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ANO 2 | Nº 04 | JANEIRO 2005 Boletim da ABRALATAS | Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade Grande parte deste sucesso deve-se às vantagens imbatíveis que a embalagem oferece aos profissionais de marketing. “O consumidor vê a lata de alumínio como uma embalagem prática e moderna, que pode ser utilizada em qualquer lugar e a qualquer momento, bem de acordo com o ritmo de vida atual” , explica Paulo Dias, gerente de Desenvolvimento de Vendas da Rexam BCSA. “E além destas características, que já são um marketing natural, a lata permite uma grande variedade de promoções. Fizemos várias ações de sucesso: utilizamos anéis coloridos nas tampas, lançamos novos produtos e realizamos promoções do tipo “juntou/trocou” por prêmios. Recentemente, desenvolvemos em parceria com a Coca-Cola uma forma de inserir a embalagem nas promoções do tipo “achou/ganhou” , em campanhas da Coca-Cola Light, Coca-Cola Light Lemon e Fanta, com o novo recurso da impressão interna no fundo das latas” , conta Paulo. Para o gerente de Logística Integrada da Crown Embalagens, Altair Frulane, não existe embalagem mais versátil. “A lata O marketing por trás das latas É impossível imaginar o dia-a-dia do consumidor brasileiro sem a presença das latinhas de alumínio. Com suas inúmeras vantagens, elas já dominam aproximadamente 30% do mercado de cerveja e quase 10% do mercado de refrigerantes. E o avanço sobre os outros segmentos, como, por exemplo, sucos prontos, aguardentes e drinques alcoólicos, está aumentando numa velocidade impressionante. permite a impressão de rótulos promocionais, como os que desenvolvemos para a Pepsi na época do lançamento do filme “Star Wars” . Vários personagens da história foram retratados em rótulos de latinhas exclusivas e a ação foi um grande sucesso” , explica. A qualidade e a precisão da impressão nas latas é um grande diferencial destacado por Altair. “Nos sucos da Del Valle, por exemplo, ao ver a imagem estampada o consumidor tem a sensação de que está comprando a própria fruta dentro da lata” . O futuro é promissor. “Estamos pensando em utilizar o anel para fazer novas ações e criar anéis promocionais com estampagens diferenciadas” , adianta o gerente da Crown Embalagens. Também a Rexam BCSA está desenvolvendo vários projetos de marketing no Brasil, EUA e Europa, para “laçar” novos clientes. “Não posso entrar em maiores detalhes pois essas ações estão sendo conduzidas em parceria com nossos clientes. No entanto, adianto que são novidades que vão dar uma mexida no mercado” , conta Paulo Dias, num comentário de puro marketing. Jaguar e seus Chopnics estão na página 2 Confira os destaques do Prêmio Cempre na página 3

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ANO 2 | Nº 04 | JANEIRO 2005

Boletim da ABRALATAS | Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade

Grande parte deste sucesso deve-se às

vantagens imbatíveis que a embalagem

oferece aos profissionais de marketing. “O

consumidor vê a lata de alumínio como

uma embalagem prática e moderna, que

pode ser utilizada em qualquer lugar e a

qualquer momento, bem de acordo com o

ritmo de vida atual”, explica Paulo Dias,

gerente de Desenvolvimento de Vendas

da Rexam BCSA. “E além destas

características, que já são um marketing

natural, a lata permite uma grande

variedade de promoções. Fizemos

várias ações de sucesso: utilizamos

anéis coloridos nas tampas, lançamos

novos produtos e realizamos

promoções do tipo “juntou/trocou”

por prêmios. Recentemente,

desenvolvemos em parceria com a

Coca-Cola uma forma de inserir a

embalagem nas promoções do tipo

“achou/ganhou”, em campanhas da

Coca-Cola Light, Coca-Cola Light Lemon e

Fanta, com o novo recurso da impressão

interna no fundo das latas”, conta Paulo.

