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ANO 9 • Nº 39 • JAN/FEV 2012 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS Impresso Especial 9912172627 - DR/MG SICEPOT-MG DEVOLUÇÃO GARANTIDA SICEPOTMG NOTÍCIAS PREFEITO DE BH Marcio Lacerda fala sobre a infraestrutura da capital 08 e 09 Construção da nova sede 03 CONVENÇÃO COLETIVA As principais modificações do acordo Pg 11 Diretoria do Sicepot-MG visita obras, que seguem em ritmo avançado EUGÊNIO SÁVIO

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Page 1: ANO 9 • Nº 39 • JAN/FEV 2012 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA ... · O Sicepot-MG e o Siticop-MG (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais)

ANO 9 • Nº 39 • JAN/FEV 2012 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS

ImpressoEspecial

9912172627 - DR/MGSICEPOT-MG

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Diretoria do Sindicato recebeu mais de 1200 convidados no Expominas

SICEPOTMGNOTÍCIAS

PREFEITO DE BHMarcio Lacerda fala sobre a infraestrutura da capital

08 e 09

Construção da nova sede

03

CONVENÇÃO COLETIVA As principais modificações do acordo

Pg 11

Diretoria do Sicepot-MG visita obras, que seguem em ritmo avançado

EUG

ÊNIO

VIO

Page 2: ANO 9 • Nº 39 • JAN/FEV 2012 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA ... · O Sicepot-MG e o Siticop-MG (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais)

PresidenteAlberto José Salum1º Vice-PresidenteAntônio Venâncio Neto

Vice-Presidente dePlanejamento e DesenvolvimentoJoão Jacques Viana VazDiretoresJorge Luiz Libânio Sander

Vice-Presidentes RodoviáriosEmir Cadar Filho André Pentagna Guimarães SalazarDiretoresEdson Fernando Maciel TavaresMarco Aurélio Rocha Sousa Marcos Antônio Delgado

Vice-Presidente de Obras de SaneamentoJosé Orlando Andrade Teixeira JúniorDiretorPaulo Henrique Caramati Manata

Vice-Presidente de Obras UrbanasJarbas Matias dos Reis DiretorCarlos Eduardo Staico de Andrade Santos

Vice-Presidente deObras de Arte EspeciaisJoão Batista Ríspoli Alves DiretorRonaldo Andrade Bichuette

Vice-Presidente deEdificações PúblicasDanilo Miguel CuriDiretorEduardo Luiz Ramos Nascimento

Conselho FiscalEFETIVOS

Antônio Celso Ribeiro Rafael Vasconcelos Moreira da Rocha Eduardo Pinheiro Campos

SUPLENTES

Rômulo Rodrigues Rocha Edmundo Mariano da Costa Lanna Eduardo Pretti Figueiredo Neves

Conselho ConsultivoEX-PRESIDENTES

Herbert EnglerMarcos Villela de Sant’AnnaJosé Guido Figueiredo NevesReynaldo Arthur Ramos FerreiraRoberto Maluf TeixeiraJamil Habib CuriEmir CadarLuiz Augusto de BarrosMarcus Vinícius Salum

MEMBROS

Félix Ricardo Gonçalves Moutinho Helvécio Neves MarinsMárcio Duarte Câmara Marcos Vinício de Paula

Delegados Representantesjunto a FIEMGEFETIVOS

Alberto José Salum Marcus Vinicius SalumSUPLENTES

Luiz Augusto de BarrosEmir Cadar

Diretor ExecutivoMarcelo de Cerqueira Viana

SICEPOTMG NOTÍCIASAssessoria de Comunicação SocialSandra M. Polastri FerreiraAssessoria de ImprensaGisele SerraCoordenação EditorialLélio Fabiano e AssociadosJornalista ResponsávelLélio Fabiano dos Santos MG 01143JP

RedaçãoGisele SerraProjeto GráficoAVI DesignEditoração EletrônicaAVI DesignImpressãoFormato

Comitê EditorialJoão Jacques Viana Marcelo CerqueiraJurandir dos Santos Marcela PinheiroLélio Fabiano dos Santos Gisele SerraJorge Luiz Libânio SanderSandra M. Polastri Ferreira

A necessária convergência em torno de Minas

Passado o período mais intenso das chuvas, torna-se oportuno lembrar que a forma mais adequada para combater os malefícios que acometem a população e que, também, atingem duramente a economia, é a prevenção através de investimentos para a manutenção e a melhoria de nossa infraestrutura. Não ignoramos que as administrações dos governos do estado e da capital mineira vêm, nos últimos anos, juntamente com o setor produtivo privado, desenvolvendo sérios esforços para a consolidação da economia de Minas Gerais. Mesmo com este reconhecimento, entendemos que o desenvolvimento econômico só se perpetua onde existe a preocupação com a continuidade das ações que o geraram e a manutenção das obras que o impulsionam.

No entanto, consideramos relevante insistir que o Estado - com a quarta maior extensão territorial do país e a segunda unidade da Federação em termos populacionais, com significativa participação no PIB nacional, com a maior malha rodoviária federal, entre tantos outros diferenciais - nem sempre encontra uma contrapartida, em múltiplas instâncias federais, na proporcional dimensão de sua expressividade.

Neste jornal mesmo, mostramos, recentemente, que Minas Gerais vem ocupando, há alguns anos, a quarta posição na transferência federal de recursos, com

pouco mais de seis por cento, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Por outro lado, a agenda de Minas Gerais junto ao governo federal – também há alguns anos – permanece com alguns itens que não mudam porque nunca são atendidos. Citamos os exemplos da duplicação da rodovia Fernão Dias (BR-381), o Aeroporto Internacional de Confins, o Metrô e o Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Esses levantamentos podem até ser acompanhados no noticiário da mídia nacional através da cobertura dos privilégios que alguns estados vêm conquistando na destinação de recursos federais.

