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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI
Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo
7) Determinada lei estadual, com o objetivo de frear a
“litigiosidade impulsiva", dispôs que seria exigido o depósito
prévio de 100% (cem por cento) do valor da condenação para a
interposição de recurso no âmbito do Juizado Especial Cível. À
luz da sistemática constitucional de repartição de competências
entre os entes federativos, é correto afirmar que a lei é:
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a) constitucional, pois os Estados podem legislar
concorrentemente com a União sobre procedimentos;
b) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar
sobre direito processual;
c) constitucional, pois todos os entes federativos possuem
competência comum para legislar sobre a matéria;
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d) inconstitucional, pois a exigência de depósito prévio viola a
garantia de acesso à justiça;
e) constitucional, desde que haja garantia de devolução do
depósito caso o recorrente seja vencedor.
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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI
Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo
8) O Congresso Nacional, por imperativo constitucional, deve
realizar a fiscalização dos atos praticados pelo Poder Executivo. A
respeito da convocação de autoridades para prestar
esclarecimentos, é correto afirmar que:
a) qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal pode convocar Ministro de Estado;
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b) só a Casa Legislativa ou uma comissão pode convocar
titulares de órgãos subordinados ao Presidente da República;
c) somente o Congresso Nacional, não suas Casas de maneira
isolada, pode convocar o Presidente da República;
d) somente a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal pode
convocar Ministro de Estado;
e) somente o Senado Federal, por deliberação plenária, pode
convocar os Ministros de Estado.
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CONVOCAÇÃO (art. 50)
Quem convoca ? Quem é convocado ?Ausência sem
justificação adequada
Câmara dos deputadosou
Senado federal
Ministro de Estado
Crime de Responsabilidade
Quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à presidência da república Comissões
Pedidos Escritos de Informações (art. 50 § 2º)
Quem pede ? Destinatários Crime de
responsabilidade
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
Ministro de estado Recusa, ou o não -atendimento, no
prazo de trinta dias, bem como a prestação de
informações falsas.
Quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à presidência da república
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI
Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo
9) Augusto, devidamente representado por advogado, com
observância das normas afetas à competência jurisdicional,
impetrou mandado de segurança contra ato de determinada
autoridade perante o Tribunal de Justiça do seu Estado. O
Tribunal, após regular tramitação do feito, julgou improcedente o
pedido sob o argumento de não ter sido demonstrada a lesão a
direito líquido e certo. Irresignado, Augusto decide recorrer.
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Considerando os dados do problema e à luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar ser cabível a interposição de
recurso:
a) ordinário, endereçado ao Superior Tribunal de Justiça;
b) especial, endereçado ao Supremo Tribunal Federal;
c) ordinário, endereçado ao Supremo Tribunal Federal;
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d) extraordinário, endereçado ao Superior Tribunal de Justiça;
e) de reclamação, endereçado ao Superior Tribunal de Justiça.
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COMPETÊNCIAS DO STF e STJ
Art. 102. COMPETE AO STF,
precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
Art. 105. COMPETE AO STJ
I - processar e julgar,
ORIGINARIAMENTE:
I - processar e julgar,
ORIGINARIAMENTE:
II- julgar, em RECURSO
ORDINÁRIO:
II- julgar, em RECURSO
ORDINÁRIO:
III - julgar, mediante RECURSO
EXTRAORDINÁRIO, …
III - julgar, em RECURSO
ESPECIAL, …
Art. 102. COMPETE AO STF,
precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
Art. 105. COMPETE AO STJ
I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE: I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE:
b) nas INFRAÇÕES PENAIS COMUNS, o Pres. da
Rep., o Vice-Pres., os membros do Cong. Nac.,
seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da
República;
c) nas INFRAÇÕES PENAIS COMUNS e nos
crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado
e os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal
de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente;
a) nos CRIMES COMUNS, os Governadores
dos Estados e do DF, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos
TJs dos Estados e do DF, os membros dos
TRFs, dos TREs e dos TRTs, os membros
dos Tribunais de Contas dos Estados e do
DF, os dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante
tribunais;
