ano 3 - número 28 publicação trimestral agosto/setembro...

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Apresentação .............................................. 1 122.ª Reunião Ordinária do CNS Agosto/2002 – Resumo Executivo ................. 1 123.ª Reunião Ordinária do CNS Setembro/2002 – Resumo Executivo.............. 8 124.ª Reunião Ordinária do CNS Outubro/2002 – Resumo Executivo .............. 13 22.ª Reunião Extraordinária do CNS Outubro/2002 – Resumo Executivo .............. 19 ANO 3 - Número 28 Publicação Trimestral Agosto/Setembro/Outubro/2002 As deliberações e resumos executivos gerados pelas reuniões ordinárias do Conselho Nacional de Saúde nos meses de agosto, setembro e outubro compõem esta edição. Além dessas, estão incluídas informações da reunião extraordinária convocada ainda para o mês de outubro, convocada com a fina- lidade de discutir aspectos do financiamento do SUS. Na reunião do mês de setembro, conforme regis- trado no respectivo resumo executivo, estiveram pre- sentes no CNS, como convidados, assessores diretos dos quatro principais candidatos à Presidência da República. Eles vieram ao Conselho para apresentar aos conselheiros os programas de governo de cada grupo, com ênfase especial na questão da saúde. É importante salientar que antes da vinda deles, o CNS havia encaminhado a cada um dos comitês eleitorais uma carta na qual apresenta uma série de pontos considerados fundamentais para a sobrevivência do atual modelo de atenção. Ainda neste Boletim, é publicada a íntegra de ho- menagem ao professor João Yunes, um dos maiores especialistas em saúde do País, que faleceu em outubro. O texto preparado pelo plenário e encami- nhado a várias autoridades e entidades demonstra o reconhecimento do Conselho Nacional de Saúde ao trabalho e à luta individual do ex-secretário de Políti- cas de Saúde e consultor da OPAS, reconhecido inter- nacionalmente pela dedicação e amor à cidadania, à democracia e ao bem coletivo. ITEM 01 – ABERTURA, ATA E INFORMES APROVAÇÃO DA ATA Transferida a aprovação das Atas da 120.ª e da 121.ª Reunião Ordinária para a Reunião Ordinária de setembro de 2002. ABERTURA Nos dias 7 e 8 de agosto de 2002, na sala de reu- nião Conselheiro Omilton Visconde, do Conselho Na- cional de Saúde, realizou-se a 122.ª Reunião Ordiná- ria do Conselho Nacional de Saúde. N N E E S S T T A A S S E E Ç Ç Ã Ã O O 1 1 2 2 2 2 . . a a R R E E U U N N I I Ã Ã O O O O R R D D I I N N Á Á R R I I A A D D O O C C N N S S R R E E S S U U M M O O E E X X E E C C U U T T I I V V O O A A G G O OS S T T O O/ / 2 2 0 0 0 0 2 2 A A P P R R E E S S E E N N T T A A Ç Ç Ã Ã O O

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AApprreesseennttaaççããoo .............................................. 1

112222..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa ddoo CCNNSS

AAggoossttoo//22000022 –– Resumo Executivo ................. 1

112233..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa ddoo CCNNSS

SSeetteemmbbrroo//22000022 –– Resumo Executivo.............. 8

112244..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa ddoo CCNNSS

OOuuttuubbrroo//22000022 –– Resumo Executivo .............. 13

2222..ªª RReeuunniiããoo EExxttrraaoorrddiinnáárriiaa ddoo CCNNSS

OOuuttuubbrroo//22000022 –– Resumo Executivo .............. 19

ANO 3 - Número 28 Publicação Trimestral Agosto/Setembro/Outubro/2002

As deliberações e resumos executivos geradospelas reuniões ordinárias do Conselho Nacional deSaúde nos meses de agosto, setembro e outubrocompõem esta edição. Além dessas, estão incluídasinformações da reunião extraordinária convocadaainda para o mês de outubro, convocada com a fina-lidade de discutir aspectos do financiamento do SUS.

Na reunião do mês de setembro, conforme regis-trado no respectivo resumo executivo, estiveram pre-sentes no CNS, como convidados, assessores diretosdos quatro principais candidatos à Presidência daRepública. Eles vieram ao Conselho para apresentaraos conselheiros os programas de governo de cadagrupo, com ênfase especial na questão da saúde. Éimportante salientar que antes da vinda deles, o CNShavia encaminhado a cada um dos comitês eleitoraisuma carta na qual apresenta uma série de pontosconsiderados fundamentais para a sobrevivência doatual modelo de atenção.

Ainda neste Boletim, é publicada a íntegra de ho-menagem ao professor João Yunes, um dos maioresespecialistas em saúde do País, que faleceu emoutubro. O texto preparado pelo plenário e encami-nhado a várias autoridades e entidades demonstra oreconhecimento do Conselho Nacional de Saúde aotrabalho e à luta individual do ex-secretário de Políti-cas de Saúde e consultor da OPAS, reconhecido inter-nacionalmente pela dedicação e amor à cidadania, àdemocracia e ao bem coletivo.

IITTEEMM 0011 –– AABBEERRTTUURRAA,, AATTAA EE IINNFFOORRMMEESS

AAPPRROOVVAAÇÇÃÃOO DDAA AATTAA

Transferida a aprovação das Atas da 120.ª e da121.ª Reunião Ordinária para a Reunião Ordinária desetembro de 2002.

AABBEERRTTUURRAA

Nos dias 7 e 8 de agosto de 2002, na sala de reu-nião Conselheiro Omilton Visconde, do Conselho Na-cional de Saúde, realizou-se a 122.ª Reunião Ordiná-ria do Conselho Nacional de Saúde.

NNNNEEEESSSSTTTTAAAA SSSSEEEEÇÇÇÇÃÃÃÃOOOO

111122222222....aaaa RRRREEEEUUUUNNNNIIIIÃÃÃÃOOOO OOOORRRRDDDDIIIINNNNÁÁÁÁRRRRIIIIAAAA DDDDOOOO CCCCNNNNSSSSRRRREEEESSSSUUUUMMMMOOOO EEEEXXXXEEEECCCCUUUUTTTTIIIIVVVVOOOO –––– AAAAGGGGOOOOSSSSTTTTOOOO////2222000000002222

AAAAPPPPRRRREEEESSSSEEEENNNNTTTTAAAAÇÇÇÇÃÃÃÃOOOO

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2 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

IINNFFOORRMMEESS

Coordenador NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss infor-mou que a apresentação do Item 03 da Pauta: Revisãoda Resolução n.º 33/92 fora adiada para 123.ª Reu-nião Ordinária.

IINNFFOORRMMEESS EENNCCAAMMIINNHHAADDOOSS PPOORR EESSCCRRIITTOOPPAARRAA AAPPRREECCIIAAÇÇÃÃOO DDOO CCOOLLEEGGIIAADDOO

11)) AAssssoocciiaaççããoo BBrraassiilleeiirraa ddee EEnnffeerrmmaaggeemm ((AABBEENN)):: aAssociação Brasileira de Enfermagem encaminhoupara apreciação do Conselho Nacional de Saúdecópia da Moção de Repúdio ao Projeto de Lei n.º25/02 que regulamenta o Ato Médico e Recomenda-ção, sugerindo que: tendo em vista os considerandoscontidos na Moção de Repúdio ao Projeto de Lei n.º25/02, os participantes do 6.º Seminário Nacional deDiretrizes para a Educação e Enfermagem (SENADEn)recomendam ao Conselho Nacional de Saúde a ava-liação do referido tema, com a devida urgência, a fimde apresentar à sociedade e ao Congresso Brasileiro oseu posicionamento.

22)) CCoommiissssããoo IInntteerrsseettoorriiaall ddee AAlliimmeennttaaççããoo ee NNuuttrrii--ççããoo ((CCIIAANN)):: a Comissão Intersetorial de Alimentação eNutrição encaminhou, para apreciação do CNS, Pro-posta Preliminar do Programa do Seminário SegurançaAlimentar – Uma tarefa de todos, a ser realizado emRecife, de 16 a 18 de outubro de 2002.

33)) CCoommiissssããoo IInntteerrsseettoorriiaall ddee RReeccuurrssooss HHuummaannooss((CCIIRRHH)):: a Comissão Intersetorial de Recursos Humanosencaminhou ao Plenário os seguintes informes: II.. Au-diência conjunta do CNS com o Presidente do CNE,Prof. José Carlos de Almeida, realizada no dia 17 dejulho de 2002, dando continuidade as articulações doCNS e CNE, com os seguintes resultados: aa)) discussãoda agenda com conteúdo comum dos dois Conselhose idéias e propósitos a respeito da atual proposta deEducação Tecnológica; bb)) acertada a participação doCNS na Audiência Pública Diretrizes Curriculares paraa Educação Profissional de Nível Tecnológico do CNE,no dia 1.º de agosto de 2002, em Brasília; cc)) apresen-tação de temas para a proposta de agenda conjunta,aprovada na Reunião Ordinária de 3 e 4 de julho de2002, Brasília – DF.

44)) CCoommiissssããoo IInntteerrsseettoorriiaall ddee SSaaúúddee ddoo ÍÍnnddiioo ((CCIISSII))::apresentou informe relativo a reunião intersetorial, rea-lizada dia 5 de julho de 2002, sobre AlimentaçãoAuto-Sustentável e Articulação Intersetorial em TerrasIndígenas com objetivo de desenvolver propostas con-cretas de fomento às atividades de segurança alimen-tar para a melhoria da população indígena. Nesse sen-tido, apresentou as seguintes propostas decorrentes dareunião: aa)) organização de documento para discussão

com uma proposta de Programa de Agricultura FamiliarIndígena e debate do tema com as organizações indíge-nas em Seminários específicos, com apoio do PRONAF;bb)) organizar proposta preliminar de Bolsa-Alimentaçãoadaptada para populações indígenas, considerando asua operacionalização e controle social a partir dos Dis-tritos Sanitários Especiais Indígenas; cc)) articular iniciati-vas envolvendo MEC e Secretarias de Educação.

55)) CCoonnffeerrêênncciiaa NNaacciioonnaall ddee BBiissppooss ddoo BBrraassiill((CCNNBBBB)):: Conselheira ZZiillddaa AArrnnss NNeeuummaannnn informouque a Pastoral da Criança elaborara o documento“Convocação aos candidatos das Eleições 2002 para aconstrução de uma cultura de paz e uma sociedadejusta e fraterna” que apresenta 25 propostas nas áreasda saúde, educação, meio ambiente, segurança ali-mentar e assistência social que seria encaminhado paratodas as 6.648 equipes de coordenação da Pastoral daCriança, presentes em 3.555 municípios brasileiros.

66)) Foi submetida à apreciação do CNS a Resoluçãon.º 317, de 9 de maio de 2002, homologada pelo Se-nhor BBaarrjjaass NNeeggrrii, Ministro da Saúde.

IITTEEMM 0022 –– RREEGGUULLAAMMEENNTTAAÇÇÃÃOO DDAARREESSOOLLUUÇÇÃÃOO NN..ºº 229922//9999

O Conselheiro WWiilllliiaamm SSaaaadd HHoossssnnee apresentou aResolução CNS n.º 292/99 que define a área temáticaespecífica de pesquisas com cooperação estrangeira afim de regulamentá-la. Segundo a referida Resolução,projetos abrangidos pela área (conforme definições)deveriam ter aprovação da CONEP, além daquela doCEP. Lembrou, ainda, que a responsabilidade éticapela aprovação (e co-responsabilidade pelo desenvol-vimento do Projeto) era da CONEP e tal responsabili-dade era atribuída a CONEP pelo CNS. Dessa manei-ra, destacou, dadas as características e complexidadesenvolvidas, os seguintes projetos de cooperação es-trangeira dependentes da aprovação da CONEP: aa))fases I e II; bb)) grupo comparativo de sujeitos de pesqui-sa mantidos, durante qualquer período, em regime ex-clusivo de placebo e/ou mesmo sem tratamento espe-cífico, incluindo período de wwaasshh--oouutt; cc)) armazena-mento (e/ou formação de banco) de material biológi-co; dd)) medicamento para HIV/AIDS. Os demais proje-tos desta área temática não necessitariam de aprova-ção da CONEP, ficando tal responsabilidade delegadaao CEP. Aprovada a Resolução, por unanimidade.

IITTEEMM 0033 –– PPRROOPPOOSSTTAASS DDAA CCOOMMIISSSSÃÃOOIINNTTEERRSSEETTOORRIIAALL DDEE SSAAÚÚDDEE DDOOTTRRAABBAALLHHAADDOORR ((CCIISSTT//CCNNSS))

O Conselheiro MMoozzaarrtt ddee AAbbrreeuu ee LLiimmaa informou osresultados de reunião realizada nos dias 20 e 21 de

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3Boletim do Conselho Nacional de Saúde

junho de 2002, na CESAT, em Salvador-Bahia, em queforam discutidos os seguintes temas: aa)) Semináriosobre Amianto; bb)) 3.ª Conferência Nacional de Saúdedo Trabalhador; cc)) Norma de Vigilância da Populaçãoexposta ao Benzeno; dd)) Seguro de Acidente de Traba-lho; ee)) Propostas de Portaria da SAS, que trata da RedeNacional de Saúde do Trabalhador no SUS e Normasde Cadastramento dos Centros de Referência emSaúde do Trabalhador. Apresentou, ainda, encaminha-mentos da “Carta de Salvador ” com posição assumi-da pelos participantes do I Seminário sobre Amianto naBahia: “Trabalho, Saúde e Meio ambiente”, a saber: aa))alertar os ex-trabalhadores do amianto na Bahia a res-peito de seus direitos, incluindo o acompanhamento desua situação de saúde; bb)) sugerir à Assembléia Legisla-tiva do Estado a aprovação da Lei Estadual sobre oprogressivo banimento do amianto na Bahia; cc)) neces-sidade de adoção de políticas de transição justas dosempregos; dd)) necessidade de as empresas que utilizamou utilizaram amianto sejam responsabilizadas pelosdanos ambientais e à saúde humana. Apresentou, tam-bém, as seguintes recomendações ao CNS: 11..ªª)) apoioàs ações para o banimento de extração, produção euso de produtos a base de asbesto/amianto; 22..ªª)) açõesrelativas ao Seguro de Acidente de Trabalho; 33..ªª)) apro-vação de Moção que solicita estudo do modelo de or-ganização na área da saúde do trabalhador nas ins-tâncias do SUS pelas Secretarias Municipais e Estaduaisde Saúde e cumprimento ao Estado da Bahia e, em es-pecial, a Direção e Equipe do CESAT, pelo trabalhodesenvolvido. Aprovadas as Recomendações da CIST,por unanimidade.

IITTEEMM 0044 –– RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA CCIITT

Senhor JJooeelllliinnttoonn MMeeddeeiirrooss SSaannttooss,, Assessor do CO-NASEMS, apresentou os pontos de discussão da reu-nião da Comissão Intergestores Tripartite, realizada dia25 de julho de 2002: aa)) descentralização das Ações deEpidemiologia e Controle de Doenças (ECD) – FUNA-SA/MS; bb)) qualificação de Estados (NOAS n.º01/2002) – SAS/MS; cc)) habilitação de Municípios(NOAS n.º 01/2001); dd)) Plano de Expansão dos Cen-tros de Apoio Psicossocial (CAPS) – SAS/MS; ee)) reclassi-ficação dos Hospitais Psiquiátricos. Senhor PPeeddrroo GGaa--bbrriieell GGooddiinnhhoo DDeellggaaddoo, Diretor Substituto da ASTEC,falou da proposta de reclassificação dos hospitais psi-quiátricos do SUS e apresentou a situação dos hospitaispsiquiátricos brasileiros e da saúde mental no Brasil.Nesse sentido, comentou a Portaria Ministerial n.º251/01, que estabelece diretrizes e normas para a as-sistência hospitalar em psiquiatria e reclassifica os hos-pitais psiquiátricos através de indicadores. Esclareceuque a proposta era reestruturar os hospitais que pos-suíam acima de 400 leitos, a fim de transformá-los, gra-dativamente, em hospitais de pequeno e médio porte.

IITTEEMM 0055 –– RREEVVIISSÃÃOO DDAA RREESSOOLLUUÇÇÃÃOO NN..ºº 3333//9922

Item não apresentado.

IITTEEMM 0066 –– MMEESSAA:: ““MMOODDAALLIIDDAADDEESS DDEERREEMMUUNNEERRAAÇÇÃÃOO DDOOSS PPRREESSTTAADDOORREESS DDEESSEERRVVIIÇÇOOSS EE PPRROOFFIISSSSIIOONNAAIISS DDEE SSAAÚÚDDEE DDOOSSEETTOORR PPÚÚBBLLIICCOO EE DDOO SSEETTOORR PPRRIIVVAADDOO((IINNTTEEGGRRAANNTTEE DDOO SSUUSS EE DDAA SSAAÚÚDDEE SSUUPPLLEETTIIVVAA))””

O Conselheiro JJoosséé CCaarrvvaallhhoo ddee NNoorroonnhhaa fez umaexplanação dos modos de pagamento de Provedoresem Sistemas de Saúde, destacando: aa)) transação entreconsumidores e fornecedores; bb)) demanda derivada; cc))qualidade dos Serviços de Saúde – IOM, 1993; dd)) atri-butos dos serviços de saúde afetados pelos modos depagamento; ee)) efeitos do modo de pagar, dentre outrosaspectos. Senhora MMaarriiaa AAlliicciiaa DDoommiinngguueezz UUggáá para-benizou, primeiramente, o papel importante do CNSno aprofundamento da implantação dos princípios doSUS. Destacou, em seguida, dois sistemas de remune-ração que não apresentavam vantagens: aa)) pagamen-to por diária hospitalar; bb)) pagamento por ato médico.Comentou, ainda, dois métodos de pagamentos: aa))por procedimento que se assemelha à Autorização deInternação Hospitalar (AIH); bb)) por orçamento global.Nesse sentido, apresentou proposta de remuneraçãoque partia do orçamento global, com incentivos capa-zes de garantir a quantidade acordada com prestado-res públicos e privados de serviços programados paradeterminado ano e garantir, minimamente, responsabi-lidades de compromissos referentes à qualidade eoutros elementos importantes. O Conselheiro OOllyymmppiiooTTáávvoorraa CCoorrrrêêaa teceu comentários sobre os modos deremuneração destacando o sistema AIH como um bomsistema de remuneração. Senhor EEddssoonn ddee OOlliivveeiirraa AAnn--ddrraaddee, representante do Conselho Federal de Medici-na, falou do dito serviço público e o serviço suplemen-tar das operadoras de saúde, destacando que os doissistemas estariam intimamente relacionados e o maufuncionamento de um interferia na qualidade dos servi-ços prestados nas duas instâncias. Destacou, também,a situação dos médicos brasileiros, bem como dificul-dades enfrentadas e propostas do Estado para áreamédica.

IITTEEMM 0077 –– CCUUMMPPRRIIMMEENNTTOO DDOO AARRTTIIGGOO 2266 DDAALLEEII NN..ºº 88..008800//9900 EE QQUUEESSTTÕÕEESS AAPPRREESSEENNTTAADDAASSPPEELLOOSS CCOONNSSEELLHHEEIIRROOSS CCAARRMMEEMM MMAARRIIAABBRRUUDDEERR DDAA FFOONNSSEECCAA,, AARRTTUURR CCUUSSTTÓÓDDIIOO MM..DDEE SSOOUUSSAA EE GGYYSSÉÉLLLLEE SSAADDDDII TTAANNNNOOUUSS

A Senhora LLeenniirr SSaannttooss, Instituto de Direito Sanitá-rio, prestou esclarecimentos acerca do Artigo 26 da LeiOrgânica da Saúde, que trata da fixação de valores,critérios e parâmetros para pagamento do Setor Priva-

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4 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

do Complementar ao Sistema Público de Saúde. Nessesentido, destacou que qualquer pagamento de tabelas,fixação de critérios ou coberturas de assistência socialteriam de ter aprovação do Conselho Nacional deSaúde, caso contrário poderia ser considerado atonulo, tendo em vista que a Lei não fora cumprida. Apartir da apresentação, ocorrera grande discussãoacerca de valores de tabela de remuneração, mais es-pecificamente sobre as Portarias SAS/MS n.os 251/01e 77/01 que não receberam, por parte do CNS, o tra-tamento preconizado pela Lei n.º 8.080/90, em seuArt. 26. Nesse sentido, foi aprovado com voto contráriodo Conselheiro OOllyymmppiioo TTáávvoorraa CCoorrrrêêaa,, o seguinte en-caminhamento: que fosse realizada uma reunião coma Comissão Intersetorial de Saúde Mental e o Ministé-rio da Saúde, na manhã do segundo dia de reunião doCNS, a fim de apresentar um Parecer acerca das Porta-rias n.os 251/01 e 77/02 da SAS ao Colegiado. Aten-dendo à solicitação do Plenário do CNS, a ComissãoIntersetorial de Saúde Mental apresentou duas reco-mendações ao Plenário do CNS: aa)) a ratificação daPortaria n.º 251/02, por representar um avanço signi-ficativo na consolidação da Política de Saúde Mentalvigente no País; bb)) a ratificação da Portaria n.º 77/02.O Conselheiro OOllyymmppiioo TTáávvoorraa CCoorrrrêêaa solicitou pedi-do de vistas sobre o Parecer da Comissão Intersetorialde Saúde Mental, a fim de que as Portarias n.º 251/02e n.º 77/02 pudessem ser melhor avaliadas pelo Cole-giado, para posterior discussão.

IITTEEMM 0088 –– ““OO DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO DDOO SSUUSS::AAVVAANNÇÇOOSS,, DDEESSAAFFIIOOSS EE RREEAAFFIIRRMMAAÇÇÃÃOO DDEESSEEUUSS PPRRIINNCCÍÍPPIIOOSS EE DDIIRREETTRRIIZZEESS”” –– DDIISSCCUUSSSSÃÃOODDOO DDOOCCUUMMEENNTTOO

O Conselheiro SSéérrggiioo FFrraanncciissccoo PPiioollaa, Coordena-dor do GT do Desenvolvimento do SUS, submeteu àapreciação do Colegiado a versão preliminar, de 5de agosto de 2002, do documento DDeesseennvvoollvviimmeennttooddoo SSiisstteemmaa ÚÚnniiccoo ddee SSaaúúddee nnoo BBrraassiill:: RReeaaffiirrmmaaççããoo ddeePPrriinnccííppiiooss,, AAvvaannççooss ee DDeessaaffiiooss, lembrando os doisobjetivos do mesmo: aa)) posição do CNS a ser apre-sentada aos Candidatos à Presidência da República;bb)) servir de base para construção dos indicadores deavaliação do SUS. Após exaustiva discussão e contri-buições dos Conselheiros, chegou-se ao seguinte en-caminhamento: aa)) aprovação preliminar do do-cumento; bb)) delegação ao GT para incorporar ascontribuições dos Conselheiros; cc)) elaboração de re-sumo do documento a ser enviado aos Conselheirosque teriam dois dias para apresentar contribuições,considerando que a reunião do GT aconteceria nasemana subseqüente à reunião do CNS; dd)) presençadas coligações dos candidatos à Presidência da Re-pública na reunião de setembro de 2002. Aprovado,por unanimidade ((AANNEEXXOO 11)).

