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Ano I N o 2 Dezembro de 2011 I 1

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Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 1

2 I Revista Extrativas

Sede:Avenida São João, 1.113, 4°. andar,Conjunto 24 - Centro – São Paulo/SPCEP: 01035-000Telefone: (11) 3337-0014E-mail: [email protected]

Uma publicação de responsabilidade daFederação dos Trabalhadores nas IndústriasExtrativas do Estado de São Paulo

Presidente:Aparecido José da Silva (Cidão)

Secretário:Amauri Martins de Oliveira

Tesoureiro: Jurandi Soares Silva

Suplentes da Diretoria:Luiz Roberto Carvalho e Osvaldo de Souza

Conselho Fiscal (efetivos):José dos Santos, Uilson Lopes de Fariae Jarbas Rogério Cafolla

Conselho Fiscal (suplentes):Ailton Guedes Moitinho, José Barbosa de Souzae Edmilson Aparecido Barbosa

Editores:Valter S. Paixão e Luiz O. P. Coelho

Jornalista responsável:Raíssa Torres

Supervisão:Willian Ribeiro - Mtb no. 42181/SP

Revisão:Federação dos Trabalhadores nas IndústriasExtrativas do Estado de São Paulo

Fotos: J. L. Martins

Edição de Arte/Editoração:Osney Moura - 41081/SP

Produção e Impressão: QS ComunicaçãoFones: (11) 3326-4565 / (11) 3313-4095www.qsgraph.com.br - [email protected]

Ano I - No 2 - Dezembro de 2011

Tiragem: 2.000 exemplares

SumárioSetores conquistamvitórias importantesnas CampanhasSalariais 2011

“É nosso dever socialcobrar a ExtraçãoSustentável”

Diretoria trabalhacom seriedade ecompromisso

135

1819

10Estamos firmes naluta pelos interessesdos trabalhadores

8 Federação éabsolutamente contraa Terceirização no Setor

9 Artigo: José CalixtoRamos, presidenteda CNTI

11 Apoio à Cartade Luziânia

12 Artigos: LuizGonçalves e ArnaldoFaria de Sá

Depoimentos dosPresidentes dosSindicatos Filiados

Nossa diretoria teveatuação destacadano 3o Congresso

20Federação ocupacargo estratégicona diretoria daDepronex

21 Lideranças sindicaiselogiam nossotrabalho

2223

Colônia de Fériasem Rancharia é overdadeiro Recantodo Trabalhador

1417

67 a

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 3

Uma entidade sindical é forte e democráticaem suas ações quando conta com o apoio dos

trabalhadores nas lutas e mobilizações.

É com este espírito transformador que a nossafederação convida você a fazer parte de nosso

trabalho, nos ajudando a vencer desafios epromover conquistas importantes para

o bem-estar das categorias querepresentamos, inclusive a sua.

Sindicalize-se e vamoscaminhar juntos!!!

4 I Revista Extrativas

Investimos pesado no trabalho de fortalecimen-to e conscientização política dos trabalhadoresde nossas bases, pois, todavia, acreditamos nes-

ta estratégia como diferencial na luta por melhoresresultados nas Campanhas Salariais por setor.

Este compromisso foi de pronto entendido eassimilado por toda a unidade, que nos acompa-nhou firme durante as negociações, embates, ma-nifestações contra um patronal relutante em aten-der as nossas reivindicações.

A organização e o preparo tornaram-se nos-sos instrumentos eficazes, que não deram mar-gem de chance para outro resultado senão agrande vitória obtida na Campanha Salarial2011 em todos os setores.

Alcançamos reajustes salariais entre 8% e10% que superam a inflação do período, PLR deR$ 1.000,00 ou até em 50% do salário nominal,cesta básica de R$ 150,00 ou 30 kg, ticket-refei-ção de até R$ 260,00, além de inúmeras conquis-tas nas cláusulas sociais e manutenção das jáexistentes.

Quero também registrar o desenvolvimento dossindicatos filiados, que estão com muito trabalhoe dedicação construindo suas sedes próprias eaproximando-se ainda mais dos trabalhadores.

Temos, sim, companheiros, que celebrar so-bremaneira estes resultados, uma vez que os nú-meros atropelam a pequena retração sofrida pelaeconomia nacional em 2010.

Nossa presença foi marcante da federação no 3ºCongresso Nacional dos Trabalhadores nas Indús-trias Extrativas do Plano da CNTI, realizado em Lu-ziânia, Goiás.

Contribuímos decisivamente com propostas esoluções para o crescimento do setor, e ainda man-tivemos posição de influência com a vice-presidên-cia do companheiro Amauri Martins de Oliveira nadireção da Depronex.

A segunda edição da Revista Extrativas, queestá em suas mãos, afirma, portanto, que o ba-lanço do trabalho realizado ao longo deste anofoi extremamente produtivo e exitoso. Algo quemerece elogios.

Porém, saliento que temos desafios a supe-rar e objetivos a cumprir, que só serão mereci-dos se atuarmos fortes, unidos e compromis-sados pelo bem-estar comum.

À luta companheiros da Família Extrativas!

Aparecido José da SilvaPresidente

Apresentação

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 5

Adiretoria da federação eleita para o man-dato de quatro anos (2008-2012) foi es-colhida por unanimidade para defender os

interesses dos trabalhadores no setor no Estadode São Paulo.

Com uma conduta firme nas lutas e mobiliza-ções e um estilo de trabalho progressista, estesmembros, justamente capitaneados pelo presiden-te Aparecido José da Silva, o Cidão, colaboramdecisivamente o fortalecimento das categoriasrepresentadas com uma série de conquistas trans-formadas em melhor qualidade de vida e atendi-mento às suas necessidades.

Nos quatro anos de mandato, esta diretoria foiresponsável por constantes vitórias nas Campa-nhas Salariais, com excelentes reajustes salari-ais acima da inflação do período, ampliação decláusulas sociais, manutenção das já obtidas,dentre outras.

A federação ampliou a gama de serviços ofe-recidos aos companheiros, com destaque para aconstrução da Colônia de Férias em Rancharia,que já é considerada uma das mais modernas econfortáveis do movimento sindical brasileiro.

