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ANNO XI NUM. 125 SÀÜ PAULO K RIO DE JANEIRO

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ANNO XI NUM. 125

SÀÜ PAULO K RIO DE JANEIRO

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Enxovaes para noivas

T a nossa maior especialidade

desde a fundação da casa

Ha muitos annos que somos especialistas na confecção de roupas brancas para senhoras e apresentamos constantemente, lindos modelos, creações exclu- sivamente nossas e executadas com todo esmero em nossas próprias e beir. montadas officinas.

QUEIRA VERIFICAR NOSSAS CREAÇÕES

= E PEDIR-NOS ORÇAMENTOS =

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FUNDADORA: Virglllita de Souza Salles. DIRECTOR: Joio Salles.

SECRETARIA: Avellna de Souza Saltes.

Assienstura annual para todo o Brasil ISSOOO

AssIenatura com registro . . . 20SA00 Idem para o estrangeiro , . . JOSQOO

va* Redacçio:

R. Conselheiro Chrispiniano, 1 Telephone N.< 6659 Cidade

Sua Cminencla o Cardral Arcoverde aflirma que a “Revista Feminina'' 6 redigida com elmacio de sentimentos e

largueza de vistas.

O I.e Congresso Brasileiro de Jornalistas decta» rou que a “Revista Femln'na'' é um modeln

digno de ser Imitado.

O pretexto do vestido

A urdidura complicada da vida moderna os "fios do prcicxio”. si assim me posso ex- primir. consliliiein a parle central, a mais importante da trama.

De pretc.rtos tecemos a nossa vida. Para viver, não biiseainos. por e.renip'o. uma rasão ideal, ufíia destas aspirações altas, e.vee'sas, luminosas. ro- ranienle .se realisam. é verdade, mas <jue. pelo sim- ples motivo de as termos eoneobido, bastam para enobrecer Ioda a nossa existência.

Não. Hoje, para viver, ro>i/v’Hía»n)->i<w com pre- textos. ..

De tudo os urdimos. Dcsco.'iriiiwl-os em tudo. A coda pa.ssa, a cada gesto, a cada plirase o “pretexto" salta, brilhante, visvs. flexível como a lamina de um florete esgrimindo no ar...

A dança, por exemplo, qtte delicioso pretexto nos proporciona!

Diante do cíi//ii(.ei<Miiio da nossa mocidade P~'a dan- ça. dir-se-1'i que adoramos as altitudes perfeitas, os gestos cheios de graça: que comprchendcinos, que sen- tiwdí 0 symbolisnio profundo que ha na miuiVa fi- lcnrio.sa dos movimentos,.,

Dir-se-ia... Mas não ha tal, porque na dança, nós vemos, apenas, jnais lun prele.rlo. Escudados n<i rit- cão "obvia” de que a mocidade precisa'de se divertir, vestimos ao "fliri”. ao namoro de.tb’vga.do. e a ou- tras coisas parecidas a clamide olympica da dança...

Do ibeatro pode-se affirmar o. mesmo. O cinema, para nos referirmos, apenas, á mais poPulari.sada e vwderna das formas lliealraes. o que é. franeanienie, sinão o mais "ã Ia <7nrçoii<*’‘ de Iodos os pretextosP A fita. que o operador vac desenrolando, não é para os aduUos que est^q na snto. ê para as ercan- Ças que os acompanham... Porque o verdadeiro es- pcetoculo é rcpresenlado pelos proprios espectadores, cá em bai.ro. na meia sombra propiria. ao rythmo "suggcstivo" d” um fox-trot do Aíississipe ou de um tango do RÍo da Prnfo...

üni pretexto, portanto, o ríiifmd. ou antes, dois pre- textos. dado que as creanças. de olhos hem abertos na penumbra também tem no drama, muitas veses im- moralis.siino que se representa, o seu prele.rtosínho de corrupção.. „

ilíii.t o prrte.vto mais "felh”, o mais machiatvlieo, O pretexto dos prelc.rlos, emfim. foÍ o que nós outras mulheres, inventamos: o prele.rto do vestido.

Depois de vinte scculos de mora! chrt.^tã causa verdadeiro as.toinhro o constatar quão profiindamente está arraigado, oinda, em grande parle das mulheres o espirito pagãol

Parece iiieritvl que ao cabo de tão longo liroei- nio espiritual, realisadas, na ethica e na mentalidade

humanas, tão profundas e rfc/iHÍ/rt’<ií revoluções como as que O christianisnio operou, torne-se impres. indÍ7'cl, diante da leviandade feminina cm matéria de indn- menlaria, uma campanha moralisadora e radical como esta que o clero de todo o Himirfo vem desenvolvendo de tempos a esta parte!

Porque a verdade c que o 7’eslido feminino, hoje em dia, não passa de um pretexto: o pretexto mais decente que «ifo/ilromos paro andar o menos vesti- das possivel.

Nem se diga que fasemos phra.ics ou que aguçamos parado.ros. h’ o verdade nua. Ioda nua. sem uni pie- do.so véo de retborka que a envolva. Alas é a ver- dade.

Eallanios, por exemplo, em determinado modelo de mangas, e ao cabo verificamos, muito natiiralmeute, que essas tão debatidas mangas... nãa exiileni iili.sofii- tamente. O mesmo diga-se das gollas, que em sendo procuradas no cotio, são encontradas sempre na einlnra!

E neste andar lodo o resto do vestido que, afinal, não passa de um pretexto.

O peor é que esse pretexto vae roubando á muther a mais preciosa, a mníj doce e feminina das suas graças: o recato. Essa virtude, que cnç^olvemlo a mu- lher num véo de puresa, torna-a como qne inviiine- ravel aos ataques da coitcupisceitcia, vae infelhniente dcsapparcccndo diante da impudecicia, cada vea maior que caracicrisa a "toiletie” feminina actual.

Teniiyson, no seu iiuiro7’ilhoso poema, veslio Ixidy Codiva “da puresa de sua nudes", mas não esque- ceu de faser deserto o burgo, durante a travessia e de castigar severaniente o unico indiscreto q:ic ou- sou laitçar vistas íflfnVrí/iií áquelle corpo que cra uma alma /ra«.c/i<;i/í-arfn... Lady Godiva "vestio-se de puresa”. No symboto do poda c a Bondade supre- ma, que nada perturba, nada poluc, nada Alas é ainda, como todos os symbo'os. uma lição pro- funda : SHppIicaiido o marido cm prót dos miserot súbditos a admira'eel mulher acceila a condição ler- rivcl que o briil,tl senhor lhe impõe: alr.nv.ssar o burgo, alto dia: nua e montada num caiuillo branca. Era o maior saerificio qnc se podia exigir de uma mulher: o jacnyiVío do seu pudor.

Dc7'emos acima de tudo presar o no.s.so pudor, e, para presat-o, não i logieo que façamos do nosso ve.stido um prele.rlo.

Principahuente <7»anrfa esse pretexto si não hasta a nas z'estir de lodo. é mais que bastante para de to- do nos esvasiar a bolsa...

MARIA A. VORNELLAS.

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2 REVISTA FEMININA OUTUBRO

A’s leitoras, assignantes e embaixatrizes

DA “REVISTA FEMININA”

Ainda uma vez nos dirigímos ás nossas que- ridas amigas pedindo-lhes desculpa pela diini- ntii<;ão de paginas que circumstancias impre- vistas e nrcuicnies nos obrigaram a íazer nos últimos .. icros desta revista. Ninguém mais do que nós sente semelhante facto, pois que nossa mais alta aspiraç.ão consiste, justamente, em tornar o nosso “magazine” cada vez mais atrahente, interessante e com])leto, isto é, cada vez mais digno, sob todos os aspectos, da mu- lher e dã família brasileira.

No entanto, e como já em nosso passado numero dissemos, asseguramos ás nossas

gentis amigas que de Dezembro proximo em diante vamos melhorar extraordinariamente a revista, elevando a cem o numero de nos- sas paginas, creando novas e interessantes secções, tornando, emfim, o nosso “magazi- ne” a leitura imprescindível em toÜos os la- res.

Como é natural, as assignaturas passarão a custar 24$000 AS SIMPLES E 30$000 AS REGISTRADAS.

Assim fazemos observar a grande vantagem ^ne ha, quer em se tomar immediatamente as novas assignaturas. quer em mandar reformar as amigas antes do fim do anno.

Procedendü-se de tal forma adquirir-se-ha

o direito DE RECEEER PELOS PREÇOS ACTUAES. TODOS OS NÚMEROS, QUE

SE PUHLICAREM DE DEZE.MBRO EM

DIANTE ATE’ A’ EPOCA EM QUE TER-

MINE A ASSICNATURA. Como as queri-

das leitoras veem, trata-se de uma vantagem

que se não deve desdenhar, e que. até certo ponto, ofícrccemos cUino compensação des- tes últimos números que, pelos motivos já expostos, teem sabido menores que os dd costume.

Desenvolver cada vez mais o programma que nossa saudosa finuladora nos tmqou constitue o nosso mais ardente desejo. Temos a plena certeza de realisar esse “desideratum”, pois confiamos absoiutnmente no espirito de solida- riedade e na abnegação nunca desmentida de

todas as nossas leitoras, assignantes e embai-

xatrizes. A mulher brasileira, por cuja eleva- ção moral, social e espiritual pugnamos, vem de ha muito expontaneamente se constituin- do na mais ardorosa pnladina da causa que dc-fendemds e que é, afinal, a própria causa do lar e da familia, isto é, n da nossa patria.

Assim, temos a certeza absoluta de que ne-

nhuma das nossas distinctas assignantes, A QUEM ENVIAMOS EM CONFIANÇA O RESPECTIVO RECIBO deixará de attender ao presente appello, remettendo-nos a impor- tância correspondente á sua assignatura, o que desde já agradecemos.

Ap])ellamos, egualmente, para todas as nos-

sas embaixatrizes, pedindo-lhes queiram inten- sificar a propaganda da revista, diffundindo-a largamente e obtendo-nos o maior numero pos- sível de assignaturas. Do esforço de todas as nossas amigas depende extraordinariamente o exito de nossa acção em pról da instrução pu- blica, da elevação dos costumes, do respeito ás nossas tradicções moraes e religiosas, de to- das essas virtudes, emfim, pelas qiiaes se ope- ra d progresso dos povos e a verdadeira grandesa das nacionalidades.

Temos a plena certesa de que nenhuma ami- ga, nenhuma paladina da nossa obra deixará de attender a este appello. concorrendo, assim, para a realisação de nosso ideal de grandesa patria, que é o ideal de toda mulher brasileira.

A respeito do sorteio de prêmios em di- nheiro, que injtituimos no principio do cor-

rente anno, temos a dizer a tedas as nossas queridas amigas que ponderosos motivos se tem conjugado para a sua não realisação até á presente data, o que sinceramente lamen- tamos.

Alem dos grandes prejuisefe materiaes que soffremos com a paralisação completa da revista e suas secções durante o periodo da revolução ha o factd de não termos re- cebido ainda grande parte das importâncias correspondentes aos recibos de assignatura

com direito a prêmios por nós enviados ás nossas agentes e representantes e de não se ter completado ainda o numero de assi- gnantes correspondentes ás series estatuídas.

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 3

Embora não pareça, o certo é que nestes uhlmos annos entre as regras de civilidade, vem-se notando varias modificações. A ten- dência geral é simplificar certas leis, o que no entanto não autorisa absolutamente a transgredir outras que se tornaram com o longo uío perfeitamente consuetudinarias. Ao desejo de simplificação’ junta-se, hoje em dia, um refinamento de gosto e de elegancia maior que outr’ora.

E’ por este motivo, que se procura, por exemplo, corrigir as attitudes das creanças á mesa, infundindo-lhes o gosto pela correcção de mo<los e de palavras. E. em verdade nada mais louvável. Saber portar-se. conveniente- mente á mesa, não é poísuir. por isso mes- mo, uma boa parte dessa bagagem mundana, tão frivola, convimos, mas tão necessária, também, a todos aquelles que pc>r necessida- de ou por passatempo são obrigados a fre- quentar a sociedade?

Aísim. procuraremos dar nestas paginas algumas irdi- cações a respeito dessas leis de civilidade, pela forma co*- mo ellas se praticam em França.

Tratando-se de um banque- te onde não reine absoluta in- timidade, o nome de cada conviva, escripto á mão num cartão cm formato comprido deve indicar claramente o lu- gar que se lhe destinou; não se u<a maií escrever o “mc- mi” no reverso de-se cartão, como se praticava ha tem- pos.

Quando o “menú” deva figurar á mesa — o que não é de rigor, já hoje — deve- se escrcvcl-o á mão, o mais claramente possível, sobre

dois quadrados de cartão, bem altos, que se- rão collocados a cada cabeceira da mesa. Só no caso de se tratar de uma mesa muito grande, deve-se elevar o numero dos cartões a tres ou quatro. Todo o conviva que condu- za uma senhora á mesa, deve, antes do seu, procurar o lugar reservado á dama.

Quando a passagem para o salão de refei- ções seja feita iscíadamente ,estas absten- ções são, ipso-facto, supprimidas.

Nos jantares de cerimônia deve haver um creado para cada dez ou doze convivas. Os creados devem trajar fato preto e gravatai branca, e usar, como outróra, luvas de algo- dão. Quanto ás creadas, no casO em que de- vam servir, devem vestir de preto, também, comprehendido o avental. Supprime-se as luvas.

Para o «erviço observa-se o mesmo ceri- monial que preside á distribuição dos luga- res : a senhora collocada á direita do amplii-

trião, é, assim, servida em primeiro lug.Tr, a que se acha á e.squerda, cm segundo, e assim alternadamente.

Quanto ás moças solteiras, convidadas, são servidas an- tes cia dona da casa; a dona da casa, tem por sua vez a precedencia sobre os senho- res ; para e.stes observa-se o protocollo habitual, por or- dem de presença; o dono da casa é servido em ultimo lu- ^ar.

Actiialmente trocam-se os talheres a cada serviço, o que, naturalmente. complica o ce- rimonial. Dei.va-se. assim. 09 talheres reunidos sobre o pra- to que é immediatamente sub- stitue por outro.

Todos os peixes, a lagosta

O crendo drx-e opresentar os pratos ã esquerda dos convivas.

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4 REVISTA FEMININA OUTUBRO

comprehendida, servetn-se á “rentrée.” As ostras são servidas logo no principio, antes, mesmo, que a sopa.

Nunca deve ser posto á mesa um prato cheio de ostras; cada conviva deve encon- trar no seu prato uma msia duzia, pelo menos.

Para abrir e comer a ostra, deve-«e ser- vir. pr-‘‘ f-^ite, de um pequeno tri- dente apr-q.riadornH ^alta desse instrumento destaca-se delicadainente o molusco que le- va-se á bocca com o garfo.

O creado, ao servir os vinhos, pela direita, deve pronunciar o nome dos mesmos; indi- ca-se que a medida é sufficiente tocando com o dedo a borda do copo ou da taça.

A’ sobremesa, o queijo deve ser servido como a manteiga, isto é, estendido sobre pequenas fatias de pão.

Durante a refeição a dona de casa não deve dar indicic>j, caso isso se produza, de ter notado a menor falta no serviço.

Deve-se abster de toda a observação, ain- da menor censura aos creados, quer por pa- lavras, quer mesmo por um simples ol'’ar de reprovação. De sua parte si um prato não resultou o que devia ser, não d^vtm os convivas manifestar o mais leve signa! de desagrado, antes, pelo contrario, devem ser- vir-se delle com o maior estoicismo...

Conta-se, a este respeito um caso muito interessante: um grande fidalgo francez, jantando com um lord. bebeu todo o con- teu’do de um frasco de remedio que fòra servido por engano* entre as garrafas de vi- nho velho.

Ainda hoje cita-se com admiração na alta sociedade ingleza o “heroismo” do fidalgo francez que para não confundir o seu no-

bre amphi- trião, passou, sem pestane- jar por u m dos quartos de hora mais desagradaveis da vida... O saber por-

tar-se conve- nientemente â mesa, cczisti- t u e evidente

As laranjas d«v«m ser descascadas ã faca.

indicio de boa educação. Mas é preciso, a este res])eito, considerar ainda que as regras de civilidade estendem-se alem da pura acção mschanica dos gestos e das attitudes.

Póde qual- quer pessoa porta r-se durante uma refeição de c e r i m onia Ou mesmo intima, com a mais im- peccavel correcção a respeito das regras pro- tocolares da mesa pro- priamente dietas, e an- n u 1 a r o^^r uma sim- ples palavra toda a boa i m p r essão causada aos convivas.

Queremo-nos referir, aqui, a certos e de- terminados assumptos que por sua naturesa estão naturalmente excluídos de ser tratados durante um almoço ou um janirr. mesrno en- tre pessoas de alguma intimidade.

Isto, que poderiamos chamar com pro- priedade — a parte espiritual das regras da mesa — é muitas vezes lamentavelmente es- quecido. ainda mesmo em meios sociaes de reconhecida elevação.

Saber conversar á mesa não é ccísa tão facil como parece á primeira vista. E’ preci- so saber pôr em fóco um assumpto adequa- do á oceasião, embora nem de longe se re- lacione com a arte da gastrcKiomia.

A palestra deve ser leve, brilhante, cordeal e principalmente alegre, mas sem cahir no excesso da hilari::dade, tão improprio como 0 outro extremo.

Deve ser. o vinho do espirito enchendo de luz 0 coração dos convivas.

Porque, emfim, ainda na mesa, ainda diante do mais convidativo menú ninguém deve esquecer a verdade do antigo d.tado,

muito o)5jx)rtuno. aqui, de que “nem só de pão vive

A 0 hon>em”...

Cada conviva deve cucwilrar c-.n seu prato, uma meia duzia de ostras

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 7

As novidades para a primavera

OS“ FICHÚS” EM TECIDO “SATlKÉ”

Todos os annos, nU começo da Primavera, surgem a? mais lindas phantasias, em maté- ria de indumentária, verdadeiros encantos que tentam as elegantes e todas as pessoas que mesmo sem andar ao rigor da moda, não deixam de se interessar pelas coi^as do ves- tiário.

A’s vezes é a roupa branca e as rendas, cuja delicada frescura nos encanta; este

inno, em que .s côres mais liversas dão a lOta de supre- ri a elegância, urge uma

ihantasia mui- o linda, uma creaçãd verdadeiramente

ças em tonali- dades vivas e

quentes, assentan- do, perfeitamente, a todas as cutis.

Esta moda, indiscutivelmente de muito bom gosto, teve tamanho successo em Fran- ça, que poucas foram as “tcílettes” sahidas das casas de modas parisienses, sem o com- plemento do bello accessorio, em crepe da China “batiké”. Não aconselhamos ás lei- toras a confecção desta peça, embora sim- ples, por requerer isso alguma pratica. Da- mos apenas, a titulo informativo, dois clichês representando lindcii modelos inéditos.

Um dellcs é decorado a motivos egypcios, sobre um fundo onde se casam harmoniosa- mente, o azul e ci verde. Este modelo é de bellissimo effeito.

cantadora. Trata-se destes ligeiros “fichús” de seda,

ornados de desenhos imprevistos, lançados pelos grandes costureiros de Paris. São pe-

O dutro, em tonalidade mais intensa, é em tons de cobre “gris” e ouro.