IITTEEMM 0099 –– RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA CCOOFFIINN//CCNNSS

Professor EElliiaass AA.. JJoorrggee apresentou súmula dos Rela-tórios da Reunião Extraordinária, de 31 de julho e 1.º deagosto de 2002, da COFIN/CISAMA e da Reunião Or-dinária da COFIN/CNS dos dias 6 e 7 de agosto de2002, com as seguintes sugestões ao CNS: aa)) conside-rar como parâmetros gerais as diretrizes básicas paraavaliação da Proposta Orçamentária do MS para2003, no que couber, as Resoluções do CNS n.º 67/93e n.º 290/99, tendo como referência para o financia-mento a Resolução n.º 316/02 do CNS e a Decisão n.º143/2002 do TCU; bb)) convidar os autores de Projetosde Lei para Regulamentação da EC n.º 29, DeputadoFederal UUrrssiicciinnoo QQuueeiirroozz e o Senador TTiiããoo VViiaannaa para apróxima reunião do CNS; cc)) convidar a Consultoria Ju-rídica do MS para explicitar os fundamentos do ParecerCONJUR/MS n.º 961/2002 em função das inovaçõesque apresenta; dd)) convidar, também, o Ministério Públi-co Federal para participar da discussão sobre o ParecerCONJUR/MS n.º 961/2002; ee)) avaliar a conveniênciade convocar Reunião Extraordinária para analisar eaprovar a Proposta Orçamentária do MS para 2003,antes de seu envio ao Congresso Nacional, cuja data li-mite é 31 de agosto de 2002. Aprovada a súmula apre-sentada, bem como as sugestões nela contidas. Em se-guida, submeteu à apreciação do Colegiado o Relató-rio da reunião da COFIN, realizada nos dias 6 e 7 deagosto de 2002, destacando propostas para delibera-ção, sugerindo ao Plenário que: aa)) reiterasse a necessi-dade de homologação da Resolução n.º 316, de 4 deabril de 2002; bb)) determinasse que a Coordenação-Geral do Conselho desencadeasse o processo de dis-cussão sobre os tópicos da regulamentação da EC n.º29 apresentados no Item 03 do Relatório; cc)) aprovassea súmula dos Relatórios da Reunião Extraordinária, de31 de julho e 1.º de agosto de 2002, da COFIN/CISA-MA e da Reunião Ordinária da COFIN/CNS, dos dias6 e 7 de agosto de 2002, com as seguintes sugestõesao CNS; dd)) aprovasse o relatório e as sugestões nelecontidas. Após votação, o Relatório, bem como as pro-postas nele contidas, foi aprovado por unanimidade.Conselheira GGyyssééllllee SSaaddddii TTaannnnoouuss apresentou, ainda,a seguinte proposta de encaminhamento: que fosseconvocada Reunião Extraordinária pela Coordenaçãodo CNS, possivelmente, para o dia 21 de agosto de2002, com a presença de Assessoria Jurídica e do Mi-nistério Público, a fim de discutir a proposta orçamentá-ria para o ano de 2003 e assuntos gerais. Aprovada aproposta, por unanimidade.

IITTEEMM 1100 –– PPRROOPPOOSSTTAA DDAA CCOOMMIISSSSÃÃOO OORRGGAA--NNIIZZAADDOORRAA DDAA PPLLEENNÁÁRRIIAA NNAACCIIOONNAALL DDEE CCOONN--SSEELLHHEEIIRROOSS DDEE SSAAÚÚDDEE

Conselheira AAnnaa MMaarriiaa LLiimmaa BBaarrbboossaa lembrou quefora distribuído aos Conselheiros a síntese do relatório

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5Boletim do Conselho Nacional de Saúde

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORRNN..ºº 002211,, DDEE 88 DDEE AAGGOOSSTTOO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 122.ª Reunião Ordinária, realizada no dias 7 e 8de agosto de 2002, no uso de suas competências regi-mentais e atribuições conferidas pela Lei n.º 8.080, de19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º 8.142, de 28de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

11)) a recomendação do CNS, de 14 de setembro de2001, que tratou de posicionamento contrário ao pros-seguimento, do anteprojeto de lei s/n de 2000, quedispõe sobre a administração dos riscos e danos dotrabalho, apresentado para discussão pelo Ministérioda Previdência e Assistência Social (MPAS), a fim de re-gulamentar a EC n.º 20/98;

22)) a apresentação da Proposta de Emenda Constitu-cional n.º 507/02, que altera o inciso I do artigo 201 erevoga o parágrafo 10 da Constituição Federal, a qualrestaura o caráter público do Seguro Acidente de Tra-balho;

33)) a concepção de seguridade social que asseguresistema de proteção ao trabalhador, de natureza públi-ca, solidária e universal;

44)) a magnitude dos índices de acidentes de traba-lho e doenças relacionadas aos ambientes e processosdo trabalho.

RREECCOOMMEENNDDAA::

II –– Promover junto ao Congresso Nacional:

11)) o posicionamento em defesa da natureza públicado Seguro de Acidente do Trabalho, inserido na con-cepção constitucional da Seguridade Social;

22)) a exigência de nova regulamentação do Segurode Acidente do Trabalho, balizada por ação interseto-rial, conduzida pelos objetivos de cobertura universal,integralidade de ações epidemiologicamente sustenta-das, gestão colegiada entre trabalhadores, emprega-dores e governo, neste envolvidos os órgãos da saúde– União, Estados e Municípios, da previdência e assis-tência social, do trabalho e emprego, ampliação docontrole social;

33)) o retorno aos balizamentos estabelecidos naConstituição de 1988, considerando a PEC n.º507/2002, que altera o inciso I do artigo 201 e revoga

RRRREEEECCCCOOOOMMMMEEEENNNNDDDDAAAAÇÇÇÇÕÕÕÕEEEESSSSda Reunião do dia 25 de junho com todos os coorde-nadores da Plenária e, nesse sentido, apresentou oseguinte encaminhamento: convocação da XII Plená-ria Nacional de Conselhos de Saúde a ser realizadano ano de 2002 e, conseqüentemente, convocaçãode reunião da Comissão Coordenadora para organi-zar o evento. Aprovada a convocação da PlenáriaNacional de Conselheiros de Saúde para ser realiza-da, possivelmente, na segunda quinzena de novem-bro e a proposta de reunião da Comissão Coordena-dora, a ser realizada no dia 3 de setembro de 2002.

IITTEEMM 1111 –– AASSSSUUNNTTOOSS PPAARRAA AA PPAAUUTTAA DDAA 112233..ªªRREEUUNNIIÃÃOO OORRDDIINNÁÁRRIIAA EE EENNCCEERRRRAAMMEENNTTOO

Item não apresentado.

DDEELLIIBBEERRAAÇÇÕÕEESS::

11)) Aprovada, por unanimidade, a Resolução CNSn.º 292/99, que define a área temática específica depesquisas com cooperação estrangeira.

22)) Aprovadas, por unanimidade, as Recomenda-ções da CIST ao CNS: 11..ªª)) recomendando apoio àsações para o banimento de extração, produção e usode produtos à base de asbesto/amianto; 22..ªª)) reco--mendando ações relativas ao Seguro de Acidente deTrabalho; 33..ªª)) recomendando aprovação de Moçãoque solicita estudo do modelo de organização naárea da saúde do trabalhador nas instâncias do SUSpelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde ecumprimento ao Estado da Bahia e, em especial, àDireção e Equipe do CESAT, pelo trabalhodesenvolvido.

33)) Aprovado, por unanimidade, o relatório daCOFIN e as propostas nele contidas: aa)) que o Plená-rio reiterasse a necessidade de homologação da Re-solução n.º 316, de 4 de abril 2002; bb)) que o Plená-rio determinasse que a Coordenação-Geral do Con-selho desencadeasse o processo de discussão sobreos tópicos da regulamentação da EC n.º 29, apresen-tados no Item 03 do Relatório; cc)) que o Plenário apro-vasse a súmula dos Relatórios da Reunião Extraordi-nária, de 31 de julho e 1.º de agosto de 2002, daCOFIN/CISAMA e da Reunião Ordinária daCOFIN/CNS dos dias 6 e 7 de agosto de 2002, comas seguintes sugestões ao CNS; dd)) que o Plenárioaprovasse o relatório e as sugestões nele contidas.

44)) Aprovada a convocação da XII Plenária Nacionalde Conselheiros de Saúde, a ser realizada, possivel-mente, na segunda quinzena de novembro de 2002.

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6 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

o parágrafo 10 da Constituição Federal, estabelecidona Emenda Constitucional n.º 20/98.

IIII –– Solicitar ao Ministério da Previdência e Assistên-cia Social (MPAS), a apresentação ao Conselho Nacio-nal de Saúde de estudos disponíveis para regulamenta-ção do Seguro Acidente de Trabalho (SAT).

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaall ddeeSSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112222..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORRNN..ºº 002222,, DDEE 88 DDEE AAGGOOSSTTOO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 122.ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 7 e 8de agosto de 2002, no uso de suas competências regi-mentais e atribuições conferidas pela Lei n.º 8.080, de19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º 8.142, de 28de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

11)) A Constituição Federal, em seu artigo 7.º, queassegura aos trabalhadores direitos que visem à me-lhoria de sua condição social, dentre esses, a reduçãodos riscos inerentes ao trabalho, mediante o estabele-cimento de normas de saúde, higiene e segurança.

22)) A Constituição Federal, dentro do princípio geraldo direito à saúde, assegurada garantirá, em especial,a proteção à saúde dos trabalhadores, diante da signi-ficação que o trabalho tem na sociedade e dos agravosque este pode acarretar para o trabalhador.

33)) A intersetorialidade da área de saúde do traba-lhador que prevê competências no âmbito dos Ministé-rios da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Previdênciae Assistência Social, que dizem respeito às questões re-lacionadas com os agravos decorrentes do trabalho.

44)) A Recomendação n.º 007 deste Conselho, de 14de setembro de 2000, que identifica a necessidade de tra-tar a proteção à saúde dos trabalhadores de forma har-mônica e orientada em função dos direitos dos mesmos.

55)) A necessidade de uniformizar procedimentos econdutas em todo o País, no que diz respeito à aten-ção à saúde dos trabalhadores na sua relação com otrabalho.

RREECCOOMMEENNDDAA::

II –– Aprovar o Manual de Procedimentos para Doen-ças relacionadas ao Trabalho, elaborado sob a coor-denação do Ministério da Saúde.

IIII –– Encaminhar ao Grupo Executivo Interministerialde Saúde do Trabalhador (GEISAT), ora coordenadopelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com vis-tas a sua adoção formal como referência, o referidomanual, através de Portaria Interministerial.

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaall ddeeSSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112222..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORRNN..ºº 002233,, DDEE 88 DDEE AAGGOOSSTTOO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 122.ª Reunião Ordinária, realizada no dias 7 e 8de agosto de 2002, no uso de suas competências regi-mentais e atribuições conferidas pela Lei n.º 8.080, de19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º 8.142, de 28de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

11)) a posição já adotada pelo Conselho Nacional deSaúde, através da Moção n.º 3/1999, pela proibiçãocom banimento gradativo da extração, produção, co-mercialização e uso do asbesto/amianto no País;

22)) a posição adotada pelo Conselho Nacional doMeio Ambiente (CONAMA), através da Moção n.º30/2001, que também dispõe sobre o banimento pro-gressivo do amianto, recomendando sua proibição ime-diata de uso em brinquedos e artefatos de papel e pape-lão e, progressiva, em equipamentos industriais comolonas de freio e embreagens; artefatos domésticos emembranas de diafragma na produção de cloro-soda;

33)) as iniciativas diversas de Estados e Municípios,com leis aprovadas ou em processo legislativo, pro-pondo ou restringindo o uso de produtos com utiliza-ção de amianto;

44)) as iniciativas dos Ministérios Públicos Federais,do Trabalho e dos Estados, no sentido de intermediarnegociações com vistas à suspensão e extração, pro-dução e uso do amianto, bem como organizando ostrabalhadores, ex-trabalhadores e seus familiares,para o acompanhamento médico dos expostos dire-ta, indireta e ambientalmente;

55)) que no cenário internacional 36 (trinta e seis) paí-ses já decidiram pelo banimento total do amianto;

66)) o reconhecimento médico-científico das magni-tudes dos efeitos e danos produzidos pela exposição dapessoa ao asbesto/amianto, considerando-o proble-ma de Saúde Pública pelo elevado número de expostosdireta; indiretamente ou ambientalmente (estimadosem milhões de pessoas);

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7Boletim do Conselho Nacional de Saúde

MMMMOOOOÇÇÇÇÕÕÕÕEEEESSSS

77)) a gravidade dos agravos relacionados à exposi-ção ao amianto, como os que atingem o pulmão/pa-rênquima/pleura, tendo como exemplos de mais fre-qüência a asbestose, a doença pulmonar obstrutivacrônica, o efisema, o câncer de pulmão, além dos me-soteliomas malignos da pleura e do peritônio e de ou-tras neoplasias malignas localizadas a distância.

RREECCOOMMEENNDDAA::

11)) Apoiar as ações dos Ministérios Públicos Federal,do Trabalho e dos Estados, pelo banimento progressivoe proteção dos expostos direta, indireta e ambiental-mente ao asbesto/amianto:

a) endossando a “Carta de Salvador”, posiçãoassumida pelos participantes do I Semináriosobre Amianto na Bahia (Salvador – BA, 20de junho de 2002);

b) associando-se na realização do próximo se-minário proposto para Goiânia – GO;

c) participando das ações em parceria propostae promovendo o envolvimento, quando ne-cessário, dos Ministérios da Saúde, Trabalhoe Emprego, Meio Ambiente e Previdência eAssistência Social.

22)) Apoiar e recomendar a adoção de legislaçõesmunicipais e estaduais para o banimento da extra-ção, produção e uso de produtos à base de asbes-to/amianto.

33)) Promover junto ao Congresso Nacional a posi-ção do Conselho Nacional de Saúde (CNS), pelobanimento progressivo do amianto no País e prote-ção dos expostos ao riscos e seus agravos, apoiandoa iniciativa da Emenda Substitutiva Global ao Proje-to de Lei n.º 2.186, apresentada pelos deputadosRosinha, João Paulo e Jair Meneguelli, na ComissãoEspecial da Câmara dos Deputados, em outubro de2001, dispondo sobre a substituição progressiva daprodução e comercialização de produtos que conte-nham asbesto/amianto, dando prazos máximos de 2(dois) anos para as atividades de extração, 3 (três)anos para a produção de materiais de fricção e 4(quatro) anos para a produção e comercializaçãoem geral.

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaallddee SSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112222..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORR NN..ºº 000044,, DDEE 88 DDEE AAGGOOSSTTOO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua122.ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 7 e 8 deagosto de 2002, no uso de suas competências regi-mentais e atribuições conferidas pela Lei n.º 8.080, de19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º 8.142, de 28de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo:

11)) a necessidade de organização da área de saúdedo trabalhador nas instâncias do SUS;

22)) os êxitos alcançados no Estado da Bahia, pelaatuação do Centro de Estudos do Trabalhador(CESAT), da Secretaria de Estado da Saúde da Bahia.

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORRNN..ºº 002244,, DDEE 88 DDEE AAGGOOSSTTOO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 122.ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 7 e 8de agosto de 2002, no uso de suas competências regi-mentais e atribuições conferidas pela Lei n.º 8.080, de19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º 8.142, de 28de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

11)) a necessidade de organizações da área de saúdedo trabalhador nas instâncias do SUS;

22)) os êxitos alcançados no Estado da Bahia, pelaatuação do Centro de Estudos da Saúde do Trabalha-dor (CESAT), da Secretaria de Estado da Saúde daBahia.

RREECCOOMMEENNDDAA::

Aprovar Moção:

11)) recomendando o estudo desse modelo de orga-nização na área de saúde do trabalhador pelas Secre-tarias Estaduais e Municipais de Saúde;

22)) cumprimentando o Estado da Bahia e, emespecial, a Direção e Equipe do CESAT, pelo tra-balho desenvolvido, promovendo seu aperfeiçoa-mento e desenvolvimento.

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaall ddeeSSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112222..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

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8 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

AABBEERRTTUURRAA

Nos dias 4 e 5 de setembro de 2002, na sala dereunião Conselheiro Omilton Visconde, do ConselhoNacional de Saúde, realizou-se a 123.ª Reunião Ordi-nária do CNS.

IITTEEMM 0011 –– AABBEERRTTUURRAA,, AATTAA EE IINNFFOORRMMEESS

AAPPRROOVVAAÇÇÃÃOO DDAA AATTAA

Aprovadas as Atas da 120.ª, da 121.ª e da 122.ªReunião Ordinária do CNS.

IINNFFOORRMMEESS

Coordenador NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss infor-mou que os Conselheiros GGiillssoonn CCaannttaarriinnoo OO’’DDwwyyeerr eMMaarriiaa LLuuíízzaa JJaaeeggeerr foram convidados para representa-rem Partidos ou Coligações Partidárias e, assim, apre-sentarem o Plano de Governo de candidatos para aárea da Saúde. Prosseguiu esclarecendo que o Conse-lheiro GGiillssoonn CCaannttaarriinnoo teve de declinar do convitepara apresentar o Programa do Candidato AAnntthhoonnyyGGaarroottiinnhhoo, tendo em vista a sua participação no CO-NASS e ser suplente de Conselheiro do CNS e que aConselheira MMaarriiaa LLuuíízzaa JJaaeeggeerr,, titular do CONASS,solicitou licença da sua atividade no CONASS paraapresentar as Diretrizes e os Compromissos do Partido

dos Trabalhadores. Informou, também, que o Conse-lheiro WWiilllliiaann SSaaaadd HHoossssnnee,, Coordenador da CONEP,receberia o título de Professor Honoris Causa, na Uni-versidade de Brasília, devido ao trabalho desenvolvidocomo Coordenador da CONEP e convidou o Pleno doConselho para participar da cerimônia. Nesse sentido,o Conselheiro JJoosséé CCaarrvvaallhhoo ddee NNoorroonnhhaa propôs queo Colegiado, formalmente, aprovasse Moção de Lou-vor ao Conselheiro WWiilllliiaann SSaaaadd HHoossssnnee, em relação àconcessão do título de Professor Honoris Causa a serentregue ao Reitor da Universidade de Brasília. Aprova-da a proposta, por unanimidade.

IINNFFOORRMMEESS EENNCCAAMMIINNHHAADDOOSS PPOORR EESSCCRRIITTOOPPAARRAA AAPPRREECCIIAAÇÇÃÃOO DDOO CCOOLLEEGGIIAADDOO

11)) A CCoommiissssããoo ddee CCoooorrddeennaaççããoo--GGeerraall ddoo CCNNSS((CCCCGG//CCNNSS)) considerando a relevância e inadiabilida-de de equacionar os tópicos: aa)) capacidade de moda-lidade de remuneração para induzir a realização dosprincípios de diretrizes do SUS; bb)) estratégias de ado-ção e utilização pelos gestores de novas modalidades;cc)) diretrizes para a regulamentação e aplicação do dis-posto nos artigos 26 e 27 da Lei n.º 8.080/90; dd)) de-bates iniciados na Reunião Ordinária de agosto de2002; a Comissão de Coordenação-Geral assumiumobilizar diretamente, no menor prazo, contribuiçõesde especialistas e de gestão inovadoras e bem-sucedi-das, com o compromisso de subsidiar o Plenário doCNS para debater e formular diretrizes e estratégiasnas Reuniões Ordinárias de outubro e novembro de2002. Nesse sentido, apresentou disposições iniciaisdo referido processo, a saber: aa)) justificativas dos subsí-dios elaborados pela Comissão de Coordenação-Geral do Conselho Nacional de Saúde; bb)) o ConselhoNacional de Saúde e o Art. 26 da Lei n.º 8.080/90.

22)) O Conselheiro OOllyymmppiioo TTáávvoorraa CCoorrrrêêaa, na qua-lidade de representante do Conselho Nacional deSaúde na Oficina de Custos em Saúde, apresentou sú-mula das atividades do evento, sendo elas: aa)) apre--sentação de diversos estudos, em andamento, sobreApuração de Custos em Programa Saúde da Família(PSF), Determinação de Custos de Procedimentos daAtenção Básica, Atenção Básica, Apuração de Custosem Hospitais de Alta e Média Complexidade; bb)) apre--sentação do sistema de apuração de custos do GrupoHospitalar Conceição; cc)) apresentação de experiên-cias municipais de apuração dos custos de atenção àsaúde da mulher e da criança, conduzida pela área deEconomia da Saúde da UNIFESP, em parceria com 11municípios do Estado de São Paulo; dd)) discussão, emgrupo, das apresentações e questões propostas queresultou em sugestões, propostas e opiniões em pro-cesso de consolidação pela Secretaria de Políticas deSaúde, em parceria com o IPEA. Por fim, sugeriu que oassunto fosse pautado, tão logo pudessem ser disponi-bilizadas as conclusões.

111122223333....aaaa RRRREEEEUUUUNNNNIIIIÃÃÃÃOOOO OOOORRRRDDDDIIIINNNNÁÁÁÁRRRRIIIIAAAA DDDDOOOO CCCCNNNNSSSSRRRREEEESSSSUUUUMMMMOOOO EEEEXXXXEEEECCCCUUUUTTTTIIIIVVVVOOOO –––– SSSSEEEETTTTEEEEMMMMBBBBRRRROOOO////2222000000002222

VVEEMM AA PPÚÚBBLLIICCOO::

1. Recomendar o estudo desse modelo de organi-zação na área de saúde do trabalhador pelas Secreta-rias Estaduais e Municipais de Saúde.

2. Cumprimentar o Estado da Bahia e, em especial,a Direção do CESAT, pelo trabalho desenvolvido, pro-movendo seu aperfeiçoamento e desenvolvimento.

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaallddee SSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112222..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

LLIISSTTAA DDEE SSUUBBSSCCRRIIÇÇÃÃOO ÀÀ MMOOÇÇÃÃOO NN..ºº 000044DDOO CCOONNSSEELLHHOO NNAACCIIOONNAALL DDEE SSAAÚÚDDEE

NNOOMMEE LLEEGGÍÍVVEELL EENNTTIIDDAADDEE AASSSSIINNAATTUURRAA

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9Boletim do Conselho Nacional de Saúde

IITTEEMM 0022 –– CCAANNDDIIDDAATTOO JJOOSSÉÉ SSEERRRRAA OOUURREEPPRREESSEENNTTAANNTTEE

Conforme deliberação da 122.ª Reunião Ordináriado CNS, o Senhor GGeerraallddoo BBiiaassoottoo apresentou aoPleno do Conselho as propostas do candidato à presi-dência JJoosséé SSeerrrraa para área da Saúde. Nesse sentido,destacou, primeiramente, entre outros, os grandesavanços conseguidos na área da Saúde: aa)) novos for-matos de transferência para o financiamento; bb)) cria-ção da agenda da saúde suplementar e vigilância sani-tária; cc)) genéricos; dd)) dinamização da atenção básica eda saúde da família; ee)) estruturação de redes, especial-mente de urgência e emergência e UTI/Neonatal; ff))projetos como PROFAE, PITS e Capacitação de Saúdeda Família; gg)) esforços na área da AIDS e atenção àsaúde indígena; hh)) viabilização do futuro da estrutura-ção do sistema. Em seguida, apresentou os princípiosbásicos da proposta: aa)) fixação do direito constitucio-nal de direito universal à saúde, viabilizando o acesso àpopulação que não chega ao sistema de saúde; bb)) im-portância de afinar a solidariedade das três esferas degoverno e considerar o SUS como um grande mecanis-mo de gestão. Por fim, apresentou as grandes metas daproposta, a saber: aa)) universalização da saúde da fa-mília; bb)) avanço na assistência farmacêutica; cc)) redu-ção da mortalidade infantil; dd)) redução da mortalidadematerna; ee)) controle de doenças como malária e den-gue; ff)) melhoria das condições do controle social; gg))qualificação de categoria de nível médio; hh)) reforço aprogramas e grandes avanços como o PITS; ii)) melhoriado aparelho formador; jj)) estabelecimento de puniçõese premiações para os prestadores de serviço; kk)) institu-cionalização de agência em pesquisa em saúde; ll)) via-bilização das plantas de hemoderivados e medicamen-tos estratégicos; mm)) aprofundamento das discussõesacerca da Lei Complementar; nn)) avanço em relação àEmenda Constitucional n.º 29.

