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ANO XVII DOMINGO, 4 DE FEVEREIRO DE 1917 N.° 8 i 3 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Assinatura Ano, i$; semestre, $ 5 o. Pagamento adeantado. Para fóra: Ano. 1S20: semestre, S60; avuiso, $02. Para o Brazil: Ano. 2S00 (moeda forte). PKOPRIETARIO-DIRETOR —José Augusto Saloio Publicações REDACAO. ADMINISTRAÇÃO E TIPOGRAFIA o Anuncios_,.a pUbiicaçáo. s04 a «nha. nas segures,^ (Composição e Impressão) Q Anúncios na 4.» pagina, contrato especial. Os autógrafos não RUA CÂNDIDO DOS REIS - 126, 2.u x se resutuemquer sejamou não publicados. AJLéX) Jb£Gr-A. .LIDCa- A . u administrador-MANUEL T. PAULADA editor-LUCIAHO FORTUNATO DA COSTA 31 DE JANEIRO Ha 26 anos. Ha 26 anos que fna cidade do Porto se ouviram os clamores de re- volta d’um povo oprimido, espesinhado, escarnecido e aviltado pela cobardia dos dirigentes da sua Patria. D um povo que se sujeita- va aos maiores vexames, por parte do extrangeiro, com uma humilhação mais que aviltante. Humilhava- se, aviltava-se não porque a cobardia o levasse a esse extremo. A incapacidade intelectual da maior parte, senão totalidade dos nos- sos ministros, que só se mostravam inezoraveis, in- flexíveis para os que esta- vam sob a sua tutela, era a causa primordial do nos- so descredito. Era uma per- da crescente da nossa na- cionalidade, Foi quando decrescia a lembrança do nosso poder relativo, dos ezemplos de nobreza, esfôrço e sacrifí- cio dos nossos antepassa- dos, e da própria razão da nossa independencia que os portuguezes amantes da sua Patria tomaram uma nova energia—-energia que afirmava mais uma vez quanto póde e faz a alma dum povo oprimido que, de repente, quebra as alge- mas que lhe apertam os pulsos e se revolta contra o poder que lhe entaramela a língua e lhe desfaz o valôr dos seus protestos. Foi no momento em que, conscios dos seus direitos e do perigo a que vinha expondo a Patria uma di- nastia de incompetentes se lançaram de armas na mão contra os defensores da des- pótica e desmoralisada mo- narquia, fizeram vêr a to- do o mundo que a vonta- de do rei não era a sínte- ze das vontades do povo, que as resoluções do regi- me monárquico não tradu- ziam a idéia nacional, que a cobardia d’uns não era a cobardia dum povo. A vontade d’um rei não podia ser a dum povo que já vinha sendo educado por espiritos republicanos, e que por isso mesmo se não podia sujeitar ao absolutis- mo— que o era— dos diri- gentes monárquicos. Por isto foi que em 1891, no dia 3 i de janeiro, se junca- ram de cadáveres as ruas da cidade do Porto, se ou- viram sonoros, retumban- tes, como éco que se reper- cute, os gritos de Viva a Republica! Sublime sacrifício o des- ses homens que deram a sua vida para ezemplo dos que julgaram perdida a al- ma portugueza! Heroicos os que consagraram á Li- berdade a sua vidal Heroi- cos os que, num último reducto, se deixaram ma- tar— fazendo vêr o poder da vontade quando aliada á firmeza. Vencidos! Foram vencidos! Mas na fôrça e não nas idéias que melhor foram sendo compreendi- das pelo povo que, mais tarde, com a coragem que dá a fé, com o ímpeto da influencia própria, com o arrebatamento dos que se julgam anteriormente ven- cedores e seguindo os dita- mes da própria consciên- cia, acabou com o poder d uma dinastia que — qua- si toda— só contribuiu para a decadencia do nosso paiz. Foi seguindo o ezemplo dos sacrificados de 3 i de janei- ro que a massa popular im- plantou uma Republica que nada poderá derrubar do seu pedestal — a recorda- ção do sublime esfôrço de 1891 e a vontade do povo. Foi a implantação da Re- publica que salvou esta nação, êste torraó querido que tem uma Historia das mais belas. E é essa Repu- blica que está levantando o nome de Portugal e está mostrando ao mundo que o valôr dos antigos portu- guezes não decresceu. E’ essa Republica que, cum- prindo os seus deveres de aliada e seguindo a von- tade do seu povo, envia ô- je para o campo de bata- lha— o campo da Justiça e Liberdade disputadas— sol- dados que hão de cobrir de gloria o lábaro bemdito que empunham com orgu- lho. Mas esses herois de 1891, «os percursores da Repu- blica» não podem ser esque-* eidos por nós, portuguezes. Foram quem deu os pri- meiros passos para o aba- timento d’uma situação vergonhosa. Alguns dos muitos que quizeram arriscar a sua vi- da em prol da Liberdade, do Direito e da Patria vi- vem ainda e com a satisfa- ção de verem alcançado o ponto que, anos antes, visavam. Para estes a nossa sau- dação. Para os outros, os que pagaram com a viSa a sua intrepidez, que traça- ram com o proprio sangue o caminho que mais tarde devia ser trilhado por ex- trénuos defensores da Pa- tria e própria honra, um olhar absorto, longo, nres- te dia que mais recorda o dos herois, significativo da nossa admiração e orgulho pela raça portugueza, que é a nossa. Do traidor, aque- le que tornou inutií todo o esfôrço de tão nobres al- mas, que se nos varra da memória o triste pro- cedimento. Gloria aos sublimes he- rois de 3 i de janeiro! Viva a Republica! Viva a Patria! »0FE. ------------ --------------------- 1 dc fevereiro Uma nova data da nos- sa- história — 1 de Feverei- ro. O acto deste dia (ha nove anos) foi a cólcra da nação encarnada em Costa e Buiça e nos seus compa- nheiros de áção. Era a na- ção que estava esmagada. Era em prejuízo da nação que então se governava. E a nação não podia reagir, não podia protestar. Foi as- sim que se produziu a cha- mada «tragédia do Terrei- ro do Paço». Sem essa tra- gédia, embora resultante da morte dos seus autores, que seria feito ôje de mui- tos patriotas que então já viviam sacrificados ao ódio dum rei devasso e d’um ditador déspota que preten- dia dispor do paiz como brinquedo seu? O acto de i de Fevereiro de 1908 me- rece ser julgado com sere- na justiça — aquela justiça que sabe fazer a História e que não póde deixar de re- conhecer a abnegação he- róica daqueles que, em de- feza da maioria dos seus concidadãos, perderam suas vidas. Costa e Buiça não foram criminosos se- dentos de sangue, nem fo- ram levados por uma mi- noria que queria, tambem, oprimir. Levou-os a cólera de quem queria liberdade. Liberdade e só liberdade! AGRICULTORA Breves considerações sobre a poda da vinha A poda é dos grangeios mais importantes e com- plexos da videira. Da sua perfeição, método e época, dependem o bom desenvol- vimento, frutificação, e lon- gevidade da vinha. Deve, pois, a supressão dos sarmentos ser confia- da só a podadores amestra- dos e não, como geralmen- te se observa, a operado- res inconscientes e até mui- tas vezes, como é frequen- te no Minho, que mal po- dem ainda cortar com um podão e torcer uma vara. Sobre a época mais con- veniente de se proceder á póda ha discórdia entre mesmo viticultores distin- tos. No emtanto as opini- ões mais aceitaveis são as que aconselham efétuar-se cedo nas regiões ardentes e tarde nas frias; mas nun- ca antes das folhas cairem,. pois que a ezistencia d’es- tes orgãos na cêpa indica que esta ainda vegeta,, sen- do nesta época que os. bo- tões da futura frutificação recebem maior quantidade de seiva, destinada a ser- vir-lhes. de primeira ali- mentação no ano seguinte; nem muito tarde, afim de se evitar, quanto possivel, o «chôro» que produziriam então os golpes da póda, quer dizer: depois de ter- minada a vegetação da v i- deira e antes da nova seiva entrar em circulação. Entretanto, isto não cons- titue uma regra absoluta. Nas localidades em que sobrevenham grandes gea- das na primavera, devem- se preferir as podas feitas na segunda quinzena de fevereiro e primeira demar- co, por ser esta a época que constrange a videira a rebentar mais tarde, e sem preocupação com o «chô- ro» da planta, que n’este caso é de um insignifican- te prejuizo, comparado aos, estragos que as geadas o- casionariam. A variedade da cêpa tambem influe da póda, so- bretudo para a bôa produ- ção. Como se sabe, ha u- mas que frutificam na ba- se da vara, outras na extre- midade e ainda outras em todos os seus, botões.. Será, pois, de harmonia com esr* ta tendencia natural da planta, que 0 podador de- verá proceder á amputa- ção do sarmento escolhido, poupando ás da primeira condição, somente a parte inferior da vara, e se diz. póda de «vara curta»; ás da segunda condição, con- servando-lhe maior núme- ro de gomos, e se diz pó- da de «vara longa»;, ás ul- timas,. que produzem em todos, os botões, qualquer comprimento,, conforme o seu vigor. Geralmente é ás castaa tintas que mais convem a póda curta e ás brancas a poda longa.. A escolha da vara para a produção não deverá re- cair, como muitas vezes te- mos observado, nas mais, grossas. E* um perfeito êrrro; «dão muita parra e pouca uva». As melhores São as de grossura média,, sãs e; bem atempadas.. Para «polegar», deve-se; escolher um sarmento, que: garanta uma conveniente: diréç.ão no prolongamento* do. braço que o, sustenta, A cêpa deve ficar bem limpa de todos os. olhos, mortos, e. da sua casca ve- lha—que se queima— para s.e evitar a criação e pro-

