ano xvii domingo, 4 de fevereiro de 1917 n.° 8 3...das na primavera, devem- se preferir as podas...
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AN O X V II DOMINGO, 4 DE FEV ER EIR O DE 1917 N.° 8 i 3
S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L
A ss in a tu r aAno, i$; semestre, $5o. Pagamento adeantado.Para fóra: Ano. 1S20: semestre, S60; avuiso, $02.Para o Brazil: Ano. 2S00 (moeda forte).
PKOPRIETARIO-DIRETOR— José Augusto Saloio
P u b lic a ç õ e sREDACAO. ADMINISTRAÇÃO E TIPOGRAFIA o Anuncios_,.a pUbiicaçáo. s04 a «nha. nas segures, ^(Com posição e Im pressão) Q A núncios na 4.» pagina, contrato especial. Os autógrafos não
RUA CÂNDIDO DOS REIS - 126, 2.u x se resutuem quer sejam ou não publicados.A J L é X ) Jb£Gr-A. .L ID C a - A . u administrador-MANUEL T. PAULADA editor-LUCIAHO FORTUNATO DA COSTA
31 DE JANEIROHa 26 anos. Ha 26 anos
que fna cidade do Porto se ouviram os clamores de revolta d’um povo oprimido, espesinhado, escarnecido e aviltado pela cobardia dos dirigentes da sua Patria. D u m povo que se sujeitava aos maiores vexames, por parte do extrangeiro, com uma humilhação mais que aviltante. Humilhava- se, aviltava-se não porque a cobardia o levasse a esse extremo. A incapacidade intelectual da maior parte, senão totalidade dos nossos ministros, que só se mostravam inezoraveis, inflexíveis para os que estavam sob a sua tutela, era a causa primordial do nosso descredito. Era uma perda crescente da nossa nacionalidade,
Foi quando decrescia a lembrança do nosso poder relativo, dos ezemplos de nobreza, esfôrço e sacrifício dos nossos antepassados, e da própria razão da nossa independencia que os portuguezes amantes da sua Patria tomaram uma nova energia—-energia que afirmava mais uma vez quanto póde e faz a alma dum povo oprimido que, de repente, quebra as algemas que lhe apertam os pulsos e se revolta contra o poder que lhe entaramela a língua e lhe desfaz o valôr dos seus protestos. Foi no momento em que, conscios dos seus direitos e do perigo a que vinha expondo a Patria uma dinastia de incompetentes se lançaram de armas na mão contra os defensores da despótica e desmoralisada monarquia, fizeram vêr a todo o mundo que a vontade do rei não era a sínte- ze das vontades do povo, que as resoluções do regime monárquico não traduziam a idéia nacional, que a cobardia d’uns não era a cobardia dum povo.
A vontade d’um rei não podia ser a dum povo que já vinha sendo educado por
espiritos republicanos, e que por isso mesmo se não podia sujeitar ao absolutism o— que o era— dos dirigentes monárquicos. Por isto foi que em 1891, no dia 3 i de janeiro, se juncaram de cadáveres as ruas da cidade do Porto, se ouviram sonoros, retumbantes, como éco que se repercute, os gritos de Viva a Republica!
Sublime sacrifício o desses homens que deram a sua vida para ezemplo dos que julgaram perdida a alma portugueza! Heroicos os que consagraram á Liberdade a sua vidal Heroicos os que, num último reducto, se deixaram mata r— fazendo vêr o poder da vontade quando aliada á firmeza. Vencidos! Foram vencidos! Mas na fôrça e não nas idéias que melhor foram sendo compreendidas pelo povo que, mais tarde, com a coragem que dá a fé, com o ímpeto da influencia própria, com o arrebatamento dos que se julgam anteriormente vencedores e seguindo os ditames da própria consciência, acabou com o poder d uma dinastia que — quasi toda— só contribuiu para a decadencia do nosso paiz. Foi seguindo o ezemplo dos sacrificados de 3 i de janeiro que a massa popular implantou uma Republica que nada poderá derrubar do seu pedestal — a recordação do sublime esfôrço de 1891 e a vontade do povo. Foi a implantação da Republica que salvou esta nação, êste torraó querido que tem uma Historia das mais belas. E é essa Republica que está levantando o nome de Portugal e está mostrando ao mundo que o valôr dos antigos portuguezes não decresceu. E’ essa Republica que, cumprindo os seus deveres de aliada e seguindo a vontade do seu povo, envia ô- je para o campo de batalha— o campo da Justiça e
Liberdade disputadas— soldados que hão de cobrir de gloria o lábaro bemdito que empunham com orgulho.
Mas esses herois de 1891, «os percursores da Republica» não podem ser esque-* eidos por nós, portuguezes. Foram quem deu os primeiros passos para o abatimento d’uma situação vergonhosa.
Alguns dos muitos que quizeram arriscar a sua vida em prol da Liberdade, do Direito e da Patria vivem ainda e com a satisfação de verem alcançado o ponto que, anos antes, visavam.
Para estes a nossa saudação. Para os outros, os que pagaram com a viSa a sua intrepidez, que traçaram com o proprio sangueo caminho que mais tarde devia ser trilhado por ex- trénuos defensores da Patria e própria honra, um olhar absorto, longo, nres- te dia que mais recorda o dos herois, significativo da nossa admiração e orgulho pela raça portugueza, que é a nossa. Do traidor, aquele que tornou inutií todo o esfôrço de tão nobres almas, que se nos varra da memória o triste procedimento.
Gloria aos sublimes herois de 3 i de janeiro!
Viva a Republica!Viva a Patria!
» 0 F E .