IITTEEMM 0033 –– AACCOOMMPPAANNHHAAMMEENNTTOO DDOOPPRROOJJEETTOO DDEE CCAAPPAACCIITTAAÇÇÃÃOO DDEECCOONNSSEELLHHEEIIRROOSS

A Conselheira AAnnaa MMaarriiaa LLiimmaa BBaarrbboossaa apresen-tou relatório das atividades do GT de Acompanha-mento do Projeto de Capacitação: aa)) Seminário sobreCapacitação de Conselheiros de Saúde, realizadonos dias 26 e 27 de julho de 2002, em Brasília; bb))Reunião do Comitê de Acompanhamento, realizadano dia 5 de julho de 2002, em Brasília, com aprecia-ção dos produtos referentes ao Subprojeto 1 – Capa-citação de Conselheiros Estaduais e Municipais deSaúde; cc)) Curso de Formação de Monitores: I e II –Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso doSul e Rio de Janeiro: sem participação do GT; III – Es-tado do Rio Grande do Sul: sem participação do GT;IV – Estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Piauí, RioGrande do Norte e Pernambuco: participação da

Conselheira MMaarriiaa LLeeddaa ddee RR.. DDaannttaass; V – Estados deGoiás, Tocantins e Distrito Federal: sem participaçãodo GT; VI – Estados do Paraná e Santa Catarina: par-ticipação do Conselheiro CCaarrllooss AAllbbeerrttoo GGeebbrriimmPPrreettoo; VII – Estados do Acre, Pará, Amapá, Roraima eRondônia: participação da Conselheira AAnnaa MMaarriiaaLLiimmaa BBaarrbboossaa; VIII – Estados do Ceará, Maranhão eParaíba: participação do Conselheiro SSéérrggiioo LLuuiizz MMaa--ggaarrããoo; IX – Estados de Minas Gerais e Espírito Santo:participação do Conselheiro AArrttuurr CCuussttóóddiioo MM.. ddeeSSoouussaa, Conselheiro LLuuiizz GGoonnzzaaggaa AArraaúújjoo e represen-tante do CONASS, BBeerrnnaaddeettee BBoollddrriinnii; X – Estado doAmazonas encontra-se em processo de negociaçãopara realização da capacitação de Conselheiros; dd))Reunião do GT, realizada no dia 30 de agosto de2002, em Brasília, com discussão, dentre outros, dosseguintes assuntos: II.. Avaliação dos Cursos de Capa-citação de Monitores realizados em vários Estados; IIII..Atraso do material de apoio para o início do Curso deCapacitação de Conselheiros; IIIIII.. Programação doCurso de Capacitação de Conselheiros com delibe-ração do GT em relação ao acompanhamento doscursos; IIVV.. Decisão por solicitar maiores informaçõessobre o Projeto à Gerência do MS, ao Consórcio eaos Conselhos Estaduais; VV.. Necessidade de melhorinfra-estrutura para o pleno funcionamento do GT; VVII..Problemas nos Estados de Minas Gerais e Amazonaspara o início do processo; VVIIII.. Importância de Cadas-tro de todos os monitores capacitados; VVIIIIII.. Processode Educação Permanente de Conselheiros.

IITTEEMM 0044 –– CCAANNDDIIDDAATTOO CCIIRROO GGOOMMEESS OOUURREEPPRREESSEENNTTAANNTTEE

Conforme deliberação da 122.ª Reunião Ordináriado CNS, a Frente Trabalhista composta do PDT, PTB ePPS e seus respectivos representantes Senhor HHééssiioo CCoorr--ddeeiirroo,, Senhor JJoosséé EErrii MMeeddeeiirrooss e Senhor AAnnttôônniioo SSéérr--ggiioo AArroouuccaa, apresentou ao Pleno do Conselho Nacio-nal de Saúde os compromissos do candidato à Presi-dência da República CCiirroo GGoommeess em relação à saúde,bem como as Diretrizes Gerais do Plano de Governo doreferido candidato. No que se refere às Diretrizes Geraisdo Plano de Governo do candidato CCiirroo GGoommeess, o Se-nhor AAnnttôônniioo SSéérrggiioo AArroouuccaa destacou: aa)) necessidadedo social funcionar o sistema de saúde; bb)) recuperaçãoda capacidade estratégica do Estado; cc)) justiça para osbrasileiros; dd)) afirmação da identidade nacional; ee)) re-forma da política: aprofundamento da democracia; ff))integração ativa do Brasil no mundo. Apresentou,ainda, conceitos com grande influência na proposta, asaber: aa)) capacitação dos brasileiros; bb)) capacitação doEstado; cc)) democratização do Estado; dd)) aprofunda-mento da democracia. Declarou apoio do CandidatoCCiirroo GGoommeess e da Frente Trabalhista aos 11 Compro-missos apresentados pelo CNS. Nesse sentido, apre-sentou a CCaarrttaa CCoommpprroommiissssoo ccoomm oo CCoonnsseellhhoo NNaacciioo--nnaall ddee SSaaúúddee destacando, dentre outras, as seguintes

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10 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

propostas: aa)) redução dos desníveis regionais de morta-lidade infantil e da mortalidade por agravos e condi-ções específicas de maior relevância na saúde; bb)) mu-dança do atual Modelo Assistencial; cc)) programa radi-cal de Humanização dos Serviços de Saúde; dd)) amplia-ção do atual PSF; ee)) destaque à questão da eqüidade,investindo de forma estratégica nas diferenças regionaise na falta de acesso de enormes grupos populacionais;ff)) ampliação do acesso da população aos medicamen-tos; gg)) mudança do modelo contratual para modelos decontratos globais; hh)) presença da Agência Nacional deSaúde em todo País para fiscalizar e promover a quali-dade do seguro saúde e dos planos oferecidos à popu-lação; ii)) cumprimento integral da Emenda Constitucio-nal e vigilância Permanente da aplicação dos Estados eMunicípios; jj)) aumento dos gastos em saúde; ll)) compro-misso de não realizar contingenciamentos no setor deexecução plena dos recursos orçamentário; mm)) envolvi-mento do Conselho Nacional de Saúde na elaboraçãode propostas orçamentárias e na fiscalização de suaexecução; nn)) implantação de políticas permanentes dequalificação dos quadros em saúde; oo)) criação de Pla-nos de Cargos e Salários, a fim de criar novas catego-rias que o SUS exige; pp)) implantação das resoluções da11.ª Conferência Nacional de Saúde, deliberadas peloCNS, referente às Normas Operacionais de RecursosHumanos; qq)) reativação, sob novas condições, dos pro-gramas de auto-suficiência; rr)) incentivar o desenvolvi-mento de pesquisas nos serviços de saúde; ss)) reorgani-zar os serviços de saúde diante dos avanços tecnológi-cos; tt)) criação de Programas Especiais para problemasde saúde como violência, pessoas portadoras de neces-sidades especiais, doenças emergentes, medicina alter-nativa; uu)) integração da política de saneamento à polí-tica habitacional.

IITTEEMM 0055 –– CCAANNDDIIDDAATTOO AANNTTHHOONNYYGGAARROOTTIINNHHOO OOUU RREEPPRREESSEENNTTAANNTTEE

Conforme deliberação da 122.ª Reunião Ordiná-ria, o Senhor LLuuiizz AAnnttôônniioo ddaa SSiillvvaa NNeevveess apresentou oPrograma de Governo do Candidato à Presidência AAnn--tthhoonnyy GGaarroottiinnhhoo para área da Saúde. Primeiramente,esclareceu que a Política de Saúde do Governo Socia-lista do PSB tem a defesa da vida e da dignidade comoseu compromisso primeiro com a responsabilidade depromover, de forma equânime, a saúde para todos osbrasileiros. Destacou como objetivo do governo dimi-nuir as desigualdades em saúde relacionadas à iníquadistribuição, acesso aos serviços de saúde e do padrãode qualidade das ações de saúde, tanto em sua dimen-são de incorporação tecnológica, quanto de melhoracolhimento a todos os cidadãos. Nesse sentido, des-tacou os compromissos de governo com destaque naAgenda Política de Saúde do Governo Anthony Garoti-nho, a saber: aa)) controle público e social das ações desaúde; bb)) fortalecimento da participação democráticade sujeitos sociais que representam os interesses popu-

lares na estrutura decisória da Política de Saúde; cc))compromisso radical com a transparência das açõesde governo; dd)) democratização das informações emsaúde; ee)) organização de Rede de Ouvidoria, em todosos níveis de governo; ff)) valorização do papel dos Con-selhos de Saúde com radical cumprimento da Lei n.º8.142/90; gg)) construção de uma Agenda de Priorida-des, no que tange ao controle social, em conjunto como CNS; hh)) parceria permanente com o Ministério Públi-co na defesa dos interesses do cidadão, no que se refe-re ao direito à saúde; ii)) adoção, como marco referen-cial, do princípio da Responsabilização Sanitária sobreo território definido; jj)) necessidades sociais como orien-tadoras e direcionalizadoras das ações de saúde; ll)) in-tegralidade das ações de saúde; mm)) regulação dasações de saúde; nn)) fortalecimento da função gestoraem saúde; oo)) avaliação permanente da qualidade, dosresultados e do impacto das ações e serviços sobre ascondições de saúde da população; pp)) desenvolvimentode estratégias de territorialização, utilizando o modelode saúde da família como porta de entrada do sistemade saúde; qq)) qualificação da atenção básica a partir doconceito de territorialização; rr)) adoção de políticas pú-blicas que garantam melhor qualificação do pré-natal,da assistência ao parto e ao puerpério; ss)) implantarrede assistencial de retaguarda para acolhimento decidadãos da terceira idade; tt)) Política Nacional de Vigi-lância Sanitária; uu)) priorização dos princípios daNOB/RH; vv)) tornar ciência e tecnologia em um instru-mento de transposição da eqüidade.

IITTEEMM 0066 –– PPOOLLÍÍTTIICCAA NNAACCIIOONNAALL DDEEDDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO RRUURRAALL SSUUSSTTEENNTTÁÁVVEELL

O Senhor JJoosséé EEllii ddaa VVeeiiggaa,, representante doCNDS, apresentou o panorama do Brasil Urbano e doBrasil Rural e falou do Plano de Desenvolvimento Sus-tentável do Brasil Rural, elaborado pelo Conselho Na-cional de Desenvolvimento Sustentável. Nesse sentido,destacou a composição da segunda versão do Plano:aa)) Parte I: Rebatimentos macroeconômicos (desempre-go) das opções de política para o Brasil Rural; bb)) ParteII: Promoção do acesso à propriedade da terra, Forta-lecimento da Agricultura Familiar; Renovação da Edu-cação Rural; Diversificação das economias rurais. Porfim, declarou que o Programa seria apresentado emConferência, a ser realizada de 15 a 17 de novembrode 2002.

IITTEEMM 0077 –– CCAANNDDIIDDAATTOO LLUUÍÍSS IINNÁÁCCIIOO LLUULLAADDAA SSIILLVVAA OOUU RREEPPRREESSEENNTTAANNTTEE

Conforme deliberação da 122.ª Reunião Ordináriado CNS, a Senhora MMaarriiaa LLuuíízzaa JJaaeeggeerr,, representantedo Partido dos Trabalhadores, apresentou as diretrizes ecompromissos do Candidato LLuuiiss IInnáácciioo LLuullaa ddaa SSiillvvaapara área da Saúde. Esclareceu, primeiramente, que oPrograma de Saúde da Coligação Lula Presidente seria

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11Boletim do Conselho Nacional de Saúde

lançado no dia 20 de setembro de 2002, no Rio deJaneiro. Informou que mais de 200 pessoas participa-ram da elaboração do Programa, destacando que, domesmo modo, o SUS do País teria de ser construído co-letivamente com participação de Estado, Sociedade eos Três Entes Federados: União, Estados e Municípios.Em seguida, destacou princípios da proposta do Plano:aa)) SUS: conquista da população brasileira; bb)) Brasilpara todos: crescimento com desenvolvimento econô-mico subordinado ao desenvolvimento social. Por fim,apresentou as propostas do Plano, a saber: aa)) gestãoparticipativa e solidária da saúde para efetiva implanta-ção do SUS no Brasil; bb)) fortalecimento da cultura e daprática de gestão solidária entre as três esferas de Go-verno e pactuação geral da atenção à saúde; cc)) MS res-ponsável pela direção e gestão nacional do SUS; dd)) or-ganização das ações e dos serviços de saúde de baixopara cima; ee)) destaque às políticas intersetoriais na esfe-ra federal, estadual e municipal nas áreas de sanea-mento, segurança alimentar, saúde do trabalhador e re-cursos humanos, bem como para combate, por exem-plo, à violência; ff)) importância de organização do siste-ma de informação e comunicação de saúde; gg)) reorga-nização do Ministério da Saúde; hh)) desenvolvimento dePolítica de Financiamento com ampliação dos gastos,fortalecimento do controle da transparência sob a utili-zação de recursos e inversão de prioridades; ii)) políticade recursos humanos: incentivo de criação de mesas denegociação em todas as esferas da saúde, intervençãoda área da Saúde na formação de RH, profissionaliza-ção dos Agentes Comunitários de Saúde; jj)) regulaçãodo setor público e privado: regulação das ações do ser-viço de saúde; kk)) estabelecimento de novas formas definanciamento; ll)) regulamentação das ações e serviçossuplementares subordinados ao órgão regulamentadorda saúde suplementar e ao MS; mm)) garantia ao acessoa todos os serviços de saúde; nn)) fortalecimento da aten-ção básica; oo)) respeito às Conferências de Saúde comoprática regular de avaliação de saúde e discussão e de-liberação de diretrizes para formulação de políticas so-ciais; pp)) acabar com a fragmentação das ações de ser-viço de saúde; qq)) fortalecer e qualificar a atenção bási-ca; rr)) ampliação do Programa Saúde da Família; ss)) vigi-lância à saúde deve ser assumida pelo conjunto das es-feras de governo e construção de sistema nacional devigilância à saúde; tt)) importância de políticas públicasde atenção à criança e adolescentes, às mulheres e aosidosos; uu)) adoção de políticas estabelecidas pelas Con-ferências de Saúde do Trabalhador; vv)) importância deações para saúde dos povos indígenas, saúde da popu-lação negra e saúde bucal; xx)) reforma psiquiátrica eampliação da rede de atenção integral à saúde mental;zz)) política da pessoa portadora de deficiência, políticade atenção aos portadores de todas as doenças e polí-tica de ciência e tecnologia a todas as áreas de produ-ção de insumos e política de assistência farmacêuticaque garanta a soberania nacional.

IITTEEMM 0088 –– AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDOO DDEESSEEMMPPEENNHHOODDOO CCNNSS EE AAGGEENNDDAA BBÁÁSSIICCAA

Item não apresentado.

IITTEEMM 0099 –– DDEELLIIBBEERRAAÇÇÕÕEESS PPEENNDDEENNTTEESS

Item não apresentado.

IITTEEMM 1100 –– PPEEDDIIDDOO DDEE VVIISSTTAASS DDAA PPRROOPPOOSSTTAADDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO TTEECCNNOOLLÓÓGGIICCAA

O Conselheiro EElliiaass RRaassssii solicitou que a discussãoe deliberação acerca do tema fossem transferidas paraReunião Ordinária de outubro de 2002, em virtude darealização do Seminário do Instituto de Saúde Coletivado Estado da Bahia. O Conselheiro AArrttuurr CCuussttóóddiioo MM..ddee SSoouussaa apresentou Parecer em relação ao tema daEducação Tecnológica, propondo a aprovação integraldo Relatório da CIRH, que apresenta posição contráriaà criação de Cursos Tecnológicos para área da Saúde.Aprovado o Parecer do Conselheiro AArrttuurr CCuussttóóddiioo MM..ddee SSoouussaa, com votos contrários dos Conselheiros: EElliiaassRRaassssii,, AAuugguussttoo AAllvveess ddoo AAmmoorriimm e TTiittoo OOlliiaannii..

IITTEEMM 1111 –– RREELLAATTOO DDAA CCIITT

A Senhora DDeeiillddeess PPrraaddoo, Coordenadora da Se-cretaria Técnica da CIT, apresentou súmula da 7.ªReunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripar-tite, realizada em 14 de agosto de 2002, na cidadede São Paulo, com discussão dos seguintes pontos depauta: aa)) descentralização das Ações de Epidemiolo-gia e Controle de Doenças: certificação, com vigên-cia de 1.º de setembro de 2002, um total de 15 Mu-nicípios; bb)) qualificação dos Estados (NOAS01/2002): qualificação em Gestão Plena do SistemaEstadual aos Estados do Mato Grosso e Mato Grossodo Sul; cc)) habilitação de Municípios (NOAS01/2002): habilitado em Gestão Plena do SistemaMunicipal, com vigência de 1.º de setembro de2002, o Município de Quixelô, Estado do Ceará; dd))Base Populacional: delegação ao MS para formalizarsolicitação ao IBGE, a fim de que a publicação dosdados sobre população fosse feita dentro de um pe-ríodo mais adequado ao planejamento das ações dosMinistérios, Estados e Municípios e que contenha dis-criminação de sexo, faixa etária e município; ee)) des--centralização das Ações de Controle e Prevenção deDST/AIDS: apresentação de proposta sobre a Estraté-gia Nacional de Controle e Prevenção da aids no Bra-sil, definindo a forma de financiamento descentraliza-do de repasse de recursos fundo a fundo; ff)) criaçãodo Fórum Tripartite de Gestão de Informação e Infor-mática em Saúde: apresentação de proposta de cria-ção de um novo modelo de gestão de informaçãoque possibilitasse a integração de dois eixos: um decondução política e outro técnico. Disse, ainda, que

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12 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE MMEENNTTAALLNN..ºº 331188,, DDEE 55 DDEE SSEETTEEMMBBRROO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 123.ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 4 e 5

RRRREEEESSSSOOOOLLLLUUUUÇÇÇÇÕÕÕÕEEEESSSS

foram apresentados informes relativos a: aa)) recursodo Município de Itaberaba/BA; e bb)) avaliação dosMunicípios.

IITTEEMM 1122 –– RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA CCOOFFIINN//CCNNSS

O Professor EElliiaass AA.. JJoorrggee apresentou o Relatório daReunião da COFIN/CNS, realizada nos dias 4 e 5 desetembro de 2002, apresentando as seguintes suges-tões e encaminhamentos ao Plenário do CNS: aa)) reite-rar a necessidade de homologação da Resolução n.º316 de 4 de abril de 2002; bb)) determinar que a Coor-denação-geral do Conselho desencadeasse o proces-so de discussão sobre os tópicos da regulamentaçãoda EC n.º 29, apresentados no Item 03 do Relatório; cc))considerar como parâmetros gerais as diretrizes bási-cas para avaliação da Proposta Orçamentária do MSpara 2003, no que couber, as Resoluções do CNS n.º67/93 e n.º 290/99, tendo como referência para o fi-nanciamento a Resolução n.º 316/02 do CNS e a De-cisão n.º 143/2002 do TCU; dd)) convidar os autores deProjetos de Lei para Regulamentação da EC n.º 29,Deputado Federal UUrrssiicciinnoo QQuueeiirroozz e o Senador TTiiããooVViiaannaa para a próxima reunião do CNS; ee)) convidar aConsultoria Jurídica do MS para explicitar os funda-mentos do Parecer CONJUR/MS n.º 961/2002; ff))convidar, também, o Ministério Público Federal, a AMBe o IDISA para participar da discussão sobre o ParecerCONJUR/MS n.º 961/2002; gg)) analisar a conveniên-cia de encaminhar representação formal ao MPF(PFDC) sobre o descumprimento da EC n.º 29; hh)) apro-var o relatório e as sugestões nele contidas. O Coorde-nador NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss sugeriu que tam-bém fosse convidado o TCU e a OAB para participa-rem da reunião com o MPF, a AMB e o IDISA. Alémdisso, propôs que na discussão do Parecer da CON-JUR fosse tratada a questão do cumprimento da EC n.º29. Considerando os adendos propostos, o Relatório,bem como as propostas nele contidas, foi aprovadopor unanimidade. Aprovada, também, por unanimida-de, a seguinte proposta de encaminhamento: que fosseconvocada Reunião Extraordinária, a ser realizada nodia 8 de outubro de 2002, para discussão do orça-mento do Ministério da Saúde para 2002, do cumpri-mento da Emenda Constitucional n.º 29 e desdobra-mentos do Veto Presidencial ao § 3.º do Art. 57 daLDO/2003, do Parecer da CONJUR 961/2002 e doTríplice Contingenciamento.

IITTEEMM 1133 –– PPEEDDIIDDOO DDEE VVIISSTTAASS DDAASS PPRROOPPOOSSTTAASSDDEE PPOOSSIIÇÇÃÃOO DDOO CCNNSS SSOOBBRREE AASS PPOORRTTAARRIIAASSSSAASS//MMSS NN..ºº 225511//0022 EE NN..ºº 7777//0022

Aprovadas as Portarias SAS/MS n.os 251/02 e77/02, com votos contrários dos seguintes Conse-lheiros: OOllyymmppiioo TTáávvoorraa CCoorrrrêêaa,, AAuugguussttoo AAllvveess ddooAAmmoorriimm, TTiittoo OOlliiaannii..

IITTEEMM 1144 –– DDEELLIIBBEERRAAÇÇÕÕEESS PPEENNDDEENNTTEESS EEEENNCCEERRRRAAMMEENNTTOO

A Conselheira AAnnaa MMaarriiaa BBaarrbboossaa apresentou Rela-tório da Coordenação da Plenária Nacional de Conse-lhos para deliberação do CNS, destacando as seguin-tes propostas: aa)) que a Coordenação-geral do CNSdefina local e data do evento; bb)) que o evento seja rea-lizado na primeira quinzena de dezembro de 2002, emBrasília; cc)) que as reuniões da Coordenação da Plená-ria tenham o seguinte calendário: dias 8 e 9 de outu-bro, dias 5 e 6 de novembro, dois dias antes do iníciodo evento a ser realizado em dezembro de 2002; dd))que a Comissão de Infra-estrutura apresente o custoestimado para realização do evento, no prazo de até15 dias. Aprovado o Relatório, bem como as propostasnele contidas.