Queremos, por último, registrar que nossa entidade vem participando do movimento liderado pelo sistema Fiemg em torno da elaboração da Agenda de Convergência para o Desenvolvimento de Minas Gerais. Isso significa que o setor da construção pesada está integrado a outros segmentos produtivos do estado que estão se alinhando com lideranças políticas suprapartidárias para unificar as reivindicações de Minas, entre as quais se sobressaem naturalmente as que se referem a questões de infraestrutura, de educação, segurança e saúde.

Alberto José SalumPresidente do SICEPOT-MG

ALBERTO JOSÉ SALUM PRESIDENTE DO SICEPOT-MG

EDITORIAL

02

SICEPOT-MGRua Santos Barreto, 45Santo AgostinhoCEP 30 170-070Belo Horizonte - Minas GeraisTelefone (31) 2121 [email protected]

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Convenção

Coletiva

CONVENÇÃO COLETIVA

03

O Sicepot-MG e o Siticop-MG (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais) assinaram, no dia 23 de dezembro, a Convenção Coletiva para o período de 1º de novembro de 2011 a 31 de outubro de 2012.

O diretor de Planejamento do Sicepot-MG, Jorge Sander, explica que a negociação foi bastante trabalhosa: “A negociação deste ano veio cheia de novidades e com muitas modificações. O envolvimento dos presidentes das duas entidades (Sicepot-MG e Siticop-MG, Alberto Salum e José Antônio da Cruz, respectivamente) foi fundamental. No final, achamos o índice de reajuste (10,10%) adequado para nossas empresas e empregados, mas agradar a todos é difícil.”

Empresas e Trabalhadores assinaram a

Confira as principais modificações na CCT 2011/2012:Correção SalarialO reajuste salarial foi estabelecido em 10,10%.

Piso SalarialO piso para trabalhadores da Região Metropolitana de BH teve um reajuste de 18,68%, resultando em R$ 712,80/mês (correspondente a R$3,24/hora). Nos demais municípios mineiros, o piso passa a R$ 684,20/mês (R$3,11/hora), resultante de um reajuste de 18,25%.

Adicional de PericulosidadeO adicional de periculosidade é pago tomando por base o percentual de 30% (trinta por centro) e o salário base (salário nominal) do empregado. Agora, terá direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, estiver exposto a condições de risco. O adicional será indevido quando o contato acontecer de forma eventual ou, quando habitual, for tempo extremamente reduzido.

Participação nos Lucros ou ResultadosO trabalhador que tiver no máximo seis faltas justificadas em todos os meses trabalhados em 2012 terá direito à PLR referente ao ano, pago juntamente com o salário de fevereiro de 2013.

Convenção Coletiva 2011/2012

Cartão alimentação ou cesta básicaAs empresas concederão aos empregados um Cartão Alimentação com valor mínimo mensal de R$ 80,00 ou uma cesta básica por mês, com 35 quilos ou mais, distribuídos em pelo menos seis produtos diferentes, entre eles, obrigatoriamente, arroz, feijão, óleo e açúcar. O desconto nos salários dos empregados será de até 3% do valor da cesta ou do cartão.

Auxílio TransportePara os trabalhadores contratados fora do local da obra ou transferidos para obra localizada a 600 km ou mais de sua residência, a empresa deverá abonar, para até 120 dias, dois dias úteis para visita à família, arcando com os custos de transporte e despesas de viagem de ida e volta.

A Convenção Coletiva está disponível na íntegra para consulta no site do Sicepot-MG:

http://www.sicepot-mg.com.br/imagensDin/arquivos/4164.pdf.

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CURSO PAVIMENTAÇÃO E RESTAURAÇÃO RODOVIÁRIA

De fevereiro deste ano a agosto de 2013, será realizado o curso de Especialização Pavimentação e Restauração Rodoviária, promovidos pelo Sicepot-MG, Fumec, DER-MG, Sinaenco-MG, ABCP e Petrobras. O curso, com 432 horas/aula, terá aulas quinzenais e será destinado aos graduados em Engenharia e Arquitetura. São 35 vagas, sendo 15 destinadas aos parceiros do curso. O investimento por aluno é de R$ 10.400,00, em 20 parcelas de R$ 520,00 ou com 7% desconto para pagamento a vista. Mais informações pelos telefones (31) 3280.5000 e 0800-0300-200.

CRM – GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE

O SICEPOT-MG, através de sua Assessoria de Comunicação, está implan-tando um novo programa de Gestão de Relacionamento com Clientes, o CRM – Customer Relationship Management, da Microsoft. Com este novo sistema, o Sindicato terá ferramentas para implementar novas estratégias de relacionamento, direcionando corretamente todas as publicações do Sin-dicato aos seus públicos, agilizar a comunicação e melhorar o controle, para facilitar o acesso das empresas às informações. Para que o CRM funcione adequadamente, é necessário que todas as empresas associadas façam a atualização dos seus dados. Informações pelo telefone (31) 2121.0442 ou email para [email protected].

ESTACIONAMENTOS SUBTERRÂNEOS

O projeto para construção, operação e ma-nutenção de dez estacionamentos públicos subterrâneos em BH foi lançado pela Prefeitura para atender à crescente demanda por vagas de estacionamento da população. A Secretaria Mu-nicipal de Desenvolvimento de BH disponibilizou os documentos referentes à licitação a partir de 4 de janeiro, durante 30 dias. As informações relativas ao processo estão disponíveis no site da PBH. O parceiro privado será responsável pela construção, manutenção e operação dos estacionamentos subterrâneos do município.

NOTAS

04

84º ENIC 27 a 29 de junho Local: Expominas

2ª Corrida e Caminhada Sicepot-MG 22 de abril

Local: Parque JK

AGENDA SICEPOT-MG

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ANTÔNIO RODRIGUES

OBRAS

05

Viadutos aliviarão acesso ao Mineirão

Essa é a primeira obra do conjunto de intervenções que integrarão o sistema Bus Rapid Transit (BRT) Antônio Carlos, que terá outro corredor na Avenida Cristiano Machado. O BRT das avenidas Pedro II e Carlos Luz não serão mais executados, devido ao alto custo com desapropriações.