Cada um destes “ficlnis” mede um me- tro de cada lado.

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4 REVISTA ^'EMININA OUTUBBO

e laceis

ALMOFADA OVAL

A reproducção pho- tograpliica deste ciU clté dá uma idea bem nitida do que seja esta linda almofada oval, cujas nuances são as mais delicadas pos- síveis. O bordado c e.'cccutado em tons pallidos sobre setim preto. Compõe-se elle como a gentil leitora vê pela gravura, de varias grinaldas de Diyosotis entre as quaes se a p p I i c a m outros elementos decorativos. Ao cen- tro, por exemplo, vae uma “corbeille” cheia de flores.

As flores das grinaldas de myosotis são exe- meio em bai.xo. cutadas por meio de cinco grandes pontos amar- um fundo muito rados, em rosa e azul pallido, avi- vados por um ponto amarrado cm fio de seda dourado; quanto ás fo- lhas, são bordadas a ponto de anel com dois fios dc seda pallida cm tres tons.

A almofada tem um diâmetro maior de 45 centímetros, e um me- nor dc 33; é debruada de setim ver- de e ornada por uma franja que es- conde a costura dos tecidos.

Üma Hmia almofa<la oval á T<iiís XVI. Preço do risco, peto correio, 7$000.

grande cífeilo artisti- co. Temos a certeza de que as nossas gen- tis leitoras terão O máximo prazer etn c.\ccutal*o.

A parte mais im- portante do siore é executada a ponto Ri- chelieu; é ponaiuo, a ponto dc fcsi.ão que devem ser contorna- das tudas as flores que cnehcm a gran- de “corbcillc” que oc- cupa 0 centro da com- posição.

O mesmo trabalho adapta-sc para as lon- gas folhas que se veem no largo entre-

Todo 0 trabalho destaca-se sobre ajourée”, em hastes íestonadas.

UM BELLO RECTANGULO BORDADO

Um gracioso rectangulo. Preço do risco, pelo correio, 4$000. E’ este que o segundo dos nossos

clichês reproduz. O desenho "é completamcnte bor- dado á i n g 1 e z a ; quanto aos claros, são “ ajourées" á in- glcza, também, e os motivos aos ângulos executados á ingle- za, mais largamente.

E* um bordado muito lindo e prin- cipalmente de exe- cução simples.

DECORAÇÃO DE STORE

O desenho deste bello lavor é de

Estas são executadas

Um bello e original *ft(ore"

em ptimeiro lugar; em se- guida festona-se os contornos todos do desenho.

Obtem-se, assim, um trabalho mais perfeito e mais so- lido.

A grande grinalda que limita o alto da composição e que rctomba á direita e á esquerda, c intei- rameute bordada á inglcza e a ponto de cordão. As flores e as folhas de entorno

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 7

são tamhpm bordadas da incstna forma. Este slore, muito traballiado em si mesmo, como se vê, não requer outras ornamentações.

Finaliza-o uma simples franja em “filet” bor- dado. Trata-se, como se vê, de um trabalho muito

lindo e de grande cffeito, trabalho qtie as nossas gentis leitoras apreciarão, com certeza, em seu justo valor.

UM LINDO PANNO BORDADO A’ RICHELIEU

Este panno bordado que a nossa gravura repro- duz c muito agrada- vel de e.sccutar. não sendo demasiada- mcnle complicado.

Toma-sc. para es- sa confecção, um pe- daço de fazenda “gris”, bem grossa, medindo S5 ccntinie- tros de cada lado. Para o transporte do desenho faz-se mister a maxima at- tenção devido ao tom escuro da fa- zenda, onde se des- tacam frouxamente as linhas do lapis. Todo o bordado é executado á Richclicu, e cada um dos motivos é bem niti- damente accentuado. Para a confecção do Riche- lieu usa-sc algodão perlaceo do mesmo tom que a

fazenda e de grossura regular. Para os outros bordados o mesmo algodão, mas uui pouco mais grosso.

Vejamos como se compõe o desenho: As gran- des flores redondas tem, cada uma. va ios traços

horizontacs c para'cllos feitos por oito pontos lançados. Ko centro, tres ovacs bordados a ponto cha- to, e. para destacar o conjuncto, um outro grupo de pontos, em seda ouro velho e muito brilh.ante.

As folhas conipõciii-sc de duas partes: o centro, que fica vazio, e a parte exterior coberta a pon- tos oblíquos; separa estas duas par- tes, uma serie de |K>ntos cm haste cm seda ouro vellto.

As hastes sito inteiramente co- bertas de pontos cruzados. Todos os bordos dos motivos são reco- bertos a ponto de fcsião. com al- godão bem fino; quanto aos cor- dões são torcidos e exlrcmaniente fechados, com c.xcepção feita pa- ra 0 bordo interior Jo panno. que é festonado ein tem de ouro ve- lho e n.ào cm u'god;'io “gris".

E' um lindo panno c dc grande effcitn. o que dc resto a nossa gravura indica perfeita mente.

E para terminar, daino.s estas duas toalhas para berço, que s.io muito graciosas e principalmcnte simples.

A primeira é bordada em festão muito origi- nal e ornada de pequenas flores “ajoiirccs" e & ínglcza. Na segunda, o festão c substituído por uma renda sob a qual correm grinaldas ue folha- gem, executadas a “plumelis’', e interrompida a espaços por pequenas flores á ingicza.

Para a confecção de todos estes lavo- res cuja descripção acabamos de fazer com toda a minúcia possível, é necessá- rio, como facilmen- te se imagina, pa- ciência, aiicnção e boa vontade. Com estes tres elementos, e o gosto innato na mulher, outro ma- gnifico auxiliar, po- dem as queridas lei- toras dedicar algu- mas horas de seu dia

ã confecção destes trabalhos, tão lindos e ao mes- mo tempo de tanta utilidade.

Toda a senhora ou moça solteira devia sempre dedicar, pelo menos, uma liora a estes trabalhos.

Uni linão panno bordado, i Richclicu. Preço do riaco, pelo correio, 3$000.

Duas graciosas e simples toalhas para berço. Preço do risco, pelo correio, 2$000 cada uma.

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8 REVISTA FEMININA OUTUBRO

Alberto Dumas ati- rou o jornal que es- tava lendo e fez um risonho gesto de es- panto.

— E’ curioso; é realmente^mcrivel!— disse como si esti- vesse fallando consi- go mesmo.

Carlota Hueyo, a secretaria, levantou para elle os olhos in- terrogadores.

— Alguma noticia má?...

— Curiosa, apenas... Germano Hort, da fir- ma “Hort & Cia.” foi rou- bado em 20 contos... Pa- rece que foi V i c t i m a de uma machinai^ão. Sua senhora esteve ultima- mente na Europa donde trouxe vários creados entre os quaes uma massagista, que emfim veio-se a descobrir ser um rapaz, um celebre “apache” fugido do presidio de Toulon.. . A senhora teve-o a seu ser\-iqo durante tres mezes, e si os acontecimentos não se tivessem preci- pitado... emfim, um caso interessan- tíssimo. ..

A secretaria fez um gesto de assom- bro e recomeçou o trabalho interrom- pido.

Dumas notou, contudo, que a secre- taria ficara, por um momento, tão im- pressionada como elle.

— Mas ha mais — continuou Alberto. — Parece que ha mais factos do mesmo genero. Vão sendo descobertos paulatinamente... Se- gundo sabe a policia, faz parte do ban- do criminoso uma rapariga argentina; que foi bailarina em Paris, conhecida pelo appellido de a “Cielito”.

A secretaria, ao ouvir este nome, disfarçou irma leve perturbação col- locando depressa uma folha de papel na machina.

Alberto Dumas sentou-se á escri- vaninha e começou a trabalhar. Tra- balhava, agora, durante longas horas sem sentir a fadiga, desde que desco- brira aquella secretaria que era uma verdadeira joia.

Antes da entrada da moça para o escriptorio, o trabalho corria-lhe um tanto desorganisado. Não tinha horas certas de trabalho. A’s vezes

deixava o escripto- rio durante o dia e ia jogar com um amigo uma partida de bilhar ou tomar um copo de cerveja.

Desde, porém, que Carlota viera substi- tuir 0 velhinho, que exercia antes as funcções de secreta- rio e que fallecera, tudo mudara alli. Agora, graças áquel-

la preciosa secretaria to- dos os seus negocios cor- riam na mais perfeita or- dem. Parecia que com a jo- \’em entrara- lhe a felici- dade em casa.

E não sa- hia um momento do escriptorio.

Neste instante Manoel, o creado, anmmciou um visitante e Dumas ergueu-se para recebel-o

o que fez numa sala contigua. Mal desapparecera, porém, Carlota, levan- tando-se, collocou rapidamente em meio aos outros papéis um despacho tele- graphico, feito o que tornou a sen- tar-se.

* * *

Dumas voltou dahi a instantes e re- começou o trabalho interrompido.

— Senhor Dumas — disse dahi a pouco a secretaria. — Não esqueça,

de que é hoje o vencimento daquella letra acceita por nós em favor dos Srs. Perrié & Dufan.

— Ah!... sim, sim... O cheque já está prompto. E’ preciso receber o dinheiro hoje, ás duas horas. Quando eu sahir para esse fim, talvez me de- more um pouco. Si vier alguém que espere.

Era uma letra de 40:000$000 paga- vel á firma P. E. Dufan.

E Dumas, pensou na sorte que ti- vera encontrando aquella verdadeira ioia que era a sua secretaria, que de nada se esquecia. .. Que tinha as da- tas e os nomes na memória como es-

criptas num livro... E recordava a maneira porque ella se apresentara como candidata ao lugar vago por morte do antigo empregado.

— Senhor.. . Só tenho minha mãe, com

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 9

quem vivo. Nunca fui obrigada a trabalhar porque vivíamos de uma pequena renda que meu pae deixara. Tivemos que hypothecar essa

renda... E agora... E’ esta a razão porque não {K)Sso apresentar nenhum certificado, como deveria fazer...

Parecia a ponto de chorar. Dumas viu na- qucile rosto a mais pura sinceridade. Commo- veu-o, ainda, a idea, de que trabalhava i>ara sustentar sua velha mãe. Respondeu:

— Uma boa condueta vale niais que o me- lhor certificado. Deixe seu endereço, escrever- Ihe-ei amanhã.

E estendeu-lhe a m<ão. No outro dia 'escreveu-lhe. E nessa mesma

semana iniciava ella seu trabalho.

* * *

Emquanto recordava estes episodios, ia abrin- do cartas e classificando documentos.

De repente empallideceu, exclamando: — Que desgraça! Imagine o que me diz este

telegramma. Os depositos e os armazéns de Pergamino & Cia. estão ardendo... Ouça, se- nhorita: “Hontem. á noite, estalou um terrível incêndio nos depositos de lã. Ignora-se a ori- gem do fogo; parece, porém que se trata de um accidente proposital. Periga a honestidade da casa. Venha com urgência. .. ” Imagine !

' I-evantou-se passeiando agitado pela sala Ella olhava-o com as faces coradas e os olhos um pouco brilhantes.

A’ atmosphera de placidez uccedera um estado de agitação ervosa. Tudo mudara no es-

paço de um minuto.

— Bom... disse èTie depois de rapida meditação. — Tomo 0 trem das dez horas e quarenta minutos... — Puxou pelo reiogio verificando que só dispunha de 20 minutos.

— Tomo um auto... é o me- lhor. ..

.'\palpou as algibeiras. Sim, inha a carteira consigo. Era o

•Principal. Foi buscar o chapéo que poz

na cabeça, recordando febril- mente á secretaria alguns as- sumptos de maior urgência.

— Ah! sim. .. temos o venci- mento daquella letra!... Correu ao cofre. Abriu-o e trouxe o cheque, já prompto.

— Bein, eu vou para não per- der o trem.. . De{x>is de ama- nhã, o mais tardar estarei de vol- ta... A senhorita sabe de que se trata. Desconte o cheque no Banco da Nação, e á tarde, apre- sente-se aos Srs. Perrié & Du-

fan. Pague e retire a nossa letra. Tomou a mão de Carlota que apertou com

força: permaneceu um instante em attitude in- decisa e sahiu.

» * «

Carlota ai>oiou a fronte nos vidros da ja- nella. O movimento na rua crescia de instan- te a instante. Era a hora em que ella, nestes dois últimos mezes sahia de casa para dirigir- se ao trabalho.

— Que estás olhando com tamanho interesse? — perguntou por traz delia uma voz grossa, de ho- mem.

Carlota voltou-se sem responder.

Sentado negligentemen- te no divan, fumando o inseparável cachimlw, e em “robe de chambre” o apa- che olhava-a, a fronte li- geiramente franzida, como si o preoecupasse um pensamento molesto. Estava formoso e ter- rivel. Sob aquellas feições regulares e mesmo

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10 REVISTA FEMININA OUTUBRO

bellas escondia-se nma alma qnebrada a todos os vícios. Quando ella o encontrou em seu ca- minho, tinlia certamente algumas culpas a pe- sar-lhe na consciência, mas não se manchara, ainda, no lodo do crime.

Elle arrastou-a a tudo. Fascinon-a como uma serpente. Fd-a instrumento dúctil nas mãos de u:na terrivel cpiaJriiha de ladrões. Precipitou-a, emíim, nos ahysmos do mal e do crime.

Carlota afastou o olhar daquelle rosto. Co- meçava a inspirar-lhe re]v.ignancia e odio. Em troca revio. de repente, o rosto de Alherto Du- mas, com aqnelle ar de l>om camarada, os olhos azues. nm pouco irnnicos. mas che os de in- genuidade.

O relogio ba- teu duas horas

Carlota. con gesto febril poz o chapei' e a peHe, de" uma \'olta pelo aposento, em quanto o apa clie a seguir com o olhar desconfiado.

Eruscainentc inclinou-se pa- ra 0 lavatório tomou 0 pacoti com o dinheirr e lançou-se em direccão á por ta. Ma,s 0 ou- tro, de tim sal- to, se interpu zera entre ella e a sahida.

— Que vae« fazer?....

Ella hallni ciou tim pre texto qualquer,

mas a pallklez do seu rosto a traliia. — Deixa esse dinheiro ahi — exclamou elle

— já sabia que estavas maquinando alguma coi- sa... Deixa 0 dinlieiro!...

— Nãol... Vou devolvel-o a seu dono!... — Estás louca, mulher ?!... Que estupidez

é essa ? — Não... Não estou louca... é preciso

devolver esse dinheiro... antes que... O “apache” não esi^erou mais; atirou-se a

ella tentando arrebatar-llie o pacote com o di- nheiro. Mas ella de um salto agtlissimo estava por traz da mesa. Começou uma perseguição: giravam, ur<liam reciprocas ciladas, elle para apanhal-a, ella para alcançar a i>orta. Certo momento qnasi a mulher attiugira seu alvo,

quando elle conseguio segnral-a, pela saia. Ti- nha a navalha em punho e a rapariga lançou um grito de terror.

— Deixa ahi o dinheiro! As palavras sibilavam-ihe entre os dentes.

Tinha os olhos a saltar das órbitas e sua cólera era tal que durante nni segundo Carlota sentio a coragem abandonal-a e esteve a ponto de entregar-ihe o dinheiro. Mas reagio. Seu corpo de bailarina era forte e resistente. Certa vez, por curiosidade, exercitara-se no “savaie”, quando frequentava um curso de gyninastica, adestrando-se neste gencro dc lueta de tão im- previstos recursos.

Dei.xou, pois, que o “apache” a tomasse por um braço,' já 'onfíado em sua victoria, e então a]>plicou- Ihc um tremen- •lo golpe de ioelho que o [irostou como si uma descar- ga elctcrica o rivesse fulmi- nado.

Carlota, en- tão, não per- deu nm minu- to. I^nçou-se ;>ela escada a ' aixo e já to- cava os ulti- m o s degráos 'Uiamio sentio ".ma dòr agu-

’ la no pnlso to- i!o cheio de .sangue. Era no >raço esquerdo e esconde-0 sol) o abrigo de pelle.

Estava na rua. Poucos passos adiante encontrou um auto. Deu um nome e um numero...

— O mais depressa possivel!... E, já acomodada no auto, olhou o pulso fe-

rido. Era um goljie sem imi)ortaiicia, que, fe- lizmente não attiugira nenhuma veia. O san- gue começava a coaguIar-se.

O auto parou. Carlota subiu uma larga es- cadaria. Leu, como atravez de um véo de bruma um nome escripto numa placa de bron- ze: “Perrié E Dufan”. Um empregado veio attendel-a.

— Qtie deseja, senhorita? — Pagar nma letra do sr. Dumas. O empregado tomou dentre uni monte de

papéis o documento. Disse:

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 11

— São quarenta contos. Carlota entrcgou-lhe o dinheiro, guardou a

letra, e sahio. Quando chegou ao escriptorio encontrou um

telegramma de Dumas em que este lhe dizia, alarmado:

— O telegramma desta manhã é falso. Não ha incêndio nenhum. Recommendo-lhe a maior vigilância. Chego amanhã. Adeus. Dumas.

— Nada suspeita de mim... — murmurou — mas não im;>orta1... Não devo enganal-o mais. Prefiro o seu odio, o seu despreso, a ter que mentir novamente.

* * *

Dumas tomou a carta e abrio-a. Continha a letra de “Perrié E Dufan” e uma carta de Carlota. A carta dizia o seguinte:

“Senhor Dumas: Não quero enganal-o mais. Sou uma má mulher, que me empreguei no seu escriptorio com a intenção de prejudical-o. Sou, emfim, a “Cielito”...

A minha vida foi sempre um verdadeiro inferno. No entanto, creio que ultimamente alguma coisa me vem illuminando o coração... Começo, desde hoje, a obra da expiaçâo, afas-

tando-me do unico homem que consegnio ele- var a minha alma ás alturas do l>em. Não me odeie iiem desprese demais!... Si soubesse o que foram a minha infancia e adolescência! O abandono em que me encontrei na vida, desde os primeiros annos! As teiriveis influen- cias qne soffrü... Desde liòje tratarei de re- fazer a minha vida. Peço-lhe um favor. No mesmo Jornal em que li seu annuiicio deseja- ria ler, amanhã ou depois, o seguinte: Liteta e espera... Adeus. Carlota.”

Quando Alberto terminou de ler esta carta caliio sobre uma cadeira como fulminado. De- I>ois de uma hora de lueta comsigo mesmo, abrio a porta do escriptorio e chamou:

— Manoel! O continuo appareceu. — Leve este aviso á “Prensa” para ser pu-

blicado amanhã. O aviso pedia á senUorita Carlota Ilueyo

que comparecesse ao escriptorio de “Dumas & Cia.”.

E assim, um tanto esperançado, em meio á sua desillusão. tomou o chapeo e salvo. Que- ria misturar-se aos transeuntes, penetrar af]uelle mar humano, donde ás vezes uma onda arroja á costa, sol>re o madeiro de uma esperança os naiifragos da vida. ..

n dcgcincia na intimidade

Na simplicidade intima do lar pode-se julgar do l>om gosto de uma mulher, em matéria d'- clcgancia. qu.-isi que bem mais que de suas “ toilettes ” de sociedade. Por sim- ples, por modesta que seja, toda a mu- lher sob o pretexto de (|ue não recebe- rá visitas, não sc deve apresentar aos seus sob uma falsa luz.

