ano v - edição 52f enacon abril de 2000 dra.mônica aquino de muro, autora do arti-go “refis -...

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N F ENACO Ano V - Edição 52 Abril de 2000 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas FACTORING FACTORING Uma atividade muito além do desconto de títulos Uma atividade muito além do desconto de títulos Fenacon na Internet: acesse http://www.fenacon.org.br EXCLUSIVO Estudo traça perfil do empresário contábil brasileiro

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Page 1: Ano V - Edição 52F ENACON Abril de 2000 dra.Mônica Aquino de Muro, autora do arti-go “Refis - Vícios e Riscos”, publicada na seção “À Luz do Direito”. Com certeza, sua

NF E N A C OAno V - Edição 52

Abril de 2000

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FACTORINGFACTORINGUma atividade muitoalém do desconto de títulosUma atividade muitoalém do desconto de títulos

Fenacon na Internet:acesse http://www.fenacon.org.br

EXCLUSIVOEstudo traça perfil doempresário contábil

brasileiro

Page 2: Ano V - Edição 52F ENACON Abril de 2000 dra.Mônica Aquino de Muro, autora do arti-go “Refis - Vícios e Riscos”, publicada na seção “À Luz do Direito”. Com certeza, sua

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2 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

SESCON/ AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 185 - Bairro Farol -57050-080 - Maceió/ALTel. (082) 336.3692/ 6038 - Fax (082) [email protected]

SESCON/ BahiaPres.: José Rosenvaldo Evangelista RiosPraça Onze de Dezembro, 5 - sl 127 - Calçada -40410.360 - Salvador/BATel. (071) 312.0262 - Fax (071) [email protected]

SESCON/ BlumenauPres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - 10o and - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (047) 326.0236 - [email protected]

SESCON/ Caxias do SulPres.: Flávio Jair ZanchinR. Ítalo Victor Bersani, 1134 - Jd. América- 95050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (054) 228.2425 - Fax: (054) 222.7825sesconcx@visão.com.br

SESCON/ CearáPres.: Cleodon de Brito SaraivaAv. Washington Soares, 1.400 - 3º andar - sl. 401 -Bairro Edson Queiroz - 60811-341 - Fortaleza/CETel. (085) [email protected]

SESCON/ Distrito FederalPres.: Antônio Gutenberg Moraes de AnchiêtaCRS 504 Bloco C - Subsolo, 64Asa Sul - Entrada W270331-535 - Brasília/DFTelefax (061) 226.2456 - 226.1248 - [email protected]://www.bbcont.com.br/sescondf

SESCON/ Espírito SantoPres.: Haroldo Santos FilhoR. Alceu Aleixo, 117 - Térreo - Jucutuquara - 29042-010 - Vitória/ESTel. (027) 223.4936. Fax:(027) [email protected]://www.sescon-es.org.br

SESCON/ GoiásPres.: Antonino Ferreira NevesAv. Goiás, 400 - Ed. Bradesco - 10º and. sl. 104 -Centro - 74010-010 - Goiânia/GOTelefax (062) [email protected]://www.bbcont.com.br/sescongo

SESCON/ Grande FlorianópolisPres.: Antonio José PapiorR. Araújo Figueiredo, 119Centro Executivo Veloso - sl. 402 -88010-520 - Florianópolis/SCTel. (048) 222.1409Fax: (048) 222.0226/ [email protected]@brasilnet.net

SESCON/ LondrinaPres.: Osmar Tavares de JesusR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja Ed.Euclides Machado - 86010-914 - Londrina/PRTelefax. (043) [email protected]

SESCON/ MaranhãoPres.: José Ribamar Pires de Castro FilhoAv. Gerônimo de Albuquerque, S/N, sala 201 -Retorno do Calhau - 65051-200 - São Luís/MATelefax: (098) [email protected]://www.elo.com.br/sescon

SESCON/ Mato GrossoPres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - Bairro Lixeira -78010-800 - Cuiabá/MTTel. (065) 623-1603 / Fax. [email protected]

SESCON/ Minas GeraisPres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax (031) [email protected]

SESCON/ParáPres.: Carlos Alberto do Rego CorreaTravessa 9 de Janeiro, 2050 - Cremação -66063-260 - Belém/PATel. (091) 259.2894 - Fax (091) [email protected]

SESCON/ ParaíbaPres.: Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.Av. Tabajaras, 1085 - 58013-270 - João Pessoa/PBTelefax (083) [email protected]

SESCAP/ ParanáPres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar - Ed. Império80010-911- Curitiba/PRTelefax. (041) [email protected]://www.milenio.com.br/sescap

SESCON/ PernambucoPres.: Geraldo de Paula Batista FilhoR. General Joaquim Inácio, 465 - sl.101 -50070.270 - Recife/PETel. (081) 423.6121/6954 - Fax. (081) [email protected]://www.brasilnet2000.com.br/sesconpe

SESCON/ PiauíPres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (086) [email protected]

SESCON/ Ponta GrossaPres.: Luiz Valdir Slompo de LaraR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (042) 222.1096

Fax: (042) [email protected]

SESCON/ Rio de JaneiroPres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - Centro - sl.1906 -20071-000 - Rio de Janeiro/RJTel (021) 233.8868 - Telefax - (021) [email protected]

SESCON/ Rio Grande do NortePres.: Rui CadeteR. Princesa Izabel, 762 - Cidade Alta59025-400 - Natal/RNTelefax. (084) 221.5529 - [email protected]

SIECONT/ RondôniaPres.: Antonio Sivaldo CanhinR. Joaquim Nabuco, 2.699 - Altos - sl.4 - BairroSão Cristovão - 78902-450 - Porto Velho/ROTel. (069) 224.4842 - Fax: (069) [email protected]://www.canhin.com.br

SESCON/ RoraimaPres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo -69301.030 - Boa Vista/RRTelefax. (095) [email protected]

SESCON/ Santa CatarinaPres.: Roberto WuthstrackAv. Juscelino Kubitschek, 410 - 3º andar - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (047) 433.9849/[email protected]://www.sesconsc.org.br

SESCON/ São PauloPres.: AparecidaTerezinha FalcãoR. Formosa, 367 - 23º andar01049-000 - São Paulo/SPTel. (011) 220.5077- Fax (011) [email protected]://www.sescon.org.br

SESCON/ SergipePres.: Jodoval Luiz dos SantosR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar - Centro -49010-450 - Aracaju/SETel (079) 214.0722 - Fax (079) [email protected]://www.netdados.com.br/~sesconse

SESCON/ Sul FluminensePres. William de Paiva MottaR. Orozimbo Ribeiro, 14 - sl. 201 - Centro -27330-420 -Barra Mansa/RJTel. (024) 323.1755Telefax. (024) [email protected]

SESCON/ TocantinsPres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACSE-II - Lote 1/10 - cj 4 - Sl 28077640.970 - Palmas/TOTelefax (063) [email protected]

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

Home Page: http://www.fenacon.org.brE-mail : [email protected]

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 3

As empresas de factoring no Brasil querem mostrar ao mercado que sua voca-ção não se resume em descontos de títulos para empresas em situação difícil.Pelo contrário, o factoring procura atuar muito mais como assessor admis-trativo-financeiro de pequenas e médias organizações, inclusive sendo umimportante parceiro para as empresas de contabilidade...........................Pág. 12

CARTAS & E-MAILS

Mensagens dos leitores ............... 04

REFORMA TRIBUTÁRIAEntidades de serviços compilam“propostas da sociedade” ............ 05

AÇÕES FENACON

Fortaleza recebe diretores daFenacon e 28 presidentes de Sescon’spara assembléia Junta de conciliação trabalhista é

destaque de seminário ................ 07

AGENDAPrincipais eventos do setor ......... 08

EM DESTAQUEEmpresa contábil transforma-se emgrupo de múltipla atuação noNordeste ..........................................09

PESQUISA

Estudo traça perfil do empresáriocontábil brasileiro ........................11

À LUZ DO DIREITOLei do ICMS deve sofrer maisalterações .......................................12

FENACONR. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (011) 3063.0937 - 282.2218

A Revista Fenacon é uma publicação mensalda Federação Nacional das Empresas deServiços Contábeis, Assessoramento, Pe-rícias, Informações e Pesquisas.

Home Page: http://www.fenacon.org.br

Tiragem: 50 mil exemplares

Jornalista Responsável: Diva de Moura Borges.Produção Editorial: JV & BST Comunicação -Telefax (011) 3061.1884. R. Cristiano Viana, 561- 1º andar - 05411.000 - São Paulo - SP

Conselho Editorial: Eliel Soares de Paula,Annibal de Freitas, Helio Cezar Donin, PedroCoelho Neto, Carlos Kinas Sobrinho, LuizAntônio Schmidt Travaína e Euclides Locatelli.

Diretoria da Fenacon

Presidente: Eliel Soares de Paula;Vice-Presidente - Região Sudeste:Annibal de Freitas;Vice-Presidente - Região Nordeste:Pedro Coelho Neto;Vice-Presidente - Região Sul:Carlos Kinas Sobrinho;Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/Norte:Luiz Antônio Schmidt Travaína;1º Diretor Financeiro: Moacir Corso;2º Diretor Financeiro: Gerivaldo Pereira Silva;1º Diretor Administrativo: Helio Cezar Donin;2º Diretor Administrativo: Euclides Locatelli;Diretor de Relações Interentidades:José Antônio de Godoy.

Suplentes

Izabel Rodrigues Liipke; Jodoval Luiz dosSantos; Moisés Antônio Bortolotto; JoséGeraldo Lins de Queiroz; Horizon DonizettFaria de Almeida; Aguinaldo Mocelin; MauroGonçalves Cardoso.

Conselho Fiscal

Iracélio Perez; José Rojo Alonso; PauloBento. Suplentes: Alfredo Alexandre deMiranda Coutinho; Aluizio Bezerra deMendonça; Flávio Jair Zanchin.

Delegados Confederativos

Eliel Soares de PaulaIrineu Thomé

Revista Fenacon

Fale com a Redação

Telefax: (011) 3061.1884

E-mail: [email protected]

JV & BST ComunicaçãoR. Cristiano Viana, 561

05411-000 - São Paulo - SP

F E N A C O NAno V - Edição 52

Abril de 2000

Cont

exto

Fot

oarq

uivo

FACTORING

Muito além dos descontode títulos ......................................... 14

LIVROSGuia orienta execução decontabilidade nos padrõesinternacionais .............................17

ENESC 2000

Regiões Nordeste, Sul e Sudestepreparam encontro de empresáriosda contabilidade .......................... 19

LIVROS

Lançamentos editoriais ................. 20

PREVIDÊNCIA SOCIAL

CEF alerta para pontos críticos nadeclaração da Gfip em meioeletrônico ...................................... 20

REGIONAIS

Ceará, Sergipe, Santa Catarina,Maranhão e Blumenau ............... 21

OPINIÃO

O Real e a Contabilidade, porStephen Kanitz ............................... 26

Page 4: Ano V - Edição 52F ENACON Abril de 2000 dra.Mônica Aquino de Muro, autora do arti-go “Refis - Vícios e Riscos”, publicada na seção “À Luz do Direito”. Com certeza, sua

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4 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

E-mails para esta seção devem ser enviados para [email protected]

CompensaçãoDra.Mônica Muro, li sua reportagem na Re-

vista Fenacon. Poderia me ajudar: tenho créditode Finsocial junto à Receita de competência deJan/88 até Dez/91. Quais os índices que devoutilizar para cada valor das competências parachegar a um valor atualizado dos meus crédi-tos?

José Carlos [email protected]

Nota da Redação: As dúvidas dos leitoresrelativas aos artigos produzidos pelaDra.Mônica Aquino de Muro (falecida em18 de março) estão sendo encaminhadas paranosso colaborador Dr.Celso Botelho deMoraes que, na medida do possível, estarárespondendo a todas.

FalecimentoFicamos profundamente chocados e conster-

nados com a notícia do falecimento da articulis-ta dra.Mônica Aquino de Muro, autora do arti-go “Refis - Vícios e Riscos”, publicada na seção“À Luz do Direito”. Com certeza, sua ausênciaimplicará em enorme perda para todos os seusleitores e amigos.

