ano xviii - nº 598 - regiÃo oeste - bahia - brasil - 03/08 ... · fonte: secretaria de imprensa...

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Mal cuidado, Cais do Rio Grande exibe sinais de degeneração Mal cuidado, Cais do Rio Grande exibe sinais de degeneração O Cais do Rio Grande está num estado lastimável. O desrespeito e a omisão das autoridades para com o povo e a história de Barreiras é preocupante. Infelizmente, a pior de todas as negligências é a constatação de que o poder público não tem dado a mínima para a conservação do principal patrimônio histórico e turístico de Barreiras: o Cais e Porto. “Nosso mandato é um projeto coletivo, e não de um grupo específico” Com essa expressão, Profº Valdeci define o porquê da sua candidatura. Segundo ele a universalização do ensino superior adotado no país pelo atual governo precisa continu- ar e para isso, tem que ser com os mesmos seguidores da Es- cola de Lula. Págs. 10 e 11 “Enquanto as pessoas ficam só reclamando e transferindo responsabilidades, o estado democrático de direito nunca será alcançado” Este foi o recado que Rena- to Santos, na sua entrevista, deixa para os eleitores que votam em maus políticos e depois vivem reclamando que eles nada fazem e ainda se sustentam da apropriação do dinheiro público. Págs. 04 e 05 Foto Arquivo Pessoal/Ignês Pitta Foto Tenório de Sousa Foto Tenório de Sousa Foto Tenório de Sousa ...Págs. 06, 07, 08 e 09 “Ninguém reclama, ninguém fala nada. A sensação é de que, tanto o formador de opinião quanto a sociedade está engessada ou de "rabo preso", a tal ponto que não consegue se manifestar” ANO XVIII - Nº 598 - REGIÃO OESTE - BAHIA - BRASIL - 03/08/2010 - DISTRIBUIÇÃO 100% DIRECIONADA - Pilares quebrados Enormes buracos por todo o calçadão bancos e jardins quebrados Todo tipo de sujeira nas rampas e às margens do rio Balaustrada construída durante a gestão do prefeito Sabino Dourado.

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Page 1: ANO XVIII - Nº 598 - REGIÃO OESTE - BAHIA - BRASIL - 03/08 ... · Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência da República O PRESIDENTE RESPONDE COLUNA SEMANAL DO PRESIDENTE

Mal cuidado, Cais do Rio Grandeexibe sinais de degeneraçãoMal cuidado, Cais do Rio Grandeexibe sinais de degeneração

O Cais do Rio Grande está num estado lastimável. O desrespeito e a omisão das autoridades paracom o povo e a história de Barreiras é preocupante. Infelizmente, a pior de todas as negligênciasé a constatação de que o poder público não tem dado a mínima para a conservação do principal

patrimônio histórico e turístico de Barreiras: o Cais e Porto.

“Nosso mandatoé um projeto

coletivo, e nãode um grupoespecífico”

Com essa expressão, ProfºValdeci define o porquê dasua candidatura. Segundo elea universalização do ensinosuperior adotado no país peloatual governo precisa continu-ar e para isso, tem que ser comos mesmos seguidores da Es-cola de Lula.

Págs. 10 e 11

“Enquanto aspessoas ficamsó reclamandoe transferindo

responsabilidades,o estado

democráticode direito nuncaserá alcançado”

Este foi o recado que Rena-to Santos, na sua entrevista,deixa para os eleitores quevotam em maus políticos edepois vivem reclamandoque eles nada fazem e aindase sustentam da apropriaçãodo dinheiro público.

Págs. 04 e 05

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...Págs. 06, 07, 08 e 09

“Ninguém reclama, ninguém falanada. A sensação é de que, tanto o

formador de opinião quanto asociedade está engessada ou de"rabo preso", a tal ponto que não

consegue se manifestar”

ANO XVIII - Nº 598 - REGIÃO OESTE - BAHIA - BRASIL - 03/08/2010- DISTRIBUIÇÃO 100% DIRECIONADA -

Pilaresquebrados

Enormes buracos portodo o calçadão

bancos e jardinsquebrados

Todo tipode sujeira

nas rampas eàs margens

do rio

Balaustrada construídadurante a gestão do prefeito

Sabino Dourado.

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Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência da República

O PRESIDENTE RESPONDE

COLUNA SEMANAL DO PRESIDENTE LULA02 - Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010

ADMINISTRAÇÃO/REDAÇÃOAv. Presidente Vargas, 342-Centro

(77) 3611-2258 / 3021-1711CEP 47 800-000- Barreiras-BA

www.novoeste.com - [email protected]

Uma publicação daEDITORA OESTE S/C LTDA

EDITOR: Tenório de SousaCHEFE DE REDAÇÃO: Rose Cerqueira

REDAÇÃO/CORREÇÃO:Ana Cedro

DEPTO. COMERCIAL: 3611-2258LOGÍSTICA DE CIRCULAÇÃO: Omar Everton

IMPRESSÃO: Gráfica Irmão Ribeiro (3614-1201)Artigos assinados não expressa a opinião da edi-toria do jornal. Direitos reservados de textos, fotose ilustrações da Editora Oeste.

Luciano Carlos Pereira, 26anos, professor de inglês deCampinas (SP) - A sua promes-sa com o Fome Zero era a de quecada pessoa tivesse três refei-ções por dia ao final do seu go-verno. Podemos acreditar queesse resultado esteja ocorren-do ou um dia aconteça?

Presidente Lula – Luciano,isso já está acontecendo. Afome não é mais um flagelono país e, segundo o Institutode Pesquisa Econômica Apli-cada (IPEA), se continuarmoscrescendo com a mesma ên-fase nas políticas sociais queestamos desenvolvendo, apobreza extrema será total-mente erradicada no Brasilpor volta de 2014. De 2003 a2008, 24 milhões de brasilei-ros superaram a pobreza. OFome Zero contribuiu extraor-dinariamente para esse resul-tado, com suas 45 ações e 13programas que visam garantiro direito à alimentação e er-radicar a extrema pobreza.Além da criação do Bolsa Fa-mília, o Fome Zero fortaleceue articulou programas para in-tegrar a produção de alimen-tos da agricultura familiar coma alimentação escolar, os res-taurantes populares e as açõesde assistência social. Váriosíndices que medem a desnu-trição infantil mostram queela caiu para quase um terçodo que era em 2003. Você sabeque um dos Objetivos de De-senvolvimento do Milênio(ODM), definidos por 191 paí-ses no âmbito da ONU, é re-duzir à metade, até 2015, o ín-dice de pessoas vivendo naextrema pobreza. Em 1990,ano base do desafio, um emcada quatro brasileiros estavavivendo nessa condição.Quando assumimos o gover-no, o índice estava em 12% ebaixou para 4,8% em 2008. Delá para cá nós avançamos mais,com nossas políticas sociais,

com aumento real de mais de70% no salário mínimo e a cri-ação de mais de 13 milhões deempregos com carteira assina-da em sete anos e meio.

Lúcia Castelo Branco R. Cam-pelo, 40 anos, presidente do Larde Maria, de Teresina (PI) - APortaria de n° 39/2006 impõebarreiras burocráticas irrepará-veis para os pacientes. Por quea União não procura resolver oproblema dos pacientes que ne-cessitam de procedimentos mé-dicos de alta complexidade emoutros estados?