Quando assumiu, em 2008, o presidente Ci-dão afirmou que a força da federação estavaem prover o crescimento de suas bases. Poisbem, seu compromisso naquele momento tor-nou-se realidade, haja vista o incansável tra-balho de mobilização feito junto aos companhei-

DIRETORIA TRABALHA comseriedade e compromisso

ros e lideranças sindicais.“Esta iniciativa foi fundamental para aumen-

tar nosso poder de representatividade nas lutase enfrentamentos, pois passamos a contar coma adesão dos companheiros às nossas reivindi-cações”, disse.

O presidente Cidão, apesar dos excelentes re-sultados, é taxativo quanto aos próximos passosda federação: ampliar para fortalecer! “Nossa di-retoria é composta por lideranças experientes e pre-paradas para lutar de forma incansável pelos inte-resses dos trabalhadores”.

Estes são os companheirosque lutam por você!

Presidente: Aparecido José da SilvaSecretário: Amauri Martins de OliveiraTesoureiro: Jurandi Soares SilvaSuplentes da Diretoria: Luiz Roberto de Carvalhoe Osvaldo de SouzaConselho Fiscal Efetivo: José dos Santos, UilsonLopes de Faria e Paulo Tadeu SouzaConselho Fiscal Suplente: Jarbas Rogério Cafolla,Ailton Guedes Moitinho e José Ferreira da SilvaDelegados Representantes Efetivos junto à CNTI:Aparecido José da Silva e Amauri Martins de OliveiraDelegados Representantes Suplentes junto à CNTI:José Barbosa de Souza e Edmilson A. Barbosa Silva

Estes companheiros não brincam em serviço quando o assunto é valorizar a categoria

6 I Revista Extrativas

Na edição passada da Revista Extrativa, opresidente Cidão havia afirmado que aCampanhas Salariais 2011 nos setores re-

presentados pela federação seriam históricas emarcadas por importantes conquistas.

Explorando o bom momento vivido pela eco-nomia nacional, que provocou impactos conside-ráveis em toda cadeia produtiva, nossos repre-sentantes utilizaram-se do preparo, conhecimen-to e estratégia necessárias para reivindicar os le-gítimos interesses dos trabalhadores.

Pois bem, o resultado final das rodadas de nego-ciações - vale destacar, todas elas marcadas pela opa-ca intransigência patronal - foi a conquista, amplia-ção e manutenção de benefícios em todos os setores.

Os companheiros, que desde o início estiveramao nosso lado nas lutas e mobilizações, foram be-neficiados com reajustes salariais entre 8% e 10%,que registram índices acima da inflação do períodoem 7%. Estes números tornam-se consideráveis,pois somam na faixa de 2,5% de ganhos reais.

Na pauta de reivindicações apresentadasaos patrões também destacam-se PLR de R$1.000,00 ou até em 50% do salário nominal, ces-ta básica de 35 kg ou R$ 150,00, ticket-refei-ção de até R$ 260,00, mais ampliações em itenscomo plano de saúde e vale-refeição.

Vale destacar, companheiros, que os resulta-dos consolidados dos acordos dos setores que com-põem nossa base (Extração de Carvão Vegetal ePedras Preciosas, Pedra Britada, Óleos Vegetais,Minerais Não-Metálicos, Calcário para Uso Agrí-cola e Areia Fina e Grossa), serão descritas paraconhecimento em tabela anexa.

“Os resultados obtidos nas negociações foramexpressivos e vão promover melhor qualidade devida e bem-estar aos companheiros que todos osdias se dedicam pelo desenvolvimento do setor”,disse, entusiasmado, o presidente Cidão.

Nossa liderança mostrou-se bastante satisfei-to com o trabalho promovido pelos representan-tes nas rodadas de negociações, que, em nenhummomento se dobraram ou cederam às pressõescontra os interesses da minoria.

“Saímos vitoriosos de grandes batalhas que sesomaram ao longo da Campanha Salarial, pois se-guimos rigorosamente o planejamento traçadopara as negociações”, afirmou.

A federação, desta forma, faz questão de agrade-cer a todos que acreditaram em nosso trabalho du-rante todo o período que envolveu a Campanha Sala-rial. “Obrigado, minha gente, pela confiança deposita-da e vamos caminhar juntos para mais vitórias, poismerecemos. Sempre à luta pelo que é nosso”.

Nossos setores conquistamvitórias importantes nasCAMPANHAS SALARIAIS

Sindicato e Trabalhadores unidos nas Campanhas Salariais

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 7

Confiram os acordos coletivos por setor!!!

Calcário para Uso Agrícola

Data-Base1º de novembro de 2011a 31 de outubro de 2012

• Reajuste salarial em R$ 740,00 para até 25 funcionários eR$ 790,00/10,33% para mais de 25 funcionários • Aumento real de 8,50%

nos salários • PLR de R$ 1.000,00 • Cesta básica de 35 kg ou R$150,00

Data-Base1º de novembro de 2011a 30 de outubro de 2012

• Reajuste salarial de 8,5% • PLR de R$ 610,00 • Aumento nos pisos por função(Auxiliar de Serviços Gerais/R$ 668,80, Auxiliar de Produção/R$ 673,20, Auxiliar deEscritório/R$ 693,00, Meio Oficial/R$ 693,00, Vigia/R$ 728,20, Op. de Draga/R$847,00, Soldador/R$ 847,00, Oficial/R$ 847,00 e Op. de Máquinas/R$ 1.023,00

Areia Fina e Grossa

Conquistas

Conquistas

Data-Base1º de fevereiro de 2011a 31 de janeiro de 2012

• Reajuste salarial de 7,5% • Piso salarial de R$ 693,00 • Horas extras de55% de segunda a sábado e 100% aos domingos e feriados • Fornecimentogratuito de uniformes • Compensações de reajustes, abonos, antecipações,

decorrentes de Acordos no período de 01/02/11 a 31/01/12

Extração de Carvão Vegetal e Pedras Preciosas Conquistas

Pedra Britada

Data-Base1º de agosto de 2011a 31 de julho de 2012

Conquistas

• Reajuste salarial de 9% • PLR de R$ 405,00 • Cesta básica de R$ 103,00• Assistência médica (6% no salário nominal, 25% com 01 dependente,