DDEELLIIBBEERRAAÇÇÕÕEESS::

0011)) Aprovado o Parecer do Conselheiro AArrttuurr CCuuss--ttóóddiioo MM.. ddee SSoouussaa,, que propõe a aprovação do Pare-cer da CIRH em relação à Educação Tecnológica paraárea da Saúde, com votos contrários dos Conselheiros:EElliiaass RRaassssii,, AAuugguussttoo AAllvveess ddoo AAmmoorriimm e TTiittoo OOlliiaannii..

0022)) Aprovado, por unanimidade, o relatório daCOFIN, bem como as propostas nele contidas, consi-derando os adendos propostos pelo Coordenador NNeell--ssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss..

0033)) Aprovadas as Portarias SAS/MS n.os 251/02e 77/02, com votos contrários dos seguintes Conse-lheiros: OOllyymmppiioo TTáávvoorraa CCoorrrrêêaa,, AAuugguussttoo AAllvveess ddooAAmmoorriimm, TTiittoo OOlliiaannii..

0044)) Aprovada a seguinte proposta de encaminha-mento: convocação de Reunião Extraordinária, a serrealizada no dia 8 de outubro de 2002, para discussãodo orçamento do Ministério da Saúde para 2002, documprimento da Emenda Constitucional n.º 29 e des-dobramentos do Veto Presidencial ao § 3.º do Art. 57da LDO/2003, do Parecer da CONJUR 961/2002 edo Tríplice Contingenciamento.

0055)) Aprovado o Relatório da Coordenação daPlenária Nacional de Conselhos, bem como as pro-postas nele contidas.

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13Boletim do Conselho Nacional de Saúde

AABBEERRTTUURRAA

Nos dias 9 e 10 de outubro de 2002, na sala de reu-nião CCoonnsseellhheeiirroo OOmmiillttoonn VViissccoonnddee, do Conselho Nacio-nal de Saúde, realizou-se a 124.ª Reunião Ordinária doCNS.

IITTEEMM 0011 –– AABBEERRTTUURRAA,, AAPPRROOVVAAÇÇÃÃOO DDAA AATTAA EEIINNFFOORRMMEESS AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVOOSS

Aprovada, preliminarmente, a Ata 123.ª ReuniãoOrdinária do CNS.

IINNFFOORRMMEESS AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVOOSS

O Coordenador NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss infor-mou que: aa)) fora disponibilizado na pasta dos Conse-lheiros material referente ao Item 02 da Pauta – Regu-lamentação da Resolução CNS n.° 292 (CONEP): Re-dação Final; bb)) o Conselheiro JJoosséé AAmméérriiccoo SSiillvvaa FFoonn--tteess representaria o Conselheiro CClliimméérriioo RRaannggeell JJúúnniioorr,,no Conselho Nacional de Saúde..

IINNFFOORRMMEESS EENNCCAAMMIINNHHAADDOOSS PPOORR EESSCCRRIITTOOPPAARRAA AAPPRREECCIIAAÇÇÃÃOO DDOO CCOOLLEEGGIIAADDOO

11)) Solicitado pelo Conselheiro CCaarrllooss AAllbbeerrttoo EEbbeelliinnggDDuuaarrttee (Referência: Item 02 da Pauta) – presta esclareci-mentos acerca da regulamentação da Resolução CNSn.° 292/99, que versa sobre as pesquisas com coopera-ção estrangeira, determinando que poderá ser delegadoaos CEPs a análise de pesquisas com colaboração es-trangeira, exceto nos casos de Fase I e II e requisiçãoaleatória, uso de placebo, armazenamento de materialbiológico e medicação para aids. Manifesta, também, aposição dos representantes dos usuários de ser desfavo-rável ao fato de delegar aos CEPs, no momento atual, aanálise das pesquisas com cooperação estrangeira, rei-terando preocupação com a devida proteção dos sujei-tos das pesquisas dos países desenvolvidos.

22)) Solicitado pela Conselheira GGyyssééllllee SSaaddddii TTaann--nnoouuss (Referencia: Item 07 da Pauta) – denuncia que aPortaria GM/MS n.º 1.188, que trata de métodos e va-lores de serviços, como tem ocorrido, não foi submeti-da à apreciação do Conselho Nacional de Saúde.

33)) Apresentação do Programa do Seminário Segu-rança Alimentar e Nutricional – Uma tarefa de todos, aser realizado em Olinda – PE, no Centro de Conven-ções, de 16 a 18 de outubro de 2002.

44)) Informe da Comissão Intersetorial de Saúde Indí-gena (CISI), a Conselheira ZZiillddaa AArrnnss NNeeuummaannnn infor-mou que, nos dias 23 e 24 de setembro de 2002, reali-zou-se reunião da CISI, destacando as seguintes pro-postas de fomento às atividades de segurança alimen-tar: aa)) agricultura familiar indígena – Ação Intersetorialpara auto-sustentação alimentar e combate à desnutri-ção; bb)) bolsa-alimentação adaptada para populaçõesindígenas; cc)) articulação de iniciativa envolvendo MECe Secretarias de Educação; dd)) acompanhamento daexecução do orçamento de saúde indígena e propostaorçamentária de 2003; ee)) acompanhamento da imple-mentação das Diretrizes de Capacitação de Conselhei-ros; ff)) balanço dos 10 anos da CISI; gg)) relatório da CISI.

55)) Apresentação de proposta de criação de Obser-vatório do Conselho Nacional de Saúde que visa a es-tabelecer um ponto de partida para o estabelecimentode um processo inovador, contínuo e dinâmico deacompanhamento do SUS. Tem por objetivo estratégi-co tornar-se instrumento de um poder confiscado, umvocabulário retomado, organizado a partir dos interes-ses e compromissos do CNS, contribuindo, assim, parao avanço do SUS e para o exercício do controle social,aprofundando a articulação da democracia represen-tativa com a democracia participativa, na defesa davida, da melhoria da saúde da população e da cons-trução ampliada de uma inteligência sanitária coletivae emancipadora no Brasil.

111122224444....aaaa RRRREEEEUUUUNNNNIIIIÃÃÃÃOOOO OOOORRRRDDDDIIIINNNNÁÁÁÁRRRRIIIIAAAA DDDDOOOO CCCCNNNNSSSSRRRREEEESSSSUUUUMMMMOOOO EEEEXXXXEEEECCCCUUUUTTTTIIIIVVVVOOOO –––– OOOOUUUUTTTTUUUUBBBBRRRROOOO////2222000000002222

de setembro de 2002, no uso de suas competências re-gimentais e atribuições conferidas pela Lei n.° 8.080,de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n.° 8.142, de28 de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

aa)) a Lei n.º 10.216, sancionada em 6 de abril de2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos daspessoas portadoras de transtornos mentais e redirecio-na o modelo assistencial em saúde mental;

bb)) as propostas aprovadas pela III Conferência Na-cional de Saúde Mental, entre as quais aquelas quesão operacionalizadas pelas Portarias GM/MS n.os

251/2002 e SAS/MS 77/2002.

RREESSOOLLVVEE::

Aprovar, na íntegra, as Portarias GM n.º 251/2002e SAS n.º 77/2002.

BBAARRJJAASS NNEEGGRRIIPresidente do Conselho Nacional de Saúde

HHoommoollooggoo aa RReessoolluuççããoo CCNNSS nn..ºº 331188,, ddee 55 ddee ssee--tteemmbbrroo ddee 22000022,, nnooss tteerrmmooss ddoo DDeeccrreettoo ddee DDeelleeggaaççããooddee CCoommppeettêênncciiaa,, ddee 1122 ddee nnoovveemmbbrroo ddee 11999911..

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14 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

IITTEEMM 0022 –– RREEGGUULLAAMMEENNTTAAÇÇÃÃOO DDAA RREESSOOLLUUÇÇÃÃOO CCNNSS NN..ºº 229922 ((CCOONNEEPP)) RREEDDAAÇÇÃÃOO FFIINNAALL

O Conselheiro WWiilllliiaamm SSaaaadd HHoossssnnee teceu comen-tários acerca das pesquisas com cooperação estrangei-ra e lembrou os motivos da proposta de regulamenta-ção da Resolução CNS n.º 292/99. Lembrou, primeira-mente, que ao elaborar a Resolução CNS n.º 196/96,que estabeleceu as Diretrizes e as Normas Regulamen-tadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos(1996), o Conselho Nacional de Saúde reforçou que asáreas chamadas temáticas, devido a sua complexidadee pelo fato de estarem iniciando pesquisa no País, deve-riam ter um tratamento especial, sendo elas: aa)) pesqui-sas com novos medicamentos, novas vacinas e novasdrogas; bb)) pesquisas com cooperação estrangeira; cc))pesquisa com população indígena; dd)) pesquisas comreprodução humana; ee)) pesquisas com genética huma-na; ff)) pesquisas com reprodução humana; gg)) pesquisasque envolvessem biossegurança e novos equipamentosde dispositivos. Reforçou, ainda, que as referidas áreastemáticas deveriam ter aprovação não só do Comitê deÉtica de Pesquisa da Instituição onde a pesquisa erafeita, mas também, deveriam ter aprovação da Comis-são Nacional de Ética em Pesquisa. Explicou que, emseguida, fora elaborada a Resolução ComplementarCNS n.º 292/99 que estabeleceu as normas específicaspara pesquisa com cooperação estrangeira, determi-nando que os projetos com cooperação estrangeiracontinuariam a ser apreciados pela CONEP. Porém,considerando o elevado aumento no número de proje-tos de cooperação estrangeira na CONEP, disse que aproposta de regulamentação definia que alguns proje-tos não precisariam da aprovação da CONEP e pode-ria ser delegada competência aos Comitês de Ética,com exceção dos seguintes projetos que, dadas as ca-racterísticas e complexidades envolvidas, continuariamdependentes da aprovação da CONEP: aa)) fases I e II; bb))grupo comparativo de sujeitos de pesquisa mantidos,durante qualquer período, em regime exclusivo de pla-cebo e/ou mesmo sem tratamento específico, incluindo

período de wwaasshh--oouutt; cc)) armazenamento (e/ou forma-ção de banco) de material biológico; dd)) medicamentopara HIV/AIDS. Por fim, justificou os motivos pelos quaisforam incluídos os projetos relacionados à aids e lem-brou que a primeira versão da Resolução, apresentadana Reunião de agosto de 2002 do CNS, recebera váriascontribuições e foi aprovada pelo Plenário. Comentouduas propostas de alteração da resolução: aa)) incluir ou-tras patologias na Resolução CNS n.º 292/99; bb)) de re-tirar a aids da Resolução. Nesse sentido, apresentou aseguinte proposta: manter a Resolução CNS n.º292/99 como se encontrava, tendo em vista que já foradivulgada, e que dentro de seis meses, a CONEP fizesseuma avaliação da experiência e apresentasse o resulta-do ao Conselho que avaliaria a pertinência de ajustes.Por fim, foi aprovado, por unanimidade, o seguinte en-caminhamento: apresentação de informes parciais,com exemplos concretos a cada dois meses e apresen-tação de relatório mais completo ao Plenário daqui aseis meses, a fim de avaliar o andamento do processo.

IITTEEMM 0033 –– RREELLAATTOO DDAA CCOOMMIISSSSÃÃOO IINNTTEERRGGEESSTTOORREESS TTRRIIPPAARRTTIITTEE ((CCIITT))

A Senhora DDeeiillddeess PPrraaddoo, Secretária Executiva daCIT, apresentou súmula da 8.ª Reunião Ordinária daComissão Intergestores Tripartite, realizada em 19 desetembro de 2002, com discussão dos seguintes pon-tos de pauta: aa)) Descentralização das Ações de Epide-miologia e Controle de Doenças (ECD): certificação de60 municípios, com vigência para 1.º de outubro de2002; bb)) qualificação dos Estados (NOAS 01/2002):nenhum Estado fora habilitado; cc)) habilitação de Muni-cípios (NOAS 01/2002): II.. Gestão Plena de AtençãoBásica Ampliada (GPAB-A): habilitados 13 Municípiosde Santa Catarina, com vigência para 1.º de outubrode 2002 e aprovada habilitação de 171 Municípios, fi-cando sua homologação na dependência de quesejam resolvidas questões relativas à pendência de do-cumentação, alimentação do SIOPS e comprovaçãodo cumprimento da Emenda Constitucional n.° 29; IIII..Gestão Plena do Sistema Municipal (GPSM): habilita-

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15Boletim do Conselho Nacional de Saúde

dos 5 Municípios, com vigência para 1.° de outubro de2002; IIIIII.. Publicação da Portaria Ministerial n.° 1.666,de 17 de agosto de 20 de setembro de 2002, queprevê que os Municípios em gestão Plena, habilitadosna NOB/96, que estejam em Estados não qualificados,habilitem-se em GPAB-A, desde cumprido os requisitosexigidos nessa condição de gestão; dd)) Ouvidoria doSUS: instituída pelo Decreto Presidencial n.° 4.194, de11 de abril de 2002 e incluída no Art. 25 da estruturaRegimental do MS, quando da sua reestruturação, foiapresentada proposta da organização do Sistema deOuvidoria em Saúde (SISOS); ee)) institucionalização daCIT e CIBs: deliberado o encaminhamento da propos-ta à Consultoria Jurídica; ff)) Câmara Técnica da CIT: aproposta de revisão da Câmara Técnica não fora defi-nida, porém fora registrada a participação da CIT noCNS, a fim de apresentar a síntese da reunião da Co-missão; gg)) Relatório de Desenvolvimento das Ativida-des de Controle da Tuberculose e Eliminação da Han-seníase: apresentado balanço das estratégias adota-das no enfrentamento das referidas doenças, a saber: II..mobilização nacional e acompanhamento; IIII.. descen-tralização das ações e mudanças do modelo de aten-ção; IIIIII.. assistência farmacêutica; IIVV.. rede de laborató-rios e diagnósticos; VV.. vigilância epidemiológica e dosistema de informação; hh)) capacitação da VigilânciaEpidemiológica e do Sistema de Informação. Por fim,apresentou as seguintes sugestões para a questão datuberculose e da hanseníase: aa)) que seja feito um pro-grama de incentivo aos portadores, que em regra geralé de baixa renda, como forma de evitar o abandonodo tratamento; bb)) que sejam formadas equipes especial-mente treinadas para o diagnóstico da hanseníase; cc)) queseja feita busca do sintomático respiratório nos serviçosde emergência, mediante a realização de bacterioscopia.

IITTEEMM 0044 –– CCOONNTTRROOLLEE DDEE DDSSTT//AAIIDDSS:: EESSTTAADDOO AATTUUAALL EE PPRROOJJEETTOO AAIIDDSS –– IIIIII

O Doutor AAlleexxaannddrree GGrraannjjeeiirroo destacou, primeira-mente, a importância de propostas de empréstimos naárea de Saúde a serem apreciados pelo Conselho e in-formou que, configuradas as proposições do acordo,seria apresentado ao Plenário. Em seguida, apresentouo Programa Nacional de DST/AIDS: Estado atual e de-safios para a sustentabilidade, bem como o panoramada doença no Brasil, destacando, dentre outros, os se-guintes dados: aa)) 237.588 casos até março de 2002;bb)) taxa de mortalidade de 6 por 100 habitantes; cc)) totalde 116 mil casos de AIDS notificados. Prosseguiu des-tacando as Diretrizes da Política Nacional, a saber: aa))integralidade entre prevenção e assistência; bb)) defesados direitos humanos; cc)) participação da SociedadeCivil; dd)) descentralização; ee)) ação global: intra eintersetorial. No que refere aos gastos com aids, infor-mou que no ano de 2000 foi gasto um total de US$738,3 milhões e os gastos públicos federais com aids

no Brasil, no período de 1997 a 2000, foram os se-guintes: aa)) 1997: total de US$ 339,6 milhões; bb))1998: total de US$ 435,8 milhões; cc)) 1999: total deUS$ 822,1 milhões; dd)) 2000: US$ 765,7 milhões.Destacou, em seguida, os principais resultados na áreade promoção, a saber: aa)) 58,2 mil casos evitados deaids (1994-2002); bb)) tendência de estabilização da in-fecção; cc)) média de 10% de aumento ao ano no con-sumo de preservativos; dd)) aumento de 30% (em 1999)para 41% (em 2001) de práticas seguras no uso dedrogas; ee)) aumento de 35% no número de examespara diagnóstico da infecção pelo HIV na rede pública;ff)) 3,3 mil casos evitados de transmissão vertical do HIVentre 1996 e 2002. Apresentou, também, os principaisresultados na assistência: aa)) 115 mil pacientes em usoARV; bb)) 50% de redução da mortalidade (entre 1996 e2001); cc)) aumento da sobrevida; dd)) redução das inter-nações e infecções oportunistas; ee)) redução de benefí-cios de previdenciários. Falou que o total de gastos evi-tados no período de 1994 a 2002 foi de R$2.159.442.680,00. Destacou que a sustentabilidadese dava a partir de: aa)) institucionalização da CN-DST/AIDS – departamento no âmbito da SPS; bb)) políti-ca de incentivo; cc)) AIDS III; dd)) ONG. Esclareceu que orepasse de recursos do Ministério da Saúde às Secreta-rias de Saúde seria feito por meio de: aa)) formas regula-res de financiamento do SUS (PAB, Teto de Assistência,FAEC, etc.); bb)) repasses de insumos (ARV, preservativos,laboratório, etc.); cc)) convênios e projetos estratégicos.Destacou os objetivos da política de incentivo para asSecretárias de Saúde na área de DST e Aids, a saber: aa))ampliar, consolidar e institucionalizar a resposta nacio-nal à epidemia de HIV/AIDS, qualificando as relaçõesde parceria entre o Ministério e as Secretarias deSaúde; bb)) garantir a transparência e o fluxo contínuodos recursos para Programas Estaduais e Municipais,por meio do repasse automático Fundo a Fundo e daaplicação de recursos locais; cc)) possibilitar o processode gestão, focalizado em ações e metas estratégicaspactuadas; dd)) aprimorar o processo de participação econtrole social em âmbito local. Explicou que 150 mu-nicípios foram conveniados no período de 1998-2002e 412 municípios haviam sido incluídos no incentivo.Falou que dos recursos da política de incentivo foi re-passado o total de R$ 100.000.000,00, o que signifi-cava um aumento de 46,28% no repasse médio. Des-tacou como compromissos de Estados e Municípios: aa))elaboração do Plano de Ações e Metas; bb)) manuten-ção dos recursos aplicados; cc)) fortalecimento de meca-nismos de participação e controle social; dd)) possuir ca-pacidade gerencial; ee)) alimentação dos sistemas de in-formação; ff)) pactuação na CIB sobre preservativos,medicamentos para IO e DST; gg)) aprovação do Planode Ações e Metas pelo Conselho Estadual ou Munici-pal de Saúde e Comissão Intergestora. Prestou esclare-cimentos acerca do Programa AIDS III, destacando quehavia acordo de três anos com previsão de US$ 200milhões. Por fim, falou do Plano de Sustentabilidade

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das OSC, destacando os seguintes objetivos: aa)) diversi-ficar fontes de recursos; bb)) desenvolver sistemática definanciamento para o SUS; cc)) elaborar proposta de ins-trumentos para o financiamento direto pelo SUS.

IITTEEMM 0055 –– RREEGGIIMMEENNTTOO IINNTTEERRNNOO DDOO CCNNSS

A discussão do Regimento Interno do CNS foi trans-ferida para 125.ª Reunião Ordinária do CNS, a serrealizada no mês de novembro. Acordou-se que as su-gestões de emendas ao documento deveriam ser en-viadas até 20 de outubro de 2002 para o GT do Regi-mento Interno do CNS, a fim de serem incorporadas.

IITTEEMM 0066 –– AANNDDAAMMEENNTTOO DDOO PPRROOJJEETTOO DDEE CCAAPPAACCIITTAAÇÇÃÃOO DDEE CCOONNSSEELLHHEEIIRROOSS DDEE SSAAÚÚDDEE

A Conselheira AAnnaa MMaarriiaa LLiimmaa BBaarrbboossaa esclare-ceu, primeiramente, que não houvera reunião do GTde Capacitação e informou que o grupo continuariaacompanhando o processo de capacitação dos mo-nitores nos Estados. Em seguida, o Conselheiro SSéérr--ggiioo LLuuííss MMaaggaarrããoo relatou como fora o curso de capa-citação de Conselheiros do Estado do Piauí, realizadode 12 a 15 de setembro de 2002, com a participaçãode conselheiros de oito municípios da chamadaGrande Teresina, porém mostrou preocupação com ofato de apenas 22 conselheiros dos 40 inscritos teremconcluído o curso. Esclareceu que o curso foi divididoem duas fases, a primeira realizada nos dias 13 e 14de setembro de 2002, correspondente a 16 horas decarga horária, e a segunda ocorreria nos dias 20 e21 de setembro de 2002, também com 16 horas.Destacou, ainda, problemas apontados pelos partici-pantes do curso, a saber: aa)) equipes do ProgramaSaúde da Família incompletas; bb)) equipes de PSF comprofissionais, principalmente médicos, sem o perfiladequado para o trabalho a que se propõe; cc)) no PSF,muitos médicos contratados fora do município e, comfreqüência, não atualizados e solicitarem examescomplementares no município onde atuam; dd)) no PSFmuitos médicos, bem como outros profissionais desaúde do PSF não trabalham diariamente; ee)) hospitaisprivados contratados para suprir a falta de hospitaispúblicos; ff)) falta de discussão e implementação daNOAS no Estado; gg)) não- cumprimento, em muitosmunicípios, do Plano Municipal de Saúde; hh)) gestorcomo Presidente: a freqüente ausência cria transtor-nos para o Conselho; ii)) o não- cumprimento das deli-berações do Conselho por parte do Secretário Muni-cipal; jj)) absoluta falta de infra-estrutura na maioriados Conselhos; e kk)) falta de acesso a documentos im-prescindíveis para a vida normal do Conselho.

IITTEEMM 0077 –– DDIIRREETTRRIIZZEESS PPAARRAA FFOORRMMUULLAAÇÇÃÃOODDEE MMOODDAALLIIDDAADDEESS DDEE RREEMMUUNNEERRAAÇÇÃÃOO DDOOSSSSEERRVVIIÇÇOOSS DDEE SSAAÚÚDDEE EE DDEE ““CCRRÉÉDDIITTOOSS EE VVAALLOORREESS”” RREEFFEERRIIDDOOSS NNOO AARRTTIIGGOO 2266 DDAA LLEEII NN..ºº 88..008800//9900

O Coordenador NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttoossapresentou o produto da II OOffiicciinnaa ddee TTrraabbaallhhoo ddaaCCCCGG//CCNNSS, realizada em 1.º e 2 de outubro de2002, destacando as modalidades de remuneraçãoidentificadas no evento, a saber: aa)) tabela de procedi-mentos de valores; bb)) convênio global; cc)) convêniomisto; dd)) co-gestão; ee)) co-gerenciamento; ff)) simplesalocação de recursos humanos; gg)) compensação re-muneratória do gestor à entidade prestadora; hh)) con-vênio global só para serviços de urgência/emergên-cia; ii)) incentivos com recursos do gestor para novasformas de atenção, não-previstos ou não-compensa-tórios pela tabela: cirurgias ambulatoriais ou de hos-pital-dia, atendimento domiciliar e outros; jj)) orça-mento global; e kk)) combinações. Por fim, propôs queos Conselheiros enviassem sugestões de reparos aomaterial apresentado para a Secretaria Executiva doCNS. O Conselheiro MMoozzaarrtt ddee AAbbrreeuu ee LLiimmaa apro-veitou a ocasião para destacar a importância da in-terpretação da Lei n.º 8.080/90.