Pelo contrario. Toda a mullicr tem 0 dever de, pela sua correc- ção de vestir, dar aos seus o exemplo da ordeir», da limpcsa, e do cuidado com a própria pes- soa que tanto dep^e a favor de nossa educação c tanto contribuc para uma boa saude.

Não Ia nada mais encantador que vermos uma dona de casa.

vestindo a sua “ Itscu- sc" irapeccavcl, com

0 cabello perfeita- meiite resguardado numa linda touca,

como estas , que os nos-

sos clichês reproduzem.

A mulher, em seu lar

nunca devia andar com o cabello sol- to, a não ser du-

l|rante os momentos dedicados I iao toucador. ! í Nada mais simples de exe-

cutar que uma touca caseira. Trata-se de escolher uma fascitda que se preste a tal f;m c de ciii|>rcgar um pouco de

tempo e dc pacicucla na confecção desse lindo quão indispensável acces-

sorio da “toilctte” domestica. Uma das nossas gravuras repre- senta um graciosíssimo “bomict”

formado, apenas, por um retalho dc “ foullard” que se amarra, co- mo o cliche indica, cm torno á ca- beça. prciulcndo aos lados.

A outra gravura mostra um “ bon- net ” muito simples, que se executa

em um retalho dc qualquer seda guar- nccendo-o com um estreito galão.

Quanto á ultima, egualmcnlc linda c gra- ciosa, pode ser executada em qualquer seda,

contanto que seja guarnecida, como o cli- chê indica, por melo dc renda, O nó ao alto é cgiialmentc de renda.

Estes tres mode- los que reproduzi- mos, quer por sua simplicidade quer pela graça que em- prestam ao rosto feminino muito agradar.õo, certa- meute. ás nossas gentis leito- ras. E é isto, justamente o que nós desejamos.

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12 REVISTA FEMININA OUTUBRO

n crueldade da belleza

Helena era uma formosa mulher, com seu altivo porte de fidalga de raça. suas mãos finas e cuidadas, seus olhos claros e frios como esmeraldas.

Eu conhecia-lhe a distineção um pouco desdenhosa, seu ar altivo de rainha melan- choHca. Um dia fiquei conhecendo sua alma, a tempera ferrea de seu espirito, a ampli- dão comprehensiva, irônica e cruel do seu pensamento.

Por essa época traballiava ella, em um dos prin- cipies theatros de . . . Primei- ra dama jo- vem. -ua gracio- sa espiritualidade e a bellesa um pouco estylisada da sua figura, tornavam-na a querida da pla- téa e o alvo dos galanteios de seus inmi- meros admira- dores.

Certa noite, em seu camarim, ao despedir-me dei- la, dis-se-me:

— Espere um pouco. Tenho, da- qui a instantes, lima visita inte- ressantissima: o meu admirador, da “primeira fi- la”. E’ triste e grotesco... Não perderá seu tem- po, esperando.

Eu já conhe- cia esse tal se- nhor da “primei- ra fila”. Era itm dos mais constantes galan- teadores da actriz, desde o principio da tem- porada. Todas as noites, ao subir o panno, aquelle senhor lá estava, occupando a se- gunda cadeira da primeira fila, e, extático, como hypnotizado, seus olhos, desde que He- lena entrava em scena, não se apartavam delia um só instante. De dois em dois dias, edm uma pontualidade chronometrica Hele- na recebia uma carta de declaração do “ad- mirador da primeira fila”.

Seguia-a na rua, rondava-lhe a casa... A actriz, como uma rainha orgulhosa, fingia não ter notado o assedio. Por isso, me sur- prehendeu aquella noticia de que ia receber a visita do galanteador. E protestei:

—. Mais razão para me ir embora ... Não pretendo, absolutamente, testemunhar uma declaração de amor...

— Não. Não é isso, verá... Ouviu-se, neste momento, umas discreta*

pancadas na' porta do cama- rim.

— Ahi está elle! — ex- clamou Helena, — sente-se, peço-lhe...

E, immediatamente, com sua voz clarai, de- liciosamente tim- brada :

— Póde en- trar!

* « *

— Boas noi- tes, senhorita!—• disse uma voz arrastada e tre- mula.

E entrou no camarim, o “senhor da primeira fi- la”. Era um hcbiem de uns cincoen- ta annos, mais ou menos, pallido e magro, com um nariz enorme e es- carlate, Ois bigodes grisalhos e ama- rellos de fumo de tabaco, os olhos um pouco myopes, e quaei calvo de todo. Trajava um modesto fato mar- ron, um piÀico desbotado, e dava, elle todo, a impressão de um pobre diabo de empregado publico de quin- ta catliegoria. Ficou parado no meio do aposento, girando entre os dedos num visivel e ridiculo atrapalhamen- to, um chapéo de feltro meio velho

Helena recebeu-o cortezmente: — E’ 0 senhor da “primeira fila” que

me tem dirigido varias cartas?

O Visitante fitou-me, inquieto. Mas, a actriz apressou-se em tranquil!izal-o.

— Este senhor, aqui é... é meu irmão... fale pois, sem o menor receio.

— Pois sim, senhorita — balbuciou o ho- mem — sou eu, com effeito, quem lhe tem escripto essas cartas...

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 13

— E para que? — interrogou ella, im- periosamente.

O visitante teve uma breve hesitação. — Para Que?... Bem-n’o deve saber, se-

nhorita... Mas recobrando subitamente a perdida energia, continuou cOm força:

— Porque a amo! porque a amo louca- mente !

Helena mediu-o com o olhar, de alto a> baixo, com uma expressão de supremo des- dem. De repente, perguntou ao visitante:

— Que edade tem o senhor? — Cincoenta e dois annos. — Eu — replicou a actriz — tenho 24. Agora tenha a bondade de vir aqui...

E com um gesto energico tomou o braço do visitante, e arrastou-o até ao espelho:

— Tenha a bondade de olhar... O homem, visivelmente perturbado con-

templou-se no espelho, aa lado da formosa Helena. Era terrivel o contraste entre aquel- la fronte quasi calva, aquelles bigodes grisa- lhos, aquelle rosto pallido e enrugado e o porte fidalga, senhoril, os olhos magnificos, 0 ar de triumphante mocidade de Hei na. Ao cabo de um minuto a actriz, olhando-o nos olltos. perguntou-lhe:

— Quem é o senhor? Um grande artista, um titular illustre, um celebre éscriptor, um musico ?

— Não, senhorita! Não sou nada disso... Sou apenas iiin empregado publico...

— Ah!... Então não é rico, immensa, fa- bulosamente rico?

O visitante, aturdido, replicou: — Não. senhorita... Vivo do meu orde-

nado... E pòde crêr que me é um verda- deiro sacrifício ir ao theatro todas as noi- tes!...

As abelhas e a fructa

Quem quízer que seu pomar dê mais fructa, estabeleça perto delle uma colmeia.

As abelhas visitam as flores e dessa visita resulta que muitas das flores condemnadas a não darem fructo, dão-no e da melhor qualidade.

Est<á calculado que as plantas cujas flores são fecundadas pelas abelhas, dão de 50 a 60 por cento mais fructa do que as que o não são.

Ha. ainda, outra vantagem que pou-

ca gente conhece: quem quizer se-

— Ah! — exclamou triumphante Helena — E atreve-se o senhor a me fazer a corte?

O homem murmurou, desconcertado: — Sim, senhorita... Julgo-me no direito

de me apaixonar por quem quer que seja... Todo o mundo tem esse direito. Não creio que constitua offensa...

Helena, olhando-o com infinito desdem, respondeu:

— Não! O senhor não tem es^e direito... E’ vellio; o espelho lhe diz que é feio, tam- bém... Não tem talento... Não é, siquer, 0 possuidor de uma grande fortuna...

Como me póde, pois. pretender, a mim qv.e sou moça e bella e artista?

Não, meu amigo, — rematou com um de.s- prezo mais fundo — O senhor não te:v. o direito de amar-me!... Si fosse pobre. joven, ou veüio, mas opulento; si fosse, eni- fiin, um homem attranente, um n.,me cele- bre, vá! Mas assim!... E, apoíitando para a porta do camarim:

— Tenha a bondade... E não me escreva mais!... as suas cartas não só me abor- recem. como ainda me oífendem...

Aturdido, sem replicar , o pobre "senhor da primeira fila” sahiu.

Então, eu disse á actriz: — Foi muito cruel, Helena... Ella riu. — Cruel? Não. Justa, isto é, humana-

mente crucl... Na vids, para se pedir algu- ma coisa é necessário ter sempre alguma coisa para offerecer...

E Helena riu. riu como poucas vezes a vi rir; riu, emfim. com todo esse orgulho que é a grande razão da juventude trium- phante.

mear arvores fruetiferas, ganha muito em aproveitar sementes cujas flores tenham sido fecundadas por “polen”

proveniente de outras plantas da mes- ma especie.

Não ha perigo, também, de que as abelhas furem as fruetas.

A abelha, é, sem duvida, a melhor amiga do lavrador, nada lhe pede e

auxilia-o muito.

Ha quem tenha calculado a enor- me riqueza produzida pelo labor das abelhas. Esse esforço do utiUssimo in- secto justifica bem a importância que

hoje cm toda a parte do mundo se dá á creação das abelhas.

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14 REVISTA FEMININA OUTUBRO-

MODA

Para a nova estação, segundo parece, não teremos grandes modificações a respeito de modas. Este facto, consti- tne„ aliás, no actua! perioeld da no5-:a vida, uma nazoavel “chance”.

Qucin lançar uma vista de olhos sohre os últimos mo- delos apparecidos. verá, cer- tamente, que a intenção dos grandes mestres parisienses da indumentária feminina, é menos crear modelos de no- vidade sensacional, que ada- ptar aos já em voga uma pequena nota de novidade por intermédio de uma sim- ples troca de guarnições, de uma leve modificação a res- peito de ornatos, etc. A linha, essa fi- cará a mesma, a não ser quanto ás saias, que serão mais cur- tas. A grande voga, actual, cm Paris, é usal-as á altura de uns trinta centímetros do íolo, mas, a nosso ver, quer as pessoa-s altas, quer as de pequena estatura agirão sen- satamente não as encurtan- do nessas proporções. Aquel-

las d^mt'n^ões só ficarão

bem ás

Um lindo moddo de *cloche

ponto de vista da qualidade, quer da origi- nalidade, emprestando ás suas creações o ca-

racter mais pessoal possivel. Si não nos falha a memó- ria, já nos referimos nestas paginas a uma tentativa de regresso ads característicos da moda Directorio; essa tendencia parece agora af- firmar-se mais accentuada- mente. Muitas casas, foram, certamente, bu-car a inspi- ração de seus motiv<íi a res- peito da linha, das côres, mesmo das guarnições, aos vestidos tão typicos das “Merveilleuses”. A modifi- cação principal reside, aqui na posição da cintura, que

sob 0 Directorio era colocada muito alto; para habituar as clientes a essa mudança tão

radicai não se colloca a cin- tura, bruscamente, junto ao peito, depois de tel-a collo- cado, ha pouco, quasi á al- tura dos joelhos.

As reformas violentas, ra- ri9simas vezes obtém exito. No emtanto, não podemos deixar de reconhecer muito lindos esses bordados indi-

Um vrstido. muito gracioso, ent gjki-arJ.nc aiul m.ir nlio, coni giiarmcfies de bordsdo,

verde, aaul e veriueUio.

•Cloclie" guarnecido ‘‘boutiuet” de dores

p;s-soas de estatura me- diana.

Como acima dissemos, si Oi conjunctos, em re- gra geral são os mesmos, os detalhes assumem, por isso mesmo, uma grande importância.

Jla uma enorme novidade de deta- lhes, ])uis cada casa se especializa no genero, quer sob o

por um grande em tons vivo*.

cando a linha que passa, ao alto do bus- to, emquanto o ves- tido tomba direito, sem cintura..

Este genero de mo- delos está sendo mui- to vulgarisado e m França.

Quanto aos deta- lhes, ha, como disse- mos, uma enc/rme variedade. Certas

Um bello modelo **trois piecet” eiQ “reps" azul luâriulio.

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 15

casas expõem uma collecção onde as saias, muito curtas, completamente direitas de li- nlias; a sobriedade das pequenas blusas, em tons escuros, com a nota clara de uma gola, de um “pla-tron”, etc., dão-nc»5 a impressão de uma alacridade ju- venil.

Para as “robes du soir” tem-se klo buscar os motivos ao estylo egypcio, ou ao gcísto japonez.

Os plisses também continuam sendo muito u=ados.

Quanto ás mangas, ba para to- dos os gostos, longas, curtas, tres quartefe, etc. Para as guarnições, uma infinidade de botões: botões de panno, de "corazo”, de metal dourado ou prateado. São dirpo-í- tos em theorias seguidas ou então collocados de forma a obedecerem aos desenhos de uma linha geo- métrica simplificada. Ficam mui- to bem, dão, mesmo, uma nerta en- cantadora applicados aos modelos “tailleur”. Também se usam bas- tante, para vestidos de organdy de piqué branco, etc.

Os modelos em crepe da China, estampado, muito em voga, estão sendo bordados a pérolas, no mes- mo tom que efe desenhof, o que empresta um tom de harmonia en- cantador a certos modelos.

A respeito de vestidos para a tarde, usa-se muito, em Paris, actualmente, as “robes” sem cintura, ab-olutamen- te direitas, que se alargam sob os bra- ços, em dois “godets”. As mangas destes modelos são amplas, e, muitas vezes guarnecidas em baixo por uma larga banda bordada.

Damos, nas presentes paginas, al- guns modelos muito simples e gracio^- sos que, certamente, serão do agrado de nos.s-as leitoras.

O primeiro é um vestido “trois pie- ces” muito lindo, em “reps” azul ma- rinho, com o “corsage” bordado em scila “gris” bem vivo.

O “pak-tot”, longuissimo, é borda- do em setim tambcni “gris”.

Outra das nossas gravuras repre- senta uma “robe” encantadora em “gabardine” com bordados em verde, azul e vermelho. Completa este mc^- delo uma pequena capa. no mesmo te- cido e com a gola bordada.

Tambcm muíto lindo e principalmente simples é este “mantcaii.x” que imi de nos- SO' clichês reproduz. E’ em tecido á phan- tasia e presta-se muito a um fim de estação.

E, para terminar este elenco, temoç uma “robe dc diner” em “m.ajuuga” vermelho lacea. Uma nota muito original é obtida pelo avental drapé. Este lindo vestido é bordado

em veniu-llio, preto e ouro velho. Quanto aos dois Hiulo' modelos

de chapeoí, um delles é guar- necido ])or um largo ■'bouquet” de flores em toualiiladcs bem viva«; o outro é um pequeno cloche tra- balhado a fita de setim preto, con- tra palha,

E esperamos que, com a entrada da Primavera, a pliantasia creado- ra dos grandes cc/stiireiros faça jús á nossa admiração apresen- tando-nos alguma novidade verda- deiramente... nova.

Na Europa, está em grande voga a rosa da Pérsia, como m.itivo dos

F’ preciso confessar que esse adorno impri- me uma grande distireção aote vestidos da tarde, sobretudo quan- do reproduzido sobre um bello mo- delo em “crepon” preto, a saia um pouco cingkla cm contraste com a túnica, bem Inrga. As rosas devem ser bordadas cm sf*da num d.licado tom branco-perola; as mangas da túnica amplas e compridas, não cingidas aos pnlsos são egiialmente bordadas, e rem.itadas por uma ti-

ra lisa de “crespou” da inesmn côr. E’ egualmente delicioso este moti-

vo sobre um vestido “gardeu party de organdy”, em tom “mauve” mui- to tenue. confeccionado a fio de seda cór de rosa pallida. Este modelo tor- na-se extremamente gracioso si o cor- pinho. liso e comprido não tiver ne- nhum adorno. app.Trecendo as flores apenas na saia. e no c!*apéo d? aba larga e copa hnn redonda, tamlicm ém “organdy” com guarnição de fitas “mauve”- tombando em laço. atraz.

Brevemente diremos algo sobre es- ses Hndiíi accessoríos de “toilette” muito cm tnofla, actualmente, que são as “echa^pe^”.

Temos visto alguns modelos do mais absoluto bom gosto, o que, seja dito em lionra da verdade, muito de- põe a favor das nossas el.-gantes.

E n(|in pomos ponto fiivil a e-tas l-.nhas na esperança de poder, para o pro.ximo numero, apresentar alguma

novidade digna de nota ás nossas gentis- leitoras.

bordados modernos.

Para fim dr estacS^. Vm lindo "mao*rauK‘* cm

tecido & phantasia.

"Rolie de diner" cm “majmi^a**

venitclbo.

MARINETTE.

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AppIicsçõES imptrtantes do “DICX06EN” no lar

SUA ACÇÃO PODE SER VISTA E SENTIDA

Como gargarejo: — O “Dioxogen” usado como gar^- rejo remove as secreções impuras, evitando assim in- flammações, tonsilitís e outras muitas moléstias da gar-

ganta. — Para a lavagem da bocca, o “Dioxogen" remove os alimentos em ticcomposição dentre os dente«', destruindo o máo hálito, conservando os dentes e ani- quilando os germens de muitas enfermidades que se ori-

ginam na bocca.

Para feridas e cortes: — “Dioxogen” remove as impu- rezas que se hajam accumulado nas feridas; é uin anti- séptico de toíla a confiança que impede a infecção do sangue. ■— Para queimaduras de fogo ou agua o “D;o- xogen” é de grande valor: auxilia a cura e allivia a dôr.

Para a tez: — “Dioxogen" penetrando nos póros re- move as substancias em decotnpo ição. que originam os cravos, espinhas, etc., que tanto desfiguram o rosto. — Para as mãos: “Dioxogen” impede as pequenas infec- ções locae-j, tão frequentes nas mãos; remove, outrosim, as manchas e é de excellente pratica o seu uso na ma- nicuracão.

Depois de fazer a barba: — “Dioxogen” allivia a irri- tação causada pela navalha; impede as infecções causa- das pelos talhos, etc. Quando se rachar a pelle, do ro’ to ou das mãos, o “Dioxogen” deve ser usado, pois restí- tue aos tecidos sua condição normal.

“DIOXOGEN” é a Agua Oxigenada a mais PURA, a mais

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IS REVISTA FEMININA OUTUBRO

Rf><:niira sul'iii a escada, apressadamente, sohraçando o estojo do violino e iim rolo de mu-icas; cliefrando ao segundo andar, depoz por mn momento no sólo o e?tnjo, e aper- tou. nervosamente, duas, tres vezes a seguir 0 Ikíiüo da campainha.

A velha Mariana. gorda, tarda, somnolcn- ta. mal abriu a porta sentiu-se enlaçada por dois braços fortes e nervosos, ao mejiiro tempo que lhe resonvam aos ouvidos, um alacre trmulto. exclamações de alegria;

— Primeiro prêmio de violino!... Comprehendes. minha boa Mar;a-a?...

Prinu-iro prêmio!... primeiro prêmio»!... Mam.ã e«tá?...

— F.ítá no seu quarto... Mas não faças tamanho barulho!... Tua mãe está com a enxaqueca do co<tume.

