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Ano 2 Edição 9 ExpedienteSérgio Oliver Publisher

Marcos SouzaArte Visual / Designer Grá� co

André Terto Supervisor de Textos

ColunistasFabiano Js Perfumista / Charme Essência

Luciene RicciottiEspecialista em Perfumes e autora do livro Estação Perfume

Roberto D’AngeloEspecialista em Perfumes e criador da página A Arte em Frascos de Perfumes

A Revista Olfato não se responsabiliza pelos textos escritos por seus colunistas e colaboradores. Todos os temas são de total responsabilidade de seus criadores.

Ao leitor

Finalmente, o ano começou! Depois das férias e do carnaval, agora é hora de colocar em prática tudo aquilo que você se prometeu a fazer no fi nal do ano passado - correr atrás dos seus sonhos e realizar todos os seus desejos! Não desanime nunca, pois, para as coisas boas acontecerem, só vai depender de você! Então, se arrume, coloque sua melhor roupa e - é claro! - o seu perfume preferido e vá à luta!

Sérgio Oliver.

Foto:Patrícia Magalhães2

Sérgio Oliver.

Foto:Patrícia Magalhães

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ÍNDICE ANO 2 - EDIÇÃO 9

Capa: Adriana BombomFotos: Marcello GarciaArte Visual: Marcos Souza

4- Ana Isabela Godinho

6- Conte sua Historia

8- Hylka Maria

12-

18- Requin

21- Estação Perfume

23- Sérgio Caetano

24- Bal à Versailles

26- Rafael Thinguinha

29- Super dica

30- Miku Oguchi

27- Vitoria Santos

Por Sérgio Oliver

Rodrigo Lombardi

Por Sérgio Oliver

Por Sérgio Oliver

Por Fabiano JS

Por Sérgio Olver

Por Sérgio Olver

Por Sérgio Olver

Por Sérgio Olver

Por Sérgio Oliver

Por Roberto D’Angelo

Sergio Eduardo da Silva Reis

Por Luciene Ricciotti

Anuncie na Revista OlfatoTemos sempre um bom espaço reservado para você.

E-mail: [email protected]

Ma érias-Primast

Adriana Bombom

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Entrevista Por Sérgio Oliver

Ana Isabela Godinho Linda por Natureza

ATRIZ QUE BRILHOU EM PEGA- PEGA COMEMORA ESTREIA COMO VILÃ E FALA SOBRE PLANOS PARA O FUTURO

Ana Isabela Godinho só tem motivos para comemorar. Estreante em Pega-Pega, seu primeiro trabalho, a atriz já foi escalada para dar vida a uma investigadora de polícia, personagem envolta em estereótipos . Mas não foi só isso: a atriz foi, aos poucos, ganhando destaque na trama até sofrer uma reviravolta em que a policial que

estava acima de qualquer suspeita se tornou uma “X9”.

Quando vc descobriu que a Nina não era mocinha, mas uma vilã? Estava em um dia de gravação, quando o diretor chegou e disse que a Nina era uma informante, uma X9. (Risos) Quando ele me falou, fiquei super feliz. Porque até então, minha personagem era bem pequena. Quase não tinha muitas falas. Foi uma surpresa. Não estava espe-rando isso. Como você encarou estrear em uma novela como vilã? Entrei na novela como elenco de apoio. A Nina quase não tinha falas no início. Aparecia, mas não tinha falas. Quando o diretor me falou e os blocos começaram a chegar - nossa! Chorei muito! - fiquei muito emociona-da. Sempre quis fazer uma vilã e interpretar uma logo na minha primeira novela é um presente de Deus. Agradeço muito ao Fábio Zambrone pelo convite de fazer a novela e à Claudia Souto por ter me dado essa oportunidade com a personagem. Como você lidou com as transições e descobertas da sua personagem?

Quando descobri que a Nina era X9, comecei a me policiar nos olhares. Não podia mudar o jeito “Nina” de ser. Porque não dava para mudar de uma hora para outra. Tive que começar aos poucos. Trabalhando os olhares, prestando atenção nos policiais. Sempre querendo saber o que estava acontecendo. Não poderia levantar suspeita.

Você começou a carreira como modelo aos 12 anos. Quais eram as principais recomendações com a boa forma?

Ter uma alimentação saudável. Nada de frituras, refrigerantes e do-ces. Fazer academia e praticar esportes. Você já foi vitima de racismo?

Já passei por algumas situações, mas não as considero como racis-mo. Já ouvi algumas piadinhas na minha época de escola, mas éra-mos todos crianças. Não levo pelo lado do racismo. Foi bullying. Tive problemas com a minha autoestima na época, tinha vergo-nha de usar cabelo solto. Mas agora, eu tenho orgulho dele. Faço fitagem no cabelo e fica lindo! Todo mundo me pergunta o segredo dos cachos.

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Se você fosse lançar um perfume com a sua assina-tura, que fragrância escolheria?

Lançaria uma fragrância amadeirada. Acho o cheiro sofisticado e elaborado. Tem um toque de sedu-ção. Poder. Algumas pessoas falam que esse tipo de perfume são mais para homens, mas acho que não. Realmente são perfumes com o cheiro mais forte, mas tem vários perfumes amadeirados femininos que são muito bons. Vai do gosto de cada um. É algo muito particular.

Você gosta de Perfumes? Em caso afirmativo, qual o que você usa?

Adoro! Tem um em especial, de que gosto muito: o Coco Mademoiselle Eau de Parfum Chanel. Ele tem o cheiro maravilhoso. É um perfume para a noite. Acho o cheiro sedutor e de mistério. (Risos) Para o dia, gosto de perfumes leves. Mais frescos, como o Capricho, de O Boticário. Eu me sinto muito fresca ao usá-lo. Ele tem o cheiro agradável. De frescor mesmo.

Você é do tipo que usa a mesma fragrância duran-te muito tempo ou prefere variar?

Confesso que gosto de usar sempre a mesma. De-pende da ocasião. (Risos)

Você considera o perfume como uma forte arma de sedução?

Com certeza! Acho que os aromas e perfumes des-pertam os sentidos. O cheiro sempre fica registrado na memória. Marca muito. Acho que o perfume também é capaz de revelar a personalidade das pessoas.

Quais são os planos para o futuro? Quero fazer alguns cursos e me aprimorar cada vez mais. Como não tive muito contato com o teatro, quero aproveitar esse momento para me dedicar aos estudos. Pega- Pega, foi o meu primeiro trabalho na televisão e espero que possa me abrir outras portas. Quero estar bem preparada para outras oportunida-des. Além disso, pretendo voltar a realizar alguns trabalhos publicitários. Como estava na novela, às vezes não conseguia conciliar a agenda.

Foto:Fernanda BeauchampsMake: Ariane DutraStylist: Carol Bottiroli

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Conte sua HistóriaPor Rodrigo Lombardi

Casa Lombardiperfumando o Brasil

O sobrenome da minha família carrega, como muitos outros italianos, uma carga histórica que faz parte da imigração no Brasil. A marca Casa Lombardi surgiu com objetivo de resgatar nas pessoas a vontade de passar mais tempo em casa. E com prazer! Seu surgimento foi uma viagem emocional pelo que mais me trazia aconchego e conforto: a sensa-ção de estar em família.Família italiana, mesmo as mestiças como as nossas daqui do Brasil, são uma bagunça só. E a minha, da capital do café da metade do século passado, Londrina, não era nada diferente. Há um quê nas casas de italianos e de seus descendentes que faz com que essa mistura, de gritaria com comida na mesa o dia todo e afetos, crie uma atmosfera especial que, mais tarde, eu consegui resgatar usando aquele sentido mais primitivo, o olfato.