Haroldo dos Santos FilhoPresidente do Sescon/ES

Simples Na revista Fenacon nº 44, na matéria sobre

as opções pelo Simples 9.317/96, no item 88 falasobre a atividade de Representação Comercial.Poderiam me informar onde eu acho essas per-guntas sobre o simples?

Pablo Juliano BarcelosTécnico de ContabilidadeItajaí - SC

Nota da Redação: Os dados contidos nalista à qual se refere o leitor foram produzi-dos pela Net IOB. Dúvidas podem ser en-caminhadas ao e-mail: netiob @netiob.com.br.

Mensagem do leitor(...) A contabilidade gerencial amplia o conhe-

cimento que o contador tem do cliente. Nestenovo tipo de relacionamento, a confiança que osempresários depositam no trabalho do contador-consultor extrapola os limites da empresa.

Com este conceito de profissional, é quebradotambém o paradigma de que o contador é coni-vente com a omissão de receitas por parte dosempresários. Cabe exatamente ao contador-con-sultor participar efetivamente deste processoarrecadatório, esclarecendo os empresários quan-

to ao processo global que envolve a apuração degastos e geração de receitas.

Instituições como o Sebrae-MG já perceberamesta nova proposta e vêm desenvolvendo pro-gramas que proporcionam aos contabilistas con-dições de domínio das questões relacionadas àgestão empresarial, capacitando-os para a ela-boração de diagnósticos organizacionais básicos.

O contador-consultor é, enfim, um profissio-nal que deve ser merecedor de um crédito social,pois a confiança que o empresário deposita emnós deve ser constantemente renovada (...).

Alexandre Braga Rabello.- Contador.A.Rabello Organização Contábil Ltda.Belo Horizonte – [email protected]

ErrataNa Revista Fenacon, edição 59, de fevereiro

de 2000, foi publicado na página 21, que o 1°secretário da nova diretoria do Sescon/TO, quetomou posse no dia 18 de fevereiro, era “GilvaneAzevedo Pinto”. Na verdade, o nome correto do1° secretário do sindicato é “Gilvane Ferreirada Silva”.

SugestõesAtendendo o pedido de sugestões constante

da coluna “Internet - Nivaldo Cleto”, edição50, da Revista Fenacon (Fev/2000), solicito aseguinte gentileza: 1) Tornar disponível paradownload, o programa atualizado do SAL (Sis-tema de Acréscimos Legais) da PrevidênciaSocial. A versão lá encontrada é antiga e nãofunciona mais com a virada do milênio. 2) Ori-entar como acessar as Convenções Coletivas deTrabalho, anunciadas como Serviços On-Line,na revista e no site da Fenacon (fenacon.org.br).3) Propor a consulta na Internet, do CadastroNacional das Entidades Sindicais, com o obje-tivo de eliminar as dificuldades encontradas decomo se enquadrar corretamente uma empresaem constituição. Como determinar o corretosindicato patronal e dos empregados nos casosde legalização de início das atividades, sem aposse de uma relação completa dos nomes dasentidades sindicais?

ACB [email protected]

Colunista Nivaldo Cleto Responde:Agradeço muito pelas sugestões e, tão

logo faça alguns testes lhe responderei(SAL). Quanto ao assunto Convenções Co-letivas de Trabalho, estamos tentando jun-to à diretoria da Fenacon, alocar uma pes-soa ‘full time’ para navegar pelas diversasentidades sindicais que já possuem site na

Cartas & E-mails

internet e, também, para escanear as con-venções cujos sindicatos não têm homepage. Este foi um trabalho maçante inicia-do por mim, como colaborador da revista esupervisor do site que, porém, não tive con-dições de dar continuidade por pura faltade tempo, pois tenho que me dedicar aosmeus clientes e aquela tarefa estava toman-do grande parte de meu tempo. Foi por issoque deliberamos tirar do ar temporariamen-te. Para nós, empresários, seria por demaisinteressante ter um banco de dados com asconvenções coletivas de todos os sindica-tos do Brasil. Agora, gostaria que você meinformasse seu nome completo e cidadeonde tem escritório.

Troca de dataFiquei surpreso ao ver meu nome na Revista

Fenacon, edição 51, março de 2000, sendo res-ponsabilizado pelo erro da data do exame de su-ficiência. Eu até poderia ter ficado lisonjeado,mas a falsa situação não me conferia essa vaida-de. Simples assessor de imprensa do ConselhoRegional de Contabilidade do Paraná, não te-nho prerrogativa nenhuma sobre eventos do sis-tema CFC-CRCs. A primeira data do exame desuficiência foi comunicada ao CRC/PR, comosendo 25 de março, pelo CFC. Eu não a divul-garia por minha conta. Nem o CRC/PR o faria.Posteriormente houve redefinição para 26 demarço. Peço que seja retirado o peso colocadoindevidamente sobre minhas costas.

Joaquim Pereira BarrosAssessor de imprensa do CRC/PR

LinuxPrimeiramente gostaria de parabenizar toda

equipe da revista pela ótima qualidade editoriale pelo excelente conteúdo. A matéria sobre o usodo Linux está excelente, neste sentido a revistacumpre seus objetivos de informar sobre novasalternativas tecnológicas a um custo muito, masmuito mais acessível. (...) O Linux, além de terum custo final extremamente mais baixo, ofere-ce ao usuário a facilidade de acesso aos códigosfontes. Quanto a qualidade e performance, nemvou fazer comentários, as estatísticas e osexperts em informática podem responder. (...)Acredito que as empresas de Serviços Contá-beis, Assessoramento, Perícias, informações ePesquisas filiadas à Fenacon, devem ajudar seusclientes a ter acesso a softwares mais baratos,assim o número de usuários aumentará.

Jair BatistaDiretor Comercial - Conectivahttp://www.conectiva.com.br

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 5

Cartas & E-mailsReforma Tributária

Entidades de serviços compilam“propostas da sociedade”

Seminário nacional consolida sugestões ao texto substitutivo da reforma tributária.Entre elas, a eliminação do IVV - Imposto sobre Venda a Varejo e a manutenção do

ISS na esfera municipal, mas com regulamentação federal

As entidades que integram oFórum de debates e entida-des sobre as Propostas de

Reforma Tributária participaram, noúltimo dia 12 de abril, em Brasília, doSeminário Nacional “Reforma Tribu-tária – Uma proposta da Sociedade”.O encontro foi para discutir e avaliaro histórico das atividades do Fórum esua sistemática de trabalho e apresen-tar a Proposta de Reforma Tributáriaelaborada pelo Grupo Técnico. O Fó-rum é formado pela Fenacon, Febrafite(fiscais de tributos estaduais), Núcleo Par-lamentar de Estudos Contábeis e Tri-butários, Parlacom (parlamentares queacompanham o setor de combustíveis),CFC, Associação Brasileira de Consul-tores Tributários, Fecombustíveis (va-rejistas de combustíveis e lubrificantes),Brasilcom (distribuidoras de combustí-veis), Fórum das Associações do Setorde Serviço (Abecam, Abralimp, Assert,Assertten, Assespro, IBCO, Aprag eSindeprestem), Câmara Setorial de Ser-viços da CNC, e Fenavist (empresas deasseio e conservação de São Paulo).

Além dos representantes de cadaentidade, participaram do seminário osdeputados Marcos Cintra (PL/SP) eSerafim Venzon (PDT/SC). O deputa-do federal e presidente do Fórum, MaxRosenmann (PSDB/PR), e o deputadoFederal Constituinte, José MariaEymael, presidiram a mesa de debates.

Rosenmann agradeceu o apoio e oempenho de todas as entidades e de-clarou a proposta como concluída. “Anossa proposta está pronta. Agora, nósqueremos que aconteça” disse e emen-dou: “não estamos querendo ser auto-res do projeto, queremos que haja Re-forma Tributária”. O presidente daFenacon “Eliel Soares de Paula”, apro-

veitou para falar da importância daReforma Tributária para o setor de ser-viços e elogiou o trabalho do deputa-do Max Rosenmann na condução doprocesso. “Este é o momento para asempresas de serviços reverterem estasituação”, anunciou.

Pontos defendidos

O Grupo de Suporte Técnico apre-sentou um resumo dos principais pon-tos defendidos pelas entidades e suges-tões ao substitutivo do Relator da Co-missão Especial da Reforma Tributária,deputado Federal Mussa Demes, àPEC 175-A/95.

No tocante a impostos, o Fórum de-fende a manutenção do ISS na compe-tência dos municípios, permanecendoo atual sistema, porém regulamentadopor Lei Complementar Federal, inclu-sive quanto à definição de alíquotas efato gerador; a preservação do ICMSna esfera competencial dos estados,com a manutenção da atual repartiçãodos 25% de receitas aos municípios, po-rém criando uma legislação comple-mentar que estabeleça alíquotas unifor-mes para o imposto por produtos emtodo o país; e o ICA - Imposto SobreCombustíveis Automotivos – Seletivocom incidência do ICMS de formamonofásica, repassando para os esta-dos consumidores na medida do seuíndice de consumo. Quanto ao IVV(Imposto sobre Vendas a Varejo) o Fó-rum defende sua eliminação da pro-posta, em qualquer modelo tributário.

Quanto às contribuições sociais, foidefendida a extinção da ContribuiçãoPrevidenciária Patronal sobre a folhade salários e da Contribuição Socialsobre Lucro Líquido - CSLL. Defendeu-se, também, a criação da Contribuição

Para o deputado Max Rosenmann(na foto abaixo, ao centro) foi

entregue à Câmara “a mais profundae concreta proposta da ReformaTributária realizada no país”. À

esquerda do deputado, o presidenteda Fenacon e integrante do Fórum,

Eliel Soares de Paula

Social sobre Combustíveis, com a arre-cadação destinada a substituir e dartransparência aos recursos do PPE(Parcela de Preço Específico). Comoforma de custear a Seguridade Social,foi proposta a manutenção da CPMF ea criação da CVA - Contribuição SobreValor Adicionado, tributo de compe-tência da União, cobrado como adicio-nal do ICMS, do ICA e do ISS, não cu-mulativo, ambos com arrecadação des-tinada exclusivamente para a Seguri-dade Social e com níveis de alíquotasespecíficos para este fim.

No encerramento, Rosenmann lem-brou que a aprovação da proposta ouparte dela depende do empenho detodos. “Hoje entregamos a mais pro-funda e concreta proposta da Refor-ma Tributária realizada no país, gra-ças a todas as entidades”, concluiu.

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6 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

Fortaleza recebe diretores da Fenacon e28 presidentes de Sescon’s para assembléia

Seguindo a política de aproximação e interiorização das atividades da Fenacon,lideranças reúnem-se na capital cearense para a primeira assembléia ordinária

da entidade no ano 2000

Nos dias 13 e 14 de abril, For-taleza sediou a primeira assembléia ordinária de 2000

da Fenacon. O evento ocorreu noMarina Hotel e reuniu lideranças dos28 sindicatos filiados à federação. Ca-pitaneado pelo presidente da Federa-ção, Eliel Soares de Paula, o encontroteve a coordenação do diretor da enti-dade e empresário cearense, PedroCoelho de Neto e, ainda, do presiden-te do Sescon Ceará, Cleodon de BritoSaraiva.

“A Fenacon está presente hoje empraticamente todos os estados da fe-deração e se consolida cada dia maiscomo a porta-voz dos empresários decontabilidade e demais categorias eco-nômicas que representa na área deprestação de serviços. Isto vem sendodemonstrado claramente através daparticipação ativa de seus líderes emtodas as regiões e a presença marcanteda Fenacon nos debates dos grandestemas nacionais”, comentou o presi-dente Eliel lembrando da série de even-

tos ligados à reforma tributária, dosquais a presidência não tem se exi-mido de participar, e ainda, dos en-contros regionais que estão sendocoordenados e patrocinados pelaFenacon no decorrer deste ano eque visam o aprimoramento dosempresários na condução de seusnegócios.

