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ESTADO DE MATO GROSSO ANÁLISE DA RECEITA PUBLICA 2005 – anual (janeiro a dezembro) Secretaria Adjunta da Receita Pública Janeiro 2006

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ESTADO DE MATO GROSSO

AANNÁÁLLIISSEE DDAA RREECCEEIITTAA PPUUBBLLIICCAA 22000055 –– aannuuaall ((jjaanneeiirroo aa ddeezzeemmbbrroo))

SARP

Secretaria Adjunta da Receita Pública

Janeiro 2006

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho, sobre o comportamento da receita pública do Estado de Mato Grosso no ano de 2005 (Janeiro/dezembro) é mais uma etapa da série de avaliações parciais e periódicas realizadas, conforme exige a Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Visa, além de prevenir riscos e permitir a correção de eventuais desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, aferir resultados e motivar/encorajar todos os gestores públicos para a busca da otimização da realização da receita.

Procurou-se identificar o potencial de cada uma das grandes contas de receita, que, no presente trabalho, está foi denominado “receita analisada”.

As distâncias entrem a receita realizada e analisada representam possibilidades de o Estado avançar na arrecadação, sem aumento nas alíquotas dos tributos. Representam também um desafio para os respectivos gestores dessas contas. Procura-se, assim, contribuir para o aperfeiçoamento das atividades inseridas no macro-processo da receita pública estadual.

MARCEL SOUZA DE CURSI

Secretário Adjunto da Receita Pública

Secretaria Adjunta da Receita Pública

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RESUMO EXECUTIVO

RECEITA PÚBLICA

A análise da receita pública mostra que do total das receitas, a tributária representou 59,10% , as contribuições 8,83% e as transferências correntes 25,33%, totalizando, esses três grandes grupos, 93,26% da receita. Merecem, portanto, atenção especial.

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A receita pública total prevista para o período foi de R$ 5.658,0 milhões, tendo-se realizado 5.795,9 milhões, R$ 137,9 milhões (2,4%) acima da previsão. No entanto, avaliando-se o que poderia ter sido realizado, verifica-se que essa receita poderia ter atingido R$ 6.311,7 milhões, 8,2% acima da realizada.

As contas de receita que apresentaram os desempenhos mais críticos no período foram as de receitas de capital, dívida ativa, multas e juros e transferências voluntárias.

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1. RECEITA TRIBUTÁRIA

Os dados mostram que o montante da arrecadação de receita tributária ficou 3,3% abaixo das projeções iniciais, resultando uma receita de R$ 115 milhões abaixo da prevista.

A análise do efetivo comportamento da economia no período indica que essa arrecadação poderia ter sido 4,1% (R$ 147,8 milhões) maior, o que indica que há espaço para incrementar a receita, sem alteração de alíquotas de tributos.

1.1. IRRF Trata-se de receita tributária por força da Portaria STN nº 212, de

04/06/2001.

1.2. IPVA A previsão de arrecadação de IPVA para o período foi de R$ 118,3

milhões. Realizou-se a receita de R$ 129,8 milhões, 9,8% acima da previsão. A eficácia atingiu 77%, contra a projeção de 59%. Houve avanços, portanto.

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1.3. ICMS

A receita de ICMS projetada em março de 2004 para o ano de 2005, foi de R$ 3.269,0 milhões. A arrecadação efetiva atingiu o montante de R$ 3.085,6 milhões, R$ 184 milhões (5,6%) abaixo da previsão.

Ao analisar-se o efetivo comportamento da economia no período, conforme detalhado no presente trabalho, com ajustamento das hipóteses iniciais a esse comportamento – aqui identificada como “projeção analisada” – conclui-se que a arrecadação poderia ter atingido o valor de R$ 3.233 milhões. Ficou, portanto, R$ 147,8 milhões (4,6%) abaixo do que poderia ter sido realizado, caso não houvesse perda de eficácia.

De fato, a eficácia alcançada foi de 65,6%, contra uma eficácia possível de 69,1%.

A comparação da arrecadação no mesmo período em 2005 com a realizada em 2002, 2003 e 2004, em valores nominais e valores reais, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta no quadro abaixo:

1.4. ITCD e TAXAS A estimativa desse tributo com base em metodologia que identifique o

seu potencial encontra-se ainda não implementada.

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2. EFICÁCIA DA RECEITA PÚBLICA.

As receitas que apresentam eficácia de 100%, exceto IPVA e ICMS, têm esse comportamento porque não se desenvolveu, ainda, a metodologia para estimar seu potencial, admitindo-se, por ora, que seja igual à receita efetiva. Dessa forma, a eficácia da receita pública provavelmente seja inferior aos 73% apurados. De qualquer forma, vislumbra-se a possibilidade de avanços significativos no incremento da receita.

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2. RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES

2.1 FETHAB

O potencial de arrecadação do FETHAB para 2005, inicialmente projetado em R$ 302,5 milhões foi reavaliado, diante de ajustes nos segmentos, de acordo com o comportamento efetivo da economia. A estimativa do potencial anual passou para R$ 321,6 milhões e realizou-se R$ 294,8 milhões, resultando um inconverso de R$ 26,8 milhões (eficácia de 92%).

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3. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES (Constitucionais e legais)

Estava prevista uma receita de R$ 869,9 milhões de transferências

constitucionais e legais para o ano de 2005. Atingiu-se o montante de R$ 1.052,9 milhões, R$ 183 milhões (21%) acima da previsão.

MULTAS E JUROS

Necessita-se, ainda, definir eficácia, ajustar os códigos de receita, registrar a renuncia fiscal e acrescentar no potencial os valores do PAT-C/C.

RECETA DA DÍVIDA ATIVA

A receita da dívida ativa está com comportamento bem abaixo da expectativa. A previsão de receita para o ano foi de R$ 17,1 milhões tendo-se realizado apenas R$ 12,0 milhões, para um potencial de R$ 70,0 milhões.

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ÍNDICE Resumo executivo.................................................................. 01

Aspectos legais e metodológicos ----------------------------------- 10 Aspectos legais --------------------------------------------------------- 11 Aspectos metodológicos --------------------------------------------- 14

Comportamento da receita tributária .----------------------------- 20 Gráficos ------------------------------------------------------------------ 21 Tabelas ------------------------------------------------------------------- 24 Participação das Ativ.Econ. na Receita do ICMS_________ 37 Análise da eficácia tributária do ICMS --------------------------- 38 Modelo Econométrico------------------------------------------------- 55 ICMS Per Capita--------------------------------------------------------- 57 Transferências correntes e de contribuições--------------------- 58

Transferência constitucionais---------------------------------------- 59

Transferência Per Capita--------------------------------------------- 60

Transferências voluntárias-------------------------------------------- 65

Multas, juros e dívida ativa ------------------------------------------- 66 Créditos tributários “sub judice” ------------------------------------- 68 Créditos tributários a recuperar -------------------------------------- 70 Perfil do PTA--------------------------------------------------------------- 72 Conta corrente fiscal----------------------------------------------------- 76 Transferências a Fundos (FUNGEFAZ, FESP)------------------- 77

Prognósticos e Circunstâncias Relevantes------------------------- 78 Memórias de cálculo do ICMS ---------------------------------------- 82

Anexo (glossário)---------------------------------------------------------- 99

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ASPECTOS LEGAIS E METODOLÓGICOS

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ASPECTOS LEGAIS 1. DISPOSIÇÕES LEGAIS

1.1 Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000 A Lei de Responsabilidade Fiscal determina a realização, a cada dois

meses, de uma avaliação de desempenho da receita, tendo por base o documento anual que a estimou – art. 13 da LRF.

Dessa forma, a previsão da receita precisa ser desdobrada em metas bimestrais. Isto é, 30 dias após a publicação do orçamento.

O acompanhamento da arrecadação visa garantir as metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Por exemplo: caso tenha sido assegurado na LDO um superávit de 0,5% da receita estimada e no 5º bimestre de 2002, o controle orçamentário do Estado tenha revelado a seguinte posição:

BIMESTRE META DE

ARRECADAÇÃORECEITA

ARRECADADADIFERENÇA

ACUMULADA1º 1.000 1.100 + 1002º 1.200 1.250 + 1503º 1.300 1.200 + 504º 1.100 1.100 + 505º 1.500 1.170 ( 280 )6º 900 -

TOTAL 7.000

A diferença negativa de 280, projeta para 2002, no exemplo acima, um déficit orçamentário de 4% (280/7000), supondo-se que o Estado tenha empenhando valor próximo da receita prevista.