— Pobre mãezinha!... Mas tu. também, em vez de me abraçares. receb?s-me, assim, c<'Ui uma cara de funeraM... Leva o estojo para o nuui q 'rto. e tem cuidado com elle.

E dizendo \. .o estendeu-lhe o violino, o chapéo. as luvas, emq.ianto a vel -a cresda nicneava a cabeça, sorrindo de todo aquelle alvoroço jovial.

Rosattra atravessou rapidamente o corre- dor e chegou ao quarto de sua mãe. O apo- sento esta' a immerso em sombras e um chei- ro forte, de vinagre e arnica errava no ar.

— Jlãezinlia!... Estás outra vez doen- te?

— F.’s fu. minha filha?.... e então? — Voii dar-te uma noticia hem capaz de

te curar immediatamente a dôr de cabeça!... Poi**'p nplo nror"-in nrofes cv 7ac’'arias. que o exame foi esplendido e que me vão conce- der o primeiro prêmio de violinu!... Estás satisfeita, mãezinha?...

— Imagina!... Ah! quando o pobre Fal- co souber, que alegria!...

— Sim, mãezinha, que alegria para “nós tresl”

Sentada sobre um dos braços do divan a moça mclinc<.i-se para acariciar a fronte de sua mãe, liumida, ainda, das compres-as re- centes ; mas sua alegria rumorosa como que se velou, por um instante, ao vislumbrar na sombra o bello rosto palide* como um mar- fim e aquelles olhos tristes e profundos.

— Eu tinha a certeza do teu triumpho! — falou a mãe com intensa emoção.

— O meu cc*ncerto, no Conservatorio foi fi.xado para o fim do mez; no programma incluirei bastante musica de Falco. Ah! co- mo hei de tocal-a !...

— E elle... q-ie não póde ouv>-te!... suspirou a mãe. procnrand(» sob a almofada uma carta que apertou entre os dedos, ner- vosamente.

— Recebeste noticia.»?... — Abre um pouco as janellas, filha, e lê,

tu mesma... Rosanra saltou dn divan. e abriu as ja-

nellas. A hiz cio sol invadi'! o aposento. A carta era longa, escripta em allemão,

pela mãe do grande violinista norueguez Foleo Slerich:

“O pobre Falco já não póde dar mais con- certos nem lições; seu coração» está muito abalado... ”

De toda a carta, foi e.-ta a phrnse que mais feriu a attenção de Rasaura: “Seu coração está muito abalado...”

11a muito tempo. in. em suas cartas. Fnlco referia-se a tintestares repentinos, pontadas agudas, suffcx-ações. etc., que lhe vin'-am abatendo a forte constituição. Mas. quer Ro- saura. quer .-ua mãe. sempre t:ii' atn julg.ado tmtar-se de um excesso de fadiga mental. Agora o mal deffinia-se niticlenieute. toman- do um nome, assumindo uma significaçãd tragica...

O r-mor de um pr-'íito stiffocado vinha do di''nm onde »na mãe rupo'i'nva. Ro«ai'ra correu o ella. Tentou uma palavra consola-

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OUTUDRO REVISTA FEMININA 19

(lora, mas só conseguiu emittir um so- luço.

* * *

Faltavam apenas tres dias para a data fixada para o concerto. Enxjuanto passavam as horas, de uma lentidão desesperaiUe. Ro- saura estudava. Era |)reciso. Por sua mente perpassavam visões de gloria. E recordava a propliecia de l'alco, no dia em cjue, pela primeira vez a ouvira tccar a "Gavota Va- riada”, de Pugnani, quando, beijando-a na fronte, dissera com soleimidade:

— Tu alcançarás a gloria! Que dia aqudle! q.ie enioç<ão violenta, que

alegria sobrehumana, que palpitação quasi dolorosa sentira! Era quasi uma menina, en- tão; de pé, junto ao pia- no em que sua mãe a acompanhara, tocara diante delle, que era tão grande, tocara para elle qu-' a ol ava intensa- meiite ; a principio sen- tira uma leve pertur- bação; depois, arrasta- da |>ela pbrase melo- diosa. suave como o canto de uma pequena d.ma empoada.

Então elle se erguera, e beijando-a, dissera a grande palavra:

— Tu alcançarás a glo- ria !

Porque a lembrança daqudle dia vinha-lhe agora á mente? Aqnella primavera a enervava. Kosaura era bella. mas sem o saber; desconhecia a frivolidade e a coque- teria; fazia de sua arte 0 objecto unico de sua vida. Tinha dois gran- des amores: sua mãe, — a creatrra de ex- cepçâo, alma irmão da sua. — e Folco. Doís amores, egualmente intimos e egu.almente puros, feiti'; de admiração, de adonç.io e também, um pouco, de piedade. Teria dese- jado viver toda a vida cem aquelles doís se- res. Mas o destino é cégo como a fortuna e como 0 amor. Sua mãe. acc'amada p;lo mun- do como uma das m ii*.'es interpretes de Cho- pin, vira-.se obrigada, um dia. a unir sua vida livre e magnifica. á de um homem de menta- lidade inferior, r.m homem que tinha muito dinheiro, escassa delicadeza e nenhuma sen- sibilidade artistica. Durante uma crise de melancholia. conformara-se. a-ssim, pas-.-iva- mente. a sacrificar sua radio.sa mocidade. Ro.saura «vocou a figura de seu pae. Era

um homem hercúleo; tinfia uma enorme bar- ba, uns olho» frios e penetrantes; falava pou- co, por monosylabos, e sempre comO si es- tivesse colérico. Ella não sentia por elie ne- nhuma ternura. Separava-os uma especie de barreira invisivel, uma,hostilidade silenciosa e visceral; elle odiava tudo quanto ella e eua mãe amavam, ostentavam pela musica a maior desdeni. A creança que aos dez annos !e eda- de frequentava concertos, que aos doze in- terpretava Beetlioven, e que aos quinze pas- sava sete hora? do dia diante de uma estante de m;i.'^ica estudando, desconcertava-o, cau- sando-lhe uma surda irritação; era dessa es- pecie de homens para os quaes tudo o que não po<lem comprehender. constitue motivo de aversão. E ella, a pequena Rosaura de alma musical, dissera uma ve>- a Falco, de-

pois de assistir a um con- certo dado por elle:

— Ah! como eu qui- zera ser sua filhai

Um sino, fora, tocava lugubremente. Rosaura

sentiu o coração op- presso. Que tristeza in- finita, saber Falco tão doente, longe, sózinho com sua mãe, nessa

pobre casinha de madei- ra, 'iob as névoas da re- mota Noruega!

E que lamentosa a voz daquelle sino!

De súbito evetou a fi- gura do violinista, como a vira um anno antes, já um pouco curva, bem di- versa, do que fòra um dia. quando ella era uma creança. ainda. Era en- tãc. robusto e esl>elto, c 0 m revoltos cabvllos louros, unia bella fronte,

ampla, de homem fadado a grandes des- tinos... Depoi.', á ultima vez que o vira, quanto mudara já!

Tinha O aspecto de um velho, de um ve- lho c!ieio de cansaço e de ainargaira. Viera á Italia. então, para dar cinco concertos e tivera, a pedido de seus innumíros admira- dores. que augmentar esse numero a dez. E lcnibrava-s« de terem rgressado juntos á casa. Oi trei, ella. sna mãe e o grande vio- linista, num automovel fechado. E-pvra- va-os Mariana, um potico somnolenta, mas sorrindo o seu bom sorrisõ de vellia serva fiel. Depois o chá fóra "servido na pequena sala famibnr; íôra nma doce hora de inti- mo recolhimento, cuja saudade, á- vezes pu- nha uma leve sc/.iibra de melancolia em sua fronte moca.

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20 REVISTA FEMININA OUTUBRO

Fôra aquella a ultima noite que o vira. A ultima!... que amarga e clesolaclora pala- vra! Entrara um momento em seu quarto. Voltando á saleta, inesperadamente, vira sua mãe, de pé, junto a Falco, a bella cabeça pal- lida e triste apoiada levemente ao bombro do musico. Elle acar:''iava-lhe docemente os cabcllos e tinha no rosto a exprosão de uma dôr pr iíunda. sobrehumana. Falco, vendo-a indecisa, dissera-lhe dulcissimamente:

— Vem tu, também, minha pequena I E apertara as duas, mãe e fillia, contra o

peito, num amplexo casto; e ambas, mãe e filha tinham erguido para elle o rosto ba- nhado em lagrimas, preias de um sentimen- to que não era amor porque era mais que amor.

E Foleo, olhandoi-a no fundo dos olhos dissera- lhe:

— Gostas muito de mim ?

— Sim... tanto!... tan- to!... — respc.*ulera ella, apaixonadamente, sem vacilar.

— Como? — Como si fosses meu

pae!... — Deves amar-me sem-

pre assim, porque eu amo-te, também, como si ío^^es minha fillia. Quem sabe si nos tornaremos a ver! Mas não te esque- ças. Rosaura, n<ão te es- queças nunca .do que te digo esta noite: ama a Arte mais que a ti mes- ma ; crê nella, mais do que no amor; pede-lhe tudo e ella tudo te dará; o olvido passa as tuas tristeza-s, o balsamo para as tuas dóres... Quando ella diamar-te, es- cuta-a toma o teu violino e vae, nomeade e li-

vre, ao longo dos infinitos camiulios do mun- do. e dei.xa que a tua alma cante, ou chore através do teu instrumento divino...”

— Que horas são ? — interrogou elle, com voz miúda.

— São oito horas, meu filho. — Sabes, mãe, Rosaura escreveu-me...

— contimioai elle dahi a instantes. — Irá vestida de preto, ao seu primeiro concerto... De preto, já... porque?... Desejava enviar- llie o meu ‘‘Canto ao Amor”, mas já não chegará a tempo... — e depeJis de breve pausa:

— Dá-me o seu ultimo retrato^... A anciã Icvantou-se. Parecia fatigadissi-

ma, como qne curva sob o peso da próxima desgraça. F.ntregou-lhe a photcígraphia pe- dida. Ó enfermo contemplou-a longamente. Em seus dedos magros e côr de cera o pe- queno cartão tinha um leve tremor, quasi

humano. •—Que hotas são, mãe? — São nove horas, meu

filho... — Ella começa agora

a tocar; apoia o violino ao horabro e inclina um pi<uco a cabeça, para a esquerda... Vejo-a!... Empunha o arco... Toca a minha canção dos “fjords”. Sua alma vibra toda na musica... Na pla- téa, a mãe sente uma emoção profunda...

Como deve palpitar o cOTação daquclla mãe!

Füleo ouviu toda a noi- te 0 canto do violino lon- ginquo...

E, ao mesmo tempo, sua mente em febre res- sucitava o episodio dis- tante, do seu primeiro encontro com a mãe de Rosaura.

Uma tarde, depois de um concerto dado, vieram-lhe dizer no sa- lão do hotel que uma senhora desejava fa- lar-lhe. Mandou entrar. Era “ella”. Levava um pequeno chapéo guarnecido de ‘‘aigret- tes”. Parecia tímida, incerta, envergonliada...

O sino continuava o seu lugubre toque... E Rosaura. numa angustia sem nome pen- sou que não, que não era possível que Falco morresse...

* * *

A velha mãe do. grande violini-ta incli- nou de leve a cabeça, toí.la branca, so- bre o leito do enfermo. Foleo pas.sára mal o dia. Mas, naquelle doce crepúsculo de sua fria patria, parecia serrtir-se melhor.

Elle levantara-se, correcto, e estendendo- lhe a mão:

— Senhorita...

— Senhora — corrigira ella. Sua voz era grave e triste. Depois, corno que tentando dominar a emoçãc»:

— Talvez seja indsicreta... Vim pedir- lhe um seu retrato com autographo... pri- meiro quiz escrever-lhe... Depois decidi vir... E sorriu.

Oh! aquelie sorriso!...

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 21

Elle pediu-lhe qiie se sentasse... Sentou-se. E as horas daquella tarde invernal corre-

ram cc»mo minutos. Ella falou-lhe de si, da sua vida árida, va-

zia, sem luz. Elle narrou-lhe vários episó- dios da sua existência e da sua carreira de artista. Tivera a impressão, extranha, de ter conhecido sempre aquella suave figura de mulher... Quantas tardes, depois, como aquella tarde !...

Depois...

E, como diante do olhar de alguém que se

afoga, surgia-lhe a visão da existência vi- vida ... E ia morrer!...

Uma vaga claridade innunda agora, o apo- sento onde Oselia Stewich, junto ao leito do seu grande filho moribundo, de tão bran- ca e de tão immovel parece esculpida em pedra. As montanhas, ao longe, dir-se-iam coroadas de rosas; na extremidade do “fjord” profundo a luz resplandesce comd uma auredla de gloria...

— Minha filha!... minha filha!... mur- mura Folco, com um suspiro.

E fechou os olhos para descançar em paz.

Como fazer um bom malrimonio

Vou dizer-te algumas palavras, senhorita, que muito e directamente te interessam, pelo que deves prestar-lhe a maxima attenção.

Trata-se, nada menos, que des- te facto grave e profundo cia nossa vida, que é o matrimô- nio.

Ouve. Queres encontrar um homem digno, um es- poso honrado, um con- sorte que faça a tua felicidade? Encontra- rás, certamente, um homem assim si fores :

Simples, sem exag- geração e modesta sem

te vangloriares disso. Si te dedicares mais aos arranjos e trabalhos da tua casa que aos triumphos enganadores dos salões. Si appiicares mais o teu tempo a coisas uteis que a passeios e a diversões do genero.

Si amares o teu lar, e honrares e obedece- res a teus paes, apparecendo o menos petesi- vel em bailes, festas, espectáculos theatraes, etc.

Si possuires mais senso pratied da vida que espirito de coqueteria; menos phrases que juizo.

•Si gostares dos bons livros, e não te envergonhares de executar em tua casa esses humildes trabalhos de que tanto e edm tanta razão se orgulha- vam nossas avós.

Si vestires com elegancia simples, sem luxo, e exibires o menos possível, essas “toilettes que deslumbram to- dos... mas amedrontam a bolsa dos pretendentes á tua mão.

Si preferires ds affazeres do teu lar ao automovel e á janella; si não dis- seres asneiras, que embora deliciosas.

nuns lábios de mulher bonita nem por isso deixam de ser asneiras.

Si mcíderares os impulsos da tua imagina- ção, e fores pouco romantica, e procurares robustecer e ele- var teu e-pirito por intermé- dio dos livros bons que são sempre bellos e das acções

bellas que são sempre boas.

Si não fores calcu- ladora no amor e pre- ferires um homem po- bre mas intelligente e honrado a um 05)iilen-j to mas cheio de vicios e falto de nobresa.

Deves envolver-te na auréola do teu recato, como a violeta se envolve na graça da sua humildade. Porque co- mo o aroma da violeta, que entre os aromas todos é o mais subtil e capli-

vante, o pudor é a mais feminina das virtudes da mulher.

Não te deixes levar nunca pela apparencia das coisas que deslumbram. O brilho de muito ouro não passa na maioria dos casos, de uma armadilha armada á tua inexj)eriencia.

Procura, pelo contrario, ver sempre o que se esconde por traz do que todos veem... Evitarás, assim, muitas desillusões, mui- tos amargos desenganos.

Tem sempre fé nas verdades funda- nientaes da vida. A verdade, a bondade, 0 amor existem.

E' necessário, apenas saber desco- bril-os, pois, como todas as coisas pre- coisas, não estão exjjostos aos olhos de todos os que passam.

Crê na felicidade. E’ meio caminho andado para a con-

quistares.

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22 REVISTA FEMIX IN A OUTUBRO

Preparados que se vendem nesta redacção

RECEITAS DE BELLEZA PARA COLORIR OS CABELLOS. — Desde os tempos mythologi- C''« — com a tiiaiíica Meriea — o Iiomcm procura resistir, por meios artificiaes. aos estragos da eda- de. usando-os, principalmente para os cal>elIos brancos, que são os primeiros e os mais evidentes signaes da velhice.

Entre as tinturas usadas para tal fim figuram as de saes de chumbo, de prata, de cobre, do mercú- rio. de cal, de bismuto. de estanho c outras, que produzem sobre o organismo inteiro graves des- ordens, que só mais tarde são percebidas. As tin- turas americanas tem por base o sulfato de ca- mium e o sulphidralo de amnioiiiaco. São menos tóxicas, n.ão irritam o couro cabclludo e não pro- vocam a calvície. As tinturas com base de nitrato de prata, tão espalhadas, são de acção tóxica, len- ta e fatal. Ha. porém, alguns produetos vegetaes inoffensivos que infelizniente. dão uma colora- ção muito fraca e pouco durável, A unica que se póde reconinicndar sem receio e que dá resulta- dos admiráveis, é a Petalina. com a qual se póde obter, graduando as côres, todos os tons. do cas- tanho claro ao negro azeviche. Infelizmente esse produeto é raro em nosso meio, sendo oriundo da Pérsia, de onde actualniente só pode vir com díf- ficuldade.

A Emi)rtsa Feminina Brasileira acaba de rece- ber uma pequena quantidade.

Podem obtel-a por intermédio da nossa “Revis- ta” enviando a importância le 12SSOO.

COLD CREAM “INSUPERÁVEL”. — E’ um produeto italiano que não deve faltar cni nenhum fino toucador. Por sua escrupulosa confecção assim como pela puresa dos ingredientes que en- tram em sua composição tornando-o absolutamen- te inoffcnsivo é um dos mais rccommendaveis e do mais sogtiros effeitos.

Amacia e cmbollesa a ctitis emprestando-lhe uma frescura c um encanto incomparáveis.

Únicos depositários nesta rapítal. temos á ven- da em nossa redacção ao preço de 5Ç000 e pelo correio 5Ç500.

DIGESTIVO PICARD é um tonico digestivo incomparável em todas as fórnias da dispepsia. Produz bem-estar gastro intestinal cm todos os casos de má digestão, azia, prisão de ventre, aci- dez. máo hálito e outras enfermidades do tubo digestivo. E’ de resultado absolutamente efficaz.

Vende-se nesta redacção. Um frasco, 6$000, re- gistado pelo correio.

POMADA ONKEN. Muitas vezes uma senhora gasta tempo e dinheiro inutilmente experimen- tando vários cremes e pomadas para o tratamen- to da pelle. E’ que si os preparados do gencro são innumeros, os bons, os verdadeiramente efficazes são rarissimos.

Entre estes últimos, e occupando um lugar de destaque está com ccrlesa. a justanicnte afamada “Pomada Onkcn". A grande acccitação que tem obtido este magnífico preparado entre as faniil-as, é a mais eloquente prova de sua u.xcillciicia. Pe- didos nesta redacção: 5$000 o pote: pelo correio S$500.

LOÇAO BRILHANTE. — Eis outro nrodueto para o toucador que rccommcndamos, Não suja porque não é pintura, nem queima porque em sua composição não entram matérias nocivas. Ana- lysado e autorisado pelos Departamentos de Hy-

giene do Brasil é um dos melhores preparados para a extineçao da cas|>a e outras afiecções capillnrcs assim como para o embellesamciiio dos caltellos aos quaes ciiipresia brilho e vitalidade iiicomiiaravcis. 1’edidos noia redacção acompa- nhados da importância de /ÇOlK). pelo correio 10$000.