Minha formação anterior como ator e cantor me permitiu poder estar em turnês por todo o Brasil. Quando em Curitiba, uma amiga mencionou um lugar pelo qual eu iria me apaixonar, uma casa de essên-cias. E ela estava certa! Voltei para São Pau-lo, onde já morava há anos, com um acervo olfativo que me manteve acordado e em-polgado por dias. E assim, intuitivamente “misturei” e montei alguns acordes para perfumar minha casa. Nasceu, então, mi-nha nova paixão, que virou um amor para o resto da vida pela perfumaria. Em poucos meses a Casa Lombardi já havia ganhado corpo, alma e estava acontecendo. Já tinha identidade visual, personalidade e todo o

branding incorporado.

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Por ser amante de química, durante a minha graduação na Oswaldo Cruz, li todos os livros que encontrei relacionados à perfumaria. Dentre outros cursos, conheci a Perfumaria Paralela onde travei contato com excelentes profi ssionais da área e aprendi muito com a nata da perfumaria brasilei-ra: Mônica Rossetto, Alessandra Tucci, Cynthia Rezende Sombini, dentre outros.

Ter uma empresa que trabalha com produtos de perfumaria pode pare-cer glamouroso. Porém, o desenvolvimento de projetos, desde a criação até a legislação, mostra-se muito burocrático. E exatamente o que alguns considerariam chato, para mim torna-se um desafi o. Nosso objetivo nesse setor, o de nicho, é poder ser uma referência de inovação, ousadia, bom gosto e elegância. O trabalho independente viabiliza concretizar todos os tipos de projetos! E esse é o propósito da Casa Lombardi.

Recentemente, fomos chamados para perfumar o espetáculo musical Os Dez Mandamentos, da Rede Record, em que conseguimos fazer uma chuva perfumada, fresca e com nossa “maresia” sintética em toda a pla-teia em cada sessão da peça quando o Mar Vermelho abria-se. Criamos uma fragrância com notas de frutas secas e frescor de alecrim para uma rede de lojas de produtos orgânicos. O espaço gourmet da Kitchens, na Casa Cor - MT, também recebeu nosso projeto de um limão siciliano powdery para neutralizar cheiros de cozinha. Estes e outros projetos nos dão uma enorme satisfação.

Muito mais importante do que apenas criar, encontramos, no processo de desenvolvimento como um todo, o fascínio pela aproximação ao cliente para iniciar um novo projeto exclusivo. Muitas empresas prefe-rem projetos mais volumosos em detrimento do handcraft ed, do único. Na verdade, esses últimos simbolizam a metodologia com que mais gostamos de trabalhar. Descobrimos que envolver o cliente na cria-ção faz com que ele sinta que está vivendo em um mundo mágico, das notas, dos acordes, das harmonias e até mesmo do lúdico. Escolhermos juntos o que cheirar, fazer o ‘leque’ com as fi tas olfativas é muito mais interessante do que simplesmente fazer uma encomenda e receber o produto pronto. O valor está em toda a experiência. É isso que as pes-soas buscam hoje. A experiência do antes, durante e depois. Conosco, no ateliê e depois no seu ambiente, com sua assinatura olfativa. Para nós, dessa forma a criação fi ca extremamente prazerosa e passa a fazer todo o sentido.

Eu acredito que tornar-se um perfumista é como transformar-se no maestro de uma orquestra. Existem cursos, formais ou informais, e mestres que você escolhe e que te escolhem também! Contudo, aquele momento em que um músico sente-se um grande Maestro é único na vida. É uma conquista de anos. Decepções e ganhos, creio eu. Quanto mais se estuda, mais humilde se torna. O aprendizado nunca acaba, imagino. Sinto que há um longo caminho pela frente, de desbravar este mundo da perfumaria sem fantasias, com pragmatismo e sempre muito inspirado! O objetivo é transformar-se neste maestro. E como empresa, tenho certeza de que muitos projetos chegarão para nos estimular a crescer cada vez mais e da melhor forma.

Fotos: Divulgação

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Entrevista Por Sérgio Oliver

Hylka MariaA Força do Querer de uma mulher

Ela conquistou o público com a sua personagem Alessia na novela A Força do Querer e aceitou o desafio de participar do reality show "Dancing Brasil",

apresentado por Xuxa Meneghel. Nesta entrevista exclusiva, Hylka Maria conta um pouco sobre sua trajetória profissional.

Em que momento da sua vida surgiu a vontade de ser atriz ?

Ainda criança, eu tive contato com a publicidade, com set de gravação, com câmeras e, inevitavelmente, nos comerciais são criadas situações dramáticas, um “mundo de faz de conta” onde sempre me senti muito à vontade. Acho que foi por causa desse bem estar uni-do ao trabalho, que era muito frequente e mais parecia uma brincadeira... E acabou me levando para o mundo das artes, da atuação. Um caminho sem volta (risos).

Conte-nos um pouco sobre a sua experiência como modelo internacional.

Eu comecei minha vida profi ssional como mode-lo infantil. Fazia fotos para lojas de roupas infantis, comerciais de TV... E durante toda a minha vida, levei o trabalho de modelo concomitantemente ao de atriz. Uma coisa nunca anulou a outra. Aos 26 anos, tive a minha primeira proposta para trabalhar como mode-lo fora do Brasil. Achei tão inusitado que quase não topei, já que a maioria das meninas começa a viajar muito mais novas. Eu me surpreendi muito, não só com o mercado internacional (fui muito bem aceita na Tailândia, China e México, onde morei e trabalhei), mas, principalmente, com a desconstrução da ideia de que para se trabalhar como modelo é preciso ter mais de 1,80m e ser magérrima. Felizmente, existe mercado para todos os tipos de beleza.

Qual foi o seu primeiro trabalho como atriz e como foi essa experiência?

Profi ssionalmente, foi aos 11 anos de idade, na novela “O campeão”, na Band. Foi uma estreia com o pé direi-to. Eu interpretava uma menina de rua que, no decor-rer da história, acabava sendo adotada por uma família rica. Tive a honra de contracenar com Marília Pera, Paulo Goulart, Sergio Mamberti, Nathalia Timberg, Beth Gou-lart... Lembro que eu não tinha muita noção da responsa-bilidade que era dividir uma cena com eles, tamanho era o meu prazer diário de fazer algo que era muito divertido.

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Sua personagem na novela A Força do Querer, a Alessia, cres-ceu dentro da trama e conquistou o público. Como foi fazer parte desse grande sucesso das telenovelas?

Foi uma surpresa em todos os sentidos. Fui convidada para uma par-ticipação de apenas quatro dias. Morava em outro país e vim com uma malinha de roupas para 15 dias. “A Força do Querer” foi um fenômeno para todos os que trabalharam nela, foi a novela de maior sucesso dos últimos tempos – comparada apenas ao êxito de “Avenida Brasil”. Fazer parte de qualquer núcleo dela já seria uma honra, mas eu ainda dei a sorte de cair naquele que talvez tenha sido o que se tornou o xodó do público. Foi um encontro muito feliz e acredito fortemente que o su-cesso dele se deve não só ao brilhantismo do texto da Glória Perez, mas à liberdade que a direção deu a nós, atores, de podermos improvisar e juntos cocriar essa atmosfera tão polêmica e atual sem que ela caísse num estereótipo. Foi realmente um divisor de águas na minha vida, que me possibilitou ser reconhecida pelo grande público – mesmo já tendo 20 anos de carreira.

