análise da disponibilidade e demanda de recursos hídricos

16
Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo ISBN - 978-65-86753-02-8 2088 EIXO TEMÁTICO: ( ) Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( x ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( ) Educação Ambiental ( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Saúde, Saneamento e Ambiente Análise da Disponibilidade e Demanda de Recursos Hídricos no Brasil Analysis of Water Resources Availability and Demand in Brazil Análisis de la disponibilidad y demanda de recursos hídricos en Brasil Thales Luan Lucas Pasqualetto Graduando Engenharia Civil, IFG, Brasil [email protected] Antônio Pasqualetto Professor Doutor, IFG e PUC Goiás, Brasil [email protected] Alan Gabriel Natã Pasqualetto Colégio Protágoras, Brasil [email protected]

Upload: others

Post on 18-Dec-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2088

EIXO TEMÁTICO: ( ) Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( x ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( ) Educação Ambiental ( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Saúde, Saneamento e Ambiente

Análise da Disponibilidade e Demanda de Recursos Hídricos no Brasil

Analysis of Water Resources Availability and Demand in Brazil

Análisis de la disponibilidad y demanda de recursos hídricos en Brasil

Thales Luan Lucas Pasqualetto Graduando Engenharia Civil, IFG, Brasil

[email protected]

Antônio Pasqualetto

Professor Doutor, IFG e PUC Goiás, Brasil [email protected]

Alan Gabriel Natã Pasqualetto Colégio Protágoras, Brasil

[email protected]

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2089

RESUMO

A demanda de recursos hídricos tem pressionado a oferta, de tal modo que a preservação das fontes, torna-se

fundamental para o equilíbrio ambiental. Neste sentido, objetivou-se analisar a disponibilidade e usos de recursos

hídricos no Brasil, garantindo equilíbrio entre a oferta e demanda às atividades necessárias. Foram realizadas

consultas junto à Agências Nacional de Águas-ANA do país. Os resultados demonstraram que a oferta de água tem

fatores naturais e antrópicos exigindo o uso mais eficiente pelo ser humano. Quanto a demanda há variações

regionais nos usos da água sendo predominantes na irrigação, abastecimento urbano, animal e indústria.

PALAVRAS-CHAVE: Demanda, Disponibilidade, Recursos Hídricos.

SUMMARY

The demand for water resources has put pressure on the supply, so that the preservation of sources becomes

fundamental to the environmental balance. In this sense, the objective was to analyze the availability and use of water

resources in Brazil, ensuring balance between supply and demand for the necessary activities. Consultations were

carried out with the National Water Agency of the country. The results showed that the supply of water has natural

and anthropic factors requiring the most efficient use by humans. As for demand, there are regional variations in

water use, being predominant in irrigation, urban and animal supply and industry.

KEYWORDS: Demand, Availability, Water Resources.

RESUMEN

La demanda de recursos hídricos ha ejercido presión sobre la oferta, por lo que la preservación de las fuentes se

convierte en fundamental para el equilibrio ambiental. En este sentido, el objetivo era analizar la disponibilidad y el

uso de los recursos hídricos en el Brasil, asegurando el equilibrio entre la oferta y la demanda de las actividades

necesarias. Se realizaron consultas con la Agencia Nacional de Aguas del país. Los resultados mostraron que el

suministro de agua tiene factores naturales y antrópicos que requieren el uso más eficiente por parte de los humanos.

En cuanto a la demanda, hay variaciones regionales en el uso del agua, siendo predominante en el riego, el

abastecimiento urbano y animal y la industria.

PALABRAS CLAVE: Demanda, Disponibilidad, Recursos Hídricos.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2090

INTRODUÇÃO A quantidade e qualidade da água no Brasil tem instigado a ação de melhor gestão no país. Os

recursos hídricos tidos como abundantes justificam o descompromisso perante as intervenções

antrópicas e mudanças climáticas. Não obstante, a água tornou-se escassa e o uso consuntivo

com perspectivas de aumento.

Apesar de campanhas que buscam conscientizar a população sobre a responsabilidade e

consumo da água, somente uma minoria tem conhecimento do quanto gasta. Muitas vezes, a

água está mais disponível onde há menor concentração populacional e menor demanda por

atividades, é o caso da região da bacia hidrográfica da Amazônia que possui densidade

populacional muito baixa e elevada oferta hídrica. Em oposição, a região sudeste e a região

nordeste, com maior concentração populacional, não apresentam a mesma disponibilidade

hídrica e sofrem pressão pelo consumo.