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Page 1: ANO XVII DOMINGO, 4 DE FEVEREIRO DE 1917 N.° 8 3...das na primavera, devem- se preferir as podas feitas na segunda quinzena de fevereiro e primeira demar co, por ser esta a época

AN O X V II DOMINGO, 4 DE FEV ER EIR O DE 1917 N.° 8 i 3

S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L

A ss in a tu r aAno, i$; semestre, $5o. Pagamento adeantado.Para fóra: Ano. 1S20: semestre, S60; avuiso, $02.Para o Brazil: Ano. 2S00 (moeda forte).

PKOPRIETARIO-DIRETOR— José Augusto Saloio

P u b lic a ç õ e sREDACAO. ADMINISTRAÇÃO E TIPOGRAFIA o Anuncios_,.a pUbiicaçáo. s04 a «nha. nas segures, ^(Com posição e Im pressão) Q A núncios na 4.» pagina, contrato especial. Os autógrafos não

RUA CÂNDIDO DOS REIS - 126, 2.u x se resutuem quer sejam ou não publicados.A J L é X ) Jb£Gr-A. .L ID C a - A . u administrador-MANUEL T. PAULADA editor-LUCIAHO FORTUNATO DA COSTA

31 DE JANEIROHa 26 anos. Ha 26 anos

que fna cidade do Porto se ouviram os clamores de re­volta d’um povo oprimido, espesinhado, escarnecido e aviltado pela cobardia dos dirigentes da sua Patria. D u m povo que se sujeita­va aos maiores vexames, por parte do extrangeiro, com uma humilhação mais que aviltante. Humilhava- se, aviltava-se não porque a cobardia o levasse a esse extremo. A incapacidade intelectual da maior parte, senão totalidade dos nos­sos ministros, que só se mostravam inezoraveis, in­flexíveis para os que esta­vam sob a sua tutela, era a causa primordial do nos­so descredito. Era uma per­da crescente da nossa na­cionalidade,

Foi quando decrescia a lembrança do nosso poder relativo, dos ezemplos de nobreza, esfôrço e sacrifí­cio dos nossos antepassa­dos, e da própria razão da nossa independencia que os portuguezes amantes da sua Patria tomaram uma nova energia—-energia que afirmava mais uma vez quanto póde e faz a alma dum povo oprimido que, de repente, quebra as alge­mas que lhe apertam os pulsos e se revolta contra o poder que lhe entaramela a língua e lhe desfaz o valôr dos seus protestos. Foi no momento em que, conscios dos seus direitos e do perigo a que vinha expondo a Patria uma di­nastia de incompetentes se lançaram de armas na mão contra os defensores da des­pótica e desmoralisada mo­narquia, fizeram vêr a to­do o mundo que a vonta­de do rei não era a sínte- ze das vontades do povo, que as resoluções do regi­me monárquico não tradu­ziam a idéia nacional, que a cobardia d’uns não era a cobardia dum povo.

A vontade d’um rei não podia ser a dum povo que já vinha sendo educado por

espiritos republicanos, e que por isso mesmo se não podia sujeitar ao absolutis­m o— que o era— dos diri­gentes monárquicos. Por isto foi que em 1891, no dia 3 i de janeiro, se junca­ram de cadáveres as ruas da cidade do Porto, se ou­viram sonoros, retumban­tes, como éco que se reper­cute, os gritos de Viva a Republica!

