anônimo a voz de na 2015. 8. 31. · hoje, a voz de na, o meu mundo e os sussurros de deus formam...

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NESTA EDIÇÃO JULHO DE 2000 VOLUME DEZESSETE NÚMERO TRÊS A Voz de NA 1 Editorial 2 Cartas dos leitores 2 Atendendo ao chamado 3 Encontrar a paz e desenvolver a consciência 4 Aqueles passos inúteis 4 Viagem no tempo 6 A voz do silêncio, em alto e bom som 6 Aamchi Mumbai 7 Sem palavras 7 Nossa gratidão fala 10 H&I Esperto 10 A voz dos grupos 11 E a voz que não “enxergamos”? 12 Reuniões de interesse especial não me dizem respeito 13 Novos produtos do WSO 16 Grupo de Escolha 17 Para mim, a voz de NA é um imenso coro de milhares de vozes, cantando a mesma melodia. Reflete e celebra nossa diversidade e, ao mesmo tempo, remete-nos todos ao nosso propósito primordial: encontrar, e ajudar os outros a encontrarem Narcóticos Anônimos. Anônimo A Voz de NA A maioria irá concordar que NA como um todo possui, de fato, uma voz – com- posta da reunião de todas as vozes individuais dos nossos companheiros. Em di- versas ocasiões nós nos expressamos enquanto unidade: nos trabalhos de infor- mação ao público, na literatura, nas decisões que tomamos enquanto irmandade, em nossos esforços para vivermos segundo os princípios do programa. Irão concordar, ainda, que às vezes é difícil encontrar a expressão da nossa voz coletiva. Todas as ocasiões em que alcançamos a nossa fala uníssona são precedidas por prolongadas discussões, seguidas por profundas reflexões, de- pois mais discussão e, muitas vezes, uma ou outra tentativa frustrada de chegar a uma decisão ou implementar um plano de ação, antes que a consciência coletiva tenha se expressado com clareza. Nesta edição da The NA Way Magazine, apresentamos artigos que tratam de algumas das questões em torno da tomada de decisão em NA, bem como tex- tos que questionam com que eficácia a nossa “voz” alcança alguns de nossos membros. Na seção de “partilhas”, muitos companheiros descreveram como se sentiam emocionados ou comovidos com as diversas vozes que ouvimos por todo NA: a voz de nossos padrinhos e madrinhas, do Poder Superior, a voz de boas vindas e amor incondicional. Também apresentamos outra maravilho- sa coletânea de fotografias de locais de reunião, que falam a linguagem da recuperação em alto e bom som. Talvez não seja tão importante o que nós dizemos, mas como dizemos. Não importa o que desejamos expressar como indivíduos ou enquanto irmandade unificada. Uma coisa é clara: o que nos motiva é a gratidão. Como diz o Isto Resulta: Como e Porquê, “A gratidão torna-se a força motriz de todas as nossas ações, entrelaçando nossas vidas com as outras à nossa volta.” A voz da nossa gratidão pode se apresentar alegre, quando ouvida na reunião de abertura de uma convenção, ou poderá ser reflexiva, nas sugestões do nosso padrinho ou madrinha, como poderá também ser enérgica e determinada, em uma reunião de serviço, onde trabalhamos juntos para elaborar uma compreensão comum. Não faz diferença onde nós ouvimos a voz de NA, não importa como ela nos soe, o principal, mesmo, é lhe prestarmos atenção.

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NESTA ED

IÇÃO

JULHO DE 2000VOLUME DEZESSETE

NÚMERO TRÊS

A Voz de NA 1

Editorial 2

Cartas dos leitores 2

Atendendo ao chamado 3

Encontrar a paz edesenvolver a consciência 4

Aqueles passos inúteis 4

Viagem no tempo 6

A voz do silêncio,em alto e bom som 6

Aamchi Mumbai 7

Sem palavras 7

Nossa gratidão fala 10

H&I Esperto 10

A voz dos grupos 11

E a voz que não“enxergamos”? 12

Reuniões de interesseespecial não me dizem respeito 13

Novos produtos do WSO 16

Grupo de Escolha 17

Para mim, a voz de NA é um imenso coro de milharesde vozes, cantando a mesma melodia. Reflete e celebranossa diversidade e, ao mesmo tempo, remete-nos todosao nosso propósito primordial: encontrar, e ajudar os

outros a encontrarem Narcóticos Anônimos.Anônimo

A Voz de NAA maioria irá concordar que NA como um todo possui, de fato, uma voz – com-

posta da reunião de todas as vozes individuais dos nossos companheiros. Em di-versas ocasiões nós nos expressamos enquanto unidade: nos trabalhos de infor-mação ao público, na literatura, nas decisões que tomamos enquanto irmandade,em nossos esforços para vivermos segundo os princípios do programa.

Irão concordar, ainda, que às vezes é difícil encontrar a expressão da nossavoz coletiva. Todas as ocasiões em que alcançamos a nossa fala uníssona sãoprecedidas por prolongadas discussões, seguidas por profundas reflexões, de-pois mais discussão e, muitas vezes, uma ou outra tentativa frustrada de chegara uma decisão ou implementar um plano de ação, antes que a consciênciacoletiva tenha se expressado com clareza.

Nesta edição da The NA Way Magazine, apresentamos artigos que tratam dealgumas das questões em torno da tomada de decisão em NA, bem como tex-tos que questionam com que eficácia a nossa “voz” alcança alguns de nossosmembros. Na seção de “partilhas”, muitos companheiros descreveram comose sentiam emocionados ou comovidos com as diversas vozes que ouvimospor todo NA: a voz de nossos padrinhos e madrinhas, do Poder Superior, a vozde boas vindas e amor incondicional. Também apresentamos outra maravilho-sa coletânea de fotografias de locais de reunião, que falam a linguagem darecuperação em alto e bom som.

Talvez não seja tão importante o que nós dizemos, mas como dizemos. Nãoimporta o que desejamos expressar como indivíduos ou enquanto irmandadeunificada. Uma coisa é clara: o que nos motiva é a gratidão. Como diz o IstoResulta: Como e Porquê, “A gratidão torna-se a força motriz de todas as nossasações, entrelaçando nossas vidas com as outras à nossa volta.” A voz da nossagratidão pode se apresentar alegre, quando ouvida na reunião de abertura deuma convenção, ou poderá ser reflexiva, nas sugestões do nosso padrinho oumadrinha, como poderá também ser enérgica e determinada, em uma reuniãode serviço, onde trabalhamos juntos para elaborar uma compreensão comum.Não faz diferença onde nós ouvimos a voz de NA, não importa como ela nossoe, o principal, mesmo, é lhe prestarmos atenção. ❖