Se a Administração comprometeu-se, na LDO, realizar superávit de 0,5%, terá ela que “congelar” valor equivalente a 4,5% das dotações iniciais dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e do Ministério Público, ou – o que dá no mesmo – limitar os empenhos em até 95,5% da verba original. Todo esse esforço visa atingir o que foi, de antemão, assegurado na LDO (superávit de 0,5%).

Textualmente a LRF estabelece:

“Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à

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evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. § 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. (Constituição Federal, art. 166, § 1º... Comissão permanente de Senadores e Deputados).”

A LRF prevê também a prestação de contas periódicas à sociedade das realizações do Poder Executivo no campo tributário. Trata-se da divulgação do seu programa de melhoria da arrecadação, sua política tributária, enfim. Depois, quando terminado o ano, o chefe do Executivo prestará contas das realizações nesse campo.

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Caso a receita própria venha mostrar-se declinante nos últimos 3 anos – a política tributária poderá conter (art. 12 da LRF):

Medidas para atualização do cadastro de contribuintes;

Critérios de fiscalização para evitar evasão, elisão e sonegação de impostos e taxas;

Revisão de isenções concedidas;

Métodos para intensificar a cobrança da dívida ativa;

Adequação de taxas ao custo real dos serviços e outras medidas. Nesse sentido, a Lei estabelece:

“Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições. “

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ASPECTOS METODOLÓGICOS

1. METODOLOGIA

1.1 Projeção da Receita do ICMS A metodologia de estimativa da receita de ICMS adotada pela SEFAZ/MT,

em março de 2001, considerou a dinâmica macroeconômica atual e futura da base produtiva do Estado, ao invés da tendência histórica de comportamento da receita. O acelerado processo de crescimento e transformação produtiva da economia local, a partir da segunda metade da década de 90, motivou essa decisão. Entendeu-se que o ritmo e a trajetória do ICMS de hoje não guarda aderência com o verificado nos últimos 10 anos.

Assim, a previsão de receita de ICMS deu-se a partir de informações sobre o potencial de consumo e de estimativas do comportamento do PIB setorial, em agrupamentos denominados SEGMENTOS.

Esse agrupamento poderia ser feito sob a ótica do produto ou da sua cadeia produtiva. Optou-se por englobar em cada Segmento, preferencialmente todas as atividades referentes à sua cadeia produtiva, pois tal procedimento guarda sintonia com a abordagem adotada pelo Governo do Estado em sua Política de Desenvolvimento Regional. Além disso, tal estruturação contribui para a padronização do Sistema de Administração Tributária, em consonância com o modelo de gestão da SEFAZ/MT e permite maior eficácia na projeção e acompanhamento da receita, garantindo a arrecadação. Permite ainda mensurar e avaliar o efeito multiplicador da renda e de tributos decorrentes da produção de um determinado bem e maior controle de sonegação e créditos.

Apesar desse entendimento não foi possível enquadrar todos os Segmentos no conceito de cadeia produtiva, de modo que alguns ainda permanecem sob a ótica do produto. Adotou-se portanto, o conceito misto, conforme demonstrado no Quadro I.

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QUADRO I - SEGMENTOS: CONCEITO MISTO

ÓTICA DE CADEIA PRODUTIVA E ÓTICA DE PRODUTO

SEGMENTO CONCEITO MISTO

1. Algodão Produção, Indústria, Comercialização 2. Arroz Produção, Indústria, Comercialização (exclusive comercialização alcançada

por outros segmentos)

3. Atacado Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos

4. Bebidas Indústria, Distribuição e Comercialização

5. Combustíveis Diesel, Àlcool, Gasolina, GLP, GNV, Querosene

6. Comunicação Telefonia, Rádio Difusão, TV, TV a Cabo, Correios, Internet

7. Energia Elétrica Consumo

8. Madeira Extração, Beneficiamento, Indústria Moveleira

9. Medicamentos Distribuidores e Farmácia

10. Pecuária Produção, Indústria, Exportação, Comercialização (inclusive frigoríficos, casas de carnes, etc)

11. Soja Produção, Indústria, Exportação e Comercialização Mercado Interno

12. Supermercados Hiper, Super, Produtos Alimentícios, bebidas, fumos, outros (inclusive substituição tributária)

13. Transportes Aéreo, rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário, fluvial

14. Varejo Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos e inclusive substituição tributária

15. Veículos Automóveis, Motos, Ônibus, Caminhões, Auto-Peças, Pneus e Acessórios

16. Outros Outras receitas de ICMS (inclusive outros produtos agrícolas não alcançados pelos segmentos)

Os critérios para definir produto ou cadeia produtiva como Segmento foram sua representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado, de modo que o conjunto dos Segmentos representasse, no mínimo, 90% da arrecadação total.

Para os diversos PIBs setoriais – PIB dos Segmentos - adotou-se a hipótese de elasticidade unitária PIB - receita tributária, ou seja, para cada ponto de crescimento/redução no PIB registra-se um incremento/queda de um ponto na receita de ICMS.

Como proxy do PIB considerou-se a estimativa do faturamento de cada Segmento, com base em informações sobre a demanda local, obtida a partir de indicadores de consumo per capta e o volume de produção do Segmento. Essa informação permitiu identificar a capacidade contributiva potencial dos agentes econômicos.

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Os Códigos Nacionais de Atividade Econômica (CNAE-Fiscal) correspondentes aos respectivos segmentos econômicos são os abaixo relacionados: ALGODÃO 0112-0/00 1711-6/00 1721-3/00 1731-0/00 5121-7/02 ARROZ 0111-2/01 1551-2/01 1551-2/02 ATACADO 5155-1/00 5162-4/00 1764-7/00 5163201 e 5163202 1769-8/00 5191-8/00 1561-0/00 1771-0/00 1562-8/01 1719-1/00 1772-8/00 1600-4/03 a 1600-4/04 1779-5/00 1723-0/00 1724-8/00 1732-9/00 1732-9/00 1733-7/00 1741-8/00 1749-3/00 1771-0/00 1762-0/00 1763-9/00 BEBIDAS 1591-1/01 a 1591-1/02 5136-5/01 a 5136-5/03 1595-4/01 a 1595-4/02 1592-0/00 1594-6/00 1593-8/01 a 1593-8/02 5136-5/99 5224-8/00 COMBUSTÍVEIS 2329-9/01 a 2329-9/02 1110-0/01 2340-0/00 4020-7/01 a 4020-7/02 2321-3/00 5050-4/00 5151-9/01 5151-9/06 2330-2/00 5247-7/00 2320-5/00 COMUNICAÇÃO 6420-3/01 a 6420-3/06 6420-3/29 a 6420-3/30 6411-4/01 a 6411-4/02 6420-3/51 a 6420-3/52 6412-2/01 a 6412-2/02 6412-2/00 6420-3/80 6420-3/11 a 6420-3/12 6420-3/19 6420-3/92 6420-3/21 a 6420-3/22 6420-3/40 6420-3/99

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ENERGIA 4010-0/01 4010-0/02 4010-0/04 4010-0/05 4011-8/00 4012-6/00 4013-4/00 4014-2/00 MADEIRA 0211-9/01 a 0211-9/05 3611-0/01 3611-0/02 0212-7/01 0212-7/02 2010-9/00 2022-2/99 2010-9/01 2010-9/02 2029-0/00 2023-0/00 2022-2/01 2022-2/02 0213-5/00 2429-5/01 2029-0/01 2029-0/02 2021-4/00 5153-5/01 5244-2/04 MEDICAMENTOS 2452-0/01 a 2452-0/02 2451-1/00 2473-2/00 5145-4/01 a 5145-4/03 2453-8/00 5146-2/01 5241-8/01 a 5241-8/04 2454-6/00 5241-8/06 PECUÁRIA 0141-4/01 a 0142-2/02 5133-0/02 a 5133-0/03 0145-7/01 a 0145-7/05 0146-5/04 0512-6/06 0146-5/05 a 0146-5/06 0150-3/00 0512-6/99 0511-8/01 a 0511-8/04 0142-2/99 1514-8/00 0512-6/01 a 0512-6/04 0143-0/00 1541-5/00 1511-3/01 a 1511-3/06 0144-9/00 1542-3/00 1511-3/01 a 1511-3/06 0146-5/01 1910-0/00 1512-1/01 a 1512-1/02 0146-5/03 1929-1/00 1513-0/01 a 1513-0/02 0146-5/99 5131-4/00 5122-5/01 a 5122-5/06 0162-7/01 5134-9/00 5135-7/00 5223-0/00 SOJA 0115-5/00 1531-8/00 1532-6/00 5121-7/04 5139-0/03