30% com 02 dependentes e 35% com 03 ou mais dependentes)

• Piso salarial de R$ 790,00 • 9% de reajuste para quem ganha até R$ 3.500,00• Acréscimo de R$ 315,00 para quem ganha acima de R$ 3.500,00 • Implanta-

ção de PLR • Ticket-refeição • Vale-transporte • Horas extras de 50% emrelação ao expediente normal e 100% em dias de descanso ou feriados

Óleos Vegetais

Data-Base1º de outubro de 2011

a 30 de setembro de 2012

Conquistas

Minerais Não-Metálicos

Data-Base1º de novembro de 2011a 31 de outubro de 2012

Conquistas

• Reajuste salarial de 8,80% • Piso salarial de R$ 860,00 • PLR de R$ 850,00• Cesta básica de R$ 70,00 • Manutenção de todas as cláusulas anteriores

8 I Revista Extrativas

Aterceirização de mão-de-obra e servi-ços na cadeia produtiva do setor é umproblema sério, que, não de hoje, tem exi-

gido uma série de ações combativas por parte dafederação. Como panorama histórico faz-se ne-cessário salientar que este sistema trabalhista foiimplementado no país, em meados dos anos 1990.

Desde então, e já se passaram mais de 20 anos,o retrato percebido apresenta precariedade nascondições de trabalho, motivada, sobretudo, pelasinúmeras irregularidades que se proliferam.

Segundo estudo atualizado do Departamen-to Intersindical de Estatísticas e Estudos Soci-oeconômicos (DIEESE) sobre o tema mostraque existem empresas terceirizando na ordemde 90% de seus quadros funcionais.

Para o presidente da federação, Cidão, a ter-ceirização é uma prática absolutamente nociva,pois expõe os trabalhadores a situações degra-dantes em jornadas excessivas, sem equipamen-tos de seguranças e em ambientes insalubres.

“Temos intensificado as mobilizações nasbases para conscientizar os trabalhadores deque a terceirização beneficia apenas e somenteaos patrões.”, afirmou.

Também lembrou, com propriedade, que ao acei-tar trabalhar neste sistema os companheiros tor-nam-se os maiores lesados, haja vista que não es-tão protegidos pelos direitos vigentes na CLT.

“Para auferir margens mais expressivas os pa-trões utilizam-se desta tática para fugir e cometerdois crimes: o de sonegação fiscal e não pagamen-to de benefícios conforme manda a lei”.

Além dos problemas supracitados, a terceiri-zação abre espaço para outro inimigo real, que éa não abertura de postos de trabalho devido àrotatividade.

Na avaliação do presidente da federação um se-tor desenvolvido é aquele que produz e gera empre-gos diretos. “Neste processo, além de limitar vagasde trabalho, compromete a qualidade na produçãopela carência de qualidade da mão-de-obra”, disse.

Federação é absolutamente contraa TERCEIRIZAÇÃO NO SETOR

O projeto de lei do deputado federal,Sandro Mabel (PR-GO), que prevê a regu-lamentação da terceirização pode ser be-néfica para seus negócios, pois é mandatá-rio do Grupo Mabel.

Para os trabalhadores brasileiros, no en-tanto, sua aprovação caracteriza-se comomais um instrumento irresponsável quepode legalizar não pagamento de encargose benefícios.

A federação, portanto, refuta este pro-jeto de lei que fere nossos interesses!!!

Abaixo à PL 4.330/2004

Terceirização no setor é extremamente nocivopara trabalhadores e sistema de produção

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 9

AComissão Especial sobre Regulamenta-ção do Trabalho Terceirizado da Câmarados Deputados aprovou, no último dia 23

de novembro, o parecer do deputado Roberto San-tiago (PV-SP), que trata da contratação de mão-de-obra terceirizada no país.

A Nova Central Sindical de Trabalhadoresprocurou de todas as formas articular mudan-ças que tornassem o substitutivo ao Projeto deLei no 4.330, de 2004, menos retrógrado.

Porém, nossos esforços foram em vão, poisprevaleceu o texto original, que obteve sucessoem sessão na Câmara por 14 votos a dois.

Aprovado, desta forma, o tema da regula-mentação da terceirização está na Comissão deConstituição e Justiça (CCJ) da Câmara, quan-do passará por cinco sessões antes de ser leva-do ao Plenário da Casa.

Para a Nova Central a melhor solução a favordos trabalhadores é o anteprojeto de lei, que foiapresentado em conjunto por todas as centraisao então ministro do Trabalho e Emprego, Car-los Lupi, em dezembro de 2009.

Este, que vale destacar, está engavetado naCasa Civil, defende a igualdade de direitos en-tre trabalhadores terceirizados e a exigênciada responsabilidade solidária por parte da em-presa contratante.

A regulamentação da terceirização, independen-te da redação que seja aprovada, na prática podegerar uma reforma na legislação trabalhista comimpactos negativos no mercado de trabalho, comoa institucionalização da precarização do trabalho,aumento da jornada de trabalho, ampliação dassituações de risco (acidentes e doenças), cresci-mento da rotatividade e rebaixamento salarial.

O resultado desta miopia do governo prejudi-cará em linhas gerais mais de 30 milhões de tra-balhadores, que estão alocados nos mais impor-tantes estratos produtivos.

A derrota que obtivemos, por força de lobbis-mos nos corredores do Planalto, de nada nos ca-lará diante do compromisso que temos em favor

Projeto retrógrado sobre terceirizaçãoavança na CÂMARA DOS DEPUTADOS

dos companheiros que representamos e da vozque continuará firme nas reivindicações em nos-sas manifestações sociais.

Nossa luta, portanto, está cada vez mais in-tensa pela proibição da terceirização como ativi-dade-fim inclusive no serviço público, proibiçãode toda e qualquer possibilidade de subcontrata-ção, responsabilidade solidária da empresa con-tratante pelas obrigações trabalhistas e previden-ciárias, isonomia e igualdade de direitos entre tra-balhadores e trabalhadoras garantindo o princí-pio da progressividade de direitos e da normamais favorável, direito à informação prévia e ne-gociação coletiva por ramo prepoderante e proi-bição da terceirização de atividades que são tipi-camente de responsabilidade do setor público.

