ano novo! - fetaemg...feliz natal e um próspero ano novo! página 4 agricultores familiares buscam...

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ALMG lança Plano de apoio à agricultura familiar Instalação de linhas de transmissão de energia elétrica pode prejudicar agricultores. Conselho da Fetaemg realiza sua última reunião do ano. Presidente da Fetaemg faz uma análise de 2014 e traça perspectivas para o próximo ano. Ainda nesta edição... Página 3 Página 2 Página 2 www.fetaemg.org.br - Ano X - Edição nº 27 - Dezembro de 2014 Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais JORNAL DA O crescente interesse por alimentos saudáveis, resultando numa maior procura por produtos orgâ- nicos, tem sido motivo de estimulo para muitos agri- cultores, como por exemplo, em Ibirité. Com o apoio do Sindicato de Trabalhadores Rurais e da Fetaemg, os agricultores estão buscando a certificação agroe- cológica de seus produtos. Feliz Natal e um próspero Ano Novo! Página 4 Agricultores familiares buscam a certificação agroecológica de olho no aumento dos lucros Estamos no final de mais um ano, época em que paramos para avaliar os resultados alcançados e traçar estratégias para o próximo ano. Que o ano de 2015 possa tra- zer, saúde, desenvolvimento, reali- zação de novos planos e projetos. Apoio à inovação tecnológica, à comercialização e o acesso à terra foram alguns dos pontos defendidos pela Fe- taemg durante o lançamento do Plano Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável da Agricultura Familiar na ALMG. O PEDRS foi instituído pela lei nº 21.156/2014 com o objetivo de orientar as ações do governo voltadas para o desenvolvimento rural sustentável e solidário e para o fortalecimento da agricultura familiar no Estado. Página 6

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Page 1: Ano Novo! - Fetaemg...Feliz Natal e um próspero Ano Novo! Página 4 Agricultores familiares buscam a certificação agroecológica de olho no aumento dos lucros Estamos no final de

ALMG lança Plano de apoioà agricultura familiar

Instalação de linhas de transmissão de energia elétrica pode prejudicar agricultores.

Conselho da Fetaemg realiza sua última reunião do ano.

Presidente da Fetaemg faz uma análise de 2014 e traça perspectivas para o próximo ano.

Ainda nesta edição...

Página 3Página 2Página 2

w w w . f e t a e m g . o r g . b r - A n o X - E d i ç ã o n º 2 7 - D e z e m b r o d e 2 0 1 4

Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais

Jornal da

O crescente interesse por alimentos saudáveis, resultando numa maior procura por produtos orgâ-nicos, tem sido motivo de estimulo para muitos agri-cultores, como por exemplo, em Ibirité. Com o apoio do Sindicato de Trabalhadores Rurais e da Fetaemg, os agricultores estão buscando a certificação agroe-cológica de seus produtos.

Feliz Natale um próspero

Ano Novo!

Página 4

Agricultores familiares buscama certificação agroecológica de

olho no aumento dos lucros

Estamos no final de mais um ano, época em que paramos para avaliar os resultados alcançados e traçar estratégias para o próximo ano. Que o ano de 2015 possa tra-zer, saúde, desenvolvimento, reali-zação de novos planos e projetos.

Apoio à inovação tecnológica, à comercialização e o acesso à terra foram alguns dos pontos defendidos pela Fe-taemg durante o lançamento do Plano Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável da Agricultura Familiar na ALMG. O PEDRS foi instituído pela lei nº 21.156/2014 com o objetivo de orientar as ações do governo voltadas para o desenvolvimento rural sustentável e solidário e para o fortalecimento da agricultura familiar no Estado.

Página 6

Page 2: Ano Novo! - Fetaemg...Feliz Natal e um próspero Ano Novo! Página 4 Agricultores familiares buscam a certificação agroecológica de olho no aumento dos lucros Estamos no final de

2 Jornal da FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais

ExpedienteDiretoriA executivAPresidente: Vilson Luiz da SilvaDiretor Financeiro: Maria Rita Fernandes de FigueiredoVice-Presidente e Diretor de Formação Sindical, Educação e Comunicação: José dos Reis PereiraDiretora de Política Agrária e Meio Ambiente: Alícia Alves Cardoso

Diretor de Política Agrícola e Cooperativismo: Marcos Vinícius Dias NunesDiretor de Políticas Salariais: Pedro Mario RibeiroDiretora de Políticas Sociais e Previdência Social: Maria Alves de SouzaCoordenadora da CEMTR: Alaíde Lúcia Bagetto MoraesCoordenadora da CEJTTR: Marilene Faustino Pereira

DiretoriA reGionALAlto Jequitinhonha: José Antônio Andrade

Alto rio Doce: José Osvaldo dos Santos

Baixo/Médio Jequitinhonha: Maria das Graças Pinheiro

Grande BH: Joaquim Ferreira Alves

Leste Rio Doce: Felipe Rodrigues Filho

Mucuri: Joaquim Pereira da Silva Neto

Noroeste: Wilson Caetano Martins Melo

Norte de Minas: Sandra Rosa Medeiros Costa

Rio Doce: Juliana de Souza Matias

Sul de Minas: Maria Márcia Oliveira Martins

Triângulo: José Divino de Melo

Zona da Mata: Vanderley Antônio Chilese

Jornalista responsável:

Maristela Moreira Félix (MG 07443 JP)

Diagramação e Impressão: Fumarc Gráfica

Tiragem: 2000 exemplares

Editorial Instalação de linhas de transmissão de energia elétrica

pode prejudicar agricultoresO ano de 2014 foi bastante

cheio, de muito trabalho e com atividades importantes. Entre elas o 9º Congresso da Fetaemg e as eleições político partidárias. Devido à nossa agenda apertada e também por causa da Copa do Mundo, infelizmente não tivemos como realizar a AgriMinas. Mas no próximo ano, em agosto, vamos tirar o atraso e voltar com a nos-sa feira que se tornou um marco importante no fortalecimento da agricultura familiar e na abertura de mercados para comercializa-ção dos produtos.