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A

REVISTA INTERNACIONAL

DE

NARCÓTICOS ANÔNIMOS

EDITORA

Cynthia Tooredman

REVISÃO E REDAÇÃO FINAL

David FulkNancy Schenck

TIPOGRAFIA E PROCRAMAÇÃO VISUAL

David Mizrahi

COORDENADORA DE PRODUÇÃO

FATIA BIRAULT

CONSELHO EDITORIAL

Bella A, Craig R, Stephan L, Jane N

World Service OfficePO Box 9999

Van Nuys, CA 91409 USATelefone: (818) 773-9999

Fax: (818) 700-0700Website: http://www.na.org

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The NA Way Magazine, publicada em inglês, francês, alemão, português e espanhol, pertence aosmembros de Narcóticos Anônimos. Sua missão, portanto, é oferecer informações de recuperação e serviço,assim como entretenimento ligado à recuperação, que trate de questões atuais e eventos relevantes paracada um de nossos membros, mundialmente. Em sintonia com esta missão, a equipe editorial está dedicadaa proporcionar uma revista aberta a artigos e matérias escritas pelos companheiros do mundo todo, e cominformações atualizadas sobre serviço e convenções. Acima de tudo, é uma publicação dedicada à celebra-ção da mensagem de recuperação – “que um adicto, qualquer adicto, pode parar de usar drogas, perder odesejo de usar, e encontrar uma nova maneira de viver.”

EditorialComo é do conhecimento dos nossos leitores, cada edição da The NA Way Magazi-

ne possui um tema ou foco específico. Selecionamos temas bastante amplos, quepossam englobar uma variedade de artigos e partilhas pessoais. Obviamente, recebe-mos qualquer manuscrito que se enquadre nas diretrizes gerais da revista. Porém,queremos oferecer aos nossos leitores a oportunidade de contribuírem com matériasque se encaixem nos temas das próximas publicações. Na página 21 vocês encontra-rão os assuntos em debate nas edições da revista para o próximo ano, juntamentecom os respectivos prazos máximos para recebimento de contribuições dos leitores.Também incluímos algumas perguntas para cada tema, esperando que estimulem asua reflexão sobre o mesmo.

Nada nos dá maior prazer do que a reação dos leitores a cada número da revista,não importando quais sejam as opiniões. Recebemos de bom grado tanto as críticasquanto as glórias – aliás, muitas vezes preferimos as primeiras. The NA Way é, e sem-pre será, a publicação internacional da Irmandade de NA; ou seja, é a sua revista.Quanto mais notícias recebermos, melhor poderemos compor uma revista que reflitaos seus interesses e que atenda às suas necessidades. Então, escreva para cá. Quere-mos muito saber de você.

Cindy T, Editora

Cartas dos leitoresResposta do leitor

Acabei de concluir a leitura do “Conto das duas irmandades” (The NA Way de janei-ro de 2000), que considerei um texto espetacular. Aponta com precisão algumas dasquestões mais importantes que NA atravessa hoje, principalmente quanto ao motivode tantos veteranos não estarem mais ativamente envolvidos na irmandade. Refletealgumas das minhas próprias experiências.

Outra coisa me ocorreu durante a leitura do artigo: o dogmatismo arrogante quan-to ao estilo correto de recuperação e espiritualidade de NA não serve bem à nossairmandade e, a bem da verdade, não temos muitas virtudes a respaldar tamanha arro-gância. Citamos como evidência de nosso sucesso todos os que aqui acham recupe-ração; porém, onde estão os que não descobrem? A realidade é que muitos adictosnão encontram NA, e que a maioria dos que encontram, não fica. Podemos dizer,como fazemos freqüentemente, que o fato de tantos recaírem e não retornarem sócomprova o poder da adicção. Infelizmente, essa resposta tende a fechar a mentepara qualquer auto-avaliação quanto ao que nós, como irmandade, estamos realizan-do, e como o fazemos. É bem possível que nosso próprio programa detenha algumaresponsabilidade pelo fato dos adictos não ficarem limpos e encontrarem recuperação.

Ben G, Califórnia/EUA

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Atendendoao chamado

Ouvi a voz de NA pela primeira vez em 1980. Os dois companheiros pareciam estartelefonando de outro mundo. Disseram-me que eu era igual a eles, querendo umasaída para o uso de drogas. Propuseram: “Venha conosco se quiser, e poderá encon-trar a paz e a liberdade que nós encontramos.”

Fui, e ouvi vinte vozes que falavam dos meus sentimentos e contavam que esta-vam levando uma vida com que eu apenas sonhara. Eram vozes fortes, amorosas,sábias e coerentes.

Algumas das vozes que ouvi naquela noite, descobri depois, viriam a ser de trêscompanheiros do Quadro de Custódios dos Serviços Mundiais de NA. Uma outra voz,pacífica e serena, pertencia a um membro do comitê que estava trabalhando no origi-nal do livro Isto Resulta: Como e Porquê. Havia ainda a da linda mulher que, na convençãomundial de Anaheim, veio a partilhar sobre “amor ou desejo” (casei-me com ela!).Sempre creditei minha recuperação naqueles primeiros tempos, em parte, à força,conhecimento e profundidade daquelas vozes.

Uma das mais fortes foi a voz do apadrinhamento. Naquela noite, também come-cei a ouvir a voz do Deus da minha compreensão. Naquela noite, firmei um compro-misso comigo mesmo, pela primeira vez na vida. Se aquelas fossem mesmo as vozesda liberdade, pedi a Deus que me mantivesse sempre ao seu alcance e, quem sabe,um dia unisse a minha própria voz àquele coro.

Nestes anos, muitas outras vozes também me chamaram:

Ouvi o chamado do companheirismo, amor, orientação e apoio– todos fazendo parte da voz da irmandade.

Ouvi o chamado da educação, trabalho e dinheiro– todos fazendo parte da voz do auto-sustento.

Ouvi o chamado vazio da fama e do sucesso– e me rendi à voz do anonimato, em seu lugar.

Ouvi o chamado da auto-valorização– e me rendi à voz do nosso propósito primordial, em seu lugar.

Ouvi o chamado da liderança– e a vi ser diluída na voz do nosso bem-estar comum.

Ouvi a cacofonia das personalidades– e percebi quando ela se calou diante da voz dos princípios.

Ouvi o chamado para prestar serviço a toda e qualquer pessoa– e confiei na voz de Deus para me orientar na escolha.

Ouvi o chamado do medo e da solidão quando precisei de um transplante defígado – e fui confortado pelas vozes do apadrinhamento e docompanheirismo, e pela confiança nas graças do sussurro de Deus.

Hoje, a voz de NA, o meu mundo e os sussurros de Deus formam uma unidade. Elame chama durante a noite, lembrando-me de que a minha voz também é necessária,e que preciso continuar voltando, para partilhá-la.

Johnny B, Connecticut/EUA

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Encontrar a paze desenvolver a

consciênciaVocê se lembra como foi difícil ficar

limpo e começar a participar da sua pró-pria vida? Alguns dos meus maiores te-mores tornaram-se realidade – aqueletipo de situação que me levava a dizer:“Se aquilo acontecer, eu não vou conse-guir”. Precisei tomar decisões tão dolo-rosas, que me pareceram piores do quequalquer coisa que tivesse conhecidoantes. Os profissionais que tentaram meajudar me diziam, simplesmente, paraconfiar nos meus instintos viscerais. Ten-tei explicar-lhes que não tinha instintos;nas minhas vísceras havia apenas umenorme mal-estar e um bolo de medo.