O BRT é a grande aposta dos governos municipal e estadual para desafogar o trânsito durante a Copa do Mundo, que poderão levar até 750 mil passageiros/dia, segundo informações da Secretaria de Obras e Infraestrutura da PBH. A previsão é de que as obras fiquem prontas em maio de 2013.

BRT

No dia 12 de dezembro, aniversário de Belo Horizonte, foi inaugurada mais uma obra de mobilidade urbana para a Copa do Mundo: o complexo de viadutos na interseção da Avenida Abraão Caram com a Avenida Antônio Carlos.

A obra, que recebeu o nome do ex-vice-presidente José Alencar, compreende a implantação de dois viadutos e uma trincheira, de diferentes extensões, que atenderão a todos os movimentos dos fluxos de circulação. Para isto, foram implantadas pistas que se bifurcam e distribuem o fluxo. O objetivo da intervenção foi a transposição da Avenida Antônio Carlos, além da interligação das Avenidas Abraão Caram e Magalhães Penido, que dá acesso ao Aeroporto da Pampulha. O viaduto A tem 132,16 metros de extensão e o viaduto B, 120,42 metros, ambos com largura de 15 metros. A trincheira possui 32,85 metros de extensão e largura de 8 metros.

Os viadutos facilitarão o trânsito na Abraão Caram e o acesso ao Mineirão. Durante sua inauguração, o prefeito destacou que a obra “é um marco importante na nossa tarefa de preparar Belo Horizonte para a Copa das Confederações e Copa do Mundo. Não só pelo acesso melhor ao Mineirão, como também favorece todo o tráfego da região, a Universidade Federal, o aeroporto da Pampulha, o complexo e todos os bairros vizinhos”.

O consórcio das empresas Andrade Gutierrez e Barbosa Melo foi o responsável pela construção dos viadutos, que fazem parte do PAC Mobilidade/Copa e tiveram recursos no valor de R$ 34,5 milhões, disponibilizados pelos governos Federal, estadual e municipal. As desapropriações e remoções, cinco e 88 respectivamente, custaram aproximadamente R$ 18 milhões. As famílias removidas foram indenizadas ou reassentadas em apartamentos do Vila Viva.

Extensões: 132,16 m e 120,42 m (viadutos) e 32,85 m (trincheira)Início: Junho de 2010Término: Novembro de 2011Abertura: Dezembro de 2011Investimento: R$ 34.485.000,00 Desapropriações: R$ 18.000.000,00Recursos: Governo Federal, estadual e PBHEmpresas executoras: Andrade Gutierrez e Barbosa Melo

Viadutos José Alencar

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06

CONFRATERNIZAÇÃO

A diretoria do Sicepot-MG recebeu cerca de 1.200 convidados em sua tradicional confraternização de fim de ano, realizada no dia 1 de dezembro, no Expominas (Gameleira). Entre os convidados, estiveram presentes o governador Anastasia, o prefeito Marcio Lacerda, o presidente da Fiemg Olavo Machado, secretários de Governo, representantes do poder público estadual e municipal e sócios e diretores de empresas da construção pesada mineira.

Na decoração, foram utilizados painéis da campanha de mídia do Sicepot-MG de valorização do trabalhador, com empregados das empresas associadas.

Festa de fim de anodo Sindicato

reuniu mais de mil pessoas

Fuad Noman (Gasmig), Raquel e Alberto Salum, Emir e Maria Helena CadarMarcus Salum, Patrícia

Salum e o governador Antônio Anastasia

A diretoria do Sicepot-MG

Alberto Salum, Luiz Augusto de Barros, o governador Antônio Anastasia e o prefeito Marcio Lacerda

Carlos Melles (Setop), Alberto Salum e o prefeito Marcio Lacerda

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CADASTRAMENTO

A campanha compreendeu um chamado às pessoas interessadas em trabalhar na construção pesada, por meio de cadastramento de candidatos para vagas na construção pesada, no hotsite vagas.sicepot-mg.com.br.

Até o momento, mais de 450 profissionais se inscreveram para possíveis vagas nas empresas associadas. Já são 62 engenheiros, 114 profissionais administrativos, 70 profissionais de cargos de produção, 125 técnicos, entre outras funções. A lista está disponível para as empresas associadas interessadas em contratarem profissionais e pode ser consultada no site do Sicepot-MG.

07

Sucesso da Campanha para trabalhar na

Trabalhadores das empresas asso-ciadas ao Sicepot-MG são os modelos da campanha de valorização do tra-balhador que o Sindicato veiculou de novembro a janeiro nos principais jornais e revistas da cidade. A cam-panha contou, ainda, com um spot para rádio.

“A intenção foi valorizar as pes-soas que trabalham em nossas empresas e que contribuem para o desenvolvimento, além de au-mentar a mão de obra do setor, chamando novas pessoas para trabalharem na construção. Te-mos bons salários médios, cursos de qualificação, progressão na carreira, assis-tência médico-social para a família e segurança do próprio emprego”, explicou o presidente do Sindicato, Alberto Salum.

A campanha retratou as obras de infraestrutura como obras de arte e os trabalhadores como artistas. Foram sete obras e sete trabalhadores da construção retratados. A campanha foi criada pela agência Filadélfia.

MÍDIA

EDSON DE JESUS SANTOSTrabalha na construção pesada

TRABALHE EM UMA EMPRESA DA CONSTRUÇÃO

PESADA. E SEJA AUTOR DAS GRANDES OBRAS DO PAÍS.

TRABALHE COM A GENTE: CADASTRE-SE EM VAGAS.SICEPOT-MG.COM.BR

O SICEPOT-MG VAI LEVAR SEUS DADOS PARA AS MAIORES EMPRESAS DO ESTADO.