As quatro vice-presidências daFenacon ( Região Nordeste, RegiãoSudeste, Região Centro-Oeste/Norte e Região Sul) promoveramreuniões individuais para tratarem,entre outros temas, dos ENESCs(Encontros de Empresas de Servi-ços Contábeis) e detalhes da sua or-ganização.

O encontro teve programação pa-ralela com os membros da direto-ria da entidade, que também sereuniram para discutir assuntos re-lativos ao expediente interno daFenacon.

A programação da assembléia in-cluiu um seminário, com temas voltados à formação de lideranças,

planejamento e ainda, no campo dajustiça, a utilização da Comissões deConciliação Prévia como proposta al-ternativa para resolução de conflitostrabalhistas (veja matéria na página se-guinte).

Outro evento importante que veiosuceder as atividades da Fenacon emFortaleza foi a inauguração da sededo Sescon Ceará, na noite do dia 14de abril. O novo espaço de funciona-mento do sindicato, próximo ao Cen-

Contabilistas do Ceará assistem à palestrado presidente da Fenacon, Eliel Soares dePaula, em um dos salões do Marina Hotel,sede do encontro de lideranças que ocorreuem Fortaleza. Eliel destacou os impactos darevolução tecnológica no perfil doprofissional de contabilidade

O presidente da Fenacon, Eliel Soares de Paula(à direita na foto acima) abre o encontro delideranças ao lado do diretor administrativo daentidade, Helio Cezar Donin

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 7

Junta de conciliação trabalhista é destaque de seminário

Estatísticas apontam que de10% a 15% dos trabalhado-res brasileiros demitidos

entram com ação na justiça, recla-mando direitos não cumpridos pe-los seus ex-empregadores. O dadoé considerado significante sob oponto de vista da estrutura judiciá-ria trabalhista no Brasil e, ainda, sobo que representa de ônus ao empre-gador e perda de tempo do emprega-do, que vê arrastar demandas inter-mináveis na justiça. Uma saída quevem sendo apresentada são as comis-sões de conciliação prévia, abrevian-do resoluções destas demandas.

O tema em questão foi abordadoadvogado Flávio Obino Filho e tor-nou-se um dos destaques no seminá-rio ocorrido durante a reunião de li-deranças da Fenacon em Fortaleza.

Outra palestra de grande interessedos presidentes dos Sescon’s foi a

O advogado Flávio Obino (acima), explica ofuncionamento das Comissões de Conciliação

Prévia, cujo tema mereceu a criação de umacartilha pela CNC. À direita, acima, João de

Paulo; abaixo, Eduardo Gomes de Matos.

que abordou a Formaçãode Líderes. O consultor deempresas Eduardo Gomesde Matos mostrou que acapacidade de liderançanão depende apenas davocação do indivíduo.Este deve ser formado epreparado para ocupar um cargo de di-reção. E chamou a atenção para os atri-butos de um bom líder, segundo pes-quisa feita entre liderados: honestida-de, visão de futuro, capacidade de in-centivar e competência.

O seminário teve ainda a participa-ção de João de Paulo, que discorreusobre a importância do planejamento.Ele narrou sua experiência em lidarcom serviço público dentro da filoso-fia de que este deve existir em funçãoda sociedade e não o contrário - inver-são de valor freqüentemente observa-da no Brasil.

tro de Convenções, demonstra agrande força da classe no estado.Uma sede devidamente preparada eequipada com recursos de última ge-ração para atender aos empresáriosfiliados ao Sescon/CE. (veja mais de-talhes na seção Regionais, à página 21)

Café da Manhã

Antecipando a abertura dos traba-lhos da Fenacon em Fortaleza, o CRC/CE ofereceu um café da manhã/pa-lestra com a participação do presiden-te da Fenacon, Eliel Soares de Paula,que falou sobre o Modelo das Empre-sas Contábeis na Nova Economia para

um grande grupo de contabilistas sa-lões de evento do Marina Hotel. Apalestra fez parte do Projeto Troca deIdéias do CRC/CE, apresentado pelocontabilista e presidente da entidade,Robinson Passos de Castro e Silva.

Eliel destacou para o público os im-pactos sofridos pela atividade contábilcom o advento da informática na dé-cada de oitenta e, ainda, com a internet,na década de 90. Chamou a atençãopara os impasses tributários que estãosendo criados com o comércio eletrô-nico e que hoje representam um desa-fio tanto para contadores como paraautoridades governamentais. O presi-

dente da Fenacon pontuou sua expla-nação com uma série de alertas sobre anecessidade do profissional da conta-bilidade se preparar e se enquadrar àstransformações social, tecnológica eeconômica por que passa o mundo.“Não temos que ter medo do novo edo desconhecido; temos apenas queprocurar nos informar a respeito”. Sa-lientou que o perfil do contador vemmudando sensivelmente, a começarpelo nível de graduação. “Antes, a mai-or parte dos profissionais eram técni-cos, hoje o número de graduados e pósgraduados em Ciências Contábeis su-pera o grupo de técnico”, citou Eliel.

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8 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

MaioIII Convenção Estadual das Empresasde Serviços Contábeis, Auditoria ePerícia do Estado de Sergipe – IIICoescap/SE18 a 20 de maioAuditório Espaço Sebrae - MultieventosAracaju - SEInformações:Tel.: (79) 213.7058 - 224.8722

XVI Encontro Nacional dos SindicatosPatronais do Comércio e Serviços24 a 27 de maioMar Hotel – Recife – PEInformações:Tel.: (81) 221-9280 (Sindilojas)

I Encontro de Contabilistas do Pará25 a 27 de maioBelém – PAInformações:Tel.: (91) 259-2894/ Fax: (91) 249-9768

JunhoSeminário Regional Interamericano14 a 16 de junhoFortaleza - CEInformações:Associação Inter. de Contabilidadehttp://wwwrespondanet.com/AIC

XV Convenção dos Contabilistas e IIEncontro das Empresas de ServiçosContábeis do Espírito Santo21 a 23 de junho

Centro de Convenções de VitóriaInformações:Tel.: (47) 433-1131 (Sescon/ES)

I Encontro das Empresas de ServiçosContábeis e Assessoramento - RegiãoSul - I Enesc/Sul22 a 23 de junhoHotel Laje de PedraCanela - RSInformações:Tel.: (47) 433-1131 (Sescon/SC)

AgostoIII Encontro de Empresas de ServiçosContábeis e Assessoramento - RegiãoNordeste - Enesc 200023 a 25 de agostoOthon Palace Hotel - Salvador - BAInformações -Tel. (71) 312-0262 (Sescon/BA)

50a Convenção dos Contabilistas doEstado do Rio de Janeiro24 a 26 de agostoHotel Glória – Rio de Janeiro – RJInformações: (21) 509-4080

XVII Encontro das Empresas deServiços Contábeis do Estado de SãoPaulo17 a 19 de agostoCampos do Jordão – SPInformações - (11) 220-5077 (Sescon/SP)

Setembro

III Encontro das Empresas de Serviços

Contábeis de Roraima20 de setembroBoa Vista - RRInformações: Tel: (95) 224-5259 (Sescon/RR)E-mail: fá[email protected]

OutubroXVI Congresso Brasileiro de Contabili-dade15 a 20 de outubroCentro de Convenções de Goiânia – GOInformações: Tel.: (61) 314- 9629/9600

NovembroVIII Seresc - Seminário Regional dasEmpresas de Serviços ContábeisNovembroCaxias do Sul - RSInformações: Tel.: (54) 228.2425

Encontro das Empresas de ServiçosContábeis e Assessoramento - RegiãoSul - I Enesc/Sudeste22 a 24 de novembroCentro de Convenções do SescGuarapari - ES

DezembroXII Congresso Brasileiro deCooperativismo (Rio Cooperativo 2000)04 a 08 de dezembroRio de Janeiro - RJInformações:http://www.ocb.org.br

Informações para coluna Agenda podem ser enviadas para o seguinte e-mail: [email protected]

Agenda

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Em Destaque

Empresa contábil tranforma-se em grupode múltipla atuação no Nordeste

Organização contábil cearense completa 25 anos de fundação com o status de umgrande grupo de prestação de serviços formado por mais seis empresas de diferentes

áreas de atuação: Auditoria, Recursos Humanos, Terceirizacão de Serviços, Locaçãode Mão-de-Obra, Software Contábil e Consultoria em Serviços Especializados

Referência de qualidade naprestação de serviços noNordeste, o grupo Marpe,

com sede em Fortaleza, Ceará, come-mora 25 anos de atuação no mercadono dia 28 de junho deste ano, com umagrande festa no Theatro José deAlencar. E o Grupo tem muito o quefestejar. Atende a mais de 200 clien-tes-empresas de pequeno, médio egrande porte, nos mais diversos ramosde atividades industriais, comerciais,serviços privados e públicos em vári-as frentes de prestação de serviço.

A história da Marpe começou em1975, quando os contadores PedroCoelho Neto, Martônio Alves Coelhoe Francisco das Chagas Ponte Diasdecidiram investir num escritório deserviços contábeis. No início, a empre-sa ficou sob a responsabilidade técni-ca do professor Francisco Pontes, mascomo ele ingressou no serviço públi-co, já a partir do segundo ano, assu-miu o mesmo papel o professor PedroCoelho Neto.

Com muita experiência em audito-ria contábil, devido a sua militânciaanterior, Pedro Coelho Neto direcionoua empresa para essa área. Aos poucosfoi conquistando o mercado, amplioua área de atuação e virou referência naprestação de serviços não só no Ceará,mas também no Nordeste. Mais tarde,a empresa ganhou a adesão do profes-sor Luiz de Melo Andrade Filho, quehoje dirige o Grupo em parceria comPedro Coelho Neto.

Atualmente, o Grupo Marpe de Ser-viços é formado por sete empresas:Marpe Auditores Associados S/C,Marpe Consultoria em Recursos Hu-manos Ltda, Marpe Locação de Mão-

de-Obra Ltda, Marpe Terceirização deServiços Ltda, Marpe Prosoft Nordes-te Ltda, Marpe Consultoria em Servi-ços especializados S/C Ltda e MarpeContadores Associados S/C.

Parceria com FGV

Dentre os serviços que o GrupoMarpe de Serviços oferece, vale res-saltar o de reciclagem profissional,onde já foram recicladas mais de 50mil pessoas, em mais de dez mil cur-sos. Há dois anos, o Grupo faz parce-ria com a conceituada Fundação Ge-túlio Vargas, um dos mais respeitadoscentros de ensino do País, para a rea-lização de cursos de pós-graduaçãonas áreas de economia e administra-ção no Ceará e Piauí.

Assessoria a grandes grupos

O grupo Marpe de Serviços tam-bém vem participando do processode industrialização pelo qual passa oCeará. Já contribuiu, através da pres-tação de serviços, para a implantaçãono Estado de empresas como a Fitesaa Petrocar, TendTudo, PorcelanaSchmidt, Transportadora Mercúrio,Distribuidora Brahma, Ultragás, BCPTelecomunicações, RTST, HospitalRegional da Unimed, Kaiser, Intelige CSC, dentre muitas outras.

O time do Grupo é formado porcerca de 100 profissionais, da maisalta qualificação. Entre eles, contado-res, auditores, analistas financeiros,administradores, psicólogos, especi-alistas em terceirizados, que estãoprontos para apoiar a operacionali-zação das empresas-clientes, levan-do-as rumo a globalização.

Palestras para comemorar

“Quando uma empresa conseguecompletar 25 anos de mercado, semmácula ética e com profissionalismo,só agregando amigos em sua trajetó-ria, temos mesmo é que festejar du-rante o ano inteiro”, diz Pedro Coe-lho. As comemorações do jubileu deprata do Grupo Marpe de Serviços ti-veram início em janeiro deste ano,com a palestras para os clientes coma participação de nomes como o con-tador José Carlos Marion, professorda USP; o professor da FGV, José Car-los Sardinha, e o Diretor do InstitutoBrasileiro de Economia, Antônio Car-los Porto Gonçalves, também da Fun-dação Getúlio Vargas e de BobHastein. Presidente da NUCORCorporation.

