ano viii nº 90 dezembro de 2008 e janeiro de 2009 É natal ... · com a mamãe, o papai e o...

15
ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 Comemorar este Natal em Blumenau? Como? PÁGINA 3 Mar de Água-Lama- Lágrimas e Mortos CADERNO Festa do Padroeiro da Diocese no mês de janeiro PÁGINA 2 Hélio Vrech - Neo- Sacerdote para a Diocese do Amor PÁGINA 14 É Natal de Jesus Jéssica Vitória Nasceu Em meio à calamidade, nasce uma criança - PÁGINA 2 Em Janeiro, nossa Diocese terá cinco novos Diáconos - PÁGINA 14 PÁGINAS 5 a 12

Upload: tranphuc

Post on 05-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009

Comemorar esteNatal em Blumenau? Como?

Página 3

Mar de Água-Lama-Lágrimas e MortosCADERNO

Festa do Padroeiro da Diocese no mêsde janeiro

Página 2

Hélio Vrech - Neo-Sacerdote para aDiocese do Amor Página 14

É natal de JesusJéssica Vitória nasceu

Em meio à calamidade, nasce uma criança - PÁGINA 2

Em Janeiro, nossa Diocese terá cinco novos Diáconos - PÁGINA 14

PáginaS 5 a 12

Page 2: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

2 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

EDITORIAL

EXPEDIENTE

DIRETORIA

Diretor Geral: Pe.Raul Kestring, Jornalista Responsável: José Roberto Rodrigues SC 00241 JPDiretor Comercial: Luiz Eduvirges de Souza NetoRevisão: Pe. Raul Kestring

CONSELHO EDITORIAL

D. Angélico Sândalo Bernardino, Pe.José Carlos de Lima,Pe. Antônio Francisco Bohn, Pe. Idonizete Krüger

CORRESPONDÊNCIA

Redação e Administração

Rua XV de Novembro, s/nº Centro- Fone/Fax: (47) 3322-4435

Caixa Postal 222 Cep: 89.010.971 - Blumenau - SC

FICHA TÉCNICA

Fotolito e impressão: Jornal de Santa CatarinaDistribuição: GratuitaTiragem: 36.600 exemplares

COLABORAÇÃO DE ARTIGOS:NO MÁXIMO 30 LINHAS EM ESPAÇO DUPLO. NOTÍCIAS, NO MÁXIMO 5 LINHAS.

E-mail para enviar matérias: [email protected]

NB: Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores. Matérias entregues depois do dia 12 de cada mês serão publicadas no mês seguinte.

PARA ANUNCIARFONE : (47) 3334-0718 ou (47) 3322-4435 - Manoel

MEMÓRIA DIOCESANA

SANTO(A) DO MÊS

O final de novembro de 2008, em Blumenau e região, ficou marcado pela maior calami-

dade da história do Estado de Santa Catarina. Chuva, alagamentos, lama. Árvores, barro e pedras desciam dos morros, destruindo casas, obstruindo estradas e soterrando famílias inteiras.

Pe. Paulo Sérgio, pároco de São Domingos de Gusmão, em Navegan-tes, convidara-me para, às 19h30min do sábado, 22.11, presidir a santa mis-sa da novena em preparação à festa da Padroeira da Comunidades Nossa Senhora das Graças. Meus pais fica-ram contentes em acompanhar-me. Na última hora, à viagem, associou-se também tia Cremilda, missionária na Guatemala, há 15 anos, e em visita à família.

Vencidas as dúvidas e desconfian-ças, concordamos em viajar. À saída de Blumenau, algumas peripécias do motorista. Entre elas, o enfrentamento de ruas alagadas. Próximos de Gaspar, um engarrafamento atrasou-nos por uma hora. A viagem, porém, seguia devota, animada.

Chegamos à casa do Diácono Luiz, em Porto Escalvado, Navegantes, sob intensa chuva e “em cima da hora” para a missa. Na acolhedora residência per-

São Paulo Apóstolo, Padroeiro da nossa Diocese

T ermos um padroeiro dioce-sano da estatura humana e espiritual de Paulo Apóstolo,

sem dúvida, deixa-nos contentes. Famoso escritor qualificava-o de “primeiro depois do único”. O úni-co é Jesus Cristo. O primeiro seria Paulo por causa da sua inigualável paixão por Cristo, pela Igreja, pe-los irmãos e irmãs, expressa em sua incansável evangelização, em suas admiráveis epístolas e, enfim, no seu glorioso martírio pela fé que abraçou.

Nós, diocesanas e diocesanos de Blumenau, podemos dizer que precede-nos um grande modelo de discípulo missionário do Senhor. Além disso, escolhido como pro-tetor e pai, sua intercessão junto à Trindade garante-nos graças e bênçãos abundantes.

Propomos aqui o Apóstolo Paulo como “Santo do Mês” por um motivo muito justo e importan-

te. Em janeiro, dia 25, celebra-se a data litúrgica da sua conversão. Historicamente, as famílias cató-licas de Blumenau, nos inícios da comunidade, realizavam a festa em louvor a São Paulo exatamente no dia 25 de janeiro. Esta é a data pró-pria dele. No dia 29 de junho, ele alia-se a São Pedro para exaltar as

duas “colunas da Igreja nascente”. Para 19h do Dia do nosso Padro-eiro Diocesano, todos os padres, diáconos, seminaristas, religiosos, religiosas, lideranças de comunida-des, movimentos, o povo de Deus, somos todos convidados para a so-lene missa comemorativa.

Na véspera, dia 24, às 15h30min, na Catedral, Dom An-gélico ordenará três novos diáco-nos transitórios, isto é, que, depois de alguns meses, serão ordenados sacerdotes. No dia 25 de janeiro, ainda, o nosso bispo Dom Angéli-co comemora 32 anos de abençoa-do ministério episcopal.

Oportuno se torna, então, can-tarmos o refrão do hino da nossa Diocese:

“Padroeiro, Apóstolo Paulo, – Do Evangelho fiel pregador, - Intercede por nós junto a Cris-to – Que tenhamos tua força e vigor!”

Sementes na calamidade

Com os alagamentos, barreiras, quedas de pontes, o Jordão, bairro distante do centro de Blumenau, ficou totalmente iso-lado. Jéssica Vitória dava os primeiros sinais de querer vir

à luz. Só o helicóptero da Defesa Civil conseguiu buscá-la. No Hospital Santa Isabel, o parto foi realizado.

Já estava aberto o alojamento no salão da Catedral, mas prefe-riu-se alojar a mamãe e o bebê num dos quartos da casa paroquial. Três dias depois, num lindo bercinho, dormia a pequena, numa das salas do Centro de Formação Nossa Senhora Aparecida.

Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do Senhor nunca foi tão apropriada:”Quem acolher um destes pequeninos é a mim que acolhe”.

Da mesma forma, foram centenas de pessoas que se comove-ram com o sofrimento dos irmãos e irmãs neste tempo de cala-midade, aqui, em Blumenau e região. E, certamente, continuarão compadecidas não só dando alimento, cama e roupas. Elas, agora, precisam de casa, emprego, esperança. Muitas precisam recome-çar literalmente do nada. Perderam até familiares.

Tínhamos, praticamente, pronto o nosso jornal de dezembro/janeiro. Diante da inusitada situação da nossa cidade e do nosso Estado, resolvemos mudar nossa pauta. Valendo-nos, sobretudo, da linguagem da fotografia, pois as temos às centenas, num cader-no especial, propomo-nos passar sentimentos, lágrimas, angústias, sorrisos destes dias.

É Natal. Jesus se misturou às nossas alegrias e dores. Ele mes-mo, naquela noite fria, só encontrou uma estrebaria. Assim, o Ver-bo Encarnado fala para todos nós, flagelados ou não, de luz, espe-rança, fé, amor, coragem, solidariedade!

Feliz Natal, leitor amigo e irmão!

Jéssica Vitória, nosso Menino Jesus

maneceram os passageiros. Uns quinze minutos depois da hora marcada, es-tacionei o veículo na frente da capela. Não havia luz elétrica. Os ministros e ministras já se preparavam para uma celebração diferente.