A Construção Pesada deixa o país inteiro melhor. Tanto pelas grandes obras, quanto

pelo desenvolvimento e crescimento que elas trazem. Seus trabalhadores são bem

remunerados e tem acesso à saúde, educação e lazer nos canteiros de obra. Trabalhe

na indústria da construção pesada e tenha orgulho de levar o país inteiro adiante.SICEPOT-MG.COM.BR

construção pesada

Ivon Godoy (Seconci-MG), Teodomiro Diniz Camar-gos (Fiemg) e Paulo Safady Simão (CBIC).

Rômulo Rocha, Olavo Machado (Fiemg) e Luiz Fernando Pires (Sinduscon-MG)

Antônio Venâncio, Marcos Delgado, o governador Anastasia, Antônio Nogueira (DER-MG) e José Élcio Monteze (DER-MG)

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Quais são os principais desafios da mobilidade e infraestrutura na Região Metropolitana?

A mobilidade é hoje um problema, não só nas grandes, mas nas médias e pequenas cidades. Nós dobramos o número de veículos, em Belo Horizonte, em 10 anos. Aproximadamente de 700 mil para 1,4 mi, com um pequeno acréscimo na estrutura viária de transporte de massa. Portanto, é um dos objetivos que temos de longo prazo, no sentido de termos, por volta de 2030, 65% da população usando o transporte de massa, sendo que hoje estamos um pouco acima de 50%. Para isso, vamos precisar do BRT, que é o transporte rápido por meio de ônibus, e do metrô, para que assim possamos ter um transporte de qualidade.

Alguma ação prevista além das intervenções que já estão sendo feitas?

O transporte público tem várias projetos em andamento, principalmente o metrô e o BRT, que vão nos permitir ao longo dos próximos anos ter até 1,5 milhão passageiros/dia, com muito boa condição de conforto, segurança e de maior velocidade média. Além disso, temos vários projetos de abertura de novas vias, como a 710, a 210, o Boulevard Arrudas. A cidade pode ter até 350 km de ciclovias. Já concluímos algumas este ano, como a da Savassi, por exemplo. Há uma necessidade de planejamento a longo prazo, no curto prazo é possível soluções básicas. Uma delas é ter os mais de 3000 ônibus da cidade controlados eletronicamente à distância, através de uma central de operações que permitirá informações sobre a velocidade média, se está tudo dentro do horário, como está a ocupação de cada um, se está acima da lotação permitida. Mais controle, mais gerenciamento, mais tecnologia e também mais educação no trânsito e mais rigor na fiscalização.

ENTREVISTA

Em entrevista, o prefeito de Belo Horizonte ressalta as conquistas, obras e o que ainda está por acontecer

MARCIO LACERDA FALA SOBRE OS FEITOS DA CAPITAL

ENTREVISTA

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Como o Sr. avalia o andamento dos projetos de infraestrutura para a Copa do Mundo?

Belo Horizonte é cidade mais adiantada em relação a obras para a Copa do Mundo, isto porque as intervenções que estão sendo feitas na cidade de infraestrutura urbana e mobilidade não foram projetadas e planejadas apenas em função deste evento. Muito antes da cidade ser anunciada como sede do Mundial, algumas destas obras já estavam em andamento e outras contratadas. O Mineirão, que é uma obra do Governo do Estado, está agora na fase final. A cidade de Belo Horizonte é umas das que têm as melhores condições na preparação do Mundial da Fifa.

MOBILIDADE URBANA

COPA DO MUNDO

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09

ENTREVISTA

Alguma solução ou programa mais amplo de recapeamento/pavimentação urbana para Belo Horizonte?

As regionais já vinham, antes do período da chuva, desenvolvendo um amplo programa de recapeamento e pavimentação das ruas e avenidas da cidade. Com a chegada da chuva, este trabalho teve que ser interrompido, mas será retomado com a estiagem. Os contratos com as empresas estão em vigor e atacaremos este problema com muita seriedade e competência, melhorando a pavimentação em todos os bairros da capital.

Como está e o que ainda está previsto no programa Vila Viva?

O Vila Viva hoje é um programa referência para todo o país. Ele é uma intervenção sistêmica muito cara que trabalha a abertura de vias, eliminação de áreas de risco, habitação, saúde, saneamento e segurança. A Prefeitura já investiu mais de R$ 1 bilhão nessas áreas e beneficiou cerca de 20% da população e, com o programa em andamento e concluído, ao final de 2013, teremos beneficiado quase 35% da população de vilas e aglomerados.

Qual será a participação da PBH na despoluição da Lagoa da Pampulha? O que será feito?

A Prefeitura tem um cronograma com metas que foram definidas em conjunto com a prefeitura de Contagem e a Copasa no sentido da realização das principais intervenções, que são urbanização de vilas e controle de ocupações nas margens dos principais córregos que deságuam na represa, entre eles, o Ressaca, Sarandi e Onça. São estes mananciais que levam esgoto e lixo para a Lagoa. As obras estão adiantadas e a previsão para término é julho de 2013. Estão em construção os emissários de esgoto e as estações de tratamento pela Copasa, para que a água chegue à represa com qualidade e não carregada de poluição.

Qual será a participação da PBH na expansão do metrô? Como será o cronograma para as obras (licitações, início e término)?

A presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou, em setembro, em Belo Horizonte, a destinação de investimentos de R$ 3,16 bilhões para a ampliação do metrô da capital mineira e outras intervenções na região metropoitana. Os recursos serão utilizados na implantação e na revitalização de linhas do metrô da cidade, na implantação de terminais metropolitanos em sete municípios da região e na complementação do Complexo da Lagoinha. O investimento total no metrô de Belo Horizonte será de R$ 2,95 bilhões, sendo R$ 1,75 bilhão do Governo Federal, recursos do PAC Mobilidade Grandes Cidades. O Governo do Estado e a Prefeitura de Belo Horizonte articulam a contratação de uma Parceria Público Privada (PPP), que vai proporcionar o investimento de R$ 1,2 bilhão. A linha 1 será contemplada com obras de expansão e modernização, que incluem a construção das estações Novo Eldorado, em Contagem, e Calafate II, para a conexão com a linha 2, além da melhoria dos acessos nas estações em operação. Ao término da obra, a linha 1 terá 30km de via dupla, 20 estações e 32 trens. Também serão implantadas as linhas 2 e 3. Na linha 2, será implementado o trecho Barreiro/Calafate II, com 10 quilômetros de via, cinco estações e sete trens. Já na linha 3, será construído o trecho Savassi/Lagoinha, que terá 4,5 quilômetros de via, cinco estações e cinco trens. Com os investimentos, a capacidade de atendimento do metrô será ampliada de 170 mil para 850 mil passageiros.