José Calixto RamosPresidente da Confederação Nacional de

Trabalhadores na Indústria (CNTI)

10 I Revista Extrativas

As linhas estratégicas de luta e mobiliza-ção da federação, apesar de prioritárias, não estão dirigidas apenas para a de-

fesa dos trabalhadores e fortalecimento do se-tor de extração.

O presidente Cidão e sua diretoria atuante, aolado da Nova Central Sindical de Trabalhadores,encabeçam com coragem as hoje principais ban-deiras de luta da classe trabalhadora brasileira,como a Redução da Jornada de Trabalho e o Fimdo Fator Previdenciário.

“Não podemos mais compactuar com jornadasde trabalho excessivas, que restringem o tempo dedescanso, lazer e estudo. Por isso, estamos unidosem nossas bases e juntamente com as demais lide-ranças do movimento sindical brasileiro vamos pres-sionar para revisão deste método falido”, disse.

Especificamente no setor, ele lembra neste con-texto que existe um grande movimento em favor daredução da jornada na extração em minas de sub-solo de 36 para 30 horas. “A carta de Luziânia en-tregue no Congresso Nacional faz uma exigênciacom relação a esta reivindicação dada às condiçõespelas quais os companheiros estão expostos”.

Mesma pressão é exercida pelo fim sumário do FatorPrevidenciário, cujo mecanismo de aposentadoria cri-ado em 1999 pelo ex-presidente Fernando HenriqueCardoso, tem aumentado o tempo de contribuição ediminuído o valor real das aposentadorias.

“Estão na mesa da presidenta Dilma [Rousse-ff] duas alternativas positivas como o sistema 85/

ESTAMOS FIRMES NA LUTA pelosinteresses da classe trabalhadora!

95 e Tempo de Contribuição, que merecem celeri-dade para escolha e implantação”. E completa.“O Fator Previdenciário precisa ser abolido ime-diatamente, pois ele rouba os brasileiros”.

Além das reivindicações percebidas, existeoutra que tem sido bastante combativa pelo mo-vimento sindical: as práticas antissindicais. Deacordo com Cidão, os trabalhadores não podemser vítimas de ameaças ou demissões por par-ticiparem de organizações sindicais, pois aConstituição garante o direito à liberdade deorganização e atuação sindical.

MOÇÃO DE APOIOA Federação dos Trabalha-

dores nas Indústrias Extrati-vas no Estado de São Pauloestá ao lado da Nova CentralSP pela Humanização doTrânsito e dos Transportesno Brasil, cuja pedra funda-mental foi sacramentada emjulho com o programa Dirigindo de Bemcom a Vida, além de outras ações estratégicas.

“Estamos muito honrados por atender ao cha-mamento do presidente Luizinho nesta grandeluta em defesa da vida, pois mesmo não sendooriundos do transportes, nossos trabalhadores,seus parentes e familiares são condutores e es-tão diariamente expostos ao trânsito das cida-des nas quais habitam”, disse Cidão.

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 11

Anossa federação, alicerçada pelos sindi-catos filiados e liderada pelo presidenteCidão, ratifica as resoluções definidas no

Congresso Nacional específico do setor, promo-vido pela CNTI, pois seus 21 eixos atendem todasas carências e necessidades que a cadeia produ-tiva requer para alcançar seu desenvolvimento.

“O primeiro passo foi dado com a consolida-

Apoio às reivindicações exigidasna CARTA DE LUZIÂNIA

ção das resoluções no congresso. Agora, parti-mos com unicidade e perseverança para trans-formá-las em ações práticas”, disse.

Vale destacar que a Carta de Luziânia, com-posta com estas reivindicações, foi protocola-da pela CNTI através do seu mandatário JoséCalixto Ramos e entregue para apreciação dapresidenta Dilma Rousseff.

Reivindicações para o desenvolvimento do setorFomento no sentido da criação e implantaçãode Conselhos Municipais com o objetivo de pla-nejar, fiscalizar e direcionar recursos oriundos doCFEM.Extinção definitivamente do fator previdenciário.Fim das terceirizações dos setores vegetal emineral.Humanização do setor extrativo investindo em co-nhecimento e conscientização dos trabalhadores.Havendo contestação por parte do trabalha-dor, no preenchimento do LTCAT e PPP, requererjunto as SRT(s) uma auditoria e/ou contraprova.Manutenção da aposentadoria especial e redu-ção de contagem de tempo para aposentadoriasaos trabalhadores submetidos em trabalhos no-turnos.Continuidade e implantação de forma tripar-tite junto MME, do projeto MOBILIZAÇÃO, CA-PACITAÇÃO DO SETOR MINERAL PARA GESTÃODA SAÚDE DOS TRABALHADORES NAS MINAS– CIPAMIN/PGR.Levantamento de dados atualizados sobre ocontingente de trabalhadores do setor da extra-tiva mineral, junto ao MME e DIEESE.Apoio para a realização de uma pesquisa cien-tífica de avaliação de riscos e resultados na saú-de dos trabalhadores da mineração. Indicação de Trabalhadores do setor extrativoem comissões tripartites junto ao MTE e MME.

O enquadramento na categoria das Extrativas,dos trabalhadores na extração de Argilas, Pedrei-ras, Areias, Saibro, Calcário, Caulim, Cal.Promoção de conferências municipais onde têmminerações parceiras com AMIBE e Associaçõesdos municípios.Criação de Comissões intersindicais, por mu-nicípios, para discutir saúde e segurança dos tra-balhadores.Criação de frente parlamentar do setor extra-tivo na área da saúde e segurança dos trabalha-dores para o desenvolvimento sustentável.Redução das jornadas de trabalho em superfí-cie de 44 para 40 horas semanais e de minas desubsolo de 36 para 30 sem redução de salários.Ampliação do mandato da CIPAMIN e um anopara dois anos.Ampliação da fiscalização do DNPM no setorextrativo mineral.Manutenção da estabilidade sindical aos mem-bros dos Conselhos Fiscais em conformidade como artigo 522 da CLT.Estabelecimento de regras de saúde e segurançano trabalho no ato das concessões de lavras comprazo determinado, bem como a instituição deum fundo para compensação aos passivos am-bientais, trabalhistas e sociais.Ações pelo fim do assédio moral.Ações específicas contra práticas antissindicais.