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1 dc fevereiroUma nova data da nos
sa- história — 1 de Fevereiro. O acto deste dia (ha nove anos) foi a cólcra da nação encarnada em Costa e Buiça e nos seus companheiros de áção. Era a nação que estava esmagada. Era em prejuízo da nação que então se governava. E a nação não podia reagir, não podia protestar. Foi assim que se produziu a chamada «tragédia do Terreiro do Paço». Sem essa tragédia, embora resultante da morte dos seus autores, que seria feito ôje de muitos patriotas que então já
viviam sacrificados ao ódio dum rei devasso e d’um ditador déspota que pretendia dispor do paiz como brinquedo seu? O acto dei de Fevereiro de 1908 merece ser julgado com serena justiça — aquela justiça que sabe fazer a História e que não póde deixar de reconhecer a abnegação heróica daqueles que, em defeza da maioria dos seus concidadãos, perderam suas vidas. Costa e Buiça não foram criminosos sedentos de sangue, nem foram levados por uma minoria que queria, tambem, oprimir. Levou-os a cólera de quem queria liberdade. Liberdade e só liberdade!
AGRICULTORA
B reves considerações sobre a poda da vinha
A poda é dos grangeios mais importantes e complexos da videira. Da sua perfeição, método e época, dependem o bom desenvolvimento, frutificação, e longevidade da vinha.
Deve, pois, a supressão dos sarmentos ser confiada só a podadores amestrados e não, como geralmente se observa, a operadores inconscientes e até muitas vezes, como é frequente no Minho, que mal podem ainda cortar com um podão e torcer uma vara.
Sobre a época mais conveniente de se proceder á póda ha discórdia entre mesmo viticultores distintos. No emtanto as opiniões mais aceitaveis são as que aconselham efétuar-se cedo nas regiões ardentes e tarde nas frias; mas nunca antes das folhas cairem,. pois que a ezistencia d’es- tes orgãos na cêpa indica que esta ainda vegeta,, sendo nesta época que os. botões da futura frutificação recebem maior quantidade de seiva, destinada a servir-lhes. de primeira alimentação no ano seguinte; nem muito tarde, afim de se evitar, quanto possivel, o «chôro» que produziriam então os golpes da póda, quer dizer: depois de ter
minada a vegetação da videira e antes da nova seiva entrar em circulação.
Entretanto, isto não cons- titue uma regra absoluta.
Nas localidades em que sobrevenham grandes geadas na primavera, devem- se preferir as podas feitas na segunda quinzena de fevereiro e primeira demarco, por ser esta a época que constrange a videira a rebentar mais tarde, e sem preocupação com o «chôro» da planta, que n’este caso é de um insignificante prejuizo, comparado aos, estragos que as geadas o- casionariam.
A variedade da cêpa tambem influe da póda, sobretudo para a bôa produção. Como se sabe, ha u- mas que frutificam na base da vara, outras na extremidade e ainda outras em todos os seus, botões.. Será, pois, de harmonia com esr* ta tendencia natural da planta, que 0 podador deverá proceder á amputação do sarmento escolhido, poupando ás da primeira condição, somente a parte inferior da vara, e se diz. póda de «vara curta»; ás da segunda condição, conservando-lhe maior número de gomos, e se diz póda de «vara longa»;, ás ultimas,. que produzem em todos, os botões, qualquer comprimento,, conforme o seu vigor.
Geralmente é ás castaa tintas que mais convem a póda curta e ás brancas a poda longa..
A escolha da vara para a produção não deverá recair, como muitas vezes temos observado, nas mais, grossas.
E* um perfeito êrrro; «dão muita parra e pouca uva». As melhores São as de grossura média,, sãs e; bem atempadas..
Para «polegar», deve-se; escolher um sarmento, que: garanta uma conveniente: diréç.ão no prolongamento* do. braço que o, sustenta,
A cêpa deve ficar bem limpa de todos os. olhos, mortos, e. da sua casca velha— que se queima— para s.e evitar a criação e pro-
O D O M I N G O
criação de milhares de parasitas animaes *e vegetais que todos os anos a costumam desapiedadamente a- tacar.
ALBERTÓ TA VEIRA F E R R E IR A .
© Àíccolismo... ííagélo saciai
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Confra a alimentação
anim al, buas ne^es nociva
O dr. F. X . Gouraud publicou em Paris uma obra intitulada «Que devemos nós comer?» obra de que se ocupa um crítico de «L’Education» em longo artigo assim terminado:
«O dr. Gouraud acaba por assentar na eficácia d’esta azerção do professor A. Gauthier: O regimen vegetariano atenuado tende a fazer de nós entes pacíficos e não agressivos e violentos. Ele é prático e racional. Deve ser aceito e defendido por aqueles que ambicionam a formação de raças doces, inteligentes, artísticas e não obstante prolíficas, vigorozas e sãs».
Trata-se de enaltecer o regimen vegetariano atenuado que é como quem diz o uzo parcimoniozo da' carne.
Comtudo, nós dezèjaria- mos vêr essa carne absolutamente banida de nossas mezas, por entendermos não só que a sobredita carne é materialmente nociva á economia, como tambem e principalmente por nos parecer que entrementes se matarem animais, embora para comer, impossível é dotar as criaturas humanas com uma alta noção de moral, suficiente para as nossas aspirações de sempre.
Já Lamartine assinalou que:
«Esta indiferença pelos animaes ainda os mais pacíficos, nossos companheiros, nossos auciliares, nossos irmãos nos trabalhos e nos afétos; estas carnificinas, estes apetites de san gue, êste contemplar assíduo de carnes palpitantes são feitas para materializar e endurecer o coração dos homens».
