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ANO 70 - NQ719 - 2002

~~~QUíMICA INDUSTRIAL

-- -

íNDICE

. ABQ - 80 Anos de Química 6

. XLII Congresso Brasileiro de Química 10

. Principais características do polibutadieno

alto eis produzido pela tecnologia de

neodímio 15

SEÇÕES

ACO NTECEN DO 3

EMPRESAS 22

PROCESSOS, PRODUTOS,

SERVIÇOS . 25AGENDA 28

Impresso em agosto 2002

CapaCortesia: ABO - Regional do Rio de JaneiroMontagem: José S. 1. Coutinho

2 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002

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Álcool Etílico, o vilão dossupermercados

A partir de agosto será proibido a vendade álcool etílico líquido em supermer-cados. Segundo o Ministério da Saú-de, a Portaria que trata do assunto tempor objetivo diminuir o elevado índi-ce de queimaduras em crianças, bemcomo reduzir os riscos de incêndios.A empresa brasileira Lipoline e amultinacional Reckítt Benckiser (RB)estão bastante otimistas com os fu-turos negócios, pois ambas já fabri-cam o álcool-gel no Brasil. A Lipolineproduz hoje cerda de 1000 t. de álco-ol-gel por mês, exporta 40% para aEuropa, 40% para a Ásia, EUA e ou-tros países e o mercado interno ficacom 20%.Segundo Eduardo Carvalho, presidenteda União Agroindústria Canavieira(Única), a indústria alcooleira não vaiperder mercado com a portaria, umavez que a produção anual de álcool éde 12 bilhões de litros enquanto queapenas 1% é destinado a produção deálcool líquido para uso residencial,(J220202B)

FAPERJ - PETROFLEX -UERJ

Uma parceria que prometedar frutos

No dia 17 de dezembro de 2001, ás16,00h, foi inaugurado, no Instituto deQuímica (IQ) da Universidade do Es-tado do Rio de Janeiro (UERJ) a Plantade Polimerização do Laboratório deSíntese de Polímeros.

O projeto foi patrocinado pela Funda-ção Carlos Chagas Filho de Amparo àPesquisa do Estado do Rio de Janei-ro- FAPERJ, pela Petroflex Indústria eComércio S.A e pela Universidade do -

Estado do Rio de Janeiro-UERJ. O

projeto tem como objetivo o "Desen-- volvimento de catalisadores à base de

neodímio para a produção depolibutadieno com alto teor de unida-des 1, 4-cis".~Participam do projeto o Grupo dePolímeros do IQ/UERJ, duas alunasde Mestrado do IMA/UFRJ e uma bol-sista de Pós-Doutorado (UERJ / CNPq),coordenados pela Professora FernandaM.B.Coutinho.O Grupo de Polímeros do IQ/UERJ é

constituído pelos seguintes professo-res: Femanda M.B. Coutinho, Marcos A.S. Costa, Luiz Claudio de Santa Mana,Cristina R. G. Furtado, Márcia C.A.Moreira Leite, Pedra lvo C. Guimarães,Ayres Guimarães Dias, Mônica M.P.Aguiar e Mansa C.G. RochaO coquetel de inauguração foi patro-cinado pela Petroflex e contou com osseguintes convidados: Profa. NilcéaFreire (Reitora da UFRJ), Dr. FernandoPeregrino (FAPERJ), Prof. Nival Nunes(Diretor do Centro de Tecnologia e Ci-ências - CTC / UERJ, Profa. Maria

Eugenia (Assessora do Diretor do CTC /UERJ), Prof. Antonio Carlos Moreira.da Rocha (Diretor do IQ/UERJ), Prof.Ivo Costa (Vice-Diretor do IQ/UERJ),Dr. Isaac Plachta (PETROFLEX), Dr.Georg Michael Lennart Weinberg(PETROFLEX), Dr. Paulo Coutinho(PETROFLEX), Dra. Neusa M.Tocchetto Pires (PETROFLEX). Alémdesses convidados estavam presentestodo o Grupo de Polímeros e vários pro-fessores do IQ/UERJ.

Pólo gás-químico

Com previsão de investimentos da ordemde U$ 1 bilhão, os govemos do Brasil eda Bolívia, estudam a possibilidade deinstalação de um pólo gás-químico naBolívia, ou na fronteira entre os doispaíses. Uma comissão mista foi criadapara os estudos em questão e a idéia dogoverno é a de que a Petrobrás e aOdebrecht liderem a construção da plantaindustrial.O assunto aínda vai ser tratado com a

empresa baiana uma vez que a mesmamanifestou interesse no investimento,antes de adquirir o controle acionário daCompanhia Petroquímica doNordeste(COPENE). (J21O202B).

o amianto está com os

dias contados

O Brasil, o quarto maior produtormL[ndial e exportador de amiantocrisotila, será bastante prejudicadocom as novas recomendaçõés queserão propostas pela Organização daNações Unidas no que diz respeito aocomércio de todas as formas de ami-anto.

A idéia é deixar a cargo do país a de-cisão de autorizar ou não a importa-

ção deste material, sem violar as re-gras comerciais internacionais.O comitê de especialistas reunidospela Organização das Nações Unidaspara o Meio Ambiente sugere ainda ainclusão de quatro outros produtosque devem ter também o comércio con-trolado. São os monocrotophos, granoxTBC, spinox Te DNOC, todos altamen-te tóxicos. A lista original da Conven-ção de Roterdam sobre produtos pe-rigosos já conta com 22 pesticidas e5 produtos químicos industriais.(J220202).

Ocean Energy inicia suasoperações no Brasil

A Ocean Energy Ltda., subsidiária daOcean Energy Inc. está realizandooperações de exploração de petróleoem dois blocos, em águas profundas,na costa do Brasil. As concessões fo-ram obtidas na terceira rodada da li-

citação da Agência Nacional de Petró-leo, que ocorreu em junho de 200l.A companhia já iniciou as atividadesexploratórias em seus dois blocos. AOcean opera e detém 65% de partici-pação no Bloco BM-C-15, na Bacia deCampos e participa com 20% no Blo-co BM-S-22, na mesma Bacia. A Oceanestá programando perfurar pelo menosum poço em 2003.Murilo Marroquim foi nomeado gerentegeral da Ocean Energy Ltda. e dirige oescritório da empresa no Rio de Ja-neiro.Além do Brasil, a Ocean atua na ex-ploração, desenvolvimento e produçãode petróleo e gás natural nos EstadosUnidos, Guiné Equatorial, Angola,Costa do Marfim, Egito, RepúblicaRussa do Tatarstan, Paquistão eIndonésia. (PR).

Agência Brasil de Seguran-ça (ABS) premiou empre-

sas do setor químico

A Agência Brasil de Segurança(ABS),de São Paulo, entidade sem fins lu-crativos que visa promover ações desegurança e saúde no trabalho, pre-venção de incêndios, preservação domeio ambiente e segurança empresa-rial e no trânsito, premiou em novembrode 2001 a OPP Química (Paraná), a

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 719 - 2002 - 3

Alunorte (Pará), a Carboindustrial (Es-pírito Santo) e Cia. Industrial Igarassu(Pernanbuco), por promoverem açõespreventivas implantadas nos setoresoperacionais; obtendo resultados sig-nificativos no ano de 2000 no comba-te aos acidentes e doenças do traba~lho.

O Prêmio ABS de Segurança e Saúde, criado em 1999, recebeu este ano, emsua terceira edição, a inscrição de 100empresas de diversos setores da eco-nomia, em todo o território nacional,que promoveram redução significati-va dessas ocorrências através de seusprogramas de melhorias que tornaramo local de trabalho mais saudável eprodutivo.A importáncia do evento é grande di-ante dos dados divulgados pelo Minis-tério do Trabalho sobre acidentes detrabalho no País. No ano de 2000, emum universo de 27 milhões de traba-lhadores, foram registrados 343 mil aci-dentes. Esses acidentes provocamprejuízos que chegam a R$ 20 bilhões

em indenizações por ano. (PR).

Câmara de ComércioFrança-Brasil cria Comis-

são de Meio Ambiente

Troca de informações e atualização deassuntos relacionados ao meio ambi-ente, são alguns dos objetivos da Co-missão de Meio Ambiente da Cámara

de Comércio França-Brasil (CCFB).Essa

Comissão foi criada no mês de marçoe já conta com a participação de cer-ca de 20 empresas associadas e nãoassociadas á entidade, como indústri-as, bancos, seguradoras, além da par-ticipação do Ministério Público, órgãosambientais, legisladores, juízes, con-sultores técnicos e jurídicos, entre ou-tros. "Este é um momento oportunopara que as pessoas e empresas in-teressadas em meio ambiente possamse reunir para trocar experiências nestecampo, tendo em vista as novas ten-dências de mercado e a revisáo, naesfera internacional, das políticasambientais (in) existentes", comentouo coordenador da Comissão, o doutorFernando Tabet, referindo-se ao even-to Ri~+10, que acontecerá emJohannesburgo, África do Sul, no se-gundo semestre de 2002.

4 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002

A CCFB reúne cerca de 700 empresasno Brasil, que empregam 150 mil fun-cionários e faturam aproximadamen-te US$ 25 bilhões por ano. Na Fran-ça, a CCFB é membro da União de Cá-maras Francesas de Comércio e Indús-tria no Exterior e trabalha em colabo-ração com as cámaras de comércio eindústrias locais. A CCFB integra, ain-da, o Conselho de Cámaras de Comér-

cio da União Européia. (PR).

Fundação CasemiroMontenegro Filho promo-

ve seminário

A Fundação Casemiro Montenegro Fi-lho (FCMF), instituição privada e semfins lucrativos voltada ao apoio à pes-quisa e desenvolvimento de projetosde tecnologia avançada, promoveu emabril deste ano, o seminário interna-cional sobre" A ALCA e o impacto nodesenvolvimento tecnológico brasilei-ro".

O evento que aconteceu em São Paulo,reuniu especialistas nacionais e in-ternacionais para debater com empre-sários, executivos e pesquisadores detodos os setores da economia nacio-nal os efeitos da ALCA sobre a indús-

tria e o desenvolvimento tecnológicoindustrial do País. De acordo comJerõnimo de Souza, diretor-presiden-te da FCMF, o objetivo desse semi-nário é gerar um documento para oGoverno, contendo sugestões a se-rem adotadas para o desenvolvimen-to e fixação da tecnologia brasileira.O seminário terá o economista bra-sileiro José Alexandre Scheinkman,um dos especialistas de maior expres-são no meio acadêmico internacional(professor doutor em economia atu-ando nos Estados Unidos, Europa eBrasil), que abordou "A inserção doBrasil na economia globalizada".Criada em 1990 pela Associação dosEngenheiros do Instituto Tecnológicoda Aeronáutica para atenderprioritariamente ao ITA, a FCMF, queé credenciada pelos Ministérios daEducação e da Ciência e Tecnologiacomo Fundação de Apoio à pesquisae desenvolvimento tecnológico, seespecializou em unir empresas e uni-versidades na solução de necessida-des e exigências tecnológicas do se-tor produtivo. (PR).