Para o gerente de Logística

Integrada da Crown Embalagens,

Altair Frulane, não existe

embalagem mais versátil. “A lata

O marketingpor trás das latasÉ impossível imaginar o dia-a-dia do consumidor brasileiro sema presença das latinhas de alumínio. Com suas inúmeras vantagens,elas já dominam aproximadamente 30% do mercado de cervejae quase 10% do mercado de refrigerantes. E o avanço sobre os outrossegmentos, como, por exemplo, sucos prontos, aguardentes edrinques alcoólicos, está aumentando numa velocidade impressionante.

permite a impressão de rótulos

promocionais, como os que

desenvolvemos para a Pepsi na época do

lançamento do filme “Star Wars”. Vários

personagens da história foram retratados

em rótulos de latinhas exclusivas e a ação

foi um grande sucesso”, explica. A

qualidade e a precisão da impressão nas

latas é um grande diferencial destacado

por Altair. “Nos sucos da Del Valle, por

exemplo, ao ver a imagem estampada o

consumidor tem a sensação de

que está comprando a própria

fruta dentro da lata”.

O futuro é promissor. “Estamos

pensando em utilizar o anel para

fazer novas ações e criar anéis

promocionais com estampagens

diferenciadas”, adianta o gerente da

Crown Embalagens. Também a Rexam

BCSA está desenvolvendo vários

projetos de marketing no Brasil, EUA e

Europa, para “laçar” novos clientes. “Não

posso entrar em maiores detalhes pois

essas ações estão sendo conduzidas em

parceria com nossos clientes. No entanto,

adianto que são novidades que vão dar

uma mexida no mercado”, conta Paulo Dias,

num comentário de puro marketing.

Jaguar e seus Chopnics estão na página 2

Confira os destaques do Prêmio Cempre na página 3

02 | Notícias da Lata | No 4 | Janeiro 2005

Entrevista | JaguarEntrevista | Jaguar

No final dos anos 60, o

lançamento de uma

nova marca de cerveja

fez surgir um

personagem de humor

que se tornou famoso,

como símbolo do

principal jornal da

então chamada

“imprensa nanica”. A

cerveja era a Skol. O

personagem era o

ratinho Sig, que durante

três décadas pontificou

nas páginas do

Pasquim.

Junto aos apreciadores

da cerveja,

tradicionalmente

apegados a sua marca

de preferência, a Skol

tornou-se bem-vinda e

rapidamente

popularizou-se, graças

ao talento de Jaguar,

um dos maiores nomes

do desenho de humor

brasileiro em todos os

tempos. Com o título

“Os Chopnics”, a tira de

quadrinhos criada por

Jaguar e Ivan Lessa

ajudou também a criar

a mítica imagem de

Ipanema, que marcou

época na cultura

brasileira.

‘Só tomo cervejadireto na lata’Como é que surgiu a idéia do Chopnics?Jaguar: Vivíamos dando festas à fantasia enuma dessas festas (eu me lembro que eu fuiaté fantasiado de árabe) um publicitário mepropôs: você não quer lançar uma novacerveja? Era a Skol, que estava preparandosua campanha de lançamento. Então o IvanLessa, supercriativo, achou a idéia ótima ecriamos uma tirinha baseada em algunsamigos nossos daquela época, que tambémfaziam parte da banda de Ipanema.Tornaram-se personagens de quadrinhos: meuamigo Marat, que era advogado, virouRobespierre na história, o Hugo Bidê ficousendo o BD...

E o Sig, como entrou na história?Jaguar: Era um ratinho de estimação do HugoBidê, que estava sempre com a gente noJangadeiro. Na historinha ele voava, com umacapa de super-herói, mas seus poderes sófuncionavam dentro de Ipanema. Tudo o queaquela turma aprontava, inclusive episódiosabsolutamente surrealistas, nósaproveitávamos nas tiras dos Chopnics.