Presidente Lula – A Porta-ria que você cita, de 2006, foirevogada, em 2009, pela Por-taria 258. O novo texto objeti-va otimizar as atividades daCentral Nacional de Regula-ção de Alta Complexidade(CNRAC) e das Centrais Esta-duais de Regulação da AltaComplexidade (CERACs), emrelação aos procedimentosnão-urgentes, fora do domicí-lio. Com a mudança, há maioragilidade para o encaminha-mento dos pacientes. A idéiafoi aprimorar a prestação doatendimento, independente-mente do estado em que opaciente resida. A CNRAC usaum sistema informatizadopara identificar as unidadeshospitalares, nos 26 estados eno Distrito Federal, aptas a re-alizar o procedimento indica-

do. A finalidade é garantir umatendimento mais rápido eeficiente aos pacientes quenecessitem de procedimentosnão-urgentes nas especialida-des de Oncologia, Cardiologia,Traumato-ortopedia, Neurolo-gia e Gastroenterologia.

Leandro Correa, 23 anos,empresário do Rio de Janeiro(RJ) - O governo ajudou as ví-timas do terremoto no Haitienviando dinheiro. O governofez o mesmo, nas mesmasproporções, às vítimas das en-chentes no Nordeste?

Presidente Lula – Leandro,o governo agiu com enormerapidez para socorrer as víti-mas das enchentes em Alago-

as e Pernambuco. Nós mobili-zamos imediatamente 11 mi-nistérios e vários órgãos go-vernamentais. Entre diversasoutras ações, destacamos a li-beração de R$ 550 milhõespara socorro emergencial e oenvio de 86 mil cestas de ali-mentos, de 23 quilos cadauma, e 13 mil kits de abriga-mento. Nos hospitais de cam-panha das Forças Armadas fo-ram realizados mais de 16 milatendimentos. O Ministérioda Saúde enviou 16 toneladasde medicamentos e insumos,além de 700 mil doses de va-cinas. Autorizamos o saque doFGTS e antecipamos os paga-mentos dos benefícios da Pre-vidência e do Bolsa Família. O

Ministério das Cidades colo-cou à disposição R$ 150 mi-lhões para a reconstrução dascasas, tendo como plataformao Minha Casa Minha Vida. Es-sas e diversas outras medidasforam tomadas com a rapideznecessária para o atendimen-to emergencial e para a recons-trução das cidades e da vida daspessoas atingidas. No caso doHaiti, o Brasil tinha o dever desocorrer aquelas vítimas, nãoapenas por solidariedade, mastambém por ser o país que co-ordena a missão de paz daONU. O terremoto afetou 3milhões de pessoas e causouentre 100 mil e 200 mil mortes.No caso do Brasil, é obrigaçãodo governo dar assistência.

Chegamos ao novo milênio e com ele a inten-sificação das descobertas científicas e dos avan-ços tecnológicos. Tal situação propiciou o surgi-mento de diversas concepções positivas acercada evolução da espécie humana. Ou seja, os avan-ços da ciência ocasionaram a concepção de que oser humano, ao longo do tempo, tem evoluídoem muitos aspectos. Essa questão engloba di-versos fatores, como: materiais e imateriais.

Nos últimos anos, a ciência progrediu bas-tante, ocasionando grandes avanços científicos,tais como: diversos tipos de vacinas e de trata-mentos contra doenças, etc. Essas descobertascontribuíram de forma significante para, prati-camente, dobrar a expectativa de vida, na medi-da em que propiciam uma melhor qualidade devida à espécie humana. Atrelado a isso, a tecno-logia criou diversos artefatos que facilitam a vidado ser humano, como, por exemplo: meios de co-municação rápidos e eficientes, etc. Tais recursosabrangem diversos âmbitos, simplificando o tra-balho humano.

Dentro dessa perspectiva, a evolução do serhumano está atrelada à ciência que, nas últimasdécadas, conseguiu alcançar um progresso sig-nificativo em diversos âmbitos, tais como: na saú-de, na comunicação, etc. No entanto, algumasdessas tecnologias e descobertas científicas es-tão restritas a poucos, em detrimento da gran-

O ser humano está mesmoevoluindo? Em que aspectos?

PAUTA LIVRE

de coletividade. Em outras palavras, a maior par-te da população não tem acesso a alguns dessesrecursos tecnológicos, pois eles estão restritos auma minoria elitista.

Outro fator diretamente relacionado à ques-tão da evolução da raça humana é que ela nãose resume à multiplicação de recursos que gerama facilidade da vida cotidiana, mas também en-globa os aspectos imateriais das pessoas, como éo caso da ética. Tal conceito refere – se à moral.Não a moral predominante na sociedade, pormeio da qual o homem é levado a conceber arealidade e a agir de uma determinada formaque convém à classe social a que pertence. Masdiz respeito à moral que leva o homem a fazerescolhas de forma autônoma. A ausência dessevalor faz com que minorias se apoderem de bensque deveriam ser coletivos.

Nesse sentido, a evolução da espécie humanaconsiste na equidade de acesso aos bens de cará-ter coletivos, que podem ser fornecidos. Isto é, apredominância do coletivo sobre o individual.Dentro desse contexto, é imprescindível que agrande coletividade tenha acesso a tais tecnolo-gias. Só assim, poderemos considerar uma evolu-ção plena e satisfatória.

* Aluno do Curso de Letras da UFRPE [email protected]

Por Silvio Profirio da Silva

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Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010 - 03

Com o tema “Um colori-do a mais na agricultura fa-miliar” a Empresa Baiana deDesenvolvimento Agrícola(EBDA) juntamente com aprefeitura do município deAngical realizaram na manhãdo último dia 30, na comuni-dade de Ouriçanga, um Diade Campo sobre a cultura doalgodão colorido.

Para o gerente regional daEBDA, Carlos Augusto essasações vês criar novas alter-nativas agropecuárias volta-das para a agricultura fami-liar e possibilitar a fixação dohomem no campo, com mai-or renda e conseqüentemen-te, melhor qualidade de vida.“A EBDA vem desenvolven-do um trabalho de inserçãodos agricultores familiares,cujo principal cultura é o al-godão colorido. É um traba-lho ecológico, que tem umalucratividade e um nicho demercado que vai dar umarentabilidade maior ao agri-cultor familiar, então a gen-te está incentivando paraque essa atividade com o al-godão colorido seja aumen-tada em função da lucrati-vidade”, comentou Augusto.

A empresa vem imple-mentando essa técnica (de-senvolvida pela Embrapa) hámais de três anos, através de

AGRICULTURA FAMILIAR / ANGICAL

EBDA e prefeitura de Angical realizamDia de Campo sobre algodão colorido

campos experimentais e deunidades de demonstração,instaladas na região.

Durante o dia, a EBDA,além de apresentar à comu-nidade local, a unidade ex-perimental da cultura do al-godão colorido, os técnicosDaniel Rios e Lindoval coma palestra “Algodão colori-do com foco na agriculturafamiliar” informaram aosagricultores os tratos cultu-rais necessários na condu-ção desta espécie e divulga-ram as ações da empresa no

âmbito da pesquisa com areferida cultura em toda re-gião. Na ocasião os produto-res do município tiveram aoportunidade de fazer per-

gunta aos técnicos.Os produtos confecciona-

dos com algodão colorido ea expectativa do mercadolocal, nacional e internacio-

nal do algodão colorido, comsuas demandas, ofertas epreços também foram desta-cados pelos técnicos da em-presa. Essa iniciativa contoucom a participação efetiva deentidades como Associaçãodos Pequenos Produtores,Sindicato dos TrabalhadoresRurais, Prefeitura Municipalde Angical, FUNDEAGRO,Fundação BA, entre outros.

Para o secretário de agri-cultura municipal, AlbertoLuís Sampaio “o algodão co-lorido é uma das opções paranós que residimos no Vale.Precisamos diversificar nos-sa cultura para fomentar-mos a agricultura familiarem Angical”, finalizou.