Investimentos em moder-nização rendem prêmio à

Fosfertil Ultrafertil

Por investir na verticalização de seusprocessos industriais e na moderni-zação tecnológica e operacional, aFosfertil Ultrafertil foi contempladacom o "Prêmio de Excelência da Indús-tria Mineral e Metalúrgica".A premiação, anual; é concedida pelarevista "Minérios & Minerales" àsempresas do setor que, por sua ousa-dia e determinação, se destacaram pelaincorporação e aporte de tecnologias,pelo desenvolvimento de novos produ-tos e mercados e por contribuições aomeio ambiente e à sociedade, repre-sentada pelas comunidades onde es-tão inseridas.

A Fosfertil Ultrafertil é uma organiza-ção direcionada aos negócios de fer-tilizantes, produtos químicos e pres-tação de serviços de logística. Possuiunidades produtivas nos estados deSão Paulo, Minas Gerais, Paraná e

Goiás. (PR).

o Brasil está fabricandofibra ótica

A Draktel, empresa brasileira, resul-tante da joint-venture entre aMastercom e a holandesa Draka, co-meçou a operar sua fábrica de fibrasóticas, instalada em Sorocaba, SãoPaulo. Com investimentos de R$ 40milhões em sua fase inicial e finan-ciamento do BNDES e do banco euro-peu EIB, a fábrica inicia com uma pro-dução de 600 mil quilômetros de fibraótica por ano.O processo utilizado será o PCVD, "Plasma-Actived Chemical VapourDeposition", desenvolvido pela Draka.A fibra ótica da Draktel equipará os ca-bos óticos largamente utilizados emtelecomunicações.A empresa é a primeira de origem bra-sileira a produzir fibra no Brasil e deverácontribuir para a redução da importa-ção deste produto.(PR).

Abetre propõe elaboraçãode inventário sobre resí-

duos industriais

Associação Brasileira de Empresas de

Tratamento, Recuperação e Deposiçãode Resíduos Especiais (ABETRE) pro-põe a criação de um inventário sobreresíduos industriais, junto aos órgãoscompetentes, que abranja todos os es-tados brasileiros. O Conselho Nacio-

nal de Meio Ambiente (Conama) pos-sui uma resolução datada de 1988, emque os estados são obrigados aimplementar um inventário de resídu-os.

Em função disso, o Ministério do MeioAmbiente está elaborando, com osórgãos de fiscalização, o inventário Na-cional de Resíduos. Contudo, apenasalguns estados estão participandodesta primeira fase: Ceará, EspíritoSanto, Mato Grosso, Minas Gerais,Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro eRio Grande do Sul. A previsão paratérmino do estudo será em 2004.

A Abetre, fundada em 1998, tem porobjetivo representar as empresas as-sociadas diante das indústrias, soci-edade e de órgãos públicos e não-go-vernamentais, além de promover e es-timular o constante aperfeiçoamentodas tecnologias aplicadas nos proces-sos, a conscientização ambiental ecolaborar para a padronização de nor-mas reguladoras. Atualmente, a enti-dade reúne companhias que gerenciame tratam de maneira segura os resí-duos industriais. (PR).

Bambu e palha de arroz naconstrução civil

Bambu, palha de arroz e serragemestão entre os resíduos vegetais quepodem ser utilizados na construçãocivil. O material, conhecido como"compósito vegetal", foi tema de apre-sentação do professor AntonioLudovico Beraldo, no "PrimeiroSimpósio e Exposição InternacionalSobre Meio Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentável em MunicípiosIndustriaís", que aconteceu emPaulínia, São Paulo, nos dias 20 a 23de maio último.

O "compósito vegetal", une as quali-dades do cimento com as da madeirae, segundo o professor, o material pesaquase um terço do concreto, é durá-vel, resistente a água e ao fogo, alémde ser um excelente isolante térmico

e acústico. Vale lembrar que o"compósito" de cimento/madeira nãoutiliza a pedra britada e, portanto, é

renovável e ecologicamente correto.O material pode ter inúmeras aplica-ções na construção civil, entre elas afabricação de blocos para a constru-ção dé casas e edificações (urbanas oururais), bloquetes para pavimentaçãode calçadas e pisos, placas para pa-redes e muros, telhas, floreiras e atémesmo em canais de irrigação.A nova tecnologia já é utilizada emalgumas edificações na UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp),onde o professor Beraldo é pesquisa-dor, e também na cidade de Paulínia,onde há calçadas feitas com blocos decompósito vegetal.O "Primeiro Simpósio e Exposição In-ternacional sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentável emMunicípios Industriais" é considera-do o maior evento técnico e políticoneste segmento. Foram reunidos cercade mil inscritos, 90 conferencistas na-cionais e estrangeiros, representan-tes de mais de uma centena de mu-nicípios industriais brasileiros, deze-nas de índústrias e várias delegaçõesestrangeiras. Ao final do encontro, seráelaborada a Carta de Paulínia, umdocumento com as conclusões e reco-mendações que serão divulgadas am-plamente no Brasil e no exterior. Osorganizadores acreditam que este do-cumento será um importantereferencial para os municípios indus-trializados implantarem programaspreventivos. A promoção é do Instituto

Ambíental BIOSFERA. (PR).

FAPERJ aumenta investi-mento em pesquisa e de-

senvolvimento

Em palestra na FIRJAN, o presidenteda Financiadora de Estudos e Proje-tos (FINEP), Mauro MarcondesRodrigues, comentou os baixos índi-ces de registro de patentestecnológicas no País, 113, contra 3472na Coréia do Sul, que há 20 anos atrásestava no mesmo patamar do Brasil.Marcondes lamentou também que aatividade de pesquisa e desenvolví-mento ainda esteja concentrada nasuniversídades, 82%, enquanto que asindústrias, tem uma participação mí-nima de 5% e o restante às institui-

ções governamentais. Esse percentualcontraria o resto do mundo. Nos EUA

e Japão, mais de 70% dos incentivosdestinados à pesquisa partem dasindústrias, seguidos pela Alemanha ena Inglaterra esse valor é de 70% e naFrança e na Coréia com 60%.O Rio de Janeiro, através da Funda-ção Carlos Chagas de Amparo a Pes-quisa (FAPERJ) tem posição de des-taque no setor de Ciência e Tecnologia.Em 1995 o estado reunia 1386 gruposde pesquisa, chegando a 1922 em 2000.Em cínco anos, um aumento de 37%.A meta é ainda maior chegando a 45%mais que em 2001. Para isso, a insti-tuição estadual já estabeleceu umorçamento de R$ 129 milhões parainvestimentos nesse segmento, con-forme informou Renato Lessa, presi-dente da Fundação, que tomou posseno início de 2002. (G140S02M).

DuPont comemora 200anos de dedicação à

ciência

Em julho último, a DuPont realizouuma série de eventos nos 70 paísesonde atua, para celebrar os seus 200de fundação. Fundada em 19 de julhode 1802, na pequena cidade deWilmington, no interior dos EstadosUnidos, a companhia teve sua traje-tória marcada pelo desenvolvimento deprodutos e serviços que se destaca-ram em mercados como automobilís-

tico, de construção, passando pelossetores têxtil, de comunicações; trans-porte, alimentação e nutríção, entreoutros.

A principal participação da América doSul na festa dos 200 anos acontecerá

através de trabalhos realizados porfuncionários do Brasil, Argentina eColõmbia, que serão inseridos naCápsula do Tempo, um dos pontos prin-cipais da celebração. Instalado noHagley Museum and Gardens, local dafábrica original da DuPont, o compar-timento também terá em seu interior

as manifestações artísticas de outrosfuncionários da América de Norte, Ásiae Europa.O funcionário Marcos Alcíno Vicentin

Altran, da fábrica da DuPont emPaulínia (SP), representará o Brasilcom um trabalho constituído por umcolar que traz um pingente com abandeira do Brasil sobreposta a umaoval vermelha, símbolo da DuPont. (PR).

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 719 - 2002 - 5

ABQ80 anos de Química

A Associação Brasileira de Química comemora seu octogésimo aniversário.A velha senhora mescla a experiência do tempo decorrido com a determinação e oentusiasmo dos que sabem que muito ainda tem por fazer.

Arikerne Rodrigues Sucupira eCelso Augusto Caldas Fernandes

Em 1922o Brasil se preparava para comemorar cem anos de independência. Muitas festividades foramprogramadas para a Capital. .

Aproveitando-se desse momento festivo um grupo de profissionais (farmacêuticos, biólogos, químicos)decidiu realizar um evento científico com forte embasamento na área da química. Este se tornaria o primeiroCongresso de Química do Brasil.

Para organização deste evento, fundaram uma associação de classe com o nome de "Sociedade Bra-sileira de Chimica - SBQ". O mesmo ocorreu em agosto de 1922 com o nome de 1Q Congresso Nacional deChimica. Esta Associação realizaria em 1937 um outro evento em conjunto com o Congresso Sul-Americanode Química.

Nesta época, através de um movimento surgido na Escola de Química da Universidade do Brasil,surgia (abril de 1939) uma nova associação. Esta só congregava químicos e tinha o nome de "AssociaçãoQuímica do Brasil -AQB". Entre 1941 e 1950 esta Associa.ção realizou sete Congressos Brasileiros, alémde outras reuniões regionais.

O espírito de unidade falou mais alto, e alguns profissionais que eram participantes das duas associa~ções tentavam uma fusão pensando no bem e desenvolvimento da química no país. Pode-se dizer que o gran-de mentordessaidéiafoi Carlos Nabuco de Araújo Junior, o Nabuquinho. De 1945 a 1951 foram realizadasreuniões com o propósito de fundir as duas associações. Quis o acaso que fosse forçado o processo de fu-são, devido ao incêndio do Edifício Park Royal, incêndio famoso no Rio de Janeiro e que destruiu o prédio ecom ele a sede da SBQ. Nessa ocasião a AQB

Atuouemseusocorro,tendocedidopartede suasedeparaacolhera co-irmã.A fusão das duas entidades acabaria ocorrendo em 10 de agosto de 1951 tendo assinado a Ata de

Fusãoe FundaçãodanovaassociaçãocomoPresidente,o Prof.FranciscoMoura.Esta novaassociaçãoteveo nome de "Associação Brasileira de Química -ABQ ". Em 8 de julho de 1953 foi declarada de UtilidadePública Federal pelo decreto 33.254.

A vida desta nova Associação transcorreu de forma dinâmica até 1960. Nesseperíodo muito foi feitopelodesenvolvimentoda química,coma criaçãode muitos cursosuniversitáriospeloBrasil,criaçãode cur-sos de mestrado e doutorado, intercâmbio com associações de outros países. A ABQ realizou os CBQ's em1952/54/56/58/60, uma vez que naquele período os congressos eram bianuais.

Nos anos sessenta a ABQ passou por período de turbulências. Durante um período grande devido àforma de eleição para a Diretoria da ABQ, ela foi administrada por funcionários da Esso Brasileira de Petróleo,empresa que detinha um grande número de empregados Profissionais da Química.

Nesse período a ABQ ficou meio latente, tendo atividades apenasemsuasregionais,sendo que a Re-gional do Rio de Janeiro funcionava junto com a ABQ. Esta imobilidade da Diretoria da ABQ fez com quesurgissem movimentos separatistas que redundaram na criação da Associação Brasileira de EngenhariaQuímica - ABEQ e posteriormente a atual Sociedade Brasileira de Química - SBQ.