12 I Revista Extrativas

Abro esta reflexão utilizando-se das mes-mas virtudes que norteiam a Ética paraquestionar o trabalho da mídia que vem

encharcando suas páginas com uma rajada deacusações contra o então ministro do Trabalho eEmprego, Carlos Lupi.

Na Era Moderna, os mesmos inquisidores de plan-tão, que mascararam fatos em troca de benesses,têm moral e legitimidade para delatar personagensde qualquer natureza da nossa sociedade?

Creio, eu, sinceramente que não, pois suas linhasde textos ao longo da história colocaram injusta-mente no banco dos réus pessoas que foram víti-mas de perseguições ou convicções errôneas.

O cerne da questão, todavia, não é derrubar nin-guém, mas exigir o fortalecimento do Conselho deRelações do Trabalho (CRT), criado pela portaria754, de 20/04/2011, dando ao movimento sindical po-der deliberativo e paritário nas discussões.

Queremos a total reestruturação dos cargose o fortalecimento das Superintendências Regi-

MUDANÇAS no Ministério do Trabalhoonais, pois é des-ta forma que va-mos minimizar asuper exploraçãodos trabalhado-res, o desrespeitoà CLT, às Con-venções e Acor-dos Coletivos,dentre outros.

Não somos co-niventes com osdesmandos nemcom os denuncismos, apenas reivindicamos um Mi-nistério do Trabalho e Emprego cumpridor do seupapel e aberto ao diálogo conosco através da CRT.No mais, a justiça deve investigar, apurar e punir osculpados, sejam quais forem.

Luiz Gonçalves - Presidente da NovaCentral São Paulo (NCST-SP)

DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁé defensor do novo Aviso Prévio

Aclasse trabalhadora no Congresso Nacio-nal conta com o apoio de importantes li-deranças, que têm histórico de lutas e con-

quistas por seus direitos.Deputado federal em sexto mandato, Arnaldo

Faria de Sá (PTB-SP), que é parceiro da nossafederação, destaca-se neste alistamento com suaposição independente e corajosa.

Agora sua mais nova batalha é pela mudança nalei do aviso prévio, que segundo o deputado trata-sede um importante complemento ao que já havia sidoconquistado na Constituição de 1988.

Ele lembra que as mudanças propostas na leivão dificultar a chamada demissão imotivada, queantes dava aos patrões liberdade para demitir deforma arbitrária ou sem justa causa.

“Este mecanismo confere mais segurança aostrabalhadores, que em caso de demissão têm maistempo para buscar a realocação”.

Além disso, o parágrafo único do mesmo arti-go prevê acréscimo de 03 (três) dias por ano deserviço prestado na mesma empresa, até o máxi-mo de 60 (sessenta) dias perfazendo um total deaté 90 (noventa) dias.

Para Arnaldo Faria de Sá a nova lei do avisoprévio deve servir como instrumento de diminui-ção da rotatividade no mercado de trabalho, quede acordo com último levantamento do DIEESEchegou à casa dos 40% em 2010.

“É nosso interesse queo trabalhador perma-neça mais tempo naempresa gerando mai-or produtividade e in-cremento econômicona sociedade na qualparticipa”

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 13

Oextrativismo mineral é uma importante eestratégica atividade produtiva, que, esti-mulada pelos bons ventos da economia

nos últimos anos, tem gerado consideráveis fon-tes de recursos em sua cadeia de trabalho.

Prova in conteste deste cenário positivo é quenossas terras férteis de Norte a Sul abrigam 8%das reservas mundiais.

Destaque para o quadrilátero ferrífero, emMinas Gerais, assim como a emblemática Provín-cia Mineral de Carajás, no Pará, dos quais, porexemplo, todos os dias brotam matérias-primascomo o maganês, a bauxita, dentre outras.

Apenas com o ferro produzimos mais de 150milhões de toneladas/ano, que abastecem 70% dosprincipais mercados externos.

Os números são auspiciosos, porém, existe umproblema que vem exigindo bastante atenção dosenvolvidos - sobretudo a da nossa federação - queé a degradação ambiental.

Neste sentido, o presidente Cidão observaque há a necessidade de se respeitar as deter-minações vigentes na Constituição Federal. “Énosso dever social cobrar a extração susten-

“É nosso dever social cobrara EXTRAÇÃO SUSTENTÁVEL”

tável, que trate da captação dos minerais, ze-lando pela recuperação da área manipulada epreservação do ecossistema”.

A federação tem se mobilizado junto aos tra-balhadores em suas bases de atuação promo-vendo cursos, seminários e palestras de forma-ção e orientações básicas para o desenvolvimen-to correto desta atividade.

Na outra ponta deste processo consiste a fis-calização junto às empresas, que, hoje, mesmodispondo de técnicas mais modernas para extra-ção, ainda são responsáveis pelo índice muitoacima do permitido.

“Promovemos ações de conscientização jun-to aos empresários mostrando a importânciade explorar os recursos naturais de forma res-ponsável”, afirmou.

Vale destacar que a federação defende a im-plementação das seguintes técnicas sobre otema essencial para a preservação do MeioAmbiente, como: proteção dos mananciais, em-prego de drenagem e coleta nas águas pluviais,recuperação das áreas degradadas, reconfor-mação do solo e cobertura vegetal.

Extração responsável a favor do Meio Ambiente é um dos compromissos assumidos pela federação

14 I Revista Extrativas

A avaliação que faço do nosso trabalho esteano é extremamente positiva com fortalecimentode nossa atuação sindical nas bases e avançosem conquistas para os trabalhadores nas nego-ciações salariais.

Fechamos nossa Campanha Salarial com im-portantes reajustes salariais, que variam entre 8,8%e 10%, café da manhã, auxílio-combustível, alémda manutenção de cláusulas anteriores.