Conte-nos sobre sua participação no reality showda apresentadora Xuxa Meneghel, o Dancing Brasil?

Participar do “Dancing” é algo completamente diferente do que eu já fiz na minha vida. Estou conhecendo muito mais os meus limites físicos e emocionais e me surpreendendo comigo mesma por resultados de evo-lução mais positivos do que eu jamais poderia supor. Pensei que seria eliminada já nas primeiras semanas, e confesso que me assustei quando obtive em uma das apresentações a pontuação máxima e mais alta desta temporada – os três 10 dos jurados, totalizando 30 pontos.

Fale um pouco sobre a Rosângela, sua personagem na 4ª tem-porada de Os Suburbanos, no Multishow, e como foi participar dessa série de sucesso popular.

Foi a primeira vez que me aventurei em um projeto de comédia ao lado de comediantes incríveis. Meu Deus, como sou audaciosa! (risos) Mas foi uma delícia poder trabalhar ao lado do Rodrigo Santanna, de quem sou fã e o considero como gênio.

Qual a sua relação com o olfato? Qual(s) o(s) perfume(s) que você usa?

Eu sou taurina e hedonista. Dou muita importância aos prazeres da vida, e o olfato é um canal sensorial muito importante – pelo menos para a minha psiqué. É por ele que, através de aromas específicos de um per-fume, sou remetida a certas situações ou períodos pontuais do passado, ou que potencializo meu ânimo. Tem o “She”, de Empório Armani, que é meio como uma marca registrada minha. É muito o “cheiro de Hylka”, como diria a minha mãe (risos). Recentemente conheci o “Candy Prada” e também me identifiquei bastante. Já para o dia, aposto no Dolce & Gabanna “Light and Blue” que é mais fresco, ou o “LXXXV” da Zara.

Se tivesse que escolher uma fragrância para compor a sua per-sonagem Alessia, de A força do querer, qual seria?

Ah! A Alessia com certeza usaria algo bem doce e marcante, como o “Very Irrestible”, da Givenchy. Já a Rosangela, que é elegante, acho que usaria algo como o “1 Million” de Paco Rabanne. E a Carolina, minha personagem da serie “Tras las Puertas”, por ser uma mulher madura, mas que trabalha diariamente com a sedução, suponho que ela usaria algo como o “Classique”, de Jean Paul Gaultier.

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Você é do tipo de usar uma fragrância durante muito tempo ou prefere variar?

Eu sou muito fi el ao que eu gosto. Desde uma relação amorosa até idas aos mesmos restaurantes, pedidos dos menus - isso também acontece em relação aos perfumes. Acho que o cheiro, assim como a maneira como nos ves-timos, acabam sendo canais a mais de comunicação para a exposição de nossa própria identidade para o mundo. Gosto de pensar que, se eu fosse um cheiro, o meu perfu-me me apresentaria antecipadamente a quem ainda não me conhece como pessoa.

Você é uma mulher linda. Qual a sua rotina de beleza?

Muito obrigada! Acho que fui abençoada com uma genética muito boa que provavelmente vem da África. Mas não deixo de me cuidar. Não sou vaidosa ao extre-mo, não tenho a menor paciência para creminhos no rosto antes de dormir, por exemplo. Meu único cuidado é mesmo com a qualidade da minha alimentação e não viver no sedentarismo. De resto, é manter a alma em paz, a consciência tranquila e estar envolta de gente do bem. O sorriso que isso traz é a receita mais certeira para uma beleza radiante.

Tem alguma personagem da literatura, cinema ou TV que gostaria de interpretar? E por quê?

Gostaria de dar vida a uma mulher forte e empoderada, que assume suas fragilidades, mas não se deixa aniqui-lar-se por elas. Se a arte tem o poder de tocar o outro, de fazer a plateia, o público, o espectador pensar e se repen-sar, acho que é o momento de colocar em questão a força feminina e refl etir para a sociedade do meu tempo que é possível reescrever a história da mulher daqui pra frente de uma outra maneira.

E o que vem de novidades por aí que você já poderia nos contar?

A série argentina “Tras las Puertas”, onde estreio na função de protagonista e também no mercado de audio-visual internacional falando em castellano. Por mais que Carolina, minha personagem, seja brasileira e seja dotada de uma sensualidade, pela primeira vez vivo uma perso-nagem profunda e com questionamentos obscuros que em nada se limitam à minha escalação por tipo físico.

Fotos: Pedro GualbertoAssistente de Fotografi a: Amanda MeloStylist: Caio VitorAssistente de Stylist: Bruno Santos

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2018_04 - REVISTA OLFATO - ANÚNCIO A4 DIGITAL

quinta-feira, 12 de abril de 2018 09:52:41

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Matérias-Primas Por Fabiano Js

O Perfumista e suas Matérias-primas.

Em se tratando de matérias-primas, podemos afi rmar que um perfumista bus-ca, na natureza ou em laboratório (produtos sintéticos), as mais variadas fon-tes de substâncias odoríferas, as quais terão papel importantíssimo dentro de uma fragrância. Nesse contexto, podemos citar os óleos essenciais como as principais matérias-primas utilizadas na composição de um perfume.

Mas o que são óleos essenciais?

Os óleos essenciais, também chamados de óleos voláteis ou óleos etéreos, são misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas. Sua principal característica é a volatilidade, o que os diferencia dos óleos fi xos. Quimicamente, os óleos essenciais são cons-tituídos de derivados fenilpropanóides ou, preponderantemente, de terpenóides. Os metabólitos secundários são biossintetizados a partir dos metabólitos primários.

Na mistura desses compostos são encontrados diferentes concentrações de hidrocarbonetos ter-pênicos, alcoóis simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenois, ésteres, éteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas até compostos com enxofre. Exemplos de deriva-dos terpênicos são mentol (1), funchona (2), citronelol (3) e borneol (4) e dos derivados do fenil-propano como o anetol (5), o eugenol (6) e o aldeído cinâmico (7)

Essas substâncias orgânicas são encontradas em plantas aromáticas e armazenadas em glândulas conhecidas como tricomas globulares em concentrações que varia de espécie para espécie. A produ-ção de óleos essenciais constitui um mecanismo de adaptação da espécie de planta a determinados ambientes, disponibilidade de água, pragas e etc.

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Essas substâncias orgânicas são encontradas em plantas aromáticas e armazenadas em glândulas co-nhecidas como tricomas globulares em concentrações que varia de espécie para espécie. A produção de óleos essenciais constitui um mecanismo de adaptação da espécie de planta a determinados am-bientes, disponibilidade de água, pragas e etc.

Os monoterpenos e os sesqueterpenos constituem a maioria das moléculas presentes nos óleos essenciais. Esses são pertencentes à classe dos terpenos. São assim denominados devido à classifi cação que se baseia na quantidade de carbono presente em suas estruturas moleculares, sendo 10 carbonos nos monoterpenos e 15 nos sesqueterpenos.

Diversas metodologias foram desenvolvidas para a obtenção ou extração de óleos essenciais; são elas: destilação por arraste a vapor, prensagem a frio, hidrodestilação, enfl eurage, extração por solven-tes e fl uídos supercríticos.

A destilação por arraste a vapor é um dos métodos mais utilizados para obtenção de óleos essen-ciais. Nesse processo, submete-se a matéria-prima vegetal a vapor d’água que atravessa os tecidos da mesma carregando o óleo essencial contido em seu sistema glandular; a diferença de temperatura faz

Na próxima edição, em nossa coluna, abordaremos as principais matérias-primas que podem ser utilizadas nesse método para a obtenção de óleos essenciais, bem como os demais cita-

dos neste texto. Agradeço a leitura e até a próxima!

