ann stephens - a noiva seduzida

7/23/2019 Ann Stephens - A Noiva Seduzida

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A Noiva SeduzidaTo be Seduced

Ann Stephens

Inglaterra, 1661Medidas extremas...Lorde Richard Harcourt arquitetou um plano de mestre para se livrar de suas

dívidas: raptar uma herdeira rica e casar-se com ela. Mas por trás da aparência frágil e doar recatado de Bethan !allison" ele desco#re uma mulher sensual e inteligente" de quemn$o consegue se manter distante...

Desejos inflamados...

!epois de passar uma noite inteira via%ando num coche decr&pito ao lado de seuraptor" Bethan compreende que terá de se casar com ele se quiser salvaguardar suareputa'$o. (la sa#e que n$o pode controlar seu destino" mas pode controlar seusimpulsos. )or mais forte que se%a a atra'$o que Richard lhe desperta" e por maissedutores que se%am seus #ei%os" ela se recusa a entregar-se ao noivo. )or&m" * medidaque o dia do casamento se apro+ima" a determina'$o de Bethan come'a a esmorecer"ao mesmo tempo que Richard come'a a se dar conta de que dinheiro & a ,ltima coisa queele tem em mente...

Digitalização: Simone R.Revisão: Projeto Revisoras



Ann Stephens - A Noiva Seduzida (CHE !"#

Cap&tulo '

*aneiro, ++

2quele era um perfeito dia de frio para sequestrar algu&m. (stremecendo so# alonga capa" Richard" #ar$o de Harcourt" curvou-se no assento gasto da carruagemalugada e prague%ou. 8ingu&m o ouviuI estava soDinho" * espera do c,mplice que traria avítima. (m nada lhe agradava a ideia de depender dos outros" por&m" se ele mesmofiDesse o servi'o" poderia ser reconhecido em 3tanorth" o que arruinaria seus planos deescapar antes que algum alde$o clamasse por %usti'a.

4s dedos longos a#riram a %anela de leve. 2lguns punhados de neve eram visíveisna estrada es#uracada. 4s campos de vegeta'$o queimada pelo inverno repousavam na

paisagem distante. 6m vento cortante afastava qualquer pretens$o de um dia agradável"em#ora o sol #rilhasse. 6ma ra%ada fria o atingiu na face quando ordenou ao cocheiro"antes de fechar a %anela:

E 3iga em frente" Lane. (las est$o longe o suficiente.

E 3im" senhor.

Richard escutou o estalo das r&deas e retesou-se enquanto o veículo era posto emmovimento. )rague%ou outra veD. )ior do que estar sentado naquela carruagem miserável"no meio do nada" em pleno inverno" era ser sacudido daquela forma devido * estradacongelada.

(le se envolveu em uma manta de algod$o enquanto plane%ava o prC+imo passo.4 veículo velho e os cavalos de#ilitados tinham lhe custado uma ninharia. 2quela era sua,ltima cartada. 3e desse errado" estaria completamente arruinado.

2pesar de suas lamenta'Jes" lorde Harcourt n$o estava no meio do nada.laramente visível da carruagem" um port$o de ferro se a#ria para a pequenapropriedade de 2##erle. !a entrada" uma trilha de cascalho ladeada de árvores levava *mans$o de ti%olos * vista" construída no reinado da rainha (liDa#eth. 2penas as %anelas devidro e a entrada emoldurada por colunas em#eleDavam a fachada simples.

2 porta de carvalho a#ria-se para o sal$o no#re" uma suntuosa sala com pain&is demadeira escura e tape'arias de veludo. (m#ora ricamente mo#iliada" demonstrava um

gosto duvidoso" que desencora%ava o descanso. 6ma porta * direita a#ria-se para umcorredor que conduDia * sala de %antar" * coDinha e * #i#lioteca.

8aquela tarde" a porta entrea#erta da #i#lioteca permitia que uma conversa fosseouvida do hall por algu&m de ouvidos atentos.

2poiada * parede" Bethan !allison sa#ia que" se fosse pega ouvindo *sescondidas" sem d,vida passaria os prC+imos dias trancada no quarto. 2s regras dasociedade proi#iam as %ovens damas de conhecer os termos de seu casamento.

Respirando com dificuldade" ela se preparou para correr ao menor sinal de ser desco#erta.

E reio que as cláusulas v$o se mostrar de seu agrado" milad" da mesma formaque est$o de acordo com minhas e+pectativas de marido dedicado.

4 sr. !aniel 7lKston" pretendente de Bethan" tinha" ostensivamente" conquistado a




aprova'$o da m$e dela" devido ao senso de responsa#ilidade e aos e+celentes valoresmorais. )or&m" Bethan sa#ia que o que realmente levara a m$e a aceitá-lo haviam sidoa fortuna e a enorme propriedade de !aniel.

(la" pessoalmente" n$o o achava nada agradável. (le insistia em usar os ca#elosescuros na altura do quei+o" de acordo com o estilo puritano" e mesmo em ocasiJesfestivas" vestia-se de forma austera" usando as costumeiras roupas pretas. 3ua aparênciaestranha com#inava com o há#ito de fitá-la como se ela fosse um prato sa#oroso. 2 m$einsistia em diDer que Bethan logo passaria a gostar dele" mas a filha duvidava.

(le a tratava com fria complacência. 2m#os n$o tinham interesses em comumIenquanto ela adorava ler e se socialiDar" ele faDia quest$o de dei+ar claro que sua esposadeveria se ocupar de supervisionar os afaDeres dom&sticos. 2l&m de cuidar dos filhos.

Bethan estremeceu. 3C de pensar nas rela'Jes con%ugais com os sr. 7lKston"entristecia-se profundamente.

2 voD da m$e" carregada de censura" feD-se ouvir do outro lado da porta.

E (ssa cláusula n$o foi alterada" milorde. (stou certa de ter mencionado que

proporcionar uma educa'$o adequada a Bethan foi dispendioso demais para mim. omosua ,nica parente ao longo de tantos anos" creio que devo ser recompensada por taisgastos" particularmente porque perderei minha ,nica filha com esse casamento.

Bethan imaginava o cenho franDido que marcava o rosto estreito da m$e. 9ra'asao generoso dote da filha" a sra. !allison pretendia e+torquir todo o ouro que pudesse dofuturo genro.

E ara senhora" creio que n$o deva sofrer pela perda de sua filha" e protesto 2quantia requerida pela senhora me parece e+cessiva por ter cuidado e educado umamenina" n$o importa qu$o #em tenha desempenhado seu papel de m$e. E 2 voD do sr.7lKston soava petulante.

Bethan ouviu o farfalhar de pap&is sendo manipulados so#re a mesa de madeiramaci'a da #i#lioteca enquanto os argumentos se seguiam.

(la cerrou os punhos %unto * saia de l$ que usava. 2m#os pareciam duas senhoraspechinchando o pre'o de um #elo leit$o. 4 ,nico pro#lema era que o leit$o era ela. 4u"para ser mais e+ata" o dinheiro dela. 3eu pai havia lhe dei+ado em testamento umafortuna" e como n$o havia outros homens na família" ela tam#&m herdaria aquelapropriedade apCs a morte da m$e.

Bethan #ai+ou o olhar" tentando conter as lágrimas. 2s proclamas ainda n$ohaviam sido anunciadas" mas se o acordo fosse assinado naquele dia" ela estaria sem

saída. 4 contrato a ligaria ao sr. 7lKston como se o matrimNnio %á tivesse sido realiDado.(la retorceu os lá#ios. 8$o contava com mais nenhum parente vivo. 3e procurasse

a#rigo na casa de uma das famílias viDinhas" seria repreendida como uma crian'adeso#ediente e traDida de volta para casa. 8$o podia nem mesmo usar o prCprio dinheiropara fugir. 4 #anqueiro londrino do pai o mantinha guardado" salvo uma irrisCria quantiadestinada a gastos pessoais que era li#erada a cada quinDena. 3omente com ocasamento" o marido de Bethan adquiriria o direito de controlar a fortuna que elaherdara.

(nfim" a sra. !allison e o sr. 7lKston decidiram que o documento deveria ser refeitoe assinado na semana seguinte. Bethan havia ganhado mais alguns dias de li#erdade.

!e repente" ela se deu conta de que teria de se %untar aos dois antes que ovisitante partisse. !esliDando pelo piso de madeira" postou-se * %anela" com o cora'$oaos pulos. OeliDmente a m$e nada notou de estranho ao surgir e pedir * filha que a

P




acompanhasse * #i#lioteca.

Bethan entrou no cNmodo. rês ta'as de estanho estavam dispostas so#re aenorme mesa retangular" %unto a um prato com pequenos peda'os de #olo. 6ma %arra desidra aqueceu o am#iente antes que o fogo crepitasse na lareira.

4 sr. 7lKston feD um leve galanteio.

E 3rta. Bethan" parece t$o radiante quanto uma moeda de prata esta tarde. reioque este%a #em.

(la murmurou uma resposta polida. 4 corpete liso de seu vestido e a saia de l$cinDa n$o demonstravam estar tra%ada para uma ocasi$o especial" tampouco a touca demusselina que lhe co#ria os ca#elos.

2 m$e for'ou um sorriso de satisfa'$o" apesar da irrita'$o.

E oncordamos que seria mais apropriado que o casamento fosse realiDado aqui"de modo reservado" minha querida. 4 sr. Ha virá de High#ur para cele#rar a cerimNnia.E (la gesticulou para que Bethan oferecesse #olo ao convidado. E 2ceita um peda'o

de #olo" milordeQ Ooi minha filha quem feD.)egando um peda'o co#erto de a',car" o sr. 7lKston a#ocanhou-o. Bethan

aguardou-lhe a rea'$o" ansiosa. (la gostara da e+periência de faDer o #olo e achava quetinha %eito para coDinhar. (le franDiu os lá#ios ao diDer:

E 8$o costumo comer doces. (vito frivolidades na alimenta'$o" assim como emoutros aspectos da vida.

3omente o noivo de Bethan consideraria que sua alma imortal corria perigo por causa de alguns peda'os de #olo. (la decidiu mudar de assunto.

E !evemos mandar chamar o sr. HaQ 4 reverendo ames poderia nos casar na

7gre%a de 3$o Mateus. E 2panhando um peda'o de #olo" ela o mordiscou" divertindo-secom a e+press$o de horror dos outros dois.

E Bethan 8$o diga uma coisa dessas 4 sr. ames foi transferido de 3tanorthporque se envolveu com o papismo difundido na Oran'a. E 2 sra. !allison estava prestesa ter um colapso. E 4 que o sr. 7lKston vai pensarQ

om alguma sorte" Bethan refletia" ele se afastaria de uma criatura t$o pervertidaquanto ela.

E 2 srta. Bethan n$o tem no'$o das implica'Jes de suas palavras E ele seapressou a %ustificá-la. E 8$o & raro aos ruivos a falta do senso de comportamentorespeitável. E Oitou-a com frieDa. E 8o entanto creio ser capaD de faDer cumprir a

conduta religiosa em minha casa.4s olhos acinDentados se estreitaram e os lá#ios se retorceram antes que ela

replicasse. ontinuar aquela discuss$o n$o a levaria a nada. )ara se recompor" ela sevirou na dire'$o da %anela e contemplou o passeio em frente * casa. !e repente" a srta.9loriana Harcourt apareceu" vinda do #osque. Bethan sempre se encontrava com a %ovem so#rinha dos viDinhos" e naquele mesmo instante" pensou em uma desculpa parase afastar da m$e e do sr. 7lKston" ao menos por um curto período de tempo.

E laro que o senhor está certo. E (la impingiu um tom contrito * voD. E oumelhorar meu comportamento e pe'o que perdoe minha petulSncia. alveD o senhor aceite outro peda'o de #olo como uma proposta de paD...

3em esperar por resposta" ela apanhou o prato e saiu da #i#lioteca" fechando aporta atrás de si.

G




8o hall" correu at& a %anela. 9loriana aca#ara de pNr os p&s no degrau da entradaquando ouviu #atidas no vidro da %anela. Bethan apontou para a lateral da casa" aliviada"assim que a garota imediatamente se dirigiu * porta dos fundos.

(la se apressou at& a coDinha para encontrar a amiga. 2 sra. Magort" a velha ecarrancuda coDinheira" preparava um assado para a refei'$o. Bethan dei+ou o prato de#olo na mesa.

E 2 srta. Harcourt veio de Rothle. enho certeDa de que algo muito grave a trou+ea esta casa em um dia t$o frio" sendo assim vou ver o que posso faDer para a%udá-la.

2 coDinheira resmungou algo" sem erguer o olhar.

(scapando para o %ardim murado" Bethan e 9loriana caminharam lado a lado" deca#e'a #ai+a" protegidas pelo capuD do manto que usavam contra o vento forte que lhesfustigava o rosto.

E 9ra'as a !eus" você apareceu 8$o tenho a menor ideia do motivo que a trou+eaqui" mas & maravilhoso tê-la comigo. E Bethan quase gritava para que pudesse ser ouvida.

9loriana" por sua veD" saudou a amiga" ansiosa.

E ia Rothle feD com que eu me sentisse uma tola ho%e (u disse a ela que ialevar um prato de sopa ao velho Lason apenas para sair de casa. E 2fastou os ca#elosdo rosto.

omo sempre" Bethan se sentiu gigante diante da mo'a loira.

E (la deve ter sido muito e+igente para que você se afastasse do calor da lareiraem um dia como este. E Bethan o#servou a garota com curiosidade" pois conhecia #ema natureDa indolente de 9loriana.

2 amiga ru#oriDou ainda mais do que %á estava por causa do frio" por&m meneou aca#e'a em afirmativa" com vigor.

E !e fato" ela foi muito dura comigo )or isso" vim visitar você antes de voltar paracasa.

E 2cha que sua tia pode estar mais #em-humorada agoraQ )enso emacompanhá-la at& lá... 4 sr. 7lKston está aqui" minha m$e e ele me aguardam.

entou n$o demonstrar seu desespero" mas os olhos aDuis de 9loriana #rilharamde satisfa'$o.

E 4 quêQ 2 srta. Bethan quer a#andonar o prCprio noivoQ reio que será motivo

de fofoca durante todo o mês.E (le ainda n$o & meu noivo. 4 an,ncio n$o foi feito E falou" contrafeita.

2quela garota tinha uma língua atrevida para seus meros deDesseis anos. Mas noinstante seguinte" Bethan cedeu:

E 4h" querida" a%ude-me... erei de passar mais tempo do que o necessário com osr. 7lKston depois do casamento.

9loriana sorriu e o#servou-a de modo especulativo.

E 4 que acha de sair daqui sem ser vistaQ

E Rumo *s terras de seu tioQ

E 8$o" vamos pegar a estrada. 4 que acha de irmos ao povoado e... comprarmosalgumas fitas de ca#eloQ E 9loriana propNs" pu+ando a amiga pela m$o em dire'$o *

F




senda.

E (m um dia como esteQ 3e%a mais sensata E 2preensiva com a possi#ilidadede a m$e desco#ri-las" mordeu o lá#io.

E 3e nos mantivermos prC+imas ao muro do %ardim" creio que poderemos escapar antes de sermos vistas. 2ssim que cruDarmos o #osque" estaremos livres.

2s duas se achegaram ao muro de ti%olos e correram" as saias erguidas e os p&svoando so#re a grama seca. )araram para respirar quando se viram longe da casa.

E 8$o podemos ficar aqui" paradas. Mam$e %á deve estar estranhando a minhademora. omo eu gostaria de ter traDido minhas luvas. E Bethan olhou para trás"temendo estar sendo o#servada da %anela da #i#lioteca.

E )osso partilhar meu regalo com você E disse 9loriana.

Bethan se endireitou e caminhou at& o port$o. irando-se" viu a amiga parada"indecisa.

E amos

9loriana a alcan'ou em um instante.

E 3e%a mais caridosa E Bethan a repreendeu de leve. E enho certeDa de que osr. Lason ficará muito agradecido pela sopa em um dia como este. 2gora conte-me afofoca do momento. ocê sempre se diverte com esse tipo de coisa.

(ntretanto" o silêncio pesou so#re elas enquanto se arrastavam pelo caminho. 2s,ltimas folhas do outono farfalhavam" e o sol da tarde lan'ava suas som#ras so#re elas.Bethan imaginou se 9loriana lamentava a atitude impulsiva de am#as.

E Meu irm$o está nos faDendo uma #reve visita. E 2 voD aguda de 9lorianademonstrava todo o seu entusiasmo pelo irm$o adorado" doDe anos mais velho que ela.

endo o conhecido no ver$o anterior" Bethan entendia os sentimentos da amiga. 2t& mesmo ela havia tido dificuldade para resistir ao sorriso e aos modos charmosos docavalheiro" apesar de notar que ele flertava descaradamente. )ara seu prCprio desgosto"pegou-se dese%ando que aquele comportamento desrespeitoso fosse dirigido a elatam#&m.

E <uanta divers$o para você. Lad Rothle n$o mencionou que ele pretendiavisitá-los E Bethan falou" tentando demonstrar indiferen'a.

E 4h ela nada comentaria E 9loriana replicou a&rea. E 8$o sa#íamose+atamente quando ele viria %á que se encontrava e+tremamente ocupado em Londres.

E )osso imaginar. E Bethan replicou" seca.!e acordo com os conhecimentos da m$e" desde a ascens$o do segundo rei

harles" a cidade tinha mergulhado em uma atmosfera lasciva" &#ria e arruaceira. 6mhomem de maneiras repreensíveis decerto encontraria muito com que se ocupar" e amaioria relacionada * imoralidade.

2 estrada apareceu antes mesmo que elas cruDassem o port$o da propriedade.9loriana sorriu" radiante" e apontou al&m do om#ro de Bethan.

E 4lhe )arece a carruagem de meu irm$o se apro+imando.

Bethan sacudiu a ca#e'a" surpresa.

E )or !eus" 9loriana )or que você n$o me disse que seu irm$o estava * suaesperaQ 8$o foi uma atitude educada da sua parte" em#ora eu este%a surpresa com o fatode ele n$o tê-la escoltado at& a porta de casa.

T




2 amiga a fitou" em#ara'ada.

E (u n$o tinha certeDa de que sua m$e o rece#eria #em depois da escapulidacom sua criada no ver$o passado. 9osto muito de Richard e n$o quero e+pN-lo asitua'Jes em#ara'osas. 2credite" ele %urou que n$o houve nada al&m de alguns #ei%os eque a garota foi condescendente.

Bethan #ufou.E onhecendo oan como conhe'o" acho #em provável que ela tenha proposto os

encontros Mas & verdade" mam$e dificilmente o teria rece#ido com satisfa'$o caso eletivesse vindo com você. E 3orriu" mordaD. E 2pesar de que teria sido divertido vê-lomenospreDar a presun'$o do sr. 7lKston.

(la podia n$o aprovar o comportamento imoral de lorde Harcourt" por&m apreciavasua sagacidade.

2 velha carruagem seguia pela estrada es#uracada quando Bethan acrescentou:

E 2cho melhor irmos ao encontro dele. )arece-me que aquela geringon'a n$o

conseguirá terminar o tra%eto at& o port$o.9loriana assentiu" e am#as foram ao seu encontro. Bethan relanceou o olhar para

a amiga" cu%os olhos geralmente inquisitivos se encontravam #ai+os.

ontudo" assim que alcan'aram a carruagem" que no momento se movialentamente" a impetuosa garota gritou" animada:

E RicKon (stou de volta" e ve%a quem veio comigo 2 srta. Bethan pretendevisitar tia Rothle.

2 porta da carruagem se a#riu" e lorde Harcourt desceu para a%udá-las. Bethanprendeu a respira'$o. (le n$o havia mudado nada desde o ,ltimo ver$o. 4s ca#elos

ondulados" de um loiro-escuro" e o mesmo sorriso indolente iluminavam o rosto intriganteenquanto seus olhos a analisavam de modo pertur#ador. 2quela avalia'$o lem#rou-a deque estava vestida de modo descuidado" levando-se em conta o manto e o capuD gastosque usava" e qu$o pouco atraente devia parecer se comparada * elegante 9loriana" comseu vestido cor de Sm#ar e capa preta.

E ( um praDer revê-la" srta. !allison.

2t& mesmo a voD do lorde a pertur#ava" com aquele tom meloso e grave aomesmo tempo.

E )or favor" permita-me levá-la at& seu destino E ele acrescentou.

2 seguir deu um passo * frente e" com um movimento fluido" tomou a m$o delicadana sua. 9raciosamente" ele se inclinou e #ei%ou-lhe os dedos nus.

Bethan engoliu em seco ao senti-lo apertar sua m$o com mais for'a. 3entir ocalor que traspassava as luvas de couro negras a feD corar. (le sorriu ao a%udá-la a entrar na carruagem.

E 3uas m$os est$o frias. )recisamos encontrar uma maneira de aquecê-las. E(le a #ei%ou na palma" com os olhos verdes #rilhantes.

(la ofegou de leve e pu+ou a m$o. (le deu de om#ros e a%udou 9loriana a entrar tam#&m. (nt$o" acomodou-se no assento diante delas.

Bethan o#servou a paisagem pela %anela sem interesse. 4s olhos verdes aencararam" divertidos" antes que ele desviasse a aten'$o * irm$.

4s dois irm$os conversaram so#re amenidades durante o #reve tra%eto at& Rothle

U




Hall" enquanto Bethan se distraía" analisando o interior da carruagem. 2 estruturaarqueada da %anela permitia que o ar frio entrasse pelas frestas" for'ando-a a manter asm$os so# o manto. 2 pintura descascada causava uma p&ssima impress$oI com certeDaaquele era o pior veículo que %á a transportara. 8$o podia nem imaginar qu$o terrívelseria ter de percorrer uma longa distSncia" saltando de maneira t$o incNmoda no assentode madeira como naquele instante. 2s finan'as de lorde Harcourt n$o deviam estar nada

#em para que se valesse de uma condu'$o em estado t$o precário. 2gu'ou os ouvidosquando 9loriana pediu ao irm$o que a levasse de volta a Londres. )ara surpresa deBethan" o lorde arqueou as so#rancelhas em uma censura inesperada.

E 8$o seria nada apropriado" como deve sa#er. á e+pliquei para você váriasveDes.

2 irm$ protestou" por&m ele encerrou o assunto com uma enfática recusa.

2fastando a cortina da %anela" Bethan reconheceu o trecho da estrada queconduDia a Rothle Hall. 7maginou-se sentada %unto a uma das lareiras da residência delad Rothle enquanto conversavam so#re assuntos agradáveis.

2ssim que se apro+imaram de seu destino" lorde Harcourt #ateu no teto do veículo"que parou de imediato.

E 9loriana" %á chegamos.

4 tom s&rio com que ele pronunciou tais palavras levaram Bethan a fitá-lo. (leapanhou as m$os da irm$ e a encarou. 2 garota agora parecia pálida e assustada. 2pCsum #reve momento de hesita'$o" 9loriana anuiu com um gesto de ca#e'a.

E Boa menina E ele a elogiou com do'ura. E ocê ficará #emQ

(la assentiu outra veD.

)ara surpresa de Bethan" ele a#riu a porta e saiu para a%udá-las a descer.

!ecerto" ele n$o pretendia que elas entrassem na propriedade pelo port$o.9loriana olhou por cima do om#ro com uma e+press$o pesarosa antes de descer

da carruagem. onfusa" Bethan se preparou para segui-la" mas sua passagem foi#loqueada pelo #ra'o de lorde Harcourt.

E !esculpe-me" milorde" mas se vamos caminhar at& a entrada da mans$o" antesdevo descer do coche. E 2 voD fria demonstrava seu desagrado.

4 lorde" no entanto" n$o respondeu. (m veD disso" 9loriana a encarou da estrada.

E 3into muito" Bethan. Richard disse que precisava de minha a%uda e fui o#rigadaa... ele & meu irm$o e cuidou de mim depois que meus pais morreram. )or favor" tente

nos perdoar.E á #asta" 9loriana. 2gora vá. E (le foi enfático.

o#rindo a ca#e'a com o capuD" a garota se dirigiu * casa dos tios. Lorde Harcourtsaltou para dentro da carruagem t$o depressa que Bethan foi for'ada a se sentar.

E Lamento informá-la que virá comigo" srta. !allison. E (le #ateu no teto doveículo novamente.

E 4... que... disseQ E )erple+a" notou que o coche foi posto em movimento.

E 2 senhorita irá me acompanhar a ;orKshire" onde nos casaremos. E 4 tom

prático do lorde n$o impediu que ela ficasse sem ar" em estado de choque. E Realmentelamento muito" querida. E (le a olhava com simpatia. E Mas preciso de uma vultosaquantia de dinheiro o mais rápido possível" e a senhorita & a herdeira mais acessível que

V




lorde Harcourt poderia ser #em mais praDerosa" mas a ideia desapareceu de sua mentet$o depressa quanto surgira. 2ssim como 7lKston" ele apenas queria seu dinheiro e haviatomado a atitude mais prática para consegui-lo.

8ovamente" ela dese%ou poder ter o controle do prCprio dinheiro. )or mais repulsivoque fosse" consideraria su#orná-lo para que fosse devolvida com sua reputa'$o intacta.Mas apenas as vi,vas podiam controlar a prCpria heran'a. 2 maioria das mulheresdependia dos fundos que os pais ou maridos lhes conferiam.

!iante de tal pensamento" Bethan se endireitou no assento e piscou. 7mCvel" elafitou o lado oposto da carruagem por vários segundos. 2o voltar a encarar lorde Harcourt"respirou fundo. 3e ele adivinhasse o que se passava em sua mente" ela estaria perdida.

9uardando o vinagrete" Richard congratulou-se pelo sucesso da primeira parte deseu plano. 2pesar da e+press$o Dangada" a srta. !allison havia oferecido poucaresistência at& o momento. (la pedira que ele parasse a carruagem e tinha tentado a#rir aporta com o veículo em movimento" por&m ele n$o havia esperado menos que isso.!esde o ver$o passado" identificara o ar de o#stina'$o daquele rosto #onito" mas n$otinha a menor d,vida de que a dominaria. 2ssim que se casasse e se deitasse com ela"tudo que ela possuía passaria a pertencer a ele.

3atisfeito" o#servou a %ovem a seu lado. (la se recusava a encará-lo" fi+ando oolhar na parede * frente. <uando a vira pela primeira veD" havia considerado-a #onita esuas lem#ran'as se provaram acuradas.

2 pele alva encontrava-se corada naquele instante" contra a madeira escura e ocouro do assento. 2lgumas sardas espalhavam-se pelo nariD delicado. (le refreou avontade de acariciá-las com a ponta dos dedos. (la se desvencilhara de seu toque poucoantes" e uma noiva assustada n$o serviria aos propCsitos que ele tinha em mente.

!eu-se conta de que nunca a tinha visto com os ca#elos desco#ertos e ficou

imaginando de que cor seriam. )rovavelmente castanhos" levando-se em conta a cor dasso#rancelhas e dos cílios. <uanto aos olhos ele sa#ia que eram acinDentados comnuances prateadas.

7nesperadamente" ela se virou para encará-lo" fuDilando-o com o olhar.

E !e quanto dinheiro o senhor precisaQ E perguntou de s,#ito" pegando-o desurpresa.

(le simplesmente a fitou.

E !e quanto dinheiro o senhor precisaQ E ela repetiu" o tom de voD sugerindo quefalava com uma pessoa de capacidade mental limitada.

Richard ficou paralisado durante algum tempo" tentando desco#rir qual seria amano#ra de sua presa.

E )or que dese%a sa#erQ E (le se a%eitou no assento e ergueu uma so#rancelha.

E )osso n$o ter dinheiro suficiente para saldar suas dívidas. E 6m sorrisotriunfante se formou nos lá#ios femininos.

2 garota era mais esperta do que ele imaginara.

E (stou certo de que seus #ens ser$o mais do que suficientes para as minhasnecessidades E ele murmurou. E Meu tio calculou que sua heran'a gira em torno dequinDe mil li#ras" e minhas necessidades imediatas n$o ultrapassam cinco mil.

E 2h. E Bethan recostou a ca#e'a no assento" como se refletisse.

<uando ela o o#servou novamente" Richard adivinhou quais seriam suas prC+imas

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palavras.

E Muito #em" lorde Harcourt. ou me casar com o senhor.

(le havia vencido a partida.

entando esconder a sensa'$o de alívio que o atingiu" ele lhe tomou a m$o entreas suas.

E 4#rigado por me honrar" concordando em se tornar minha esposa" senhorita.

E laro que há certas condi'Jes...

!iante do tom animado com que ela pronunciou tais palavras" ele franDiu o cenho.

E (m primeiro lugar" dese%o me casar em Londres" portanto o senhor deve tomar as providências para que esta carruagem mude de dire'$o" rumo ao novo destino. (msegundo lugar" quero que n$o me incomode com aten'Jes indese%adas apCs a cerimNnia.7magino que o senhor tenha plane%ado me desposar e dei+ar-me em ;orKshire" estoucertaQ

Richard simplesmente n$o tinha palavras para responder. 8o entanto" ela semostrava impertur#ável ao acrescentar:

E alveD eu aprecie dar um passeio ao menos em ;orK ou 3car#orough"ocasionalmente.

Richard Harcourt franDiu a testa.

E ( como pretende impor suas... condi'Jes a mimQ !iga-me.

E Oacilmente... !irei Wn$oW diante do reverendo.

E ( destruirá sua reputa'$oQ (stá #lefando.

Bethan corou" mas n$o desviou o olhar do lorde.

E )osso arruinar minha reputa'$o" mas o senhor continuará po#re E replicou. E( seus planos seriam um fracasso total" n$oQ

* * *

Bethan n$o revelou nenhum indício de ansiedade enquanto aguardava a respostade lorde Harcourt. (le su#estimava a fortuna que ela herdara. alveD su#estimasse suainteligência tam#&m.

E 7maginei que uma mulher devotada a !eus dese%asse evitar a atmosfera imoral

de Londres E ele ironiDou. E (stá t$o ansiosa para se entregar aos praDeres da cidadeQE laro que n$o E ela negou com firmeDa. 4 antigo pastor de meu povoado

agora mora lá" e eu gostaria que ele nos casasse.

E 3uponho que eu deva respeitar seus sentimentos de ter o sacerdote de suainfSncia casando-a.

)ara surpresa de Bethan" o lorde parecia sincero. (la suspirou" desdenhosa.

E 3entimentos n$o têm nada a ver com essa quest$o. 3eria muito simples para osenhor pagar algu&m para agir como um homem de !eus e casar-se comigo em umacerimNnia falsa apenas para tomar posse do meu dinheiro e depois me a#andonar.

2quele cavalheiro insuportável tinha o atrevimento de se mostrar ofendido.E 3anto !eus" n$o sou ladr$o" senhorita

1/




a resposta polida.

E omo &Q E Bethan insistiu.

E <uantas perguntas de repente E ele murmurou. E 8$o está pensando emmudar de ideia" estáQ E 3egurou-a pelo quei+o e a for'ou a fitá-lo nos furiosos olhosverdes.

E omo se isso fosse me traDer alguma vantagem agora E retrucou ela. E (tarde demais para arrependimentos.

E 3im. 8$o se esque'a disso.

(le a mediu da ca#e'a aos p&s" e Bethan se deu conta de que o lorde n$o estavase referindo * distSncia que tinham percorrido at& ali.

(la teve a impress$o de estar sendo amea'ada" e outro violento solavanco docoche feD com que seu estNmago voltasse a incomodá-la.

!epois de tornar a aspirar o vinagrete" perguntou:

E Milorde" o que acha de come'ar logo a procurar um lugar para ficarmosQE 2gora se mostra ansiosa para pararmosQ (stá ficando muito ousada" minha

menina. Realmente uma mulher pode mudar de opini$o #em depressa. E 2s #elasfei'Jes masculinas se retorceram em um sorriso de desd&m.

E 8$o estou mudando de ideia" senhor E ela negou. E 2 quest$o & que n$o mesinto muito #em e ficaria grata se n$o fosse sacudida como um dado numa cai+a.

E 8$o se sente #emQ )ode estar tentando me enganar com essa desculpa.

E 8$o se trata de uma desculpa E Bethan afirmou e respirou fundo. E ( se osenhor n$o parar esta geringon'a o mais rápido possível" as consequências n$o ser$o

nada agradáveis.(la co#riu a #oca com a m$o.

E 4h" meu !eus... E Lorde Harcourt imediatamente a#riu a %anela e gritou paraque Lane parasse a carruagem.

2ssim que foi possível" ela a#riu a porta e pulou para o ch$o. !esesperada em#usca de privacidade" dirigiu-se a um agrupamento de árvores a alguns metros dedistSncia da estrada. Mas antes que desse deD passos" inclinou-se para a frente evomitou.

2o terminar" perce#eu que dois #ra'os fortes a seguravam firmemente. 4 lorde lhe

murmurou ao ouvido enquanto ela tentava se recompor:E Oique tranquila" menina. E 2 voD profunda confortou-a tanto que ela parou detremer.

6m len'o de linho foi colocado entre suas m$os. Richard a a%udou a se endireitar ea apoiou contra o peito forte at& que ela pudesse se sustentar de p&. Mesmo depoisdisso" ele manteve a m$o firme no cotovelo delicado.

Humilhada" ela sC conseguia olhar para as folhas secas ao redor de seus p&s.

E Be#a. E (le estendeu a m$o para Bethan" segurando um pequeno cantil.

(nvergonhada pela sua fraqueDa para discutir" ela o apanhou e a#riu. 4 cheiro

forte de #e#ida alcoClica encheu seus olhos de lágrimas. omou um gole" agitou-o na#oca e cuspiu longe.

E 3anto !eus 7sso & conhaque francês" mulher

1P




E (u n$o consigo engolir E ela sussurrou" com voD rouca. E 3into muito. Masa%udou a tirar o gosto ruim da minha #oca. 4#rigada" milorde.

Bethan notou que ele sacole%ava devido a uma gargalhada contida.

E Levando-se em conta que somos noivos e aca#amos de partilhar umae+periência altamente íntima" creio que %á pode me chamar de Richard.

(la o o#servou por um longo momento. (nt$o" inclinou-se para a frente outra veD evomitou aos p&s dele.

Richard Harcourt saltou para o lado" lamentando por suas #otas" mas segurouBethan pelo pulso" uma veD que ela havia esvaDiado o estNmago em definitivo. (le aencarou e lhe ofereceu o conhaque de novo encolhendo-se quando ela cuspiu o líquidolonge pela segunda veD.

E !evido *s circunstSncias" n$o vou reclamar" por&m estou curioso. ostumapassar t$o mal durante viagens longasQ

2 postura ereta assegurou a ele que ela %á estava melhor. Bethan se esquivou

antes de responder:E 3omente quando a viagem se dá em veículos mal-conservados que sacole%am

demais. E Oitou-o com frieDa. E 4nde conseguiu essa monstruosidadeQ

E (u apenas disse ao dono do está#ulo quanto eu podia pagar pelo aluguel dacarruagem e dos cavalos" amor.

4 sol se punha devagar enquanto a noiva relutante lidava com sua indisposi'$o.Bandidos e criaturas ainda mais perversas povoavam as estradas em meio * escurid$o" eRichard queria encontrar um lugar para passar a noite o quanto antes. (le se virou eindicou o coche.

E 2 monstruosidade a espera.(la n$o discutiu" em#ora n$o estivesse nem um pouco entusiasmada em seguir

viagem. (le a viu suspirar e caminhar rumo ao veículo. 3orrindo" acompanhou-a.

2ssim que se apro+imaram" o paciente cocheiro os cumprimentou" afável.

E 2 senhorita está indispostaQ E (le desceu da #oleia e a#riu a porta do coche.E 3eguiremos viagem mais devagar" milad.

Bethan n$o conseguiu encará-lo" apesar das palavras gentis. Richard sentiu penada companheira" que se encontrava visivelmente envergonhada" e a a%udou a entrar"sussurrando ao criado:

E amos parar na Bell X Moon. reio que chegaremos lá antes que escure'a detodo.

E 2cha mesmo que devemos levar a dama para lá" milordeQ E Lane co'ou aca#e'a. E 8$o & um lugar muito apropriado...

E Y limpo e pode nos oferecer ao menos um quarto para passar a noite.

4 resto do tra%eto se deu sem maiores transtornos" em#ora Bethan mais uma veDtivesse de recorrer ao vinagrete. laramente aliviada com o fim do dia de viagem" afirmoua Richard que n$o havia tido nada al&m de en%oo. odavia" o#servando o rosto pálido *sua frente" ele suspeitou que ela su#estimasse o prCprio desconforto. 4rdenando que

ficasse na carruagem" ele entrou no esta#elecimento" a fim de faDer os arran%os para opernoite. Lane permaneceu na #oleia" com o o#%etivo de afastar os desconhecidos.

Bethan de fato tinha depreciado a gravidade de seu mal-estar. !escansando a

1G




(nt$o" de repente" a #oa educa'$o a tirou do torpor. (mpurrando-o" livrou-se dos#ra'os fortes que a encurralavam. Richard feD men'$o de segui-la" por&m ela agitou asm$os" defendendo-se.

E )or favor" n$o 8$o fa'o a menor ideia do que aconteceu comigo... agora medei+e soDinha.

(le sorriu docemente" divertido com o em#ara'o da noiva.E Mas vim #uscá-la para o %antar. E om uma leve inclina'$o" ele indicou a porta.

(la lhe lan'ou um olhar frio" mas foi traída pelo estNmago" que roncou alto.7gnorando os lá#ios trêmulos do lorde" anunciou:

E ou comer aqui" o#rigada.

Richard se endireitou e cruDou os #ra'os.

E 8$o" srta. !allison. 2 mesa %á está posta no sal$o. 4u se %unta a mim no andar de #ai+o ou ficará com fome.

Bethan aca#ou se rendendo" a Richard e ao estNmago voraD.E 4h" muito #em ou faDer a refei'$o com você no sal$o" mas antes preciso me

tornar apresentável. E (la a#riu a porta. E 3e fiDer a gentileDa de me dei+ar soDinha...

E laro" querida irmã. E om um sorriso de escárnio" ele se retirou.

(nquanto prendia a touca de musselina so# o quei+o" Bethan foi tomada por umpensamento alarmante. Lorde Harcourt... Richard... havia dito que os ca#elos dela eram#onitos.

8a varanda do andar t&rreo" que dava para o pátio da estalagem" Richard divagavaenquanto fechava o so#retudo para se proteger do frio da noite. (le achava Bethan uma

mulher #onita" mas" ao a#rir a porta do quarto e ver seus ca#elos de um tom #rilhante devermelho" ficara sem ar.

4 primeiro impulso foi enterrar o rosto neles" para sentir o perfume e a macieD. 2sregras da #oa conduta repudiavam tal comportamento" mas ele n$o teve escr,pulos aodesliDar os dedos pela tran'a e desfaDê-la.

2 resposta inicial de Bethan ao #ei%o com#inava com aqueles ca#elos cor de fogo"quente e suave ao mesmo tempo. (le afirmara que n$o a tocaria durante a viagem" masn$o havia imaginado que sua noiva puritana fosse t$o sensual. )ara ser franco" suasinten'Jes eram no#res" pois pretendia cumprir a promessa que tinha feito ao pai. 8oentanto" naquele instante" estava pouco inclinado a esperar pelos praDeres da noite de

n,pcias. 2#riu o so#retudo para permitir que a #risa fria refrescasse o corpo quente

enquanto refletia como poderia se %untar * noiva na cama apCs o %antar.

<uando Bethan" enfim" dei+ou o quarto" com os ca#elos presos e co#ertos pelatouca" ela desceu as escadas e" com certo nervosismo" aceitou o #ra'o que Richard lheestendia.

)ara seu alívio" ele n$o mencionou o #ei%o. (m veD disso" falou so#re amenidadesenquanto a conduDia ao sal$o reservado a eles" desculpando-se antecipadamente pelasimplicidade da refei'$o que seria servida.

2ssim que ele a#riu a porta e esperou que ela entrasse" o cora'$o de Bethandisparou. (la estava transgredindo uma das principais regras ditadas por m$e" a de nuncaficar soDinha com um homem solteiro.

1U




Bai+ou o tom de voD: E OeliDmente" encontrei uma alternativa gratificante.

(m#ora ele n$o tivesse feito men'$o de tocá-la" Bethan parou onde estava"dei+ando a mesa entre os dois. (le foi encontrá-la. Bethan estremeceu. Richard aindasorria ao pu+ar a cadeira com um floreio.

!ividida entre o nervosismo e o riso" sentou-se. (le n$o a em#ara'ou mais durante

o %antar. 4s modos charmosos do lorde a fiDeram rela+ar enquanto ele contava divertidashistCrias da infSncia em ;orKshire. ê-lo terminar de comer o segundo prato" com praDer"surpreendeu-a a ponto de comentar a respeito.

E )assei muitos dias com fome" portanto n$o posso reclamar desta refei'$o"minha querida. E (le ergueu a caneca para ela. E )osso n$o ter condi'Jes de levar umavida elegante" mas minhas e+pectativas melhoram a cada dia.

E <uando um lorde vai para a cama com a #arriga vaDiaQ E Bethan mordeu umpeda'o de ma'$" apreciando a do'ura da fruta. E 9loriana nunca mencionou nada arespeito.

E <uando vivi e+ilado. 9loriana era a mais nova. 4 prato dela era o primeiro a ser

servido com a comida de que disp,nhamos. E Richard se reme+eu na cadeira" pensativo.E 8ossos anos na Oran'a foram... um desafio.

6m instante depois ele sorriu" o #om humor retornando.

E 3erá apresentada * corte" como %á deve sa#er.

E 4 quêQ E Bethan quase se engasgou com a ma'$. E 2o reiQ 8em pensar8$o tenho nada apropriado para vestir.

(le se reclinou para trás" sorrindo.

E (ssa & a primeira preocupa'$o das mulheres" desde (va (u %á deveria ter

imaginado que você diria isso.(la o o#servou" intrigada. anto sua m$e quanto o sr. 7lKston desaprovavam as

mulheres que se preocupavam demais com a aparência. 4s tra%es e+tremamenteelegantes de 9loriana Harcourt" por e+emplo" costumavam irritar os dois.

E 7magino que dese%e renovar seu guarda-roupa na primeira oportunidade"querida. á que ficaremos na cidade" vamos visitar todas as lo%as femininas. E Richardarqueou as so#rancelhas. E )osso recomendar algumas das mais finas confec'Jes.

E 4h E Bethan ofegou ao perce#er as implica'Jes daquelas palavras. E)erdoe-me" milorde" mas prefiro n$o frequentar as mesmas lo%as que prestavam servi'os*s suas... mulheres. E (mpurrou a cadeira para trás e rumou para a porta. E 2cho

melhor voltar para o meu quarto.Richard tam#&m se levantou" mas permaneceu %unto * mesa.

E emo que deva esperar at& que eu termine. 2 menos que n$o se importe deperam#ular em p,#lico" desacompanhada.

Risos espalhafatosos" seguidos por uma can'$o indecente" partiram da sala aolado" enfatiDando a o#serva'$o de Richard.

Bethan parou com a m$o na ma'aneta" refletindo se seria mais suportável dentroou fora daquela sala antes que chegasse a uma conclus$o" Richard se %untou a ela.

E 9arota tola. (sse orgulho #o#o costuma colocá-la em apurosQ E 3egurou-lhe am$o.

7gnorando a agradável palpita'$o de seu cora'$o ela se desvencilhou do contato.

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Richard n$o a deteve" mas encostou-se * porta" #loqueando-lhe a passagem.

E 3erá #em-vista em Londres E murmurou" a e+press$o dos olhos verdes maissuave.

(la engoliu em seco.

E estirá os mais finos tecidos de seda e veludo" e n$o essa l$ grosseira. ( usará

cores que valoriDem sua pele adorável E ele acrescentou.Bethan se so#ressaltou com o toque dos dedos fortes em seu rosto. (le continuou

falando com voD doce" os olhos presos aos seus:

E 3erei inve%ado por todos os homens da corte" com você a meu lado. $o ficar admirados com a #eleDa de seus ca#elos.

2 m$o de Richard desliDou para a nuca de Bethan e a outra a segurou pelo pulso"pu+ando-a para %unto de si.

(le n$o permitiu que ela escapasse do #ei%o. Ooi envolvida por #ra'os musculososenquanto a #oca de Richard #rincava com a sua. Bethan a#riu os lá#ios por vontade

prCpria" permitindo que a língua e+periente os e+plorasse. (le se deliciou com a do'urafeminina. <uando ela timidamente o tocou com a sua" ele gemeu e aprofundou o #ei%o.

Bethan tentou protestar ao sentir que era erguida e conduDida para perto dalareira" por&m n$o conseguiu pronunciar nem uma palavra sequer. (m veD disso" passoua m$o pelo peito largo" sentindo o cora'$o disparado de Richard. Respirou fundo contra opesco'o dele" necessitando de ar" e sentiu o aroma de lavanda que impregnava ocolarinho da camisa que ele usava.

(nt$o" ele alcan'ou um #anco e se acomodou com ela no colo. 2ntes que Bethanpudesse diDer algo" ele se inclinou para #ei%á-la de novo" dessa veD apenas ro'ando oslá#ios #em de leve" para depois sussurrar o nome dela %unto * face delicada.

<uando passou a acariciá-la de modo incrivelmente agradável no pesco'o" elagemeu e dei+ou a ca#e'a pender para trás" permitindo que ele tivesse maior acesso aseu corpo.

3u#%ugada pelas novas sensa'Jes que a invadiam" afagou-o nos ca#elos"maravilhando-se com a macieD dos fios escuros. 3omente quando a m$o de RicharddesliDou para seus seios" ela se for'ou a repeli-lo.

E á chega

Bethan fitou os olhos escurecidos a centímetros dos seus. HorroriDada" perce#euque o la'o que protegia seu #usto estava quase desfeito. 2 camisa de Richard havia sido

desa#otoada no colarinho" e ele ofegava" o cora'$o #atendo no mesmo ritmo aceleradoque o de Bethan. (le a apertava com mais for'a nos #ra'os" traDendo-a para #em pertode si.

E Minha doce Bethan... E (le moveu os quadris so# ela" que ficou sem ar. E!ei+e-me dormir com você esta noite" minha adorável menina. E 2 m$o livre a afagou nopesco'o. E amos nos casar assim que chegarmos a Londres" amanh$.

E 8$o 8$o podemos.

(la ficou de p&" apesar de temer que seus %oelhos trêmulos n$o a suportassem.8$o sa#ia se o ru#or do rosto de Richard era consequência das chamas da lareira ou dos

sentimentos que o dominavam. !e qualquer modo" n$o se entregaria ao dese%o que aassolava. Mesmo sa#endo que ele precisava do dinheiro que ela herdara" Bethan estariaem desvantagem at& que a alian'a de casamento fosse posta em seu dedo. !ecidiu

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voltar ao assunto anterior:

E 8$o vou me casar usando farrapos. E !iante da e+press$o de incredulidade deRichard" ela desviou o olhar. E omo você mesmo disse" a maior preocupa'$o de umamulher & estar #em-vestida. 8$o vou me casar com você at& que este vestido su%o eamarrotado da viagem e minha velha capa se%am su#stituídos por um tra%e elegante.

E 2provo totalmente sua decis$o" querida" mas isso n$o tem nenhuma liga'$ocom nosso relacionamento íntimo. E (le tam#&m se ergueu do #anco" e ela teve de olhar para cima" a fim de encontrar os furiosos olhos verdes do noivo.

2temoriDada" recuou alguns passos.

E !iga que n$o gostou das minhas carícias E ele desafiou. E 4u que n$o temcuriosidade de e+plorar meu corpo do mesmo modo que quero desco#rir o seu.

Bethan tinha os olhos fi+os no ch$o.

E )or favor" n$o me force a me deitar com você ainda E ela suplicou" levantandoa ca#e'a.

(+asperado" ele apanhou o caso de Bethan do encosto da cadeira e o atirou paraela" que o pegou no ar.

E u#ra-se" vou levá-la de volta a seu quarto.

(la assentiu em silêncio.

Richard se dirigiu * porta e a a#riu com violência. 2ssim que Bethan seapro+imou" ele a agarrou pelo #ra'o e a conduDiu entre a multid$o animada que seencontrava no #ar.

!iante do quarto" ele a empurrou contra a porta de forma inesperada. 2 escurid$oescondia o rosto de Richard" mas Bethan podia sentir cada centímetro do corpo viril %unto

ao seu" pressionando-a.E !iga-me que n$o vai sonhar comigo" pequena puritana. E 2s palavras

sussurradas aqueceram o rosto frágil antes que ele lhe alcan'asse a #oca.

(le sorriu" triunfante" quando Bethan" instintivamente" sucum#iu ao gestoarre#atador. (nt$o ouviu-o a#rir a porta e" antes que se desse conta" foi empurrada paradentro do cNmodo.

4s olhos masculinos #rilhavam" refletindo a luD da ,nica vela que iluminava oaposento" por&m ele n$o entrou.

E Boa noite" senhorita. E (le fechou a porta" dei+ando-a soDinha com seus

contur#ados pensamentos.rêmula" Bethan despiu-se e se atirou na cama. 2pCs apagar a vela" tentou se

convencer" sem sucesso" de que n$o estava com medo nem com frio.

8o andar de #ai+o" Richard atravessou o pátio da hospedaria em dire'$o aoestá#ulo. )rague%ou ao trope'ar em um peda'o de lenha caído no ch$o. (ncontrando aporta a#erta" entrou com cautela. 6m cavalo relinchou" lem#rando-o de parar na #aiaonde os cavalos alugados descansavam. 4 relatCrio de Lane diDia que os animais tinhamsidos alimentados e escovados. (nt$o" rumou para os degraus de madeira no interior doceleiro.

3eu humor piorou quando uma farpa lhe perfurou o dedo indicador a meio caminhoda su#ida. 2maldi'oando seu declínio financeiro" as dívidas e a noiva tola" terminou asu#ida e se %ogou em meio ao feno. Logo adiante" Lane roncava.