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Por Ana Cedro

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A vista ao campo contou com a participação efetiva de diversas entidadescomo sindicatos, associações, prefeitura de Angical, FUNDEAGRO, funda-

ção BA, Banco do Nordeste entre outras.

Técnico agrícola Daniel Rios

Técnico agrícola Lindoval

Carlos Augusto, gerente regional da EBDA no meio do experimento da cul-tura do algodão colorido com demais técnicos e produtores da localidade

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04 - Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010

Desde a edição passada, o Novoeste iniciou uma série de entrevistas com os candidatosque pleiteiam uma cadeira ao governo, senado, câmara dos deputados e assembléia legisla-tiva da Bahia. Essa proposta visa apresentar os planos de governo de cada candidato, com oobjetivo de ajudar o leitor do Novoeste a decidir seu voto. O entrevistado dessa edição é ocandidato a deputado estadual pela coligação Pra Frente Bahia, Profº Valdeci.

Professor Valdeci é fundador do Partido dos Trabalhadores – PT, militante das lutas popu-lares desde 1978. Foi também dirigente da Central Única dos Trabalhadores – CUT, tanto anível regional como estadual e membro do diretório estadual do PT.

É formado em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB, em 2001. É profes-sor das redes municipais de Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe. Exerceu o mandatode vereador em Santa Maria da Vitória.

Em 2006 concorreu a deputado estadual, ficando como terceiro suplente de deputadoestadual, assumiu o mandato a partir de 24 de dezembro de 2008.

Ainda em 2006 recebeu da Câmara Municipal de Santa Maria da Vitória-Ba, o título deCidadão Santamariense.

ENTREVISTA / POLÍTICA / ELEIÇÕES 2010

“Nosso mandato é um projeto coletivo,e não de um grupo específico”

O Sr. Já foi deputado esta-dual. Quais motivos o levoua querer ser representante dopovo mais uma vez?

Ser representante do povoé uma tarefa de muita respon-sabilidade. Neste período emque estive como deputado es-tadual, não só eu, mas um gru-po de trabalhadores e traba-lhadoras que apóiam o meunome para deputado estadu-al, percebemos o quanto a for-ça política parlamentar se tor-na importante na concretiza-ção de um projeto político paraa nossa região, para a Bahia.Assim, coloco o meu nomemais uma vez para represen-tar o povo, e o mais importan-te, vale lembrar, que esta de-cisão não foi só minha, mas deum grupo, que se preocupa,como eu, com a nossa região etem um projeto político de de-senvolvimento para ela.

Quais as principais propos-tas para sua legislatura e deque forma irá convencer oeleitor de que o sr. é um dosmelhores estaduais?

São várias as demandasque neste curto, mas muitoimportante mandato, realiza-mos, mas é claro que algumas

ENTREVISTA...

propostas se tornam prioritá-rias, como é o caso do forta-lecimento da agricultura fa-miliar, bem como a implanta-ção da Universidade Federaldo Oeste Baiano. Em relaçãoa ‘ser o melhor deputado’,podemos garantir, e já tive-mos a oportunidade de de-monstrar na prática, que fa-zemos uma política diferen-te, onde a participação polí-tica é fundamental.

Podemos dizer que a cria-ção da Universidade do Oesteé uma das suas principaisbandeiras?

Sim. O Governo Lula au-mentou o número de Univer-sidades Federais, de uma pas-samos para 3 na Bahia. Maseste projeto de universaliza-ção do ensino superior comresponsabilidade precisa con-tinuar, com aqueles que sãoseguidores e fizeram parte daEscola de Lula.

Compartilhe conosco comofoi esse tempo que o senhorassumiu o cargo de deputado,uma vez que estava na su-plência.

Como já disse, ser repre-sentante do povo é uma tare-

fa de muita responsabilidade.Estar como Deputado Estadu-al neste período nos permi-tiu realizar parte do nossoprojeto político para anossa região e perceberque nós temos um po-tencial para fazer muitomais. Digo nós, poisluto por um projetoque não é só meu, masde uma boa parte detrabalhadores e traba-lhadoras que lutarampor um mandato dedeputado estadualda região.

O que um de-putado sozinho(representantede uma região),pode fazer naAssembléia Le-gislativa para levar melhori-as para a sua região?

‘Nosso Mandato’ surgiu danecessidade de termos repre-sentantes da nossa região naAssembléia Legislativa, e noinício de 2009, quando assumicomo deputado, começamosa concretização deste projeto.Neste período percebemos oquanto este mandato foi e éimportante para nossa região.

Qual sua opinião com re-lação à criação do estado doRio São Francisco, principal-mente agora após a mudançade discurso do Governador Ja-ques Wagner?

A criação do estado do RioSão Francisco, é uma discussãocomplexa e necessária, deve-mos fazer uma discussão res-ponsável e coletiva. A Bahia

realmente é grande, com 417municípios. Historicamentesabemos das desigualdadessociais, políticas e culturais queo nosso Estado já sofreu, porisso, repito, esta discussãodeve ser feita de forma respon-sável e principalmente coleti-vamente. Nosso Partido dosTrabalhadores não tem posiçãosobre o assunto, mas eu, como

Continua...

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Da Redação

Page 5: ANO XVIII - Nº 598 - REGIÃO OESTE - BAHIA - BRASIL - 03/08 ... · Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência da República O PRESIDENTE RESPONDE COLUNA SEMANAL DO PRESIDENTE

Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010 - 05

morador de Santa Maria da Vi-tória e militante sindical e par-tidário a nível regional desde1994, sou favorável ao estadodo São Francisco.

Essa é a primeira eleiçãopara governador, depois damorte de ACM, o sr. acha quea política na Bahia está to-mando um novo rumo?

Sim, não pela morte de ACM,como você citou na pergunta,mas porque o povo baiano de-cidiu mudar, e pode constatarnestes quase 4 anos de gover-no Wagner um projeto maisdemocrático e emancipador.

Segundo os registros decandidaturas no TSE temos naregião cerca de 10 candidatosa deputado estadual. Qual oseu diferencial com relaçãoaos demais candidatos?

‘Nosso Mandato’ é um pro-jeto coletivo, e não de um gru-po específico. Este é o nossomaior diferencial. Tambémsou o único candidato do PT adeputado estadual do que seconvencionou chamar do“além São Francisco”, e o go-vernador sabe da minha tra-jetória como fundador do Par-tido dos Trabalhadores, e noque posso contribuiu para odesenvolvimento da região.

Pelas caminhadas pelo oes-te como tem sido a receptivida-de da sua candidatura? Tem al-cançado as expectativas?

Tem sido muito boa, aspessoas têm sede por mudan-ça e confiam no nosso projetopara o oeste baiano.

Barreiras e região não con-segue ter representatividadepolítica. Em sua opinião, porque isso acontece?

Entendo que a região oes-te precisa ter um projeto maisdiscutido sobre o seu desen-volvimento social, econômico,cultural e ambiental. Existemos projetos de alguns grupos.Penso que falta uma coisamais coletiva, com represen-tatividade. Em me elegendo,quero ajudar a construir esteconsenso, de forma humilde,mas segura, pois temos umenorme potencial para o de-senvolvimento.

Que mensagem o sr. dariaao eleitor que vota naquelescandidato que vem na regiãosomente “catar” votos equando se elege só aparecedepois de quatro anos?

O Oeste precisa de candi-datos que sejam da nossa re-gião, que vivenciam e conhe-

cem os problemas da nossaregião, e mais do que isso,que sejam compromissadoscom um projeto político paratodos. Por isso coloco meunome como representante dooeste baiano, pensando nes-te projeto político.