ESMALTE GABY. — Para o brilho e para a bellvsa das uiihas é este csmultc um do.s melhores que aié hoje tem aiiparccklo á venda. Formula d< um ilUislre chimico allemão o esmalte “Gaby” n.ão deve íali.ir em nenluiui fino toucador. Temos em duas tonalidades: branco e rosa.

Os pedidos deste preparatlo podetn ser dirigidos a esta redacção acompanhados de 5§Ü00; pelo correto 5Ç:00.

TINTAS PARA TINGIR EM CASA. — Toda a dona de ca-^a pode tingir seus vesiiilos. sejam de là, dc algod.ão ou t!c seda. com a m.-iior facili- dade. c a menor despesa, usando as celebres tintas “Corniania”.

Para o seu emprego, não requer c<fe preparado — incontcstavelmciite o que melhor se conhece no gencro, — o menor conhecimento tccimico; basta a leitura do prosi>ccto que acnmpanlia cada pacotinho. E' um verdadeiro aeliatlo para as do- nas de casa que podem assim, tingir sons vestidos, da côr que desejarem e com uma insignificante despesa.

Pedidos nesta redacção acompanhados da im- portância de 1$500, mais Ç5ÜÜ para o porte do correio.

CREME E LEITE DE CERA PURIFICADOS — Dois esplendidos preparados de fama mmidiaL qnc reconimendamos ás nossas leitoras, s.ão o Creme e o Leite de cera purificados. Centenas e centenas de aitestados provam eloquentemente a exccilcncia destes dois prepandos. quer no em- bellcsamcnto da cutis, quer no tratamento dessas manchas, cravos, cic.. que tanto en*eiam o rosto da mulher. K.no devem assim, estes magnifícos artigos dc toillete faltar no toucatlor de toda a senhora que prese a bcllcsa e o encanto de seu rosto.

O preço do Creme é de 7ÍOOO nesta redacção e 7?.SOO pelo correio; o Leite, SSüOO nesta redacção e lOSOOO pelo correio.

LIXAS “GABY", PARA UNHAS. — E’ um ar- tigo de primeira ordem, que muito recommcnda- mos ás nossas leitoras.

Uma caixa com tuna duzia custa nesta redacção 2$000; pelo corcrio 2S.'00.

LOÇAO ANTI-CASPA. — E’ esta loção um dos preparados de toucador, que por suas exccllentes qualidades mais succcssos tem alcançado em nosso paiz.

Recommendamo1-o ás nossas leitoras,' certas d* que muito nos agradecerão o conselho.

Para o tratamento da caspa, como para a to- nif-oação do cahollo. é ahsoliitamente effieaz.

Preço nesta redacção: 7$000: pelo correio lOSOOO. ZAMIR. — E' um preparado para o tratamen-

to da pelle, dc mais seguros effeitos e simples applicação. Seu aroma finíssimo, a acradavet sen- sação que produz logo após ser applicado. as me- lhoras que a cutis apresenta alguns dia« após o inicio de seu uso, tornani-no um dos preparados do gencro mais reconimendaveis em todo o tou- cador elegante.

Preço do vidro: — 15S000, pelo correio 17$000.

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OUTUDRO REVISTA FEMINTNA 23

BRILHANTINA “ ATTRACTION ” (Craiiiern — Rccommaidamos ás gentis leitoras esta admi- rável brilliaiuiiia, não só por seu periunie suavis- tiinu como pela puresa dos ingredientes que entram em sua fafineacào, e que a tornam absoIiKta- mente inoífensiva.

Preço do pole. 3Ç000; pelo correio, 3SS00. PASTA RENY — E’ um dos preparados para os

dentes, de mais rápidos e maravilhosos efieitos. Pre- ço: 2$500.

Pedidos á “Revista Feminina”. — Rua Conse- lheiro Chrispiniano n-* 1 — S. P. Mafg. Drugss. Co.

POMAD.A RENY. — Poucas pessoas, cm nosso paiz não lerão ouvido fallar neste macnifico prepa- ra<lo para o toucador. Usado pelas elegantes e por todas aquellas pessoas que no tratamento das alíec- ções cutaneas costumam adoptar sá preparados ngo- rosamente puros, a dif fusão desta pomada tem sido verdadeiramente extraordinária- E’ por esse motivo que não vacillamos ein aconselhal-a ás nossas lei- toras oiie deseiam possuir uma cutis liella e suave, isenta des«as pequenas manchas e sardas tão des- agradáveis-

Os pedidos podem ser feitos a esta redacção, acom- panliados da respectiva importância. Preço: 5$300. pelo correio, registrado.

CREME BELD.^DE. — Eis outro efficacissimo preparado de toucador que muito recommendamos ás leitoras. Pedidos nesta redacção. Preço do vidro 8$000, pelo correio 9$000.

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VARIEDADES INTERESSANTES

A MEDICINA ENTRE OS AZTECAS

Não ha Iradicção de que existisse um ensino re- gular da medicina no México, na epoca precortesiana. Sabe-se, no entanto, que a medicina, a cirurgia e a obstetrícia eram praticadas entre os aztecas desse tempo e guc esses conitecúnentos se transmittiam de paes a filhos.

Não é 0 caso de examinar aqui si essa forma de ensino era boa, si havia affeição por uma arte ad- quirida por taes meios; e si a medicina ensinada co- mo a ensinavam os aztecas era susceptível de aper- feiçoamento ; limi(amo-nos a constatar que aquellcs médicos, usando um cerimonial pomposo, gosavam da estima e consideração geraes. Vivendo em meio a um povo supersticioso, levando a superstição ao mais alto grào e conliecendo a Teogonia, faziam os médicos aztecas, figurar cm suas intervenções os deuzes tu- telares.

Usavam remedios, tanto vegetaes e mineraes como animaes e assegura-sc que o emprego de hervas me- dicinacs era entre elles communissimo; vendiam plan- tas de acção bem definikla sobre certos orgams phy- sicos e conheciam pcrfeilamente as leis da diure- tica, etc.

Praticavam a cirurgia; para a ligadura das arté-

rias usavam o cabello humano, c preservavam as feri- das do contacto atmospherico.

Praticavam correirtemente a fetoümia, a embryo- tomia, etc.

Mas todas estas praticas e intervenções eram leva- das a cabo, entre ccrcmonias particulares, lendo no céo os signos do mal e os prognosticos reservados ao paciente.

Observando o sol, a lua, as estrollas, as nuvens em sua constante mutação de formas, c depois de terem invocado os deuses, os mcdicos aztecas recitavam as tisanas ou procediam ás suas operações cirúrgicas em meio a luzes, fumos de folhas aromaticas ou cantos proprios. imprescindíveis nesse ritual.

Excluida a parte referente á superstição a pratica da medicina podia ser considerada boa, para aquellcs tempos, naturalmenle.

Basta lembrar que conheciam a ligadura das arté- rias muito antes que Ambrosio Paré a applicasse cm França (1536) assombrando a sciencia com essa in- novação tão util quanto benefiea.

Muitos destes dados, rigorosajnente históricos, são devidos a frei Bemardino Riveira, hcspanhol, que esteve no México cm 1529, pouco tempo depoU da conquista.

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24 REVISTA FEMININA OUTUBRO

ARTE - SCIENCIA - LETRAS

A morte de uma “paraquedfata".

O» jomaes tem notícíndo uhíma* fBfDte varias façanhas de mulheres ^paraqurdistas**.

Uma dessas mulheres morreu ha pouco temsK). nos arredores de Ber> lin; chamava*se eMa Mme. SchTni* dle*, e era casada com um aviador.

Tendo tomado luttar a bordo do aparelho pilotado por seu esposo, hlme. Sehmidier lançou*se ao solo. presa a um paraquedas, da altura de mil metros, mais ou menos.

O paraquedas, porém, só se abrio a uns trinta ntetros do solo indo Mme. Scbidier despedaçar-se no ebào.

A maior conquista poTItlca do feminismo. I

Os resultados incompletos da con* TençSo estadual l*cmocr,iHça. reu- nid.*) para escolher camfídato io governo de um estado norte ame* r^cano dlio como vietoríosa a sra. Míriam Fergu«nn. conhecida pela sua opposiçSo á **Ku KIna Klan**. Kos meios políticos acredita se ser isso ama «egura indicacSo de que a es* pr>sa do ex-ffovernadof Ferguson, que Ivi “impeached" pelo Congresso, isto é. condeninado a perder o mandato, serà consagrada pelas urnas.

Na rtatia

No concurso realisado em MMlta, ba pouco tempo, para o preenchi* mento da vaga de director da am* bulancia municipal para o serviço opihalmologico, o nomeado foÍ uma bulher a sra. Uuíza Ancona.

Um importante Congresso de mu> lheres doutoras e cirurgiils leve lugar em Koma. Foram estudados, entre outros proHemns o da pu* blicação de um annuario profis* aionai das mulheres medicas.

A morte de uma humanitaria

Palleceu ha algum tempo em Turio a sra. l.uísa GtuHo Renso, uma das mais íllustres feministas Italianas. Collaboradora assídua de revistas e

jornaes femininos, autora de varias obras sobre l.acordaire. sol»re as mulheres da Urnascença. sohre So* phia Alhine e Florenee Nighiing.ile, ella dedicara sua aclividade. prnici* palmente, á obra da educação iiiían* til.

Fot, como d:z um jornal franceZi uma verdadeira a^Histola do l»rm. e sua memuría não será tão cedo es-

qitecida pelas mulheres e creanças italianas a quem tauto amou.

Poiico antes de íallecer, já atacada pelo mal que a havia de postrar. en* viára ao Congresso das mulheres italianas reunido em Foma dua^ no* t.iveis monographlâs sobre a influen* cia do meio e da religião na edu- cação da iníancia.

Na Indla.

Quatro mulheres foram nomeadas magistrados na cidade de Romhay. Também cm Trichínopoly e Tanjore. outras duas cidades antiquíssirnas, centros da ortodoxia indu* outras duas imdhercs foram nomeadas para o conselho municipal.

Foi egualmente admíttida uma mu-

lher no syndicato da Universidade de ãtadras.

Na Holianda.

Em razão da baixa geral dos veucimentos T>ercebid<»s pelos func- cionarios holiandezes, a rainha Guí- lUermina decídío renunciar a uma parte de sua lista cívU.

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 25

At mulheres e os cargos públicos na Áustria.

Em Vienna. entre 1.200 emprega* dos na policia. 400 são mulheres» dentre as <inaes 17 exercem carsos

Alem disso a direcção da policia ▼iennense organisou unia secci^o de socorros, em uma de cu|aa divisões ba 6 mulheres enrarreeadas de pro* ceder aos inquéritos sohre crimes praticados por menores.

0 annlversarlo de uma feminista Uma das precursoras do movi*

mento íemini«ta na HolUnda i a dra. Alhete )acohs que foi. tamiwm i primeira mulher que estudou e ícz o curso de medicina naquelle paiz. Ha pouco tempo passou o TO.* an- orversarío da dra. Jacohs. motivo pelo qual todas as associações íemi* ninas eurot>eas enviaram-lhe caloro- sas felicitações.

O lechamento de um collegio na Turquia.

A secçSo de medicina do coMe* gio instituído pelos americanos em Constam inopla. secçSo essa dotada doft mais modeimos aparelhos cirúr- gicos» foi» ha pouco tempo, mandada fechar pelas antoridacles (urcas.

Esta secção fora inaugurada no principio deste anno e já se ha- viam inscripto» para o curso de

medicina mais de cincoenta alu* mnas. Era de prever» portanto,» u seu rápido desenvolvimento. Mas, — como diz um jornal francez donde transcrevemos esta nota na Turquia, como aliás em outros paízes a mulher ainda depara C4’m numerosos obstáculos no caminho de suas justas aspirações.

A mulher e o ensino superior em França.

O resente congiesso da Federação ír“i*ceza dos lyceus conccdcii em ■eus votos e delil>et^sões i.m iin* p- rtante lugar ãs preocc*:>uicões h:«dlernas <Io en.ino feminino,

T dío, »»ím. mie fosseni revisita* das as medidas tendentes ã reducção do horário das linuo^is vlv:is. ias anii- gas, e do íroncez, equiparando esse horário ao que está em vigor no ensino masculino.

Essas medidas, são tídas pelos memhros do Conselho como preju- diciaes ao pleno desenvolvimento da ínstroeção.

Foi emittido o parecer., portanto, de que seja orgaiiisada em breve, nos estabelecimentos íemniínos de ensino» uma preparação regular p.ira o ba- charel.ido. e que o certificado da ap* provação do 3.* anrK> seja organisado com caracter deffinitívo.

Como se vè. trata-se de medidas que, postas em pratica muito contri- buirão para o desenvolvimento da íns* trucçâo feminina em França.

Fremios acadêmicos concedidos a mulheres

Mme. TTarriett Fearíng. de Boston, obteve ha pouco temt*o a medalha de ouro da Academia Friince/.i, cmiio re- compensa por serviços prestados em prôl da prop.iranrta da lingua francera.

Outras mulheres premi.idas, ainda» sSor Mlles. Margueríte Pauvert e Va- leu tine Guillet a quem fnl concedido o famoso prêmio “David** rara minia- tura, pela Academia di» BeHas Artes» da França; e Mllc. Marguerione Korn. fundadora do “Xid" que rece- beu da Academia dr Sciencias Moraes e Políticas o grande prêmio de abne> gação Andiffored equivalente á impor- tância de lii.OOO francos.

O busto de Lloyd Qeorge executado por uma mulher

Uma artista inglera, 3fme. Hílton Vong. acaba de terminar um busto do primeiro ministro inglez. I.loyd Ceor- ge. F.ste husto acha-se actunlmente exposto na galeria de Aberdoem. I.loyd George admirou extraordinaria- mente este trabalho, o qual. segundo parece ao grande estadista faz-se notar

por suas admira ve is qualidades de execução.

A curiosa consequência de uma lel

A ameaça de uma restricçáo ds ímmigração japoneza para os Flsta* dos Unidos teve uma curiosa conse- quência: Mais de duzentos jovens da- quella nacionalidade estabelecidos na America do Norte, ás primeiras no- tícias sobre aquclla lel fretaram um aavio para irem buscar á patria suas respectivas noivas antes que a is- terdícção entrasse em vigor.

Uma exilada voluntarla

Miss Tumer» que faz parte da So- ciedade de Historia Natural de Nor> folk, acaba de se ínst.allar numa ilha deserta, próxima áquella cidade, afim de estudar a fauna local, extrnsa* mente curiosa. Miss Turner pediu a ir.siallação naquella ilha de um ap- parelho de radio-telephonia, pois ten- ciona domorar-ee alH uma longa tem- porada,

Mais uma vfctorla feminista

As feministas norie-amcncauas aca- bam de obter uma oova victoria: conseguiram que fossem c^imprchen- ditlas, iiKdiante apresentação de um estado de serviço duranie a guerra, entre os p.artícípamcs ao “benus bill**. Ksta lei» mau gr.ido o veto do presidente Coolidge, concede gra- tificações a Iodos os combatentes norte* aiioc rí canos, da guerra européa.

M issangas- Perlées à couleurs ! ! I

Ultima palavra de Pariz para bordar vestidos chies, por grande empenho do nos- so comprador na Kuropa, chegamos a obter, variado stock, contemporaneamente ás grandes officinas de mo- das parisienses. A moda de Paris, no mesmo momento cm S.io Paulo!

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Lw. U. N. S. P. — N.* 71 - H Maio 191*.

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«UTUERO REVISTA FEMININA 27

BIBLIOTHECA DA “REVISTA FEM1NINA“

Em toda a estante ed uma senhora culta c de bom gosto, mmea d.-vc faltar certas obras instruetivas, moraes e dc alto valor ar.ist.cu. como s.io as <|ue temos á venda em nossa reduc<;ão e que abaixo cini- mc ramos.

Todas cilas, se mexcepção podem ser lidas por senhoras c mocas. |X)is o critério com qiic foram escolhidas obetiecc a mais rig-da moral, á mais es- crupul <sa c racional selccção.

ESCRAVA OU RAINH.\, lindo ronance pu- blicado nas paginas desta revista c que alcançou uin exito verdadeirameiite extraordinário.' Livro edifi- cante i>ela sua alta conccpç.io moral, reune a esta qualidade um sensacional enredo que prende o inte- resse do leitor do principio ao fim.

Um grosso volume nitidamente impresos. 4$000. A DOR DE AMAR. Um dns mais cmi)olgantcs

romances d:i vida coutemiwranea, E’ uina narrativa de amor. cheia de episedios commoved'res. Profundo estudo psychologico. sen‘.e-sc através ds suas paginas impressionantes, a intensa sensibilidade das almas a que o destino aquinhoa com a "dor de amar”.

Preço volume. 4S0C0. COLLECÇDES ENCADERNADAS DA “ RE-

VIST.A FENflKIN.^” corespondentes aos annos de 1918. 1<'20 e 1921.

As pessoas qnc n.ão collccionaram os mimeros da nossa revista referentes aos annos acima, e aquellas que tenham interesse em conhecel-os devem adquirir estas magníficas collccções qns formam grossos e ricos volumes encadernados em percaline em avras côres e com dizeres a letras douradas. Todas estas !in'las e ntiPssimas colleccôes represcntaia um ebllo e delicado presente de anniversario. além de ser com- pletos c csolendidos repertórios de tudo o que inte- ressa não só a uma boa dona d'" casa. como toda a senho^-a de fno gosto 'e esmerada cultura.

P»'eco. 2’SfKX) cada collccção. NOVA SEIVA. O melhor livro de contos para

creancas. escriptos cm linguagem simnies e fluente, d* absoluta moral-d-’de e altamente interessantes, são estes contos de NOVA SEIVa a expressão do que melhor temos no genero. Edição luxuosa, nronria pa- ra prêmios escolares e para presentes, 6$000.

A ESPOSA DO SOL. romance de Gastão l.eroux. traduzido pela nossa distincta patrícia Ni- cota Sampaio .

Graças ao seu orimiroso estylo c enredo interes- santíssimo. este bcllo romance vem alcançando um ruÍd'’so s”ccesso.

A traducção rigorosamente estylizada é simples- mente imo'x'cavcl. i>oiid > em evidencia os méritos da nosas inteiligenfe patricia.

Preço, incluindo o registro do correio. 6$000. FLORES DE SOMBRA, bcllissima comedia em

tres actos. de CIaud'o de Souza, o festejado comedio- grapho nacional. E' uma das mod?rnas peças de nosso theatro, que maio ssucccsso alcançou.

Um lindo volume, nitidamente impressos em pa- pel “glacê" com bellas illustrações e capa em tri- chromia. 3$.^00.

EU ARRANJO TUDO. outra esplendida come- dia d cClaudio dc Souza, uni do smaiores succcssos do theatro brasi'eiro. no genero brilhante.

Um bcllo volume, impresso cm optimo papel. 3$500.

AVENTURAS DE UMA ABET.HA. livro ma- gnífico de Watdeinar Bourcls. que alcançou na Al- lemanha cerca de 400 edições. Obra de grande valor moral e ahamente instnictiva. U mvohtme luxuosa- mente encadernado, 4$000.