Pedro Coelho, diretor do Grupo Marpe, deFortaleza: comemorando 25 anos com uma

equipe de mais de 100 funcionários e umacarteira de clientes com mais de 200

empresas dos ramos comércio, prestação deserviço e indústria

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Estudo traça perfil doempresário contábil brasileiro

O empresário do setor decontabilidade precisa melhorar os seus conhecimen-

tos para estar mais preparado para en-frentar a globalização. É o que apontao trabalho de conclusão de curso dagraduanda em Psicologia Lúcia Hele-na Victorino, da Universidade Fede-ral de Blumenau, que analisa o perfildo empresário de contabilidade pro-duzido a partir de pesquisa feita com324 empresários do setor.

“O perfil desse profissional comosimples guarda-livros, hoje em dia, foicompletamente superado com as no-vas tecnologias, que absorvem tudo oque se torna rotina. Atualmente, a car-reira exige que os profissionais tor-nem-se auditores ou assessores e, paraisso, precisam incrementar as suas ha-bilidades no campo da aprendizagemcontínua.”

Para a psicóloga, a falta de preparodecorre da própria formação do em-presário: segundo a pesquisa, 50,9%

deles são graduados em contabi-lidade, mas apenas 16,7% conti-nuaram seus estudos na pós-gra-duação, o que é um indicador deuma baixa tendência para a edu-cação continuada, fundamentalpara a globalização.

Além disso, 22,2% dos entre-vistados não possuem curso su-perior, o que é um impedimentopara o aperfeiçoamento profis-sional, na visão de Lúcia: “Alémde ter cinco anos a menos que umempresário graduado, esse tipode empresário não tem estímulosuficiente para fazer uma pós-graduação ou aprender um se-gundo idioma.”

Visão de si mesmo

Um problema apontado por Lúciaé que o empresário de contabilidadetambém não possui uma visão apro-priada de si mesmo. Algumas per-

guntas que pediam ao questi-onado que respondesse sobrecomo ele era e como os outroso viam tiveram uma grandecoincidência, o que levou apsicóloga a concluir que o em-presário idealiza os conceitosque os outros fazem a respei-to de sua personalidade.“Essa deficiência refletiu ime-diatamente nas respostas, quetenderam a exaltar as qualida-des e evitar os defeitos”, ana-lisa a psicóloga.

Lúcia apontou também al-gumas contradições entre asrespostas. Apesar de 73,2%dos entrevistados responde-rem que têm uma cultura ge-ral boa ou muito boa, pratica-mente 50% deles admitiram

não ter uma biblioteca específica naárea de contabilidade ou mesmo deassuntos gerais. Dos entrevistados,71,3% responderam que dedicampelo menos uma hora ao lazer pordia, mas a leitura encontra-se em se-gundo lugar, perdendo para o espor-te, especificamente o futebol.

Segundo idioma

Em outras exigências da globaliza-ção, o empresário contabilista tam-bém está perdendo. No quesito idio-ma, 51,9% afirmou que não estudouuma segunda língua; 37,6% dos en-trevistados não usam ou usam mui-to pouco a Internet e 49,4% não pos-sui outra formação que não a conta-bilidade. A conclusão torna-se maisdramática se conjugarmos esses re-sultados ao fato que 56,2% dos entre-vistados formaram-se a partir de1981, quando o desenvolvimento dastecnologias começava a despontar.

A psicóloga menciona que, mesmoassim, houve progressos no compor-tamento dos empresários nos últimosanos, mas alerta que muitos ainda

Pesquisa

Segundo a pesquisa, 50,9% deles são graduados, mas apenas 16,7% continuaramseus estudos, o que seria um indicador de uma baixa tendência

para a educação continuada

Utilização da internet

Dominío de segundo idioma

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 11

precisam correr atrás do prejuízo. “Oprincipal conselho seria o empresá-rio atentar justamente para o que estásendo exigido: um segundo idioma,Internet e informatização do escritó-rio são apenas os primeiros passosnecessários para recuperar o tempoperdido”.

Lúcia teve a idéia de levantar esseperfil a partir de sua experiência emcasa. Ela não é contabilista, mas écasada com um contador. “Comovivo neste meio, acho que tenho al-guma experiência sobre o perfil pro-fissional do empresário de contabi-lidade. Geralmente, ele é mais fe-chado e mais inseguro.Apesar de ter havido umaevolução nos últimosanos, ele ainda precisa su-perar diversas limitaçõespara enfrentar o mundoglobalizado.”

A pesquisa consistiu naresposta de um questioná-

rio de 69 questões, queabordavam desde dadospessoais até comportamen-tos específicos dentro daempresa. Foram distribuí-dos 600 questionários du-rante a 8ª Conesc – Conven-ção Nacional de Empresas

e Serviços Contábeis – que reuniu 699empresários em Curitiba em outubrodo ano passado. Do total de questio-nários distribuídos, 324 foram res-pondidos, o equivalente a 54,5% dototal distribuído. A estimativa daFenacon é que haja 45 mil empresári-os de contabilidade no país.

Formação em outras áreas

Nível de especialização

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Como se sabe, a Lei Complementar no

87/96 veio para traçar as diretrizes geraisdo ICMS, que desde a Constituição de1988 era regulado, provisoriamente, emnível complementar, pelo Convênio ICM66/88.

Esta lei trouxe alterações importantespara o ICMS, dentre as quais, o direito aocrédito do imposto na aquisição de ativofixo, material de uso e consumo, energiaelétrica e telecomunicações, a exoneraçãodo ICMS nas exportações de produtos nãoindustrializados e semi-elaborados.

Como tais medidas significariam umadiminuição na arrecadação dos Estados,foi introduzido na Lei um mecanismo de-nominado “seguro-receita” mediante oqual, o Governo Federal repassaria aosEstados valores para cobrir essas perdas.

Esse sistema nunca revelou-se eficaz,fazendo com que os governadores constan-temente reclamassem junto ao GovernoFederal uma outra forma de compensação.

A primeira alteração veio com a LeiComplementar no 92/97, que prorrogou aentrada em vigor do direito ao crédito so-bre materiais destinados ao uso e consu-mo, de 1/1/98 para 1/1/2000. Posterior-mente, a Lei Complementar prorrogou talvigência para 1/1/2003.

Tais medidas, no entanto, não têm sidosuficientes para remediar a queda da arre-cadação dos Estados, o que provocou in-tensa campanha dos governadores juntoao Governo Federal, visando modificar aLei 87/96 – a chamada “Lei Kandir”. Apósvárias reuniões, Governos Estaduais eGoverno Federal, chegaram a um acordo,resultando no Projeto de Lei Complemen-tar no 114/2000

Por esse projeto, algumas das conquis-tas introduzidas pela Lei 87/96 serão pos-tergadas, de modo que não tenham refle-xos imediatos nas arrecadações estaduais.Com ele, são introduzidas algumas modi-ficações importantes na Lei Complemen-

tar 87/96. Eis alguns itens essenciais:a) A Lei Kandir tinha incluído como

contribuintes, a nosso ver de modo incons-titucional, os adquirentes de lubrificantese combustíveis derivados de petróleooriundos de outro Estado, quando nãodestinados à comercialização. Pelo proje-to em tela, os adquirentes de energia elé-trica proveniente de outro Estado tambémficariam alçados à categoria de contribu-inte.

A exemplo do que ocorre com os adqui-rentes interestaduais de combustíveis de-rivados do petróleo não destinados àcomercialização, também no caso da ener-gia elétrica, sua inserção no artigo 4°, IV,da Lei 87/96 é igualmente inconstitucio-nal. É que a Constituição Federal diz tex-tualmente que não incide o ICMS sobreoperações interestaduais com petróleo, lu-brificante, combustíveis líquidos ou gaso-sos dele derivado, e energia elétrica.

b) Postergação do direito do crédito doICMS pago na aquisição de bens destina-dos ao ativo fixo do contribuinte. A LeiKandir veio “permitir” o creditamento doICMS relativo a tais bens. Agora, o projetodetermina que esse crédito somente possaser usado à razão de um quarenta e oitoavos por mês, sendo a primeira fraçãolançada no mês da entrada no estabeleci-mento. Assim o valor esse crédito que hojepode ser exercido integralmente no momen-to da entrada, passará, se aprovado o Pro-jeto, a ser dividido em 4 anos.

Essas restrições impostas tanto pela LeiKandir, como pela sua pretendida altera-ção, são inconstitucionais, pois estabelecemlimitações não previstas na Carta Magna.O direito ao crédito do ICMS, aplicação doprincípio da não-cumulatividade do impos-to, não tem quaisquer restrições e/ou limi-tações outras que não as duas expressamen-te previstas na Lei Maior (art. 155, § 2°, II“a” e “b”). Dessa forma, é defeso à lei hie-rarquicamente inferior, mesmo em se tra-

tando de lei complementar, criar restrições,onde a Carta Magna não autoriza. A pre-tendida postergação do direito ao crédito doICMS referente a ativo fixo é também, epelos mesmos motivos, inconstitucional.

Entendemos assim, pelos motivos acimae outros argumentos que o espaço aqui nãonos deixa desenvolver, que essas restriçõessão inconstitucionais e que a Lei 87/96,nesse ponto, é meramente interpretativa e,como tal, retroage seus efeitos ao períodoprescricional de 5 anos antes da mesma(datada de 11/96).

c) Restrições ao crédito do ICMS refe-

por Celso Botelho de Moraes

Lei do ICMS deve sofrer mais alterações

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Na tentativa de remediar possível queda na arrecadação dosestados provocada pelas Leis Complementares, governo propõe

projeto que resulta de acordo com governadores

Restrições impostas tanto pelaLei Kandir, como pela suapretendida alteração, sãoinconstitucionais, poisestabelecem limitações nãoprevistas na Carta Magna. Odireito ao crédito do ICMS,aplicação do princípio da não-cumulatividade do imposto, nãotem quaisquer restrições e/oulimitações outras que não as duasexpressamente previstas naConstituição

À Luz do Direito

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rente a energia elétrica e de serviços de co-municações.

Como se sabe a Constituição em vigorelegeu como mercadoria a energia elétri-ca, determinando que somente o ICMS,além dos impostos de importação e expor-tação, incide sobre a energia elétrica. Talprevisão fez que o ICMS pago na aquisi-ção de energia elétrica passasse, a partirda entrada em vigor do Sistema Tributá-rio Nacional (março de 1989), gerar di-reito ao crédito. Esse creditamento sem-pre foi objeto de restrições indevida porparte dos Estados, que costumavam exi-gir laudos que atestassem quanto da ener-gia consumida pelo contribuinte era apli-cada no setor produtivo e quando em ou-tros setores do contribuinte. Em algunscasos, impediam o crédito sobre a energiaconsumida pelos estabelecimentos comer-ciais, como se os mesmos fossem uma ca-tegoria inferior de contribuintes.

A Lei Kandir veio a por um ponto finalnessas limitações feitas ao arrepio da Cons-tituição, determinado que o crédito do

ICMS sobre energia elétrica pudesse sertomado sem essas restrições. De fato, o ar-tigo 33, II da Lei 87/96, embora limitasse aentrada em vigor desse direito a partir de1/11/96 (limitação essa inconstitucional,pelos mesmos motivos acima) dispunha quehá direito ao crédito do ICMS relativo àenergia elétrica usada ou consumida no es-tabelecimento.

Agora, de acordo com o Projeto de alte-ração da Lei Kandir, somente dará direitoao crédito a entrada de energia elétrica noestabelecimento

1) quando for objeto de saída de energiaelétrica

2) quando consumida no processo deindustrialização (deixaram os estabeleci-mentos comerciais de fora )

3) quando seu consumo resultar emoperação ou prestação para o exterior, naproporção dessas saídas ou prestações

4) a partir de 1/1/2003, nos demais casos.Tratam-se de restrições e limitações

inconstitucionais, pois à lei complemen-tar não é dado o direito de alterar a CartaMagna.

Idêntico tratamento, também totalmen-te inconstitucional, é dado pelo Projeto aoICMS referente a serviços de comunicações.