A situação atual e os problemas a serem enfrentados é o uso insustentável da água, demanda

maior dos recursos hídricos e redução da oferta, gerando conflito, degradação da qualidade,

enchentes e secas, vulnerabilidade das populações humanas. Dessa forma, a água usufruída

diariamente por milhões de pessoas no país, com diversos destinos de aplicação, tornar-se-á

mais escassa, caso não seja feito nada a respeito, visando melhoria do planejamento e gestão.

A Planejamento e a gestão responsável dos recursos hídricos estão diretamente relacionadas a

questão central da democracia e sustentabilidade, é fundamental fazer a gestão desse recurso

vital aos seres humanos e à natureza, recuperando o debate em torno da participação da

sociedade na discussão sobre o uso da água na relação com o estado e as empresas no sentido

de mudar de paradigma.

Sendo assim, a responsabilidade está em assumir o protagonismo enquanto sociedade,

rediscutindo esse modelo de consumo e colocar o cidadão como agente do planejamento e

gestão dos recursos hídricos. Desse modo, fazem parte do desafio, isto é, recuperar

individualmente e coletivamente a capacidade de lidar com esse problema apontando soluções

duradouras e responsáveis de gestão. De outro modo, justificando a necessidade de

compreender a disponibilidade e demanda dos recursos e estabelecer a melhor forma de

políticas voltadas a preservação da qualidade e quantidade de água.

O conhecimento das vazões outorgadas e da distribuição espacial dos usos da água na bacia

torna-se indispensável para a condução de uma adequada gestão de recursos hídricos. (DA SILVA

et al., 2015)

Portanto, objetivou-se analisar a disponibilidade e demanda de recursos hídricos no Brasil para

a partir do diagnóstico, fortalecer o planejamento e a gestão da água.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2091

REVISÃO DE LITERATURA

Pasqualetto et al (2019) bem abordar o processo histórico do planejamento e gestão dos

recursos hídricos, que está associado a ocupação territorial do Brasil desde o Império.

Destaca-se, entretanto, um marco importante sendo a Constituição Federal de 1934 que dispõe

em seu art. 5º, inciso XIX, alínea “j” compete privativamente à União legislar sobre as águas

(BRASIL, 1934).

Em 1934, o Congresso Nacional do Brasil, através do Decreto n 24.643, promulga o Código das

Águas. Costa e Silva et al (2017) descrevem que o foco do Código de Águas era atribuir

competência ao Ministério da Agricultura para anteparo dos recursos hídricos, dada a

propensão agrária do país.

A Constituição de 1946 definiu as águas como bem de domínio dos estados e da União (RESENDE

et al., 2019).

Na constituição Federal Brasileira de 1988 introduziu o capítulo VI sobre meio ambiente, a luz

da lei federal 6938 de 1981 que estabelece a política nacional de meio ambiente.

Em 1997, foi promulgada a lei 9433, “Lei da Águas”, foi um grande avanço para a

regulamentação dos recursos hídricos.

A Resolução nº 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos instituiu a Divisão

Hidrográfica Nacional em 12 Regiões Hidrográficas. Essa divisão partiu da premissa de se

considerar como região hidrográfica o espaço territorial brasileiro compreendido por uma bacia,

grupo de bacias ou sub bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e

econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e o gerenciamento

dos recursos hídricos (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS, ANA 2014).

No Brasil as extensões territoriais são uma vantagem na disponibilidade hídrica, contudo as

discrepâncias na disposição dos recursos hídricos e da população firmam em agravadores de

conflitos hídricos.

A precipitação média anual no Brasil é de 1.797 mm, variando desde menos de 800 mm, na

região semiárida do Nordeste, a mais de 2.500 mm, na Amazônia (ANA 2005).

Segundo Branco (2006) o Brasil distingue no cenário mundial pela vasta descarga de água doce

dos seus rios, cuja produção hídrica da parte brasileira (177900 m3/s) e mais a da Amazônia

Internacional (73100 m3/s), configura 53% da produção de água doce do continente Sul

Americano e 12% do total mundial.

A eclosão das demandas (urbanas e irrigação) e da degradação da qualidade das águas atinge a

disponibilidade hídrica no Brasil. Essas razões implicam eminentemente a oferta futura, logo

urge a necessidade de estabelecer controle sobre estes usos.