A FILHA DO DIRECTOR DO CIRCO. Um dos mais interessantes romances da grande escriptpra allcinã. abroneza Eeidiiian von Brackcl. A scua lei- tura empolga de principio a fim, Traducção portu- gueza primorosa. Edição dc luxo. Um grosso volume d ecerca dc 8Ü0 paginas, nitidamente impresso, pro- prio para presente. It^üüO.

O LAR, magnífico romance de Paulo Keller, autor d.>s mais conhecidos e estimado sna Allcmaniia. A traducção portugueza de Justino Mendes é per- feita.

Um volume, luxiiosamcnte encadernado, pelo cor- reio. incluindo o registro, 4$000.

O TERROR DO REI, admiravcl romance da baroneza Von Krau (Aniia). E' uma das mais em- polgantes obras do genero. A acção de intensa dra- matic.dadc passa-sc na poca dc Herodes. o terrível e sanguinário tctrarcha da Galila. Perfeílamente mnral, póde ser lido por qualquer senhora. Um ele- gante volume, ricamente encadernado, pelo correio, registrado, 6$C00.

A CASA ASSOMBRADA, magnífico traablho do notável jesuita P. Francisci Finii S. J. que tem alcançado o mais ruidoso succcssos, graças á clareza de seu estylo c ao impressionante de seus episodio.

Um lindo e rico volume, pelo correio, com regis- tro, 6$000,

JOSEPHINA, lindo romance dc Franz von Sce- bur. São bellas paginas, da mais escrupulosa moral, suggestiva e profundamente pensadas. Uma perfeita traducção portugueza põe em evidencia os meritos desta obra conhecida cm nossa littcratura so bu titulo de o “ Lyrio do Vallc”.

Um artístico volume, luxuosamente encadernado, incluindo o registro, 6$500.

NE’MESIS. Esplendido romance dc L. Haidin. Neste romance o autor nos apresenta os deslumbra- mentos de Monte Cario, o famoso casino que tantos crimes e desatinos tem causado, ao la<lo de um pequeno caso dc amor muito bem estudado.

Preço, pelo correio, 6$000. GUERRA ! Romance dc Frei Pedro Sinzig, onde

o autor ao lado dc episodios cominoventes, obser- vados com justeza, traça com segurança numcrõsas scenas desse grande drama que foi a gucrar européa.

Um esplendido volume, ricamente encadernado. 7$000: em brochura. 5$,'i00.

O FILHO DE AGAR, romance de Paulo Keller, o fecundo cscriptor que toã bem conhece a psycho- logia infantil e a vida das classes menos protegidas da fortuna.

Um bello e elegante volume encadernado, 4$000; brochura. 3$000.

JOANNA EYRE, maravilhosa obra devida à penan brilhante de Charlote Bronté. (Currcl Bell). A illustre cscriptora ingleza baseou esta sua magnifi- c aohra em princípios iiistructivos e domésticos.

Um volume rica e luxiiosamentc encadernado, com mais de 600 paginas, 7$000; brochura, 6$000.

QUARTO LIVRO DE LEITURA, obra dida- ctica de grande merecimento, adoptada em nume- rosos estaebleciinentos de ensino. E' um livro que se rccommcnda a todos os professores, pela clareza dc sua exposição e perfeito mcthodo evolutivo das matérias.

Um volume encadernado. 3$S00. UM RAMALHETE A’ VIRGEM, livro de ver-

sos do padre Alberto Sabino da Cruz. publicado por oceasião do centenário da nossa Independência.

E’ uma magnífica collecçãa de poesias que eviden- cia os altos meritos do autor.

Um volume de quasi 2!>0 paginas, nitidamente impresso em optimo papel, 6$000.

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28 REVISTA FEMININA OUTUBRO

^rAGNA PF.CCATRIX.: Neste magnífico tra- ablho a illiistres escrii>tora baroneza Aiina von Kraue, estuda de forma admiravel o espirito e os costumes do temi)o de Jesus Cltristo. Livro <|ue pelo interesse que suscita prende a attenção do leitor de itrincipio a fim. não deve falta rem nenhuma bihliothcca que se prese. Impress.ão magnífica, optimo pai>ct e trad'cção verdadeiramente primorosa, pode constituir, ainda, um d.dicado presente.

Preço pelo corerio. 7$000, O SICNAL MVSTlíRIOSO. Por M. F. Wag-

mann. E um lindo e empolgante romance, escripto de maneira verdtideiramente suiicrior. So bo ponto de vista literário, como |>or seu entrecho intere.ssintis- simo. é um livro que nenhuma pessoa amante da boa leitura deve deixar de ler.

QUADROS DA VIDA. Eis outro estupendo livro que a nosas bibliolheca offcrece ás leitoras. São, como diz o titulo, uma série de maravilhosas narra- tivas qtic. (|ucr por seus intercsMntes entrechos. t|ucr pela forma cm que foram vasadas constituem agra- daveis momentos de prazer intelloctual.

Preco. pelo correio. 5$000. A KOVA CRUZADA DAS CREANÇAS.

Kinguem desconhece o nome illustre de Henry Bor- deaiix. o autor deste magiiif co livro, Basta esta con- sideraç.ão para tc"mos a certeza de que sc trata de uma olKa esplendida, quer pelo fundo, quer i>ela forma, que é a mais perfeita e atrahente.

Preço, pelo correio. 5$.ó00. DISSE. Seria perfeitamente ocioso, depois de

tudo o que a critica externou a resi>cito do livro do

dr. Altino Arantes insistirmos no grande valor desta obra, que se recoinmcnda n.ão só pela ebllcza e ex- cellencia de seu esiylo como pelo clcvad ' espirito de sua coiiceitçâo e sua finalidade moralisadora e social.

Preço, pelo correio, 8$C00. CHRISTOVAM. Eis um delicioso livrinho que

muito recominend.amos ás gentis leitoras. Enredo in- teressantissimo, forma singela c clara, o seu custo e uma verdadeira-insignificância pois enviamol-o pelo correio metiiante a importância de 2$0(W.

O MARTYRIO DO DEVER. E’ um empol- gante drama histnrico. em cinco actos. onde o seu autor, urofuudo conhecedor n.ão só da historia partia como da technica deste genero literário, apresenta sob u ninovo aspecto a figura de Calabar. Preço 3$000.

A FREIRINHA. Ninguem desconhece esta bcl- lissima e empolgante obra devida á pena btulhante de M. Delly e tradviz da primornsamente por Fernào Ne- ves. E’ um, esplendido volume, nitidamente impresw, que pode servir, lambem, como adorno ^de uma biblio- thec.i. Perro, 4$f'00; pelo correio. 4$.ã00.

O PRIMO GUY. Outro esplendido e interossan- fissimo romance de H. Ardei, que nenhuma de nossa» amigas deev deixar de ler. A trad-icção simplesmen- te primorosa, c a impressão magnifVa. em fino papel.

Preço. 4${X;0: pelo correio. 4$500. ENTRE DUAS ALMAS. Recebemos e já temos

á veiída em nossa redacç.ão a terceira edição deste empolgante romance de V- Delly. 0 successo dc li- vraria desta magiiifica obra falia bem eloquentemente de seti valor, quer como entrecho, oiter como forma.

Preço, 4$0C0; pelo correio, 4$500.

A arte de Sfradivarius

Apezar da opin'ão. generalisada, de que só na Eu- ropa e nos Estados Un.dos existem exemplares au- tlK-nticos de in-triimentos de corda fabricados jiclus famosos " liutistas" do scculo XVIII entre os quiics se notahilisou Amonio Stradivarius. não resta duvida dc <|iie nos demais p.aizes da America do Sul não se enconmm. tainliem e em perfeito estado, instrumen- tos devid>-« aos celebres mestres.

Alvo de muit.is discussões tem sido o valor dos di- ctos instriimciuos, principálmeiite pelo confronto que se tem eslabclccido entre elles e os mais perfe.tos exem- plares mixlernos do mesmo genero.

Mas em <|ue consiste, afinal, a differença entre um Stradivarius c um viol no <le recente fabricação?

Encontram-se. actualmcnte. madeiras tão Iwas como as que empregavam Stradivarius, Guarneriiis, .Amati e outros famosos fabricantes de violino.s. As ferra- mcnias usatlas lioje são incontcstavelmentc superiores ás que se usavam naciuelle tempo: quanto aos operá- rios n.ão podemos considcral-os menos hábeis que os antigos, antes utdo ind ea que a sciencia do detalhe e a csthetica geral são actualmcnte muito mais cuidadas.

Donde, provem, pois. ossa suncrioritlade dos ins- trumentos antigos sobre os modernos?

De uma unica coisa: a que os antigos mestres co- nheceram. e «iiiiç.á. n-esmo. crearam a oni.ftica do vio,^ lino, que não é dev da. apenas, á espessura combinada da matleira. nem á relação milimétrica existente entre as '■iirvas e os planos.

E’ este 0 segredo que Stradivarius levoti comsigo para o tumulo. pois a qualidade do som não deve ser attrihuida. como muitos affirmam. á antiguidade da made-ra. nem á data remota da fabricação, dado que artistas mais antigos e t.ao hábeis como os citados não conscLoiiram fabricar violinos cuja sonoridade iguale aios feitos por estes.

Muitos acredilam. e. entre estes grande numero de profissionaes. que totlo o segretlo da sonoridade dw violinos de que tratamos, consista, apenas,^na quali- dade do verniz que os mestres “ liutistas ” antigos empregavam.

Em troca, os que detlicaram largos annos ao es- tudo destes .-issumpios asseguram — e demonstram-no, praticamente — que um violino sem verniz icm maior sonoridade que um envemizado.

0 objectivo do verniz, é, pura e exclusivamenle. conservar a madeira, prcscrvando-a das influencias atraosi>hcricas. tal como o verniz dos tiuadros qtie_é empregado apenas para defender a p ntura e nao para produzir uma maior emoção esthetica.

E' ridicula, pois. a lenda corrente de que Stradiva- rius. á meia noite, quando suas officinas estavam desertas, ileitava no recipiente do verniz uma myste- riosa composição chimica cuja formula só elle co- nhecia.

Em resumo, o valor sonoro do violino (e disendo violino referimo-nos a (odos os instrumentos tocados a arcol consiste no gráo de habilidade do artífice que 0 fabrica.

De resto, cm todo o violino fabricado com perfei- ção o son melhora com o anilar do tempo, o que já n.ão succede com instrumentos defeituosos cuja sono- ridade peára atravez dos annos.

E jíomos aqui ponto final, lembrando as argutas palavras de Adolplio Hcrschel (filhol affirmando que si todos os vioinos attribuidos a Stradivarius fos- sem authenticos. o celebrado mestre “ 1 utisla ” te- ria, certamente, gosado de uma longevidade como a de Mathusalem. o qual. como todos sabem viveu ape- nas a bagatela de novecentos e oitenta annos...

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 29

0 0liE Ê /ICTUIMEVTE fl SOSSIl EXPOSIÇJ PEBMEESTE

DE TfiABUUOS FtMINIKOS

O EXTRAORDINÁRIO EXlTO DA NOSSA

“SECÇÃü DE Cumpras e remessas”

o sucesso enorme que vem obtendo a no«sa serção de “Compras e Remessas” entre os milita- res de leitoras e amigas da "Revista Feminina” equivale a um verdadeiro trinmplio.

Ao crearmos este departamento tinhamos a plena certesa de irmos ao encontro do desejo de todas as nossas assignaiues do interior, para quem a distancia, difíiculdades de communicação, atra- los nos pedidos feitos a casas deste capital etc., constituíam serias difficuldades e muitas vezes, mesmo, graves prejuizos de toda a ordem.

N.io calculavamos, porem, o Irrgo. enorme, in- tenso desenvolvimento que esta secção teria em tão breve espaço de tempo.

Fomos, assim, obrigados a amplial-a, dotando-a não só de locaesmaís amplos e melhor adequados aos fins a que se destinam, como ainda de pessoal technico mais numeroso.

Mas. não importai No desejo de corresponder á sympathía c amisade de nossas leitoras e assi- gnantes est.inios promptas a arcar com to<los os encargos que a nianut.mcâo de nosas sccçòcs acarreta, cr-nio é facil dc imaginar.

Fsta secção, n.no é. assim, uma fonte de receita. Representa, apenas, um extraordinário melhora- mento. creado no exclusivo beneficio de no.ssas queridas assignanios, ou daqticllas pe^soas que ao fazerem se>i pc<lido de compras tomem por u«n arno a asslgnaiura da revista.

Nossa secção de compras e remes.sas está per- feitaniente apparclhada para attender todo e qual- quer pedido, como seja : ntoveis de qualquer esty- lo, louças e utensilios de cozinha: objectos artis ticos e de dccoraç.ão; quadros; bronzes: hibelots; enxovaes para noivas e para reccm-nasciilos; fa- zendas, luvas, chapéos. sapatos e tudo o mais. em- fim, que nossas queridas assignanics desejarem adnuirir nesta capiial.

Por aceordo estabelecido entre e«ta direcção e os principaes estabelecimentos de São Paulo c do Rio de Janeiro, lofias as compras fcilas por in- termédio nosso n.io só gosarão de preços exce- pcionaes como da garantia de qualidade superior.

Mas uma das grandes e rcaes vantagens que offerecenios é a rapidez com que são despacha» das a.s encomniendas, e seu perfeito acondiciona- mento.

Todo e qualquer pedMo feito á nossa “Secç.ão de Compras e Remessas" é ímmedlaiamente exe- cutado; o acondicionaniento é feito com o máxi- mo escrúpulo, por pessoal conipetcntissimo. de forma que toda e qualquer enconinienda chega a 5eu destino perfeitamente intacta e no menor es- paço de tempo.

Fazemos notar ás no.ssas gentis assignantes que em se tratando dos F.stados e de lugares do interior demasiadamente afastados, muitas vezes entre o recebimento de nossas cartas com amos- tras e a resposta autorisando a compra, os preços dos artigos sobem, ou os mesmos se cxgotam na praça.

E' assim, de bom aviso, calcular-se os preços sempre susceptíveis de uma pequena elevação.

Também pedimos ás queridas amigas o seguin- te; os pedidos de amostras devem vir acompanha- dos^ da respectiva importância para a remessa e registro. Toda e qualquer consii'ta que nos fa-am a respeito desta seccão deve. egtialmente, vir acom- panhada dos seMos para a resposta.

Quanto ás cartas contendo d‘nheiro devem vir registradas, com valor declarado e endereçadas a esta redaceão: rua Conselheiro Chrispiniano, 1 — S. Pnulo.

Creamos este magnífico departamento que é a nossa^"Exposiçào permanente de trabalhos fe- luininos” para esiiniitlar as artes do genero em nosso paiz. quer |icla exposição dos lavores. em nos- süs “vitrines" qer pela venda dos mesmos, em betitficio das expositoras.

Instituição única e modelar, em nossa patría, seu exito vem destle a fundação da “ Revista Fe- minina” num crescendo vcnladciramente assom- bro.so, pois que nossas queridas amigas e assi- gnantes. coinprcliendciKlo seu largo alcatice mo- ral e econoniico. tem vindo, felizmente, ao encon- tro ile nossos desejos.

Temos apresentado ao publico e vendido milha- res e milliares de trabalhos, como rendas, borda- dos. roupas brancas bordatías. roupinhas para creancas. toalhas finas para mesa etc.

A grande iniiirensa nacional por varias vezes já se tem referido elogiosamciiie a esta nossa impor- taiiiissima secção. pondo em relevo o extraordi- nário valor da mesma como factor educativo da mulher e elemento de economia domestica.

Basta dizer-se que. dos trabalhos vendidos, em nossa expnsiç.ào. apenas deduzimos a insignifi- cante porcentagem de 10 o;o com que supprinios as despesas da mesma.

L himainente, o incremento que tem tido este departamento é verdadeiramente excepcional.

Dc toílos os pontos do lerrítorio nacional re- cebemos centenas de lavores femininos para serem expostos c vemiidos o que nos obrigou a ampliar os locacs destinados á e.xposiçâo. e encarregar de sita manutenção pessoas especialistas na ma- téria,

Trafa-se. assim, aetualmcnte. de uma de nossas secções de maior importância e movimento.

Expomos e vendemos nella. trabalhos enviados pelas nossas gentis assignantes. como sejam: ren- das, bordados, peças para uso domestico, como por exemplo, roupas brancas, bordadas, para creancas e adultos; enxovaes para noivas e ba- ptisados; toalhas finas para mesa. com applica- ções; centros de mesa e giiardauai>os finos, e em- fim. to<lo e qualquer traballio feminino, que apre- sente uma titilúlade pratica ao lado de um aca- bamento perfeito.

Também acceitamos para a exposição lavores de ontro genoro. como pinturas a oleo e a aqua- rclla: pvrogramniia. irabalbos em seda, em esta- nho “repoussé" etc. Mas os trabalhos de maior proctira e mais rapida collocação são. indiscuti- velmente os que enumeramos em primeiro lugar, isto é. rendas, bordados, roupas brancas finas, toalhas, guardanapos finos e todo O mais que se relacione com este genero.

E’ indispensável, também, para a facilidade de venda, que todos os trabalhos enviados sejam fi- nos e perfeitamente acabados.

Pequeninos guardanapos e pannos. embora artis- tico.s e ricos, não teem a prompta collocação que teem aquelles lavores que acabamos de enumerar

Toda a moç.i. ou senhora casada, por interme- die de nossa Exposição pode e de\-e assim contri- buir para o estimulo da arte feminina em nosso paiz. apresentando ao publico o produeto dc seuí esforços e contribuindo ainda, para o bem estar economico do seu lar.

Assim, pedímos a todas as nossas queridas assignantes e amigas qtte nos enviem o maior nu- mero possível de trabalhos, que devem, perfeita- mente acondicionados, ser reTnelt'dos a esta re- dao-no: rua Conselheiro Chrispiniano n.* 1 — S. Paulo.

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30 REVISTA FEMININA OUTUBRO

 nossa contribuição em pról da cultura patria

A BIBUOTIIECA COR DE ROSA

A inciiltura, (para amenisarmos um pouco a durcsa da expressão) é, infelizmsnte, em nosso j>a:z, um dos males sociaes mais pro- fundaivente generalisados € de mais perni- ciosos cfíeiios.

Quando, em outros paizes, formam-se ligas contra o analphabetismo. associações, etc., para 0 combate á ignorância, para a proj>aganda da culmra e instrucção. isto sem fallar nam me- didas de caracter official e que formam quasi sempre a parte mais importante dos program- nias dos partidos, iiós. cruzamos os braços num fatalismo verdadeiramenle lamentavel.

Foi no intuito de contribuir para o esta- belecimento d euma obra de verdadeiro e são pa'r;ot;smo como é esta do soergivmento men- tal da raça que resolvemos instituir as nossas bibro'b'e--as a prestações. Com]>òem-se elías de duas collecçôes: a "Azul” que continua a ter entre nossas leitoras e aoreciadoras dos bons livros um extraordinário successo. e a "Bibliotlieca Cõr de Rosa” que acabatros de orgatii.sar e acha-se á venda em nossa redacção.