O interessante é que esse Projeto é apre-sentado para discussão no Congresso Na-cional na mesma época em que o DeputadoMussa Demes apresentou ao Presidente daCâmara o Projeto de Reforma Tributária –Emenda Aglutinativa que, segundo se sabe,será votada no plenário.

Se a tal reforma, se aprovada tal comosugerida pela Comissão (emenda Aglu-tinativa) for aprovada, por que alterar a leicomplementar de um imposto que deixa-rá de existir? Parece claro que ao Gover-no não interessa a reforma tributária.

O debate sobre a reformatributária não está discutindo uma importante te-

mática dentro do sistema de impos-tos do Brasil: a reformulação do pa-pel do Imposto de Renda sobre ototal arrecadado, o que seria fun-damental para tornar o nosso sis-tema tributário menos regressivo.

Essa é a conclusão a que chega oestudo “Carga Tributária e Inci-dência Efetiva”, do economistaJulian Chacel, membro do Conse-lho Técnico da CNC. Ele lembraque o Brasil tem uma carga tribu-tária bastante próxima a dos Esta-dos Unidos _ por volta de 22%_,mas que a participação do Impos-to de Renda na arrecadação atinge

somente 27,9% do total, contra 68,9%naquele país.

“Essa distinção serve para mostrarque o sistema de impostos no Brasiltem um caráter altamente regressi-vo de vez que, na composição da car-ga, 60,2% do total de tributos arre-cadados resultam de impostos sobrebens e serviços que não levam emconta a capacidade de pagamento docontribuinte em relação à renda.”

O economista lembra que os pro-dutos brasileiros também sofremuma incidência de impostos bemmaior que similares produzidos emoutros países. Tomando dados daAnfavea (Associação de Fabricantesde Veículos Automotores), Chacelcita o exemplo do automóvel popu-

lar que, em sua versão básica, so-fre uma incidência de impostos de34% sobre o seu preço, mas quepode chegar a 80% se forem incor-porados itens opcionais. Na Euro-pa, esses impostos giram em tor-no de 15% e, nos Estados Unidos,totalizam 7%.

O economista Julian Chacel aler-ta que o projeto de reforma tribu-tária deveria abranger o Impostode Renda, sob pena da nova legis-lação manter a alta incidência deimpostos sobre bens e serviços.“Nesse sentido, a reforma tributá-ria é uma reforma parcial e ficamantida a carga de 60% sobre bense serviços e a regressividade dosistema.”

Celso Botelho de Moraes é advogado especialista em Direito TributárioE-mail : [email protected]

À Luz do Direito

Economista da CNC questiona papel doImposto sobre a Renda na reforma

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Conhecidas pelos famosos“descontos de duplicatas” –compra à vista de direitos

de recebimento por mercadorias queserão vendidas à prazo – as empresasde factoring querem mostrar que tam-bém podem atuar em prestação de ser-viços. A prova disso é a surpreendenteevolução dos serviços na composiçãodas receitas das empresas de fomentomercantil, que representaram 24,28%do total de receitas de comissão em1999, contra 0,78% registrado em 1993.

Muito mais do que um mero instru-mento de desconto de títulos em situa-ções difíceis, as empresas de factoringtambém podem atuar como assessoraspara pequenas e médias organizações,inclusive sendo um importante instru-mento para as empresas de contabili-dade. Entretanto muitos pontos aindasão obscuros para grande parte doempresariado, na opinião de Luiz Le-mos Leite, presidente da AssociaçãoNacional de Factoring - Anfac, que há18 anos organiza as atividades dasempresas de fomento mercantil.

“Muitos vêem o factoring como ins-trumento utilizado nas horas de aper-to mas, na verdade, a empresa de fo-mento mercantil não é uma institui-

ção que serve como tábua de salvação,mas um mecanismo criado para apoi-ar pequenas e médias empresas”, afir-ma Leite. A Anfac tem como associa-das atualmente 720 empresas de fo-mento mercantil, que prestam serviçosa aproximadamente 55 mil pequenas emédias empresas.

Leite define o factoring como a pres-tação contínua de serviços para peque-nas e médias empresas, conjugada coma compra de direitos de crédito resul-tantes de vendas mercantis realizadas àprazo. Entre os serviços que podem serprestados por essas empresas, estão oapoio para o setor de contas a pagar e areceber, alavancagem para venda deprodutos, busca de novos clientes, ad-ministração de estoques e orientaçãopara se ter uma boa contabilidade.

“Uma empresa de factoring pode sercontratada para prestar serviços semque haja necessidade de compra de cré-ditos, mas o contrário não pode acon-tecer”, adverte o presidente.

Para Leite, a participação dos servi-ços no total de receitas das empresasainda é muito baixo, se comparadocom os países desenvolvidos, onde asempresas de fomento são mais atuan-tes nesse segmento; lá, os serviços pres-

tados chegam a ser responsáveis por90% de sua receita. “A alta taxa de com-pra de créditos verificada no Brasildeve-se ao longo processo inflacioná-rio, que só agora a duras penas come-çou a ser controlado”, analisa Leite, queaposta em um crescimento mais acele-rado para os próximos anos, caso a es-tabilidade econômica for mantida.

Organização da empresa

O presidente da Anfac explica quemuitos empresários montam suas em-presas aproveitando as suas aptidõesnaturais, mas deixam a parte adminis-trativa sempre em segundo plano, oque é a causa do fracasso de muitosempreendimentos. O serviço dofactoring seria justamente prestar umaassessoria nessa área, verificando, porexemplo, a freqüência do pagamentode impostos ou, então, como anda asituação contábil da empresa.

Leite acredita que pode haver umacompatibilidade entre os serviços ofe-recidos pelo factoring e a contabilida-de, na medida em que o primeiro pos-sa ser complemento do segundo.“Não fazemos concorrência com ocontador e, muitas vezes, incentiva-mos os nossos clientes a cuidar bem

Factoring

Muito além dos descontos de títulos As empresas de factoring no Brasil querem mostrar ao mercado que sua vocação nãose resume em descontos de títulos para empresas em situação difícil. Pelo contrário, o

factoring procura atuar muito mais como assessor admistrativo-financeiro depequenas e médias organizações, inclusive sendo um importante parceiro para as

empresas de contabilidadepor Rui Santos

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 15

de sua contabilidade. Sempre indica-mos a busca do contador para orien-tar os nossos clientes.”

A Anfac acredita que o profissionalcontábil deve orientar seu cliente so-bre quais são as verdadeiras atividadesdo factoring. Segundo Leite, muitosdos serviços prestados podem comple-mentar e até mesmo coincidir com asatividades contábeis. “Pedimos para osclientes que prestem atenção nos en-cargos e nos impostos e fazemos umaespécie de balancete de como são asvendas. O factoring ajuda tirando es-sas responsabilidades rotineiras decima do administrador e deixando-olivre para desenvolver outros projetosque visam aumentar as vendas.”

Para Leite, até mesmo uma empresade contabilidade poderá assinar umcontrato com uma factoring, com oobjetivo de incrementar a sua organi-zação administrativa e ter mais condi-ções para desenvolver novos produtos.Em uma empresa comum, o que é ven-dido é o direito que a empresa tem so-bre o que for produzido e vendido. Nocaso de uma empresa de contabilida-de, esse direito seria os próprios hono-rários cobrados dos clientes.

Factoring

O empresário Pio Daniele, dire-tor da Daniele Banco Fo-mento Comercial e Participa-

ções, trabalha no mercado de factoringdesde 1987. Há cinco anos, ele montousua própria empresa própria, se especi-alizando principalmente em serviços decontas a pagar e a receber. A empresacompra o direito de faturamento de umavenda feita pela indústria, pagando àvista por isso, e fica responsável pela co-brança do sacado. Essa é uma forma, se-gundo Daniele, da pequena empresaconseguir financiamento no mercadopara a sua produção, tendo em vista quegeralmente o sistema financeiro não cos-tuma dar crédito a essa parcela da eco-nomia.

“Em um sistema normal, a indústriapaga nas duas pontas: juros para obtercrédito de um banco, isso quando con-

segue, e na manutenção de um sistema decontas a receber para administrar o seucaixa. Com o factoring, ela ganha nas duaspontas, pois não precisa pagar juros demercado para obter financiamento nemmanter uma estrutura para cobrar os seuscréditos. Há uma terceirização do setor,que na relação de custo-benefício é vanta-josa para a empresa”, analisa Daniele.

Como comissão, a Daniele Banco cobrauma taxa de serviço “ad valorem” de0,50%, mais o fator de compra, deduzidodo valor a ser pago pelo desconto da du-plicata, que em março era de 4,12%, segun-do o padrão da Anfac. A comissão “advalorem” mais o fator de compra são osmeios pelos quais todas as factorings co-bram os seus serviços.

A maioria dos clientes atendidos pelaDaniele Banco é do setor industrial: 32% sãometalúrgicas, 24% do setor sucroalcooleiro,16% são gráficas, 10% da indústria quími-ca e 1% têxteis. Outros ramos atendidos sãoprestações de serviços, com 2% (incluindoempresas que queimam resíduos tóxicos),e transporte, com 9%. Demais clientes com-põem 6% da carteira de factoring da em-presa, que não trabalha com nenhuma em-presa do setor comercial.

Pio explica que sua empresa se especi-alizou em indústrias porque acredita que

seus produtos podem ser melhor anali-sados para a concessão de créditos doque os serviços. “Há um planejamentomelhor e, caso alguma venda não der cer-to, há a possibilidade da produção seralocada para outro distribuidor, o quenão ocorre com um serviço, muitas ve-zes desenvolvido para somente uma em-presa. Além disso, a indústria é mais du-radoura. É mais difícil arrancar uma fá-brica do lugar do que um estabelecimen-to comercial.”

Daniele ressalta a importância dofactoring na organização administrativada pequena e média empresa. “Muitosdos nossos clientes são empreendedores,mas não são bons gestores, o que requera atuação de uma empresa de factoringpara organizar a empresa. O trabalho vaialém de uma simples compra de crédi-to, porque também entra na análise debalanço da empresa, na pesquisa e naconjuntura.”

Apesar das vantagens enunciadas nacontratação dos serviços da factoring, aforma para se conseguir esse contrato ébastante burocrática. Entre os documen-tos exigidos, o interessado deve apresen-tar cópias autenticadas do contrato soci-al, das atas e da residência da empresa ecópias simples do balanço e do balancete,que são periodicamente exigidos.

Factoring paulista especializa-seno atendimento a indústrias

O empresário de factoring Pio Daniele atendeindústrias metalúrgicas, químicas, têxteis, do

setor sucroalcooleiro e gráficas

Uma empresa de factoring pode sercontratada para prestar serviços sem que haja

necessidade de compra de créditos, mas ocontrário não pode acontecer. A advertência é

de presidente da Associação Nacional deFactoring - Anfac, Luiz Lemos Leite

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16 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

“A nossa filosofia é trabalhar compequenas empresas, pequenos créditose pequenas vendas, e a segurança vemporque o que avaliamos é a capacida-de dos sacados de pagarem as obriga-ções com as empresas, fazendo um ca-minho completamente oposto ao dosbancos, que avaliam o patrimônio dasempresas sacadoras”, avalia o presi-dente da Anfac.

Por causa dessa metodologia, o pre-sidente garante que a inadimplênciatambém é reduzida, aproximando-sede zero. “Quanto mais uma empresafor eficiente no controle dos mecanis-mos de administração, menor será ataxa de inadimplência”, afirma Leite.

Compra de Títulos

Apesar de estarem investindo pesa-do para aprimorar esse lado de servi-ços, as empresas de factoring não que-rem deixar para trás a atividade quelhes conferiu certa fama e é objeto demuita confusão, que é a compra e ven-da de direitos de recebimento.

Leite explica que, muitas vezes, umaempresa não tem capital de giro paracomprar matérias-primas e tampoucodispõe de crédito entre as instituiçõesfinanceiras. Então ela recorre a umaempresa de fomento mercantil, quecompra à vista os direitos que a em-presa teria sobre a mercadoria vendi-da, recebendo por esses direitos no pra-zo em que a empresa que contratou o

factoring combinou com a empresasacada. O factoring receberia uma co-missão por esse serviço, chamada fa-tor de compra, que acompanha a vari-ação do CDB. Em março, essa taxa erade 4,12%.