Com a alteração do quadro de força política advindo com a presença da PETROBRAS como grande

6 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL. NQ 719 . 2002

-.

empregadorade Profissionaisda Química,a Diretoriada ABQeleita soba Presidênciade João MirandadaConceição, a partir de 1975 retomou suas atividades científicas introduzindo a realização dos CongressosBrasileiros de Química anualmente e procurando dar maior desenvolvimento às atividades nacionais e regio-nais. Nessa ocasião já existiam as Regiqnais de Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo Paraná e Mi-nas Gerais.

Houve e há uma percepção do enfraquecimentopolítico dacategoriadosprofissionaisdaQuímicaapósesta formação de várias entidades representantes de uma categoria profissional com número pequeno de as-sociados, desta observação vemos algumas tentativas para uma nova fusão. Sendo digno de se anotar a ten-tativa do CNPq - Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia para concretizá-Ia, mas sem sucesso.

A ABQ teve grandes nomes e personagens em sua história. Alguns mais antigos como Bernardo Geisele Nilton Buhrer no Sul, Paulo José Duarte em Pernambuco, Ivo Giolito em São Paulo. No Rio de Janeiro po-demoscitarJaymeSanta Rosa, Fritz Feigl e Clovis Martins Ferreira. Dos anos sessenta para cá, nãopode-mosesquecerdeJoão Miranda,WalterMors,ArikerneSucupirano RiodeJaneiro,Arão Horowitzem Pernambucoe Arno Gleisner no Rio Grande do Sul.

A ABQ, a partir de 1951, realizou 32 Congressos Brasileiros de Química, alguns em conjunto com oLatino-Americano; 1 Seminário Internacional sobre Química da Amazônia com participantes de 17 países; 3Encontros de Química Fina e Empresas Nacionais; 3 Encontros de Processos Orgânicos; a 3§ OlimpíadaIbero-Americana de Química com participação de delegações de onze países; 4 ENQUIMPRO's - EncontrosNacionais de Química Profissional, além de participar como co-organizadora dos QUíMIFINA em parceria coma ABIFINA.

A ABQ tem sua Administração centralizada em uma sede própria localizada no Rio de Janeiro, emboraseus Presidentes possam ser de qualquer estado brasileiro onde haja uma Regional Em 2002, existem 14Regionais, sendo 13 instaladas e atuantes (Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará,Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo) e uma em fasede revitalização (Piauí). Outras duas estão agregando o número mínimo de associados e se organizando, parapoderem se instalar. São elas, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. As Regionais realizam em seus esta-dos, anualmente, Semanas de Química, Seminários, Cursos, Workshops e palestras com profissionais doBrasil e do exterior.

A ABQ já trouxe ao Brasil por 5 vezes, Prêmios Nobel de Química, que visitaram cinco estados brasi-leiros. A ABQ mantém convênio e integração com a American Chemical Society-ACS dos EUA, AssociaçãoQuímica Argentina, Associação Química do Peru, participa da FederaçãoLatino Americana de Química (FLAQ), é membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência-SBPC, traz ao Brasil ou envia ao exterioranualmenteimportantespesquisadoresparatroca de subsídios com nossos profissionais. Faz parte do CBAQ-Comitê Brasileiro para Assuntos de Química, órgão que representa o Brasil junto a IUPAC.

A ABQ promove desde 1995 as Olimpíadas Brasileiras de Química - OBQ com a participação de estl!-dantes de todos os estados brasileiros. Os de melhores resultados representam o Brasil na Olimpíada Ibero-Americana de Química - OIAQ e na Olimpíada Internacional de Química - IchO, tendo nesse ano de 2002,pela primeira vez, conseguido obter premiação. Dois alunos brasileiro ganharam Medalhas de Bronze.

Nas últimas duas décadas a ABQ desenvolveu para o Ministério da Ciência e Tecnologia alguns proje-tos de pesquisaem convênio com a ABIFINA, com a Escola de Química da UFRJe com o Centro de TecnologiaMineral - CETEM. Realiza todos os anos a Jornada de Iniciação Científica em Química (já em seu décimo-quinto ano), para estudantes de nível universitário, a Feira de Projetos de Química - FEPROQUIM (em seuterceiro ano), para alunos de ensino médio com a participação de um professor orientador e a Maratona deQuímica (em seu décimo ano) para alunos no início do ensino médio.

Edita periódicos como a RQI-Revista de Química Industrial, sua Edição Científica e os Anais da ABQ,além de livros como "Indústria de Química Fina no Brasil" , "The Use of Biodiversity for Sustainable Development"e "Guia de Fontes de Informação em Química e Engenharia Química". Todos comercializados no Brasil e noexterior.

A ABQ desde 1989 fez uma pqrceria com a Union Carbide do Brasil para a realização do "PRÊMIOUNION CARBIDE DE INCENTIVO À QUíMICA", que vigorou até 1998, distribuindo nesse período como premiaçãomais de cento e cinqüenta mil reais entre estudantes, professores e laboratórios de Universidades.

Com o patrocínio da Dow Chemical, que assumiu o controle da Union Carbaide no Brasil, a ABQ pre-mia a cada ano com quatro mil reais o primeiro colocado na Jornada de Iniciação Científica e com mil reais oprimeiro colocado da Maratona de Química.

Com o patrocínio da Tecpon Indústria e Comércio de Produtos Químicos, a ABQ premia a cada anocommil reaiso primeirocolocadoda CategoriaTecnológicada FEPROQUIM.

A Associação Brasileira de Química tem cerca de 4.000 associados em todo o Brasil.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 719 - 2002 - 7

CONGRESSOS DE QUíMICA1922 A 2002

8 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002

AGO /1922 1QCNQ Rio de Janeiro Nenhum presidente

JUL /1937 2QCNQ Rio de Janeiro Carlos Nabuco Araújo Jr.

JUL/ 1941 1Q CBQ São Paulo Carlos Nabuco Araújo Jr.

JAN / 1943 2QCBQ Curitiba Carlos Nabuco Araújo Jr.

JAN / 1944 3QCBQ Rio de Janeiro Teodoro de Arruda Souto

JUL /1945 4QCBQ São Paulo Juvenal Doria

FEV /1947 5QCBQ Porto Alegre Bernardo Geisel

JAN / 1949 6° CBQ Recife Aníbal Matos

JUL /1950 7QCBQ Belo Horizonte Joé Moreira dos Santos Peisna

JUL /1952 XCBQ Rio de Janeiro Francisco Moura

JUL/ 1954 XICBQ São Paulo Oscar Bergstrom Lourenço

NOV /1956 XIICBQ Porto Alegre Victor Gastiel

NOV /1958 XIIICBQ Salvador Luis Ignacio Miranda

JUL /1960 XIV CBQ Curitiba Nilton Emilio Bührer

SET /1965 XV CBQ Rio de Janeiro Clovis Martins Ferreira

NOV /1967 XVI CBQ Campinas Luis Ignácio Miranda

NOV /1971 .. XVIICBQ Porto Alegre William Zattar

NOV /1974 XVIII CBQ Curitiba Nilton Emilio Bührer

AGO /1978 XIX CBQ São Paulo João Miranda da Conceição

OUT /1979 XX CBQ Recife Paulo José Duarte

OUT /1980 XXI CBQ Porto Alegre Nissin Castiel

OUT/1981 XXIICBQ Belo Horizonte Jesus Miguel Adad

OUT /1982 XXIII CBQ Blumenau Leonel Cesar Rodrigues

OUT /1983 XXIV CBQ São Paulo Ivo Giolito

OUT /1984 XXV CBQ Rio de Janeiro Roberto Rodrigues Coelho

OUT /1985 XXVI CBQ Fortaleza Claudio Sampaio Couto

OUT /1987 XXVII CBQ Niteroi Arikerne Rodrigues Sucupira

OUT /1988 XXVIII CBQ Porto Alegre Eduardo McMannis Torres

OUT /1989 XXIX CBQ São Paulo Geraldo Vicentini

OUT /1990 XXX CBQ Rio de Janeiro Arikerne Rodrigues SUCUPIRA

OUT/1991 XXXI CBQ Recife Arão Horowitz

OUT /1992 XXXIICBQ Belém Harry Serruya

OUT /1993 XXXIII CBQ Fortaleza Airton Marques da Silva

OUT/1994 XXXIV CBQ Porto Alegre Newton Mário Battastini

SET /1995 XXXV CBQ Salvador Salvador Avila Filho

SET /1996 XXXVI CBQ São Paulo Omar EI Seoud

OUT /1997 XXXVII CBQ Natal Lea Barbieri Zinner

SET /1998 XXXVIII CBQ São Luis Maria da Graça Silva Nunes

SET /1999 XXXIX CBQ Goiânia Wilson Botter Júnior

OUT / 2000 XLCBQ Recife Silvana Carvalho de Souza Calado

SET / 2001 XLI CBQ Porto Alegre Newton Mário Battastini

SET / 2002 XLlICBQ Rio de Janeiro Rita de Cássia de Almeida Costa

XLII CONGRESSO BRASILEIRO,

DE QUIMICARita de Cássia de Almeida Costa

o Rio de Janeiro estará sediando o maior evento da ABQ,no momento especial decomemoração de seus 80 anos.

No período de 09 a 13 de setembro, no Rio Othon Palace Hotel, em Copacabana, Rio deJaneiro, estará sendo realizado o XLII Congresso Brasileiro de Química, ponto culminante

das comemorações dos 80 anos daABQ.

Tendo como tema central" Química, Energia e Desenvolvimento", o CBQ 2002 reunirá especialis-tas nacionais e internacionais, que, dentre outros temas, irão debater o importante papel da Química ede seus.profissionais na busca de alternativas científicas e tecnológicas para o desenvolvimento dosetor energético.

Seus participantesencontrarão uma rica e atualizada programação,onde serão abordadostemas comoo uso racional de nossos recursos energéticos, fontes de energias alternativas, o perfil profissiográficodos profissionais da química, hoje, com as novas exigências do mundo do trabalho, além de temasligados à educação, à saúde, à qualidade de vida e ao meio ambiente.

Durante a semana do congresso, serão realizados:XV Jornada Brasileira de Iniciação Científica em QuímicaX Maratona de Química111Feira de Projetos de QuímicaFEPROQUIMV Encontro Nacional de Química ProfissionalENQUIMPROEXPOQUIMICA 2002

Buscando atender interesses diferenciados de seu público-alvo, serão oferecidos 30 cursos,sendo 07(sete) na categoria" curso tecnológico" ministrado por profissionais de empresas e 23 (vinte e três) nacategoria" curso de extensão". Diante do grande interesse por cursos com enfoque tecnológico, cons-tatado no XLI CBQ, realizado em Porto Alegre, em 2001, estaremos no Rio atendendo a expectativade nossos participantes,que poderãooptar,por exemplo, em conhecer um pouco maissobre Tecnologiade Gases Industriais,TecnologiaCervejeira,Tecnologiade Lubrificantes,Tecnologiade RejeitosIndustriais,dentre outros.

