validity. It is proposed that an experimental planning be performed, where the best performance bands of fat and protein are evaluated, in relation to yield, production costs and sensorial quality.

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Figura 7: Principais não conformidades do produto.Fonte: Autor (2016).

Principais não conformidades do produto

No d

e am

ostr

as n

ão c

onfo

rmes

Integridade da fatia Defeitos de aparência Defeitos de textura

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

Fonte: Autor (2016)

60

50

40

30

20

10

0

Figura 6: Percentual de produtos não conformes no período de janeiro a julho.Fonte: Autor (2016).

Percentual de produtos não conformes no período de janeiro a julho.

% d

e nã

o co

nfor

mid

ade

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

60.0050.0040.0030.0020.0010.000.00

Não conformidades

Fonte: Autor (2016)

Y = b0 + biXi + biiXi + bijXiXj + eS S SSi=1 i=1 i=1 j=2

i<j

k k kk-12

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Redução de açúcares e lactose em produtos lácteos

Darlila A. Gallina1; Adriane E. C. Antunes2

1Pesquisadora do Tecnolat/ITAl; 2Pesquisadora da UNICAMP/FCA

Tem-se buscado desenvolver produtos inovadores, inclusive com baixo teor de açúcar, para atender à demanda do consumidor preocupado com os impactos da alimentação na saúde e bem-estar. As empresas foram induzidas a um progressivo processo de reformulação de produtos, reduzindo ou retirando os ingredientes rejeitados pelos consumidores. No entanto, o movimento de reformulação é processo complexo, uma vez que integra, além da tecnologia de alimentos, diferentes áreas como saúde e nutrição, legislação e a perspectiva do consumidor.

Do ponto de vista tecnológico e sensorial, a redução do teor de açúcar é um grande desafio, uma vez que resulta não apenas na alteração do gosto/sabor, textura e aceitabilidade, mas também pode impactar as importantes funções que estes ingredientes desempenham na produção e conservação de muitos alimentos (BANNWART et al., 2014). Por outro lado, as

políticas públicas de saúde, novas leis e a mudança de hábito dos consumidores, têm constituído forte pressão para que a reformulação seja um processo irreversível e inquestionável, mesmo diante da inexistência de consenso científico quanto a sua necessidade.

Tem-se observado as tendências na área de alimentação, nutrição e saúde, onde se verifica uma mudança que era inimaginável há 10 anos, acentuando a reabilitação da gordura e queda do açúcar. A atenção do consumidor mudou bruscamente da gordura como nutriente temido para o açúcar em virtude das crescentes pesquisas que ligam a adição de açúcares a obesidade, diabetes e outros problemas de saúde. A ciência em torno de produtos lácteos integrais evoluiu ao ponto que está claro que produtos lácteos integrais não são os principais responsáveis por problemas cardíacos.

Encontram-se disponíveis no mercado produtos lácteos sem adição de açúcares (contudo, contendo a lactose, açúcar natural do leite), como por exemplo, leites fluídos, queijos, leite em pó, iogurtes, manteiga, creme de leite. Outros produtos com redução ou substituição de açúcar adicionado, como iogurtes, bebidas lácteas, sorvetes, leites achocolatados, sobremesas lácteas.

Dentre os produtos lácteos as maiores adições de açúcares são encontradas em doce de leite (rapadura de doce de leite e outros doces a base de leite), iogurte, leites achocolatados, sorvetes e sobremesas lácteas.

A redução do açúcar de adição conflita com as expectativas sensoriais dos consumidores, especialmente pela preferência nacional de se consumir alimentos mais doces do que produtos equivalentes produzidos em outros países. Além da conferir/intensificar a doçura, os açúcares têm papel tecnológico importante para conferir estrutura, cor, aumento de conservação, entre outros. Desta forma, elaborar, por exemplo, um doce de leite com zero adição de açúcar (diet) constitui-se difícil desafio para indústria de laticínios, tendo em vista que o açúcar adicionado neste caso é fundamental para as características de sabor, cor e textura do produto.

Tem-se empregado edulcorantes para substituir açúcar em alimentos, e os mesmos devem, recompor o sabor doce, reduzir calorias, manter o corpo e viscosidade do alimento, manter as propriedades físicas e químicas, e apresentar sabor agradável, sem residuais (off flavor). No entanto, depende muito das características do edulcorante para adequação e aplicação. Os edulcorantes conferem sabor doce, apresentam poder adoçante diversificado, podem substituir parcial ou totalmente o açúcar, podem ser naturais ou artificiais, alguns apresentam sabor residual, apresentam diferentes intensidades de doçura, deve-se avaliar o custo-benefício, alguns apresentam efeito laxativo, têm diferente estabilidade ao pH e temperatura, deve-se avaliar a sua atuação sobre o índice glicêmico bem como a segurança de uso para a saúde do consumidor.