Sublime sacrifício o des­ses homens que deram a sua vida para ezemplo dos que julgaram perdida a al­ma portugueza! Heroicos os que consagraram á Li­berdade a sua vidal Heroi­cos os que, num último reducto, se deixaram ma­ta r— fazendo vêr o poder da vontade quando aliada á firmeza. Vencidos! Foram vencidos! Mas na fôrça e não nas idéias que melhor foram sendo compreendi­das pelo povo que, mais tarde, com a coragem que dá a fé, com o ímpeto da influencia própria, com o arrebatamento dos que se julgam anteriormente ven­cedores e seguindo os dita­mes da própria consciên­cia, acabou com o poder d uma dinastia que — qua­si toda— só contribuiu para a decadencia do nosso paiz. Foi seguindo o ezemplo dos sacrificados de 3 i de janei­ro que a massa popular im­plantou uma Republica que nada poderá derrubar do seu pedestal — a recorda­ção do sublime esfôrço de 1891 e a vontade do povo. Foi a implantação da Re­publica que salvou esta nação, êste torraó querido que tem uma Historia das mais belas. E é essa Repu­blica que está levantando o nome de Portugal e está mostrando ao mundo que o valôr dos antigos portu­guezes não decresceu. E’ essa Republica que, cum­prindo os seus deveres de aliada e seguindo a von­tade do seu povo, envia ô- je para o campo de bata­lha— o campo da Justiça e

Liberdade disputadas— sol­dados que hão de cobrir de gloria o lábaro bemdito que empunham com orgu­lho.

Mas esses herois de 1891, «os percursores da Repu­blica» não podem ser esque-* eidos por nós, portuguezes. Foram quem deu os pri­meiros passos para o aba­timento d’uma situação vergonhosa.

Alguns dos muitos que quizeram arriscar a sua vi­da em prol da Liberdade, do Direito e da Patria vi­vem ainda e com a satisfa­ção de verem alcançado o ponto que, anos antes, visavam.

Para estes a nossa sau­dação. Para os outros, os que pagaram com a viSa a sua intrepidez, que traça­ram com o proprio sangueo caminho que mais tarde devia ser trilhado por ex- trénuos defensores da Pa­tria e própria honra, um olhar absorto, longo, nres- te dia que mais recorda o dos herois, significativo da nossa admiração e orgulho pela raça portugueza, que é a nossa. Do traidor, aque­le que tornou inutií todo o esfôrço de tão nobres al­mas, que se nos varra da memória o triste pro­cedimento.

Gloria aos sublimes he­rois de 3 i de janeiro!

Viva a Republica!Viva a Patria!

» 0 F E .

------------ ---------------------

1 dc fevereiroUma nova data da nos­

sa- história — 1 de Feverei­ro. O acto deste dia (ha nove anos) foi a cólcra da nação encarnada em Costa e Buiça e nos seus compa­nheiros de áção. Era a na­ção que estava esmagada. Era em prejuízo da nação que então se governava. E a nação não podia reagir, não podia protestar. Foi as­sim que se produziu a cha­mada «tragédia do Terrei­ro do Paço». Sem essa tra­gédia, embora resultante da morte dos seus autores, que seria feito ôje de mui­tos patriotas que então já

viviam sacrificados ao ódio dum rei devasso e d’um ditador déspota que preten­dia dispor do paiz como brinquedo seu? O acto dei de Fevereiro de 1908 me­rece ser julgado com sere­na justiça — aquela justiça que sabe fazer a História e que não póde deixar de re­conhecer a abnegação he­róica daqueles que, em de­feza da maioria dos seus concidadãos, perderam suas vidas. Costa e Buiça não foram criminosos se­dentos de sangue, nem fo­ram levados por uma mi­noria que queria, tambem, oprimir. Levou-os a cólera de quem queria liberdade. Liberdade e só liberdade!

AGRICULTORA

B reves considerações sobre a poda da vinha

A poda é dos grangeios mais importantes e com­plexos da videira. Da sua perfeição, método e época, dependem o bom desenvol­vimento, frutificação, e lon­gevidade da vinha.

Deve, pois, a supressão dos sarmentos ser confia­da só a podadores amestra­dos e não, como geralmen­te se observa, a operado­res inconscientes e até mui­tas vezes, como é frequen­te no Minho, que mal po­dem ainda cortar com um podão e torcer uma vara.

Sobre a época mais con­veniente de se proceder á póda ha discórdia entre mesmo viticultores distin­tos. No emtanto as opini­ões mais aceitaveis são as que aconselham efétuar-se cedo nas regiões ardentes e tarde nas frias; mas nun­ca antes das folhas cairem,. pois que a ezistencia d’es- tes orgãos na cêpa indica que esta ainda vegeta,, sen­do nesta época que os. bo­tões da futura frutificação recebem maior quantidade de seiva, destinada a ser­vir-lhes. de primeira ali­mentação no ano seguinte; nem muito tarde, afim de se evitar, quanto possivel, o «chôro» que produziriam então os golpes da póda, quer dizer: depois de ter­

minada a vegetação da vi­deira e antes da nova seiva entrar em circulação.

Entretanto, isto não cons- titue uma regra absoluta.

Nas localidades em que sobrevenham grandes gea­das na primavera, devem- se preferir as podas feitas na segunda quinzena de fevereiro e primeira demar­co, por ser esta a época que constrange a videira a rebentar mais tarde, e sem preocupação com o «chô­ro» da planta, que n’este caso é de um insignifican­te prejuizo, comparado aos, estragos que as geadas o- casionariam.

A variedade da cêpa tambem influe da póda, so­bretudo para a bôa produ­ção. Como se sabe, ha u- mas que frutificam na ba­se da vara, outras na extre­midade e ainda outras em todos os seus, botões.. Será, pois, de harmonia com esr* ta tendencia natural da planta, que 0 podador de­verá proceder á amputa­ção do sarmento escolhido, poupando ás da primeira condição, somente a parte inferior da vara, e se diz. póda de «vara curta»; ás da segunda condição, con­servando-lhe maior núme­ro de gomos, e se diz pó­da de «vara longa»;, ás ul­timas,. que produzem em todos, os botões, qualquer comprimento,, conforme o seu vigor.

Geralmente é ás castaa tintas que mais convem a póda curta e ás brancas a poda longa..

A escolha da vara para a produção não deverá re­cair, como muitas vezes te­mos observado, nas mais, grossas.

E* um perfeito êrrro; «dão muita parra e pouca uva». As melhores São as de grossura média,, sãs e; bem atempadas..