Considerando que qualquer profissional, hoje, deve agregar às competências profissionais específi-cas de sua área, atitudes de responsabilidade e comprometimento com a saúde, como direito indivi-dual e dever para com o coletivo e com o meio ambiente, o CBQ 2002 realizará, também, mesas re-dondas, palestras e cursos, abordando questões de grande relevância social como o uso e depen-

10 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002

dência de substâncias psicoativas e suas conseqüências. Pela primeira vez, o CBQ trará para um mesmodebate, Químicos, especialistas em Psiquiatria e em Clínica Médica.

Temas recOrrentes,como os ligados aOMeio Ambiente, continuarão sendo privilegiados, já que cons-tituem agenda permanente dos diferentes fóruns de discussão, no país e no mundo. E já que o temacentral do congresso versa sobre a Química, Energia e Desenvolvimento, não poderíamos deixar defalar do uso racional dos nossos recursos naturais.

CONVIDADOS

o CBQ 2002 trará ao Brasil os seguintes convidados do exterior:

Andrei Grafov - ( Universidade Nacional da Ucrânia)Caribay Teresa U. De Navarro (Universidade da Venezuela)Chiaki Azuma (University of Air, Japão)Helmut K. Schmidt ( Ins. Neue Materialien, Alemanha)Jean-Michel Charrier ( McGill University, Canadá)Joseph M. DeSimone ( North CarolineUniversity, EUA)Madaleine M. Joullié (Pennsylvania University, EUA)Surya Prakash ( Southern Califórnia University, EUA)Jose Antonio Chamizo (Universidade Autonoma do Mexico)Andoni Garritz (Universidade Autonoma do Mexico)

Do Brasil, entre os convidados estarão Fernando Baratelli Júnior, do CENPES- PETROBRÁS;Martin Schmal- COPPE-UFRJ; Carlos Alberto Montanari - UFMG; Leni Akcelrud - UFPR, JoyceMary Adam Paula e Silva - UNESP,Gilberto Romeiro - UFF;CláudioAugustoMotta-IQ / UFRJ;Jjoão Alziro Jornada -INMETRO; dentre outros.

TRABALHOS CIENTíFICOS

Foram apresentados 623 trabalhos para avaliação, sendo 204 de Iniciação Científica. Destes,foram aceitos 601. Com base nesses números, o Presidente da Comissão Organizadora, CelsoAugusto Caldas Fernandes, estima que cerca de 1500 pessoas se inscreverão ao evento, além dosconvidados especiais e dos expositores.

De forma inovadora, a Presidente da Comissão Científica, Profa. Eloísa Biasoto Mano, definiu asáreas de atuação dos trabalhos de maneira a abrigar uma visão orgânica do conhecimento, estimu-lando o permanente diálogo entre os diferentes campos do saber.São elas:

A Química e o Meio AquosoA Química e a AtmosferaA Química e o SoloA Química e os Materiais Instrumentais de AnáliseA Química e a EnergiaA Química e o DesenvolvimentoA Química e a VidaA Química e as Drogas

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002 - 11.

- A Química e os Materiais- A Química e a Educação

Especificamente, no campo da Educação vale ressaltar que a ABQ estará promovendo emjunho de 2003, no Rio de Janeiro, o I Simpósio Brasileiro de Educação Química -I SIBREQ , eventoque abrirá um importante espaço para a produção científica nesta área.

RIO DE JANEIRO, CIDADE MARAVILHOSA

Além de uma diversificada programação científica, o participante do CBQ 2002 poderá usu-fruir dos encantos da cidade maravilhosa. Haverá roteiros turísticos e opções de lazer pelos várioscantos do Rio.

E para consagrar o evento, o " espírito carioca" estará presente nas comemorações dos 80anos da Associação Brasileira de Química, que teve como berço, a cidade do Rio de Janeiro.

A ABQ reúne pessoas e instituições que lidam com a Química, visando a promoção e a difu-são do conhecimento, da educação, da melhoria da qualidade de vida, através da Química.

COMISSÃO ORGANIZADORA DO XLII CONGRESSO BRASILEIRO DE QUíMICA

Da esquerda para direita: 1~fila (sentados): Ellen G. D. Dias (CEFET/ABO - RJ), Julíana B. Tamanqueira(UFF), Florinda N. Cersósimo (CEFETEO/ABO - RJ). 2~ fila: Rosângela R. Damasceno (CEFETEO/ABO - RJ), Neílson F. Silva (CEFETEO), Fernanda M. B. Coutinho (UERJ/UFRJ), Robério F.A Oli-veira (CEFETEO/ABO - RJ), Sérgio F.A Carvalhaes (10 - UFRJ). 3~ fila: Celso A C. Fernandes(ABO), José S. T Coutinho (ABO/ROI). 4~ fila: Rita C. A Costa (CEFETEO/ABO - RJ).

12 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002

~

JUNTE-SE A NOSE desfrute de estar ligado a uma Associação atuante, coordenada por profissionais domais alto nível técnico.

A ABQ promove congressos e seminários, defende os interesses dos químicos junto àsindicatos e governos, colabora com empresas do setor no aprimoramento tecnológi-co e científico, edita a Revista de Química Industrial, e muito mais...Venha nos conhecer.

~

PROPOSTA PARA SÓCIO INDIVIDUAL NQ

MATRíCULA N°...................(PREENCHIDA NA SECRETARIA GERAL)

PROPOSTOSEÇÃO REGIONAL

Nome: ....................................................................................................................................................................

Residência: Bairro: .....................................

Cep: Cidade: Tel.: ....................................................

Filiação:.................................................................................................................................................................

e ..............................................................................................................................................................................

Nascido em: ... ..................................(D", e 'oco,)

Nacionalidade: Es tado civil: ................................................

CIÇQ<r:

Diploma de: Ano de formatura: .....................................

Escola:...................................................................................................................................................................(Nome e 'oco,)

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Cl..

Endereço: Tel.: ..........................................

Posição que ocupa: .............................................................................................................................................

Especialidade a que se dedica: ...........................................................................................................................

Endereço para correspondência: Tel.: ..........................................

.....................................................................................................

(Local e data)

.....................................................................................................

PROPONENTES(Assinatura)

Sócio: .............................................................................................................................................

Sócio: .............................................................................................................................................

Para ser preenchida na Secretariada Seção Regional

Parecer da Comissão de Admissãoda Seção Regional

Recebida em .........................................................

Aprovada em ,..............................

Recusada em .........................................................

Enviadà à Secretaria Geral em .......................... Aprovada em Sessão Ordinária da Seção

................................................................................ Regional em .......................................................

Associação Brasileira de QuímicaUtilidade Pública Federal - Decreto 33254

Av Presidente Vargas, 633 - Sala 2208 - CEP 20071-004 - Rio de Janeiro - RJ - Telefone: OXX21 2224-4480 - Fax: OXX21 2224-6881e-mail: abqnacional @abq.org.gbr - Home page: www.abq.org.com.br

Associação Brasileira de Químicae suas Regionais

Principais características dopolibutadieno alto eis produzido

pela tecnologia de neodímioNeusa M. TocchettoPires, Fernanda M. B. Coutinho, Marcos A. S. Costa, Luiz Claudio de Santa

Maria, Ivana L. Mello, Denise S. S. Nunes

~1. Introdução

o principal enfoque da indústria de pneumáticosé a obtenção de pneus com prioridade na segurança,conforto, economia de combustível e conservação e pro-teção do meio ambiente. Diante disso, surge opolibutadieno (BR) com alto teor de unidades 1,4-eis,que apresenta excelentes propriedades mecânicas, taiscomo resistência à abrasão, resistência à fadiga e re-sistência ao rasgo. Propriedades essas que o tornamapropriado, principalmente para a indústria de pneumá-ticos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é descre-ver as principais características do polibutadieno comalto teor de unidades 1,4-eis, ou seja, sua produção, suaaplicação industrial e sua posição no mercado econô-mico.

2. Características gerais do polibutadieno

;

A polimerização do 1,3-butadieno resulta empolímeros que contêm duplas ligações em sua estrutu-ra, as quais levam à ocorrência de isomerismo, com aformação de uma variedade de estruturas poliméricas.Uma delas é a chamada 1,2-vinila, onde existe a possi-bilidade de formação de três estruturasestereoisoméricas: a isotática, a sindiotática e aheterotática (ou atática). O outro tipo de estrutura ori-gina-se da adição 1,4, onde a dupla ligação, que per-manece na cadeia polimérica, permite a ocorrência deduas estruturas isoméricas: 1,4-eis e 1,4-trans.A Tabe-la 1 mostra as possíveis estruturas poliméricas dopolibutadieno e a influência de cada uma delas sobreas características físicas do polímero.

O polibutadieno 1,4-eis é o mais nobre dosisômeros, é o único que, na forma pura, se comportacomo elastômero a temperatura ambiente. Esse isômeroapós ser aditivado fornece produtos semelhantes aosda borracha natural. É um polímero incolor e de fácilsolubilização. Suas excelentes propriedades elastoméricas

o tornaram comercialmente importante. Isso incentivoua pesquisa de novos processos para sua síntese, sen-do por essa razão o mais bem caracterizado de todosos isômeros do polibutadieno. É cristalizável sob tensãoe desse modo tem alta resistência à tração. Além disso,apresenta boa flexibilidade a baixas temperaturas, bai-xa histerese, excelentes propriedades dinâmicas, notá-vel resiliência, resistência ao cisalhamento e resistên-cia à abrasão.

Para se selecionar a melhor rota para a pro-dução de polibutadieno alto eis, é necessário avaliar asdiferentes tecnologias comercialmente disponíveis. Es-ses processos utilizam catalisadores Ziegler-Natta, sendotitânio (Ti), cobalto (Co), níquel (Ni) e neodímio (Nd) osmetais empregados.

3. Processos de produção de polibutadieno altocis

A primeira produção de polibutadieno alto eis foiem 1960 pela Phillips Petroleum Co., utilizandocatalisadores à base de titânio. Ainda na década de 60,iniciou-se a produção de BR alto eis quando se empre-gou catalisadqres à base de cobalto, sendo a Goodrich-Gulf a primeira empresa a comercializar esse polímero.

O processo de produção baseado em níquel foidesenvolvido pela Bridgestone Tire Company e pela JapanSynthetic Rubber Company e comercializado no Japãoem 1964 pela JSR.

Os sistemas à base de neodímio começaramaser pesquisados na década de 60, e somente na déca-da de 80 começaram a ser empregados comercialmen-te pela Enichem para a obtenção de BR alto eis. O sis-tema catalítico é constituído basicamente por três com-ponentes: sal de neodímio (carboxilato); alquilalumínioe haleto de alquilalumínio ou haleto orgânico, sendo todosos componentes solúveis em hidrocarbonetos.