Vale destacar neste processo, com grande sa-tisfação, a luta, mobilização, empenho e preparodos representantes nas mesas de negociações, quenão cederam às intransigências dos patrões. E, so-bretudo, agradeço aos companheiros que desde oinício atenderam ao chamamento e marcharamconosco em todos os enfrentamentos.

Outro importante parceiro do nosso Sindicato éa federação, que sempre estendeu apoio e solidari-edade às demandas que apresentamos. Nas nego-ciações, nas mobilizações, serviços e orientaçõesjurídicas, lá estava esta honrosa entidade na lide-rança do presidente Cidão em defesa da categoria.

DEPOIMENTOS: Presidentes

Rubens Roberto Carvalho SilvaPresidente do Sindicato dos Trabalhadoresnas Indústrias Extrativas de Minérios, Areias,Barreiras e Pedreiras de Barueri e Região

A luta e mobilização do Sindicato com os tra-balhadores na Campanha Salarial foi responsávelpor importantes conquistas, como a recuperaçãodos pisos salariais de todas as categorias que re-presentamos.

Obtivemos aumentos reais na ordem dos 2% maisINPC do período, que, a partir de agora, significa re-cuperação das perdas com maior poder de compra ebem-estar para os companheiros e seus familiares.

Destaca-se como outro ponto alto do nosso tra-balho a Campanha Sindicalização junto ao Sindi-cato, na qual enfatizamos a importância da uniãoconosco em defesa de suas reivindicações.

Empunhamos nossa mobilização com bastan-te sucesso no 3º Congresso Nacional dos Traba-lhadores nas Indústrias Extrativas no Plano daCNTI, em Goiás, além da marcha em prol da Agen-da da Classe Trabalhadora em São Paulo.

Agradeço a federação, liderada pelo companhei-ro Cidão, que nos acompanhou em todas as açõespromovidas, tornando-se, assim, um braço fortepelos nossos interesses.

Amauri Martins de OliveiraPresidente do Sindicato dos Trabalhadores nas IndústriasExtrativas e Beneficiamento de Minérios de Santos, LitoralNorte e Sul e Vale do Ribeira

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 15

dos Sindicatos filiadosA intensidade nas lutas e mobilizações foi, sem

dúvida, o ponto alto deste ano em nosso traba-lho, uma vez que esta condição se refletiu numasérie de vitórias que devemos celebrar.

Conquistamos excelentes reajustes salariais,vale destacar, todos eles acima de inflação do pe-ríodo anterior de 7,5%.

Este resultado mostra que nossa estratégia denegociação teve o efeito esperado.

Os companheiros do setor de Minerais Não-Metálicos também foram contemplados coma obtenção da cesta básica, que, lembramos,era uma reivindicação antiga, mas que enfimchegou.

A federação participou ativamente de nossasatividades, com muita força, intensidade e mobi-lização, pois mantém sólido seu compromisso deprover o desenvolvimento do setor e suas bases.

Osvaldo de SouzaPresidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Campinas e Região

Neste ano nosso Sindicato intensificou as lu-tas e mobilizações, que se transformaram em im-portantes conquistas para os trabalhadores querepresentamos na região.

Fechamos, por exemplo, nossos acordos co-letivos com reajustes salariais entre 8% e 10%,com todos os índices verificados acima da in-flação do período.

Em números frios, as conquistas econômicassignificam ganhos reais, que oferecem maior po-der de compra aos trabalhadores.

Intensificamos, da mesma forma, a mobiliza-ção junto às bases levantando as reivindicaçõesdos companheiros, defendendo seus direitos e pre-parando-os para as lutas que teremos pela frente,especialmente quando os patrões mostram-se cadavez mais relutantes em atender nossos interesses.

E, claro, quero aqui deixar meus sinceros agra-decimentos à federação e ao companheiro Cidão,que tem encabeçado conosco os principais enfren-tamentos, nunca abdicando de valorizar e bata-lhar pelo fortalecimento da categoria.

Luiz Roberto de CarvalhoPresidente do Sindicato dos Trabalhadoresnas Indústrias Extrativas de Itapeva e Região

16 I Revista Extrativas

DEPOIMENTOS: PresidentesNeste ano o trabalho realizado pelo nosso Sin-

dicato gerou resultados positivos, que significaramimportantes benefícios para os companheiros.

Na Campanha Salarial fomos para as negocia-ções bem preparados e mobilizados em busca deconquistas simbólicas, que vieram através de bonsreajustes salariais, aumento real, além de incre-mentos nas cláusulas sociais.

Desde já, levo meus sinceros agradecimentos acada qual dos trabalhadores, pois nos apoiaramdo início ao fim das negociações, sempre convic-tos da nossa capacidade de atendê-los em suasreivindicações.

No entanto, ainda temos muito que caminharpelos interesses dos trabalhadores. Por isso, em2012, fica o compromisso do Sindicato em pro-mover uma ampla campanha de mobilização paraadentrar as empresas e ganhar mais poder de re-presentatividade junto aos patrões.

Para este desafio eu conto com a parceria sem-pre valiosa da federação do companheiro Cidão, quenão mede esforços em favor da classe trabalhadora.

José Onélio da SilvaPresidente do Sindicato dos Trabalhadores nas IndústriasExtrativas e de Beneficiamento de Ribeirão Pires e Região

Nosso trabalho em 2011 foi marcado por atitu-des diferenciadas, que, na prática, geraram impor-tantes resultados em benefício dos trabalhadores.

Nós avançamos na representação com a realiza-ção de uma série de assembleias nos postos de tra-balho, onde transformamos a pouca adesão em am-pliação da mobilização para futuras lutas.

Investimos pesado em formação sindical que teveimpacto positivo junto aos companheiros que pas-saram a conhecer melhor seus direitos e deveres.

Com estas importantes ações implementadas,eles estão desenvolvendo o trabalho diário commais segurança, pois, agora, sabem que contamcom nosso respaldo e proteção.

Quero destacar, também, as vitórias alcança-das na Campanha Salarial, onde a comunhão en-tre trabalhadores e Sindicato foi responsável peloaumento do reajuste salarial acima da inflação.