Motivava-se a assembléia litúrgica para o hino de louvor e, de repente, o templo iluminou-se com a eletrici-dade. O sonoro e ritmado conjunto musical pôde acompanhar os cantos. A Palavra de Deus, ampliada pela aparelhagem de som, ganhou expres-são, profundidade. Uniformizado com apropriada e significativa camiseta, o

Grupo de Jovens “Sementes” fez os comentários, preces, leituras. Após a ação de graças, comovente encenação da anunciação foi apresentada.

Voltei para o nosso lugar de pernoi-te com o coração pleno de gratidão. As imagens de simplicidade, de alegria e devoção dos “jovens-semente” perma-necem no meu coração. Aquele dia e aquela noite traziam ameaças e medo. De tantas formas, no entanto, traziam muito mais a certeza do amor de Deus pela humanidade e pelo mundo.

Pe. Raul Kestring

Page 3: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

3A mensagem dos Pastores

A PALAVRA DO PAPA BENTO XVI

ENCONTRO COM DOM ANGÉLICO

Jornal da Diocese de Blumenau w Dezembro de 2008 e Janeiro 2009

Necessidade do Testemunho

“O mundo tem necessidade do teste-munho! Quem pode negar que o momento presente constitui uma viragem não somen-te para a Igreja na América, mas também para a sociedade no seu conjunto? Trata-se de uma época de grandets promessas, pois vemos a família humana aproximar-se sempre de formas diferentes, tornando-se cada vez mais interdependente. Todavia, ao mesmo tempo, vemos sinais evidentes de uma crise preocupante nos próprios

Razões da nossaEsperança

“Somente ́ permanecendo firmes ̀ao ensi-namento seguro (cf. 2 Ts 2,15), conseguiremos responder aos desafios que somos chamados a de enfrentar num mundo que se transforma. Só assim daremos um testemunho firme da verdade do Evangelho e do seu ensinamento

fundamentos da sociedade: sinais de alie-nação, raiva e contraposição em muitos dos nossos contemporâneos; violência crescente, debilitamento do sentido moral, vulgarização nos relacionamentos sociais e um aumentado esquecimento de Cristo e de Deus. Inclusive, a Igreja vê sinais de imensas promessas nas suas numerosas paróquias sólidas e nos mo-vimentos vivazes, no entusiasmo pela fé, de-monstrado por muitos jovens, no número da-queles que todos os anos abraçam a fé católica e, num interesse cada vez maior, pela oração e pela catequese. Ao mesmo tempo ela sente, de modo freqüentemente doloroso, a presença de divisão e de polarização no seu interior, e descobre também, desconcertada, que muitos batizados, em vez de agir como fermento es-piritual no mundo, são propensos a abraçar atitudes contrárias à verdade do Evangelho.” moral. Esta é a mensagem que o mundo espera

ouvir de nós. Assim como os primeiros cristãos, temos a responsabilidade de dar testemunho transparente das `razões da nossa esperança ,̀ de modo que os olhos de todos os homens de boa vontade possam abrir-se para ver que Deus manifestou o seu rosto (cf. Cor 3,12-18) e nos permitiu aceder à sua vida divina através de Jesus Cristo. Só Ele é a nossa esperança! Deus revelou o seu amor por todos os povos mediante o mistério da paixão e morte do seu Filho, e cha-mou-nos para proclamar que verdadeiramente ressuscitou.

Pastoral Vocacional

“O aumento das vo-cações sacerdotais é uma fonte de esperança. No entanto, é necessário continuar a promover uma Pastoral Vocacional específica, que não te-nha medo de animar os jovens a seguir os passos de Cristo, o Único que pode satisfazer as suas ansiedades de amor e de felicidade. Ao mes-mo tempo, o cuidado

e a atenção ao Seminário deverão ocupar sempre um lugar privilegiado no coração do Bispo (cf. PO, 5), dedicando-lhe os melhores instrumentos humanos e mate-riais das suas comunidades diocesanas e assegurando aos seminaristas, mediante a competência e a dedicação de formadores escolhidos, a melhor preparação espiritual, intelectual e humana possível, de tal manei-ra que, identificando-se com os sentimentos do Coração de Cristo, possam fazer frente ao compromisso do ministério presbiteral que deverão assumir.”

N este ano, dizia-me pessoa,

diante da calamidade que se

abateu sobre nós: “Não have-

rá Natal!” - Respondi-lhe: “Irmão, o

Natal acontece em todo gesto de fé,

esperança, amor! Quando Jesus nas-

ceu na gruta de Belém, os moradores

do local não o acolheram. Nem mesmo

Maria e José foram acolhidos. Nós,

agora, podemos acolhê-lo em atos de

solidariedade! E, maravilha, diante

da catástrofe marcada por oceano de

água – dor – lama – lágrimas – mortes,

surge imensa rede de solidariedade:

NATAL: FÉ – ESPERANÇA – SOLIDARIEDADE!abrigos, residências amigas, abriram-se

em acolhimento fraterno! Salões paro-

quiais, templos, tornaram-se moradia

de Jesus flagelado pela catástrofe! Uma

legião de voluntários formou-se para o

acolhimento das sofridas pessoas”.

Agora, vivemos a fase da reconstru-

ção! As Autoridades devem levar a sério

o cuidado com o meio ambiente, com o

estudo da qualidade e ocupação do solo,

com a política habitacional de modo ge-

ral. Basta de maquiar a cidade, sem dar

solução a problemas básicos!

Valorosa leiga, apóstola de Jesus,

cuja casa desmoronou, no meio da dor,

confidenciava-me: “Perdi tudo, mas a

fé e a esperança estão cada vez mais

firmes em minha vida!”

Por isto tudo, é Natal! É tempo de

mais e melhor oração. O MENINO nos

convida à mudança de vida, à santida-

de! É tempo de fé, esperança e solida-

riedade! É NATAL! Ele vem para nos

dar VIDA em plenitude! Vamos avante,

“alegres na esperança, firmes na tribu-

lação, perseverantes na oração” (Rm

12,12).

Page 4: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

4 Catequese

MartinsIndústria Têxtil Ltda

Grande variedade em malhas confeccionadas nas Linhas Adulto e Infantil

Postos de Vendas:Blumenau: CIC Blumenau - Fone: (0xx47) 3323-3494

Brusque: FIP - Fone: (0xx47) 3350-4158

Indaial: CCI Vitória Régia - Fone: (0xx47) 3333-2875 - Ramal: 275

Rua Dr. Blumenau,10190 - Encano - Indaial - Fone:3328-0861-Fax:3323-3494

Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

TODO DIA É NATAL

Já se tornou chavão a frase:”Pouco ou nada adianta ajudar os pobres só durante o Natal”. Além de

alimentar hipocrisias, vicia ainda mais os carentes, que, depois, não sabem a quem recorrer.

Parece que muitas ações gover-namentais, e mesmo muitas ações da Igreja, não recebem aquele apoio conti-nuado e aquele incentivo permanente.

Sabemos quantos projetos sociais têm as prefeituras, os estados, a nação.

Cheios de lacunas e desvios, sim! No entanto, basta só ter em mente a po-derosa arma democrática do voto, que temos em mãos, para se ter uma idéia do quanto o povo pode fazer para me-lhorar as suas próprias condições, seu

emprego, infra-estrutura habitacional, educação, saúde etc.

Como Igreja, aqui, na nossa Dio-cese de Blumenau, também temos propostas muito bem definidas para que todo dia realmente seja Natal,

isto é, para que Jesus, durante todo o ano, durante toda a vida, seja acolhido e ajudado nos pequenos, indefesos e pobres. Além dos Grupos de Reflexão, primeira prioridade Pastoral, recorde-mos:

Em assembléia diocesana, dia 22 de novembro, a Pastoral da Criança manifestou vitalidade e desejo de qualificar seu trabalho junto às crianças e famílias carentes na Diocese.

A Pastoral da Juventu-de da Diocese promo-veu encontro de espor-te e lazer, envolvendo jovens das nossas paróquias. O evento teve também momento de espiritualidade e reflexão. Jovens ani-mando jovens na cons-trução da civilização do Amor!

Organizando as contribuições materiais dos membros da Comunidade, a Pastoral do Dízimo fortalece a vida da comunidade e anima a soli-dariedade para com os necessitados e em rela-ção aos diversos âmbitos da Igreja.