Compõe-se a "Bibliotheca Cor de Rosa” das seguintes obras;

Maf/iia Pccacatrix — romance do tempo de Jesus Chr'sto. E’ um dos melhores trabalhos literários da baronesa Anna Von Krane. A traducçào portugueza. de Isocrates. pseudo- nvmo sob que se esconde um illustre homem de letras, é primorosa.

F,ii''adernação luxuosa e nitida impressão em fínissimo papel.

Guerra — Romance de Frei Pe<lro Sinzig, onde 0 autor descreve, de modo impresionan- te. mime"osns pn’sr>'lios • dn grande guerra. E’ um explendido volume, ricamente encader- natlo,

Jo(j’v'a Frrc — Maravilhosa obra deviva á penna brilhante de Charlote Bronté (Currel Bell).

1'studo magnTjro de psvcho'ogia baseado todo el'e eni principios instrnctivos e domés- ticos. Volume dica e lu.KUOsameiite encader- nado.

O Simía! M\s*fer'oso — Por M. F. Wa- gmann. E’ um empolgante e admiravel roman- ce de costumes norte-americanos, cujos epi- sod os dcscrintos com grande arte p"cndem o interes.se do leitor do principio ao fim do li- vro. Traducção magnifica e encadernação lu- xuosa.

Quadros da Vida — E’ um dos melhores trabalhos de Ancüla Domiiii. a tistincta es- criptora fluminense. Um bellissimo volume encadernado.

kcla uuio de uma utcuiiia — Romance bra- sileiro de actualidade. por frei l’edro Sinzig. Obra almamente moral e vasada num estylo fluente, constiuie um dos meihores ornamen- tos da bibl othesa de uma senhora que ])rese as boas lertas. \’ohime encadernado, e illus- trado com lindas gravuras.

O filho de Agar — Romance de Paulo Kel- Icr. Uma das obras de maior exito, nos úl- timos tempos. Um magnifico volume enca- dernado. Temos, tanibem, eni optima bro- chura.

Flores de sombra — Não ha, certamente, em noso paiz. quem não conheça o nomes fes- tejado de Cláudio de Souza, o illustre autor de "O Turbilhão” e "Flores de Sombra”, que 0 consagraram como u mdos nosos melhores comediographos t é uma verdadeira obra pri- ma e:n seu genero. Um lindo volume, nitida- mente impresso em papel glacê, cóm lindas .gravuras e capa em trichomia.

Eu arranjo tudo — Outra esplendida co- media do mesmo autor. Bellissimo volume, de impressão nitida e elegante

Calabar — E’ um profundo e empolgante drama, em cinco actos. onde se estuda a fi- gura histórica do celebre pernambucano

Um volume muito bem impresso e enca- dernado

Christovam — Linda narrativa, num estylo claro e preciso, devida á pena de Conrado Krumniel A traducção portuguesa, de An- cilla Dom‘ni. nada de'xa a desejar. O mesmo pode-se dizer da impressão e encadernação do volimie.

Lições praticas dc grammatica c ortographia — Obra didactica de grande merceimento, e adaptada em miniero«os cstabelec mehfos de ensino, não deve faltar em nenhuma estante quer como material de consulta, quer como magnifico tratado expositivo.

Volume muito bem impresso e optinnmente eu"adernado. E, finalmente a maravilhosa colecção da "Revista Feminina” ■ core l.ton- deiite ao anno de 1920. Só por si. este vo- lume de nossa collecção representa um inegeta- lavei factor de enltura c um esplendido ele- mento decorativo de bibliotheca.

Esta é a no.sa modesta contribuição em pról da diffu.=ão de bons livros em nosso paiz. Como. porém, não esquecemos a parte finan- ceir.i. que muitas vezes impede a aequisição <le livros como estes de que se con>põ m esta h'bliotlieca eis as grandes vantagens que of- ferecemos ás nossa s'e'toras:

1.' — A imnortancia de 80$000 que é o custo da ‘‘Bibliotheca cor de rosa” nos será

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 31

pasra. 20S000 no arto da compra e os restantes ÓC^OOO eni prestações mensaes de 10$000.

2.® — A toda a pessoa qiie prefira pagar toda a importância de uma só vez. faremos o desconto de 10 por cento sobre o total da mesma.

Terão direito a estas vantagens apenas as nosas assignantes o-i aquellas pes<oas que ao fazerem o seu pedido, tomem a assignatura da nossa rev'sta por um anno.

Tcda a importância que ncs f<‘>r dir’g’da para este fim, deve ser enviada, cm carta re-

gistrada co mva’or declarado, vale postal, ou cheque para a “redacção da Revista Feminina, — Rua Conselheiro Chrispiniano, 1 — São Paulo”.

Os pedidos desta bibrotlieca devem vir acompanhados da im;x)ríancia de 20$000. e de uma carta onde o signatário declare acceitar as condições acida descriptas e a res])onsa- hilidade dos respectivos pagamentos mensaes de 10$000.

Caso no montento de recebermos o pedido nos falte algum livro substituil-o-emos por outro de igual valor e interesse.

A BlBLiOTHECA AZUL

A primeira ds nosass bViothecas. a que demos o nome de “ Bihliotheca Azul", compõe-se das seguin- tes notáveis cbras:

" Escraív ou raúj/;a'’ — lindo romance, que al- cançou grande siiccesso pela sua concei>ção altamente moral, e pela forma em que foi vasadu.

Um grosso vohims nitidamente impresso. "O Lar" — l>ellissimo romance de Paulo Kcl-

ler. nome coiihecid ssimo cm sua i>atria — a Alle- manha.

A traducção portugueza é esplendida. Um volume de luxuosa encadernação.

"Nora Srr.-a" — um dos melhores e mais bel- los livros de contos para creanças. itistructivos e es- criptos era linguagem fluente. Ed.çâo luxuosa, pró- pria para presentes c prêmios.

" Es/>osa do Sol ” — romance de Gast.ão Lcroux, oh'’a esplend damente traduzida, de alto valor moral. Um belissimo volume.

“ /4 Jaiií/úda ” — linda comedia de Cláudio de Souza.

"As Sensithvs" — outra belia comedia do mesmo autor.

"Àvenliiras de uim Abelka" — livro adraira- vcl de Wa demar Bourech, que alcançou na Alleraa- nJia para mais ds 4J0 edições, é uma obra d dactica dc cxtraordmariü valor. Um volume ricamente en- cadernado.

"/i l'IUia do D'redor do Circo ” — Uma das obras mais conhecidas e estimadas da l>aroneza von Bra’ el. um grosso volume de mais de 800 pag.nas, espleud.daraente encadernado, proprio para presen- tes.

"A Casa Assombrada” — notável trabalho do jesuita P F'-anci.'co P'nn. que obteve um gro”'’e .fic- cess ) de livraria. Um iin I) c rico vola.tij enc: dirin Ja ?

“ Nànesis" — romance onde se esf. d i. com propriedade e segurança de processos, os deslumbra- mentos de Mtnitc Cario, este celebre casino onde tam-

tos d-amas se têm desenrolado. Lindo volume enca- dernado.

“Josephina” — esplend’do romance d: Franz von Seeburg. mnitissimo bem traduzido, e de interes- se empolgante. Um artístico volume encadernado lu- xuosamente.

" Dôr de Amar” — interesasnte romance da vida actual. Narrativa dc amor c sentimento, verdadeira- mente commoved.ira. Um volume dc impressão ma- gnífica.

"Um Ramilliele á Virgnn”, "Adalius”, "O Terror do Rei” e finahnentc, um Quarto Livro de Leitura adopiado cm numerosas csc.olas do Brasil.

No intuito de facilitarmos ás nossas leitoras a acquisiçáo desta csplend.ca culiccção, cis as vanta- gens que offcrcccmos:

1. ° — A imix>rtancia de 70$n0fl que é o custo da " Bibliothcca Azul", nos será paga, 20(i$00 no acto da compra c os restantes 50000 cm prestações mcii- saes de IO$COO.

2. ® — A toda a pessoa que prefira pagar trda a importância de uma só vez. faremos o desconto de 10 o|o sobre o total da mesma. Terão direito a estas vantagens, apenas as nossas assignantes, ou aquellas pessoas que ao fazerem o seu pedido, tomem a as- signatura da nossa revista por um anno,

Toda a importância que nos fõr dirigida. para_ este f.m. deve ser enviada, etn carta registrada com ralor declarado, vale ]»ostal ou cheque para “a re- dacção da Revista Fem,nina" — Rua Conselheiro Chrispiniano, 1 — São Paulo".

Os ped dis desta bibliothcca devem vir acompanlia- d >s da importanc.a de 2 1$ÜÜ0. e de unia carta onde o sigiiatario declare acceitar .as condições acima des- criptas e a respons.abiiidade dos respectivos paga- mentos mensaes de 10$000.

Caso no momento dc reccebrmos o ped'<lo nos falte algum livro s ibstituil-o-emos por outro de cgual va- lor c imeresse.

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“CONTE-AS NAS ESTRADAS”

COÍiVTDAMOS V. EXCIA. A VISI- TAR O NOSSO MOSTRUARIO NA

EXPOSIÇÃO DE AUTOMÓVEIS NO

PALACIO DAS INDUSTRIAS.

SALA “H" - ST AND. 4 - OUT. 4 A’ 12

DISTINCTO

A discreta distineção que V. Exc. nota n’um aulontovcl fechado Studel^aher. suas linhas simples, seu conforto e Iu.\o. não c o resultado de uma mera casualidade. Só a experiência pódc obtcl-os. o amor ás cou- sas finas e uma organização montada em tal fórma que permitte a d-dicacão neces- sária para conseguir a maior perfeição em carros de luxo.

Mesmo que pague por outro automovel, duas vezes o pr<ço de um Stud baker, não conseguirá nada melhor que este.

Não compre um automovel, sem primei- ro conhecer o Studcbaker.

STUDEBAKER DO BRASIL S. A.

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SAO PAULO

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RIO DE JANEIRO

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os MAIORES FABRICANTES DO MUNDO DE AUTOMÓVEIS DE ALTA QUALIDADE

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OUTUBRO REVISTA FEMININA

iVovo Irratiamentro <Ío o«t>ello

RESTAURAÇÃO — RENASCIMENTO — CONSERVAÇÃO

l-ormula Scientifica do tírands Botânico Dr. (irou :uJ, cujo segredo foi comprado por 200 contos de réis Aporovatla e I.Iccnciads pelo Departamento Nacional Ca SauCe Publica pelo Decreto N. 1.213, em é de Fevereiro de 1023

Recommendada pelos principaes Inrtitutos Sanitários do Extrangeiro

A Loção Brilhante é o melhor especifico indicado contra:

Quéda dos cabellos — Canicie — Embracigueci- mento prematuro — Calvice precóce — Caspas — Seborrhéa — Sycose e todas as doenças do couro

cabeiludo hranrnc Segundo a opiniSo de muitos sa- Ui <aiit.ua jjjgj complrtamcn'e

provado (jue o cmhranciurciineoto dos cabellos não passa dc orna moleslla. O cabrilo cae ou embranquece devido á d.-- bilidaile A'a raia.

A LOÇAO BRII.IIANTE. pela sua poderosa acçio tônica r antiséptica agindo directàmente sobre o bulbo, é po's um eacellente renovador dos caSellos, bariias e big <!■ s brancos ou grisalhos, devolvendo-lhes a còr natural prii-ii tiva, sem pintar, e emprestando-lhes maciez e brilho ad- mirável. Caspa — Quéda dos cabellos moléstias <iur aiacam n couro cabeiludo dando como r.-sul - tado a qufda dos ca!>H1os. Dr<tas a mais commum aÍo as oaspa*. A l.OÇAO nMI.lIANTE con-erva os eaVellos. cura as aífcccdes parasitarias e dcstròe radicalmentc as caspas, deixando a cabeça limpa e fresca.

A I-Ol^AO RBILH.ANTE evita a quéda drs cabellos e os lorta leee.

Cabellos

Nos casos de calvice com tros ou quatro se- VasviLC (fp appl-cac5et consecutivas começa a parte raiva a ficar coberta eom o crescimento do cabdlo. A I.OCAO BBILIi.ANTE tem leito brotar cabellos apds prriodes dí alopecia e até de amos.

Eila actua estimulando os foltxros pilosos e â'sde que haja eiemínios de vida os cobelles surgem novimentc. Seborrhéa e outras affecções terminadas pela seborhéa ou outras doenças do couro ca- bellndo os cabellos caem, quer dizer despegam-se das rai- zes. Em seu lugar nasce irma penugem que segundo as cir- cumsiancias c cuidado <iue se Ibe di cresce ou degenera.

A LOÇAO BRII.II.ANTE extermina o germen da srhnr- rbéa e outros microbios, snpprimc a sensação de prurido e tonif*ca as raires do cabrllo. impedindo a sua qu*'da. Xe-sz-licsrtéfl/sczs também nmadoenca, na qual o ca- 1 ru.nupi.iuse par-e. Pôde partir bem no meio da fio ou pôde ser na extremidade, e •apresenta um asoecto de espanad *r por causa da d*soci' ç^o dai ftbrnhns. Além disso, o eabeüo t-ma-se haco, feto e «em vida. Essa doença teni o nome d- trichoptilose « é vii!"armente conhecida por cabellos espigados. A LOÇAO BRILHANTE, nelo «ep alto pMer antiséptico e alimen‘a- dor, cura.a facilmente, dá vítalidrde ao$ cabellos, deix.in- do-os mreto«. tus-rosos e agred*t'*^ts é '"s***.

VANTAGENS DA LOCÇO BRILHANTE 1. * — E' ahsolutamente itioffcns-va. podendo por*»nto sei

asada diariamente, e por tempo indeterminado, porque a sua acção é senvpre benefica,

2. * — Não msncha a p^lV neen queima os cahelles, coioo .acontece com alguns remedios que contém nitrato de prata e outros saes nocivos.

3. * — A sua ação victalísantc sobre os cabellos brancos, descorados cm grisalhos começa a maoifes^ar-se 7 oti 8 dias depois, devolvendo a c6ór natural primitiva gradual e progressivamente.

4. V — O seu perfume é delicioso, c não contém oleo nem gordura de especic alguma que. como é sabido, pre- judicam a saude do cabelln.

MODOS DE USAR Antes de appiicar a LOÇAO BRII.Il.ANTE pela priiiietra

vez é conveniente lavar a cabeça com agua e sabão e en- xugar bem.

A Loaão Brilhnte pôde ser usada em friecões como qual- qu-r loção, porétn é preferível u»ar do modo seguinte:

Deita-se meia colher de sopa mais ou menos, em uin pi- res. e ceem uma pequena escoo-a embebida de LoçSo Brl-

lhcn:e frtcciona-se o couro cabeiludo bem junto á raiz ca- piilar, deixando a cabeça descoberta até «ecear.

PREVENÇÃO Nàt> acceitem nada que se diga ser “a mesma coisa" o«

■tâo bom" como a LÇÇAO BRII.Il.ANTE. Pôde se ter graves prejuízos por causa dos substitutos.

pENSE V. S. em ter novamente o basto, lindo e lustroso calccllo <iue teve ha annos pass.ados.

pENSE V. S. em eliminar essas escatnas horríveis que são ••s caspas.

V. a, cm resuiuir a vercafleira cor primitiva ao 'eii cahello.

pENSE V. S. no ridículo qtie é a cnlvic'c ou outras mo- lesttas parasitarias do couro cabeiludo.

Nada pôde ser mais co---"i'‘ent" p--. S, do qiir exoe rimentar o poder maravilhoso da IX)ÇAO BRILHANTE. N*o se esoitgça. Compre um frasco hoic mesmo. Desejamos convencer V. S. a>- a evidencia, s-o!ire o valor heoebco da LOÇAO BRILHANTE. Comece a usal-a hoje mesmo. NSo perca esta ooportiinidide. \ I-'^'~AO TUITI.HAVTR está á ve”'a em todn* as ifre.

ganas, pHarmaeias, barbeiros e casas dc perfumarias Si V S. nio encontrar I.OCAO BRILHANTE, no seu í.-rnecedor] cor‘« 0 coupon abaixo e mande-o para iiôs. que inimedmia mente lhe remetteremos. pelo correio, tim frasco desse .afa r- ‘i especifico capiliar.

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34 REVISTA FEMININA OUTUBRO

PUERICULTURA

o BANHO DOS RECEM-NASCIDOS

A opinião do director da liygiene infantil da Bahia.

Não ha nmito tempo esteve no Rio. em fóco, a questão do banho d.is bebes. por(|iie a sc.eiicia não tinlia como ponto iKicifico a n.cess.dade de se evi- tarem os hanlms commnns por meio de lavagem a seceo. Oiefiaram o movimento divergente doas atito- ridades incontestadas no asumpto e menos emiKjnha- dis no debate propriamente d.to do <|oe no d.-sejo de acerto e br>a inteneào ás jovens e fmuras mães. Não liuiive. porem, uma solução definitiva, nias um aceor* do na observação por isso <|ue os professores Figuei- ra e Fernan.Io Magalhães assentaram suhmetter o caso ás luzes resultantes de uma rigorosa estatistica a ípie se está procedendo na Pro-Matre. Mas. esta exiiccialiva não invalida de certo o valor di actuali- daile de Oi>inIão do Dr. Mariagão Gesteira, que a.ssim vem de se exprimir sobre a matéria, com a sna autoridade de director de hygienc infantil da Bahia:

— Certo, ninguém contestará a necessidade de banhar d ariamente o “ rccem-nato" (cm technolo- gia medica mais corrente, como V. bem sabe. se de- signa assim a criança “por todo o d.’Curso do pri- meiro inez") e o lactento. Ksta solução total diiiria do menino é preceito rccommendado. sem d screpan- cia. por tod.os os piiericultores, mesmo por aqn lies que praticam em climas frios, onde o banho geral d.ario é, para o adulto, cousa tão rara que a niiigiiem escandaliza o consellio do eminente Anderodias( na “ Pratiiiue des Malad cs des Fnfants": “a nutriz deve ser e.rircniainenie asseiada, isto é, tomar imi banho de oito em oito diof. rm. pdo menos de duas

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 35

tm duas je«iOHOí.’ Os gr>'phos e o siffnal admirativo são meus.

No t|iic dispartem as opiniões, e n.no sómenie entre nós, é s»l>'e se a itratica d> banho geral d ario deve ser iniciada ininiediaianicnie após o nascimento ou se sómwne <iept>is de compleianiente cicratiazda a ferida ainbelical.

Com 0 grande pediatra ingiez F.mmet Hoit, <]ue com essa noção abre o sen excelleii.e Iivriiin.» de puericultura (“The csir and fcidiiig of chi'd-Tn") e o eminente petl atra brasileiro Fernandes Figueira, julgo condeninavcl o lianiio geral, antes de sarar a íer.da <1" umbigo, que é i»rta hospitaleira á incursão micrubiana.

As loções feitas com esprmja cmiielvda em agua tépida. SC se teve o cuidado prévio de descmbar.açar, por rneio de azeite esterelizado ou vascl na. a iiebe de endueto sebaceo de que vem revestido o recem- na-ic (I'. asseguram nin asseio satisíactofio c sufii- ciente até que se possa, sem risco de contamiiuçào, nie’-"ulhar a creancinlia no banho geral.

Essa é, a meu ver, a boa pratica, infelizmente ainda não sufficiciv.cincnte dif fundida entre nós.