Em muitos casos, políticosassumem a Assembléia Le-gislativa e dois anos depoisusam como ponte em buscado executivo municipal, comisso, deixa a sua representa-tividade na mão de outro quenão tem nada haver com aregião e muito menos foi elei-to por ela. Se o sr. for eleitocumprirá integralmente seumandato ou o usará comopalanque para futura dispu-ta para prefeito?

Como já disse por váriasvezes, o nosso mandato nãosurgiu de uma decisão minhaapenas ou de um pequenogrupo, mas de um coletivo detrabalhadores e trabalhado-ras do oeste baiano, o qual eufaço parte, que tem um pro-jeto político pensado e discu-tido para toda nossa região.Desta forma o nosso manda-to surgiu com esta necessi-dade de termos um represen-tante parlamentar da nossaregião para concretizar este

projeto, e enquanto eu sereste representante farei jusa este projeto político para ooeste baiano.

O que o sr. acha do políti-co profissional? Acha quedeve surgir “sangue novo”?Caso seja eleito o sr. vai fazeralguma coisa para que issoacabe?

Todos nós somos e deve-mos ser políticos, e no caso dopolítico que exerce cargos nospoderes executivo e legislati-vo, penso que estes devemrepresentar o povo e lutarpelos seus direitos e deveres,independente de ser ‘sanguenovo ou não’. Porém acreditoque quanto mais as pessoasparticipam, se envolvem noprocesso de candidatura, maishá chances de acertarmos, enão permanecermos nos víci-os da política.

Os reclames do eleitoradoé que os políticos depois deeleitos não devolvem aopovo, em forma de trabalho,a votação recebida. Caso o sr.seja eleito como prestará con-tas do seu mandato?

Nós já tivemos a oportuni-dade de demonstrar o nossotrabalho, e depois de eleito,continuaremos este trabalho,

e é claro, iremos expandir, bemcomo melhorar a prestação decontas do mandato. Inclusive,um dos diferenciais nossomandato é justamente a for-ma como nos comunicamoscom a população. Em apenas 1ano e 3 meses de mandatomontamos 3 escritórios regio-nais, em Ibotirama, Santa Ma-ria da Vitória e Barreiras, afimde atender melhor e dinami-zar as demandas da região,além disso mantemos site, pro-grama de rádio, boletim men-sal, para melhor socializar asações do nosso mandato. To-dos os meses visitamos, nomínimo, dezoito municípios,para, entre outras coisas, ava-liar e repensar nossas ações.

Qual o valor estimado a sergasto na sua campanha?

Nós estamos trabalhandoem mais de 60 municípios,contabilizando material im-presso, carro de som, comitês,combustível e programas deTV e rádio, nossa campanha fi-cará em torno de cem mil re-ais. Em nosso site colocamoso número da conta para con-tribuições de pessoas físicas ejurídicas. E, pela lei eleitoral,todos os candidatos devemprestar contas das receitas edespesas de sua campanha.Isso é bom porque a socieda-de pode fiscalizar.

Sua mensagem. Por que oeleitor deve votar no sr?

Nos últimos 32 anos tenhodedicado a minha vida a polí-tica, ao bem coletivo. E em to-dos estes anos acumulei ex-periência e aprendi muito.Aprendi principalmente quenós temos muita força quan-do trabalhamos e pensamosjuntos... Quero ajudar noprojeto nacional que Lula re-presenta, e no estadual, ondeo governador Wagner é nos-so maior representante. Te-nho convicção de que possorepresentar, com a ajuda dopovo, este projeto aqui na re-gião oeste.

ENTREVISTA / POLÍTICA / ELEIÇÕES 2010 ...continuação Por Ana Cedro

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06 - Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010 Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010 - 07Por Ana Cedro

O Cais do Rio Grande está num estado lastimável. O desrespeito e a omissão das autoridades para com o povo e ahistória de Barreiras é preocupante. Infelizmente, a pior de todas as negligências é a constatação de que o poder público

não tem dado a mínima para a conservação do principal patrimônio histórico e turístico de Barreiras: o Cais e Porto.

POLÍTICAS PÚBLICAS / INFRAESTRUTURA / BARREIRAS

Mal cuidado, Cais do Rio Grande exibe sinais de degeneraçãoPassados quase três meses

dos 119 anos de história deBarreiras, parece que a cida-de ainda não se deu conta daexistência dos seus belíssimospontos históricos e turísticos,tanto que estão sendo esque-cidos, desprezados e abando-nados. Os pontos que no pas-sado marcaram momentos deglória na vida de quem fun-dou a cidade, hoje são encon-trados abandonados, sem pro-teção e em avançado proces-so de deterioração. A cidadeainda não se deu conta deque seu inestimável patrimô-nio precisa ser recuperado,não só como resgate culturalna preservação de seus tra-ços de época, mas das cren-ças, tradições e dos costumespopulares.

Qualquer pessoa, seja elaa mais ignorante ou mais sa-bida, entende que prevenir saimais barato do que cuidar dadoença em estado avançadoe na infraestrutura não é diferente, é maisbarato cuidar ou preservar de um bem doque deixar deteriorar para depois recons-truí-lo. Hoje, os barreirenses vivem essarealidade. As possibilidades para recupe-ração do patrimônio cultural de Barrei-ras, sobretudo os mais deteriorados, pa-rece se distanciar a cada ano. Para os maisdesatentos, basta virar os olhares para alastimável situação em que se encontrao Cais do Rio Grande, o principal patri-mônio histórico e turístico de Barreiras.Está num estado lamentoso onde expõeo total desrespeito das autoridades paracom o povo e a história de Barreiras.

Em algumas das 567 edições, o Novo-este denunciou o descaso que se encon-tra a situação do calçadão Orla do Caisde Barreiras. Em algumas ocasiões foramtomadas medidas paliativas, mas diver-sos problemas continuam sem solução ecom isso enfeiam a cada dia um dos maisvisitados pontos da cidade, tido como umdos cartões postais da cidade.

Num dos pontos, por ondediariamente passam muitospedestres, buracos oferecemperigos aos menos desaten-tos. Pessoas correm o riscoiminente de tropeços e que-das. O problema se estendepor todo o calçadão do Cais.Na maioria das vezes, as pes-soas são obrigadas a descerda calçada e dividir a rua comos carros, correndo o risco deserem atropelados.

O Cais do Rio Grande vemsendo bombardeado pelodescaso desde meados de2009, quando D. Joacira Cam-pos, 65 anos, devido um bu-raco no calçadão do Cais so-freu um acidente que ocasio-nou a fratura do seu braço es-

Bombardeado pelo descasoquerdo e algumas escoria-ções nas pernas. Ela é umadas muitas vítimas de aciden-tes no Cais. Na época, o es-tado lastimável do calçadãonão era tanto quanto agora.

"Sinto que meus cabelosbrancos estão sendo desres-peitados. O idoso de Barrei-ras está tendo seu direito deir e vir violado, pois o pas-seio do Cais de Barreiras nãotem uma estrutura que pos-sibilite a acessibilidade",essa foi a reclamação do seuValdir Gomes, 71. Ele acres-centa que já fez vários ape-los ao poder público munici-pal, mas que nunca foi ouvi-do e a situação só piora.

A cena se repete ao longo

do Cais, os poucos locais emque houve reparo, são facil-mente identificados, devido oserviço malfeito. Em diversostrechos, ainda permanecemas antigas rachaduras, e ascolunas (pilastras) que com-põem a balaustrada, muitasdelas estão quebrando e emalguns locais foram retiradas.