Em nome portanto destes dois interesses: a nossa conservacão material e o>nosso aperfeiçoamento moral, abaixo a alimentação que tem por base — a carne!
S U M U L A :O s a n im a e s são nossos c o m p a
n e i r o s , nossos auciliares nos t r a b a lh o s e nossos irm ã o s nos afé t o s , d e v e m o s poupal-o s á in con g r u ê n c i a q u e é m a tal-o s p a ra n o s a l i m e n t a r m o s , a b rin d o assim , c o m o j á disse C í c e r o , a s e p u l tu r a c o m os p ro p rio s d e n te s .
Lriz Leitão.
Muitíssimas criaturas ha que, embora ingenuamente, asseveram que as bebidas alcoolicas são necessa- rias ao organismo humano. Essas criaturas, laborando num absurdo, contribuem poderosamente para o desenvolvimento de essa chaga social.
Apresentam-nos como fortes factos, que ezistem muitos indivíduos que por beberem esse veneno mortal chamado.. . alcool são mais sadios que muitas outras criaturas que não se entregam á embriaguez. Isso é um êrro, do qual devemos afastar-nos antes que seja tarde!
★Se formos aos hospicios
de alienados, aos hospitais, ás prisões e tantas outras casas onde se encontra a miséria social, quem encontraremos ahi em maior escala? Alcoolicos, segundo estatísticas de médicos ilustres, embora não trabalhem no nosso campo.
Médicos, sociólogos, moralistas, estadistas, todos têem constatado, o caminho escabroso que a nossa sociedade vai trilhando, encontrando-se entre essas vergonhosas chagas «o alcoolismo». Essa chaga atúa bastante sobre o fisico do individuo e sobre a sua prole. Ingerindo esse ve neno, embora não com- preedâmos o crime por nós cometido, roubámos o sustento dos nossos, depauperámos a nossa raça, brutalisâmo-nos e brutali- sâmos os nossos filhos... e conseguintemente perdemos a consciência da nossa individualidade.
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Que fazer pois para impedir o avanço d’esse fla- gélo? tal é o grito que por toda a parte já se ouve.
Uma educação sã da juventude, a abstinência completa de qualquer bebida alcoolica, a cura por meio de hospitais especiais, o encerramento ás 8 horas da noite de todos os estabelecimentos que negociam bebidas alcoolicas, impostos sobre todas as bebidas alcoolicas, e ahi teríamos alguns meios para pôr um termo honroso a tantas desgraças que por ahi se patenteiam.
JOSÉ M IGUEL.
Comentários & W oticias
Tavares de CarvalhoP a r t i u b o n te m pa ra o P o r t o o
nosso a m ig o e p re sta n te co rre lig i o n á rio ca pitão T a v a r e s de C a r v a l h o .
C O F I E P E R D I A S
Soldado portuguez:Foi declarada a guerra
A Portugal, ao povo, á tua amada terra.A teus pais, tua noiva, ao socêgo do la r !... Guerra do fundo d’alma a quem nos quer matar! Soldado portuguez!. Intrépido no p’rigo,Defende a tua patria! Odeia o inimigo!
Qualquer ponto da terra é ponto de defeza; n’ele luta quem ama a terra portugueza.Traidor é quem te apalpa a vêr se te desvia. Vigia com cuidado aquele que te vigia.Soldado patriota! Obedece ao coração.Despreza o boateiro e vigia o espião!
E ’ preciso que viva o nosso Portugal Como sempre viveu: Nação colonial, cujo estandarte impoz, ao flutuar no sólo, respeito pelos seus dum polo a outro polo... Cidadão portuguez! Soldado da fileira!Defende a tua Patria. Donra a tua Bandeira!
GREMIO MONTANHA.
Fundidos?D i z - s e , e a i m p r e n s a d a c a p i
tal o a f i r m a , que os unio nis ta s vão j u n t a r - s e aos i n d e p e n d e n te s e aos católicos a p r o v e i t a n d o n ’ es- ta fusão os de spe itado s do p a rti do e v o lu c io n is ta .
C o m o os católicos t a m b e m f a z e m p a r t e , é de c re r q ue o « g r a n de p a r t i d o s v á d i r e i t in h o p a r a o c é o . . .
Q u e o S e n h o r do C a l h a r i z os leve p a ra b e m lo n g e e p o r onde não fa ç a m pe rca n e m d a m n o .
A. frota aérea de FrançaA a d m in is tra ç ã o m i l i t a r fr an -
c e z a o rd e n o u a co n stru ção de sete g r a n d e s c r u z a d o r e s aéreos, ca da u m dos qua is t e r á u m v o l u m e de 2 0 : 0 0 0 m e t r o s cú bicos. D e v e r ã o te r u m a r a p i d e z m é dia de 7 0 k i l o m e t r o s p o r h o r a . S e rão f o r m i d a v e l m e n t e a r m a d o s e terão a p a re lh o s d e telegrafia sem fio s.
O mninero 1 3D e s d e q u e , e m F r a n ç a , se a-
d o p to u c o n t a r as h o ra s de 1 a 2 4 , co m o e n t r e n ó s , p o u c a ge n te q u e r v i a j a r nos c o m bo io s da 1 da t a r d e , isto é, das 1 3 .
E ’ cu rioso co m o pe rsis te a s u perstiçã o do n ú m e r o 1 3 . M a s se n é t , o célebre c o m p o s i t o r m u s i c a l , n u n c a d a t a v a u m a ca rta no dia 1 3 , e os seus m a n u s c rito s e ra m n u m e r a d o s a ssim : 1 2 , 1 2 b is , 1 4 , etc.