De acordo com ANA (2018), as reduzidas recargas dos reservatórios existentes se devem aos

volumes totais de chuva nos períodos úmidos de 2012 a 2017 que foram muito abaixo da média.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2092

A demanda por uso de água no Brasil é crescente, com aumento estimado de aproximadamente

80% no total retirado de água nas últimas duas décadas. A previsão é de que, até 2030, a retirada

aumente 24% (ANA 2018).

O uso da água cresceu mais do que o dobro do crescimento populacional no último século

conforme World Water Assessment Programme [WWAP] (2009). Para De Fraiture et al. (2007)

se prevê aumento de pelo menos 20% até 2050 na demanda por água na agricultura.

Com o incremento populacional também haverá aumento da demanda hídrica, alimentos e

energia e proporções significativas, sendo que estas últimas também dependem da

disponibilidade de água.

A sustentabilidade hídrica implica justamente em se manter um equilíbrio dinâmico entre a

oferta e a demanda por água.

Segundo a OECD (2015), a gestão hídrica deve ser tratada em devida proporcionalidade;

informou a importância da providenciar a acessibilidade de dados relativos à gestão das águas;

e alega que o envolvimento dos utilizadores e partes ligadas ao assunto é a chave para uma

gestão participativa e descentralizada. Carter et al. (2004) ressaltam que a gestão integrada

entre os diferentes níveis é um grande desafio, principalmente em nível local.

Assim, justifica-se a necessidade de estudos que avaliem a disponibilidade e a demanda hídrica

dentro de uma perspectiva de sustentabilidade na utilização do recurso natural água.

METODOLOGIA

O objeto de estudo são os recursos hídricos no Brasil, sua disponibilidade e demanda.

O Método de investigação permitiu a busca por dados para análise macro do uso da água desde

1931 até perspectivas futuras em 2030 para retirada e consumo de água em todas regiões do

Brasil.

A análise dos dados se passa pelo conjunto de informações sobre vazões hídricas em m3/s em

cada região hidrográfica do Brasil, que pode ser localizado em artigos e materiais online da

Agência Nacional de Águas - ANA, sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos - SNIRH

e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM.

Dentre a variáveis analisadas tem-se:

a) Disponibilidade hídrica (Vazão natural, estiagem): Utilizou-se dados de vazões naturais e de

estiagem como forma de analisar a disponibilidade hídrica das principais regiões hidrográficas

do Brasil. A determinação das vazões (média e de estiagem) nas regiões hidrográficas foi

baseada na Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil “Regiões hidrográficas brasileiras” (ANA,

2005), Conjuntura dos recursos hídricos 2018 (ANA, 2018),

b) Demanda hídrica (retirada, retorno e consumo): A fim de aferir a demanda dos recursos

hídricos, com foco por dados atualizados, buscou-se censos demográficos e distribuição da

população pelas regiões geográficas realizados pelo IBGE das datas:1960, 2001, 2005, 2010,

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2093

2015 e 2019. Por seguinte a retirada e consumo do recurso pode ser aferida pelo sistema da

Agencia Nacional de Água que apresenta valores desde 1931 até perspectivas de usos

consuntivos futuros até 2030.

Os dados foram apresentados em tabelas e figuras, de acordo com a informações encontradas,

ora por bacia hidrográfica no caso da disponibilidade hídrica, ora por região geográfica para

demanda hídrica, como também foram selecionados 12 municípios por tipo de uso

predominante da água, de forma a ilustrar melhor o consumo em 2020.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Disponibilidade de recursos hídricos

As águas no território brasileiro percorrem 12 regiões hidrográficas, definidas pelo Conselho

Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) na Resolução n°32 de 2003. Sendo estas Amazônica,

Tocantins–Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, Parnaíba, Atlântico Nordeste Oriental, São

Francisco, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Atlântico Sul, Uruguai, Paraná, Paraguai (Figura 1).

Destaca-se que a disponibilidade superficial do Brasil é de 91.071m3/s e somente a região

hidrográfica amazônica possui disponibilidade hídrica de 73.748m3/s cerca de 80% do total do

país (ANA 2018). No entanto, como está informando na figura 2, a região amazônica possui

densidade populacional muito baixa comparada as demais regiões, existindo demasiada

disponibilidade hídrica para pouca demanda.