A confusão está no fato de muitosconfundirem esse serviço com emprés-timo de dinheiro (atividade que depen-de de aprovação por parte do BancoCentral) e abrirem empresas de em-préstimo ou de desconto de chequescom o nome de factoring. Leite escla-rece que o factoring não é umemprestador e a grande diferença é queas empresas de fomento não fornecemdinheiro para pagamento à prazo, masno ato do contrato. A outra distinção éque as empresas de factoring somentetrabalham com pessoas jurídicas.

Para Leite, o problema está no fatode que alguns ex-funcionários de ins-tituições financeiras que decidem mon-tar escritórios para descontar chequese fazer empréstimos e colocaram onome de factoring. Por causa disso,muitas pessoas passaram a ligar a ex-pressão factoring a empréstimo de di-nheiro.

Por causa dessas empresas, a Anfacpassou a desenvolver mecanismos

Anfac (Associação Nacional de Factoring)Av. Paulista, 1499, 9º andar, conj. 906, CEP. 01311-928, Tel.(11) 289-8711

e-mail [email protected]

para dar segurança aos seus clientes.Um deles é o certificado de empresaassociada, que todas as 720 filiadas daAnfac devem apresentar quando foremrequeridas. Esse certificado faz parte deum acordo assinado no ano passadopela a Anfac e a Secretaria de DireitoEconômico, que representa o Ministé-rio da Justiça. Esse acordo visa a prote-ção das empresas de fomento mercan-til filiadas e estabelecer um sistema decooperação técnica.

Leite ressalta a importância desseacordo na repressão a instituições queusam o nome do factoring para outrosfins. “Em um ano, encaminhamos al-guns casos para o SDE, a maioria anún-cios de jornais oferecendo serviços deagiotagem sob a denominação defactoring. A SDE encaminha essas de-núncias ao Ministério de Justiça, quetoma as medidas cabíveis.”

Portanto, a Anfac aconselha todos osinteressados em contratar os serviçosde uma empresa de fomento mercan-til a tomar bastante cuidado. O primei-ro passo é consultar um dos assesso-res da Anfac, que poderão dizer se aempresa é filiada ou não à associação,para em seguida esclarecer todos osserviços que poderão ser realizados.

Factoring

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 17

DICIONÁRIO DE DECISÕES

TRIBUTÁRIAS FEDERAIS

Título: Dicionário deDecisões TributáriasFederaisAutores: Ippo Watanabee Luiz Pigatti JúniorEditora: Oliveira MendesPáginas: 1.124Preço: R$ 83,00

Em sua segunda tira-gem, a obra é uma com-pilação das principaisdecisões administrati-vas e judiciárias sobre

tributos federais, assim como legislação muni-cipal e estadual ligadas à União, e serve de re-ferência para contabilistas, advogados e inte-ressados no assunto. O índice alfabético-remis-sivo dispõe de mais de 940 possibilidades parafacilitar a pesquisa imediata do assunto de inte-resse, sendo que a maior parte do material cole-tado refere-se aos últimos 10 anos. Pode ser fer-ramenta de trabalho para planejamento tributá-rio e para auditoria. Está disponível pela Internet,no site http://www. juarezdeoliveira.com.br.

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

Título: Manual deProcesso AdministrativoTributárioAutores: Ippo Watanabee Luiz Pigatti JúniorEditora: Juarez deOliveiraPáginas: 650Preço: R$ 59,00

Também direcionadopara tributaristas, con-tadores e profissionaisda área tributária, o li-

vro levanta todos os aspectos administrativosem matéria fiscal examinados por juristas e poraplicadores na norma processual administra-tiva. O livro trata dos meios e provas admiti-dos pela legislação, e explica o procedimentodos processos e os instrumentos utilizadospelo advogado para atenuar ou agravar as acu-sações. A análise baseia-se na Constituição eno Decreto 70.235, de 06 de março de 1972, queregulamenta o processo administrativo fiscal.Também está disponível pela Internet, no sitehttp://www. juarezdeoliveira.com.br.

Um pequeno guia comparati-vo entre as práticas contábeis

brasileira, norte-americana e o dis-posto pela International AccoutingStandard (IAS), esse trabalho feitopor profissionais da KPMG visa ori-entar o profissional interessado pe-las principais normas contábeis, re-sumindo e dando a referência legalà respeito da prática.

“O principal atrativo para o con-tabilista é o fato do manual ser re-sumido. As legislações do USGaap(as práticas contábeis norte-ameri-canas) são muito complexas e, assimcomo as brasileiras, estão muito dis-persas. A facilidade está no fato deo contabilista ter fácil acesso às prin-cipais disposições e, se quiseraprofundar no assunto, ter a refe-rência onde procurar”, explica oGerente Sênior da KPMG, GenuínoMagalhães Christino.

A disposição das normas em trêscolunas facilita a apresentação dosassuntos, que tratam desde como de-vem ser lançados a valorização dosestoques até a recuperação dos ati-vos. Isso permite ao profissional di-ferenciar rapidamente as semelhan-ças e diferenças entre as disposiçõesestabelecidas internacionalmente, noBrasil e nos Estados Unidos.

Segundo Christino, a versão em

inglês foi pensada para atender em-presas multinacionais que tenhaminteresse em investir no Brasil. “Asfiliais dessas empresas poderão es-tar enviando esse resumo para asmatrizes, que poderão conhecer umpouco mais as práticas contábeisbrasileiras.”

Ao comentar sobre a comparaçãoentre a legislação contábil brasileirae norte-americana, Christino apon-ta que ambas são bastante comple-xas mas, no Brasil, devido a influên-cia da legislação do Imposto de Ren-da, muitas práticas contábeis reco-nhecidas internacionalmente não seaplicam no Brasil.

Um exemplo é o leasing financeiroque não é regulamentado no Brasil.Por causa disso, ele é consideradocomo leasing operacional para efei-tos contábeis. Nos Estados Unidos,a distinção tem reflexos na práticacontábil, que é diferente para cadaespécie de leasing.

O trabalho completo está disponível no site da Fenacon , emformato PDF para download. O site é www.fenacon.org.br.

Guia orienta execução de contabilidadenos padrões internacionais

Livros

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18 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

Enesc 2000

As inscrições para o Encon-tro de Empresários Contábeis da Região Nordeste -

Enesc 2000 já estão abertas. O eventoserá realizado na cidade de Salvador-BA entre 23 e 25 de agosto e terá comotema “A Empresa contábil descobrin-do o seu futuro”. Para estimular mai-or participação, a organização doevento fez uma promoção para asempresas: a cada 10 inscrições reali-zadas, uma será gratuita.

No total, sete temas serão aborda-dos no encontro: planejamento tribu-tário – sanções administrativas-,marketing nas empresas de serviçoscontábeis, a empresa de serviços con-tábeis e o mundo globalizado, quali-dade de vida, motivação - uma armapara eficiência -, a organização contá-bil – sua estrutura e funcionamento -e a empresa contábil e a administra-ção pública.

Até o momento, estão confirmadoscomo palestrantes Eliel Soares dePaula, presidente da Fenacon, MárioCésar Magalhães Mateus, Paulo Fer-nandes Veras e Pedro Ernesto Fabri.Durante o evento, a Fenacon, o Con-selho Regional de Contabilidade daBahia e o Sescon da Bahia estarão di-vulgando suas principais atividadesem estandes. Um deles será para pro-mover o Conesc 2001, que será reali-

zado em São Luís (MA).A intenção do presidente do Sescon-

BA, José Rosenvaldo Rios, é associaro evento ao aniversário de 500 anosdo descobrimento do Brasil. “Os pro-fissionais contábeis precisam desco-brir o seu futuro dentro da globaliza-ção. Para isso, precisamos debater opapel das novas tecnologias e de comoas empresas podem se preparar parao futuro.”

Para Rosenvaldo, a evolução da eco-nomia e o aparecimento de novas téc-

Nordeste

nicas tornam o mercado contábil maiscompetitivo, e as organizações contá-beis, bem como seus profissionais,precisam buscar a atualização cons-tante, sob pena de ficarem definitiva-mente alijados do mercado.

O Sescon-BA espera receber pelomenos 800 participantes, dos quais 500serão do próprio Estado e o restantedos demais estados participantes:Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Mara-nhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe,Piauí e Rio Grande do Norte.

Salvador receberá empresários contábeis em agostoInscrições já estão abertas para o Enesc Nordeste que acontecerá de

23 a 25 de agosto, no Bahia Othon Palace Hotel

Maiores informações poderão ser obtidas na organizadora do evento - Frick Eventos, pelo telefone (71) – 332-6109.

Representantes dos Sescons da Região Nordeste se reúnem para discutir a detalhes doEnesc 2000 que está sendo organizado pelo Sescon/BA

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 19

Enesc 2000

“A nova visão sócio-econômica dasorganizações de serviços contábeis ede assessoramento.” Este será o temado 1º Encontro de Empresas de Servi-ços Contábeis e de Assessoramento daRegião Sul - 1º Enesc – Sul, que acon-tecerá nos dias 22 e 23 de junho, noHotel Laje de Pedra, em Canela - RS.

O evento é uma realização dosSescons da Região Sul, sob a lideran-ça do Sescon de Caxias do Sul e oapoio da Fenacon. O encontro deveráreunir 300 empresários dos setorescontábeis e de assessoramento dosEstados do Rio Grande do Sul, SantaCatarina e Paraná, com o objetivo dedebater a nova postura das empresas

Sul

Empresas de serviços contábeis e assessoramentorealizam primeiro encontro da Região Sul

Enesc Sul acontecerá em 22 e 23 de junho, no hotel laje de Pedra, em Canela,cidade turística do Rio Grande do Sul

do setor, diante dos efeitos da globali-zação e da evolução sócio-econômicado País.

No evento, serão apresentados te-mas atuais e de importância para ossetores envolvidos como: ‘Brasil aCaminho do Primeiro Mundo’; ‘Tec-nologia da Informação’; ‘Relato deuma Experiência Empresarial’; ‘Qua-lidade na Organização e nos serviçosContábeis e de Assessoramento’; e fi-nalizando com a palestra ‘Importân-cia do Atendimento’.

Sob a liderança do Sescon de Caxias do Sul, oEnesc 2000 - Sul pretende receber em Canelas

cerca de 300 empresários oriundos dosestados do Paraná, Santa Catarina e Rio

Grande do Sul

As inscrições para o 1º Enesc – Sul, poderão ser feitas junto aos Sescon’s de cada região: Sescap/Paraná,Sescon/Londrina, Sescon/Ponta Grossa, Sescon/Santa Catarina, Sescon/Blumenau, Sescon/GrandeFlorianópolis e Sescon/Caxias do Sul.

O presidente do Sescon Espírito Santo, Haroldo dosSantos Filho, responsável

pela comissão organizadora do pri-meiro Encontro de Empresários Con-tábeis da Região Sudeste - Enesc 2000- Sudeste, anunciou local e data doevento. Será no balneário deGuarapari, a 45 quilômetros de Vi-tória, capital do estado.

Segundo Haroldo, foram bloque-ados 200 apartamentos da unidadehoteleira do Sesc que está conjugada

Sudeste

Sescon’s do Sudeste farão encontro em novembroO balneário de Guarapari, no Espírito Santo será local do Enesc Sudeste que acontecerá

de 22 a 24 de novembro, no Centro de Convenções do Sesc

com o Centro de Convenções queabrigará os partipantes do evento.

Os sindicatos do Sudeste, regiãode maior concentração de empresá-rios de contabilidade do País, têm aexpectativa de reunir cerca de 2000pessoas no Encontro de Guarapari.

Em meados de maio está progra-mada reunião com a comissão orga-nizadora na qual já serão estudadosos principais temas e paletrantes doevento.

Os sindicatos que participam da

realizacãodo Enesc Sudeste são:Sescon/MG, Sescon Sul Fluminense,Sescon/ES, Sescon/RJ e Sescon/SP.