A crise afetou arrecadação e orçamento da PBH?Estamos com as finanças em ordem. Vamos concluir o ano com

superávit e estamos pagando as contas todas em dia. Também pagamos o 13º em dia. Não há nenhuma dificuldade. Naturalmente, não sabemos como vai ser o comportamento da economia, da arrecadação no próximo ano. Mas, o nosso programa de investimentos continua.

O que o Sr. conseguiu fazer e o que ainda falta neste final de governo?

Temos muito a comemorar nestes três anos à frente da Prefeitura. Tivemos a aprovação de leis importantes que vão disciplinar o crescimento e o ordenamento da cidade, o respeito aos espaços públicos nos próximos anos, como o Plano Diretor, a Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Posturas, Código de Edificações, uma nova estrutura de fiscalização integrada da Prefeitura. Isso vai permitir um maior controle sobre o uso do espaço urbano, sobre a verticalização, sobre o respeito às áreas verdes, que vai melhorar a qualidade de vida na cidade. Belo Horizonte é uma cidade jovem e com muitas conquistas. Temos muito ainda a resolver, mas com planejamento, discussão e participação, pudemos diagnosticar os problemas e fazer planos sustentáveis pra que eles sejam bem resolvidos. Temos que comemorar principalmente a consolidação de Belo Horizonte como uma cidade de boa qualidade de vida e de pessoas acolhedoras, que estão sempre interessadas no avanço dessa qualidade, porque não querem se mudar daqui. E nós queremos uma cidade cada vez melhor para nós, para nossos filhos e netos.

Quais recursos e programas estão assegurados para este ano?

O nosso Orçamento para 2012 é estimado em cerca de R$ 8,6 bilhões, que serão aplicados em diversas obras, programas e ações, além das despesas com manutenção, custeio e pessoal, naturalmente. É um valor composto por recursos próprios, transferências e financiamentos estaduais, federais e internacionais. Com esses recursos, vamos dar continuidade aos nossos programas e garantir o cumprimento de tudo o que propomos no nosso planejamento, o BH Metas e Resultados. Entre as ações, estão, por exemplo, a construção do Hospital Metropolitano, no Barreiro, que terá 240 leitos e vai ampliar o atendimento médico na Grande BH. Ainda na área da saúde, queremos chegar a 48 Academias da Cidade em funcionamento este ano. Na Educação, a meta é construir mais 32 Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs) e levar o programa Escola Integrada, que hoje atende 48 mil alunos, a 65 mil estudantes. Na infraestrutura, prevemos a implantação do BRT nas avenidas Antônio Carlos/ Pedro I e Cristiano Machado até 2012, assim como o Boulevard Arrudas, no trecho Carijós/Coração Eucarístico e o início da ampliação do metrô, em parceria com o Governo Federal e Governo do Estado. Avançaremos também na preparação da cidade para a Copa de 2014, com alguns desses projetos, inclusive. São só alguns exemplos de obras e programas previstos para serem executados em 2012, que fazem parte do nosso planejamento, elaborado com transparência e respeito ao dinheiro público.

INFRAESTRUTURA URBANA

METRÔ

2012

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UM GUIA SOBRE AS MELHORES FORMAS DE COMPRA

10

Adquirir equipamentos e máquinas para as empresas da construção não é uma tarefa simples. Vários passos e procedimentos, além de sugestões de profissionais, podem proporcionar melhor aproveitamento das máquinas e também do investimento. Com esse objetivo, a Comissão de Equipamentos do Sicepot-MG está reeditando o guia Procedimento de Compra de Equipamentos e Caminhões, que deverá estar pronto em maio deste ano.A primeira versão foi escrita nos anos 80 e a última, refeita em 1999. O coordenador da Comissão, Marcílio Marques, explica a necessidade da republicação do material: “O dinheiro voltou a surgir com o Plano Real e a baixa inflação. A Comissão sentiu-se no dever de refazer o manual, com essa nova realidade econômico-financeira”. Marques também explica que a releitura não está sendo simples, já que as duas versões anteriores ficaram bastante desatualizadas, devido ao novo cenário. O guia ajudará na seleção do equipamento mais adequado para os objetivos da empresa, levantando questões como versatilidade, capacidade ou fabricantes. As principais modificações do manual serão feitas principalmente na área de negociações. O consultor alerta que as empresas devem ficar atentas aos itens referentes às garantias, treinamentos e acordos dos tipos de manutenção aplicável. Se antes só comprava-se o equipamento, hoje, a manutenção já vem inclusa. Os capítulos do guia – Análise da viabilidade econômica, Dimensionamento, Seleção de fabricantes, Negociação e Conclusão – foram divididos entre os participantes da Comissão para serem avaliados e reescritos. Depois, todo o material será avaliado e levado para a discussão do grupo.

ATUAÇÃO

ENTREVISTACOMISSÕES DE TRABALHO

EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS:

A Comissão de Equipamentos do Sicepot-MG é composta por engenheiros e técnicos responsáveis pela manutenção e suprimentos das empresas da construção pesada, sendo o grupo de trabalho mais antigo do Sindicato. Organiza, durante todo o ano, eventos e atividades abertos não só para seus integrantes, como para todos os associados. A Comissão surgiu durante o Plano Cruzado, para discutir estratégias para as empresas de como se portar diante das frequentes oscilações de custos dos insumos da construção pesada no mercado. A partir daí, um grupo de integrantes das empresas associadas elaborou uma planilha única de custos de material da construção e peças de manutenção de equipamentos, para que o mercado se adequasse aos preços médios. Deste então, o grupo se manteve atuando em outras questões do setor.As reuniões acontecem nas primeiras terças-feiras de todo mês e não mais às segundas. Porém, os eventos continuam às segundas-feiras, devido ao deslocamento das pessoas que trabalham em outros municípios e vêm para Belo Horizonte nos finais de semana. Para mais informações sobre a Comissão de Equipamentos o telefone é (31) 2121-0441 ou email para [email protected].