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SUPERMERCADO 1571-7/01 1571-7/02 1554-7/00 5121-7/03 1581-4/01 1581-4/02 1555-5/00 5137-3/02 1583-0/01 1583-0/02 1559-8/00 5211-6/00 1589-0/01 1589-0/03 1562-8/02 5212-4/00 1600-4/01 1600-4/02 1572-5/00 5214-0/00 5139-0/01 5139-0/02 1582-2/00 5222-1/00 5139-0/04 5139-0/05 1584-9/00 5229-9/02 5213-2/01 5213-2/02 1585-7/00 5229-9/99 5221-3/01 5221-3/02 1589-0/05 1552-0/00 1553-9/00 1589-0/99 TRANSPORTE 6010-0/01 a 6010-0/02 6220-0/01 a 6220-0/02 6023-2/01 a 6023-2/02 6021-6/00 6112-3/00 6024-0/01 a 6024-0/04 6022-4/00 6210-3/00 6025-9/01 a 6025-9/07 6027-5/00 6230-8/00 6026-7/01 a 6026-7/03 6028-3/01 6311-8/00 6121-2/01 a 6121-2/02 6029-1/00 6321-5/99 6122-0/01 a 6122-0/02 6030-5/00 6123-9/01 a 6123-9/02 6111-5/00 VAREJO 5269-8/01 a 5269-8/04 2630-1/99 5116-0/00 2630-1/01 a 2630-1/05 2642-5/00 5117-9/00 2641-7/01 a 2641-7/02 2741-3/02 5118-7/00 2749-9/01 a 2749-9/01 2742-1/00 5119-5/00 5153-5/02 a 5153-5/07 2692-1/00 5153-5/99 5231-0/01 a 5231-0/03 2699-9/00 5229-9/01 5242-6/01 a 5242-6/04 2741-3/02 5229-9/03 5243-4/01 a 5243-4/04 2742-1/00 5232-9/00 5244-2/01 a 5244-2/03 2749-9/99 5233-7/01 5244-2/05 a 5244-2/08 2751-0/00 5233-7/02 5245-0/01 a 5245-0/03 2752-9/00 5241-8/05 5246-9/01 a 5246-9/03 2811-8/00 5243-4/99 5249-3/01 a 5249-3/03 2812-6/00 5244-2/99 5249-3/05 a 5249-3/13 2913-0/00 5249-3/15 5521-2/01 a 5521-2/02 3152-6/00 5249-3/99 5523-9/01 a 5523-9/02 5112-8/00 5250-7/01 2649-2/00 2481-3/00 5113-6/00 5250-7/99 2913-0/01 2483-0/00 5114-4/00 5522-0/00 5261-2/01 2491-0/00 5115-2/00 5524-7/01 1543-1/00 2529-1/03

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VEÍCULOS 3142-9/01 a 3142-9/02 2953-0/00 3522-0/00 3410-0/01 a 3410-0/03 2954-8/00 3523-8/00 3420-7/01 a 3420-7/02 3160-7/00 3531-9/00 3449-5/01 a 3449-5/02 3431-2/00 3532-7/00 3511-4/01 a 3511-4/03 3432-0/00 3591-2/00 3512-2/01 a 3512-2/02 3439-8/00 3592-0/00 5010-5/01 a 5010-5/07 3441-0/00 3599-8/00 5020-2/01 a 5020-2/03 3442-8/00 5020-2/05 5030-0/01 a 5030-0/06 3443-6/00 5042-3/00 5041-5/01 a 5041-5/05 3444-4/00 5149-7/02 2511-9/00 2932-7/00 3450-9/00 5249-3/04 2512-7/00 2940-8/00 3521-1/00 5249-3/14 OUTROS Demais CNAE-FISCAL não relacionados anteriormente.

O ICMS potencial, obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento no valor do faturamento, refere-se ao valor da arrecadação em uma situação ideal (ausência de externalidades na gestão tributária, tais como, renúncia, inadimplência, medidas judiciais que anulem a obrigação tributária, contencioso administrativo, sonegação fiscal, fraudes e outras formas de renúncia).

A renúncia por segmento foi calculada a partir de levantamento das concessões de incentivos fiscais isolados (redução de base de cálculo, crédito presumido, isenção, crédito outorgado, diferimento) e de programas de incentivos fiscais.

O inconverso representa o ICMS potencial menos: renúncia fiscal, aproveitamento de créditos e ICMS efetivo. O ICMS efetivo é obtido com base no registro das receitas recolhidas ao erário.

Essa metodologia permitiu identificar um importante indicador de desempenho da receita pública, que é o de eficácia tributária, o qual estabelece uma relação entre a receita efetiva e a potencial, revelando o espaço ainda existente para avançar em termos de arrecadação.

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COMPORTAMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA

Gráficos e Tabelas

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39

22 22

49

29

33

148

118

141

111

11 3

113

-

20

40

60

80

100

120

140

160

Algodão Arroz Atacado Bebidas

ICMS Anual - 2005 - Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível _ R$ milhões

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

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41

61 64

169

139

139

252

147

147

156 137

157

-

50

100

150

200

250

300

Medicamentos Pecuária Soja Supermercados

ICMS Anual - 2005 - Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível _ Em R$ milhões

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

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123 16

3

173

316

365 37

8

168

168

168

124

47 47

-

50

100

150

200

250

300

350

400

Transporte Varejo Veículos Outros

ICMS Anual - 2005 - Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível _ Em R$ milhões

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

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PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NA RECEITA DO

ICMS

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ANÁLISE DA EFICÁCIA TRIBUTÁRIA DO ICMS

Esta seção analisa e compara os resultados da arrecadação do ICMS no período,

bem como a sua eficácia tributária vis-à-vis a receita prevista originalmente (em março de 2004) e a receita analisada. Receita analisada refere-se à receita obtida a partir da atualização das hipóteses utilizadas para projetar a receita em março de 2004, de modo a incorporar o comportamento efetivo das variáveis macroeconômicas registrado em 2005.

Esse procedimento metodológico proporciona aos gestores da administração tributária uma visão mais realista do desempenho da eficácia tributária, revelando-se, dessa forma, um importante instrumento de orientação do processo de decisão das ações de fiscalização.

A arrecadação do ICMS de 2005, de R$ 3.085,6 milhões, representa um incremento nominal de 4,6% e real de (–1,8)%, em relação ao mesmo período de 2004. Essa comparação revela, portanto, um comportamento negativo. Entretanto, quando o comparamos com a receita projetada à luz do desempenho real da economia, a conclusão é a de que ainda há espaço para a arrecadação avançar. Isto porque a receita analisada para esse período é de R$ 3.247 milhões, significando que a receita realizada está R$ 161,2 milhões (5%) abaixo do patamar compatível com o desempenho econômico do Estado no período.

A arrecadação do ICMS do período 2005/2002 apurou um incremento nominal de 65,5% e real de 14,24%.

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Análise da Eficácia Tributária em 2005, por Segmento.

1. Algodão

Realizou-se uma revisão do faturamento do segmento algodão com atualização das hipóteses: a produção para 2005 , inicialmente estimada em 481,7 mil toneladas, foi ajustada para 582,1 mil toneladas, conforme dados recentes divulgados pela CONAB.

A exportação e a comercialização no mercado interno foram ajustadas de 120,4 para 201.569 mil toneladas e de 361,3 para 323.057 mil toneladas, respectivamente, para o ano de 2005. O principal ajuste, no entanto, verificou-se no preço, inicialmente projetado em R$ 5.572/t, e agora ajustado para R$ 2.522/t, que representa os preços médios mensais do período, ponderados pela sazonalidade da comercialização. Dessa forma, o faturamento anual passou de R$ 2.684 milhões para R$ 1.468.