IITTEEMM 0088 –– RREEDDEE NNAACCIIOONNAALL DDEE AATTEENNÇÇÃÃOO ÀÀ SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORR ((RREENNAASSTT))

O Conselheiro MMoozzaarrtt ddee AAbbrreeuu ee LLiimmaa apresen-tou três recomendações da CIST para apreciaçãodo Colegiado, sendo: 11..ªª RReeccoommeennddaaççããoo:: aa)) insti-tuir GT aadd hhoocc da CIST, para proposição de objeti-vos, temário e Comissão Organizadora da IIIIII CCoonn--ffeerrêênncciiaa NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ddoo TTrraabbaallhhaaddoorr, noprazo de até 15 de novembro de 2002, para con-clusão dos trabalhos e apresentação ao CNS, naReunião de dezembro de 2002; bb)) promover Con-ferência, no sentido de fortalecimento da articula-ção intersetorial, no âmbito governamental e parti-cipação de todos os atores relevantes ao processode trabalho; 22..ªª RReeccoommeennddaaççããoo:: aa)) apoiar e desta-car a relevância do trabalho desenvolvido pelaCoordenação-Geral de Estatística e Atuária e daDATAPREV do Ministério da Previdência e Assistên-cia Social, no aprimoramento das informaçõessobre Acidentes e Doenças Relacionadas ao Traba-lho, coletadas por meio da Comunicação de Aci-dente de Trabalho (CAT); bb)) desenvolver estudospara apresentação dos dados dos futuros AnuáriosEstatísticos desagregados por empresas, em espe-cial, as que desempenham atividades econômicasde maior risco e grau de ocorrências; cc)) estudar ainclusão na Pesquisa Nacional de Amostra Domici-liar (PNAD) de questões relativas aos acidentes e

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doenças relacionadas ao trabalho, com vistas à de-tecção de informações relativas aos trabalhadoresdomésticos, autônomos e registrados; 33..ªª RReeccoo--mmeennddaaççããoo:: aa)) aprovar a Norma de Vigilância daSaúde dos Trabalhadores Expostos ao Benzeno esua publicação pelo MS; bb)) realizar Oficina de Tra-balho, após 2 (dois) anos da publicação daNorma, convocada pelo MS, com participação derepresentações dos trabalhadores, dos empresá-rios, das entidades governamentais, dos profissio-nais de saúde e outras instituições atuantes naárea, para avaliação de eficácia da mesma e ado-ção de modificações julgadas pertinentes e neces-sárias ao seu aprimoramento. Após discussão, asrecomendações da CIST foram aprovadas, porunanimidade. Em seguida, o Conselheiro MMoozzaarrttddee AAbbrreeuu ee LLiimmaa apresentou Recomendação da RE-NAST, que recomendava: aa)) aprovar a Portaria Mi-nisterial n.º 1.679/2002, que cria a Rede Nacionalde Assistência à Saúde do Trabalhador (RENAST) edá outras providências, por considerá-la instrumen-to de aprimoramento da atuação do SUS, no âmbi-to da Saúde do Trabalhador; bb)) ressalvar na reda-ção da portaria problemas que possam dificultarsua plena implementação; cc)) o financiamento daRENAST, nos mesmos moldes do PAB; dd)) apresenta-ção e discussão pela CIT, ouvido o CONASS e CO-NASEMS, em especial, na análise de sua viabilida-de e operacionalização. Após discussão, foi apro-vado o seguinte encaminhamento: adiamento daapreciação e votação da Portaria e delegação àSecretaria de Políticas de Saúde e a CIST de reto-mada do processo de discussão da questão, consi-derando as sugestões do Colegiado, convite daárea de Saúde do Trabalhador do MS para discutira questão no Plenário e enriquecimento das ressal-vas e aclaramento do reconhecimento dos avan-ços, para posterior manifestação final.

IITTEEMM 0099 –– PPRROOPPOOSSTTAA DDAA RREEVVIISSÃÃOO DDAA RREESSOO--LLUUÇÇÃÃOO CCNNSS NN..ºº 3333//9922

A Conselheira MMaarriiaa LLeeddaa ddee RR.. DDaannttaass apresen-tou a metodologia de trabalho do GT de Revisão daResolução CNS n.º 33/92, destacando as dificul-dades encontradas e as contribuições dadas. Emseguida, apresentou a proposta de redação da Re-solução, a fim de que o Colegiado apresentasse su-gestões de emendas ao documento. Após inúmerascontribuições do Colegiado ao documento, acor-dou-se que as sugestões com justificativas dos Con-selheiros deveriam ser enviadas ao GT, no prazo deuma semana, e que a cópia do documento revisa-do fosse entregue aos Conselheiros uma semanaantes da Reunião Ordinária de novembro de 2002.

IITTEEMM 1100 –– AAGGEENNDDAA EE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDOO DDEESSEEMMPPEENNHHOO DDOO CCNNSS

A Conselheira MMaarriiaa LLeeddaa ddee RR.. DDaannttaass apresentoua proposta do GT de Avaliação de Desempenho e Pla-nejamento do CNS que, considerando ser imprescin-dível a condução externa do processo de avaliação ea participação de todos envolvidos no processo, pro-pôs que a avaliação do CNS fosse realizada por espe-cialistas externos, com a metodologia de pesquisa so-cial denominada ppeessqquuiissaa--aaççããoo. Esclareceu que,aceita a proposta pelo Plenário do CNS, o GT esperaque se proceda às seguintes ações: aa)) contratação deespecialistas em ppeessqquuiissaa--aaççããoo, utilizando a oferta decolaboração da ABRASCO para a consecução diretada pesquisa ou para a indicação de profissional abali-zado para o trabalho; bb)) elaboração de Lista Prelimi-nar de itens para avaliação, a ser complementadapelos membros do GT, conselheiros, funcionários doCNS e parceiros privilegiados; cc)) formulação do proje-to de avaliação; dd)) análise pelo GT, para sua aprova-ção, ou adequações; ee)) acompanhamento do proces-so e deliberação do Plenário, decorrentes das necessi-dades reveladas nas diversas fases de pesquisa. Citouos seguintes eixos adotados para subsidiarem as pro-postas de planejamento 2002/2003: aa)) fortalecimen-to do controle social; bb)) financiamento do SistemaÚnico de Saúde; cc)) acesso, qualidade e humanizaçãodos Serviços do SUS. Em seguida, destacou as propos-tas do GT, tendo em vista os eixos adotados: aa)) direitose deveres dos cidadãos, concernentes à Saúde/Códi-go de ética dos servidores do SUS: elaboração dosdois documentos, com ampla articulação dos conse-lhos municipais, estaduais e nacional; bb)) Brasil paratodas as idades: tornar viável um projeto que atendaao universo da clientela, unificando a abrangênciapelo critério de faixas etárias com parceria de todas asEntidades com assento no CNS; cc)) Mercosul: integra-ção de fronteiras em saúde, trabalho e comércio;exame da situação do trabalho do Ministério da Saúdee na Comissão Parlamentar conjunta do Mercosul; en-volver os CES dos Estados limítrofes de outros países;dd)) designação imediata de Comissão de Avaliação ePlanejamento do CNS/2003. O Coordenador NNeellssoonnRRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss aproveitou a ocasião para des-tacar os pontos prioritários a serem tratados no Plená-rio: aa)) continuação da discussão acerca da ResoluçãoCNS n.º 33/92; bb)) Regimento Interno do CNS; cc)) es-forço de institucionalização da Tripartite e Bipartite,com convite da Secretaria Executiva do MS; dd)) CIST eRENAST; ee)) articulação com Congresso Nacional pararevisão da Proposta Orçamentária para 2003; ff)) LeiOrçamentária. Em seguida, destacou pontos prioritá-rios a serem tratados na Reunião do CNS de novem-bro de 2002: aa)) avaliação das propostas do GT deAvaliação de Desempenho do CNS; bb)) proposta depromoção e alimentação das comunidades indígenas.

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18 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

RRRREEEECCCCOOOOMMMMEEEENNNNDDDDAAAAÇÇÇÇÕÕÕÕEEEESSSS

IITTEEMM 1111 –– RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA CCOOFFIINN//CCNNSS

O Professor EElliiaass AA.. JJoorrggee apresentou o Relatório daReunião da COFIN/CNS, destacando as seguintes su-gestões e encaminhamentos ao Plenário do CNS: aa))reiterar a necessidade de homologação da ResoluçãoCNS n.º 316 de 4 de abril de 2002; bb)) determinar quea Coordenação-geral do Conselho e a COFIN priori-zassem o acompanhamento do processo de discussãodos Projetos de Lei sobre a regulamentação da EC n.º29, especialmente o do Senador Tião Viana; cc)) enca-minhar à Procuradoria Federal dos Direitos do Cida-dão cópia do Relatório da COFIN e do Relatório daReunião Ordinária de setembro de 2002, solicitandoanálise das medidas possíveis para assegurar o cum-primento da EC n.º 29 pela União; dd)) determinar àCoordenação-geral do CNS, com apoio da COFIN, amanutenção de interlocução permanente com a PFDC,bem como a elaboração de documento que sintetize oconjunto de questões tratadas na Reunião Extraordiná-ria de 8 de outubro de 2002; ee)) aprovar o relatório daCOFIN, bem como as sugestões nele contidas. O Rela-tório, bem como as propostas nele contidas, foi apro-vado por unanimidade.

IITTEEMM 1122 –– DDEELLIIBBEERRAAÇÇÕÕEESS PPEENNDDEENNTTEESS EE EENNCCEERRRRAAMMEENNTTOO –– HHOOMMEENNAAGGEEMM PPÓÓSSTTUUMMAA AA JJOOÃÃOO YYUUNNEESS

Homenagem do Conselho Nacional de Saúde aJoão Yunes pela grata memória de homem públicoque semeou ensinamentos perenes por onde passou,e de pessoa afável que soube ser. Definidos esses as-suntos, deu-se por encerrada a Reunião. ((AANNEEXXOO 22))

DDEELLIIBBEERRAAÇÇÕÕEESS::

11)) aprovadas, por unanimidade, as três recomen-dações da CIST apresentadas pelo Conselheiro MMoo--zzaarrtt ddee AAbbrreeuu ee LLiimmaa..

22)) Aprovado, por unanimidade, o relatório daCOFIN/CNS, bem como as propostas nele contidas.

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORRNN..ºº 002255,, DDEE 1100 DDEE OOUUTTUUBBRROO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 124.ª Reunião Ordinária, realizada no dias 9 e10 de outubro de 2002, no uso de suas competên-

cias regimentais e atribuições conferidas pela Lei n.º8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º8.142, de 28 de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

aa)) a recente publicação do Anuário Estatístico deAcidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho –2001, sob a Coordenação do Ministério da Previdên-cia e Assistência Social;

bb)) a necessidade do progressivo aprimoramentodas estatísticas e indicadores de acidentes e doençasrelacionadas ao trabalho.

RREECCOOMMEENNDDAA::

11)) Apoiar e destacar a relevância do trabalho de-senvolvido pela Coordenação-Geral de Estatística eAtuária e da DATAPREV do Ministério da Previdência eAssistência Social, no aprimoramento dessas informa-ções coletadas através da Comunicação de Acidentede Trabalho (CAT).

22)) Desenvolver estudos para apresentação dosdados dos futuros Anuários Estatísticos desagregadospor empresas, em especial, as que desempenham ati-vidades econômicas de maior risco ou grau deocorrências.

33)) Estudar a inclusão na Pesquisa Nacional deAmostra Domiciliar (PNAD), desenvolvida pelo Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dequestões relativas aos acidentes e doenças relaciona-das ao trabalho, com vistas à detecção de informa-ções relativas aos trabalhadores domésticos, autôno-mos e não-registrados.

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaall ddeeSSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112244..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORRNN..ºº 002266,, DDEE 1100 DDEE OOUUTTUUBBRROO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 124.ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 9 e10 de outubro de 2002, no uso de suas competên-cias regimentais e atribuições conferidas pela Lei n.º8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º8.142, de 28 de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

aa)) a elaboração pelo Ministério da Saúde daNorma de Vigilância da Saúde dos Trabalhadores Ex-postos ao Benzeno;

bb)) as decisões do Plenário do CNS relativas à prote-ção dos trabalhadores expostos ao Benzeno.

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19Boletim do Conselho Nacional de Saúde

AABBEERRTTUURRAA

No dia 8 de outubro de 2002, na sala de reu-nião CCoonnsseellhheeiirroo OOmmiillttoonn VViissccoonnddee, do ConselhoNacional de Saúde, teve início a 22.ª Reunião Ex-traordinária do CNS.

IITTEEMM 0011 –– IINNFFOORRMMEESS

Não houve apresentação de informes.

22222222....aaaa RRRREEEEUUUUNNNNIIIIÃÃÃÃOOOO EEEEXXXXTTTTRRRRAAAAOOOORRRRDDDDIIIINNNNÁÁÁÁRRRRIIIIAAAA DDDDOOOO CCCCNNNNSSSSRRRREEEESSSSUUUUMMMMOOOO EEEEXXXXEEEECCCCUUUUTTTTIIIIVVVVOOOO –––– OOOOUUUUTTTTUUUUBBBBRRRROOOO////2222000000002222

RREECCOOMMEENNDDAA::

11)) Aprovar a Norma de Vigilância da Saúde dosTrabalhadores Expostos ao Benzeno e sua publicaçãopelo Ministério da Saúde.

22)) Realizar 2 (dois) anos após a publicação daNorma, Oficina de Trabalho, convocada pelo Minis-tério da Saúde, com a participação de representaçõesdos trabalhadores, dos empresários, das entidadesgovernamentais, dos profissionais de saúde e outrasinstituições atuantes na área, para avaliação de suaeficácia e adoção de modificações julgadas pertinen-tes e necessárias ao seu aprimoramento.

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaallddee SSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112244..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

TTEEMMAA:: SSAAÚÚDDEE DDOO TTRRAABBAALLHHAADDOORRNN..ºº 002277,, DDEE 1100 DDEE OOUUTTUUBBRROO DDEE 22000022

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, emsua 124.ª Reunião Ordinária, realizada no dias 9 e10 de outubro de 2002, no uso de suas competên-cias regimentais e atribuições conferidas pela Lei n.º8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n.º8.142, de 28 de dezembro de 1990, ccoonnssiiddeerraannddoo::

aa)) a proposta de realização da III Conferência Na-cional de Saúde do Trabalhador (CNST), já apresen-tada ao Plenário do CNS, para realização em setem-bro de 2003;

bb)) a necessidade de que III CNST seja realizada apartir de elaboração de documentos-sínteses analíti-cos a serem submetidos à análise pelas ConferênciasEstaduais e Municipais, submetidos à etapa Nacionalatravés de mesas-redondas de forma a aprofundar osdebates e qualificar as deliberações.

RREECCOOMMEENNDDAA::

11)) Instituir Grupo de Trabalho ad hoc da CIST,para a proposição de objetivos, temário e ComissãoOrganizadora da III CNST, no prazo de até 15 de no-vembro de 2002, para conclusão dos trabalhos, paraapresentação ao CNS, na Reunião Ordinária de de-zembro de 2002.

22)) Promover a Conferência, no sentido de fortale-cimento da articulação intersetorial, no âmbito gover-namental e participação de todos os atores relevantesao processo de trabalho, compreendendo:

aa)) questões de segurança no ambiente de trabalho;

bb)) proteção previdenciária do trabalhador;

cc)) o combate à informalidade no trabalho e preca-rização do emprego;

dd)) avaliação, revisão e implementação das pro-postas das Conferências anteriores;

ee)) integração do trabalho das diferentes agên-cias governamentais atuantes na área, com finan-ciamento integral estabelecido no Orçamento daSeguridade Social;

ff)) importância do emprego e da renda;

gg)) resgate das deliberações do Seminário sobreSaúde do Trabalhador, realizado em parceria entre oCNS e a Comissão de Seguridade Social e Famíliada Câmara dos Deputados, realizado em 25 e 26 desetembro de 2001;

hh)) aplicação dos princípios de integralidade, uni-versalidade, hierarquização, descentralização e parti-cipação popular adotados pelo SUS no desenvolvi-mento das ações intersetoriais de saúde dotrabalhador.

AApprroovvaaddoo ppeelloo PPlleennáárriioo ddoo CCoonnsseellhhoo NNaacciioonnaallddee SSaaúúddee,, eemm ssuuaa 112244..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa

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IITTEEMM 0022 –– MMEESSAA ““CCUUMMPPRRIIMMEENNTTOO DDAA EECC NN..ºº 2299 EE DDEESSDDOOBBRRAAMMEENNTTOOSS DDOO VVEETTOO PPRREESSIIDDEENNCCIIAALL AAOO §§33..ºº DDOO AARRTTIIGGOO 5577,, DDAA LLDDOO//22000033,, DDOO PPAARREECCEERR DDAA CCOONNJJUURR//MMSS NN..ºº 996611//22000022,, EEDDOO TTRRÍÍPPLLIICCEE CCOONNTTIINNGGEENNCCIIAAMMEENNTTOO””

O Coordenador-Geral do CNS NNeellssoonn RRooddrriigguueessddooss SSaannttooss chamou para compor a mesa DDrr..ªª RRaaqquueellDDooddii, representante da Procuradoria da República –Direito dos Cidadãos, DDrr.. GGaabbrriieell FFeerrrraattoo, Secretáriode Investimento em Saúde/MS, DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss, re-presentante do Instituto de Direito Sanitário Aplicado ePPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee, representante da Comissão de Orça-mento e Finanças do CNS, e, posteriormente, justifi-cou a ausência do representante da Consultoria Jurí-dica do Ministério da Saúde. Em seguida, o PPrrooff.. EElliiaassJJoorrggee fez uma breve síntese da situação gerada a res-peito da interpretação da Emenda Constitucional n.º29. Reafirmou o caráter deliberativo do CNS, no quese refere às questões do orçamento. Quanto à execu-ção orçamentária do ano 2000, disse que o espíritodo Constituinte era de considerar o que fora executa-do no ano imediatamente anterior e não ficar voltan-do sempre a 99. Na hora de definir o orçamento parao ano de 2001, o Ministério da Fazenda se manifes-tou no sentido de querer rebaixar o piso mínimo em 1bilhão de reais, com prejuízo em todos os outrosorçamentos. Assim, o Ministério da Fazenda fez o pa-recer, diminuindo em 1 bilhão os recursos para asaúde. Em decorrência disso, o MS respondeu deforma brilhante esse parecer. Como houve conflito, oparecer foi, então, encaminhado à AGU, que concor-dou com o parecer do Ministério da Fazenda e o Pre-sidente da República mandou publicar o parecer, quepassou a ter caráter normativo. Então, no orçamentode 2001, o prejuízo seria de 1 bilhão de reais, mais acorreção pela variação do PIB. Em decorrência dessasituação, a AMB, entidade com assento no CNS, en-trou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidadeno STF. Essa ação tramitou até dezembro de 2002,quando o Ministro Moreira Alves ia se pronunciar, aAGU retirou o caráter normativo do Parecer. Era 17de dezembro e o orçamento já tinha sido votado como rebaixamento. Não tendo mais o caráter normativo,o STF encerrou a ADIN. Com a retirada do caráternormativo do Parecer, mais as articulações feitas noCNS, com várias áreas do MS, especialmente com aSIS, foi elaborado um documento “Parâmetros Con-sensuais para a Regulamentação e Implementação daEC N.º 29” e enviado à Câmara dos Deputados, aoSenado Federal e ao TCU. O TCU recebeu o do-cumento mais uma consulta do deputado Darcízio Pe-rondi, do PMDB/RS, vice-líder do governo e integran-te da Comissão de Seguridade Social e Família daCâmara dos Deputados. Respondendo a consulta, oTCU disse que a discussão se voltava sempre para1999. A posição do CNS e do MS de considerar o

ano imediatamente anterior estava correta. No quedizia respeito ao PIB, tinha de ser um PIB conhecidoao longo do processo orçamentário. Não poderia sero PIB de 2003 sobre 2002 para definir a correção dopróximo ano. O PIB de 2003 só seria conhecido em2004, quando já estivesse acabado o orçamento de2003. Assim, na decisão do TCU esses aspectos vie-ram bem configurados. E mais, o Item 18 dessa deci-são diz que se houver descumprimento em um ano, atratativa deverá ser como se a Emenda Constitucionalfosse cumprida para que se possa estabelecer o pata-mar seguinte. A decisão do TCU foi largamente co-mentada pelo CNS como uma grande alternativa,disse o PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee. Se havia saído o caráter nor-mativo do Parecer da AGU, o TCU concordado comas teses discutidas e coerentes com as negociações, oCNS se tranqüilizou. Entretanto, houve parlamentarque não se tranqüilizou e colocou emenda na LDOpara 2003, no artigo 57, dizendo “para 2003, os re-cursos deverão ser para ações e serviços públicos desaúde nos termos da Decisão 143, do TCU”. Comoestava então registrada na LDO, essa Decisão, maisuma razão para que as preocupações diminuíssem.Porém, continuou relatando o PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee, o Pre-sidente da República vetou o dispositivo, alegandoque não era o TCU o foro adequado para se pronun-ciar a respeito, que para dirimir dúvidas sobre consti-tucionalidade o foro era o STF e que havia o parecerda AGU com parecer diferente da Decisão 143, doTCU. Segundo o PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee, o resultado, em ter-mos qualitativos, do processo era que o orçamentoque estava no Congresso Nacional para 2003 fosseinferior ao mínimo assegurado pela EC n.º 29, em 2bilhões e 281 milhões. Ressaltou, ainda, que paraeste ano havia uma perda, como estava registrada noúltimo Relatório da COFIN, de 1 bilhão e 500 mil,aproximadamente, e que para o ano de 2001 aperda representou 470 milhões. Não fora possível su-primir 1 bilhão, mais a correção, porém, era possívelsuprimir, até 31 de dezembro, o direito de o MS em-penhar 900 milhões e acabou executando, em 2001,uma importância inferior assegurada pela EC n.º 29,em 470 milhões. Em relação ao tríplice contingencia-mento, explicou, que uma lógica vinha sendo adota-da pela União desde 1998, que consistia no seguinte:tendo uma dotação, por exemplo, de 200 milhões, sóera possível empenhar 180 milhões (1.º degrau decontingenciamento), desses 180 milhões empenha-dos, só seriam enviados pela União 150 milhões (2.ºdegrau de contingenciamento), com os 150 milhõesrecebidos seria necessário pagar as despesas do anoe o resto a pagar do ano anterior (3.º degrau de con-tingenciamento). Isso significava que cada Ministériotinha que devolver dinheiro ao Tesouro. Assim, a dota-ção orçamentária tinha um bloqueio de 1 bilhão e300 mil. Faltavam 146 milhões de créditos adicionaise volume de dinheiro que tinham que responder poreste ano e pelos 3 bilhões de resto a pagar do ano