Ia às reuniões e contava aos outrosadictos em recuperação o que estavaacontecendo comigo. Perguntavam-mese eu estava rezando e me sugeriam que,simplesmente, continuasse voltando.Ficava muito zangada. Não queria ouvirfalar de rendição e fé. Pensava que nin-guém me compreendia, porque não to-mavam as decisões por mim. Não acre-ditava que Deus pudesse me ajudar, porser quem eu era, e por haver me torna-do uma pessoa assim. Todos os meuspensamentos estavam contaminadospela minha ansiedade quanto ao pas-sado ou futuro.

Tinha uma madrinha, a quem consi-derava a pessoa mais malvada que ja-mais conhecera. Com seis meses lim-pa, quando escrevi meu Quarto Passo,seu nome era o primeiro da lista. Eu jáhavia esgotado todas as opções, e nãoparecia encontrar soluções. Então, con-tinuei voltando, simplesmente, e se-guindo as sugestões que recebia, mes-mo não acreditando que funcionariam.Ligava para a minha madrinha para lhecontar todos os meus problemas, e elame dizia para desligar, escrever uma lis-ta de gratidão, e tornar então a lhe te-lefonar de volta.

Aos poucos, a situação começou ase modificar. Percebi que as outras pes-soas acreditavam mesmo que eu pudes-se me recuperar. Lembro-me de um tre-cho da literatura que sugeria que eu uti-

lizasse a força da irmandade, até conse-guir encontrar a minha. Agarrei-me àque-le pensamento com toda a intensidade.Comecei a trabalhar os passos, e subs-tituir a negatividade e o desespero pelaesperança. Abri-me para o relaciona-mento com meu Poder Superior. Passeia utilizar esse Poder como fonte de for-ça, a fazer o trabalho de base e entregaros resultados, conforme as sugestõesque recebia. Aprendi que a realidade,para mim, é o que acontece no meu ín-timo. Dedicava um tempo, diariamente,a ficar em silêncio e ouvir. Assim, come-cei a valorizar a pessoa que estava metornando através da prece e da medita-ção. Conseguia sentir a presença amoro-sa de um Poder que desconhecia. Com-preendi o que as pessoas queriam dizer,quando partilhavam o significado de vivero momento; uma idéia que, no início, euera totalmente incapaz de entender.

Eu já havia perdido a esperança deficar em paz comigo mesma. Agora querecuperei essa esperança, faço todo opossível para não considerar que elaesteja automaticamente garantida. Meusrelacionamentos mudaram radicalmen-te. Sempre pensara que passaria pelavida sem sentir amor de verdade pelaspessoas, nem mesmo pelos meus filhos.Aprendo a cuidar de mim através do meucontato com o Poder Superior, e talaprendizado é diretamente proporcionalà intensidade desse contato.

Prestar serviço a NA representa ou-tra oportunidade de crescer e mantermeu bem-estar espiritual. Muitas vezes,quando sentia dor, no início da minharecuperação, aparecia nas reuniões deserviço, impelida pela necessidade deme sentir participante de alguma coisa.A consciência coletiva representava ummistério absoluto para mim. Eu apare-cia, rezava, me exibia e atuava meusdefeitos de caráter. Aprendi que ouvir éparte fundamental da consciênciacoletiva, bem como um princípio espiri-tual essencial a ser praticado na minharecuperação. Fiquei surpresa com a di-versidade das perspectivas. Descobrique, assim como todos os nossos de-mais princípios espirituais, o desenvol-vimento de uma consciência tambémdepende de um processo. Na mesmamedida em que meu relacionamentocom Deus se estreitava, minha necessi-

dade de controle diminuía, e eu me tor-nava, assim, parte integrante do proces-so. Passei a entender a humildade comoum reconhecimento das minhas quali-dades e dos meus defeitos. Possuo limi-tações, mas também tenho algo a ofe-recer. Quando sei que mais preciso deajuda e a peço de forma concreta, es-tou fazendo o melhor possível para bus-car a vontade de Deus para mim, e opoder de realizar essa vontade. Estecomportamento também me auxilia anão usar o serviço como forma de lidarcom os meus problemas pessoais.

Sou muito mais grata a NA do quejamais conseguiria explicar. Tenho umrelacionamento com um Poder muitomaior do que jamais imaginei. E possuoum caminho espiritual que me ensinoua “fazer parte”, prestando serviço a NA,aos meus amigos, família e sociedade.

Susan S, Massachusetts/EUA

Aquelespassos inúteis

Minha primeira compreensão dosPassos Seis e Sete foi bem simples: seos trabalhasse, eu me tornaria uma pes-soa diferente. Com a auto-aversão quetinha no início da recuperação, não ad-mira que eu quisesse tanto me transfor-mar em outra pessoa. Então trabalheiesses passos com empenho, principal-mente o Sétimo. Enquanto pedia quemeus defeitos fossem removidos, in-conscientemente, estava rogando aDeus que removesse a mim mesma, poisque eu era um único e enorme defeito.Digo inconscientemente, pois passaram-se anos até eu compreender que, no fun-do, esse era o meu desejo. O eu explosi-vo, raivoso, ruidoso, cruel, inconvenien-te e desconfiado seria substituído porum ser etéreo amoroso, calmo, pacien-te, conveniente, educado, seguro de sie tão próximo de Deus, que as pessoaschegariam a nos confundir.

Bem, adivinhem o que aconteceu!Após passar anos orando, implorando erastejando, cheguei à conclusão de queos Passos Seis e Sete não funcionavam.Aliás, todo o programa era um monte devocê-sabe-o-quê!

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Mesmo assim, não deixei NA. Sim-plesmente, prossegui tentando interpre-tar aqueles passos inúteis até encontrarseu verdadeiro significado esotérico.Nesse mesmo período, convenci-me deque se tratava de uma questão deautocontrole. Deus ou eu (dá no mes-mo, certo?) não podia remover meusdefeitos, então eu precisava descobrircomo controlá-los. Passei mais algunsanos tentando me transformar em ou-tra pessoa, obtendo o mesmo sucessoque na tentativa anterior.

Por favor, não me interpretem mal.Não é que eu nunca houvesse escutadoninguém falar a respeito desses passos.Ouvi muitas coisas boas: o Sexto e Séti-mo Passos significavam abrir mão docontrole e conseguir auto-aceitação, umdia de cada vez. Falavam da confiançano Poder Superior, que faz por nós o quenão conseguimos sozinhos. Ouvia tudoisso e assentia com a cabeça, mas con-tinuava acreditando que algum dia pu-desse ser uma pessoa diferente.

