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Servidor WWW.ASSEMPERJ.ORG.BR Revista ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO 2 / Nº 10 / MAIO-JUNHO DE 2018 PÁGINAS 4 e 5 MUSPE e Assemperj reivindicam revisão da inflação MPRJ ainda não enviou projeto à Alerj RESGATE DA CIDADANIA Servidora do MPRJ publica artigo sobre a importância da participação social nas decisões de governo, ressaltando os diversos mecanismos possíveis na democracia. PÁG.3 SABATINA – NOSSO FUTURO EM JOGO Pré-candidatos ao governo serão entrevistados pelos representantes dos servidores. Assemperj está na organização do evento PÁG.5 ASSEMBLEIA GERAL Dia 13 de junho às 18h na Assemperj. Pauta: 1. Aprovação da Proposta da Comissão de Jornada de Trabalho 2. Assuntos gerais Proposta do movimento não trata de aumento sala- rial, e sim da recomposição da remuneração devido às perdas inflacionárias.

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ServidorWWW.ASSEMPERJ.ORG.BR Revista ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ANO 2 / Nº 10 / MAIO-JUNHO DE 2018

PÁGINAS 4 e 5

MUSPE e Assemperj reivindicam revisão da inflaçãoMPRJ ainda não enviou projeto à Alerj

RESGATE DA CIDADANIAServidora do MPRJ publica artigo sobre a importância da participação social nas decisões de governo, ressaltando os diversos mecanismos possíveis na democracia. PÁG.3

SABATINA – NOSSO FUTURO EM JOGOPré-candidatos ao governo serão entrevistados pelos representantes dos servidores. Assemperj está na organização do evento PÁG.5

ASSEMBLEIA GERAL

Dia 13 de junho às 18hna Assemperj.

Pauta:

1. Aprovação da Proposta da Comissão de Jornada de Trabalho

2. Assuntos gerais

Proposta do movimento não trata de aumento sala-rial, e sim da recomposição da remuneração devido às perdas inflacionárias.

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ANO 2 /Nº 10 / MAI-JUN de 2018

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EXPEDIENTE

Travessa do Ouvidor, 38, 2º andar. Centro Rio de Janeiro RJ CEP: 20040-040 / (21) 2550-9130 e 2220-9763AssociAção dos servidores do Ministério Público do estAdo do rio de JAneiro

CONSELHO DIRETOR: Presidente: Flávio Sueth Nunes - Vice-presidente: Raphael Francisco Leite Pinto de Carvalho - Secretária Geral: Christiane Pinheiro Diretoria Jurídica: Aline Cícero CONSELHO DELIBERATIVO: Aline Ferreira Faria - Maria da Glória Araújo Amaral - Ricardo Arouca Cleaver CONSELHO FISCAL: Carlos Augusto Brizzante Gonçalves - Jairo Darella - Ricardo Souza Matos

Edição e texto: Eduardo Sá (JP 33266RJ)

Diagramação: Fernando Amorim Ilustração: Fernando PintoRevisão: Aline CavalcantiFotos: ASSEMPERJ. Tiragem: 2.000 exemplaresGráfica: Folha dirigida

ditorial

CONSELHO DIRETOR(GESTãO 17-18)

Embora combativa em relação ao atual governo, a pre-ocupação da Assemperj já está voltada para o próximo go-vernador do Rio. Como noticiamos na matéria central des-ta edição da Revista, reivindicamos o reajuste salarial dos servidores que há quatro anos se encontra estagnado. Por outro lado, também através do MUSPE, vamos promover uma sabatina com os pré-candidatos ao governo para já colocar em negociação as reivindicações do funcionalismo público do Estado.

É fundamental avançar na interlocução com os Poderes do Estado. Um projeto de lei será enviado à Alerj, a fim de pressionar em favor da atualização dos salários dos servi-dores que têm perdido seu poder de compra nos últimos

anos. Não há democracia sem mecanismos de participação da sociedade, e é em defesa dessas ferramentas institucio-nais que publicamos o texto, enviado por uma associada, sobre direitos humanos.

Assim como é importante a democratização dos instru-mentos externos em relação aos poderes, é também neces-sária cada vez mais a aproximação interna dos servidores com a Administração. Nesse sentido, a servidora apresen-tada em nossa coluna Servidor em Foco ressalta a impor-tância do Sindicato, que está em fase de formalização, para atender as necessidades do servidor do MPRJ. O aperfei-çoamento do atendimento da própria Assemperj também está em pauta nesta edição, não perca e boa leitura!