P o r u m a e s t r a n h a ctfínciden- cia dè fa t a l i d a d e , M a s s a n é t , f a le ceu no dia 1 3 n ’ u m ano cujos alg a rism o s so m a do s d ã o t a m b e m 1 3 ( 1 9 1 2 ) .
A l d e g a l e g a t a m b e m t e m u m a c r i a t u r a q u e não p o d e n d o v ê r o n . ° 1 3 em coisa a l g u m a , p o r co incid ência o n o m e se lhe c o m põe de 1 3 le tr a s , e o p r im e ir o clu b ond e e n t r á r a co m o socio n ’ esta v i l a tinh a o n . ° 1 3 de po licia, o qne o rig in o u u m a q u e s tão q ue deu m o t i v o a u m j a n t a r de 1 3 c o n v iv a s a u m dia 1 3 , a- n u n c ia d o por 1 3 rrygrteiros.
Caixa Económ ica Portas- gueza,O m o v i m e n t o d a C a i x a E c o
n ó m ic a P o r t u g u e z a , d u r a n t e o ano civil de 1 9 1 6 , foi de 1 5 0 . 1 0 8 : 4 7 9 $ 4 7 , se n do de ca pi- taes e ntra do s 7 6 . 9 4 9 : 0 1 0 ^ 1 7 7 , e de q u a n t ia s le v an tas 7 3 . 1 5 8 : 9 6 8 $ 7 0 , h a v e n d o p o rta n tanto u m sa ld o p o s it iv o de 3 . 7 9 0 : 5 4 2 ^ 0 0 .
Lumiatosa IdéiaL e m o s a lg u re s q ue os chins
estão a v e n ç a d o s co m os m é dico s
aos quaes p a g a m u m a m e n s a lid a de e m q u a n t o g o s a m saúde e que su s p e n d e m logo que c a h e m d o entes e e m q u a n t o d u r a a d o e nç a.
I m a g i n e m os c u idado s que os m é dico s dis pe n sa rã o aos seus clientes sãos p a ra q u e não â d o e n - ç a m , e q u a n to se esfo rçarão pa ra que c a h in d o doentes r e c o b re m em b r e v e a s a u d e .
S e a m o d a pegasse em P o r t u g a l , n ós , a m p l i a n d o a id é i a , l e m b ra ría m o s ao G o v ê r n o , j á que a nação não te m o b o m senso de nos c o n fe rir o p o d ê r de le g is la r , que acrescentasse u m a rt ig o de lei n ’ estes t e r m o s : « O m é d ic o q.ue d e i x a r m o r r e r o d o e n te que t r a t a te rá tan to s ano s de cade ia e a m u l t a de t a n t o .
E n t ã o é q u e nós a c re d it a v a - m o s n a m e d ic in a e na s in c e rid a de e solicitude dos nossos asele- p ia des , que não re c e it a ria m g e r a l m e n te , senão: pão de ô j e , c a r ne de h o n t e m e v i n h o de o u tro v e r ã o .
O s pobres b o tic á rio s é q u e , em caso tal , só fic a ria m a v e n d e r as suas d ro g a s p a ra m a t a r r a t o s , mosc as e m ais b i c h a r i a .
Trez por trezH a t r e z poucos e t r e z m u i t o s
fu nes tos ao h o m e m : pouco s a b e r , pouc o te r e po uc o v a l e r ; m u it o f a l a r , m u i t o g o s t a r e m u i t o p r e s u m i r .
T r e z m u i t o s são r e c o m p e n s a dos p o r outro s t r e z m u i t o s : m u i to e s tu d o , d á m u i t o s a b e r ; m u i t a r é t i d ã o , dá m u i t a p a z ; m u i t a r e f l e x ã o , m u i t a sa b e d o ria .
T r e z bons m é dico s e z is t e m no m u n d o ; o da D i e t a , o d a A l e g r i a e o do T r a b a l h o .
D e t r e z q u a lid a d es ca rece o h o m e m p a ra v i v e r f e l i z : p a c i ê n cia p a ra s u p o r t a r os m a le s ; c r e n ça p a ra e v i t a r os vicio s; socêgo do coração p a ra con cili ar os h o m e n s .
P a r a se v i v e r e m p a z p r a t i cam -s e t r e z v e r b o s : v ê r , o u v i r e c a la r .
Associação dc Classe Marítim a.C o n f o r m e e s t a v a a n u n c ia d a
re alisou-se na pa ssa da q u a r t a feira u m a fe sta n ’ esta p r e s t i m o sa associação.
D e m a n h ã e n q u a n t o t o c a v a a B a n d a D e m o c r a t i c a foi c o lo c a d a , na j a n e l a , u m a ta b oie ta a d q u i r i da p o r esta associação.
P e l a ta rd e h o u v e sessào solen e , t o m a n d o a p re s id e n c ia da m e z a o s r . J o ã o P e r e i r a C a m b o - la que escolheu p a ra se cretá ri o s os srs. A n t o n i o G o u v e i a e J o a - j pre sado q u im G o u v e i a . D e p i s de
eido o e s ta n d a rte á associação em n o m e d ’ u m a comissão de se- n h o r a s , pelas s e n h o r a s D . M a r ia G u i l h e r m i n a R a m a l h e t e e D . M a r i a d a P i e d a d e S e q u e i r a fa- z e m uso da p a l a v r a os s r s . dr. M a n u e l P a u l i n o G o m e s e M a n uel T a v a r e s P a u l a d a . O prim e iro d ’ estes se n h ores ofereceu e m n o m e d a B a n d a D e m o c r a t i c a u m h ino p a r a esta associação, d epois do que t e r m i n a a sessão e é o fe re cid o aos m ú sico s um a b u n d a n t e «c o p o d ’ a g u a » .