A figura 1 demonstra a densidade populacional em hab/km2 dentro das regiões hidrográficas

brasileiras. Percebe-se concentração populacional localizada na costa e regiões litorâneas, longe

de bacias com altas vazões hídricas.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2094

Figura 1 - Regiões hidrográficas e distribuição da população no Brasil, 2013.

Fonte: IBGE, 2013.

Os relatórios de conjuntura anual de recursos hídricos, como o de ANA (2005), permitem acesso

às informações completas. Com o avanço da tecnologia e adoção de sistemas online com

atualização periódica, é possível encontrar dados em tempo real das medições. Contudo,

dificulta a localização de informações completas nos relatórios de conjuntura atuais.

Com os avanços tecnológicos das últimas décadas, o monitoramento hidro meteorológico foi

modernizado, passando dos registros em fichas de campo em papel dos dados de pluviômetros

e réguas por observadores ao uso de diversos sensores automáticos ligados a uma plataforma

de coleta de dados (PCD), com o armazenamento dos dados in loco por registradores e

transmissão por telefonia móvel ou por satélite. (ANA 2019)

Acessando o balanço hídrico da Agencia Nacional de Recursos Hídricos (ANA, 2020a), tem-se os

valores de entrada e saída por Estado. Entretanto o sistema oferece limitações, uma vez que

não disponibiliza todos os dados. Mesmo assim, considera-se relevante dar um enfoque por

Estado e por região geográfica de forma a permitir confrontar com os dados populacionais e as

demandas hídricas, geralmente apresentados por região geográfica, UF ou município.

Os dados devem ser observados com ressalvas, uma vez que o sistema do balanço hídrico do

Brasil da ANA atualiza a cada 5 minutos. Determinantes como precipitação incidente,

evaporação e usos podem alterar os fluxos de entrada e saída de água.

O fato de o dado não estar disponível pode significar não haver ora vazão de entrada ora de

saída, como também ser um indicador de que o sistema não consegue aferir todas as entradas

e saídas de água dos estados.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2095

Dessa forma, percebe-se que o estado do Amazonas é um contribuidor da vazão de saída, 81,74

superior à vazão de entrada, por sua vez o Estado do Pará reduz em 41 vezes a vazão de saída

em ralação à vazão de entrada. No Nordeste destaque para as vazões de saída de Sergipe e

Maranhão, respectivamente 1310m3/s e 10600m3/s.

As vazões das principais regiões hidrográficas, e o crescimento da população brasileira (Tabela

1) permite traçar perspectiva futuras sobre a falta de água nas principais capitais federativas.

As bacias Amazônica, Paraná e Tocantins/Araguaia tem certo conforto hídricos perante as

restantes. Em contrapartida regiões como Paranaíba e atlântico Nordeste oriental possuem

baixas vazões médias gerando preocupação pela escassez de água.

Tabela 1. População residente enviada ao Tribunal de Contas da União Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação - 1960-2019

Regiões 1960 2001 2005 2010 2015 2019

Norte 2 321 461 13.245.084 14.698.878 15.880.839 17.472.636 18.430.980

Nordeste 15 731 916 48.331.186 51.019.091 53.078.137 56.560.081 57.071.654

Sudeste 23 107 6001 73.470.763 78.472.017 80.353.724 85.745.520 88.371.433

Sul 22 693 5582 25.453.264 26.973.511 27.384.815 29.230.180 29.975.984

Centro-Oeste 2 447 736 11.885.529 13.020.767 14.050.340 15.442.232 16.297.074

Brasil 66 302 271 172.385.826 184.184.264 190.747.855 204.450.649 210.147.125 1 A região que hoje denomina-se Sudeste, foi em 1960 região Leste, na qual São Paulo não pertencia. 2 A região Sul em 1960 englobava o Estado de São Paulo Fonte: Adaptado de IBGE 1960; IBGE 2019. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais.

Diante disso, a vazão média por habitante no ano tende a diminuir. Como a região hidrográfica

atlântico Nordeste oriental tem maior adensamento humano, está já se encontra em estresse

hídrico caminhando para escassez de água em períodos de estiagem, com base na referência da

Unesco (2003): < 500 m3/hab.ano – Situação de escassez; 500 a 1. 700 m3/hab.ano – Situação

de estresse; > 1.700 m3/hab.ano – Situação confortável.