Na Tabela 2, são observadas as principais ca-racterísticas dos diferentes sistemas catalíticos.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002 - 15

Tabela 1 - Estruturas do polibutadieno e suas características físicas

Tabela 2 - Características dos sistemas catalíticos

16 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 719 - 2002

I

TiCI4 Co (carbox.) Ni (carbox.) Nd (carbox.)Sistemas

AI(i-Bu)3 AI(i-Bu)2CI AIR3 AI(i-Bu)2Htípicos

12 BF3Etp Cloreto t-Bu

Rendimento103-2,5.103 . 105 103-104 103-104

(g BR/g Me)

Res. Catalítico Não-crítico Crítico Não-crítico Não-crítico

(cor do fardo) (marrom claro) (incolor) (marrom/incolor)

Teor de gelI

IsentoI I

Não-crítico Isento

FontePetroflex(1997)

. Os sistemas à base de cobalto e neodímio são

os que apresentam a maior atividade. Apesar disso,para os sistemas à base de cobalto, o resíduo catalíticopresente no produto final é considerado crítico, poisesse metal catalisa a formação de gel iniciada pelaabsorção de oxigênio. Assim, para essa tecnologia, umnúmero adicional de etapas no processo de produçãose faz necessário para a remoção do catalisador re-manescente no produto final.

A formação de gel é considerada não signifi-cativa para os sistemas à base de titânio, níquel eneodímio. Os sistemas à base de titânio produzempolímeros considerados isentos de gel, caraterísticaatribuída à presença de iodo no sistema catalítico.Entretanto, sendo o BR um polímero com grau dereatividade relativamente elevado - face à existência

de insaturações na cadeia polimérica - existe semprealguma possibilidade de formação de gel nessespolímeros.

As diferenças de processo mais significativasentre os sistemas baseados nos metais de transiçãoreferem~se ao solvente e à temperatura depolimerização.

Os melhores solventes para os sistemas à basede titânio, cobalto e níquel são os aromáticos, sendobenzeno e tolueno os mais citados na literatura. Es-

ses solventes melhoram a velocidade de polimerização,o rendimento, o teor de eis e o peso molecular, aocontrário do que se verifica para os sistemas à basede neodímio para os quais os solventes alifáticos apre-sentam o melhor desempenho.

A utilização de solventes alifáticos apresenta al-gumas vantagens sobre a de solventes aromáticos, umavez que são menos tóxicos, de menor preço e de fácilremoção do polímero devido à sua maior volatilidade,proporcionando menor consumo de energia.

A temperatura de polimerização exerce influên-cia significativa na microestrutura do polímero para ossistemas à base de titânio e cobalto, sendo o aumen-to do teor de cis favorecido por temperaturas mais baixas.Os sistemas à base de níquel permitem o emprego detemperaturas de polimerização mais elevadas. Para ossistemas à base de neodímio, somente pequenas va-riações na microestrutura são percebidas, quando sevaria a temperatura de polimerização. Em conseqüência,os processos empregando catalisadores à base detitânio, cobalto e níquel devem ser conduzidosisotermicamente o que obriga o uso de sistemas derefrigeração sofisticados e de investimento elevado. Jáos processos com catalisadores de neodímio podemser efetuados adiabaticamente.Os sistemas que usam a tecnologia de neodímio, ope-rando adiabaticamente, comsolventes alifáticos, alcan-

çam elevadas conversões, com elevado teor de sóli-dos, com menor número de reatores de volume signi-ficativamente maior e baixo tempo de residência, re-sultando em alta produtividade. A conversão quase totaldo monômero, bem superior às demais tecnologias,permite a eliminação da etapa de recuperação demonômero muitas vezes dispendiosa e complexa, re-duzindo os investimentos e custos

operacionais. Considerando os aspectos abor-dados, a tecnologia de neodímio representa economiaem energia e investimento além de apresentar altaprodutividade.

4. Propriedades físicas

A microestrutura dos polibutadienos, principal-mente o teor de unidades cis influencia significativa-mente as propriedades físicas da goma pura e dosvulcanizados. Entretanto, essas propriedades não semodificam significativamente na faixa compreendidaentre 25 e 80% de cis, mas o fazem rapidamente apósesses limites.

Os sistemas à base de neodímio são os queapresentam o teor de cis mais elevado e o teor míni-mo de unidades vinílicas. Tal característica contribui

positivamente para as propriedades físicas do polímero,uma vez que as unidades vinílicas são pontos de im-perfeição da cadeia polimérica e interferem no processode cristalização.

A macroestrutura tem importância significativana processabilidade do polímero. Uma larga distribui-ção de peso molecular bem como um alto grau de ra-mificações permitem um melhor processamento dopolímero, entretanto prejudicam propriedades físicastais como resistência ao rasgo e à abrasão. Desse modo,deve haver um balanceamento das características quedefinem a macroestrutura do polímero visando boaprocessabilidade e propriedades físicas.

Para a indústria de pneumáticos, o principal mer-cado para o polibutadieno, as características deprocessabilidade e propriedades físicas devem estarotimizadas para se obter alta produtividade e bom de-sempenho do produto final. Para a avaliação daprocessabilidade, propriedades como a resistência dopolímero cru (green strength), adesividade (tack) eprocessamento em misturador de cilindros (mil! banding)são considerados requisitos básicos.

A Figura 1 mostra que para uma grande faixade carga, os polímeros obtidos a partir de neodímiomantêm a adesão durante um período de tempo mai-or do que os demais sistemas.

Os produtos das tecnologias à base de níquel

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 719 - 2002 - 1 7

Figura 1 -Adesividade e resitência do polímero cru

Resistência do

polímero cru

10°

250 500 750 :lODO

Carga, g

;:j-H()o

"Oo;j o;j

.0 p...

<~ :;s-+->[/J

......[/J(\)~

10

0.1Boa200 400 600

Deformação, %

e neodímio, antes da vulcanização, apresentam maio-res tensões para uma mesma deformação e portantomaior resistência do cru. Essa propriedade é importantena etapa de montagem do pneu onde o conjunto não-vulcanizado é submetido a deformações superiores a300%, não podendo haver a ruptura do composto, nemperda da forma até o início do processo devulcanização.

A Figura 2 mostra o comportamento reológicodo polímero obtido pelos quatro diferentes sistemascatalíticos, durante o processo de mistura em misturadoraberto. Esse comportamento está relacionado com atemperatura máxima permitida para se manter uma boa

18 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ719 - 2002

processabilidade - formação de banda permanente -enquanto ocorre variação da distância entre cilindros.Essa temperatura máxima permitida corresponde àtemperatura de transição entre as regiões de boa e máprocessabilidade e aumenta com o teor de eis.

a polímero obtido pelos sistemas de neodímiomantém-se na região de boa processabilidade ao lon-go de uma faixa mais larga de temperatura e distânciaentre cilindros, permitindo trabalhar em praticamentetodas as condições de processamento.

Propriedades como resistência ao rasgo e àfadiga (Figura 3), requisitos importantes para compo-

Adesividade

:lO4

[/J,.'ó N-o...

S 2 Ni(\) 10

t-<

101 b Ti

Figura 2 - Formaçãode BandaemMisturadorde Cilindros

Região 1 Temperatura de transiçãoBoa processabilidade ----- da região 1 para a região 2E

CIO5(/)o 3'-"'OC

'u(/)

Região 2o 2Q)

Má processabilidade'-1:Q)

QPeu

1'uc<eu-(/)O O

20 40 60 80 100

Temperatura do cilindro (°C)

sições utilizadas na lateral do pneu, são significativa-mente melhoradascomo aumentodoteorde eis.Alémdisso, o baixoteor de unidades vinílicas resultaemumatemperaturade transiçãovítrea ligeiramenteinferiorados polímerosobtidospelos outros sistemas, conferindouma maior resistência à abrasão (Figura 4) e menordesenvolvimento de calor (Figura 5).

5. Mercado para o polibutadieno alto eis

~

o maior uso do polibutadieno 1,4-eis encontra-se na produção de pneus para carros e caminhões. Énormalmente utilizado em misturas com outroselastômeros, resultando em materiais com proprieda-des mais nobres. O aumento da vida útil da banda derodagem do pneu aumenta com o teor de polibutadieno1 ,4-eis nas misturas. O bom desempenho em climas frios,face ao baixovalorde sua Tg,permiteseu uso em pneuspara neve.

As indústrias de pneumáticos e "camelback" con-somem mais de % da produção de polibutadieno. Coma abertura do mercado brasileiro, essas indústriaspassaram a ter a sua disposição novos "grades" de BR.Embora haja dificuldade para identificar a evolução dademanda brasileira de polibutadieno com alto teor deunidades 1A-eis, considera-se esta desprezível até1995, com volumes sempre inferiores a 1000Va. Ape-nas a indústria de pneumáticos importava pequenasquantidades do produto, destinadas a resolver proble-mas específicos de determinados compostos e aplica-ções. A partir de 1996 esta indústria passou a sinali-zar que alteraria tal distribuição. Essa sinalização le"vou, em 1997, a Petroflex a iniciar a sua pesquisa so-bre catalisadores à base de neodímio para a produ-ção de polibutadieno alto eis. Em 1999 a Petroflex re-gistrou a sua primeira patente sobre catalisadores àbase de neodímio. A Figura 6 apresenta a distribuiçãodo consumo de polibutadieno no Brasil.

O polibutadieno alto eis é um dos principaiselastômeros utilizados na produção do chamadopneu ecológico, por apresentar menor resistência aorolamento e por liberar menos calor, o que garantemaior economia de combustível (cerca de 5%) e, as-sim liberar menos substâncias tóxicas na atmosfera.Além disso, o BR alto eis confere maior durabilidadeao pneu.

Os desenvolvimentos mais recentes da indús-

tria de pneumáticos enfocam a produção de pneus comprioridade em segurança e economia de combustível.Isso significa um aumento no consumo de polibutadienoalto eis, ou seja, está havendo no Brasil, a substitui-ção de polibutadieno com baixo teor de unidades 1,4-eis pelo polibutadieno alto eis,seguindo o que já ocorreu

Figura 3 - Resistência à fadiga

Teor de

I,4-eis

92.796.598.2

60 8020 40 100

Duração da fadiga, kC

Figura 4 - Resistência à abrasão

35

~ 30,1'0 <'>

1'0 E 25.() Ec ~ 20cGJo]i 'm 15rn 1'0

~.Q 101'05

oNd Co NiTi

Figura 5 - Desenvolvimento de calor

38

6~ 36<ti...j1ii 34...(I)c.E 32(I)I-

30Nd Co NiTi

nos países desenvolvidos (Figura 7).A Figura 8 mostra a evolução do número de

plantas de polibutadieno com alto teor de unidades 1,4-eis instaladas no mundo, o tipo de catalisador empre-gado e a data de início de operação.Verifica-se que den-tre astecnologiasexistentes,a deneodímio é a mais recente,e foi a mais empregadana última década.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 719 - 2002 - 19

100

<§2 80'"o:j

'"Oo:j 60

o:jr/:1

40.u

'Q)p.,r/:1

20

Figura 6 - Aplicações de polibutadieno no Brasil

D Plásticos17%

1:1Pneus

52%

o antros3%

E;3Camelback J25%

Figura 7 - Projeção da demanda depolibutadieno (BR) no Brasil

100

o BR alto eis

. BR baixo eis

;- 80oo:!:- 6001-g 4001E~ 20

o1999 2000 2002 2005

Fonte Petroflex (1997)

Figura 8 - Evolução da tecnologia de produção depolibutadieno com alto teor de unidades 1A-eis

NQde plantas de polibutadieno em função docatalisador utilizado

5

~ Neodímio

mITitânio~ 4

~ 3õ..