O e s ta n d a rte foi m u i t o a d m ir a d o p o r todo o p o v o d ’ esta t e t r a , te n d o a fe sta c o r r i d o na m e l h o r o r d e m .
Figaseira DaiarteT e m u lt i m a m e n t e passado in
c o m o d a d o de sa ú de c o m u m for- tissim o a ta q u e de « g r i p e » que o f e z re c o lh e r ao le ito , o nosso b o m a m i g o e de dica do correlig i o n á rio de P ó v o a e M e a d a s ( A - l e m t e jo ) , sr . J o ã o J o s é F i g u e i r a D u a r t e , h a b il fa r m a c ê u ti c o n a q uela lo calidade.
A o b o m a m ig o d e z e j â m o s o m ais r a p i d o e c o m p le t o restabel e c im e n t o .
A boa educaçãoE ’ o titu lo que nos se rv e de
e p íg ra fe que i n ti t u l a o n . ° 10 dos in te ressantes « L i v r o s do P o v o » editado s pela L i v r a r i a P r o f is s i o n a l , la rgo d o C o n d e B a r ã o , 4 9 —- L i s b ô a .
A g r a d e c e m o s o e z e m p l a r ofere c id o .
filtanda D em ocraticaP e l a diréção d ’ este florescente
g r u p o de re cre io está m a rc ado p a ra ôje u m ba ile p a r a socios e suas fa m ilia s .
A t e n d e n d o á e n o r m e co n c o rrê n cia aos bailes p r o m o v i d o s por esta associação é de p r e v e r uma n oite d e v e r d a d e i r a a le g r i a .
OfertaP e l o s r . J o ã o G o n ç a l v e s T o r
m e n t a , m a is c o n h e c id o n ’ esta t e r r a , de ond e é n a t u r a l , por « B a i l ã o » , foi ofe recid o u m artistico re tra to a « c r a y o n » do g ra n de a m ig o do p ro le ta r i a d o e e lo q u e n te o r a d o r re c e n te m e n te falecido B a r t o l o m e u C o n s t a n t i n o á A s s o ciação de C la sse dos T r a b a l h a dores R u r a i s , d ’ esta v i l a .
A o fe rta fo i e n v i a d a d a P e n i te n c ia ria , ond e a c t u a lm e n t e se e n c o n t r a o « B a i l ã o » , que desen h o u o r e t r a t o .
«fnlgameatoE m a udiên cia de j n r i respon
de u na passada te rça fe ira pelo c rim e de h o m ic id io n a pessoa de F r a n c i s c o A n t o n i o da V e i g a M a r q u e s , c a r p i n te i r o , d ’ esta v ila , J o a q u i m M a r q u e s C o n t r a m e s t r e , b a r b e i r o , ta m b e m n a t u r a l d ’ esta v i l a , que foi c o n d e n a d o e m 8 a- nos de prisão m a i o r o e lu lar e 1 2 de d e g r e d o .
A acus ação p o r p a rte do m i nistério públic o e s t a v a a cargo do d r . A l b e r t o C a b r a l e a d e fe za do réo e ra fe ita polo d r . M a n u e l dos S a n t o s L o u r e n ç o .
A se ntença i m p r e s s io n o u o a u d it o rio que a não re ce be u com a g r a d o .
Iloqaie da S ilveiraA c o m p a n h a d o de seu f ilh o , um
d istin to a c ad ém ico d a c a p ita l , est e v e n ’ esta v ila e d e u -n o s o p r a z e r d a sua c o m p a n h i a p o r alg u n s m o m e n t o s / t i nosso c o n t e r r â n e o e v e lh o a m i g o , z e l o z o e m p re g a d o m u n ic ip a l de L i s b ô a , M a n u e l R o q u e d a S i l v e i r a .
«Democracia»' - • • • ' • ■- • ’C o m o n . ° 1 5 7 e n t ro u n o sen
4 . ° a n o de p u b lic açã o êste nosso c o n fra d e de M a f r a , a
'
ofere-; quem anviâmos cumprimentos.
O D O M I N G O 3
o novo partidoC o n s t a q ue te m ra m ifica çã o
e m A l d e g a l e g a o n o v o p a r t i d o c o m p o s to de diss identes evo lu cio - n i s t a s , i n d e p e n d e n te s e católicos
u aa q a jb r a d o pelo M a n u e l do C a - I h a r i z e que p o r estes dias será a q u i fe ita u m a co n fe re n c ia de p r o p a g a n d a .
E ’ m a i s u m a m e t a m o r fo s e p o r q u e v a m o s v ê r p a s s a r c e rt a g e n t e q u e á viv-a fô r ç a q u e r m a n d a r .
