aniversário de extrema

16

Upload: jornal-o-registro

Post on 03-Apr-2016

266 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Aniversário de Extrema
Page 2: Aniversário de Extrema

Foto: ASCOM Toledo

Expe

dien

te Designer Editorial:Lyvia Dayko

Filiado ao SindijoriSindicato dos Jornais do Interior/MG(31) 2512-3895

DiretorJosé Roberto Alves Galante DRT nº - 11.404/MGMTB-JP 13.321/MG(35) 8849-4491 / [email protected]

Redação: (35) [email protected]

ORSM Editora LtdaRua Presidente Kennedy, 432º andar, sala 06 - Extrema - MG CNPJ: 10.805.274/0001-01

Redação:Paloma Barra | MTB JP - 77.157/SP Patrícia Tampelli | MTB - 16.792/MG

Departamento JurídicoDr. Mauricio José Ahualli

Departamento Comercial(35) [email protected]

Tiragem:4.000 exemplares

Representantes:Nalva Britto: (35) [email protected]

Francisco Moura: (35) [email protected]

*Matérias assinadas por colaboradores não representam necessariamente, a opinião do Jornal ORSM. O conteúdo das publicidades e editais é de inteira responsabilidade dos órgãos contratantes.

Extrema - 113 anos de histórias e conquistasDe acordo com historiadores, data que em 29 de novembro de 1764, quando da visita do governador de Minas, o General Luiz Diogo da Silva, ao visitar o arraial de Camanducaia e, de vol-ta, tendo passado pelo Registro de Mandú (atual Pouso Alegre), resolveu que esse “Registro” fi-caria melhor colocado à margem do rio Jaguarí, então a cidade de Extrema.Deste fato, originou-se ser Ex-trema primitivamente conhecida pelo nome de “Registro”. Esse cunho oficial, entretanto não deu impulso decisivo ao povoado, o qual somente no fim do século 18 com a construção de uma capela nos primeiros anos do século 19, ainda na vigência da era colonial.Foi no ano de 1819 que se deram os primeiros passos para cria-ção e formação do lugar, nessa época já habitado por fazendei-ros e outros moradores esparsos procedentes de Camanducaia e sobretudo de Bragança Paulista, Atibaia e São João do Curralinho.Segundo os autos da constituição do patrimônio de Santa Rita ar-quivados na Cúria Metropolitana

de São Paulo, nos anos de 1819 foi endereçada aquela entidade eclesiástica uma petição no sen-tido de se edificar uma ermida e de se constituir um patrimônio de fiança e favor da capela. É provável que os signatários da representação junto à cúria diocesana não tivesse sido aceito, pois somente no dia 7 de agosto de 1832, foi passada provisão autorizando a ereção da capela consagrada à invocação de Santa Rita, que seria construída ao re-dor de 30 alqueires de terra que foram anteriormente doados pelo abastado lavrador José Alves, conhecido como “Zeca Alves”.No dia 12 de janeiro de 1839 foi realizada a primeira audiência do Juízo de Paz, sob a presidência do juiz Francisco da Silva Teles.Em 12 de outubro de 1871, atra-vés da lei nº 1858, o povoado de Registro passou a ser distrito, só que a partir desta data, com a denominação de Santa Rita de Extrema ( por se localizar no extremo sul de Minas Gerais). No dia 22 de dezembro desse mesmo ano, deu-se a instituição canônica como paróquia.No ano 1874, registrou Bernardo

Saturnino da Veiga, a existência de 60 casas em Santa Rita de Extrema, formando essas casas 4 ruas irregulares e um largo onde se acha colocada a igreja matriz e um modesto cemitério.O distrito de Santa Rita de Extre-ma passa a ser denominado mu-nicípio através de lei nº 319, de 16 de setembro de 1901, sendo efetivamente instalado a partir de 1º de janeiro de 1902.Em 18 de setembro de 1915, a lei estadual nº 663 altera o nome do município que passa a se chamar Extrema. Através da lei estadual nº 893 de 10 de setembro de 1925 é elevada à categoria de cidade a sede do município de Extrema.Além do dia 16 de setembro, aniversário da cidade, o dia 22 de maio (dia de Santa Rita, padroei-ra da cidade) também é feriado municipal.A população estimada da cidade de acordo com o IBGE 2010 é de 31.693 habitantes. Tendo como munícipios limítrofes: Vargem, Joanópolis, Toledo, Itapeva, Ca-manducaia e Pedra Bela.Com informações: extrema.mg.gov.br

Page 3: Aniversário de Extrema

Fotos: Amanda Bortoletto

A Exposição ‘Tal Mãe, Tal Filha’ que esteve em exibição no Centro de Informações Turísticas, durante o mês de agosto, teve como objetivo evidenciar características físicas hereditárias, através de retratos de meio rosto de mães e filhas coladas lado a lado focando principalmente seus olhares. O trabalho da fotógra-fa Amanda Bortoletto foi realizado com mães da cidade de Extrema

que cederam sua imagem para o projeto como modelos voluntárias.De acordo com a artista, a ideia inicial do projeto surgiu de um retrato dela e de sua filha Catharina (11 anos) realizado por brincadeira em casa com a intenção de guardar uma recordação que acentuasse o quanto se pareciam. Amanda fez a mesma brincadeira entre seus filhos e marido e ao disponibilizar

em uma rede social, muitas mães gostaram e pediram uma lembrança igual.