//




!eitando-se de costas com as m$os cruDadas so# a ca#e'a" concluiu que pensar em Bethan sC pioraria seu humor. Lem#ran'as da pele impecável e dos ca#elosaco#reados rivaliDavam com a imagem do corpo escultural so#re o colch$o macio. (len$o sa#ia o que dese%ava mais" se a mulher ou a cama.

E Maldita virgem E om essa impreca'$o" virou-se de lado e tentou dormir.

Cap&tulo '''

Bethan levantou-se na manh$ seguinte" sentindo os olhos pesados e dominadapela culpa. Revirara-se a noite toda" apesar de a cama ser #astante confortável"relem#rando seu comportamento indecoroso. (m circunstSncias normais" ela se sentiriagrata por se casar com um homem cu%as carícias a agradavam tanto. om certeDa" o sr.7lKston n$o proporcionaria a ela nenhum praDer.

Oicou imaginando o que lorde Harcourt pensaria de uma mulher que se permitia#ei%ar t$o facilmente. Relutante em encará-lo" demorou-se no quarto mesmo depois de ter se vestido e escrito um #ilhete * m$e.

)or fim" for'ou-se a descer ao pátio. Richard estava conversando com o dono daestalagem em meio ao vento frio. 2o olhá-la de relance" disse-lhe que tomasse o des%e%umdepressa para que pudessem seguir viagem.

á no interior do refeitCrio vaDio" a sra. 9atell ofereceu a ela p$o e um peda'o dequei%o. !epois de pedir * amável senhora que postasse sua carta" Bethan mordiscou acomida enquanto o#servava Richard pela %anela. (le tomou o ,ltimo gole de cerve%a" e elaficou imaginando se ele %á havia comido alguma coisa.

!ecerto formariam um #elo par naquela manh$" ela pensava" irNnica. 3ua saiaestava toda amarrotada apCs a viagem do dia anterior. Richard" por sua veD parecia ter dormido de roupa" t$o amassado estava seu tra%e. 2l&m disso" as manchas escuras so#os olhos dele eram semelhantes *s suas.

Lane conduDiu a velha carruagem pelo pátio" parando prC+imo * porta da

estalagem. Richard trocou algumas palavras com ele e depois virou-se para acertar ascontas com o proprietário.

Bethan apressou-se a desviar o olhar da %anela" esperando que ele n$o a tivessevisto o#servando-o.

!e repente" algu&m a agarrou pelo cotovelo" e ela se viu diante de um homem deolhos castanhos" mais alto que Richard. 4s grossos cachos de sua peruca pendiam so#reos om#ros" e a elegante camisa de musselina" so# o volumoso casaco preto" indicavatratar-se de um homem poderoso.

E )erdoe minha falta de %eito" senhorita. E 4 cavalheiro a soltou e feD uma

mesura" inclinando o tronco para a frente. E onfundi-a com uma querida amiga.Lamento se a assustei.

E 8$o se preocupe" senhor. (stá tudo #em.

/




E 2 senhorita & muito gentil. E (le tornou a se curvar.

E 3rta. Bethan E 2 sra. 9atell se apro+imou e a informou de que o irm$o aesperava no pátio.

rocando um ,ltimo cumprimento com o cavalheiro" Bethan dei+ou o calor dointerior da hospedaria" rumo ao ar frio do inverno.

2o chegar ao veículo" suspirou e encarou Richard.E 2inda estamos muito longe de LondresQ

)ara seu a#orrecimento" ele riu da pergunta.

E ai depender de seu estNmago" querida.

2pesar de contrariada" aceitou a a%uda do lorde para su#ir ao coche" mas recusou-se a conversar quando ele se sentou do lado oposto ao seu. Richard #ateu no teto" e"com um solavanco" outro dia de viagem teve início.

!a sala de estar da Bell X Moon" o imponente cavalheiro assistiu * partida de

Richard e Bethan com grande interesse. (le n$o via lorde Harcourt nem a respectivafamília faDia algum tempo" por&m duvidava que a irm$ de Richard tivesse crescido tanto.( que seus ca#elos loiros tivessem se tornado ruivos" como mostravam os poucos fiosque escapavam da touca que ela usava na ca#e'a.

(m#ora a distSncia a ser percorrida at& Londres fosse longa" as #oas condi'Jes daestrada evitaram que o mal-estar de Bethan se repetisse. !epois de várias paradas paraque os cavalos descansassem e ela tivesse oportunidade de descer do coche" chegaram* cidade no fim da tarde.

!ivertido" Richard viu-a arregalar os olhos" surpresa com o #arulho e o alvoro'o

das pessoas circulando pelas ruas. 2pesar de seus vinte e oito anos" ele havia feito o mesmo quando viera assistir *

coroa'$o do rei na ,ltima primavera.

2 noite passada em meio ao feno o tinha dei+ado de p&ssimo humor naquelamanh$" sem falar nas costas e nádegas doloridas por ter se mantido sentado quase o diatodo. 3ua irrita'$o aumentou ainda mais quando perce#eu que seu dinheiro" estava seesgotando. OeliDmente" a noiva puritana comia pouco.

2pesar de fascinada com o que via do lado de fora da carruagem" Bethan pareciapálida. )erce#endo que ela friccionava o pesco'o a todo momento" Richard presumiu que

ela estivesse sentindo alguma dor e afirmou que chegariam a seu destino final logo" logo.4 sorriso de gratid$o que ela lhe dirigiu provou que ele estava certo quanto *s suascon%ecturas.

6m grito do lado de fora do veículo assustou a am#os. Richard saltou do assento"sacando a espada instintivamente. 4lhando para Bethan" colocou o dedo so#re oslá#ios" pedindo que ela se mantivesse calada. (la assentiu" os olhos cinDentose+pressando medo. urvado no interior do apertado veículo" ele se apro+imou da porta ea a#riu.

2 luD de uma tocha dan'ou so#re a lSmina de sua espada quando dois soldados ointerrogaram:

E 2onde está indo depois do pNr do sol" senhorQ Richard #ai+ou a arma algunscentímetros.

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E (stou tentando chegar a meu apartamento. ( o que o (+&rcito de 3uaMa%estade faD por aquiQ

E 8$o me diga que n$o sa#e que todos que chegam * cidade depois do anoitecer devem ser parados e interrogados. E 4 velho sargento o fitava" indignado.

E ertamente n$o era esse o costume quando dei+ei Londres há quatro dias. E

Richard assumiu o ar en&rgico que costumava e+i#ir durante os tempos passados no(+&rcito francês. E <uem & seu comandanteQ

4 soldado meneou a ca#e'a em negativa.

E 8$o sei diDer" senhor. 6m su%eito chamado enner enviou alguns puritanosarruaceiros para protestar contra o rei dois dias atrás e esta noite novamente. Oomosenviados para manter a ordem" mas at& agora n$o vimos o comandante.

E (st$o sem comandante e cumprem seu dever t$o #emQ

!iante daquele elogio calculado" os homens se endireitaram e ergueram o quei+o. 2pCs diDer seu nome" Richard rece#eu os cumprimentos dos soldados e foi li#erado.

)ouco depois" Lane parava a carruagem diante de uma constru'$o antiga. Richarda%udou Bethan a descer e a escoltou at& a entrada.

E <ue lugar & esteQ E ela indagou" o#servando o pr&dio. E 8$o me diga queespera que eu divida um apartamento com você.

E Y e+atamente o que tenho em mente. 2gora" por favor" se%a #oaDinha e entre"uma discuss$o no meio da rua n$o & nada apropriado.

!ois dias sentado em uma carruagem miserável" uma noite passada so#re o feno ea alimenta'$o racionada haviam esgotado a paciência de Richard Harcourt.

E 8$o posso tolerar tamanha falta de educa'$o" milorde" pois nenhum cavalheiro

hospeda uma dama solteira na prCpria casa. E 4 #elo rosto feminino parecia o#stinado.E 7nsisto para que encontre um lugar decente para minha estada. 7mediatamente.

Richard teve de relem#rar a si mesmo de sua desesperadora situa'$o financeira eda fortuna de Bethan" para n$o empurrá-la porta adentro" feito crian'a.

E (stamos em Londres" minha cara. ai encontrar várias mulheres vivendo comcavalheiros" apesar de n$o estarem casados.

E !ecerto n$o se tratam de damas. E (la cruDou os #ra'os" desafiando-o.

(le respirou fundo. 8em sua mimada irm$ 9loriana conseguia irritá-lo tanto quantoa %ovem atrevida * sua frente.

Richard virou-se para o sorridente cocheiro.

E Lane" devolva o coche ao está#ulo agora mesmo. 4 sorriso desapareceu doslá#ios do criado antes que ele su#isse * #oleia e sacudisse as r&deas *s costas doscavalos.

oltando a aten'$o * noiva ultra%ada" Richard a agarrou pelo #ra'o e tentouescoltá-la para dentro. (la n$o se moveu.

E ocê decide" menina. 4u passa a noite em um de meus aposentos" ou na rua.8$o tenho mais dinheiro para alugar um quarto para você. E (le caminhou at& a soleirada porta e olhou so#re o om#ro. E ( ent$oQ

(la lhe lan'ou um olhar Dangado antes de segui-lo ao interior do pr&dio.

2o su#ir as escadas" Bethan torcia as m$os so# o casaco. (m nenhum momento"

/G




lhe ocorrera que seria levada ao apartamento de Richard. á podia imaginar o desastre.

E ocê n$o tem um casal amigo com quem eu pudesse ficarQ E (la preferia sehospedar na casa de estranhos a ficar com um homem que a transformava em ceraderretida com um simples toque.

E 8$o E foi a resposta monossilá#ica.

(la tentou pensar em uma alternativa" mas sua mente confusa recusava todas aspossi#ilidades. (+ceto o dese%o de evitar o atraente Richard at& que estivessem casados.

Bethan quase se entregara a ele na noite anterior. 2 #oca máscula e sensual ainflamara com seu toque quente e sussurros doces como mel. eria sido fácil remediar tallapso. 3endo no#re" ele poderia requerer um documento especial" e o curador de Bethanpagaria para evitar um escSndalo.

6m ruído de algo raste%ando na parede prC+ima a ela interrompeu suas refle+Jes.(la estremeceu e esperou que aquele pr&dio caindo aos peda'os n$o a#rigasse nadamaior do que ratos.

(ra C#vio que Richard precisava de sua fortuna. (la cerrou os dentes enquantoo#servava o pesado so#retudo do noivo" oscilando escada acima" * sua frente.oncordara em se casar com ele em troca do prCprio lar e de um título. Mas Bethan n$oalimentava ilusJes quanto * felicidade con%ugal. 3e desse a ele um herdeiro" supunha queviveria na propriedade rural" enquanto ele passaria a maior parte do tempo na cidade.

omparado *quele lugar #olorento" a perspectiva de morar no campo soava#astante atraente. (la havia aprendido a comandar um lar e uma faDenda com a m$e.3uspirou. 6m marido e+ercia autoridade a#soluta so#re a esposa e os #ens dela" amenos que o pai ou o tutor negociasse uma e+celente pens$o. omo Bethan n$o tinhanem um nem outro" devia cuidar dos prCprios interesses. 3e convencesse Richard adei+ar parte do dinheiro com ela" iria se sentir mais segura.

2l&m disso" n$o permitiria que ele %ogasse a fortuna de seu pai fora nem agastasse com amantes.

(nt$o" ele parou diante de uma porta no primeiro andar. 2 postura rígidademonstrava animosidade.

E 3enhorita. E Richard se curvou. (ngolindo em seco" ela entrou no covil.4lhando * volta" horroriDada" tornou a se virar para ele" suplicando:

E em certeDa de que n$o tem ideia de outro lugar onde eu possa ficarQ

<uando concordara em levar Bethan a Londres" Richard tinha pensado apenas

em acomodá-la em seu apartamento" encontrar o tal pastor que ela tanto faDia quest$o"casar-se com ela e pagar as prCprias dívidas. Mas a realidade era #em diferente" eleconstatou ao analisar a quest$o so# o ponto de vista dela.

E omo eu n$o havia plane%ado traDê-la para cá a princípio" n$o me preocupei emdei+ar tudo em ordem antes de partir. E (le entrou no cNmodo atrás de Bethan"tentando esconder o prCprio desconforto.

E 6ma decis$o sá#ia. Mas você ia ficar aqui" n$o iaQ

(la circulava pelo apartamento com cuidado" desviando das garrafas de vinhovaDias que se encontravam espalhadas pelo ch$o. Richard se lem#rava vagamente de ter %ogado #oliche com elas" usando uma laran%a como #ola.

!epois de um momento de pSnico" a casca seca so#re a mesa assegurou a eleque a fruta n$o estava podre em algum canto do aposento.

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E ou levá-la ao teatro. ocê nunca assistiu a uma pe'a" assistiuQ E Richardsorriu de leve ao vê-la #alan'ar a ca#e'a" negando. E Mas primeiro" vamos faDer compras. 3endo lad Harcourt" vai precisar de vestidos elegantes" de veludo" de seda...alveD em tons de verde para ressaltar a cor de seus ca#elos.

Bethan tocou um de seus cachos.

E !ispenso...E )or quêQ Y t$o #onita.

(la se ergueu e virou-se de costas ao vê-lo se apro+imar. Richard riu.

E (ste apartamento & muito pequeno" n$o há onde se esconder.

)ara provar o que diDia" encurralou-a contra a porta.

(la virou a ca#e'a" os olhos fechados" a respira'$o entrecortada.

E (u %á disse que n$o vou machucá-la.

(m seguida" ele come'ou a soltar-lhe os ca#elos.

2 grossa tran'a se afrou+ou so#re as costas de Bethan. (la n$o se moveuquando ele desliDou os dedos pelos fios" nem mesmo no momento em que o sentiulam#er seus lá#ios.

7nclinando-se" Richard tocou-lhe a face macia" e+ultante com o estremecimentoque a acometeu. 4s lá#ios masculinos ent$o se moveram so#re a pele sedosa emdire'$o * #oca de Bethan" sem" no entanto" #ei%á-la.

(la o recompensou virando a ca#e'a em sua dire'$o e gemendo de leve. Richarda a#ra'ou com gentileDa enquanto sua língua se unia * dela.

2 medida que os #ei%os se aprofundavam e se tornavam mais voraDes" ele a

estreitava nos #ra'os" apertando-a %unto a si. 2m#os se encai+avam com perfei'$o. 2certa altura ele se afastou" aninhando os lá#ios na curva do pesco'o delicado enquantoela ofegava e inclinava a ca#e'a para trás... #atendo violentamente contra a parede.

E Bethan ocê está #emQ E (le a conduDiu at& o #anco e a feD sentar-se. E8unca vi uma garota t$o perigosa.

E 3e você n$o ficasse tentando me seduDir" nada disso teria acontecido. E (la feDuma careta ao friccionar a parte de trás da ca#e'a.

2inda incapaD de manter as m$os longe das madei+as ruivas" Richard afagou aregi$o dolorida.

3entiu o calor do ponto ferido" mas n$o estava inchado. 2liviado" dei+ou os dedosdesliDar at& a #ase do pesco'o macio" pressionando-a de leve com movimentoscirculares.

(la fechou os olhos mais uma veD" suspirando de praDer" enquanto elemassageava os m,sculos tensos. 2ssim que ele terminou" ela sussurrou:

E Muito melhor...

E !e fato. E (le tornou a #ei%á-la" acariciando-a na face com o polegar.

Mais rela+ada" Bethan correspondeu ardentemente" passando a m$o pelo peitomásculo enquanto a outra o afagava na nuca.

Richard emitiu um som gutural ao desliDar os dedos em dire'$o aos seios firmes. 2o senti-lo apertar de leve os #icos intumescidos" ela arqueou as costas e ofegou.(ncora%ado pela rea'$o" ele afastou o +ale com os dentes e #ai+ou o corpete com as

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m$os.

Bethan gemeu ao sentir os dedos de Richard em seus mamilos" provocando-lhesensa'Jes inimagináveis. 3a#ia que devia pedir a ele que parasse" mas tal pensamentofoi a#andonado quando ele passou a sugar os #icos rosados. 6ma trilha de fogo desceuat& o triSngulo aveludado entre as co+as roli'as e se aninhou ali" queimando-a como#rasa. 4s incansáveis dedos femininos passeavam pelos ca#elos de Richard" enquantoele sugava e mordiscava os mamilos macios.

6m protesto ecoou dos lá#ios de Bethan quando ele se afastou" mas logo a #ocae+periente se apressou a co#rir a dela. 2 m$o mi,da o acariciou no rosto" descendo emdire'$o * gravata e soltando o nC impecável. (le suspirou de dese%o antes de mordiscar-lhe o lC#ulo da orelha e #ei%ar a pele macia

Bethan retri#uiu" #ei%ando-o no quei+o timidamente. 2o ouvi-lo gemer de praDer"atreveu-se a desliDar os lá#ios pelo pesco'o másculo.

!e repente" ela ficou imCvel" sentindo que seu corpete se afrou+ava. Richard oa#ria com uma das m$os enquanto a outra passeava so# a #lusa feminina. Bethan

sentiu a ere'$o dele contra sua co+a.E amos para o quarto" minha adorável meninaQ 2quele murm,rio rouco n$o

significou nada para ela durante alguns segundos.

<uando se deu conta do que ele dissera" ficou de p& e #ai+ou o olhar" tomada por uma onda de vergonha.

E Meu !eus" o que estou faDendoQ

om um grito" virou-se" tentando a%eitar as prCprias roupas. 3uas m$os tremiamtanto que ela mal podia e+ecutar a tarefa.

Richard tam#&m se levantou" e ela se for'ou a encará-lo. )odia ver a f,ria

estampada nos olhos escurecidos ao ser re%eitado pela segunda veD.E 2gora & um pouco tarde para recatos" pequena puritana.

E 3into muito" Richard. E (la conteve o choro. E 8$o sei o que me levou a mecomportar t$o mal nas duas ,ltimas noites. E )ara seu horror" um solu'o escapou deseus lá#ios" e as lágrimas em#a'aram sua vista.

Bai+ando o olhar" de#ateu-se com as contur#adas emo'Jes.

Richard passou a m$o pelos ca#elos.

E 4h" n$o chore... E 2 frustra'$o dominava seu sem#lante. E ( n$o fin%a ser uma

virgem recatada. 3eu dese%o por mim & evidente. E (le retesou os lá#ios enquantoa%eitava as prCprias roupas. E !eus do c&u" vamos nos casar assim que encontrarmosseu pastor <ue diferen'a faD come'armos a lua de mel uma ou duas noites antesQ

E ocê disse que n$o ia me machucar E (la se apro+imou do noivo" alterada.

E 2queles gemidos foram de dor" por acasoQ E ele ironiDou. E ocê n$o pareceestar sofrendo com minhas aten'Jes" Bethan

7ncapaD de negar a verdade" ela disse apenas:

E á para a cama soDinho.

Ooi o que ele feD" fechando a porta atrás de si com for'a.

(nrolando sua capa para que lhe servisse de travesseiro" Bethan deitou-se no#anco. (sperando que o sono chegasse" ficou o#servando o fogo na lareira. 2 viagem aLondres devia ter me+ido com suas emo'Jes" pensava. (la nunca havia sentido o menor

1




dese%o pelo sr. 7lKston.

2ntes de cair em sono profundo" reDou para que o sr. BarKer fosse encontradoantes que todos os seus valores morais a a#andonassem.

Cap&tulo '

Bethan acordou várias veDes durante a noite para mudar de uma posi'$o paraoutra menos incNmoda" repreendendo-se por dei+ar que a irrita'$o a dominasse. 8$ogostava da ideia de dormir no ch$o antes de ter sido limpo apropriadamente" masduvidava que levaria mais do que alguns minutos para dormir so#re o #anco. 3eus olhosse fecharam ao imaginar quanto tempo levaria para encontrar uma #oa criada.

2lgum tempo depois ela se sentou" acordada por um estrondo e voDes Dangadas.4 cora'$o disparado foi se acalmando quando a luD fraca do amanhecer revelou ocNmodo vaDio. 8a verdade" ela dormira mais tempo do que pensara.

2inda ouvindo #arulho" Bethan foi at& a %anela. 8a rua" viu uma carro'a tom#ada. 2 lona que co#ria a carga estava prestes a cair enquanto o condutor castigava outrohomem atrás de um carrinho de m$o. (les gritavam" valendo-se de um %arg$o que elapouco entendia. oncluiu" por&m" que a carro'a havia desviado #ruscamente para evitar atropelar o mascate e aca#ara tom#ando. 2 carro'a tam#&m #loqueava a passagem deum grupo #arulhento de pedestres. 2lguns deles tentaram a%udar a erguer o veículo"enquanto o condutor su#ia a #ordo e chicoteava o lom#o dos cavalos. 6m dos homens"um su%eito grandalh$o" lem#rava Lane.

2 carro'a foi sacudida e" com um solavanco" posta de p& pelos espectadores"dei+ando uma pilha escura so#re o ch$o. Bethan se deu conta de que a lona co#ria umacarga de carv$o.

4 condutor" distraído com o animado cumprimento dos homens" ergueu a m$o emagradecimento e seguiu seu caminho rua a#ai+o" alheio ao rou#o.

4 grupo de espectadores come'ou a se dissipar" tomando seu rumo como se nada

tivesse acontecido. !e fato" ningu&m a tinha visto espiando pela %anela.6ma olhadela para o quarto revelou que Richard roncava tranquilamente so# as

co#ertas. Balan'ando a ca#e'a" ela imaginou como ele n$o havia acordado com todoaquele alarido e esperou que aquele tipo de alvoro'o n$o ocorresse diariamente.

Bethan %á tinha se lavado e a%eitado as roupas e os ca#elos quando Lane #ateude leve * porta. (la ignorou a C#via surpresa do cocheiro ao vê-la acordada e arqueou asso#rancelhas diante do pequeno #alde de carv$o que ele carregava.

E 2rran%ando suprimentos t$o cedoQ (stou surpresa que tenha encontrado umcomerciante disposto a dar cr&dito a lorde Harcourt.

4 criado assumiu uma e+agerada e+press$o de inocência.E )osso diDer que a sorte cruDou meu caminho" senhorita.

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E (m forma de carv$o" como n$oQ E (la suspirou.

(les n$o tinham mais com#ustível. 8a verdade" ela havia usado o pouco carv$oque restava para aquecer o apartamento do rigoroso frio do inverno.

!epois de alimentar o fogo" ela deu a Lane uni peda'o de p$o com quei%o queso#rara da noite anterior e uma caneca com um pouco de cerve%a.

E 2 que horas seu patr$o normalmente se levantaQ4 criado pensou um pouco" com a ca#e'a inclinada.

E Y difícil diDer" senhorita. !epois de uma longa noite" ele pode n$o acordar antesdo meio da tarde. E 8o instante seguinte" acrescentou: E 8$o tenho d,vida de que ho%eele vai se levantar cedo e animado. 8$o depois do meio-dia" n$o se afli%a.

2ntes que ela pudesse criticar tamanho rela+amento" Lane agradeceu o des%e%um eprometeu devolver a caneca assim que terminasse a refei'$o.

3o# a vigília do criado" Bethan olhou em volta" perdida. (m geral" ela reDava apCsse vestir. ( feD suas ora'Jes em pensamento" mas faltava a leitura diária. Lem#rou-se de

um volume danificado que vira no dia anterior e o localiDou. 3uspirando" leu o título: 0ivrode 1raç2es e do (inist#rio dos 3acramentos. 8a contracapa" estava escrito com uma#ela caligrafia: Ao nosso m!itíssimo amado filho $ichard, na ocasião de s!a crisma. 2sassinaturas do pai e da m$e vinham logo a#ai+o.

Bethan folheou o livro" o#servando as liturgias desconhecidas. Leu um salmo emvoD alta" maravilhada com o fato de ser muito parecido com o que lia na sua igre%a. 2maioria das ora'Jes continha pouco do papismo que ela aprendera na 7gre%a da7nglaterra.

<uando Richard a#riu a porta do quarto" ela %á havia guardado o livro" lavado acaneca de Lane" tirado o pC dos mCveis" posto a mesa" varrido o ch$o e limpado a %anela.

E <uanta gentileDa de sua parte se %untar a mim para tomar o des%e%um" senhor.

E !es%e%umQ E Richard olhou para o prato com quei%o e pequenas fatias de p$o" efeD uma careta. E 8$o costumo comer t$o cedo. E 3erviu-se de uma caneca de cerve%a.E 2ssim que eu terminar de tomar esta #e#ida" poderemos sair * procura do #anqueirode seu pai.

2 determina'$o de Bethan de manter uma postura tolerante desapareceu.

E Minhas costas doem por causa daquele #anco a#ominável" o sol está alto hámais de uma hora e esperei tempo demais por você para poder comer. )ortanto" sugiroque me acompanhe * mesa

E (m geral" a esposa se su#mete *s vontades do marido.

E OeliDmente" n$o sou sua esposa ainda. ( se n$o se sentar agora" nunca serei.E 8o mesmo instante ela se arrependeu de suas ,ltimas palavras.

4s olhos de Richard se estreitaram e seu rosto ficou pálido.

E (stá me amea'andoQ

)ela primeira veD" uma e+press$o dura su#stituiu a fachada charmosa do lorde.

Bethan engoliu em seco" mas tomou seu lugar * mesa. !evagar" Richard sesentou diante dela e cortou um peda'o de quei%o.

E ocê disse que a primeira coisa a ser feita seria me levar *s compras E elasuaviDou o tom de voD.




(le lhe dirigiu um olhar frio.

E 2h" sim" foi o que eu disse. )or&m" a quest$o & que n$o tenho como pagar roupas novas para você sem uma carta de cr&dito.

E ocê conseguiu isto ontem * noite. E (la apontou os alimentos so#re a mesa.

E )ode ser um choque para você" mas os tra%es femininos podem ser muito mais

dispendiosos do que p$o amanhecido. E Richard sorriu. E )rincipalmente na lo%a maisrefinada da cidade.

E ( n$o tenho d,vida de que este%a muito #em-informado a esse respeito" EOitou-o enquanto apanhava uma fatia de p$o.

4 sorriso de Richard se desfeD.

E Oico imaginando se você n$o tem me enganado esse tempo todo...

4 cora'$o de Bethan quase parou. (la n$o se entregaria a ele antes docasamento

(le a fitou nos olhos.E !uvido que sai#a o nome do #anco" muito menos o do #anqueiro.

(la respirou" aliviada.

E laro que sei Y o sr. 2rmitage" do... E Bufou. E 3eu canalha (stá memanipulando.

4s lá#ios masculinos se a#riram em um sorriso largo.

E Bem" se eu perguntasse" você n$o me diria...

Bethan n$o conteve o riso diante de tamanha franqueDa. 4 am#iente se tornoumais leve" e ent$o ela voltou a assumir uma e+press$o s&ria.

E )or favor" acredite" eu quero resolver a quest$o do nosso casamento o quantoantes. (spero que possamos visitar o sr. BarKer" e tam#&m ir ao #anco" ainda ho%e. (mseguida" iremos *s compras.

(la apontou para a #lusa de l$ cinDa que usava.

E 2 futura lad Harcourt n$o pode circular pela cidade usando isto.

4 dese%o de Bethan de encontrar o sr. BarKer e dar andamento ao casamentoanimava Richard" mas n$o acalmava sua impaciência quanto * visita ao #anco. 8oentanto" sentindo-se culpado pelo seu comportamento vil e por Bethan ter se recusado arevelar o nome do #anco" ele concordou em levá-la *s compras primeiro.

(scoltando-a * lo%a mais frequentada pelas damas da aristocracia" surpreendeu-sequando Bethan hesitou em entrar no esta#elecimento.

2palpando a #lusa e a capa surrada que despertava o despreDo das damas queentravam e saíam da lo%a" ela lan'ou-lhe um olhar aflito.

om o intuito de provocá-la" Richard disse que tal natureDa irritadi'a devia ser reservada somente a ele. 2 seguir" a#riu a porta e a empurrou para dentro. 4 amor-prCprio de Bethan rapidamente se reafirmou quando o proprietário tentou ignorá-la.Richard sorriu" divertido" ao notar que ela n$o perdeu tempo em se anunciar como noivade lorde Harcourt" necessitando de um en+oval.

Ooi prontamente atendida pela esposa do dono" uma mulher rechonchuda eeficiente" que logo conseguiu de Bethan a informa'$o de que lorde Harcourt rece#eriauma fortuna de milhares de li#ras assim que am#os se casassem.

P




2pCs quarenta e cinco minutos sem ver Bethan" Richard dei+ou um recadopedindo a ela que o esperasse ali e dirigiu-se a um caf& na viDinhan'a apCs incluir algunsitens na conta que havia aca#ado de a#rir.

6ma hora mais tarde" tendo se ocupado de uma discuss$o amigável so#re a ,ltimadisputa do rei com o )arlamento" Richard voltou * lo%a e encontrou Bethan vindo dofundo.

(le parou de repente. (la usava um vestido de veludo verde" enfeitado com la'osde cam#raia no decote e nos punhos. 4 corte despretensioso lem#rava o vestido que elausava quando ali chegara" por&m o tecido refinado e a cor a valoriDavam muito mais. 4chap&u preto de a#a larga" decorado com fitas" conferia ao con%unto um ar elegante. 4sca#elos permaneciam tran'ados so# a touca" no entanto ele a ouviu pedindo a indica'$ode uma ca#eleireira de renome enquanto vestia um manto preto acetinado.

Bethan o flagrou admirando-a e ru#oriDou no mesmo instante. (le se inclinounuma mesura" com a m$o no peito. (la corou ainda mais diante do gesto galante" mesmoassim retri#uiu a gentileDa com uma graciosa vênia.

)ara divertimento de Richard" sua pequena puritana conversou com ele de modoafetado so#re cetim" la'os e veludos. odavia" quando ela manifestou a vontade de visitar outras lo%as que vendiam luvas" leques" meias #ordadas" sapatos" ele falou:

E !esde que você tenha condi'Jes de pagar a conta... reio que" primeiro" devame diDer o nome completo do #anqueiro e do #anco de seu pai.

Bethan lhe deu as informa'Jes necessárias e suspirou. 2divinhando o motivo" onoivo sorridente disse a ela que as lo%as estariam no mesmo lugar no dia seguinte.

(le segurou a m$o delicada com for'a enquanto caminhavam. 2 certa altura" elareconheceu o tra%e-to e estancou.

E 8$o vai me levar de volta a seu apartamento" vaiQ E (ncarou-o" furiosa.E laro que sim. !amas educadas n$o andam pelas ruas desacompanhadas E

ele disse com voD firme" que costumava assustar a irm$.

Bethan" por&m" n$o pareceu nem um pouco impressionada. 2tNnito" notou que elase mostrava decidida a acompanhá-lo ao #anco.

)ara desespero de Bethan" Richard se recusava terminantemente a levá-laconsigo" argumentando que uma dama %amais poria os p&s numa institui'$o financeira. 2cima dos protestos femininos" ele disse que ela poderia voltar ao apartamento ao ladodele" ou ent$o so#re seus om#ros.

Bethan lan'ou a Richard um olhar g&lido e se manteve parada no lugar. (leestava muito s&rio. )ensando na possi#ilidade de ser envolvida por aqueles #ra'osmusculosos" ela meneou a ca#e'a" tentando pensar claramente.

(nfim rendeu-se" e ele lhe ofereceu o #ra'o para que voltassem a andar lado alado. alveD fosse possível segui-lo" ela refletia.

)ara pesar de Bethan" ele a conduDiu ao apartamento e ent$o chamou Lane. 2ssim que o #om homem surgiu" Richard ordenou que ele ficasse vigiando o hall deentrada para que a srta. !allison n$o tentasse sair desacompanhada.

E (la está" naturalmente" muito ansiosa para visitar um grande n,mero de lo%as Eele e+plicou ao cocheiro. E ( temo que este frio possa dei+á-la doente.

Lane reparou na e+press$o re#elde da dama. (ntretanto" assegurou ao lorde quen$o permitiria que ela corresse perigo algum.

G




Richard sorriu docemente e dese%ou a ela uma #oa tarde. 7ndignada" viu-o descer as escadas. Lane deu de om#ros e o seguiu..

Reprimindo um grito de frustra'$o" Bethan entrou no apartamento e fechou aporta. 4lhando para os cNmodos ainda #agun'ados" pensou em terminar de limpá-los eorganiDá-los. )endurando o chap&u e a capa" pNs-se em a'$o" tomando cuidado para n$osu%ar nem estragar o vestido novo.

8$o muito tempo depois" estava no meio da sala" satisfeita. 2s ,ltimas pilhas deli+o haviam sido %ogadas fora. (nt$o pensou na possi#ilidade de limpar o quarto deRichard. Lem#rando-se da rea'$o de seu corpo ao ser tocada por ele" decidiu recolher ospap&is que co#riam a mesa de canto... e logo desco#riu por que ele resolvera sequestrá-la.

2l&m de dever centenas de li#ras em notas promissCrias" ela encontrou osrelatCrios das perdas em %ogos e listas de pre'os" equivalentes a milhares de li#ras"referentes a material para reforma da propriedade rural de ;orKshire. (le tam#&m n$opagava Lane faDia sete meses. ( ainda n$o havia sido preso porque mudava de endere'ocom frequência.

Bethan sacudiu a ca#e'a. ( isso n$o devia ser tudo. 2panhando uma folha depapel" mergulhou a pena na tinta. (screveu colunas de n,meros e somou-as.

(la n$o tinha calculado o valor total das dívidas de Richard" e n$o sa#ia se sesentia aliviada ou desanimada. 3em d,vida" ele precisava se casar com ela para se livrar da ruína" por&m ela ficou pensando se ele sa#ia o valor de um +elim.

om o intuito de manter as m$os ocupadas enquanto pensava naquele dilema"entrou no quarto de Richard" em#ora hesitante. (la pouco se lem#rava do pai e nem faDiaideia de como era um reduto masculino.

8$o se sentiu intimidada. 2 mo#ília se encontrava em condi'Jes t$o ruins quanto ada sala. 6ma enorme cama de quatro colunas dominava o am#iente. (m uma dasparedes" um guarda-roupa se encontrava parcialmente a#erto. (spiando dentro doarmário" ela viu as roupas de Richard impecavelmente organiDadas. 6ma pequena mesalocaliDava-se perto da cama. 2 pe'a mais #onita do quarto era uma cNmoda em estilomoderno" com duas gavetas so# o compartimento principal.

4 resto do quarto" no entanto" parecia t$o caCtico quanto o outro cNmodo. Bethan#alan'ou a ca#e'a diante da cama desarrumada" das garrafas de vinho vaDias e pap&isespalhados por toda parte. 8a porta do quarto" ela foi formando pilhas de coisas paralavar e de li+o. )ensando em trocar a roupa de cama" ergueu a tampa de um #a," *procura de len'Cis e fronhas limpos. )ara seu alívio" estava tudo lá.

)egando o que precisava" voltou at& a cama. 4 colch$o era pesado e duro.!ecerto aquela tarefa deveria ser e+ecutada por duas mulheres. 3oDinha" n$o tinhad,vida de que estaria co#erta de suor assim que terminasse o servi'o. !ecidida" fechou aporta do quarto" tirou o vestido e o pendurou no armário.

!epois de algum tempo e muito esfor'o" Bethan conseguiu trocar a roupa decama" e o resultado foi gratificante. !o#rando os len'Cis su%os" colocou-os na pilha deitens para lavar e tornou a fechar a porta. alveD conseguisse convencer a lavadeira alavar aquilo tudo" com a promessa de que o pagamento seria feito assim que ela eRichard se casassem.

3oprando do rosto alguns fios de ca#elo que haviam se soltado" dei+ou-se cair decostas so#re a cama" para retomar o fNlego antes de colocar a colcha.

2chou que era muita infelicidade de sua parte Richard a#rir a porta do quarto #em

F




naquele instante.

Richard passara uma hora difícil com o curador da fortuna dos !allison.

4 sr. 9eorge 2rmitage confirmou ter conhecido o sr. !allison. (le era desconfiado erepugnava a pervers$o moral. !emonstrou d,vida quando Richard o informou dapresen'a da %ovem dama em Londres e ultra%e com o fato de ele alegar que passara duas

noites soDinho com ela.!iante de tamanha incredulidade" Richard convidou o #anqueiro a acompanhá-lo

at& seu apartamento" para ter uma conversa com a srta. !allison.

4 sr. 2rmitage aceitou o desafio implícito do %ovem no#re" o ar arroganteproclamando que estava prestes a desvendar uma fraude. 4s dois caminharam a passoslargos e no mais a#soluto silêncio. 2 presen'a do #rutamontes do Lane no hall de entra daassustou o curador. Richard se dirigiu a seu apartamento" com o #anqueiro em seuscalcanhares.

2ssim que entraram na sala" Richard ficou momentaneamente desnorteado por n$o ver Bethan. 8otando o li+o e a pilha de roupa su%a * porta de seu quarto" ele

languidamente rumou at& lá e a a#riu. onforme ele esperava" o sr. 2rmitage arregalou osolhos diante da cena.

E BethanQ E Richard parou #ruscamente ao vê-la deitada na cama" quase nua.(le havia fantasiado tê-la em sua cama" nas duas ,ltimas noites" em#ora" em suasvisJes" ela n$o o fitasse t$o aterroriDada. 3em conseguir esconder o riso" ele acrescen-tou: E <ue surpresa encantadora

2%oelhando-se" ela agarrou a colcha para se proteger daquele olhar de aprecia'$oe precipitou-se para a mesa ao lado da cama" com um grito de ultra%e.

2ntes que Richard pudesse identificar o o#%eto voador" sua pesada caneca de

#ar#ear Duniu prC+ima a seu ouvido" seguida de uma o#ra de 4vídio. Recuandodepressa" ele fechou a porta atrás de si. 4lhou" em#ara'ado" para o sr. 2rmitage.

E 8$o posso acreditar que a srta. !allison este%a rece#endo visitas a esta hora.

4 #anqueiro tinha a m$o no peito" como se estivesse prestes a passar mal. 3euolhar assustado repousou so#re a caneca e o livro no ch$o.

E 4 senhor & um grande salafrário E o curador e+clamou" t$o agitado queRichard quase lhe ofereceu o vinagrete.

2rmitage passou por ele" cam#aleando" e #ateu * porta" somente para ouvir Bethan repreendê-lo" furiosa.

E 3enhorita" meu nome & 9eorge 2rmitage. 3ou conhecido na cidade por ser umhomem decente e estou disposto a lhe oferecer qualquer tipo de a%uda que precisar paraescapar das m$os deste devasso.

2s acusa'Jes in%uriosas foram interrompidas. Richard temeu a perspectiva deBethan tirar vantagem da oferta e escapar por entre seus dedos.

E á vou sair. E 2 voD feminina soou inesperadamente calma.

Richard retesou-se e esperou. (la devia estar tramando alguma coisa.

2lguns minutos depois" a porta foi a#erta" proporcionando uma ampla vis$o dacama desarrumada. Bethan tinha se vestido" mas n$o conseguira dar o la'o de seu

corpete *s costas. 4 +ale havia desaparecido. 4s fios de ca#elos voavam so#re seu rostoenquanto ela se apro+imava do #anqueiro.

T




Richard queria sacudi-la at& faDê-la ranger os dentes.

E 9ra'as a !eus" o senhor está aqui Lorde Harcourt & um homem despreDível

(la aninhou a ca#e'a no om#ro do curador" que lhe pediu que se acalmasse"acariciando-a nas costas.

Richard rangeu os dentes diante da encena'$o da noiva" mas o outro homem

parecia totalmente comovido.6ma onda de raiva acometeu Richard quando ela levantou a ca#e'a outra veD"

implorando que o sr. 2rmitage a resgatasse.

E )are com isso" Bethan (u nunca lhe fiD mal algum.

2 falta de remorso de Richard irritou o curador. (sfor'ando-se para respirar" eleolhou da cama para a %ovem vestida de modo imprCprio" antes de encarar Richard.

E 8unca feD mal a ela" senhorQ 2 srta. !allison está quase hist&rica devido aotratamento #rutal que lhe & imposto

4 #anqueiro se voltou para Bethan.E (u a reconheci de imediato" minha menina. 2 senhorita se parece muito com

seu pai. E 2fastou-a um pouco para fitá-la nos olhos. E 2gora me diga a verdade. (stehomem... E (le engoliu em seco antes de concluir a pergunta: E (ste homem adesonrouQ

4 pranto de Bethan a#afou os protestos de Richard.

E 8$o posso falar so#re isso" senhor Oui raptada de minha casa e for'ada apassar duas noites na companhia de lorde Harcourt... Ooi horrível

4 sr. 2rmitage cam#aleou at& o #anco de encosto alto na sala e sentou-se.

E (ssa & a pior notícia que a senhorita poderia me dar. 8$o há esperan'a" ent$o.!eve se casar com ele" a menos que sua m$e a acolha" apesar de sua reputa'$oarruinada.

E 8$o" ela %amais aceitaria esta situa'$o E Bethan falou depressa. E (u... n$oposso ser corte%ada por um homem decente como o sr. 7lKston nestas circunstSncias.

Richard a o#servava" perspicaD.

E Mas lorde Harcourt dese%a se casar comigo apenas por causa do meu dinheiroE ela prosseguiu.

E (le mal tem sido capaD de me alimentar durante os dois ,ltimos dias.

E <ue situa'$o lamentável" minha cara. E 4 tom de voD pesaroso do sr. 2rmitagedemonstrava sua sincera simpatia por ela. E (sse canalha poderia ser processado por talcrime" mas a senhorita passaria o resto da vida * margem da sociedade. E (le meneou aca#e'a em negativa. E )or mais repugnante que se%a" o casamento com o sr. Harcourt &a sua melhor escolha.

om um suspiro" ele anunciou que enviaria uma carta de cr&dito naquele mesmodia e" devido * condi'$o financeira lastimável de Richard" tirou a prCpria carteira do #olsoe a entregou a Bethan para as necessidades imediatas.

!espreDando a presen'a de Richard" que o acompanhou at& a porta" o curador pediu licen'a e se retirou" #alan'ando a ca#e'a com pesar.

Richard e Bethan ficaram olhando para a porta fechada durante vários segundosantes que ele se voltasse para ela.

U




E Meu pai me ensinou a nunca #ater em uma mulher" por motivo algum" srta.!allison E falou" comedido. E Mas depois do episCdio de há pouco" acho que ele n$ome repreenderia se eu lhe desse umas #oas palmadas no traseiro. 2gora terei de mecasar com você para salvar a minha reputa'$o.

E 3hh ocê terá sua carta de cr&dito" e conseguimos dinheiro suficiente para nosmanter durante alguns dias. E (la feD sinal para que Richard se calasse e come'ou acontar as notas da carteira de couro. E 4 sr. 2rmitage nos dei+ou várias li#ras. <uantagentileDa... 2cho que devemos convidá-lo para o nosso casamento.

E )ara preservar nossa reputa'$o" a cerimNnia deve se realiDar o quanto antes. E(le pareceu ainda mais s&rio. E 3empre foi assim fingidaQ

E 2penas e+pus os fatos. 4 sr. 2rmitage tirou as prCprias conclusJes" a culpa n$o& minha. E 2 voD altiva n$o escondia o ar sorridente de Bethan.

E 4oi horrívelQ E ele sussurrou. (la corou" enca#ulada" mas replicou:

E (u estava me referindo * carruagem... E lareou a garganta. E Meucomportamento foi vergonhoso.

4lhou para si mesma" reparando em sua aparência deplorável" e correu paradentro do quarto de Richard.

(le a viu fugir e disse que ela precisaria de a%uda para dar o la'o do corpete.

Riu quando a ouviu e+clamar:

E 4h

8o final da tarde" Bethan foi" de #ra'o dado com Richard" * parCquia de 3aintBride" * procura de eremiah BarKer.

(m#ora tivesse algumas informa'Jes quanto ao paradeiro do pastor" ela n$o sa#ia

chegar lá" em meio ao congestionamento londrino. 2s ruas que cruDavam naquelemomento eram totalmente estranhas para ela.

2garrou-se ainda mais ao #ra'o de Richard enquanto andava com ele em meio *multid$o de pedestres" tentando manter a saia do vestido novo livre da su%eira. )ara seualívio" ele caminhava calmamente" alheio * confus$o. 2 postura ereta e o florete quecarregava preso * lateral da cal'a intimidavam o menos dese%ável elemento * volta.

2costumada a passear pelas alamedas da aldeia onde morava" Bethan refletiaque o caminho at& 3aint Bride n$o tinha fim. (la nunca havia imaginado que uma cidadepudesse se e+pandir tanto quanto Londres.

)or fim" Richard avistou a igre%a. 2pCs faDer algumas perguntas a um paroquiano"desco#riram o endere'o e+ato da residência do sr. BarKer. Logo o casal se encontravadiante da porta da casa revestida de madeira" a alguns quarteirJes da igre%a. Bethan deuo nome de am#os * criada que os atendeu" e foram conduDidos a uma pequena sala devisitas. (la havia aca#ado de tirar a capa quando o sr. BarKer surgiu" apressado"acompanhado da esposa.

4 casal mais velho sorriu" radiante" ao ver Bethan. 4s #rilhantes olhos aDuis dosacerdote protestante davam a impress$o de que ele sa#ia que algo estranho estavaacontecendo. 2 esposa" de modos mais contidos" parecia igualmente alerta.

E Bethan E ele a cumprimentou calorosamente" fitando-a da ca#e'a aos p&s. E

Mal pude acreditar quando ane informou que você estava aqui. )or que veio meprocurarQ ( na companhia de um no#reQ

4s olhos astutos se voltaram para Richard enquanto lhe dava as #oas-vindas. 2

V




esposa se apro+imou e a#ra'ou Bethan.

E 4h" meu querido" primeiro vamos convidar nossa visitas a se sentar enquantoane providencia um refresco. E (la se sentou prC+ima * lareira e indicou a cadeira aolado do marido.

ortês" Richard conduDiu a noiva a um sofá de carvalho e se acomodou %unto a ela.

4s BarKer perguntaram como passava a família !allison" e falaram so#re a vidaque levavam em Londres quando a criada entrou" traDendo uma enorme #ande%a com um %arro de suco" copos e uma torta de passas e frutas cristaliDadas. 2pCs servi-los" ane seretirou. (nt$o o casal mais velho focou a aten'$o nos visitantes" dando a impress$o deque dariam início a um interrogatCrio.

E !eve estar envolvida em alguma situa'$o em#ara'osa" n$o &" BethanQ E o sr.BarKer questionou" austero" mas n$o grosseiro. E 3uponho que vá me contar do que setrata e qual & sua rela'$o com esse rapaD.

(la respirou fundo" considerando a melhor resposta. Havia passado um #om tempopensando em como e+plicaria o s,#ito dese%o de se casar com um homem que a m$e

o#viamente n$o aprovaria.

2ntes que Bethan respondesse" Richard interveio:

E ive o praDer de conhecer a srta. !allison enquanto visitava alguns parentes nover$o passado. 2pai+onei-me por ela na ocasi$o" mas apenas recentemente desco#riqu$o importante ela & para minha felicidade. (nt$o" poucos dias atrás" retornei * aldeia naesperan'a de me casar com ela.

Bethan o#servava o prCprio copo" ao mesmo tempo divertida e indignada com aspalavras de Richard.

E 2cho que a srta. !allison fugiu de casa para se casar com esse rapaD"

eremiah. !&#ora !allison estava determinada a #eneficiar-se com o fato de ter o sr 7lKston como genro. E 2 sra. BarKer franDiu o cenho. E 8unca gostei dele.

E 3em d,vida" ele & um homem muito presun'oso. odavia" o ponto crucial & queBethan deve ter passado a noite sem uma acompanhante durante a viagem at& acidade. E 4 sr. BarKer a fitou" severo.

E (spero que este%a nos visitando para apresentar seu marido.

Bethan suspirou.

E 8$o. E 2ntes que os anfitriJes protestassem" ela acrescentou: E LordeHarcourt e+pressou sua... no#re... inten'$o em rela'$o a mim em 3tanorth. (nt$o pedi a

ele que me trou+esse a Londres na esperan'a de que o senhor nos case.E 2h... E 4 sr. BarKer pNs seu copo de lado. E ocê cometeu um s&rio ato de

deso#ediência contra sua m$e. 8$o posso ignorar tal fato. E (le demonstrou desagrado"at& que a esposa o afagou na m$o.

E )or outro lado" (liDa e eu sempre imaginamos se o sr. 7lKston seria o maridoideal para você. 2l&m do mais" há a quest$o de você ter passado a noite sem umaacompanhante.

Bethan retesou-se na cadeira" preocupada com a hesita'$o do pastor. !epois dealgumas considera'Jes" o sacerdote pediu para conversar a sCs com Richard.

Richard assumiu uma e+press$o alarmada e a fitou de modo acusador.(la o encarou com os olhos arregalados e um discreto meneio de ca#e'a" dando a

P0




entender que n$o esperava aquela rea'$o da parte do sr. BarKer. 6m ruído a#afadointerrompeu a conversa silenciosa.

4 %ovem casal olhou para a sra. BarKer" que tinha os #ra'os cruDados so#re opeito.

E enha" Bethan. amos levar esta #ande%a de volta * coDinha" em seguida vou

lhe mostrar a casa. 2 mulher se levantou para recolher os pratos su%os e depois conduDiu a visitante

para fora da sala.

ertificando-se de que a porta tinha sido fechada com a saída da esposa e deBethan" o sr. BarKer serviu mais suco para si mesmo e para Richard" que agradeceu. 4anfitri$o sorriu" simpático.

E (nt$o... o senhor tem muitas dívidasQ Richard quase derru#ou o copo diante doolhar do sacerdote.

E 8$o precisa ficar t$o surpreso. Y um no#re" e os !allison n$o mais do que uma

#oa família. 4 senhor %amais pensaria em se casar com uma %ovem de posi'$o socialinferior * sua se n$o fosse por um motivo desesperador. omo Bethan & herdeira deuma vultosa fortuna" deduDi que o senhor está interessado no dinheiro.

4 aristocrata se manifestou:

E )osso lhe assegurar que minhas inten'Jes em rela'$o * srta. !allison sempreforam honradas.