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passado. Em função desse quadro, disse o PPrrooff.. EElliiaassJJoorrggee, houve o Parecer 961 da Consultoria Jurídicado MS, mas que não tratou da questão da União esim dos Estados e dos Municípios sobre o direito ounão de punibilidade. A COFIN ficou preocupada coma idéia de que pudesse haver diminuição nos recursosdos Estados e Municípios. Assim, tendo em vista quehouve a quebra da lógica de o CNS discutir a propos-ta orçamentária do MS como vinha fazendo desde1992, optou por deliberar pela convocação de reu-nião extraordinária para discutir o assunto do pontode vista técnico e jurídico. Concluindo sua síntese,disse que esse era o motivo da presente reunião. DDrr..ªªRRaaqquueell DDooddii, representante da Procuradoria da Repú-blica, fez as seguintes observações antes de entrar notema de sua fala: a) sempre acompanhava com inte-resse o trabalho do CNS, tanto que no ano passadocontribuíra para a própria continuidade da atuaçãodo CNS como deliberativo, quando entendeu-se queeste tinha caráter meramente consultivo; b) o Ministé-rio Público tem contribuído muito para o fortalecimen-to do controle social por meio, por exemplo, da im-plantação do SIOPS; c) estava acompanhada de seucolega, também Procurador Regional da República,DDrr.. OOsswwaallddoo BBaarrbboossaa SSiillvvaa, que era defensor das nor-mas e valores do SUS. A seguir, falou sobre a aplica-ção do conteúdo da EC n.º 29 e chamou a atençãopara a necessidade de reafirmação da atribuição de-liberativa do CNS nessa questão e também de osConselheiros se pronunciarem sobre a quantidade devalores a serem anualmente gastos em saúde. A EC nº 29, no seu entendimento modificara o artigo 77, in-ciso 1, do Ato das Disposições Transitórias (normaspassíveis de modificação), porque não atingia o obje-tivo, que era de dotar a população brasileira de açõese serviços públicos de saúde suficientes. Assim, o arti-go 77 falava em recursos mínimos aplicados, mon-tante empenhado e valor apurado. Para o orçamentodo ano 2000, foram usadas duas dessas três catego-rias: recursos mínimos aplicados e montanteempenhado. Quer dizer, para o ano de 2000, o re-curso mínimo a ser aplicado deveria corresponder aomontante empenhado em 1999, acrescido de 5%.Assim ocorreu. Já no ano de 2001, a Constituição es-tabeleceu o mínimo a ser aplicado e não mais estabe-leceu a categoria montante empenhado, passando autilizar valor apurado, significando que se o recursomínimo aplicado tivesse sido excedido por um empe-nho maior, aquele valor passava a ser o valorapurado. De acordo com a DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii, essa foia interpretação do TCU e do CNS, restando então,fazer valer esse entendimento para o ano de 2001.No ano de 2002, a situação foi a mesma: as duascategorias utilizadas na norma constitucional foramrecursos mínimos aplicados e valor apurado, que se-riam repetidos para 2003 e 2004, e os efeitos segui-riam para os anos subseqüentes à vigência dessanorma. Sendo assim, disse que a providência ao al-

cance do MP seria a existência de um instrumentopróprio extrajudicial ou judicial. Como pela via extra-judicial já teriam sido envidados esforços sem resulta-dos, apontou caminhos para a via judicial: a) açãopelo descumprimento de preceito fundamental acio-nada pelo Procurador-Geral da República e todas asoutras autoridades que podem propor ações diretasde controle de constitucionalidade e o órgão compe-tente para julgar essa ação era o STF; b) ação civilpública que se destina à proteção de direitos difusos ecoletivos. No caso em questão, a autoridade respon-sável pela Saúde estava obrigada a aplicar recursosmínimos em ações de saúde, cujo valor devia ser cal-culado pela norma do artigo 77 e não o fez em2001. Se não o fizera, era necessário obrigá-la afazer. Como o montante era definido, era fácil calcu-lar a defasagem. Dessa forma, pode o Ministério Pú-blico propor uma ação civil pública. Para isso, segun-do a Procuradora, o CNS, exercendo a sua compe-tência de acordo com a Lei n.º 8.142, poderia fazeruma representação junto ao Ministério Público Fede-ral, para que este tomasse as medidas necessáriasatravés de ação civil pública. Nesse momento, o Con-selheiro EElliiaass RRaassssii solicitou à DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii o se-guinte esclarecimento: se no caso em questão, nãocaberia um mandado de injunção. A Procuradora res-pondeu que mandado de injunção só seria possível senão houvesse a norma. Para os casos de interpreta-ção constitucional, disse que existia uma ação chama-da declaração de constitucionalidade da norma. Sóque era uma ação prevista para lei ordinária. DDrr.. OOss--wwaallddoo BBaarrbboossaa SSiillvvaa, saudando o Colegiado, disseque uma das perguntas óbvias com relação à açãocivil pública era a seguinte: se o Ministério Público Fe-deral entrasse com ação civil pública e ganhasse,como faria para executar essa ação? Assim, o Presi-dente da República poderia dizer que não havia orça-mento e encaminhar o assunto para o Congresso Na-cional e este, por sua vez, poderia se recusar a votar.Assim sendo, o Tribunal poderia colocar como preca-tório, na sua rubrica orçamentária, esse valor e depoistransferir para os órgãos de execução financeira. Aolado disso, chamou a atenção para a importância daarticulação política que deveria ser feita paralelamen-te à ação jurídica. A DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii lembrou que aação civil pública só seria possível em relação ao fatopassado, ao fato futuro não se poderia deduzir quenão fosse considerado o critério constitucional. OPPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee lembrou da preocupação que tinha oCNS sobre o orçamento de 2002, que foi votado peloCongresso e era superior, mas estava bloqueado, eperguntou se um decreto presidencial poderia contin-genciar orçamentária e financeiramente recursos asse-gurados pela Constituição Federal. A DDrraa.. RRaaqquueellDDooddii considerou essa pergunta simples de responder,bastando a verificação da compatibilidade do decretocom a legislação sobre saúde e com o orçamentoaprovado. Se necessário, sugeriu para o caso uma

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medida cautelar, que tiraria o efeito do decreto.Porém, advertiu que em Direito nem sempre as açõeseram vitoriosas e na situação que o PPrrooff.. EElliiaass se refe-riu, o complicado não era o conteúdo, mas sim o ins-trumento, que seria para a proteção de direitosdifusos. O modo de se delimitar claramente esse direi-to seria fazer corretamente o pedido. A ConselheiraGGyysseellllee SSaaddddii TTaannnnoouuss quis saber, em caso da neces-sidade de se representar junto ao Ministério Públicopara que se instalasse a ação civil pública, quem fariaa representação, se o CNS ou uma entidade quecompõe o Colegiado. O DDrr.. OOsswwaallddoo BBaarrbboossaa SSiillvvaadisse que o CNS poderia mover a ação civil públicasem a representação. No seu entendimento, a repre-sentação feita pelo CNS seria importante do ponto devista político e teria peso para uma dedução em juízo.O Coordenador NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss lem-brou que a ação direta de inconstitucionalidade con-tra a base fixa do parecer da AGU fora movida poruma entidade do CNS, a AMB, porque, na época foraconsenso do plenário que as ações deveriam ser mo-vidas pelas entidades. Lembrou também que, naépoca, por não se ter base jurídica, ficou a perguntase deveria ser o CNS a mover a ação, haja vista que,de acordo com a Lei n.º 8.142, era órgão da estrutu-ra do Poder Executivo. O Conselheiro EElliiaass RRoossssii per-guntou se era possível uma ação direta de inconstitu-cionalidade contra uma norma regulamentadora, nocaso, o parecer da AGU, e deixando de existir anorma regulamentadora, não caberia, de acordo coma Constituição Federal, um mandado de injunção. ADDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii esclareceu que: a) para se proporuma ação direta de inconstitucionalidade seria neces-sário que a entidade fosse de caráter nacional e o ob-jeto dela vinculado ao da ação; b) uma representaçãoera noticiar o fato e pedir providências a respeito; c)mandado de injunção estava relacionado a normasconstitucionais que não são auto-aplicáveis; d) no to-cante ao orçamento da Saúde, de acordo com aConstituição Federal, a Lei n.º 8.080 e a Lei n.º8.142, o CNS deveria participar da proposta orça-mentária; e) o parecer da AGU prescindia da interpre-tação desse direito que tinha o CNS; f) o parecer daAGU valia para os níveis hierárquicos do Poder Execu-tivo da União, o que era diferente de um poder nor-mativo do Congresso Nacional, cuja norma valiapara os Três Poderes. Assim, concluiu em razão dapergunta do Conselheiro EElliiaass RRoossssii, que não precisa-ria de mandado de injunção, uma vez que a normaconstitucional era auto-aplicável, não precisando decaráter normativo. O Conselheiro WWiilllliiaamm SSaaaadd apro-veitou a oportunidade para agradecer e prestar ho-menagem à DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii pela contribuição quedera na elaboração do arcabouço da Resolução n.º196 da ética em pesquisa envolvendo seres humanos.A DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss disse que a fala da DDrr..ªª RRaaqquueellDDooddii contemplara de forma muito didática as dúvidassobre a interpretação do artigo 77, da Constituição

Federal. Com relação ao veto que a LDO teve no§3.º do artigo 57, disse que trouxera preocupação aoCNS no sentido da aplicação da LDO. No seu pontode vista, era possível continuar insistindo na propostade se fazer a interpretação correta da Lei Orçamentá-ria para que os valores fossem de acordo com aConstituição Federal. Também, fez alusão à capacida-de judiciária do CNS, que entendia necessitar de umadiscussão mais aprofundada. Para finalizar, falou doParecer da Consultoria Jurídica, dizendo que Estadose Municípios que não cumpriram a EC n.º 29, nãoaplicando o mínimo de 7% a 15%, não teriam quefazê-lo mesmo no tocante ao ano 2000, porque aEmenda saira nesse ano. No seu entendimento, esseparecer era importante. O DDrr.. EEllbbaa MMoonnttoovvaanneellllii per-guntou, em razão da característica da temporalidadeda EC n.º 29, sobre a necessidade de implementá-laaté 2004 e da mudança de governo, se não seriapossível o pedido de antecipação de tutela de méritona ação civil pública, ainda que parcialmente, ouseja, apenas no período pretérito. A DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddiiconsiderou ser o pedido de antecipação de tutela demérito uma boa idéia e também acenou com a possi-bilidade da medida extrajudicial, porém, lembrou doinconveniente da jurisprudência clássica, que diz quese o pedido de tutela for satisfativo (igual à decisãofinal) não pode ser deferido antecipadamente. A Con-selheira MMaarriiaa LLeeddaa RR.. DDaannttaass interveio para dizer queestava com dificuldade de entender a correlação entreo pedido de tutela antecipada e o resultado satisfativoda ação. A DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii, para esclarecer a Con-selheira, disse que, historicamente, quando a açãocivil pública era um instrumento novo no direito brasi-leiro, para defender direitos difusos, veio acompanha-da de pedido de antecipação de tutela de mérito paraa garantia do resultado antes do perecimento dodireito. Segundo a DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii, foi um instru-mento bem-vindo e concedido, quase sempre, depronto, porém, com o decorrer do tempo, construiu-se uma distensão entre a tutela antecipada (necessáriapara evitar o perecimento do direito) e a tutela anteci-pada meramente satisfativa (antes de chegar o resul-tado final da ação que exige trânsito em julgado dadecisão final, o juiz, vendo a possibilidade da proce-dência da ação, concedia a tutela antecipada). Nocaso da Saúde, a DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii disse que era pos-sível uma ação de tutela antecipada. DDrr.. GGaabbrriieell FFeerr--rraattoo, representante da SIS, iniciando seu pronuncia-mento, disse que era competência de sua Secretariatornar a EC n.º 29 aplicável. Nesse sentido, frisou,além do SIOPS, desenvolvido na SIS, havia a elabora-ção de uma Nota Técnica, encaminhada à Consulto-ria Jurídica do MS e distribuída aos Conselheiros, emque se avançava no conceito de serviços e ações deSaúde tratados na EC n.º 29, possíveis sanções e in-terpretações dos percentuais. A partir daí, disse, espe-rava-se que fosse redigida uma Portaria Ministerialcontendo os consensos construídos até então. O PPrrooff..

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EElliiaass JJoorrggee sugeriu que o Colegiado só se manifestas-se sobre a Nota Técnica e o dossiê na próxima reu-nião do CNS, após o conhecimento e o estudo doassunto. A DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss perguntou à DDrr..ªª RRaaqquueellDDooddii se o Ministério da Saúde deveria observar obri-gatoriamente o Parecer da AGU, ainda que não nor-mativo, na elaboração da proposta orçamentária. ADDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii observou que o caráter normativosurgiu como uma novidade importante no conjuntode uma atuação legítima e válida de uma assessoriade conteúdo jurídico que a AGU prestava, e visava aemprestar o efeito adicional àquela posição jurídicaexternada no parecer. Assim, completou, o efeito adi-cional era de obrigar, porém, retirado o conteúdonormativo, o ônus de que não observava esse parecerera o ônus próprio de todo o administrador públicoque tem de fundamentar as suas próprias decisões, ouseja, deixando de haver o caráter normativo, o admi-nistrador público volta à situação anterior. O DDrr.. OOss--wwaallddoo BBaarrbboossaa SSiillvvaa ressaltou que, embora tirando ocaráter normativo do Parecer da AGU, ficava suben-tendida qual era a opinião do Presidente da Repúblicasobre o assunto. Abertos os debates, a ConselheiraMMaarriiaa LLeeddaa RR.. DDaannttaass perguntou se, estando implícitono encaminhamento do orçamento da Saúde quedevia ser elaborado com a participação do Colegiadodo CNS, e no conjunto da seguridade social, essaação não motivaria o pedido de reinstalação do Con-selho Nacional de Seguridade Social. A ConselheiraEElliiaannee CCrruuzz falou sobre a situação que se configuravaquando o Conselho de Saúde movia uma ação. Lem-brou que era importante o completo esclarecimentodo motivo de se mover uma ação para não acontecerde paralisar o Conselho, como ocorreu no Estado doPará. Falou também da importância de se esclarecero caráter judiciário do CNS. A Conselheira GGyysseelllleeSSaaddddii TTaannnnoouuss solicitou à DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss que escla-recesse melhor o que colocara sobre o parecer do Mi-nistério da Saúde, em relação ao cumprimento da ECn.º 29 nos Estados e nos Municípios e como ela via arelação do CNS com o MS no debate da EC n.º 29.A DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii, em relação ao Conselho Nacio-nal de Seguridade Social, entendeu que cabia exami-nar a questão tanto por meio de ofício como por meiode provocação. Na sua opinião, era sempre impor-tante que a sociedade civil se manifestasse em defesade seus espaços. Embora não tivesse conhecimentode nenhuma ação no MP a respeito do Conselho deSeguridade Social, assumiu o compromisso de verifi-car se existia e daria retorno ao Coordenador-Geraldo CNS. O DDrr.. OOsswwaallddoo BBaarrbboossaa SSiillvvaa explicou que,em relação aos valores que não foram aplicados em2001 e em 2002, não teria nenhum problema em ju-dicializar a questão. Considerava o melhor caminho arepresentação que deveria ser feita pelo CNS ao MPF.Quer dizer, o CNS não entraria com a ação, apenasnoticiaria o fato através da representação e o MP mo-veria a ação. Considerou importante a discussão

sobre para que servia uma ação e concordou que,em muitos casos, além desse procedimento eram ne-cessárias ações políticas. A DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss disse quehouvera um parecer da Consultoria Jurídica do MS nosentido de os Estados e Municípios não estarem obri-gados a cumprir a EC n.º 29 no tocante ao ano de2000. Sendo assim, fez a seguinte pergunta: “Qual aimportância desse parecer para o MS?” e respondeu:“Seria para fazer o rateio dos recursos e transferi-lospara os Estados e Municípios, um deles era que preci-saria verificar que a lei falava em contrapartida e, de-pois da EC n.º 29, de recursos mínimos vinculados.Então, verificar se Estados e Municípios estavam fa-zendo isso, sob pena de não receberem repasses, masque houvesse a administração dos recursos para osque não cumprissem com a determinaçãoconstitucional. Isso não significava a retenção dos re-cursos, porque os recursos eram da população. Nessecaso, a União administraria os recursos do Estado, eo Estado, do Município”. Lembrou também que aNOAS previa a contrapartida do Município para ahabilitação. O PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee perguntou se: a) comoforma de representação junto ao MP, poderia ser oencaminhamento do relatório da COFIN aprovadopelo CNS; b) quando se judicializa 2001, sendo osorçamentos vinculados, não se judicializaria 2002 e2003. A DDrr..ªª RRaaqquueell DDooddii esclareceu que tudo de-penderia de como fosse feito o pedido, de sua preci-são e delimitação. Para que não se corresse o risco,disse ser possível submeter a questão a um contraditó-rio prévio. DDrr.. FFrraanncciissccoo IIssaaííaass, representante do CO-NASEMS, apresentou-se e disse ter sido contempladocom a fala da DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss. O Conselheiro SSéérrggiiooLLuuííss MMaaggaarrããoo disse que, no seu entendimento, o CNSdeveria se manifestar de forma contundente nos doisaspectos: a) com relação ao passado, agir por meiode uma ação civil pública para garantir os direitos doSUS; b) com relação ao futuro, demandar articula-ções políticas, através, por exemplo, da produção deum documento sobre o assunto que serviria de instru-mento de diálogo com o Executivo, Legislativo eJudiciário. A Conselheira GGyysseellllee SSaaddddii TTaannnnoouuss inter-veio para saber se o DDrr.. GGaabbrriieell FFeerrrraattoo teria condi-ções de esclarecer como o MS tratou o parecer daConsultoria Jurídica relacionado com a EC n.º 29. ODDrr.. GGaabbrriieell FFeerrrraattoo informou que o parecer ainda nãotinha sido absorvido integralmente, porque o Ministroda Saúde ainda não dera um despacho sobre o con-teúdo do mesmo. Disse, entretanto, que havia umaclara interpretação de que para 2000 seria inexeqüí-vel o cumprimento do mínimo por parte dos Estados eMunicípios, não os examinando a partir de 2001, eque, além disso, não havia mecanismos de sanção.Por fim, disse que era difícil para o gestor se posicio-nar sobre questões que não estavam claras na lei. OPPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee quis saber se o parecer em questão jánão estava superado. O DDrr.. GGaabbrriieell FFeerrrraattoo confir-mou que o parecer estava superado, mas disse que

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haveria um outro parecer, provavelmente por meio deportaria ministerial, tratando a EC n.º 29 com maisprofundidade. A DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss esclareceu dúvidassuscitadas pela Conselheira EElliiaannee CCrruuzz a respeito dacapacidade judiciária do CNS, já que só poderia estarem juízo a pessoa física ou a pessoa jurídica. Nessesentido, disse que como o CNS não era pessoa jurídi-ca, não poderia estar em juízo. Porém, alertou para ofato de existirem algumas figuras que mesmo nãosendo pessoas jurídicas poderiam estar em juízo ecitou o caso do condomínio, do espólio, da massafalida. Embora o CNS pudesse representar açõesjunto ao MP, disse que no seu entendimento, os Con-selhos, mesmo não sendo pessoas jurídicas, teriamcapacidade de estarem em juízo.

IITTEEMM 0033 –– MMEESSAA ““OORRÇÇAAMMEENNTTOO DDOO MMSS PPAARRAA22000033:: AALLTTEERRNNAATTIIVVAASS QQUUAANNTTOO AAOOMMOONNTTAANNTTEE GGEERRAALL EE ÀÀSS GGRRAANNDDEESSUUNNIIDDAADDEESS OORRÇÇAAMMEENNTTÁÁRRIIAASS””

O Coordenador-Geral NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaann--ttooss procedeu a abertura dos trabalhos chamandopara compor a mesa o PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee, representan-te da COFIN, o DDrr.. PPaauulloo GGaaddeellhhaa, representante daFIOCRUZ e o DDrr.. JJoosséé AAggeennoorr ÁÁllvvaarreess ddaa SSiillvvaa, repre-sentante da ANVISA. A seguir, lembrou que o tema aser tratado nessa mesa estava relacionado com o quefora tratado na mesa anterior. A intenção, explicou,era de demonstrar o quanto a política econômica e oprocesso de orçamentação do MS tinham reflexos naorçamentação das Unidades do MS, como, por exem-plo, da ANVISA, do Fundo Nacional de Saúde, daANS, da FUNASA e da FIOCRUZ. Em continuação,solicitou ao PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee que fizesse uma sinopsesobre a situação. O PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee, em primeirolugar, fez duas observações: a) solicitou colaboração,considerando não estar bem de saúde; b) não trouxe-ra o relatório para a reunião em virtude de seu estadode saúde. Em segundo lugar, falou sobre os avançose os retrocessos na questão do orçamento. Nesse sen-tido, disse que a discussão do orçamento para 2003apresentara uma enorme regressão. Lembrou que em1992, houvera uma determinação do ministro daépoca, Jamil Haddad, para que o tema sobre orça-mento viesse sempre ao CNS e a partir daí criou-se aComissão de Acompanhamento do ProcessoOrçamentário. Em 1993, fora encarregado da discus-são da proposta orçamentária do CNS, que era feitaem cima de estimativas de recursos de vários setoresdo MS e depois negociado internamente. Estabelecidaessa lógica, disse que o assunto era traduzido para oCNS. Assim ocorrera em 1993 e em 1994. Já em1995, lembrou que houvera uma reunião na FIO-CRUZ para discutir o orçamento e que fora muitoprodutiva. Considerou que esse processo deveria serresgatado. Também ressaltou a cultura criada peloCNS de discutir orçamento. A propósito, buscou res-

gatar a pergunta da Conselheira MMaarriiaa LLeeddaa RR.. DDaann--ttaass sobre o Conselho de Seguridade Social. Disse quea única entidade que protestara sobre a mudança doConselho fora o CNS. Explicou que consultaram o Mi-nistério Público e este informara que nada poderia serfeito, haja vista que o artigo 195 da Constituição Fe-deral fala sobre a Seguridade Social, mas não diz quetem de existir um Conselho Nacional de SeguridadeSocial. Daí, a análise que fora feita na época era que,embora a atitude de acabar com o aspecto deliberati-vo do Conselho fosse condenável, o Governo poderiaextingui-lo. Em resumo, a reestruturação do ConselhoNacional de Seguridade Social só aconteceria nova-mente com grande pressão política, disse o PPrrooff.. EElliiaassJJoorrggee. Ressaltou, ainda, que, de acordo com a legis-lação do SUS, o CNS sempre opinara sobre a propos-ta de orçamento, sem desconsiderar as atribuições doCongresso Nacional a respeito. Sugeriu que a pro-posta orçamentária se tornasse ponto de pauta nasreuniões do CNS com o MP. O DDrr.. PPaauulloo GGaaddeellhhaa,representante da FIOCRUZ, fez uso da palavra para:a) agradecer a oportunidade de estar no CNS e reafir-mar a consideração que a FIOCRUZ tem pelos Con-selhos de Saúde; b) elogiar a produção pelo CNS dodocumento “Desenvolvimento do Sistema Único deSaúde: avanços, desafios e reafirmação dos seus prin-cípios e diretrizes”. A seguir, apresentou material refe-rente: a) à missão da FIOCRUZ: gerar, absorver e di-fundir conhecimentos científicos e tecnológicos emsaúde pelo desenvolvimento integrado da pesquisa,ensino, informação, tecnologia e produção de bens eserviços, com a finalidade de proporcionar apoio es-tratégico ao Sistema Único de Saúde e contribuir paraa melhoria da qualidade de vida da população epara o exercício pleno da cidadania; b) à pesquisa emsaúde no SUS, envolvendo saúde individual e saúdecoletiva, saúde populacional nos níveis federal (SAS,ANS, FUNASA, CENEP, IOC, CPq, Regionais), e es-tadual (Institutos Estaduais de Saúde Pública,LACEN’s). Com relação ao perfil institucional,ressaltou aspectos que constam no ANEXO 3. Finali-zando sua fala, disse que havia na Fiocruz determina-ção de racionalização dos recursos e compartilha-mento das ações. DDrr.. JJoosséé AAggeennoorr ÁÁllvvaarreess ddaa SSiillvvaa,representante da ANVISA, iniciou sua exposição fa-lando do orçamento de 2003 da ANVISA para aconsolidação das ações de vigilâncias sanitárias emtodos os entes federados. Disse que a proposta inicialde orçamento apresentada pela ANVISA fora de R$283.937.688,00. Com esse orçamento para 2003 aANVISA teria condições para se consolidar comoAgência de Regulação, conforme o previsto na Lei n.º9.782, e estruturar o Sistema de Informações em Vi-gilância Sanitária e o CPD. Também, seriam contem-pladas com esse orçamento as ações de inspeção sa-nitária de média e alta complexidade, essenciais parao controle de fatores de risco inerentes a essas ações,através de pactuação com os Estados. Na realidade,