Parte do imenso volume de roupas e material escolar,

coletado no mês de outubro para Humaitá (AM). Evi-

dencia-se, assim, o espírito missionário nas pessoas e nas comunidades, aspecto

fundamental dos verdadeiros discípulos missionários de

Jesus. Nossa Diocese apre-senta verdadeiro potencial

evangelizador nesse sentido.

Preparando a Semana Nacional da Famí-lia, mais de 100 lideranças da Pastoral Familiar da Diocese, reuniram-se em Baú Baixo, Ilhota, no mês de julho. Intensifica-se, entre nós, a atenção às famílias, es-pecialmente àquelas em situação de crise e carência. A preparação ao casamento coloca-se entre os projetos mais urgentes e importantes da Pastoral Familiar.

“Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40) – diz Jesus

Page 5: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

5Jornal da Diocese de Blumenau w Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009

Mar de lama e luto - Rede de solidariedade

Na igreja-matriz Nossa Senhora de Fátima, Ponta Aguda, Blumenau, os mem-bros do Apostolado da Oração se preparavam para a missa da primeira sexta-feira de dezembro. Tranqüila, ali, ao lado, sobre o colchão, estendido em cima dos bancos, dorme a criança. Por causa da calamidade, transformou-se o templo em presépio vivo de Jesus, acolhido nos flagelados e flageladas.

A espaçosa garagem de um prédio em construção é o local, onde, agora, a co-munidade católica da Rua Pedro Kraus, em Blumenau, está se reunindo para as celebrações. Um deslizamento de terra deixou a igreja interditada para ati-vidades. E, somente neste ano, foram investidos 60 mil Reais na reforma das salas de catequese.“Aqui, na Rua Pedro Kraus, até o nosso Padroeiro, Senhor Bom Jesus, ficou desabrigado. Mas nós continuamos ainda com mais fé no seu auxílio para reconstruirmos não só a capela, mas toda a nossa comunidade” (moradora da Rua Pedro Kraus).

Na Comunidade Eclesial São José, Zendron, Bairro Garcia, deslizamentos de terra, por causa das prolongadas chuvas, durante os últimos meses, cravaram uma cruz num dos morros. Tornou-se símbolo do sofrimento causado pela calamidade que atingiu Blumenau e região. Ao mesmo tempo, a cruz, depois que Jesus a abraçou, transformou-se em força de ressurreição. Toda pessoa humana, em sua existência terrena, de uma forma ou de outra, depara-se, necessariamente, com a doença, o sofrimento. Nesta tragédia, a perda de bens materiais e mesmo de entes queridos não desalente alguém de viver feliz e de reconstruir sua vida, seus sonhos. Tende coragem, eu venci o mundo (Mt 9,22) - disse Jesus.

Indizíveis tornaram-se as dores causadas pela tragédia. Imenso também foi o amor de centenas de pessoas que doaram alimentos, roupas, brinquedos; além disso, arregaçaram as mangas, trabalhando dedicadamente nos alojamentos.

Page 6: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

6 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Av. Armação, 4000 – Gravatá – 893750-000Navegantes – SC

Gravatá – 3342 7075 – MatrizPenha – 3347 1131 – Filial

BORTOLATTOVINICIOVB

MCMATERIAIS P/ CONSTRUÇÃO

Fone: (47) 3342-7075

A avalanche de lama atingiu esta casa, esfacelando muro

de tijolo e concreto. A coelhinha, porém,

saiu ilesa.

Não só a casa, no Bairro Nova Esperança, Blumenau, desabou com a enxurrada. Todo o terreno virou lama e buracos.

Em Belchior, município de Gaspar, o riacho trouxe tanta lama que os moradores desta casa tiveram de procu-rar abrigo no vizinho, cuja casa, do outro lado da estrada, não foi atingida.

Jamais o local, no Bairro Fortaleza, Blumenau, fora considerado área de risco. No entanto, o morro próximo à residência deste senhor ameaçava deslizar. Havia sinais de rachadura em diversas casas, ao redor. Buscar e carregar os pertences representava sério perigo à vida.

Mesmo em con-dições precárias,

esse veículo, carre-gado de objetos res-gatados às pressas,

segue pelas ruas centrais da cidade

de Blumenau, rumo a lugares mais

seguros.

Mar de lama e luto - Rede de solidariedade

Page 7: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

7Jornal da Diocese de Blumenau w Dezembro de 2008 e Janeiro 2009

A Agência de Notícias ZeNit, no dia 9 de dezembro, divulgou a informa-ção de que a igreja em Portugal, atra-vés de Cáritas Portugesa e da Diocese de Angra, somou-se às campanhas de ajuda às vítimas da tragédia ambiental em Santa Catarina (sul do Brasil).

O presidente da Cáritas Portugue-sa, eugénio José da Cruz Fonseca, ao destacar em comunicado que a entida-de está providenciando sua ajuda, re-cordou o dano aos pobres.

“Como em muitas outras circuns-tâncias, são sempre os pobres que mais sofrem as adversidades, não só pela precariedade das suas habitações, mas também porque são escassos os recur-sos financeiros para reconstruir as fra-cas condições de vida”, afirmou.

O bispo de Angra, Dom António Sousa Braga, indicou que o ofertório das missas de ontem, solenidade da imaculada Conceição, seja doado à Cáritas Regional de Santa Catarina.

Dom António recordou que “laços históricos muito antigos ligam os aço-rianos ao Brasil do Sul”. “estamos a evocar precisamente os 260 anos da emigração açoriana para Santa Catari-na”, disse o bispo, em nota.

Portugal solidário com vítimas das chuvas no sul do Brasil

Nota de solidariedade

“A Cáritas Brasileira se solidariza com as vítimas das enchentes em Santa Catarina. Lamentamos as tristes ocorrências, que causaram dezenas de mortes e deixa-ram milhares de pessoas desabrigadas.

Recomendamos que todos e todas se associem às iniciativas em andamento, promovidas pela Arquidiocese de Florianópolis, pelas Dioceses de Joinville e de Blume-nau, pelas Entidades-membro de Cáritas no Estado, bem como da Defesa Civil, em suas diversas instâncias.

Para doações de alimentos e roupas, o apelo se di-rige às comunidades do Estado de Santa Catarina, para que sejam de imediato encaminhadas às Secretarias das Paróquias da Arquidiocese de Florianópolis e das Dioce-ses de Joinville e de Blumenau.

Doações em dinheiro, de qualquer parte do Brasil, podem ser feitas utilizando as contas bancárias a seguir:

FLORIANÓPOLIS: Banco do Brasil, agência 3174-

7, conta 17611-7, em nome de Ação Social Arquidioce-sana/Flagelados SC 2008. CNPJ: 83.892.828/0001- 29. Mais informações: (48) 3224.8776 ou pelo e-mail [email protected]

JOINVILLE: Banco BESC, agência 014, c/c

130.786-2. A campanha é promovida pela Associação Diocesana de Promoção Social. Mais informações: (47) 3451.3715/3716 ou pelo e-mail [email protected]

BLUMENAU: Banco Itaú, agência 6407, c/c 07004-1. Campanha “Diocese de Blu-menau – Emergência”. Mais informações: (47) 3323.6952 ou 3322.4435 (cúria) ou pelo e-mail [email protected]

Manifestamos a esperança de que o sofrimento de tantas pessoas atingidas por essa calamidade seja ame-nizado com a prática da solidariedade, que neste momen-to nos convoca para as ações concretas que estiverem ao nosso alcance.

Fraternalmente, Diretoria, Secretariado Nacional e Regionais da Cá-

ritas Brasileira, reunidos em Brasília, aos 25 de novembro de 2008”.

* Assessoria Nacional de Comunicação

Renina Valejo - Assessoria de comunicação

No dia 25 de novembro, ocorreu reunião com o Sr. Prefeito Municipal, represen-tantes da Defesa Civil, Dom Angélico, Pastora Sinodal Mariane, Representan-tes da Igreja Assembléia de Deus para a busca de colaboração solidária diante da catástrofe que se abateu sobre Blu-menau e região. Foi acolhida a sugestão das cozinhas comunitárias, por agiliza-rem o atendimento em inúmeras comu-nidades eclesiais e contarem com boa experiência na alimentação de grandes grupos de carentes.