Para «polegar», deve-se; escolher um sarmento, que: garanta uma conveniente: diréç.ão no prolongamento* do. braço que o, sustenta,

A cêpa deve ficar bem limpa de todos os. olhos, mortos, e. da sua casca ve­lha— que se queima— para s.e evitar a criação e pro-

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O D O M I N G O

criação de milhares de pa­rasitas animaes *e vegetais que todos os anos a costu­mam desapiedadamente a- tacar.

ALBERTÓ TA VEIRA F E R R E IR A .

© Àíccolismo... ííagélo sa­ciai

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Confra a alimentação

anim al, buas ne^es nociva

O dr. F. X . Gouraud pu­blicou em Paris uma obra intitulada «Que devemos nós comer?» obra de que se ocupa um crítico de «L’Education» em longo artigo assim terminado:

«O dr. Gouraud acaba por assentar na eficácia d’esta azerção do professor A. Gauthier: O regimen vegetariano atenuado ten­de a fazer de nós entes pa­cíficos e não agressivos e violentos. Ele é prático e racional. Deve ser aceito e defendido por aqueles que ambicionam a formação de raças doces, inteligentes, artísticas e não obstante prolíficas, vigorozas e sãs».

Trata-se de enaltecer o regimen vegetariano ate­nuado que é como quem diz o uzo parcimoniozo da' carne.

Comtudo, nós dezèjaria- mos vêr essa carne absolu­tamente banida de nossas mezas, por entendermos não só que a sobredita car­ne é materialmente nociva á economia, como tambem e principalmente por nos parecer que entrementes se matarem animais, em­bora para comer, impossí­vel é dotar as criaturas humanas com uma alta no­ção de moral, suficiente pa­ra as nossas aspirações de sempre.

Já Lamartine assinalou que:

«Esta indiferença pelos animaes ainda os mais pa­cíficos, nossos companhei­ros, nossos auciliares, nos­sos irmãos nos trabalhos e nos afétos; estas carnifici­nas, estes apetites de san gue, êste contemplar assí­duo de carnes palpitantes são feitas para materiali­zar e endurecer o coração dos homens».

Em nome portanto des­tes dois interesses: a nossa conservacão material e o>nosso aperfeiçoamento mo­ral, abaixo a alimentação que tem por base — a car­ne!

S U M U L A :O s a n im a e s são nossos c o m p a

n e i r o s , nossos auciliares nos t r a ­b a lh o s e nossos irm ã o s nos afé ­t o s , d e v e m o s poupal-o s á in con ­g r u ê n c i a q u e é m a tal-o s p a ra n o s a l i m e n t a r m o s , a b rin d o assim , c o m o j á disse C í c e r o , a s e p u l tu ­r a c o m os p ro p rio s d e n te s .

Lriz Leitão.

Muitíssimas criaturas ha que, embora ingenuamen­te, asseveram que as bebi­das alcoolicas são necessa- rias ao organismo huma­no. Essas criaturas, labo­rando num absurdo, con­tribuem poderosamente pa­ra o desenvolvimento de essa chaga social.

Apresentam-nos como fortes factos, que ezistem muitos indivíduos que por beberem esse veneno mor­tal chamado.. . alcool são mais sadios que muitas outras criaturas que não se entregam á embria­guez. Isso é um êrro, do qual devemos afastar-nos antes que seja tarde!

★Se formos aos hospicios

de alienados, aos hospitais, ás prisões e tantas outras casas onde se encontra a miséria social, quem en­contraremos ahi em maior escala? Alcoolicos, segun­do estatísticas de médicos ilustres, embora não tra­balhem no nosso campo.

Médicos, sociólogos, mo­ralistas, estadistas, todos têem constatado, o cami­nho escabroso que a nossa sociedade vai trilhando, encontrando-se entre essas vergonhosas chagas «o al­coolismo». Essa chaga atúa bastante sobre o fisico do individuo e sobre a sua prole. Ingerindo esse ve neno, embora não com- preedâmos o crime por nós cometido, roubámos o sustento dos nossos, de­pauperámos a nossa raça, brutalisâmo-nos e brutali- sâmos os nossos filhos... e conseguintemente perde­mos a consciência da nos­sa individualidade.

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Que fazer pois para im­pedir o avanço d’esse fla- gélo? tal é o grito que por toda a parte já se ouve.

Uma educação sã da ju­ventude, a abstinência completa de qualquer be­bida alcoolica, a cura por meio de hospitais especiais, o encerramento ás 8 ho­ras da noite de todos os estabelecimentos que ne­gociam bebidas alcoolicas, impostos sobre todas as bebidas alcoolicas, e ahi teríamos alguns meios pa­ra pôr um termo honroso a tantas desgraças que por ahi se patenteiam.

JOSÉ M IGUEL.

Comentários & W oticias

Tavares de CarvalhoP a r t i u b o n te m pa ra o P o r t o o

nosso a m ig o e p re sta n te co rre li­g i o n á rio ca pitão T a v a r e s de C a r ­v a l h o .

C O F I E P E R D I A S

Soldado portuguez:Foi declarada a guerra

A Portugal, ao povo, á tua amada terra.A teus pais, tua noiva, ao socêgo do la r !... Guerra do fundo d’alma a quem nos quer matar! Soldado portuguez!. Intrépido no p’rigo,Defende a tua patria! Odeia o inimigo!

Qualquer ponto da terra é ponto de defeza; n’ele luta quem ama a terra portugueza.Traidor é quem te apalpa a vêr se te desvia. Vigia com cuidado aquele que te vigia.Soldado patriota! Obedece ao coração.Despreza o boateiro e vigia o espião!

E ’ preciso que viva o nosso Portugal Como sempre viveu: Nação colonial, cujo estandarte impoz, ao flutuar no sólo, respeito pelos seus dum polo a outro polo... Cidadão portuguez! Soldado da fileira!Defende a tua Patria. Donra a tua Bandeira!

GREMIO MONTANHA.

Fundidos?D i z - s e , e a i m p r e n s a d a c a p i ­

tal o a f i r m a , que os unio nis ta s vão j u n t a r - s e aos i n d e p e n d e n te s e aos católicos a p r o v e i t a n d o n ’ es- ta fusão os de spe itado s do p a rti do e v o lu c io n is ta .

C o m o os católicos t a m b e m f a ­z e m p a r t e , é de c re r q ue o « g r a n ­de p a r t i d o s v á d i r e i t in h o p a r a o c é o . . .