“Desde quando me formei em Foto-grafia e trabalho como profissional na área estava em busca de um projeto autoral, a ideia se encaixou perfeitamente e claro foi se ajustan-do ao desenvolver do projeto que durou seis meses para ser finaliza-do”, revela.Além da exposição, a fotógrafa continua realizando ensaios perso-nalizados e contemporâneo infantis, retratos de família e já está traba-lhando em novos projetos para o

próximo ano.Ao falar sobre Extrema, Amanda afirma que a cidade é inspiradora para qualquer artista. “O ar e acon-chego das pessoas, dos bons ami-gos e das boas conversas sempre nos traz uma nova percepção do que somos e o que quero transmitir através da minha fotografia. A liber-dade de poder criar e de ser mãe numa cidade que traz consigo valo-res culturais é muito importante”.A artista paulistana demonstra admiração pela cidade e pessoas que a acolheram e conta que em seu trabalho deseja retribuir um

pouco do amor e generosidade aqui encontrados registrando e eternizando o tempo através da fotografia. Além de também poder disponibilizar um pouco de cultura a todas as classes sociais.Amanda aproveitou a oportunidade para parabenizar Extrema por seus 113 anos. “Parabéns a essa cidade linda e acolhedora, ao seu povo humilde que está sempre de portas abertas, aos artistas que andam de mãos dadas e que tem fome de cultura. Parabéns á todos que fize-ram e fazem de Extrema um lugar maravilhoso para se viver”.

Amanda Bortoletto transmite amor através de imagens de mães e filhas

Amanda e Catharina

‘Tal Mãe Tal Filha’ em exposição no Centro de Informações Turísticas

Page 4: Aniversário de Extrema

Foto: ASCOM Toledo

Fotos: Rita Miranda

Movimento Cia. de Teatro mantém viva a cultura extremenseO Movimento Cia. De Teatro faz parte da história e cultura de Ex-trema e por essa razão o Jornal O Registro decidiu contar um pouco mais da trajetória do grupo.Movimento Cia. de Teatro foi fun-dado em 1997 pela atriz-diretora Rita Miranda, que ao voltar para Extrema após uma temporada de estudos fora da cidade conheceu jovens que se dedicavam ao teatro e com eles deu início ao grupo que atua desde então junto à comu-nidade extremense, promovendo espetáculos que buscam não só o entretenimento da platéia, mas a educação ambiental e cultural. Porém, este não foi o primeiro contato da fundadora da compa-nhia, Rita Miranda, com o teatro extremense. A ligação entre ela e a cultura extremense teve inicio em 1981, quando ela e outros jovens da cidade interpretaram a peça

“Entre quadros paredes” de Jean Paul Satre, adaptada por Doutor Ciro, juiz da cidade, na época, e in-telectual. “Extrema sempre gostou, sempre prestigiou o teatro, sempre teve isso na veia”, conta a atriz.Em conversa, a diretora da com-panhia destaca como principal momento do grupo de teatro a turnê por 24 cidades mineiras com o projeto “O Mambembe - Teatro Itinerante” patrocinada pela Lei Rouanet. Durante o tempo de exi-bição foram registradas as carteiras de trabalho de todo o elenco como atores, o que valorizou o trabalho realizado por essas pessoas. A Cia. de Teatro é também de utili-dade Pública Municipal e Estadual, e desenvolve vários projetos junto à Prefeitura Municipal, além de se destacar pelas suas produções. Realizou oficinas e mostras de teatro em parceria com o Conselho

do Patrimônio Cultural e Artístico, que contou com a participação de artistas de renome.

“Fizemos várias parcerias de edu-cação ambiental através do teatro com a Prefeitura. Colocamos nas peças a questão da reciclagem e do racionamento e cuidado com a água, trabalhamos com educação ambiental. Foi bem bacana para nós, além de envolver o prazer de encenar também tinha uma res-ponsabilidade social e ambiental através dessas montagens”, conta Rita Miranda.Outros pontos destacados pela diretora foi a vitória em Edital para se tornar um dos primeiros Pontos de Cultura do Estado de Minas Gerais, em 2010, e a conquista do espaço público cedido pela Prefeitura Municipal de Extrema.

“Esse apoio foi fundamental, aqui ensaiamos novos projetos. Então o fato de termos uma sede é um fator muito importante que auxilia bastante na manutenção do gru-po”, explica Rita.O Movimento Cia de Teatro tam-bém é responsável pela realização do ‘Extrema Mostra Teatro’, que acontece desde 2003 e conta todos os anos com apresentações de peças renomadas. “Fazemos o ‘Extrema Mostra Teatro’ há 11 anos e a mostra tem vindo em um crescente de público que sempre prestigia. É maravilhoso, porque trazemos as maiores e melhores companhias de teatro do Brasil com vários espetáculos premiados e consagrados pela crítica”, afirma a atriz.A Cia. trabalha há 17 anos de forma contínua, mantendo coerência em suas ações. Com projetos voltados para comunida-de, com apresentações em praça

pública, escolas da rede munici-pal e oficinas gratuitas. Sempre buscando a promoção, divulgação e valorização do teatro e da cultura brasileira.

O Pequeno PrincípeA próxima peça a ser apresentada pelo Movimento Cia de Teatro é

“O Pequeno Princípe”, do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry com a adaptação para o teatro de Rita Miranda. A primeira apre-sentação acontecerá durante o 1º Festival Literário de Extrema, no sábado, 13 de agosto, às 14h na Praça Presidente Vargas.A obra será interpretada pelo Núcleo de Jovem Elenco da com-panhia, um projeto de renovação e manutenção da arte teatral.