Agravado com períodos longos de estiagem e mudanças climáticas que impedem o ciclo natural

de chuvas, podendo não apenas gerar a falta de água, mas provocar danos permanentes às

bacias hidrográficas próximas.

Salienta-se que o Nordeste cresceu cerca de 18% de 2005 a 2019, tornando-se de maior

importância a adoção de medidas mitigatórias para sanar a sistemática falta de água.

Demanda de recursos hídricos Na figura 3 podem ser observados os usos consuntivos predominantes no Brasil.

Nota-se que a partir de 1960 há incremento que eleva as curvas de retirada e consumo de água

no Brasil. Enquanto em 1960, o consumo de água pra irrigação representava retirada de 33,2%

e consumo de 34,1% do total, em 2020 os valores subiram para 50,1% e 66,3%, respectivamente.

É nítido o aumento da demanda em todas as atividades, entretanto no caso da irrigação

praticamente dobrou o consumo em 60 anos. Salienta-se Souza et al. (1994): "a pobreza dos

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2096

dados censitários não permite melhor caracterização da agricultura irrigada na região. Tem

havido questionamento até mesmo acerca da dimensão da área irrigada".

Dentre os fatores que podem ter contribuído ao elevado consumo de recursos hídricos na

irrigação estão a expansão da área agrícola e exportação de produtos, emprego de modernas

tecnologias, adicionado às necessidades alimentícias pelo acréscimo populacional no Brasil e no

mundo.

Quanto a irrigação, percebe-se aumento de 1289,9 % entre 1960 e 2020, como evidenciado na

figura 3. A expansão agrícola no cerrado brasileiro garantiu uma participação de 10% para região

centro oeste no consumo de água, que praticamente não existia. Em segunda análise, a região

Sul cedeu espaço para a Sudeste e o Nordeste, especialmente para produção de hortaliças e

frutas voltadas ao abastecimento local e exportação.

Teixeira et al. (2012) relata a irrigação em videiras na região destacando-se as uvas de mesa nas

áreas ao oeste dos estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba e quase todas as áreas dos estados

do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. Considerando-se videiras para vinho

destacando-se os estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, e Sergipe, e ainda a parte

sudoeste do Estado do Maranhão.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2097

Figura 3 - Usos Consuntivos da água no Brasil Consulta por região e UF (1931-2030)

Fonte ANA, 2020b.

Conforme Buainain e Garcia (2015) os órgãos DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra

as Secas) e CODESVAF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do

Parnaíba são os principais responsáveis pelos projetos de irrigação na região Nordeste).

No tocante ao abastecimento urbano, ganha presença o Centro Oeste e Norte do país, devido

ao fluxo migratório. Entre 2000 e 2020 o Centro Oeste e o Norte cresceram sua população em

37% e 39%, respectivamente (Tabela 1).

A figura 4 expõe os usos consuntivos de água nas regiões geográficas brasileiras por principais

atividades.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2098

Figura 4 – Participação por região geográfica no consumo de água pelas principais atividades (1: irrigação, 2: abastecimento urbano, 3: Uso animal, 4: Industria).

1960 2020

1

2

3

4

Fonte: ANA, 2020b.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2099

Nota-se o baixo valor representativo do centro oeste e norte que pode ser explicado pelo menor

número de habitantes e maior disponibilidade hídrica. O consumo de água para o uso animal

cresceu de 4% em 1960 para 20% em 2020 no Norte e Centro oeste de 19% para 30%, retirando

da representação do Sul, Sudeste e Nordeste.

No processo de ocupação de áreas, uma das primeiras atividades é a pecuária, como define

Ferreira e Salati (2005), devido as demandas internas do País, especialmente da região centro-

sul, bem como do mercado internacional. Também relatam que nos 470 anos iniciais da

colonização da Amazônia brasileira, apenas 1% da área foi desmatada. Porém, nos últimos 35

anos (1970-2005) o desmatamento já atinge 17% da região e a população aumentou de dois

milhões para mais de 20 milhões de habitantes.

Com relação a indústria, a participação do Centro Oeste e Nordeste no consumo de água deixa

evidente que estas regiões estão atraindo um setor produtivo que predominava na região

Sudeste e Sul do País, seja acompanhando o avanço da fronteira agrícola e o surgimento de

novas, seja por incentivo fiscais e disponibilidade de mão de obra.