Depois de um tempo, estava exaustacom as tentativas de controlar meusdefeitos, e cheguei a uma nova conclu-são: os Passos Seis e Sete serviam ape-nas como estímulo. Decidi acreditar que,

quando atingíssemos um determinadoestágio da recuperação, perceberíamosque apenas uma única coisa era remo-vida: o desejo de usar. Precisaria vivercom todo o restante – o eu emotivo,explosivo, inconveniente e desconfiado.Foi assim que me entreguei a um senti-mento fatalista. Decidi também aceitaro fato de que não me tornaria uma pes-soa diferente, e então... Lentamente,pude compreender que, talvez, estives-se começando a perceber uma coisa. Erabem verdade que eu não me tornariauma pessoa diferente, mas essa desco-berta já não era mais tão dolorosa, por-que eu começava a achar que não erauma pessoa tão horrível, afinal.

Estava tudo bem comigo. Tinha meusrompantes, mas era basicamente umapessoa legal. Só não conseguira perce-ber antes, porque estava muito ocupa-da com minhas autocríticas. Eu não eranem pior, nem melhor do que a maioriados adictos – nem dos seres humanos,aliás. Foi desconfortável perceber que oorgulho espiritual pode ocorrer quandopensamos ser piores ou melhores do queos outros.

Então, eu estava errada. Os passosafinal funcionavam. Só que havia um

“pouco” de orgulho na minha maneirade encará-los (e, coincidentemente, oorgulho nunca constara antes da minhalista de defeitos do Sexto Passo!). Obvi-amente, reconhecia que o orgulho porvezes estivera na raiz de algumas dificul-dades, mas nunca o havia encaradocomo um “verdadeiro” problema. Ape-nas considerava o orgulho como algocom que poderia lidar depois, quandoterminasse com os defeitos “grandes”.

Levei quinze anos para me prontificarinteiramente a deixar de acreditar quefosse Deus, e começar a pedir ajuda aoverdadeiro Deus. Vocês poderão acharque levei muito tempo. Mas precisei dei-xar de me enxergar tão imensa, e chegaraté uma medida de tamanho normal.Sabem de uma coisa? Gosto de mim as-sim, do meu real tamanho. Sou agradá-vel, engraçada, amorosa, carinhosa esensível. Sou sarcástica, chego mesmoa ser cínica, inconveniente, emotiva e,muitas vez, perco as estribeiras. Mastambém perdôo com facilidade. Estoudisposta a prosseguir meu caminho naestrada da recuperação, e ser igual a to-das as outras pessoas.

Andree L, Quebec, Canadá

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Viagem notempo

No verão passado, passei duas sema-nas de férias na floresta, com o meu pai.Fomos a um parque de canoagem noCanadá, ao norte de Minnesota. A áreatem cerca de 5.000 quilômetros quadra-dos sem estradas, casas ou lojas, e équase despovoada. As poucas trilhas elocais para acampamento são abertos econservados por gente como meu pai eeu. É possível passar duas semanas lá, eencontrar mais uma ou duas pessoas, ape-nas. Se você se machucar numa trilha,poderão passar-se dias ou semanas atévocê ser encontrado e chegar o socorro.

No primeiro dia, um vendaval fez comque ondas de um metro quebrassem naborda da nossa canoa. Assim, ficamosem terra aguardando o fim da ventania.Se necessário, passaríamos ali a noite.Por sorte, encontramos logo um localpara acamparmos, assim que saímos daágua. (Neste tipo de situação, é muitocomum ter de limpar e preparar o terre-no do acampamento.) Após descarregare trazer a canoa para terra, meu pai saiubeirando o litoral, enquanto eu fiquei noacampamento para ler, pescar e descan-sar um pouco.

Mais de uma hora depois, abri um novopacote de cigarros, e levei o celofane atéo fogo para descartá-lo. Então foi a maiorloucura. Encontrei, encravado embaixo deuma pedra junto ao fogo, um saco demaconha e três pacotes de papel de seda– tudo seco, e pronto para enrolar.

Viagem no tempo. Fui sendo trans-portado de volta, sucessivamente, atra-vés dos meus trinta meses de tempo lim-po, nove meses de miséria e tentativasfracassadas de ficar limpo, seis anos deuso e inferno, até aquele tempo em queusar era divertido e interessante. Exa-minei a droga. Cheirei, senti e avaliei,com todo o conhecimento de causaadquirido ao longo de vinte anos de uso.Era muito cara e extremamente forte.Acreditem, eu conheço.

Meu primeiro impulso foi enrolar umbaseado. Meu pai encontrava-se a umahora e meia de distância. (Podia vê-lo dooutro lado da baía.) Não tinha padrinhoou amigos por perto. Éramos somenteo meu Poder Superior e eu. Poderia usar

A voz dosilêncio, em

alto e bom somUma companheira de NA, que antes

freqüentava reuniões regularmente, dei-xou de comparecer por uns tempos.

Algumas semanas depois, sua madri-nha decidiu visitá-la. Era uma noite fria.A madrinha encontrou a afilhada sozi-nha em casa, sentada diante do fogointenso da lareira acesa.

Supondo o motivo da visita, a afilha-da recebeu a madrinha e a conduziu atéuma cadeira grande, diante do fogo. Fi-cou esperando.

Sua madrinha pôs-se à vontade, semnada dizer. Durante o longo silêncio,contemplava a dança das chamas emtorno dos pedaços de lenha. Após algunsminutos, a madrinha apanhou a pá pararetirar, cuidadosamente, uma brasa bemincandescente, e colocá-la, sozinha, nalateral da lareira. Então se recostou nova-mente na cadeira, ainda em silêncio.

A afilhada observava, fascinada e si-lenciosamente, aquela movimentação. Achama da lenha solitária começou a di-minuir e, após um brilho momentâneo,apagou-se por completo.

Em pouco tempo, estava fria e morta.Não trocaram nenhuma palavra, de-

pois de se cumprimentaram, na chega-da. Antes de se despedir, a madrinhapegou novamente a madeira apagada ecolocou bem no meio do fogo.

Imediatamente, recomeçou a arder,com a luz e o calor das brasas à sua vol-ta. Quando se levantou para partir, a afi-lhada foi até ela e disse: “Muito obriga-da pela visita e, principalmente, pelosermão em brasa”.

“Eu a encontrarei na reunião, pelamanhã.”

Autor desconhecido

sem que ninguém descobrisse – excetomeu Poder Superior e eu. Por quantotempo fiquei naquele estado? Não seiexatamente, mas acabei por ser devol-vido à sanidade. Comecei a pensar nasconseqüências de usar e, depois de al-gum tempo, consegui perceber que afi-nal eu tinha uma escolha. Poderia usar evoltar à adicção ativa, e tudo que ela trazconsigo, ou poderia me abster, e pros-seguir naquela vida que já se tornaraagradável, e que valia a pena ser vivida.

Optei pela vida. Não se pode negar opoder da irmandade. Comecei a me lem-brar de vocês, tanto dos que conheçopessoalmente como dos que ainda vouencontrar. Gosto de vocês e do que re-presentam. Quero chegar aonde vocêschegaram. Meu Poder Superior me deutempo para refletir sobre as verdades doprograma, e o pensamento na irmanda-de me deu forças para agir de forma con-trária ao meu primeiro instinto, e conti-nuar limpo.