Outro grande aliado nesta luta em defesa dacategoria é a federação, que nos ajuda nas rei-vindicações e promoção do bem-estar socialdos trabalhadores.

Jarbas Rogério CafollaPresidente do Sindicato dos Trabalhadoresnas Indústrias Extrativas de Ribeirão Preto e Região

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 17

dos Sindicatos filiados

Posso afirmar que este ano foi marcado por inú-meros avanços em nosso trabalho, com importantesconquistas para os companheiros, como 9% de rea-juste salarial bem acima da inflação do período, cestabásica, plano de saúde, além da colônia de férias.

Isto, no entanto, é apenas o começo de um pe-ríodo que desejamos celebrar com vitórias. Nossogrande objetivo para 2012 é a aquisição da casaprópria, onde possamos receber os trabalhadoresde forma adequada, oferecendo serviços e orien-tando-os em suas necessidades.

Estes resultados eu, aqui, faço questão de cre-ditar ao trabalho incansável da nossa diretoriaque saiu do escritório e foi a campo representarsuas bases, lutar pelos diretos dos trabalhado-res e fiscalizar as condições de Saúde e Segu-rança no Trabalho nas produções.

É importante observar a fundamental cola-boração prestada pela federação, que nos auxi-lia com palestras, reuniões diversas, negociaçõescoletivas. Enfim, tornou-se um grande parceiropara nosso fortalecimento.

Edmilson Aparecido Barbosa SilvaPresidente do Sindicato das Indústrias Extrativasde Mármores, Calcários e Pedreiras de São Paulo e Região

O Sindicato de Rancharia em 2011 lutoubravamente pelos interesses de seus companheirosem todas as frentes de luta e mobilização.

Na Campanha Salarial dobramos a velhaintransigência dos patrões como excelentesresultados em todas as categorias.

Os companheiros foram, assim, contempladoscom reajustes salariais acima da inflação doperíodo, aumentos reais na casa dos 2%, ampliaçãoe manutenção de importantes cláusulas sociais(cesta básica, por exemplo), o que mostra uma vezmais que a crise internacional não era desculpapara brecar as negociações.

Saliento com a mesma felicidade os avançosconquistados na mobil ização junto aostrabalhadores na base, pois é com seu apoio eunicidade que vamos mais fortes e preparadospara as batalhas.

As vitórias merecem celebração de nossa parte,mas é fundamental estarmos cientes de que a lutacontinua por bandeiras históricas, que nos tornarãoainda mais respeitados e valorizados no setor.

Aparecido José da SilvaPresidente do Sindicato dos Trabalhadoresnas Indústrias Extrativas de Rancharia e Região

18 I Revista Extrativas

O3O Congresso Nacional dos Trabalhado-res nas Indústrias Extrativas, promovidoem agosto passado pela Confederação

Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI),em Luziânia, Goiás, foi importante e estratégicopara traçar um panorama real do setor que estáem processo de desenvolvimento, mas ainda re-quer uma série de melhorias, sobretudo quandose trata do valor e respeito aos trabalhadores.

Sempre na linha de frente das principais lutase mobilizações pelo fortalecimento do setor ex-trativo, tanto em São Paulo quanto no país, a nos-sa federação teve presença de destaque neste en-contro com as lideranças, devidamente capitane-adas pelo presidente Cidão, protocolando suaspropostas e soluções para o enriquecimento dosdebates e das resoluções.

“O setor extrativo está em tudo. Desde pra-

Nossa diretoria teve participação

tos de alimentos até a cama em que descansa-mos. E tamanha importância deve beneficiartambém a mão-de-obra, espinha dorsal da ati-vidade. Por isso, é preciso reiterar nossas ban-deiras de luta: a conquista dos direitos e quali-dade de vida para o trabalhador”, disse Cidão,ratificando, assim, o compromisso da federa-ção durante o congresso.

A reportagem da Revista Extrativas acom-panhou todos os passos da comitiva da federa-ção, nos três dias de congresso, e ao final entre-vistou com exclusividade seu coordenador, recém-eleito vice-presidente da Depronex e presidentedo STI e Beneficiamento de Minérios de Santos,Amauri Martins de Oliveira, que faz um balançodas atividades, do trabalho da federação, partici-pação da CNTI neste processo, dentre outros as-suntos, que vale a pena conferir.

Diretoria da federação no 3o Congresso do Setor da CNTI, em Luziânia, Goiás

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 19

mesmo de outras entidades, todos mostraram-se bas-tante satisfeitos com os resultados apresentados,sendo bem representados em suas reivindicações.

A CNTI tem colaborado para o trabalho promovidopela federação?

A CNTI com a liderança positiva do companhei-ro José Calixto Ramos é o grande alicerce do sindi-calismo brasileiro com inovações e renovações emfavor do bem-estar dos trabalhadores.

Pois bem, é neste sentido que a confederaçãotem colaborado diretamente para o desenvolvi-mento não apenas da nossa federação, assimcomo das demais correligionárias.

Portanto, um setor forte e pujante como o nos-so não poderia contar com uma entidade maiscomprometida e engajada do que a CNTI.

Qual o balanço que você faz do congresso?

Ele foi uma aspiração da categoria porque desdede 2005, quando houve o segundo congresso, já exis-tia a expectativa de que outro fosse realizado em2007. E durante este período diversas mudançasocorreram no setor extrativista brasileiro.

Por meio do Congresso foi possível fazer uma ava-liação e assim nortear novas ações de um extrati-vismo mais moderno, levando em consideração aextração, produção e o bem-estar do trabalhador.

Ele serviu para afinar o discurso entreas entidades do setor?

Sem dúvida, pois federações e sindicatos encon-traram um espaço para o entrosamento, no qualcompartilharam seus conhecimentos, experiênciase pautas de reivindicações.

Esta condição é o primeiro passo, mas, ao meuver fundamental em torno da unicidade almejadae fortalecimento do setor, que é estratégico para odesenvolvimento do país.

As resoluções obtidas podem colaborar parao desenvolvimento do setor?

Neste Congresso obtivemos as resoluções com di-versos palestrantes de várias áreas do setor extra-tivista, que por sua vez, buscaram colaborar parao desenvolvimento de ações conjuntas entre sindi-catos e federações.