Isso foi antes do Pasquim?Jaguar: A tira dos Chopnics surgiu uns doisanos antes. Era publicada simultaneamente noJornal do Brasil e no Globo, todos os dias, efez o maior sucesso. O ratinho Sig, que eracoadjuvante da história, acabou virando opersonagem principal, tornou-se um

garoto-rato propaganda, uma espécie desímbolo... De certa maneira, o Pasquim foifilho dos Chopnics.

E as latinhas, como é que entraram na sua vida?Jaguar: sempre gostei mais de beber chope,mas a primeira vez que tomei cerveja em lata,já adorei. Mas eu nunca bebo cerveja de lataem copo. Tomo direto na lata, porque ela ficageladinha, mantém mais a temperatura.Assim que apareceu, passei a só tomar cervejaem lata.

As primeiras latas de cerveja no Brasil ainda nãoeram de alumínio...Jaguar: Pois é, a gente via no cinemaamericano aqueles caras fortões queamassavam a latinha com a mão. E paraimpressionar as mulheres a gente tambémtentava, mas não conseguia amassar nem umpouquinho... era um vexame. Não sabíamosque as latas americanas já eram feitas dealumínio. Agora eu destruo. Amasso com pénas costas.

O que você faz com as latas usadas?Jaguar: Tenho um desses amassadores emminha casa de Itaipava e acho sensacional.Acho tão divertido que outro dia tenteiamassar uma lata cheia e tomei um banho...

E depois de amassar as latas?Jaguar: O meu caseiro pega tudo, rapidinho.

“Os Chopnics” em doismomentos: na época da

campanha de lançamento da Skolem lata (tira de cima) e numa

história produzida especialmentepara o Notícias da Lata

Janeiro 2005 | No 4 | Notícias da Lata | 03

Cooperativas de catadoresrecebem prêmio Cempre

O Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem)foi criado em 1992, com o objetivo de conscientizar a

sociedade sobre a importância da redução, reutilização ereciclagem de lixo. Mantida por empresas privadas de diversos setores, aentidade sem fins lucrativos dedica-se à promoção da reciclagem, dentro doconceito de gerenciamento integrado do lixo, através de publicações, pesquisastécnicas, seminários e bancos de dados.

Há quatro anos, a associação criou um prêmio para destacar os projetosmodelos do setor, tanto para as comunidades como para as prefeituras.Os vencedores do “Prêmio Cempre Coleta Seletiva 2004” foram revelados nodia 2 de dezembro, em um evento realizado no auditório do Grupo Pão deAçúcar, em São Paulo, e comandado por Andrea Vialli, jornalista especializadaem Meio Ambiente.

Cada projeto premiado recebeu uma prensa hidráulica trifásica, que tornao dia-a-dia das cooperativas mais fácil e eficiente, além de equipamentos deproteção individual (EPIs), troféu e certificado. Os nomes das entidadesvencedoras também estão sendo divulgados pela imprensa e estão àdisposição para consulta no acervo bibliográfico do Cempre. Os critérioslevados em conta na escolha dos melhores projetos comunitários de coletaseletiva foram: o alcance geográfico da coleta, a população beneficiadaou atendida, os tipos e quantidades coletadas seletivamentee o retorno sócio-ambiental.

“O prêmio cumpriu seu papel de destacar os trabalhos das cooperativas e doscatadores, fazendo com que sejam reconhecidos edivulgados. É muito importante criar referências quesirvam de exemplo para outras cooperativas”, revelaAndré Vilhena, Diretor-Executivo do Cempre há seteanos. “As novas associações podem queimar muitasetapas estudando o sucesso das cooperativasvencedoras. Estes cases têm servido de exemploaté para entidades de outros países”,complementa André. Um dos fatores que maischamou a atenção do diretor do Cempre emrelação ao trabalho dos vencedores foi ovolume coletado pelas associações. “Osnúmeros são cada vez maiores, o que indica umalto grau de profissionalização das cooperativas”.