E Y a ,nica maneira de tirar o dinheiro dela" n$oQ E 4 pastor prosseguiu antesque Richard pudesse responder: E 8$o creio que tal propCsito o torne melhor do que opretendente que a m$e de Bethan escolheu para a filha.

E 2 srta. !allison concordou em se casar comigo de livre e espontSnea vontade.E Richard fitou o sr. BarKer nos olhos. E )ergunte a ela o senhor mesmo" se n$oacredita em mim.

E onhe'o-a desde crian'a. 4 pai era um homem muito devotado a !eus" morreuquando ela tinha quatro anos de idade. 2 m$e & suspeita" de ter os mais inocentespraDeres" e escolheu um homem de temperamento similar para se casar com Bethan.

(le #alan'ou a ca#e'a de um lado para o outro.

E 4 sr. 7lKston & um e+celente partido" mas dificilmente o mais adequado á essamenina. E (ncarou Richard. E 6m título seria uma grande conquista para Bethan!allison. Mas devo perguntar: <ue pre'o ela terá de pagar por ele" milordeQ 3erá despre-

Dada por n$o ter nascido em meio * no#reDa enquanto o senhor gasta o dinheiro dafamília delaQ

Richard se endireitou e olhou friamente para o sr. BarKer.

E !esculpe-me" mas n$o pretendo causar sofrimento * minha esposa. E 2fastou-se alguns passos antes de se voltar e estreitar os olhos. E (la será apresentada a 3uaMa%estade assim que nos casarmos e aparecerá de #ra'o dado comigo nos eventos daalta sociedade. 4 resto do tempo" ela passará na propriedade de campo de minha família.8$o dese%o privá-la de nenhum tipo de divers$o respeitável" destinada a mulheres damesma classe social que ela. ( certo que e+igirei que se%a tratada com toda a honradevida * sua posi'$o como lad Harcourt e" se !eus quiser" como a m$e de meuherdeiro.

E Muito #em" rapaD. E 4 sr. BarKer #e#ericou o suco mais uma veD"

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impertur#ável. E Mas como será tratada nas m$os do maridoQ

Richard o olhou fi+amente. (nt$o lem#rou-se do pai" caído em meio ao prCpriosangue" e da promessa feita a ele nos ,ltimos minutos de vida. Richard %á havia falhadoduas veDes. 2 fortuna dos !allison tinha a chave que lhe permitiria honrar o resto de seu %uramento.

E 6m cavalheiro n$o insulta a prCpria esposa.6ma resposta curta" mas que levou o sacerdote a assentir com um gesto de

ca#e'a.

E 8esse caso" ficarei contente de realiDar seu matrimNnio.

Bethan olhou so#re o om#ro para a porta fechada" antes que a sra. BarKer aguiasse em dire'$o * coDinha. hegando lá" ane correu e pegou a #ande%a das m$os dapatroa. (nt$o a anfitri$ conduDiu a visitante pela casa.

!irigiram-se a um aposento pequeno no andar superior. 2 luD do sol penetravapelas vidra'as" iluminando os mCveis de nogueira. Bethan e+clamou" encantada" ao ver

o ,ltimo tra#alho da sra. BarKer" um %ogo de cortinas de linho verde-escuro" rosa eametista.

E 4#rigada" querida. Minha filha me visita toda semana e tra#alha %unto comigo. Yuma alegria estar t$o perto dela e dos meus netos. E (la ergueu a ca#e'a para Bethan.E 2gora me diga onde encontrou esse rapaD t$o #onito.

Bethan atrapalhou-se ao contar * #oa mulher que tinha conhecido Richardenquanto visitava 9loriana na casa da tia. !epois de mais algumas perguntas" a senhorarevelou sua maior preocupa'$o:

E ocê & uma mo'a virtuosa" mas esse lorde tem muito... #em" charme. 3eriapreciso ter muita for'a de vontade para resistir" caso ele tentasse persuadir uma %ovem

dama * má conduta. (m#ora o perd$o possa ser prontamente concedido * mulher comquem ele pretenda se casar...

Bethan foi at& a %anela. !uvidava que pudesse enganar a sra. BarKer" mas mesmoassim n$o podia suportar a ideia de que ela visse seu ru#or.

E Lorde Harcourt tem se comportado da maneira esperada para algu&m de suaposi'$o social.

Bethan ouviu o farfalhar de uma saia atrás de si.

E Minha querida menina" se lorde Harcourt a estiver o#rigando a se casar com elede alguma maneira" n$o se acanhe em pedir a#rigo a nCs.

E 8$o E 2 e+clama'$o escapou de seus lá#ios antes que ela se desse conta. E)ode ser um pecado contra minha m$e" mas acho lorde Harcourt um pretendente muitomais atraente do que o sr. 7lKston. 4h E )ousou a m$o so#re a #oca. E 7sto &" querodiDer...

E 8$o se preocupe. (u entendo.

Bethan duvidava que aquela santa mulher realmente pudesse compreendê-la"mas preferiu n$o contrariá-la. Oor'ando um sorriso enquanto a sra. BarKer lhe afagava am$o com simpatia" permitiu-se ser conduDida para fora do quarto e depois escada a#ai+o.

P/




Cap&tulo

!ois dias depois" Bethan su#iu ao mesmo quarto enquanto aguardava ser chamada para seu casamento. 4s BarKer insistiram para que ela ficasse hospedada nacasa deles em veD de retornar ao apartamento de Richard. (la havia concordado parapreservar sua pureDa" mas lamentou o fato de que n$o veria o noivo at& o dia do enlacematrimonial.

Richard n$o tinha aprovado a ideia" ent$o ela pediu para conversar a sCs com ele.4 pastor concordou em se ausentar enquanto a esposa permanecia do outro lado da salade visitas. (m um confronto sussurrado" Richard acusou o casal de plane%ar dissuadi-lada ideia de se casar com ele" apesar de o sr. BarKer ter concordado em realiDar acerimNnia religiosa.

Bethan #alan'ou a ca#e'a" negando. 2rgumentou que o pastor n$o teria aceitadocasá-los se fosse contra a uni$o.

Richard a segurou pelo quei+o at& que ela o fitasse nos olhos.

E 2 menos que você pe'a a eles que a a%udem a escapar.

4 simples toque feD com que o cora'$o de Bethan disparasse a ponto de ela malpoder responder:

E 8$o tenho raDJes para isso. ou ter minha casa e um título" lem#ra-seQ ( vocêtam#&m prometeu me apresentar ao rei.

<uando o polegar de Richard lhe acariciou os lá#ios" ela engoliu em seco.

E Recordo-me de n$o ter feito promessa alguma. 2l&m do mais" posso ter dereconsiderar o que eu disse. E (le cerrou as pálpe#ras. E 3ua Ma%estade tem certafraqueDa por mulheres #onitas.

7nclinou-se para #ei%á-la" mas teve de se interromper a meio caminho" quando asra. BarKer clareou a garganta" da cadeira onde se encontrava sentada" costurando.

4s dois se afastaram" Bethan inconsciente de que ecoava o suspiro e+asperadode Richard. 3em que a sra. BarKer perce#esse" ele desliDou a outra m$o e agarrou a danoiva. (la retri#uiu a press$o sem pensar.

E (stá anoitecendo" milorde. Y melhor que tome seu rumo agora. 8$o & segurocaminhar por essas ruas * noite. E 2 sra. BarKer dei+ou a costura de lado" demonstrandoestar mais preocupada com a seguran'a de Bethan do que com a de Richard.

Bethan n$o o via desde ent$o" em#ora ele tivesse mandado mensagens por interm&dio de Lane" que faDia o papel de um inesperado cupido. (le viera no dia anterior"traDendo alguns pacotes que tinham chegado ao apartamento de Richard. Reconhecendode imediato as roupas que havia comprado" ela as carregou para o andar de cima a fimde e+aminá-las" seguida pela anfitri$. 2 #oa senhora se divertiu a#rindo os pacotes tantoquanto a prCpria Bethan" confidenciando que adorava cores vivas.

2 agradável divers$o terminou quando Lane informou que Harcourt tinha o#tido

uma licen'a especial para que o casamento fosse realiDado na tarde seguinte. !iante dainevitável consequência de sua decis$o" ela ficara pálida" mas havia concordado com osarran%os com voD firme.

P




Bethan andava pelo quarto" inquieta" * espera da sra. BarKer" que a conduDiria at&a sala de estar" onde seria realiDada a cerimNnia. Mais cedo" ela havia a%udado Bethan avestir a roupa do casamento" um elegante vestido adamascado que real'ava o tom depele e os ca#elos ruivos #rilhantes" presos no alto da ca#e'a.

entando controlar a impaciência" sentou-se e cruDou as m$os no colo. 3ua vidatinha mudado drasticamente em apenas cinco dias. 7a se tornar lad Harcourt dentro depouco tempo" esposa de um homem que a tolerava por dinheiro. om o sr. 7lKston" n$oseria diferente" refletiu com amargura. 2o menos Richard a considerava fisicamente atra-ente. (la evitou pensar na resposta acalorada de seu corpo ao toque do lorde.

Havia apenas uma quest$o pendente. Bethan umedeceu os lá#ios" esperando ter interpretado a po#reDa do noivo corretamente.

2 sra. BarKer a#riu a porta" vestida de modo formal. 2ssim que #ei%ou Bethan"perguntou se ela estava pronta.

Muito nervosa" ela assentiu #revemente.

)egando-a pela m$o" a sra. BarKer a acompanhou at& o andar de #ai+o. )araram

diante da porta fechada da sala de visitas. om um olhar de aprova'$o" a sra. BarKer falou:

E ocê está linda" querida. E 4s olhos sagaDes e+aminaram o rosto de Bethan.E em certeDa de que n$o quer mudar de ideiaQ

Bethan negou com um gesto de ca#e'a.

E 8$o. E 3ua ,nica op'$o seria voltar para a casa da m$e" e tremia sC de pensar em como seria rece#ida.

3atisfeita" a senhora a#riu a porta da sala com um floreio e escoltou a noiva paradentro.

!e acordo com suas convic'Jes" apenas o noivo e as testemunhas a aguardavam.Richard a e+aminou" ansioso. (stava vestido com grande esmero" usava um casaco decouro com detalhes em #rocado so#re a camisa de mangas longas que dei+ava ospunhos e+postos" gravata em forma de la'o" cal'a e #otas lustrosas. 4s ca#elosondulados caíam so#re seus om#ros.

amanho esplendor contrastava com o severo tra%e preto do sacerdote" que seencontrava prC+imo ao noivo.

2l&m de Bethan" de Richard e dos BarKer" somente o sr. 2rmitage e um de seusescreventes estavam presentes. 4 rapaD contemplava a rua pela %anela" desinteressado.

Bethan sentou-se ao lado de Harcourt. 4 pastor come'ou interrogando se haviaalgum impedimento para aquele casamento.

E 3im. E 4 cora'$o de Bethan #atia" acelerado" mas ela se for'ou a demonstrar calma ao falar.

Richard virou-se para olhá-la" atNnito. 4 sr. 2rmitage proferiu uma e+clama'$o deespanto enquanto o escrevente desviava o olhar da %anela" curioso. 4 sr. BarKer clareou agarganta.

E )or favor" diga-nos que impedimento seria esse E ele pediu" sereno" apesar das so#rancelhas arqueadas.

E 8$o foi feito um acordo. E Bethan encolheu-se.Richard franDiu o cenho para ela. 4 escrevente se animou com a interrup'$o

PP




enquanto o #anqueiro #al#uciava:

E Minha cara" diante das circunstanciais" um acordo pr&vio * cerimNnia n$o &plausível. )ode levar semanas" e & imperativo que a senhorita se case para preservar seu#om nome 2ssim como... E ele tossiu discretamente antes de relancear os olhos para oventre da noiva E ...para se proteger de alguma situa'$o imprevisível.

4 escrevente sorriu" divertido com o contratempo" mas interrompeu-se diante doresmungo ultra%ado da sra. BarKer.

E 4 sr. 2rmitage tem raD$o" Bethan. (m geral" um contrato assinado funcionacomo um pr&-requisito para o casamento. E 4 sr. BarKer lan'ou um olhar de reprova'$oa ela. E (m seu caso" todavia" & dispensável.

4 cora'$o de Bethan quase parou de #ater. (la respirou fundo" procurandodisfar'ar o pSnico que a dominava.

E 3e n$o houver acordo" n$o haverá casamento.

odos * volta a encararam" pasmos. 2pCs um momento de silêncio" o curador e o

sacerdote e+plicaram por que a cerimNnia deveria prosseguir sem o costumeiro acordofinanceiro.

Z esquerda da noiva" o sr. 2rmitage salientou que nenhum dos presentes poderianegociar a favor dela. Z direita" o sr. BarKer reiterou que a reputa'$o maculada da noivatornava o casamento com Richard imprescindível naquele momento.

Bethan fitou Richard. (le parecia petrificado" a incredulidade e a f,ria estampadasem seu rosto. 2 culpa por desapontá-lo a atingiu" at& que se recordou das dívidas de %ogoe das contas n$o pagas pelo lorde.

E Minha m$e n$o vai precisar negociar por mim se lorde Harcourt assinar umacordo com o sr. 2rmitage.

E 4hQ E Richard se manifestou pela primeira veD desde a imposi'$o de Bethan.3ua voD era suave" mas os olhos #rilhavam perigosamente.

E <uero um cr&dito de deD mil li#ras em meu nome apenas" para que eu possafaDer o que eu #em entender com esse dinheiro. E (la se voltou ao atordoado #anqueiro.E 3e os recentes e+tratos #ancários enviados a minha m$e estiverem corretos" as outrasdeD mil li#ras ficar$o de posse de lorde Harcourt assim que nos casarmos" n$oQ

4 homem gague%ou que ela havia lido os e+tratos corretamente.

4lhando para o rosto corado de Richard" ela prosseguiu:

E ocê disse que minha fortuna era mais do que suficiente para satisfaDer suasnecessidades quando acreditava que ela estivesse em torno de quinDe mil li#ras. !eD milserviriam aos seus propCsitosQ

(m resposta" ele tentou agarrá-la" por&m ela se afastou depressa" dei+ando acadeira entre eles.

E (stá... mentindo... )!erida

Bethan engoliu em seco" as m$os agarradas ao encosto da cadeira" tentando sesustentar de p&" apesar dos %oelhos trêmulos.

E ocê me enganou primeiro" n$o foiQ E 2 f,ria de Richard for'ava os outros

homens a se manter calados enquanto ele caminhava pela sala. E 2 ,nica raD$o pelaqual concordou em se casar comigo foi para pNr as m$os na sua heran'a.

2 in%usti'a daquela acusa'$o a levou a atacá-lo novamente:

PG




E ( por que n$oQ ocê feD o mesmo

E 2o menos fui honesto quanto *s minhas inten'Jes e raDJes. Meu !eus" epensar que eu estava prestes a colocá-la na casa de minha m$e

2larmado" o sr. BarKer interveio:

E 4 senhor está retirando sua proposta de casamento apCs arruinar a reputa'$o

desta %ovem damaQBethan quase gritou antes que Richard pudesse responder:

E Milorde encontrou outra herdeira mais acessívelQ

8egando com a ca#e'a" ele #radou:

E 8$o ( mantenho a proposta de me unir * senhorita. E 4#viamente seesfor'ando para controlar o tom de voD" ele se dirigiu ao pastor: E reio que devemosadiar este evento at& que o contrato se%a ela#orado.

E )osso me encarregar disso E o escrevente falou pela primeira veD.

odos na sala se voltaram ao homem franDino que pouco antes havia dado mostrasde que se divertia com a situa'$o.

E ou precisar apenas de papel" pena e tinta para redigi-lo agora mesmo.

E [timo E Richard e Bethan e+clamaram ao mesmo tempo e fuDilaram um aooutro com os olhos.

4 sr. BarKer" demonstrando tanta ira quanto seu temperamento calmo permitia"pronunciou-se:

E 8$o posso aprovar tamanha inconveniência.

2pesar das palavras do sacerdote" o indignado casal de noivos apressou oescrevente para que terminasse o contrato.

inte minutos depois" o documento foi entregue a Richard. Ourioso" ele assinou ospap&is e o lan'ou so#re a mesa" para Bethan.

E (stá satisfeita" miladQ

om o cora'$o disparado" ela leu o contrato com cuidado duas veDes e assentiu. 4documento diDia que" com o casamento" ela teria plenos direitos so#re a metade daheran'a dei+ada pelo pai.

E Muito #em. E )álido" com os lá#ios estreitados" Richard gesticulou para que elase posicionasse diante do sacerdote. E (nt$o" case-nos.

4 pastor cruDou os #ra'os.

E 8$o & recomendável unir duas pessoas em matrimNnio nesse estado de Snimot$o e+altado.

Richard gesticulou com as m$os para o alto.

E omo vou me acalmar se o senhor me re%eitaQ oncordou em realiDar acerimNnia dois dias atrás.

E 3im" concordou E Bethan interveio" com firmeDa. E ( aceitei me casar de #oavontade.

2pCs tanta insistência" o sacerdote efetuou o casamento" em#ora perecessecontrariado. )or sua veD" a noiva e o noivo trocaram os votos com ar de distintahostilidade" e a homilia soou mais como uma repreens$o destinada a duas crian'as

PF




#riguentas" por fim" o pastor declarou que Richard e Bethan eram marido e mulher.

4 sr. 2rmitage secou o suor do rosto com um len'o e e+alou um suspiro de puroalívio. 2 sra. BarKer" ainda #astante nervosa" o convidou para o %antar" por&m ele recusou" %ustificando que precisava voltar ao #anco.

2penas o estranho escrevente felicitou os rec&m-casados com certo entusiasmo.

2pertando a m$o de Richard" e+clamou:E Ooi o casamento mais animado que %á vi" milorde Oelicidades ao senhor e * sua

adorável noiva. E OeD uma #reve reverência. E 3ou (dmund Leafle" a seu dispor. 3e eupuder ser ,til" n$o hesitem em me contatar. E 2ntes de partir" seguindo o patr$o"acrescentou: E 8unca assisti a nada t$o #om no teatro.

!epois de sa#orear a e+celente galinha assada de ane" Richard se levantou damesa. 3eu humor parecia ter melhorado" mas os olhos demonstravam frieDa ao fitar anoiva.

E Y noite" e %á passou da hora de voltarmos a nosso apartamento.

4 cora'$o de Bethan fraque%ou diante das poucas palavras do marido. (le aa%udou a vestir a capa e dei+ou a casa" segurando-a pelo cotovelo enquanto caminhava apassos largos pelas ruas escuras. 4 vento noturno de inverno soprava" congelando-a.

* * *

Richard mal perce#ia o frio. 2ndava mecanicamente" empurrando a encantadora edissimulada esposa a seu lado. (le se enfureceu outra veD ao concluir que estivera aosp&s de Bethan" em#ora o lado racional lhe dissesse que havia feito o mesmo com eladias antes. entou afastar a ideia de que aquela simples garota do campo o havia tratadocomo um tolo.

(la trope'ou numa pedra e ele instintivamente a segurou. (m seguida" cerrou osma+ilares diante do mudo agradecimento que ela lhe enviou com o olhar. Oora usadofriamente. Recusando-se a encará-la" prosseguiu o caminho a passos largos. (la iriapagar por isso. 2h" se iria

erdade fosse dita" Richard n$o se sentia um homem casado depois da #revecerimNnia religiosa. Haviam sido proferidas apenas algumas frases e um serm$o" nadamais" ele refletia. 8$o houvera nenhuma #ên'$o" e os noivos nem mesmo trocaram alian-'as. BarKer re%eitara tal ideia" informando-o de que era contra idolatria.

Richard franDiu o cenho. 2quilo teria de mudar. (le se recusava a apresentar a

esposa * negligente corte de harles sem que ficasse claro que Bethan n$o estavadisponível a flertes. (la podia ter o prCprio dinheiro" mas era sua esposa" e Harcourt n$otoleraria que fosse corte%ada por outro homem.

Richard conduDiu Bethan escada acima" em dire'$o a seu apartamento. 2ssimque entraram" ele trancou a porta" dei+ando-a assustada. (le a olhou de relance antes decolocar a chave na corni%a da lareira. (la rela+ou um pouco. 2o menos" ele n$o pretendiaprendê-la.

)elo visto" Lane tinha andado ocupado na ausência do patr$o. 2 lareira estavapronta para ser acesa" e duas ta'as encontravam-se %unto a uma garrafa de vinho so#re amesa do#rável. Bethan engoliu em seco ao recordar-se do propCsito de uma noite de

n,pcias.(le tirou a capa" o chap&u e as luvas. 7gnorando-a" foi at& a %anela e ficou olhando

a rua lá em#ai+o. 2 raiva ainda o dominava. (la permanecia no mesmo lugar onde tinha

PT




sido dei+ada" no meio da sala" ainda de capa.

Richard virou-se para ela" o calor tragando a frieDa de seus olhos e de suae+press$o. Bethan fitou o ch$o.

E 4lhe para mim E ele pediu" apro+imando-se.

(la o encarou. 4 medo a faDia ofegar" mas estava determinada a aceitar as

consequências de seus atos.E ocê me usou.

(la se encolheu diante da acusa'$o sussurrada" mas n$o a negou. Oi+ou o olhar na parede oposta quando ele se moveu rumo * mesa e serviu uma ta'a de vinho.

E Humilhou-me diante de pessoas estranhas.

E (uQ E (la se virou para encará-lo. E 5oc/ me usou. ( continuará me usandoporque a lei lhe dá esse direito. 2l&m de usufruir do meu dinheiro. E 3orriu" amarga. Eá pensou em como serei humilhada toda veD que você usar meu dinheiro parapresentear outra mulherQ E (rgueu o #ra'o para desamarrar a capa" mas Richard a

agarrou pelo pulso.E 8$o" )!erida esposa. 4 que o pastor BarKer disse em sua rápida homiliaQ 6ma

esposa leal & o tesouro do marido...Q

(le a rodeava enquanto falava" ainda Dangado" mas ligeiramente prC+imo a pontode seus murm,rios soprarem contra a pele de Bethan. (le parou atrás dela.

E !ei+e-me ver o tesouro com o qual me casei. E 3ua respira'$o soprava contrao pesco'o delicado enquanto ele soltava a capa e a tirava dos om#ros da esposa. E!ei+e-me desco#rir qual & a melhor maneira de usá-la.

2o ouvi-lo pronunciar as ,ltimas palavras" Bethan sentiu um nC no estNmago.

Havia imaginado que ele fosse ficar furioso" mas nunca lhe ocorrera como Richardreagiria. entou se afastar" por&m ele a pu+ou de volta" o #ra'o envolvendo-a pela cintura.Bethan ficou paralisada ao sentir o corpo inteiramente %unto ao dele. Respirou fundoquando a #oca quente a pressionou na nuca" e as pontas dos dedos fortes ro'aram aparte superior dos seios alvos. omo sempre" seu corpo a traía ao mais simples toque deRichard. (la fechou os olhos" a pele formigando so# a há#il carícia.

E 3im E ele lhe sussurrou ao ouvido" incendiando-a por dentro. E Minha esposa.(inha. )ara faDer o que eu dese%ar.

(la ofegou de praDer e contrariedade ao mesmo tempo" devido * arrogSncia domarido. entando escapar das sensa'Jes ine#riantes que ele lhe provocava" afastou-se.

(le n$o a deteve" mas continuou a acariciá-la nos om#ros enquanto ela se movia.4 alívio de Bethan se transformou em pavor quando ele tornou a agarrá-la por trás.

E 4#rigado" minha querida. E (le sorria enquanto a#ria o corpete.

E )are com isso E (la o fitou so#re o om#ro" mas ele a ignorou" concentrado emlhe tirar o vestido.

<uando Richard ergueu os olhos para ela" Bethan respirou fundo" sentindo a #ocaseca. 8unca algu&m a havia olhado com tanto dese%o.

E 2gora somos marido e mulher. E (le mantinha os olhos fi+os nos dela" em#ora

as m$os continuassem a a#rir o corpete. E 2pesar de seus %oguinhos" ainda tenho meusdireitos de marido. E (le a virou de frente para encará-la.

Bethan tentou resistir" por&m ele a pu+ou para mais perto e lhe envolveu o rosto

PU




com as m$os.

E )ara ser mais e+ato" am#os poderemos nos divertir com as delícias propiciadaspelo casamento. E Richard desliDou a #oca pela face aveludada at& encontrar os lá#iosmacios.

(la suspirou quando a língua e+periente invadiu sua #oca e recuou" provocando-a.

2trevida" a#riu a #oca em um convite mudo. 3em perder tempo" ele a #ei%ou" a língua seunindo * dela repetidas veDes.

<uando" por fim" se afastaram" ela pousou a testa no om#ro ri%o" ofegante. 8uncanegara a atra'$o que sentia por Richard. Mas a m$e tinha lhe incutido a ideia de que oshomens queriam esposas de conduta impecável" mesmo que n$o demonstrassem omesmo tipo de comportamento. (la levantou a ca#e'a.

E ocê me quer para usufruir... das delícias do casamento de que falou há poucoQ

4s olhos de Richard cintilaram.

E 3im" pequena puritana" quero. E (le sorriu ao afagá-la nos #ra'os.

2ssustada" olhou para #ai+o e desco#riu que ele tinha a#ai+ado as mangas dovestido. 2 gravata dele tam#&m havia desaparecido. (la recuou" tentando escapar dasm$os irrequietas do marido" no entanto ele a seguiu e terminou de soltar o corpete.Mortificada" viu-se diante dele com a parte de cima do vestido amontoada na altura dacintura. Richard lhe tomou as m$os nas suas" para evitar que se co#risse.

E imideD n$o com#ina com você" minha cara. 8$o pela forma como seu corporesponde ao toque de minhas m$os e de minha #oca. E (le fi+ou o olhar nos seiosvolumosos.

Bethan arfou quando ele a #ei%ou e mordiscou no pesco'o. 2 seguir" as m$ose+perientes desceram para a cintura fina" empurrando o vestido em dire'$o aos quadris

arredondados. om um solavanco" o tecido de algod$o e o saiote desliDaram para o ch$o.Richard respirava com dificuldade e os olhos verdes #rilhavam de dese%o ao

o#servá-la por inteiro.

E hega de %ogos. (u dese%o você" e você me dese%a.

4s %oelhos de Bethan se do#raram de leve mediante a declara'$o feita em voDrouca. omo havia feito na estalagem" ele a pegou no colo com facilidade. (la enterrou orosto afogueado no om#ro masculino enquanto ele a levava ao quarto.

3urpreendendo-a" Richard a colocou de p& %unto * #eirada da cama. Bethanpensava se ele mudara de ideia at& que ele come'ou a desafivelar o cinto. (ncarava-a

enquanto o paletC e depois o colete eram atirados ao ch$o.endo-o apenas de camisa" cal'a e #otas" ela engoliu em seco" mas n$o se

moveu.

E 3implesmente n$o sei o que faDer.

Richard o#servava a nudeD feminina so# a roupa leve quando finalmente falou:

E 3iga-me" Bethan. 2penas me siga. E (le respirou fundo ao erguer as m$os etocar os ca#elos ruivos.

(la sentiu as mechas macias cair uma a uma * medida que ele ia tirando os

grampos. Richard afagou as madei+as espalhadas so#re os seios firmes" dei+ando osdedos afagar os #icos macios so# a camisa.

Bethan respirou com dificuldade ao sentir os mamilos se intumescer com o toque

PV




ousado. Richard por sua veD" parecia perder o controle" notando a rea'$o da esposa. 8omomento seguinte" ela foi a#ra'ada com firmeDa" e a #oca sensual desceu so#re a delaao mesmo tempo que Richard #rincava com os mamilos rosados" pu+ando-os para cima epara #ai+o.

(la se agarrou aos #ra'os fortes" murmurando o nome do marido" cu%a outra m$opasseava por suas costas" descendo em dire'$o *s nádegas" at& que as pressionoucontra o mem#ro ri%o so# a cal'a.

2tordoado" suspirou ao vê-la desliDar so#re a cama. 3em se afastar de Bethan"ele lhe agarrou a #lusa e a pu+ou para cima. (la ergueu os #ra'os para a%udá-lo. (mseguida" Richard se sentou na cama e se livrou das prCprias #otas" ent$o come'ou adesa#otoar a camisa.

3u#itamente ciente de sua nudeD" Bethan tentou escorregar para #ai+o doslen'Cis" por&m ele a agarrou pelo tornoDelo" impedindo-a.

E Oique. <uero vê-la assim" deitada so#re minha cama com nada al&m dessesgloriosos ca#elos a co#ri-la.

)aralisada so# aquele olhar ávido" Bethan viu Richard tirar a cal'a.

(la nunca tinha visto nada mais #onito. 4s m,sculos definidos so# a pele maciados om#ros largos" #ra'os" peito e estNmago fiDeram com que ela umedecesse os lá#ios.6ma discreta camada de pelos castanhos podia ser vista logo a#ai+o do um#igo. (lasa#ia que era terrivelmente indecente" mas n$o conseguia tirar os olhos da protu#erSnciaso# o tecido fino da pe'a íntima que ele ainda usava. 3em perda de tempo" Richard tirouo cal'$o e e+pNs sua imponente masculinidade. 8o mesmo instante" Bethan sentiu a#oca seca. !evia parecer assustada" porque ele sorriu de modo a tranquiliDá-la enquantose deitava na cama %unto a ela.

E 3im" esse & o motivo de tanto estardalha'o... E (le apoiou a ca#e'a so#re o#ra'o do#rado.

alveD os ca#elos avermelhados fossem a marca de toda a sua sensualidade"porque ela n$o se sentia nem um pouco envergonhada com o que estava prestes aacontecer entre os dois. 4u talveD apenas correspondesse ao dese%o e+presso nos olhosverdes.

E 8$o tenha medo. E (le passou a m$o ao longo do corpo curvilíneo" detendo-sena co+a roli'a.

E 8$o estou com medo. 8$o muito E ela sussurrou.

E Minha do'ura... E (le a pu+ou para mais perto" #ei%ando-a" acariciando-a"murmurando o quanto a queria.

2s m$os fortes passeavam livremente pela pele aveludada" faDendo o sanguecorrer apressado pelas veias de Bethan. <uando ela correspondeu" com certa hesita'$o"afagando-o nas costas e nos om#ros firmes" ele a encora%ou" estimulando-a a tocá-locomo quisesse.

(la estremeceu ao senti-lo ro'ar o mem#ro rígido contra seu ventre. 4 gestoerCtico incendiou as partes mais íntimas de seu corpo. Bethan prendeu a respira'$o por alguns segundos e depois o e+alou com for'a. 4uvindo-o gemer" ela parou" apreensiva.

E OiD algo erradoQ

(le pegou a m$o delicada e #ei%ou-a na palma.

E 8$o" suas carícias me agradam demais. 8a verdade" estou mais do que pronto

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para possuí-la" mas você ainda n$o foi preparada adequadamente.

Richard virou-a de costas contra a cama e se pNs a #ei%á-la" descendo para um dosseios. Logo sugava o mamilo rosado" enquanto estimulava o outro com os dedos.

Bethan arqueou as costas e gritou" e+citada" devido *s sensa'Jes ine#riantes quepercorriam seu corpo. Richard tirou vantagem do momento" acomodando-se so#re ela. 4

primeiro impulso que a acometeu foi escapar dali" por&m ele a estreitou nos #ra'os"impedindo-a de se mover. !esliDando a m$o entre os corpos unidos" ele passou os dedospela penugem macia que co#ria a intimidade feminina. !ois dedos longos acariciaram afenda ,mida de um e+tremo ao outro" detendo-se na sensível saliência que Bethannunca havia imaginado e+istir.

(nquanto ele a afagava" Bethan apenas ofegava de praDer. 6ma umidadeem#ara'osa formava-se entre suas co+as" mas Richard a usava para lu#rificar os dedos"que desliDavam cada veD mais rápido.

(la se sentia como se estivesse sendo levada para o alto de um penhasco. 8omomento em que ele a penetrou com os dedos" Bethan se descontrolou e saltou" mas"

em veD de cair" voou. 3entindo-se e+plodir por dentro" ela gritou e investiu os quadris con-tra a m$o de Richard.

Mal tinha aca#ado de voltar * erra" quando o mem#ro ri%o a tocou intimamente.Y#ria de pai+$o" ela o fitou nos olhos e anuiu.

Richard se moveu devagar e cuidadosamente para dentro dela" a#ra'ando-a comternura.

E Rela+e" do'ura. Rela+e. 8$o tenha medo... vai doer um pouquinho na primeiraveD E ele murmurava com voD aveludada enquanto a penetrava mais e mais.

Bethan sentia certo desconforto * medida que as investidas se aprofundavam"

mas nada que n$o pudesse ser suportado. (nt$o" com um gesto rápido e inesperado" elemergulhou por inteiro. Lágrimas #rotaram dos olhos de Bethan" e Richard apressou-se a#ei%á-las" pedindo desculpas por machucá-la.

)ermaneceu dentro dela durante vários segundos" imCvel" enquanto ela sea%ustava ao mem#ro pulsante. Bem devagar" ele recome'ou a se mover" mas a ,nicasensa'$o de que ela se dava conta era uma dor intensa. 3entiu-o estremecer"esfor'ando-se para se deter mais uma veD.

E RichardQ E (ncarou-o. E (stá doendo" mas" quero lhe dar praDer" por favor.

E 4h" eu n$o deveria... mas acho que n$o vou resistir...

(le retomou as investidas" e" como num passe de mágica" a dor foi se tornandocada veD mais tolerável.

Bethan foi rela+ando at& que Richard perdeu o controle" agarrando-a %unto a si eaumentando a velocidade dos movimentos" para atingir o clíma+ com um urro de praDer.(la pousou o rosto contra o om#ro largo" arfante" ao sentir o líquido" quente %orrar dentrode seu corpo.

(le ficou deitado so#re ela durante vários minutos" por&m Bethan n$o reclamoudo pesoI sentia praDer por estar t$o intimamente ligada a Richard. <uando o #ei%ou noom#ro" o gosto do suor masculino invadiu sua #oca. <uase sem ar" ela acariciou ascostas largas e ,midas" su#indo em dire'$o aos ca#elos ondulados do marido.

E 4h" n$o E ela e+clamou" erguendo os olhos para o dossel enquanto umpensamento lhe ocorria.

G1




E HumQ E Richard" ainda imCvel" feD cCcegas no ouvido delicado ao murmurar.

E 2cho que su%amos a colcha de sangue.

(le se esticou e alcan'ou as do#ras dos len'Cis" a fim de pu+á-los para #ai+o. omalgum esfor'o" enfiou-se entre os tecidos perfumados" carregando-a consigo.

E !ei+emos para nos preocupar com isso mais tarde E falou por fim.

Bethan se sentia t$o confortável que aca#ou concordando.

Cap&tulo '

Richard perdia-se em seu sonho favorito. 4 rei lhe concedera grande honra nacorte" e um pequeno grupo de mo'as disputava por seus favores. (le sorriu ao sentir ocorpo feminino a seu lado enquanto dormia. alveD a mulher que ele encontrara na noiteanterior lhe suscitasse essa profus$o de visJes.

3endo um homem a#astado" Richard sempre se divertira com mulheres quedese%avam um amante por uma ou duas noites. 3a#ia que podia se divertir muito maiscom mulheres que n$o pertenciam a sua classe social" mas n$o dese%ava contrair doen-'as ven&reas.

2 %ulgar pelo langor de satisfa'$o de seu corpo" ele havia encontrado uma parceiraque gostava de se e+ercitar na cama tanto quanto ele.

<uerendo voltar aos sonhos agradáveis" apro+imou-se de quem quer queestivesse dormindo a seu lado e envolveu a cintura fina com o #ra'o.

3uspirando de satisfa'$o" sentiu a pele acetinada so# a palma. 6ma e+cita'$ofamiliar entre as pernas suscitou-lhe lem#ran'as da retri#ui'$o ardorosa e dos ca#eloscor de fogo.

Respirando fundo" ele a#riu os olhos. Mesmo em meio * pouca ilumina'$o doquarto" os ca#elos avermelhados #rilhavam so#re o travesseiro. hocado" levantou aca#e'a.

Richard n$o via mais do que os ca#elos e parte da face" mas a respira'$o profundae o estado de repouso indicavam que ela dormia. Haviam feito amor mais uma veDnaquela noite" depois de um #reve cochilo.

Richard perce#eu que #rincava com os cachos macios e interrompeu-se. 8$odeveria tê-la tocado de novo depois da primeira veD que se amaram. Mas" ao se arrastar de volta * cama" apCs ter fechado a %anela" n$o resistira ao #elo corpo adormecido.

irando-se de costas" descansou a ca#e'a so#re as m$os cruDadas no travesseiro"mantendo-as distantes da tenta'$o. 4s ca#elos ruivos e os #ei%os ardentes povoavam suamente enquanto ele tentava ignorar a crescente e+cita'$o.

omo um cora'$o frio e calculista podia esconder tanta sensualidadeQ" elepensava. <uem poderia imaginar que uma virgem responderia t$o ardentemente *s suascaríciasQ 4u que o e+citaria tantoQ

G/




(le precisava se levantar... concluiu" irritado. 6m caf& ali nas redondeDas serviacarne e cerve%a aos fregueses" at& mesmo de manh$. 3eria desagradável a noiva acordar soDinha apCs a noite de n,pcias" refletiu" ent$o endureceu o cora'$o. <uanto antes ela seacostumasse * solid$o" melhor.

(le responderia * decep'$o que ela lhe causara com indiferen'a. )retendia dei+á-la aproveitar" soDinha" o dinheiro que tanto dese%ara" pensou" com raiva. (la n$o teriamais nada dele" nem a afei'$o nem a companhia.

2gora ele tinha meios para se manter. )odia comprar uma casa em Londresgrande o #astante para que um n$o pusesse os olhos no outro. 3em mencionar umguarda-roupa e acessCrios finos" al&m de uma amante #em-relacionada. ompraria umcamarote no teatro e se divertiria nas casas noturnas enquanto sua pequena puritanaficava em casa lendo sermJes.

6ma voD longínqua lhe diDia que estava sendo cruel" mas Richard a ignorou.

(nt$o" a mesma voD lhe disse que ele devia providenciar um herdeiro. 7n,merasvisJes mundanas da esposa dominaram sua mente. !esanimado" saiu da cama e vestiu-

se em silêncio. !ecerto tinha plane%ado engravidá-la" depois de tê-la su#%ugado.8o entanto" naquele momento" precisava sair dali antes que fiDesse outra tentativa

de reproduDir. entou se convencer de que ficara tanto tempo o#servando-a apenas parase certificar de que ela n$o acordaria.

Bem mais tarde" Bethan a#riu os olhos. (spregui'ou-se e sorriu" apesar daardência entre as co+as.

onversas entre mulheres casadas haviam lhe ensinado que as o#riga'Jescon%ugais podiam levar aos tormentos do inferno ou *s delícias do paraíso. 8o caso dela"parecia ter se enquadrado na pior categoria.

irando-se" ficou surpresa ao desco#rir que Richard n$o estava a seu lado nacama. 2poiando-se no cotovelo" ouviu sons vindos da sala. 4s gritos dos mascates na ruasaudavam seus ouvidos. (la esperava que Richard tivesse comprado algo para odes%e%um" pois se sentia e+cepcionalmente faminta naquela manh$.

4 ar frio a atingiu quando ela lan'ou a colcha que a co#ria para longe. 8ua e#atendo os dentes" apanhou a #lusa do ch$o e a vestiu. 3entiu certo em#ara'o ao avistar o vestido de noiva.

Bethan compreendia o mecanismo do casamento" mas nunca imaginara que auni$o de dois corpos pudesse produDir tantas sensa'Jes maravilhosas. 8a primeira veD"ela sentira um pouco de dor" que n$o era nada em compara'$o com o que ele lhe pro-

porcionara depois. ( na segunda veD" fora somente ê+tase... 2 ternura com que fora tratada a aliviava" pois ele n$o havia aceitado #em as

mano#ras financeiras que ela impusera na casa dos BarKer.

7sso a lem#rou de que a sra. BarKer havia pedido a um criado que trou+esse suasroupas ao apartamento de Richard" logo depois que o vestido de casamento foraescolhido. )or fim" avistou um pacote so#re o #a,. 2o a#ri-lo" desco#riu seu ainda escas-so guarda-roupa" duas #elas fronhas e um len'ol de linho #ordados" presente decasamento dos BarKer.

antarolando" ela do#rou tudo e colocou so#re a cama. 8otou ent$o um segundopacote que continha vários itens de primeira necessidade que pedira.

2gradecida" vestiu mais uma veD o vestido verde de veludo so#re uma #lusa limpa.)enteou os ca#elos e prendeu-os so# uma graciosa touca" o calor espalhando-se pelo

G




seu corpo ao se lem#rar do dese%o estampado nos olhos de Richard ao soltar-lhe asmadei+as na noite anterior.

ome'ou a cantarolar outra m,sica enquanto a#ria a %anela e arrumava o quarto.!e fato" havia uma pequena mancha de sangue na colcha.

(stava terminando de reorganiDar as roupas de Richard para que so#rasse espa'o

para as suas quando ouviu a voD Dangada de Lane na escada:E enho ordens para n$o dei+ar que ningu&m entre no apartamento de milorde.

Bethan foi at& a porta enquanto voDes a#afadas argumentavam contra osprotestos do cocheiro.

(la imaginou que se tratava de um comerciante que n$o sa#ia que a condi'$ofinanceira de Richard melhorara e que tinha vindo co#rar dívidas. om a fortuna deBethan disponível" poderiam saldar tudo" mas" levando-se em conta a pilha dos d&#itos"isso levaria algum tempo.

E !ê-me passagem" companheiro. enho uma ordem de pris$o contra lorde

Harcourt" e se o senhor n$o cooperar com a lei" será preso tam#&m.Bethan tapou a #oca com a m$o. Lane parecia indiferente * amea'a.

E (stá #em" vá em frente ent$o. Mas essa ordem será in,til.

(la a%eitou a roupa. alveD" se se oferecesse para pagar a quantia em quest$onaquele dia" o comerciante diminuísse os encargos. Bethan n$o sa#ia se tal iniciativaagradaria a Richard" que n$o se encontrava em casa" ou se ele se a#orreceria pelo fatode ela ter de negociar com um credor irado.

Meneou a ca#e'a em negativa. 2 m$e costumava comentar que os homens nuncaestavam por perto quando se precisava deles. (nt$o" decidiu salvar a prCpria pele.

2 inconfundível voD da m$e soou alto do lado de fora da porta da frente.E 7n,tilQ reio que n$o" criatura miserável. 3argento" prenda-o. (le parece ser do

tipo que a%uda o patr$o a raptar uma donDela inocente para rou#ar o dinheiro dapo#reDinha. (sse aí deve ser c,mplice.

8o momento em que a ma'aneta da porta chacoalhou" Bethan correu para oquarto. 2tordoada" pensou em se esconder em#ai+o da cama" mas o #om-sensoprevaleceu" e ela concluiu que aquele seria o primeiro lugar que a m$e a procuraria.Refletindo se ca#eria dentro da arca" espiou pela porta entrea#erta do quarto.

)ara seu desespero" a m$e havia traDido refor'os. Lorde Rothle apenas

o#servava enquanto a sra. !allison discursava enfadonhamente com um policial. (" paraaumentar a indigna'$o de Bethan" lá estava o sr. 7lKston" todo vestido de preto" comosempre.

Lane" o policial e lorde Rothle e+i#iam diferentes e+pressJes de inquieta'$odiante da reprimenda da sra. !allison. 4 sr. 7lKston apenas concordava com as palavrasda m$e de Bethan" sacudindo a ca#e'a em afirmativa.

4 velho lorde" entre o pacífico oficial que gague%ava" confuso" e o fleumático Lane"parou de pedir a ela que reconsiderasse sua opini$o a respeito do so#rinho e apanhoualgo do ch$o.

(le ergueu o vestido de noiva" e Bethan fechou os olhos" apavorada.

E Milad" talveD sua filha n$o este%a aqui apesar de tudo. E (le e+aminou o tecidoclaro. E (sta pe'a n$o se enquadra no tipo de roupa que ela costuma usar.

GP




2 sra. !allison gritou e voou em dire'$o a Lane. 4 policial" demonstrando umacoragem inesperada" interpNs-se antes que ela pudesse atacar o cocheiro.

E riatura pecaminosa" diga-me onde você e seu patr$o a#ominável esconderamminha filha E (la pegou o vestido e ralhou com o oficial: E lorde Harcourt escondeminha po#re menina enquanto gasta o dinheiro de Bethan com prostitutas" e o senhor ainda fica protegendo o criado desse malditoQ

omo a m$e come'ava a imaginar coisas" Bethan engoliu em seco e respiroufundo. (la odiava o temperamento intempestivo da m$e" mas n$o podia dei+ar o po#reLane e um desconhecido * mercê da sra. !allison. !iDendo a si mesma que estavaseguramente casada" escancarou a porta do quarto.

E )or favor" devolva-me meu vestido" mam$e. E Lamentavelmente" ela falou deum sC fNlego" em veD de pronunciar as palavras no tom calmo que dese%ava.

odos na sala se viraram para Bethan. (nt$o" retraíram-se diante do grito deultra%e da m$e:

E Bethan !allison" o que isso significaQ

Bethan se agarrou * porta em #usca de apoio" mas sustentou suas palavras.

E <uero diDer que está segurando meu vestido e que n$o vou gostar nem umpouco se ele ficar amarrotado.

!iante da evidência da imoralidade da filha" a sra. !allison cam#aleou at& o #ancoe desa#ou. Bethan aproveitou a distra'$o da m$e e olhou para Lane. om um pequenoe rápido gesto de ca#e'a" feD sinal para que ele saísse da sala.

(le passou a m$o pelos ca#elos e piscou. (nt$o" movendo-se t$o discretamentequanto possível para um homem de seu tamanho" retirou-se" fechando a porta atrás de si.

Bethan voltou a aten'$o aos indese%ados visitantes. 2 m$e resmungava so#re ateimosia da filha enquanto lorde Rothle lhe assegurava que for'aria o so#rinho a secasar com Bethan. 4 sr. 7lKston feD um discurso elogiando os sentimentos maternais dasra. !allison e e+pressando preocupa'$o com a falta de moral de Bethan. 4 policialrepetia que n$o podia prender um homem que n$o se encontrava presente.

9ostassem ou n$o" aquele assunto pertencia ao passado. (ndireitando os om#ros"Bethan e+clamou:

E M$e (screvi * senhora diDendo que estava segura. 8$o rece#eu meu #ilheteQ

7gnorando a voD consternada da filha" a sra. !allison a mediu de cima a #ai+o"mordaD.

E 3eguraQ (ssa & a sua no'$o de seguran'a" e+i#indo-se neste antro dedeprava'$o como uma li#ertinaQ ( na companhia de um devasso como lorde HarcourtQ

2s palavras da sra. !allison levaram lorde Rothle a defender a honra de suafamília.

E !esculpe-me" milad" mas está sendo muito severa. Meu so#rinho n$o & pior doque muitos rapaDes londrinos. E (le fitou Bethan. E 3ua filha parece ter concordadocom a fuga. (la disse na carta que o acompanhou espontaneamente.

Bethan olhou para a m$e.

E 3e a senhora rece#eu minha mensagem" por que está aquiQ E indagou"confusa.

Lorde Rothle respondeu:

GG




Bethan quase chorou de alívio ao vê-los.

(la se soltou da m$e" que su#itamente afrou+ou a m$o" com pouco esfor'o. 4 sr.7lKston" por sua veD" n$o foi t$o facilmente intimidado e agarrou o outro #ra'o de Bethancom tanta for'a que a feD gemer de dor. 2 ponta da espada serpenteou" amea'adora"perto do pesco'o do sr. 7lKston" que recuou.

om dois passos" Richard a alcan'ou e a livrou do aperto do oponente. (la quisa#ra'ar o marido" por&m ele a dei+ou %unto ao tio enquanto em#ainhava a arma.

E 2 que devo a honra da visita de tantos parentes" queridaQ E 4 tom de voDsuave escondia o ma+ilar contraído enquanto ele esperava a resposta.

2o lado de lorde Rothle" Bethan respondeu" com voD levemente trêmula:

E <uerem me levar em#ora e anular o casamento. E 2pontou para o policial. E 2quele homem está aqui para prendê-lo por ter me raptado.

4s nCs dos dedos de Richard ficaram es#ranqui'ados so#re o ca#o da espada aomesmo tempo que ele arqueava as so#rancelhas para o sargento. 4 su%eito rechonchudo

rapidamente assegurou-lhe que a %ovem dama insistia em afirmar que n$o tinha sidofor'ada a nada. 4#servando a espada com cautela" o sargento acrescentou que aquest$o ainda estava pendente.

)ara alívio do policial" Richard soltou o punho da espada e limpou uma mancha delama de sua capa.

E (sse & um assunto a ser discutido" meu #om homem. asei-me com esta damaontem na casa do sr. BarKer" um sacerdote conhecido tanto dela quanto de sua m$e. E 2ntes que a sra. !allison pudesse protestar" ele acrescentou: E 7nclusive" o vestido denoiva está #em ali. E 7ndicou o tra%e so#re o encosto do #anco.

E ( o que ele estava faDendo no ch$o da sua sala de visitasQ

Bethan dese%ou que um #uraco se a#risse so# seus p&s e a engolisse quandoRichard respondeu * sra. !allison" com um mero dar de om#ros. Lorde Rothle sesacudiu ao conter o riso. 4 policial riu a#ertamente.

2 mulher mais velha olhou horroriDada para am#os enquanto se dava conta daverdade.

E 9arota desavergonhada 8$o pensou em minhas necessidades durante avelhice. E 2 sra. !allison tocou os olhos de leve. E ou ficar soDinha" sem qualquer compensa'$o pelos anos de cuidados dedicados a você. E 2s lágrimas amea'avam cair.

2 paciência de Bethan se esgotou.