Prefeitura de Blumenau

Todos os padres da Diocese, sob a presidência de Dom Angélico, no Secretariado Dioce-sano de Pastoral, reuniram-se para avaliar o

atendimento dos flagelados pela calamidade ocor-rida nos últimos dias em Blumenau e região. Na mesma ocasião, o bispo de Blumenau anunciou projeto de organização da Caritas Diocesana com a indispensável colaboração de três representantes de cada paróquia. eles receberão formação continua-da nos três níveis: assistência, promoção humana e libertação. Os membros da equipe encarregada de gerenciar os recursos, que a Diocese está recebendo para os vitimados pela tragédia, ficaram também nomeados:Diácono João ernesto da Silva, Pre-sidente; Maristela Cizeski, Vice-Presidente; Luiz eduvirge de Souza Neto, Secretário executivo; Lorena Rodrigues, tesoureira; eva Salet Mendes Johann e Marcia Jaqueline da Silva Negherbon, Vogais. Um plantão permanente de atendimento funcionará, assim composto: Diác. ernesto, Már-cia, Salet e Seminarista Alexandre.

Reunião dos Padres analisa o atendimento aos flagelados

Cáritas promove campanha de ajuda às vítimas das enchentes

Mar de lama e luto - Rede de solidariedade

Dilúvio catarinenseAntes:No Vale do itajaí,eram farturas e flores,Oração, festas, amorese um céu de puro anil.O povo todo cantava,entre feliz e sorrindo:A tebaida está florindoNum recanto do Brasil.

Agora: Chuva, chuva, um dilúvio,Os montes desmoronando,A água doce inundandoCidades e corações.Mil tragédias lancinantes,pessoas são soterradas,As almas desesperadasSuplicam pão e orações.

Amanhã:Quando essas águas baixareme brilhar o sol doirado,O povo ressuscitado,Com coragem e com fé,terá de novo fartura,Haverá flores soabrindoDe mãos dadas e sorrindo,Será um povo de pé.

Page 8: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

98

3322-3950Informar-se é Prevenção

Prevenção = Atendimento Digno + Redução dos Custos

[email protected]

CEMITÉRIO?E-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.brE-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.br

Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Tempo de Natal! “Em 1983, com a

enchente, perdi tudo!

Agora, minha casa foi

engolida pela lama! Vou

recomeçar de novo”

(Morador do morro Coripós)”

“A noite se iluminou com as chamas.

Chovia. Vinha fogo da

montanha. Senti pavor! Só Deus para nos dar força”

(Moradora de Belchior)”

“Perceberam a cruz que se formou

no morro do Zendron? É Jesus

Crucificado carregando nossa cruz”

(Morador do Garcia)”

“Perdi tudo, mas a fé e

a esperança crescem em minha vida”

(Moradora da Rua Pedro Krauss)”

NESTE NATAL, DE MANEIRA ESPECIALDá-nos um coração generoso e revela-nos teu amor.Vem, Senhor Jesus!Dissipa nossas trevas com a luz da tua presença.Vem, Senhor Jesus!

Derruba as barreiras do ódio que nos dividem!Vem, Senhor Jesus!Lembra-te dos pobres e desabrigados e acompanha-os com teu carinho. Vem Senhor Jesus!Consola os aflitos, concede consolo aos que perderam pessoas amadas. Renova nossa terra para que nela habitem a justiça e a paz.Vem, Senhor Jesus!Dá-nos vigor para recomeçar, para reconstruir.Vem, Senhor Jesus!

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCOSenhor, fazei-me instrumento de vossa paz:Onde houver ódio que eu leve o amor;Onde houver ofensa que eu leve o perdão;Onde houver discórdia que eu leve a união;Onde houver dúvida que eu leve a fé;Onde houver desespero que eu leve a esperança;Onde houver tristeza que eu leve alegria;Onde houver trevas que eu leve a luz;Ó Mestre, fazei que eu procure mais Consolar que ser consolado,Compreender que ser compreendido;Amar que ser amado;Pois é dando que se recebe;É perdoando que se é perdoadoE é morrendo que se vive para a Vida eterna.

Do Profeta Habacuc (3,17-18):

“Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não

haja azeitonas para apanhar, nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos, nem

gado nos currais, mesmo assim, eu darei graças ao Se-

nhor e louvarei a Deus, o meu Salvador.”SEJA ABENÇOADO!

“Que o caminho seja brando a teus pés;

o vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe sobre tua face;As chuvas caiam serenas em teus

campos. E, até que eu de novo te veja,Que Deus te guarde na palma da tua

mão”.(bênção irlandesa)Disse Jesus: “Eu estava desabrigado,

esmagado por desmoronamentos, com fome e sede, e você me acolheu!”

N o dia 23 de Novembro de 2008, às 23h47, quando a chuva não dava trégua, mais

cochilando do que vendo TV, esta-va confortavelmente na sala da casa paroquial da Catedral de Blumenau. Amigos começaram a telefonar-me dando noticias sobre o Rio Itajaí Açu, Belchior e Baú. Estas notícias chega-vam logo após a explosão do gasodu-to que corta a região.

O cochilo se foi e pensei nas ser-

rarias do Baú e Belchior, que estimu-laram muitos pequenos produtores a plantar pinus e eucaliptos.

Muito pouco entendo de Geolo-gia, mas sei que Deus perdoa sempre; os humanos, às vezes; e a Natureza, ja-mais. A salada mista de chuvas, pinus, eucaliptos, acidez da terra, morros e a explosão do gasoduto na região, deve ser algo nada saudável ou então, o sa-bor da dor, da lágrima e da perda do horizonte utópico. A seguir, crianças e

pais derramavam suas lágrimas diante dos padres da Catedral.

Naquele momento, abrimos o abrigo da casa e do coração. Naquela madrugada o senhor José, um abriga-do em nossa Catedral, afirmou: “Em 2008 não haverá Natal”. Fiquei pen-sativo com o parecer de um homem de fé, sempre presente na comunida-de Nossa Senhora Aparecida, do Alto Baú. Daquela fala carregada de deses-pero, antecipei minha reflexão sobre o Natal.

No primeiro Natal, a esperança no poder econômico e no político es-tavam extintas. A esperança foi depo-sitada na pequena criança que nasceu

no estábulo, na gruta humilde de Belém, junto aos animais e pastores que estavam à margem da socieda-de. Deus que se faz humano e revela sua paixão e grandeza.

No Vale do Itajaí, antecipamos o início do Natal. Muitos não querem apenas trabalhar PARA e ou AOS EMPOBRECIDOS. Somos muitos que estamos COM os empobrecidos. Na atitude de ESTAR COM ELES, podemos experimentar o humano de Deus. É a novidade do cristianis-mo: um Deus que se faz hu-mano com os humanos. É o sentido do Natal.

Estamos COM OS

SOFREDORES para RE-CONS-TRUIR, não somente Blumenau, Gaspar, Ilhota, Itajaí e outras comu-nidades, mas para edificarmos um novo Brasil. Quantas mãos estão se estendendo na direção de Santa Catarina! Não são somente alemães, mas também afro-descendentes da Bahia de todos os santos, paulistas, cariocas, amazonenses e tantos ou-tros irmãos e irmãs.

Todavia, felicidade não ocor-re sem MORADIA,

mesmo que seja no estilo da humilde gruta de Belém!

Por isso, é ur-

gente que o poder público e ou aqueles que estão administrando os valores arrecadados pensem primeiramente no Plano Habitacional para o Vale do Itajaí, incluindo saneamento básico, sistema de escoamento de água em tempos de excesso de chuvas e reflo-restamento dos morros, que não deve ser confundido com plantio de pinus e eucaliptos. Feliz Natal a todos e com todos!

Pe. Célio Ribeiro, professor universitário e vigário na Catedral de Blumenau

Mar de lama e luto - Rede de solidariedade

Page 9: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

10 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Anuncie noJornal da Diocese

FONES: 3322-4435 8834-0011

Papa volta a manifestar solidariedade às vítimas da calamidade em Santa Catarina

No domingo, dia 7 de dezembro de 2008, o papa Bento XVI reafirmou seus “sentimen-tos de comoção pela catástrofe ambiental ocorrida há poucos dias no estado de Santa Catarina, que causou numerosas vítimas e deixou milhares de pessoas sem casa”.