ENTRE PARA O SICOOB COOMPERJ. SABE POR QUÊ?Cooperativa de Crédito é uma instituição nanceira que oferece tudo o que os bancos têm, menos aquelas tarifas todas que os clientes pagam. Tem taxas competitivas, empréstimos consignados, nanciamentos imobiliários e de veículos, consórcios, previdência privada, seguros, remunerações vantajosas para seus investimentos, cheque especial, cartão de débito que é também de crédito com vantagem progressiva no valor da anuidade...

Sendo uma cooperativa, não visa o lucro. Os resultados são distribuídos na proporção das transações nanceiras que realizamos.

Para entrar, investe R$ 120,00, que podem ser parcelados, e a cada mês deposita R$ 24,00. PPara onde vão estas quantias? Para sua conta capital que é remunerado anualmente. Se um dia você quiser sair, leva o dinheiro.

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xercício de direitos políticos e o resgate da cidadania E

A Constituição Federal de 1988 completa 30 anos desde sua promulgação. Ela representa um marco na retomada do regime democrático, sendo inevitável reconhecer que esta-mos ainda diante de uma democracia frágil e que é constan-temente questionada e atacada, muitas vezes sendo atribuí-da a ela as causas dos problemas nacionais.

Estamos a poucos meses das eleições gerais de 2018 e vivenciamos uma intensa crise de representatividade. No entanto, apesar da falta de credibilidade de nossos represen-tantes, tal situação deve motivar intensa reflexão a respeito do necessário fortalecimento democrático, especialmente pela sociedade fluminense.

Os recentes acontecimentos que levaram o Estado do Rio de Janeiro a esta grave crise política e econômica devem servir para fomentar questionamentos acerca do aperfeiço-amento dos mecanismos de participação política direta da sociedade nas decisões políticas.

Antes de mais nada, é preciso compreender que o exercí-cio pleno dos direitos políticos, também classificados como direitos fundamentais, não deve se restringir ao direito ao voto. A Constituição Federal elenca, no artigo 14, instru-mentos de participação popular direta como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. A maior parte dos cidadãos cariocas desconhece, mas tais instrumentos podem, inclusi-ve, ser utilizados em âmbito estadual, previstos nos artigos 119 e 120 da nossa Constituição Estadual.

É legítimo e necessário buscar a ampliação da participa-cão popular nas decisões coletivas através de instrumentos de controle da gestão pública, de cobrança quanto ao cum-primento da lei da transparência e formulação de políticas públicas, bem como através da presença popular em conse-lhos e audiências públicas.

Os cidadãos fluminenses precisam resgatar sua cidada-nia e para isso não será mais viável uma postura apática e passiva, sendo imprescindível, mais do que nunca, ampliar o senso de coletividade. A sociedade civil possui a premente necessidade de se organizar coletivamente e se apropriar de todos os instrumentos que possibilitem a ampliação da par-ticipação popular nas decisões políticas, exercendo também incessante fiscalização quanto ao uso dos recursos públicos. Esse talvez não seja o único caminho, mas certamente será necessário para o resgate, pelos cidadãos fluminenses, de suas cidadania e dignidade.

Juliana Costa Vargas é Técnica Administrativa do MPRJ. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela FND/UFRJ. Pós Graduada em Direito Civil e Processo Civil pela UGF e Pós Graduanda em Direitos Humanos e Questão Social pela PUC/PR.

POR JuLIaNa COSTa VaRGaS

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Integrantes do MUSPE com o ofício fundamento do pedido de reajuste e audiência com o governo no Palácio Guanabara. Foto: Assemperj

O Movimento Unificado dos Servi-dores (MUSPE), composto por mais de 40 entidades de classe, dentre elas a As-semperj, ingressou com pedido de revi-são geral inflacionária e uma audiência com o governador do Estado, no dia 10 de maio. Há quatro anos o funcionalis-mo não tem correção salarial e os cál-culos do movimento contabilizam um percentual de até 25%. Esta é mais uma inciativa da Campanha por Direitos: O MP que queremos.