Uma de nossas metas continua sendo a capacitação e organização dos nossos Sindicatos. Por isso, em 2015 queremos dar um novo di-recionamento às nossas ações no que diz respeito à formação e or-ganização sindical – tema bastante discutido e aprovado em nosso 9º Congresso. Entendo que para avan-çarmos é necessário capacitar, es-pecialmente as nossas bases, para estarmos preparados e organizados para representar os trabalhadores e trabalhadoras rurais. A valorização do trabalhador e da trabalhadora rural se dá pela formação.

Outro importante projeto que já estamos trabalhando é a cria-ção do Centro de Apoio ao Traba-lhador e Trabalhadora Rural – um espaço com toda a estrutura para suporte aos trabalhadores que precisarem ficar hospedados em Belo Horizonte por algum motivo.

A ampliação e a modernização do Centro de Estudos Sindicais da Fetaemg é um projeto ousa-do que daremos início em 2015. A proposta é colocar num só es-paço toda a parte administrativa da Federação, auditórios, salas de reunião, refeitório, estacionamen-to. Enfim, ter uma infraestrutura capaz de otimizar nosso tempo, além de modernizar o atendimen-

to aos trabalhadores e trabalha-doras rurais.

Todos esses dois projetos fo-ram debatidos e aprovados por unanimidade na nossa última reu-nião do Conselho.

Também no próximo ano va-mos dar uma atenção especial ao Cadastro Ambiental Rural, o CAR. Com a parceria da Emater vamos capacitar os nossos Sindicatos para que eles sejam capazes de auxiliar os associados no preen-chimento desse documento.

Vamos também intensificar nossa luta por políticas públicas, por mais crédito para a agricul-tura familiar, pela valorização do assalariado e assalariada rural, e especialmente pela reforma agrá-ria, que anda esquecida. Espero também que consigamos fazer com que as políticas públicas hoje existentes cheguem a todos que realmente precisam.

Todos os dias enfrentamos de-safios. A diferença é que alguns são fáceis de superar, outros de-pendem de maior mobilização e estratégia. O importante é que em todos os momentos mantivemos e manteremos o nosso compro-misso com a nossa classe.

Que em 2015 tenhamos muita disposição e coragem para avançar em nossos projetos!

Desejo um Feliz Natal e um ano Novo repleto de realizações para todos nós!

Vilson Luiz da SilvaPresidente da FETAEMG

A instalação de linhas de transmis-são de energia elétrica pode dificultar a produção agrícola em cerca de 780 propriedades rurais de 22 municípios do Estado, além dos impactos causa-dos ao meio ambiente. Essa avaliação é do presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, preocupado com a situação dos agricultores, já que muitos têm re-cebido baixas indenizações por parte da empresa que passará com os cabos de energia elétrica nas propriedades.

A grande maioria das propriedades é de pequenos produtores que vêm na agricultura a única forma de sustento e agora correm o risco de terem par-te de suas atividades inviabilizadas, já que é proibida a produção agrícola no entorno da linha de transmissão.

Diante do visível prejuízo que os agri-cultores podem ter, a Fetaemg buscou o apoio da Emater-MG para que a Em-presa faça o laudo técnico levando em conta o impacto econômico, ambiental e social causados pela instalação dessa linha de transmissão de energia elétrica.

O presidente da Fetaemg ressal-ta que não é contra a instalação de cabos de energia elétrica, porém os agricultores não podem ficar preju-dicados. “o nível de impacto dessa linha de transmissão é 5, conside-rado de forte impacto, já que vai de 1 a 6. A nossa preocupação é que mais de 80% das propriedades são de pequenos agricultores. O grande complicador é que o agricultor fica inviabilizado de praticar certas ativi-dades. Como o papel da Fetaemg é representar os pequenos agriculto-res e trabalhadores rurais, estamos nos articulando para que eles sejam respeitados e tenham indenizações mais justas. Com o laudo, a Emater vai verificar os impactos econômi-cos, sociais e ambientais.

Com o processo em andamento, a Fetaemg espera que o laudo técnico que poderá ser emitido pela Emater possa ajudar os agricultores a terem uma indenização compatível com o prejuízo que terão.

Presidente e assessores/Fetaemg reúnem-se com diretor técnico/Emater e assessores

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Jornal da FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais 3Fetaemg repudia veto da

Câmara dos Deputados à criação da Política Nacional

de Participação SocialFetaemg repudia veto da Câmara

dos Deputados à criação da Política Nacional de Participação Social

A FEDERAÇÃO DOS TRABALHA-DORES NA AGRICULTURA DO ESTA-DO DE MINAS GERAIS – FETAEMG – lamenta profundamente a decisão da Câmara dos Deputados em rejei-tar a criação da Política Nacional de Participação Social – PNPS, instituída pelo Decreto Federal n.º 8.243/2014, sem consulta prévia à sociedade civil.