Inscrições

Até o final de maio, os orga-nizadores do Enesc Sudeste preten-dem estar divulgando a agência deturismo responsável pelo trasladodos participantes , bem como todasa programação científica e culturaldo evento.

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20 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

Previdência Social

Para minimizar problemas nopreenchimento da Sefip, aCaixa Econômica Federal en-

viou à Fenacon alguns pontos que me-recem maior atenção no momento dageração do arquivo.

A partir da competência abril (re-colhimento em maio) a entrega daGuia de Recolhimento do FGTS e In-formações à Previdência Social - Gfip,em meio eletrônico, passa a ser obri-gatória na região Sul do País. Nas re-giões Nordeste, Norte/Centro-Oestee Sudeste, a obrigatoriedade será emrelação, respectivamente, às compe-tências junho, julho e agosto de 2000.

Abaixo, a relação das orientaçõesenviadas pela CEF.

1 - A empresa de contabilidadenão deve entregar, simultaneamente,GFIP declaratória e de pagamentoidênticas, apenas com códigos de re-colhimento diferentes, de uma mesmaempresa. Essa prática irá gerar cobran-ças desnecessárias por parte da Pre-vidência Social, causando transtornospara as empresas e para o INSS. Por-tanto, se a empresa contábil irá geraro arquivo de 10 empresas, sendo queoito recolheram o FGTS, só haverá ne-cessidade de se gerar arquivos decla-ratórios para as duas que não recolhe-ram, pois o arquivo de recolhimentojá é também declaratório.

CEF alerta para pontos críticos nadeclaração da Gfip em meio eletrônico

2 - Não é necessário entregar aGFIP sem movimento (código de re-colhimento 906), todos os meses, masapenas no primeiro mês em que nãohouver fatos geradores de contribui-ções previdenciárias. Assim que ocor-rer um fato gerador de contribuiçãoprevidenciária, a empresa deve vol-tar a entregar a GFIP.

3 - É importante que a empresapreencha corretamente os campos re-lativos à alíquota SAT, código FPASe de Terceiros. Essas informações sãoessenciais para o correto cálculo dovalor devido à Previdência Social e asua não informação poderá gerar co-branças por parte do INSS, inclusivecom a emissão de Autos de Infração,causando transtornos e despesas des-necessários para o contribuinte.

4 - Em virtude da legislação pre-videnciária mudar com freqüência, éimportante que a empresa utilizesempre a última versão disponível doSefip, pois somente ela estará atuali-zada para o cumprimento das exigên-cias legais vigentes na competência.A última versão da Sefip disponi-bilizada pela CEF é a 4.0. Para isso, ocontribuinte deve consultar com fre-qüência as páginas da CEF e doMPAS na internet ou ligar para oPREVfone (0800 780191) ou DisqueCaixa (0800 550101).

Rápidas○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Economia no Mercosul

Os Conselhos Federais de Contabili-dade, Administração e Economia, oIbracon e o Gimcea (Grupo de Integra-ção do Mercosul – Contabilidade, Eco-nomia e Administração) estarão promo-vendo debates na área econômica e fis-cal do Mercosul, no VI Encontro de Con-tadores, Economistas e Administrado-res do Mercosul, nos dias 1º a 03 de ju-nho de 2000, no Hotel Continental, emCanela (RS). Durante o congresso, esta-rão trabalhando quatro comissões quediscutirão os aspectos trabalhistas noMercosul (incluindo mercado de traba-lho e sistemas trabalhistas), fomento deinvestimentos e coordenação de políti-cas regionais, mediação e arbitragem easpectos fiscais no bloco econômico. Aorganização do evento está sob respon-sabilidade do Conselho Regional deContabilidade do Rio Grande do Sul edos Conselhos Regionais de Adminis-tração e de Economia do Rio Grande doSul. Para maiores informações, o inte-ressado deverá ligar para 51-228-7999,ou pela Internet: www.crcrs.org.br ou e-mail [email protected].

Dia do Contabilista

Em 25 de abril, foi comemorado o diado contabilista em todo o país. Vários con-selhos regionais e sindicatos lembrarama data com coquetéis e distribuição de tí-tulos a profissionais de destaque do setor.

Diretoria da Fenacon

O suplente dedir etoria Geri-valdo Pereira daSilva (foto à direita),empresário contá-bil de Goiânia-GO, assumiu inte-rinamente, emabril, o cargo dediretor financeiro da Fenacon.

(11) 3061.1884

RevistaFENACONPara anunciar ligue

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 21

REGIONAIS

Ceará

Sescon/CE inaugura sede própria em Fortaleza

Foi inaugurada no dia 14 abril,a nova casa do empresáriocontábil do Ceará. A sede pró-

pria do Sescon/CE tem 67, 5 m2 deárea e possui recepção, sala de estar esala de reuniões, onde serão realiza-das as rotinas administrativas e as reu-niões da diretoria do sindicato. Esti-veram presentes na cerimônia deinauguração diversas autoridadescontábeis, como o presidente daFenacon, Eliel Soares de Paula; os vice-presidentes da entidade, Annibal deFreitas e Pedro Coelho Neto (ex-pre-sidente do Sescon/CE), além de pre-sidentes dos Sescons de todo o País.

Também compareceram à solenidade,o vice-presidente do CFC, José MartônioAlves Coelho; o presidente do CRC/CE,Robson de Castro e Silva, e o superin-tendente da Receita Federal do Ceará,Paulo de Tarso.

A nova sede do Sescon/CE está loca-lizada na zona nobre da capital Fortale-za, no bairro Edson Queiroz, próximoao campus da Universidade de Fortale-za – Unifor e do Fórum ClóvisBeviláqua. “Com a sede própria, nosestruturamos para alcançar vôos maisaltos em prol da classe empresarial con-tábil do Ceará”, ressaltou Cleodon deBrito Saraiva, presidente do Sescon/CE.

Nova endereço do Sescon/CEAv. Washington Soares, 1.400, sala 401Edif. Juridical Center - Bairro Edson Queiroz60811-341 - Fortaleza - CETel.: (85) 224-9539 - 9977.3448 (provisório)

O presidente daFenacon, Eliel Soaresde Paula (à direita)decerra a placa deinauguração da novasede do Sescon Cearáao lado dopresidente dosindicato, Cleodonde Brito Saraiva

Solenidade é marcadapela presença de váriasautoridades do meiocontábil e ainda, pelasbençãos do padreSalles

Um requintadocoquetel

preparado peloBuffet Barbaras

encerrou ascomemorações

de 14 de abrilpelo Sescon/CE

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22 - Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000

REGIONAIS

Sergipe

Sescon/SE divulga programação oficial da III Coescap/SE

A comissão organizadora daIII Convenção Estadual dasEmpresas de Serviços Con-

tábeis, Auditoria e Perícia do Estadode Sergipe – III Coescap/SE definiu aprogramação oficial do evento. A con-venção acontece de 18 a 20 de maio,no auditório do Espaço SebraeMultieventos, em Aracaju. A realiza-ção é do Sescon/SE em conjunto coma Associação dos Peritos Judiciais doEstado de Sergipe – Apejese.

A programação técnica se destacapela diversidade de temas, que serãoabordados por alguns dos principaisnomes do segmento contábil brasilei-ro. O presidente da Fenacon, Eliel Soa-res de Paula, será um dos palestrantes.Ele falará sobre ‘O modelo das empre-sas de serviços contábeis, face a novaeconomia’, no segundo dia de evento.

14 às 15h45 - Palestra: ‘O modelo das empresasde serviços contábeis, face a nova economia’Palestrante: Eliel Soares de Paula – presidente daFenacon16 às 18hs - Palestra: ‘Qualidade total nas em-presas de ser viços contábeis’Palestrante: José Emílio Calado – Sescon/PEDia 20 – Sábado09 às 10h20 - Palestra: A veracidade das infor-mações contábeis nos crimes governamentais x es-cândaloPalestrante: Daniel Salgueiro – Sescon/AL10h30 às 12hs - Palestra: A responsabilidade docontador no trabalho de auditoriaPalestrante: José Aparecido Maion – CRC/SPEncerramento

Dia 18 (quinta-feira)13 às 18h - Credenciamento/Secretaria Evento20h - Sessão solene de aberturaPalestra: ‘Aracaju no século XXI’Palestrante: João Augusto Gama da Silva – prefei-to de AracajuEntrega de comendas - CoquetelDia 19 (sexta-feira)09 às 10h20 - Palestra: ‘Mediação e arbitragemno mundo dos negócios’Palestrante: Antônio Marques Neto - Câmara Bra-sileira de Mediação e Arbitragem/ ConfederaçãoBrasileira das Associações Comerciais10h30 às 12hs - Palestra: ‘Perícia contábil’Palestrante: Netônio Bezerra Machado – Tribunalde Justiça

Informações: (79) 214-0722/ 213-7058/213-7190 (Sescon/SE)

III Convenção Estadual das Empresas de Serviços Contábeis,Auditoria e Perícia do Estado de Sergipe

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 23

REGIONAIS

Em reunião, no dia 30 de mar-ço, foi firmado convênio en-tre o Sescon/MA e a agência

Palácio dos Leões, do Banco do Bra-sil, na capital São Luís. O gerente daagência conveniada, Edson Araújo deSouza explanou aos diretores do sin-dicato sobre a parceria que dispo-nibilizará empréstimos de capital einvestimentos para a ampliação denegócios de micros e pequenas empre-sas.

Caberá às empresas contábeis pres-tar orientação a seus clientes sobre asformalidades do empréstimo, assim

como a análise prévia dadocumentação e da via-bilidade dos projetosapresentados.

AABB

Pelo convênio, os asso-ciados ao Sescon tambémterão acesso à AssociaçãoAtlética do Banco do Bra-sil – AABB, usufruindo,juntamente com familia-res, de infra-estrutura delazer com piscina, campode futebol, ginásio e res-

taurante. O ingressonas dependências doclube será permitidodurante a vigênciado convênio.

Flytour

O presidente doSescon/MA, José Ri-bamar Pires de Cas-tro Filho acompanhaa reunião juntamen-te com diretores dosindicato. Neste mes-mo dia, o Sescon/MA firmou convêniocom a empresaFlytour Viagens e Tu-rismo. O diretor daempresa, EugênioPedro, anunciou

Maranhão

Convênio com Banco do Brasil propicia linhade crédito e acesso ao Clube da AABB

que, de acordo com o volume de ne-gócios com os associados, a Flytourbuscará obter junto ao mercado turís-tico tarifas diferenciadas para o seg-mentos assistidos pelo sindicato.

Os associados que optarem pelaFlytour terão descontos em passagensaéreas nacionais e internacionais (den-tro do convênio já firmado com aTransbrasil – matéria na edição 47) eem pacotes turísticos, cruzeiros marí-timos, intercâmbio cultural, locação detáxi aéreo e veículos e eventos. Os des-contos em hospedagem serão obtidosjunto a rede de hotéis conveniados aFlytour. Para a utilização dos convê-nios, basta a apresentação da cartei-rinha de associado do Sescon/MA .

Na foto acima, o gerente da agência doBanco do Brasil de São Luis, Edson Araújo

de Souza explica detalhes do convêniofirmado com o Sescon/MA

Mais parcerias. Em pé, o diretor da Flytour Viagens eTurismo , Eugênio Pedro, anuncia em reunião com a

diretoria do Sescon/MA, tarifas turisticas diferenciadaspara os segmentos assistidos pelo sindicato

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REGIONAIS

O Sescon/Blumenau con-cluiu a segunda pesquisa“Avaliação do mercado e

dos serviços prestados em assessoriae escrita fiscal”, com o objetivo de ob-ter o conceito dos clientes sobre as em-presas contábeis filiadas ao sindicato.O resultado, com análise de dados egráficos, foi apresentado aos associa-dos, durante evento de confraterniza-ção do Sescon/Blumenau. Foram ana-lisados 172 empresas-clientes.