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disse, que do valor solicitado, foram concedidos R$207.330.000,00, o que representara um corte de R$76.605.688,00. Esse corte, ressaltou, teria impactonas ações previstas pela ANVISA. Entretanto, lembrouque se houvesse a possibilidade de ser recomposto oorçamento, poderia se garantir o desenvolvimento dasações estratégicas para a consolidação da ANVISA edo sistema de vigilância sanitária, até por que enten-dia que a diferença de 76 milhões entre o valor pro-posto e o valor concedido era muito pequena consi-derando o orçamento total do Ministério da Saúde. AConselheira ZZiillddaa AArrnnss, falando da satisfação e dorespeito que tinha pela Fiocruz, perguntou por queessa instituição bem estruturada não articulava umamaior aproximação com o SUS e com o controlesocial. Quis saber, ainda, por que houve cortes no or-çamento no que diz respeito ao desenvolvimento tec-nológico, na parte de imunologia que era de grandeimportância. Finalmente, solicitou que houvesse maio-res esclarecimentos sobre a “escola de governo”. AConselheira GGyysseellllee SSaaddddii TTaannnnoouuss solicitou esclareci-mentos sobre os cortes apresentados pela ANVISA nanota técnica distribuída aos Conselheiros e o que iriasignificar no desenvolvimento das atividades daANVISA. A respeito, perguntou qual fora o critériopara o estabelecimento de prioridades das ações quedeveriam ser realizadas e as que deveriam ser corta-das, diante da redução do orçamento. Explicou que,na verdade, era importante conhecer essa lógica paraentender a redução ou o aumento do orçamento emdeterminadas áreas do MS. O DDrr.. PPaauulloo GGaaddeellhhaa

disse que a Fiocruz fazia um esforço muito grandepara estar próximo do SUS. A propósito, lembrou que,no próximo ano, estaria se realizando a ConferênciaNacional de Ciência e Tecnologia em Saúde e um dosdesafios desse evento seria como proceder a aproxi-mação entre o sistema de saúde e o sistema de ciên-cia e tecnologia, porque, quando bem articulados, osdois sistemas atenderiam de forma adequada à de-manda da população. Para finalizar, concordou que aaproximação da Fiocruz com o controle social estavaaquém do desejável. Quanto à “escola de governo”,disse que a idéia com essa proposta era desenvolver aárea da Fiocruz voltada para o conhecimento de“como fazer” através de capacitação para o SUS. Umdos aspectos mais trabalhados na lógica da “escolade governo” era a de formação dos membros dosConselhos Municipais de Saúde em áreas jurídicas ede vigilância. Por outro lado, disse que reconheciahaver necessidade de mudanças na cultura interna daFiocruz, de tal sorte que houvesse laços mais fortescom o SUS. No que diz respeito à área de imunolo-gia, disse que, embora houvesse muitos desafios, jáexistia um domínio para alavancar a produção de va-cinas necessárias. Disse, também, que estava sendofeito um estudo prospectivo de como seria o progra-ma racional de auto-suficiência para daqui a 10 ou12 anos. Para finalizar, reconheceu que o MS tinhadesejo de incentivar as ações da Fiocruz, porém, che-gava um determinado momento em que se estabele-cia tetos e cortes em áreas estratégicas para o País. ODDrr.. JJoosséé AAggeennoorr ÁÁllvvaarreess ddaa SSiillvvaa, em relação à per-

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gunta feita pela Conselheira GGyysseellllee SSaaddddii TTaannnnoouuss,disse que o orçamento não era impositivo e sim auto-rizativo e os recursos eram finitos. Assim, na impossibi-lidade de contemplar todas as demandas, falou quese estabeleciam prioridades, como fora feito com arede de colaboradores científicos considerados impor-tantes para a retaguarda laboratorial. Também afir-mou que a ANVISA não mexia no orçamento de: a)programas, como “qualidade do sangue”, de altorisco, “prevenção e controle de infecção hospitala-res”; b) previdência de inativos e pensionistas daUnião; c) valorização do servidor público. As ativida-des que podiam ser alteradas do ponto de vista do or-çamento eram: a) vigilância sanitária de produtos eserviços; b) apoio administrativo. Também lembrouque o acordo feito no CNS, de a ANVISA repassar70% de sua arrecadação para o sistema, estavasendo cumprido integralmente. Em resumo, disse quea situação era difícil, principalmente, quando se trata-va de estabelecer critérios, haja vista, como já explica-ra antes, que as despesas eram inflexíveis. O PPrrooff..EElliiaass JJoorrggee fez duas observações: a) no orçamentodisponível, há a dívida com pessoal, despesa de ma-nutenção e funcionamento, despesas de capital e, fi-nalmente, as despesas com investimentos (provavel-mente os cortes na ANVISA e na Fiocruz ocorressemnesta área); b) a forma de quebrar a lógica dos cortesera ter uma articulação coletiva para que se pudesseidentificar com consenso o que devia ser contempladoou não na disponibilidade orçamentária; c) no casoda saúde, pelas análises trazidas ao plenário, era ina-ceitável que se ficasse à mercê do processo de cortesem áreas importantes. Explicou que para tirar dinheiroda seguridade fora criada a Desvinculação das Recei-tas da União (DRU). Para concluir, disse que fazeremendas parlamentares para suprir as deficiênciasseria um esforço inócuo. Nesse sentido, sugeriu que oorçamento fosse uma demanda encaminhada peloExecutivo, de reformulação da proposta orçamentáriade 2003, para ser enviada ao Congresso Nacional.O DDrr.. JJoosséé AAggeennoorr ÁÁllvvaarreess ddaa SSiillvvaa salientou que: a) aANVISA também tinha de ser contemplada com a ECn.º 29; b) o corte feito no orçamento de entidade foranegociado com o MS. O DDrr.. RRuuii NNeeddeell, CoordenadorSubstituto, esclareceu a questão das emendas parla-mentares dizendo que, embora na reorganização doEstado, a saúde não tivesse sido considerada estraté-gica, o Congresso Nacional reconhecia a suaimportância. Ainda assim, na sua opinião, não acon-selhava gestionar recursos através de emendasparlamentares. A Conselheira EElliiaannee CCrruuzz, fazendoalusão à planilha apresentada, solicitou esclarecimen-to a respeito dos itens 35, 36, 42, 43, 54, 55, 66,67, 72 e 73, que falavam do auxílio ao servidor e as-sistência médica a servidores. Se esses itens dissessemrespeito à GEAP, que fossem postos em discussão enão entrassem em itens compartimentalizados. Per-guntou também se assuntos relacionados às Pioneiras

Sociais e ao Grupo Conceição não deveriam estarsendo discutidos diretamente com os Estados, e nãocom o MS. Disse ainda que o orçamento, na sua opi-nião, era fragmentado e não tinha uma visão delongo prazo, como por exemplo, estadualizar, munici-palizar a assistência integral. Terminando sua interven-ção, ressaltou que o Conselho de Saúde precisava terconsciência de qual era o seu papel nesse processo. AConselheira MMaarriiaa NNaattiivviiddaaddee GGoommeess TT.. ddaa SSiillvvaa quissaber quais os fatores que poderiam interferir nas alte-rações do orçamento e o que os Conselheiros podemfazer para contribuir para que essas alterações nãofossem prejudiciais ao SUS. A Conselheira GGyysseelllleeSSaaddddii TTaannnnoouuss, em relação à afirmação do PPrrooff.. EElliiaassJJoorrggee de que não era papel do CNS propor orçamen-to e sim aprovar, quis saber se isso significava nãopropor financeiramente o orçamento, mas simpoliticamente. No seu entendimento, o papel do CNSera de discutir e propor políticas, porém, o que fazerquando essas propostas não se traduziam em açõesdo Executivo. A Conselheira MMaarriiaa LLeeddaa RR.. DDaannttaassdisse que, de acordo com conhecimento, só a ANFIPe a COBAP denunciavam a farsa da inadimplência,da derrocada, da inviabilidade econômica da previ-dência social pública do Brasil. Como o orçamentoda Saúde tinha de ser feito junto com o da segurida-de, perguntou qual seria o papel dos conselheirospara divulgar o que realmente ocorria com aseguridade. Perguntou ainda, se havia alguma comis-são que avaliasse a economia da Saúde desde o pris-ma da vigilância sanitária até a Fiocruz. O PPrrooff.. EElliiaassJJoorrggee manifestou-se da seguinte forma: a) a questãode pessoal não era grave quando se referia à União esim aos Estados e Municípios, porque os servidores deórgãos extintos eram força de trabalho financiadapelo tesouro nacional; b) a forma como a planilha doorçamento fora criada tinha como objetivo esclareceros conselhos no que dizia respeito a pessoal, dívidacom os subitens, tendo como novidade a execuçãoorçamentária e financeira, e a agregação do demons-trativo de cumprimento da Emenda Constitucional n.º29; c) o auxílio ao servidor precisaria de um debateprofundo; d) a negociação com o Congresso deveriaser feita com profundidade; e) competia ao CNS,além de estabelecer diretrizes, também analisar e pro-por valores quando entendesse necessário; f) não erasó ANFIP e COBAP que faziam denúncias sobre a se-guridade social (o próprio relatório de orçamentoapresentado no CNS podia ser considerado, dentreoutros, instrumento de denúncia); g) recomendou aleitura da Resolução n.º 161 do CNS, para que seconstatasse o processo de regressão ocorrido noorçamento. O DDrr.. JJoosséé AAggeennoorr ÁÁllvvaarreess ddaa SSiillvvaa infor-mou que: a) havia atividades de cooperação progra-madas entre o IPEA e o Reino Unido; b) a ANVISA re-presentava 207 milhões no orçamento do MS; c) a vi-gilância sanitária era parte essencial do sistema desaúde, porque representava promoção e prevençãodas ações de saúde; d) estava sendo construído um

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bom relacionamento da ANVISA com Estados e Muni-cípios; e) para a habilitação plena de um município, avigilância sanitária deveria ser considerada; f) a con-solidação das ações de vigilância sanitária represen-tava a governabilidade para o sistema nacional de vi-gilância sanitária. O DDrr.. PPaauulloo GGaaddeellhhaa considerouimportantes todas as colocações feitas no sentido deque o orçamento refletisse estratégias pensadas alongo prazo, articuladas no interior do orçamento daSaúde. Em relação à intervenção da ConselheiraMMaarriiaa LLeeddaa RR.. DDaannttaass sobre a economia da Saúde,disse: a) ser revelante, na medida em que se tornariaimportante na reversão do modelo econômico, geran-do emprego e reduzindo a importação; b) o IPEA aca-bara de fazer um estudo sobre a economia na áreade produção do mundo biológico. Sobre os recursosvoltados para o controle da dengue, asseverou quehavia uma rede interna da Fiocruz específica da den-gue, incluindo vetores, desenvolvimento de vacinas,controle biológico, medicamentos... Para encerrar amesa-redonda, o PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee sugeriu: a) fazeruma discussão que pudesse gerar uma resolução se-melhante à 161; b) aprofundar o processo de discus-são do orçamento, em razão do final do mandato dosConselheiros; c) discutir o mandato dos Conselheirospara que não coincidisse com o mandato do Presi-dente da República. O Coordenador-Geral DDrr.. NNeell-ssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss, resumindo os pontos discu-tidos, disse ser estes os encaminhamentos resultantesdas discussões: a) rejeição do método adotado pelopoder executivo para discussão e consideração daposição do CNS na questão do orçamento para2003; b) o veto presidencial na LDO/2003 não retor-nava o caráter normativo do parecer da Advocacia-Geral da União, continuando a questão da basemóvel, exigindo uma política de mobilização do CNSpela aprovação da Lei Orçamentária, decorrente daLei de Diretrizes Orçamentárias, através da elabora-ção de um documento; c) a possibilidade de se entrarcom medidas extrajudiciais, que gerassem pressõesatravés de investigações feitas pelo Ministério Público,Tribunal de Contas da União e outros órgãos; d) asarticulações políticas das entidades do CNS perante oJudiciário, o Legislativo e Executivo, por meio de ela-boração de documento; d) medida judicial exeqüível,de acordo com o MP, podendo ser a ação civil públi-ca, denominada proteção de direitos coletivos difusos,baseada em uma representação do CNS. A Conse-lheira GGyysseellllee SSaaddddii TTaannnnoouuss disse que, além dospontos lembrados pelo Coordenador-Geral, conside-rou importante a minuta da portaria que regulamentaa EC n.º 29. Nesse aspecto, perguntou se o Ministroda Saúde teria competência para regulamentar umalei federal e, se a proposta de regulamentação doexecutivo fosse apresentada no CNS, quis saber aindase o encaminhamento dado pela CIT no ano 2000,na questão da habilitação dos Estados que não cum-priram a EC n.º 29, não tinha gerado conseqüências

(citou o caso do Pará). Para finalizar, solicitou o levan-tamento do ano 2000 dos Estados e Municípios quenão cumpriram as determinações da EC n.º 29 paraque se pudesse fazer uma discussão a respeito. AConselheira EElliiaannee CCrruuzz, em relação à medida judi-cial citada pelo MP, disse que no seu entendimentodeveria ser feita uma ação civil sobre o orçamento de2000 e 2001, e que o CNS decidiria se valeria apena judicializar a proposta de 2002 e 2003. Sugeriuainda que o CNS procurasse o Congresso para saberquais as medidas que seriam tomadas em relação aoorçamento para 2003. Também, concordou com aidéia de se fazer um documento contendo a posiçãodo CNS a respeito. O Conselheiro SSéérrggiioo LLuuiizz MMaaggaa--rrããoo demonstrou preocupação com a dissonância queocorria entre o MS, o CNS e as periferias. Sua ida aoCeará e ao Piauí, em razão do processo de capacita-ção, fez com que constatasse essa realidade. Entendiaque o CNS devia tomar uma posição, especialmenteno que diz respeito ao orçamento. Reafirmou, ainda,o posicionamento da Conselheira EElliiaannee CCrruuzz de queo CNS entrasse com uma ação civil pública por contade 2001. Nos anos subseqüentes, na linha do queorientou o MP, sugeriu que a tratativa fosse políticae/ou com ações em conjunto com o MP. O PPrrooff.. EElliiaassJJoorrggee esclareceu que a situação envolvia aspectosconjunturais e estruturais. Disse que a discussão sobreo orçamento de 2003 e a EC n.º 29 era conjuntural,já que envolvia uma série de providências diante darealidade apresentada. O relatório da COFIN, com asugestão do plenário de encaminhar ao MP, seria dife-rente do documento sugerido pelo Conselheiro SSéérrggiiooLLuuiizz MMaaggaarrããoo, que serviria para articulação no Con-gresso, divulgação na imprensa e mobilização dapopulação. Considerou como questões estruturais, aregulamentação da EC n.º 29, tomando como verten-te o Projeto de Lei do Senador Tião Viana, a portariado Ministro da Saúde sobre a EC n.º 29 e a Resolu-ção n.º 161 do CNS, que deveria ser homologadacom discussões advindas do seu conteúdo. O Conse-lheiro CCaarrllooss AAllbbeerrttoo DDuuaarrttee levantou dúvidas relacio-nadas ao artigo 36 da Lei n.º 8.080, que diz que oorçamento deve ser discutido em caráter ascendente.Na verdade, disse, o processo da discussão do orça-mento contraria o que a lei preceitua. O orçamento,na opinião do Conselheiro, deveria ser analisadoconsiderando as necessidades locais. O DDrr.. FFrraanncciissccooIIssaaííaass, falando sobre o cumprimento da EC n.º 29 e aminuta da portaria, disse que ambas representavamuma vitória muito importante do CNS. Foi de opiniãoque o orçamento da saúde não deveria se restringirao que era repassado pela União aos Estados eMunicípios. Daí que, na sua opinião, os Estados eMunicípios deveriam cumprir a sua parte, disponibili-zando os recursos tal qual era estabelecido na EC n.º29. A Conselheira EElliiaannee CCrruuzz, primeiro perguntou sea portaria do Ministro da Saúde sobre o que determi-na a EC n.º 29 era uma resolução do CNS que fora

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AANNEEXXOO 11 -- **CCAARRTTAA CCOOMMPPRROOMMIISSSSOO:: PPEELLAACCOONNSSOOLLIIDDAAÇÇÃÃOO DDOO SSIISSTTEEMMAA ÚÚNNIICCOO DDEESSAAÚÚDDEE.. PPOORR UUMMAA PPOOLLÍÍTTIICCAA DDAA CCIIDDAADDAANNIIAA!!

O Conselho Nacional de Saúde, com base emsua experiência como órgão de “controle social”,vinculado à Direção Nacional do Sistema Único deSaúde (SUS), sente-se no direito e no dever de con-tribuir com o debate sobre o futuro das políticas desaúde e igualmente daquelas políticas que têm im-pacto sobre a saúde da população.

Ao se aproximarem as eleições gerais, em que seescolherão os chefes dos executivos estaduais e doDistrito Federal e o novo Presidente da República e,ao mesmo tempo, se elegerão os membros da Câ-mara Federal e do Senado da República, além dosrepresentantes do povo nas Assembléias Legislativase na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o ple-nário do Conselho Nacional de Saúde deliberou porapresentar aos partidos políticos, aos candidatos e àsociedade brasileira, com vistas à respectiva ade-são, a presente Carta Compromisso com a Saúde ea Cidadania.

Com esse objetivo o Conselho Nacional deSaúde desencadeou processo de discussão, cujospontos principais estão consubstanciados nestaCarta, na tentativa de avaliar os avanços do SUS,identificar os problemas que se interpõem à suamais completa implementação e destacar, segundoseu entendimento, uma série de compromissos rela-tivos ao cumprimento dos princípios e diretrizesconstitucionais da atenção à saúde dos cidadãosbrasileiros.

AAAANNNNEEEEXXXXOOOOSSSS

transformada em portaria. E ainda que fosse, disse, oCNS não concordaria com esse método, por não sercorreto. Pontuou também a questão da Tripartite. Noseu entendimento, era uma discussão que deveria sertrazida para o CNS. A Conselheira ZZiillddaa AArrnnss reafir-mou sua opinião a respeito dos problemas identifica-dos na Fiocruz e disse não entender como a ANVISApodia ter uma atuação a contento sem um sistema deinformação. Por isso, entendia que deveria ser gestio-nado mais recursos. Como a saúde indígena estavacom carência de recursos, sugeriu que pudesse ser in-cluída nessa gestão. A propósito, prontificou-se a con-tribuir com mobilização nesse sentido. A ConselheiraVVeerraa LLúúcciiaa VViittaa ressaltou a qualidade nas discussõesdo Colegiado e qualificou como interessante a suges-tão da DDrr..ªª LLeenniirr SSaannttooss a respeito de o CNS testarsua capacidade jurídica. A Conselheira GGyysseellllee SSaaddddiiTTaannnnoouuss perguntou se, quando o Ministro colocavana minuta da portaria “considerando a Resolução n.º316” e orientava que a CONGUR respeitasse essa re-solução, não estaria a mesma homologada. Insistiuainda na regulamentação da EC n.º 29 no Congres-so Nacional. Por outro lado, reafirmou a necessidadeda CIT se pronunciar sobre o cumprimento da EC n.º29 no ano 2000. O PPrrooff.. EElliiaass JJoorrggee observou quenão seria a CIT que poderia informar a respeito dequais Estados e Municípios estavam cumprindo a ECn.º 29 no ano 2000 e sim o SIOPS. Nesse sentido,lembrou que o Dr. Humberto Jacques fizera uma so-licitação de informação sobre o cumprimento da ECn.º 29 no ano 2000 e 2001 a todos os Estados e asinformações já estavam chegado. Assim, esses doiscaminhos poderiam retratar a situação dos Estadosem relação ao cumprimento da EC N.º 29. Com re-lação à CIT, entendia que era necessário alterar aexigência da NOAS e da NOB para fins de qualifi-cação e habilitação de Estados e Municípios .Fina lmen te , o Coordenador-Geral DDrr.. NNeellssoonn RRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss fez os seguintes en-caminhamentos, decorridos da discussão das duasmesas: 1 - o último relatório da COFIN, aprovadopelo CNS, seria um dos instrumentos para trabalharcom o MP e o Congresso Nacional; 2 - um do-cumento elaborado pela COFIN e pela Coordena-ção-Geral, retratando o momento conjuntural, serviriapara as negociações políticas e mobilizações junto aoCongresso Nacional para a Lei Orçamentária recupe-rar o que a LDO perdeu e para que houvesse altera-ção na proposta orçamentária do MS; 3 - um mapea-mento feito pelo SIOPS e pela Tripartite sobre a situa-ção dos Estados e Municípios que não cumpriram asdeterminações da EC n.º 29 seria trazido para a reu-nião de novembro. A Conselheira MMaarriiaa EEuuggêênniiaa CC..CCuurryy falou sobre a incorporação da ConselheiraMMaarriiaa NNaattiivviiddaaddee GGoommeess SS.. TT.. SSaannttaannaa na sua Co-missão de Coordenação-Geral (CCG). O DDrr.. NNeellssoonnRRooddrriigguueess ddooss SSaannttooss informou já ter sido a Conse-lheira MMaarriiaa NNaattiivviiddaaddee incorporada à CCG. A Con-

selheira ZZiillddaa AArrnnss solicitou que as articulações noCongresso Nacional começassem logo. Nada maistendo a tratar, a reunião foi encerrada. Estiveram pre-sentes os seguintes Conselheiros aos oito dias de ou-tubro de dois mil e dois: AAnnaa MMaarriiaa LLiimmaa BBaarrbboossaa,,AArrttuurr CCuussttóóddiioo MM.. ddee SSoouuzzaa,, AAuugguussttoo AAllvveess AAmmoorriimm,,CCaarrllooss AAllbbeerrttoo DDuuaarrttee,, EEddmmuunnddoo FFeerrrreeiirraa FFoonntteess,, EElliiaa--nnee AAppaarreecciiddaa CCrruuzz,, EElliiaass RRaassssii NNeettoo,, GGiiaannnnii FFrraannccooSSaammaajjaa,, GGiillssoonn CCaannttaarriinnoo OO’’DDwwyyeerr,, GGyyssééllllee SSaaddddiiTTaannnnoouuss,, MMaarriiaa EEuuggêênniiaa CC.. CCuurryy,, MMaarriiaa HHeelleennaaBBaauummggaarrtteenn,, MMaarriiaa LLêêddaa ddee RReesseennddee DDaannttaass,, MMaarriiaaNNaattiivviiddaaddee GGoommeess TTeeiixxeeiirraa SSaannttaannaa,, MMoozzaarrtt ddee AAbbrreeuuee LLiimmaa,, SSéérrggiioo LLuuiiss MMaaggaarrããoo,, VVeerraa LLúúcciiaa MMaarrqquueess ddeeVViittaa,, WWiilllliiaamm SSaaaadd HHoossssnnee ee ZZiillddaa AArrnnss NNeeuummaannnn..