Art. 102. COMPETE AO STF,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
Art. 105. COMPETE AO STJ
II- julgar, em RECURSO ORDINÁRIO: II- julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o"habeas-data" e o mandado de injunçãodecididos em única instância pelos TRIBUNAISSUPERIORES, se DENEGATÓRIA A DECISÃO;
a) os "habeas-corpus" decididos em únicaou última instância pelos TRFS OU PELOSTJS, quando a decisão for DENEGATÓRIA;b) os mandados de segurança decididos emúnica instância pelos TRFS OU PELOS TJS,quando DENEGATÓRIA A DECISÃO;
Art. 102. COMPETE AO STF,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
Art. 105. COMPETE AO STJ
II- julgar, em RECURSO ORDINÁRIO: II- julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS+
TRIBUNAIS SUPERIORES+
DENEGATÓRIA A DECISÃO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS+
TRFS OU PELOS TJS+
DENEGATÓRIA A DECISÃO
Art. 102. COMPETE AO STF, precipuamente, a guarda daConstituição, cabendo-lhe:
Art. 105. COMPETE AO STJ
II- julgar, em RECURSO ORDINÁRIO: II- julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:
b) o CRIME POLÍTICO; (*a competênciaoriginária é do juiz federal - art.109, IV)
c) as CAUSAS em que forem partesESTADO ESTRANGEIRO OUORGANISMO INTERNACIONAl, deum lado, e, do outro, MUNICÍPIO ouPESSOA RESIDENTE OUDOMICILIADA NO PAÍS; (*orig.: juizfederal)
Art. 102. COMPETE AO STF,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
Art. 105. COMPETE AO STJ
I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE:
II - processar e julgar, RECURSO ORDINÁRIO
e) o LITÍGIO entre ESTADOESTRANGEIRO OU ORGANISMOINTERNACIONAL e a União, o Estado, oDF ou o Território;
*** c) as CAUSAS em que forem partesESTADO ESTRANGEIRO OU ORGANISMOINTERNACIONAl, de um lado, e, do outro,MUNICÍPIO ou PESSOA RESIDENTE OUDOMICILIADA NO PAÍS ;(*COMP.ORIG.: Juiz Federal)
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI
Prova: Analista Judiciário - Analista Judicial
10) Considerando os sucessivos escândalos de corrupção
verificados em determinado Estado da Federação, a Assembleia
Legislativa promulgou uma emenda à Constituição Estadual que
veiculou um extenso rol de “infrações político-administrativas”
passíveis de serem praticadas pelo Governador do Estado. Foi
previsto que o julgamento, de natureza política, seria realizado
pela ....
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....Assembleia Legislativa, sendo cominadas as sanções de perda
da função e inabilitação para o exercício de outra função pública.
À luz da Constituição da República, é correto afirmar que essa
emenda é:
a) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar
sobre crimes de responsabilidade e estabelecer as normas de
processo e julgamento;
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b) constitucional, pois cada Estado da Federação, por força do
princípio da simetria, tem competência para dispor sobre as
infrações político-administrativas afetas às suas autoridades;
c) inconstitucional, pois somente a Constituição da República
pode veicular normas relacionadas às infrações político-
administrativas;
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d) constitucional, pois os Estados possuem delegação expressa
da União para definir os crimes de responsabilidade e estabelecer
as normas de processo e julgamento;
e) inconstitucional, pois, o Estado, na definição dos crimes de
responsabilidade, a exemplo do seu processo e julgamento, deve
observar o processo legislativo ordinário.
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SÚMULA VINCULANTE 46
A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento
das respectivas normas de processo e julgamento são da
competência legislativa privativa da União.
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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI
Prova: Analista Judiciário - Analista Judicial
11) Ao julgar determinado recurso de apelação, uma Câmara
Cível do Tribunal de Justiça entendeu que a norma estadual que
embasava a pretensão do autor destoava da Constituição
Federal. À luz da sistemática constitucional vigente, é correto
afirmar que a Câmara Cível deveria:
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a) realizar o controle difuso de constitucionalidade e declarar, com
eficácia para o caso concreto, a inconstitucionalidade da norma
estadual;
b) encaminhar os autos ao Tribunal Pleno para que este,
realizando o controle difuso, decida sobre a constitucionalidade,
ou não, da norma estadual;
c) realizar o controle concentrado de constitucionalidade e
declarar, com eficácia erga omnes, a inconstitucionalidade da
norma estadual;
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d) encaminhar os autos ao Tribunal Pleno para que este,
realizando o controle concentrado, decida sobre a
constitucionalidade, ou não, da norma estadual;
e) suspender o julgamento até que o Supremo Tribunal Federal,
guardião da Constituição, decida sobre a validade, ou não, da
norma estadual.
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Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros
ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público.