Moradora do Centro háanos, a dona de casa Maria deLourdes afirma que "ficaramno passado o sossego e osbons tempos do Cais de Bar-reiras". Ela que reside no en-torno, reclama do estado deconservação, e se diz triste porver tamanho desprezo pelo lo-cal. "Está péssimo viver aqui.Antigamente tínhamos orgu-

lho de dizer que morávamosno Centro, em especial defrente ao Cais. Hoje, tenhovergonha. O Cais está todo es-buracado e cheio de lixo, semcontar do mau cheiro que éexalado logo nas primeirashoras do dia, devido o esgotoque é jogado no rio e à faltade educação das pessoas quefazem suas necessidades fisi-ológicas no local", reclama.

Além do esgoto que de-semboca no rio, o lixo é outroproblema que desafia a ges-tão pública. Basta olhar àsmargens do rio que se ver lixode todos os tipos. Além do altomatagal, é visível a sujeiracomo: copo descartável, gar-rafa pet, lata de refrigerante,

sacos plásticos e outros tiposde lixo. Problema esse que seagrava ainda mais quando orio fica cheio ou quando temfesta nas adjacências do cais.No dia anterior o que se ver élixo e fedor de urina por to-dos os lados.

Com uma loji-nha de materiaisde pesca e suveni-res, no antigo Mer-cado Velho, próxi-mo ao Cais, seuCorsino Afonso,75 anos, diz que opoder público esqueceu o

Centro Histórico de Bar-reiras, principalmente oCais do Rio Grande. "Seformos comentar aquantidade de proble-mas do Cais, vimos quea situação é alarmante.

O passeio está de-teriorado, faltam ba-nheiros públicos, careceiluminação, segurança,e nesse contexto entraa Guarda Municipal queprecisa verdadeiramen-te assumir seu papelque é cuidar dos bens

públicos, inibindo as ações

dos vândalos", de-sabafou.

Para o pecuaris-ta Luís Neres, 50anos, é necessárioque a sociedade eas autoridadesacordem e tomem

providências. "Por mais im-portante que seja o desenvol-vimento, é preciso que o po-der público revitalize estaparte histórica de Barreiras,caso isso não aconteça vere-mos esse cartão postal se aca-bar, levando consigo parte danossa história", comentou.

Descaso para turista verCurtir o pôr-do-sol no Cais do Rio Grande

é um momento mágico que alguém aindapode usufruir no Centro Histórico de Barrei-ras. Porém, se não houver cuidados, com opassar dos tempos a paisagem a cada diasofre enormes contrastes e o exemplo dissoé a sua arquitetura que embora ainda os-tente alguns pontos históricos, estão entre-gue à ação voraz da modernidade, do aban-

dono e do desleixo das autoridades que nadafazem para que a situação se reverta.

Além desses problemas e de outros já lis-tados, existe um que precisa urgentementeda ação da prefeitura que é o calçadão ondeestá se formando um feira livre. No local sãocomercializados desde artesanatos a bebi-das e alimentos perecíveis, como peixes.

Continua...

Com uma bengala não mão e vítima de reumatismo, seu ValdirGomes todos os dias tem que vencer os obstáculos no calçadãodo Cais, tendo às vezes até que dividir a rua com os carros para

chegar ao destino desejado.

Em diversos trechos, ainda permanecem as rachaduras, e as colunas (pilastras) que compõem a balaustrada, mui-tas delas estão quebrando e em outros locais foram retiradas. O estado de abandono faz com que a história de Bar-

reiras rume ao esquecimento apagando o registro de suas origens culturais e suas tradições centenárias.

Além do esgoto que desemboca no rio,do alto matagal, o lixo é outro problema

que desafia a gestão pública.

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Descaso para turista ver

08 - Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010

Descaso para turista verPOLÍTICAS PÚBLICAS / INFRAESTRUTURA / BARREIRAS ...continuação

Olhando pelo lado huma-nitário e social, é óbvio quepara quem vive com esse tipode comércio informal preci-sa ganhar dinheiro para sealimentar ou sustentar suafamilia. Mas, o que não daré fazer de forma desorgani-zada que enfeie o panorama

do local, por isso é necessá-rio que o poder público ajapara que isso não aconteça.Mas o que se ver é nenhumplanejamento e a fal-ta de fiscalização paraque exista as mínimascondições de higieneno local.

Só para se ter idéia dareal situação, os vendedo-res convivem com a falta deágua e de sanitários públi-

cos. Muitos usam aágua e às margensdo rio para fazeremsuas necessidades.A ambulante, Lis-bete Santana, 71,disse que quando avontade aperta, é

preciso pedir para usar ossanitários dos bares próxi-mos ao Cais. Já seu esposo,Ranael, 59, diz que faz suasnecessidades fisiológicasna rua mesmo, já que o úni-

co banheiro existente nasadjacências do Cais está otempo todo com as portasfechadas.

"Esse banheiro que temaqui no Cais é inutilizável. Éuma fedentina terrível, nin-guém consegue utilizar, equando o sol esquenta, a si-tuação piora, pois o banhei-ro exalam um fedor tãogrande que acaba espantan-do nossos clientes aqui no

Cais", reclamou seu Ranael.A situação é realmente

preocupante, mas, a piortristeza está na constataçãode que o poder público pou-co tem se importado com omais antigo cartão postal dacidade. Essa constatação fazcom que a história de Barrei-ras rume ao esquecimentoapagando o registro de suasorigens culturais e suas tra-dições centenárias.

A construção do Cais de Barreiras foi um trabalhofeito durante muitos anos de empenho dos prefeitoslocais, em vista de ser uma obra muito cara. O início daconstrução do Cais foi datada de 1920 e era apenas umaparte pequena com uma rampa, para carregar e descar-regar as mercadorias nas barcas. Em seguida o prefeitoDr. Almiro Vieira de Melo adquiriu uma verba federalpara prosseguir a construção. Depois dele, o Cel. AbílioVolney também deu prosseguimento à obra, não tendo,porém o parapeito, comumente conhecida como balaus-trada. Esta só foi construída durante a gestão do prefei-to Sabino Dourado, através da CODEVASF, tendo sidoinaugurada em 1950. A partir daí todos os prefeitos sem-pre deram manutenção ao Cais e a balaustrada, coisaque não está acontecendo hoje.

"Todo o patrimônio de Barreiras está se perdendo ede forma acelerada. Não existe fiscalização e muitos

A construção do Cais

Continua...

“Ninguém reclama, ninguém fala nada.A sensação é de que, tanto o formador de

opinião quanto a sociedade, está engessadoou de "rabo preso" a tal ponto que não

consegue se manifestar”

Na foto à direita vemos a primeira parte doCais do Rio Grande, feita na década de 20.

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Coincidentemente no dia que a reportagem do Novoeste registrava a pro-blemática do Cais, uma turma de alunos do PROJOVEM do município de

Formosa do Rio Preto fazia um passeio pela deteriorada Orla do Cais, umdos pontos turísticos e históricos mais visitados de Barreiras.

Na parte mais ampla do calçadão do Cais, por desleixo do poder público, começou a se implantar uma feira livreonde são comercializados desde o artesanato ao peixe. No entanto os vendedores convivem com a falta de água e

sanitários públicos. Muitos usam a água e as margens do rio para fazerem suas necessidades.

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Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010 - 09

menos a preocupação dopoder público em pre-servar o que de mais pre-cioso temos na cidade.Vimos tudo se acabandoaos poucos, a história

dos nossos antepassadossendo desprezada. Nãosei até quando vamoster que presenciar o ce-nário de destruição donosso patrimônio", la-

mentou a historiadora deBarreiras, Ignez Pitta deAlmeida.