Não foi fácil. Tive muita vontade deusar. Porém, como estava trabalhandoo programa, passei naquele teste daminha recuperação. Joguei a maconhano mato e queimei os papéis.

O “teste” destruiu quaisquer resistên-cias que eu pudesse ter quanto ao fatode ser um adicto. Sei, sem qualquer som-bra de dúvida, que sou um adicto e quevoltarei a usar, se não trabalhar o pro-grama. Naquele momento, perdi todasas ilusões de “normalidade” que eu pu-desse estar alimentando. Sou um adic-to e meu nome é Kirk, e hoje estou lim-po pela graça do Poder Superior e deNarcóticos Anônimos.

Kirk B, Kansas/EUA

77777

AamchiMumbai

Onde encontrar, em uma reunião deNA, um membro da seita sikh, um parse,um muçulmano, um budista, um católi-co, um hindu, um judeu e um ateu?

Onde encontrar, em uma reunião deNA, naturais de Maharashtra, Bengala,Pendjab, Kerala, Tamil Nadu, Sind, Goa,Gujerat, juntos com uma inglesa?

Onde encontrar, em uma reunião deNA, companheiros que falam marathi,hindi, urdu, tâmil, bengali, malaiala,konkani e gujarati?

Onde encontrar, em uma reunião deNA, um hindu e um muçulmano prote-gendo-se mutuamente, quando, do ladode fora, hindus e muçulmanos estãomatando uns aos outros?

Onde encontrar uma reunião de NAonde a expressão “independentementede sexo” possa significar três possibili-dades: masculino, feminino ou eunuco?

Onde encontrar, na mesma sala de NA,um companheiro que caminhou onzequilômetros para chegar à reunião, porquenão tinha o dinheiro da passagem, e ou-tro, que viaja pelo mundo de avião?

Onde encontrar, em uma reunião deNA, companheiros cujo banheiro são ostrilhos do trem, convivendo com outros,que tenham em sua casa um banheirogrande o suficiente para abrigar uma fa-mília de doze pessoas?

Onde encontrar, em uma reunião deNA, um membro que lê para os compa-nheiros analfabetos o folheto n.º 1, noinício da reunião?

Onde encontrar, em uma reunião deNA, um companheiro que escreva o re-latório para o RSG, que perdeu os doisbraços por causa do uso?

Onde encontrar uma área tão caóti-ca que pareça inacreditável que possaorganizar uma convenção, mas tãocomovente, a ponto de você querer con-tinuar voltando?

Somente na irmandade de AamchiMumbai (que significa “minha Bombaim”),onde a diversidade é real, e a unidade àsvezes é difícil. Porém, a voz de NA em Bom-baim diz: “Não importam as diferenças,seja bem-vindo. Continue voltando!”

Ivan, Índia

Sempalavras

Algumas imagens valem mais do que palavras – pode-se até dizer que a voz darecuperação possa ser vista, tanto quanto ouvida. Percebemos essa voz quando en-tramos pela primeira vez em uma reunião de NA e constatamos que as pessoas pos-suem um aspecto, digamos, diferente das pessoas com quem costumávamos convi-ver. Ouvimos a voz da recuperação quando participamos de uma grande convenção,onde se forma um círculo de 5.000 adictos para encerrar a reunião. Principalmentenas reuniões, sejam do nosso grupo de escolha ou em uma sala em que nunca tenha-mos estado antes, reconhecemos a recuperação imediatamente, logo na entrada.Nesta edição, publicamos para vocês mais uma coletânea de locais de reunião, quefalam de recuperação – ou melhor, gritam.

Nesta sala reúne-se o Grupo Isto Funciona, de Columbia, Carolinado Sul (EUA). Tendo realizado sua primeira reunião a 18 de junhode 1997, o grupo possui um formato que alterna o estudo do TextoBásico, do Isto Resulta: Como e Porquê, dos Passos Um a Três, euma reunião para recém-chegados. Não se preocupem – as iniciais“HH”, no palanque, são a abreviatura do Centro ComunitárioHendley Homes, onde o grupo se reúne, e não o nome de algumaoutra irmandade.

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O Grupo de Escolha Los Gatos é um dosque pertencem originalmente à área deSan Jose, Califórnia (EUA).Sua primeira reunião aconteceuno dia das mães, em maio de 1989. Hojesão 15 reuniões, inclusive uma que érealizada todas as noites às6 horas. Chega a atrair companheiros dascidades vizinhas, devido à sua atmosferahonesta, amistosa e receptiva.

Todas as quartas-feiras às 17:30 h érealizada, desde 27 de julho de 1994, a

reunião do Grupo Primeiro Passo para aRecuperação, neste mesmo local –

1512 Webster Avenue, no Bronx, cidade deNew York (EUA). Acreditamos que os balões

e a decoração não façam parte daornamentação habitual do grupo, se bem

que isso até que é possível. Afinal, arecuperação é uma comemoração.

É aqui que o Grupo Só por Hoje se reúne emMedellin, Colômbia. Os companheiros dogrupo estão aguardando, ansiosos,para conhecer os adictos de todo o mundona convenção mundial de Cartagena,final de agosto.

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Roswell, New Mexico (EUA) pode serfamosa para as pessoas de fora porcausa das aparições de extraterrestres;porém, o Grupo dos Sobreviventestornou-se famoso para os adictos emrecuperação da localidade.Esta foto foi tirada durante a reunião das17:30 h de domingo. O grupo se reúnetambém às quintas e sextas--feiras e, em outro endereço, às terças.Na última sexta-feira do mês,o grupo realiza uma reunião deoradores, onde são comemoradosos aniversários de recuperação.

O Grupo Prova Viva (antigo GrupoJonesing pela Vida) reúne-se duas vezespor semana neste subsolo de igreja emWinnemucca, Nevada (EUA). A reunião

de quarta-feira é temática, e a dedomingo, para estudo do Texto Básico. A

primeira reunião foi realizada nestelocal, a 22 de janeiro de 1998.

As comunidades de NA estão convidadas a nos enviarem fotografias deseus locais de reunião. Agradecemos especialmente as fotos que incluamformatos de reunião, literatura de recuperação, posters, copinhos sujos de café– qualquer coisa que faça com que o local pareça “habitado”. Desculpem,não podemos utilizar fotografias em que apareçam companheiros de NA. Fa-lem-nos da sua reunião: o nome, localização, cidade, há quanto tempo exis-te, seu formato (oradores, participação, etc). Também adoraríamos saber oque torna especiais o seu grupo e local de reunião.

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Nossagratidão

fala“Mesmo em silêncio, a voz danossa gratidão não deixa de serouvida. Ela ganha maior clarezaà medida que trilhamos o cami-nho da recuperação, dando ge-nerosamente àqueles que vamosencontrando. Aventuramo-nosem frente no nosso percurso es-piritual, as nossas vidasenriquecidas, os nossos espíritosdespertos, e os nossos horizontessempre a alargarem-se. O espíri-to puro que está dentro de cadaum de nós, a centelha de vida quefoi quase apagada pela nossa do-ença, foi renovado através da prá-tica dos Doze Passos de Narcóti-cos Anónimos. É no caminhoaberto por estes passos que seinicia a nossa jornada futura.”