Fabiano JSFarmacêutico/[email protected]

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EntrevistaPor Sérgio Oliver

Uma Explosão de Talento

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Linda, inteligente, talentosa são adjetivos que descrevem muito bem Adriana Bombom. Ao longo de nossa entrevista, descobrimos uma mulher de perso-nalidade forte, determinada e focada em tudo o que faz. Uma verdadeira

explosão de talento!

Como foi a sua experiência de fazer parte da equipe do programa da Xuxa? O desejo de trabalhar na TV já existia, ou tudo começou a partir daí?

Foi uma experiência que mudou a minha vida! Eu só queria tirar uma foto com a Xuxa: tirei a foto e ganhei um emprego. Apesar de já ter feito alguns trabalhos como fi gurante e mode-lo para ajudar nas despesas de casa, o sonho de trabalhar na TV nasceu após pisar pela primeira vez no programa da loira.

Das personagens que já interpretou, seja no cinema ou TV, quais são aquelas que você poderia destacar como as suas preferidas?

A minha personagem no fi lme O Gerente, em que tive a honra de contracenar com Ney Latorraca, e Ana Balanço, na Escolinha Muito Louca, com Sidney Magal como o professor, foram experiências incríveis.

Qual personagem da literatura ou do cinema que você gos-taria de interpretar?

Alice é um ícone da literatura e um exemplo de menina doce e corajosa. Dentre muitos aspectos, Alice é uma desbravadora, ela enfrenta vários perigos quando se trata de fazer o que é certo e proteger os amigos. É sonhadora e aventureira, uma das personagens femininas mais encantadoras.

Na sua opinião, o que é mais difícil: atuar ou apresentar?

Vou responder o que eu mais gosto: Apresentar!

Você, atualmente, comanda um quadro dentro do programa TV Fama. Conte-nos um pouco sobre essa experiência.

São sete anos comandando o quadro Bombando com Adriana Bombom dentro do programa TV Fama. De inicio, tive um pouco de difi culdade, mas a interação com o público me fortaleceu e, hoje, sou muito feliz. O quadro é leve e muito divertido, tornando-se um dos campeões de audiência do programa.

Você é uma das musas do carnaval. O que essa festa tão brasileira representa pra você?

Carnaval remete à alegria, união, comunidade e muito samba! Sou apaixonada por essa manifestação popular e amo viver essa festa!

Você é considerada uma das mulheres mais bonitas do nosso país. Qual a sua rotina de beleza?

Eu tenho hábitos saudáveis, bebo muita água e pratico exercício físico quase todos os dias.

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Os perfumes , assim como as músicas, nos remetem, de imediato, a momentos da nossa vida. Quais as fragrâncias que lhe trazem boas recordações?

Alfazema remete muito a minha infância e aos cui-dados da minha mãe por mim e pela minha irmã Gêmea Andréa.

Você gosta de perfumes?

Gosto muito! Sou apaixonada! Sou muito ligada a cheiro.

Qual o seu preferido e por quê?

Insolence, de Guerlain... Acho-o marcante e, ao mesmo tempo, suave, sensual e moderno.

Você é do tipo que usa uma mesma fragrância durante muito tempo ou prefere variar?

Eu gosto de usar a mesma fragrância, pois, com o tempo, refl ete a nossa identidade. Assim, raramen-te uso outra fragrância.

Perfumes, na sua opinião, também podem ser uma forte arma de sedução?

Com certeza, perfume é uma arma de sedução!

Quais são seus projetos para este ano? O que você já poderia nos revelar de novidades cami-nho?

Este ano, vamos lançar o meu canal no Youtube. Terá variedades e entrevista com celebridades de uma forma bem diferente do que se vê por ai... E tem um projeto novo para a TV que estamos con-versando e que, se tudo der certo, vocês vão amar!

Fotos: Marcello Garcia

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Conte sua HistóriaPor Sergio Eduardo da Silva ReisREQUINA extensão de uma

personalidadeMinha historia na perfumaria começou em 1982, quando tinha

apenas 9 anos de idade. Eu me lembro perfeitamente, como se fosse hoje, do meu pai chegando em casa e me dando um vidro pequeno do famoso perfume Paco Rabanne Pour Homme, pelo qual eu era apaixonado. A partir daí, sempre que o acompa-nhava na rua, passava em uma loja importadora só para poder sentir o seu cheiro...Curiosidade que esse perfume foi criado em 1973, ano de meu nascimento, o que aumentou a minha paixão.Depois disso, a paixão aumentou de uma forma que não me via mais sem usar perfumes, e a cada passeio era uma nova descoberta. Fui amadurecendo e, com o tempo, passei a juntar dinheiro e comprar perfumes, coisa que faço até os dias de hoje.Depois de uns anos, em 2006 aproximadamente, resolvi sair do anonimato. Até ali, eu era apenas mais um apaixonado por perfumes. Comecei, então, a me aventurar em mini resenhas, na antiga loja SACKS, onde eu era requisitado pelos clientes menos experientes a orientar-lhes a decidir qual seria o per-fume mais adequado, como se fosse um tipo de consultoria, porém de forma gratuita. Na época, tinha vários resenhistas; alguns deles com o mesmo nome que eu, daí, para não fi car repetitivo e não misturar opiniões como se minhas fossem, resolvi adicionar meu apelido “shark” ao meu nome para dar maior clareza ao que eu realmente pensava sem confundir ninguém...

Depois, fi quei por quase 10 anos prestando o mes-mo tipo de consultoria, por e-mail, pois sempre achei válido ajudar quem precisa.Como algumas pessoas sabem, sou advogado de profi ssão e autodidata na criação de meus perfu-mes, não sem antes estudar muito esse universo maravilhoso. Peguei alguns materiais em PDF que possuía em casa, e comecei essa busca comprando essências e óleos essenciais e fazendo meu portfó-fl io. Passei, dessa forma, a ter realmente um conhe-cimento diferenciado no que diz respeito a identifi -cação das notas e acordes...Essa busca pela estrutura de um perfume me levou a querer mais e mais. Em 2013, decidi tentar criar alguns perfumes, mas não obtive êxito, pois, nessa mesma época, fui pai e necessitava ser mais presen-te, tendo jornada intensa.

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1919

Segurei minha vontade, não desistido em nenhum segundo, até o ano de 2015, quando ali eu tive mais tempo para rea-lizar alguns projetos pessoais, e a perfumaria era o principal.Realizei várias misturas, fi z diversos protótipos, uns que nem valem a pena fazer nota (risos), mas fi zeram parte do aprendizado, que não é fácil e necessita muita amor e estudo envolvidos. Diante disso tudo, cheguei à conclusão de que se eu conseguisse lograr êxito em uma criação apenas, meu sonho estaria realizado, e Deus me abençoou com algumas a mais!!!Em 2016, criei a Requin, nome esse em francês fazendo referência a meu apelido (tubarão), como meus amigos de faculdade e serviço chamavam..Fiz algumas amizades nesse percurso e uma delas, Luiz Gustavo Arruda, conhecedor nato e com um nariz muito apu-rado, me incentivou a criar, após receber alguns protótipos.Comecei então a criar dioturnamente, tendo jornada dupla advocacia/ perfumaria, e hoje temos orgulho de possuir um portfólio com 6 criações:

-Tabac Rose: Perfume centrado na nota de tabaco, um semigourmand com notas bem densas e que transmite apelo sexual;

-Patchouli Imperial: Como o próprio nome diz, criação focada em uma das notas mais antigas da perfumaria, perfume incensado, austero e diferente.