O intuito é criar projetos e leis, seja na Câ-mara e no Senado, que atendam às necessida-des que atualmente encontram-se na categoria.

E não somente na questão de remuneraçõese atributos monetários, mas também há a preo-cupação com a preservação do meio ambiente eda própria vida dos trabalhadores.

O trabalho realizado pela federação duranteo Congresso foi positivo?

A federação teve participação de destaque na co-ordenação do congresso, atingindo, na oportunidade,todas as metas previstas em conjunto com as demaisfederações engajadas.

Nas conversas que tive com nossos diretores, até

destacada no 3O CONGRESSO

20 I Revista Extrativas

Além da integração entre entidades, deba-tes e resoluções, que promoveram resul-tados expressivos em prol do setor, o

3º Congresso Nacional dos Trabalhadores nasIndústrias Extrativas também abriu espaçopara a eleição que definiu a nova diretoria doDepartamento Profissional Nacional Extrati-va no Plano da CNTI, a Depronex.

Após longa reunião, na qual mais uma vezprevaleceu o espírito democrático de ideias, oscompanheiros presentes aprovaram por una-nimidade a indicação da nova diretoria apre-sentada em chapa única.

Sendo assim, a Depronex, a partir deste ano serácomandada por Oniro Camilo da Silva, que tambémé presidente da federação dos trabalhadores nasindústrias extrativas do Rio Grande do Sul.

Ele assume o trabalho de conquistas realiza-do pelo companheiro Amauri Martins de Oliveira,

Federação ocupa cargo estratégicona diretoria da DEPRONEX

que, na composição da diretoria recém-eleita,agora assume o cargo de 1º vice-presidente.

O presidente da nossa federação, Cidão, con-siderou fundamental a permanência da entida-de nas decisões da Depronex. “A escolha docompanheiro Amauri para a vice-presidência re-presenta a continuidade de ações e reivindica-ções estratégicas que valorizamos para o for-talecimento do setor, como organização do mo-vimento sindical nas bases, mobilização dos tra-balhadores e maior respeito às questões de saú-de e segurança no trabalho”.

Também avaliou como positiva a composi-ção da nova diretoria. “Os companheiros elei-tos, que conheço bem, são competentes e estãocom enorme vontade de obter os resultados tra-çados. Desejo sucesso neste mandato e que onosso setor tenha respaldo para seu desenvol-vimento contínuo”, disse.

Companheiro Amauri assume a vice-presidência da Depronex

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LIDERANÇAS SINDICAIS DO SETORelogiam nosso trabalho

Os debates, na oportunidade, foram extremamente produtivos graças aotrabalho formidável realizado pelas lideranças da federação em São Paulo.

Marivaldo da SilvaDiretor da CNTI na regional do Amapá

A federação do companheiro Aparecido José da Silva está de parabéns pelaexcelente contribuição durante os debates, que, ao final, geraram propostasvaliosas em benefício do setor.

Com a força da federação temos um parceiro de grande representatividadena luta pelos trabalhadores em toda cadeia produtiva.

Para mim é gratificante trocar ideias e alinhar compromissos junto aos com-panheiros de São Paulo, que estão engajados em defesa da Saúde e Segurançano ambiente de trabalho.

Luis Lopes de LimaPresidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Goiás

Ricardo Vaz MirandaPresidente da Federação e Sindicato dos Trabalhadores

nas Indústrias Extrativas de Manaus

Mailson de Salles SilvaSecretário-geral do Sindiminas na Bahia

O trabalho sério e competente promovi-do pela federação no 3o Congresso Nacio-nal dos Trabalhadores nas Indústrias Ex-trativas do Plano de CNTI, em Luziânia,

Goiás, mais do que exitoso foi digno de re-conhecimento e elogios de importantes li-deranças sindicais do setor.

Acompanhe!!!

O trabalho promovido por esta federação gerou impactos positivos na discus-são de assuntos essenciais para o desenvolvimento do setor no país.

Genoir José dos SantosPresidente da Federação Interestadual da Extração do Carvão dos Estados do

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

22 I Revista Extrativas

Ointenso trabalho promovido pela federa-ção em defesa dos interesses dos compa-nheiros nas lutas e mobilizações, ao lon-

go da história, vem se transformando em impor-tantes benefícios.

Uma destas conquistas que o presidente Ci-dão e sua diretoria obtiveram com bastante sa-tisfação foi a Colônia de Férias, em Rancharia,no Interior de São Paulo.

Entregue em 25 de setembro de 2010, este es-paço justamente batizado de “Recanto do Traba-lhador”, oferece em seus mais de 800 m2 uma sé-rie de opções de lazer e descanso para os compa-nheiros e seus familiares.

Destaca-se nesta lista itens como lago, 04 qui-osques para churrasco e confraternizações,

COLÔNIA DE FÉRIAS em Rancharia é

playground, salão de eventos para 80 pessoas,garagens privativas com capacidade para 20 car-ros, cozinha comunitária, além de 12 dormitórioscom camas, beliches e frigobares.

“Construímos com muito empenho este lindobalneário para que seja o verdadeiro reduto de des-contração e bem-estar da nossa família, que sem-pre está conosco nos enfrentamentos”, disse.

Como sempre faz, por justiça, o presidenteagradeceu aos parceiros de todas as horas, quetiveram participação fundamental na aquisiçãoda colônia de férias: os trabalhadores. “Que-ro, em nome da diretoria, agradecer sincera-mente aos companheiros que com seu apoio econtribuições calçaram todos os tijolos destagrande vitória que conquistamos”.

Espaço de lazer e entretenimento erguido com o apoio incondicional dos trabalhadores

Ano I • No 2 • Dezembro de 2011 I 23

o verdadeiro Recanto do Trabalhador

Amplo estacionamento Lago no balneário de Rancharia

Alegria e festa marcam a presença dos trabalhadorese familiares no Recanto do Trabalhador Playground para as crianças

Quiosques para confraternizaçãodos trabalhadores com seus familiares

Lindo jardim enfeita o ambientena Colônia de Férias

Dormitórios com camas e belichesCorredeira por onde passam águaspuras e cristalinas

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