E 4 que está diDendo n$o faD sentido. )apai lhe conferiu a propriedade rural paraseu usufruto enquanto viver. E (la se apro+imou de Richard. E 4 sr. BarKer nos casoude modo apropriado" e estou muito feliD de ter me tornado lad Harcourt. E 2ssumindoum tom #a%ulador" concluiu: E )ense em contar * viDinhan'a que agora & sogra de umlorde.

omada por aquele pensamento animador" a sra. !allison aca#ou aceitando ocasamento. (nt$o informou lorde Rothle que o esperaria na carruagem e dei+ou a sala"murmurando o nome de suas conhecidas. 2o alcan'ar o patamar da escada" %á haviadecidido quem seria a primeira a sa#er que Bethan agora pertencia a uma classe socialsuperior.

4 sr. 7lKston ainda n$o se dera por vencido. entou for'ar o policial a prender Richard" mas o sargento se recusou. (le declarou que o mandado de pris$o deveria ser

GT




cumprido somente diante de uma evidência incontestável e pediu que os dois no#rescavalheiros fossem at& a prefeitura" a fim de esclarecer o assunto o quanto antes. Richardassentiu e" para mostrar que n$o estava a#orrecido" atirou uma moeda a Lane e ordenouque levasse o policial at& a taverna mais prC+ima.

4 sr. 7lKston assistia a tudo com desgosto. )reparando-se para se retirar" paroudiante de Richard e Bethan.

E 4 senhor me rou#ou a melhor parte das vinte mil li#ras" n$oQ

(la recuou um passo" assustada com tanto veneno. Richard" por&m" o agarrou pelopesco'o.

E enha muito cuidado ao falar de meu casamento em Londres ou em qualquer outro lugar. 4fenda minha honra ou minha esposa mais uma veD e vou atrás do senhor"onde quer que este%a. E 3oltou-o t$o depressa que o outro homem deu alguns passospara trás antes de recuperar o equilí#rio.

entando reco#rar a dignidade" o sr. 7lKston se dirigiu a Bethan:

E 8$o posso felicitá-la por ter escolhido lorde Harcourt" milad. odavia" vou reDar para que" depois que ele tiver gastado todo o dinheiro que rece#eu com o casamento" asenhora se arrependa da tolice que cometeu ao ir parar na sar%eta. E 7nclinou a ca#e'a"contrariado" e saiu intempestivamente da sala" seguido pelo grito de lorde Rothle:

E olte ao lugar de onde veio" seu uru#u

2#alada pelo acesso de raiva do antigo noivo" segurou o #ra'o de Richard"enquanto ouviam o sr. 7lKston descer as escadas. 4 marido pousou a m$o so#re a dela eriu.

E 8$o & de admirar que você tenha me escolhido.

(la o olhou" estarrecida" por um instante" antes de a#ra'á-lo pelo pesco'o.E Oiquei t$o feliD com a sua chegada E (la pousou o rosto no om#ro de Richard

enquanto ele a envolvia pela cintura" hesitante.

E ive medo de aca#ar casada com o sr. 7lKston mesmo depois de tudo queaconteceu.

Lorde Rothle os o#servava" sorridente" enquanto Richard a soltava.

E )ensei que ia ter de tirar sua ca#e'a da forca" meu caro so#rinho. Mas agorave%o que está tudo #em. ocês se casaram diante do velho BarKer. E (le riu. E Ooi umgolpe de mestre" rapaD. 8$o imaginávamos que você conseguiria encontrar um pastor

que os casasse t$o depressa" muito menos um conhecido da família há tantos anos. 8emque fosse para a cama com ela.

(le #ei%ou a face corada de Bethan e lhe deu as #oas-vindas * família.

Mudando de assunto" o velho lorde sugeriu acompanhar o casal at& a prefeitura"para resolver a quest$o da ordem de pris$o. 4s três e a sra. !allison poderiam esclarecer o mal-entendido com facilidade" ele especulava. !epois convidou-os para almo'ar em suacasa.

Richard e Bethan concordaram" entusiasmados. 2panhando o in%uriado vestido denoiva" ela anunciou que ia se arrumar para a partida.

Richard o#servou a esposa entrar no quarto. <uando Lane irrompera no caf&"informando a respeito do mandado de pris$o" Richard havia decidido retornar a seuapartamento apenas para limpar o prCprio nome. <uanto * calculista Bethan" pretendia

GU




a#andoná-la * prCpria sorte.

Mas todos os planos para se manter indiferente desapareceram de sua mente aoouvir o grito aterroriDado que ela soltou. (le correu escada acima" empunhando a espadanum ato refle+o. endo-a lutar contra a m$e e 7lKston" uma f,ria intensa o atingira"paralela * satisfa'$o de sa#er que a esposa n$o queria a#andoná-lo.

)or outro lado" os protestos de Bethan" alegando estar contente com ocasamento" lhe soaram questionáveis.

om o acordo nupcial" ela havia imposto suas condi'Jes a Richard" o quesignificava que estava feliD com os termos WfinanceirosW daquela uni$o. 3ua consciência oatormentava outra veD. (la n$o tinha mencionado nada a respeito da heran'a na noiteanterior" e ele encontrara plena satisfa'$o ao lado dela na cama.

6ma leve tossidela interrompeu os pensamentos de Richard. Lorde Rothleondulava as m$os em dire'$o * lareira" aquecendo-as" enquanto falava em tom sigiloso:

E á que se casou com uma herdeira" RicKon" eu gostaria de sa#er se vocêpoderia me devolver as mil li#ras que prometi a 9loriana" como dote. om o dinheiro dos

!allison * sua disposi'$o" você pode arran%ar essa quantia mais facilmente do que eu.

)ego de surpresa pelo pedido do tio" Richard relanceou o olhar para a portaentrea#erta do quarto.

E (spero poder contri#uir com sua promessa" tio" quando chegar a hora de minhairm$ se casar. enho certeDa de que o senhor dese%a que ela encontre o melhor partidopossível.

(le gostaria de destinar parte da heran'a de Bethan para proporcionar um dotedecente a 9loriana" mas aquele maldito acordo n$o lhe permitiria faDê-lo.

2l&m do mais" seria e+ecrado se revelasse esses termos aviltantes ao tio ou a

quem quer que fosse. 3em d,vida alguma" ele seria motivo de riso se tais notícias seespalhassem.

2 conversa sussurrada terminou quando Bethan reapareceu" anunciando comalegria que estava pronta para partir. Richard analisou a e+press$o da esposa enquanto aa%udava a vestir a capa" esperando que ela n$o tivesse escutado *s escondidas a con-versa que ele tivera com o tio. (la n$o deu sinais de ter ouvido nada" e+ceto pelaseveridade dos olhos cinDentos.

2pCs a visita ao prefeito de Londres" lorde Rothle levou os rec&m-casados e a sra.!allison para almo'ar em sua casa em 3aint lement\s Lane. Lá" al&m da agradávelrefei'$o que incluía torta de peru" acompanhada de um delicioso vinho #ranco" ele#rindou * sa,de do casal" induDindo a sra. !allison a faDer o mesmo.

Bethan feD várias perguntas so#re a viDinhan'a e as propriedades disponíveispara loca'$o" por&m o velho lorde convidou o so#rinho e a esposa a se hospedar naquelacasa" que ele ocupava somente uma veD ou outra" %á que passava a maior parte do tem pono campo.

Richard a fitou com olhos enciumados. Meses antes" ele tentara o#ter"ardilosamente" aquele convite" sem sucesso. 2gora o tio se sentava de modo %ovial aolado de Bethan" es#an%ando charme.

E Oicarei feliD em dei+ar minha propriedade nas m$os de algu&m que teve uma

e+celente preceptora nas artes dom&sticas. E (le feD uma #reve reverência * sra.!allison" que sorriu com o cumprimento. (nt$o" tornou a se dirigir a Bethan: E Oiquemaqui at& que consigam se esta#elecer da melhor forma que lhes convier.

GV




)elo visto" o comentário de Bethan surtira algum efeito" pois Richard a olhou"furioso" e mudou de assunto:

E 3e n$o se importa" eu gostaria de privacidade para trocar de roupa.

(la sufocou um riso nervoso.

E (u %á imaginava. 3e fiDer a gentileDa de me avisar quando tiver terminado...

(starei na sala de estar" conversando com a governanta.3e a srta. ade estranhou o fato de lad Harcourt preferir discutir os cardápios da

semana a se vestir para o teatro" ela nada comentou. Bethan feD várias perguntas epareceu escutar atentamente enquanto os minutos se passavam. 6m interminávelmomento depois" Richard surgiu * porta. !eclarando que o quarto estava livre para ser usado" retirou-se antes que ela pudesse acusá-lo de demorar-se com o ,nico propCsito deirritá-la.

Bethan encerrou a conversa com a governanta" pedindo para que sua criadapessoal fosse ao quarto para au+iliá-la a mudar de roupa.

2ssim que chegou a seus aposentos" Oaith %á se encontrava * espera da patroa. 2 antiga camareira" encantada por tra#alhar na casa de uma família no#re"

declarou sua inten'$o de proporcionar total satisfa'$o no desempenho de suas tarefas.(la %á tinha organiDado as roupas de sua senhora em um dos dois armários que havia noquarto. 3o#re a cama" encontrava-se uma das primeiras aquisi'Jes de Bethan" umvestido de seda cor-de-rosa. Oaith feD uma #reve reverência quando a dama proferiue+clama'Jes de agradecimento * iniciativa da criada" ent$o a lem#rou de que n$o tinhamtempo a perder.

!evido * presteDa de Oaith" Bethan ficou pronta apenas quinDe minutos depois dahora estipulada para a partida. (la desceu as escadas que davam para o hall de entrada

e se apro+imou dos cavalheiros que a aguardavam. (mpertigou-se ao notar a e+press$ode desapontamento de am#os" pelo fato de ela ter conseguido se vestir #em" apesar doguarda-roupa ainda limitado.

4 vestido leve e de corte moderno e+i#ia detalhes em seda entrela'ada e umcorpete #em %usto. 4 la'o frou+o da camisa feminina dei+ava entrever a #ase do pesco'odelicado" e as mangas longas estavam ligeiramente arrega'adas. (m veD de presilhasadornadas com %Cias" ela havia enfeitado os ca#elos com fitas de cetim.

Richard" resplandecente em seu tra%e de cetim verde-acinDentado" franDiu o cenhode leve ao reparar no pesco'o e nas orelhas sem adorno da esposa.

E ocê n$o tem %CiasQ

E Mam$e n$o as aprova.

E 7sso n$o faD sentido. E 3em maiores e+plica'Jes" ele caminhou a passoslargos pelo hall e desapareceu escada acima.

Bethan encarou lorde Rothle" que meneou a ca#e'a" sem sa#er o que diDer.

ários minutos depois" Richard voltou" com uma longa corrente de ouro pendendode sua m$o.

2s pontas dos dedos dele ro'aram a pele alva enquanto ele colocava a %Cia emtorno do pesco'o de Bethan. )ondo-se de frente para ela" a%eitou-lhe os elos so#re o

peito. (la suspirou quando ele desliDou a %unta dos dedos so#re os seios macios e su#iuem dire'$o * face rosada. 4s lá#ios carnudos a centímetros dos dela a#riram-se de leve.

E amos" vamos" rapaD Haverá muito tempo para isso quando voltarmos. E

FP




Lorde Rothle #alan'ou o so#retudo so#re os om#ros. E á estamos #em atrasados. E3em esperar o casal" saiu * rua" resmungando so#re os rec&m-casados apai+onados.

4 casal o seguiu" a vergonha de Bethan aliviada pelo rosto ru#oriDado do marido.(la esqueceu o em#ara'o ao notar a liteira que a aguardava. 2ssim que Bethanagradeceu a gentileDa de lorde Rothle" ele comentou que a esposa n$o gostava de ser vista caminhando pelas ruas em seu melhor vestido. 2 seguir" ela permitiu que o velholorde a a%udasse a su#ir e fechasse a pequena porta.

4s carregadores apanharam as varas" e o pequeno grupo cruDou as ruas" comdestino ao teatro. <uando saiu da liteira" ela olhou ao redor" incerta quanto ao queesperar. 4 sol de fim de tarde #rilhava so#re a constru'$o retangular que a#rigava oteatro. 6ma multid$o rumava para lá" a p& e de liteira. 2pesar de lorde Rothle reclamar do atraso" decerto n$o seriam os ,ltimos a chegar. Homens e mulheres de todas asidades se aglomeravam * entrada" alguns usando tra%es de veludos e cetim" outros maissC#rios" usando l$ e sar%a.

3egurando-a pelo cotovelo" Richard a guiou por uma porta lateral. !o lado dedentro" su#iram a escadaria que os conduDiu a seus assentos. 6ma veD acomodados" elaolhava de um lado para outro" fascinada. 3a#ia que estava parecendo tola" mas nenhumdos companheiros a repreendeu por isso.

!eduDiu que a plataforma * frente da plateia fosse o palco" onde um quarteto dem,sicos aca#ara de tocar. 2pCs os aplausos do p,#lico" eles se curvaram para a frenteem agradecimento e recolheram seus instrumentos.

8o teto" candela#ros com in,meras velas faDiam as %Cias das damas privilegiadasreluDir. 8o andar inferior" garotas atraentes vendiam vários itens. 2 maioria de seusclientes parecia ser homens solteiros" muitos deles t$o #em-vestidos quanto os queocupavam os camarotes. Logo ficou claro para Bethan que aquelas garotas vendiammais do que os produtos em suas cestas.

4utros homens" ocupando #ancos de madeira sem encosto na concha ac,stica"demonstravam gosto mais refinado ao flertar com as damas do corredor acima. 2nte oe+cesso de reverências" relancear de olhos e #ei%os soprados entre os ocupantes dosdois andares" Bethan n$o sa#ia se ria ou se se retirava.

2s insinua'Jes continuaram mesmo apCs o início da pe'a. 4 p,#lico foisilenciando aos poucos" em#ora ao final do prClogo ela se visse sussurrando a Richardque estava tendo dificuldade de seguir a histCria" por causa das conversas paralelas e damovimenta'$o constante.

E 8a verdade" ningu&m vem ao teatro para assistir * pe'a" minha cara. E (le

moveu a ca#e'a para as pessoas na plateia. E 2 encena'$o mais interessante" em geral"& a que se dá fora do palco" e n$o so#re ele.

E 3hh E Lorde Rothle se inclinou para a frente" o olhar fi+o no ta#lado.

odos os homens presentes imitaram sua iniciativa" e o silêncio" enfim" dominou oam#iente. )arecia que a massa humana aguardava um acontecimento singular.

( foi o que ocorreu. 2 multid$o prendeu a respira'$o quando uma mulher de asassurgiu e declamou sua primeira fala. Bethan engoliu em seco. 3e a m$e ficasse sa#endoque a filha tinha assistido a uma pe'a imoral" ela seria e+ecrada.

E 6ma atriD... E sussurrou lorde Rothle ao lado de Bethan.

(la olhou de soslaio para Richard" preocupada com a rea'$o do marido quanto *atua'$o feminina. )erce#eu que ele a o#servava" divertido" em veD de assistir * cena"como se esperasse que ela desmaiasse ou pedisse para ir em#ora imediatamente.

FG




2ceitando o desafio" ela voltou a aten'$o ao desempenho da atriD.

E ocê parece n$o partilhar do espanto geral diante do fato de uma mulher atuar em p,#lico.

(la escutou o farfalhar da roupa de cetim de Harcourt enquanto ele se inclinavapara responder:

E (u costumava ir ao teatro sempre que possível na Oran'a. Lá as mulheresatuam há d&cadas. E (le feD uma pausa para o#servar a entrada da segundapersonagem feminina. E Meu !eus" nenhuma dessas duas pode ser comparada *scolegas francesas. 8em as considero t$o atraentes.

Bom, Bethan pensou" assistindo ao desenrolar da trama.

8o intervalo" Richard avistou lorde homas na plateia" com um grupo de amigos"tentando chamar sua aten'$o. !ei+ando Bethan aos cuidados do tio" desculpou-se edirigiu-se *s escadas.

8o andar de #ai+o" caminhou entre a multid$o agitada. 4s companheiros se

encontravam no mesmo lugar" a aten'$o voltada *s galerias superiores. 2ssim que viuRichard" homas se inclinou para a frente e foi logo diDendo:

E RicKon" quem & elaQ <uemQ ocê tem de nos apresentar a ela" meu amigo.

E 2 quem está se referindoQ Minha nossa" om" parece louco. E Richard sorriu"imaginando que #ela mulher havia despertado tanto o interesse do amigo. ( de todos oscompanheiros" pelo %eito.

E (u deveria #ater em você por se recusar a nos contar" seu cretino. E Lordehomas o chacoalhou" #rincando. E 2 quem mais eu poderia estar me referindo" a n$oser *quela #eldade que se encontrava a seu ladoQ

E <uêQ E Richard olhou * volta e" #oquia#erto" acomodou-se no assento queaca#ara de ser desocupado.

3entada * frente do camarote" Bethan dividia a aten'$o entre o palco e lordeRothle. (m meio *s pessoas vestidas com roupas de cores vi#rantes e e+cessivamenteadornadas" o vestido de cor suave lem#rava a luD do amanhecer. 2 luD das velas produDiarefle+os dourados nos ca#elos avermelhados. 6m dos admiradores prC+imos suspirou e acomparou * deusa da manh$.

7rritado com o elogio" Richard virou-se para o %ovem pálido.

E (la n$o & a maldita 2urora" meu camarada )or acaso" ela & lad Harcourt. E 2van'ou para o infeliD. E " e! sou lorde Harcourt.

4 rapaD pediu desculpas no mesmo instante" afastando-se devagar.

Richard olhou fi+amente para os homens que o cercavam.

E 7sso significa que vai nos apresentar a ela" ent$o. E 4 irrefreável lorde homasa%eitou o colarinho da camisa. 6ma s,#ita e+press$o de dor dominou seu #elo rosto. Eocê nos deve muito. )ensei que tivesse dito que ela era puritana" que se dedicava areDar e ler salmos.

E ( &

$o logo ele feD essa afirma'$o" a esposa o avistou em meio * multid$o.

Mesmo * distSncia" ele notou a faísca de raiva nos olhos de Bethan quando elaacenou com a ca#e'a para ele e ent$o desviou o olhar" demonstrando desinteresse.

E <ue mulher enervante (la sa#e e+atamente o que está faDendo. E 2s palavras

FF




escaparam antes que Harcourt pudesse contê-las.

om sorriu.

E !e fato" essa descri'$o & muito melhor. 2gora fa'a as apresenta'Jes" por favor.

2pesar de tanta impertinência" Richard se viu o#rigado a tornar a su#ir * galeria"seguido por um #ando de homens. Mal contendo o desagrado" apresentou-os * esposa e

o#servou-os cercá-la. onsternado" viu-a dar aten'$o a cada um dos cavalheiros.(la aceitou a aclama'$o sem favorecer nenhum deles" e+ceto lorde homas" que

se disse muito amigo de Harcourt. (la conversou com ele durante vários minutos" at& queele" cortesmente" dirigiu-se a lorde Rothle. 3C ent$o ela falou com outro rapaD.

<uando a pe'a recome'ou" Richard acompanhou os colegas at& a escadaria.Bethan o olhou de relance quando ele retornou para seu lado.

E 3eus companheiros foram muito gentis" vindo me cumprimentar.

(le ia faDer um comentário mordaD quando perce#eu que ela estava sendo sincera.Bethan considerou as aten'Jes dos cavalheiros como um gesto de generosidade em

rela'$o * esposa do amigo.(le pronunciou algumas palavras amenas e arrastou a cadeira de modo a

escondê-la dos olhos curiosos dos homens na plateia. )assou o resto da noite nacompanhia da esposa" em uma declara'$o muda de posse.

<uando a apresenta'$o chegou ao fim" ele a co#riu com a capa.

E 2quele cavalheiro moreno * nossa frente parece querer sua aten'$o.

Richard olhou na dire'$o que Bethan indicou com um gesto de ca#e'a.

!o camarote do lado oposto" 2rthur Loring feD uma reverência" sardNnico.

E 6m conhecido" ningu&m importante. E Richard cumprimentou-o com um acenode ca#e'a e ofereceu o #ra'o * esposa.

(nquanto se dirigiam * saída" ela franDiu o nariD.

E (le estava na estalagem na manh$ de nossa partida.

4 reaparecimento dos amigos feD com que Richard se esquecesse completamentedo capit$o. (les se amontoavam irritantemente ao redor de Bethan na saída do teatro.Richard levou quase meia hora para escoltá-la at& a liteira" que os aguardava na saída.

!e volta a 3aint lement]s Lane" lorde Rothle a cumprimentou pelas conquistas.

E erei muito o que contar a lad Rothle e a 9loriana quando voltar * minha casano campo. E (le sorriu. E Mas se você n$o disser nada * minha mulher so#re a atriD"tam#&m n$o comentarei nada a respeito com a sra. !allison.

Bethan aceitou o acordo sem pestane%ar.

!epois de tomar uma ta'a de vinho na companhia do casal" lorde Rothle apanhouuma das velas acesas e lhes deu #oa-noite. 4uvindo os passos do tio que se afastava"Richard de#atia consigo mesmo em pensamento.

(le tinha plane%ado dei+ar a esposa em 3aint lement]s Lane e %untar-se a lordehomas e aos amigos em uma casa de %ogo da moda. !epois de vê-la em p,#lico pelaprimeira veD" ele avaliou a natureDa feminina. 8unca havia se preocupado com isso antes"

contudo %amais pensara em se casar com nenhuma das mulheres que conhecera.4fereceu a Bethan outra ta'a de vinho" que ela aceitou. 2ssim que se serviu

tam#&m" foi se sentar em uma cadeira e quis sa#er o que ela havia achado do teatro. (la

FT




#e#ericou o vinho" pensativa" antes de responder:

E )retendo voltar. Levando em conta os sermJes que ouvi" condenando as pe'asde teatro" imaginei que fossem muito piores. 3ei que as mulheres têm uma vida li#ertinafora do palco" mas vê-las e ouvi-las me despertou para seus dilemas. E OeD uma careta.E alveD me ache tola" mas me vi na mesma situa'$o que elas algumas veDes.

E !e modo algum. 4 #om ator faD com que cada um dos espectadores acrediteque os prCprios sentimentos est$o sendo retratados. E Oitou-a nos olhos" encantado como #rilho prateado que emitiam. E ou levá-la ao teatro de novo.

(le n$o sa#ia e+plicar por que o sorriso radiante de Bethan faDia com que seucora'$o disparasse.

!iscutiram vários assuntos enquanto as velas nos casti'ais e o vinho na garrafaiam desaparecendo. <uando ela se levantou para se recolher ao quarto" cam#aleou demaneira alarmante. orrendo para au+iliá-la" Richard tam#&m se desco#riu meioem#riagado" mas no comando de seus atos. (la o agarrou pelo #ra'o antes de diDer:

E 2cho que estou um pouco DonDa" milorde. (le a conduDiu * escadaria" com uma

m$o a guiando pelo cotovelo e a outra segurando um candela#ro. 4s passos semostraram mais do que um desafio. (le mordeu o lá#io quando o corpo delgado o tocouno instante em que ela pisou em falso. 2 sensa'$o das curvas macias contra o corpomasculino contrastava com a aparência inocente de Bethan" sentada %unto a ele nocamarote horas antes" despertando um calor familiar em Richard.

(le n$o pretendia possuí-la outra veD at& que pudesse controlar o dese%o quesentia sempre que a tocava. <uerer uma mulher com tanta constSncia dei+ava umhomem desesperado. ivera algo parecido na adolescência e n$o gostaria de repetir tale+periência. !ese%ar uma mulher que o usara t$o friamente o faDia parecer um tolo.

inha-a evitado com sucesso at& aquela noite. 2gora" talveD por efeito do vinho"uma voD lhe sussurrava ao ouvido que ela era sua esposa e devia ser amada. (le deveriasentir vergonha porque a esposa que escolhera por interesse se mostrava t$o dese%ávelQ

<uando chegaram ao quarto" Richard pousou o candela#ro so#re uma mesinha deapoio" pois Bethan ainda precisava de sua a%uda. (le acordou Oaith" que dormia em umadas cadeiras prC+imas a lareira. <uando ele dispensou a criada" ela anuiu" sorrindo. 2ntesde se retirar" ela acendeu as velas so#re a mesa de ca#eceira.

Bethan passou os #ra'os ao redor do pesco'o do marido e feD #eicinho.

E )reciso de minha camareira" Richard.

(le respirou fundo e pousou as m$os na cintura delgada da esposa. (la sentiu ocalor das m$os há#eis atrav&s do tecido fino do vestido e se arrepiou. Ooi ficandoofegante * medida que os dedos masculinos desliDaram por seu corpo" su#indo emdire'$o ao rosto. (le ro'ou os polegares no quei+o delicado enquanto se inclinava para afrente. <uando falou" sua voD soou rouca de dese%o:

E ou su#stituir sua criada esta noite. E (le lhe tomou os lá#ios" e ela os a#riu de#oa vontade.

(le sentiu o sa#or do vinho tinto que haviam tomado pouco antes" e quandodesceu para sugar e mordiscar o lC#ulo da orelha de Bethan" ela aspirou o aromaalmiscarado misturado com lavanda.

Bethan parecia flutuar" mas n$o apenas por causa do efeito do vinho. 3eus seiosestavam pressionados contra o peito vigoroso enquanto ele soltava os la'os do vestido.(la sentia os mamilos intumescidos contra o corpete. 2 #oca e+periente continuava a

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e+plorar o pesco'o alvo" ignorando a corrente de ouro. (la respirava com dificuldadequando inclinou a ca#e'a para trás" atendendo a um pedido mudo do marido" que queriater total acesso *quela parte de seu corpo. 3e ela n$o tivesse se agarrado aos #ra'osmusculosos" teria caído no ch$o" com os %oelhos fracos.

2ssim que o corpete pendeu para a frente" completamente solto" ele deu um passopara trás" desliDando a pesada arma'$o pelos #ra'os de Bethan. (nt$o" prendeu ofNlego diante dos seios #em-feitos so# a camisa fina" os #icos rígidos. irculou osmamilos macios com a ponta dos dedos" passando a friccioná-los de leve.

6ma onda de calor se feD sentir entre as co+as roli'as. Bethan gemia de praDer ao perce#er a intimidade cada veD mais ,mida" devido *s carícias de Richard.

2 com#ina'$o do efeito do vinho com o toque sensual do marido feD com que elaperdesse a ini#i'$o. (nquanto as m$os másculas faDiam mágica com seu corpo" elacome'ou a desliDar o casaco de cetim pelos om#ros largos" depois pelos #ra'os fortes at&que o agasalho se amontoasse no ch$o. (nt$o" ela se voltou aos #otJes da camisa deHarcourt.

<uando a pe'a voou longe" ele lhe acariciou as curvas sinuosas" pu+ando-a paramais perto e #ei%ando-a com sofreguid$o. 7ncrivelmente e+citada" Bethan come'ou aro'ar-se contra ele. Richard gemeu e terminou de lhe arrancar o vestido. 4s olhos verdesescureceram enquanto ele fitava o corpo semivelado.

(la engoliu em seco" antecipando os acontecimentos" enquanto Richard a#ria acorrente de ouro e a %ogava so#re a pilha de tecido cor-de-rosa.

(le a #ei%ava nos seios enquanto a livrava da camisa. <uando fechou a #oca emtorno de um dos mamilos e o sugou com voracidade" ela soltou um grito rouco. (mseguida" ele desliDou o dedo indicativo em meio aos pelos castanho-avermelhados entreas pernas de Bethan" acariciando-a com intimidade.

(rguendo a ca#e'a" o#servou-a enquanto o dedo se movia ritmadamente dentrodela.

E ocê dese%a meus carinhos" Bethan. E (le ofegava. E !iga que me quer.

(la mal podia falar" trêmula.

E 3im" Richard... 4h" sim

(le retirou o dedo de repente" e Bethan gemeu em protesto. Bei%ando-a comímpeto" cam#alearam at& a cama e terminaram de tirar as roupas que fal tavam. 2pressado" Richard pu+ou a colcha para #ai+o e a%udou-a a se acomodar em meio aoslen'Cis.

)ouco depois" Richard se %untava a ela" que" depressa" o agarrou para se proteger do tecido gelado. 7nclinando a ca#e'a para trás" a fim de encará-lo" e+clamou:

E (stou com frio

4 sorriso de Richard desapareceu no mesmo instante" su#stituído por umae+press$o atenta.

E 8$o por muito tempo" Bethan... 8$o em minha cama" pelo menos.

(la o olhou" confusa" diante da inesperada seriedade do sem#lante dele.

E Realmente & uma grande #ên'$o quando marido e mulher encontram praDer na

cama.(le arqueou a so#rancelha" malicioso.

FV




E Oico feliD de ouvi-la diDer tais palavras. o#riu-a com seu corpo" a línguamergulhando" ardente" na #oca de Bethan" que retri#uía o #ei%o" sa#oreando-o" sentindo-lhe a te+tura.

(la gemeu ao sentir o calor masculino pressionando-a contra a cama macia. 2rqueou as costas de leve quando sentiu os pelos do peito musculoso contra os seios. 2sm$os pequenas percorreram as costas de Richard" indo descansar so#re as nádegasfirmes. (le sorriu e a compeliu a em#alar o mem#ro ri%o contra o #ai+o-ventre.

2poiando-se nos cotovelos e %oelhos" tra'ou um caminho de fogo ao #ei%ar o corpode Bethan" descendo em dire'$o *s pernas" mas sem dei+ar de lhe acariciar os mamilos.8o entanto" quando a #oca escaldante alcan'ou a pequena eleva'$o entre as co+as #em-torneadas" ela ficou imCvel.

E Richard" o que está faDendoQ E (rgueu a ca#e'a para vê-lo descansar o quei+oso#re os pelos levemente encaracolados.

E 2%udando minha esposa a ter praDer na cama. E 4 tom virtuoso era desmentidopelo sorriso perverso.

E á o tenho" como #em sa#e. E 4rgulhosa" tentou sair de #ai+o dele" usando asm$os para empurrá-lo.

8o mesmo instante" ele a empurrou de volta" prendendo-lhe as m$os ao lado docorpo. (la se contorceu um pouco enquanto ele a #ei%ava intimamente" sem que elapudesse escapar.

2s m$os vigorosas e os om#ros a for'aram a separar as pernas" a#rindo-ascompletamente para seu olhar e sua #oca. <ualquer tentativa de protesto a a#andonouquando a língua de Richard mergulhou dentro dela. (la arqueou os quadris" impotente"enquanto ele lhe sugava a saliência sensível e afagava a cavidade íntima. om apulsa'$o acelerada" ela pensou que fosse e+plodir ao sentir que ele inseria a língua cadaveD mais fundo" proporcionando-lhe imenso praDer.

4s primeiros tremores de ê+tase a percorreram" e no mesmo instante ele seposicionou e a penetrou com uma ,nica investida" a#afando os gritos de Bethan com#ei%os voraDes. (le intensificava as estocadas" prolongando o clíma+ da esposa" enquantoela se entregava * e+traordinária sensa'$o.

(nterrando o rosto no pesco'o macio" Richard gemeu quando ela" instintivamente"o a#ra'ou com for'a" correndo as m$os pelas costas ,midas de suor. 8o momento emque ela agarrou as nádegas firmes e as pressionou contra si" ele tam#&m alcan'ou oclíma+" lan'ando sua semente dentro dela at& que trans#ordasse.

Rela+ando" ele lhe sussurrou o nome repetidas veDes entre #ei%os na #oca e norosto. (la o #ei%ava de volta" com os dedos mergulhados nos ca#elos ondulados" at& queRichard desliDou para o lado" com um pedido de desculpas:

E )erdoe-me" do'ura. (u n$o deveria tê-la esmagado tanto...

2conchegada a ele e com os olhos %á querendo se fechar" Bethan confessou:

E 9osto de sentir seu peso so#re mim. OaD com que me sinta #em" como setivesse feito algo certo.

(le a a#ra'ou com for'a.

E 7sso & t$o incomumQ

(la fitou o dossel de madeira.

E Minha m$e aponta minhas falhas com frequência. Mas" apesar disso" acho que

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tenho dado praDer a você...

E 3im" minha doce Bethan E 2 respira'$o de Richard provocou cCcegas noouvido dela. E !e fato.

3atisfeita" ela logo adormeceu.

Cap&tulo '''

4 sucesso de lad Bethan Harcourt continuou depois de sua ida ao teatro. (mprincípio" ela n$o saía com frequência. (" se a memCria n$o estivesse falhando" nuncaficara sem companhia feminina. 2 srta. ade administrava a casa t$o #em que Bethantinha pouco com que se ocupar. (nt$o passava o tempo lendo" #ordando e faDendocompras.

OeliDmente para suas finan'as" a ,ltima atividade logo foi dei+ada de lado. antosvestidos" chap&us" luvas" meias" leques e outros acessCrios chegaram que Richard#rincou que haviam se mudado para 3aint lement]s Lane na hora certa" caso contrário

n$o teriam onde guardar tanta coisa no antigo apartamento.(le parecia ter se reconciliado com o casamento. 2pesar de ainda se vestir no

quarto de lorde Rothle" dormia regularmente na cama de Bethan" mesmo quando n$ofaDiam amor. Richard tam#&m a levou ao teatro mais uma veD" al&m de acompanhá-la aoutros tipos de divers$o apropriados a uma dama. )or&m" as aten'Jes do marido" em#ora#em-vindas" n$o compensavam a falta de conhecimento de damas adequadas.

(m certas ocasiJes" ela permitia que alguns amigos de Richard a escoltassem aoparque ou ao teatro" pois marido e mulher n$o precisavam aparecer e+clusivamente nacompanhia um do outro. OeliDmente" lorde homas propNs uma solu'$o ao dilema deBethan certa noite" no teatro" ao apresentá-la * prCpria m$e" a condessa de )lanchard" e

* irm$" a viscondessa Hanes. 2 despeito da arrogSncia aparente" as duas damas a saudaram com simpatia.

!avam a impress$o de gostar muito de Richard e logo a convidaram para passeios e %antares.

)assado o nervosismo inicial" Bethan come'ou a se divertir na companhia dasduas damas. 2penas alguns anos mais velha que Bethan" a viscondessa partilhava dotemperamento afável do irm$o" e assim que ficou sa#endo que Richard pretendia levar aesposa * corte" imediatamente se ofereceu para a%udá-la a escolher as roupas e paraensinar as regras de etiqueta necessárias. 7nclusive insistiu para que Bethan furasse asorelhas.

)or mais que Richard n$o precisasse ir * corte com regularidade" era convenienteque apresentasse a esposa ao monarca o quanto antes. OaDia cerca de três meses que o

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rei tinha reassumido o trono" mas um grande n,mero de no#res ainda se aglomerava nopalácio para ganhar a simpatia do so#erano.

8o dia indicado por Richard" Bethan se entregou aos cuidados de umaca#eleireira" enquanto Oaith aprontava o tra%e de sua senhora. Bethan %á tinha vestido acamisa" as anáguas" as meias e os sapatos so# um volumoso roup$o cor-de-rosa. 2ssimque a mulher terminou" Bethan e+aminou sua aparência em um espelho de m$o" virandoa ca#e'a de um lado para outro.

!uas pequenas mechas dos ca#elos cacheados foram presas de am#os os ladosda ca#e'a" formando pequenos an&is" enquanto a maior parte foi tran'ada e enroladacom a corrente de ouro que Richard lhe dera.

2ssim que a ca#eleireira se retirou do quarto" Oaith a%udou Bethan a terminar atediosa tarefa de se vestir. Richard entrou no e+ato momento em que a criada dava o,ltimo la'o na manga da patroa.

E (stá prontaQ E 2 voD de Harcourt soou estranhamente nervosa.

(le n$o tinha motivos para estar apreensivo. Bethan ficou sem ar ao o#servá-lo.

4 paletC de cetim #ronDe se encai+ava perfeitamente nos om#ros largosI a#erto nafrente" dei+ava * mostra parte do colete e da camisa" com#inando com a cal'a. omo decostume" ele evitava o e+cesso de fitas e #a#ados. 4s adornos consistiam em um#ordado nas cores creme e #ronDe" preso na parte superior do paletC e em umatra#alhada #ainha para sua espada.

6m la'o de cor marfim pendia da gola da camisa" completando o vestuário. (lecarregava um chap&u preto com uma pena de avestruD creme e um par de luvasenfeitadas com detalhes de metal. (la podia sentir a leve fragrSncia de Sm#ar emanandodo couro preto.

E (stá muito #em-vestido E ela elogiou com voD suave" ciente da presen'a dacamareira.

2 cor do paletC real'ava o tom dos olhos verdes de Richard. (la n$o podia dei+ar de fitá-los enquanto ele a e+aminava da ca#e'a aos p&s.

E 2ssim como você.

(la inclinou a ca#e'a" agradecendo.

(m#ora dormisse na cama de Bethan com frequência" havia noites em que elechegava tarde em casa" depois de se divertir com os amigos. (la n$o sa#ia o que Richardrealmente sentia por ela.

entando se convencer de que n$o se importava contanto que ele a tratasse com orespeito devido a uma esposa" for'ou um sorriso.

E 8em sei se conseguirei me mover com tantos enfeites.

(le a segurou pela m$o e a feD girar" imponente. 2s anáguas so# a saia de veludoamarelo farfalhavam suntuosamente" e as fitas aDul-claras das mangas da #lusa e docorpete ondulavam enquanto ela rodopiava.

E ocê causará uma Ctima impress$o. E (le arqueou as so#rancelhas ao lheo#servar os ca#elos. E Y a corrente de meu paiQ

7nvoluntariamente" ela pousou a m$o so#re os ca#elos tran'ados atrás da ca#e'a.

E 3e lhe desagrada" posso tirá-la.

2s fei'Jes ine+pressivas de Richard a alarmaram.

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!epois de alguns segundos de silêncio" como se analisasse o tempo gasto para ae+ecu'$o daquele penteado" ele meneou a ca#e'a" negando.

E 8$o" apenas nos atrasaria. Mas pe'o que n$o volte a usá-la como ornamentode ca#elo. E (le parecia um pouco a#orrecido.

Bethan concordou com a solicita'$o no mesmo instante.

E 3into muito" Richard. (u n$o sa#ia que a %Cia havia pertencido a seu pai.(le deu de om#ros.

E ocê n$o tinha como sa#er. Minha m$e foi o#rigada a vender a maioria de suas %Cias quando estávamos no e+ílio. 2ssim que ela morreu" dei #oa parte do que restou *minha irm$.

Bethan assentiu com um aceno de ca#e'a" evitando interrompê-lo. (le nuncahavia falado so#re sua vida familiar no continente.

8o momento seguinte" seu sem#lante se iluminou.

E 8a verdade" tam#&m tive minha parcela de culpa por você ter recorrido a taismedidas. E (le levantou o dedo. E Oaith" está com a cai+a que lhe dei ainda há poucoQ

3orrindo de orelha a orelha" a criada rechonchuda tirou a cai+a revestida de courode uma gaveta de roupas. )egando-a das m$os da camareira" Richard a a#riu.

Bethan arregalou os olhos. 6m par de #rincos e um colar de p&rolas e águas-marinhas repousavam so#re o forro de cetim.

E 3$o lindos. E (la os tocou" hesitante" como se temesse que desaparecessem.

!ecerto ele estava lhe dando aquele presente porque ela despertaria a curiosidadedas pessoas se aparecesse na corte sem e+i#ir nenhuma %Cia. )or&m" ao menos" ele

tinha tido o cuidado de escolher as pe'as que com#inavam com o vestido que ela usava.Bethan colocou os #rincos" su#stituindo os de ouro que Richard lhe comprara

quando ela havia furado a orelha. 2rqueou as so#rancelhas ao encará-lo.

E )ode me a%udar a pNr o colarQ

(le aquiesceu de pronto" #rincando com os fios de ca#elos na nuca da esposadepois de fechar o gancho.

(la se virou de frente e o a#ra'ou.

E Muito o#rigada 8unca tive nada t$o #onito.

E Oico satisfeito que tenha gostado. ocê nunca me pediu %Cia alguma" ent$o eun$o sa#ia se o presente lhe agradaria. E (le ofereceu o #ra'o" indicando que deviampartir.

Bethan sorriu enquanto dava o #ra'o a ele.

E (nt$o era por isso que você n$o costumava me dar %CiasQ

4 rei harles 77 mantinha uma corte muito menos solene do que o pai" mas" aindaassim" aqueles que eram levados * presen'a real se vestiam com pompa e elegSncia. 2fim de evitar que se su%assem" lad Hanes insistiu em escoltar Bethan e Richard a^hitehall" na carruagem do marido.

Bethan comentou so#re a generosidade da viscondessa enquanto aguardava" na#i#lioteca" a chegada da amiga. 2 harmonia dos Harcourt vacilou quando Richard lem#rou

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a esposa de que deviam comprar um veículo confortável para transportá-los pela cidade.

E 8$o me oponho * compra de um coche" Richard. E (la tentava manter a calmacom dificuldade.

E omo %á disse várias veDes" questiono a necessidade de uma carruagemquando ainda n$o temos uma casa permanente em Londres" e sim uma propriedade rural

em ;orKshire" que requer um veículo mais refor'ado para via%ar de um lugar a outro.E !eve se lem#rar de que propus a compra de uma carruagem para a cidade e

outra para o campo. E (le franDiu o cenho ao apoiar-se * pesada mesa de leitura" ondeela se sentava com um livro a#erto no colo.

Levantando-se da cadeira" ela %ogou o livro so#re a mesa.

E omo teremos condi'Jes de comprar uma casa para nCs aqui na cidade segastarmos nosso dinheiro com coches e cavalos para pu+á-losQ

E 8CsQ (stá se referindo a mim" n$o estáQ 8$o me lem#ro de ouvi-la oferecer umcentavo de seu precioso dinheiro para comprar uma casa

E )ropus-me a comprar uma #erlinda para viagens longas e" claro" ia a%udar nacompra da casa" usando parte de meu dinheiro. E (la tam#&m se apoiou * mesa. E Masainda nem mesmo encontramos uma que nos agrade

Richard inclinou-se para ela.

E 6ma #oa saída quando um homem tem de recorrer * esposa em #usca de a%udafinanceira. )or !eus" se a informa'$o de que tenho direito a apenas deD das vinte milli#ras que você herdou vaDasse" eu seria alvo de riso

E ( uma mulher cu%o marido controla a totalidade dos #ens que ela trou+e para ocasamento n$o & humilhadaQ E ela perguntou em voD #ai+a" fitando-o nos olhos.

E 3$o questJes #em diferentes... E Richard interrompeu-se ao ouvir a porta da#i#lioteca sendo a#erta.

2 viscondessa Hanes chegou de #ra'o dado com lorde homas" usando umvestido de tafetá esvoa'ante. (la o#servou Bethan e admirou-lhe as %Cias.

E ocê escolheu muito #em" Richard. (u n$o disse que as águas-marinhascom#inariam com o vestidoQ E 2ntes que ele pudesse a#rir a #oca para responder" elaacrescentou: E Lad Harcourt" permita-me ver a reverência que deverá faDer na cortepela ,ltima veD.

3o# os olhares atentos dos três" Bethan se inclinou para a frente de modo

e+agerado" enquanto sua saia ondulava * volta. !epois de se manter naquela posi'$odurante vários segundos" ela se endireitou.

E (sse m&rito & de todos nCs. 3omente um mês atrás" a senhora mal podia do#rar os %oelhos" e agora ve%am sC E 2 viscondessa se virou para falar com o irm$o.

E 3into-me como um macaco adestrado E sussurrou Bethan" enquanto ele aa%udava com o +ale.

E uidado com as palavras" menina E 4 sorriso de Richard se transformou emum acesso de tosse por trás da m$o enluvada.

Bethan o#servava tudo ao descer da carruagem e caminhar rumo ao palácio. 2

seu redor" uma mistura de constru'Jes compunha ^hitehall" que fervilhava de gente. 8$oapenas cortes$os e damas passavam" apressados" de um lado para outro" como tam#&mos criados reais cuidavam de seus afaDeres.

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arpinteiros" cavalari'os" lavadeiras e copeiras or#itavam em volta do rei.

2lguns pedintes tremiam em uma moita" perto da entrada pela qual a carruagemhavia aca#ado de passar. (les insultavam os guardas designados á removê-los dasimedia'Jes do palácio.

Lad Hanes os conduDia" hesitante" pelo pátio" em dire'$o * constru'$o maior"

onde se %untariam a lad )lanchard. aminhando ao lado do marido" Bethan logo sesentiu perdida em meio a tantos halls" escadarias e antessalas. (nfim" pararam diante dasala da condessa" concedida devido * morte do conde que servia harles 7.

2 vi,va de ca#elos grisalhos convidou-os a entrar e tirar os casacos antes quefossem levados * presen'a de 3ua Ma%estade. (nquanto a dama conversava com osfilhos" Bethan e+aminou o pequeno ga#inete. 2 tape'aria de cores claras que pendia deuma das paredes iluminava o am#iente desprovido de %anelas" assim como as in,merasvelas. 6ma lareira proporcionava luD e+tra e calor" am#os muito #em-vindos em um diafrio como aquele" em#ora ficasse imaginando qu$o a#afado aquele aposento devia setornar no ver$o.

(m certa ocasi$o" Bethan ficara sa#endo" por interm&dio da filha da condessa"que o conde em e+ercício se recusava a a#rigar a m$e" alegando po#reDa. Lad Hanesgostaria muito de ter levado a condessa para morar com ela" mas lorde Hanes n$o opermitira. Lorde homas" com menos posses que o irm$o" podia faDer pouco parasustentar a m$e.

(nquanto dei+avam a sala" Bethan fingiu n$o notar quando lad Hanes entregouuma pequena carteira * condessa" com um suspiro.

E 2penas uma a%uda de custo" n$o preciso desse dinheiro e meu marido nuncaficará sa#endo a respeito.

Bethan olhou de soslaio para Richard. Levando-se em conta a e+press$ocompreensiva do marido" ela concluiu que ele tam#&m havia testemunhado o gesto.

omando os devidos cuidados para n$o em#ara'ar os amigos" Bethan se inclinoupara sussurrar no ouvido de Harcourt:

E )or que ficou t$o angustiado" milordeQ ocê me reduDiria a essa mesmasitua'$o...

4lhando para a frente" ele respondeu * ironia da esposa com um murm,rio:

E 8$o me portaria de modo t$o vergonhoso com minha esposa.

E 7magino que n$o. )or&m" se eu lhe entregasse todo o meu dinheiro" você

poderia muito #em mudar de ideia" e eu ficaria t$o vulnerável quanto a condessa de)lanchard.

(m um acordo mudo" o casal caminhou atrás dos outros três" para que pudessemcontinuar a conversa sussurrada.

E (u %amais agiria de modo t$o indigno" como deve sa#er.

4 protesto de Richard mal pNde ser ouvido por Bethan. 4 ma+ilar masculinoestava visivelmente tenso.

E 4 que sei & que me sequestrou por dinheiro. ( tentou me seduDir depois de ter afirmado que n$o o faria.

(le se retraiu apCs tais acusa'Jes" mas logo se recuperou.E )ermita-me lem#rá-la de como ficou entusiasmada com o título de #aronesa"

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milad" sem mencionar meu a#ra'o. 2l&m do mais" chegou a um e+celente acordo em#enefício prCprio" no final das contas.

Bethan ignorou aquela tentativa de insulto.

E em raD$o" Richard. )or isso" n$o vivo com medo de meu marido nem precisocriar intrigas para conseguir o que quero.

E ( n$o tenho que me deitar com você para conseguir seu dinheiro. E (le paroude andar e virou-se para olhá-la de modo penetrante.

E (nt$o por que dorme comigoQ E ela o desafiou.

E )orque n$o consigo manter minhas m$os longe de você E 2fagou-a no rosto e#ei%ou-a.

(la o segurou pelos pulsos para empurrá-lo" mas ele aprofundou o #ei%o. Bethanafrou+ou os dedos enquanto retri#uía * carícia sensual.

E 4h...

3egundos depois" aturdida" perce#eu que estavam em um sal$o suntuosamentedecorado" na parte mais importante do palácio.

4s raios do sol entravam pelas %anelas" iluminando mCveis" pinturas" espelhos etudo o mais * volta. am#&m ressaltavam as roupas e %Cias dos cortes$os e das damasque aca#avam de passar pela porta. 2 %ulgar pelos risos afetados e mal-disfar'ados" asno#res criaturas tinham chegado a tempo de presenciar o indecente espetáculo. Bethanqueria que o ch$o se a#risse para que ela se escondesse de vergonha. islum#rou seurosto corado em um dos enormes espelhos.

6m homem elegantemente vestido" muito mais alto que os outros" achou asitua'$o #astante divertida" considerando o largo sorriso que tinha nos lá#ios ao se

apro+imar. Richard e lorde homas o reverenciaram" enquanto lad )lanchard e a filha seapressavam a imitar-lhes o cumprimento. 8o mesmo instante" Bethan se inclinou"horroriDada por se dar conta de que havia sido flagrada #ei%ando o marido em p,#lico" por ningu&m menos que o prCprio rei.

E Y lorde Harcourt" n$oQ E 4s dentes do monarca reluDiam. E 4 senhor solicitoua restitui'$o de sua propriedade rural em maio passadoQ

Richard assentiu.

E Oui for'ado a lhe negar uma pens$o. 6ma difícil decis$o" %á que entendo muito#em a dor de quem perde o pai. onseguiu o dinheiro necessário para restaurar apropriedadeQ

4uvindo" fascinada" a revela'$o so#re o passado de Richard" Bethanso#ressaltou-se quando ele a apresentou.

E 3anto !eus <uer diDer que estava #ei%ando sua esposaQ E o monarca#rincou.

(m#ora ele n$o fosse considerado t$o #onito quanto o irm$o mais novo" o duquede ;orK" o sorriso gentil ameniDou o em#ara'o de Bethan.

4s modos lSnguidos do rei quase n$o escondiam seu olhar de aprecia'$oenquanto avaliava as respostas de Bethan *s suas perguntas" e demasiada aten'$oemprestava a ele muito charme. Mesmo ao sa#er que a família !allison apoiara o

)arlamento durante os ,ltimos conflitos" a afa#ilidade do monarca n$o diminuiu.E (sta & a mais #ela parlamentar que %á vi. E (le piscou para Richard. E ai se

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tornar um re#eldeQ

(la interveio sem pensar:

E Muito pelo contrário" ossa Ma%estade (le agora se tornou um homema#astado.