-Bergamote: Um cítrico com coração fl oral, perfume com apelo bem clean.

-Café Rose: Um fl oral poderoso criado com 3 tipos de rosas, e fundo mais oriental/especiado

-Co� ee Break: Perfume para os amantes gourmands, centrado nas notas de café expresso e chocolate.

-Tropical Skin: um cítrico frutal suculento baseado na nota de coco, perfume bem tropical, como o próprio nome já diz.Perfumes esses com a denominação extrait, com um custo-benefício ímpar, propor-cionando a uma gama mais vasta de consumidores um produto de qualidade e custo atraente!!A perfumaria é para mim, mais do que um simples negócio ou vaidade: envolve sen-timento, paixão, busca pelo melhor, amizades e tudo o que a vida possa nos oferecer de bom!!! Diria eu que é uma extensão de nossa personalidade, mostrando um pouco mais de nós mesmos...

Fotos: Divulgação

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Por Luciene Ricciotti

Estação Perfume

Para não dizer que eu não falei das flores...

Nos primórdios da perfumaria, o desejo por captar e usu-fruir os cheiros da natureza levou o Homem a buscar, nos métodos de extração de óleos essenciais, uma forma de dar às mulheres, inicialmente, os perfumes das flores.

Em um tempo de extrema feminilidade e submissão, os per-fumes florais ficaram associados ao romantismo, aos contos de fadas, ao buquê das noivas.

Os perfumes das flores remetem o imaginário coletivo, em grande parte, ao feminino, à figura materna. As rosas têm o poder de despertar o aconchego de um colo de mãe, da

mulher como alicerce do lar, aquela que recebeu rosas vermelhas de um homem apaixonado e formou uma família.

Já fragrâncias de flores do campo conduzem a cenas coloridas num bosque florido com uma jovem romântica sonhando com o amor eterno ou com meninas felizes em uma segunda infância tranquila. O vestuário que acompanha os perfumes florais é de roupas leves, femininas, com babados e sorrisos suaves no rosto.Já as flores brancas, como as notas de jasmim, flor natural da Índia, que marcou a perfumaria a partir do início do século XX, remetem a uma mulher mais elegante, dona de si e confiante. Femini-na, forte e desejada, que se consagrou neste século.

A sofisticação das flores brancas, com suas notas mais densas que os florais leves, já acenavam para uma transformação da mulher através do tempo. Ainda que femininas, representam mulheres que se liber-taram do estereótipo da delicadeza e fragilidade, mesmo em tempos remotos, e ligaram-se ao sagrado em maior poder e confiança.

E assim, a mulher seguiu ganhando espaço até que a lendária Gabriel-le Chanel, na década de 20, encomenda a Ernest Beaux um perfume novo:

“Eu quero dar às mulheres um perfume artificial. Sim, estou dizendo artificial, como um vestido, algo que precisa ser feito. Não quero uma rosa ou um lírio-do-vale, eu quero um perfume que seja uma compo-sição”1.

E nasceu um ícone da perfumaria. Ousando na aplicação de aldeídos — molécula sintética que têm o poder de acender uma composição — foi criado o perfume que teve Marilyn Monroe como grande protagonista. Mais do que fragrância, Gabrielle Chanel libertou a mulher das flores, abrindo caminho para uma perfumaria feminina mais intensa, refletindo o espaço que seria conquistado pelas mulheres em todas as esferas da sociedade.

Após os anos 60, época marcada pela libertação sexual feminina, com a criação da pílula anticoncepcional, Yve Saint Laurent, consagra a força das mulheres na moda, quando em 1966, cria o Smoking feminino que representou uma revolução na forma de vestir e agir.

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E na perfumaria, em 1977 consagra o poder e liberdade das mulheres com o lançamento do perfume Opium, que se tornou objeto de desejo e ícone dos anos 80, combinando flores, com uma saída fresca e com o intenso Patchouli, inaugu-rando o uso dessa nota olfativa na perfumaria feminina, marcando época. Assim, pode-se entender a frase do sócio de Yves Saint Laurent, Pierre Bergé, quando afirmou que “se Chanel libertou as mulheres, Saint Laurent lhes deu poder “. A partir de então, nos anos 80, com Margaret Thatcher no poder, a mulher consagra-se no mercado de trabalho e vis-lumbra a realização de seu sonho de liberdade e igualdade. Até que, em 1992, Shiseido, na perfumaria, atende ao desejo das jovens mulheres, que já começavam a usar perfumes masculinos, e cria o primeiro perfume feminino com notas de madeira. E as flores morreram? Claro que não! Hoje, as mulheres estão livres para serem delicadas e femininas ou fortes e pode-rosas quando desejarem ou for necessário. As criações compartilháveis, inauguradas com CK One na década de 90, permitem que homens e mulheres usem flores, frutas, notas sintéticas ou madeiras expressando a personalidade, estilo e objetivos de cada um. Mas perceber como a perfumaria evoluiu na história é conhecer a imagem que cada nota olfativa expressa e representa na mente e no imaginário coletivo e torna-se fundamental para uma perfumação adequada ao ambiente e aos objetivos de cada um. Se, por exemplo, uma mulher deseja crescer profissionalmente em um ambiente ou função historicamente masculinos, perfumar-se para trabalhar com uma fragrância, predominantemente, floral ou sensual demais, comunicará, silenciosa-mente, seu lado mais frágil e estereotipado e poderá dificultar a expressão de características como objetividade e força, associadas ao sexo masculino, que sejam necessárias à sua função.Já em ambientes de trabalho que necessitam de um perfil voltado às características mais femininas, como educadoras de crianças ou cuidadoras, as notas que representam força e poder podem, sempre de forma inconsciente, comunicar através do olfato uma possível falta da necessária delicadeza que algumas funções profissionais demandam. Mais do que conhecer dados e datas, a história da perfumaria ensina qual mensagem cada nota olfativa, associada aos momentos mais marcantes de nossa sociedade, transmite a todos que estão ao nosso redor. Além de um grande prazer, que o ato de se perfumar diariamente, seja para cada um, um meio de expressão de estilo e um grande aliado na busca de sonhos e metas.

Luciene RicciottiAutora do livro Estação Perfume,publicitária especialista em perfumaria e comunicação multissensorial,professora universitária, palestrante, autora dos livros Mark-Óbvio; Planejamento de comunicação Integrada e A Criança e o marketing (em coautoria com a psicóloga Ana Dias)e diretora acadêmica.Contato [email protected] informações: www.lucienericciotti.com

1 MAZZEO, Tilar J. O segredo do Chanel nO 5: a história íntima do perfume mais famoso do mundo. Editora Rocco. Rio de Janeio. 2011.

Fotos: Divulgação

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Entrevista Por Sérgio Oliver

Sérgio CaetanoCinco anos de sucesso da VJS Produções

O fundador de uma das melhores empresas de assessoria e eventos come-mora cinco anos de sucesso da VJS Produções.

Como surgiu a ideia de trabalhar com assessoria e produções?Surgiu há uns 10 anos atrás quando comecei a trabalhar com publicida-de: primeiro criando sites, e, em seguida, fazendo marketing para alguns artistas.

Como nasceu a VJS produções musicais? A VJS Produções nasceu há 5 anos, quando eu já tinha um grande conheci-mento na área artística e possuía varias amizades no meio. Dessa forma, tirei meu sonho do papel .