Ninguém reclama, nin-guém fala nada, a sensa-ção é de que tanto os for-madores de opiniões,quanto a sociedade estãoengessados ou de "rabopreso" que não conse-guem se manifestar. En-quanto isso, o calçadãoda orla do Cais e a suabalaustrada em toda asua extensão, a cada diafica cada vez mais dete-riorado. Faltam lixeiras eas poucas que tem sãovelhas e quebradas nãosuportam a demanda,tanto que a sujeira àsmargens do rio é visível.A iluminação é precária ea falta de segurança fazcom que o tráfico de dro-gas e roubos predominetirando o sossego dequem ali freqüenta outransita. Tudo isso, con-tradiz com a passada pa-norâmica tranqüila de umdos mais antigos patri-mônios históricos e cul-turais de Barreiras: oCais e Porto, como eramais conhecido.

PAUTA LIVRE

“O futuro das cidades –vamos questionar?”

Para falar sobre cidades e grandes centros urbanos é necessáriomais que visão crítica das localidades, mas observar as questões temá-ticas sobre diversos ângulos.

O grande dilema para os municípios é encontrar soluções para ques-tões como o lixo, energia, alimentos, meio ambiente, saúde, educa-ção, cultura, ocupação urbana, transportes, segurança, turismo, traba-lho, ordenamento jurídico, tecnologia e outros.

Adotar laços coerentes da razão do viver urbano, provocando a soci-edade moderna a ser mais inovadora e ter audácia ecológica, com in-centivos, pode transformar a realidade para sustentabilidade da vida.

Centenas de temas serão debatidas na Expo 2010, em Xangai, na Chi-na durante seis meses, uma exposição mundial que coloca em destaquea questão “Cidade Melhor, Vida Melhor”, com previsão de mais de 20 milatividades, entre palestras, workshops e dinâmicas. São esperados 70milhões de visitantes a esta exposição que com certeza mudará o desti-no das cidades do mundo, num grande esforço coletivo de melhoria dequalidade de vida da população urbana que discute o contexto da socie-dade atual e como melhorar a qualidade de vida, na troca simultânea deexperiências e parcerias no desenvolvimento de soluções.

O mundo ainda encontra-se carente de consciência coletiva ecoló-gica, apesar de milhões de pessoas já adotarem a reciclagem, outrasbilhões não o fazem, assim bem como o dilema da questão da comida,haverá a necessidade de encontrar soluções frente aos processos in-dustriais e as culturas orgânicas, um caminho a ser estudado para queatenda a demanda crescente de consumo de alimentos da populaçãode maneira mais saudável e que impacte menos no clima global.

Existem soluções para águas das chuvas, asfaltos com borrachas depneus usados, aproveitamento de esgotos urbanos para produção degás de cozinha, chuveiros com captadores de calor, lavagem a seco decarros, portanto vamos repensar as cidades para melhoria da qualida-de de vida e auxiliar as futuras gerações.

A razão do trabalho será modificada, a mudança rápida e os movi-mentos de redes de conhecimento definirão o futuro das ocupaçõesprofissionais. Quanto maior for à rede de transmissão de conhecimen-to e informação, maiores serão as oportunidades potenciais de dimi-nuição das desigualdades sociais, afetando diretamente as relaçõesde empregabilidade das cidades.

O equilíbrio no acesso a cultura também é essencial para diminui-ção dos contrastes sociais, elevação do conhecimento coletivo popu-lar e a união de grupos distintos em prol de uma sociedade maisrealista e justa, pois, os seus valores são discutidos e apresentadosem contexto real da comunidade em que está inserida. A culturadesenvolve o indivíduo, mostrando as suas faces frente a um univer-so nem sempre conhecido das cidades.

Existem ferramentas de tecnologia culturalmente compatíveis, aproblematização centrada na cidade do cotidiano da vida local, comobservações, análises, avaliação e cooperação para superação dos con-flitos existentes provocará aprimoramento da gestão pública, baseadaem uma nova ordem de conscientização de nosso papel como cidadãoplanetário para sobrevivência e subsistência do HOMEM.

Falar, pensar e argumentar, parte do processo de evolução, a raiz é buscarfazer as mesmas coisas de forma mais simples, oferecendo novas comodi-dades, treinando o pensamento e os olhos a perceberem o óbvio, permitin-do a busca do utilitarismo real da sociedade no contexto das cidades.

EDITAL DE CONVOCAÇÃOA Associação dos Eng. Agrônomos de Barreiras – AEAB, convocaseus associados para participarem da ASSEMBLÉIA GERAL EX-TRAORDINÁRIA para alteração de estatuto, a qual será realizadano Núcleo de Serviços da FASB, localizado na Av. Cléristom Andrade,nº 547 (entre o Paraíba e a Sacola Cheia), Centro, Barreiras/BA, nodia 14.08.10 (sábado), as 09h30min.

Marizete Zuttion - Presidente

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARAFUNDAÇÃO DE ASSOCIAÇÃO

A Comissão Pró-Fundação da Associação de Assistência Jurídica dosPoliciais Militares e Bombeiros do Oeste da Bahia, convoca todos osmembros da categoria (ativa, reserva, pensionistas e alunos), paraparticipar da Assembléia Geral Extraordinária de constituição e fun-dação da Associação de Assistência Jurídica dos Policiais Militares eBombeiros do Oeste da Bahia, a ser realizada no dia 11 de agosto de2010, às 18:30 horas, na Rua Rui Barbosa, s/nº, ao lado do 10º BPM,ocasião em que será deliberado e aprovado o estatuto social, e eleitae empossada a primeira diretoria.

Barreiras, 02 de agosto de 2010Comissão Pró Fundação

A balaustrada só foi construída durante a gestão do prefeito Sabino Dourado.

Por Welinton dos Santos. Economista e psicopedagogo

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"Ficaram no passado o sossego e osbons tempos do Cais de Barreiras"

Dona de casa Maria de Lourdes

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10 - Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010

“Enquanto as pessoas ficam só reclamando...ENTREVISTA / POLÍTICA / ELEIÇÕES 2010

Dando seqüência à séria deentrevista com os candidatos quepleiteiam uma vaga ao governo,senado e assembléia legislativada Bahia, nessa edição conversa-mos com o advogado Renato San-tos (PSOL) que concorrerá a umavaga na Câmara Federal dos De-putados pela primeira vez.

Em seu currículo, Renato apre-senta uma história de militânciapolítica em defesa das classes es-tudantil e trabalhadora da cida-de e do campo. E por ainda nãoter ocupado cargo de represen-tante público, ele se apresentacomo o novo, justificando que osoutros candidatos depois que dei-xaram o poder, não exerceramnenhuma atividade empregatícia,ou seja, são políticos profissionais,ao contrário dele que é advogadoe professor, profissões que exer-ce com amor e dedicação.

... e transferindo responsabilidades,o estado democrático de direito

nunca será alcançado”

Para iniciar, depois damorte de ACM, essa é a pri-meira eleição para governa-dor, o sr. acha que a políticana Bahia está tomando umnovo rumo?

Primeiro quero externarmeus cumprimentos ao Jor-nal Novoeste, pela brilhanteiniciativa de travar este deba-te com todos os candidatos daregião oeste. Quanto à pri-meira pergunta: Infelizmen-te, os novos rumos da políti-ca baiana ainda são muito tí-midos, talvez seja mesmo oreflexo de mais de meio sé-culo de domínio monopoliza-dor de uma cultura centrali-zadora de se fazer política.Isso foi tão forte que as pes-soas ainda não enxergaramuma nova forma de se fazerpolítica, ou seja, mudam-seos agentes e se mantém asmais arcaicas e obsoletas con-dutas, desperdiçando a opor-tunidade de se criar uma novafilosofia política, descentra-

ENTREVISTA...

lizada, participativa transpa-rente, enfim moderna.