~ 2Z 1

. CobaltoDNíquel

o60's 70's 80's 90's

Fonte Petroflex (1997)

6. Referências bibliográficas

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20 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002

3. Pires, N.M.T. & Lira, C.H. - "Produção de polibutadienocom alto teor de eis"- 7° Congresso Brasileiro deTecnologia da Borracha, ABTB, SP (1997)

4. Pires, N.M.T.,Lira, C.H., Ferreira, AA, Coutinho, P.lA& Nicolini,l.F. - "Desempenho de polibutadienos comalto teor de eis"- 9° Congresso Brasileiro de Tecnologiada Borracha, ABTB, SP (2001)

5. Pires, N.M.T., Costa, M.A.S. & Coutinho, F.M.B. -"Polimerização 1,4 eis de butadieno com o sistemacatalítico tetracloreto de titânio/triisobutilalumínio/iodo"- Polímeros: Ciênciae Tecnologia,10,230-237 (2000)

6. L. Porri, A. Giarrusso - "Conjugated diene polymeriza-tion" - em G. C. Eastmond, A. ledwith, S. Russo & P.Sigwalt - Comprehensive Polymer Science, 4, 53-108,New York, pergamon Press (1989)

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8. D. J. Wilson, Makromol. Chem., Macromol. Symp., 66,273-288 (1993)

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11. A. J. M. Summer,G. Marwede,SA Kelbch, InternationalTire Exhibitionand Conference(ITEC),Anais, Paper 13D(1996)

12. Coutinho, P.L.A.;Moraes, C. A., XXI Simpósiode Gestãoda Inovação Tecnológica, USP/SP (2000)

13. Reto, MAS., Plástico Moderno, 307, 8-21 (2000)14. Fraga, L.A. "Estudo da polimerização de butadieno com

sistemas catalíticos à base de neodímio" -Tese deMestrado, IMAlUFRJ (2002)

AUTORES

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Sede: Rua Atcintlo Guanabara 24,

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M. Dias Branco investe naverticalização da empresa

o grupo cearense M. Dias Branco, queatua no setor de alimentos, começoua operar em Mucuripe , Ceará, a suafábrica de refinode óleos vegetais e deindustrialização de margarinas e gor-duras hidrogenadas.Com investimentosde R$ 102 milhões,a unidade terá como cliente principal opróprio grupo. Da capacidade instala-da de 9000 t de óleos vegetais, 4000 tde gorduras e 2000 t de margarina, asfábricas de massas do Rio Grande doNorte e de massas e biscoitos do Ce-arávão consumir50%dagordurae 20%da margarina produzidas.Para Ivens Dias Branco, diretor indus-trial, "a verticalização das atividadesbaixacustose dá maiorcompetitividadeà empresa". A nova fábrica tem, inclu-sive, uma unidade de produção de hi-drogênioquegarantiráumabastecimen-to contínuo e independente.(GO30402M).

Rohm and Haasbuscandoliderança

A indústria química Rohm and Haasinvestiu US$50milhõesparaconstruiruma nova fábrica no Brasil e paraam-pliar a capacidade de outras duas, noMéxico e Argentina.O segmentode adesivose seiantes re-presentahoje10%do faturamentomun-dial da Rohm and Haas, estimado emUS$ 6 bilhões. No Brasil, a empresainvestiu US$ 15 milhões para construira mais moderna fábrica do grupo nomundo. A unidade, localizada no com-plexo industrial de Jacareí, São Pau-lo, vai atender prioritariamente o mer-cado interno, mas também exportará40% de sua produção para os paísesda América Latina, especialmente Ar-gentina e Chile.SegundoFernandoPaiva,diretor indus-trial da Rohm and Haas, com a fábricadeJacareía empresadeixaráde importaro equivalentea US$20 milhõesporanoem poliéster (matéria prima usada naprodução de adesivos à base depoliuretano). (GO40402M).

Brastubo reestrutura suasoperações

Devido à grande demanda de tubos depolietileno, a Brastubo decidiu dividir oseu setor industrialem duas áreascomatuação independentes: um continua-rá responsávelpelaáreadeaçoe a outrapela de plástico. Coube a Luis AntonioFerreira Paiva a diretoria desta última,que segundo o mesmo, a grande pro-cura do produtoé devido principalmen-te ao setor de saneamento básico quebusca, ao substituir o aço, reduzir oscustos de manutenção na rede de dis-tribuição de água.A Brastubo, com sede em São Paulo,possuí quatro fábricas. Os tubos depolietileno são produzidos nas unida-des de São Vicente no litoral paulistae na Mairinque, no interior do estado.(J220202B).

Air Liquide inaugura nova fábrica

A Air Liquide,grupo francês do setor degases industriaise medicinais,colocouem operação em abril a unidade indus-triallocalizada em Contagem, MinasGerais. Com esta unidade a empresaaumenta a disputa por um mercado li-derado hojepela White Martins,do gru-po norte americano Praxair.Segundo Jacques Cutayar, diretor ge-ral da Air Liquide Brasil, a nova unida-de que tem capacidade inicial para pro-cessar 200 t/mês e custou R$ 2 mi-lhões, encerra um ciclo de investimen-tos de US$ 150 milhões realizados noBrasil nos últimos seis anos.O Brasil, segundo Cutayar ainda é ummercado pequeno para a Air Liquide,mas tem um potencial de crescimentobastante promissor no segmento me-dicinal que no Brasil respondepor 30%dasvendasenquantoqueos outros70%estão distribuídos por setores industri-ais. (GO40402M).

Asplar e IPT criam CentroTecnológico

A Associação Brasileira de MateriaisPlásticos Compostos (Asplar) e o Ins-tituto de PesquisasTecnológicas (lPT)assinaram um convênio para a criação

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do Centro Tecnológico de Materiais Plás-ticos Compostos (CETEPLAR), que temcomo objetivo capacitar e aprimorar mãode obra especializada, organizar e pro-mover palestras, seminários eworkshops, desenvolver produtos, pro-cessos e equipamentos para o desen-volvimento do setor de compósitos e daindústria brasileira.

Pelo acordo, a Asplar tem 120 dias paraa elaboração de um projeto detalhadode estruturação desse Centro, que fun-cionará nas instalações do IPT.Assinaram o convênio, José Alaor Alvese Fernando Bernardes de Resende, res-pectivamente presidente e vice-presiden-te da Asplar e Guilherme Ary Plonskie Francisco Niro, respectivamente di-retor superintendente e diretor técnicodo IPT. (PR).

GLpBE QUíMICA na indústria dematérias-primas

Operando a recém adquiridafábrica da~ . .

Sanofi-Synthelabo,a GLOBEQUIMICA,fundada por um grupo de investidoresbrasileiros, inicia um novo capítulo nopaís e estabelecea produçãode nume-rosas matérias-primas farmacêuticas,como: Ácido Acetil Salícilico,Amiodarona, Anfepramona,Cetoconazol, Diazepan, Difenoxilato,GlicinatodeTiafenicol,L-Carbocisteína,Propranolol, sulfametoxazol eTrih1etoprina.Com produção de 1000 t/ano efaturamento estimado em R$ 22 mi-lhões, a GLOBE QUíMICA fornecematérias-primaspara 150 indústriasfar-macêuticas do Brasil, América Latina,Europa e Oceania.Os executivos contratados para dirigireste novogruposão:Jean Daniel Peter,diretor geral, João Carlos Vitorelli, di-retor industrial, José Ézio RodriguesNogueira, gerente industrial, DirceuFacchini,gerenteadministrativoe finan-ceiro e Hélio Samuel Schwartzman,gerente de negócios.(PR).

Grupo Russo comemora dez anosde Brasil

Representado comercialmente no Brasilpela Brasilfert, de São Paulo e pela

Intersud,noRiodeJaneiro,ogruporussoInternational Potash Company (IPC) éresponsávelpelo fornecimentode25%de todo o cloreto de potássio consu-mido pelas indústrias de fertilizantesbrasileiras.O consumo desse produto no Brasil éda ordem de 4,2 milhões de toneladasporano sendoque90% são importadose os 10%restantessão produzidospelaCompanhia Vale do Rio Doce, em Re-cife.Anatoly Lomaki, diretor geral da com-panhiade passagempelo Brasilse reu-niu com os principais executivos e for-necedorespara planejaras comemora-ções dos dez anos de fundação da em-presa e estreitar ainda mais os laçoscomerciais com o mercado brasileiro,que representao segundomaiorconsu-midor do grupo, perdendoapenas paraa China. No ano passado, o grupo in-vestiu US$ 12 milhões na moderniza-ção de seus equipamentosque operamna fabricaçãode cioretode potássionaforma granuladae que representa75%do produtofornecidoao Brasil e consu-mido pelas empresas misturadoras deadubos. (G140302M).

A GE Specialty Materiais conclui aaquisição da BetzDearborn

A GE Specialty Materiais, uma unida-de da General Electric Company, aca-ba de anunciar que concluiu a aquisi-çãodonegóciodeserviçosdetratamentodeáguadaBetzDearborn.Estenovone-gócio será conhecido como GE Betz."A GE Betz irá proporcionaroportunida-des de crescimento,dando-nosa capa-cidade de aumentar e expandir os ser-viços oferecidos aos clientes"; disseWilliamWoodburn, presidentee diretorexecutivo da GE Specialty Materiais.GeorgeOliverfoi nomeadovice-presiden-te e diretor geral da GE Betz, anterior-mente era vice-presidentee diretor ge-ral dos serviços de motores da GEAircraft Engines. (PR).

Fosf~rtil Ultrafertil tem lucro de R$33 milhões no trimestre

A Fosfertil e sua controlada Ultrafertilregistraram um lucro líquido de R$ 33

milhões no período de janeiro a marçode 2002. Em igual período do ano ante-rior o resultado foi de R$ 10 milhões. Ofaturamento líquido consolidado, de R$218,4 milhões, ficou 10% superior aoregistrado no primeiro trimestre de 2001.A Fosfertil Ultrafertil produziu 890 miltoneladas de produtos nesse primeirotrimestre, representando um acréscimode 6,9% em relação ao exercício ante-rior. A comercialização acumulada dejaneiro a março de 2002 atingiu 726 miltoneladas.

O terminal marítimo da empresa, loca-lizado em Santos, São Paulo, movimen-tou 385 mil toneladas, apresentando umacréscimo de 47,4% em relação ao pri-meiro trimestre de 2001. Vale ressaltar

que esse terminal foi totalmente moder-nizado e ampliado no ano passado,permitindo que sua capacidade de mo-vimentação de produtos passasse de 1,5milhões para 2,3 milhões de toneladas/ano. As obras de modernização foramconcluídas em setembro de 2001 e con-sumiram US$ 53 milhões.A Fosfertil Ultrafertil atua nas áreas de

fertilizantes, químicos e prestação deserviços de logística. A empresa inves-tiu, nos últimos anos, mais de US$ 250milhões em segurança e preservaçãoambienta!.. Estabelecida nos estados de

São Paulo, Paraná, Goiás e Minas Ge-rais, emprega cerca de 2.500 funcioná-rios em oito unidades produtivas. (PR).