Em um mercado tão competitivo, qual o diferencial da sua empresa para conquistar os clientes?Nosso diferencial é levar o melhor para nossos associados, não só no valor, como também na qualidade de trabalho e projeção no mercado artístico. Hoje, a VJS Produções é uma das empresas que mais cresce no Brasil

Além de assessor e produtor, você também é compositor. Conte-nos um pouco sobre isso.Eu sempre adorei samba enredo. Eu já havia composto algumas músicas quando entrei para a escola bicampeã do carnaval paulista, a Acadêmicos do Tatuapé. Surgiu, então, a oportunidade de compor samba enredo. Eu fi z parte de uma equipe com que participei começando, a partir daí, ganhar notoriedade no carnaval com a conquista. No mesmo ano, ganhei samba na Rosas de Ouro, uma das principais escolas de samba de São Paulo e na Dra-gões da Real. Em 2016, acabei saindo do time e montando o meu próprio com grandes compositores, fazendo sambas para varias agremiações.

Antes de trabalhar nesse mercado, você tinha outra profi ssão, ou esse sempre foi o seu desejo? Antes de abrir minha empresa, tive outras profi ssões: trabalhei de porteiro em uma empresa de publicidade, também fui consultor fi nanceiro de algu-mas empresas, como Banco Crefi sa, Losango e Banco Pecunia

A quais áreas do meio artístico você presta assessoria? Prestamos assessoria artística para cantores, atrizes, modelos, jogadores e atletas olímpicos e para empresas que buscam assessoria e colocação no mercado em geral. Também fazemos marketingpessol e digital .

A VJS Produções acabou de completar 5 anos. A que você atribui esse sucesso? Eu atribuo uma parte do nosso sucesso a todos os nossos assessorados, que dão o sangue e se empenham ao máximo para alcançar seus objetivos - fi ca fácil trabalhar com pessoas comprometidas com o sucesso. Além disso, a outra parte se deve à toda minha equipe e parceiros em geral, porque sem eles, ninguém faz nada sozinho.

Você é um dos compositores do samba-enredo da Unidos do Pe-ruche, que homenageia Martinho da Vila, um dos cantores mais queridos pelo público e do cenário musical brasileiro. Como foi

essa experiência de competir e ganhar, além de homenagear esse ícone do samba? Foi incrível, pois concorremos com 14 sambas. Um deles era do próprio fi lho do homenageado, mas tivemos a honra de o nosso ser escolhido pelo público e pela comunidade, além de ter sido o que mais se destacou em todas as pesquisas nas redes sociais como sendo o melhor samba. Foi uma honra saber que o Martinho da Vila tinha gostado e escolhido nosso samba, tendo a satisfação de agradecer a ele pessoalmente pelo carinho em Vila Isabel, no Rio de Janeiro.

Você gosta de Perfumes? Em caso positivo, poderia nos dizer qual?Calvin klein , Dolce Gabbana, e perfumes amadeirados. Eu adoro o perfume Arbo, de O Boticário.

Você costuma usar o mesmo Perfume durante muito tempo ou prefe-re variar? Prefi ro variar de acordo com o momento e a ocasião.

O que podemos esperar de novidades da VJS Produções Musicais para este ano? Em 2018, começamos com tudo! O carro chefe deste ano é o programa Top Show que vai ser apresentado pela linda Vitoria Santos. Temos tam-bém um programa na Rádio Exclusiva FM , além de projetos musicais. Daremos início no mês de abril a shows a cada 30 dias chamado Projeto Shows VJS Produções, levando os melhores artistas do Brasil a preços acessíveis à população menos favorecida. Este ano, vamos decolar com tudo: teremos vários eventos, feiras, projetos para youtuber e projeto teatral. Vamos atuar em todas as áreas, cada vez mais buscando espaço e, no segundo semestre, vamos buscar espaço no mercado europeu e asiático, pois já temos parcerias com empresas estrangeiras, principal-mente nos EUA. Este ano vai ser de grandes vitórias.

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História Por Roberto D’Ângelo

Bal à Versailles traduz a inocência perdida numa noite devastadora, a doçura de pele e a maciez angustiante do veludo.

Jean Desprez, um grande perfumista francês, era bisneto do fundador da casa F. Millot Perfumes, e, desde a infância, conviveu com a arte da perfumaria, uma paixão passada por quatro gerações de uma família apaixonada pelos perfumes. Em 1922, com a idade de 24 anos, Jean Desprez ingressou na empresa de sua família depois de uma rigorosa formação para ocupar o posto de “nariz”. Sua pri-meira grande criação foi Crépe de Chine,um clássico da perfumaria francesa. Depois do sucesso na empresa familiar, em 1928, Jean Deprez abriu sua própria empresa; e, para ingressar definitivamente na perfumaria de luxo, o endereço escolhido para abrir a sua Maison foi a prestigiada Rue de la Paix, em Paris. Esse criador de tendências fazia questão de oferecer aos seus clientes perfu-mes de qualidade incomparável, porém o seu grande sucesso viria somente, em 1962, com o lançamento do incomparável Bal em Versaillescom frasco criado por Pierre Dinand. Um Baile de Máscara na misteriosa Veneza, onde perigos espreitam os convi-dados inocentes: maravilhoso e sensual, estranho? Traduz a inocência perdida numa noite devastadora.

Bal à Versailles é um perfume para ser usado à meia luz, pois foi inspirado nos mistérios da noite. Sedutor como a figura do vampiro que se esconde do esplendor do sol na penumbra e nas sombras. Um perfume andrógino, muito próximo do agressivo, necessitando de feminilidade declarada e explícita para não se transformar num aroma masculino e pungente.Bal a Versailles não é um perfume para qualquer olfato: somente os mais apurados vão entendê-lo; tampouco é um perfume para o dia - ele é andrógino, até mesmo agressivo! A feminilidade desse perfume é muito marcante para que não seja confundido com um aroma masculino.Classificado como um floral oriental, é composto por mais de 350 essências raras. As notas de saída são: alecrim, flor de laranjeira, mandarina, cássia, jasmim, rosa, neroli,

bergamota, rosa e limão búlgaro; notas de coração são construídas em torno de sândalo, patchouli, lilás, raiz orris, vetiver, ylang-ylang e lírio do vale; as notas de fundo são: tolu bálsamo, âmbar, almíscar, benjoim, civet, baunilha, cedro e resinas.Vários foram os artistas que criaram frascos suntuosos para Bal em Versailles, pois Jean considerava os perfumes que criava verdadeiras obras de arte e, segundo ele, “nada poderia ser suficientemente belo para preservar tão valioso perfume”. Mesmo lançado na década de 60, Bal a Versailles pertence à categoria dos grandes perfumes sedutores e perturbadores da década de ouro da perfumaria, os anos 20.

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Sete anos após o lançamento de Bal a Versailles, Jean convidou o escultor Léon Leyritz para criar um frasco de edição limitada em porcelana de Sèvres, com tampa de ouro e prata que viria em um estojo de pele com veludo dourado com acabamento de fi os de

ouro, criado pelo pintor Paul Mergier.

Desde o seu lançamento, Bal a Versailles vem conquistando várias celebridades, dentre elas, Sua Majestade, a Rainha Elizabeth da Inglaterra, as atrizes Joan Collins, Elizabeth

Taylor e Olivia de Havilland, e a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Jackie Kennedy Onassis.