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) informou, por meio da im-prensa, que não irá conceder correção salarial e sua prioridade no momento é manter os pagamentos em dia. Até ago-ra não houve sinalização por parte do governo estadual quanto à perspectiva de diálogo com os servidores.

De acordo com a Constituição Fe-deral, o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Eleitoral não há impedimento para a revisão geral anual. Por isso, a reivindicação do movimento não trata de aumento salarial, e sim da recompo-sição da remuneração devido às perdas inflacionárias. No documento proto-colado também é citado o projeto de lei que será enviado à Alerj para tratar o assunto.

“Não se trata de aumento e, por isso, o governador não teria impedimento legal, mesmo em ano eleitoral. Além disso, cada poder ou órgão também pode encaminhar à Alerj projetos para reajuste de suas categorias, o que até agora não foi feito”, afirma Flavio Sueth, presidente da Assemperj. Essa deman-da ao executivo estadual se soma aos já realizadas pela associação no âmbito do MPRJ, mas que não foram atendidos pela Instituição desde 2015, pois alega dificuldade orçamentária e política.

O congelamento salarial somado aos atrasos dos pagamentos levaram ao en-dividamento do funcionalismo, já que houve uma grande perda de compra dos

salários nesse período. A proposta a ser apresentada à Alerj pede o reajuste a to-dos os servidores do Estado, incluindo o TJRJ, Alerj, TCE/RJ, MPRJ e DPRJ, que estão na mesma situação.

Desde dezembro de 2017, o governo fluminense vem pagando os salários no décimo dia útil de cada mês, diferente da reivindicação do movimento que busca a retomada do calendário para

o pagamento no segundo dia útil. O MUSPE articulou para o dia 25 de maio um ato público no Palácio Guanabara para pressionar o governo, mas devido à crise dos transportes a atividade foi can-celada e até o fechamento da Revista não foi realizada.

A Assemperj permanece lutando pelos direitos dos servidores do Estado, e reforça que as soluções apresentadas pelo governo não resolvem no longo prazo a atual crise financeira. Como já noticiamos, a Auditoria Cidadã da Dívi-da aponta que a atual crise foi fabricada por meio de altíssimas taxas de juros e pela má gestão dos recursos públicos, fazendo o endividamento explodir en-quanto são pagos centenas de bilhões de juros para bancos, grandes investidores e ao mercado financeiro. O servidor não é o culpado da crise nem deve ser pre-judicado por ela, e precisa manter seu poder de compra, ainda mais em um Estado com custo de vida tão alto.

uta pela Revisão InflacionáriaL

Não se trata de aumento e, por isso, o governador não teria impedimento legal, mesmo em ano eleitoral. Além disso, cada poder ou órgão também pode encaminhar à Alerj projetos para reajuste de suas categorias, o que até agora não foi feito”

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O MUSPE (Movimento Unificado dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro) realizará nos dias 07 e 08 de junho, no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte, uma sabatina com os candidatos ao governo do Rio de Janeiro. Será apresen-tada aos representantes a Carta de Intenções do movimento com propostas para a recuperação do serviço público es-tadual e a dignidade dos servidores. A atividade contará com a participação da imprensa e será divulgada em nossos meios de comunicação.

A iniciativa visa debater as pautas políticas fundamen-tais ao próximo governador do Estado em busca do desen-volvimento social e econômico. Cada participante será ou-vido por vez durante aproximadamente uma hora. Dando sequência à interlocução que o MUSPE vem realizando com o poder público, as dezenas de entidades que com-põem o movimento colocarão em pauta as necessidades dos servidores para o futuro do Rio de Janeiro. Até o fecha-mento desta edição já estavam confirmadas a participação de André Monteiro (PRTB), Índio da Costa (PSD), Leonar-do Giordano (PCdoB), Juiz Wilson José (PSC), Pedro Fer-nandes (PDT) e Tarcísio Mota (PSOL). Os pré candidatos Eduardo Paes (DEM) e Romário (Podemos) não confirma-ram até o fechamento da matéria.

(*) A divulgação do evento, que também é uma reali-zação da Assemperj por meio do MUSPE ocorreu antes da sua realização.

uspe realiza encontro com pré-candidatosM

O TRABALHO COMO ELE É... A Assemperj retrata nessa série de quadrinhos situações vividas

pelos servidores públicos em sua rotina de trabalho.