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A melhoria da qualidade do atendimento é outrocompromisso inarredável. Qualidade que requer nãosó o aperfeiçoamento técnico finalista, mas também oaperfeiçoamento dos processos de gestão e gerência,preocupando-se cada vez mais com a presteza, o con-forto, a humanização e o respeito, enfim, com os direi-tos do cidadão.

É fundamental a reorientação da política de recur-sos humanos, propiciando que o trabalhador de saúdeseja adequadamente remunerado e tratado com digni-dade, no setor público e no setor privado, e que asoportunidades de capacitação e de educação conti-nuada sejam multiplicadas e permanentes.

Dentro de uma Política Nacional de Ciência e Tecno-logia em Saúde, que contribua para o aumento da ca-pacidade científica e tecnológica do País, deve-se envi-dar novos esforços para que possamos auferir a tão ne-cessária auto-suficiência nacional de insumos essen-ciais e indispensáveis à promoção, à prevenção, aocontrole e à recuperação da saúde.

As Conferências e os Conselhos de Saúde, instru-mentos legítimos de participação da sociedade, devemser reforçados como protagonistas no papel de estimu-lar novos avanços do processo ainda inconcluso da Re-forma Sanitária Brasileira, cuja sustentação deve se darpela continuidade da descentralização, num clima decooperação e de não competição entre as três esferasde governo.

O processo do desenvolvimento do Sistema Únicode Saúde exige, igualmente, o estabelecimento das es-tratégias relacionadas no documento “Desenvolvimen-to do Sistema Único de Saúde no Brasil: Avanços, De-safios e Reafirmação dos seus Princípios e Diretrizes”,anexo, na forma dos 11 compromissos, que se referemdiretamente à análise das dificuldades, avanços e de-safios, em acordo com a Agenda para a Efetivação doSistema Único de Saúde e do Controle Social aprova-da pela 11.ª Conferência Nacional de Saúde.

PPoorr uummaa PPoollííttiiccaa ddaa CCiiddaaddaanniiaa..PPeellaa ccoonnssoolliiddaaççããoo ddoo SSiisstteemmaa ÚÚnniiccoo ddee SSaaúúddee..EEnnvviiaammooss eessttaa CCaarrttaa CCoommpprroommiissssooAA ttooddooss ooss PPaarrttiiddooss PPoollííttiiccooss,, aa ttooddooss ooss ccaannddiiddaattooss eeAA ttooddaa aa SSoocciieeddaaddee BBrraassiilleeiirraa!!

* Este documento foi encaminhado pela Secretaria Exe-cutiva do CNS aos comitês de campanha dos candidatos àPresidência da República nas eleições de 2002. O mesmofaz parte do livro «O Desenvolvimento do Sistema Único deSaúde : Avanços, Desafios e Reafirmação de seus Princí-pios e Diretrizes », publicado pelo Ministério da Saúde.

Desde a Constituição Federal de 1988 muitosavanços foram alcançados, conforme reiterada-mente se pronunciaram a 9.ª, a 10.ª e a 11.ª Con-ferência Nacional de Saúde. Para viabilizar, no en-tanto, o direito de todos e de cada um dos brasilei-ros à saúde, consoante o preceito constitucional,ainda há muito por fazer e, mais ainda, para queesse direito seja “garantido mediante políticas eco-nômicas e sociais que visem à redução dos riscos dedoenças e outros agravos e ao acesso universal eigualitário às ações e serviços para sua promoção,proteção e recuperação”.

Dessa forma, a condição essencial para a garantiado direito à saúde é a exigência de que políticas pú-blicas intersetoriais sejam prática permanente emtodos os níveis de governo, tomando como referênciaa qualidade de vida da população, ou seja, políticasde emprego, moradia, assistência e previdência so-cial, reforma agrária, saúde, saneamento básico e vi-gilância ambiental, segurança alimentar, segurançado trabalho, educação e segurança pública concebi-das como partes integrantes do conceito de segurida-de social, em um projeto de desenvolvimento social eeconômico sustentável, integrador e distributivo.

Dentro dessa ótica, no campo específico dasações de Saúde, algumas metas devem ser reafirma-das, apesar de conquistas obtidas na última década.É imperativo e improrrogável avançar ainda mais naredução da mortalidade infantil e da mortalidade ma-terna, no controle de doenças como a tuberculose, ahanseníase, a malária, a hipertensão arterial, o dia-betes, a dengue, a síndrome de imunodeficiência ad-quirida (Sida/Aids), alguns tipos de neoplasias e, aomesmo tempo, enfrentar problemas como o alcoolis-mo, o uso de outras drogas e o trauma e violência,cada vez mais freqüentes na população brasileira.

Quanto à organização do Sistema Nacional deSaúde, há pontos que merecem especial atenção: aeqüidade, o financiamento, os recursos humanos eo “controle social”. É preciso, urgentemente, dimi-nuir as iniqüidades existentes – entre as mais diver-sas regiões e/ou entre distintos grupos étnicos e so-ciais – tanto nas condições de saúde como na utili-zação de serviços. Todavia, para termos um sistemajusto, eqüitativo e de atenção integral à saúde, é ne-cessário compromisso com o correto cumprimentoda Emenda Constitucional n.º 29, elevando o atualpatamar de gastos no setor, particularmente dos in-vestimentos públicos, evitando a dicotomia entre oSUS para pobres, idosos, doentes crônicos e porta-dores de deficiências e o segmento de planos e se-guros de saúde para os ricos e remediados.

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30 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

AANNEEXXOO 22 –– **HHOOMMEENNAAGGEEMM PPÓÓSSTTUUMMAA AA JJOOÃÃOO YYUUNNEESS

Saudoso João Yunes, como Médico Pediatra eEpidemiologista já nos anos 70, pesquisava e publi-cava trabalhos de repercussão nacional e internacio-nal, comprovando que não era a alta natalidade quecausava o sub-desenvolvimento, mas era suaconseqüência. Por isso, suas observações constata-vam que os programas isolados na área da Saúde,de controle da natalidade não contribuíam por sipara o desenvolvimento das regiões atrasadas.

Este elevado nível científico e político permeoutoda a sua vida profissional como professor da Fa-culdade de Saúde Pública da Universidade de SãoPaulo, Secretário Nacional de Programas Especiaisdo Ministério da Saúde, Secretário de Estado deSaúde de São Paulo, Consultor da OPAS/OMS –quando coordenou o Programa Materno-Infantil, Se-cretário de Políticas de Saúde do Ministério daSaúde, e por final, Diretor da Faculdade de SaúdePública da USP.

Influenciou profundamente um incontável númerode pessoas na área da Saúde e outras, que estuda-ram suas publicações e com ele conviveram, inclusi-ve integrando equipes de trabalho sob suacoordenação.

Portador de cativante simplicidade, igualdade ehumanismo no trato com todas as pessoas, além deentranhada coerência com os princípios da SaúdePública e do Sistema Único de Saúde, João Yunes,quando Secretário de Políticas de Saúde aderiu pron-tamente a um relacionamento excepcionalmente po-sitivo com o Conselho Nacional de Saúde, trazendopara discussão e deliberação deste órgão colegiadoas Políticas Nacionais de Medicamentos, de Alimen-tação e Nutrição e da Saúde do Idoso, acatandotodas as propostas de aprimoramentos. Ao deixar ocargo já havia encaminhado a elaboração e discus-são das Políticas Nacionais de Redução da Morbi-mortalidade por Acidente e Violência e da Saúde dasPessoas Portadoras de Deficiência, que passarampelo mesmo processo.

Pela grata memória de homem público, que se-meou ensinamentos perenes por onde passou, e depessoa sempre afável que João Yunes soube ser, ficaaqui registrada a homenagem póstuma do ConselhoNacional de Saúde.

Brasília – DF, 9 de outubro de 2002.

AA hhoommeennaaggeemm ffooii aapprroovvaaddaa ppeelloo pplleennáárriioo ddooCCNNSS eemm ssuuaa 112233..ªª RReeuunniiããoo OOrrddiinnáárriiaa,, rreeaalliizzaaddaannooss ddiiaa 99 ee 1100 ddee oouuttuubbrroo ddee 22000022,, eemm BBrraassíílliiaa..

AANNEEXXOO 33 –– **AA MMIISSSSÃÃOO DDAA FFIIOOCCRRUUZZ

PERFIL INSTITUCIONAL -2001

PESSOAL: 2.960– MSc : 1.150– PhD : 450

PRODUÇÃO:VACINAS - 54 milhõesMEDICAM.- 730 milhõesREATIVOS - 8 milhõesANIMAIS DE LABORATÓRIO - 211 milPESQUISA:ARTIGOS -1354CAPÍTULOS/LIVROS - 94TESES MSc - 177TESES PhD - 72PATENTES - 6ORGANIZAÇÃO DE CONGRESSOS CIENTÍFICOS - 40

ENSINO:MSc / PhD: 965PRESENCIAIS: 2.531À DISTANCIA: 7.429CONSELHEIROS:45.000MINIST.PÚBLICO: 1.100PROFAE: 13.000AG.VIGIL.(FUNASA):20.000RESIDÊNCIA: 71FORMAÇÃO TÉCNICA ENSINO MÉDIO: 47QUALIFICAÇÃO NÍVEL MÉDIO: 447VOCAÇÃO CIENTÍFICA NÍVEL MÉDIO: 347

Fonte: Relatório de Gestão 2001 apud Execução Física 2001/ASPLAN/FIOCRUZ

MISSÃO da FIOCRUZ

GERAR, ABSORVER E DIFUNDIR CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS EM SAÚDE PELO

DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA PESQUISA, ENSINO, INFORMAÇÃO,

TECNOLOGIA, E PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS, COM A FINALIDADE DE

PROPORCIONAR APOIO ESTRATÉGICO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E CONTRIBUIR

PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO E PARA O EXERCÍCIO PLENO DA

CIDADANIA.

FIOCRUZ no BRASIL

CpqLMD

CpqAM

CpqGMEsc.Rep.

CpqRR

IOCENSPINCQSIFFCOCCICTCpqHECEPSJVBio- MFar-MCECAL

PESQUISA EM SAÚDESistema Único de Saúde

Saúdeindividual

SAS/ANS

Saúde Coletiva /Saúde Populacional

VigilânciaEpidem.

VigilânciaSanitária

RHs para o SUSN. Superior N. Médio

Outrasfunções

FUNASA/CENEPI

ANVISA Rede decentros

Rede de centros

Redes(…)

FIOCRUZIOC, CPq.RegionaisIPEC

INCQS ENSPPOLITÉCNICO

IFF/COCCICT etc…

RJ MG PEBA AM PR

Institutos Estaduais de Saúde PúblicaLACENs LACENs RESP/REGS CsFORM Unidades

Nív

el F

eder

al

Nível

Est adual

Nível municipal

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31Boletim do Conselho Nacional de Saúde

OBJETIVOS

Pós-graduação: MSc. & PhD.Mestrados Profissionais

Pós-graduação: Especialização,Aperfeiçoamento e Residência

Educação Profissional-Técnica (Secretaria Técnica da Rede)

Escola de Governo/EAD

TOTAL

PERSPECTIVAS FUTURASENSINO

2001 2002 BIÊNIO

965 1.100 1.803

- 100 100

928 46.900 50.359

867 1.070 1.970

7.429 30.600 38.000

9.960 79.670 92.161

PERSPECTIVAS FUTURASPESQUISA E

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

AVALIAÇÃO E MONITORAMENTODE SISTEMAS, SERVIÇOS EPROGRAMAS DE SAÚDE

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EDESENVOLVIMENTO DEPRODUTOS (IMUNOBIOLÓGICOS, FÁRMACOS

E INSUMOS)

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOTECNOLÓGICO EM SAÚDE PÚBLICA

DIMENSÕES INDIVIDUAL E POPULACIONALFUNDO: REC. EXTRA-ORÇAM.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOTECNOLÓGICO DE INSUMOS EMSAÚDE

FORTALECIMENTO DA GESTÃO TECNOLÓGICAFUNDO: RESULTADOS FINANCEIROS DA PRODUÇÃO

PERSPECTIVAS FUTURASPESQUISA E

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

APLICAÇÃO DE GENOMAS PARA DIAGNÓSTICOS,TERAPÊUTICA E PREVENÇÃO

AMPLIAÇÃO DA PESQUISA BÁSICA, BIOMÉDICA E EM SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA INSTITUCIONALSEQUENCIONAMENTO: DNA, PROTEOMA, SCREENING DROGAS MICROARRAY,BIOINFORMÁTICA MODELAGEM MOLECULARCUSTEIO COM RECURSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS

PROGRAMA DE FOMENTO À PESQUISAEDITAIS INDUTIVOS COM RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS REGULARES

PERFIL INSTITUCIONAL - 2001

SERVIÇOS DE REFERÊNCIA EM SAÚDE :ANÁLISE DE AMOSTRAS CLÍNICAS - 347 milCONSULTAS FINALÍSTICAS -508 milEMISSÃO DE BOLETINS DE ANÁLISE (INCQS)- 5 milAVALIAÇÃO DE PROCESSOS DE REGISTRO - 230ELABORAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS - 251

INFORMAÇÃO/COMUNICAÇÃO:EDITORA - 100 títulosRADIS - 270 mil exemp./anoCANAL SAÚDE - 3500 cidadesBOLETINS e PROGRAM. TV - 69PERIÓDICOS – 18.000 exemp. MUSEU E BIBLIOT – 168 mil usuários

Fonte: Relatório de Gestão 2001 apud Execução Física 2001/ASPLAN/FIOCRUZ

REFERÊNCIA

CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE - VIGILÂNCIA SANITÁRIA

PERSPECTIVAS FUTURASSERVIÇOS DE REFERÊNCIA

PROTOC. CLÍNICOS: MAT-INF, DIPs e PSF

CENTRO MANUT./ CALIBR. EQUIP.e INSTR.

PROGRAMA DE QUALIDADE

BANCOS LEITE HUMANO

COORD. REDE NAC.LABs. CONTR.QUALIDADE

ANÁLISES FISCAIS DE PRODUTOS

CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

APOIO À ANVISA

ORGANIZAÇÃO DOS CENTROS SERVIÇOS DE REFERÊNCIA LABORATORIAIS -VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

DIAGNÓSTICOS DE DIP

AMPLIAÇÃO DA ASSISTÊNCIAMATERNO-INFANTIL E DIPs

PERSPECTIVAS FUTURASSERVIÇOS DE REFERÊNCIA

PLANOS/PROGRAMAS DE REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIAPROGRAMA DE BIOSEGURANÇAACREDITAÇÃO

ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DO MS/SUSORGANIZAR A OFERTA DE SERVIÇOSCAPACITAR RECURSOS HUMANOS DO SUS

UTI NEONATAL UNID. INTERMEDIÁRIA MEDICINA FETAL: DIAGNÓSTICO DE MAL FORMAÇÕES CONGÊNITASPACIENTES GRAVES DIPPACIENTES EXTERNOS: + 60%HOSPITAL-DIA: 10 Leitos HIV

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

DESENVOLVIMENTO DE 16 FITOMEDICAMENTOS P/ SAÚDE PÚBLICA

DESENVOLVIMENTO DE NOVAS MOLÉCULAS PARA AIDS, MALÁRIA, TUBERCULOSE, CHAGAS

CONTROLE DE VETORES: TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE BIOPRODUTOS -Comprimidos BTI Dengue; Emulsão BS Malária/ filariose

INTERNALIZAÇÃO DE FARMOQUÍMICOS NO PAÍS Captopril, Efavirenz, Enalapril, Flutamida, Haloperidol, Mefloquína,

Megazo, Midazolan, Olanzapina, Ribavirina, Sulfas salazina

FORMAÇÃO DE UM BANCO ATIVO DE GERMOPLASMA PARA PLANTAS MEDICINAIS

CONSTITUIÇÃO DE UMA COLEÇÃO DE EXTRATOS VEGETAIS E REFERÊNCIA .

NOVAS VACINAS

ROTAVÍRUS

VARICELA

HEPATITE A

DENGUE

POLIOMIELITE INATIVADA

MENINGITE B + C

PNEUMOCOCOS

TETRAVALENTE

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

NOVOS KITS DIAGNÓSTICOS

IMUNOENZIMÁTICO P/DENGUE

IMUNOENZIMÁTICO P/ LEISHMANIOSE

TESTE RÁPIDO PARA HIV -1,2

TESTE RÁPIDO P/ LEISHMANIOSE

TESTE RÁPIDO P/ LEPTOSPIROSE

WESTERN BLOT P/ HIV - 1

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32 Boletim do Conselho Nacional de Saúde

ISSN 1676-9236Boletim do Conselho Nacional de SaúdeJornalista responsável: Paulo Henrique de SouzaTiragem: 10.000 exemplaresPeriodicidade: Trimestral

Edição e informações:Conselho Nacional de SaúdeAssessoria de Comunicação Social do CNSEsplanada dos Ministérios, bloco G, anexo, ala B, 1.ºandar, salas 128 a 147CEP: 70058-900, Brasília - DFFones: (61) 225-6672, 266-8803,

315-2150, 315-2151

Fax: (61) 315-2414, 315-2472E-mail: [email protected] page: conselho.saude.gov.br

Revisão, editoração, impressão, acabamento e distribuição:EDITORA MS/Coordenação-Geral de Documentação eInformação/SAA/SE/MSSIA Trecho 4, lotes 540/610CEP: 71200-040Brasília - DFFones: (61) 233 2020 / 233 1774Fax: (61) 233 9558E-mail: [email protected]

OS 0032/2003

EEEEXXXXPPPPEEEEDDDDIIIIEEEENNNNTTTTEEEE

SIMULAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ORÇAMENTÁRIAS 2003

R$ 8,6 milhões

23.089

R$ 7,0 milhõesEscola de Governo/

EAD19.015

R$ 10,2 milhões

27.164

Ensino em Saúde, Ciência e Tecnologia

Alunos matriculados

R$ 12,0 milhões

690.273

R$ 11,0 milhõesCanal Saúde

634.305

R$ 13,0 milhões

746.241

Informação e Comunicação em Saúde, Ciência e TecnologiaUsuários atendidos

R$ 4,75 milhões

16

R$ 2,5 milhõesAtraso em novas

vacinas e kits

7

R$ 7,0 milhões

24

Desenvolvimento Tecnológico em ImunobiológicosProdutos/processos em desenvolvimento

R$ 4,5 milhões

12

R$ 3,5 milhõesAtraso em novos

fármacos e na internalização

9

R$ 5,5 milhões

15

Desenvolvimento Tecnológico em FármacosProdutos/processos em desenvolvimento

ValorIntermediário

Projetode Lei

PropostaFiocruz

Ações

PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS2002 / 2003 (excl. pessoal)

204,3187,6

16,7

267,0229,6

37,4

174,2132,5

41,7

232,9185,0

47,9

TOTALTesouroOutras fontes

63,052,2

10,8

91,962,6

29,3

37,927,6

10,2

61,649,9

11,6

CapitalTesouroOutras fontes

141,3135,4

5,9

175,0167,0

8,1

136,3

104,9

31,5

171,4135,1

36,3

CusteioTesouroOutras fontes

Projeto de Lei 2003

Proposta Fiocruz

2003Lei 2002

Proposta Fiocruz

2002

Grupo de despesa

Valores em R$ milhões

SIMULAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ORÇAMENTÁRIAS 2003

R$ 23,5 milhões

23

R$ 20,0 milhões

23

R$ 27,0 milhões

23

Adequação da Planta de Vacinas -

(%) Unidades adequadas

R$ 22,6 milhões

20

R$ 15,0 milhõesNovas instalações ,

laboratórios e infraestrutura

13

R$ 30,2 milhões

26

Modernização e Adequação das Unidades de Saúde -(%) Unidades adequadas

R$ 4,65 milhões

7.352

R$ 4,0 milhõesV igilância sanitária

6.302

R$ 5,3 milhões

8.402

Serviço de Referência em Saúde Ciência e Tecnologia - INCQSServiços prestados

R$17,0 milhões

372.887

R$ 14,0 milhõesV igilância

epidemiológica

313.691

R$20,0 milhões

431.083

Serviço de Referência em Saúde Ciência e TecnologiaServiços prestados

ValorIntermediário

Projetode Lei

PropostaFiocruz

AÇÕES

SIMULAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ORÇAMENTÁRIAS 2003

R $ 30,0 milhões

803

R $ 26,0 milhõesNovas tecnologias e

epidemiologia

molecular

752

R $ 34,0 milhões

854

Pesquisas Científicas da Fiocruz (Rio de Janeiro-RJ) -Publicações indexadas

R $ 4,0 milhões

77

R $ 3,5 milhõesNovas tecnologias e

epidemiologia molecular

71

R $ 4,5 milhões

83

Pesquisas Científicas do CPqRR (Belo Horizonte-MG) -Publicações indexadas

R $ 4,5 milhões

76

R $ 3,8 milhõesNovas tecnologias e

epidemiologia molecular

68

R $ 5,2 milhões

85

Pesquisas Científicas do CPqGM (Salvador-BA) -Publicações indexadas

R $ 5,05 milhões

81

R $ 4,5 milhõesNovas tecnologias e

epidemiologia molecular

72

R $ 5,6 milhões

91

Pesquisas Científicas do CPqAM (Recife-PE) -Publicações indexadas

ValorIntermediário

Projetode Lei

PropostaFiocruz

AÇÕES

* Apresentação realizada durante a 22.ª reunião extraordinária do CNS, em outubro de 2002.