Quais suas principais pro-postas e como irá convencer oeleitor de que o sr. é o melhordentre os demais candidatosnestas eleições?

Há pouco falamos de mu-dança de conduta, você sepropor a uma mudança ver-dadeira, tem que ter a clare-za que de uma cultura de do-minação de décadas, não semuda em uma eleição. É umprocesso pedagógico, leva al-gum tempo para se consoli-dar, temos pressa que issoaconteça, mas, sobretudo,temos a clareza de que nãopodemos cometer os errosque combatemos, as pessoasdevem realmente se interes-sar pela política e pesquisar avida de cada um dos candida-tos. Tenho formação jurídica,e minha principal proposta éo respeito intransigente daConstituição Federal e das

leis. O candidato que comprao voto, de forma direta ou in-direta, que burla sua presta-ção de contas, sua declaraçãode bens, enfim que desres-peita as leis na condição decandidato, o que não fará comas leis depois de eleito. É jus-tamente na campanha que aspessoas devem mensurar aconduta de seus candidatos.

Sobre a criação do novoEstado, o que você diz a res-peito desses candidatos queestão usando como bandeirade campanha?

Ninguém consegue enga-nar as pessoas a vida toda. Umdia a máscara cai. Veja o queos candidatos que hoje se di-zem defensores do Estado doSão Francisco fizeram no exer-cício de seus mandatos outor-gados pelo povo. Candidatosmalufistas que prometem queJAMAIS terão uma atitude, eno outro dia está ele lá negan-do tudo que prometeu. Can-

didatos que juram que nuncamais vão se candidatar e noinício das eleições são os pri-meiros da fila a registraremsuas candidaturas. Claro quecandidatos assim, não mere-cem mais o respeito e confi-ança do povo.

Qual o seu diferencial dosdemais candidatos?

Creio que me diferencioude muitos candidatos o fatode ter ocupação definida. Souadvogado por amor e profes-sor por vocação. Quero acom-panhar as respostas desta per-gunta dos demais candidatos.Existe candidato que deixou ocargo do poder executivo hádois anos, e de lá pra cá, nin-guém viu exercer uma profis-são. São políticos profissio-nais, que gastam rios de di-nheiro em campanhas e quenão trabalham. Veja a previ-são de gastos para a campanhadestes candidatos no site doTSE, e você eleitor (a) concor-dará comigo, por isso insistona MUDANÇA DA CONDUTA.

Em sua opinião, por queBarreiras e região falta repre-sentatividade política?

Os líderes políticos regio-nais ainda não conseguiramdimensionar o potencial polí-tico, e sócio-econômico da re-gião. Quando isso acontecer,certamente nossa representa-tividade política será outra. Aspessoas ainda não consegui-ram se unir em favor da re-gião, até o momento as pes-soas se unem em nome de umgrupo político que pertencem.Isso tem fragilizado a repre-sentatividade da região.

Não se mede o ho-mem pela sua capa-

cidade de tomar con-ta, mas, sobretudo,pela sua capacidadede prestar contas.

Os reclames do eleitoradoé que os políticos depois deeleitos não devolvem aopovo, em forma de trabalho,a votação recebida. Caso o sr.seja eleito como prestará con-tas do seu mandato?

Creio que isso tem a vercom a cultura da democraciarepresentativa que vivemos,entendo que este sistema re-presentativo está ultrapassa-do, creio que precisamos re-pensar a democracia, ela tema ver com participação. A ci-dadania tem que ser conquis-tada, e não concedida, afinalde contas quem paga todas ascontas é o cidadão. Isso trariaa responsabilidade inclusivepara o eleitor, creio que temosque parar de transferir res-ponsabilidade, num sistemarepublicano, a coisa pública éde responsabilidade de todos.Enquanto as pessoas não sedispuserem e propuserem aassumir a sua parcela de res-ponsabilidade e exercer suacidadania de fato e de direito,enquanto as pessoas ficaremsó reclamando e transferindoa responsabilidade, querendoencontrar um culpado, o Esta-do Democrático de Direito es-tará muito longe de ser alcan-çado. O mandato de quemseja eleito, em qualquer dospoderes ou esferas da Repú-blica, deverá ser pautado na

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Da Redação

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Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010 - 11

prestação de contas. Na mi-nha experiência de professordo curso de direito, sempreoriento meus alunos que:“não se mede o homem pelasua capacidade de tomar con-ta, mas, sobretudo, pela suacapacidade de prestar con-tas”; por isso creio que o meumandato será um marco dife-rencial, creio que a constitui-ção de um conselho do man-dato será muito útil para oexercício do mesmo, este con-selho formado com a partici-pação de segmentos da socie-dade, terá dentre outras fun-ções a transparência do man-dato, inclusive e principal-mente com a prestação decontas do mesmo.

Sangue novo, ficha limpa.Você acredita que o Brasil pre-cisa de sangue novo e de fi-chas limpas nas políticas? Porquê?

Já ouvi muitos reclames desegmentos do Poder Judiciá-rio, de que as leis brasileiraseram “frouxas” com relaçãoaos maus políticos, creio quemesmo paulatinamente te-mos avançado com relação àlegislação, contudo, fico pre-ocupado quando acompanhopela mídia notícias de que exis-tem Tribunais Eleitorais pelopaís, que estão dando inter-pretação diversa da finalida-de da Lei da Ficha Limpa. Istome preocupa, sobretudo, porse tratar de uma lei oriunda deum Projeto de Lei de iniciati-va popular, em um dos pou-cos momentos de exercício decidadania do povo brasileiro;dá interpretação diversa é re-tirar do povo o seu poder so-berano. Entretanto, entendocomo já dito antes, que maisimportante que mudar deagentes políticos é mudar deconduta dos agentes políticos,de nada adianta ter deputadosnovos, com sangue novo e fi-cha limpa, todavia, com práti-cas conservadoras, ultrapassa-das, pensando e pautando suaconduta como seus avôs.

A engabelação da amplia-ção e reforma do aeroporto, oemperramento do anel viárioe da estrada que liga São De-sidério a região de Santa Ma-ria da Vitória, e diversas ou-tras obras que viraram pro-messas não cumpridas. Todasanseios da população. A quese deve essa falta de atençãopor parte do governo federalpara com a região?

Recentemente acompa-nhamos pela mídia televisivao movimento dos trabalhado-res gregos, numa greve geral,que parou o Estado Grego porvários dias. Na Espanha os tra-balhadores foram para as ruaspor causa de uma reformaprevidenciária. Em outros pa-íses, quando as garantias dostrabalhadores ou da socieda-de é alvo de modificação dogoverno, há uma reação emmassa, de forma que o gover-no recua. Existem manifesta-ções reivindicadoras destasobras na nossa cidade e re-gião, contudo, ainda se fazmuito tímida. Quanto ao go-verno federal, vejo que asobras que têm sido implanta-das são as obras que envol-vem cifras bilionárias, as quaisestão mais a serviço das gran-des empreiteiras que na bus-ca da melhor qualidade devida do povo. Veja o exemplode uma das obras que o gover-no federal quer trazer para ooeste: a famigerada “ferroviaoeste-leste”. Será que estaobra irá atender as reivindi-cações de melhoria da quali-dade de vida do povo do oes-te, ou será que atenderá in-teresses das grandes emprei-teira e do grande agronegó-cio? É uma obra de centenasde milhões de reais, enquan-to que a conclusão do aero-porto de Barreiras, não chegaa uma dezena de milhões dereais, o anel viário idem, evárias outras obras reivindi-cadas pela região, que de cer-to melhoraria a qualidade devida de nossa gente.