Lã com o cãQ u a n d o , á F i g u e i r a d a F o z ,
c h e g a v a o r e g i m e n t o de i n f a n t a r i a 2 4 , q ue ia s u f o c a r i a r e v o l t a d o r e g i m e n t o de i n f a n t a r i a 2 8 n o q uich o te sco m o v i m e n t o de d e z e m b r o ú l t i m o , u m sõ lda do d ’ es- te r e g i m e n t o d i s p a r o u , sem o m e n o r p r e t e x t o , s o b re u m g r u p o d e p o p u l a re s fe r i n d o uns pouc os e g r a v e m e n t e u m c a r t e ir o q ue a in d a se e n c o n t r a no ho sp ita l esp e r a n d o - s e fiq u e i n u t i l is a d o . U m g u a r d a fiscal, q u e se a c h a v a j u n t o ao seu q u a r t e l , v e n d o q ue o so lda do ia d e s c a r r e g a r n o v a m e n t e a e s p i n g a r d a so bre os p o p u l a r e s , l a n ç o u , m ã o da su a a r m a e m e t e u u m a bala no b r a ç o d i r e i t o do re fe ri d o s o ld a d o , que l o g o fu g iu para o q u a r t e l , e v i ta n - d a assim o g u a r d a q u e a quele f i zesse m a i s v í t i m a s . P o u o o d e p o i s o so lda do do 2 8 re ce bia ou- r a t i v o c o m as o ri a tu r a s sobre q u e m a t i r á r a e , se g u n d o o o n s t a , a i n d a n ão fo i i n c o m o d a d o pela p r o e z a q u e p r a t i c o u . O u t r o t a n t o n ão aoontece c o m o p o b re sold a d o da g u a r d a ficai q u e , o b r i g a n d o - s e , p a r a e v i t a r m a is v i t i m a s , a d i s p a r a r a su a e s p i n g a r d a c o n t r a u m s o lda do d e s h u - m a n o e t r a i d o r lh e foi lo go le v a n t a d o a u t o e , p a r e o e , v a i f i c a r recluso em V i z e u n ão se sa b e p o r q u e t e m p o , p a r a re s p o n d e r e m co nse lho de g u e r r a .
E ’ a ssim q u e e m P o r t u g a l se f a z j u s t i ç a . D a F i g u e i r a d a F o z c l a m a m p e l o s r . M i n i s t r o da G u e r r a ; de A l d e g a l e g a é preciso q ue se c la m e pelo s r . M i n i s t r o d a J u s t i ç a ou p o r C r i s t o p a r a q ue a r r a s e t u d o i s t o .
fc.uiz D erotietS e g u i u n a p r e t é r i t a q u i n t a f e i
r a p a r a F r a n ç a o nosso a m i g o L u i z D e r o u e t , se c r e ta rio d a r e da ç ã o do nosso oòle ga « O M u n d o » , e e x - d e p u t a d o p o r este c i r c u l o , q u e d ’ a h i m a n d a r á noticias s o b r e a v i a g e m d o 1 . ° t ro ç o e x p e d i c i o n á r i o do b r a v o e z é r c i t o p o r t u g u e z .
A o nosso a m i g o u m a f e l i z v i a g e m .
Portugal no extrangetroU m a rt ig o p u b l ic a d o no « D a i
l y M a i l » a nosso r e s p e ito : M r . W a l t e r , n ’ u m a r t ig o p u b l ic a d o n o « D a i l y M a i l » , ’ q u e o u t ro s j o r n ais r e p r o d u z i r a m , e s c r e v e n d o so b re a a tit u d e de P o r t u g a l , f a zo elogio do s s rs. N o r t o n d e M a to s e L e o t e d o R ê g o e refe re -s e á p r o p a g a n d a p a t r i ó t i c a d o « S é c u l o s .
S o b r e P o r l u g a l , d i z M r . W a l t e r q ue é u m p a i z de e sple n d id a situ a çã o g e o g r a f i e a e m a g n ific o c l i m a , s e n h o r d ’ u m g r a n d e i m p é r i o colonial e c o m u m á t i v o co m e r c io com o B r a z i l , sem d ú v i d a dos m a is i m p o r t a n t e s p a i z e s d a E u r o p a .
H eleodoro Salgado2 5 anos c o m p l e t a ôje q u e o
j o r n a l i s t a , e s c r it o r e p r o p a g a n d i s ta l i v r e - p e n s a d o r H e l i o d o r o S a l g a d o , a u t o r do « C u l t o da I m m a - c u l a d a C o n c e i ç ã o » e d a t r a d u ç ã o d a « C i ê n c i a e R e l i g i ã o , d e M a l v e r t , s a h iu d a s cadeias d o L i m o e i r o o n d e c u m p r i r a p e n a de seis i n e ze s de p r i s ã o .
Uma pcusão aos revolu cion ários de 3 1 de «fanei ro.A r e q u e r i m e n t o do sr . E d u a r
do S o u s a e n t r o u q u i n t a f e i r a passa da em discuss ão n a C a m a r a do s D e p u t a d o s , a ú l t i m a re dá- çã o d o S e n a d o ao p r o j é to de lei re fe r e n t e ás pensões a c o n c e d e r aos re v o l to s o s do m o v i m e n t o de 3 1 de J a n e i r o de 1 8 9 1 , q u e foi a p r o v a d a .
Cuttem bergF a z ôje 4 4 8 anos que m o r r e u
G u t t e m b e r g , o i n o l v i a d v e l i n v e n t o r da T i p o g r a f i a . N a s c e r a e m M o - g u n c i a e m 1 4 0 0 , v i v e n d o , p o r c o n s e q u ê n c i a , 6 9 a n o s .
CandongaS e g u n d a fe ira p a s s a d a d e r a m
e n t r a d a nas cadeias d ’ esta v i l a , co m o c a n d o n g u e i r o s , A l v a r o C o r re ia , s o l t e ir o , de 2 3 anos de i d a d e , V i t o r C o r r e i a , c a s a d o , de 3 1 a n o s , a m b o s n a t u ra is de R i o d e M o i n h o s , A n t o n i o P a u l e t a , s o l t e i r o , de 1 8 a n o s , n a t u r a l de A b r a n t e s e to dos fr a g a t e i r o s , e os t r a b a l h a d o r e s F r a n c i s c o de S o u s a , c a s a d o , de 2 7 a n o s , e V e n a n c i o d e M e n d o n ç a , so lteiro, de 3 8 a n o s , a m b o s de A l h o s V e d r o s .R ev ista do EEem»
D ’ esta p u blic açã o g r a t u i t a r e c e b e m o s o n . ° 1 3 9 ( X I I I a n o ).