4 rei caiu na risada.

E Muito #em" lad Harcourt" apesar disso" espero que seu marido este%a satisfeitopor ter encontrado uma #ela solu'$o para os pro#lemas que o afligiam. 2h" se todos nCstiv&ssemos a mesma sorte...

Richard se curvou * frente.

E 2penas tento promover os interesses de ossa Ma%estade da melhor formar queposso.

E 4h" era o que estava faDendo ainda há pouco" quando chegueiQ )arece-me quea %ovem dama considerou os argumentos apresentados pelo senhor #astanteconvincentes.

2inda rindo" o rei deu alguns passos e desliDou o #ra'o ao redor da cintura de umamulher lindíssima" de ca#elos avermelhados.

)edindo licen'a a seu s&quito" o monarca a escoltou para fora da sala" so# osolhares de todos os presentes.

Lad )lanchard" apro+imando-se dos Harcourt" repreendeu-os em voD #ai+a pelademonstra'$o de afeto descarada. Relanceando os olhos para o rei e a companheira quese afastavam" ela fungou:

E Mulher desagradável.

al afirma'$o feD com que lorde homas" que acompanhava a m$e" lhe apertassea m$o" advertindo-a:

E uidado" mam$e. E 3eus lá#ios quase n$o se moviam. E 3ua Ma%estade &cavalheiresco demais para punir uma mulher de língua afiada" mas Bar#ara illiers n$otem tanto escr,pulo.

Bethan o#servou o rei e a amante desaparecer pela porta. 2t& mesmo em3tanorth" tinha ouvido falar da co#i'a e do descaramento da concu#ina.

om a partida do rei" murm,rios indistintos puderam ser ouvidos no sal$o. Richarde lorde homas se afastaram para conversar com um conhecido" enquanto lad Hanesresgatava Bethan antes que esta fosse arrastada ao grupo de velhas amigas da

condessa. (la opinou que Richard estava mais romSntico nos ,ltimos tempos. Bethanadmitiu a si mesma que gostava muito dos #ei%os do marido" por&m nada comentou arespeito.

E 3e ele pretendia se comportar t$o mal" deveria ter escolhido um lugar maisreservado.

7nfeliDmente" a viscondessa interpretou de forma equivocada as palavras deBethan e a apresentou a seu círculo de amigos como uma pessoa lasciva.(nvergonhada com os comentários que o #ei%o provocou" Bethan deu um %eito de seafastar do grupo e foi at& a %anela o#servar o %ardim.

E Lad Hanes tem #oas inten'Jes" mas sua língua & incontrolável *s veDes.Bethan teve um leve so#ressalto ao ouvir as palavras murmuradas. )ara

aumentar sua ang,stia" quem se encontrava a seu lado n$o era ningu&m menos que o

TT




%anota moreno da hospedaria Bell X Moon. (le feD uma mesura elegante.

E apit$o 2rthur Loring a seu dispor" milad... (la n$o teve escolha" a n$o ser diDer seu nome antes de defender a irm$ de lorde homas.

E 3im" lad Hanes & falante. 8o entanto" e+ceto pelo desliDe de há pouco" elatem sido muito gentil comigo. 3ou contrária a críticas.

Bethan esperava que ele n$o a reconhecesse. Richard e ela %á haviam dado um#om motivo para fofocas.

E Lad Hanes me apresentou * sociedade a pedido de meu marido. E 8$oapreciando o modo com que ele a co#i'ava com os olhos" Bethan enfatiDou as ,ltimasduas palavras.

E 3ei muito #em que n$o & irm$ de Harcourt. ( devo diDer que estou surpresocom o fato de que tenha se casado com ele.

Bethan respirou com dificuldade devido ao insulto implícito. omo se tivesse sedado conta do que dissera" mais do que depressa o cavalheiro tentou reparar a ofensa:

E )erdoe-me" milad. (u apenas quis diDer que Richard Harcourt n$o & um #ompartido para uma mulher de t$o no#re caráter.

(la suspeitava de que o capit$o estivesse mentindo" por&m n$o pretendiaalimentar mais comentários imprCprios naquele dia.

E !esco#rimos que temos interesses m,tuos. ( estou muito satisfeita com acondi'$o de esposa de lorde Harcourt.

E al afirma'$o ficou #em clara quando entramos... E (le tossiu de leve. E LordeHarcourt nunca conseguiu se controlar diante de mulheres #onitas" mesmo em setratando de damas das mais altas esferas sociais.

Bethan n$o sa#ia o que a irritava mais" aquele elogio grosseiro ou a insinua'$o deque Richard era um conquistador inveterado. (la n$o controlava os passos do marido" eos galanteios daquele homem #ar#ado pouco a interessavam.

E (stou certa de que meu marido me apresentou a todos os melhores amigosdele. ( n$o me recordo de que o senhor estivesse entre eles" mas posso estar enganada.

E 2 senhora se lem#ra muito #em de %á ter me encontrado E ele sussurrou"levando-a a olhá-lo com desconfian'a. (nt$o" ele acrescentou #em devagar: E LadHarcourt" meu cora'$o padece com o fato de a senhora n$o se lem#rar de ter me visto noteatro. )assei o ,ltimo ato tentando chamar sua aten'$o. E (le passou os olhos pelosal$o. E ive de me apresentar * senhora" %á que seu estimado marido parece meio

ocupado no momento. E (le tossiu de leve enquanto olhava so#re o om#ro de Bethan.(la se virou para verificar o que se passava. Richard estava de fato ocupado" mas

n$o com os cavalheiros que lorde homas e ele tinham cumprimentado anteriormente.8aquele momento" ele estava inclinado * frente" conversando com uma mulher linda eelegante" de reluDentes ca#elos negros. (la pousou a m$o so#re o #ra'o de Richard comintimidade ao contar algo divertido" pois ele sorria e apontava o dedo para ela. 2pesar de %á n$o ser muito %ovem" nenhuma ruga marcava a pele acetinada do rosto nem dopesco'o da #eldade.

E rata-se da sra. 3had#ourne. (la e lorde Harcourt passaram muito tempo %untosno passado" em#ora ele ao menos tenha tido a decência de terminar o relacionamentocom ela antes de faDer sua mais recente visita a 3tanorth.

Bethan ficou imCvel" o estNmago se retorcendo enquanto aquele homem a

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atormentava. <uando aceitara se casar com Richard" %á esperava que ele n$o fosse ser fiel a elaI os homens em geral n$o eram leais *s esposas. Mas n$o imaginara que iria seafei'oar a ele e sentir tanto praDer a seu lado.

inha pensado que as frequentes visitas de Richard * sua cama significassem queele sentia a mesma atra'$o por ela. )elo visto" havia se enganado" concluiu ao vê-lomurmurar algo ao ouvido da mulher" que faDia #eicinho.

hocada" deduDiu que a dor que sentia no estNmago era provocada pelo ci,me.)ara piorar ainda mais seu estado de espírito" uma desco#erta ainda mais deprimente seseguiu: estava apai+onada pelo marido.

3eu orgulho o#stinado afirmou-se. (la podia n$o estar se sentindo #em fisicamentepor causa do ci,me e da humilha'$o" mas seria pre%udicada se dei+asse seussentimentos transparecer a toda aquela gente. (rguendo o quei+o" olhou * volta comdesd&m.

<uando lorde homas se apro+imou" apressado" instantes depois" ela ocumprimentou" com aparente calma. 4#viamente" ele tinha vindo resgatá-la" anunciando

que a m$e solicitava a presen'a de Bethan. (m seguida" encarou o capit$o Loring comfrieDa enquanto segurava a esposa do amigo pelo #ra'o.

E 8$o dê importSncia *s palavras de 2rthur" minha cara. (le & um típico militar"sempre * procura de um motivo para com#ater.

4 capit$o inclinou a ca#e'a de leve.

E elhos há#itos dificilmente se e+tinguem. 4 senhor poderia lem#rar Harcourt deminha predile'$o por alvos C#vios.

8$o se dignando a responder" lorde homas levou Bethan para longe dali.entando aparentar indiferen'a" ela perguntou ao lorde o que ele sa#ia so#re a sra.

3had#ourne. )elo %eito" ele a repudiava.E (la tem fi+a'$o pela alta sociedade desde que o rei reassumiu o trono. (m#ora

se%a vi,va de um parlamentar" está ávida por uma posi'$o mais elevada. asou-se comum comerciante rico e influente" n$o faD muito tempo.

E (la alguma veD pretendeu se casar com um mem#ro da no#reDaQ E Bethanignorou o #rilho no olhar de lorde homas.

(la precisava sa#er at& que ponto aquela mulher havia estado envolvida comRichard.

E 3im" infeliDmente" minha cara. 2 maioria de nCs n$o tem dinheiro suficiente para

tentar a sra. 3had#ourne. E (le #ateu de leve na m$o de Bethan. E 3im" Richard e ela %á tiveram um relacionamento amoroso" mas tenho #oas raDJes para acreditar que meuamigo está contente com sua esposa. 8$o dê aten'$o a Loring" ele provoca RicKonsempre que pode.

2ntes que Bethan fiDesse outra pergunta" ele se pNs a tecer elogios * ,ltima pe'aapresentada pelos Homens do !uque" uma companhia teatral patrocinada por rivais deRichard. 8esse momento lad Hanes se %untou a eles" tam#&m reconhecendo asuperioridade da trupe.

7mpulsivamente" Bethan prometeu faDer parte do grupo que a viscondessa estavaformando" para assistir ao espetáculo na semana seguinte.

(m contraste com a atmosfera animada que os envolveu durante a ida ao palácio"o silêncio dominou a carruagem no caminho de volta para casa. ora%osamente" ladHanes tentou aliviar a tens$o" discutindo seus planos para a e+curs$o ao teatro" por&m

TV




respeito sempre que posso.

2 em#riagueD de Richard n$o o impediu de caminhar para casa em seguran'a. 4ar frio da noite clareou um pouco seus pensamentos" e ele chegou a imaginar que poderiase entregar aos praDeres noturnos com Bethan. 2 lem#ran'a da resposta ardente daesposa *s suas carícias o animou consideravelmente. (la o dese%ara mesmo antes deterem\ se casado" quando ele n$o tinha dinheiro algum.

2ssim que entrou em casa" su#iu as escadas" cantando uma alegre can'$o. 2ochegar ao topo" ouviu um clique longínquo" vindo do quarto de Bethan. (le parou"desconfiado. aminhando a passos largos at& a porta" girou a ma'aneta. 2 porta estavatrancada.

E Bethan" a#ra a porta

E ocê está #ê#ado olte para os #ra'os da sra. 3had#ourne.

2 sClida #arreira de madeira a#afava o som da voD feminina" por&m ele conseguiuentendê-la claramente. 3ua ,nica resposta foi socar a porta" mais por frustra'$o do quepor qualquer outro motivo. 2inda assim" tentou convencê-la a dei+á-lo entrar:

E 8$o quero me deitar com Orances" quero faDer amor com você.

8em mesmo aquela declara'$o de fidelidade a persuadiu. (nt$o" ele decidiu apelar * autoridade de marido e" categCrico" ordenou que ela a#risse a porta.

E )ela ,ltima veD" n$o o quero em minha cama 3e & assim que vai me tratar" vouprocurar uma casa para mim.

(nfurecido" Richard recuou alguns passos e" com alguns pontap&s #em-posicionados" estourou a fechadura" e a porta se a#riu. Bethan" quase t$o #ranca quantosua camisola" estava de p& no meio do quarto" armada com um vaso de porcelana. (leficou parado na soleira" respirando com dificuldade.

E <uero que fique #em claro entre nCs que somos marido e mulher" apesar detodo o dinheiro que você tem em suas m$os avarentas. !escanse certa de que n$odese%o" nem preciso" impor-me a uma mulher que n$o me quer. E 4lhou-a com despreDo.E Mas n$o se tranque no quarto por minha causa" como feD com sua maldita fortuna

2ntes que ela pudesse se manifestar" ele fechou a porta com estrondo e seguiupara o quarto do tio. ogando-se na cama" sorriu alegremente ao se lem#rar do grito deraiva de Bethan.

Cap&tulo ')

4s dias que se seguiram foram os mais terríveis da vida de Bethan. Richard serecusava a e+plicar onde passava as noites. (la" por sua veD" negava-se a dei+ar oorgulho de lado para questioná-lo. !ecerto deveria agradecer por ele n$o ter esperadoque ela cumprisse os deveres de esposa mesmo quando ele se divertia com outrasmulheres. Mas sC de pensar em Richard nos #ra'os das amantes" sentia-seine+plicavelmente infeliD.

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4 modo como ele se comportava em casa a pertur#ava muito. 4 humor ca'oístafora su#stituído por uma fria polideD. (le n$o pedia nada a ela" nem faDia qualquer comentário a respeito dos afaDeres da esposa. (m certa ocasi$o" ela se %untou a ladHanes em um agradável passeio de #arco at& 9reenich. (le n$o feD nenhuma o#%e'$o.(la foi a um musical com um dos cavalheiros que Richard apresentara a ela no teatro. !enovo" ele nada disse.

8em mesmo o ruidoso conserto da porta do quarto de Bethan" durante um dospoucos períodos em que ele se encontrava em casa" o inspirou a nada mais do que umafria reclama'$o quanto ao #arulho.

$o logo os tra#alhadores dei+aram tudo em ordem e se foram" ela se fechou ládentro e se sentou * penteadeira" os punhos cerrados no colo" lutando contra as lágrimaspela indiferen'a do marido. !epois de um longo tempo" ela pousou o olhar so#re a cai+ado colar e dos #rincos que ele havia lhe dado. 2marga" imaginou se ele teria lhe dadoaquele presente se n$o tivessem ido a ^hitehall naquele dia. 3uspirou" deprimida.

!e repente" ouviu o inconfundível som dos passos de Richard na escada. (laolhou" esperan'osa" %á que eles pararam do lado de fora de sua porta. 3entiu o cora'$oapertado quando escutou o som dos passos novamente" seguido pelo ruído suave da por-ta do quarto de lorde Rothle se fechando.

Bethan pensou se" algum dia" o marido voltaria a se deitar com ela.

3eu desSnimo persistiu at& o dia da ida ao teatro" promovida por lad Hanes.)revisivelmente" Richard n$o se mostrou interessado em acompanhá-la. 2 viscondessa"cu%o círculo de amiDades incluía %ovens solteiros dispostos a passar algum tempo %untos"muito gentilmente designou lorde homas para #uscar Bethan para o %antar queantecederia a pe'a. 2t& mesmo a perspectiva de t$o agradável companhia n$o foi capaDde animá-la.

(la se sentia t$o melancClica que alegou uma dor de ca#e'a para escapar docompromisso. 2penas um #ilhete da anfitri$" pedindo sua presen'a" levou-a a mudar deideia. )arecia que o grupo corria s&rio risco de ter um n,mero desigual de damas ecavalheiros.

* * *

Richard" irritado com o contínuo dese%o que sentia por Bethan" fora caminhar no9reen )arK. 2o retornar para casa" encontrou lorde homas" que havia chegado antes doesperado. 3atisfeito com a oportunidade de falar com o amigo" convidou-o a tomar umata'a de vinho na sala de visitas. om esticou as pernas e recostou-se em uma confortávelcadeira" sa#oreando o vinho antes de cumprimentar o amigo pela deliciosa #e#ida.

E 4s m&ritos s$o de meu tio. E Richard #e#ericou o n&ctar" apreciando a fluideDda uva escura. E (le pode ser ignorante em muitos assuntos" mas seu paladar &impecável.

E !e fato E Lorde homas ergueu o copo para #rindar o ausente lorde Rothle.E )ena que você n$o vá nos acompanhar. 2 pe'a se chama 1 Amante Al!cinado. E3orriu enquanto o amigo gemia.

E <uando eu quiser assistir a uma performance de árvores dan'antes" eu oavisarei. E Richard estremeceu. E onvide-me para uma pe'a que e+ercite a mente"

n$o para um arremedo de espetáculo.E 4 #aile de máscaras" na cena final" dificilmente poderia ser considerado uma

prociss$o. 8em mesmo você pode negar que um musical tem seus encantos. 2l&m do

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mais" as damas acham lindo o ,ltimo ato.

E 7magino que Bethan n$o será diferente. E Richard fitou a ta'a de vinho. E4#rigado por cuidar dela na minha ausência" om.

E 8$o há de quê. 3ua esposa & uma criatura adorável.

2pesar do elogio" Richard notou que o amigo falava com alegria for'ada.

E Há algo erradoQ E 6ma nota de ansiedade marcou sua voD. E ocê viu algumacoisa imprCpriaQ

E 8ada que a presen'a do marido dela n$o evitasse. E Lorde homas revirou osolhos. E RicKon" se você visse a tristeDa no rosto de Bethan quando perguntam de você"aca#aria de uma veD por todas com esse %ogo est,pido entre am#os.

E 8$o se trata de um %ogo" homas" e você sa#e muito #em disso E (le #ai+ou ocopo" contendo uma impreca'$o. E (la pode se passar pela esposa a#andonada quandoestá em p,#lico" mas em casa n$o dei+ou escapar uma palavra de arrependimento por ter me e+pulsado de sua cama. 3e & isso o que ela dese%a" & o que terá.

E )or que está t$o determinado a se so#repor a uma recusa delaQ !eus sa#e quenunca ouvi nenhum dos dois admitindo estar errado" a menos que tivessem algo a ganhar com isso.

Richard #ufou" assentindo" e o amigo prosseguiu:

E (nquanto ela faD o papel da esposa a#andonada" ela se re#ai+a.

OeliDmente" a conversa havia tomado outros rumos quando Bethan surgiu" usandoum vestido de tafetá rendado. Richard apertou a #ase da ta'a em sua m$o. 4s cachos#rilhantes estavam arran%ados na parte de trás da ca#e'a" convidando-o a afagá-los. 4tra%e cinDa ressaltava o tom avermelhado dos ca#elos e a pele clara" assim como o #rilho

prateado dos olhos. 2s ,nicas pe'as coloridas que ela usava eram o colar e os #rincos de águas-

marinhas" com os quais Richard a tinha presenteado no dia em que visitaram ^hitehall.(le engoliu em seco. om o volume dos seios destacados pelo decote #ai+o" ele n$o que-ria nada mais do que carregá-la escada acima.

(m veD disso" tomou-a pela m$o e feD uma mesura" conforme ditavam as regrassociais. 6ma leve e ine#riante fragrSncia de sSndalo e+alava da pele feminina.

E (stá deslum#rante E elogiou-a antes que perce#esse o que estava diDendo.

Bethan se mostrou t$o surpresa quanto o prCprio Richard.

E 4#ri... o#rigada" milorde. E (la lhe e+aminou o rosto como se procurasse algoperdido.

Lorde homas interrompeu o momento em#ara'oso:

E RicKon" foi um praDer revê-lo" como sempre. Milad" sua capa. 4 coDinheirofrancês de minha irm$ se ofende quando os convidados se atrasam para as refei'Jes.

2ntes que ele a a%udasse a vestir o manto de veludo negro" Richard se apro+imoue tomou a iniciativa" aspirando mais uma veD o perfume da esposa.

om um gesto de ca#e'a" lorde homas aprovou a atitude do amigo" que seencontrava *s costas de Bethan" e ofereceu o #ra'o a ela" escoltando-a para fora da

sala. Richard os viu partir. 4 agradável %antar que ele havia plane%ado desfrutar na compa-nhia de vários amigos %á n$o parecia t$o atraente.

Bethan tam#&m n$o se sentia nem um pouco animada ao se sentar no camarote

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da elegante lad Hanes" no eatro 3alis#ur. 3eus acompanhantes estavam maisalegres" vários a haviam encontrado antes na companhia da viscondessa.

odavia" mesmo o clima de vivacidade que perdurara durante todo o %antar" maiscedo" n$o a tinha contagiado. <uanto * pe'a" a m,sica e os figurinos a divertiam mais doque o enredo.

E reio que foi melhor Richard n$o ter vindo conosco. om certeDa" esseespetáculo n$o lhe agradaria E lorde homas sussurrou prC+imo ao ouvido de Bethan.

E !e fato" esse n$o & o tipo de pe'a que desperta o interesse de meu marido.)ode imaginar os comentários que ele fariaQ E (la mantinha os olhos no palco enquantofalava.

Lorde homas sacudiu-se todo" contendo o riso.

E á tive esse praDer" milad.

4s atores dei+aram o palco" indicando o início do intervalo.

E 7mporta-se de caminharmos por alguns minutosQ Há um assunto que eu

gostaria de conversar consigo.Bethan concordou e levantou-se para segurá-lo pelo #ra'o. 2ssim que dei+aram o

confinamento do camarote" ele vagou pelo corredor em silêncio" como se se preparassepara um grande discurso. (sperou que homas se manifestasse" apreciando o passeioentre pessoas t$o #em-vestidas.

Minutos depois" ela decidiu a%udá-lo a criar coragem:

E Milorde" diga qual & o assunto que dese%a tratar comigo. E (la acenou a ca#e'apara um #aronete" seu conhecido. E ai aca#ar perdendo a oportunidade" ao menos at&o prC+imo intervalo. Lorde homas respirou fundo.

E enho pensado em casamento.Bethan ficou surpresa com a o#%etividade daquela afirma'$o.

E 2h... ( o que Richard acha da dama que o senhor tem em menteQ E (la oo#servou de soslaio. E 4 senhor tem algu&m em mente" n$oQ

E 3im 3im" claro. E (le tossiu" discreto. E 8a verdade" n$o contei nada aRichard ainda.

E 8$oQ E ela perguntou" desconfiada.

3e lorde homas n$o havia comentado com Richard so#re a noiva escolhida" devia

ser porque o amigo teria alguma raD$o para desaprová-la.E 4 que há de errado com elaQ

E 8ada (la & rica" #onita e afável. E Lorde homas cumprimentou duassenhoras que passavam por eles. E 2migas de minha m$e E e+plicou a Bethan em ummurm,rio.

E Mas n$o tem #er'o. E Bethan notou a ausência desse item na lista deatri#utos que seu acompanhante tecera so#re a amada.

E (la & filha de um comerciante levantino. E (le" claramente" sentia-se culpado"para irrita'$o de Bethan. E Meu irm$o desco#riu a respeito de meus sentimentos por elae recomendou que eu a apresentasse * sociedade.

E ( por que o senhor decidiu contar a mim e n$o a Richard so#re essa po#remo'aQ 3em d,vida" o senhor n$o acredita que meu marido o criticaria por querer um

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casamento de conveniência. E Bethan retri#uiu o cumprimento de uma matrona" queusava um som#rio vestido cor de #erin%ela.

E 3im. 3ou o filho mais novo" e meu irm$o quer uma mulher de posses na família.Mas" tendo-a encontrado em várias ocasiJes" achei-a t$o encantadora que seria umagrande perda para a minha vida se n$o me casasse com ela.

2 veemência do lorde surpreendeu Bethan.(la o fitou por um longo momento" com os olhos estreitados. 3e ele estivesse

fingindo" sua atua'$o superava a dos atores no palco. odavia" o charme inato e aloquacidade de lorde homas podiam ludi#riá-la.

E <uer diDer que está apai+onado por essa mo'aQ

E !o fundo da minha alma. E (le se recostou contra a parede e suspirou"sonhador. (ndireitando-se instantes depois" perguntou:

E 8$o vai contar nada a ningu&m" vaiQ

(la meneou a ca#e'a" prometendo manter silêncio.

E Oiquei tocada com sua confidência" mas por que feD essa revela'$o a mimQ (latam#&m demonstra estar interessada em vocêQ

(le sorriu com a perspicácia de Bethan.

E !e fato" ela parece corresponder aos meus sentimentos.

E )ara#&ns.

4 comentário seco perdeu-se em meio * pertur#a'$o do no#re.

E 4 senhor a ama" ela o ama" seu irm$o aprova o casamento de am#os" ent$oestá tudo #em.

E 4 pro#lema & esse. E (le #ai+ou o tom de voD. E 8$o está tudo #em. Meuirm$o aprova minha escolha" mas minha m$e e minha irm$ s$o muito arrogantes paraaceitar o ingresso da filha de um comerciante em nossa família.

E (las s$oQ 8$o & o que me parece... 2m#as me tratam com muita gentileDa.

!e repente" Bethan ficou imaginando se as duas fingiam afei'$o por ela. omo selesse seu pensamento" lorde homas #ateu de leve na m$o delicada" apoiada em seu#ra'o.

E- )or um lado" Richard e a irm$ s$o muito #em-quistos por minha m$e" e" por outro" a senhora & #em-educada e sua família tem terras. E 4s olhos aDuis de homas

cintilavam. E 2l&m do mais" para uma puritana" a senhora se adaptou de forma notávelao convívio social. E Oicou s&rio. E emo que Richard venha a suscitar a mesma quei+aso#re os conhecimentos de minha Rosalind" em#ora eu acredite que ele possa mudar deopini$o assim que a conhecer.

Levando em conta o quanto o marido estimava o amigo" Bethan o tranquiliDou aesse respeito.

E Mas n$o tenho ideia so#re o que pode ser feito quanto * condessa e ladHanes. E Bethan franDiu o cenho" com simpatia.

E 3e todo o pro#lema fosse esse... 4 pai de Rosalind se opJe ao casamento. E(le respirou fundo" indignado. E )arece que ele n$o aprova minha reputa'$o. reio queele poderia mudar de opini$o se uma dama da sociedade se tornasse amiga de Rosalinde dissesse algumas palavras favoráveis so#re a minha pessoa ao comerciante.

UG




4 lorde arqueou a so#rancelha de modo significativo.

E (u ficaria contente em a%udar" mas apenas se a mo'a assim o quiser. EBethan o alfinetou com um olhar duro. E 8$o quero tomar parte em um casamentofor'ado.

E 9aranto-lhe que n$o & esse o caso. E Lorde homas a #ei%ou na m$o"

agradecido. E (la está assistindo * pe'a desta noite. 3e me permitir" vou lhe apresentá-la no prC+imo intervalo.

4 corredor lotado havia esvaDiado" restando apenas alguns espectadores maisvagarosos. (nquanto Bethan a#anava lorde homas com o leque de modo #rincalh$o" ocapit$o Loring se apro+imava furtivamente. (le reparou que o casal estava de m$osdadas" mas n$o disse nada" apenas ergueu a so#rancelha" sardCnico" e os cumprimentoucom um aceno de ca#e'a. Bethan levantou o quei+o e o fitou" impertur#ável" enquanto aoutra m$o apertava o leque de pena de avestruD.

E Loring. E 2pCs uma #reve mesura endere'ada ao capit$o" lorde homas aconduDiu de volta ao camarote que ocupavam.

E 8$o sei por quê" mas aquele homem faD minha pele formigar E ela sussurrou"olhando em volta para se certificar de que n$o havia ningu&m sentado perto o suficientepara ouvi-la.

E (le & apenas um infeliD. Richard" Loring e eu servimos o (+&rcito francêsdurante o e+ílio do rei" mas Harcourt n$o pNde evitar um cargo oficial" e frequentementese destacava de Loring" que n$o gostava nem um pouco. 4 capit$o cria pro#lemas paraRichard sempre que pode. E homas apro+imou a ca#e'a da de Bethan enquanto aa%udava a se sentar. Respirou fundo. E 2li está ela" do nosso lado oposto.

(le moveu a cadeira de Bethan discretamente para que ela pudesse o#servar Rosalind sem ser vista e acomodou-se a seu lado.

(m um camarote quase em frente ao de lad Hanes" uma #ela %ovem sentava-seentre" um homem de meia-idade" que usava uma enorme peruca" e uma dama cu%osca#elos estavam presos no alto da ca#e'a" seguindo a ,ltima moda" e enfeitados comp&rolas" dei+ando apenas algumas mechas castanhas soltas ao redor do rosto angular.Bethan n$o conseguia identificar a cor dos olhos dela *quela distSncia" por&m eramgrandes e se arregalaram assim que encontraram os de lorde homas. <uase no mesmoinstante" ela sorriu" radiante.

E Rosalind Hunter E ele informou em um sussurro" demonstrando todo o seuencanto por ela. E 8$o & a criatura mais amável que %á viuQ

Bethan achou melhor nada diDerI preferia conhecê-la #em antes de dar suaopini$o a respeito.

(la passou o segundo ato prestando mais aten'$o ao em#as#acado lorde homas"que" com #ei%os soprados" piscadelas e discretos acenos de ca#e'a" tentava secomunicar com sua deusa. Muito apropriadamente" Rosalind mantinha os olhos no palco"a n$o ser por alguns olhares furtivos voltados para homas quando o pai pareciaconcentrado na pe'a.

2ssim que lorde homas apresentou Bethan aos Hunter" ela" sinceramente"dese%ou ser amiga de Rosalind. !e acordo com lorde homas" o sr. Hunter eraproprietário de um #anco prCspero e %á tinha casado a filha mais velha com seu futuro

sucessor. 2gora ele pensava em casar a filha mais nova com um mem#ro da aristocracia"mas queria o prCprio no#re" e n$o o irm$o de um fidalgo.

Lorde homas %á conquistara a aprova'$o da tia de Rosalind" uma mulher de meia-

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idade que se sentava %unto aos Hunter" Bethan o#servou. 2 mulher mais velha" vivendodurante d&cadas oprimida pelas regras do irm$o" dei+ara-se cativar com facilidade por lorde homas. 8a verdade" era ela que transmitia os recados entre o dois %ovensapai+onados.

E 4 sr. Hunter precisa ser convencido de que a alian'a com os 4rse lhe trarámais prestígio do que com um mero #ar$o ou visconde. E (le sorriu para Bethan. E8$o conte nada a Richard.

E 8$o" vou dei+ar essa tarefa por sua conta.

(la se recusava a a%udá-lo at& ter certeDa de que ele n$o estava manipulandoRosalind visando a interesses prCprios. (streitou os lá#ios ao lem#rar-se da perspectivade passar o resto de seus dias %unto ao sr. 7lKston. Bethan se sensi#iliDava mais com adifícil situa'$o da herdeira do que com as palavras de lorde homas.

3ua preocupa'$o com o #em-estar da garota desapareceu quando o#servou osdois %untos. 4s olhos de Rosalind" que eram e+atamente do mesmo tom aDul-celeste queo tra%e de seda que usava" n$o se afastavam" nem por um segundo" do rosto de homas"

nem mesmo quando ele a apresentou a Bethan. (m contrapartida" ele se dirigia aRosalind com ternura" #em diferente do costumeiro modo despreocupado. Bethanreparou que nenhum dos dois notara que o p,#lico * volta tinha desaparecido. 3atisfeita"decidiu desviar a aten'$o do sr. Hunter perguntando-lhe a opini$o so#re a pe'a daquelatarde.

E onfesso que" at& recentemente" eu nunca havia ido ao teatro Oui criado nocampo e n$o tive muitas oportunidades na vida.

(le discorreu so#re o respectivo poder da companhia de atores do duque e da dorei enquanto despertava a piedade dos homens da cidade por algu&m com o aDar de ter crescido em qualquer outro lugar que n$o Londres.

Bethan ganhou a aprova'$o do comerciante ao pedir ao relutante lorde homasque os dei+asse durante alguns minutos" insistindo em que as damas ansiavam por doces. <uando ele retornou" apressado" apCs ter e+ecutado sua incum#ência" o intervaloestava quase terminando. laramente satisfeito com o resultado" o sr. Hunter concordouque ela se %untasse * sua irm$ e * filha para um passeio no 9ra\s 7nn Oield dentro de trêsou quatro dias.

Bethan escutou os sussurros de protesto de lorde homas enquanto retornavam aseu grupo por tê-lo tratado de modo t$o mesquinho.

E 3hh )osso relem#rá-lo de quantas pessoas elegantes v$o passear no 9ra\s7nn OieldQ 6!nca se sa#e quem poderá se oferecer para acompanhar a srta. Hunter e atia.

(la o encarou de modo significativo at& que o rosto do amigo se iluminou.

E 4h 3em d,vida" minha irm$ e minha m$e v$o adorar respirar um pouco de ar puro. Mas" e se Rosalind %á estiver comprometidaQ

E Meu caro senhor" posso lhe garantir que" se ela %á tiver algum compromisso" trêsdias ser$o suficientes para que ela se livre dele" e & #em provável que saia para comprar um vestido novo para lhe agradar.

Bethan n$o conseguiu conter o riso diante da e+press$o surpresa de homas.

(m seguida" ela se concentrou na pe'a" n$o permitindo mais nenhum tipo deinterferência. 8os intervalos seguintes" recusou-se a ir ao encontro dos Hunter outra veD"nem consentiu que lorde homas o fiDesse.

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para entrar toda noite" ao su#ir as escadas a caminho de seu quarto" n$o indicava nadamais que frustra'$o física.

7rritado com o rumo de seus pensamentos" fitou o amigo com ar de censura.

E <ue segredo você pediu que minha esposa n$o revelasse a mimQ E (le tentouassumir um ar Dom#eteiro" mas n$o teve ê+ito.

4 rosto de om adquiriu uma e+press$o insolente mediante aquela perguntamordaD.

E 2lgo que você ficará sa#endo no devido tempo E respondeu" impassível"em#ora a postura tensa indicasse a Richard que ele n$o aprovava aquele tipo dequestionamento.

Richard recostou-se em sua cadeira. 2 resposta evasiva de homas agu'ou aindamais sua curiosidade. (le n$o pretendia discutir com seu melhor amigo por causa deBethan. 3em d,vida" desco#riria toda a verdade depois de alguns drinques.

E )or que n$o se %unta a nCs esta noiteQ ou me encontrar com HardicK no

^ooden Leg. )oderemos chamar mais algu&m para %ogar cartas conosco.E (+celente E homas e+clamou" mais rela+ado.

(le se comportou com naturalidade durante toda a noite" em#ora se esquivassedas perguntas de Richard so#re seu grande segredo. Harcourt tentou mais uma veDenquanto om e ele %ogavam cartas" e o %ovem HardicK procurava um quarto %ogador para se %untar ao trio.

E !ei+e estar" RicKon ai sa#er de tudo" espero que muito em #reve. E Lordehomas feD uma careta enquanto punham as cartas na mesa. E 8$o & possível" vocêganhou de nevo

E (stou apenas revidando sua vitCria so#re mim na semana passada. 2m#os #rindaram" erguendo as canecas de cerve%a e sorrindo.

Lorde homas colocou seu longo cachim#o na #oca e o tragou" fechando os olhosenquanto e+alava uma espessa fuma'a de ta#aco. 2o redor" um grupo deapro+imadamente doDe outros clientes fumava" acrescentando notas acres ao forte aromade l,pulo e malte da taverna. 4 cheiro de carne assada veio da #ande%a que a criadapassou carregando em dire'$o * outra mesa.

Richard franDiu o nariDI a mo'a tam#&m dei+ou o odor de suor ao passar por eles.!e repente" ele se lem#rou do perfume de sSndalo que a o#stinada esposa usava.

4s amigos de Richard ocupavam uma mesa prC+ima * lanterna que pendia de umgancho de ferro pendurado * parede. 2s velas acesas emitiam sua parcela de fuma'atam#&m" que provocava o escurecimento de parte da parede e do teto" al&m de iluminar parcialmente os clientes e as criadas que serviam *s mesas. 2s chamas refletiam umn,mero considerável de %Cias" %á que o ^ooden Leg se situava a oeste de ovent 9arden"uma área ha#itada por no#res que precisavam morar perto do )arlamento e da corte.

Richard havia prendido um volumoso ra#o de castor na a#a de seu chap&u" comum reluDente #roche de ouro. (m frente a ele" uma #ela ametista cintilava na m$o doamigo. (le acenou para a pedra envolta por uma pesada moldura de ouro.

E e%o que está faDendo #om proveito de seus ganhos e resgatou o anel de seu

pai.E 9ra'as a você e a meu irm$o" tenho um #om dinheiro para me manter. E Lorde

homas o#servou suas cartas com desgosto ao colocá-las so#re a mesa de madeira com

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várias rachaduras. E 4u" ao menos" eu tinha...

E 8$o se preocupe" pague-me assim que puder. E Richard ficou s&rio quando ooutro sorriu e sacudiu o dedo que e+i#ia o anel. E 8$o o penhore outra veD <ualquer diadesses" n$o conseguirá mais recuperá-lo. 2credite em mim" você irá se arrepender. ERetorceu os lá#ios" amargo.

E 3eus pais teriam preferido que você vendesse suas %Cias a viver em umagloriosa mis&ria" RicKon. 3e fossem vivos" teriam feito o mesmo que eu.

(le dei+ou o melancClico assunto de lado e arregalou os olhos. 2pertando o #ra'ode Richard" avisou-o:

E 8$o se vire agora" HardicK está conversando com Loring.

Richard ficou tenso. 3eu campo de vis$o incluía apenas a parede dos fundos do#ar e algumas mesasQ de am#os os lados.

E Maldi'$o 3e HardicK convidar aquele crápula para se %untar a nCs" ele comcerteDa vai aceitar. E 3eus dedos se fecharam em torno do ca#o da espada. E alveD

tenhamos oportunidade de verificar se as ha#ilidades dele melhoraram desde quelutamos na Holanda.

Lorde homas tirou o cachim#o da #oca de modo casual e tomou um longo gole decerve%a. 3eu olhar ainda estava voltado para a cena que se desenrolava atrás de Richard.

E 2 fortuna de Loring parece ter aumentado. (le está usando mais seda e %Cias doque minha m$e e minha irm$ %untas. E Bufou. E ( quem disse a ele que fitas cor dedamasco com#inam com veludo cor de vinhoQ (sse homem & um insulto * nossa vis$o.

E )rovavelmente esse modo de se vestir & fruto da prCpria imagina'$o de 2rthur E Richard murmurou. E 4s Loring nunca tiveram #om gosto para nada" apenas nuncaforam ricos o suficiente para ostentar sua vulgaridade. E (spiou o oponente com

discri'$o" endireitando-se em seguida. E Minha nossa" o que & aquiloQE omo HardicK pNde convidá-lo para se %untar a nCsQ Orancamente... quase

todo mundo na 7nglaterra sa#e da histCria de Loring com a família de milorde.

E Loring n$o tem tanto dinheiro assim. 4 rei garantiu a ele rendimento anualgra'as aos servi'os prestados pelo pai dele" mas n$o se trata de uma quantia e+or#itante.

E 8$o fa'o a menor ideia de quanto. E om deu de om#ros.

E (le %oga t$o mal quanto se veste. E Richard tam#orilou os dedos so#re a mesa.E ( o pai era o ,nico na família que apoiava o rei" o que & um completo mist&rio.

E alveD você possa questioná-lo a respeito" %á que está vindo para cá comHardicK.

4s dois amigos se puseram em alerta" em#ora a e+press$o do rosto de am#osestivesse impassível. 3ir Harr HardicK" um %ovem imponente de ca#elos castanhosondulados" tinha crescido na 7nglaterra e nem desconfiava da rivalidade entre Richard e ocapit$o. 4 rosto rosado demonstrava toda a sua satisfa'$o ao apresentar o quartointegrante do %ogo de cartas.

7gnorando o cumprimento indiferente de Richard e homas" Loring deu um grandesho ao sentar-se e a%eitar as fitas e os la'os que co#riam seus om#ros" pulsos e %oelhos.onfortavelmente acomodado" fingiu surpresa ao encarar lorde homas.

E Milorde" & muito #om vê-lo outra veD e em t$o curto espa'o de tempo. <uantagentileDa de sua parte divertir tanto lad como lorde Harcourt E 4s olhos escuros de 2rthur #rilharam" maldosos. E 2 propCsito" o que o senhor e lad Harcourt tanto

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2s consequências daquela noite n$o foram imediatas" mas Richard pegou-seo#servando tanto a esposa quanto o melhor amigo mais de perto. 8em passava por suaca#e'a suspeitar de om" por&m n$o podia dei+ar de notar que ele passava #astante

tempo na companhia de Bethan.6m passeio no 9ra\s 7nn" outra pe'a de teatro" uma pequena viagem at&

9reenich com direito a uma refei'$o em um restaurante de lá. oda veD que Richardpunha os p&s no hall" om chegava para acompanhá-la a outro passeio ou Bethanentrava" apoiada no #ra'o do amigo.

4s dois tam#&m incluíam outras pessoas em seus esquemas e com frequênciaconvidavam Richard para se %untar a eles" confortados pelo fato de que ele n$o osacompanharia. om conhecia t$o #em quanto Richard a arte de seduDir uma mulher so# onariD do mais Deloso dos guardiJes. (ntretanto" admitia que a prCpria negligênciaencora%ava Bethan a se afastar dele e se apro+imar de seu melhor amigo.

(le se recusava a confrontar os dois" so# pena de levar a esposa a pensar que eleestava com ci,me.

entava se convencer de que o aperto no peito que o incomodava era devido aofato de que o comportamento da orgulhosa Bethan podia denegrir o #om nome de suafamília.

(le continuava se comportando como antes. isitava seus caf&s favoritos para semanter informado so#re as fofocas da corte e %antar com os amigos. )assava asmadrugadas %ogando nas casas da moda" frequentando o teatro e #e#endo em tavernas"onde um aristocrata podia desfrutar de uma caneca de cerve%a sem se preocupar emmanter as aparências.

4s companheiros o criticavam porque ele n$o era mais o mesmo. ( ele alegavaque" apesar de estar na moda" n$o podia se envolver com as meretriDes su%as e doentesque e+erciam seu ofício nas tavernas.

E 4ra" ora" Harcourt 8$o o ve%o faDer nada al&m de flertar com uma mulher atraente desde que se casou. E 4 su%eito tomou um gole de sua #e#ida" sorrindo. E 8$oque o este%amos censurando. E imos lad Harcourt em 3aint ames\s )arK ontem comum de seus amigos...

4 ruído alto de metal contra metal o interrompeu. Richard se ergueu" com a espadaem punho.

E 3ugiro que n$o termine essa frase E 4 conselho dado aos #erros veio dealgum canto do sal$o e foi seguido por uma e+plos$o de risos e gargalhadas.

4 olhar do su%eito foi da lSmina cortante para o rosto de Richard. (ste n$o moveuum m,sculo sequer at& que o su%eito se dei+ou cair" afundando na cadeira e murmurandoum pedido de desculpas.

2pCs um longo silêncio" ele tornou a em#ainhar a espada e voltou * prCpria #e#ida.4s outros fregueses da taverna reconheceram que Richard agira #em ao evitar que onome da esposa fosse insultado em um lugar p,#lico.

2pesar das declara'Jes sussurradas dos amigos de Richard que n$o insinuavam

nada a respeito do comportamento inadequado da esposa do lorde" as d,vidaspersistiam. ( n$o a%udava em nada ficar imaginando por que ela passava tanto tempo nacompanhia de om e da família dele quando uma torrente de convites era enviada

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diariamente para ela. <ue 4rse passava muito menos tempo na companhia de Richardtam#&m n$o passava desperce#ido ao lorde.

Bethan foi #em-sucedida ao apro+imar Rosalind da m$e e da irm$ de lordehomas. (la desco#riu o gosto pela organiDa'$o de festas e provou ser uma anfitri$popular. om os prCprios convites procurados pela sociedade" foi inserindo a srta. Hunter e a tia nos eventos que promovia.

2 mod&stia da %ovem Rosalind evitava acusa'Jes de tentar ascender socialmente"enquanto a língua afiada da tia divertia os convidados mais espertos e espirituosos.Bethan at& mesmo apresentou o pai de Rosalind" um grande amante do teatro" a algu-mas damas e cavalheiros com entusiasmo similar. (ntre eles" estava lorde homas" queimpressionou o velho #anqueiro com seu conhecimento so#re a dramaturgia.

8enhuma das Hunter" nem Bethan" tentou esconder seus conhecimentosmoderados" o que as tornou inaceitáveis aos olhos dos fidalgos de posi'$o social maiselevada" por&m estes eram minoria. 2 maioria da no#reDa seguia a regra da corte do novorei" que determinava que qualquer pessoa vestida de modo adequado podia entrar em^hitehall e conhecer o monarca.

Bethan tirou vantagem dessa norma e levou a srta. Hunter * corte" chamando aaten'$o de lad )lanchard. (m#ora a m$e de lorde homas n$o aprovasse totalmente asorigens mercantis da mo'a" ela deu cr&dito a Rosalind por seu comportamento impecável.

E 8a verdade" a srta. Hunter poderia dar aulas de #oas maneiras a muitas damasda corte E a condessa opinou ao se sentar na sala de visitas de 3aint lement]s Lanepara degustar uma +ícara de chá.

Bethan tinha comprado um requintado %ogo de chá de porcelana e quis ostentá-lo. 2 srta. Hunter e a tia haviam aca#ado de se retirar.

Lad Hanes" que trou+era a m$e de ^hitehall" feD uma desordem parae+perimentar a #e#ida. Lad )lanchard torceu o nariD diante dos modos da filha.

E 2inda ontem ouvi uma %ovem dama de uma das melhores famílias da 7nglaterradiDer... E #ai+ou o tom de voD" faDendo com que Bethan e a viscondessa se inclinassempara a frente a fim de escutá-la E ...uma palavra o#scena. E (la estremeceu e tomou umrevigorante gole de chá.

2s duas %ovens" familiariDadas com esses termos gra'as ao eventual uso por partede seus respectivos maridos" esfor'aram-se para se manter impassíveis.

E 4 vestido da srta. Hunter era t$o agradavelmente comedido e o de melhor qualidade" entre todos que ela %á usou. E 4s olhos da condessa #rilharam" especulativos.

E Oico imaginando se homas anotou...Bethan sussurrou tal comentário de lad )lanchard ao ouvido do entusiasmado

lorde homas durante um enfadonho concerto de 4rlando 9i##ons" na casa do sr.!avenant. (la temia que em um am#iente mais restrito ele a #ei%asse no rosto com umruído t$o estalado quanto havia #ei%ado suas m$os. )or&m" sendo estreante nasociedade" de uma forma ou de outra" as más línguas n$o lhe dariam tr&gua.

<uando entrou com ímpeto na sala de %antar na tarde seguinte" interrompendo arefei'$o de Bethan" om n$o se contentou em apenas #ei%a-la no rosto. (la mal o haviacumprimentado antes que ele a pu+asse do assento e lhe desse um a#ra'o apertado.

E Bethan" você n$o vai acreditar no que aconteceu

E (stá tentando me diDer que o sr. Hunter aceitou seu pedidoQ

(la teria sorrido da e+press$o de desSnimo que de repente dominou o rosto de

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homas se ele n$o estivesse com dificuldade de respirar.

E 3im" mas como ficou sa#endoQ E 2ntes que ela pudesse tomar fNlego pararesponder" ele acrescentou: E 8$o importa" isso n$o levará a nada. )edi a m$o deRosalind esta manh$ e terminamos de fechar o acordo no %antar desta noite.

E !inheiro outra veD E ela e+clamou. E 3empre se faD a mesma pergunta

quando se trata do casamento de uma herdeira: de quanto & o dote delaQLorde homas ergueu o quei+o.

E ocê sa#e muito #em que n$o ve%o Rosalind dessa maneira. E (le a fitou nosolhos e prosseguiu com franqueDa: E (u me casaria com ela mesmo que o sr. Hunter perdesse toda a sua fortuna amanh$.

E )erdoe-me" om. 8$o tenho direito de %ulgar seus sentimentos. E Bethan seesfor'ou para conter as lágrimas que amea'avam rolar por seu rosto. E !ese%o quese%am muito feliDes.

E ocê poderia tentar se desculpar... E o rapaD propNs com suavidade" por&m ela

se ofendeu mesmo assim.E )or permitir que Richard procure sua amanteQ Oale a s&rio" om. E (la

caminhou at& a lareira e parou diante das chamas #ai+as.

E )or re%eitá-lo. E 3eguiu-a. E (le perdeu o pai aos deDoito anos" na Batalha de^orcester. !epois disso" levou a m$e e a irm$ para morar fora da 7nglaterra" mas a m$emorreu em )aris alguns anos depois. 2 sra. 3had#ourne o aceitaria de volta agora que eletem dinheiro suficiente para financiar seus gostos dispendiosos" mas ele n$o esqueceuque ela o trocou por um velhote riquíssimo.

E Mesmo que levasse em considera'$o o que aca#o de ouvir" como eu poderiame desculpar com algu&m que mal ve%oQ E Bethan franDiu o cenho.

E 4h om" ele sai de casa no final da tarde e sC volta de madrugada na maioriadas veDes. Mal olha para mim e muito menos me dirige a palavra. E (la se virou eafundou o rosto no om#ro do amigo. E omo Richard e eu pudemos chegar a essepontoQ

E ou pensar em uma saída para essa situa'$o" minha querida. E (le a afagounas costas. E 8$o & certo que você se%a t$o infeliD. alveD devesse dei+ar a cidade por alguns dias.

E 3im" para manter as aparências" parece uma e+celente ideia.

2m#os ficaram imCveis ao ouvir a voD #ai+a de Richard. Bethan se virou a tempo

de ver o marido colocar as luvas so#re a mesa. 8a Snsia de contar a ela so#re ocasamento com Rosalind" lorde homas dei+ara a porta da sala a#erta. 2pavorada" ela sedeu conta de que Richard devia ter escutado o final da conversa. Recordando-se de queestava nos #ra'os de lorde homas" ela dei+ou escapar um gemido e deu um passoatrás.

E 4h" continuem... ( perdoem-me por interromper uma cena t$o tocante. E 2pesar de aparentar calma" os olhos de Richard faiscavam perigosamente e seu rostoestava pálido.

Bethan o encarava" nervosa" temendo que ele pu+asse a espada a qualquer momento.

E 6ma cena que está interpretando mal" RicK. E Lorde homas se interpNs entreo casal.

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E 3erá" omQ E 2 risada fria de Richard ecoou pela sala. E 8unca machuqueiuma mulher na vida... á você... E (le apanhou uma luva e ia atirá-la no rosto do amigose Bethan n$o tivesse saído de trás de homas e agarrado o #ra'o de Harcourt.