“Tinhamos uma demanda de jovens querendo fazer teatro e então nos dedicamos a eles para poder contribuir com a formação artística deles e assim surgiu a ideia de montar “O Pequeno Príncipe”, que é um livro que atrai tanto criança quanto adultos. A iniciativa deu certo e os meninos com a maior garra estão atuando nessa peça”, explica.E para finalizar, Rita Miranda apro-veitou a oportunidade para para-benizar a cidade de Extrema por seus 113 anos: “Extrema é onde todas as portas se abriram para que a gente pudesse consolidar o teatro e que a gente continuasse, porque aqui as pessoas adoram cultura, é uma cidade que tem muita festa e as pessoas prestigiam sempre as manifestações culturais. Eu espero que continue assim sem-pre. Parabéns Extrema! Amo esse lugar que me acolheu e onde eu posso continuar sendo uma pessoa criativa”, conclui.

Elenco de ‘Mambembe’

Elenco de ‘O Pequeno Príncipe’

Page 5: Aniversário de Extrema

Foto: ASCOM Toledo

Fotos: ASCOM - Prefeitura de Extrema

Aniversário de 113 anos da cidade com diversas atrações

A cidade de Extrema completará no próximo dia 16 os seus 113 anos de emancipação político-administrativa. Neste ano o aniversário de Extrema foi antecipado para a segunda-feira, dia 15, conforme decreto municipal, nº 2.731 de 07 de fevereiro de 2014 (ex-trema.mg.gov.br/dados-da-cidade-2/calendariodeferiados/decretos-de--feriados).Para comemorar o aniversário da cida-de, a Prefeitura de Extrema, por meio da Secretaria de Educação e as Gerên-cias de Cultura e Turismo promoverão diversas atividades e atrações para os cidadãos extremenses celebrarem juntos os 113 anos da melhor cidade mineira para se viver*.

Confira a Programação:Dia 12/9 a 14/9: I Festival Literário de Extrema: O evento, que terá como tema “Venha Viver a Magia da Literatura em Extrema”, pos-sui a finalidade de estimular o hábito da leitura nas mais variadas faixas etárias abordando diversos gêneros do fantástico mundo das letras.Com entrada franca, o I Festival Literário de Extrema oferecerá além da presença de 10 escritores consagrados, debates, oficinas, peças de teatro infan-tis, games para adolescentes e música. O local escolhido para as atividades são as Praças Presidente Vargas e a Cel. Simeão, ambas no centro da cidade.Confira a programação completa em:

extrema.mg.gov.br/destaques-capa/festival_literario_de_extrema.

Dia 14/9 às 16h: 5º Festival Comida de Boteco.

Dia 15/9 às 19h: Ao Vivokê. (extrema.mg.gov.br/desta-ques-capa/ao-vivoke-sera-no-dia-15-de--setembro-em-comemoracao-aos-113--anos-de-extrema)Todos os eventos serão na Praça Presi-dente Vargas.

*Extrema é considerada a Melhor Cidade Para se Viver segundo a Fundação João Pinheiro, ano Base 2010, edição 2013.Fonte: Ascom - Prefeitura Municipal de Extrema

Page 6: Aniversário de Extrema

Fotos: Arquivo Pessoal - Gi Morbidelli

Família Morbidelli completa 113 anos de história em Extrema

Em homenagem aos 113 anos da emancipação da cidade de Extrema, o Jornal O Registro entrevistou Milton Morbidelli, bisneto de Domenico (Domingos) Morbidelli e neto de Luiz Morbidelli. De acordo com Milton, carinhosamen-te conhecido como Gi, com a recente conquista da nacionalidade Italiana, a história da família conta que Domenico Morbidelli deixou Sassoferrato, Região de Marche (Itália), juntamente com os filhos: Luiz, Alexandre, Palmira, Adele, a cunhada Lucia e seus filhos. Antônio e Maria embarcaram no Porto de Geno-va, no Vapor “Minas” em 31 de agosto de 1901. A família chegou ao Brasil (Porto de Santos) em 22 de setembro de 1901. Nas incertezas dos aconteci-mentos, principalmente de perecerem na viagem, e sem saber o que poderia encontrar em terra brasileira, Domin-gos deixou em Sassoferrato os filhos Giovanni e Caterina. Estes ficaram com os tios (Brocanelli) que não tinham filhos. Da linhagem familiar: Domingos foi casado com Doralice Brocanelli, e seu irmão Gabriel Morbidelli foi casado com Lucia Lisandrelli, ambos faleceram na Itália, antes da vinda da família para o Brasil.Luiz Morbidelli, filho de Domingos, casou com a italiana Cesira Gabelini, e tiveram os filhos: Maria, Vicente, Au-

gusto, Júlio, Paulo, Fernando, Ernesto, Umberto, David e Catarina. Cesira Gabelini era filha de João Gabelini e Albina Bernardini imigrantes italianos, que também tiveram grande contribuição no desenvolvimento de Extrema, tinham uma grande propriedade no bairro da Vargem do João Pinto conhecida como Fazenda do Matão.Alexandre Morbidelli, filho de Domin-gos, casou com a italiana Celeste Biondi e tiveram os filhos: Natal, Felícia, Ange-lina, Henrique, Maria, Elvira, Antônio, José e Aparecido.Caterina Morbidelli, filha de Domin-gos, ficou na Itália e casou com Enrico Battistoni e tiveram os filhos: Adele, Duiglio, Valentino, Olivetta e Pierina.Giovanni Morbidelli, filho de Domingos Morbidelli, ficou na Itália e casou com Maria Cesaretti e tiveram os filhos: Na-tal, Doralice, Constantino, Aldo e Elisa.Palmira Morbidelli Biondi, fillha de Domingos, casou com o italiano Saba-tino Biondi e tiveram os filhos: Angelo, Maria, Elvira, Umberto, Luiz, Antonio.Adele Morbidelli Voltan, filha de Domingos, casou com o italiano Cesar Voltan e tiveram os filhos: Umberto, Rita, Maria, Estelinda, Antonio e Bene-dita Aparecida.Antonio Morbidelli, estimado sobrinho de Domingos, casou com a italiana Filo-mena Pierucci e tiveram os filhos: João,