A receita projetada inicialmente para o período foi de R$ 39 milhões, tendo-se realizado R$ 22 milhões, para uma receita possível também de R$ 22 milhões.

A eficácia tributária do segmento anual , inicialmente projetada em 16% fechou o período em 24%.

Essa baixa eficácia deve-se ao expressivo volume de renúncia fiscal para o algodão.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais, resulta para o período uma arrecadação 18,1% abaixo ao mesmo período do ano anterior.

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2. Arroz

Realizou-se também uma revisão no faturamento do segmento arroz, pois a produção, inicialmente estimada para 2005, de 1.611,4 mil toneladas foi ajustada para 2.043,2 mil toneladas, conforme dados recentes da Conab.

Houve revisão também na estimativa de preço: de R$ 561,90/t da projeção inicial para R$ 318,0/t, que é a média dos preços mensais praticados no período, ponderados pela sazonalidade da comercialização. Com esses ajustes o faturamento anual passou de R$ 1.029 milhões para R$ 696 milhões.

A expectativa de arrecadação anual passou de R$ 49 milhões, com eficácia de 40%, para 29 milhões, com eficácia de 35%.

A arrecadação efetiva anual foi de R$ R$ 29 milhões, ficando abaixo 12% ( 4 milhões) de uma receita possível de se realizar. Conseqüentemente a eficácia foi 35%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 1,2% inferior a 2004.

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3. Atacado

Para o comércio atacadista previa-se uma arrecadação anual, de R$ 148 milhões, tendo-se realizado 118 milhões, 20,2% abaixo da projeção. A receita analisada totalizou R$ 141 milhões.

Houve uma sensível queda na eficácia do segmento: em 2004 a eficácia realizada foi de 71%, que caiu para 58% no ano de 2005.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 21,6% inferior a 2004.

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4. Bebidas Ajustou-se o valor do faturamento de 2005 de R$ 767 milhões para R$ 736 milhões, com

base no faturamento realizado em 2004 e atualização dos índices de preços. Ajustou-se, também, a eficácia tributária de 73%, projetada em março de 2004, para 77%.

A receita atingiu, no período, R$ 112 milhões e, ficou compatível àquela que seria possível realizar.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 10,8% superior a 2004.

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5. Combustíveis

O faturamento anual inicialmente projetada para o segmento foi de R$ 5.708 milhões, em

função do crescimento de consumo e de reajuste de preços. (variação do IGP-DI e crescimento do PIB = total de 14%). Na revisão das hipóteses, atualizou-se a estimativa desses índices e o reajuste de preços em set/05 de 8,27%, resultando um crescimento de 7,07%.

A arrecadação realizada no período, de R$ 785 milhões, ficou R$ 26 milhões (3,3%) abaixo

da projetada e ficou R$ 9 milhões (1,2%) daquela que poderia ter sido realizada. A eficácia manteve-se em 76%, contra 75% de 2004. Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior,

em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 3,5% superior a de 2004.

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5. Comunicação

A hipótese inicial (março de 2004) para o comportamento do faturamento do setor era de crescimento de 15,80% no ano de 2005, decorrente de 5% de incremento nos preços, 8% de crescimento do PIB e 2,12% de expansão no consumo.

A hipótese ajustada considera o crescimento de preços de 1,23%, 2,5% de crescimento do PIB e 1,92% de crescimento referente à pop., totalizando 5,75% de incremento no faturamento, sobre o faturamento efetivo de 2004 (R$ 1.283 milhões). Assim, o faturamento anual passou de R$ 1.363 – projeção inicial - para R$ 1.357 milhões – projeção analisada. A arrecadação realizada, de R$ 362 milhões ficou 3,2% (R$ 12 milhões) abaixo da projeção original e, 3,4% ( R$ 12,4 milhões) daquela poderia ter sido realizada. A eficácia tributária projetada, de 92% , atingiu 89%. O inconverso decorrente da análise do segmento, poderia atingir R$ 12 milhões, tendo-se realizado R$ 35 milhões.

Mesmo assim, comparando-se a arrecadação efetiva do segmento no período com o mesmo período do ano anterior, resulta em valores reais para 2005 uma arrecadação 4,9% superior a 2004.

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6. Energia Elétrica

As hipóteses iniciais, de março de 2004, indicavam um incremento no consumo de 8%

(variação do PIB) e aumento de preços de 5,22% (IGP-M), resultando num aumento de 13,64% no faturamento.

No ajuste das hipóteses manteve-se o incremento no faturamento de consumo de 8% (estimativa crescimento do PIB estadual – LDO 2006) e elevação de 7,44% no preço, o que resultou em 16,04% de aumento no faturamento, aplicado sobre o faturamento efetivo de 13,64% em decorrência do reajuste de tarifa em 08.04.2005 (IGP-M mais PIB = 3,73%; reajuste: impacto médio: 13,67%).

Assim, a arrecadação de R$ 314 milhões, embora 4,7% acima dos R$ 300 milhões projetados em março de 2004, ficou abaixo R$ 50,6 milhões (16,1%) daquela que poderia ter sido realizada em decorrência de parcelamento do recolhimento não efetuado. A eficácia alcançada, de 72%, está abaixo da projeção inicial de 84%, e da alcançada em 2004, de 87%. Projetamos uma expansão de 8,5%, no entanto, altas temperaturas elevaram o consumo de energia. Segundo a Rede Cemat, no período entre janeiro e agosto, o crescimento foi de 8,74% ( de 2,61 milhões p/ 2,84 de MWh) – 24 horas news 30.09.2005-08h08.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 3,4% superior a de 2004.

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7. Madeira

A projeção inicial – março de 2004 - do faturamento do segmento foi realizada com base na estimativa de participação do segmento no PIB estadual: 5,2%. Na revisão ajustou-se essa previsão com base no faturamento efetivo de 2004, na revisão do faturamento total considera variação média anual dos preços médios mensais por metro cúbico de pranchas de essência nativa no Estado do Pará (Fonte: CEPEA/ESALQ/USP - Informativo CEPEA Setor Florestal): 5,1%, menos 4,53% de redução nos negócios do segmento (equivale à redução no valor, em US$, das exportações de 2005 em relação a 2004), decorrente da "Operação Currupira", resultando um incremento líquido no faturamento de 0,57%.

Aplicando-se esse percentual sobre o faturamento de 2004, de R$ 1.584,9 milhões – contra

R$ 1.378 projetados em março de 2004 – tem-se um faturamento para 2005, de R$ 1.594 milhões. As exportações do segmento em 2004 representaram 36,6% do faturamento. Para 2005, a

projeção inicial previa exportações correspondentes a 32,7% do faturamento, e na análise foi ajustado para 28,6%.

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A arrecadação do segmento ficou R$ 12,7 milhões (14,6%) acima da projeção de março de 2004 e R$ 12,7 milhões (12,8%) abaixo daquela que poderia ter sido realizada.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 5,4% inferior a 2004.

8. Medicamentos

A hipótese inicial (março de 2004), de crescimento no faturamento anual de 7,23% decorrente do aumento de consumo (2,12%) e nos preços (5%), aplicados sobre um faturamento estimado de 2004, de R$ 455 milhões, foi ajustada na análise para um crescimento do faturamento, de 10,1%, decorrente do reajuste de preços (5,71%) autorizado com base na variação do IPCA no período de março de 2004 a fevereiro de 2005 (Resolução CMED nº 2, de 14.03.2005)e aumento de consumo (crescimento da população) de 1,92%.

Essa variação, aplicada sobre o faturamento realizado em 2004, de R$ 605,2 milhões resultou no ajuste do faturamento anual de R$ 488 milhões (março de 2004), para R$ 770 milhões, resultado de um incremento real de 10,4%, conforme estimativa da ABCFarma.

A análise indica que a arrecadação no período foi 61 milhões (47,4,%) acima da projetada, mas 3 milhão (5,96%) abaixo daquela que poderia ter sido realizada.

A eficácia que, em 2004, atingiu 98%, caiu, no ano de 2005 para 88%.

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Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 6,7% acima de 2004.