A decisão contra o Decreto fere o princípio constitucional do Estado de-mocrático. Significa uma decisão con-tra a sociedade brasileira no seu direito republicano de participar ativamente na formulação e gestão de políticas que esse país precisa para alcançar um nível desejado de desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão social.

A Política Nacional de Partici-pação Social nada mais é do que a consolidação do direito da socieda-de civil e dos povos tradicionais de participarem dos espaços e instân-cias democráticas que este gover-

no construiu, com o propósito de articular e fortalecer o diálogo na formulação e gestão das políticas públicas para o País.

A FETAEMG espera, agora, que o Senado Federal consiga realizar um amplo debate com a participação da sociedade sobre a matéria e até aper-feiçoá-la, de modo a garantir que os atores sociais possam, de fato, con-solidar esse direito enquanto instru-mento para o exercício da cidadania e fortalecimento de um modelo de democracia participativa.

Portanto, convocamos as nossas Federações e Sindicatos, bem como as organizações sociais parceiras a se mobilizarem e articularem junto aos seus senadores e senadoras para que o Senado Federal reverta a decisão tomada pela Câmara dos Deputados e aprove, com os ajustes pertinentes, a Política Nacional de Participação Social, fundamental para fortalecer a democracia brasileira.

Diretoria da Fetaemg

O número de habitantes no meio rural vem diminuindo ao lon-go dos anos. Em 1950, 63,8% da população residiam no campo. Em 1980, reduziu para 32,3% da popu-lação total e a estimativa para 2050 gira em torno de 8%. Essa redução drástica é provocada por diversos fatores decorrentes de várias trans-formações ocorridas na sociedade e no seu modo de produção, como: maior concentração industrial nas áreas urbanas; escassez, penosida-

de e precariedade do trabalho no meio rural; mecanização; elevação da concentração de terra; e outros. (Dados IBGE)

Um dos públicos mais afetados por essas transformações são os assalariados(as) rurais. Em 2012, o índice de informalidade nas relações de trabalho no campo foi de 60,1%, atingindo 2,5 milhões de pessoas. Para agravar ainda mais a situação, existe grande rotatividade de mão-de-obra nas empresas rurais.

População rural vem diminuindo ao longo dos anos

Em comemoração aos 66 anos de atuação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), a Fetaemg recebeu uma home-nagem de parceiro destaque, como reconhecimento na convergência de esforços para a implementação de políticas públicas e fortalecimento da agricultura familiar mineira.

O presidente da Fetaemg Vilson Luiz da Silva recebeu a homenagem e foi parabenizado pela legitimida-de e liderança nos trabalhos que vem realizando em prol das famílias rurais. Na ocasião, o dirigente des-tacou que “só o crédito não adianta. Para o pequeno produtor, o exten-

sionista é tão importante quanto o crédito que é liberado para as suas atividades.” Vilson ressaltou ainda que o extensionista precisa ser mais valorizado e defendeu a realização de concursos públicos para a con-tratação de mais técnicos.

A Emater-MG foi a primeira em-presa do setor no Brasil e hoje está presente em 789 municípios, o que corresponde a 93% do Estado. Os seus escritórios garantem o atendimento a 400 mil famílias de agricultores. Além dos serviços de assistência técnica, a Emater desenvolve programas e pro-jetos que geram resultados ambien-tais, sociais e econômicos.

Fetaemg é reconhecidapelos relevantes trabalhos de

parceria junto à Emater-MG

• Todos os beneficiários da Previ-dência Social precisam renovar a sua senha utilizada nas agências bancá-rias para receber os benefícios previ-denciários. O prazo é até o dia 31 de dezembro. A renovação da senha é considerada “prova de vida” perante a Previdência Social e o procedimento é realizado diretamente no banco em que o segurado recebe o benefício mediante a apresentação de um do-cumento de identificação com foto.

O beneficiário que não puder ir até a agência bancária por motivo de doença ou dificuldade de loco-moção, pode realizar a renovação da senha por meio de um procurador

devidamente cadastrado no INSS.A renovação da senha é obriga-

tória para todos os beneficiários da Previdência Social, inclusive os traba-lhadores e trabalhadoras rurais, que recebem o pagamento de seus be-nefícios por meio de conta corrente, conta poupança ou cartão magnético.

Ao renovar a senha os aposenta-dos e pensionistas não têm que as-sinar documentos para contratação de empréstimo consignado, cartão de crédito e abertura de conta, por exemplo. Caso sejam oferecidos pelos Bancos alguns desses servi-ços, o segurado ou pensionista não é obrigado a aceitar.

FIquE ATENTo!

Presidente da Fetaemg recebe homenagem entregue pelo pres. da Emater

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4 Jornal da FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais

Agricultores familiaresbuscam a certificação

agroecológica de olho no aumento dos lucros

O crescente interesse por alimen-tos saudáveis, resultando numa maior procura por produtos orgânicos, tem sido motivo de estimulo para mui-tos agricultores, como por exemplo, em Ibirité. Com o apoio do Sindicato de Trabalhadores Rurais e da Fetae-mg, os agricultores estão buscando a certificação agroecológica de seus produtos. Em abril, foi criada a Asso-ciação de Agricultores Agroecológicos Biodinâmicos da Serra do Rola Moça e Ibirité. Atualmente fazem parte da As-sociação cerca de 40 agricultores.