Geraldo, Luiz, Gabriel, Tereza, Angelo Aparecido, Benedito, Anna.Maria Morbidelli (sobrinha de Domin-gos) casou com o italiano Domenico Bonifazzi, residiram em Bragança Pau-lista, e lá têm seus descendentes.A família se instalou na cidade de Extrema e aqui com trabalho árduo na lavoura, Domingos Morbidelli se esta-beleceu criando seus filhos e sobrinhos.Domingos Morbidelli viveu no mesmo teto de Antônio, seu estimado sobrinho que o tinha como filho, até a sua morte, em janeiro de 1940, com 81 anos de idade. Lucia faleceu em 1941. Domin-gos, Lucia e Antônio estão sepultados no mesmo túmulo em Extrema, e demais familiares.Em 2007, Milton Morbidelli escreveu um artigo para a revista da Associação Sassoferratesi no Mundo para Sasso-ferrato (Marche – Itália), e com base nesse documentário, a Associação decidiu premiar Domingos Morbidelli

“in memorian”. O “Prêmio Monte Strega” tem como objetivo premiar personagens de origem Sassoferratesi que se destacaram em várias ativida-des em qualquer parte, e que levaram o nome da cidade. Monte Strega é uma montanha dos Alpes da Umbria e de Marche.O reconhecimento desta homenagem foi em consideração a imigração de Domingos da cidade de Sassoferrato,

como demonstração de coragem e perseverança, e do trabalho árduo como lavrador, na conquista dos ideais, juntamente com os filhos Alexandre, Luiz, Palmira, Adelia, sobrinhos Antô-nio e Maria. E a cunhada Lucia.

O Prêmio em nome de Domingos Morbidelli e dos descendentes foi recebido na data de 23/08/2008 por Milton Morbidelli que em seu discurso e agradecimentos em italiano deixou todos emocionados.

Alexandre Morbidelli Caterina Morbidelli

Antonio Morbidelli e Filomena Domingos Morbidelli e Lucia

Domingos Morbidelli e Lucia (sentados). O estimado sobrinho Antonio Morbidellie, Filomena Pierucci e filhos (em pé)Giovanni Morbidelli

Page 7: Aniversário de Extrema

Estiveram presentes na cerimônia os familiares Márcia (tataraneta de Do-mingos Morbidelli) e seu marido José Alvim, Lourival Francisco Morbidelli Mendes (bisneto sobrinho de Domin-gos Morbidelli) e sua filha Roberta, que representaram a família. E, dos familia-res de Roma e Sassoferrato, também descendentes (bisnetos) de Domingos.A história desta grande família continua, o pai de Milton, Paulo Morbidelli, pos-suía um Armazém na cidade, de Secos e Molhados, a Rua Governador Vala-dares, também constituiu sua família e com o comércio criou seus filhos. Paulo Morbidelli casou-se com Luiza de Oliveira Borges, descendente de José Ramos Borges, grande fazendeiro na época, de origem Joanopolense e que se instalaram na região do Salto. Seus filhos: Braz Edson e José Roberto (falecidos), Luiz Fernando, Gessevaldo, Giovana e Milton Morbidelli.Por parte da família da mãe, Milton Morbidelli, tem como avó Brasilina Ma-ria de Jesus e avô Lino Borges. E tendo como bisavôs Joaquim Pedro de Toledo e Placidonia Maria de Jesus, todos fazendeiros da região do Salto.Milton Morbidelli formou-se em Direito e é pós-graduado em Direito Consti-

tucional e administrativo pela Escola Paulista de Direito, também atuou em uma peça teatral em 1980. A peça com direção de Dr. Ciro (Marcos da Silva) tinha como título “Entre quatro pare-des”, onde representou um mordomo. Outros componentes da peça eram: Robson Silva, Rita Miranda e Silvia Oliveira. A peça esteve em cartaz na cidade e também em algumas cidades vizinhas como: Bragança Paulista, Cam-buí e Itatiba.Em agosto de 1983, Milton Morbidelli ingressa na Câmara Municipal de Extrema.