Q u e o S e n h o r do C a l h a r i z os leve p a ra b e m lo n g e e p o r onde não fa ç a m pe rca n e m d a m n o .

A. frota aérea de FrançaA a d m in is tra ç ã o m i l i t a r fr an -

c e z a o rd e n o u a co n stru ção de se­te g r a n d e s c r u z a d o r e s aéreos, ca da u m dos qua is t e r á u m v o ­l u m e de 2 0 : 0 0 0 m e t r o s cú bicos. D e v e r ã o te r u m a r a p i d e z m é dia de 7 0 k i l o m e t r o s p o r h o r a . S e ­rão f o r m i d a v e l m e n t e a r m a d o s e terão a p a re lh o s d e telegrafia sem fio s.

O mninero 1 3D e s d e q u e , e m F r a n ç a , se a-

d o p to u c o n t a r as h o ra s de 1 a 2 4 , co m o e n t r e n ó s , p o u c a ge n te q u e r v i a j a r nos c o m bo io s da 1 da t a r d e , isto é, das 1 3 .

E ’ cu rioso co m o pe rsis te a s u ­perstiçã o do n ú m e r o 1 3 . M a s se n é t , o célebre c o m p o s i t o r m u s i ­c a l , n u n c a d a t a v a u m a ca rta no dia 1 3 , e os seus m a n u s c rito s e ra m n u m e r a d o s a ssim : 1 2 , 1 2 b is , 1 4 , etc.

P o r u m a e s t r a n h a ctfínciden- cia dè fa t a l i d a d e , M a s s a n é t , f a le ­ceu no dia 1 3 n ’ u m ano cujos alg a rism o s so m a do s d ã o t a m b e m 1 3 ( 1 9 1 2 ) .

A l d e g a l e g a t a m b e m t e m u m a c r i a t u r a q u e não p o d e n d o v ê r o n . ° 1 3 em coisa a l g u m a , p o r co incid ência o n o m e se lhe c o m ­põe de 1 3 le tr a s , e o p r im e ir o clu b ond e e n t r á r a co m o socio n ’ esta v i l a tinh a o n . ° 1 3 de po licia, o qne o rig in o u u m a q u e s ­tão q ue deu m o t i v o a u m j a n t a r de 1 3 c o n v iv a s a u m dia 1 3 , a- n u n c ia d o por 1 3 rrygrteiros.

Caixa Económ ica Portas- gueza,O m o v i m e n t o d a C a i x a E c o ­

n ó m ic a P o r t u g u e z a , d u r a n t e o ano civil de 1 9 1 6 , foi de 1 5 0 . 1 0 8 : 4 7 9 $ 4 7 , se n do de ca pi- taes e ntra do s 7 6 . 9 4 9 : 0 1 0 ^ 1 7 7 , e de q u a n t ia s le v an tas 7 3 . 1 5 8 : 9 6 8 $ 7 0 , h a v e n d o p o rta n tanto u m sa ld o p o s it iv o de 3 . 7 9 0 : 5 4 2 ^ 0 0 .

Lumiatosa IdéiaL e m o s a lg u re s q ue os chins

estão a v e n ç a d o s co m os m é dico s

aos quaes p a g a m u m a m e n s a lid a ­de e m q u a n t o g o s a m saúde e que su s p e n d e m logo que c a h e m d o ­entes e e m q u a n t o d u r a a d o e nç a.

I m a g i n e m os c u idado s que os m é dico s dis pe n sa rã o aos seus cli­entes sãos p a ra q u e não â d o e n - ç a m , e q u a n to se esfo rçarão pa ra que c a h in d o doentes r e c o b re m em b r e v e a s a u d e .

S e a m o d a pegasse em P o r t u ­g a l , n ós , a m p l i a n d o a id é i a , l e m ­b ra ría m o s ao G o v ê r n o , j á que a nação não te m o b o m senso de nos c o n fe rir o p o d ê r de le g is la r , que acrescentasse u m a rt ig o de lei n ’ estes t e r m o s : « O m é d ic o q.ue d e i x a r m o r r e r o d o e n te que t r a t a te rá tan to s ano s de cade ia e a m u l t a de t a n t o .

E n t ã o é q u e nós a c re d it a v a - m o s n a m e d ic in a e na s in c e rid a ­de e solicitude dos nossos asele- p ia des , que não re c e it a ria m g e ­r a l m e n te , senão: pão de ô j e , c a r ­ne de h o n t e m e v i n h o de o u tro v e r ã o .

O s pobres b o tic á rio s é q u e , em caso tal , só fic a ria m a v e n d e r as suas d ro g a s p a ra m a t a r r a t o s , mosc as e m ais b i c h a r i a .

Trez por trezH a t r e z poucos e t r e z m u i t o s

fu nes tos ao h o m e m : pouco s a b e r , pouc o te r e po uc o v a l e r ; m u it o f a l a r , m u i t o g o s t a r e m u i t o p r e ­s u m i r .

T r e z m u i t o s são r e c o m p e n s a ­dos p o r outro s t r e z m u i t o s : m u i ­to e s tu d o , d á m u i t o s a b e r ; m u i t a r é t i d ã o , dá m u i t a p a z ; m u i t a r e ­f l e x ã o , m u i t a sa b e d o ria .

T r e z bons m é dico s e z is t e m no m u n d o ; o da D i e t a , o d a A l e g r i a e o do T r a b a l h o .

D e t r e z q u a lid a d es ca rece o h o m e m p a ra v i v e r f e l i z : p a c i ê n ­cia p a ra s u p o r t a r os m a le s ; c r e n ­ça p a ra e v i t a r os vicio s; socêgo do coração p a ra con cili ar os h o ­m e n s .

P a r a se v i v e r e m p a z p r a t i ­cam -s e t r e z v e r b o s : v ê r , o u v i r e c a la r .

Associação dc Classe Ma­rítim a.C o n f o r m e e s t a v a a n u n c ia d a

re alisou-se na pa ssa da q u a r t a feira u m a fe sta n ’ esta p r e s t i m o ­sa associação.

D e m a n h ã e n q u a n t o t o c a v a a B a n d a D e m o c r a t i c a foi c o lo c a d a , na j a n e l a , u m a ta b oie ta a d q u i r i ­da p o r esta associação.