Precisamosacabar com a cultura

da apropriação dodinheiro público noBrasil, e isso se dá

com mandatosparticipativos etransparentes.

O Brasil é um dos paísesque mais arrecada impostos.Mas, o que se ver é uma pre-cariedade enorme nos seto-res de educação, saúde, in-fraestrutura, segurança e al-guns outros. Qual a sua opi-nião à respeito?

A carga tributária nacionalé algo grotesco e indescriti-vo, o Estado brasileiro apre-senta uma falência múltiplade seus poderes órgão e ins-tituições. Contudo, quero di-zer que o Estado é uma pes-soa jurídica fictícia, existe so-mente no mundo jurídico nãono mundo físico. O Estado ageatravés dos agentes que o ad-ministram, nestes termosentendo que a inoperância édos agentes e não do Estado.Assim, quando você ouve di-zer que o estado é inoperan-te e ausente, então concluí-mos que inoperante e ausen-te são os agentes que admi-nistram o Estado. É inconce-bível que em uma cidade daregião sul ou sudeste, com omesmo porte populacionalde Barreiras, você ver a saú-de funcionar, a educação al-cançar o Índice Nacional daEducação Básica (IDEB), a me-renda escolar chegar às esco-las e alimentar milhões decrianças e Barreiras e outrascidades da região, receberema mesma quantia proporcio-nalmente a sua população, eestes serviços não funcio-nem. Talvez isso seja o moti-vo que revolte o povo brasi-leiro que tanto pagou e nadatem. Com certeza se os im-postos fossem transformadosem serviços em favor do povobrasileiro, não haveria tanta

reclamação e sonegação. Pre-cisamos acabar com a culturada apropriação do dinheiropúblico no Brasil, e isso se dácom mandatos participativose transparentes.

Com relação aos gastos dacampanha, quanto o senhoracha que vai gastar?

Representei a candidaturaa prefeito da coligação doPSOL, nas eleições de 2008,quando tive um gasto deR$37.000,00 (trinta e sete milreais), acredito que nestaseleições os gastos fiquem emtorno de R$50.000,00, aliás,gosto muito do número cin-qüenta, então até cinqüentamil tá de bom tamanho.

“Os desafios sãograndes, mas não se

curvem, é melhormorrer de pé, que vi-ver de joelhos, no fi-nal da luta havere-

mos de vencer.”

Sua mensagem. Por que oeleitor deve votar no sr?

Tenho um sonho desde cri-ança, quando trabalhei de ven-dedor ambulante. Meu sonhoé que todas as mães tenhamcondições de trabalho digno,

para não ser necessário sofrercomo minha mãe sofreu paracriar seis filhos. Este sonho seestendeu à minha juventude eme fez desejar que todas as cri-anças freqüentem a escola, te-nham oportunidades iguais deconquistarem o diploma uni-versitário e seu espaço nomercado de trabalho, sem pas-sarem pelas dificuldade e pri-vações, que um dia passei paraconseguir o diploma e o espa-ço profissional. Este sonho foipartilhado por mais de 1700eleitores na campanha de2008, espero um dia ter a capa-cidade e maturidade suficien-te para partilhar este sonhocom o povo de Barreiras e doFuturo Estado do São Francis-co, para que as futuras gera-ções possam viver melhor. Fi-nalizo dizendo às minhas ami-gas e aos meus amigos, para ja-mais perderem a esperança,mesmo a luta sendo desigual.Esta batalha e assemelhada àluta de Davi contra Golias, con-tudo, o Evangelho nos diz quemé o vencedor no final da luta.Portanto, acreditem. Os desa-fios são grandes, mas não se cur-vem, é melhor morrer de pé,que viver de joelhos, no finalda luta haveremos de vencer.SAÚDE, FORÇA e UNIÃO e até avitória. Muito obrigado.

ENTREVISTA / POLÍTICA / ELEIÇÕES 2010 ...continuação

SINDCOBSINDICATO DOS COMERCIÁRIOS DE

BARREIRAS E REGIÃO OESTE DA BAHIACNPJ: 05.807.098/0001-07

RETIFICAÇÃOEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Na publicação do EDITAL DE CONVOCAÇÃO na edição 597, de 20/07/2010, do Jornal Novoeste, quando diz que as chapas concorrentes deverão serinscritas até 15 (quinze) dias contados da data da realização da Assembléia,sendo que o ultimo prazo para registro de chapa seria no dia 16 de agosto.Portando, RETIFICANDO, para os devidos fins, que o ultimo prazo pararegistro de chapa será no dia 23 de agosto e não no dia 16 de agosto como foipublicado conforme citado acima.

Edson Rodrigues dos Santos. Coordenador Geral

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12 - Ano XIX - nº 598 - Região Oeste - Bahia - Brasil - 03/08/2010

O espaço de eventos Bartira Fest,saída para São Desidério ficou pe-queno para acomodar as mais de cin-co mil pessoas, presentes no atopolítico-eleitoral de lançamento dacandidatura do Herbert Barbosa(DEM), à Assembléia Legislativa.

Além de simpatizantes, correligi-onários, militantes do partido, lide-ranças de diversos municípios daregião, estiveram também prestigi-ando o ato político-eleitoral na noi-te do último dia 28, Paulo Souto, ZéRonaldo e José Carlos Aleluia, can-didatos a governador e senadoresrespectivamente, além de ACM,Neto, dobradinha de Herbert em al-gumas cidades do Oeste.

Os discursos da noite se inicia-ram com o postulante ao cargo dedeputado estadual pelo DEM, Her-bert Barbosa, que expôs aos presen-tes o principal objetivo em quereruma vaga na Assembléia Legislati-va. “Essa candidatura surgiudo anseio da população oes-tina, em ter representantesque defendam suas bandei-ras, seus direitos, suas rei-vindicações. Por esse moti-vo coloco o meu nome à dis-posição, no intuito de mecomprometer com o povodessa região, na busca pormelhorias, coisa que outrosnão buscaram”, destacou.

Zito Barbosa, prefeito deSão Desidério e anfitrião doevento, teceu elogios ao irmão, relem-brando a contribuição do mesmo parao desenvolvimento do município deSão Desidério. “Reconhecido pela ha-bilidade e pelo poder de articulação,Herbert Barbosa ajudou a escreveruma nova página na história de polí-tica e administrativa de São Desidé-rio e agora está colocando seu nomecomo mais uma opção para o povo dooeste, para trabalhar com a mesmaseriedade e determinação”, disse.

O presidente do DEM na Bahia ecandidato à Governador, Paulo Sou-to em seu discurso explicou que a

ELEIÇÕES 2010

Herbert lança candidatura e conta com prestígio de SoutoPor Ana Cedro

proposta é padronizar a divisão re-gional da Bahia para toda a máqui-na pública, criando administraçõesregionais em cada uma das mesor-regiões. “Vamos começar pelo Oes-te e Extremo Sul”, revelou.

Souto destacou ainda a necessi-dade de aproximar mais o governodas regiões distantes da capital e,principalmente, as de divisa do es-tado. Segundo ele, zonas territoriais,como o Oeste e o Extremo Sul, devi-do à distância da capital, acabamsendo prejudicadas no atendimentode suas necessidades pelo estado.

O ato político-eleitoral de lançamento dacandidatura do Herbert Barbosa (DEM), àAssembléia Legislativa, reuniu liderançasde 26 municípios da região e contou coma presença de mais de cinco mil pessoas,

no Espaço Bartira Fest.

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