“O prédio junto com a Prefeitura, não tinha nada de documentos, (arquivo) da Câmara, somente um livro de Atas. E aqueles que estavam em um arquivo junto com os docs. da prefeitura, e es-tavam danificando com o tempo, pois o local era úmido”, lembra Gi.Milton fazia todos os serviços da Câ-mara, contava apenas com um servidor que era José Nilson Silva. Todas as proposições dos vereadores eram dati-lografadas com cópias de carbono.Com a mudança da Câmara e a Prefei-tura, para o prédio da Praça Presidente Vargas, atual prédio da cultura, “Zeca Alves”, Milton teve a preocupação de

transportar os livros antigos da Câmara, mas muitos não tinham mais o que fazer, pois estavam completamente deteriorados, de acordo com Gi. Então, começou a organizar um arquivo da Câmara, considerando que a Câmara teve sua Autonomia Administrativa e Financeira (Lei Municipal n. 618/86). O resgate dos livros, com a restauração dos mesmos, foi feito a partir desta data. Os livros estavam bastante deteriora-dos e os que tinham condições foram encaminhados para um restaurador em Bragança Paulista, hoje estes livros encontram-se arquivados devidamente na Secretaria da Câmara Municipal na Praça dos Três Poderes. Um dos registros mais antigos recupe-rado é uma ata de 1917, com o termo de abertura da sessão de 1º de julho, presidida pelo vice-presidente Guido Berretini. Graças ao altruísmo de Milton Mor-bidelli a história política da cidade de Extrema não se perdeu para sempre.Milton Morbidelli trabalhou na Câmara Municipal de Extrema como Diretor da Secretaria por 29 anos e deixou um grande legado, um exímio profissional. Por Patrícia Tampelli

Palmira, Aparecida Voltan e Adele

Milton Morbidelli em peça teatral Lino Borges e Brasilina Maria

Milton Morbidelli (Gi)

Luiz Morbidelli e Cesira Gabelini Armazém de Paulo Morbidelli, na Rua Governador Valadares

Page 8: Aniversário de Extrema

Turismo que valoriza a história e beleza natural da cidade

São 113 anos de história, mas faz pouco tempo que Extrema se destacou entre as outras cidades turísticas e vem sendo reconhecida nacionalmente por todo seu poten-cial histórico e ambiental. Essa história também faz parte do novo turismo em Extrema, são diversos monumentos históricos tombados que contam aos nossos visitantes um pouco do que acon-teceu antigamente. Esses atrati-vos de relevância histórica ficam distribuídos como todos os outros em rotas e os de maior destaque são: as obras de Alfredo Mucci, a Igreja de Santa Rita de Cássia, o complexo de prédios históricos em torno da praça principal, a Capeli-nha da Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Trilha do Pinheirinho e a Capelinha do Godoi. Tais locais são preservados pelas Gerências de Cultura e Turismo, porque a cultura recebe um incentivo pelo estado para preservar esses patrimônios

tombados.Para chegar ao nível de reconheci-mento turístico atual, a gerência de turismo de Extrema vem realizando um trabalho árduo por diversos anos. O primeiro conselho de turis-mo é datado de 1996, mas somente em 2007 as politicas públicas de turismo do município passaram a ser devidamente organizadas e planejadas. Isso se deu graças à criação do Ministério do Turismo no Brasil e o Projeto Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil que incentivou os municípios brasileiros a investiram mais nessa área.A partir de 2007, o poder público extremense passou a trabalhar na criação das rotas turísticas que deram origem a atual Rosa dos Ven-tos, mas não foi só a administração municipal que opinou nos novos ca-minhos que seriam tomados, foram ouvidos os integrantes do Conselho de Turismo (COMTUR), a socieda-de civil e a iniciativa privada que

concluíram que todo o território de Extrema possui potencial turístico.

“Pelas suas belezas e pela própria vocação ambiental, por termos um rio que margeia o nosso município e esse rio ter potencialidade para o rafting que é um dos produtos turísticos mais visitados junto com a Serra do Lopo”, relembra Ana Paula Odoni, gerente de turismo. Em 2011, foi dado inicio na ela-boração de um Plano Municipal de Turismo construído de forma participativa e em conjunto foi criada a Lei Municipal de Turismo, aprovada pela Câmara dos Verea-dores. O planejamento foi elabo-rado de forma que seguisse as seis diretrizes apontadas pelo Ministério do Turismo que são: Infraestrutura turística, fortalecimento da estân-cia de governança, qualificação profissional empresarial, sistema de informação e monitoramento, marketing do destino e oferta de roteiros e produtos.

Fotos: Ricardo Telles

Fauna da Serra do Lopo

Page 9: Aniversário de Extrema

Na infraestrutura foi feita a sinalização das rotas e a distribuição dos totens pelos percursos e está em plane-jamento o projeto de revitalização das rampas e construção da sede do circuito.A segunda diretriz, o fortalecimen-to da estância de governança é a formação de grupos responsáveis pela manutenção e discussão dos planos turísticos. “No caso regional é o circuito turístico Serras Verdes do Sul de Minas composto por 25 cidades. A outra estância que trabalhamos de maneira muito participativa é o Comtur”, afirma Ana Paula. A diretriz de qualificação profissional empresarial é fundamental para o bem receber. O turismo preza por receber bem o visitante e, consequen-temente quando você recebe bem o visitante de fora, o morador se sente também inserido dentro do contexto. A quarta diretriz é muito importante para se desenvolver um turismo de qualidade através dados estatísticos para planejamento. São trabalhadas duas ações nesse sistema de informa-ção. O sistema de oferta turística e a demanda turística do município. O marketing do destino é a quinta diretriz. Realizado pela gerencia de turismo através de folders, outdoors na Rodovia Fernão Dias e participação em eventos de divulgação turística. Pensando nessa diretriz Extrema irá participar da 42º ABAV Expo Inter-nacional de Turismo, no final desse mês, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. A última diretriz é a oferta de roteiros e produtos. Nesse quesito Extrema oferece diversas rotas e atrativos turísticos. A novidade no município é o roteiro Serras Verdes oferecido pela