P e l a ta rd e h o u v e sessào sole­n e , t o m a n d o a p re s id e n c ia da m e z a o s r . J o ã o P e r e i r a C a m b o - la que escolheu p a ra se cretá ri o s os srs. A n t o n i o G o u v e i a e J o a - j pre sado q u im G o u v e i a . D e p i s de

eido o e s ta n d a rte á associação em n o m e d ’ u m a comissão de se- n h o r a s , pelas s e n h o r a s D . M a r ia G u i l h e r m i n a R a m a l h e t e e D . M a r i a d a P i e d a d e S e q u e i r a fa- z e m uso da p a l a v r a os s r s . dr. M a n u e l P a u l i n o G o m e s e M a ­n uel T a v a r e s P a u l a d a . O pri­m e iro d ’ estes se n h ores ofereceu e m n o m e d a B a n d a D e m o c r a t i c a u m h ino p a r a esta associação, d epois do que t e r m i n a a sessão e é o fe re cid o aos m ú sico s um a b u n d a n t e «c o p o d ’ a g u a » .

O e s ta n d a rte foi m u i t o a d m i­r a d o p o r todo o p o v o d ’ esta t e t ­r a , te n d o a fe sta c o r r i d o na m e ­l h o r o r d e m .

Figaseira DaiarteT e m u lt i m a m e n t e passado in­

c o m o d a d o de sa ú de c o m u m for- tissim o a ta q u e de « g r i p e » que o f e z re c o lh e r ao le ito , o nosso b o m a m i g o e de dica do correli­g i o n á rio de P ó v o a e M e a d a s ( A - l e m t e jo ) , sr . J o ã o J o s é F i g u e i r a D u a r t e , h a b il fa r m a c ê u ti c o n a ­q uela lo calidade.

A o b o m a m ig o d e z e j â m o s o m ais r a p i d o e c o m p le t o restabe­l e c im e n t o .

A boa educaçãoE ’ o titu lo que nos se rv e de

e p íg ra fe que i n ti t u l a o n . ° 10 dos in te ressantes « L i v r o s do P o v o » editado s pela L i v r a r i a P r o f is s i o n a l , la rgo d o C o n d e B a ­r ã o , 4 9 —- L i s b ô a .

A g r a d e c e m o s o e z e m p l a r ofe­re c id o .

filtanda D em ocraticaP e l a diréção d ’ este florescente

g r u p o de re cre io está m a rc ado p a ra ôje u m ba ile p a r a socios e suas fa m ilia s .

A t e n d e n d o á e n o r m e co n c o r­rê n cia aos bailes p r o m o v i d o s por esta associação é de p r e v e r uma n oite d e v e r d a d e i r a a le g r i a .

OfertaP e l o s r . J o ã o G o n ç a l v e s T o r ­

m e n t a , m a is c o n h e c id o n ’ esta t e r r a , de ond e é n a t u r a l , por « B a i l ã o » , foi ofe recid o u m artis­tico re tra to a « c r a y o n » do g ra n de a m ig o do p ro le ta r i a d o e e lo q u e n ­te o r a d o r re c e n te m e n te falecido B a r t o l o m e u C o n s t a n t i n o á A s s o ­ciação de C la sse dos T r a b a l h a ­dores R u r a i s , d ’ esta v i l a .

A o fe rta fo i e n v i a d a d a P e n i ­te n c ia ria , ond e a c t u a lm e n t e se e n c o n t r a o « B a i l ã o » , que dese­n h o u o r e t r a t o .

«fnlgameatoE m a udiên cia de j n r i respon­

de u na passada te rça fe ira pelo c rim e de h o m ic id io n a pessoa de F r a n c i s c o A n t o n i o da V e i g a M a r ­q u e s , c a r p i n te i r o , d ’ esta v ila , J o a q u i m M a r q u e s C o n t r a m e s t r e , b a r b e i r o , ta m b e m n a t u r a l d ’ esta v i l a , que foi c o n d e n a d o e m 8 a- nos de prisão m a i o r o e lu lar e 1 2 de d e g r e d o .

A acus ação p o r p a rte do m i ­nistério públic o e s t a v a a cargo do d r . A l b e r t o C a b r a l e a d e fe za do réo e ra fe ita polo d r . M a n u e l dos S a n t o s L o u r e n ç o .

A se ntença i m p r e s s io n o u o a u d it o rio que a não re ce be u com a g r a d o .

Iloqaie da S ilveiraA c o m p a n h a d o de seu f ilh o , um

d istin to a c ad ém ico d a c a p ita l , es­t e v e n ’ esta v ila e d e u -n o s o p r a ­z e r d a sua c o m p a n h i a p o r al­g u n s m o m e n t o s / t i nosso c o n t e r ­r â n e o e v e lh o a m i g o , z e l o z o e m ­p re g a d o m u n ic ip a l de L i s b ô a , M a n u e l R o q u e d a S i l v e i r a .

«Democracia»' - • • • ' • ■- • ’C o m o n . ° 1 5 7 e n t ro u n o sen

4 . ° a n o de p u b lic açã o êste nosso c o n fra d e de M a f r a , a

'

ofere-; quem anviâmos cumprimentos.

Page 3: ANO XVII DOMINGO, 4 DE FEVEREIRO DE 1917 N.° 8 3...das na primavera, devem- se preferir as podas feitas na segunda quinzena de fevereiro e primeira demar co, por ser esta a época

O D O M I N G O 3

o novo partidoC o n s t a q ue te m ra m ifica çã o

e m A l d e g a l e g a o n o v o p a r t i d o c o m p o s to de diss identes evo lu cio - n i s t a s , i n d e p e n d e n te s e católicos

u aa q a jb r a d o pelo M a n u e l do C a - I h a r i z e que p o r estes dias será a q u i fe ita u m a co n fe re n c ia de p r o p a g a n d a .

E ’ m a i s u m a m e t a m o r fo s e p o r q u e v a m o s v ê r p a s s a r c e rt a g e n ­t e q u e á viv-a fô r ç a q u e r m a n d a r .