Dentre os adoçantes, temos os de baixa intensidade (adoçantes de corpo), como o lactitol, sorbitol, maltitol, xilitol, manitol, eritritol, isomalte, D-tagatose. E edulcorantes de alta intensidade, como acesulfame-K, aspartame, sucralose, ciclamato, sacarina, alitame, neotame, advantame. Os edulcorantes naturais estão em alta, sendo os principais edulcorantes naturais a Stévia ou esteviosídeo, mogrosídeo e taumatina.

No mercado encontramos produtos lácteos com edulcorantes: iogurte adoçado com aspartame e acessulfame K; iogurte desnatado adoçado com sorbitol, eritritol e sucralose; doce de leite adoçado com sorbitol; doce de leite adoçado com sorbitol e sucralose; sorvete adoçado com sucralose e sorbitol; sorvete desnatado adoçado sorbitol, ciclamato de cálcio e acessulfame K; leite condensado adoçado com sorbitol e sucralose; leite condensado adoçado com sorbitol e sucralose; achocolatado adoçado com estévia.

Tem-se observado o crescimento do mercado de produtos sem lactose. Esse segmento está sendo alavancado por consumidores com incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar (lactose) do leite e derivados e pela modismo das dietas.

A lactase é uma enzima intestinal que divide a lactose em dois açúcares menores e mais absorvíveis, a glicose e galactose. A intolerância à lactose ocorre quando há uma deficiência de produção de lactase ou a atividade da enzima lactase é suprimida. A lactose é posteriormente fermentada por bactérias

colônicas produzindo gás e pode resultar em inúmeros sintomas, incluindo cólica, inchaço, flatulência, constipação ou diarreia. Deve-se destacar que existem quadros mais leves e mais severos de intolerância à lactose. Os mais leves podem ser chamados de má digestão da lactose e maioria das pessoas nesta situação pode consumir alimentos contendo certa quantidade de lactose, como por exemplo leites fermentados e queijos, sem se sentir mal.

A redução da lactose em produtos lácteos pode ser obtida através de diferentes processos:

- Processos de membrana como ultrafiltração (UF) e nanofiltração (NF), através da permeabilidade seletiva.

Ultrafiltração: Obteve-se leite UF (FC=3X), com remoção de 65-70% lactose. Neste caso, pode ser realizada a hidrólise da lactose remanescente ou proceder o processo de UF até concentração elevada para a remoção total da lactose. Também é possível obter leite desnatado UF com processo diafiltração (etapa que envolve a adição de água ao retentado da UF) para remover a lactose (teor <1%) e minerais.

Nanofiltração: Possibilita obter produtos lácteos de alta qualidade sem lactose. Realiza-se uma combinação: 1º a UF, obtendo-se como permeando a lactose, os sais e água, 2º a NF retendo-se a lactose, e 3º a adição do permeado da NF (sais e água) ao retentado de UF, e se necessário, ainda proceder com a hidrólise enzimática. A patente PI 03098460 (Finlândia) relata um processo para produção de produtos de leite livre de lactose. O processo da invenção é caracterizado pelas etapas de produção do leite pela ultrafiltração (UF), nanofiltração (NF) e concentração pela osmose reversa, seguida pela adição do sal para o retido na UF.

- Emprego de embalagem ativa, onde a enzima lactase é imobilizada na embalagem ocorrendo à migração da mesma para o produto: Cunha et al. (2007) estudaram o desenvolvimento e avaliação de embalagem ativa com incorporação de lactase, obtendo a Patente PI 0704810-6 A2 (UFV, Soares et al., 2007-2009), onde avaliaram filmes ativos para reduzir o teor de lactose do leite. A enzima lactase foi incorporada no filme de base celulósica que revestia a embalagem do produto; concluindo-se que os filmes com 1 e 1,5mL da enzima reduziram 92 e 100% da lactose do leite, após 25h de contato a 25ºC.

- Através de processos de fermentação, onde ocorre a redução dos níveis de lactose, em produtos lácteos fermentados, como iogurtes e queijos. FERRONATO et al. (2004) fizeram uma avaliação dos teores de lactose em iogurtes e leites fermentados comerciais como subsídio para orientação nutricional de pacientes com intolerância à lactose e constataram que esses produtos apresentaram em média uma redução de 30% de lactose. Indicaram que iogurtes e leites fermentados podem ser tolerados por pessoas que possuem má absorção de lactose, mas não pelos intolerantes à lactose. BARRANTES et al. (1996) constataram que uma redução na concentração de lactose em iogurte fresco e em iogurte estocado de 34% e 40%, respectivamente, ou seja, com teores de lactose variando entre 3,1 e 2,7%.

- Hidrólise enzimática com o emprego da enzima lactase. Este é o processo mais comumente empregado, e a hidrólise pode ser realizada por batelada ou co-hidrolização.