Reciclagem de lâmpadas fluores-centes

Receber,tratar e remover de forma se-gura o mercúrio encontrado no interiordas lâmpadasfluorescentesusadaspormais de 1200 empresas brasileiras fazpartede umtrabalhopioneiro,desenvol-vido pelaApliquimTecnologia,empresainstalada em Paulínia desde 1985. Oprograma e a tecnologia dadesmercurização (como é chamado oprocesso) das lâmpadas fluorescentesfoi totalmentedesenvolvidopelaApliquim,que tem autorização tanto do Ibamaquanto da Cetesb para a implementaçãodo trabalho.No interiordas lâmpadasfluorescentes(incluindo as lâmpadas compactas,popularizadas no ano passado na luta

contra o apagão),largamenteutilizadasna iluminação residencial, comercial epública, o metal pesado mercúrio estápresente e pode se tornar um fator derisco de contaminação em aterros sa-nitários. Se descartadas em aterro,essas lâmpadas podem contaminar osolo, a água e o ar com mercúrio. Oprograma desenvolvido pela empresavisa recolher essas lâmpadas eprocessá-Iasde maneiraque o vidro,aspartes de alumínio e o próprio mercú-rio sejam reaproveitados. O mercúrioretirado é revendidoaos fabricantes delâmpadase termômetros,por exemplo.O vidro, apósser desmercurizado,tam-bém é reaproveitado, assim como oalumínio.O trabalho gera ganhos para o meioambiente. "Com o reaproveitamentodomercúrio,a naturezaé poupadade novaextração do elemento. O vidro e o alu-mínio também são reciclados", afirmaCyro Eyer do Valle, diretor da empre-sa. O programa foi reconhecido e pre-miado internacionalmentee a Apliquimrecebeu a certificação ambiental ISO14000. (PR).

Petrobrás testa fibra ótica

O Centro de Pesquisa da Petrobrás(CENPES) vai testar um sistema iné-dito de acompanhamento da produçãode petróleo e gás natural através dainstalação de fibra ótica. Com investi-mento de US$ 10 milhões, o sistemaserá testado em sua primeira fase nospoços dos campos de Marlin Sul eRoncador,ambos na baciade Campos.O monitoramentovia fibra ótica é resul-tado de um trabalho com a PUC-RJ deum ano, mantido em sigilo e já paten-teado. Como usodesta novatecnologiaa Petrobrás pretende controlar a pro-dução de óleo e gás de cada um dosseus poços em tempo real pelos com-putadores de qualquer uma de suasunidades. Com este sistema, um dire-tor instalado na sede da empresa, noCentro do Rio, terá acesso às informa-ções sobre temperatura, pressão evazão de óleo no mesmo instante queos técnicos da plataforma. Atualmen-te, toda informação relativaà produçãoda Petrobrás é repassada pelos ope-

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radores de plataformas aos seus gerentese diretores em boletins diários feitos

relatório escrito. (GO40602M).

White Martins inaugura unidadeem Joinville

A White Martins inaugurou sua unida-de de gases atmosféricos em Joinvillle(Se). Ricardo Malfitano, presidente daempresa,informouqueforam investidosUS$ 27 milhões para uma produção de400 toneladas diárias. A cerimônia deinauguração faz parte das atividadescomemorativasdos 90 anos da empre-sa no Brasil que acontece esse ano.A planta está instalada junto a Funda-ção Tupy, uma das três maiores domundo no setor, que receberá 40% daprodução diária, em fornecimento con-tínuo por gasoduto. O excedente será.comercializadoem SantaCatarinae noParaná, nos diferentes mercados, me-dicinal, bebidas e alimentos, metalmecânica, química e têxtil, dos quais aWhite Martins é fornecedora.A planta de Joinville, ocupa, uma áreade 20 mil metros quadrados, produzoxigênio,nitrogênioe argônio,e gera 50empregos diretos e 100 indiretos, prin-cipalmente nos setores de logística edistribuição. As instalações são de úl-tima geraçãoem termos tecnológicosea unidade comercial, anexa a planta,aumenta a oferta e disponibilidade dosprodutos e serviços para o mercado daregião.(PR).

opp Química buscaindependência tecnológica.

A OPP Química, empresa do grupoOdebrecht, e capital 100% nacional,possuí oito unidades de produção dis-tribuídasem quatroestados(BA,AL, RSe SP), com capacidade de 1,7 milhõesde toneladas/ano de resinas depolipropileno (PP), polietileno de baixadensidade (PEBD) polietileno de altadensidade (PEAD),polietilenode baixadensidade linear (PEBDL), PVC e 540mil tooeladas de soda cáustica. Seusprodutos tem aplicação nos mercadosde embalagens para alimentos, produ-tos farmacêuticos, indústriasautomobi-lística, de higiene,cosméticos, móveis,

agricultura, utensílios domésticos, sa-neamento básico, entre outros.Muitovoltadaà pesquisae ao desenvol-vimento de sua tecnologia, a empresajá investiu, de 1991 a 2001, cerca deUS$70 milhões em ativos fixostecnológicos.Seu Centro de Tecnologia funciona naunidade de polipropileno (PP), instala-da no Pólo Petroquímicode Triunfo, noRio Grande do Sul. É o mais bem equi-pado, do setor petroquímico na Améri-ca Latina. Évoltado ao desenvolvimen-to e aperfeiçoamentodosprocessospro-dutivos, de forma a elevar a eficiência,produtividadee consistênciados produ-tos, além de permitiro acesso,a absor-ção e a adaptação de novastecnologias.(PR).

Alcoa é novamente eleita umadas melhores empresas para

se trabalhar

A Alcoa acaba de ser novamente eleita

uma das 100 melhores empresas parase trabalhar no Brasil. Esta é a terceira

vez que a companhia participa do estu-do, elaborado este ano pela revista VocêSA, da Editora Abril. A seleção é feitapelo Instituto Great Place to Work,consultoria internacional especializadaem avaliar ambientes de trabalho. Commais de sete mil funcionários, a Alcoaé reconhecida como geradora de profis-sionais de talento e é justamente o in-ceotivo à carreira que a publicação res-salta como diferencial da companhia.Do total de funcionários da companhia,10% estão engajados .em ações soci-ais, muitas financiadas pelo InstitutoAlcoa, uma das entidades pioneiras eminvestimento privado social, que já par-ticipou de mais de 600 projetos em 22cidades, nos quais foram alocados US$15 milhões.A Alcoa foi fundada nos Estados Unidos

em 1888 por Charles Martin Hall, o des-cobridor da redução eletrolítica do alu-mínio. Esse processo tornou viável autilização desta matéria-prima em escalaindustrial. Líder na produção e natecnologia de alumínio, a empresa em-prega mais de 142 mil pessoas distri-buídasem 300 unidadesoperacionaiseescritórios comerciais em 36 países.

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Produzem 4,5 milhões de toneladas porano de alumínio primário, alumina,extrudados, chapas e folhas, pó de alu-mínio, produtos químicos industriais, tam-pas plásticas, garrafas PET, entre ou-tros. Atua em vários segmentos e con-tribuí para tornar a vida moderna cadadia mais simples.(PR).

CSN negocia compra de carvãomineral.

A Companhia Siderúrgica Nacional(CSN) vem sendo assediada pela Polôniapara fornecimento de carvão mineral. Asiderúrgica gasta por ano cerca de US$200 milhões na importação de aproxima-damente 3,2 milhões de toneladas decarvão mineral, representando um dositens de maior custo para a CSN, queopera com minas próprias de minério deferro.Os fornecedores tradicionais de carvão

mineral para o Brasil são a China, Aus-trália, Canadá, EUA, Indonésia, Áfricado Sul e Colômbia.

As compras de carvão mineral do setorsiderúrgico são realizadas em "pool" deempresas, que reúne a CSN, Usiminas,Cosipa,Açominas e a argentina Siderar."Esse processo de compra é importan-te porque amplia o poder de barganhado comprador", diz os especialistas deCSN. (G300502M).

Alumar serve de modelo para aChina

A Alumar, um consórcio entre AlcoaAlumínio, BHP Billinton, Alcan e Abacoque produz alumina e alumínio em SãoLuis (MA), servirá de modelo para o pro-jeto de expansão da Chalco, o maiorfabricante de alumínio da China. A ex-

pansão terá a parceria da Alcoa, lídermundial na produção de alumínio. Aunidade chinesa que será ampliada ficana região de Pingguo, próximo da fron-teira com o Vietnã. A expansão será feitatanto na refinaria quanto na redução. Aunidade de Chalco produz atualmente 100mil toneladas anuais de alumínio e 400

mil toneladas de alumina. Com a expan-são ela produzirá 280 mil toneladasanuais de alumínio e um milhão de to-

neladas de alumina. (G170602M).

Fibras naturais substituemplásticos

As montadoras estão investindo cadavez mais na substituição de produtosdependentesdos derivadosde petróleopor produtos naturais. .A Daimler-Chrysler substituiu opoliuretano usado em encosto de cabe-ça e assentos de caminhões pela fibrade coco. Agora estuda o uso do curauá,planta da Amazônia da mesma famíliado abacaxi, que por sua alta resistên-cia, poderá substituir a fibra de vidrousadanospara-choquesdoscaminhões.Segundo Manfred Straub, diretor decompras, o uso de curauá só está de-pendendo de escala de produção.A General Motor está seguindo o mes-mo caminho. Vai retornar ao uso de fi-brade coco nosmodelosVectrae Astra,que foi paralizado no passado pela es-cassez da fibra no mercado. Os anti-gos Opalas usavam essa fibra.Segundo Alcides Lopes Leão, pesqui-sador da Unesp, as fibras naturais po-dem ser usadas na maioria dos com-ponentes feitos de plástico convencio-nal, como peças injetadas, grades epara-choques, com a vantagem de pro-porcionarem uma redução de 25% nopeso do veículo. O problema ainda é afalta de escala de produção.Além do uso de fibras naturais os óle-os vegetais como o de mamona, cas-tanha de caju e de palma estão sendousadosem lonasparafreio.(G221001M).

Midas Elastômeros revoluciona omercado de borracha.

O Conselho Nacional do MeioAmbien-te (CONAMA), através da Resolução258/99, estabeleceu normas e prazospara que os pneus usados sejamdestruídos pela indústriae pelos impor-tadores. Esta norma determina que, apartir de janeiro de 2002, para cadaquatro pneus novos fabricados ou im-portados,um deveráser destruído.Estaproporçãoaumentaprogressivamenteatéque, em 2005, para cada quatro pneusnovos fabricados ou importados, cincovelhos terão que ser destruídos.Atenta a esta oportunidade de ouro, aMidas Elastômeros adquiriu e aperfei-

Máquina de triturar pneus

Área de armazenamento e trituragem de pneus

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Laboratório de Controle

çoouo processode reciclagemde pneuscuja tecnologia consiste na trituraçãoe moagem dos pneus inservíveis, ondeo aço e o nylon são retirados da carca-ça e a borracha é desvulcanizada. Aborracha recuperada é utilizada na fa-bricação de artefatos de borracha taiscomo tapetes, calçados, pisos espor-tivos, isolantes térmicos, asfalto e narecapagem de pneus. O aço éreaproveitado pelas indústrias siderúr-gicas e o nylon pelas indústrias têxteis.Funcionando em caráter experimental,a Midas espera gerar 70 empregos di-retos e cerca de 250 indiretos. A esti-mativada empresaé de reciclarporanode 5 a 6 milhões de pneus, oquecorresponderá a uma produção de 20mil toneladas de borracha regenerada.De um total de 50 milhões de pneus.novos produzidos anualmente no Bra-sil, apenas 40% são recauchutados. Oresto é descartado sem qualquer crité-rio.A Midas Elastômeros é uma empresade capital nacional, fundada em 1999com investimento de R$ 15 milhões doGrupo Vibrapar, que atua nos segmen-tos de distribuição de derivados de pe-tróleo, petroquímica, transporte e ser-viços. A holding Vibrapar é gerenciadapelosseus diretoresJoãoDeguirmedjiane Alexandre A. Malavazzi.(PR).