Isto Resulta: Como e PorquêPágina 123

H&I Esperto

Prezado H&I Esperto,Sou a coordenadora do comitê de H&I da Costa Rica. Desde que comecei neste servi-

ço, tenho estado em dúvida sobre como aplicar as Doze Tradições ao trabalho de H&I.Seria prático e eficaz falar sobre elas nas reuniões de H&I, ou é melhor esperar até

que os companheiros presos sejam libertados, e assistam a uma reunião regular?Há dois anos, um companheiro de NA envolvido no serviço de H&I disse que o

propósito do trabalho é levar a mensagem de recuperação, e que a mensagem estános Doze Passos.

As tradições nos protegem das forças internas e externas que poderiam destruirum grupo de NA, mas será que elas abrangem os grupos de NA nas instituições? Nãoseria a reunião de H&I diferente de uma reunião regular de NA? O que os servidores deH&I devem fazer com relação às tradições?

Marianela C, Costa Rica

Prezada Marianela,Apesar de as reuniões de H&I serem, na verdade, diferentes das reuniões de NA

regularmente programadas, são as nossa Doze Tradições que determinam nosso com-portamento e postura, quando levamos a mensagem para dentro das instituições. Porexemplo, nossa Quinta Tradição nos orienta na escolha do formato de reunião. Lem-bramos que nosso relacionamento com a instituição é de cooperação, sem filiação,conforme determina a nossa Sexta Tradição. Quando nos perguntam sobre medica-ção, praticamos a Oitava Tradição: somos membros não-profissionais de NA, que nosabstemos de prestar aconselhamento médico. Praticamos a Décima Tradição, na me-dida em que não opinamos sobre questões alheias à irmandade.

Portanto, você vê que os comitês de H&I podem acentuar nossa mensagem, dedi-cando o seu tempo à compreensão e aplicação das tradições no serviço de H&I. Po-demos fazê-lo através de reuniões de comitê ou, melhor ainda, em dias de aprendizageme oficinas. Desta forma, podemos desfrutar de mais experiência, força e esperança.

Em serviço,H&I Esperto

Para aqueles de vocês que ainda nãotiveram o prazer, H&I Esperto é o tipo docara de H&I incrível. Está nos hospitaise cadeias do mundo todo. Pode-se dizerque está sempre por dentro, em todosos lugares. Perguntas sobre H&I? Preci-sa de ajuda? Escreva para H&IEsperto, aos cuidados do WSO.

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A vozdos grupos

Brian L, Coordenador do CSAÁrea Rock River, Illinois/EUA

Com muita honra e gratidão, informo a todos vocês que estou comemorando hoje(9 de março de 2000) meu aniversário limpo de doze anos em Narcóticos Anônimos.Agradeço a Deus por ter encontrado NA, e a NA, por colocar um Deus amoroso naminha vida.

Desde que completei 90 dias limpo, venho tendo oportunidade de prestar serviçoa NA. Fui um daqueles que buscavam mais do que somente as reuniões para ajudar amodificar meu estilo de vida. Meu primeiro padrinho me contou que existia um lugaronde os adictos de outros grupos se reuniam para debater o que devia ser feito como dinheiro da sacola da Sétima Tradição. Não fazia a menor idéia do que fosse umcomitê de serviço de área. Fui, e ouvi os companheiros discutirem temas completa-mente estranhos para mim. Percebi duas coisas: que as pessoas na sala tinham con-siderável tempo limpo; e que todos tinham oportunidade de expressar suas ques-tões, preocupações e opiniões. Após a reunião, disse ao meu padrinho que desejavaretornar, para descobrir o que aqueles adictos estavam fazendo, na verdade, e comque propósito. Nunca mais deixei o serviço de NA, depois daquela reunião.

Foi a primeira vez que experimentei ouvir a voz de NA. Compreendi que a voz deNA é o nosso propósito primordial – levar a mensagem de recuperação ao adicto queainda sofre. Cumprimos este propósito tanto nas reuniões de recuperação como nasde serviço. Precisamos destes dois componentes para sermos produtivos, e prestar-mos serviços à irmandade. Logo no início da recuperação, aprendi que todos os adic-tos que quiserem parar de usar e que forem membros de NA têm a oportunidade deserem ouvidos. Podemos nos expressar em diversos fóruns da nossa irmandade: reu-niões de serviço dos grupos, comitês de serviço de área e seus subcomitês, reuniõesde serviço regional, na Conferência Mundial de Serviço, por intermédio dos debatesem torno do Relatório da Agenda da Conferência, e nos fóruns de zona.

Todos estes diversos níveis de serviço pretendem assegurar que as vozes individu-ais participem e sejam ouvidas; também visam garantir que se escute a sua voz coletiva.Na maioria dos comitês de serviço de que participei, era utilizado o processo deelaboração de moções e votação, como método para a tomada de decisões e aferi-ção do apoio do corpo de serviço aos diferentes assuntos em pauta. Participei, con-tudo, de reuniões de serviço onde o grupo utilizava um processo de tomada de deci-são baseado no consenso. Que idéia fantástica! Adictos praticando a humildade,para permitir que a consciência do corpo de serviço, com a ajuda de um Deus amoro-so, decida o que é melhor para NA!

Meu próprio processo de decisão e minhas capacidades alteraram-se ao longodos anos. Onde antes eu era impulsivo, agora analiso cuidadosamente as questões.Sei que devo ter em mente o propósito primordial de NA, sempre que estiver prestandoserviço. Não posso apresentar propostas por qualquer outro motivo (satisfação doego, ganho pessoal, para agradar os outros, etc.), que não seja o nosso propósito

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primordial. Caso contrário, estaria nãosó comprometendo os princípios domeu próprio programa de recuperação,como também impedindo-nos de reali-zar nosso propósito primordial. Comcerteza, todos nós concordamos quenossos princípios de recuperação sejamde importância fundamental. Ler, escre-ver, trabalhar e viver os passos faz comque sejamos capazes de prestar serviçoaos outros.

Dizem que os grupos e reuniões deNA são os locais mais importantes ondenossa mensagem é ouvida. Em toda anossa literatura, indicamos que os gru-pos são a voz de Narcóticos Anônimos.Se é verdade, então, o contato com osServiços Mundiais de NA deveria ocor-rer no nível dos grupos.

Poderia citar, aqui, as tradições e osconceitos que se aplicam a estas idéias,e que estão em sintonia com a voz deNA. Acredito nas tradições e conceitos,mas sei que qualquer pessoa pode ler aliteratura e tirar suas próprias conclu-sões. É assim que a irmandade vem fun-cionando há anos. Os dizeres das DozeTradições e dos Doze Conceitos nãosofreram modificações, entretanto, po-de-se concluir uma série de interpreta-ções distintas (e, por vezes, conflitantes)quanto ao sentido das suas palavras.