E Richard" n$o ocê está completamente enganado

(le se livrou de Bethan" mas n$o desafiou o amigo. om tentou protegê-la"

empurrando-a com cuidado para o lado. Richard se lan'ou so#re ele assim que perce#euque Bethan estava fora de perigo. )or&m" ela deu um passo * frente" com os #ra'osestendidos" tentando separá-los.

E )arem com isso 4s dois s$o culpados E (la os o#servava" furiosa. E om" sevocê n$o tivesse mantido seus planos em segredo" Richard n$o estaria confundindo ascoisas agora.

E á chega. E 2 e+press$o de f,ria havia a#andonado o sem#lante de Richard. E(le inclinou a ca#e'a para a frente e agarrou uma cadeira como se quisesse se sustentar de p&. E 3ei muito #em que parte da culpa pelo que está acontecendo & minha ou" !eus#em sa#e" %á a teria espetado com minha espada aí mesmo onde está.

E Richard" por favor" dei+e-me e+plicar E 2 e+aspera'$o de Bethan aumentouapCs ouvir as palavras do marido.

E Milad" n$o posso conce#er que o que quer que tenha para me diDer possa %ustificar suas palavras e suas a'Jes de ainda há pouco. E (le ignorou os protestos daesposa para se dirigir ao amigo: E 3aia daqui. 2penas porque assumo parte da culpa por essa maldita situa'$o n$o significa que o perdoo por ter tirado vantagem da fraqueDa deminha esposa.

E 4 quêQ

4s dois homens ignoraram a rea'$o indignada de Bethan.

E 8$o vou sair daqui at& que ter certeDa de que ela estará segura com você. ELorde homas cruDou #ra'os e fi+ou o olhar em Richard.

E uro pelo t,mulo de meu pai" om. E Richard sorriu" amargo.

homas acreditou no amigo e" apCs faDer" uma #reve reverência a Bethan e umaceno de ca#e'a a Richard" a%eitou o chap&u na ca#e'a e partiu.

(la tentou se e+plicar" mas Richard a interrompeu e" a passos largos" caminhou at&o cord$o da campainha. ocou-a t$o imperiosamente que o porteiro" a governanta e at&mesmo a coDinheira correram at& a sala.

E Oa'am as malas de lad Harcourt.

Bethan afundou em uma cadeira" chocada com a ordem do marido. (le a fitou nosolhos antes de prosseguir:

E (la vai para ;orKshire amanh$ assim que raiar o dia.

Logo que os criados se foram" ela tentou" mais uma veD" contar a verdade aRichard.

E (u a vi a#ra'ada a meu melhor amigo e plane%ando fugir com ele

Richard n$o foi violento nem demonstrou nada al&m de uma fria polideD" por&mn$o permitiu que Bethan se defendesse.

E 3erá melhor afastá-la da tenta'$o. <uando nos casamos" você disse quegostaria de morar em minha propriedade rural. Muito #em... )oderá colocar em práticasuas ha#ilidades de administradora de tra#alhos dom&sticos" a fim de garantir o #om

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andamento de 9ramoor. E (le pegou suas luvas e as cal'ou. E ou pedir a Lane que aconduDa a 3tanorth. )oderá passar uma noite lá e apanhar 9loriana. (stá na hora deela voltar para casa tam#&m. ( diga * coDinheira que nCs dois faremos a ceia em casaesta noite.

(le nunca a havia olhado de modo t$o frio como naquele instante.

E 8esse meio tempo" vou precisar tomar algumas providências E acrescentouele. E reio que me entende e que vai parar de me importunar.

(m seguida" Richard deu meia-volta e a dei+ou no meio da sala" atNnita.

2m#os mal se falaram pelo resto da tarde e da noite.

<uando Richard a a%udou a su#ir no novo coche de viagem que ela haviaautoriDado o sr. Leafle a pagar" no dia seguinte" a f,ria de Bethan devido * recusa domarido em ouvi-la quase a convenceu de que tam#&m era seu dese%o ir para ;orKshire.

(la se acomodou no assento macio e o#servou Oaith" que se sentou * sua frente.4s olhos da criada estavam cheios de lágrimas diante da perspectiva de se separar de

Lane" o que irritava Bethan consideravelmente.E )are de se de#ulhar em lágrimas E (ntregou um len'o #ordado * empregada.

E 2o menos você ainda terá alguns dias com seu homem.

(sfregando os olhos" Oaith encarou a dama.

E Milad" a senhora o amaQ

Bethan n$o fingiu n$o entender a pergunta" mas falar so#re o marido apenas lhecausava uma profunda melancolia.

E )or que n$o se reconcilia com eleQ

E 2ssoe o nariD E foi a resposta seca de Bethan. 2 raiva deu for'as a Bethan para suportar a longa %ornada at& ;orKshire. 2 medida

que o coche se arrastava para o norte" seguindo pelas estradas mal-conservadas" elatentava controlar a náusea que a afligia. 8a verdade" n$o sa#ia o que era pior" se aindisposi'$o física ou a tagarelice da cunhada. (nfim" perdendo a paciência" amea'oufaDer a garota descer da carruagem e percorrer o restante do tra%eto a p&.

OeliDmente" a intimida'$o surtiu efeito at& o quinto dia de viagem. !epois de um %antar caracteriDado pelo silêncio de am#as" a noite de sono restaurou-as a ponto devoltarem a agir com civilidade.

(speravam chegar a 9ramoor antes do pNr-do-sol daquele dia" e at& mesmo o

humor de Bethan melhorou com a perspectiva do fim da %ornada. 7ncerta quanto ao queencontraria pela frente" perguntou a 9loriana so#re a propriedade. 2 delicada loirameneou a ca#e'a de um lado para o outro.

E 8$o ponho os olhos em 9ramoor desde que eu era crian'a. 8em mesmo seidescrevê-la. E 2 voD da garota assumiu um tom saudoso. E Lem#ro-me apenas dedetalhes" algumas cenas" como quando eu #rincava com minha arca de 8o& so#re o ch$ode madeira ou seguia minha m$e em suas atividades diárias. E (la apoiou o rosto noencosto macio do #anco e fechou os olhos. E (u me agarrava ao vestido de mam$eenquanto ela visitava a despensa. (la nunca permitia que eu tocasse coisa alguma por láe costumava diDer que um rem&dio tomado sem necessidade...

E ...(ra t$o perigoso quanto a doen'a. E Bethan terminou a frase e sorriu pelaprimeira veD desde que dei+ara Richard. E !eve ser uma frase comum entre as m$es. 2minha tam#&m sempre diDia isso.

VF




9loriana tam#&m sorriu" mas sua alegria logo se desvaneceu ao o#servar apaisagem ao redor.

E Y estranho voltar para casa e n$o reconhecer o caminho.

E 2inda pensa em 9ramoor como sendo seu lar depois de tantos anos ausenteQE Bethan endireitou a ca#e'a"curiosa.

-E 3im E a cunhada respondeu" enfática. E Ooi o ,nico lugar onde minha famíliaviveu unida. ( feliD.

8enhuma das duas disse mais nada por um #om tempo depois. (ventualmente"9loriana dormitava" encolhendo os p&s so# as saias. Bethan olhava pela %anela"fascinada com as colinas que se estendiam a perder de vista dos dois lados dacarruagem. (la tinha a impress$o de estarem via%ando so#re uma vastid$o verde%ante"que se elevava cada veD mais" em dire'$o ao #rilhante c&u aDul.

ários quilNmetros depois" o veículo parou no topo de uma cordilheira. 2carruagem sacudiu quando Lane desceu da #oleia. Batendo * porta" ele as convidou paraapreciar a vista.

2o descer" Bethan enfrentou o vento forte que havia soprado durante a maior parte do dia" seguida por 9loriana" que esfregava os olhos sonolentos. Lane as guiou por uma trilha durante alguns minutos. 4 caminho estreito cruDava um rio" ent$o elestomaram um caminho mais longo pela lateral do pequeno vale.

!e repente Bethan avistou uma casinha erguida %unto a um muro. Mesmo *queladistSncia" parecia estar a#andonada. Lane apontou" mas 9loriana falou primeiro:

E 9ramoor.

<uanto mais se apro+imavam" pior parecia o estado da casa. oltada para o leste"e+i#ia o pátio co#erto e aparentava estar completamente vaDia.

E Richard disse que inimigos do rei tentaram demoli-la. E 9loriana o#servou a %anelaI sua anima'$o %ovial tinha desaparecido. E 8$o fa'o a menor ideia de qu$o pertoeles chegaram de seu o#%etivo.

Oitando-a" Bethan apenas anuía" meneando a ca#e'a. 6ma pilha de entulhoindicava que n$o havia so#rado muita coisa de uma ala. 4 restante da fachadaacinDentada apresentava #uracos de #olas de canh$o e a pintura chamuscada em volta.

)ara alívio das duas" assim que o cocheiro as conduDiu por um port$o enferru%adoe dei+ou para trás a pilha de entulho" um pequeno comitê de #oas-vindas as aguardava.Richard devia ter comunicado aos criados a iminente chegada das damas. Lane as

apresentou a um ansioso casal de idade.E (ste & o sr. )latt" que era o chefe dos carpinteiros" e a sra. )latt" a coDinheira.

Lorde Harcourt n$o contratou governanta nem administrador para esta propriedade"portanto este casal cuida de tudo desde que o patr$o voltou.

4s dois criados reverenciaram as rec&m-chegadas.

E (stamos feliDes de conhecer nossa patroa" e espero que entendam se a casan$o estiver da forma como gostariam de encontrá-la E a sra. )latt falava enquanto omarido concordava solenemente" acenando a ca#e'a. E OaD apenas dois dias que fica-mos sa#endo que chegariam" e n$o temos outro tipo de carne para as refei'Jes al&m dade galinha" a n$o ser o coelho que )latt matou ontem no %ardim.

Bethan ergueu a m$o para interromper aquela torrente de palavras nervosas.

E <uer diDer que a senhora preparou uma refei'$o quente para nCsQ E (la sorriu

VT




agradou #astante.

2o ser apresentada a ele mais tarde" desco#riu que o reverendo" o sr. oKer" e aesposa tam#&m n$o pertenciam *quela regi$o.

E 2m#os somos de Lancashire" em#ora nossos dois filhos mais novos tenhamnascido aqui em 5ilpenn. E (le indicou um rapaD forte" que solenemente agarrava a

m$o da irm$ mais nova.(les se encontravam atrás do resto da congrega'$o" que se aglomerava * porta"

preparando-se para se proteger da chuva ao dei+ar o local.

(le reconheceu o nome delas" claro" e se ofereceu para lhes mostrar a pequenaigre%a enquanto as pessoas se dispersavam.

E 4#rigada" eu adoraria" mas nosso coche está * nossa espera. 3e o senhor tiver tempo num outro dia" eu gostaria muito de conhecer melhor esta igre%a. (spero que n$ose importe" 9lorianaQ E <uando se virou para a cunhada" Bethan desco#riu que a rotaestava a vários passos de distSncia" conversando com um rapaD vestido de modoelegante.

(les se encontravam parados a uma #oa distSncia um do outro" por&m Bethann$o gostou da e+press$o envergonhada do rosto da cunhada. OeliDmente" o #omreverendo perce#eu o quer a afligia e murmurou:

E rata-se de sir Oother Lam#ert" de vinte e cinco anos" que herdou do pai o títulode #aronete há dois anos. 4s Lam#ert têm sido a principal família a contri#uir com osinteresses da igre%a desde que os Harcourt a#andonaram a regi$o. 6ma família íntegra.3impatiDantes da monarquia" mas optaram por faDer alguns acordos depois de ver o queaconteceu a 9ramoor.

om o sem#lante s&rio" Bethan agradeceu as informa'Jes e foi se %untar ao

%ovem casal. 9loriana a cumprimentou com alegria.E Bethan" você nem imagina (ncontrei um velho amigo. <uero lhe apresentar

Oother... perdoe-me" sir Oother Lam#ert. 2 propriedade dele fica prC+ima ao vale. 3ir Oother" esta & minha cunhada" lad Harcourt.

4 rapaD feD uma mesura a Bethan" que n$o lhe disse nada al&m do querecomendavam as #oas maneiras. (la teve de admitir que o rapaD possuía um #elo par de olhos castanhos e parecia muito gentil e educado. 9loriana e+clamou:

E (le se lem#ra de mim e%a" ele estava me mostrando uma placa de mármorededicada * memCria de meu avN

E Y realmente encantador" minha querida" mas temos uma carruagem * nossaespera. amos. E (la feD uma #reve reverência ao #aronete.

(le desviou a aten'$o de 9loriana" diDendo que gostaria de apresentar a m$e aBethan assim que possível.

E Lamento que ela n$o tenha passado #em esta manh$ para vir ao culto" milad"mas creio que estará se sentindo melhor amanh$. 9ostaria de faDer uma visita a elaQ Eele perguntou" com tanto charme que at& mesmo Bethan teve dificuldade de recusar oconvite.

E 8$o vou prometer nada" sr. Oother. (stou certa de que encontraremos ladLam#ert no culto da prC+ima semana" se n$o antes.

9loriana e ele pareciam duas crian'as desoladas. 3ufocando o riso" Bethan voltouatrás em sua decis$o:

VV




E (stamos muito ocupadas com a reforma de nossa casa" como deve sa#er. Masvou enviar um mensageiro para que pergunte * sua m$e quando poderemos visitá-la. E(ncarando 9loriana com severidade" acrescentou: E Oa'a uma mesura ao #aronete"querida. emos de ir em#ora.

omo %á era esperado" a garota passou o tra%eto de volta para casa se reveDandoem ressaltar a falta de sensi#ilidade de Bethan e em descrever os #rilhantes olhos de sir Oother" assim como seu #elo perfil. )ara satisfa'$o da cunhada" a garota parou de faDer #eicinho ao desco#rir que a sra. )latt tinha preparado seu prato favorito: fricass# defrango com aspargos.

Mais tarde" Bethan se recolheu ao silêncio a#en'oado de seu quarto paraescrever o #ilhete a sra. Lam#ert e pensar na grandiosa tarefa de restaurar 9ramoor.

Z medida que os dias e depois as semanas se passavam" Bethan tentavaadministrar a casa t$o calmamente quanto possível naquele estado de destrui'$o. (mgeral" ela ficava horas e+aminando os livros contá#eis da propriedade. 2cordava ainda demadrugada" faDia suas ora'Jes e depois se dedicava *s tarefas listadas para aquele dia.

Logo apCs o caf& da manh$" as reuniJes come'avam. 4s campos e os pastos de 2##erl supriam as prCprias necessidadesI %á a arruinada 9ramoor causavacomplica'Jes sem fim. 2 sra. )latt com frequência tinha de esperar as entregas diárias desuprimentos para depois discutir com a patroa as refei'Jes do dia. 4s len'Cis de linhoeram t$o escassos que 9loriana e a cunhada passaram a dormir na mesma cama parapoder trocá-los com certa frequência.

2l&m da pouca comida e dos limitados tecidos de linho" a propriedade contava comuma quantidade #astante reduDida de animais. avalos" ovelhas e gado podiam ser comprados" mas os criadores co#ravam muito caro por eles. ( tais custos representavampouco se comparados aos pre'os do material de constru'$o e da m$o-de-o#ra.

9ra'as a sir Oother e * m$e dele" Bethan conheceu um construtor talentoso de8ova ;orK" que concordou em reformar 9ramoor. 4 sr. <uintan havia estudado naOran'a e na 7tália e apresentou um pro%eto atraente para a casa" que incluía uma #elafachada para o pátio" um terra'o amplo e uma arcada a#erta do lado oeste da casa.

(m uma carta enviada a Richard" ela detalhou os planos do construtor e os custosestimados" pedindo ao marido que aprovasse ou n$o a proposta. 8o entanto" ela n$orece#eu resposta alguma.

2pCs um mês de espera" decidiu por si mesma contratar os servi'os do sr. <uintan.3entindo-se na o#riga'$o de manter o marido informado quanto ao andamento das o#ras"ela escrevia a ele todas as semanas" preocupando-se em manter as cartas t$o

impessoais quanto possível. (le nunca escreveu de volta.(ntretanto" comida" tecidos" tape'arias" animais e material para constru'$o tinham

de ser comprados e transportados" gerando despesas tremendas. 4 sr. Leafle semostrou ,til mais uma veD ao enviar um funcionário a cavalo at& ela" carregando uma#olsa de ouro e uma carta de cr&dito de um #anco de 8ova ;orK. 9ra'as a ele" 9ramoor agora contava com uma considerável provis$o de dinheiro * m$o" que havia levadoapenas uma semana para chegar.

erificando as contas" Bethan entendeu o desgosto de Richard diante de suainsistência em ficar com metade da fortuna que o pai dei+ara a ela. endo as terrasarrendadas em situa'$o deplorável" ela perce#eu que os pequenos rendimentos oriundos

dos alugu&is iam cessar em um futuro prC+imo. (nt$o" perguntou a Richard" por meio deuma carta" se ele permitiria que ela perdoasse os alugu&is dos seis meses seguintes. 8$orece#endo resposta alguma da parte dele" ela mais uma veD tomou a decis$o por conta

100




prCpria" e pensava em estender o período de isen'$o para os prC+imos doDe meses.

Cap&tulo )'

Richard amassou e formou uma #ola de papel com as cartas mais recentes deBethan. (stava a um passo de atirá-la ao fogo crepitante da lareira quando se deteve epNs-se a caminhar pela sala de leitura da pequena casa que tinha alugado pouco tempoantes. 2s correspondências ainda chegavam ao endere'o de 3aint lement\s Lane" masele achava insuportável ficar hospedado na casa do tio sem Bethan.

2tirando o chuma'o de papel ao lado da mesa" apanhou uma garrafa de vinho e seserviu de uma ta'a. !epois de murmurar uma maldi'$o so#re esposas em geral e suao#stinada mulher em particular" voltou a peram#ular pela sala.

4 dese%o ardente chegava a ponto de lhe tensionar os quadris. 6m homem sensatose aliviaria com uma prostituta ou com uma das muitas mulheres casadas e infeliDes deLondres. 2margo" amaldi'oou-se tam#&m. 6m homem de #om-senso n$o teria se casadocom uma mulher como Bethan: ardorosa na cama" mas fria ao tomar decisJes.

2s cartas que %ogara fora comprovavam seu ponto de vista pois n$o continhamuma ,nica palavra que revelasse que ela sentia saudade do marido. 2penas detalhavamos reparos em 9ramoor" que ela havia autoriDado" pedindo a opini$o dele. 2parente-mente" ela se dedicava com afinco ao retorno da vida no campo.

Richard n$o via como responder a questJes que considerava apenas retCricas. 2scartas evidenciavam uma mulher inteligente e capaD de administrar com eficiência osprCprios negCcios" mesmo se mostrando indiferente a ele. 2 infeliD se consideravaautossuficiente

(le olhou para a garrafa de vinho em sua m$o" surpreso por vê-la vaDia outra veD.3entando-se em uma cadeira" tentou ler um livro pelo qual %á havia perdido o interesseduas veDes. (m geral" %untava-se aos amigos para se divertir noite afora quando esse tipode inquieta'$o o dominava" mas ainda assim n$o conseguia se livrar do mau humor

infame. 2 luD dan'ava so#re o livro em seu colo enquanto ele fitava o fogo.Lorde homas n$o dava sinais de um homem privado de sua amante" o que tanto

aliviava quanto irritava Richard. 3e tivesse certeDa de que havia tirado as conclusJeserradas so#re a esposa e om" ele pediria desculpas de imediato. Oerira o prCprio orgulhoao mandar Bethan para o campo. islum#rando-a" de olhos fechados enquanto om a#ei%ava no topo da ca#e'a" atirou o livro longe. Recostou-se * cadeira e lutou paracontrolar a ira e o desespero que o consumiam.

3erá que ela sentia falta de om em 9ramoor ao passo que este se divertia emLondresQ 4 ,nico motivo que impedia Harcourt de desafiar lorde homas para um dueloera sa#er que tal atitude destruiria a reputa'$o de Bethan.

2 pior coisa era quando o marido sentia mais falta da esposa do que o amantedela.

2lgu&m #ateu com for'a * porta" no andar de #ai+o. Richard sorriu" melancClico.

101




(le havia dispensado os criados mais cedo aquela noite" e n$o dese%ava companhiaalguma no momento.

E )elo amor de !eus" vá em#ora E 3eu grito n$o podia ser ouvido lá de #ai+o" eas #atidas vigorosas continuaram a a#orrecê-lo.

(+clamou" satisfeito" quando elas por fim cessaram.

7nstantes depois" um inconfundível golpe de machado so#re madeira rever#eroupela casa.

E <ue dia#os está acontecendoQ

Richard se levantou da cadeira e desceu ao andar t&rreo" dando de cara com a#alaustrada do modesto hall de entrada. 4s peda'os da porta da frente da casa estavamespalhados para todos os lados. !e repente" vários soldados irromperam pelo v$o a#erto. 2o ver Richard" detiveram-se" sustentando lan'as e ala#ardas" enquanto o capit$o seapro+imava de Richard.

2 voD furiosa do lorde interrompeu a #reve calmaria:

E 4 que significa essa invas$oQ4s olhos de 2rthur Loring cintilaram" Dom#ando de Richard" ao tirar o chap&u da

ca#e'a e cumprimentá-lo.

E <ue agradável recep'$o" Harcourt. E (le apontou o p& da escadaria com aespada empunhada e ordenou: E )rendam-no.

!esarmado" Richard n$o tinha chance de se defender de quatro homens quedispararam a passos largos em sua dire'$o" por&m" sem se atemoriDar" ele golpeouha#ilmente o primeiro no quei+o e deu um pontap& em outro" lan'ando-o al&m da#alaustrada. !e repente" foi surpreendido por um #rutamontes que o golpeou na lateral do

rosto. 2tirado de costas contra dois soldados" Richard sentiu seus #ra'os presos %unto aocorpo. 2inda tentou" sem sucesso" deter o punho cerrado que sa#ia que o atingiria noestNmago. <uase vomitando por causa do soco" foi atirado ao ch$o do hall.

E <ue %ogo & esse" LoringQ

E 2penas uma #rincadeira #o#a perante !eus. E 4lhou torto para o rival. E 8$opretendo faDer nada al&m de prender um traidor.

Richard tentou se arremeter contra 2rthur" por&m os soldados empurraram o lordepara trás.

E )or qual motivo fraudadoQ

E )arece que sua ausência no com#ate * revolta de enner em %aneiro levantouas suspeitas da corte. E Loring riu de modo desagradável.

E 3a#e muito #em que minha ausência n$o está relacionada... E Richardinterrompeu-se.

Loring tinha pleno conhecimento de que Harcourt n$o havia cometido nenhum atodesleal.

E 3im" sei que estava na companhia de certa %ovem... E (ncarou o oponente comolhos maldosos. E !eclare-se culpado e aceite sua e+ecu'$o" talveD assim ningu&mou'a nada a respeito de sua... c,mplice.

4 cora'$o de Richard quase parou. Loring sugeria algo muito pior do que a ruínasocial de Bethan. (le estava faDendo uma amea'a contra a vida dela. 3entiu o estNmagorevirar ante a possi#ilidade de o corpo esquarte%ado da esposa ser lan'ado *s chamas de

10/




uma fogueira.

Loring deu um passo * frente" a voD #ai+ando at& se transformar em um sussurro:

E )e'o que envie uma carta a ;orKshire. 3e sua pequena %ade aparecer emLondres" acredite" vou prendê-la tam#&m.

Richard engoliu o Cdio. 3e ele revelasse que Bethan havia estado em sua

companhia" n$o tinha d,vida de que Loring a mandaria para a cadeia tam#&m. ( anatureDa re#elde da esposa a tornaria um alvo fácil demais para as acusa'Jes do capit$o.

2 menos que um milagre ocorresse" Richard seria e+ecutado dentro de um mês. 2ose casar com Bethan" ele %urara protegê-la de corpo e alma. ( assim o faria.

2lguns dias depois de ser preso" Richard vagava por sua cela na torre. 2 condi'$ode no#re lhe conferia o direito de esperar por sua morte quase certa em uma salasimples" por&m agradável. Mo#iliada com uma cama estreita" mesa e armários de madei-ra escura" superava o apartamento para onde levara Bethan ao chegarem a Londres.

(le pensava nela com muita dor. alveD tivesse sido uma #ên'$o disfar'ada o fato

de os dois terem se separado com raiva um do outro. 2o menos" desse modo" ela n$oviria socorrê-lo" e sua vida estaria salva. (le ficou imaginando o que escreveria para elaantes que fosse e+ecutado. 4 ruído da chave girando na fechadura interrompeu suasrefle+Jes. 4s costumes permitiam que lhe levassem comida" vinho" roupas" livros" desdeque ele provesse o pagamento pelas entregas. 8aquele dia esperava uma arca com seuspertences. 6m guarda a#riu a porta e entrou.

7ncapaD de suportar o inevitável olhar do carreteiro" Richard foi at& a %anela daorre erde.

E )onha o #a, aos p&s da cama E pediu.

E 3e & o que dese%a... mas seria mais sensato usar a mesa.

Richard virou a ca#e'a e encarou o locutor. 4 guarda feD uma mesura e relem#roua Harcourt que estaria do lado de fora da sala" dei+ando-o soDinho com o visitante emseguida.

Lorde homas a#riu uma garrafa de cerve%a e serviu duas canecas.

E )ensei que você estivesse sentindo falta de sua esposa neste momento" mas"encontrando-se preso" parece e+cessivo. E (stendeu uma caneca a Richard.

E 4 que está faDendo aquiQ E (le ignorou a #e#ida oferecida.

E (u tinha esperan'a de pedir a você que me apoiasse. E homas engoliu em

seco. E Mas creio que n$o poderá comparecer a meu casamento.Richard afundou em uma cadeira" esfregando a testa.

E ai se casarQ

E 4h... 3anto !eus E (rgueu a ca#e'a com um sorriso amargo. E 2o contráriode minha esposa" ao menos sou capaD de pedir seu perd$o pessoalmente.

homas ondulou a m$o para o lado" como se n$o desse importSncia ao fato.

E 3alvamos a vida um do outro tantas veDes que n$o devemos guardar rancor por esse motivo isolado. (m seu lugar" eu poderia muito #em ter pensado a mesma coisa.

6m leve sorriso escapou dos lá#ios de Richard.

E (u estaria mentindo se dissesse que n$o gostaria que você pudesse me a%udar a sair dessa confus$o. )or&m" isso n$o vem ao caso. Oale-me so#re sua dama.

10




estendia at& o final da casa" onde o sr. <uintan havia dito que os danos eram irreparáveis.4s homens tiveram de derru#ar as paredes enfraquecidas antes de reconstruí-las. 6m#ando de tra#alhadores %á tinha removido o entulho" pedras de todos os tipos e vigas"para reutiliDa'$o.

Replantar os %ardins provou-se estar longe de ser mais encora%ador. Mesmo depoisde capinar as ervas daninhas dos canteiros ornamentais com passeios gramados" asplantas se encontravam e+cessivamente altas para discernir as esp&cies. (nt$o" Bethanencontrou um fino diário de capa de couro" escondido no fundo da gaveta de umaescrivaninha.

)ertencera * m$e de Richard" uma talentosa her#orista amadora" e apresentavavários es#o'os.

Baseada nessas informa'Jes" ela ordenou que os canteiros fossem pro%etados epodados de acordo com a vontade da antecessora. omo 9loriana tinha mencionado" am$e amara 9ramoor" e Bethan se sentia na o#riga'$o de e+ecutar tais dese%os.

2s ,ltimas páginas do diário da antiga lad Harcourt e+i#iam ilustra'Jes da família.

4 pai de Richard podia ser visto em uma delas" mais moreno que o filho" por&m de físicosimilar. )rC+ima a ele" sentava-se a espirituosa 9loriana" cu%o temperamento e+trovertidoera perceptível desde a infSncia.

Bethan demorou-se #astante na página que diDia: WRichard" 1/ anosW. (le %á e+i#iao mesmo charme e a mesma aura fantástica da irm$" mas o orgulho perceptível na formacomo erguia o quei+o e nos olhos #rilhantes tam#&m havia se desenvolvido.

(la caminhou al&m das cercas vivas podadas" rumo ao pequeno sal$o de festas"no final da primeira ala. om frequência" ela levava um livro ou um #ordado para passar uma hora ali" sossegada. 8aquele dia" apenas se sentaria e apreciaria a vista de9ramoor durante um #om tempo. 2o se apro+imar da pequena estrutura #ranca" ouviu

sussurros que vinham da porta entrea#erta.3eus lá#ios se estreitaram. Reconheceu facilmente a voD da cunhada e de sir

Oother. 4 %ovem #aronete se apegava a qualquer prete+to para visitar 9loriana. 2s saiasse moveram rapidamente so#re os p&s de Bethan" enquanto ela se apressava" pre-tendendo dar a am#os uma puni'$o por se encontrarem *s escondidas. 2ntes de entrar"espiou pelo v$o da porta e quase desmaiou" horroriDada.

!eitado no ch$o" em estado de completa nudeD" em#ora estivesse"misericordiosamente" co#erto por seu manto" Oother apoiava-se so#re o cotovelo" com orosto s&rio enquanto acariciava uma mecha dourada so#re a face de 9loriana. (la estavaestendida ao lado dele" o vestido e a anágua amontoados ao lado.

E 3anto !eus" o que vocês fiDeramQ

9loriana gritou e pu+ou o manto para se co#rir tam#&m" enquanto Oother passavaos #ra'os ao redor da amada de forma protetora.

Bethan cam#aleou ao tentar se apro+imar.

6m fren&tico ruído de tecido veio de dentro do cNmodo" seguido de algumasimpreca'Jes" antes que o casal surgisse. 2t& lá" Bethan %á havia se acalmado.

E (+pliquem-se E 2 voD estrondosa assustou a ela mesma.

2 inerente suavidade de Oother o a#andonou" mas o descaramento de 9loriana

permanecia intacto.E Oother e eu fiDemos amor e queremos nos casar. E (la encarou Bethan com

ousadia.

10G




E asar 3erá um milagre se Richard n$o o espetar com a espada no instante emque ficar sa#endo disso E (la voltou sua ira contra o rapaD: E ( quanto ao senhor" quetipo de homem denigre a reputa'$o de uma mulher que alega amarQ !everia seenvergonhar

E 8$o sou uma mulher desonrada E 2 voD de 9loriana tam#&m aumentava. E8em estou grávida

Bethan teve de cerrar os punhos para tentar controlar a vontade de dar umas#oas palmadas" naquela garota atrevida.

E ( como sa#eQ

E (ssa & a quest$o" minha querida 9loriana E Oother decidiu falar por fim. ELad Harcourt está certa" n$o temos como sa#er... ( estou cansado de esperar achegada de seu irm$o. ou a Londres e a pedirei em casamento lá mesmo.

Bethan o fitou" com frieDa.

E (nt$o" sugiro que o fa'a imediatamente" senhor. ( n$o torne a procurar 9loriana

sem a permiss$o de lorde Harcourt" E 4utro pensamento assustador veio * mente deBethan. E ( se estiver grávida" 9loriaQ Richard irá me matar por ter sido t$o descuidadacom você.

4 episCdio terminou com Oother correndo em dire'$o a seu cavalo" amarrado naparte dos fundos do %ardim. (nquanto isso" Bethan quase arrastou 9loriana de volta paracasa.

E )are com esse grito estridente E (la pu+ou a garota" que resistia a andar" ereDou para que Richard concordasse com o casamento" tanto pela reputa'$o de 9lorianaquanto pela prCpria paD de espírito. E ocê & capaD de faDer at& mesmo um san to perder a paciência.

8a manh$ seguinte" chegou uma mensagem de Oother" anunciando sua partidapara Londres. 9loriana acenou a m$o" animada" so# o nariD de Bethan. <uando estamencionou a possi#ilidade de Richard n$o concordar com o casamento" a garota replicou"depressa:

E (le vai aceitar onhecemos os Lam#ert há anos" e Oother n$o precisa de umdote su#stancial para vivermos no campo.

2tNnita" Bethan o#servou a garota que tinha morado com os Rothle e queansiava por ir a Londres.

E &us" você o ama...

E 3im E 9loriana disse apenas.(las n$o esperavam notícias de Oother antes de quinDe dias. <uando uma criada

o anunciou durante o %antar" mal passada uma semana" as duas Harcourt seentreolharam" surpresas. 9loriana imediatamente se apressou ao hall de entrada pararece#ê-lo" enquanto Bethan adotara um passo mais dignificante.

(la parou a uma curta distSncia do rec&m-chegado. (m#ora claramenteentusiasmado com a presen'a de 9loriana" a lama seca lhe maculava o tra%e" e os olhosavermelhados indicavam que ele tinha dormido muito pouco.

E (le concordou com o casamento" meu amor. E 2 e+press$o preocupada do

rapaD n$o se alterou apesar de ter #ei%ado a amada ruidosamente.(la ergueu a ca#e'a em uma pergunta muda. )assando o #ra'o em torno de

9loria" ele se apro+imou de Bethan" demonstrando toda a sua preocupa'$o.

10F




E (ncontrei lorde Harcourt na orre de Londres.

9loriana apertou o #ra'o do futuro marido enquanto Bethan agarrava o pilar"tentando manter o equilí#rio.

E 6m tal de capit$o Loring o acusou de a%udar a <uinta Monarquia depois darevolta de %aneiro" parece que logo em seguida lorde Harcourt foi" preso na torre e

ningu&m que o conhe'a pode provar seu paradeiro" nem o que ele faDia na ocasi$o. (leserá investigado antes que o rei dê a senten'a final.

Bethan se esfor'ava para compreender as palavras de Oother.

E Mas quem acreditaria que Richard n$o foi leal ao reiQ

(le meneou a ca#e'a em negativa.

E om certeDa" nenhum de seus amigos. )or&m" eles n$o podem evitar o %ulgamento.

7gnorando a presen'a" dos criados" Oother virou-se para confortar a noiva. 3eussussurros se misturaram aos solu'os de 9loriana.

Bethan" por sua veD" continuava imCvel" incapaD de diDer ou pensar algo coerente.!e repente" pNs-se a chorar e a murmurar sons ininteligíveis enquanto ideias confusas lheinvadiam a mente. !urante seu e+ílio em 9ramoor" a esperan'a de que o marido viesse* faDenda dava for'as a ela para que seguisse em frente. 8o fundo" havia se convencidode que conseguiria reconquistar a afei'$o de Richard.

8aquele instante" n$o podia nem pensar na possi#ilidade de nunca mais vê-lo. 3Cde imaginar Harcourt sendo enforcado" ela estremeceu. 8$o importava qu$o in%ustasfossem as acusa'Jes de infidelidade" ele n$o merecia a morte destinada aos traidores.

E ou a Londres. )osso dar o áli#i que meu marido tanto necessita...

9loriana se afastou do om#ro do noivo" com olhos lacrime%antes.E Mesmo que consiga chegar antes do %ulgamento" a viagem a dei+ará de#ilitada

demais para a%udá-lo.

Bethan a#riu a #oca para contra-argumentar" mas a seu lado" Oaith falou primeiro:

E 2 menina está certa" milad. 8$o estou diDendo que a senhora n$o deva tentar"mas dificilmente chegaria a tempo" e menos ainda em condi'Jes de faDer alguma coisa.E 4 rosto arredondado se franDiu pensativamente. E 2 menos que... E (la mordeu olá#io.

Bethan aguardou" mas a criada ainda hesitava.

E 4 quêQ !iga de uma veD

E 2 menos que a senhora vá a cavalo" e n$o de carruagem. E Oaith retorcia asm$os so#re o avental.

E 2 cavaloQ E Bethan deu alguns passos pela sala" considerando apossi#ilidade. E 3eria um convite para que todos os #andidos da 7nglaterra mea#ordassem.

6ma incomum nota de e+aspera'$o se insinuou na voD da mulher mais velha:

E 8$o estaria soDinha" madame. Levaria alguns empregados armados.

E 4uvi muitas histCrias so#re ataques de #ár#aros a mulheres via%antes" mesmoquando escoltadas. E (nt$o" uma s,#ita solu'$o lhe veio * mente: E 2 menos que eucavalgue at& Londres usando roupas masculinas.

10T




so# ordens estritas para que n$o fosse acordada.

7ntensificando o nervosismo de Bethan" o lacaio havia levado tempo demais pararetornar com a mensagem de lorde homas. 2pCs colocar o recado do lorde na m$o delad Harcourt" o criado aceitou a generosa gor%eta com uma simpática reverência e seafastou" satisfeitíssimo com a fortuna que tinha na m$o.

4 #ilhete do no#re n$o contara muitas novidades" e+ceto ao diDer que a escoltaria* corte do rei antes da hora do %antar. 2 acusa'$o feita contra Richard se #aseavaprincipalmente nas afirma'Jes de 2rthur Loring" ele acrescentara" e temia que o %ulgamento n$o tivesse sido favorável a Richard no dia anterior. )arecia que o capit$o sepreparara #em para o caso.

2ssim que escutou as #atidas na porta da frente" ela se dirigiu" apressada" ao hallde entrada. Mal o mordomo havia rece#ido lorde homas" ela lhe pediu que fosse levada* corte de imediato. erminando de amarrar a capa ao pesco'o" foi conduDida porta afora.(stava inclinada a recusar a liteira que ele tinha contratado" por&m o lorde insistiu paraque ela a aceitasse.

E 3e pretende testemunhar a favor de Richard no tri#unal" n$o poderá seapresentar diante do rei su%a e amarrotada por causa do tra%eto. E (le a e+aminou daca#e'a aos p&s" satisfeito" enquanto a a%udava a se acomodar na cadeira. E <ue #omque está vestida de maneira adequada

4s ca#elos ruivos foram presos de forma conveniente so# a touca" e um par de#rincos e corrente de ouro a enfeitavam sem e+travagSncia. (stava vestida de formamodesta" mas ningu&m a confundiria com uma re#elde.

4 cheiro f&tido do rio invadiu as narinas de Bethan no instante em que lordehomas voltou a a#rir a porta da liteira. (les se encontravam no topo de uma escadariaque conduDia * plataforma de em#arque e desem#arque. 2#ai+o" #arcos e #arca'as

aguardavam os vários passageiros" al&m de muitos esquifes e pequenos #otes quetransportavam apenas um ou dois passageiros por veD.

(le a conduDiu escada a#ai+o" rumo a uma das pequenas em#arca'Jes" ecumprimentou o #arqueiro" parando a seu lado.

E Bom dia" acK. 4#rigado por esperar que eu retornasse.

7ndiferente * sauda'$o afável" o homem mi,do afrou+ou a corda do ancoradouro.

E usta um +elim por passageiro. amos partir.

2costumado * lendária falta de educa'$o dos #arqueiros de Londres" lordehomas ignorou o comentário rude e se preparou para su#ir a #ordo" atrás de Bethan.

2o avistar um #arco ultrapassá-los com seus dois remadores" ela ficou imaginandose n$o deveriam ter tomado um daqueles. 4#servando-a do assento" na popa" lordehomas a tranquiliDou.

E acK alor & o #arqueiro mais rápido deste rio. (le nos levará a ^estminster mais depressa e mais secos do que qualquer outro. 2inda mais por dois +elins.

4 lacNnico acK apanhou as proferidas moedas #rilhantes da m$o do lorde.

E ( nunca sofri um acidente na vida.

6ma veD que os passageiros estavam acomodados" ele soltou as cordas

completamente" e ent$o se lan'aram * correnteDa.(m#ora o #arqueiro estivesse inspirado pelo dinheiro e+tra que havia co#rado para

faDer a travessia e remasse com entusiasmo" a #reve viagem demorou demais para a

10V




ansiosa Bethan. 8ingu&m pronunciou uma palavra enquanto acK guiava o pequeno#arco ha#ilmente e ultrapassava as em#arca'Jes mais lentas de todos os tamanhos.(nfim" o )alácio de ^estminster surgiu adiante" cercado por diversos telhados. Remandoo esquife em dire'$o ao cais de madeira encravado na costa" o proprietário o mano#roude modo a facilitar o desem#arque dos passageiros.

Lorde homas a a%udou a sair do pequeno #arco. 2garrando-o pelo #ra'o com umadas m$os" ela caminhou pela em#arca'$o com dificuldade" %á que o esquife sacudia emtodas as dire'Jes. om a outra" ela erguia as saias para n$o molhá-las nem su%á-las delama. 2ssim que ela se viu so#re a plataforma" acK partiu em #usca de outrospassageiros.

3u#indo os degraus de pedra co#ertos de musgo" eles se apressaram entre amultid$o que transitava pelo pátio do ^estminster Hall. (la se mantinha agarrada ao#ra'o de lorde homas" temendo se perder em meio aos transeuntes" enquantopassavam pela porta da entrada arqueada.

)ara perple+idade de Bethan" al&m dos oficiais e funcionários do governo quecirculavam pelo hall" havia ali #arracas de mercadorias e sua freguesia. 2lguns" comoaqueles que vendiam penas para escrita e livros" tinham rela'$o com o tri#unal de %usti'a.)or&m" a maioria comercialiDava mercadorias lu+uosas. )ares de luvas elegantemente#ordadas encontravam-se dispostos so#re um #alc$o" enquanto" ao lado" uma senhoraDelava por uma significativa provis$o de meias de seda. 2s pessoas iam de uma #anca aoutra" comparando mercadorias e pre'os.

Bethan estremeceu. 3C pensar naquele com&rcio a apenas alguns passos deonde uma corte decidia se homens viveriam ou seriam mortos a aterroriDava.

(m meio * multid$o" ela n$o se importou com o fato de lorde homas a guiar pelocotovelo. (sfor'ou-se para escutar o que ele lhe diDia ao ouvido * medida que seapro+imavam do final do e+tenso hall:

E 4 presidente do 3upremo ri#unal & sir Ro#ert Ooster. (le & monarquista desdeque o primeiro rei harles assumiu o poder e favorece as testemunhas da oroa a pontode #eirar a cegueira.

(les entraram no pr&dio.

E !everá ter cuidado com ele E lorde homas prosseguiu. E 2 maior esperan'ade RicKon & um testemunho que desacredite a acusa'$o de Loring.

!esanimada" Bethan moveu a ca#e'a em afirmativa enquanto seguia ao lado deseu acompanhante.

E Mas" sem sa#er e+atamente o que o capit$o disse so#re Richard" como podereicontestá-loQ

Lorde homas parou %unto a um pilar de pedra e fitou a vastid$o do teto acima.

(la o encarava" ansiosa.

E ocê estava com Richard naquele dia e pode atestar o que ele faDia na ocasi$o.E (le pousou as m$os so#re os om#ros de Bethan. E Lamento lhe diDer" mas hárumores so#re sua partida da cidade. 4 mundo a vê como a esposa enganada" e seuretorno para testemunhar a favor de Harcourt irá conferir mais peso *s suas palavras. E4s olhos aDuis se tornaram turvos. E 8a verdade" a metade deles vai pensar que vocêirá se manifestar a favor do enforcamento de Richard.

(la empalideceu diante de tal ideia" e n$o compreendeu as palavras seguintes dehomas a princípio.

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E Milad" amo RicKon como a um irm$o e conhe'o muito #em os defeitos dele. (le& capaD de admitir facilmente quando está errado" mas convencê-lo a pedir desculpas &mais difícil do que arrancar um dente. E Oitou-a nos olhos. E )rincipalmente quando eledeve se desculpar com algu&m com quem... se importa muito. )or favor" dê-lhe tempo" &o que pe'o.

Bethan se agarrava *s do#ras do vestido" tentando pensar no presente dilema.

E 3erá que v$o permitir que eu dê meu testemunhoQ

E OeliDmente" sim... (spero... 3ua Ma%estade tem interesse no caso" como vocêdeve sa#er. E (le sorriu" cínico" e respondeu * pergunta de Bethan antes que fosseformulada:

E ocê foi muito feliD na escolha desse #elo vestido ho%e.

E 3e ele se interessa tanto pelo assunto" por que n$o interv&mQ

E (le n$o pode despreDar a opini$o dos partidários da oroa. E Lorde homasa#ai+ou o tom de voD ao confidenciar: E 4 pai de Richard tentou interferir nos

procedimentos %udiciais e sofreu as consequências.!e fato" quando foi escoltada ao tri#unal" o rei a analisou da ca#e'a aos p&s. (le

se sentava" confortavelmente" em uma cadeira estofada" situada so#re um estrado demadeira" rodeado por vários cortes$os. 8$o se tratava e+atamente de um trono" e ficavano fundo da sala. (la o reverenciou conforme ditava as regras" rece#endo um pequenoaceno de ca#e'a de volta" como forma de reconhecimento.

Bethan engoliu em seco. 6m mar de rostos masculinos a cercava. 2lgunse+pressavam surpresa" outros pareciam a#orrecidos. 8enhum deles parecia aprovar suapresen'a.

2ssim que lorde homas a apresentou" ela se esfor'ou para aparentar calma. 2o

olhar de relance para Richard" notou que ele a o#servava" em estado choque. 4s homensque se sentavam de am#os os lados de Harcourt formavam um %,ri" lorde homase+plicou em um sussurro quando deu um passo para trás.

(la assentiu. 6ma inesperada sensa'$o de opress$o a acometeu.

omo %á era de imaginar" o capit$o Loring foi contra a presen'a de lad Harcourt.

E Milorde" n$o pode esperar que a esposa diga a verdade so#re qualquer assuntopertinente * vida ou * morte do marido. E (le a dispensou com um gesto de m$o.

Lorde homas apelou ao presidente do 3upremo ri#unal. 3ir Ro#ert" ao lado deoutros %uíDes do tri#unal do rei" sentava-se em um corredor estreito.

E )erdoe-me" milorde" mas lad Harcourt veio do norte de ;orKshire paratestemunhar a favor do marido. 3eria cruel ignorar tamanha devo'$o" dispensando-a semao menos ouvir o que ela tem a diDer.

E om o devido respeito" tam#&m prefiro que lad Harcourt n$o se%a su#metida *sseveras questJes de um %ulgamento" milorde. E Richard n$o a olhou enquanto faDia opedido.

E !epois de tudo que enfrentei para chegar at& aquiQ 3eu arrogante... Bem quemerecia que eu me retirasse desta sala agora mesmo. E (la arqueou as so#rancelhas aoencará-lo" indignada.

3ir Ro#ert a repreendeu por falar t$o a#ertamente. Bethan se desculpou" t$ograciosa quanto pNde" esperando conquistar-lhe a simpatia. (ntretanto" seus esfor'osforam em v$o. 4 presidente do 3upremo ri#unal a olhou" maldoso" antes de a#rir a #oca

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para se manifestar.

(nt$o" outra interrup'$o se deu" vinda de uma dire'$o inesperada.

E 6ma esposa demonstrando tamanha devo'$o ao maridoQ 7sso & encantador Eodos se voltaram para o rei" que ordenou a um de seus homens: E raga uma cadeirapara a dama.

3ir Ro#ert demonstrou irrita'$o diante da decis$o do rei" por&m n$o ousou se opor ver#almente * atitude do monarca. Relutante" indicou que Bethan se apro+imasse. 6mguarda a reverenciou e colocou uma cadeira para ela so#re o ta#lado" no corredor entreas duas galerias. (m seguida" ela se acomodou" a%eitando as saias.

E 4#rigada" ossa Ma%estade. E 2 voD feminina soou" mais tranquila.

!eli#eradamente" ela evitou olhar para Richard. <uando interrogada" respondeucom frieDa:

E 8$o gosto que minhas palavras se%am questionadas. 3e n$o posso ver lordeHarcourt" ele e eu dificilmente poderemos ser acusados de conluio.

2pesar" da e+press$o taciturna e das faces coradas de vergonha" o capit$o Loringse manteve calado.

3endo r&u em um caso de trai'$o" Richard n$o tinha direito a advogado de defesa.!esse modo" um oficial de %usti'a foi designado para faDer as perguntas a Bethan. 4s %uíDes" comandados por sir Ro#ert" ouviam de seus assentos. Mais a#ai+o" váriosescreventes redigiam o#serva'Jes em uma mesa estreita. 4 ruído seco das penasarranhando os pergaminhos se contrapunha *s palavras pronunciadas na corte.

(mpenhando-se para se manter calma" ela dava as respostas com cuidado" paragarantir que todos os presentes a compreendessem com clareDa. 2 certa altura" sir Ro#ertOoster pediu:

E )or favor" diga * corte que informa'$o a senhora teria que pudesse influenciar asenten'a deste caso.

4 sarcasmo do magistrado a assustou" mas ela ergueu o quei+o" tentando n$o sedei+ar intimidar.

E )osso dar meu testemunho quanto ao paradeiro de lorde Harcourt nos dias emque está sendo acusado de a%udar os mem#ros da revolta ocorrida no mês de %aneiro. E(la entrela'ou os dedos das m$os diante do corpo evitando retorcê-los. E )assei váriosdias de %aneiro na companhia de meu marido.

Loring proporcionava um espetáculo * parte ao ra#iscar suas o#serva'Jes"

enquanto ela dava seu depoimento. Bethan se empenhava ao má+imo para manter avoD serena. 4 oficial de %usti'a" um homem de meia-idade usando toga que faDia as veDesde advogado" pediu a ela detalhes so#re as datas e as atividades do casal.

E 8o dia sete de %aneiro" lorde Harcourt e eu via%amos de carruagem de minhacasa" perto de 3tanorth" em Bedfordshire" at& uma estalagem chamada Bell X Moon. 8amanh$ do dia oito" prosseguimos a viagem a Londres" ainda de carruagem. Oomos diretoao apartamento alugado de lorde Harcourt assim que chegamos * cidade" ao anoitecer.

onfiante de que ningu&m na cSmara sou#esse da #reve saída do lorde paracomprar comida" ela preferiu n$o mencionar nada a respeito.

E Lorde Harcourt falou apenas da viagem a Bedfordshire" na companhia dococheiro" milad. 3e a senhora estivesse com seu marido" sem d,vida poderia contar *corte e+atamente qual & a localiDa'$o da estalagem onde ficaram hospedados.

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Bethan se deu conta de que Richard havia omitido sua presen'a para protegê-ladas fofocas.