Na Comunidade Rural de Barreiri-nho, em Ibirité, a maioria das famílias produz em terras alugadas. Apenas duas famílias produzem em terra pró-pria. A meta é conseguir a certificação dos produtos para que os agriculto-res tenham condições de ampliar a produção, especialmente o lucro na comercialização, já que como os pro-dutos ainda não são reconhecidos como agroecológicos, os agricultores não conseguem entrar no mercado, e o maior problema, é que não têm al-ternativa senão vender boa parte da produção para atravessadores. A pre-sidente do Sindicato Marlene Antônia de Oliveira Teixeira acredita que com a certificação aos agricultores terão ainda a facilidade de inclusão em pro-gramas de incentivo à produção agro-ecológica e apoio financeiro.

Para o diretor de Política Agrícola e Cooperativismo da Fetaemg, Marcos Vinícius, os agricultores só têm a ga-nhar com a produção agroecológica, já que o mercado está em expansão. “São muitas práticas que já estão sen-do desenvolvidas e por isso, dá para perceber que é possível produzir no sistema agroecológico, “ ressalta.

Minas Gerais conta, atualmente,

com 366 agricultores orgânicos cer-tificados pelo Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento, que é o órgão responsável pela garantia da qualidade orgânica dos produtos em todo o país.

O sistema de produção orgânica é aquele em que a sustentabilida-de econômica, ecológica e social são respeitadas. Isso significa dizer que o agricultor utiliza práticas que con-servam e preservam o solo, a água e a biodiversidade local. Além disso, a produção orgânica não utiliza agro-tóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas. O agricultor também é parte importante no processo. Por isso, quem produz de forma orgânica observa as leis trabalhistas e adota apenas técnicas permitidas por lei.

Os produtos orgânicos de origem vegetal certificados passaram a ter um selo federal reconhecido em todo o país: o “Selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica”. Esse selo tem por objetivo facilitar ao consumidor identificar os produtos orgânicos e comprovar sua qualidade orgânica. Desde 2011, todo produto orgânico deve conter o selo, e os agri-cultores certificados são incluídos no Cadastro Nacional de Produtores Or-gânicos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

Minas Gerais foi o primeiro estado a implementar uma Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. Instituída pela Lei 21.146 de 2014, tem como objetivo ampliar e fortalecer a produção, o processamento e o consu-mo de produtos agroecológicos, orgâ-nicos e em transição agroecológica. As ações são destinadas prioritariamente aos agricultores familiares, urbanos e aos povos e comunidades tradicionais.

Agricultores mobilizados pela Fetaemg vêm participando, em Belo Horizonte, do Festival Gas-tronômico Aproxima. Eles estão tendo a oportunidade de mostrar ao povo mineiro e de outros esta-dos, e até de fora do país, a diver-sidade e a riqueza dos produtos da agricultura familiar de Minas. A castanha de baru, o pequi e seus derivados, além da farinha de man-

dioca temperada e hortaliças serão alguns dos produtos apresentados na feira, que acontece no Mercado Distrital do Cruzeiro, todo primeiro sábado de cada mês.

A Fetaemg está apoiando a ini-ciativa, que foi idealizada pelo chef de cozinha Eduardo Maya. Ele expli-ca que a proposta é levar a riquís-sima gastronomia mineira para o maior número de pessoas possível, reunindo ingredientes, agricultores, cozinheiros e estabelecimentos que tornam a culinária única.

A cada edição, o circuito Gastro-nômico vai mostrar a diversidade da culinária das regiões de Minas Gerais. Já foram apresentados, por exemplo, os produtos do cerrado, como a cas-tanha de baru e o pequi. Também estão sendo apresentadas as pecu-liaridades da culinária da região da Mantiqueira, Espinhaço e Rios.

O diretor de Política Agríco-la da Fetaemg, Marcos Vinícius explica que a participação dos agricultores nesse Circuito Gas-tronômico é resultado da Feira de Agricultura Familiar de Minas Ge-rais, realizada pela Fetaemg, que tem uma contribuição significati-va na promoção dos produtos da agricultura familiar.

Agricultores mobilizados pela Fetaemg participam de Circuito

Gastronômico em BH

Agricultores de Ibirité a um passo da certificação agroecológica

Feira atrai visitantes de BH e de outros Estados

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Jornal da FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais 5

Com o objetivo de fortalecer ações estratégicas para a criação e efetivação do Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Cam-po e da Floresta foi realizada em Belo Horizonte, de 09 a 11 de dezembro, a oficina de capacitação de coordenado-ras regionais de mulheres trabalhado-ras rurais. “O desafio é colocar as nossas Unidades Móveis em funcionamento. Sabemos que não é uma política fácil de ser implementada, então temos que construir estratégias e mecanismos para que essas Unidades funcionem”, explica a coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais/Fetaemg, Alaíde Bagetto.