9. Pecuária

O segmento pecuária engloba a cadeia produtiva dos bovinos, aves e suínos. Recalculou-se o valor bruto da produção do segmento, que resultou no faturamento anual de

R$ 4.987 milhões, contra R$ 6.904 milhões estimados em março de 2004. Excluindo-se as exportações (R$ 763 milhões) do faturamento, obtém-se o faturamento tributável, de R$ 4.224 milhões, contra R$ 6.042 milhões da projeção inicial.

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A arrecadação no período ficou R$ 29,5 milhões (17,5%) abaixo da projeção inicial,

igualando-se a que poderia ter sido realizada. Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior,

em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 5,4% inferior a de 2004.

10. Soja

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Recalculou-se o valor bruto da produção do segmento, com base nos volumes de produção e nível de preços atualizados. Descontando-se as exportações resultou o faturamento anual tributável de R$ 2.272 milhões. Em 2005 as exportações no período representaram 78% do faturamento total, superando as de 2004 que foram de 60%.

A receita esperada, de R$ 252 milhões não foi alcançada, arrecadando-se 41,6% (R$ 105

milhões) abaixo da projeção. O inconverso no período foi de R$ 8 milhões. Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior,

em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 19,7% abaixo de 2004.

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11. Supermercados

Para esse segmento foi revista a hipótese inicial que previa o crescimento do faturamento correspondente à variação do IGP-DI, de 5% e 2,17% da população, totalizando 7,23%, aplicados sobre a base estimada de 2004, de R$ 1.846 milhões.

Ajustando-se a variação do IGP-DI para 1,23% e a expectativa de crescimento da população para 1,92% (LDO 2006), totalizando 3,17% e tomando-se como base o faturamento efetivo de 2004 (R$ 1.934,9 milhões), chegou-se ao novo faturamento estimado para 2005, de R$ 1.980 milhões.

A arrecadação de R$ 137 milhões ficou R$ 19 milhões (12,3%) abaixo daquela projetada em março de 2004 (R$ 156 milhões) e 15,1% abaixo daquela que seria possível realizar (R$ 157 milhões).

A eficácia tributária fechou em 14%, acima da realizada em 2004 (36%). O inconverso decorrente da análise do segmento poderia atingir R$ 51 milhões, tendo-se

realizado R$ 71 milhões. Mesmo assim, comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do

ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 35,2% superior a 2004.

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12. Transportes.

Neste segmento também se fez necessário o ajuste da hipótese de crescimento do faturamento.

A projeção inicial indica um incremento de 7,23% (IGP-DI: 5%; população 2,12%%) sobre o faturamento de 2004, estimado, à época (março de 2004) em R$ 1.023 milhões.

O faturamento efetivo de 2004 foi de R$ 1.491,9 milhões sobre o qual aplicou-se um incremento de 3,17% referente ao incremento nos preços (IGP-DI = 1,23%) e 1,92% referente à estimativa de crescimento da população.

Chegou-se, assim, ao faturamento analisado, de R$ 1.539 milhões, contra R$ 1.097 milhões da projeção original.

A arrecadação de R$ 161 milhões ficou R$ 38 milhões (31,1%) acima da projeção inicial. A arrecadação realizada, de R$ 161 milhões, ficou 7,1% abaixo daquela que poderia ter sido realizada (R$ 173 milhões).

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 0,9% superior a 2004.

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13. Varejo

Ajustaram-se as hipóteses iniciais, de março de 2004, que se referem à variação do IGP-DI (de 5% para 1,23%) e do crescimento populacional (de 2,12% para 1,92% e incremento real de fatº de 5%).

Assim, o crescimento do faturamento de 2004 para 2005, estimado inicialmente em 7,23%, passou para 8,17%, que, aplicado sobre o faturamento efetivo de 2004 (R$ 3.386,6 milhões) resultou no faturamento revisado de R$ 3.664 milhões, contra R$ 3.065 milhões da projeção inicial.

A arrecadação de R$ 362 milhões ficou R$ 46,5 milhões (14,7%) acima da projeção inicial e 4,3% abaixo daquela que poderia ter sido realizada.

A eficácia, para a qual havia a expectativa de 86%, contra 97% realizada em 2004, ficou, no período, em 82%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 12,7% inferior a 2004.

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14. Veículos

A projeção inicial de faturamento anual para o segmento foi de R$ 2.854 milhões e partiu da estimativa de faturamento em 2004, de R$ 2.516 milhões, uma elevação no faturamento de 13,4% (PIB: 8% e IGP-DI: 5%).

A projeção analisada partiu do faturamento efetivo de 2004 (R$ 2.637 milhões) e considerou a variação do PIB de 2,5% e do IGP-DI de 1,23%, totalizando 3,76%.

Assim, o faturamento anual para 2005 passou dos R$ 2.854 milhões iniciais para R$ 2.736 milhões anuais.

A arrecadação no período, de R$ 167 milhões, ficou R$ 1 milhão (0,52%) abaixo da projeção inicial, e ficou compatível com aquela que poderia ter sido realizada.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais, resulta para 2005 uma arrecadação 10,5% inferior a de 2004.

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16. OUTROS

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MODELO ECONOMÉTRICO DE PREVISÃO DA ARRECADAÇÃO DE ICMS

1. INTRODUÇÃO:

No ano de 2003 a Secretaria de Fazenda, visando testar sua metodologia de projeção da receita do ICMS, contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE para desenvolver um modelo econométrico de previsão da arrecadação. O relatório final desse modelo encontra-se nos anexos deste trabalho e foi feito com base nos valores históricos da receita do ICMS dos anos de 1992 a 2001.

Optou-se por essa alternativa porque, embora os problemas de economia possam ser

analisados de diversas formas, uma das mais importantes dentre elas é a econometria, que é, segundo a literatura, a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos a problemas de economia. Implica na utilização de conhecimentos de Economia, Matemática e Estatística.

É, portanto, o ramo da Economia que trata da mensuração de relações econômicas,

isto é, relações entre variáveis de natureza econômica. O método mais importante da econometria é a análise de regressão. Ela serve para

estimar valores não conhecidos de uma variável dependente a partir de uma série de valores conhecidos e correspondentes a determinados valores de uma variável independente. Em outros termos: enquanto, dada uma equação, ao ser resolvida ela pode ser expressa em diversos pontos e representada por um gráfico, com a análise regressiva ocorre o inverso – dada uma série de pontos, trata-se de descobrir a equação.

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As variáveis, que são magnitudes sujeitas a alterações, são dependentes, ou explicadas e independentes ou explicativas. Variáveis dependentes ou explicativas são aquelas que recebem influência de outras variáveis. São também, chamadas de variáveis endógenas ou variáveis-efeito. Variáveis independentes, também denominadas de causa ou exógenas, são aquelas que afetam as variáveis dependentes, cujo comportamento se deseja explicar. O conjunto de variáveis explicativas mais o termo constante são denominados costumeiramente de regressores.

As etapas metodológicas para a pesquisa em economia com uso de modelos econométricos são três:

• formulação de hipóteses sobre o comportamento da realidade. Nessa etapa aplicam-se conhecimentos sobre a teoria econômica e/ou da observação do mundo real. A seguir, reune-se essas hipóteses em um modelo matemático, utilizando-se uma função definida, com o acréscimo de um termo aleatório;

• a segunda etapa consiste na coleta de dados estatísticos e estimação dos parâmetros;

• a terceira e última etapa é a avaliação. No presente caso, a avaliação foi feita comparando-se a arrecadação anual resultante da aplicação do modelo

com arrecadações já realizada em determinado ano (valores previstos x valores observados), no caso, 2001.

As pressuposições de um modelo de regressão linear, ou seja, as premissas a serem satisfeitas, foram atendidas no modelo. (São elas: Relação linear entre Y e X; erro aleatório com média zero; erro aleatório com variância constante - presença de homocedasticidade; erros aleatórios são independentes; variáveis são não aleatórias – são fixas; erro apresenta distribuição normal, com média zero e variância constante; ausência de relação linear exata entre as variáveis explicativas).

2. RESULTADOS

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No ICMS total as metodologias apresentam uma diferença de 5,5%, 0,5% acima dos 5% de desvio que normalmente se admite. Individualmente nos segmentos, as diferenças maiores devem-se a fatores que o modelo econométrico não consegue captar como: variações na produção agrícola, suas exportações e/ou seus preços diferentes da evolução histórica; ajustamentos feitos após 2003 nos CAE’s/ CNAE’s dos segmentos; alterações significativas da eficácia tributária em alguns segmentos.