Se você tem uma história para

nos contar, envie para

[email protected]

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A Assemperj iniciou uma parceria com o Grupo I Can para o desenvolvimento de sua equipe. O projeto visa pre-parar os funcionários para um atendimento de excelência a todos (as) seus associados (as). O Grupo I Can é uma Con-sultoria que trabalha com Soluções Empresariais, com um time de consultores altamente especializados, capazes de atender todos os segmentos do mercado, de forma customi-zada, seguindo padrões de excelência e alta performance.

Serão feitas entrevistas, reuniões, treinamentos, pales-tras e ações nas quais serão trabalhados aspectos de cultura organizacional, trabalho em equipe, capacitação, processo de mudança e liderança. A iniciativa visa fortalecer o pro-pósito da Assemperj, que é atender as necessidades dos (as) seus (as) associados (as) e promover a defesa de um serviço público de qualidade.

Nos próximos meses a Revista Servidor divulgará o que há de mais avançado nesses temas contribuindo com conteú-do de qualidade sobre o mundo do trabalho. Fiquem atentos às próximas edições!

esenvolvimento de equipe da AssemperjD

LOCAÇÃO DE ANDARES CORPORATIVOS DE 222 M²

SEGURANÇA E CONFORTOEM UM ENDEREÇO ÚNICO

RUA DA ASSEMBLÉIA 65,Junto ao Fórum

e Estacionamento Menezes Cortes

INFORMAÇÕES21 98885-1411

HO200

Presidente da Assemperj com a equipe do Grupo I Can. Foto: Assemperj.

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ervidor| EM FOCOSMONICA FERREIRA CASSINI TRIGO

A importância dos servidores em defesa da categoriaAprovada no primeiro concurso para o cargo à época de

Secretário de Procuradoria, hoje conhecido por Analista Processual, Monica Ferreira Cassini Trigo acompanha des-de 2002 as dificuldades e os avanços em relação aos direitos dos servidores no MPRJ. Aos poucos, foi se envolvendo na defesa das causas da categoria e hoje integra a Direção de Comunicação do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Rio de Janeiro (Sindsemp-RJ).

Lembra que logo na semana seguinte ao seu ingresso à Instituição, foi aprovada a Lei 3899/02 que estabelecia o pla-no de carreira dos funcionários do MPRJ. Era uma luta anti-ga dos servidores da casa, e naquele momento pôde sentir a importância da união de todos para a defesa dos interesses da categoria.

Monica ainda se recorda que foi também no final de 2002 que o então PGJ concedeu aos servidores o auxílio saúde. O anúncio foi feito durante a festa de confraterni-zação organizada pela associação dos servidores que, na época se chamava Asproju, hoje Assemperj, deixando claro para ela a necessidade da atuação de uma entidade de classe.

“Há quase 16 anos no MP, vivenciei várias mudanças na Administração, principalmente no meu cargo. O volu-me de trabalho cresceu e cresce muito a cada dia em razão de novas atribuições dos órgãos de execução, do processo eletrônico e do aumento das demandas sociais. Por isso é fundamental fortalecermos nossa representatividade para buscamos com a Chefia da Instituição melhorias das con-dições de trabalho e soluções aos problemas que surgirem. Esse caminho agora também é via Sindicato. Precisamos de uma entidade com meios jurídicos e legais para nos repre-sentar e lutar pelos nossos direitos”, defendeu.

Embora o Sindsemp-RJ ainda esteja num momento de estruturação com muitas dificuldades, a expectativa é de que em breve consiga o registro sindical junto ao Ministério do Trabalho. “Nosso sindicato ainda não tem uma estrutura física, seus recursos financeiros são bastante limitados, nós dirigentes não estamos afastados de nossas funções e por isso nossa atuação ainda está longe do ideal, mas acredito que todos nós somos responsáveis e precisamos nos envol-ver de alguma forma. Mesmo aquele colega que almeja fazer outro concurso, enquanto estiver aqui, deve se conscienti-zar e buscar junto aos demais as melhorias necessárias.”