De acordo com Abdal (2017) entre 1970 e 1985, a fim de mitigar as então crescentes

desigualdades regionais, impulsionadas pelos investimentos do Segundo Plano Nacional de

Desenvolvimento (II PND), políticas específicas de desconcentração produtivas aplicadas.

Para o mesmo pesquisador, as políticas de fomento à indústria extra-RMSP já vinham sendo

feitas desde o final dos anos 1960. Destaco as superintendências para o desenvolvimento do

Nordeste e Amazônia (Sudene e Sudam) e a Zona Franca de Manaus (ZFM). Sem o foco

industrial, menciono Brasília e os programas de colonização da Amazônia e Centro-Oeste.

Visando análise localizada, procurou-se destacar municípios brasileiros, por representação

populacional, ou característica do tipo de uso predominante dos recursos hídricos. (Tabela 2)

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2100

Tabela 2. Tipo de uso predominante das maiores vazões consumidas (m3/s) em 12 municípios do Brasil 2020.

UF Município Vazão Total

Retirada (m3/s)

Vazão Total

Consumo (m3/s)

Vazão Consumo

Abastecimento urbano (%)

Vazão Consumo Irrigação

(%)

Vazão Consumo

Uso animal

(%)

Vazão Consumo Indústria

(%)

Vazão Consumo

Termelétrica (%)

Vazão Consumo

Abastecimento rural (%)

Vazão Consumo

Mineração (%)

SP São Paulo 48,16 9,33 87,08 0,11 12,26 0,26 0,14 0,13

RJ Rio de Janeiro

42,39 6,56 75,55 1,83 0,09 20,51 1,94 0,08

DF Brasília 10,95 3,64 46,93 43,29 3,39 3,96 2,12 0,31

PE Recife 6,46 1,36 88,16 0,07 11,62 0,14

BA Salvador 8,82 1,76 93,20 6,31 0,12 0,06 0,31

MT Sorriso 3,10 2,03 2,56 89,73 6,16 1,01 0,52

MA

Balsas 0,92 0,67 6,59 85,61 6,01 0,41 1,34 0,04

PE Petrolina 14,35 12,65 1,09 97,60 0,47 0,17 0,67

MS Dourados 1,90 1,04 12,81 40,85 8,51 36,78 1,04 0,01

RO Ji-Paraná 0,99 0,45 22,79 18,89 50,67 5,69 1,91 0,05

PR Cascavel 1,11 0,30 44,34 3,15 31,78 16,72 4,00

RS Uruguaiana 25,68 12,90 0,60 97,65 1,66 0,01 0,08

Fonte Adaptado ANA 2020b

Zehnder et al. (2003) apresenta as quatro principais categorias definidas de uso da água: água

para pessoas e indústria, água para alimentos e desenvolvimento rural, água para natureza e

água pra produção de energia.

Dentre os munícipios com metrópoles como São Paulo, Rio de janeiro, Recife, Salvador e Brasília,

uso predominante da água é para abastecimento público. Em segundo lugar, destaque para o

consumo industrial, exceto em Brasília, onde a irrigação demanda quase a mesma quantidade

de água do abastecimento urbano.

Cidades com atividades agrícolas como Petrolina, Uruguaiana, Balsas e Sorriso, demandam

fortemente água para irrigação com percentagens superiores à 80%. Por sua vez, Dourados

manifesta incremento de demanda industrial pela água, quase se equivalendo aquela utilizada

em irrigação, aproximadamente 40%.

Ji-Paraná se diferencia por ter metade do seu consumo de água destinado a uso animal,

característica da predominância da pecuária. Em contrapartida, Cascavel consome 44,34% da

água para abastecimento urbano e 38,93% abrangendo uso animal, rural e irrigação, e em

terceiro lugar a demanda industrial.

A legislação brasileira não permite os municípios legislem sobre recursos hídricos, não podendo,

portanto, emitir outorga, mas lhes é permitido licenciamento de atividades que utilizam água,

bem como a fiscalização de seu uso. Acrescenta-se ainda programas de proteção de nascentes

e de educação ambiental como forma de garantir o uso racional da água e a disponibilidade em

quantidade e qualidade para as gerações futuras.