Lã com o cãQ u a n d o , á F i g u e i r a d a F o z ,

c h e g a v a o r e g i m e n t o de i n f a n t a ­r i a 2 4 , q ue ia s u f o c a r i a r e v o l t a d o r e g i m e n t o de i n f a n t a r i a 2 8 n o q uich o te sco m o v i m e n t o de d e ­z e m b r o ú l t i m o , u m sõ lda do d ’ es- te r e g i m e n t o d i s p a r o u , sem o m e ­n o r p r e t e x t o , s o b re u m g r u p o d e p o p u l a re s fe r i n d o uns pouc os e g r a v e m e n t e u m c a r t e ir o q ue a in d a se e n c o n t r a no ho sp ita l es­p e r a n d o - s e fiq u e i n u t i l is a d o . U m g u a r d a fiscal, q u e se a c h a v a j u n t o ao seu q u a r t e l , v e n d o q ue o so lda do ia d e s c a r r e g a r n o v a ­m e n t e a e s p i n g a r d a so bre os p o ­p u l a r e s , l a n ç o u , m ã o da su a a r ­m a e m e t e u u m a bala no b r a ç o d i r e i t o do re fe ri d o s o ld a d o , que l o g o fu g iu para o q u a r t e l , e v i ta n - d a assim o g u a r d a q u e a quele f i ­zesse m a i s v í t i m a s . P o u o o d e ­p o i s o so lda do do 2 8 re ce bia ou- r a t i v o c o m as o ri a tu r a s sobre q u e m a t i r á r a e , se g u n d o o o n s t a , a i n d a n ão fo i i n c o m o d a d o pela p r o e z a q u e p r a t i c o u . O u t r o t a n ­t o n ão aoontece c o m o p o b re sol­d a d o da g u a r d a ficai q u e , o b r i ­g a n d o - s e , p a r a e v i t a r m a is v i t i ­m a s , a d i s p a r a r a su a e s p i n g a r ­d a c o n t r a u m s o lda do d e s h u - m a n o e t r a i d o r lh e foi lo go le v a n t a d o a u t o e , p a r e o e , v a i f i ­c a r recluso em V i z e u n ão se sa b e p o r q u e t e m p o , p a r a re s p o n ­d e r e m co nse lho de g u e r r a .

E ’ a ssim q u e e m P o r t u g a l se f a z j u s t i ç a . D a F i g u e i r a d a F o z c l a m a m p e l o s r . M i n i s t r o da G u e r ­r a ; de A l d e g a l e g a é preciso q ue se c la m e pelo s r . M i n i s t r o d a J u s t i ç a ou p o r C r i s t o p a r a q ue a r r a s e t u d o i s t o .

fc.uiz D erotietS e g u i u n a p r e t é r i t a q u i n t a f e i ­

r a p a r a F r a n ç a o nosso a m i g o L u i z D e r o u e t , se c r e ta rio d a r e ­da ç ã o do nosso oòle ga « O M u n ­d o » , e e x - d e p u t a d o p o r este c i r ­c u l o , q u e d ’ a h i m a n d a r á noticias s o b r e a v i a g e m d o 1 . ° t ro ç o e x ­p e d i c i o n á r i o do b r a v o e z é r c i t o p o r t u g u e z .

A o nosso a m i g o u m a f e l i z v i a ­g e m .

Portugal no extrangetroU m a rt ig o p u b l ic a d o no « D a i ­

l y M a i l » a nosso r e s p e ito : M r . W a l t e r , n ’ u m a r t ig o p u b l ic a d o n o « D a i l y M a i l » , ’ q u e o u t ro s j o r ­n ais r e p r o d u z i r a m , e s c r e v e n d o so b re a a tit u d e de P o r t u g a l , f a zo elogio do s s rs. N o r t o n d e M a ­to s e L e o t e d o R ê g o e refe re -s e á p r o p a g a n d a p a t r i ó t i c a d o « S é ­c u l o s .

S o b r e P o r l u g a l , d i z M r . W a l ­t e r q ue é u m p a i z de e sple n d id a situ a çã o g e o g r a f i e a e m a g n ific o c l i m a , s e n h o r d ’ u m g r a n d e i m p é ­r i o colonial e c o m u m á t i v o co m e r c io com o B r a z i l , sem d ú v i ­d a dos m a is i m p o r t a n t e s p a i z e s d a E u r o p a .

H eleodoro Salgado2 5 anos c o m p l e t a ôje q u e o

j o r n a l i s t a , e s c r it o r e p r o p a g a n d i s ­ta l i v r e - p e n s a d o r H e l i o d o r o S a l ­g a d o , a u t o r do « C u l t o da I m m a - c u l a d a C o n c e i ç ã o » e d a t r a d u ç ã o d a « C i ê n c i a e R e l i g i ã o , d e M a l v e r t , s a h iu d a s cadeias d o L i ­m o e i r o o n d e c u m p r i r a p e n a de seis i n e ze s de p r i s ã o .

Uma pcusão aos revolu ­cion ários de 3 1 de «fa­nei ro.A r e q u e r i m e n t o do sr . E d u a r ­

do S o u s a e n t r o u q u i n t a f e i r a pas­sa da em discuss ão n a C a m a r a do s D e p u t a d o s , a ú l t i m a re dá- çã o d o S e n a d o ao p r o j é to de lei re fe r e n t e ás pensões a c o n c e d e r aos re v o l to s o s do m o v i m e n t o de 3 1 de J a n e i r o de 1 8 9 1 , q u e foi a p r o v a d a .

Cuttem bergF a z ôje 4 4 8 anos que m o r r e u

G u t t e m b e r g , o i n o l v i a d v e l i n v e n t o r da T i p o g r a f i a . N a s c e r a e m M o - g u n c i a e m 1 4 0 0 , v i v e n d o , p o r c o n s e q u ê n c i a , 6 9 a n o s .

CandongaS e g u n d a fe ira p a s s a d a d e r a m

e n t r a d a nas cadeias d ’ esta v i l a , co m o c a n d o n g u e i r o s , A l v a r o C o r ­re ia , s o l t e ir o , de 2 3 anos de i d a ­d e , V i t o r C o r r e i a , c a s a d o , de 3 1 a n o s , a m b o s n a t u ra is de R i o d e M o i n h o s , A n t o n i o P a u l e t a , s o l t e i r o , de 1 8 a n o s , n a t u r a l de A b r a n t e s e to dos fr a g a t e i r o s , e os t r a b a l h a d o r e s F r a n c i s c o de S o u s a , c a s a d o , de 2 7 a n o s , e V e n a n c i o d e M e n d o n ç a , so lteiro, de 3 8 a n o s , a m b o s de A l h o s V e d r o s .R ev ista do EEem»

D ’ esta p u blic açã o g r a t u i t a r e ­c e b e m o s o n . ° 1 3 9 ( X I I I a n o ).

C o n t i n u a a ser fe it a á ousta d o nosso il u s tr e c o l a b o r a d o r , sr . L u i z L e i t ã o , que a r e m e t e a q u e m ali a r e q u i s i t a r .

A « R e v i s t a do B e m » a ã o ezi- g e d i n h e i r o n e m antes n e m d e ­pois de r e m e t i d a .

E s c l u s i v a m e n t e c o n s a g r a d a á d ifu s ã o da B o n d a d e , é u til em especial aos srs. profe ssore s p r i ­m á r i o s , cu ja ta r e f a á r d u a mas n o b il i t a n t e a ucilia.