Karen Faye, amiga particular, maquiadora e cabeleireira da estrela da música POP, Michael Jackson, postou na sua página do Facebook, uma informação sobre o perfume favorito delel, informação que os fãs do mundo todo buscavam. As poucas que tiveram

a chance de estar perto do cantor relataram se tratar de um perfume deliciosamente incrível, e que tinha cheiro de baunilha. Segundo o relato de Karen, ele era apaixonado

por esse perfume e mantinha sempre um estoque de frascos em sua residência.

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Entrevista Por Sérgio Oliver

Rafael TinguinhaUm jovem no samba

O jovem talento do mundo do samba e do carro de som de muitas agremiações do car-naval carioca, Rafael Roberto dos Santos, ou, simplesmente, Rafael Tinguinha, vem numa escala crescente de dar inveja a muitos veteranos. Com apenas 23 anos de vida, esse rapaz teve, e tem, sua inspiração em seu pai, o Tinga, que embala agremiações há muitos carnavais.

Seu pai, o intérprete Tinga, foi uma forte refe-rência e influência para você começar a cantar no carnaval?Sim, meu pai me incentivou muito e, vendo-o cantar desde que eu era pequeno, me fez crescer querendo ser como ele.

Vida de músico e sambista é fácil?Fácil não é não, por conta dos ensaios que são puxados e cansativos, além da preparação com a voz, que é muito importante.

Então, na resposta anterior você diz que a “... preparação com a voz é muito importante”. Para cada escola que você, canta existe um pre-paro específico?Existe sim. Tem que ter todo cuidado com a voz e tem que descansar bastante para aguentar o pi-que.

Ser filho de músico e sambista facilita ou difi-culta o seu crescimento profissional?Facilita um pouco, uma vez que já comecei a cantar com um certo conhecimento por causa do meu pai, o que me dá uma certa credibilidade.

Como é a sua rotina do dia a dia?Meu dia a dia é de estudos, de aprimoramento técnico e profissional. Mais para a frente, preten-do fazer um concurso para ajuda a manter os al-tos e baixos da carreira, financeiramente.

Quando passa o carnaval, como é a sua rotina profissional?Normalmente, trabalhando e estudando, e me preparando para o carnaval seguinte.

Você gosta de Perfumes? Caso sua resposta seja afirmativa, poderia nos dizer qual?Gosto dos perfumes que apresentam fragrâncias inebriantes. Gosto dessa sensação. Os perfumes da Hinode são os melhores, para mim, no mo-mento, como o Empire.

Você é do tipo que usa uma fragrância durante muito tempo ou prefere variar? Não. Gosto de variar perfumes e fragrância, mas apostando nos inebriantes.

O que sua memória olfativa lhe traz como uma lembrança boa? Bom! Quando uso um perfume, a fragrância me leva a muitos lu-gares e momentos bons e marcantes da minha vida, e, nesse caso, os de fragrância amadeirada. A lembrança mais marcante e umas das melhores é quando me lembro do meu avô.

Se tivesse que escolher uma fragrância para lançar no mercado com sua assinatura, que cheiro ela teria? Cara! Com certeza, uma que tivesse o cheiro bem marcante e que pudesse passar uma sensação de frescor. Ainda mais aqui, no Rio de Janeiro, que tem um clima bem quente e abafado.

Deixe uma mensagem para outros jovens que sonham em cantar, numa agremiação.

Só falo para nunca desistirem dos seus sonhos e,

o mais importante, nunca perderem a humildade.

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Entrevista Por Sérgio Oliver

Vitória SantosNasce um novo rosto no cenário artístico

Com apenas 18 anos, Vitória Santos é uma das grandes promessas da VJS Produções para este ano .

Embora você seja muito nova, o desejo de ser atriz já existia antes? O sonho de ser atriz me acompanha desde peque-na. Sempre era uma confusão danada na hora de pensar em qual carreira seguir. Meu pai sempre quis que eu fosse médica, para poder ajudar os doentes em hospitais públicos; minha mãe já era mais focada comigo nesse projeto de televisão, atu-ar, fazer de fato o que eu gostasse. Mas, como toda criança, eu tinha aquelas dúvidas loucas até decidir o que queria no fi nal do ensino médio: professora ou atriz? Médica ou atriz? Bailarina ou atriz? Talvez ser dentista seria melhor para arrumar todos os dentes da minha família de graça, mas a opção de ser atriz nunca saiu da minha cabeça, algo em que já existia amor, que já havia construído e feito a decisão por sí só. Então, nesse momento tomei a decisão de seguir minha carreira atuando, fazen-do tudo com muito amor e carinho para que tudo desse certo.

Qual foi o seu primeiro trabalho no teatro e como foi essa experiência?

Minha primeira peça foi na escola, mas atuando no teatro foi no Ruth Escobar com o espetáculo “Good Morning São Paulo” , mostrando um pouco o humor brasileiro. Toda a peça se passa dentro de uma rádio com muitas ri-sadas e divertimentos envolvidos: o público não parava de rir um minuto sequer - fi z exatamente o que gosto, comé-dia, palhaçada, algo sem fi m.

Em qual atriz ou ator você se inspira? Eu me inspiro muito na Isabella Drummond - quando me falam que pareço com ela, fi co me sentindo! - uma meni-na que desde pequena está na TV e de cuja essência não muda nunca. A Emília foi uma das personagens que mar-cou minha infância; não perdia um só capítulo daquela bonequinha de pano com os olhos brilhante e encantando a todos. seu trabalho sempre foi feito com muito amor e carinho, e, com isso, ela consegui agradar facilmente o público.

Qual personagem você gostaria de interpretar na TV, teatro ou cinema?Sem dúvida, gostaria de ser a Emília por um dia: poder atuar no meio daquele elenco seria um coisa única para mim, relembrar bons momentos da infância e agregar isso a minha carreira profi ssional.

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Qual a sua rotina de beleza? Sair desarrumada de casa não é comigo, nem quando vou à pra-cinha passear com minha cachorra. Eu me cuido 24 horas! Pro-tetor no rosto para não ter manchas por conta do sol e dos raios ultravioleta, maquiagem leve para ocasiões na parte da tarde, e algo mais forte para a noite, ir à balada, restaurante ou até mes-mo ir ao cinema com a família.

Gosta de perfumes? Se sim, qual você usa?Sair sem uma fragrância pelo meu corpo é a mesma coisa de estar pelada, algo fi ca faltando em mim, e para me sentir mais completa uso o Angel , de Th ierry Mugler, e o 212 Sexy, de Ca-rolina Herrera, pois são perfumes delicados e que fazem parte de mim no dia a dia.

Você usa o mesmo Perfume sempre ou prefere variar. Por que?Gosto de fi car com o mesmo perfume por um bom tempo, às vezes variando entre um e outro, porém com períodos longos para trocar. Lembrança de um cheiro é muito mais que uma imagem - quando alguém sente aquele mesmo cheiro que sen-tiu em você em outro lugar, pode ter certeza que não demorará para se recordar.

Qual o grau de importância de uma fragrância em sua vida?Pessoas vão e vem. Quando se vão, a única coisa que fi ca são lembranças ou cheiros. Digo isso pela minha avó, pois, quando ela faleceu, as únicas recordações foram um cachecol que ela tinha me dado antes de se partir, e um perfume que peguei pela manhã no quarto dela antes de empacotarem todas as outras coisas para doação: guardo esse perfume como um tesouro, pois é algo muito importante para mim, e sem contar que o cheiro é dela.

Você se considera uma mulher vaidosa? E qual seria o limite da vaidade para você? Eu me considero muito vaidosa, até demais. Sou muito delicada com cada coisa que uso. Claro que já tive meus momentos de molecaquando era criança: só me importava em brincar, mas com o tempo foi mudando aquela coisa “prefi ro ganhar bonecas do que roupas ou sapatos”. A vaidade não tem limite - quanto mais bonita você está, melhor consigo mesmo estará, e é isso que torna uma mulher única e especial.