BETO CIPOEIRO

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NOVA SEDE

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DIRETORIA DO SICEPOT-MG

A diretoria do Sicepot-MG visitou, no dia 9 de dezembro, as obras da nova sede do Sindicato (Av. Barão Homem de Melo, 3.000). Os diretores acompanharam o progresso da obra, que já teve toda a primeira etapa de terraplenagem finalizada.

O engenheiro da obra, Gilberto de Castro Martins Vieira, conta que, apesar das fortes chuvas em Belo Horizonte du-rante o mês de dezembro e início de janeiro, a obra não parou e seguiu normalmente. Já foram concluídas as fundações (blocos e cintas) e os retangulões de contenção da periferia. Agora, está sendo feita a concretagem dos primeiros pilares do segundo subsolo.

A nova sede do Sicepot-MG está sendo construída pela EPO Construções e tem um prazo de dois anos para sua execução.

VISITA OBRAS DA NOVA SEDE

Localização: Av. Barão Homem de Melo, 3.000 – EstorilÁrea construída: 15 mil m²Auditório: 278 lugaresDois anfiteatros: 78 e 85 lugaresEstacionamento: 353 lugaresPavimentos: 6 pavimentos ( 3 estacionamentos, foyer, diretoria e operacional)

NOVA SEDE DO SICEPOT-MG

UMO NA NOVA SEDE

A Unidade Móvel Odontológica (UMO) prestou atendimento odontológico aos funcionários da EPO na obra da nova sede. O projeto teve início em 2009, com recursos do Sicepot-MG e Sinduscon-MG, quando o Seconci-MG adquiriu uma UMO e deu início ao atendimento odontológico itinerante. Hoje, são duas unidades que prestam atendimento com hora marcada nos canteiros de obra das empresas associadas dos dois Sindicatos. A empresa interessada em contar com o serviço da UMO deve ter no mínimo 30 funcionários cadastrados no Seconci-MG e reunir as condições necessárias para instalação e funcionamento do trailer. Informações e solicitações pelo e-mail: [email protected].

BETO CIPOEIRO

DIVULGAÇÃO EPO/GILBERTO VIEIRA

Funcionário da EPO é atendido na UMO

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O VALOR DA NOSSA GENTE

a mulher que constróiRAFAELA FERREIRA,

Há pouco mais de seis meses, passando por uma construção, ela observou que havia mulheres trabalhando na obra e ficou curio-sa para saber o que elas faziam lá. Bateu na porta para procurar emprego. Um dia a oportunidade surgiu e, desde então, Rafaela Ferreira da Silva (21 anos), vem trabalhando na Petrel, empresa associada ao SICEPOT-MG.

A servente peneira areia, carrega blocos e sacos de cimento, auxilia os pedreiros e faz rejunte e assentamento. Rafaela - que não

tinha qualquer experiência no setor - aprendeu, gosta do que faz e afirma que a profissão de hoje é melhor e menos estressante do que o cargo de operadora de telemarketing que tinha anteriormente. Em seis meses de trabalho, já está na sua terceira obra. Dentro de um mês, quando essa terminar, ela parte para outra obra, localizada no Bairro Goiânia, região Nordeste da capital.

Rafaela garante que o tratamento é igual para todos no canteiro, sem diferenciações: “Aqui todos nos tratam como igual, só brincam que se fosse a mulher deles, não estaria trabalhando em obra”. Rafaela conta que o preconceito por ser mulher na construção vem mais de fora do que de dentro. Da família, só teve apoio inicialmente do pai, ex-pedreiro. O restante da família e o namorado só vieram a se acostumar com o trabalho dela depois.

Rafaela é uma das seis profissionais femininas na obra do Centro Poliesportivo, no Bairro Dom Bosco (região noroeste de BH), que conta com 25 funcionários ao todo. O engenheiro da obra, Felipe Costa, explica que é comum funcionárias mulheres nas obras da Petrel e diz que o trabalho é diferenciado: “Para a limpeza e os acabamentos, a mulher é mais caprichosa, mais observadora e detalhista”.

Em janeiro deste ano, Rafaela começou a fazer o Curso de Aprendizagem Assistente Administrativo de Obras, ofe-recido pelo Sicepot-MG, em parceria com o Senai, que busca disponibilizar para o setor profissionais treinados não só em rotinas administrativas, mas principalmente nas atividades operacionais. “Gosto do trabalho como servente, mas quero crescer dentro do setor, pois pretendo permanecer trabalhando na construção”, conclui orgulhosa.

“Aqui todos nos tratam como igual, só brin-cam que se fosse a mulher deles, não estaria trabalhando em obra”.

com a mão na massa

GUALTER NAVES

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Os compromissos sociais do Grupo Sant’anna

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DIVULGAÇÃO SANT’ANNA

Com uma série de ações de responsabilidade social simples, porém eficientes, o Grupo Sant’anna vem fazendo sua parte para ajudar pessoas carentes e instituições do terceiro setor.

Em parceria com o setor de Recursos Humanos, o Escritório de Projetos e Qualidade (EPeQ), é o setor responsável por cuidar do Programa de Responsabilidade Social do Grupo. Para garantir que as ações estejam alinhadas com os valores da empresa – respeito, honestidade, responsabilidade, comprometimento, solidariedade e lealdade – foram criados os Guardiões do Pro-grama, colaboradores da empresa, voluntários ou indicados pelos colegas. “Os guardiões formam o comitê responsável pelas ações. Eles são o ponto de referência das pessoas aqui dentro, caso algum dos valores esteja sendo desrespeitado”, explica Paulo André Avelino, Líder de Projetos.