Cia 4x4 que integrará Extrema, Monte verde e Gonçalves através de um passeio em jipes. “O mais interes-sante nessa diretriz é que temos que formatar a oferta de roteiros, pois quando você dá opção de maior fator de atratividade ao destino, você faz com que o turista deseje ficar mais tempo, e se ele ficar, irá consumir mais, gastar mais e vai movimentar toda a economia, nós temos procurado tratar o turismo como uma atividade econômica. Uma cidade boa para o turismo é aquela que consegue ofertar boas opções de hotéis, pousadas, res-taurantes e isso torna o destino forte”, exemplifica. Cada rota tem suas diretrizes organiza-das de forma participativa e está em-basado no programa de regionalização do Ministério do Turismo. “É legal que façamos desse jeito, ter o turismo planejado e uma política pública que orienta e nos respalda para que possa-mos executar independente de quem vai governar. Temos uma política municipal forte e um plano pactuado com toda a sociedade porque o plano de turismo não é só do poder público”, explica a gerente de Turismo.

Com a missão de abraçar os multi-setores da economia local de modo participativo integrado tornando a atividade turística um vetor de desenvolvimento, a Gerência de Turismo continua investindo. Para os próximos meses os planos são de renovação do inventario turístico, manutenção do projeto “Conhecen-do extrema” que tem como objetivo de levar as escolas e a comunidade para conhecer os atrativos turísticos e rotas extremenses e sinalização turística na Rota das Rosas, a próxima etapa da sinalização da rota dos ven-tos e finalização da rota das Águas. Na rota dos Ventos serão colocados 25 painéis de educação turístico ambiental mostrando os atrativos do percurso.Outra novidade é que está aberto o processo licitatório para a construção da sede do turismo em Extrema na Rodovia Fernão Dias, uma construção com arquitetura barroca mineira que será construída em um terreno doado. Está em processo também a reforma das rampas de voo livre que poderá ser feita de madeira e grama sintética ou concreto.

Pintura rupestre na Pedra do Índio Cachaçaria

Comida Típica

Page 10: Aniversário de Extrema

Dr. Luiz (Prefeito de Extrema)

“Neste aniversário Extrema tem muito o que come-morar, são muitas conquistas, uma infraestrutura maravilhosa, uma economia forte e que cria mui-tas oportunidades para todos os moradores. Ao olhar para trás vimos o quanto a cidade progrediu, mas é importante manter os olhos no futuro, pois nosso desafio é preparar a cidade para muitos ou-tros aniversários com a mesma qualidade de vida.”

João Batista (Vice Prefeito de Extrema)

“Dizer o quanto Extrema é especial é algo impossível. Eu nasci aqui, e nunca morei em outra cidade, porque meu coração está aqui. Para mim, Extrema é a cidade mais bonita e que tem as pessoas mais especiais do mundo.”

Autoridades parabenizam ExtremaObras da estrada da Roseira Já esta em fase avançada a obra de urbaniza-ção da estrada que liga o bairro da Roseira ao centro de Extrema, passando pelos bairros do Rodeio e Barreiro, realizada pela Prefeitura de Extrema em parceria com o Governo do Estado.As obras incluem o alargamento, urbanização e asfaltamento do trecho que deve se tornar uma das maiores avenidas da cidade, propor-cionando o acesso dos moradores sem que seja necessário trafegar pela Rodovia Fernão Dias garantindo segurança e tranquilidade no trajeto.A ação faz parte do cronograma de obras da Administração Municipal e é uma demanda que há tempos vem sendo reivindicado pelos moradores do local e que irá beneficiar inú-meras famílias. O vice-prefeito, João Batista comenta que o Bairro da Roseira é um local em constante de-senvolvimento e que sempre foi tratado com

muito carinho e cuidado pela Administração. Em entrevista mencionou as grandes conquis-tas e investimentos realizados no bairro, que hoje é a região mais populosa da zona rural de Extrema. “Construímos 2 grandes conjun-tos habitacionais, a Unidade Básica de Saúde em sede própria, a maior Escola Rural de Minas, o Centro de Educação Infantil (CEIM) totalmente reformado e ampliado, quadras, campos de futebol, e ainda realizamos recen-tes melhorias com aberturas de estradas e implantação de rede de esgoto em diversos pontos do bairro que não contavam com este serviço”, conclui.Para o prefeito, Dr. Luiz este “foi um compro-misso firmado, e que dentre em breve será cumprido, assim como está sendo realizado o asfaltamento na frente dos principais pontos comerciais e empreendimentos turísticos da zona rural, a fim de estimular o potencial turístico do município”.

Page 11: Aniversário de Extrema

Fotos: Paloma Barra

Pronto Socorro “Prefeito Jahir Aparecido Olivotti” recebe visitação de representantes das comunidades extremensesNa última quarta-feira, dia 10 de setembro, a Prefeitura de Extrema convidou representantes das comuni-dades extremenses para visitação no novo Pronto Socorro “Prefeito Jahir Aparecido Olivotti”. Os cidadãos tive-ram oportunidade de conhecer todas as instalações no prédio que contará com pronto socorro, ambulatório de especialidades, laboratório e exames de raios-x e ultrassom. O prédio amplo foi construído no bairro Bela Vista e contará com re-cepção única aparelhada com chama-da eletrônica, estacionamento para pacientes, sala de ultrassom, central de material esterilizado, necrotério, vestiário para funcionários, banco de sangue, sala de medicamentos, ala infantil com adesivagem temática, sala de inalação, sala de medicação, observação feminina em espaço re-servado, enxoval personalizado, foco cirúrgico para pequenos procedimen-tos, sala de suturas, consultórios, sala de gesso, salas para os plantonistas descansarem e equipamentos de modernos para a sala de emergência.Arquitetada com piso Paviflex, pare-des com tinta lavável, portas e janelas de PVC para evitar contaminação e com mobiliário moderno, a edifica-ção também abrigará a Secretaria de