A allegaç.ío de qne a esterilização da agua do banho evita os iierigos da infecç.âo. não procede e por d'iis motivos: primeiro, jioniue o haiihn com agua rigorosamente esierilisada, só nas Maternidades é possivel; segundo, por ser a segurança dada pela csteH''zacão da agua apenas illusoria. uma vez que a só immersão no Iwnho do corpinho do recem-nato, que acabou de atravessar um canal bastante séptico (e quantas vezes nâo le.stemnnba o ivibrezinbo. c in graves ophtalmias e temíveis outras ••infecções obs- tetricas”, o tremendo assalto microbiano da traves-

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sia!) basta para iwlluir o liquido c condicionar a contaminação da ferida.

E nem se invoque, como argumento em favor do velho processo condemnavel. o contraste'entre a ge- ncral.dade da sua pratica c i raridad; das infecções umbeilicacs que o argumento não colhería, pelo menos entre nós, onde laes infecções são. ao con- trario, frequentíssimas.

Claro que não quero alludir ao tétano innbcllical, ao inexorável “ mal de sete dias", que rarissinio em todas as cidades cultas, é ainda imia das nossas tris- tes vergonhas, tendo victimado. na Bahia, de 1904 a 1918, segundo as estatísticas officiaes, 1922 rocem- nascidos! Não a clle, que ss deve, ordinariamente a contaminações mais directas do umbigo, por meio dc varias substancias “ curativas" empregadas pelas "comadres” e cm cuja extravagante lista figura em primeiro logar o fumo em pó, excellei.te vehi- culo para o germen de Nicoleyer; mas. sinr, a in- fecções menos apraratosas passando muita ves des- apercebidas ou trahindo-se apenas pela demora da cicatrização ou pela exsudação prolongada do côto e que nem por menos estrepitosas deixam dc ^er graves, <iada a repercussão costumeira sobre o li- gado. ' •

Essas infecções, assim attenuadas, cuja grande frequência se póde avaliar pela do ‘‘ fungas umbellí- cal sua habitual sequeia e testemunha — dc veri- ficação (juasia diaria — no contacto da ferida com a agua poUuida do banho têm liabitualmente a sua ori- gem.

Assim, julgo alicerçada em bcas razões a coiide- mnação do banho geral antes da epidermisação com- pleta do umbigo, não estranhando, todavia, a d.vcr- gencia de opiniões, sabendo como eterno vezo dos es- citlapios — mesmo sobre as cousas mais racionaes e claras... “mediei certant ”.

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üUTUHKo'' REVISTA FEMININA 37

NOTAS DE VIAGEM

1

A PKNITKNCIARIA DK S. PAULO

(Contribuição cscriina cspccialniciiR- para a " Kcv. Feminina " ).

A’s y lioras «la manhã do dia 29 de Maio do cor- rente anno. em frente ao niagnifico prédio onde estão amplamentc installadas as mnltiplas secções do Cor- reio Geral, tomava o bond, 43 (Sant’Anna) qtie, após cerca de meia hora <ie trajecto. <leixo«-mc na en- trada <la rua Carandirú onde está situada a Peni- tenciaria do Kstado; mais meio kilometro a pé c en- contrei-me em frente á entrada geral provida de dois grandes iKiriôcs de ferro, separados um do outro IHir um iniervallo de quatro a cinco metros; esse systhcma dc portões duplos tanibcin se encontra nas sahidas do edificio principal e facilita signlanneiite a fiscalisaçâo dos que entram e sahem.

Nunca os dois portões se abrem ao mesmo tempo mas alternativamente!

Até 1) presente n.á<i se registou nenhuma evasão, parecendo mesmo iiniKissivcl t|uc tal facto se verifi-

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que: a organisação do serviço dc vigilancia foi intcl- ligcntemente *feita, sendo exercida fiscalisaçâo con- tinua das fronteiras do grande recinto por meio dc torreões situado.s nos ângulos.

Xo dia anterior, por intermédio dc um amigo muito distíncto e prestimoso —- o dr. Augusto d? Ma- galhães. medico e consul de Portugal, •— eu obtivera d<i dircctor — dr. Pi.sa — a necessária permissão para visitar a Penitenciaria, sendo portanto, esperado.

De facto, mal enfreiitei-inc com a primeira grade do duplo portão dc entrada o porteiro indagou pres- suroso: — “ O sr. é o dr. Frójs?” e. deante de minha rcs|>osta, naturalmcnte affinmativa. levou-mc até o corpo principal do edificio, onde rne "entregou” aos cuidado.s de outro empregado, tendo antes pedido para guardar umas revistas que eu Icvára commigo. Atravessamos um grande par<|uc, de hello aspecto, graças ao tratamento diariamente ministrado pelos 100 presidiários encarregados de auxiliar a sua con- servação! Do lado direito para quom entra ergue-se a elegante Viila em que resid; o dircctor que alii se encontra constanfeniente, exercendo fisca- lisação directa. Na platibanda central do prédio lê-sc uma inscripção que eloquentemente traduz os fins nobilissimos visados nas penitenciarias modernas, verdadeiros institutos onde “ o trabalho, a obediência e a bondade resgatam as culpas do passado!

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38 REVISTA FEMININA OUTUBRO-

Eiitrando na ante-sala. onde um scrvent»iar=o mais graduado mc recebeu, fui por este introduzido no gabinete do direcior, onde outros visitantes o aguar- davam.

Daiii a minutos abriu-se uma porta e entrou o dr. Pisa. tyi» de atlileta, de pliysinnomia sympatiiica cujo todo nos deu a impressão de um mixto de ener- gia e bondade, de vigor e delicadeza 1

Essa impressão primeira foi plenamente corrobo- rada. no decorrer da visita.

A penitenciaria se compõe de grandes pavilliões. de quatro andares, servidos por escadas e elevadores; tem cariacidade para 1 200 (iresos. mas provisoria- mente uma parte dos cubicuíos está reservada para servir de enfermaria, havendo no momento oitocentos e vinte e cinco presidarios internados.

Os cubículos são todos numerados, cm ordem, e ba.stante hygienicos. quasi confortáveis! Larga janella gradeada deixa a luz entrar amplamcntee. durante c d.a, os infelizes reclusos recebem as carícias vivifi- cadoras e a confortadora visita dos raios de sol doirados; o mobiliário, reslimido mas extremamente asseiado se compõe de escrivaninha muito simples

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A penitenciaria é antes uma Universidade! Ahi tudo se apprende e cada preso pódc escolher seu officio que é ensinado praticamente de accôrdo com os últimos aperfeiçoamentos. Merece menção, entre outras, a sccção de alfaiataria, com duas grandes sallas, onde funecionam 75 machiiias de costura, e outro coin|iartimeuto aiinexo, para córie. provido de duas exccllcntcs machinas eleclricas capazes de cortar dc uma só ves um cenfo de calças!

Reina em todos os departamentos a mesma ordem, a mesma mcticulosidade, o mesmo asseio.

Os locutoriòs sào interessantes e dc tal modo or- ganisados que é materialmente impossível o contacto d.recto entre os presos c seus visitantes.

A i>bannacla e a sala dc |>equcna cirurgia são mo- delares. nada lhes falta: Mesas modernas, estufas, auto claves, esterilisadores — ha de tudo.

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Quando chegamos deante de uma das j.inellas gra- deadas do pavilhão central o dr. Pisa nos mostrou um grupo de presos que acalava de fawr exercícios de cultura physica (gymnastica) e vinha rccnlher-sc para o almoço. acomi>anliado de uma banda de musi- ca; esta foi convidada a tocar uma marcha em honra aos visitantes, dcscmpcnliamln-sc com garbo dessa tarefa inesperada. A banda com(>leta do presidio tem 150 figuras e é a melhor do Estado.

A cosinha é vasta e moderna, contendo pan^Pas de proporções avaniajadissimas, verdadeiras caldeiras I Qucixou-sc o direcior dc não ter ainckt conseguido acaliar com a praga d.is moscas; havin de facto, pelo chão, milhares desses insectos, pontilliando de negro a vernidhid.io homogenea <|os liistrosos ladri- lhos. Ha. cm salas annexas, installacões para uma grande padaria que preseiitcincnte não funcciona por ser de capacidade excessiva: 40.000 padas de pão, diariamente I O governo mandou fazer essas installaçõcs tão completas afim de poder favorecer o

fornecimento de pão aos hospifaes e asylos, em caso de uma gréve de padeiros; larece que vac ser bre- vcniente moniada uma padaria mais modesta para ,o consumo da casa.

Dc|h>ís de sabjrearmos maguifíco café. cora pão de Lot, demos uma voliiulu pelo jardim, tirando uma pliotograpliia. cm grti|>o.

O retratista, robusto cidadão, de aspecto pacato e com o olhar a irradiar uma bondade infinita é réo de crime de homicidio; foi clle o auctor do celebre assassinato do "Tte. Galliiilia” (crime passional).

Nestas notas, íorcosamente rapidas e conris,is, voluntariamente não mc referirei a muitos detalhes inieressautes; seria, porém, imiierdoavel deixar sem cnmmcntarío a organisaçâo previlegiada do serviço de refeição dos presos. /) alimcnhiçiio é sennda ms próprias cellas. Ém 18 minutos distribuem o altnoço e era 12 minutos, o jantar a Iodos os reclusos!!/ Como conseguir esse " milagre", sabendo-se que lia mais de oitocentos individims intentados?

Do seguinte modo: A comida é transportada em grandes latas de metal, cm numero dc quatro para

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40 REVISTA FEMININA OUTUBKO ^ Y

cada secção. installadas em carrinhos com rodas dc borracha que rodam de uma ã outra extremidade, {(arando debaixo da portinhola de cada cubículo onde o prcsc) colloca os pratos de metal para receber o "fornecimento. (Detalhe interessante, para o qual o dircctor me chamou a attcnçâo: um dia o carro parte dc uma das extremidades da secçao; no dia immediato, da extremídada opposta; isso é feito para haver equidade e certos presos náo serem sem- pre -servidos mais cedo que os outros companheiros!) Installados os carrinhos na posição de partida, em todos os pavilhões, os senndores commtmicam-sc por meio de telephones internos e. quando estão todos promptos, é dado o signal de inicio por meio de uma campa.nha que tem succursaes em todas as sec- ções, de modo que o serviço começa ao mesmò hmf’0.

O menu servido no iiiomentu dc minha visita era variado e convidativo; a comida é sã c abundante e os ■' internados" estão de modo geral fortes e bem Qiitridos.

0 dircctor do estabelecimento é incontestavdmente, no caso, " the right man in the right piace ” c tem uma orientação sob todos os pontos dc vista elogia- ve!; respeitado pelos presos impõe-se pela delica- deza e pela doçura no trato; não traz comsigo tim canivete sequer, sua arma tiiiica é a bondade!

A's 11 e tanto, encantado )jc1o fidalgo acolhimento e pela inslructiva visita dsspcdi-me do dr. Pisa, le- vando commigo, da primeira Penitenciaria da Ame- rica do Sul, uma impressão que jamais se me ai>a- gará dã memória. Esse presidio universitário honra S, Panlo c henra o Brasil.

S. Paulo. 28 - VI . 1924.

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Dizia Luiz Kingston, cekbre dircctor es- • '■ piritual para quem a vida deveria ser um i

interminável paraizo e não um poço de pes- { simÍ£mo: ]

“Empreguei dua.s partes da minha vida percorrendo o mundo; por Ioda a parte vi | akgriã, felicidade, mas vi também muita , tristeza! minha curiosidade de pfsquizar ‘ verificou que quem mais soffrem são as mu- • Iheresl! Em a nossa dilccta companheira i ha uma angustia permanente, ha um instin- 1 ctivo de não envelhecer, de-não perder os t scu-s encantos naturaes, emfim, dc reter pelo ;

' amor o homem ! , Foi cm França, na formosa Passy, onde i

0 niru coração sentiu algum prazer! Vi alH j uma legião dc mulheres verdadeiramente íelizcsU E sabe o leitor a quem devem cs- ■ as criaturinhas a sua felicidade? Ao cele- bre inventor chimico, Frank LIoyid, pois to- das as raparigas de Passy gozavam, como diziam, pela bclleza que lhes proporciona- | vam o Creme de Cêra Purificado e Leite j de Cêra Purificado (Purified Wax Cream ; and Milk) dos quaes é este chimico o in- ventor !!!

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IRMÃOS bertoluccí & C.'^ L.^da A NOSSA CASA NÃO TEM SUCCURSAES

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44 RKVISTA KKMIXIXA

l.k. pctu 1>. N. «>b n-*s 1200 ■ I20.<

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rxriiKo RKVISTA FKMININA 45

grandes figuras femininas da Rmerica

GABRIELA MISTRAL

(jahriela Mistral í chilciia tlc nascimciilo. Mas vive iio México. A sua arte, relativamenlo sóbria, iião lendo muito

i-mhora a corrccç.io absoluta da iK>fsia brasileira da escola de Raymimdo e dc iiilac, seguida ainda hoje por AllKTto (le Oliveira e Jiilia Cortines, é. enlre- lanto. correcta.

.\n contrario do t|iie sc dá com a maioria dos autores bespanhws c hi.spanu-aincricanos, que coiis- Iróoni alexandrinos sem hemistichio, e ora cbdein ora deixam de clidT as vogaes extremas d.' sylal>as

^eroías

*0 seu «oriente», o seu iriado e seu peso são tèo perfeita-

mente elaborados que é dificílimo distinguir esta

' nossa creaçào das mais , i finas pérolas do 'f < oriente. M Q A venda eoi todas q QL «s Jo*lhvria< do Brasil Q

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REVISTA FEMININA

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todas as edades da vida.

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DE SCOTT

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Gabriela Mistral disse, aliás, certa vez, cila própria:

- ...es «lí fiocsia, en que el fondo lo ahsorbe todo, sobre Ia forma...”

E assim é. muito embora esse defeito propriamente artístico não seja só seu. mas de todos os vatcs do seu rico idioma.

Professora, educadora, Mistral — cujo verdadeiro nome é Lucila Gndoy — tem contribuído, epter na sua terra, quer no México, para elevar grandemente o nivel social de instrucção. O seu prestigio e-itre os estadistas, os jornalistas, os políticos de amlns os paizes faz com ejue os conselhos qne dá. as de- clarações ou as criticas que, porventura, faz. cm as- snmptos relativos ao ensino publico, sejam sempre seguidos ou aproveitados.

E isso basta a demonstrar o extraordin.ario con- ceito em que é tida na America hespnnh h c.'ta mulher e.xcepcionai, cujo superior talento legará, sem duvida, ainda á sua Patria uma obra duradoura, 'luiçá eterna.

BAZAR SANTA EPHIQENIA

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A ‘‘liirvista feminina'' â o mais ulil e inicressanu “magacine" que se publica em nos.to pais. Sua as- sigiialura, relalh^amente baratissaiia, está ao alcance de Iodas as possibilidades. Nenhuma senhora, mo(a, dona de casa dn't, assim, deixar de as.ngnal-a, o q:ie pode fascr enviando o respectivo pedido, acompanha- do da dc L‘$300 a esta redacção; riin ('on.f,’l/icÍro Chrispiiiiiiuo 1. sobrado — São Paulo

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OUTUBRO REVISTA FEMININA 4/

MAPCA REQISTRADA

O 11 I Al à C S 1 vós, <)ti6 adorais vossos lilhos; qae sof*

freis qaando elies senicm dores; \òs qu« p* «emp'^ o *"eSbor re)H'<Ío para aili> vUr a dor» nunca devereis esquecer que o

n.MI'LASTRO PHEMX p*OTm'T*r« qualquer dAr rhriimaf*-

ca, ilA'rs net cxta» r n» p<-ltn. nus rins, iur- ccduias. OMuisilt». tusse. etC.

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l*MnNiX. pnia rllr # « un<r*a *inr cura qa^laiurr dAr rrts- vtnlinte d» t's'>sll>ti peasüo (>u roniinvo,

»ri»*ri: lHlkl'S N t'0'*rV'» ^*AS CAnKlk\«. NOn ItOMIIKOS, LUMBAGO, SK> HAI «:»'< r'c. I Rstl-I.A->ltr<> PMHMX n‘ RARATISSIMOI CMSIK MA S'J AXM'S t lempir loi sppli* esdo nia^ K<,(a>iqa U úi** r cni toda s psrtr

conjiij»adas. o seu verso é sempre harmonioso c puro, sem consonâncias (tesagrradaveis ao ouvido e escriptó em linguagem escorreita. comqiianto, como todos os mestres da sua lingtia, ella não empregue ainda muita vez as rimas verdadeiras, contemando-se com as cuphonicas.

Quanto á inspiração poética, não resta duvida de giie o espirito de Carbiela Mistral se eleva cm surtos <le bcllcza. em arroubos de commoção. até ás altu'-as que só aos talentos superiores é dado al- cançar.

litn uma ou outra prodiicção do sua pena. comttido. nota-se certa ingenuidade de pensamento e certa p.eguice de expressiio, que lembram o romantismo de Soares de Passos:

fía renido el fOMíonfio infinito A davarse cn ;»-> ofos, a! fin: m cfljiídjicío de! dia que inncre y cl dcl allia que dehe iwuV.' fil raiisancio dei eielo de estario y el cansando dei delo de aítil!

“ORVALHO DA DCLLCZA ”

P.ira a conservação do bellcza.

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o PILOGENIO

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Podemos, finalniente, offereccr ao consumo publico um CREME capaz de satisfazer ás maio- res exigências e de resistir, vantajosamente, a quaesquer analyses, por mais rigorosas que ellas sejam.

Na composição do nosso CREME não entram, absohitamenle, como commumente acontece, os oleos de cóco, de baleia, de amêndoas e outros.

Elle é preparado com oleos brancos mineraes. purissimos, isento de matérias graxas animaes ou vegetacs e, portanto, não sujeito ao ranço, que tanto irrita e prejudica a pelle.

Podemos, pois, aconselhar o seu uso;

Para amaciar a cutis; Para combater as rugas do rosto; Para combater as manchas avermelhadas; Para combater a sequidão da pelle; Para completa hygiene dos poros, e Para facilitar a adherencia do pó de arroz.

Depositários: — Aí. GRANIERI & CIA.

(Os pedidos podem ser feitos á Secção de Compras e

Remessas desta Revista.)

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E’ o melhor para tosse e doensas do peito Cucii 0 seu uso regular:

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Ci.iu ellu tiúio du pcitu « das cvstas. 3. * AlKIatil-ae prumplaiiKllte as crlscS (altllc$3«s)

du> sstiiiiiullvus c us accessus da CiK^uriucliv, (luiia biir|'(o r sua\c A r«api(a^'du.

4. ° As biuticlill.-s «odum kiiuvcincnle, asaliii cumo as u»i1aiiiiuuk*0ck da Kafdaiits.

5. « A liisuiniita, a (v&re e us suures noetumus dos- arpa^ucom.

6. * Aci.oniuuiii.se as turças e nurmaUsam-se as luiKÇMS dus uticdus rcsplruluilus.

O XAROI>U S. JOAO «ncixitra.se nos phsrmsctas

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SARDAS, PANÍNOS, CRAVOS, RUGAS, ESPINHAS E

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POMADA RENY

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Não mancha - complefamente

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Pedidos à

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