Por meio do Programa Nacional pelo Enfrentamento à Violência con-tras as Mulheres, Minas Gerais recebeu, em outubro de 2013, duas Unidades Móveis que ainda não estão em efetivo funcionamento. Uma delas foi destina-da à região do Vale do Jequitinhonha e está num estágio de funcionamento um pouco mais avançado. A outra, que está em Belo Horizonte sob a coorde-nação da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres da Secretaria

de Estado de Desenvolvimento Social, para cumprir o seu papel, ainda de-pende da criação do Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

Bagetto explica que, ao criar o Fó-rum, será possível definir a forma de atuação dessa Unidade Móvel e tam-bém fazer com que o Estado disponi-bilize profissionais para atenderem as mulheres vítimas de violência nessas Unidades Móveis.

Como o foco da oficina esteve vol-tado para a construção do Fórum Es-tadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, ao final foi produzi-do um documento com as diretrizes de funcionamento dessas Unidades Móveis no Estado que foi entregue ao atual governo e à equipe de tran-sição do novo governo. “Com esse documento solicitamos ao governo o compromisso de fazer com que essas Unidades Móveis cumpram de fato o seu papel”, ressalta Bagetto.

Durante os três dias de realização da oficina foram proferidas palestras que auxiliaram os participantes na construção do Fórum.

Com foco na criação do Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência contra a mulher, Contag e Fetaemg realizam

capacitação em BH

Representantes da Coordena-ção Estadual de Jovens Trabalha-dores Rurais participaram de 28 a 30 de novembro, em Novo Ham-burgo, no Rio Grande do Sul, do III Encontro de Juventude da Federa-ção Sindical Mundial da América Latina. O evento teve como tema “Na luta contra o capitalismo impe-rialista somos todos irmãos” e reu-niu jovens trabalhadores sindica-listas de todas as regiões do Brasil e também da Argentina, Uruguai, Bolívia e Colômbia, com a propos-ta de debater sobre a situação da juventude trabalhadora rural junto ao mercado de trabalho.

A coordenadora Estadual de Jo-vens Trabalhadores Rurais/Fetae-mg, Marilene Faustino, explica que um dos eixos de trabalho apresen-tado pela Fetaemg foi a integração da juventude urbana e rural com o objetivo de fortalecer a formação sindical e política da juventude. “A nossa participação nesse encon-tro foi muito importante do ponto de vista da troca de informações e experiências entre os países e as di-versas categorias de trabalho.”

A reforma agrária foi outro pon-to debatido pelos jovens durante o encontro, com a coordenação de Marilene Faustino e de Juliana Ma-tias, secretaria da Juventude Rural da CTB Minas e também diretora do Polo Regional da Fetaemg do Rio Doce. “A falta de avanço da reforma agrária na América Latina está atre-lada ao monopólio de terras pelo agronegócio e pelo capital estran-geiro, que só visam o acúmulo de riqueza, não permitindo o acesso dos jovens às terras. Pensar a per-manência da juventude no campo é pensar a reforma agrária, a luta pela terra”, destaca Marilene.

Outros pontos apresentados e discutidos durante o encontro fo-ram: Conciliação de Trabalho e Es-tudo da Juventude; Reforma Agrária na América Latina; Participação da Juventude Trabalhadora no Movi-mento Sindical; Alternativas para diminuir o desemprego na América Latina, entre outros temas.

O evento foi promovido pela Fe-deração Sindical Mundial e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Jovens rurais debatemsobre importantes

temas durante evento noRio Grande do Sul

Coordenadoras Regionais participam da capacitação

Coord. Estadual de Jovens fala sobre o jovem rural no mercado de trabalho

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6 Jornal da FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais

Fetaemg participa de lançamento de Plano de Desenvolvimento

Rural Sustentável da Agricultura Familiar

O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, diretoria e lideranças sin-dicais de trabalhadores e trabalhado-ras rurais participaram, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em 07 de novembro, do lançamento do Plano Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável da Agricultura Familiar.

Instituído pela lei número 21.156 de 2014, o Plano tem como objetivo orien-tar as ações do governo voltadas para o desenvolvimento rural sustentável e solidário e para o fortalecimento da agricultura familiar no Estado. A lei de-fine como público prioritário da nova política o trabalhador assalariado em atividade agropecuária; o beneficiário de programas estaduais ou federais de crédito fundiário; a mulher de baixa renda residente no meio rural; o jovem filho de agricultor familiar ou trabalha-dor assalariado; o quilombola formal-mente reconhecido e o indígena.

O Plano é estruturado em oito ei-xos estratégicos. O subsecretário de Estado da Agricultura Familiar, Edmar Gadelha cita como alguns desses ei-xos o apoio à inovação tecnológica, o acesso à terra e o apoio à comer-cialização. Gadelha destaca ainda a necessidade de reestruturação do ór-gão gestor do Plano Estadual de De-senvolvimento Rural Sustentável da Agricultura Familiar. “Se propõe a ne-cessidade de criação de uma Secreta-ria de Estado da Agricultura Familiar e Regularização Fundiária e ao mesmo tempo o fortalecimento dessas ações para que essa Secretária possa viabi-lizar esses projetos.”

Para o presidente da Fetaemg, Vil-son Luiz da Silva, para que o Plano pos-sa ser colocado em prática é necessá-rio fortalecer a Emater-MG e também reativar órgãos do governo de apoio à agricultura familiar, como por exemplo a Subsecretaria de Estado de Regula-rização Fundiária. “É necessário ainda criar a Secretaria de Estado de Agricul-tura Familiar. Sem ela fica difícil colo-carmos em prática esse Plano.” Vilson ponderou que o êxodo rural existe por-que faltaram políticas públicas para o homem do campo. Ele ainda defendeu que é preciso fortalecer as ações para manter as escolas Família Agrícola.