Saúde. Presença durante a visitação, o vice-prefeito João Batista falou aos presentes sobre o novo empreendi-mento: “A saúde é um dos principais gargalos e dificuldades no Brasil, mas em Extrema estamos fazendo dife-rença. Este pronto socorro novo é só o começo das mudanças, com mais conforto e espaço para o momento que mais precisamos, quando esta-mos doentes”, conclui.O atendimento aos pacientes do am-bulatório e pronto socorro começará no dia 22 de setembro a partir das 6h. Porém já está em funcionamento os exames laboratoriais e de imagem.Durante a visita, o Secretário da Saúde, Alex Teixeira, fez um balanço sobre a saúde em Extrema atual-mente e anunciou o convênio da administração municipal e o Hospital Santa Virgínia, em São Paulo, para a realização de procedimentos hemodinâmicos. “Os números atuais da saúde impressionam, temos uma capacidade de atendimento no pronto socorro de aproximadamente 250 pessoas por dia, os especialistas atendem 30 pacientes diariamente. Temos uma capacidade 10 mil raios-x gratuitos por mês, efetuamos 12 mil exames laboratoriais no último mês. Extrema acaba sendo referência para

alguns municípios menores da região, 30% do que atendemos são pesso-as de fora, coisa de cidade grande Extrema tem se empenhado para que o munícipe não sofra”. As lideranças de bairro falaram para o Jornal O Registro suas opiniões sobre o prédio no novo Pronto Socorro.

“As impressões foram as melhores possíveis, eu estou aqui em Extrema há 21 anos e durante esse tempo, eu acompanhei toda a saúde do municí-pio e agora a inauguração desse novo pronto socorro de primeiro mundo. Não falo só para elogiar é porque vi com meus olhos, Extrema é referên-cia em saúde e o povo vai concordar com isso daqui a alguns meses”, afirma Nillo Gallindo, representante do bairro Fonte Nova.De acordo com Airton Ramos, Presidente do Conselho de Saúde do bairro Bela Vista, a população de Extrema foi agraciada com o Pronto Socorro. “Nós temos, atualmente, um atendimento na saúde que não é ruim e com esse novo posto de atendimento irá melhorar 100%. Com isso a população acaba co-brando cada vez mais e eu acho que isso aqui é uma resposta que vem contemplar e estamos felizes com essa conquista”.

Uma das maiores dúvidas da popula-ção em relação à inauguração de um novo pronto socorro é em relação ao antigo prédio e o que será feito no local. “Uma das ideias do nosso Prefeito é a redução de gastos com aluguel. Então aquele espaço é nosso e tem coisas que estão em prédios alugados, para evitar esse cobrança provavelmente traremos

esses serviços para diminuir custos. Uma ideia é trazer a Vigilância de Saúde para ampliar os serviços que são ofertados lá”, explica Alex Texeira.A cerimônia de inauguração do Pronto Socorro “Prefeito Jahir Aparecido Olivotti” será na próxima sexta-feira, às 19h, e toda a popula-ção de Extrema está convidada.

Alex Teixeira, Secretário de Saúde e João Batista, Vice-Prefeito

Page 12: Aniversário de Extrema

Histórias que marcaram o crescimento de Extrema na lembrança de Geralda CrescenteGeralda Aparecida Crescente nasceu em Extrema, no dia 26 de agosto de 1928, neta de Pedro Silva e Virgínia Maria da Conceição e filha de Nicolino de Cunto e Ora-zília de Cunto, acompanhou todo o desenvolvimento e crescimento da cidade de Extrema e foi grande percussora deste.Aos dezesseis anos já lecionava na zona rural da cidade, na região do Salto do Meio. Geralda se recorda que para ir lecionar e ir para a igreja rural tinha de ir a cavalo. Sua infância foi humilde, mas com riqueza de amizades, lembra com saudades. A cidade era uma família só, todos compartilhavam entre si.Em 1951, aos 23 anos casou-se com Jair Crescente, neto de José Crescente e Florinda Maria de Je-sus e filho de Francisco Crescente e Josefina Maria de Jesus.Geralda e Jair atuaram em peças teatrais na adolescência, junto com Dr. Jener Cuba dos Santos, conhecido como Dr. Cuba (in memorian), Sebastião Onisto (in memoriam), José Inácio Fernan-des, conhecido com Zé Coletor (in memorian) entre outros. Antonio Onisto, conhecido como Toninho do Grilo (in memoriam) era o “ponto” nas peças teatrais, orientava quando eles esqueciam as falas.Jair Crescente participava mais das peças que chamavam de “Atos