A empresa é parceira antiga da Divina Providência, ajudando em várias ações do Lar e da Cidade do Meninos.

Os objetivos do milênio, definidos em 2000 pela ONU, como os maiores gargalos da humanidade, também nortearam algumas das ações da empresa, como as blitz periódicas contra o mosquito Aedes Aegypti nas instalações da empresa, as campanhas de prevenção e conscientização da AIDS e as atividades da Sema-na do Meio Ambiente, que abordam questões como a gestão dos resíduos, o combate à poluição, o consumo consciente e o melhor uso da água e energia.

Em 2008, a empresa realizou a 1ª Olimpíada Social, com provas que incluíram ações de voluntariado para os empregados, que foram divididos em equipes para completar as provas. Paulo conta que apesar de não terem planos para realizar outra Olimpíada, eles mantiveram muitas das atividades durante o ano, como o Bazar Social, um sucesso entre os funcionários.

“O espírito do Bazar Social é facilitar a troca de produtos e mobilizar as pessoas para a economia solidária. O que não serve mais para um, pode ser muito útil para outra pessoa”, explica Paulo. O Bazar acontece no Mês Social, sempre em dezembro, devido ao Dia do Voluntariado. Os Guardiões recolhem os objetos doados pelos funcionários e estipulam um preço simbólico para a venda. A renda do bazar é revertida para uma instituição, que pode ser sugerida pelos próprios funcionários.

O programa de Responsabilidade Social foi implantado em

2008 na empresa, revendo e compondo, de forma participa-tiva, toda a filosofia corporativa e o código de ética. A partir de 2009, o programa foi incorporado ao Programa Sou Mais Sant’anna, um programa do Sistema de Gestão da Qualidade baseado no 5S, existente desde 2001. Em novembro do ano passado, a Sant’anna lançou o blog Sant’anna Social, com os principais eventos e atualidades da área. Para conhecer mais o trabalho de responsabilidade social da empresa, acesse santannarse.blogspot.com.

Divulgue as ações de responsabilidade social e ambiental da sua empresa. Mande email para [email protected] ou no telefone (31) 2121-0437.

Bazar Social e os Guardiões do projeto de RSE

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O perigo do tabelamento de preços

BDI

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discute BDIGRUPO DE TRABALHO

Questões relativas aos BDIs estabelecidos no Acórdão 2369/2011 do TCU estão sendo discutidas por um grupo de trabalho formado por representantes da COP/CBIC. Dois técnicos fazem parte do grupo: Maçaicho Tisaka (ex-presidente do Instituto de Engenharia) e Jurandir dos Santos Alves da Silva, representante do Sicepot-MG, único sindicato ligado à Construção Pesada participante do grupo.

O Acórdão 325/2007 introduziu uma série de conceitos que passaram a ser seguidos na composição de preços de obras de infraestrutura. Entretanto, este Acórdão possui algumas particularidades e faz uma abordagem conceitual específica, por estabelecer regras para redes de transmissão de energia elétrica, além de apresentar alguns desvios de sua formatação matemática.

O Acórdão 2369/2011 veio, portanto, introduzir uma nova metodologia para diferentes tipos de obras – esta-beleceu critérios e parâmetros para obras de edificações e reforma, hídricas (irrigação e canais; saneamento básico; adutoras e estações), portuárias, aeroportuárias (pátios e pistas; terminal de passageiros) e fornecimento de materiais e equipamentos. No entendimento do setor, esse Acórdão também possui desvios conceituais e ma-temáticos de origem, os quais precisam ser alinhados para que, efetivamente, representem com aproximação adequada os BDIs aplicáveis a cada tipo de obra. O TCU estabeleceu o prazo de 180 dias para discussões sobre este Acórdão.

Em 21 de novembro, a CBIC reuniu-se com o ministro Benjamin Zymler e recebeu o convite para que o segmento da construção fosse ouvido. Formou-se, então, o grupo de trabalho que irá discutir e fazer considerações sobre o Acórdão 2369.

A primeira reunião entre o grupo de discussão e o TCU aconteceu no dia 19/12, em Brasília, quando foram apresentadas as considerações sobre o Acórdão. Outras reuniões de trabalho estão agendadas a partir de feverei-ro/2012, cujo objetivo é alinhar os conceitos e números oriundos do referido Acórdão.

O Prof. Maçaicho Tisaka apresenta, no artigo a seguir os principais tópicos que deverão ser objeto de discussão e alinhamento entre o TCU e o setor da construção.

O TCU vem realizando, desde 2005, algumas tentativas

de propor critérios de aceitabilidade para o Lucro e Despesas

Indiretas (acórdão 1.566/05), especificamente para obras

de implantação de linhas de transmissão de energia elétrica.

Para isso, em março de 2006, constituiu um grupo de trabalho

formado por três analistas de controle externo e, com base

nas conclusões desse grupo, foi apresentado um relatório

que resultou na aprovação do famigerado acórdão 325/07

– Plenário.

Recentemente (em setembro de 2011), o TCU, por meio

do acórdão nº 2369/11 – Plenário, constituiu um novo grupo

interdisciplinar de trabalho, determinando que no prazo de 180

dias fosse efetuada uma análise pormenorizada do assunto,

utilizando critérios contábeis e estatísticos. Enquanto isso,

o TCU já considerou como válidos os parâmetros de taxas

contidos no item 9.2 do acórdão 325/07 e as propostas de

valores referenciais para as taxas de BDI específicas para

cada tipo e porte do empreendimento, conforme tabelas

anexadas ao acórdão.

Essas tabelas estabelecem taxas inversamente

proporcionais aos valores de R$ 0,0 (zero) até acima de R$

150 milhões de custos diretos para as taxas de Administração

Central e de Lucro para todas as modalidades de construção.