“Para eles, invoco a proteção do Altíssi-mo, para que possa recompensar o povo bra-sileiro e as autoridades nacionais e estrangei-ras pela ajuda que prestaram às vítimas neste momento de viva consternação”, disse Bento XVI, em sua saudação em língua portuguesa, logo após a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

(Fonte: site www.cnbb.org.br – 08/12/2008)

Papa se solidariza com vítimas da tragédia em Santa Catarina

A Secretaria de Estado do Vaticano enviou, no dia 27 de novem-bro de 2008, a Dom Murilo S. R. Krieger, arcebispo de Florianópolis (SC), mensagem de solidariedade às vítimas da tragédia de Santa Ca-tarina. No texto, o secretário de estado de Bento XVI, cardeal Tarci-sio Bertone, lamenta o acontecido e pede a Deus a consolação dos desalojados neste momento de dor.

“Sua Excia. RevmaD. Murilo S. R. Krieger, SCJ,DD. Arcebispo de Florianópolis,BrasilO Santo Padre, ao tomar conhecimento, com profundo pesar, da tragédia e

lutuosas conseqüências das chuvas torrenciais que atingiram o Estado de Santa Catarina, deseja afirmar-se espiritualmente nesta hora de dor com as famílias das vítimas e com os milhares de desalojados e desabrigados desta enorme tragédia ambiental.

Cardeal Tarcisio BertoneSecretário de Estado de Sua Santidade”Vaticano, 27 de novembro de 2008(Fonte: site www.cnbb.org.br – 01/12/2008

Dom Angélico enviou carta de agradecimento ao Papa Bento XVI“Blumenau, 08 de dezembro de 2008

Ao Santo Padre Bento XVINosso amado Pai,Na festa da Imaculada Conceição, a Diocese de Blumenau agradece, de todo cora-

ção, cofortadora mensagem de 27/11/2008, as paternais palavras do dia 07/12/2008 e a preciosa bênção apostólica.

Na catástrofe que se abateu sobre Santa Catarina, Santo Padre, a Diocese de Blume-nau foi a mais atingida, com 95 mortes até o presente, muitos desaparecidos, centenas de pessoas sem moradia! Nossas paróquias, desde o primeiro instante, abriram suas portas em solidariedade às famílias sofridas, abrigando muitas pessoas!

Agora, passado o ápice da tormenta, estamos empenhados na obra de reconstrução, nesta catástrofe ambiental que tem as chuvas torrenciais como causa principal, acompa-nhas de outras causas que envolvem a irresponsabilidade humana!

Santo Padre, nós o amamos! Deus lhe pague por tudo! Por favor, abençoe-nos e acompanhe-nos com suas preciosas preces!

Abraço forte:Assina: Dom Angélico Sândalo Bernardino – Bispo Diocesano de Blumenau, na

bela e Santa Catarina”

Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo Metropolitano de Aparecida, manifestou consternação e solidariedade

Aparecida, 29 de novembro de 2008Excelentíssimo Reverendíssimo Dom Angélico Sânda-

lo BernardinoDD. Bispo de BlumenauCaro Irmão no EpiscopadoProfundamente consternado com o sofrimento da po-

pulação do Estado de Santa Catarina, desejo expressar-lhe minha solidariedade extensiva a todas as famílias das víti-mas desse desastre natural e assegurar-lhes nossa união na oração, para que todos encontrem a força necessária para vencerem as dificuldades presentes e seguirem avante.

Em união de precesAssina: Dom Raymundo Damasceno AssisArcebispo de Aparecida - SPPresidente do CELAM

Mar de lama e luto - Rede de solidariedade

Page 10: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

D iante da catástrofe que se abateu sobre parte de Santa Catarina, mar-cantemente em municípios das dio-

ceses de Blumenau, Florianópolis e Join-ville, muitas questões, perguntas, surgem! Por que, sobretudo tantas mortes? Res-posta rápida coloca a responsabilidade nas intensas e torrenciais chuvas que caíram sobre nossa Região! Mas, além das chuvas, precisamos buscar, mais profundamente, outras causas de tantos desmoronamentos, mortes, feridos e desabrigados! Fiquemos nos Municípios atingidos, na diocese de Blumenau, onde tantas mortes acontece-ram, casas foram destruídas, arrozais e ou-tras plantações comprometidas, ruas, estra-das obstruídas, e perguntemos em denúncia – colaboração:

Onde está o planejamento urbano preventivo? Nas chuvas, não ficamos olhando para o RIO ITAJAÍ, assom-brados, ainda pelas enchentes de 1983 e 84, esquecidos de nos ocupar

com os morros e encostas? (Tivemos enxurra-das generalizadas, enchentes em Navegantes, mas o desastre maior desceu dos morros).

Qual a atenção que se dá, nos pla-nejamentos municipais, à Defesa Civil?

Quais são os estudos sérios, abali-zados, sobre a qualidade do solo e sua ocupação?

Por que as encostas dos morros são chanfradas e os barrancos não recebem tratamento adequado? Onde e como estão os muros de arrimo?

Por que o Poder Público se curva diante dos interesses da explora-ção imobiliária?

Por que locais condenados à habitação por estudos feitos há 25 anos, por exemplo no morro Coripós, continuaram habitados, com o Poder Público conivente,

a cobrar dos moradores, imposto e taxas de água, luz?

Por que o caminho das águas que descem dos morros não é respeita-do e sua vazão não é prevista?

Por que, em muitos locais o pinus e o eucalipto imperam, a serviço do interesse de ser-rarias?

Qual é a segurança efetiva que é oferecida à população que vive ao lado do gasoduto que corta a Re-gião e acabou explodindo em Bel-chior, Gaspar?

Por que os Municípios não têm sério plano habitacional contemplando, de maneira especial, os pobres, os menos favorecidos economicamente falando?

Por que há tanto esmero em maquiar a cidade e não há aten-dimento solucionador de seus problemas básicos?

Por que não acordamos dian-te da urgente necessidade de respeitar o meio ambiente, o planeta terra – nossa casa co-mum?

Estas e outras urgentes questões precisam ser consideradas, debatidas, passados os mo-mentos emergenciais que mobilizaram IGRE-JAS, Prefeituras, Exército, Corpo de Bombei-ros e centenas de abnegados voluntários.

Diante do imenso mar de água – lama – dor – lágrimas – mortes, que nos atingiu, passados os primeiros momentos, em que maravilhosa rede de solidariedade nos envolve, é chegado o momento da reconstrução alicerçada na desco-berta das causas profundas da catástrofe e das soluções que se fazem necessárias! E estejamos alertas, a prioridade urgente reside na construção de moradia para os que perderam sua casa!

Que Deus nos ilumine, encoraje a todos nesta hora marcada por fé, esperança e soli-dariedade!

Assinado: Dom Angélico Sândalo Ber-nardino

Bispo Diocesano de Blumenau Blumenau, 03 de dezembro de 2008

11Jornal da Diocese de Blumenau w Dezembro de 2008 a Janeiro de 2009

MAR DE ÁGUA – LAMA – LÁGRIMAS E MORTOS!

1

23456

7891011

12

CARTA PASTORAL AO VALE DO ITAJAÍQue diremos, pois, à vista destas coisas?

A terra se dissolvendo “como sorvete”; casas deslizando como em tobogãs; avalan-ches de terra soterrando casas, carros, pesso-as; árvores e pedras tomando as ruas; águas fazendo caminhos nunca dantes trilhados, sem licença e sem aviso-prévio invadindo dispensas, salas e dormitórios.

Pessoas começaram a perder o chão, foi-se o que na vida lhes era seguro e abrigo. Há desalojados, sem teto, desanimados, mortos e enlutados.

“Que diremos, pois, à vista de todas essas cousas?” (Romanos 8.31a)

Primeiro: Não duvidemos, Deus é por nós, o seu

amor permanece. Ele há de nos sustentar com a sua destra fiel. Ele há de nos enviar “anjos” que solidariamente nos ajudarão. Através do seu Espírito Santo Ele há de prover que nossos corações quebrantados se encherão de esperança e de forças para recomeçar.

Segundo:Que à vista de todas essas coisas reflita-

mos sobre o temor que devemos a Deus e o respeito ante toda a natureza criada. Presen-ciamos quão inseguros são os fundamentos tidos como seguros que construímos! Apren-damos a respeitar os cursos e limites da na-tureza. Catástrofes podem ser fruto do nosso descaso e descuido da criação divina. A terra é uma só. Esta é a casa da humanidade, se

destruída, não há outra morada terrestre.