Minas Gerais é o primeiro estado a implementar uma Política Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentá-vel da Agricultura Familiar. Conforme pesquisas do IBGE, existem, no Brasil, cerca de cinco milhões de estabele-cimentos rurais, dos quais quatro mi-lhões pertencem à agricultura familiar.

PPAGDe 04 a 07 de novembro, diretores

e assessores da Fetaemg participaram de audiências na Assembleia Legislati-va para revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), apresen-tando propostas relacionadas ao meio rural para as ações do Estado para 2015.

As audiências públicas para revisão do PPAG acontecem anualmente. Par-lamentares e sociedade civil avaliam as ações apresentadas pelos gestores do governo, além de sugerir alterações nos objetivos dos programas, finalidades, metas e até na destinação de recursos.

Trabalho EscravoFoi dado mais um passo impor-

tante no combate ao trabalho escra-vo no Brasil. Por meio de sua Secre-taria de Assalariados Rurais, a Contag e a Organização Internacional do Trabalho assinaram um termo de co-operação para o efetivo combate ao trabalho escravo no Brasil. A meta é desenvolver ações do projeto “Con-solidando e Disseminando Esforços para o Combate ao Trabalho Forçado no Brasil e no Peru”. Entre essas ações está a realização de uma oficina para formação de lideranças e de assa-lariados rurais para atuarem como multiplicadores no combate ao tra-balho. Também será criado um por-tal na internet com canal de denún-cias e de pedidos de fiscalização pelo

Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com a Organização

Internacional do Trabalho (OIT) , de 1995 a 2013, mais de 45 mil trabalha-dores foram resgatados em condições de trabalho análogo ao de escravo.

A parceria entre a OIT e a Contag vem no sentido de fortalecer a atuação das representações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. A expectativa é que haja um aumento de denúncias e que os sindicalistas estejam mais forta-lecidos para atuar nessa causa.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento do novo Código Flores-tal Brasileiro, foi lançado em dezem-bro de 2012 com a proposta de obter informações referentes à situação de áreas de preservação permanente de propriedades rurais.

O novo código florestal estabeleceu regras de uso da terra e de demarcação para garantir a preservação ambiental. Foram definidas porcentagens de áreas consideradas Reserva Legal (RL), onde deve ser preservada a vegetação nati-va, e área de Preservação Permanente (APP), que devem ser mantidas com o intuito de preservar as águas e evitar a erosão do solo, e áreas consolidadas que poderão continuar sendo explora-das, identificadas no CAR.

Por meio do CAR é possível conhe-cer os detalhes de uso da proprieda-de, com foco nas áreas ambientais para definir o quanto deve ser preser-vado por lei em cada uma delas.

O cadastro é feito de forma virtu-al e não é necessário contratar téc-nicos especializados para preencher o formulário.

O pequeno proprietário rural, com área de até quatro módulos fiscais pode procurar a Fetaemg ou o Sindicato de Trabalhadores Rurais para fazer o cadastro.

Para que os Sindicatos de Traba-lhadores Rurais estejam aptos a pre-encher o formulário eletrônico, a Fe-taemg, junto com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), tem realizado capa-citações de dirigentes e funcionários dos Sindicatos.

A partir das informações lançadas no sistema eletrônico, o IEF irá esta-

belecer ações e áreas prioritárias para a recuperação, com foco especial nas nascentes. Para o proprietário, o CAR pode colaborar no planejamento do uso da terra dentro da lei, e sair da ilegalidade ambiental.

De acordo com o Instituto Estadu-al de Florestas, mais de 550 mil pro-priedades rurais no Estado deverão fazer o Cadastro.

Dados necessáriosO CAR possui um sistema virtual

próprio para armazenar as informa-ções da propriedade, que deve ser baixado no site www.car.gov.br. Para começar o cadastro é preciso primeiro inserir os dados pessoais do proprie-tário e os dados da área, tal como sua documentação legal. Todos os itens devem ser preenchidos com atenção para que não haja problemas na vali-dação do cadastro. O sistema fornece um mapa via satélite, e nele deve ser desenhada a área da propriedade. A partir daí são destacadas as áreas que correspondem aos recursos ambien-tais e, pelo desenho, o proprietário in-forma a vegetação existente nas APPs e RL. Após essas demarcações são pre-enchidas mais algumas informações, e o cadastro é finalizado, podendo ser enviado pelo sistema online. Caso falte alguma informação ou possua algum dado incorreto, há a chance de abrir o cadastro novamente antes de enviá-lo. Por fim, o sistema emite dois recibos de inscrição do imóvel rural no CAR. Um deles é a imagem da propriedade. Ambos devem ser impressos e guar-dados para comprovação das terras como regularizadas.

Saiba mais sobre oPres./Fetaemg defende criação da Sec. Estadual de Agricultura Familiar

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Jornal da FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais 7Balanço das ações da educação

FETAEMG 2014

ProGrAMA nAcionAL De eDucAÇÃo nA reForMA AGrÁriA (PronerA)Em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e a Supe-

rintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/SP), no âmbito do Programa Nacional de Educação na Reforma (PRONE-RA), a FETAEMG/STTR’s está representada por estudantes que estão cursando o curso de Pedagogia da Terra em regime de alternância no estado de São Paulo.