C o n t i n u a a ser fe it a á ousta d o nosso il u s tr e c o l a b o r a d o r , sr . L u i z L e i t ã o , que a r e m e t e a q u e m ali a r e q u i s i t a r .
A « R e v i s t a do B e m » a ã o ezi- g e d i n h e i r o n e m antes n e m d e pois de r e m e t i d a .
E s c l u s i v a m e n t e c o n s a g r a d a á d ifu s ã o da B o n d a d e , é u til em especial aos srs. profe ssore s p r i m á r i o s , cu ja ta r e f a á r d u a mas n o b il i t a n t e a ucilia.
D a « R e v i s t a do B e m » estão d i s t r i b u í d o s 2 2 0 : 0 0 0 e z e m p l a r e s .
Teatro H ecreio Popular« A c h a v e m e s t r a » , q u e tanto
a g r a d o u ao p ú blic o de A l d e g a l e g a , v a i se r p r o j e c t a d a n o v a m e n te n o « e o r a n » d ’ este sa lão , em d u a s n o i t e s — 1 1 e 1 5 d o c o r r e n t e . O s preços p a r a estas sessões são m a is b a r a t o s .
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ta f e i r a , n ão h o u v e sessão da C o m is são E z e c u t i v a a s e m a n a p a s s a d a .
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b a t e r .— E e m q ue sitio?■— A ’ p o r t a de m i n h a m ã e .— A q u e h o ra s?— P a r a v a le n te s n u n c a h a h o
ra f i x a .--
Befinição òa mulher
Solteira, é uma flôr; casada, uma semente; viuva, uma planta abandonada.
Freira, é um cogumélo da humanidade; irmã da caridade, uma planta medicinal; solteirona, uma en- redadeira.
Como solteira, é um problema; como casada, um premio; como irmã, uma coisa; como mãe, um anjo; como amante, um luxo; como sogra, um de- monio; como madrasta, um inferno.
Bonita, é um anjo; feia, uma nuvem.
Morena, é uma virgem, loura um querubim.
Casta, é um altar; pura, uma imagem; vaidosa, um engano; humilde, um achado
Ciumenta, um cilicio; a- mante, um eden; presumida, um perigo; modesta, uma sorte.
Económica, uma fortuna; gastadora, o maior ca& tigo que se póde impôr a um homem, dando-lhe co mo companheira.
A mulher, para o homem, é: o trabalho e o disvélo, o valor e a fôrça, a honra e a fortuna, o pensamento e a alm a...
Emfim, a mulher foi quem ensinou o homem: a amar e a odiar, a luctar e a vencer, a trabalhar e a sofrer; a pensar e a conseguir, a crer e a matar, a viver, e a morrer resignado com a sorte que lhe coube na terra.
$ ulgaòo por um t)os seus
O padre Filipe Giraud editou, em Montreal, uma brochura na qual denuncia as perseguições de que foi objéto por parte dos colegas ao chegar ao Canadá. Trecho do prefácio.
A re ligião é b e l a , m a s a v e n a lid a d e m a t a - a , assim c o m o e la , t r a n s f o r m a n d o - s e e m p ô l v o insa- c i a v e l , h a de m a t a r os i n fe lize s cristãos que tão e s t u p id a m e n t e p o r ela se d e i x a m e x p l o r a r . O p o v o ca n a d ia n o h a d e l e v a n t a r a c a b e ç a u m d ia e d e s e m b a r a ç a r - se de to d o s êsses falsos a p ó s t o los q u e a d o r a m e s e r v e m o de u s do d i n h e i r o e q u e só u m fim t ê em n a t e r r a : e s c r a v i s a r os p o v o s p a r a m e l h o r o e x p l o r a r , p a r a g o s a r os p r a z e r e s da ca rn e e e d i f i c a r , so b r e a su a m is é r ia e a su a r u i n a , t e m p l o s ao cu lto da v a i d a d e , d a h ip o c ris ia e ao o r g u l h o , o nde a m a is odio sa e sp e cu laçã o se m a n i f e s t a e m n o m e d ’ aquele q u e e x p u l s o u os v e n d i lhões do t e m p l o .
Muito bem! Mas generalize, reverendol Isso não é só no Canadá.
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V E N D E M - S EUm predio com altos e
baixos, horta, pôço, adêga e lagar iça números 16. a 20 situado na Praça Primeiro de Maio.
Outro, na Rua Almirante Cândido dos Reis, com altos e baixos números 19. a 23.
Outro, no Largo da Igreja com altos e baixos números i 3 e 14.
Outro, na Praça da Republica números i 3 e 14 e Beco do Forte número19 com altos e baixos.
Para tratar com Ladis- lau Durão de Sá, Avenida das Côrtes, 55, 2.0— Lisbôa
CASAVende-se-uma de habi
tação com quintal, pôço e casa de arrecadação e ter reno para uma habitaçãona rua Serpa Pinto, 55. Trata- se nesta vila com José da Fonseca Onofre.
GREGORIO GIL
C o m f á b r i c a de distilação n a t r a v e s s a do L a g a r d a C e r a (na p o n t i n h a ) oferece á sua n u m e r o sa c lie n t e la , á lé m de a g u a r d e n t e b a g a c e i ra m u i t o bo a de q u e s e m p re t e m g r a n d e q u a n t i d a d e pa ra v e n d a , f in ís s im a a g u a r d e n t e de p r o v a ( 3 0 B) p a r a m e l h o r a m e n t o de v i n h o s , a ssim co pio a g u a r d e n te a n i z a d a m u i t o m e l h o r q u e a c h a m a d a de E v o r a . O s preços são s e m p r e i n fe rio r e s aos de q u a l q u e r p a r t e e as q u a lid a d e s m u i t o s u p e r i o s e r .