D a « R e v i s t a do B e m » estão d i s t r i b u í d o s 2 2 0 : 0 0 0 e z e m p l a r e s .

Teatro H ecreio Popular« A c h a v e m e s t r a » , q u e tanto

a g r a d o u ao p ú blic o de A l d e g a l e ­g a , v a i se r p r o j e c t a d a n o v a m e n ­te n o « e o r a n » d ’ este sa lão , em d u a s n o i t e s — 1 1 e 1 5 d o c o r r e n ­t e . O s preços p a r a estas sessões são m a is b a r a t o s .

H o j e , co m o d e c o s t u m e , ha d u a s sessões que p r o m e t e m n o ­v i d a d e s .

Com issão E zecutlraP o r ser fe ri a d o o d ia de q u a r ­

ta f e i r a , n ão h o u v e sessão da C o ­m is são E z e c u t i v a a s e m a n a p a s ­s a d a .

Xota sem analD o i s v a l e n t e s :— A ’ m a n h ã h a v e m o s d e nos

b a t e r .— E e m q ue sitio?■— A ’ p o r t a de m i n h a m ã e .— A q u e h o ra s?— P a r a v a le n te s n u n c a h a h o ­

ra f i x a .--

Befinição òa mulher

Solteira, é uma flôr; ca­sada, uma semente; viuva, uma planta abandonada.

Freira, é um cogumélo da humanidade; irmã da caridade, uma planta me­dicinal; solteirona, uma en- redadeira.

Como solteira, é um problema; como casada, um premio; como irmã, uma coisa; como mãe, um anjo; como amante, um luxo; como sogra, um de- monio; como madrasta, um inferno.

Bonita, é um anjo; feia, uma nuvem.

Morena, é uma virgem, loura um querubim.

Casta, é um altar; pura, uma imagem; vaidosa, um engano; humilde, um acha­do

Ciumenta, um cilicio; a- mante, um eden; presu­mida, um perigo; modesta, uma sorte.

Económica, uma fortu­na; gastadora, o maior ca& tigo que se póde impôr a um homem, dando-lhe co mo companheira.

A mulher, para o ho­mem, é: o trabalho e o disvélo, o valor e a fôrça, a honra e a fortuna, o pensamento e a alm a...

Emfim, a mulher foi quem ensinou o homem: a amar e a odiar, a luctar e a vencer, a trabalhar e a sofrer; a pensar e a con­seguir, a crer e a matar, a viver, e a morrer resigna­do com a sorte que lhe coube na terra.

$ ulgaòo por um t)os seus

O padre Filipe Giraud editou, em Montreal, uma brochura na qual denuncia as perseguições de que foi objéto por parte dos colegas ao chegar ao Ca­nadá. Trecho do prefácio.

A re ligião é b e l a , m a s a v e ­n a lid a d e m a t a - a , assim c o m o e la , t r a n s f o r m a n d o - s e e m p ô l v o insa- c i a v e l , h a de m a t a r os i n fe lize s cristãos que tão e s t u p id a m e n t e p o r ela se d e i x a m e x p l o r a r . O p o v o ca n a d ia n o h a d e l e v a n t a r a c a b e ç a u m d ia e d e s e m b a r a ç a r - se de to d o s êsses falsos a p ó s t o ­los q u e a d o r a m e s e r v e m o de u s do d i n h e i r o e q u e só u m fim t ê em n a t e r r a : e s c r a v i s a r os p o ­v o s p a r a m e l h o r o e x p l o r a r , p a ­r a g o s a r os p r a z e r e s da ca rn e e e d i f i c a r , so b r e a su a m is é r ia e a su a r u i n a , t e m p l o s ao cu lto da v a i d a d e , d a h ip o c ris ia e ao o r ­g u l h o , o nde a m a is odio sa e sp e ­cu laçã o se m a n i f e s t a e m n o m e d ’ aquele q u e e x p u l s o u os v e n d i ­lhões do t e m p l o .

Muito bem! Mas gene­ralize, reverendol Isso não é só no Canadá.

• ANÚNCIOS

V E N D E M - S EUm predio com altos e

baixos, horta, pôço, adêga e lagar iça números 16. a 20 situado na Praça Pri­meiro de Maio.

Outro, na Rua Almi­rante Cândido dos Reis, com altos e baixos núme­ros 19. a 23.

Outro, no Largo da Igreja com altos e baixos números i 3 e 14.

Outro, na Praça da Re­publica números i 3 e 14 e Beco do Forte número19 com altos e baixos.

Para tratar com Ladis- lau Durão de Sá, Avenida das Côrtes, 55, 2.0— Lisbôa

CASAVende-se-uma de habi

tação com quintal, pôço e casa de arrecadação e ter reno para uma habitaçãona rua Serpa Pinto, 55. Trata- se nesta vila com José da Fonseca Onofre.

GREGORIO GIL

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i nO D O G M A D A O P I N Í A O P U B L I C A

A artificialidade e a deshonestidade da. opinião publica. Os traficam^ tes da letrà redonda, criadores da fôrça ficticia da opinião. A força do jor­nal independem " e o envenenamento subtil causado pelas suas infotmaçóes Manifestações esPontâneas preparadas na sombra Co. ezemplo do caso Fer'rer^ A crueldade patológica das massas populares. A formação da opinião na. época do Terror. O poderio da opinião pública é o poderia da. ignorancja^ A competencia profissional causa de inaptidão para a crític dos factos po-. litieos. Necessidade de dar á patria una podêr que seja independente da o?, pinião.

lÉ fÉ IÉ IÉ tilÉ IJfíã ís i, ,

Page 4: ANO XVII DOMINGO, 4 DE FEVEREIRO DE 1917 N.° 8 3...das na primavera, devem- se preferir as podas feitas na segunda quinzena de fevereiro e primeira demar co, por ser esta a época

4 O D O M I N G O

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IV

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Uma cruel ilusão. O rei reduzido a simples pre­goeiro público e a máquina dassinar. A falsa nobreza do rei constitucional. A irresponsabilidade real origem de degradação. Os famosos árgus da «monarquia no­va». A «monarquia nova», menos monarquica do que a monarquia velha. A monarquia constitucional não é preferível ao regimen republicano. O argumento do figurino inglez. Poder absoluto e poder arbitrário. O falso equilibrio social resultante do casamento do po­der real com o poder do povo. O poder real, inde­pendente dos súbditos, não conduz ao despotismo. «Reis, governae ousadamente». O ezemplo que nos vem ’de França.

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