Terceiro:Que à vista de todas essas coisas não

percamos de vista a necessidade, a fome, a dor, o desânimo, o luto do nosso irmão e irmã atingidos. Sejamos, sobremodo, so-lidários. O amor é generoso. O amor tudo supera. Tudo que fizermos com amor não pesa e não nos faltará jamais. Nos encherá, sim, de gratidão e de dentro de nós brotará felicidade e paz.

Todas essas calamidades à vista hoje desaparecerão, e cousas novas aparecerão, se em nós e entre nós permanecem a fé, a esperança e o amor.

Assim, conclamamos a todo o povo de Deus no Vale do Itajaí, para que seja soli-dário e recobre a esperança. Deus fará no-

vas todas as coisas, creiam nisso.Também como Igreja Evangélica de

Confissão Luterana no Brasil, através de nossas Paróquias e Comunidades no Síno-do Vale do Itajaí, estamos de portas abertas para auxiliar as vítimas desta calamidade que castigou nosso Vale.

Com votos de que Deus estenda seu manto protetor sobre todos/as nós e nos abençoe!

Blumenau, SC, 24 de novembro de 2008.

Léa Stange de Oliveira Presidente do Sínodo Vale do Itajaí Mariane Beyer EhratPastora Sinodal do Sínodo Vale do Ita-

jaí

Mar de lama e luto - Rede de solidariedade

Page 11: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

12 Novembro de 2008 w Jornal da Diocese de Blumenau

Em que podemos ajudar? – Foi com esta pergunta a Dom Angélico que os representantes da Caritas Nacional e Estadual iniciaram o seu contato com a realidade de sofrimento e morte em Blumenau e região, causada pelas intermináveis chuvas. Respectivamente, Vité-lio e Pe. Roque trouxeram mais do que promessas. Além da sua experiência de solidariedade perante calamidades em outros lugares do Brasil e do Exterior, a Caritas trouxe conforto, apoio ao que já está sendo feito pelos desabrigados; a insistência de que os cuidadores não podem ser esquecidos, e a ajuda con-creta, enviada, inclusive da Europa e dos Estados Unidos, de significativa quantia mone-tária, próxima de meio milhão

de Reais. À reunião estavam presen-

tes também Ivone e José, repre-sentantes da Adipros (Associa-ção Diocesana de Promoção Social), da Diocese de Joinville. Certificaram-nos da profunda e concreta solidariedade da nossa Diocese-mãe. Em Joinville, as vítimas não foram tantas. Além disso, a ação do Poder Público, Defesa Civil, ongs, foi mais imediata.

Luizinho, ecônomo da Diocese de Blumenau, anotava tudo para dar encaminhamento aos projetos e recursos.

Maristela, Salete e Márcia, da equipe de coordenação da Pastoral da Criança integra-vam-se à equipe para formar o comitê permanente de gerência e sustento dos diversos proje-

tos.Pe. Raul, responsável pelo

setores de comunicação e ecu-menismo da Diocese foi cha-mado para dar a sua específica colaboração, na mesma equipe diocesana.

Por determinação de D. Angélico, os membros do gru-po serão ampliados para que, em caminhada constante, os

necessitados possam ser efeti-vamente socorridos.

Houve unânime aprovação e acolhida do documento emi-tido por Dom Angélico, intitu-lado “Mar de água e lama” que, a essas alturas, percorre a mídia nacional, especialmente através dos órgãos de comunicação da Igreja e pode ser encontrado nas páginas deste nosso jornal.

N a manhã de 2 de de-zembro, no secretariado diocesano de Pastoral

da Diocese de Blumenau, reuni-ram-se os vigários comarcais da Diocese, e Pe. Márcio Fernandes de Oliveira (pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Bel-chior, á qual pertencem capelas do Morro do Baú, das mais atin-gidas pela catástrofe), com dom Angélico.

Primeiro, foram lembradas as vítimas fatais, oitenta e oito até aquele momento. Entre elas, Irma Dallabrida e sua nora Ilda. Irma, dedicada e perseverante ministra extraordinária da Co-munhão, residente em Benedi-to Novo. D.Angélico presidiu a missa de corpo presente daquela discípula missionária de Jesus.

De cada região de Diocese, o respectivo vigário comarcal trou-xe as informações:

- Em Navegantes, as comunidades mais pobres fo-ram as mais atingidas: Santa Terezinha (Volta Grande), Sagrado Coração de Jesus (Carvão) e São Francisco de Assis (Pedra de Amolar) – as igrejas transformaram-se em abrigos.

- Na Casa da Ressurrei-ção (onde tóxico-dependen-tes estão em recuperação), município de Ilhota, não chegou enchente, mas a casa ficou totalmente ilhada.

- Em Rio dos Cedros, todas as famílias moradoras do centro da cidade ficaram desabrigadas. Uma montanha deslizou sobre o rio, que está formando enorme e ameaçadora represa.

- Pe. Roberto, pároco de Doutor Pedrinho, está isolado – um único acesso ao município periga ser fechado por barreira.

Vigários Comarcais, reunidos com Dom Angélico, socializam notícias

- Em Timbó, setecentas famílias ficaram sem casa. Um casal da IECLB morreu soterra-do. Um alojamento foi instala-do no salão paroquial. A Defesa Civil ocupou todas as escolas. A Capela São Paulo Apóstolo e o salão comunitário desabaram totalmente. Onze residências daquela área foram interditadas.

A Comunidade católica timboense organizou-se para oferecer refeições para onde forem necessárias e solicitadas. Com panelas térmicas e condu-ções próprias, hum mil refeições prontas podem ser transportadas para qualquer lugar da Diocese, naturalmente com acesso possí-vel.

Em Blumenau, todas as paróquias foram atin-gidas e todas elas foram imediatamente abertas para abrigar os flagelados. O bairro Grande Garcia foi dos mais atingidos. A Paróquia Santa Cruz conta 5 óbitos. O salão comunitário da Paróquia Santa Isabel foi invadido pelo desmoronamento. A Casa de Convivência de Idosos Santa Ana, pró-xima à Paróquia Nossa

Senhora da Glória, está inter-ditada e os familiares dos ve-lhinhos foram chamados para, temporariamente, oferecerem-lhes abrigo. Inclusive as Irmãs e o Pe. Geraldo foram acolhidos na casa paroquial da mesma Paróquia. No bairro Fortaleza, no Salão Paroquial São Fran-cisco, trezentas pessoas estão

abrigadas. Ali, próximo, a igreja Adventista está em risco de de-sabamento.

Na Rua Pedro Kraus, os estragos foram grandes. A Ca-pela Senhor Bom Jesus foi atingida e danificada, tornando-se imediatamente interditada.

A cidade e o município de Luis Alves ficaram totalmente isolados pelas águas e desmoro-namentos.

Ilhota é a região que mais carece de ajuda. Estima-se que, no morro do Baú, haja mais de 200 vítimas. Cento e cinqüenta pessoas estão alojadas no Salão Cristo Rei, de Ilhota. De modo geral, não falta alimentação. A ajuda das comunidades tem sido abundante, comovente. Também as pessoas de lugares distantes mandam muitos alimentos e roupas. A catástrofe ganhou boa publicidade nacional.

“Em que podemos ajudar?”

Mar de lama e luto - Rede de solidariedade

Uma sala para a Caritas da Diocese de Blumenau

Uma ampla sala do Secretariado Diocesano de Pasto-ral está destinada para o funcionamento da Caritas. Com a ajuda de muitas pessoas compassivas e generosas da nos-sa região, do Brasil e do Exterior, móveis, computadores, material de escritório, foram providenciados. O telefone 0xx-(47)-3322-4435 e o email [email protected] já permitem intercomunicação entre os interessados em colaborar com os desabrigados e desalojados. Ao mesmo tempo, os flagelados e flageladas têm um endereço, para onde se dirigirem, a fim de, satisfeitos adequados critérios, resolverem suas carências.