A nível macro Agência Nacional de Águas-ANA fez 20 propostas para aperfeiçoamento dos

marcos constitucional, legal e infralegal da gestão de águas no Brasil. (ANA, 2017)

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2101

CONCLUSÕES No Brasil, mesmo com grande disponibilidade hídrica em sua totalidade, há situações de

carência de abastecimento público, as disparidades regionais e a dimensões territoriais são

fatores que alteram as vazões de recursos hídricos.

Dentre os principais usos da água, há variações por região geográfica, por município em função

do contingente populacional, bem como as atividades predominantes, como agricultura,

pecuária, indústria e serviços.

É notório que por ser um país de extensão territorial continental os desafios com o planejamento

e a gestão da água tornam-se mais importantes, especialmente com a participação da

sociedade.

Também devem ser evocados projetos que restaurem a normalidade as vazões das principais

bacias, criação de instrumentos teóricos e práticos para a gestão da água nas industrias, uso de

tecnologias que permitam melhor uso e reuso da água na irrigação, mitigando o alto consumo.

A lei federal 9433, “lei das águas”, se bem implementada, por si só traz os instrumentos para

gestão integrada dos recursos hídricos. O sistema nacional de gerenciamento de recursos

hídricos agrega os organismos e atribuem reponsabilidades aos participantes.

Portanto, não é por falta de mecanismos legais ou institucionais que a temática água deixará de

ser observada. Pode sim, por descaso político ou ausência de sensibilidade e responsabilidade

cidadã ser motivo de graves problemas de conflitos hídricos.

AGRADECIMENTOS Agradecimento ao CNPq pela bolsa de iniciação cientifica e ao Instituto federal de Goiás pela oportunidade de realização desta pesquisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABDAL, ALEXANDRE. DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: Para uma qualificação do debate sobre desconcentração industrial. Novos estud. CEBRAP, Out 2017, vol.36, n.2, p.107-126. ISSN 0101-3300.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS—ANA. Disponibilidade e demandas de recursos hídricos no Brasil; 2005 Brasília: ANA. Disponível em: http://arquivos.ana.gov.br/planejamento/planos/pnrh/VF%20DisponibilidadeDemanda.pdf. Acesso em 20 de outubro de 2019.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS—ANA. Conjuntura de recursos hídricos no Brasil; Brasília: ANA. 2018.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS—ANA. Conjuntura de recursos hídricos no Brasil; Brasília: ANA. 2019.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS— ANA. 2020a. Balanço hídrico do Brasil. Disponível em: http://balancohidrico.ana.gov.br/Mapa.aspx. Acesso em 22 de maio de 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS—ANA. Projeto Legado. 20 propostas para aperfeiçoamento dos marcos constitucional, legal e infralegal da gestão de águas no Brasil—Preparação para o 8º fórum mundial da água 2017. Disponível online: https://www.ana.gov.br/programas-e-projetos/projeto-legado-1. Acesso em 9 de dezembro de 2019.

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2102

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS—ANA. Usos consuntivos de água no Brasil (1931-2030). Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNmFhMjA4NmQtY2Y4Yy00OWE4LTkyNzEtOTk2MTY4MTQzMTliIiwidCI6ImUwYmI0MDEyLTgxMGItNDY5YS04YjRkLTY2N2ZjZDFiYWY4OCJ9. Acesso em 04 de maio de 2020.

BRASIL, Constituição de 1934. Presidência da República: Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao34.htm>. Acesso em 03 de junho de 2019.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1946. Brasília, DF: Senado Federal.

BRASIL. Constituição de 1988. Presidência da República: Casa Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 20 de outubro de 2019. 1988.

BRASIL. 1997. Lei 9433 de 8/01/1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13/03/1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28/12/1989. Disponível online:http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei94338janeiro1997374778publicacaooriginal-1-pl.html (acessado em 29 de novembro de 2019).

BRASIL. Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Resolução 32, 15/10/2003. Institui a divisão hidrográfica do Brasil. Disponível online: http://www.cnrh.gov.br/divisao-hidrografica-nacional/74-resolucao-n-32-de-15deoutubro-de-2003/file (acessado em 16 de setembro 2019). 2003.

BRASIL. Decreto n. 24.643, de 10 de julho de 1934. Código das águas. Disponível:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d24643.htm>. Acesso em 24 de maio de 2019.

BRASIL, Lei 9433 de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível:< http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9433-8-janeiro-1997-374778-publicacaooriginal-1-pl.html> Acesso em 17 de maio 2019.