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A tabela mostra que a receita tributária média per capita (Estadual) no Brasil

em 2004 correspondia a R$ 765,50. Significa que os Estados que se encontram abaixo deste valor para a relação tributos arrecadados/população possuem uma margem importante para expansão de suas receitas próprias. Esse indicador representa ainda a eficiência da máquina arrecadadora em cada Unidade da Federação. Outro fator relevante é o forte PIB de alguns Estados (Bahia; Pernambuco; Ceará, etc.). No entanto, suas receitas de ICMS média per capita estão aquém da média dos Estados, tais Entes nordestinos, optam pelas transferências constitucionais e legais.

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TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES

Mato Grosso evoluiu em sua participação nas transferências constitucionais de 23º

colocado no ranking em 2001, para 22º em 2002 e 2003 e para 21º em 2005.

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A tabela mostra que a transferência per capita (estadual) no Brasil em 2004 correspondia a R$ 193,26. Significa que os Estados que se encontram abaixo desse valor para a relação transferências constitucionais/população possuem uma margem importante para expansão dessas receitas. Os Estados que possuem um PIB forte (Rio Grande do Sul; Santa Catarina; São Paulo; Paraná, etc.), as transferências per capita estão abaixo da média nacional.

Ranking de Mato Grosso – MP 237/05 (Auxílio financeiro da União aos Estados, com o objetivo de fomentar as exportações)

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A participação de Mato Grosso como segundo colocado no ranking de recebimento de recursos decorrentes da Medida Provisória nº 237/2005, decorre da evolução da participação relativa de 1,94% para 9,39% e é resultado de esforços do representante de Mato Grosso na Comissão Técnica Permanente do ICMS do Comitê Nacional de Política Fazendária – CONFAZ e da equipe SARP.

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Transferências Constitucionais e Legais -CIDE

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A Medida Provisória nº 161/2004 (convertida na Lei nº 10.866/2004), que acrescentou

um novo artigo à Lei nº 10.336, que instituiu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE, incidente sobre a importação e comercialização de petróleo, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível e que resultou na Emenda Constitucional nº 44, de 30/06/2004, passou a destinar para os Estados, inicialmente 25% e agora, 29% da arrecadação da CIDE. Mato Grosso recebe 2,76% do montante, o que coloca o Estado em 13º lugar no ranking nacional. Essa posição privilegiada resulta de exaustiva atividade da SARP, inclusive afrontando interesses da Região Sudeste.

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Mato Grosso ocupa a 22ª posição no ranking dos Estados brasileiros nas transferências voluntárias. É uma posição que deve ser melhorada, pois há indicadores que demonstram essa necessidade para tornar mais justa a distribuição dos recursos da União entre as Unidades da Federação.

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Multas, juros e dívida ativa.

A receita de multas e juros de 2005 foi (34,2%) inferior à prevista. Dívida ativa.

Quanto à dívida ativa foi realizada apenas 70,1% da receita prevista e 17,1% da receita analisada. Isso demonstra que o desempenho na cobrança dessa dívida está aquém do possível.

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CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS “SUB JUDICE”.

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O Controle da quantidade de ações judiciais por objeto recebidos pela GCPJ/SEFAZ em

2005 e que se encontram “sub judice” totalizam 327 ações, sendo 124 de liberação de mercadorias, 15 de cadastro de I.E, 31 de emissão de certidão, 12 referente credenciamento de exportação, 31 AIDF, 43 Não Incidência (ICMS) e 30 referente a outros objetos.

O Controle da quantidade de ações judiciais por Segmentos, destacam-se: Varejo; Veículos; Madeira e atacado com 69, 56, 27 e 22 ações respectivamente.

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CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECUPERAR

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METAS DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS

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PERFIL DO PTA DA RECEITA PÚBLICA. O Plano de Trabalho Anual da Receita Pública – PTA é uma desafiadora proposta de

trabalho construída de forma harmônica com as disposições da Lei do Plano Plurianual de Investimentos – PPA, da Lei das Diretrizes Orçamentárias - LDO, e da Lei Orçamentária Anual – LOA.

No segundo semestre de 2005 ocorreu uma reformulação no modo de tratar a gestão das

medidas necessárias para a consecução da Política Econômica e Tributária. Essa nova forma de gerir a organização tem como o foco os resultados esperados e não os processos em si, e está baseada em conjunto de indicadores integrados segundo perspectivas que de gestão que possibilitam uma melhor visualização dos progressos efetuados de forma a contemplar, de forma balanceada, todas as partes interessadas na Secretaria Adjunta da Receita Pública.

Com a edição da Portaria 127/2005 – SARP/SEFAZ foi formalizada uma metodologia de planejamento e acompanhamento que privilegia 06 perspectivas de gestão que devem ser atendidas para se alcançar a excelência organizacional. As seis perspectivas escolhidas para serem focos de atenção na implementação das práticas de gestão foram: Liderança; Estratégias e Planos; Contribuinte e Cidadão; Controle, verificação e Correção; e Pessoas.

Embora ainda em processo de validação e consolidação, a Portaria 127/2005 enunciou de

forma sintética os requisitos de cada uma dessas perspectivas de gestão, pois se fazia necessário orientar a atuação das partes interessadas, ainda neste ano, quanto aos esforços requeridos para se buscar a excelência da gestão.

Assim, as práticas de gestão e os processos de trabalho da Receita Pública são hoje

avaliados com base na contribuição que proporcionam para a concretização do Programa da Receita Pública - desdobrado esse em seus Projetos e Atividades – na contribuição que proporcionam para a concretização das perspectivas de gestão. O acompanhamento da execução das metas ou medidas vinculadas a cada uma dessas perspectivas passou a ser feita por ferramenta informatizada, o que permite um melhor acompanhamento do grau de execução. A seguir o acompanhamento das medidas vinculadas ao programa da Receita Pública e às perspectivas de gestão utilizadas para a avaliação da Secretaria Adjunta da Receita Pública.

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Percentual de Realização das Medidas do Programa da Receita Pública

Período de Jan/2005 a Dez/2005

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

236 -

jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05

1- O percentual médio de realização das medidas constantes do Plano Quadrianual da Receita Pública atingiu 49,29% em 31 de dezembro de 2005. O resultado alcançado permite projetar o integral cumprimento do Programa ao final do prazo estipulado, especialmente considerando a existência de projetos em fase inicial cujos resultados tendem a melhorar nos anos de 2006 e 2007. Além disso, a alteração nos métodos de gestão tende a possibilitar um acompanhamento mais apurado de cada medida permitindo a adoção de providências tempestivas para condições de rumos.

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Percentual de Realização dos Projetos/Atividades do Programa da Receita Pública Período de Out/2005 a Dez/2005

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

1653 - 1654 - 1656 - 2155 - 2520 - 2521 - 2522 - 2525 - 2526 - 3120 - 3121 -

jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05

2- O percentual médio de realização das medidas vinculadas a cada um dos projetos do Programa da Receita Pública não é uniforme. Enquanto o Projeto 1654- Proposta de Formulação e Gestão da Receita Pública tem um percentual de realização em torno de 75%, outros projetos não atingiram, ainda, o percentual de 50%, como é o caso do projeto 1656- Inventário e Implementação da Gestão de Informações Econômico-fiscais. Essa discrepância pode ser explicada pelas características de cada projeto pelo grau de tecnologia que requer e pelo cronograma de execução. Na que se refere ao percentual médio de realização das medidas vinculadas a cada atividade, também se observa a tendência de crescimento, porém nota-se que há muito espaço para crescimento de desempenho, especialmente nas atividades 2525- Recuperação de Tributos Administrados pela SEFAZ e aperfeiçoamento da sistemática de combate a sonegação e evasão fiscal, e 2521- Monitoramento da Receita Pública estadual e da renúncia fiscal.

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Percentual de Realização das Perspectivas do Programa da Receita Pública

Jan/2005 – Dez/2005

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

CC - Cidadão eContribuintes.

CV - Controle,Verificação e Correção.

EP - Estratégia Planos. IC - Informação eConhecimento.