Page 12: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

13Jornal da Diocese de Blumenau w Dezembro de 2008 a Janeiro de 2009

FONES: 3322-4435 8834-0011

Anuncie noJornal da Diocese

Curtas diocesanas

Mesmo sob a forte chuva, no Dia de Finados, muita gente acorreu à capela do Cemitério São José, em Blumenau, Centro, para celebrar a vida e a ressurreição, na santa missa presidida por Dom Angélico.

No dia 26/10, sob a coordenação do Movimento de Irmãos, na

Paróquia Cristo Rei, Velha, Blume-nau, realizou-se o “Domingo Di-

ferente” , com a participação de 170 pessoas: pais ou responsá-

veis dos catequizandos de Euca-ristia e Crisma. Através de diver-

sos e comoventes depoimentos dos participantes, percebeu-se a

importância de abordar adequada-mente os verdadeiros valores da família. O proveitoso domingo foi concluído com uma adoração ao

Santíssimo Sacramento.

O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, foi dignamente celebra-do em Penha, na Capela de Nossa Senhora Aparecida. Pe. Toninho pre-sidiu a santa missa e outros padres concelebraram, inclusive Pe. Paulo Sérgio Marques, coordenador diocesano da Pastoral Afro na Diocese de Blumenau. Grupos de Afro-descendentes de Penha e Piçarras tam-bém se fizeram presentes.

Por ocasião da comemora-ção do 40º. Aniversário de criação da Paróquia Santa Terezinha, Escola Agrícola, Blumenau, celebrado no dia 9 de novembro, lideranças elaboraram e editaram inte-ressante caderno, contendo registros históricos escritos pelos paroquianos e comen-tários alusivos à inesquecí-vel data.

João Leonardo Hoffmann (nascido em Blumenau, SC), José Vidalvino Fontanella da Silva (nascido em Lontras, SC), Marcelo Martendal (nascido em Luis Alves, SC), Marcos An-tonio Zimmermann (nascido em Ilhota, SC) e Ricardo Alexandre Feüstel Kreutzfeld (nas-cido em Joinville, SC), sob o lema “Ide pelo mundo e anunciai o Evangelho” (Mt 16,15) e pela imposição das mãos de Dom Angélico, no próximo dia 24 de janeiro, às 15h30min, na Catedral São Paulo Apóstolo, serão ordenados Diáconos.

No dia 5 de dezembro, na igreja-matriz Nossa Senho-ra Imaculada Conceição, Vila Nova, Blumenau, em solene celebração euca-rística presidida por Dom Angélico, a nossa Diocese foi agraciada com o neo-sacerdote Pe. Helio Vrech. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi” foi o lema de mi-nistério sacerdotal escolhi-do pelo Pe. Vrech.

Page 13: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

14 Novembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Cama- Mesa - Banho - Calçados - Uniformes escolaresConfecções em geral - Roupas para Toda a Família

Fone/ Fax: (047) 3323 3339

Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni

Rua Bahia, n° 136 – Itoupava Seca – Blumenau – SC

Rua: Rui Barbosa, nº 655, Bairro: Progresso - Blumenau

Fone: 3336-6000

AGENDA DE DOM ANGÉLICO

Opinião

Estas são as atividades de nosso Bispo em dezembro-ja-neiro, além do atendimento na Cúria e presença a Comunida-des:

Conselho de Administração

Dia 4, na Cúria, às 19 horas, reunião do conselho Diocesano de Administração.

Diáconos e Padres

Em Doutor Pedrinho, dia 9, confraternização de Padres e Diáconos Permanentes.

Franciscanos Conventuais

Em Curitiba, de 5 a 9 de ja-neiro, retiro espiritual para os Franciscanos Conventuais.

FériasDe 12 a 21, período de fé-

rias.

Ordenações Diaconais

No dia 24 de janeiro, à ordenação diaconal de cinco se-minaristas de nossa Diocese, na Catedral São Paulo Apóstolo.

Festa do Patrono da Diocese

No dia 25 de janeiro, festa do Patrono da diocese de Blu-menau, São Paulo Apóstolo, presença às comemorações na catedral.

ReflexãoPe. Zezinho SCJ

Duas EstrelasDuas estrelas a tremeluzirNa noite santa de NatalDuas estrelas a nos conduzirQue noite santa e sem igualUma delas tinha um brilho santoE a outra um brilho sideralUma delas a brilhar no céuE a outra bem aqui na terraA do céu chamou-se estrela guiaE a da terra se chamou MariaDuas estrelas a dizer amémQue brilho santo e quanta pazDuas estrelas brilham em BelémAnunciando a luz da luzUma delas guia o viajanteE a outra cuida de JesusUma delas anda pelo céuE a outra tem o céu no coloO santo livro diz que foi assimNaquela noite sem igualDuas estrela que disseram simE não faz mal se ainda não é NatalVou cantando pra lembrar meu povoQue nascemos para iluminarDe Maria o brilho é maternalO da estrela é um brilho missionárioProcuremos com a estrela guiaContemplemos juntos com Maria

Dez coisas que levei anos para aprender.(Luís Fernando Veríssimo)

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser boa pessoa (esta é muito importante. Preste atenção. Nunca falha)

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante

na mesma noite.7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana

ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria “reuniões”8. Há uma linha muito tênue entre “hobby” e “doença mental”.9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário

construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão, que vale a pena se doar

às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!

Não corra! Pare! Medite!“ O ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção

e, por isso, desde esse mesmo momento, devem-lhe ser reconhecidos os direitos de pessoa e, primeiro de todos, o direito inviolável de cada ser inocente à vida”. (João Paulo II)

“O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética.

O que mais preocupa é o silêncio dos bons.”(Martin Luther King)

MaledicênciaHá muitos anos aprendi uma lição da qual jamais me esqueci. Quando

se fala mal de alguém, mentindo, trata-se de uma calúnia: se não é men-tira, é maledicência.

Ora, a calúnia, no dizer do dr. Caio Luiz de Carvalho, ex-minis-tro do Turismo, “é a arma dos incompetentes.”

E se se trata de maledicência, é bom lembrar a lição de Sócrates sobre os “três crivos”, o da verdade, o da bondade e o da utilidade:

1º É verdadeiro o que me queres contar?2º Mesmo não sendo verdadeiro, vai beneficiar alguém?3º Apesar de tudo, tem alguma utilidade?Se o assunto não passar pelos três crivos, é melhor ficar calado. (Aldo Boeing)

Fila Indiana!Os homens caminham pela face da terra em fila india-

na.Cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualida-

des.Na sacola de trá, guardamos os nossos defeitos.Por isso durante a jornada pela vida, mantemos os olhos

fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito.Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas cos-

tas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

Page 14: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

Igreja no Brasil Igreja no Mundo

Procure o PORTA ABERTA!ACOLHIDA, ORIENTAÇÃO E ENCAMINHAMENTOATENDIMENTO: Terças e Quintas: das 16h às 20h.

Rua XV de Novembro, s/n (fundos da Catedral)Fone: (47) 3322-4435

15Notícias da IgrajaJornal da Diocese de Blumenau w Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009

Fone:3337-2425

Rua Gustavo Zimermann, 1765 - Itoupava Central - Margem Esquerda - 89062-100 - Blumenau - SC

Formação e atualização litúrgica musical

Mais uma etapa do Curso de formação e atualização litúrgico-musical – CELMU – acontecerá de 5 a 16 de janeiro, na cidade de Agudos, SP. “O Celmu tem por objetivo promover uma melhor integração da música na li-turgia, mediante uma preparação adequada dos seus agentes, para que sua função ministerial seja verdadeira expressão do Mistério Pascal”, explicou o assessor de Música Litúrgica da CNBB, Padre José Carlos Sala.

Curso para BisposPromovido pela Arquidiocese do Rio de janeiro o 18º curso para Bispos acontecerá de 2 a 6 de fevereiro

próximo. O tema a ser aprofundado: “A palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.”

Pastoral da JuventudeDe 26 a 30 de janeiro, em Bom Jesus da Lapa

(BA), acontecerá o 3º Congresso Nacional da Pas-toral da Juventude do Meio Popular (PJMP), com o tema “PJMP: 30 anos de caminhada e, ao mes-mo tempo, ser um momento de formação, articu-lação, fortalecimento da fé e de reafirmação da opção preferencial pelos pobres. Na programação do evento constam: celebrações, debates, oficinas e a Romaria da Juventude do meio Popular, que acontecerá no último dia do encontro.