Holanda planeja comprar cascade arroz no Brasil.

A empresa holandesa BTG BiomassTechnology Group B.V.está interessa-da em adquirir a sobra anual de 1,2milhões de toneladas de casca de ar-roz,ou seja 22% da safragaúchade 5,3milhões de toneladas, para ser usadacomo matéria-primanaproduçãodeóleoecológico (green oil). O produto seráexportadopara a Holandae utilizadonageração de energia limpa. O projetoholandês para a instalação de umaunidadedeprocessamentono RioGran-dedoSulterácapacidadeparaprocessarduas mil toneladas por hora e está es-timado em cerca de US$ 2 milhões.SegundoRobbieVenderbosh,engenheirode processo da BTG, de cada mil tone-ladas é possível extrair 560 quilos deóleo.O primeiro passo será desenvolver umestudodeviabilidadetécnica,orçadoemUS$ 1OOmil, dos quais 66% será cus-teado pelo governoholandês, 14%pelagaúchaWeco,fabricantedeequipamen-tos termo-mecânicos, 10% pela BTG eo restante por outra holandesa, a Kara.O consórcio de empresas busca umparceiro,preferencialmenteuma indústriade arroz, que entraria como supridor dematéria-prima, no caso a casca do ar-roz.O processode extraçãode óleo,desen-volvido há doze anos pela BTG, emparceria com uma universidade holan-desa ainda não é usado em escalacomercial. Basicamente consiste naqueima da casca por "flash pyrolysis"até a obtenção de um carvão que resul-tará em óleo combustível. As cinzasresiduais(20%)serãoprocessadasparaobtenção de silício, muito usado na in-dústria eletrônica. ( GO611 O1M).

Reciclagem de vidro geraeconomia na fabricação

De acordo com a Associação Brasilei-ra das Indústriasde Vidro (ABIVIDRO),no ano passado, no Brasil, foram pro-duzidos 883 mil toneladas de vidro paraembalagens, dos quais 360 mil tone-ladas (41%) foram recicladas. Segun-do especialistas, o processo de recu-

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peração de vidro economiza matéria-prima, energia elétrica, emite menosgases, demanda menos extração deminerais, diminui o acúmulo de lixo ematerrose gera empregose renda.LucienBelmonte, superintendente daABIVIDRO, informa que a utilização decacos de vidro na mistura de matérias-primas resulta em economia de cercade 4%. "Com um quilo de caco, é pro-duzido um quilo de vidro enquanto queum quilo de matéria-primaconvencionalsó se produz 850 gramas de material.No Brasil estima-se que haja cerca de500 mil catadores de vidro, dos quais300 mil são cadastrados. Esses profis-sionais poderiam aumentar sua renda,vendendodiretamenteparaas vidrarias.No programa de parceria com as coo-perativasde catadores,a ABIVIDROvaiensinar como agregar valor ao produto,por meiode limpeza,separação porcore eliminação de traços de alumínio eferro.(G300402M)

Silicone - um produtoecologicamente correto

Faceao elevado crescimentodo uso desilicones, que vem ocorrendo há maisde dois anos, a Associação Brasileirada Indústria Química (ABIQUIM) crioua Comissão Setorial de Silicones, for-mada pelas empresas Dow Corning,Rhodia, Wacker e Compton, que pro-duzem silicones no Brasil.Um produto ecologicamente correto, osilicone possui mais de 5000 possíveisaplicações. Substância, derivada dosilício, pode ser utilizada em diversossegmentos da indústria, como constru-ção civil, indústrias químicas epetroquímicas, têxtil, farmacêutica,automobilística, de higiene e limpeza,papel e cosméticos e pelo segmentomédico e odontológico.A produção mundial de silicone é esti-mada em 1,5 milhões t/ano,correspondendo a um faturamento deUS$ 5,5 bilhões. O mercado brasileirode silicone está estimado em cerca deUS$ 200 milhões /ano, com um consu-mo per capta de quase US$ 1,00 porhabitante por ano, enquanto que nosEstados Unidos chega a US$ 8,00 porhabitante por ano. (PR).

Reciclagem poupa três milhões deárvores por ano

A maior fábrica de papel reciclado daAmérica Latina está localizada na cida-de de Paulínia (SP) e pertence ao Gru-po Orsa, terceiro maior produtor de pa-pel para embalagens e caixas de pape-lão ondulado do Brasil. Com capacida-de paraproduzir,anualmente,132milto-neladas de papel reciclado e 60 mil to-neladas de embalagens, a fábrica estáinstaladaem umaáreade360milmetrosquadradose utilizacomo matéria-primaaparas ou refugo de papel. Os materi-ais são coletados nas ruas ou proveni-entes das sobras das demais unidadesda empresa, evitando desse modo aderrubadadetrês milhõesdeárvore/ano.A cada mês, caminhões despejam 12mil toneladas de aparas nos pátios daunidade. Esserefugo,depois de passarpor um processo de filtragem, lavagem,produção industrial em equipamentosespecializados,retomamao mercadonaforma de papel e embalagens. Os resí-duos provenientes desses banhos sãotratados em lagoas artificiais antes deretomarem aos rios da região."Nadaé desperdiçadodentro da empre-sa",salienta SérgioAmoroso,presidentedo grupo Orsa. A empresa tem investi-do na implementação de uma políticaambientaladequadaàs necessidadesdesuas unidades fabris e da comunidade.Dentre os vários projetos, do ProgramaComunidade e Meio Ambiente, um de-les fez jus, no ano passado, ao PrêmioAção pelaÁgua, nacategoriaeducaçãoambiental: o programa "Reciclando naEscola", implantadoem Paulínia,foi es-colhidopeloConsórcioIntermunicipaldasBacias dos Rios Piracicaba, Capivari eJundiaí, entre 46 inscritos. O programaenvolve diretamente 12 mil alunos ma-triculados em 35 escolas do municípiode Paulínia, Estado de São Paulo.Periodicamenteum grupo de 30 funcio-náriosvoluntáriosda Orsa realizapales-tras em várias escolas, enfatizando aimportância da reciclagem para o meioambiente.Em seguida, as escolas recebem, gra-tuitamente caçambas para coleta demateriaisa seremreciclados(papel,plás-tico e alumínio).Todoo material recolhi-do nas escolas são levados até a uni-

dade de Paulínia, onde é pesado e re-vertido em pontos que dão direito a prê-mios para a escola. Os papéis e pape-lões recolhidos seguem para reciclagemenquanto os materiais de alumínio e plás-tico são recolhidos por empresas priva-das e parceiras.(PR)

FMC lança Biflex

A FMC Química está lançando o Biflex,produto à base de bifentrina, utilizado nocombate a cupins, formigas e outras pra-gas urbanas. O produto foi apresentadona Expoprag 2002, que aconteceu de 13a 15 de maio, no ITM Expo Feiras &Convenções, em São Paulo. A FMC apre-

Biflex da FMC

sentou, também, outros produtos comoo Cynoff, para insetos domésticos voa-dores e rasteiros, o Dragnet AS, quecombate o mosquito transmissor da den-gue e o Prostore, para uso emarmazenamento de grãos.A bifentrina é utilizada há vários anos nosEUA e Austrália em marcas comerciais

tradicionais como Talstar e Biflex. É pro-duzida em Baltimore, Maryland, nosEstados Unidos e formulada comercial-

mente na fábrica da FMC em Uberaba,Minas Gerais, em suspensãoconcentrada. (PR).

Incineração pode movimentar R$50 milhões no Brasil.

O mercado de destinação de resíduo in-dustrial perigoso em incineradores podemovimentar negócios da ordem de R$ 50milhões por ano no Brasil. Hoje, gera umfaturamento de aproximadamente R$14,5 milhões, um valor quatro vezesmenor do que o seu potencial, de acor-do com a Associação Brasileira de Em-presas de Tratamento, Recuperação eDisposição de Resíduos Especiais(ABETRE).Atualmente no Brasil, segundo a entida-de, 24 mil toneladas de resíduo indus-trial perigoso são tratadas por meio deincineração em sete empresas licenci-adas no País. "Temos tecnologia para pro-cessar resíduos líquidos, pastosos e ga-sosos, e as instalações possuem labo-ratório, depósito de armazenamento tem-porário e tanques de equalização", co-menta Carlos Femandes, presidente daentidade.

A técnica de incineração consiste naqueima dos resíduos em fomos especi-ais a uma temperatura superior a 1000°C.Ocorre a decomposição da matéria or-gânica (resíduo), que se transforma emcinzas, líquidos e gases. Os resíduos sãocoletados nas indústrias geradoras, trans-portados em veículos especiais, pesa-dos e selecionados para formação dascargas de queima e direcionadas aosincineradores. Após o processo, as cin-zas são dispostas em aterros controla-dos e licenciados, os líquidos são en-caminhados para uma estação de trata-mento e os gases, originados na quei-ma, são tratados e monitorados para quenão agridam o meio ambiente.(PR).

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AGENDAXLII CONGRESSO BRASilEIRO DE QUíMICA9-13/set./ 2002Rio Othon Palace Hotel; Rio de Janeiro, RJe-mail: [email protected]

VII ENCONTRO NACIONAL SOBRE CONTAMINANTESINORGÂNICOS - ENCI23-25/out./2002Rio de Janeiro, RJe-mail:[email protected]

1ST INTERNATIONAl SYMPOSIUM ON RESIDUEMANAGEMENT IN UNIVERSITIES6-8/nov./2002Santa Maria, RSe-mail: Martins@guímica.utsm.br

XV CONGRESSO BRASilEIRO DE ENGENHARIA ECIÊNCIA DOS MATERIAIS9-13/nov./2002Nata, RNInto: Tel./Fax: (84) 215 3830e-mail: [email protected]

I CONGRESSO BRASilEIRO DE CARBONO18-20/nov./2002

Piracicaba, SPInto: Tel./Fax: (19) 31241796e-mail: [email protected]

12° ENQA-ENCONTRO NACIONAL DE QUíMICAANAlíTICA23-26/set./ 2002São Luis do Maranhão, MAInto: (98)2178266,2178246, Fax: (98)2178245e-mail: [email protected]

XII SIMPÓSIO BRASilEIRO DE ElETROQuíMICA EElETROANAlíTICA1-5/Dez./2002

Into:(16)201 6605, Fax: (16)2227932e-mail: [email protected]

XLIII CONGRESSO BRASilEIRO DE QUíMICA22-26/SeV2003Ouro Preto,MGCentro de Artes e Convenções de Ouro PretoInto:Tel.:(21)2224 4480

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CURSO

28 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 719 - 2002

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