Devemos ter em mente a missão deNA, acima de tudo; ela é a nossa priori-dade máxima. Aprendi, na minha recu-peração e nos encontros de serviço, que,quando mantemos nossas prioridadesna sua ordem correta, todos os mem-bros de NA se beneficiam. Se eu amouma organização grande como a nossae me mantenho envolvido em qualquerde seus níveis, certamente, irei me be-neficiar com as decisões tomadas emtodos eles.

Participei da elaboração da nossa“voz”, através dos debates sobre o Rela-tório da Agenda da Conferência. Apesar defalho em muitos pontos, é o veículo deque dispomos hoje para envolver o má-ximo possível da nossa irmandade noprocesso coletivo de tomada de deci-sões em NA. Posso compreender o por-quê de algumas pessoas não se interes-sarem nada pela discussão do CAR. Di-zemos que os grupos são a voz de NA e,depois, permitimos que alguns indivídu-os a alterem, modifiquem e emendem,

sob o pretexto de que os “grupos” as-sim desejaram. Este comportamento éincorreto, e enfraquece a participaçãodos companheiros. No início, acrediteiingenuamente que o meu voto fossecomputado no resultado das moções doCAR. Depois, fui a uma reunião regional,onde soube o que acontecia com asmoções do CAR na WSC: que elas podi-am ser alteradas. Fiquei muito sentido!Queria saber quem havia autorizado aque-las pessoas a desfigurarem a nossa voz.

Com certeza, alguns dos leitores de-vem estar pensando que o motivo de osdenominarmos servidores de confiançaé porque confiamos neles para tomaremeste tipo de decisão por nós. Porém,posso dizer com toda a sinceridade quenem todos os servidores, ditos de con-fiança, merecem este título. Às vezes,utilizam-se do serviço para ganho pes-soal, não para o bem da irmandade. Pen-sei bastante a este respeito quando fuidelegado regional junto à WSC, e pudeverificar que este tipo de comportamen-to existia. Gostaria de acreditar que to-dos nós almejamos, do fundo do cora-ção, o melhor para NA. Mas isto não é arealidade. Se tivéssemos sempre emmente o melhor para NA, de verdade,nossas decisões seriam todas baseadasno consenso. Teríamos oportunidade defalar e expressar nossas preocupações,ouvir os outros, deixar de lado nossosinteresses específicos, abrir mão domedo e da desconfiança, e nos impor-tarmos o suficiente com NA para nosmantermos focados naquilo que fossemelhor para a irmandade.

Todos sabemos que a dor faz partedo processo de crescimento. Se nãoestamos permitindo que os grupos to-mem as decisões em nome da irmanda-de, então vamos parar de iludi-los. Aspessoas que selecionamos como servi-dores de confiança precisam escutar osgrupos que as escolheram. Os delega-dos regionais devem assumir a respon-sabilidade pelos seus atos, em vez detentar responsabilizar o Quadro Mundi-al por tudo o que acontece. Precisamosaplicar as Doze Tradições e os Doze Con-ceitos quando selecionamos os nossosrepresentantes. Acredito que uma regiãoseja apenas tão forte e informada quan-to o seu delegado regional. As assem-bléias de grupos serão a onda do futu-

ro, se desejarmos mesmo que a voz deNA venha a ser o que deveria. Se dize-mos nos nossos Doze Conceitos que osgrupos detêm a responsabilidade e au-toridade final pelo serviço de NA, entãoprecisamos fazer desta meta uma reali-dade, e não um ideal inalcançável.

E a vozque não

“enxergamos”?Há pouco mais de dezoito meses,

numa noite fria de janeiro, pedi à minhamãe para ficar com meus filhos enquan-to eu ia a uma reunião. Pela primeira vezdesde que me mudara para sua casa,quando fiquei limpa, ela me disse quenão. Contudo, foi o que ela falou a se-guir que mais me chocou.

“Prefiro mesmo é ir com você”, con-tou-me. “Quero saber como você fazpara voltar para casa sentindo-se me-lhor do que quando saiu.”

Como disse anteriormente, fiquei emestado de choque. Nunca passara pelaminha cabeça que minha mãe pudesseinteressar-se por Narcóticos Anônimos.Não me ocorrera que pudesse ser umaadicta a drogas. Achava apenas que eramuito autodisciplinada, e que tomavaseus medicamentos na hora certa. Nãosabia que, não só tomava a medicaçãona hora certa, como, ainda, o triplo dadose prescrita.

E assim nós saímos. Meu marido (naépoca era meu noivo), as crianças (nãotínhamos babá), minha mãe e eudirigimo-nos a uma reunião próxima.Abrigava os sentimentos mais estranhosque já experimentara em recuperação.Oscilavam entre o entusiasmo porqueminha mãe iria fazer algo por si própria,e o ultraje, por ela estar invadindo o meuterritório. Também havia o inevitávelegocentrismo: “E agora? Como vou fa-zer para ir às reuniões, se minha mãe nãopuder mais ficar com as crianças?”

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Os sentimentos passaram, comosempre acontece. Logo eu estava bus-cando equilibrar a minha codependênciade levar minha mãe às reuniões com otrabalho da minha própria recuperação.Todavia, não foi tão fácil deixar de sermotorista dela, como possa parecer.

Afinal, minha mãe é cega.Ser uma cega em recuperação faz

com que os desafios normais de quan-do ficamos limpos tomem uma outradimensão. Apesar de muitos de nós che-garem ao programa sem ter carro ou car-teira de motorista, normalmente os con-quistamos com algum esforço. Porém,esse é um nível de independência quejamais será conhecido pelos nossos ir-mãos e irmãs que não têm visão. Comofica a impotência?

Por alguns instantes, saia um poucodo seu conjunto privilegiado de proble-mas e tente ver as coisas pelo ângulodaqueles que não podem enxergar. Emprimeiro lugar, não acredito que nenhu-ma área de NA ofereça horários de reu-nião em braille. Vivo em uma grande re-gião onde há muitas reuniões, e nuncaencontrei nenhuma. Uma pessoa cegatem bastante dificuldade para achar umareunião à qual possa ir. Se não tiver al-guém que a procure, como poderá se-quer ouvir a mensagem de recuperação?

Chegar a NA já é meia batalha ganhapara muitos de nós, mas, para minhamãe, chegar até uma reunião tem repre-sentado mais do que uma batalha. Se oônibus que passa na reunião não tiverum ponto próximo a sua casa, até o qualela possa caminhar, então ela estará semsorte. Mesmo quando existem, os ôni-bus na nossa área param de circular an-tes do final das nossas reuniõesnoturnas. Ela depende, e sempre depen-derá, da gentileza dos outros para vol-tar para casa em segurança. Todos nósprecisamos nos perguntar quando foi aúltima vez que oferecemos carona a umrecém-chegado. Se só conseguimos noslembrar de termos despistado alguém,porque a carona iria nos impedir de to-mar um café com nossa panelinha, pre-cisamos repensar nossas prioridades.