E om certeDa" meu marido n$o mencionou minha presen'a com o intuito dedefender minha reputa'$o" o que" na verdade" foi uma grande tolice.

4uviram-se risos" vindos dos no#res reunidos.

E (stávamos em fuga E ela e+plicou aos %uíDes e %urados. E <uanto *localiDa'$o da estalagem" n$o fa'o a menor ideia. (u estava com muita dor de ca#e'a eminha maior preocupa'$o era com a limpeDa do quarto. 3e a corte dese%a averiguar oendere'o e+ato e minha presen'a lá" apenas perguntem ao capit$o Loring. E (la se viroupara ele com falsa polideD. E onversei com ele no refeitCrio na manh$ do dia oitodurante alguns minutos.

(le a fitou com tanto Cdio que a feD se recostar * cadeira involuntariamente. )elae+press$o chocada do oficial de %usti'a" n$o era de conhecimento de todos a presen'a deLoring na estalagem. 4s %urados e %uíDes fiDeram comentários entre si. !e seu lugar"a#ai+o do assento do rei" lorde homas sorria" satisfeito.

2t& mesmo o rei parecia intrigado" ao dei+ar de lado os modos lSnguidos parae+aminar o capit$o" olhos perspicaDes e duros. (le sussurrou ao assessor algo que n$opNde ser ouvido pelos demais. (m seguida" ouviu o resto do depoimento de Bethan"descansando o quei+o so#re a ponta dos dedos.

E 4 paradeiro da testemunha da oroa n$o está sendo %ulgado" milad. E 4presidente do 3upremo ri#unal n$o perdeu tempo e tentou retomar o controle dasitua'$o.

(ntretanto" Bethan replicou depressa:

E 3e dese%a um relatCrio detalhado" & o que vai ter. <ualquer dona de casa pode

afirmar que um criado ciumento & capaD de mentir para pre%udicar o rival. E (la torceu onariD com desd&m.

4 som de riso sufocado dominou o am#iente.

E 2 senhora pode %urar que esteve na presen'a do acusado o tempo todoQ E 3ir Ro#ert a encarava de modo severo enquanto seu tom de voD insinuava que ela aca#arade inventar aquela histCria.

Bethan ouviu um asso#io agudo" vindo da dire'$o de Richard" mas n$o se viroupara fitá-lo. (m" veD disso" olhou fi+amente para o %uiD enquanto pensava na melhor resposta.

E laro que n$o Há algumas tarefas que preferimos e+ecutar sem a presen'a deoutras pessoas.

2lgumas gargalhadas vieram da multid$o" no entanto ele as ignorou.

E 3endo assim" a senhora admite que o acusado pode ter escapado para dar dinheiro ou outro tipo de a%uda a seus companheiros re#eldes

E )artindo do princípio que lorde Harcourt n$o tem Wcompanheiros re#eldesW"milorde" n$o posso admitir uma afirma'$o desse tipo.

Bethan e sir Ro#ert trocaram olhares amea'adores. 2quele tirano n$oreconheceria a inocência de Richard" n$o importava o que ela dissesse.

E !ecerto o senhor n$o está sugerindo que ele ofereceu a%uda e conforto aalgu&m enquanto satisfaDia suas necessidades fisiolCgicas" milordeQ 4h" isso &revoltante <ualquer pessoa de #om-senso repudiaria tal ideia.

11




E amponesa mal-educada

2 e+clama'$o de Loring atravessou a sala. Houve alguns murm,rios de aprova'$o"mas as gargalhadas que se seguiram os a#afaram. 4 rei sacudiu os om#ros" desconfiado.

E omo lorde Harcourt poderia ter dado dinheiro a algu&m se nenhum de nCs doisteve acesso * minha heran'a at& que chegássemos a LondresQ

8esse momento" o capit$o arrancou uma folha de seu #loco de notas. 2gitando-a"apro+imou-se dos escreventes e a entregou ao mais prC+imo" que por sua veD ofereceu-aaos %uíDes. 2o voltar ao seu lugar" Loring a reverenciou com ar de Dom#aria.

2ssim que os %uíDes leram a mensagem" deu-se uma conferência sussurrada.!epois do que pareceu um agitado de#ate" eles retomaram seus assentos. 3ir Ro#ertmais uma veD se dirigiu a Bethan.

E 2 corte está #astante interessada em sa#er por que a herdeira de uma vultosafortuna e o marido se hospedaram em uma estalagem t$o relesQ alveD possa nosesclarecer essa quest$o" lad Harcourt.

(la se sentia como se estivesse prestes a ser tragada por um #uraco que se a#riano ch$o. 3eu estNmago se revirava enquanto pensava em uma maneira desmascarar ocapit$o. !e repente" antes que ela voltasse a responder" Richard interveio:

E (stou confuso" milorde. (stou sendo %ulgado trai'$o ou pelo pagamento deminhas dívidasQ

2pesar de sua inten'$o inicial" Bethan olhou de relance para Richard" assim comoos demais presentes na sala.

8egligentemente inclinado contra o #alc$o de madeira" ele o#servava os %uíDesenfileirados" fingindo t&dio. 2penas o #rilho dos olhos semicerrados traía a tens$o quetentava disfar'ar. (le endere'ou a ela um olhar de advertência quando o furioso pre-

sidente do 3upremo ri#unal respondeu:E 4 senhor está sendo acusado de favorecer a fuga de vários participantes da

revolta comandada por homas enner. 3eu casamento com uma %ovem de possesparece mais do que conveniente para financiar tal plano. 4u o senhor pretende insistir emdiDer que n$o tinha fundos para #ancá-loQ

Bethan esperava que Richard dissesse a verdade. (le a fitou com um leve sorrisonos lá#ios e deu de om#ros.

E 2h... E (le reverenciou sir Ro#ert. E 4#rigado por esclarecer minha d,vida.

omo ele n$o dissesse mais nada" ficou claro para Bethan que ele n$o daria *

corte a e+plica'$o que poderia salvar sua vida. ertamente" ele preferia sacrificar a vidapela honra.

(la o encarou" horroriDada com tal ideia. 2penas uma solu'$o se apresentava aBethan. Respirou fundo" temerosa" pois sa#ia que um passo em falso acarretaria ae+ecu'$o de Richard.

E reio que ossa 3enhoria deveria ter pedido a mim que esclarecesse essaquest$o... E Bethan esperou que todos voltassem a aten'$o para ela. E-7magino que ae+plica'$o deveria saltar aos olhos dos cavalheiros presentes. E Manteve-se em silênciocomo se aguardasse alguma resposta. E omo eu %á havia dito" lorde Harcourt e eufugimos %untos. 8os casamos em Londres. 3omente ent$o" tivemos acesso * minhaheran'a.

3ussurros entusiasmados se espalharam pela sala" devido * revela'$o

11P




escandalosa" mas Bethan n$o esperou que eles se acalmassem.

E Mesmo que no íntimo ele alimentasse alguma simpatia pelos traidores" lordeHarcourt n$o tinha a menor condi'$o financeira de ampará-los. E (la terminou suadeclara'$o" o#servando o efeito causado nos %uíDes.

!e s,#ito" outra quest$o lhe ocorreu.

E !evo para#eniDar a corte por contar com uma testemunha t$o #em-informadaquanto o capit$o Loring. )ara algu&m que afirma ter tido conhecimento do suposto conluiopor acaso" ele demonstra uma compreens$o a#rangente dos eventos relacionados.

Bethan n$o tentou esconder seu despreDo" e os murm,rios de aprova'$o seespalharam pela cSmara. 4 rei" parecendo menos divertido do que de costume" tam#&massentiu enquanto sua #oca se curvava numa e+press$o de cinismo.

3ir Ro#ert retomou a palavra" mas n$o para falar do capit$o Loring" e sim para dar continuidade ao interrogatCrio a que Bethan estava sendo su#metida. (sperando ter marcado um ponto a seu favor" ela ouviu a pergunta seguinte:

E Realmente pensa que esta corte acredita que" decorrer de três dias" lordeHarcourt e a senhora n$o se separaram nem por alguns instantesQ

E Milorde" eu %á disse que estávamos fugindo. E ela arqueou as so#rancelhas. E8$o pretendo aqui detalhar nossas atividades, mas posso assegurar que passamos amaior parte do tempo no mesmo quarto. )ode-se diDer que foi uma viagem de lua de mel.

odos caíram na risada" e alguns chegaram at& mesmo a aplaudi-la. 3ir Ro#ert"evidentemente considerando in,til continuar a questioná-la" anunciou que ela podia dei+ar a plataforma das testemunhas.

2ssim que foi dispensada" Bethan se levantou da cadeira. 3em sa#er para ondeir" ficou grata quando um guarda a escoltou at& um assento diante do %,ri.

<uando passou por Richard" tentou avaliar o estado de espírito em que ele seencontrava. 4 sem#lante impassível n$o dava pistas do que lhe passava pela mente. 2nalisando-o" ela reparou que ele parecia cansado. 3entiu um aperto no cora'$o aopensar na humilha'$o e na dor que ele devia estar sentindo por ter o nome de sua famíliainsultado. (sperava que ele n$o considerasse seu depoimento outra tentativa de desonrá-lo. (la simplesmente n$o conseguira encontrar outra maneira de salvar a vida do marido.

erta de que ele despreDaria sua compai+$o" Bethan se aventurou a sorrir paraele" com lá#ios trêmulos. Richard n$o reagiu a#ertamente" %á que ela agora se sentavamais perto dele.

Bethan devia ter sido a ,ltima testemunha a falar" pois o presidente do 3upremori#unal se dirigiu ao %,ri para que a decis$o quanto ao destino de Richard fosse tomada.

4s %urados dei+aram seus assentos e se agruparam a um canto" longe o suficientedos demais para que a discuss$o n$o fosse ouvida.

E Milorde" n$o permita que lad Harcourt fique t$o prC+ima do traidor. E 6msorriso de escárnio surgiu no rosto de 2rthur Loring.

4uviu-se um coro de vaias que partiu dos aliados de Richard.

Bethan deu um passo * frente" pronta para enfrentar o capit$o" quando a voD domarido a interrompeu:

E (u gostaria de pedir que lad Harcourt fosse escoltada para fora da corte antesque o veredicto se%a dado.

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(la virou a ca#e'a depressa para fitar Richard.

E 4 que disseQ E Bethan e sir Ro#ert indagaram ao mesmo tempo.

(le parecia surpreso" ao passo que o tom de voD feminino soara apai+onado.

E !ado o esfor'o que minha esposa demonstrou em sua tentativa de salvar minhavida" temo que ela venha a passar mal ao ser declarada minha condena'$o.

2 calma com que o pedido foi feito chamou a aten'$o do p,#lico.

Bethan" %á a#alada pela árdua cavalgada e o temor pela vida de Richard" #radou"Dangada:

E 8$o & possível que ouse me e+pulsar desta sala depois de eu ter cavalgado donorte de ;orKshire at& aqui prestes a desmaiar de e+aust$o" e de ter me su%eitado a umterrível interrogatCrio

E Milad" deve estar e+austa" e apenas dese%o poupá-la de mais sofrimento. E 4tom de voD comedido falhou na tentativa de acalmá-la.

E 8$o" milorde" n$o estou We+austaW" e sim furiosa. 4 que fará a seguir" vaiordenar que me levem de volta para casaQ

E 8a verdade" sim. 2cho que & o melhor a ser feito diante das circunstSncias.

E laro" mandar-me para ;orKshire se mostrou #astante ,til para você da ,ltimaveD

!e repente ela se deu conta de que discutiam em voD alta" e que todos tinham sesentado para ouvi-los.

ários homens #alan'aram a ca#e'a" censurando-a. 2lguns riam * vontade. 4 reico#ria a #oca com um len'o" numa tentativa de esconder o sorriso.

E 2credito que o presidente do 3upremo ri#unal pode desconsiderar a acusa'$oque lad Harcourt feD ao marido" com imparcialidade. E 4 rei se dirigiu aos cortes$os"mas sua o#serva'$o espirituosa repercutiu em toda a corte.

(la os ignorou" com e+ce'$o de Richard e o presidente do 3upremo ri#unal.

E 8$o vou sair daqui" a menos que os guardas me carreguem para fora.

E 3ua desavergonhada

Bethan n$o conseguiu identificar a voD vagamente familiar que gritara. <uandovirou a ca#e'a para o lado de onde tinha vindo o som" n$o reconheceu ningu&m.

E 3e o %,ri puder me entregar o veredicto... E 3ir Ro#ert a fitou" maldoso.

(la ficou ru#oriDada ao sa#er que os %urados %á tinham tomado uma decis$o. 2pro+imou-se de Richard o má+imo que lhe foi permitido pelos guardas. (le n$o olhou nadire'$o de Bethan" mas contraiu os dedos entrela'ados so#re a mesa no momento emque o presidente do 3upremo ri#unal leu a senten'a.

E oncluímos que Richard Marcus Harcourt" #ar$o de Harcourt" & consideradoculpado pelo crime de alta trai'$o. 8$o nos resta d,vida de que ele socorreu" protegeu ea%udou homens sanguinários a plane%ar e e+ecutar a revolta que se deu em %aneiropassado" so# o comando do a#ominável assassino homas enner. 2firmamos que lordeHarcourt foi %ulgado de forma %usta diante do 3upremo ri#unal" em ^estminster" onde foiprovado" por meio de evidências" que ele favoreceu aqueles que pretendiam matar 3uaBenevolente Ma%estade...

8o instante em que se deu conta do significado daquelas palavras" Bethan sentiu

11F




como se dedos invisíveis a asfi+iassem. entou protestar" diDendo que havia provado ainocência do marido" mas n$o conseguiu emitir som algum" devido * press$o sufocanteem sua garganta. 2cima do chiado em seus ouvidos" ela mal podia escutar a senten'adeterminada pela orte de usti'a.

E (le será enforcado e permanecerá pendurado pelo pesco'o enquanto aindarestar alguma manifesta'$o de vida" depois seu peito será serrado" o cora'$o arrancado"o corpo esquarte%ado e e+i#ido como advertência e e+emplo de puni'$o por comportamento inapropriado.

Cap&tulo )''

E 8$o... 4s %oelhos de Bethan cederam" pondo * prova sua capacidade de semanter de p&.

omo se sou#esse o que se passava com ela" Richard a agarrou com #ra'osfirmes. (le tinha se livrado dos guardas para se %untar a ela. 2s lágrimas turvaram a vis$ode Richard antes que ela se aconchegasse a seu peito.

E 3into muito" Richard. ausei a sua destrui'$o" foi tudo ou nada.

(le a a#ra'ou com for'a por um momento" os lá#ios ro'ando a pele sensível do

rosto de Bethan e as m$os lhe acariciando os ca#elos" acalmando-a.E 8$o" minha doce menina" nada foi em v$o. ocê veio at& mim depois de tudo

que aconteceu entre nCs" n$o veioQ

(la n$o faDia a menor ideia do que ele estava tentando lhe diDer. Ooi tomada pelaang,stia quando os guardas o pu+aram. 7gnorando-os" ela o agarrou pela m$o o quantopNde" at& que foi for'ada a dei+ar o tri#unal. )or&m" antes de sair" falou entre lágrimas:

E )or favor" perdoe-me... )ensei que" contando a verdade a todos" eu o salvaria.

E (nt$o" você o salvou. E 4 rei harles se ergueu de seu assento" o#tendo aaten'$o de toda a cSmara. E Lorde Harcourt" apro+ime-se.

om um guarda de cada lado" Richard caminhou at& o monarca. 4 som produDidopor seus sapatos era o ,nico da sala" at& que ele parou diante do rei. 4 monarcao#servou a assem#leia" austero" e disse:

E 8este dia" & concedido a Richard Marcus" #ar$o de Harcourt" o #enefício doperd$o pelo crime de trai'$o contra a oroa" referente * revolta ocorrida no mês de %aneiro" em virtude de que estamos suficientemente satisfeitos com o testemunhoapresentado por sua esposa de que ele nunca" em s$ consciência" se associou a nenhumre#elde e passou os dias em quest$o na companhia dela. 2ssim ordena harles 77" rei da7nglaterra e (scCcia" no terceiro ano de seu reinado. E 2ssim que concluiu" apontou paraum dos escreventes. E Redi%a-o e apresente-o para que o assinemos e selemos.

2 multid$o #radou sua aprova'$o enquanto o oficial do 3upremo ri#unal seinclinava so#re seu pergaminho e escrevia com ímpeto.

11T




2inda em estado de choque" Bethan perce#eu que alguns dos que antesdefendiam a morte de Richard agora comemoravam sua li#erdade" pelo fato de 3uaMa%estade ter declarado acreditar na inocência do r&u. Meneou a ca#e'a" desaprovando ocomportamento vergonhoso de tais indivíduos" mas" na verdade" isso n$o lhe interessavamais. 4 importante era que Richard estava livre.

!a porta" ela o#servou o capit$o Loring. )revisivelmente" ele n$o parecia nadasatisfeito com o perd$o concedido pelo rei. om o sem#lante dominado pela raiva" elea#ria caminho entre a multid$o" vindo na dire'$o dela. 7maginando que ele dese%assea#andonar o local de sua derrota" ela saiu da frente" pois a simples ideia de falar com elea revoltava.

4 leve movimento chamou a aten'$o de 2rthur" pois ele mudou o tra%eto paraconfrontá-la. (m#ora se sentisse amedrontada porque o capit$o havia posto a vida deRichard em perigo" Bethan ergueu o quei+o. !ificilmente ele a atacaria em meio *spessoas que lotavam o tri#unal e so# os olhos do rei.

E ocê interferiu em meus planos" sua vadia. E (le usou um tom de voD t$o #ai+oque nem mesmo o guarda que se encontrava prC+imo a ela pNde escutar. E )or que n$oficou em ;orKshire" que & o seu lugarQ

E )orque suas mentiras so#re meu marido puseram em risco a vida dele. E (la ofitou nos olhos ao falar.

!e soslaio" Bethan perce#eu algu&m gesticulando depressa" o que lhe chamou aaten'$o. irando a ca#e'a para ver de quem se tratava" reconheceu" chocada" o sr.7lKston" que se afastava dos mem#ros da realeDa. 4lhando na mesma dire'$o que ela" ocapit$o sorriu de leve.

E Muito #em. E (le apanhou algo so# o casaco. E alveD isto atin%a aqueleconquistador #arato com quem se casou. E 2garrando-a pelo pulso com uma das m$os"

ele lhe mostrou a outra" revelando uma faca afiada.Bethan gritou e lutou para se livrar de Loring" mas ele a golpeou t$o depressa que

ela n$o conseguiu mais reagir. (le a atingiu com a faca na parte inferior do tCra+" faDendocom que ela imediatamente se curvasse para a frente de dor. 2 lSmina resvalou o esternodepois de perfurar o espartilho. Ooi quando os guardas e vários espectadores agiram"desarmando o capit$o e detendo-o onde estava.

M$os gentis sustentaram Bethan enquanto ela segurava o corpete do vestido e oespartilho" rasgados ao mesmo tempo. endo o rosto pálido de Richard" que tentava a#rir caminho entre as pessoas" uma sensa'$o pungente foi tomando conta de seu ventre" aponto de a dor n$o poder mais ser ignorada. 2o olhar para #ai+o" ela notou o sangue que

escorria" manchando-lhe o vestido.4 líquido vermelho e quente n$o se espalhou rápido o suficiente para indicar um

corte profundo. om um suspiro" ela tentou se acalmar e diminuir o ritmo dos #atimentoscardíacos.

E Bethan E Richard caminhava com dificuldade entre as pessoas que seaglomeravam * volta.

(la procurou o olhar do marido" para tentar lhe diDer que o ferimento erasuperficial" por&m" ao fitá-lo" gritou:

E Richard" atrás de você 4 rei

4 sr. 7lKston tinha um punhal na m$o e se movia lentamente para longe do grupode cortes$os distraídos" seguindo em dire'$o ao rei harles. 3ua Ma%estade n$o seencontrava armado" por&m ele empurrou o punhal para longe com um movimento #rusco

11U




e assumiu uma postura defensiva. )ara horror da assem#l&ia" o homem do campo gritouo lema da <uinta Monarquia:

E Rei esus e ca#e'as so#re as muralhas

Richard n$o perdeu tempo. 2rrancando um florete da m$o de um guarda" colocou-se entre 7lKston e o rei harles.

4 em#ate terminou depressa. 7lKston n$o era nem esgrimista nem assassino. (mquest$o de minutos" Richard arrancou o punhal da m$o do oponente" e o mataria" n$ofosse pela interven'$o de harles 3tuart.

E á #asta" milorde E o rei e+clamou.

Richard rela+ou" mas descansou a ponta da lSmina contra a %ugular do inimigo.!ois assustados cortes$os se lem#raram de agarrar os #ra'os de 7lKston.

E 3inceramente dese%amos que este homem e o capit$o Loring se%am levados a %ulgamento. E 2 voD do rei demonstrava toda a f,ria que o acometia.

2 gritaria que se sucedeu irritou Bethan so#remaneira. 3entindo que ia desmaiar"

ela caminhou entre as pessoas" cam#aleante" at& que familiares #ra'os fortes aenla'aram outra veD. Richard lhe sussurrou o nome com do'ura diversas veDes" depoismurmurou algo mais que ela n$o conseguiu entender. !escansando a ca#e'a noaconchegante peito masculino" o falatCrio * volta e tudo o mais foi tragado por umanuvem escura. 7nclusive ela" que n$o pNde mais ver nem ouvir nada.

Bethan foi reco#rando a consciência devagar. á completamente recuperada" viu-se diante de senhor gentil" que aguardava" paciente" que ela despertasse. (la lhee+aminou o rosto por alguns segundos" imaginando onde estava e por que n$o oreconhecia.

Lem#rando-se de repente" ela tentou se levantar com dificuldade" segurando as

m$os que a impediam de se erguer.E Milad deve se manter em repouso" está ferida passou por uma situa'$o

apavorante" sem falar da e+austiva cavalgada para chegar a Londres E o homem deca#elos grisalhos disse com voD suave" por&m dava a entender que a maioria daspessoas o#edeciam *s suas ordens.

6m sorriso amigável enrugou o canto de seus olhos" suaviDando o comando.

E 3im" posso sentir... E (la estremeceu ao se apoiar no cotovelo para olhar emtorno.

2lgu&m a havia colocado so#re uma comprida mesa de madeira" em um quarto

pequeno" iluminado por duas %anelas. Madeira talhada reco#ria o teto. 2o se sentar"perce#eu que a cerSmica do piso era preta e #ranca" formando pequenos losangos. (laagarrou o homem pelo #ra'o antes de interrogar:

E 4nde está lorde HarcourtQ !iga-me" por favor. E 3eu cora'$o late%ava" aflito"temendo que o marido tam#&m tivesse sido ferido.

(le lhe deu alguns tapinhas na m$o" acalmando-a.

E 4 perd$o foi escrito e assinado por 3ua Ma%estade" milad" gra'as * suadetermina'$o. ( o covarde que a atacou foi preso" assim como o outro que tentou agredir o rei. E (le pegou um peda'o de pergaminho do#rado. E 3e a senhora pretende

continuar sentada" devo enfai+á-la.Bethan acenou com a ca#e'a em anuência" e ele a pressionou o curativo contra o

ferimento. 4lhando para #ai+o" ela perce#eu que ainda sangrava um pouco" mas n$o doía

11V




muito. 4 espartilho grosso" al&m das outras camadas de tecido" havia evitado que o cortefosse mais profundo.

2larmada" reparou que o espartilho estava visível" %á que o corpete a#erto dovestido encontrava-se amontoado ao redor de sua cintura.

E 3eu marido insistiu em que os procedimentos legais fossem interrompidos at&

que a senhora pudesse rece#er atendimento m&dico.Bethan gemeu quando ele come'ou a envolver o curativo firmemente so#re a

ferida" com uma fai+a de musselina comprida" que lhe amarrou *s costas.

E OeliDmente" sou m&dico e estava em atendimento quando a trou+eram at& aqui.Há algu&m em casa que possa lhe aplicar cataplasmasQ

(la meneou a ca#e'a afirmativamente.

E Muito #om. 2 senhora tam#&m vai precisar de alguma coisa para drenar oslíquidos orgSnicos. onhece alguma receita para issoQ

Bethan e+plicou que possuía um livro de receitas m&dicas reunidas pela m$e. 4

velho doutor ouviu com cuidado a descri'$o de uma delas" recomendada para feridasa#ertas" e meneou a ca#e'a" assentindo.

E Logo vai melhorar" mas recomendo que su#stitua as ataduras com frequênciaat& que o ferimento cicatriDe por completo. E (le piscou" Dom#eteiro. E 2gora" creio quegostaria de se vestir.

7nclinando-se" ele pediu licen'a. Bethan n$o perdeu tempo e come'ou a searrumar" em#ora os la'os do vestido *s suas costas se mostrassem um grande desafio.(nfim" ela conseguiu apertá-los o suficiente para que aparentasse respeita#ilidade.

!ei+ando o quarto" ela encontrou o marido esperando-a educadamente. (la

conteve a impaciência para encontrar Richard e reverenciou o m&dico.E 2 quem devo meus agradecimentos" senhorQ

(le se inclinou so#re a m$o de Bethan.

E !r. 9eorge Bates" a seu dispor" milad.

(la lhe agradeceu os cuidados e se ofereceu para pagá-lo. (le meneou a ca#e'aem negativa" diDendo:

E Ooi uma honra poder prestar meus servi'os a uma mulher t$o cora%osa.

E ertamente um grande elogio" em se tratando de uma mulher. E 2 voD familiar

veio de trás de Bethan.(la se virou e instantaneamente se inclinou quase at& o ch$o.

4 rei harles moveu a ca#e'a em reconhecimento.

E )or favor" levante-se" lad Harcourt. E (le sorriu" charmoso" mostrando osdentes muito #rancos. E !ei+emos de lado o protocolo que apenas lhe causa mais dor"principalmente quando devo minha vida * senhora. E endo a#andonado seusassistentes" ele a convidou para uma caminhada. E 2ceite meus sincerosagradecimentos por provar a inocência de um homem" al&m de desmascarar doistraidores da oroa.

(le estendeu a m$o. (ndere'ando-lhe um olhar indagador" ela retri#uiu o gesto.)ara alívio de Bethan" ele apenas ro'ou os lá#ios nas costas da m$o delicada" com umaeducada sauda'$o" antes de soltá-la. 4 rei voltou a falar de modo prático:

1/0




E )or suas atitudes no#res" poderá escolher uma forma de ser recompensada. E(le piscou" #em-humorado" e aguardou que ela fiDesse algum pedido.

onfusa" Bethan pensou em algo para diDer.

E ossa Ma%estade %á me deu o que eu mais dese%ava quando perdoou meumarido. E (rgueu os olhos para o monarca.

E RealmenteQ 8$o me pedirá ouro" nem terras" nem títuloQ E (le arqueou asso#rancelhas negras. E 7sso & demagogia E praticamente sussurrou.

E 2prendi que há muitas coisas importantes que garantem minha felicidade" e odinheiro n$o está entre elas" ossa Ma%estade E Bethan afirmou para o C#viodivertimento do rei. E Mas n$o posso falar por meu marido. alveD ha%a algo que eledese%e.

4 monarca a fitou com uma seriedade incomum.

E 3e seu marido for tolo o #astante para querer mais do que uma dama leal e deraciocínio rápido" ele n$o merece meu perd$o.

2s fei'Jes femininas deviam ter dei+ado transparecer todo o seu temor" pois o reise apressou a acrescentar:

E 8$o tenha medo" lad Harcourt" n$o vou revogar meu perd$o. E (le recuou umpasso" pretendendo se retirar" e ela mais uma veD o reverenciou. E (+presse minhaamiDade em rela'$o a ele e minhas felicita'Jes pela escolha da esposa.

(la o o#servou se afastar com ar de afeta'$o do alto de seus sapatos de salto"antes de sair * procura de Richard.

Bethan iniciou sua #usca pelo hall de entrada do pr&dio" mas Richard n$o aesperava lá. [ porteiro assegurou a ela que lorde Harcourt n$o havia aparecido por ali.

)rocurando pelos vários corredores prC+imos" n$o encontrou nem sinal do marido. 2lgunsoficiais passavam a passos rápidos por ela todos assumindo ares de importSncia" mas ofinal dramático do %ulgamento acarretou o ê+odo geral.

Orustrada" perce#eu que estava andando em círculos. 2 porta ao lado conduDia *cSmara do conselho. (stava entrea#erta" apresentando fileiras de cadeiras vaDias.(m#ora acreditando que procurar Richard lá dentro provavelmente se mostrasse umesfor'o infrutífero" aca#ou optando por ser meticulosa. 2#riu a porta o suficiente parapoder entrar" maravilhando-se por n$o ter feito ruído algum" as do#radi'as deviam estar #em lu#rificadas.

Bethan parou no limiar" horroriDada. 8o fundo da sala" Richard a#ra'ava Orances

3had#ourne.3o# o olhar atordoado de Bethan" a sra. 3had#ourne entregou a ele um pequeno

pacote. (le voltou a a#ra'á-la e lhe disse alguma coisaI a voD grave soou triste" por&mBethan n$o conseguiu escutar o que ele tinha dito. (ra #em provável que o Dum#ido emseus ouvidos a tivesse impedido de ouvir com clareDa.

3er apunhalada pouco antes n$o a machucara mais do que presenciar aquelacena. Bethan queria sofrer um colapso" perder a consciência e nunca mais voltar a si.8em mesmo o fato de ter assegurado a li#erdade do marido podia mudar os sentimentosque ele nutria pela amante.

3egurando as laterais do vestido para evitar que farfalhassem" ela saiu de marcha* r&. 3entia a garganta t$o apertada que mal conseguia respirar. om os olhos cheios delágrimas" rumou para o hall principal" onde deparou com o capit$o Loring e o sr. 7lKstonsendo escoltados por guardas ao presídio de 8egate. Loring a ridiculariDou.

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E 8$o tenho nada a diDer ao senhor.

(la precisava sair dali antes que fosse ofendida ainda mais. !ei+ando-os para trás"seguiu em dire'$o * rua. 2ssim que avistou uma liteira" pediu para ser levada a 3aintlement]s Lane.

!epois de entrar em casa" respirou fundo várias veDes e enterrou o rosto nas

m$os. )recisava fugir dali" esconder-se at& que o #uraco que Richard a#rira em seucora'$o se fechasse. á que havia traDido apenas o que podia carregar no cavalo" levariaapenas alguns minutos para arrumar suas coisas.

3em perda de tempo" pNs-se a distri#uir ordens. Logo o lacaio desatava a correr at& o está#ulo mais prC+imo para alugar uma carruagem grande enquanto a empregadasu#ia escada acima" apressada" para apanhar algumas roupas da patroa. Bethanrequisitou uma pequena arca do sCt$o para transportar seus tra%es e instruiu a coDinheiraque levasse uma #ande%a de alimentos a seu quarto.

E )$o e quei%o será suficiente" caso n$o ha%a nada mais * m$o.

Ooi Oaith quem ocasionou o maior o#stáculo para a partida de Bethan. )rimeiro"

ningu&m a encontrava a at& que a criada da copa lem#rou-se de tê-la visto sair furtivamente com Lane. 2l&m disso" um interrogatCrio revelou que Richard havia alugadouma casa pequena n$o muito distante dali" na rua Brdges.

E (nt$o" pe'a ao lacaio que traga Oaith de volta imediatamente E Bethane+clamou e se retirou para o quarto que havia ocupado na noite anterior" a fim de esperar a refei'$o e a chegada de sua criada particular.

4 lacaio pegou Oaith Wem flagrante delitoW e a arrastou de volta para casa antesque pudesse a%eitar as roupas totalmente. erminando de se recompor" a criada pediu *patroa que adiasse a partida.

E )or favor" milad" n$o tive nem mesmo a oportunidade de passar um dia com 2ugustus. E Lágrimas rolavam por seu rosto. E )or que devemos ir em#ora desta casat$o de repenteQ

E 4h" pare de chorar E 2 evidência do #reve encontro de Oaith com o cocheiroirritava Bethan so#remaneira. E <uanto ao seu 2ugustus" ou melhor" Lane" eleprovavelmente se divertiu muito com os favores prestados por todas as #elas prostitutasdas tavernas que seu dinheiro pNde pagar enquanto você esteve ausente.

(la lamentou as prCprias palavras assim que aca#ou de pronunciá-las. ogar opeso da infidelidade de Richard so#re Lane fora uma atitude in%usta da parte de Bethan"al&m de cruel com a po#re Oaith" que naquele momento estava em prantos sC em pensar

na possi#ilidade de seu amor n$o ser verdadeiramente correspondido.8uma tentativa de consertar seu erro" Bethan a#ra'ou a criada" murmurando:

E )erdoe-me" Oaith. 8$o agi #em com você. odos sa#emos que Lane a ama. Ouiin%usta e cruel ao acusá-lo de trai'$o.

ários minutos se passaram at& que a empregada ergueu a ca#e'a e solu'ou:

E Ooram palavras horríveis de serem ouvidas" especialmente vindas da senhora.E (la secou as lágrimas do rosto e assoou o nariD. E )or que devemos partirQ 2 senhoraestava t$o apavorada pela vida de lorde Harcourt durante a viagem at& aqui" e Lane mecontou como salvou seu marido da forca. Milad deveria estar feliD agora.

Bethan cerrou os ma+ilares. (la ainda n$o estava preparada para falar so#re acena que testemunhara" sem que e+plodisse em lágrimas tam#&m.

1//




E Lorde Harcourt e eu ficamos muitos satisfeitos com o desfecho do %ulgamento"Oaith. Mas devo retornar * casa de ;orKshire o mais rápido possível" e seu patr$o" semd,vida" dese%a permanecer aqui" na companhia dos amigos. E )ronunciou as ,ltimaspalavras com voD trêmula" mas tentou manter a calma so# o olhar su#itamente agu'adode Oaith.

E omo pretendem gerar um herdeiro dormindo t$o longe um do outroQ E acriada murmurou.

Bethan a ignorou.

E á * coDinha e coma alguma coisa antes de nossa partida.

4s olhos da camareira se encheram de lágrimas outra veD enquanto se apressavaem dire'$o * porta do quarto e a fechava atrás de si.

Bethan sentiu-se inquieta" at& que o #arulho da lou'a trepidando so#re a #ande%aanunciou a chegada de sua refei'$o.

Removendo o guardanapo" ela desco#riu n$o sC uma cesta de p$es e um #elo

peda'o de quei%o cheddar" mas tam#&m peito de frango fatiado" morangos frescos comcreme de leite e uma ta'a do vinho #ranco favorito de lorde Rothle.

(la ficou imaginando se a comida n$o iria aca#ar sufocando-a de uma veD por todas.

2 coDinheira" a criada mais #em paga da casa" tinha muito orgulho de suasha#ilidades na coDinha" mas" no estado de espírito em que se encontrava" qualquer coisaque Bethan comesse teria o sa#or de serragem em#e#ida em vinagre.

6m lacaio chegou para levar a pequena arca de roupas * carruagem enquanto elacomia. Havia terminado quando passos familiares soaram su#indo a escada. Richarda#riu a porta #ruscamente e a fitou nos olhos.

E 2onde você pensa que vaiQ

E 3uponho que Lane %á tenha contado meus planos a você. (u deveria ter imaginado. E (le suspirou" esfregando as m$os" repu+ando o canto da #oca e pondo-sede p&. (stranhamente" a ira do marido inspirou-lhe uma calma inesperada. E (ntre"milorde" e feche a porta.

Richard o#edeceu. 2 preocupa'$o aparente no rosto dele enquanto se apro+imavaquase a desarmou. )or&m ela n$o se dei+ou influenciar pela emo'$o.

(nt$o" como por encanto" a raiva desapareceu dos olhos de Richard.

E Bethan" por que está agindo assimQ )or que ia em#ora sem me dar aoportunidade de lhe agradecerQ E (le tomou as m$os delicadas nas suas.

entando ignorar o tremor que o toque de Richard lhe provocava" ela se afastou.(le a alcan'ou mais uma veD" por&m ela se virou de costas.

E )or favor" milorde. E 4lhou-o de soslaio" vacilante. E 8$o precisa se dar aotra#alho de me convidar para ficar.

E ocê salvou minha vida" quase pagando com a sua" e agora pretende partirQ E(le passou os dedos pelos ca#elos cor de mel. E 2o menos" diga-me o motivo.

Bethan engoliu em seco ao se lem#rar de como era #om afagar aqueles fios

sedosos.E 7sso realmente importa" milordeQ

E ( pare de me chamar de milorde a todo instante

1/




(la se so#ressaltou e o encarou quando ele deu um soco na penteadeira.

E ocê me mandou em#ora. ( nunca disse se me queria de volta. E (la respiroufundo" sentindo um s,#ito cansa'o.

Richard analisou a acusa'$o implícita.

E (u n$o tinha perce#ido o quanto sentia sua falta at& ser preso E ele e+plicou

num fio de voD" t$o #ai+o que ela mal podia ouvi-lo. E (nquanto estive preso" a ,nicacoisa que me passava pela ca#e'a era que eu nunca mais a veria de novo.

(la queria acreditar naquelas palavras mais que em tudo na vida" mas n$oconseguia. (+austa pela viagem de ;orKshire a Londres e encarando a perspectiva deretornar dentro de um dia" n$o encontrava for'as para discutir com ele so#re a amante.

E 3e realmente dese%ava me ver" por que n$o enviou nem ao menos um #ilhete a9ramoor quando foi presoQ E Bethan analisou o rosto de Richard" tentando identificar sua e+press$o.

6ma som#ra a perpassou" e ele suspirou.

E (u supunha que você n$o se importaria se eu fosse enforcado. E (le n$oconseguia fitá-la nos olhos.

Bethan pensou que o havia compreendido mal por um momento.

E Meu !eus" acha que sou um monstroQ E ela sussurrou entre os lá#iosdormentes. E )rimeiro me acusa de infidelidade" e agora issoQ

om uma opini$o t$o deturpada so#re ela" n$o era de estranhar que ele tivessevoltado para os #ra'os da antiga amante.

Bethan se apressou em dire'$o * porta. (le gentilmente a segurou pelo pulso. (latentou se desvencilhar" por&m Harcourt n$o permitiu.

E !iante das atuais circunstSncias" & melhor que eu volte para ;orKshire" Richard.E (la virou o rosto para o outro lado" a fim de esconder as lágrimas.

E Beth" ou'a-me. Oui um grande tolo ao acreditar que você me trairia" e parapiorar a situa'$o" com meu melhor amigo. E 2 respira'$o trêmula de Richard agitou o#rinco pendente de Bethan. E !epois de faDer tal acusa'$o" eu n$o podia simplesmentepedir a você que voltasse e salvasse minha vida. 2l&m do mais... se eu fosse e+ecutado"você estaria livre para desfrutar toda a sua fortuna.

E 7sso & pior do que me acusar de adult&rio. E (la solu'ou" sem poder se conter.

hocada" viu Richard lhe envolver o rosto com as m$os e secar as lágrimas que

escorriam pelas faces rosadas" usando os polegares.E 4u'a tudo o que tenho para diDer" do'ura. 2 oroa ia confiscar 9ramoor e meu

dinheiro se eu tivesse sido condenado por trai'$o" mas n$o a sua fortuna. ontei aOother so#re uma peti'$o que concederia * família de 9loriana o direito de propriedadede 9ramoor apCs minha morte.

Bethan agora estava em prantos" e ele a pu+ou para si" aconchegando-a contraseu peito.

E 3olicitei a Leafle que transferisse meus fundos para você. (u ia lhe pedir queusasse uma parte do meu dinheiro para a%udar 9loriana com os preparativos do

casamento" mas todo o resto seria... &... seu E ele concluiu" seco. E (spero que aprecieessa ironia do destino" minha querida.

(la engoliu em seco e apanhou um len'o no #olso do vestido para en+ugar os

1/P




4utros foram retirados em seguida e %ogados no piso de madeira" emitindo sonsagudos e repetidos. Richard se encontrava t$o prC+imo que ela podia sentir o mem#rot,rgido ro'á-la" quase a levando * loucura.

E 8ossas roupas n$o costumam ficar %ogadas pelo ch$o. E (la sorriu" ofegante"enquanto ele mergulhava o rosto nos longos ca#elos soltos. E 4 que acha delesQ

E )arecem seda vermelha" quentes e macios ao mesmo tempo. E (le e+alou o ar %unto ao ouvido de Bethan. E 2doro sa#er que sou o ,nico homem a vê-los espalhadosso#re seus om#ros e as costas. E 2lcan'ou-lhe os seios" torcendo de leve os #icos sen-síveis antes de segurá-la pelos quadris e pu+á-la contra ele.

E 2 maioria das pessoas agia como se eu tivesse chifres quando viam a cor domeu ca#elo. Minha m$e a e me proi#iu de e+pN-los. E (la gemeu ao senti-lo mordiscá-lano lC#ulo da orelha. E Meu !eus" como isso & #om...

om um grunhido" Richard a virou de modo que ficassem frente a frente e encheu-a de #ei%os na testa" nos olhos" no rosto. !e olhos fechados" ela o acariciou nos om#ros efoi descendo pelas costas" fascinada ao sentir os m,sculos enquanto se movimentavam

so# a pele lisa. 2udaciosa" agarrou-o pelas nádegas firmes e o pu+ou para mais perto" deleitando-

se ao sentir a ere'$o quente contra sua nudeD. Richard gemeu de praDer com o contatoíntimo. )or&m" instantes depois" murmurou:

E (spere" querida. ou amá-la com muito carinho desta veD" e+atamente comovocê merece. E (le a tocou no rosto e a#riu os olhos" agora de um verde t$o intenso quea dei+ou sem ar.

E omo fará amor comigo" RicKonQ 3e sempre #uscou o prCprio praDer...

(le continuava encarando-a" e seu sem#lante indicava que ningu&m nunca lhe

havia feito tal pergunta. 2 culpa inundou o rosto de Richard. 7ntrigada" ela pressionou osquadris e ro'ou a p&lvis contra ele.

E !iga-me E ela insistiu.

E ocê está ferida" do'ura. E (le respirou fundo" sentindo-a e+citada contra si" eencostou a testa * dela" t$o ofegante quanto se houvesse aca#ado de participar de umacorrida.

2 hesita'$o de Harcourt em revelar a ela a intensidade de seu dese%o a alarmouum pouco. )or&m" ele estava nos #ra'os dela" e n$o nos de Orances 3had#ourne. (Bethan temia que lhe fosse dada as aquela oportunidade de reconquistá-lo. (la tomou orosto dele entre as m$os.

E 3e eu fosse sua amante" n$o sua esposa" o que gostaria que eu fiDesse agoraQ3e eu n$o quisesse lhe dar praDer" n$o estaria faDendo essa pergunta.

Richard engoliu em seco e umedeceu os lá#ios a seguir.

E <uero senti-la so#re mim" movendo-se rápido e intensamente at& que grite meunome ao atingir o clíma+.

2 voD doce com que tais palavras foram pronunciadas entrou pelo ouvido deBethan e pareceu descer at& suas co+as" encharcando-a. 3entia a pele formigar ondeele a tocava com as palmas e os nCs dos dedos. )assou os #ra'os em torno do pesco'odo marido e o fitou nos olhos" insegura.

E 7sso & mesmo possívelQ

E 3im" meu amor.

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(le a levou at& a cama e se sentou %unto a ela. (nt$o" come'ou a acariciá-la nopesco'o" para depois desliDar as m$os pelo corpo esguio.

(stendendo-a so#re o colch$o" dei+ou as m$os passear pelas co+as roli'as eacomodou-se so#re ela" tomando cuidado com o ferimento enquanto lhe a#ria as pernaspara os lados. 4s mamilos delicados se intumesceram quando Richard passou a ro'á-loscom avideD. !epois os contornou com a ponta dos dedos" at& que" n$o resistindo mais"inclinou-se so#re ela e sugou-os" um de cada veD. 8o início" lentamente" aumentando aintensidade dos movimentos a #oca * medida que ela ia se mostrando agradada. 2rfante"ela o agarrou pelos ca#elos macios e lhe ergueu a ca#e'a para fitar os olhosesverdeados.

E (stou machucando você" queridaQ

(la conseguiu apenas #alan'ar a ca#e'a em negativa" tamanha era sua falta de ar.(nt$o" Richard voltou a aten'$o para o outro seio" enquanto uma das m$os procurava ospelos encaracolados que co#riam a intimidade de Bethan" at& lhe alcan'ar as do#rasumedecidas e depois a pequena protu#erSncia que intensificava a vol,pia feminina. 8$osuportando mais aquela doce tortura" ela ansiava por sentir o mem#ro ri%o e quente dentrodela. 3em se conter" suplicou:

E )ossua-me" RicKon...

2s m$os fortes a agarraram pelas nádegas enquanto ele girava o corpo de modo aposicioná-la so#re ele. Bethan soltou um suspiro profundo ante a incrível sensa'$o detê-lo" t$o pungente e vigoroso" a preenchê-la. 7ne#riada" come'ou a se mover para afrente e para trás" enlouquecendo-o de praDer enquanto ele lhe admirava a #eleDa e aacariciava com as m$os e a #oca.

Moviam-se %untos" cada veD mais rápido" * medida que sentiam a apro+ima'$o doclíma+. 9ritando" ela se entregou * e+plos$o de praDer que a dominou" arqueando as

costas" completamente tomada pelo ê+tase. 3em perder tempo" Richard agarrou-se a elae mudou de posi'$o outra veD" de modo que agora ele voltasse a ficar so#re ela" osdentes cerrados ao tornar a intensificar as investidas. Oechando os olhos" ele se dei+oulevar pelo furor do orgasmo que o atingiu. 7mpressionado" constatou que nunca sentiranada t$o arre#atador antes.

Banhada de suor e deliciosamente e+austa" Bethan rela+ou so# o corpo deRichard" incapaD mover um dedo durante vários minutos" apenas ouvindo o cora'$o deleri#om#ando no mesmo ritmo que o seu.

E ocê está #em" queridaQ 8$o a machuqueiQ

(la se moveu apenas quando escutou as perguntas soar em seu ouvido.

E 8$o" amor. ocê n$o me machucou. E (la ergueu a ca#e'a devagar e gemeu.

Richard a#riu os olhos" assustado.

E emo que você se%a o ,nico a sentir dor... E ela acrescentou.

4s dois om#ros de Richard e+i#iam marcas avermelhadas" e+atamente nos pontosonde ela havia lhe cravado as unhas. HorroriDada" pediu desculpas e se viu a#ra'adacom for'a" antes de ser #ei%ada na #oca com pai+$o.

E 8$o pe'a perd$o" do'ura" alguns arranhJes n$o significam nada para mim Eele disse segundos depois" com um sorriso nos lá#ios. E 2l&m do mais" fico satisfeito de

sa#er que sou capaD de incitá-la a se comportar de modo t$o voluptuoso.E (stá falando a s&rioQ E (la e+plorava os pelos macios do peito masculino" com

a ponta dos dedos" provocante. E 2prendi que a esposa deve demonstrar recato e

1/U




decoro em qualquer circunstSncia.

E 2ssim como você. (+ceto quando perde a calma. (le sorriu" divertido" e asegurou pela m$o antes que ela pudesse lhe aplicar alguns tapinhas" com ar de#rincadeira. (m seguida" #ei%ou-a na palma. E 4 homem gosta de se sentir dese%ado nacama tanto quanto a mulher. ( foi o que feD comigo" Beth. E 2#ra'ou-a apertado.

(nla'ada a ele" considerou aquelas palavras durante um longo tempo.

Bethan foi sacudida quando a carruagem passou por um #uraco. 3onhos da noitepassada nos #ra'os de Richard pertur#avam sua paD de espírito tanto quando estavaacordada como quando dormia.

(les haviam cochilado" acordando apenas para %antar" %á que Bethan tinhasolicitado que a refei'$o fosse servida no quarto. Mais tarde voltaram a faDer amor"calmamente e+plorando um ao outro. )ouco antes de adormecerem" ela se sentia muitofeliD.

2cordou cedo na manh$ seguinte e o o#servou a seu lado. (le ainda dormia" comos ca#elos caídos so#re o rosto e um leve sorriso nos lá#ios. )arecia mais %ovem e maisvulnerável por algum motivo.

(la desliDou para fora da cama e manteve as cortinas fechadas para evitar que aluD do amanhecer o acordasse. 3entiu a pele arrepiada de frio enquanto recolhia suasroupas espalhadas pelo ch$o no dia anterior. omo seus pertences %á estavam guardadosno pequeno #a," ela decidiu pegar uma camisa emprestada da gaveta de lad Rothle.(sticou o vestido de sar%a verde so#re uma cadeira e %untou as roupas de Richard.<uando lhe ergueu o casaco" sentiu que havia algo ligeiramente pesado no #olso.Mordendo o lá#io inferior de leve" lem#rou-se de que a amante de Richard tinha dado aele alguma coisa no dia anterior.

!ecidida" pendurou o casaco no encosto da cadeira e ali o dei+ou.

aído ao ch$o" e+atamente onde o casaco estava empilhado" havia um peda'o depapel do#rado" pensando em dei+á-lo so#re a penteadeira" pegou-o como se fosse umaco#ra venenosa" por uma das pontas segurando-o entre o polegar e o dedo indicador. Ooient$o que o #ilhete se a#riu" e+pondo seu conte,do. Olutuou para o ch$o algunssegundos depois" enquanto Bethan se inclinava para a frente" tapando a #oca com asduas m$os.

3em dei+ar a menor d,vida quanto * caligrafia do marido" a mensagem declaravatoda a devo'$o de Richard pela sra. 3had#ourne.

Bethan o#servava a paisagem distante pela %anela da carruagem" que se moviadevagar. 4s campos e as fileiras de cercas vivas n$o haviam mudado em nada. Oicouimaginando se algum dia faria aquele tra%eto at& ;orKshire sentindo-se feliD.

2 noite" pediria que levassem uma garrafa de qualquer #e#ida alcoClica a seuquarto para que tentasse esquecer tudo que vivera nas ,ltimas vinte e quatro horas.

2 trai'$o de Richard n$o a teria ferido tanto se ele n$o a tivesse possuído comtanta pai+$o na noite anterior.