BRANCO, O. E. de A. Avaliação da disponibilidade hídrica: Conceitos e aplicabilidade. 2006. Disponível: <http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/04/DisponibilidadeH%C3%ADdrica.pdf> Acesso em 03 de outubro de 2019.

BUAINAIN A. M. e GARCIA Jr. R, Polos de Irrigação no Nordeste do Brasil, Confins, 23, 2015. DOI: 10.4000/confins.10031.

CARTER, N.; KREUTZWISER, D. R.; LOË, R. C. Closing the circle: linking land use planning and water management at the local level. Land Use Policy, v. 22, p. 115-127, 2004. https://doi.org/10.1016/j.landusepol.2004.01.004.

DA SILVA, B.; DA SILVA, D.; MOREIRA, M. Índices para a gestão e planejamento de recursos hídricos na bacia do rio Paraopeba, Estado de Minas Gerais/Indexes for water management and planning on the Paraopeba River Basin, Minas Gerais State. Revista Ambiente & Água, Jul-Sep, vol.10, n 3, pp.685-697, 2015. https://doi.org/10.4136/ambi-agua.1597.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGE. Anuário Estatístico Do Brasil – 1960. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/20/aeb_1960.pdf. Acesso em janeiro de 2020.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGE. Estimativas da população residente no Brasil – 2000, 2005, 2010, 2015, 2019. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/. Acesso em janeiro de 2020.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Distribuição da população por região hidrográfica 2013. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2013/. Acesso em: 2020

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRÁFIA E ESTATÍSTICA- IBGE. Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 2001, 2005, 2010, 2015, 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao>. Acesso em: setembro de 2019.

SOUZA, H.R.; FIGUEIREDO, A.P.; MACHADO, R.RT.; RAMOS, A.S. Agricultura irrigada e desenvolvimento sustentável

Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

ISBN - 978-65-86753-02-8

2103

no Nordeste do Brasil. Brasília: Secretaria de Planejamento, Orçamento e coordenação da Presidência da República, 1994. GTIV-IV.3. Projeto ARIDAS. Uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o Nordeste.

FERREIRA, A. M. M.; SALATI, E. Forças de transformação do ecossistema amazônico. Estudos avançados, São Paulo, vol. 19, n 54, Mai/Ago. 2005. https://doi.org/10.1590/S0103-40142005000200003.

FRAITURE, C.de, D. WICHELNS, J. ROSKSTROM e E. KEMP-BENEDICT. 2007. Prevendo 2050: cenários deabordagens alternativas de investimento. Em Molden, D. (Ed.) Água para Alimentos, Água para a Vida: Um Abrangente Avaliação da Gestão da Água na Agricultura. Earthscan, Londres e International Water Management Institute, Colombo, pp. 91-145.

ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO - OECD. Principles on water governance. 2015. Disponível em: http://www.oecd.org/gov/regional-policy/OECD-Principles-on-Water-Governance-brochure.pdf. Acesso em 15 novembro 2019.

PASQUALETTO, A.; LO PRESTI, D.; ROVAI, M.; MURO JR., A.; Comparison of Water Resources Policies between Brazil and Italy. Laws, vol 8, n 4, 32; 2019. https://doi.org/10.3390/laws8040032.

TEIXEIRA A. H. de C.; TONIETTO J.; PEREIRA G. E.; ANGELOTTI F. Delimitação da aptidão agroclimática para videira sob irrigação no Nordeste Brasileiro. Revista Brasileira Engenharia Agrícola Ambiental, vol.16, n.4, Campina Grande, abr. 2012. https://doi.org/10.1590/S1415-43662012000400010.

UNESCO. The United Nations World Water Development Report. Water for people, water for life. 2003. Disponível em http://www.unesco.org/water/wwap Acesso em: 20 maio 2020.

WORLD WATER ASSESSMENT PROGRAMME [WWAP] (2009). United Nations World Water Development Report 3: Water in a Changing World, Paris/London, UNESCO Disponível: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000181993> Acesso em 17 de maio de 2020.

ZEHNDER, A. J. B., YANG, H., & SCHERTENLEIB, R. Water issues: the need for action at different levels. Aquatic Sciences, vol. 65, n. 1, p. 1-20. 2003. https://doi.org/10.1007/s000270300000.