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CORRESPONDENCIA COMERCIALem
Portuguez e inglez porAugusto de Castro.
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R . de S . B e n t o , 2 7 9 -, L i s b ô a
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O u subarrenda-se por o seu dono não poder estar á testa, um estabelecimento bem localizado, nesta vila.
Trata-se com José Soares.
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Ervilha, garantida, para semente, vende José Soares, rua do Cais, 2 2 — Aldega- lega.
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i nO D O G M A D A O P I N Í A O P U B L I C A
A artificialidade e a deshonestidade da. opinião publica. Os traficam^ tes da letrà redonda, criadores da fôrça ficticia da opinião. A força do jornal independem " e o envenenamento subtil causado pelas suas infotmaçóes Manifestações esPontâneas preparadas na sombra Co. ezemplo do caso Fer'rer^ A crueldade patológica das massas populares. A formação da opinião na. época do Terror. O poderio da opinião pública é o poderia da. ignorancja^ A competencia profissional causa de inaptidão para a crític dos factos po-. litieos. Necessidade de dar á patria una podêr que seja independente da o?, pinião.
lÉ fÉ IÉ IÉ tilÉ IJfíã ís i, ,
4 O D O M I N G O
BORRAS E SARROSGregorio Gil, com fá
brica de distilação, previne os ex.1"08 lavradores e mais pessoas interessadas que compra quaisquer quantidades de Sarros, Borras espremidas e secas, e em especial Borras em liquido por preços muito elevados. Péde para não ligarem negocio com outras pessoas sem antes consultarem os seus preços. 800
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J o â o da Soledade Morais
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SUMARIO: Licor deparativo ou purgante, clistéres e seu préstimo- vomitório e seu emprego, chás e co- simentos, elixir estomacal e seu emprego, leite e lambedores peitoraes. óleos e caldos, dieta rasoavel, imagi nação curativa, banho de fogo sudorífico, banhos frígidos, lavagens, fri cçoes e compressas estimulantes, si- napismo e outros tópicos distrativos. reflexões ácêrca dos vermes e cura das sezões, remedio para os olhos, ouvidos, fauces e dentes, contra a epilepsia, dôres de cabeça, icterícia, diarréia, astma, saluços, incómodos na bexiga, gangrena, envenenamento, frieiras, sarna, escaldaduras, foga- gens, unheiro, pa;:aricio, antraz, febre intermitente, febre remitente. outras febres, febre amarela, cólera- morbus e tifo consequente, febre lenta da tisica, moléstias na cabeça, nos olhos, nos ouvidos, fossas nasaes. bôca, dentes, moléstias no pescoço internas e externas, angina, esqui- nencia,escrófulas, intumescencia das parótidas, moléstias no peito, coração, pulmão, figado, estômago, ventre , remedio contra a solitária, cólica, iópico de açáo diurética, moles tias nas vias superiores e suas uepen cias, via posterior, via anterior, intu- mescencia testicular, hernia, moles tias venéreas, gonorréia, blenorréia, blenorragia, cubões, moléstias nas extremidades das pernas e braços frátúras, torceduras, reumatismo, gô- ta . ciática, varizes, calos, pés sujos, cravos, morfeia, bexigas, tinha, erisipela, feridas, tumores, úlceras; feridas recentes, feridas estacionarias cancros, aneurisma, tétano, kisto, cachexia e rachitis, nevralgias, insó nia, sonolência, loucura e delírio, apoplexia* hidrofobía e biofobía.
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A lu\ iluminando uma era nova, libertando o espírito da mulher e da criança da tutela nefasta dos jesuítas e das congregações religiosas.
TITDLOS DOS CAPITDLOS
Divagando=Onde principia e onde acaba D eu s=A preocupação da humanidade=A Biblia, a Historia da Filosofia=A terra segundo os sabios=O s crimes e o Deus Biblico— O diluvio dos hebreus=A Biblia é o livro mais immoral que ha=Julgamcnto do Deus da Guerra=Eurech!-Jerichó= 0 egíto historico até ao exodo do povo de Moysés=Filosofando= Filosofando e continuando— Deuzes e religiões=Autos de fé, tormentos, morticínios e assassinos em nome de Deus
cristão=A separação da igreja do EstadoO livro é dedicado ao eminente homem d'Estado o ilustre cidadão
DR. AFONSO COS I A. e é uma homenagem ao gran.ie propagandista republicano DR. MAGALHAES LIMA, Grão-Mestre da Maçonaria Portugue- za, á Maçonaria mundial e aos livres pensadores.
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IV
A D EG RAD AÇ Ã O DO PO D ER R E A L
Uma cruel ilusão. O rei reduzido a simples pregoeiro público e a máquina dassinar. A falsa nobreza do rei constitucional. A irresponsabilidade real origem de degradação. Os famosos árgus da «monarquia nova». A «monarquia nova», menos monarquica do que a monarquia velha. A monarquia constitucional não é preferível ao regimen republicano. O argumento do figurino inglez. Poder absoluto e poder arbitrário. O falso equilibrio social resultante do casamento do poder real com o poder do povo. O poder real, independente dos súbditos, não conduz ao despotismo. «Reis, governae ousadamente». O ezemplo que nos vem ’de França.
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T o d o s os pe d id o s a c o m p a n h a d o s d a r e s p é t i v a i m p o r t a n c i a , e m v a le d o c o r r e i o , o rd e n s po s ta e s o u selos de ($ 0 2,5 d e v e m s e r d i r i g idos a
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