Maioria Absoluta
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
Requisito
TRIBUNAL PLENO
ÓRGÃO ESPECIAL
ÓRGÃO
FRACIONÁRIO
Turma Câmara Seção
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
Súmula Vinculante nº 10 STF: Viola a cláusula de reserva de
plenário, a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora
não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder público afasta sua incidência, no todo ou
em parte.
1ª TURMA5 MEMBROS
PRESIDENTE
DO STF2ª TURMA
5 MEMBROS
STF11 MEMBROS
TRIBUNAL PLENO
EXCEÇÕES À RESERVA DE PLENÁRIO.
a) Normas anteriores à constituição: nesse caso, o órgão
fracionário menor declarará que a lei ou ato normativo foram
revogados ou não recepcionados pela nova ordem constitucional.
b) Existência de pronunciamento do plenário ou da corte
especial do tribunal, bem como do plenário do Supremo
Tribunal Federal sobre a questão (art. 481, parágrafo único, do
CPC).
c) Interpretação conforme a constituição: nessa situação, há o
reconhecimento de que a lei é constitucional, desde que
interpretada em certo sentido que a compatibilize com a Carta
Magna.
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INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO.
Impõe que, no caso de normas polissêmicas ou
plurissignificativas, dê-se preferência à interpretação que lhes
compatibilize o sentido com o conteúdo da CF.
Admitem mais de uma interpretação
Deve-se escolher a que
não seja contrária ao
texto da Constituição.
A regra é a conservação da
validade da lei, e não a
declaração de sua
inconstitucionalidade.
Implementada pelo Judiciário e, em última instância, de
maneira final, pela Suprema Corte.
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI
Prova: Analista Judiciário - Analista Judicial
12) Foi promulgada uma lei que exigia o exercício, pelo Chefe do
Poder Executivo, do seu poder regulamentar. O regulamento foi
editado e um grupo de cinco Deputados Federais e de cinco
Senadores de oposição entendeu que ele exorbitou, em muito, a
seara reservada ao regulamento, tendo chegado ao extremo de
contrariar a própria lei. À luz da sistemática constitucional, a
providência a ser adotada pelos parlamentares é:
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a) ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade, perante o
Supremo Tribunal Federal;
b) representar ao Tribunal de Contas para que promova uma
tomada de contas;
c) requerer ao Senado Federal que instaure um processo por
crime de responsabilidade;
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d) requerer à Câmara dos Deputados que suspenda os efeitos do
regulamento;
e) requerer, ao Congresso Nacional, a sustação do ato
regulamentar.
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Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem
do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
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REGRA
EXCEÇÃO
As competências do Presidente são indelegáveis
Art. 84 § único
Art. 84 Parágrafo único. O Presidente da República poderá
delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV,
primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
limites traçados nas respectivas delegações.
• Ministros de Estado
• Advogado Geral da
União
• Procurador Geral da
República
ART. 84
VI
XII
XXV Primeira parte
DESTINATÁRIOS DA DELEGAÇÃO
DECRETO AUTÔNOMO
CONDIÇÕES
Despesa
Criar/ Extinguir
ÓRGÃOS PÚBLICOS
I) Organizacão e funcionamento da Adm. Púb. Federal
II) Extinguir cargos e funções públicas
CONDIÇÃO Quando vagos
CF
IMPORTANTE!!!
Art. 84. Compete
privativamente ao
Presidente da República: IV
- sancionar, promulgar e
fazer publicar as leis, bem
como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel
execução;
Art. 87 Parágrafo único. Compete ao
Ministro de Estado, além de outras
atribuições estabelecidas nesta
Constituição e na lei:
II - expedir instruções para a
execução das leis, decretos e
regulamentos
Expedir
Decretos e regulamentos Instruções para execução de
decretos e regulamentos
Presidente de República Ministro de Estado
Ano: 2014
Banca: ESAF
Órgão: MTur
Prova: Todos os Cargos
13) Ao Presidente da República, compete expedir instruções
para a execução das leis, decretos e regulamentos.
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Art. 84 XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência,
se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
INFORMAÇÕES RÁPIDAS
É forma de extinção da punibilidade (Art. 107, II, CP)
Só pode ser concedido após condenação transitada em
julgado.
Apenas extingue a punibilidade, persistindo os efeitos do
crime, o condenado não retorna à condição de primário.
Art. 84 XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na
forma da lei;
PRIMEIRA PARTE PROVER E EXTINGUIR
OBS: Segundo entendimento do STF
1) caberá também o desprovimento
(DEMISSÃO);
2) Aplica se simetria para os Estados.