ProGrAMA nAcionAL De AceSSo Ao enSino tÉcnico e eMPreGo ForMAÇÃo continuADA PArA o DeSenvoLviMetno SuStentÁveL Do BrASiL rurAL (PronAtec cAMPo)

Mesmo que timidamente, temos conseguido avançar na implementação do PRONATEC CAMPO.

No município de Barbacena, na comunidade rural de Várzea dos Coxos (cur-so Auxiliar Técnico em Agropecuária), em Uberaba no Projeto de Assentamento Santa Tereza do Cedro (curso Horticultor Orgânico), ambos em parceria com a FETAEMG/STTR e os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste Minas Gerais (IFSUDESTE) e do Triângulo Mineiro (IFTM). E em Bocaiúva (curso Agricultor Familiar), em parceria com a FETAEMG/STTR, o Instituto Fede-ral de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas (IFNMG) e a Prefeitura.

MovA BrASiL: ProJeto De ALFABetiZAÇÃo De JovenS e ADuLtoS Em parceria com os STTR’s articulamos sete turmas de alfabetização de Jo-

vens e Adultos na região do Norte de Minas, sendo duas turmas em Bocaiúva, uma em Guaraciama; uma em Mirabela, uma Capitão Enéas e duas em Francisco Sá. No Vale do Jequitinhonha, articulamos em parceria com o STTR quatro tur-mas no município de Jequitinhonha. Atualmente, o projeto possui abrangência no Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e região metropolitana de Belo Hori-zonte. A FETAEMG é parceira do projeto desde 2010.

LicenciAturA eM eDucAÇÃo Do cAMPo1. A Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG divulgou edital para

35 vagas no curso de Licenciatura em Educação do Campo na área de Ciências Sociais e Humanidades. As inscrições ocorreram até dia 14 de novembro de 2014.

2. A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM divulgou edital para 60 vagas no curso de Licenciatura em Educação do Campo na área de Linguagens e Códigos e Ciências da Natureza. As inscri-ções ocorreram até dia 08 de agosto de 2014.

3. A Universidade Federal de Viçosa - UFV Este ano, pela primeira vez, a UFV ofertou o curso de Licenciatura em Educação do Campo, com habilitação em Ciências da Natureza, com 120 vagas, no modelo da pe-dagogia da alternância. Nessa primeira oferta não foi exigido do candi-dato (a) a participação no Enem. Contudo, a partir de 2015, a realização da prova do Enem será requisito para ingresso no curso de Licenciatura em Educação do Campo pela UFV.

Departamento de Políticas Sociais e Previdência/FETAEMG

A Educação do campo na FETAEMG caminha assumindo novas tarefas para uma nova era, que, implica entre os obje-tivos centrais de suas atividades, a reflexão crítica de todos, educandos, educadores, diretores e diretoras, homens, mulhe-res, jovens e pessoas da terceira idade, sobre a qualidade das ações e dos processos de formação desenvolvidos na estrutura sindical, destacando o processo de exclusão, as dificuldades de acesso aos espaços formativos do MSTTR, das instituições de ensino, sobretudo, das Universidades, os conteúdos, a qualidade pedagógica dos trabalhos, as frustra-ções das expectativas sindicais e as representações ideológicas legitimadoras das de-sigualdades. Direcionar estrategicamente a integralidade entre os diversos sujeitos e espaços políticos do campo com o objetivo de construir uma transformação –política – sindical com fortalecimento e qualidade de vida no campo.

Maria Alves – Diretora de Políticas Sociais e Previdência

Com o objetivo de fazer um balan-ço do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) em Minas Gerais e assinar um acordo de cooperação técnica entre a Fetaemg e a SRA/MDA foi realizada uma reunião entre representantes da Fetaemg e da Se-cretaria de Reordenamento Agrário (SRA/MDA) em Belo Horizonte, em 04 de dezembro.

Ao iniciar a reunião, o presiden-te da Fetaemg Vilson Luiz da Silva destacou a importância do momen-to no sentido de contribuir para o avanço do PNCF em Minas. “Espero que em 2015 possamos tirar as di-ferenças no atraso de contratação de propostas,” ressaltou. Na ocasião, o presidente aproveitou para apre-sentar a necessidade de rediscutir a territorialidade em Minas Gerais para que outras regiões sejam con-templadas pelos Programas espe-ciais do governo federal, como por exemplo, a Arca das Letras.

Sobre a assinatura do acordo de cooperação técnica entre a Fetae-mg e a Secretaria de Reordenamen-to Agrário o secretário Adhemar Almeida explicou que a proposta é fortalecer as ações da Fetaemg no Estado. “É um instrumento que não envolve recursos, mas que define responsabilidades. Nós estamos ins-titucionalizando uma participação que já é efetiva. A Federação já di-vulga, já mobiliza as famílias, já ajuda os agricultores e agricultoras a preparar suas propostas de finan-

ciamento, acompanha a tramitação dessas propostas. Então nós cria-mos um instrumento para que essas atividades que já são desenvolvidas sejam institucionalizadas, enquanto responsabilidade que a Federação vai continuar adotando.”