Monica acrescenta a importância do trabalho conjunto entre o Sindemp-RJ e a Assemperj, com mais servidores envolvidos e ressalta que sua maior preocupação, como a de muitos (as) associados (as) da Assemperj, é quanto à valorização do servidor. “Quero uma valorização no dia a

dia e não só com palestras na semana nacional do servi-dor. Quero que o MP dê prioridade ao servidor de carreira, conforme determina a Constituição. Quero um trabalho de pertencimento à Casa. Não estamos aqui de favor. Também fazemos parte do MPRJ com deveres, mas também com di-reitos”, ressaltou.

Por fim, pondera que esse pertencimento também deve partir do próprio servidor, valorizando seu cargo e se for-talecendo enquanto classe. A conscientização sobre o com-bate ao assédio moral, apesar de delicada, precisa ser cons-truída, segundo ela. Outras questões, além do reajuste do salário e auxílios, também estão em pauta, como remoção e melhorias na jornada de trabalho.

“Nós servidores precisamos nos envolver cada vez mais com as nossas causas e lutas, principalmente nesse cenário atual de desmantelamento do serviço público”, afirmou Monica, que também compõe a comissão de Jornada do Trabalho Assemperj .

Foto: Arquivo Pessoal

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eunião de maio com a Administração SuperiorR

A direção da Assemperj se reuniu em maio com a Admi-nistração, na sede do MPRJ, para dar sequência aos debates sobre as reivindicações dos servidores. Alguns dos assuntos tratados foram resumidos abaixo, enquanto outros foram divulgados mais detalhadamente em nosso informativo por e-mail aos associados.

Revisão Salarial: O MPRJ havia deixado claro que, na sua avaliação, o momento político e econômico impedia o avanço do projeto de lei de revisão salarial. Não obstante, a Associação continuou sua luta e trabalhou em conjunto com outras entidades importantes do Estado, conforme di-vulgado na matéria de capa. Continuaremos pressionando o governo e o MP pela revisão constitucional dos salários pela perda inflacionária. Infelizmente, tivemos que cance-lar o ato público pela revisão dos salários marcado para o Palácio Guanabara em razão da greve dos caminhoneiros.

Atualização dos Auxílios Transporte/Alimentação: Não houve previsão de implementação, mas será analisado o impacto financeiro e os procedimentos articulados pela Associação já estão na DRH. O Auxílio Saúde teve seu re-ajuste implementado na competência do mês de abril/18 e o Educação em janeiro/18. Segundo o MP, serão pagas as diferenças retroativas às datas informadas.

Quanto ao Auxílio Educação, há pedido de correção da interpretação da Resolução a fim de estender o benefício aos filhos dos servidores também em programas de Pós-Gradu-ação, assim como ocorre para os dependentes dos membros. Será analisado impacto para estimar quantas pessoas se en-contram nessas condições em busca de se avaliar o aperfeiço-amento da resolução.

Adicional de Qualificação: É demanda antiga dos servi-dores da casa e a Assemperj tem conseguido avançar. Em breve, haverá reunião específica a respeito da questão orça-mentária para o próximo ano e, por isso, acreditamos que teremos conquistas. Tudo depende da melhoria da arreca-dação do Estado. Além disso, o PGJ destacou que pensa em melhorar a forma de distribuição e pagamento das GEDs atuais. No entanto, ainda será realizado um estudo a res-peito, não havendo previsão para qualquer alteração sobre esse ponto.

Regulamentação da Prevenção ao Assédio Moral: A as-sessoria jurídica fez novas ponderações no procedimento, mas a Assemperj já as analisou e devolveu à Administração a fim de que seja concluído para publicação de resolução. O compromisso público do PGJ é de sua publicação ainda em sua gestão.

Limite da Margem Consignável: Houve avanço funda-mental e histórico pois, desde o início de 2017, a associa-ção requereu a não consideração do limite da margem para pagamento dos associados, via contracheque, do plano de saúde/dental da Assemperj. Foi decidido que o MPRJ pas-sará a não considerar o limite da margem consignável nos casos de pagamento de despesa de planos de saúde e odon-tológico geridos pela Associação. Foi publicado no Diário Oficial, no dia 17/05/18 a Resolução GPGJ 2207/18, que permitiu a mudança das regras de consignação em folha de pagamento no âmbito do MPRJ. Serão beneficiados apenas os servidores titulares de cargo efetivo e seus dependentes.

Direção da Associação em diálogo com o PGJ e Secretário Geral do MPRJ. Foto: Assemperj