Hidrólise enzimática por batelada: A enzima é adicionada em etapa anterior ao processo térmico ou acidificação. Após

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a hidrólise da lactose a enzima é desnaturada por ação da temperatura (tratamento térmico) ou o abaixamento do pH proveniente da acidificação ou fermentação.

Hidrólise enzimática por co-hidrolização: A redução da lactose é ocasionada pela adição asséptica da lactase no produto após o tratamento térmico, desta forma a enzima continua ativa no produto final. Processo muito utilizado para leites longa vida, pois causam menores alterações físico-químicas e sensoriais no produto (cor, sabor).

A enzima (b-galactosidade ou lactase) é amplamente empregada na elaboração de produtos com redução ou teor zero de lactose, agregando valor ao produtos deste nicho de mercado. Este processo é também eficiente no controle da cristalização em doce de leite já que impede a formação de cristais de lactose se o percentual de hidrólise for adequado. Porém eleva o custo de fabricação do produto devido o custo enzima; promove um escurecimento do produto final se o produto hidrolisado sofrer algum tipo de aquecimento causando a alteração na cor do produto. O escurecimento é devido à produção de dois açúcares redutores (reação de Maillard) que causam a alteração na cor. Também gera um produto mais doce já que na hidrólise são gerados dois açúcares (glicose e galactose) com maior doçura que a lactose, ou seja, há a alteração no sabor.

Deve-se observar a nova regulamentação, RDC 135/17 (BRASIL, 2017a) que altera a Portaria SVS/MS nº 29/1998, que aprova o regulamento técnico referente a alimentos para fins especiais, para dispor sobre os alimentos para dietas com restrição de lactose. Já a RDC 136/2017 (BRASIL, 2017b) estabelece os requisitos para declaração obrigatória da presença de lactose nos rótulos dos alimentos.

Em resumo:

O consumo de produtos lácteos é fortemente indicado para o púbico que não apresenta restrição seja por alergia às proteínas do leite, seja por intolerância à lactose. Para aqueles que apresentam intolerância ao açúcar do leite a indicação é para busca de produtos lácteos com baixa quantidade de lactose ou zero lactose, lembrando-se que os lácteos representam importantes fontes de cálcio. O consumo de produtos com quebra da lactose não é necessário para a população em geral e é inclusive prejudicial para diabéticos por elevar o pico glicêmico mais do que os produtos onde a lactose não foi quebrada. Além disso, o consumo a longo prazo de produtos zero lactose pode diminuir a quantidade da enzima lactase, o que pode resultar em dificuldade futura de digerir a lactose. Já os que tem intolerância ou má digestão lactose qual a indicação? Se a intolerância for comprovada por exames clínicos, optar por produtos lácteos sem lactose. Se apresentar má digestão da lactose não se deve dispensar os produtos lácteos (proteínas, vitaminas A, B12,

riboflavina, minerais: Ca, P, Mg, K, Zn) e sim consumir produtos com baixos teores de lactose como queijos e iogurtes (NUTRITION AUSTRALIA, 2015). Pesquisas recentes destacam o benefício de ingestões pequenas, porém regulares, de produtos lácteos ao longo do dia para ajudar na tolerância à lactose. Também mostraram que a maioria das pessoas com baixos níveis de enzima lactase podem consumir pelo menos uma xícara de leite (cerca de 12 gramas de lactose) por dia. A pesquisa também mostrou que se as pessoas com má digestão de lactose bebem leite em diferentes refeições ao longo do dia, podem consumir até duas xícaras de leite por dia, sem experimentar sintomas de intolerância a lactose (NUTRITION AUSTRALIA, 2015).

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BRASIL (2017a) Resolução da Diretoria Colegiada - RDC N° 135, de 8 de fevereiro de 2017. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. DOU n° 29, de 9 de fevereiro de 2017.

BRASIL (2017b) Resolução da Diretoria Colegiada - RDC N° 136, de 8 de fevereiro de 2017. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. DOU n° 29, de 9 de fevereiro de 2017.

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Patente PI 0704810-6 A2, UFV, Soares et al., 2007-2009.

FERRONATO, D. D. Z.; FARINÃ, L. O.; JORGE, A. S.; COSTA, M. C. D. Avaliação dos teores de lactose em iogurtes e leites fermentados produzidos no Paraná como subsídio para orientação nutricional de pacientes com intolerância à lactose. In: XXI CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS, 2004, Juiz de Fora. Anais. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v. 59, n. 339, p. 156-159, jul./ago. 2004.

NUTRITION AUSTRALIA, 2015.Disponível em: http://www.nutritionaustralia.org/sites/default/files/

Lactose%20Intolerance_0.pdf

Quantidade de lactose em 100g ou mL do produto

Informação no rótulo

Menor que 0,1g Zero Lactose; Isento de Lactose; 0% Lactose; Sem Lactose ou Não contém Lactose

de 0,1g a 1g Baixo teor de Lactose ou Baixo em Lactose

Maior ou igual a 0,1g Contém lactose

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