Conforme dados da Secretaria de Reordenamento Agrário, des-de a implementação do PNCF, em Minas Gerais, aproximadamente cinco mil famílias foram benefi-ciadas com investimento de R$ 95 milhões. A participação dos movi-mentos sociais tem sido fundamen-tal nesse processo, já que mais de 50% das propostas contratadas em 2014 foram apresentadas por eles. Minas Gerais ocupa, em 2014, a sexta posição no Brasil na contrata-ção de propostas pelo Programa de Crédito Fundiário. De acordo com o secretário Adhemar Almeida, exis-tem alguns entraves que dificultam o avanço do Programa, como por exemplo, a falta de documentos na montagem das propostas.

Para que a Fetaemg tenha um su-porte maior do governo federal na sua tarefa de mobilização das famí-lias, o presidente da Fetaemg propôs a assinatura de um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio que prevê a liberação de recursos para a etapa inicial do Programa, a exemplo do que já vem acontecendo em outros Estados. Como a adesão se dá por meio de chamada pública, essa formalização ainda irá acontecer.

Fetaemg e MDA fortalecem compromisso para avançarcom Programa de Crédito

Fundiário no Estado

Parceria com MDA reforça atuação da Fetaemg no Estado

Page 8: Ano Novo! - Fetaemg...Feliz Natal e um próspero Ano Novo! Página 4 Agricultores familiares buscam a certificação agroecológica de olho no aumento dos lucros Estamos no final de

8 Jornal da FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais

O presidente da Fetaemg, Vil-son Luiz da Silva, diretores e as-sessores participaram, em 03 de dezembro, na Universidade Fede-ral de Viçosa (UFV), do seminário sobre saúde e segurança do tra-balhador rural com o objetivo de conscientizar e sensibilizar os tra-balhadores rurais e empregado-res sobre a saúde e a segurança no trabalho rural, com enfoque especial nas consequências do uso de agrotóxicos.

De acordo com os dados apre-sentados, mais de três mil traba-lhadores morrem por ano no Brasil em decorrência de acidentes ou doenças do trabalho, a maioria en-tre 25 e 29 anos de idade. Em 2013 foram mais de 700 mil acidentes de trabalho, 79.851 somente em Minas Gerais. Na agropecuária, em 2013 ocorreram 23.440 acidentes de trabalho no Brasil, segundo da-dos oficiais do INSS.

O presidente da Fetaemg, Vilson

Luiz da Silva, falou da importância de se levar informações sobre se-gurança e saúde aos empregados e empregadores rurais, que neces-sitam de conscientização, de saber que se está tratando de vidas. Para ele, essa conscientização vai ser al-cançada com esses seminários, que serão levados a todo o estado de Minas Gerais.

O seminário debateu sobre a aplicação da Norma Regulamen-tadora nº 31, do Ministério do Tra-balho e Emprego, que estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho. Também foram proferi-das palestras apresentando o pro-grama Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho; Produção rural, sustentabilidade e saúde.

O evento foi realizado em parce-ria com o Tribunal Regional do Tra-balho, Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Empre-go e a Faemg.

Saúde e segurançado trabalhador rural é

tema de seminário

Atenção trabalhador rural e traba-lhadora rural. A sua participação no Sindicato é muito importante! Só as-sim o Movimento Sindical consegue se fortalecer e prestar bons serviços. Você sabia que a luta por direitos previdenci-ários foi o carro chefe da política sindical dos trabalhadores do campo? Muitas Federações como a Fetaemg criam Co-missões, Coordenações ou Secretarias específicas para trabalhar as demandas das famílias do meio rural, que não são

apenas previdenciárias. Quando o trabalhador e a traba-

lhadora rural se associam ao Sindi-cato, começam a fazer parte de uma das maiores e mais representativas e organizadas estruturas sindicais de trabalhadores e trabalhadoras rurais da América Latina. Só em Minas Ge-rais são mais de 500 Sindicatos de Trabalhadores Rurais filiados à Feta-emg, somando mais um milhão de trabalhadores e trabalhadoras rurais.

ASSoCIE-SE

Fetaemg participa de importantes atividades na Contag

Representantes da Fetaemg par-ticiparam, em Brasília, na Contag, no período de 17 a 21/11, de importan-tes atividades, como por exemplo, os coletivos de Políticas Sociais, Assala-riados e Jovens Rurais. Na reunião do Coletivo de Políticas Sociais foi apre-sentado um balanço conjuntural dos cenários das políticas sociais, além de debater estratégias de ações, na edu-cação do campo, saúde, previdência e proteção infanto-juvenil. Já reunião da Juventude Rural teve como um dos pontos de discussão o planejamento do Terceiro Festival da Juventude Ru-ral que acontece no ano que vem.

Os secretários e secretárias de Assala-riados Rurais debateram sobre a Política Nacional para o Trabalhador Rural Em-pregado, trabalho escravo, além de pla-

nejar cursos com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Outros assuntos que também fize-ram parte da pauta das reuniões foram a Campanha Nacional de Sindicaliza-ção, o Programa Nacional de Fortale-cimento das Entidades Sindicais e as atividades de massa que acontecem no próximo ano.

O Conselho de Finanças e Adminis-tração e representantes da Secretaria de Formação e Organização Sindical tam-bém se reuniram na Contag.

As atividades terminaram com a reunião do Conselho Deliberativo da Contag com participação do presiden-te da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva e di-retores, além de representantes das 27 Federações de Trabalhadores na Agri-cultura ligadas à Contag.

Presidente da Fetaemg(D) com desembargadores e juízes do TRT

Diretoria e assessoria da Fetaemg participam das atividades