Associaçõespremiadasna categoriaComunidaden Cooperativa CAEC de

Catadores (regiãoNordeste);

n Cooperativa Aliança deColeta e Manuseio deRecicláveis São JudasTadeu (região Sudeste);

n RECIFRAN – ServiçoFranciscano deSolidariedade (regiãoSudeste);

n Apae Lixo Útil – Lixo queNão é Lixo (região Sul);

n Cooperativa 100Dimensão (regiãoCentro-Oeste).

Volumes cada vez maiores de coleta e alto

grau de profissionalização de seus integrantes.

Estas são as principais características das

associações destacadas com o

prêmio Cempre em 2004.

Notícias da Lata é um boletim noticioso da ABRALATAS(Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade)

Presidente: André BalbiDiretor-executivo: Paulo Camillo PennaJornalista Responsável: Ricardo Largman (Reg. Prof. MTb 18.288)Coord. editorial: Newsday Consultoria de Comunicação e MarketingProdução gráfica: Conceito Comunicação IntegradaTiragem: 3 mil exemplares

Endereço: SCN Qd. 1 Bl. F, no 79, Ed. América Office TowerSalas 1608, 1609 e 1610 - CEP 70711-905 – Brasília – DFTelefone: (61) 327-2142Fax: (61) 327-3165Correio eletrônico: [email protected]ço na internet: www.abralatas.org.br

Ir ao supermercado tem sidomais do que uma simples tarefado cotidiano para muitosconsumidores. Desde 2001, maisde 19 milhões de latas dealumínio já foram coletadas naslojas do grupo Pão de Açúcar,para reciclagem. Esse resultadose deve aos Replanetas, centrosautomatizados de coleta daTomra-Latasa, instalados nossupermercados Extra, em SãoPaulo, Rio de Janeiro, BeloHorizonte, Salvador e Brasília.Inicialmente, as máquinas dosReplanetas emitiam cupons queeram trocados por mercadorias.Desde maio de 2003, quando foilançado em parceria com oGoverno Federal o projeto“Reciclagem 10, Fome Zero”, oconsumidor pode também doaresses cupons ao programaFome Zero. Isso fez com que ointeresse pela promoçãoaumentasse ainda mais: dejaneiro a setembro de 2004, acoleta de embalagens recicláveisnesses centros apresentava umcrescimento de 90% em relaçãoao mesmo período do anopassado.

Reciclagem 10,

Fome Zero

As informações desta tabelaforam baseadas em dados dos

anos de 2003 (latas dealumínio), 2002 (papel, latas

de aço e Pet) e 2001 (vidro)

Destaque mundialna reciclagemA liderança absoluta das latinhas de alumínio ficou comprovada agora peloIBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – que divulgou em novembroos resultados de uma importante pesquisa sobre a atividade de reciclagem nopaís. Segundo o IBGE, o índice de reutilização de materiais recicláveis temexibido índices crescentes, ano a ano, para todos os produtos avaliados pelaentidade, mas a lata de alumínio continua sendo o grande destaque: em 2003,voltaram à cadeia produtiva 89% das latas colocadas no mercado. Estaprivilegiada colocação deve-se ao seu reaproveitamento, economicamente maislucrativo do que o dos outros materiais (confira tabela nesta página).

A pesquisa revelou também uma enorme distância entre os índices dareciclagem e da coleta seletiva de lixo. Enquanto a quase totalidade das latas dealumínio é reprocessada, apenas 1,9% do lixo é coletado de maneira adequada.Segundo Judicael Clevelário Júnior, coordenador da pesquisa, neste item o Brasilestá longe do padrão observado no Japão e na Europa, onde há separação dolixo e coleta seletiva, práticas que sustentam a reciclagem. No Brasil, apenas 451municípios recolhem lixo apropriadamente, o que representa apenas 8,2% dototal de municípios. Na parcela de residências, o percentual não chega a doisdígitos: são apenas 6% das casas brasileiras.

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