“A pesquisa visa mostrar ao associ-ado como ele está em relação ao todoe em que pontos ele pode trabalharpara melhorar os seus serviços e aten-dimento”, destacou Carlos RobertoVictorino, presidente do Sescon/Blumenau.

Confiabilidade

Parte das perguntas apresentadasno formulário de pesquisa abordavao atendimento dos departamentos dasempresas de contabilidade nos aspec-tos: confiabilidade, consultas e pontu-alidade. A pesquisa de qualidade, queé bienal, ainda abordou questõescomo: periodicidade e aspectos geren-ciais tratados nos balancetes; partici-pação da empresa contábil nas deci-sões estratégicas da empresa; conhe-cimento sobre a legislação em vigorpor parte dos profissionais contábeise adequação dos honorários aos ser-viços contábeis prestados.

Fidelidade

A amostra total revelou que, nos úl-timos dois anos, 87, 21% do entrevis-tados se mantiveram clientes de suasrespectivas empresas contábeis. “O ín-dice caracteriza uma fidelidade mui-to alta às empresas de contabilidade”,destacou Victorino. A pesquisa pediutambém uma avaliação sobre os ser-

viços prestados em relação a três as-pectos: pontualidade, confiabilidade econsultas feitas. Todos os três itens ob-tiveram o mesmo conceito: 94, 77% deótimo e bom.

Em seguida, a pesquisa perguntouquais os principais aspectos que con-tribuíram para os conceitos citados noparágrafo anterior. Um total de 65,70% citou a pontualidade dos servi-ços; 50%, competência, eficiência, pon-tualidade, profissionalismo e respon-sabilidade; 48, 26%, rapidez no aten-dimento, e 46, 51%, confiança, hones-

Blumenau

tidade e correção (a pergunta permi-tiu até quatro respostas múltiplas).

Balancetes

A pesquisa também revelou que 43,02% das empresas contábeis produzembalancetes mensais. Considerando o to-tal de empresas que apresentam aosseus clientes balancetes mensais,bimestrais e trimestrais, esse índice sobepara 55, 39%. Victorino avalia o resul-tado como um bom índice. Segundo ele,o próprio mercado vem, cada vez mais,exigindo do profissional contábil infor-

Clientes avaliam empresas contábeis de Blumenau

Falta de Organização (eficiência, competência entendimento) Mal atendimento (funcionário mal educado) Lentidão para fornecer documentos ou realizar serviços Honorários muito altos O antigo escritório fechou Atraso nos pagamentos, ocasionando multa Mudança para um escritório de amigo ou parente Erros de cálculo provocando prejuízos Devido ao crescimento mudou para outro que oferecesse mais serviços Incompetência na execução das atividades de modo geral Preferência a escritório localizado mais próximo da empresa Falta de comunicação Falta de Orientação Falta de repasse de informação Desvio de dinheiro destinado a pagamentos de tributos (roubo) Mudança de dono ou de ramo de atuação Cobrança de impostos com valores aumentados “propositalmente”

Razões apontadas pelos clientes por terem mudadode prestador de serviço nos últimos 2 anos

- Os itens enumerados acima foram apontados por entrevistados que disseram sim àpergunta: “Mudou de empresa contábil nos últimos dois anos?- Este grupo representou, no total geral, 12,79% dos empresários-clientes entrevista-dos pelo Sescon/Blumenau

Levantamento do Sescon Blumenau pretende mostrar ao associado comoele está em relação ao todo e em que pontos ele pode trabalhar para

melhorar os seus serviços e atendimento

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Revista Fenacon - Edição 52 - Abril de 2000 - 25

REGIONAIS

Sescon/SC mantém linha direta coma categoria através da Internet

Ao fazer um balanço das atividades do primeirotrimestre, o presidente do Sescon/SC, RobertoWuthstrack, disse que a entidade está investin-

do principalmente em abastecer os associados e filiadosde informações em tempo real, utilizando como ferramentaa Internet.

Para desenvolver este trabalho, o Sescon/SC organi-zou um mailing com 1.580 empresas cadastradas. Em ja-neiro, fevereiro e março, foram enviados para empresasassociadas 9.282 e-mails. As empresas filiadas à contabi-lidade, assessoramento e escritórios autônomos recebe-ram 17.094 e-mails. Outras empresas foram informadascom 2.037 e-mails, totalizando 28.413 boletins Net* IOB.

O Sescon/SC enviou ainda e-mails de orientação paraa categoria. As empresas associadas tiveram acesso a14.447 e-mails, as filiadas à contabilidade, assessoramen-to e escritórios autônomos receberam 20.337 e-mails e paraoutras empresas foram enviados 8.381 e-mails, chegan-do a 43.165 que, somados aos boletins Net* IOB,totalizaram 71.578 e-mails. As demais atividades da en-tidade, de janeiro a março, foram as seguintes

Reuniões

Diretoria ........................................................................................... 02Fecontesc........................................................................................ 01Grupo de Estudos Tributários ......................................................... 01Grupo de Estudos RH....................................................................... 01Comitê de Comunicação.................................................................. 01Representação Diretores ................................................................. 04Cursos/seminários/Palestras ......................................................... 69

Treinamentos

SemináriosEm parceria ..................................................................................... 16Próprios .......................................................................................... 01CursosEm parceria .................................................................................... 26Próprios .......................................................................................... 02PalestrasEm parceria ..................................................................................... 24Total profissionais treinados 2.439

Balanço de Atividades do Sescon/SC1o Trimestre Ano 2000

mações abrangentes e rápidas.A pergunta seguinte “Que aspectos

gerenciais são tratados nos balancetes?”comprova a avaliação do presidente doSescon/ Blumenau. Um total de 51, 74%citou que inclui no documento uma aná-lise de balanço da empresa-cliente. ParaVictorino, o dado demonstra que háuma preocupação do empresário con-tábil em transformar o balanço em uminstrumento de informações para a to-mada de decisões gerenciais por parteda empresa-cliente.

Por outro lado, a pergunta “Que par-ticipação tem a empresa de conta-bilidade nas decisões estratégicas deseu cliente?” mostra que a iniciativado empresário contábil em se colocarde forma mais presente como consul-tor ainda é tímida. Apenas 15, 70%participam ativamente das decisõesestratégicas de seu cliente, enquanto29, 65% não participam e 54, 65%, ape-nas quando solicitados. “Os números

Santa Catarina

mostram que o empresário contábilainda tem pouco contato com o clien-te”, reconhece Victorino.

Mas as informações seguintes mos-tram que os empresários contábeisestão preparados para assessorar seusclientes nos aspectos legais. Do totalde entrevistados, 92, 44% consideramótimo e bom o conhecimento dos pro-fissionais de contabilidade sobre a le-gislação em vigor. E 86% disseram queas alterações legais são repassadaspelos contadores em tempo hábil paraa tomada de decisões.

Importância da contabilidade

E vale o alerta com relação à pergun-ta “Que importância você atribui àcontabilidade como um sistema de in-formações?”. Ela recebeu considera-ção ‘muito importante’ de 93, 60% dosentrevistados, o que mostra que o pro-duto do conhecimento oferecido peloprofissional contábil está sendo valo-

rizado como ferramenta gerencial pelaquase totalidade dos empresários.

Os associados ao Sescon Blumenaureceberam dois resultados da pesqui-sa, um global e outro relacionado es-pecificamente à empresa.

Pesquisa aponta fidelidade muito alta docliente às empresas de contabilidade, avalia

o presidente do Sescon/Blumenau CarlosRoberto Victorino

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Um dos grandes equívocoscometidos nestes últimostrinta anos por quase to-

dos os nossos notáveis economistas foia crença em que um país forte depen-de de uma moeda forte. Quando doseqüestro da poupança nacional, em1990, medida considerada por mui-tos inconstitucional, um famoso eco-nomista brasileiro afirmou na televi-são que era mais importante defen-der a moeda que defender a Consti-tuição. Frase perigosa para uma na-ção que acabara de sair de uma longaditadura. Imaginem se os engenhei-ros brasileiros tomassem o poder afir-mando que defender o comprimentodo metro é mais importante que de-fender a Constituição do Brasil.

Não é a moeda de um país que precisa ser forte. É a conta-bilidade que deve ser forte e precisa. Todo país requer um sis-tema de referência confiável, que permita aos indivíduos re-gistrar e comparar preços. Não que nossos economistas nãosoubessem disso, mas achavam que a única saída era lutarpor uma moeda forte, o que traria como conseqüência umacontabilidade forte. Administradores e contadores havia dé-cadas alertavam políticos brasileiros que a ordem era inversa:uma contabilidade forte traria como conseqüência uma moe-da forte. Como de fato ocorreu no Plano Real.

Por quatro meses em 1994 contabilizamos a nação intei-ra, preços e salários, numa base nacional sólida e forte que eraa URV. Lentamente, a população readquiriu o senso de caro ebarato, porque pela primeira vez em trinta anos ela teve umacontabilidade confiável para tomar suas decisões de compra.Resolvemos finalmente o problema da inflação do Brasil. Pla-nos contábeis são por definição transparentes, e pela primeiravez na História do Brasil implantou-se um plano que não foiurdido em gabinetes às escondidas, ou na calada da noite porjovens intelectuais, tomando a população de surpresa. Enquan-to os planos da ciência econômica distorciam nosso sistemade preços por meio de congelamentos e seqüestros, o PlanoReal fez justamente o contrário: resgatou-o.

Em 1995, FHC promulga a Lei nº 9249 que, pasmem,proíbe todas as empresas brasileiras de ter uma contabilidadeforte, obrigando-as a contabilizar tudo em real, uma moedaque já enfraqueceu 94% desde 1994. Hoje, nenhuma empresa

nacional nem investidor têm a mí-nima noção de seu verdadeiro lucro.Isso corrói o sistema de informaçõesdas companhias brasileiras, o que,para um administrador, contador,engenheiro ou qualquer cientistaempírico, é algo simplesmenteinacreditável e inconcebível. Todasas moedas do mundo, inclusive o dó-lar, são fracas, por mais que digamo contrário Paul Krugman e AlanGreenspan. Por isso, países que sebaseiam em princípios de livre in-formação precisam de contabilidadeforte, seja em URV, seja em IGP-con-tábil, o nome não importa.

Por nunca termos tido umacontabilidade forte neste país,

exceto nos quatro primeiros meses do Plano Real, enfrenta-mos inúmeros problemas, como corrupção, incapacidade deauditar contas públicas corretamente, juros elevados pela in-certeza de mensuração, demandas de salário mínimo acopladoà moeda estrangeira, a Justiça entupida por ações meramen-te contábeis, como a do FGTS atualmente no Supremo, acrise da Previdência, baixa poupança nacional. Por falta deconfiança em nosso sistema de mensuração, o governo é obri-gado a emitir títulos cambiais em outras moedas, investido-res preferem aplicar na Suíça, continuamos impossibilita-dos de comparar preços, estamos lentamente descapitalizandoa empresa brasileira por impostos sobre lucros e dividendosfictícios.

Perdemos novamente nossos pontos de referência. Utili-zamos padrões distintos: alguns usam o real, outros o dólar, aTR, o IGP ou múltiplos do salário mínimo. Uma torre de Babel.

Não que tudo isso coloque o Real em risco, mas estamospagando um preço elevado em termos de desemprego, jurosaltos e recessão desnecessariamente. Hoje, ninguém mais du-vida de que nunca mais teremos em nossa vida uma inflaçãode 15% ao mês. No primeiro sinal de descontrole inflacioná-rio, algum leitor se lembrará de que a saída não é fazer umcongelamento de emergência, e sim criar uma contabilizaçãoforte como fizemos no Real.

Defender um sistema de referência nacional forte pode pa-recer picuinha intelectual, um mero detalhe. Mas, tanto quantoa Constituição, nenhum país pode dispensar um forte siste-ma de mensuração para se guiar em relação ao futuro.

Opinião

O Real e a Contabilidade

“Não é a moeda de um paísque precisa ser forte. É a

contabilidade que deve serforte e precisa.”

Stephen Kanitz

Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)Artigo publicado na edicão Edição 1 647 da revista Veja (3/5/2000). Reproduzido com autorização do autor

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