Nos primeiros meses de recuperaçãoda minha mãe, ia levá-la, pessoalmente,a pelo menos três reuniões semanais.Quando me mudei com minha famíliapara nossa própria casa, precisei tomar

algumas decisões. Comprometi-me alevá-la às reuniões, pelo menos uma vezpor semana. Senti que lhe devia isto.Infalivelmente, por mais de três anos, eua apanhava todas as sextas-feiras à noi-te, levava a uma reunião, e trazia de vol-ta para casa.

Depois precisei dar prosseguimentoaos estudos, e uma das disciplinas deque precisava era oferecida apenas nasnoites de sexta. Minha mãe começou apegar o ônibus para a reunião, e preci-sava depender dos companheiros quelá encontrava para levá-la de volta paracasa. Na melhor das hipóteses, a situa-ção era incerta. Ela me contou que, umanoite, pediu carona a cinco pessoas di-ferentes, que recusaram. Todas tinhamoutro programa. Graças a Deus, meumarido chegou tarde àquela reunião, epôde levá-la para casa. Meu Poder Su-perior sempre encontra um caminho.

Quantas vezes você permite que oseu Poder Superior o utilize como ins-trumento do seu caminho? Quando fa-zemos a nossa lista de gratidão, lembra-mos de agradecer a Deus pela plena uti-lização dos nossos sentidos? Somos gra-tos pelo calor de um abraço sincero? Depodermos sentir o cheiro de um recém-chegado que não toma banho há mui-tos dias? De podermos enxergar os ou-tros adictos em recuperação, mesmoaqueles de quem nos ressentimos?

A voz de NA é percebida em alto ebom som, quando temos compaixãopelos nossos irmãos e irmãs. Ela grita,quando ignoramos aqueles que neces-sitam de um pouco mais de ajuda, aten-ção e apoio. A voz de NA canta alegre-mente quando alguém conversa comoutro adicto, e pacientemente partilhacom ele o primeiro passo.

Onde está sua voz? Fale um poucomais alto.

Gayle D, Michigan/EUA

Reuniõesde interesseespecial não

me dizemrespeito

A “voz” de NA tem-se modificadodesde que cheguei à irmandade, e a quetenho ouvido com freqüência não mediz respeito.

Parece que as reuniões de interesseespecial chegaram para ficar. Existe umapara cada público: homens, mulheres,gays e lésbicas. No meu entender, oúnico requisito para ser membro estádescrito no Capítulo Dois do Texto Bá-sico, subtítulo “O que é o Programa deNA?”, e na nossa Terceira Tradição. Lem-bra-nos que “o único requisito para sermembro é o desejo de parar de usar”, eque “qualquer pessoa pode juntar-se anós, independente da idade, raça, iden-tidade sexual, crença, religião ou faltade religião”.

Ouço a voz de NA através de todosos companheiros, não somente daque-les que pertencem ao mesmo sexo,identidade sexual, ou qualquer outra. Sóo que importa é como trabalham o pro-grama, e a recuperação que tenham apartilhar.

É lamentável que se excluam adic-tos dos locais onde a voz de NA é ouvi-da: as nossas reuniões. Rezo e desejorecuperação para todos os adictos, eespero que não construamos mais bar-reiras que impeçam outras pessoas deouvir a mensagem de recuperação.

Daniel J, Minnesota/EUA

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Edição: outubro de 2000

Prazo: 1 de julho de 2000(para recebimento dos originais no WSO)

Tema: Comunicação• O que é comunicação eficaz?• Como ela promove a unidade de NA?• De que maneira o ato de ouvir está ligado à

comunicação?• Como a boa comunicação ajuda o crescimento de NA?• Comunicação entre os grupos de NA e seu CSA;

comunicação entre os grupos e seus servidores deconfiança – como a eficácia destas comunicações ajudaos grupos e os adictos que ainda vão chegar a NA?

• Em que medida a natureza mundial e multicultural de NAafeta os nossos esforços de comunicação por toda airmandade?

• Que tipo de comunicação você gostaria de ver com maiorfreqüência, principalmente partindo dos ServiçosMundiais de NA?

• Consciência coletiva e comunicação.• Crescimento pessoal e comunicação.• Serviços de comunicação: H&I, IP, “sites” na Internet, etc.• Apadrinhamento e comunicação, valor terapêutico,

empatia.• Que tipo de comunicação ajudou você, de fato, na sua

recuperação? As leituras certas nos grupos? As palavrascertas de outro adicto em recuperação? Outros.

Edição: janeiro de 2001

Prazo: 1 de outubro de 2000(para recebimento dos originais no WSO)

Tema: Celebrando Nossa Recuperação• Como a sua área/região/país celebra a recuperação?

Convenções? Participando do Dia Mundial da Unidade?• Como os companheiros, individualmente, celebram seus

aniversários de recuperação na sua comunidade de NA?• Como você próprio celebra sua recuperação, diariamente?• Promessa de liberdade de NA – sua celebração.• Em que medida a celebração da recuperação transcende

a linguagem e cultura?• Gratidão e celebração: quando faz o seu Décimo Passo ao

final do dia, você encontra motivos para celebrar? Quaissão?

• Medo de celebrar: existem companheiros na suacomunidade de NA que não gostam dos eventos? O quevocê pensa a respeito?

• O que as nossas celebrações de recuperação transmitemao público em geral?

Temas e Prazos da Revista The NA Way Magazineoutubro de 2000 – julho de 2001

Edição: abril de 2001

Prazo: 1 de janeiro de 2001(para recebimento dos originais no WSO)

Tema: A Odisséia da Recuperação• Por que as pessoas se referem à recuperação como uma

jornada? Em que medida a sua recuperação tem sido assim?

• Potencial infinito de recuperação.

• Desenvolvendo fé, esperança e coragem crescentes;rendição mais profunda.

• Mudanças e desafios.

• Companheiros de viagem: padrinhos e madrinhas,afilhados, amigos, outras pessoas que lhe ensinaramalguma coisa.

• A recuperação é a sua própria recompensa.

• Contatos imediatos com o Poder Superior.

• Solidão – quando você passa por algo que ninguém da suacomunidade de NA passou. Onde encontra apoio,identificação, motivação para prosseguir no crescimentoespiritual?

• Jornadas a serviço.

Edição: julho de 2001

Prazo: 1 de abril de 2001(para recebimento dos originais no WSO)

Tema: Levar a Mensagem• Décima-Primeira Tradição – questões de atração e

promoção ao levar a mensagem.• Levar a mensagem, e não o adicto.• Por que levar a mensagem é o nosso propósito mais

importante (primordial)?• Serviço pessoal e serviço geral; lugares onde levamos a

mensagem – reuniões de recuperação, serviço, H&I, IP/relações públicas.

• Ouvindo a mensagem.• Em que medida a unidade de NA nos ajuda a levar a

mensagem?• Apadrinhamento e abnegação, humildade, aceitação de

limites.• O que levar a mensagem tem a ver com o nosso bem-estar

comum?

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