LI - Liderança. RE - Resultados.

jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05

3- O percentual médio de realização das medidas vinculadas a cada uma das perspectivas de gestão tem apresentado crescimento constante. Esse percentual atingiu 40% nas medidas vinculadas às perspectivas “Lideranças” e “Controle, Verificação e Correção” e 60% naquelas medidas vinculadas às perspectivas “Cidadão e Contribuintes”, “Estratégias e Planos”, Informação e Conhecimento”.

Os resultados indicam assimilação pela organização da necessidade de planejar a gestão de forma a utilizar adequadamente os dados obtidos em seus diferentes processos para atender as necessidades do contribuinte e do cidadão, mas também mostram a necessidade de uma maior atenção para as medidas vinculadas às perspectivas “Liderança e Controle, Verificação e Correção”, cujos resultados, embora crescentes, ainda não são os esperados.

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CONTA CORRENTE FISCAL Posição até dezembro de 2005

Verifica-se que os saldos do conta corrente fiscal, entre 1999 e 2005, apresentaram uma relação com a receita total de ICMS de 2,2% . Em dezembro de 2005 essa relação permanece em 2,2%. A identificação desses índices permite à Administração decidir quanto à adoção de metas nessa área.

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Valores transferidos a fundos.

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PROGNÓSTICOS E CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES •Previsão de perda de 30% da receita de ICMS em decorrência da implantação da PEC 228/04 (Reforma Tributária – R$621,0 M); •ADIN 3312 (Decreto 989): Acumulo de crédito da ordem de 10% das operações interestaduais (R$20,0 M/ano); •O Passe Eletrônico de Saída Interestadual foi implantado pela GNFS juntamente com a Superintendência da SAIC. É o embrião da nota fiscal digital tendo como principais funções o controle eletrônico de trânsito de mercadorias, a redução do tempo de espera do contribuinte. Tal sistema tem potencialidade de controlar mais de R$4,0 bilhões/ano de operações interestaduais e de exportação; •A Certidão Negativa de Débito Eletrônica – CND-e: destaca-se por beneficiar mais de 130 mil contribuintes/ano, que devem economizar 5,2 milhões/ano com a dispensa do pagamento de taxas e outros 500 mil/ano em custos de locomoção e empregados. O tempo de emissão da CND-e é de apenas alguns segundos; •O controle Eletrônico do ECF – ECF-e: O projeto de elaboração foi coordenado pela GIDI/SAIC e a gestão e produção será feita pela GCAD/SAOR. O respectivo controle será promovido via internet, beneficiando todos os contribuintes de comércio ou indústria. Democratizará o acesso a condição de usuário, interventor e revendedor sendo registrados via internet. Realizará um inventário de todos os equipamentos ECF do Estado. Esse sistema passa a ser exigido a partir de 1 de junho de 2005; •Nota Fiscal de Produtor e Avulsa Eletrônica – NFPA-e: Foi coordenada pela SAOR e a produção será gerida pela GNFS/SAIC. A NFPA-e beneficia mais de 20.000 produtores através da rápida emissão do documento fiscal e do controle eletrônico imediato; •REFAZ – Refazenda Eletrônico: O projeto de adequação do conta corrente fiscal foi coordenado pela SAAR. É uma alternativa do governo estadual para que os contribuintes possam regularizar suas pendências e retomar suas atividades formalmente; • A reforma administrativa da SEFAZ , no que se refere área de negócio da SARP (Receita Pública), se verifica como uma importante providência para adequação a novas tecnologias, reformulação e otimização de processos e incorporação de novas atividades. Antes da reforma as unidades da SAET (SIAT e Adjuntas, Assessorias e etc), respondiam por 219 produtos e serviços. Com o desmembramento do AGECON, 44 destes produtos foram transferidos para o CIAC, e 175 produtos restaram. A equipe compõe a área da receita pública, diante do desafio de ampliar a prestação de serviços, redistribuir produtos, reorganizar processos e otimizar recursos, modelou a

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nova estrutura para que no médio e longo prazo possa responder por 279 produtos, ou seja, 59% a mais de serviços a sociedade e Estado; • A Malha Fiscal é um instrumento de inteligência fiscal utilizado pelas administrações tributárias em todo o mundo para detectar comportamentos discrepantes a partir do cruzamento de bilhões de dados digitais procedentes de todas as fontes disponíveis possíveis. O piloto de Malha Fiscal Estadual é um dos quatro itens que compõe o projeto de Análise Fiscal do Comportamento dos Segmentos. Executado sobre três segmentos econômicos selecionados para o teste inicial, resultou em aproximadamente 6.000 contribuintes retidos na malha, os quais, durante os próximos meses serão convocados ou visitados em busca de esclarecimentos complementares ao Fisco. Até 2007, o projeto Malha Fiscal se propõe a analisar, consistir, avaliar e estudar dados digitais de mais de 100.000 estabelecimentos localizados no Estado.

• • Em contraste com 2004, o contribuinte em 2005 poderá quitar seu tributo em terminais eletrônicos, pela internet e mediante débito em conta, perante as instituições financeiras BRADESCO e BANCO DO BRASIL. A SEFAZ está empenhada em retirar o contribuinte da fila de caixa, diversificando ao máximo as modalidades de pagamento do tributo. Atualmente estamos em tratativas avançadas com a Caixa Econômica Federal, visando seu ingresso na rede arrecadadora estadual, o que permitirá significativa expansão dos pontos de recolhimento do tributo, que poderá então, ser quitado em lotéricas. Igual empenho viabilizará o recolhimento do imposto em agências dos Correios, que atuarão como correspondente bancário do BRADESCO, instituição financeira que já integra a rede arrecadadora estadual. Uma importante dimensão deste esforço é a reorientação e reorganização de trabalhos e órgãos fazendários, reestruturados por reforma administrativa que visa modelar e otimizar o processo de arrecadação, recolhimento, liquidação e consistência de repasses realizados pelos agentes das redes arrecadadoras. Em 2005, a SEFAZ tem também como meta ampliar o número de pontos da rede arrecadadora já existente, habilitados a efetuar arrecadação de tributos estaduais; •Com a AIDF-e, a SEFAZ passará a autorizar por meio da internet a confecção e fornecimento gráfico de documentos fiscais, simultâneamente controlando e inventariando a validade, idoneidade e uso das notas fiscais utilizadas por contribuintes mato-grossenses. Durante os dois primeiros meses (maio a junho), haverá convivência do sistema manual, utilizado por 35 anos, e do novo sistema, integralmente digital e eletrônico. O novo sistema deverá controlar mais de 10 milhões de documentos fiscais em cinco anos, sendo importante pré-requisito para integral digitalização da nota fiscal, que até 2007 deverá possuir uma versão mato-grossense de nota fiscal integralmente eletrônica. • A portaria 102/2005 disciplina a realização do Seminário de Socialização de Boas

Práticas da Receita Pública, a qual reflete as medidas do PTA que atenderam a critérios nacionais de qualificação de boas práticas, somente foi admitido ao seminário o projeto, produto ou procedimento cujo resultado efetivamente mensurado tenha:

I – Introduzindo inovações em relação às práticas anteriores; II – Gerado impacto positivo, apontado por indicadores qualitativos ou quantitativos claramente definidos; III – Relevância e coerência com a missão institucional; IV – Contribuído para o aumento da capacidade de resposta da organização; V – Favorecido a utilização eficiente dos recursos; VI – Aumentado a orientação para a cidadania; VII – Reduzido de forma efetiva e mensurável os gastos públicos;

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VIII – Relevância no relacionamento interpessoal de sua equipe e de outras unidades. O seminário foi realizado em duas sessões: Boas Práticas apresentadas nos dias 04 e 30/08/2005. Foram apresentadas 09 (nove) temas. As 04 (quatro) práticas mais valorizadas foram: a) 2º tema – CND-GIOR/SAOR – apresentada pelo Sr. Nelson Alves; b) 5º tema – SIGPEX – ASPR/SARP – apresentada pelo Sr. Nardele Rothebart; c) 8º tema – Sincronização de Cadastro com a Junta Comercial, apresentada pelo Sr.