Ainda, estabelecem valores máximos das taxas de BDI de

até 23,0% para obras de grande porte, e de até 31,90% para

obras de pequeno porte, todos eles baseados nos critérios

referenciais estabelecidos no acórdão nº 325/07.

Embora haja nessas tabelas erros elementares de cálculo

A fixação e taxas referenciais rígidas para o BDI pode se tornar origem de muitas irregularidades na construção

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e de conceito, há dois pontos cruciais na avaliação do tabelamento

e que lanço ao debate: 1) a validade dos materiais-base, ou seja, das

fontes de consulta que nortearam os cálculos do TCU e 2) a validade

e os métodos para o estabelecimento de taxas referenciais.

1) Fontes de Consulta

Para elaboração dos percentuais mínimos e máximos de BDI, o TCU

afirma ter se baseado em editais e contratos administrativos firmados

pela Administração Pública, incluindo a Caixa Econômica Federal e o

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, entre outros.

Porém, qualquer pesquisa que se faça no âmbito do Governo Federal

nestes últimos quatro ou cindo anos sobre as taxas praticadas nos

seus diversos órgãos é, no mínimo, contestável, haja vista que essas

taxas sofreram decisivas influências dos limites estabelecidos pelo

acórdão nº 325 do TCU e não se prestam para uma análise técnica,

com o objetivo de estabelecer novas referências.

O estudo dessas taxas não pode ser resultado de pesquisas de

opinião coletadas por meio de consultas às práticas do mercado,

pois estas se acham contaminadas pelas imposições institucionais,

baseadas em limites fora da realidade ou por interesses mal-explicados

de órgãos licitantes que estabelecem taxas arbitrárias sem qualquer

comprovação técnica ou econômica.

Cito, como exemplo, um estudo do eng. Araújo Júnior, técnico de

controle externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro,

que fez uma varredura na bibliografia existente, elencando dados de

sete entidades e especialistas no assunto, tendo anotado diferentes

taxas na sequência: 5% a 7,5%; 4%; 6%; 1%; 5,31%; 1% a 2%; 3,5%.

Porém, nenhuma destas taxas foi baseada em demonstrações técnicas

responsáveis, sendo apenas simples estimativas ou opiniões pessoais

de cada um – conclusões que não podem ser toleradas e aceitas como

prática de boa engenharia.

Sobre as taxas arbitrárias, dou o exemplo do Estado de São Paulo,

quando no início da década de 90, a maioria dos órgãos públicos

estaduais praticava taxas do BDI em torno de 40%. Na medida em

que novos governantes foram sendo eleitos, essas taxas do BDI

foram baixando gradativamente até chegarem no início da década

de 2000 à taxa da ordem de 22% para os mesmos órgãos licitantes,

sem qualquer justificativa técnica.

Para se chegar a essa redução, as taxas dos componentes do

BDI, sobretudo as referentes à administração central, tiveram que

ser manipuladas e, infelizmente, se tornaram paradigma para outros

Estados e órgãos do País inteiro.

2) Da validade da fixação de tabelas

Causa profunda estranheza o estabelecimento de tabelas para as

taxas de lucro inversamente proporcionais ao valor de faturamento,

quando se sabe que no Brasil pratica-se a livre economia de mercado.

O “tabelamento” do lucro é inaceitável, ainda mais numa atividade

de alto risco como é a construção civil. Não existe na legislação

brasileira lei ou norma estabelecendo qualquer disciplina ou limites

com relação à fixação de um percentual de lucro legítimo buscado

pelos empreendedores.

Ainda assim, a intenção de estabelecer taxas referenciais não pode

ser condenada, desde que seja suficientemente flexível para respeitar

o porte e as peculiaridades de cada tipo de construção e que seja feita

de acordo com a utilização dos conceitos de engenharia de custos e

com estrita obediência à legislação vigente e regras do mercado. O

problema é que esses cuidados essenciais não se observam na forma

como essas taxas referenciais foram definidas e propostas no acórdão

nº 2369/11 Plenário, do TCU.

A engenharia econômica e de custos proporciona duas formas

de calcular com razoável precisão as taxas de administração central:

uma, é direta, feita por meio da contabilidade, em que se consideram

as despesas operacionais (com as inclusões e exclusões determinadas

pela legislação tributária) do último exercício ou média de vários

exercícios anteriores, dividindo-as pelo faturamento bruto nos mesmos

exercícios contábeis.

A outra se refere ao cálculo do rateio por meio do uso de uma fórmula

da engenharia de custos, em que se considera no numerador: despesa

mensal da administração central, faturamento mensal da obra em

estudo e prazo da obra em meses; e no denominador: o faturamento

mensal da administração central e o custo direto da obra em licitação.

Dentro desses critérios técnicos, conforme estudo realizado

pelo Instituto de Engenharia, a partir da Norma Técnica 001/2011

– Elaboração de Orçamento de Obras de Construção Civil, o rateio da

taxa de Administração Central está situado entre 8,0% para obras de

grande porte e até 15% para obras de pequeno porte.

Como se demonstra no estudo, a justificativa de que cada empresa

mantém diferentes níveis de estruturas de administração da sede não é

motivo para que não se possa estabelecer critérios de avaliação média

para empresas que tratam de determinadas classes e portes de obras

e daí extrair uma taxa média aplicável nos orçamentos estimativos

das licitações públicas.

O estabelecimento de regras rígidas, inflexíveis, sem levar em

conta a realidade de cada obra, porém, corresponde a uma espécie de

tabelamento de preços, de triste memória dos brasileiros, quando o

mercado começou a praticar ágios de tudo quanto é tipo para compensar

as distorções provocadas pelo próprio tabelamento. Esse tipo de

iniciativa pode, portanto, abrir um campo fértil para o aumento das

irregularidades e prática da corrupção como uma forma de contornar

os referenciais fora da realidade do mercado.

ARTIGO

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www.sicepot-mg.com.br | [email protected]

Fone.: 31. 2121.0400

Janeiro de 2012

Nova Sedeem evolução

DIVULGAÇÃO SICEPOT-MG/EPO