Quais são os seus planos para este ano? O que você já pode nos contar?

2018 é um ano de muitos projetos novos que, com certeza, irão bombar! E para entrar o mês de março da melhor forma, tere-mos o novo programa na Rádio Exclusiva FM, “Vitória e você”, que terá modelos para deixar o ambiente mais bonito e agradá-vel, cantores para animar o clima, e outras novidades que ocor-rerão durante a tarde, o que irá levar os ouvintes à loucura.

Fotos: Divulgação

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Super dica Por Sérgio Oliver

Att racti ve Água de Cheiro

ÁGUA DE CHEIRO APRESENTA NOVA EMBALAGEM PARA A LINHA DE FRAGRÂNCIAS ATTRACTIVEO novo design dos perfumes feminino e masculino está mais moderno para ressaltar o

‘encaixe perfeito’ entre eles.

A Água de Cheiro está de cara nova após passar por um período de reformulação e reestruturação. Dentre várias mudanças, a marca modifi cou seu portfolio unindo multimarcas e marca própria em uma única rede, tornando-se ainda mais democrática. Seguindo uma linha mais moderna após todo esse processo, a Água de Cheiro decidiu repaginar a embalagem de dois de seus best seller. Os perfumes feminino e masculino da linha Attractive ganham um novo visual para reforçar seu conceito moderno, sexy e cosmopolita. Os frascos surgem em novo formato, mas mantém a identidade visual nos tons dos perfumes, sendo branco para a fragrância feminina, e preto para a mas-culina. O design remete à lei da atração, ao magnetismo e a sintonia entre o casal que representa a linha Attractive e chegam ao mercado no mês de Fevereiro.

Com 20 anos de história, a linha Attractive representa um casal urbano que tem afi nidade e sintonia, e se conecta através das fragrâncias. A versão feminina pertencente à família olfativa fl oral Frutal oriental traz em sua compo-sição notas de fl or de maracujá combinadas com sândalo em um fundo adocicado radiante. Já a versão masculina de família olfativa aromático especiado traz acordes de melão e bergamota, e conduzem as notas de folhas verdes e fava tonka.

Fotos: Divulgação/Assessoria de Imprensa

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Entrevista Por Sérgio Oliver

Miku Oguchi Uma japonesa com samba no pé

Ela se apaixonou pelo nosso carnaval! Mostrando que tem muito samba no pé, a musa dos compositores da Unidos do Peruche, agremiação carnavalesca de São Paulo, nos concedeu uma entrevista exclusiva, diretamente do Japão.

O desejo de ser bailarina surgiu em que fase da sua vida? Na verdade, eu nunca pensei em ser bailarina. Os meus pais eram muito tradicionais para me colocarem em uma boa escola de dança e guaran-tir que a fi lha tivesse vida boa a partir daí. Mesmo assim, a dança era, e ainda é, o meu hobby núme-ro 1!

Como o carnaval surgiu na sua vida? No Japão, eu comecei a frequenter a Escola de Samba Saúde na cidade de Yokohama, no Japão em 2008. Eu sempre queria conhecer o Brasil para aprender samba no pé. No primeiro ensaio, me apaixonei pelo ritmo. Assim, eu comecei a desfi lar no carnaval de Asakusa, o maior fora do Brasil, onde fui Rainha de Bateria no ano de 2013.Em 2014, desfi lei como a musa da minha escola. No ano seguinte, durante o carnaval, o pessoal da Águia de Ouro, de São Paulo, visitou o Japão pelo projeto em comemoração pelos 120 anos de amizade entre os dois países. Eu, então, assisti a aula do mestre-sala, João Carlos e acabamos nos tornando amigos. Dois meses depois, ele entrou em contato comigo e falou que a Águia estava procurando uma sambista japonesa para desfi lar como a madrinha de bateria. Claro que eu aceitei o convite! Tudo começou lá.

Qual a diferença do carnaval do Japão em rela-ção ao do Brasil?Em primeiro lugar, a grande diferença é em rela-ção à época. No Japão, o carnaval é comemorado no último sábado de agosto. Como a estação é contrária, não dá para desfi lar no frio de fevereiro e março no Japão. Em segundo, o tamanho do carnaval. Mesmo que tenhamos quase 20 escolas de samba, a maior tem apenas 400 componentes. Por último, o que não temos é um sambódoromo. Desfi lamos na rua.Mesmo assim, nosso carnaval é como o no Brasil: todas as escolas fazem os sam-bas todos os anos, e cantamos em português.

Você é a musa dos compositores da Escola de Samba Unidos do Peruche. Como surgiu esse convite e como se sente com essa posi-ção tão importante?Tudo aconteceu de repente. Eu fui comprar o sapato e me encontrei com uma amiga que conheço desde o primeiro ano em São Paulo. Nós conversamos e eu comentei que ainda não tinha resolvido o que eu faria no carnival desse ano. Ela me disse que conhecia o vice-pre-sidente do Peruche e me recomendou que eu fosse conversar com ele. Ela me fotografou e mandou a imagem para ele e, 2 horas depois, eu já estava na barracão do Peruche conversando com o presidente. Tudo foi resolvido nos 3 dias seguintes. Foi uma surpresa. E muita honra por receber o convite para ser Musa dos Compositores de escola tão tradicional. Eu, sendo japonesa, acho o Peruche muito co-rajoso! Graças a Deus, a escola gostou de mim. Eu fi z o melhor para apresentar os compositores e queria mostrar que o samba nao tem fronteira. Cada ensaio foi malavilhoso e eu desejo continuar nessa posição.

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Descreva para a gente como é a sua sensação de desfilar em uma escola de samba brasileira? MARAVILHOSO! Para mim, é como magia que 5000 componentes se unam para fazer o grande desfile. A energia que eu sinto não tem comparação com nenhuma coisa que existe no mundo. Desde que eu conheci o samba, sempre sonhei em desfilar no Brasil. O meu sonho se realizou e ainda continua se realizando. Estou sem palavras.

Qual a sua rotina de beleza? O que faz para manter o corpo sempre em forma? Eu estou treinando com um personal por 3 anos. Esse treino melho-rou muito o meu corpo bastante. Eu tento comer a maior quantidade de comida saudável possível, pois, pela minha genética, assim eu consigo ficar mais magra. Se como menos, emagreço rapidamente. Eu também adoro cuidar da pele. Nunca em minha vida dormi com maquiagem. Sempre retiro os produtos com demaquilante à base óleo e lavo o rosto com sabonete, hidratando-o super bem em segui-da.

Você gosta de Perfumes? Se sim, qual o que você usa? Eu adoro perfumes. Eu tenho uma caixa cheia de perfumes. Meu fa-voritos são o Just Cavalli, de Roberto Cavalli, Myriad, de O Boticário, Hypnose, de Lancôme. Também me agradam muito as colônias da Natura para o dia a dia.

Você é do tipo que usa o mesmo Perfume durante muito tempo ou prefere variar? Diga--nos por quê?Eu gosto de variar porque acredito que tem o perfume certo para o a hora certa do dia, es-tação, clima, etc. não gosto de sentir perfumes muito fortes nem doces no ambiente de traba-lho.

Quais seus planos para este ano? O que já pode nos revelar? Eu vou voltar para o Brasil em setembro e pre-tendo morar aí para sempre!

Fotos: Divulgação

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