Parapsicologia e ReligiãoO 39º Curso de Parapsicologia e Religião acontece de 20 a 30 de janeiro de 2009. Informações: CLAP – Centro Latino-Americano de Parapsicologia Rua Paracê, nº 47 – Sumaré – São paulo – SP CEP 01257-050 – Tel. (11) 3873-8831 Site: www.clap.org. br e-mail: [email protected] Curso e Hospedagem: Centro de Eventos Santa Fé Via Anhanguera, Km 26 – São Paulo – SP Fone:(11)3916-6200(exclusivamente durante o curso)Tema: “Ateísmo, espiritismo, seitas. A superstição e a fé à luz da ciência”.

Encontro Mundial das FamíliasNa cidade do México, entre 16

e 18p de janeiro, acontece o En-contro Mundial das Famílias, com o tema: “A família formadora de valores humanos e cristãos.”

São Paulo Migrante...“São Paulo migrante, Apóstolo dos povos”. Este é o tema da

mensagem do papa Bento XVI para o 95º Dia Mundial do Mi-grante e do Refugiado, que será celebrado no dia 18p de janeiro de 2009.

Congresso sobre evolução da Biologia“Evolução biológica: fatos e teorias. Uma valorização crítica dos 150

anos depois da `Origem das Espécies`”. Este será o tema do Congresso Internacional sobre a Evolução da Biologia, organizado pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e pela Universidade de Notre Dame da Índia, com o patrocínio do Pontifício Conselho da Cultura no âmbito do projeto de Ciência, Teologia e Investigação Ontológica.

O evento acontecerá de 3 a 7 de março próximo, em Roma.

Escolhido o tema para o Dia Mundial das Comunicações

“ Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade.” Este é o tema escolhido pelo papa Bento XVI para o XLIII Dia Mundial das Comunicações 2009 será celebrado no dia 24 de maio.

O anúncio foi feito pelo arcebispo Cláudio Maria Celli, presi-dente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

“O Papa nos põe diante de um autêntico programa de trabalho”, disse o arcebispo. É um “compêndio dos compromissos e das res-ponsabilidades que a comunicação e as profissões da comunicação são chamadas a assumir em primeira pessoa, em um tempo tão for-temente caracterizado pelo desenvolvimento das novas tecnologias que, de fato, criam um novo ambiente e uma nova cultura.”

O arcebispo informou ainda que em março de 2009 haverá um seminário de estudo, do qual poderão participar os bispos respon-sáveis da comunicação das Conferências Episcopais. O seminário será organizado em colaboração com os professores universitários especialistas em meios de comunicação “para formular uma pasto-ral dos meios de comunicação social mais precisa e moderna”.

Page 15: ANO VIII Nº 90 Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 É natal ... · Com a mamãe, o papai e o irmãozinho, de 3 anos de idade, Jéssica é, para nós, o Menino Jesus. A Palavra do

16 História das Comunidades Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Na década de 1990, o bairro Jar-dim Paranaense, no município de Navegantes, viu intensifi-

car-se seu povoamento. Entre aquelas famílias, destacavam-se também lide-ranças, já preocupadas com a vivência religiosa do bairro que ia se formando. No ano 2000 foi fundada a Diocese de Blumenau e, no mesmo ano, seu primeiro bispo, dom Angélico Sândalo Ber-nardino criou a Paróquia de Santa Luzia, no bairro Macha-dos, no mesmo município de Navegantes. Pe. Paulo Luciani foi nomeado pri-meiro pároco da nova paróquia e aten-dia também o Jardim Paranaense. Ali, já rezava-se o Terço de Nossa Senhora nas casas e fazia-se encontros de Gru-pos de Reflexão. No ano de 2001, Pe.

Luciani, na residência da Da. Rosa, presidiu a primeira missa. Pouco

depois, a santa missa foi celebrada na casa da Da. Izoni.

Numa reunião da comunidade, como padroeira, dentre outras suges-tões, como Santa Rita e Santa Clara,

foi escolhido o Imaculado Coração de Maria. Pe. Paulo sugerira-a ante-riormente.

Havia, naquele lugar, uma casa de propriedade da Prefeitura. O am-biente foi alugado pela comunidade e preparado para as celebrações e as atividades pastorais que começaram

a surgir, principalmente, a Catequese, a RCC (Renovação Carismática Ca-tólica), Equipe de Liturgia e Canto. Todo esse desabrochar da vida ca-tólica e comunitária, pelo menos em grande parte, devia-se à organização do CAEP (Comissão Administrativa e Pastoral da Comunidade), assim

formado: Sr. João, coordenador; Sr.Jair, tesoureiro e Sra.Rosa, secre-tária. Como primeiras catequistas, apesentaram-se: Rosenei Aparecida de Oliveira, Sueli Cristiani, Jucélia, Aline, Ondina da Silva Anjo, José Anjo, Celi Novakowski e Salete.

Sr. João Pedro Oliveira, Sra. Izoni e Sr. José Anjo assumiram o Minis-tério Extraordinário da Comunhão. Promoções e iniciativas diversas reu-niam as famílias para angariar fun-dos, em vista da construção de uma futura capela. No segundo domingo de junho de 2002, foi realizada a pri-meira festa popular. Em novembro de 2002, pela primeira vez, no Jardim Paranaense, houve celebração da Pri-meira Eucaristia.

Com a insistência da comunida-de, a Prefeitura doou terreno para a construção da igreja. No ano de 2004, com a orientação do novo pároco, Pe. Agenor, a obra foi começada. O povo ajudou muito e continua ajudando com mão de obra voluntária e doação de materiais de construção.

Comunidade Eclesial Imaculado Coração de Maria – Jardim Paranaense – Navegantes

Comunidade Eclesial São Nicolau – Penha

A capela, da qual aqui nos ocu-pamos, reporta-nos para as festas de Natal e Ano Novo.

Seu padroeiro, São Nicolau, por muitos, é tido como origem do mito do papai-noel. Nos nossos dias, o mito desdobrou-se, fazendo surgir também a mamãe-noel. É claro que o Natal não se sustenta com lendas, mesmo de raízes folclóricas, popu-lares, e que, infelizmente, descam-baram para inadequados perfis con-sumistas do papa-noel e da própria comemoração da grande festa cristã. Nicolau aponta para o verdadeiro Natal de Jesus. No século III, no norte da Europa, exerceu santa e caridosamente, a missão de bispo. Ainda hoje, num certo território, chamado diocese, seu líder, o bispo, diferencia-se como o primeiro se-guidor e missionário de Jesus.

Rumando para o Norte e aden-

trando ao município de Penha, logo depois do viaduto de Navegantes, o usuário da BR 101 encanta-se com a bela paisagem do verde, da planície. De repente, no mesmo local, este encanto intensifica-se ainda mais com a vista da singela igreja de São

Nicolau. Mesclada de traços arquite-tônicos clássicos e contemporâneos, expressa a viva fé de uma comuni-dade católica, ao seu redor.

Antigamente, aquela localidade denominava-se Cabras. No ano de 1989, passou a ser denominada com

o nome do padroeiro. Para serem obtidas informações dos inícios da comunidade católica e da construção da primeira capela, há necessidade de busca histórica mais acurada.

Por volta do ano de 1977, foi construído novo templo em lo-

cal próximo, diverso do anterior. Pe. Cláudio Cadorin incentivou e acompanhou a obra. Hilário Wer-nke, então presidente da diretoria, organizou a generosa colaboração das famílias. São lembradas di-versas pessoas que sucederam Sr. Wernke na liderança da comunida-de São Nicolau. Nomeamo-las sem preocupação de ordem cronológi-ca: Aloísio Schmitz, Altair Odelli, Paulo Figueiredo, Isaac Figueiredo, Cláudio dos Santos, Hélio Gazani-ga e uma valorosa mulher, Ângela Maria Wernke Pinto. Hoje, Sr. Clau-dio dos Santos coordena a adminis-tração da capela. O dízimo de seus membros e uma festa anual provê as necessidades de manutenção, reformas, contribuições paroquiais, colaboração com o seminário dio-cesano e com as missões, inclusive, as missões além-fronteiras.

Pe. Paulo S. Marques - pároco

Pe. Alcimir J. Pillotto - pároco