(la lutou contra o choro sem sucesso. (ra C#vio que ele tinha ido procurá-laapenas porque o testemunho de Bethan convencera o rei a perdoá-lo. 8a verdade"

Harcourt n$o nutria nada al&m de gratid$o por ela" muito em#ora sentissem praDer nos#ra'os um do outro. 3C de pensar em como ele se mostrava intensamente e+citado aotocá-la quase a dei+ava doente.

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3eu ,nico consolo era n$o ter comentado nada so#re a carta de desculpas que elahavia escrito e depois queimado. 2o menos n$o passara pela humilha'$o de pedir operd$o de um homem que a tinha em t$o #ai+a estima.

Havia sido a raiva que a sustentara da primeira veD que tinha dei+ado Londres"agora ela e+perimentava uma tristeDa asfi+iante. !ecerto havia perdido Richard parasempre.

3eu pranto se transformou em um sorriso amargo no interior da carruagem vaDia.)ara perder Richard" ela teria de tê-lo possuído antes. ( como o #ilhete que ele escrevera* sra. 3had#ourne demonstrava com dolorosa clareDa" Bethan nunca havia tido o menor espa'o no cora'$o dele.

9loriana se reveDava entre o entusiasmo e o desSnimo durante o mês queantecedia seu casamento. Bethan mantinha o prCprio pesar trancado em seu peitoenquanto competia com as altera'Jes de humor da cunhada. ontrolar as prCpriasemo'Jes se provava difícil diante da varia'$o de sentimentos da garota.

(la sentia inve%a toda veD que via Oother e 9loriana %untos. 8$o pelos planos doprimoroso casamento esperado pelo #em-aventurado casal e por lad Rothle. 2 tia deRichard respondeu *s notícias das iminentes n,pcias com uma longa carta" detalhando asnumerosas tradi'Jes e receitas esperadas nos casamentos dos Harcourt.

Bethan" acostumada *s cerimNnias sC#rias da congrega'$o * qual a m$epertencia" achava a maioria das sugestJes e+travagantes" e at& mesmo 9loriana se opNsa várias delas. 2m#as escreveram respostas delicadas" alegando a reforma inaca#ada de9ramoor como o principal motivo de recusa das instru'Jes propostas pela dama.

2pesar disso" o ci,me amea'ava o equilí#rio de Bethan quando ela presenciava aalegria dos noivos ao se ocupar de atividades simples" como passeios no %ardim ou adiscuss$o dos nomes dos futuros filhos. 8esses momentos" ela se lem#rava da raridadede um casamento feliD e tentava partilhar da alegria do casal.

8os poucos dias em que Oother n$o visitava 9loriana" ela lamentava a ausênciado irm$o. Bethan a confortava da melhor maneira que podia mas como os dias sepassavam sem nenhuma notícia de Richard" a irm$ imaginava se ele havia desistido delade uma veD por todas. Bethan assegurava * cunhada que ele podia desaprovar o com-portamento inadequado de 9loriana" por&m nunca a a#andonaria.

!uas semanas antes do casamento" um cavaleiro de Londres chegou ao pátio"traDendo uma #reve missiva endere'ada a 9loriana. 2 governanta a levou * noiva" que seencontrava no sal$o de festas" discutindo o n,mero de convidados que a salacomportava.

E 3ua Ma%estade está solicitando a presen'a de Richard na corte para a festa decoroa'$o. rata-se de uma grande honra" e tamanha e+posi'$o p,#lica irá resta#elecer o#om nome da família aos olhos do mundo. Mas será no dia vinte e três de a#ril" e vou mecasar no dia vinte e sete. E 2 m$o de 9loriana tremia enquanto procurava o olhar deBethan. E omo ele poderá vir de Londres para cá a tempo de assistir * cerimNniaQ E(la tentava conter as lágrimas.

Lutando contra as esperan'as frustradas" Bethan olhou para a carta" cheia desaudade. )or direito" ela deveria ter rece#ido a carta de Richard. (m veD disso" ele a

enviara a 9loriana" uma maneira que tinha encontrado para manifestar sua repugnSncia *esposa.

(la conduDiu a chorosa cunhada a um #anco" encostado contra a parede. omo

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9loriana chorava apoiada e" seu om#ro" ela o#servou a paisagem que se descortinava dolado de fora da %anela. 8em mesmo o #rilho do sol que iluminava o %ardim florido eracapaD de animá-la. (ngoliu em seco.

Haviam se separado de forma t$o #rusca em Londres... 2pesar da raiva quesentira do e+i#icionismo de Richard em rela'$o * amante no dia do %ulgamento" Bethanhavia acreditado que o casamento de 9loriana o traria a 9ramoor. (nt$o" a prCpriamente escarnecia dela.

3e ele quisesse um herdeiro legítimo" ela sa#ia que ele teria de voltar para suacama" mas a ideia de que Richard a tocaria apenas pelo dever dinástico a magoavaso#remaneira. 2l&m do mais" ela queria lhe mostrar as melhorias que havia feito napropriedade so#re as quais lhe falara por meio de cartas" evidenciando qu$o #em podiacuidar dele e de tudo que se relacionava a ele.

2nsiava por recome'ar" pedir-lhe desculpas e diDer que o amava. )or&m" temiaque" agindo assim" apenas ganhasse o despreDo de Richard. 4u ainda pior" apai+onara-se por um farrista" e a ideia de lhe conquistar o cora'$o poderia se revelar nada al&m deum sonho.

Bethan n$o podia confiar em 9loriana. ( para n$o ficar se martiriDando por causade Richard" ela mergulhou nos preparativos do casamento e na administra'$o dapropriedade" supervisionando tudo de uma sala em p&ssimas condi'Jes perto da escada-ria que levava * coDinha. 9loriana" talveD por raDJes semelhantes" mostrou-se mais doque disposta a a%udar a cunhada.

3omente na solid$o da enorme cama do quarto principal" Bethan se entregava aodesespero" chorando amargamente e dormindo de modo intermitente enquanto a noite searrastava para passar.

8o entanto" os dias voavam da mesma forma que a vida inundava as colinas

verdes al&m da propriedade. )rimeiro durante a semana que antecedia ao enlace. !epoisno dia anterior.

4s Rothle" os ,nicos parentes vivos de Richard e 9loriana" programaram umalonga visita. 9loriana temia que a tia a repreendesse pelas circunstSncias do casamento"mas Bethan deu um #om motivo para que a garota afastasse suas preocupa'Jes. 2l&mdisso" na ausência de Richard" o tio poderia conduDi-la ao altar. (les chegaram ao meio-dia" atrasados devido *s estradas lamacentas.

endo dei+ado o quarto principal para eles" Bethan recomendou que o casal maisvelho descansasse at& a hora do %antar. Lad Rothle aceitou de imediato" reclamando deuma dor de ca#e'a provocada pela viagem difícil e o calor fora de &poca. (m#ora nuvens

pesadas co#rissem o sol" o calor estava opressivo demais para a primavera. Bethantranspirava apesar de estar usando um vestido solto de musselina.

2pCs ter dado uma solu'$o para o mal-estar da nova tia" ela foi ao encontro de9loriana e lhe levou uma po'$o calmante. Mais tarde" a cunhada desceu ao hall edesco#riu que a tia havia ido se deitar.

4 tio" sentindo-se mais vigoroso" precisou apenas de uma refei'$o para seresta#elecer por completo e se mostrou #astante interessado na reforma da casa. (leparecia inclinado a perguntar todos os detalhes pertinentes *s o#ras em andamento aponto de quase distrair a so#rinha" que tentava supervisionar a decora'$o do sal$o defestas.

4 sr. <uintan" que fora o#rigado a dar alguns dias de folga a parte de seushomens" pois havia sido proi#ido de e+ecutar qualquer servi'o que n$o estivessediretamente relacionado ao casamento" foi quem a resgatou. 4ferecendo-se para fornecer

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qualquer informa'$o que lorde Rothle requisitasse" ele manteve o curioso * distSncia.

Lorde Rothle teve de se contentar em e+aminar o e+terior da casa" por quaseduas horas apCs o almo'o" at& que um raio e um trov$o pressagiaram a chegada de umachuvarada contínua que levava a crer que sC pararia no dia seguinte.

OeliDmente" a governanta havia reparado nas nuvens pesadas e co#rira com

antecedência tudo o que seria utiliDado no dia seguinte. !o lado de dentro da casa" ospreparativos continuavam.

Bethan tinha reservado as melhores tape'arias para o sal$o de festas no andar superior" e pediu a 9loriana que as distri#uísse pelas paredes. !essa forma" Bethan seviu livre para acompanhar os arran%os do sal$o" no piso t&rreo" durante a tarde chuvosa"ao mesmo tempo que mantinha a futura noiva ocupada.

arpinteiros tra#alhavam no pro%eto do sr. <uintan" montando uma estrutura demadeira que seria enfeitada com trepadeiras e flores" enquanto os pedreiros e lacaiosmontavam as mesas so#re cavaletes ao longo de uma parede e i'avam #arris de cerve%aso#re elas. 4 enorme espa'o remanescente seria preenchido com travessas de comida"

destinadas aos inquilinos de 9ramoor e aos vários operários que tra#alhavam nareforma da faDenda. 4s poucos amigos e parentes desfrutariam de comidas e #e#idasmais refinadas no decorado sal$o de festas do andar de cima.

!essa forma" seria esta#elecida uma relativa paD entre os convidados e ostra#alhadores" gra'as * a%uda conferida nos ,ltimos dias. 2 sra. )latt contri#uiu para aatmosfera agradável" enviando aos empregados pratos de sa#orosas iguarias que n$oforam aprovados pela criteriosa coDinheira.

4 aroma de ervas e carne assada se misturava ao cheiro de madeira" enquanto oscriados" pedreiros e serventes" carpinteiros" lacaios" entre outros" dividiam entre si osalimentos re%eitados na coDinha.

(la tam#&m mandou um #om peda'o de carne de veado assada ao sr. <uintan"como forma de agradecimento pelas #elas prateleiras e o grande fog$o a lenha comchamin& que ele havia lhe providenciado. 2ntes do %antar" Bethan se encontrava nocentro do sagu$o e olhou para si mesma. Haviam terminado todas as tarefas do dia.!epois de elogiar fervorosamente o tra#alho de todos" ela acrescentou um ar festivo aoordenar que um #arril de cerve%a fosse a#erto" informando que tinham de #rindar * sa,deda sra. Harcourt com uma #e#ida apropriada.

(m seguida" tendo decretado o sagu$o e o sal$o de festas Donas proi#idas aqualquer um que" de fato" n$o estivesse tra#alhando nesses locais" ela afundou numacadeira macia da sala de visitas. 9loriana se sentou diante da cunhada. (ntre elas" havia

uma mesa" onde fora servida a ceia" que se resumia a fatias de p$o" quei%o e cerve%a do#arril que havia sido a#erto pouco antes.

erdade fosse dita" a pequena sala era #astante aconchegante. Bethan ordenaraque a lareira fosse acesa para afastar o frio e a umidade" traDidos pelas nuvens negrasque escureciam ainda mais o c&u. Havia tam#&m várias velas acesas para clarear oam#iente. OaDiam uma agradável refei'$o quando uma voD masculina soou * porta: Eem comida para mais umQ

9loriana gritou de alegria" amea'ando estilha'ar vidra'as da %anela" enquantocorria para cumprimentar o rec&m-chegado. Bethan" por sua veD" pNs-se de p&" maspermaneceu %unto * cadeira" agarrada ao encosto" em uma tentativa de manter o

equilí#rio. Richard estava molhado da ca#e'a aos p&s" e suas #otas" totalmenteenlameadas.

4 cora'$o de Bethan #atia acelerado. (le tinha vindo" afinal. 2penas para o

1/




casamento de 9loriana" ela supNs" por&m ele veria a cuidadosa reforma que estavasendo feita na casa e" talveD" fosse suscetível ao cuidado que ela dedicava * propriedadee dese%ava t$o desesperadamente dividir com ele.

(le sorria para a irm$" que demonstrava toda a sua satisfa'$o em revê-lo. 4s p&sde Bethan por fim se descolaram do ch$o e se moveram em dire'$o ao marido" com umcumprimento nos lá#ios. Mas a sauda'$o se evaporou de sua #oca" %á que ele olhavafi+amente apenas para a irm$.

Bethan sentiu seu rosto assumir uma e+press$o" de neutralidade. oltando osolhos para a entusiasmada garota" ela se manifestou:

E !ei+e-me tirar seu casaco molhado.

(ntendendo que Bethan n$o pretendia discutir na frente de 9loriana" Richardpermitiu que a esposa lhe removesse o casaco e o pendurasse no encosto de umacadeira prC+ima * lareira.

(le se sentou" pu+ou com for'a uma das #otas e depois arrancou a outra.(nquanto ele realiDava essa tarefa" Bethan tinha tido tempo de chamar uma criada para

limpar a lama que manchava todo o piso.

8otando que o valete de Richard se encontrava do lado de fora da sala de visitas"ela ordenou que o criado limpasse e secasse a capa e as #otas e depois tomasse umarefei'$o quente na coDinha. <uando a criada retornou com uma caneca de cerve%a e umprato contendo pei+e assado" mais p$o e quei%o" al&m de algumas verduras" Bethan"mais do que depressa" atreveu-se a silenciar qualquer comentário maldoso de Richard"esclarecendo:

E om tantos preparativos para amanh$" eu disse * coDinheira que n$o sepreocupasse com a ceia de ho%e" que comeríamos qualquer coisa fácil de ser preparada.

Richard" inalando o aroma do pei+e assado de olhos fechados" pareceu #astante *vontade ao assegurar * esposa que o prato servido satisfaDia muito #em suasnecessidades.

E (m todo caso" posso concluir que você conseguiu colocar a coDinha em ordem.

2pCs o comentário em tom quei+oso" o casal terminou a refei'$o ao som datagarelice de 9loriana" mal falando um com o outro.

2ssim que os pratos e os talheres foram recolhidos" Bethan o o#servou pelo cantodo olho enquanto recapitulava com 9loriana a programa'$o do dia seguinte. om osem#lante impassível" ele permaneceu sentado" apenas esticando as pernas para aque-cer os p&s diante da lareira. 2 noiva citou vários detalhes que ela temia que fossemnegligenciados" e Bethan garantiu * cunhada" com toda a paciência do mundo" quetodas as providências haviam sido tomadas para que aquele casamento se constituísseum grande evento. Haviam at& contratado vários criados e+tras do povoado" Bethaninformou. 2 sra. )latt tinha o #anquete #em encaminhado" e o vinho para os convidadosde honra" assim como a cerve%a dos inquilinos" haviam chegado a tempo. 4s" empre-gados do está#ulo tinham limpado e polido as carruagens antes da chuva. (nfim" 9lorianaparou de se preocupar e" para profundo alívio de Bethan" anunciou que pretendia serecolher ao quarto mais cedo naquela noite.

E !ese%o estar com uma Ctima aparência amanh$ de manh$" mesmo depois detudo que fiDemos ho%e E (la #ei%ou o rosto de Bethan" afetuosa. E )erdoe-me por tê-la

importunado tanto" minha querida. 8a verdade" tenho certeDa de que tudo será perfeito.Mil veDes o#rigada por ter cuidado de tudo ocê tem sido tanto uma irm$ quanto umam$e para mim neste ,ltimo mês.

1




Bethan se a%eitou na cadeira" enca#ulada com o elogio de 9loriana. 4 sem#lantede Richard pareceu se tornar melancClico diante das palavras da irm$" mas elepermaneceu em silêncio.

2s palavras da cunhada agradaram a Bethan" que procurou ameniDar o mauhumor de Richard ao responder:

E udo sairá perfeito se parar de chover. Mas n$o tema" meu amor. 3e a chuvan$o cessar" resolveremos tudo de uma forma ou de outra.

9loriana sorriu.

E 8o fundo" o mais importante de tudo & que vou me casar com meu Oother

7nfeliDmente" Bethan n$o conseguiu retri#uir o sorriso da cunhada. erta de que9loriana n$o dei+aria que seu entusiasmo fosse a#atido com facilidade" ofereceu-se paramandar um copo de sidra com especiarias ao quarto dela. 2ceitando com satisfa'$o" agarota rodopiou e dese%ou ao irm$o uma #oa noite.

Bethan meneou a ca#e'a" divertida" ao pu+ar o cord$o da campainha. (la

duvidava que uma garrafa inteira de qualquer #e#ida forte fosse capaD de tirar o sono dacunhada naquela noite.

Richard acompanhou a irm$ at& o quarto" enquanto Bethan esperava que umacriada respondesse a seu chamado. )ela porta entrea#erta" ela ouviu 9lorianaagradecendo a Richard" efusivamente" por ele ter chegado a tempo de conduDi-la ao altar.

E reia-me" 9loriana. ocê & a ,nica pessoa de nossa família que me restou8em mesmo o rei poderia me impedir de vir ao seu casamento.

Bethan sentiu uma intensa dor no cora'$o ao se lem#rar das ocasiJes em que omarido falara com ela de modo t$o carinhoso.

2 r&plica de 9loriana se perdeu na imensid$o do sagu$o enquanto se afastavamda sala de visitas.

!e modo condenável" Bethan espiou pelo v$o da porta" a tempo de vê-lo #ei%ar airm$ no rosto e lhe entregar uma vela. 2ntes que ela pudesse recuar de volta para dentro"o au+iliar de coDinha apareceu" vindo das escadas do andar de #ai+o. (ducada" ordenouque o rapaD levasse a sidra ao quarto da cunhada.

Richard esperou que o a%udante de coDinha desaparecesse para se apro+imar deBethan. (nt$o" com autoridade" apontou para o interior da sala.

E <uero falar com você.

(la umedeceu os lá#ios. 2 suavidade havia a#andonado a voD de Richard e sido su#stituída por pura

determina'$o.

(la o seguiu ao interior do aposento" sufocando um suspiro. Mal a porta tinha sidofechada atrás dela" ele se virou para encará-la.

E <ue melhorias, e+atamente" tem feito nesta propriedade" miladQ E (lecaminhava ao redor dela enquanto perguntava. E !ei uma volta pela casa antes de medirigir a esta sala. 2 maioria das paredes n$o foi reerguida desde minha ,ltima visi ta" oscorredores do andar de cima praticamente n$o foram tocados por martelos nem pintados"e quanto ao meu está#uloQ (m nome de !eus" o que feD com meu está#uloQ E (le

apontou para fora da %anela. E )arece ter saído de ovent 9ardenReunindo for'as para falar" Bethan se postou diante dele.

1P




coisa que fiD ao chegar a 9ramoor no ano passado foi o#ter estimativas de quanto eugastaria na reforma desta casa" as quais ainda tenho guardadas comigo. (stavam muitoal&m de minhas posses naquela &poca" mas posso lhe afirmar que ficavam #em a#ai+odas três mil li#ras que você me comunicou. E Oitou-a com severidade.

2pCs um #reve silêncio" ele prosseguiu:

E ocê n$o tem feito nada al&m de esconder a verdade de mim desde que nosconhecemos" Bethan. E 8$o gritava mais" e sim soava mais triste do que qualquer outracoisa.

(la come'ou a se defender" por&m ele ergueu a m$o.

E 3ei que tirei conclusJes precipitadas quanto ao possível caso amoroso entrevocê e om" mas minha %ustificativa pareceu inaceitável para você. E 3uspirou. E 4 quenos leva de volta * minha quest$o. ocê está gastando três mil li#rasQ (m quêQ 8$o emmaterial nem em m$o de o#ra" que sei muito #em. E (le sorriu de modo agudo e irritante.E ocê mant&m um amante nesta casaQ (stá se vingando de mimQ

Cap&tulo )'

2 acusa'$o ríspida afetou Bethan como se ela tivesse levado uma #ofetada.

(nt$o" foi dominada por uma onda de raiva %amais e+perimentada. 6m momento antes"preparava-se para %ustificar cada centavo gasto nas o#ras" a fim de tentar se reconciliar com Richard. ontudo" naquele instante n$o pretendia lhe dar e+plica'$o alguma.

)erdida em meio a seus pensamentos" de repente se deu conta de que ele voltavaa insistir no assunto:

E ( ent$o" o que tem a diDer em sua defesaQ

E Y evidente que está cansado da longa e ,mida cavalgada at& aqui" milorde. EBethan mantinha a compostura" apesar do a#alo que sofrera. E 3ugiro que se sente %unto * lareira e tome uma #oa dose de conhaque para se aquecer. E (ncarou-o comfrieDa E )edirei a um dos criados que o avise quando seu quarto estiver pronto. enhauma #oa noite.

3em diDer mais nada" ela se retirou" #atendo a porta com estrondo.

Bethan n$o voltou a aparecer na sala de visitas naquela noite. Richard %á haviatomado meia garrafa de conhaque quando a criada veio informá-lo de que o quarto estavapronto. 2chando melhor ir para a cama" su#iu ao andar de cima. omo suspeitava"Bethan havia ordenado que lhe preparassem o segundo melhor quarto da casa.

2o entrar" Richard viu seu valete cochilando confortavelmente em uma cadeiraprC+ima * lareira. 2o som da porta se fechando" o rapaD se levantou e esfregou os olhosem#a'ados de sono. )erce#endo que havia sido Richard quem entrara" ele se endireitou

e mostrou-se pronto a a%udar o patr$o a trocar de roupa.Minutos depois" enquanto o rapaD recolhia as roupas ,midas e as #otas su%as de

lama para que fossem lavadas" Richard vagava pelo quarto.

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)arte dos pain&is de madeira tra#alhada tinha sido arrancada das paredes. 2 pedraacinDentada continuava a opor-se ao revestimento de madeira escura" como levescicatriDes na pele de um homem. (le apanhou uma vela acesa para inspecionar amancha de água no teto. )ara seu alívio" n$o havia goteiras no quarto naquela noite.(sperava que" ao menos" a esposa tivesse tomado as devidas providências para que otelhado tivesse sido consertado. )ensou que deveria estar grato por Bethan ter limpado

o aposento e su#stituído a mo#ília avariada. 3em mencionar que o quarto n$o maischeirava a #olor.

4 valete feD uma mesura e se retirou" e+pressando sua aprova'$o em rela'$o aosalo%amentos limpos e secos dos criados.

Richard ergueu as cortinas da cama para e+aminá-las so# a luD da vela. )areciamlimpas e estavam perfumadas" mas vários rasgos as desfiguravam.

4s len'Cis pareciam novos quando ele se arrastou so#re a cama" ea#en'oadamente quentes naquela noite fria. 8o dia seguinte" daria uma gor%eta ao criadoque se lem#rara de usar uma panela quente para aquecê-los.

Lem#ran'as do corpo ardente de Bethan %unto ao seu o e+citaram. Repreendeu-se severamente em pensamento por ainda dese%á-la. Mesmo que ela"n$o tivesse sidoinfiel" ainda assim o havia enganado.

(le se revirava na cama" desassossegado" amaldi'oando a pele macia e osca#elos cor de fogo que tornavam todas as outras mulheres sem-gra'a se comparadas aBethan.

4utra ra%ada de vento e a chuva forte asso#iaram do lado de fora" seguidas por raios e trovoadas. Richard fechou as cortinas esfarrapadas e esmurrou o travesseiro"frustrado. )or um longo tempo" ficou olhando fi+amente para o dossel de madeira esculpi-da acima enquanto o temporal fustigava o vale.

6m silêncio incomum espantou Richard na manh$ seguinte" li#ertando-o da noiteinsone. (m veD dos gritos dos mascates e das #uDinas dos sapateiros" apenas voDessussurradas e o som de passos dos criados chegavam aos seus ouvidos. (le a#riu osolhos quando o ruído da porta interrompeu seu alvoro'o mudo.

(m seguida" ouviu o som vi#rante de metal contra madeira" e o aroma de caf&fresco se infiltrou pelas cortinas da cama. (videntemente" sua esposa n$o havia senegado os pequenos lu+os da vida" ele pensava. 8$o" aquilo n$o estava certo. 2preferência de Bethan por chocolate ou chás da moda lhe assaltou a mente" por&m elen$o acreditava que ela mantivesse um estoque de caf& * m$o para a satisfa'$o domarido.

6ma agita'$o al&m da cama" seguida de um ruído e de uma corrente de ar frio"indicava que algu&m" contrariando o #om-senso" havia a#erto a %anela. (sticando aca#e'a para fora das cortinas" ele se pNs a censurar a %ovem criada. 2 mo'a assustadacontou a ele" de forma defensiva" que a patroa tinha ordenado que as %anelas fossema#ertas todas as manh$s.

E (u n$o sa#ia que estava em casa" senhor. E 2pesar de retorcer as m$osossudas so#re o avental" a garota o o#servava com curiosidade. E (nt$o" & o nossopatr$oQ

(le afirmou com um aceno de ca#e'a" e ela sorriu para Richard.

E 3e%a #em-vindo" senhor. 3ou 2nnie BecKins" e minha m$e era a elha Bet quetra#alhava aqui na lavanderia. 2 patroa me contratou por...

emendo que a garota come'asse a recapitular sua liga'$o com a família Harcourt"

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ele lhe garantiu que se lem#rava da m$e e tam#&m do pai de 2nnie" que tinha tra#alhadono está#ulo. Muito contente com o reconhecimento" ela ru#oriDou e lhe feD uma mesuradesa%eitada.

E (nt$o" fique alerta" milorde. Milad está agindo #em ao atrasar a reforma... E 2garota %á caminhava em dire'$o * porta" mas Richard a deteve.

E 2nnie" quem & o responsável pelas o#rasQ(la franDiu o cenho" pensativa" antes de responder:

E Bem" a sra. Harcourt diD que n$o gosta de contratar desconhecidos" por isso elaconfere as contas. 3oDinha E 4 espanto nos olhos da criada mostrava que ela admiravatanta inteligência. E Mas o sr. <uintan supervisiona as o#ras para ela.

)edindo * garota que entregasse uma mensagem ao supervisor" Richard se vestiue tomou o caf& da manh$ antes de encontrar o sr. <uintan no sagu$o. 4s modos alegresdo empreiteiro murcharam quando Richard come'ou com seu interrogatCriodesagradável.

!iante da incredulidade de Harcourt" o homem mais velho finalmente se ofereceupara lhe mostrar os reparos feitos em 9ramoor.

(nquanto seguia o irritado supervisor" Richard olhava ao redor" desconcertado. (lecaminhou pelos quartos que se encontravam parcialmente queimados e destruídos pelofogo da ,ltima veD que os vira. 2gora o novo painel de madeira e as paredes rec&m-re#ocadas os ladeavam. (le ouvia com crescente vergonha * medida que <uintandescrevia a necessidade da lentid$o na reconstru'$o da arruinada ala sudeste da casa.

E <uando a srta. 9loriana come'ou os preparativos de seu casamento" ladHarcourt pediu que concentrássemos nossos tra#alhos na reforma do sal$o de festas edo terra'o" o que atrasou todo o resto.

7nclinando o chap&u para Richard" o sr. <uintan o dei+ou soDinho com seuspensamentos.

Richard arqueou as so#rancelhas. Bethan havia tocado muito mais o#ras do queele tinha visto na noite anterior. )or&m" ele sa#ia #em quanto o material de constru'$o eos salários dos empregados podiam custar para a reforma daquela casa. !urante adiscuss$o que haviam tido na noite anterior" ela alegara que tinha gastado muito mais doque ele estimara anteriormente.

2o entrar na coDinha" Richard mergulhou na loucura dos preparativos para ocasamento" em#ora tudo parecesse #astante organiDado. 4s criados interromperam suasatividades para reverenciá-lo assim que perce#eram sua presen'a. 9loriana" por sua veD"convidou-o a escolher um alimento e ir comê-lo em outro lugar. 7nterpretando aquelapouco entusiástica oferta como um dese%o de que ele se retirasse" Richard recusou aoferta e partiu para seu quarto.

3eus passos ecoavam nos degraus de pedra. 2quela parte da casa havia sofridodepreda'Jes tam#&m" e o longo corredor do andar de cima se estendeu * sua frente"negligenciado. 2trav&s das %anelas * sua direita" ele podia ver as colinas ao norte. !o ladooposto" havia uma s&rie de portas" todas fechadas naquele momento" mas e+istia umaque conduDia aos aposentos que ele e 9loriana costumavam usar quando crian'a.

Richard tinha caminhado por eles no ano anterior" com o cora'$o apertado por ver seu p&ssimo estado de conserva'$o. urioso" tornou a visitar seu antigo quarto.

)ara sua surpresa" ele dava sinais de estar sendo ha#itado. 6ma colcha vermelhagasta por&m limpa" estava esticada so#re a velha cama" contrastando as iniciais

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entalhadas na ca#eceira de madeira.

6ma escrivaninha com cadeira se localiDava perto da lareira.

(le atravessou o espa'o at& a mesa" com passos ruidosos so#re o piso de tá#uas.6ma pilha de livros contá#eis se encontrava organiDada a um canto. Oolheando oprimeiro" avistou uma coluna de n,meros * esquerda" com a descri'$o correspondente ao

lado de cada despesa. (le e+aminou as páginas" faDendo os cálculos mentalmente. 2 lista de itens dom&sticos era imensa: len'Cis de linho" cortinas" potes" panelas"

#ules" espetos para assar carne" entre muitas outras coisas. (stava tudo registrado. adalivro era destinado a tipos de produtos diferentes" mas todos referentes * reforma da casaou ao tra#alho na faDenda. )asmo" ele reconheceu o enorme esfor'o de Bethan.

)or que ela n$o havia esclarecido a ele todo o tra#alho que vinha tendoQ" Richardficou imaginando. 2 resposta veio * sua mente rápido demais. (le a tinha %ulgado malmais uma veD.

Lem#rou-se do prCprio acesso de raiva na noite anterior" acusando-a de ociosidadee ganSncia. 4 orgulho ferido a impedira de prestar contas do tra#alho que estava tendo

nas ,ltimas semanas.

Respirando fundo" ele concluiu que n$o podia culpá-la.

E 4 que está faDendo aquiQ

Richard se virou e avistou Bethan parada * porta" usando um vestido de cetimamarelo. 2ssim que ela entrou no quarto" a #rilhante luD da manh$ lhe iluminou a peleperfeita contra o #elo tecido. !e s,#ito" veio * mente de Richard a imagem da primeiraveD que a vira de ca#elos soltos na estalagem Bell X Moon. (le clareou a garganta antesde responder:

E (ste & meu antigo quarto. E (le fitava os reluDentes ca#elos ruivos"

recordando-se de todas as veDes que havia mergulhado o rosto naquelas madei+assedosas quando faDiam amor.

Bethan o encarava" os olhos cinDentos t$o frios quanto sua voD:

E 2h" eu n$o sa#ia disso. E 2pontou para a cama E !ormi aqui esta noite" %áque" como sa#e" a maioria dos quartos está ina#itável.

E Bethan" eu estava muito cansado ontem" quando cheguei... E Richard deu umpasso na dire'$o da esposa" por&m ela o repelia com sua postura severa.

E (stá diDendo a mais pura verdade.

(le odiou o tom imparcial com que aquelas palavras foram pronunciadas" assimcomo n$o apreciou tal sagacidade.

E )erdoe-me" mas devemos nos vestir para o casamento. <ueira me desculpar"milorde" mas Oaith %á está vindo me a%udar a me arrumar.

(le tentou conversar com ela outra veD" entretanto Bethan foi apanhar seu tra%e eo estendeu so#re a cama" sem olhá-lo.

E Muito #em. 2t& mais tarde.

(le feD uma mesura e se retirou em seguida.

9loriana e sir Oother se casaram na igre%a em que a garota havia sido #atiDada.

2 noiva usava um #elo vestido de cetim aDul-celeste e carregava um #uquê delilases dos %ardins de 9ramoor. (la havia aceitado de #om grado a oferta de Bethan"que lhe emprestaria o con%unto de águas-marinhas e p&rolas" mas ent$o uma criada veio

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ao quarto com um con%unto de colar" #rincos e #racelete de p&rolas. 6m cart$o romSnticode Oother acompanhava o presente destinado * noiva.

9loriana n$o mostrou o cart$o a ningu&m" por&m aquelas palavras a tocaram tantoque o con%unto de p&rolas ficou de lado" quase negligenciado" por quase quinDe minutos.Oinalmente" enfeitando-se com ele" a garota insistiu para que Bethan usasse as prCprias %Cias.

E Richard vai ficar imensamente feliD" minha querida. ( v$o com#inar * perfei'$ocom sua roupas.

Bethan assentiu" apesar de sa#er qu$o pouco o marido se importava com ela.Mais tarde" vendo-o conduDir a irm$ ao altar pela nave de pedra" ela considerou o #rilhode felicidade nos olhos da noiva mais encantador do que qualquer %Cia.

E (stá deslum#rante" cara esposa. E 4 elogio murmurado mal alcan'ou osouvidos de Bethan quando ele se %untou a ela no #anco da frente.

Mantendo a compostura" ela agradeceu com um movimento de ca#e'a. <uandonotou que Richard reparava nas %Cias que ela estava usando" lamentou que 9loriana n$o

as estivesse tomado emprestadas. )rovavelmente" ele interpretaria a atitude de Bethancomo outra tentativa de a#randar a raiva que sentia em rela'$o a ela e lhe conferiria omesmo despreDo com que tinha considerado os esfor'os da esposa para reformar 9ramoor.

2fastando de Bethan ainda mais a t$o alme%ada paD de espírito" ele ficavaincrivelmente #elo com o paletC de cetim #ronDe e a cal'a preta que %á havia usadoquando foram a ^hitehall.

)ara alívio dela" Richard a segurou pelo #ra'o durante todo o tra%eto at& acarruagem" depois da cerimNnia. 2o menos ele n$o a envergonhara na frente dos amigos.(nquanto 9loriana e Oother atiravam um punhado de moedas dos degraus de seucoche" Richard feD sinal a Lane para que partissem.

4 silêncio reinava no interior do veículo" interrompido apenas por eventuaisrangidos de madeira" at& que a estrada os conduDiu ao pequeno vale. Z medida que acarruagem descia devagar" Bethan o#servava Richard" que fitava a #onita paisagem pela %anela. 8$o conseguia ver o rosto dele" mas estremeceu quando ele respirou fundo. 2creditava ter arruinado a casa do marido" e ele nunca a perdoaria por isso. )erdida emmeio a seus pensamentos" assustou-se quando ele pousou a m$o so#re a sua e virou-separa ela antes de diDer:

E (stou #astante surpreso. E (le pu+ou a m$o e a fitou" s&rio. E (u n$o faDiaideia do quanto você tem tra#alhado nem do cuidado que tem tomado...

E !everia ter lido minhas cartas. E Bethan olhava fi+amente para a frente"orgulhosa por ainda n$o ter se dei+ado levar pelo pranto.

2 carruagem se lan'ou so#re um trecho acidentado e ela imaginou se o #arulhodos solavancos poderia enco#rir o estrondo de seu cora'$o que se partia.

E )arei de lê-las depois de algum tempo.

(la teve de se esfor'ar para escutar a voD quase inaudível de Richard.

E ocê sC tratava de assuntos relacionados * casa ou a 9loriana. (las soavamt$o pessoais quanto os relatCrios de meu antigo administrador de propriedade. 8em ao

menos pareciam escritas por você.E )or que eu deveria imaginar que quisesse ouvir algo diferente de mim" milordeQ

E (la se recriminava por dentro" incapaD de conter a amargura por mais tempo. E )ediu-

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me que o dei+asse e fiDesse algo ,til em sua faDenda. entei dar o melhor de mimlevando em conta minhas ha#ilidades.

E ( você se saiu #em. (u estava errado. 2ndei pela casa esta manh$ depois de<uintan ter me esclarecido so#re as melhorias que têm sido feitas na faDenda. E 2 voDde Richard e+pressava toda a ang,stia que o atormentava. E (sperei que você meescrevesse" dando alguma e+plica'$o so#re sua partida repentina ou por me re%eitar... 2t&cheguei a dese%ar que você me atirasse algo na ca#e'a" insultada com minha ofensa"mas n$o que você simplesmente partisse" dei+ando-me para trás.

E )arece que fomos vítimas de vários mal-entendidos entre nCs.

8aquele momento" as lágrimas amea'avam %orrar dos olhos de Bethan. )araescondê-las" ela virou o rosto na dire'$o da %anela. 9ramoor parecia indistintamentee+tensa enquanto se dirigiam ao pátio.

E )erdoe-me por n$o ter adivinhado quais eram suas e+pectativas.

(nfim" o coche parou com um solavanco. )rocurando se manter calma" Bethanempurrou a porta e desceu do veículo com a a%uda de um lacaio" que parecia #astante

surpreso. (la pensou ter ouvido Richard chamar seu nome enquanto su#ia os degraus"apressada" em dire'$o ao sagu$o de entrada" por&m n$o o esperou para ter certeDa.

Logo assumiu o papel de anfitri$" rece#endo os convidados que chegavam paracomemorar o casamento de 9loriana e sir Oother. om um sorriso #rilhante nos lá#ios"incentivou os convidados a comer" #e#er e dan'ar. !epois do #rinde aos noivos" todos sesentiram mais * vontade" e ela pNde escapar das risadas e da m,sica.

Richard sentiu a falta de Bethan entre as pessoas que se aglomeravam pela casa.)erguntou so#re o paradeiro dela várias veDes" at& que por fim encontrou um criado quesa#ia onde a patroa se encontrava.

4 ruído das festividades foi ficando para trás * medida que ele seguia pela galeriae cruDava o terra'o. 4 sol #rilhava quente so#re ele enquanto procurava a esposa pelosarredores. 6m nC se formou em sua garganta quando ele avistou os muros reerguidos eos %ardins replantados.

8em a imensa fortuna que Richard e Bethan haviam herdado podia mascarar todaa destrui'$o da casa por tantos anos de negligência. 8a verdade havia tratado das feridasda melhor maneira que ela pudera" mas a casa teria de carregar marcas visíveis enquantoestivesse de p&.

6m sorriso triste curvou os lá#ios de Richard ao e+aminar a ala nova. (le imaginoupoder ouvir os comentários dos pais a respeito. 2 m$e aprovaria o estilo moderno e

convenceria o pai a pensar da mesma forma.6m muro alto de ti%olos eliDa#etanos se elevou diante dele assim que se apro+imou

do final de um terra'o" que tam#&m dava sinais de ter sido reparado. Richard correu osdedos pela aspereDa dos ti%olos" velhos e novos" relem#rando a grossa hera que oreco#ria na &poca de sua infSncia. 6m sorriso discreto surgiu em seu rosto quando eleolhou para #ai+o. 2li" a seus p&s" mudas de hera #rotavam da terra escura e fofa" suasgavinhas %á se agarrando muro acima.

(le caminhou pelos dois lados do terra'o at& chegar * porta. 2s do#radi'as dassClidas placas de carvalho rangeram quando ele a empurrou e" su#itamente" parou ondeestava.

E Meu !eus... E (le mal podia respirar t$o grande era sua estupefa'$o.

!a ,ltima veD que estivera ali" a desola'$o o havia oprimido tanto que tivera de

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dei+ar o local depressa.

2gora as paredes circundavam três retSngulos concêntricos" todos margeados por flores e com um #elo gramado #em verde no centro. (le seguia por um caminho estreitode degraus de pedra que ia se alargando * medida que descia para formar um círculo aoredor de um pequeno lago" no centro do %ardim. !e lá" avistou outra trepadeira que seerguia na parede do lado oposto da porta.

Oicou emocionado. 3eus pais tinham passado muitas tardes de forma tranquila eagradável naquele e+ato lugar.

2gora o ine#riante perfume das flores permeava o ar parado. 7n,meras delashaviam sido plantadas contra os muros. 4utras fragrSncias tam#&m pairavam no ar.Lavanda e ervilha de cheiro se misturavam ao aroma dos pinheiros" dos p&s de alecrim esálvia.

Bethan estava sentada em um #anco de pedra" * margem do pequeno lago"olhando para Richard" apreensiva" enquanto ele caminhava em sua dire'$o. 4 vestidoque ela usava cintilava" contrastando com os ca#elos ruivos de refle+os dourados. (la se

ergueu quando ele se apro+imou" retorcendo um talo de lavanda entre os dedos.(le parou a alguns centímetros de distSncia de Bethan" impedido de chegar mais

perto devido * ,ltima discuss$o que haviam tido. lareou a garganta" nervoso.

E (stá lindo. udo ficou perfeito. E (le queria diDer mais" desesperado pararomper a #arreira entre am#os. E omo sou#e dessa concep'$o dos %ardinsQ

Maravilhado" ouviu-a descrever sua desco#erta a respeito do diário e dos es#o'osfeitos pela m$e dele.

E (la passava horas aqui" especialmente no ver$o" mas de minhas lem#ran'asmais antigas s$o dos passeios pelo gramado ao lado dela. E Richard deu alguns passos

* frente" tomando as m$os delicadas nas suas e #ei%ando-as com carinho. E ocê feDtanto por mim" do'ura...

(la %á se preparava para se livrar dele" por&m foi impedida. 2 seguir" Richard lhesussurrou ao ouvido:

E ocê está reconstruindo meu lar e salvou minha vida e minha honra.

(la deu de om#ros" recordando-se da rispideD com que ele a tratara ao chegar a9ramoor" no dia anterior.

E 9ramoor tam#&m & meu lar agora. E (la mantinha o olhar distante.

7ncapaD de suportar que ela n$o o encarasse" ele lhe ergueu o quei+o. (nt$o" sem

se conter" acariciou a pele sedosa.4 pequeno gesto feD com que ela se sentisse como se fosse desmanchar. 6m

solu'o sufocado escapou dos lá#ios femininos enquanto ele a envolvia gentilmente nos#ra'os. omo Bethan tentava" sem sucesso" parar de chorar" ele a apertou contra seuom#ro" dei+ando que as prCprias lágrimas aflorassem.

E Bethan... Minha Bethan. E Ro'ou os lá#ios no rosto e nos olhos da esposaantes de #ei%á-la na #oca. (u estava t$o preso ao meu maldito orgulho que me recusava aadmitir o quanto você significa para mim E ele murmurou as palavras entre #ei%os.

Levantando a ca#e'a para fitar o rosto #anhado de lágrimas da amada" respirou

fundo" enquanto ela secava sua face com a ponta dos polegares.E Minha doce menina" será que algum dia conseguirá me perdoarQ

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E enho a impress$o de que n$o posso a%udar a mim mesma. E (la deu umsorriso que se transformou em um solu'o. E )or quanto tempo o terei antes que dei+eesta casaQ

Richard estremeceu por dentro mediante a suposi'$o de Bethan de que ele ficariacom ela apenas temporariamente.

E 3e você ainda me quiser" ficarei a seu lado para sempre.Bethan n$o podia acreditar no que aca#ara de ouvir. entou conter outro solu'o.

E Richard" você n$o tem o#riga'$o de ficar a meu lado. ( prefiro que n$o fin%a meamar. E (la se desvencilhou e desviou o olhar.

E 4lhe para mim.

(la se esfor'ou para o#edecer ao comando" reDando para conseguir esconder todaa sua mágoa. 2ssim que se virou para ele" Richard assumiu uma postura de s,plica.

E 8$o estou tentando persuadi-la com adula'Jes" muito menos pretendo #rincar com seus sentimentos. Orancês apenas me usou em #enefício prCprio.

E ocê %á me acusou de faDer o mesmo. E (la #ai+ou o olhar.

6m vento #rando e fresco soprou no %ardim" #rincando com as fitas do vestido deBethan quando ela prosseguiu:

E alveD a sra 3had#ourne n$o agrade mais a você mas n$o tenho d,vida de quehá in,meras trás querendo ocupar o lugar dela em sua cama.

E (u %á tenho uma mulher em minha cama. 6ma que está reconstruindo meu lar eque conquistou meu cora'$o.

(la o encarou ao escutar aquelas palavras. entou desvendar-lhe a e+press$o"

com o cora'$o palpitando" cheia de esperan'as.E (u te amo" Bethan. E (le a envolveu com am#as as m$os pela cintura. 4s

olhos #rilhantes pareciam melancClicos ao acrescentar: E (u gostaria de poder acreditar que você tem dedicado tanto carinho e aten'$o * reforma de 9ramoor porque me amatam#&m.

!esarmada ao escutar as palavras pelas quais tanto ansiara" Bethan enterrou orosto no om#ro largo" reco#erto pelo tecido de cetim.

Mais do que depressa" Richard tornou a a#ra'á-la" murmurando em seguida:

E !iga-me. )reciso ouvir de seus lá#ios...

(la n$o queria mais esconder suas emo'Jes. 2s lágrimas amea'aram rolar por suas faces de novo quando passou os #ra'os ao redor do pesco'o dele.

E 4h" Richard" acho que me apai+onei por você logo que chegamos a Londres. E3orriu com amargura. E OiD quest$o de ter direito so#re parte de minha fortuna" paranunca ter de depender de um homem. (nt$o" desco#ri que aquilo que eu mais queria n$opodia ser comprado.

E !iga" querida. <uero ouvi-la pronunciar as palavras... E (le a sacudiu de leve.

E (u te amo...

8o mesmo instante" ele a a#ra'ou pela cintura" e os dois se puseram a rodopiar *s

margens do lago. Bethan quase n$o conseguia respirar devido ao a#ra'o apertado. 3eusp&s mal tocavam a trilha de pedra quando ele parou de girar e a #ei%ou na #oca comvoracidade. (la entrea#riu a #oca ávida" passando os dedos pelos cachos sedosos. 2

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certa altura" Richard afastou os lá#ios dos dela" com um sorriso largo a iluminar seu rosto.

E Oalta apenas uma coisa a ser feita para que todos os dese%os de meu paitenham sido realiDados.

E 4h" a que está se referindoQ E (la desconfiou do olhar Dom#eteiro do marido.E (stou reconstruindo sua casa...

E 6ossa casa E ele a corrigiu. E ( está me dando seu amor. 4u melhor" estamosamando um ao outro. E Bei%ou-a mais uma veD.

)ara a#reviar a conversa" Bethan o o#servou" divertida" antes de acrescentar:

E ( a%udei sua irm$ com os preparativos desse casamento #em mais ela#orado doque uma campanha militar. 3endo assim" o que ainda está faltando" milordeQ

(le cruDou os #ra'os e a fitou de modo provocante.

E )ara formar minha família" preciso de um herdeiro.

(la arqueou as so#rancelhas.

E 8$o posso assumir essa responsa#ilidade soDinhaRichard se empertigou.

7 om rela'$o a essa cuidadosa o#serva'$o" creio que este%a certa" milad. Masinsisto em que creio que resolvamos a quest$o na primeira oportunidade.

Bethan o a#ra'ou com for'a.

E Ho%e * noite" meu amorQ

4 tom verde dos olhos de Richard se intensificou quando ele #rincou com odelicado la'o do vestido de Bethan" na altura do pesco'o.

E 4 quanto antes" eu diria...6m arrepio a percorreu da ca#e'a aos p&s ao ouvir o sussurro rouco do marido.

(ntretanto" ela recuou" repreendendo-o:

E Richard Harcourt" você n$o vai me arrastar escada acima diante de todos osconvidados E (la sentiu o cora'$o disparado no instante em que ele semicerrou aspálpe#ras.

E omo queira" do'ura... E 2pesar do olhar ardente" ele a tomou pela m$o e aconduDiu em dire'$o ao muro.

2 inten'$o de Richard se tornou mais clara quando ele a conduDiu para um canto

mais afastado. om os olhos arregalados" Bethan o viu tirar-lhe a touca e atirá-la aoch$o.

E Richard" o que está faDendoQ

(le confirmou as suspeitas de Bethan quando se livrou da gravata e a %ogou %unto* touca. (la estava petrificada.

E Oicou malucoQ 2lgu&m pode nos ver

Mantendo os olhos fi+os nela" ele arrancou o casaco e o dei+ou cair.

E (stá me ouvindo" RichardQ

E 8$o. E 4 monossíla#o foi sussurrado contra o pesco'o de Bethan.(le a #ei%ou e a mordiscou at& que os %oelhos delicados vacilassem" contudo ela

protestou mais uma veD:

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E 8ossas roupas v$o ficar su%as e amarrotadas.

E 8$o se as tirarmos antes.

(le calou as quei+as da esposa definitivamente com a prCpria #oca.

E Meu amor" devemos dar um pouco de aten'$o aos convidados. E Bethansuspirou" com pesar" de cima do corpo nu de Richard. E 2l&m do mais" o sol provoca

sardas terríveis em minha pele.(le riu e lhe acariciou as costas nuas.

E 2 maioria delas n$o vai ficar visível. E (le a rolou e a deitou so#re a grama. E(spero que tenha gostado da e+periência" porque pretendo repeti-la. E 3eus olhos#rilharam" sedutores. E <uero vê-la #ela e ousada so#re mim" muitas veDes.

<uando Richard e Bethan voltaram * casa" vários dos convidados questionaramsua ausência. 2lguns arquearam as so#rancelhas e fiDeram comentários sussurrados"outros lhes sorriram" condescendentes. (nquanto circulava entre as pessoas" de #ra'odado com Richard" disfar'adamente" ela e+aminava a aparência de am#os no imenso

espelho pendurado * parede.erta de que nenhum dos dois aparentava ter vindo de uma #rincadeira lasciva nos

%ardins" passou pelos convidados es#an%ando serenidade. 4 casal interrompeu suaso#riga'Jes por um #reve período #em a tempo de ouvir por acaso a conversa de duasmulheres de idade avan'ada. 6ma ressaltava a contagiante felicidade de lorde Harcourtenquanto a esposa dei+ava de lado tais conceitos romSnticos ao opinar:

E 3e eu tivesse me casado com um herdeiro de uma fortuna de vinte mil li#ras emdinheiro" tam#&m estaria radiante.

E 2 %ulgar pela maneira como ele a o#serva" arisco-me a diDer que ele gosta maisda esposa do que do dinheiro que ela lhe conferiu. E 2 primeira senhora cutucou a

parceira. E 4uvi comentários de que ela & descendente de uma família de puritanos" e"se você quiser sa#er isso & maravilhoso 6ma mulher sC#ria e recatada irá faDer com que

ann stephens - a noiva seduzida

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