Josafá Jacob; d) 9º tema – TAD-eletrônico, apresentada pelo Sr. Alexandre da GCDT/SAFIS. • A portaria 127/2005 reflete a Política Econômica e Tributária que fundou a construção

da versão atual do PTA, revista em março de 2004, ou seja, trata-se de materialização das diretrizes que a Secretaria Adjunta da Receita Pública – SARP vem efetivamente aplicando desde o primeiro semestre de 2004. A portaria consolida e sistematiza: I – as diretrizes que traduzem a visão, a missão e as estratégias de governo e organizacionais em fatores críticos que fundam a Política Econômica e Tributária; II – os vetores e impulsionadores dos resultados desejados para Política Econômica e Tributária e alto desempenho crescente; III – a filosofia de gestão que materializará a Política Econômica e Tributária.

• A portaria 128/2005 estabelece normas de segurança a serem observadas para

liberação de acesso aos sistemas informatizados da SARP e estabelece as responsabilidades funcionais por acesso não autorizado. A portaria fixou regras para garantir o efetivo controle dos usuários com privilégios de acesso às bases de dados disponibilizadas nos sistemas e estabeleceu sanções para desestimular os acessos não autorizados aos sistemas fazendários e o uso indevido de informações protegidas pelo sigilo fiscal.

• Com vistas a interiorizar a atuação fazendária e instalar Núcleos Regionais da Receita

– NRR, a funcionar a partir de 2006, a SEFAZ-MT a partir de 19/10/2004 deu posse a 80 novos servidores do grupo Tributação, Arrecadação e Fiscalização - TAF entre Fiscais de Tributos e Agentes de Tributos Estaduais. Há que se destacar a conclusão do concurso Edital SAD 04/2001, de 19 de julho de 2001, que se encontrava com inúmeras dificuldades administrativas e jurídicas, as quais foram superadas num esforço extraordinário que resolveu em seis meses, os três anos de atraso e problemas, oportunizando a SEFAZ-MT a chamar 47 novos servidores.

• Em março de 2004, existiam 27 serviços disponíveis na internet, referentes a

aplicativos e programas construídos ao longo de 10 anos. Situação que se alterou drasticamente em 2005, vez que em doze meses o PTA da Receita colocou 24 novos serviços na internet, elevando o número de aplicações disponíveis para o contribuinte, que passaram dos 27 serviços em 10 anos para 51 serviços em 1 ano.

• Há investimento programado de R$10 milhões de reais em tecnologia da informação, a

ser consumado em 2005, visando expandir computadores e sistemas, vez que a elevação abrupta de serviços eletrônicos fez com que o nível de utilização de recursos de TI alcançasse o incrível nível de 99% de utilização em tudo, em alguns casos, a demanda está ultrapassando 100% o que provoca lentidão de acesso a ser resolvido em até dezembro de 2005. Novos cruzamentos de dados e tratamento de massa serão implementados com o novo investimento de R$10 milhões de reais em TI, oportunizando implementar até dezembro de 2006, mais 30 novos serviços e aplicações, voltadas basicamente para uso inteligente, facilidade, redução de tempo gasto pelo contribuinte e rigor no tratamento de ilícitos.

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• Em 2004 a SEFAZ-MT ficou em 10º lugar no ranking nacional do CONFAZ, com uma das maiores taxa de crescimento em arrecadação do ICMS do país, ano em ocorreu grande esforço para otimizar processos e melhorar a eficiência e eficácia geral.

• Em 2005 a SEFAZ-MT apurou aumento significativo da eficácia tributária, vez que ela

se elevou em um ano de difícil ambiente econômico, marcado por uma crise gigantesca no agronegócio brasileiro, desencadeada pela alteração dos principais indutores de crescimento acelerado de Mato Grosso: (a) taxa de câmbio; (b) preços compatíveis com os custos; (c) taxa de juros compatível com os custos; (d) expansão agrícola (neste caso contida em face de fatores regulatórios ambientais e ações policiais, tal como a Operação Curupira).

• As ações consolidadas da execução do plano de trabalho da receita resultaram nos

dois anos (2004/2005) na apuração de resultados extraordinários ( uma das maiores variação de receita do país em 2004 e aumento da eficácia tributária em 2005 em ambiente de desaceleração econômica e crise do agronegócio), tornam o desempenho de 2006 um desafio, especialmente em face de a receita haver sido projetada considerando o cenário anterior à deflagração da crise de 2005 (março de 2005) resulta, no cenário atual, superestimada em 10% a receita pública total e em 12% a receita do ICMS.

• A repetição dos promissores progressos verificados em 2004 e 2005, somente será

possível com a seleção e recrutamento de quadros novos, reformulação da operação e gestão do trânsito de mercadorias, implementação da ação permanente no interior do Estado, desconcentração e prestação de serviços mais próximo ao domicílio do contribuinte, atividade presencial permanente da SEFAZ no interior, implementação da gestão por processos em harmonia com gestão com base na linha de comando hierarquizada, elevação dos níveis globais de eficiência e produtividade dos processos e tarefas desempenhados pelas unidades fazendárias.

• Em 2004 e 2005 foram implementados os planos especiais de tecnologia da

informação e de legislação, os quais se ocuparam de assegurar a priorização de sistemas estratégicos para a SEFAZ desenvolver a inteligência fiscal, a malha fiscal e o cruzamento permanente de informações.

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MEMÓRIAS DE CÁLCULO DO ICMS

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A N E X O

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GLOSSÁRIO

Alíquota média Alíquota resultante da ponderação de cada alíquota com o respectivo faturamento num mesmo segmento econômico

Analisada (Receita)

Dummy (Variable): .

Receita obtida a partir da atualização das hipóteses utilizadas na projeção inicial da receita. Uma variável que considera as alterações exógenas ou mudanças de inclinação de uma curva numa relação econométrica.Por exemplo: as variáveis dummy podem ser utilizadas para estimação das influências sazonais sobre um conjunto de dados. Administrando a uma dummy o valor 1 para os meses de inverno e “zero” para os demais, ela indicará em que medida uma relação econométrica (preços de produtos agrícolas e quantidades produzidas, por exemplo) se alterará durante o inverno, em relação aos demais meses do ano

Eficácia tributária Relação entre a receita efetiva e a potencial.

Elasticidade Reação de uma variável a uma mudança em outra, sendo as duas variações expressas em termos percentuais. A elasticidade em Q com relação a P é a variação percentual de Q para cada 1% de variação em P.

Evasão Fuga ou subtração do contribuinte ao pagamento do tributo, que lhe é atribuído, usando para isso de meios que evitem a incidência tributária a seu cargo.

Execução Cobrança ajuizada

Faturamento tributável Faturamento do segmento econômico sobre o qual incide a alíquota média

ICMS efetivo

ICMS potencial, menos renúncia, créditos e inconverso do ICMS.

ICMS potencial Valor obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento sobre o valor do faturamento.

Inconverso

Não convertido; inconvertido.

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Inconverso do ICMS

ICMS que poderia ser ou ter sido arrecadado, mas deixou de sê-lo em virtude de evasão, sonegação ou por força de medida judicial, ensejando a cobrança administrativa e/ou judicial

Índice de inconverso

Relação entre o inconverso e o ICMS efetivo.

Renúncia Renúncia fiscal. Desistência voluntária do Estado do direito de exigir tributo que seria devido. Representa os valores de incentivos fiscais isolados (redução de base de cálculo, crédito presumido, isenção, crédito outorgado, diferimento) e de programas de incentivos fiscais (PROALMAT, PRODEIC, PROARROZ etc)

Segmento econômico/Segmento Produto ou cadeia produtiva com representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado.

Sonegação Sonegação simples: Falta de pagamento do tributo sem qualquer malícia, ou sem o emprego de ardil, ou fraude, com que o contribuinte procura furtar-se ao cumprimento da imposição fiscal. Sonegação dolosa (ou fraudulenta): Decorrente da fraude ou da má-fé do contribuinte, usando meios, manobras ou ardis para se furtar, ou se subtrair ao pagamento do tributo.

PIB – Produto Interno Bruto

Proxy

Valor monetário total de todos os bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras de uma Nação, mesmo que tenham sido produzidos por estrangeiros. Variável utilizada para substituir outra teoricamente mais satisfatória, nos casos em que não se dispõe de dados para esta última ou estes não podem ser obtidos.

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