variados”, mais comédias.A primeira peça encenada pela Sra. Geralda foi “A filha dos Saltimbancos”. As apresentações aconteciam no Clube Literário e Recreativo de Extrema, antigo Instrução. O primeiro filme que passou no antigo cinema da cidade foi “A Rainha do Sertão”, como era cine-ma mudo, durante a apresentação do filme tocava-se flauta, lembra.E as recordações vão ao longe, Dr. Cuba, que era como um mentor político, junto com outras pessoas da sociedade organizou o Baile da Rainha, no qual a Sr. Geralda, ain-da solteira, participou e ganhou o título de Rainha da Primavera, com seus 19/20 anos, se recorda com emoção.De acordo com Geralda, o correio veio do Rio de Janeiro, trazido pelo prefeito da época. A primeira chefe de correios foi a Sra. Pru-dência Cardoso Pinto, a segunda chefe foi a Sra. Orazília de Cunto.Com a proximidade da aposenta-doria de sua mãe, que era a chefe de correio na época, preocupada com os rendimentos familiares, Geralda resolve escrever para o então Presidente da época Getúlio Dornelles Vargas, falando sobre suas dificuldades, pois o pai era vendedor de bilhetes e a mãe estava para se aposentar. Então em sua carta pediu para que o posto da mãe fosse ocupado por

ela. Essa lembrança causa grande emoção para Sra. Geralda: “Quan-do me lembro dele me dá até vol-tade de chorar”, diz emocionada.Ainda emocionada Geralda conta que recebeu uma carta escrita pelo próprio presidente dizendo que não era para se preocupar, que no dia seguinte a aposentaria da mãe, Geralda receberia uma boa notícia. E assim aconteceu, no dia seguinte, recebeu um telegra-ma do Presidente Getúlio Vargas dizendo que o cargo era dela.

“Fiquei muito contente, porque ele manteve a palavra, e fez votos que eu continuasse no lugar dela, uma carta longa. Sinto por ter perdido essa carta e até hoje me lembro dele com saudades, eu não esperava uma atitude dessa de um presidente”, emocionadís-sima recorda.Em 1954 aproximadamente, o Governador de Minas na época, Juscelino Kubitschek, veio até Extrema para inaugurar a pon-te nova que fica em frente ao Waltão, Geralda lembra que ela e mais uma amiga foram a linha de frente da fanfarra que prestigiou a vinda do Governador Mineiro.Trabalhou nos Correios como Chefe por mais de 28 anos até sua aposentadoria.A Sra. Geralda se recorda ainda dos tempos em que cantava no Coral do Padre Antônio Tibúrcio, das Serenatas que ela e outros

amigos faziam em dias de lua cheia. “Era muito divertido”, se lembra.Geralda Aparecida Crescente e Jair Crescente, exemplo de simplicidade e cidadania, deixam para os filhos, netos e bisnetos um grande legado e ensinamentos.

“Somos uma família amiga de todos, não tenho nenhuma inimizade, somos muito queridos. Extrema cidade muito querida espero que cresça cada vez mais, desejo a todos que cooperam que gostam, tenham muito amor pela cidade”, finaliza.

Jair e Geralda Aparecida Crescente

Antiga sede dos Correios na Rua Tiradentes

Geralda em 1942

Page 13: Aniversário de Extrema
Page 14: Aniversário de Extrema

Fotos: Arquivo Pessoal Sebastião Egídio

Sebastião Egídio - Um eterno apaixonado pelo Extrema F.CO Extrema F.C é parte intrínseca da história de nosso município e para homenageá-lo o Jornal O Registro entrevistou o ex-jogador Sebastião Egídio para nos contar sobre os tempos áureos do clube e também um pouco de sua passagem pelo clube.

A história do time começou infor-malmente por volta dos anos 1925, quando jovens extremenses se reuniam para disputar partidas de futebol, mas nada era oficializado. Sebastião conta que os jogadores iam para os jogos com botinas, calção comprido, vestimentas bege e gravata. A data oficial de fundação do time é 18 de março de 1940. A partir desse momento, o time passa a ter diretoria e técnico formais. O Extrema foi criado através da boa vontade de políticos e comercian-tes locais.Na época, a pequena Extrema, divi-dida em apenas três ruas era o lar de diversos meninos apaixonados por futebol, entre eles, Sebastião que passava seus dias ao lado do irmão e amigos na rua do meio brincando com uma bola impro-visada de bexiga de boi e traves delimitadas por tijolos. Jogar no campo era considerado um privilégio para esses garotos que não possuíam ao menos uma bola. As férias eram os únicos dias que uma bola era vista em seus pés, em uma ocasião fizeram amizade com meninos paulistas que passavam uma temporada no hotel da cidade e possuíam bola para levar aos jogos. “Eles jogavam muito bem, era de uma família bem dotada e falavam inglês, era tão bonito. Íamos toda a molecada da cidade para o campo e quando a família deles foi embora foi uma tristeza, porque nos aparávamos nos dois”, conta Tiãozinho.Sebastião Egídio ficou em Extre-ma até os seus 11 anos, quando foi mandado por seu pai para o Seminário em Pouso Alegre e por lá ficou por cinco anos. Durante os

anos de seminário a paixão pelo fu-tebol não foi deixada de lado, com seu talento times da região pediam ao Padre para que o liberasse para representá-los em alguns jogos. Ao retornar para a cidade aos 16 anos, Tião começa a treinar pelo Extrema F.C em uma quarta-feira, já no domingo o jogador estreia com a camisa do Lobo da Monta-nha, na época dirigido por Sebas-tião Camanduci. “Me escalaram no primeiro quadro do extrema, fui muito bem sucedido, na segunda partida joguei melhor do que na anterior e ai emplaquei no extre-ma”, relembra.Durante seus primeiros anos, o clube dependia da ajuda financeira da comunidade extremense que enxergava no clube um investimen-to no futuro dos jovens e entrete-nimento para os mais velhos que na época não tinham com o que se divertir aos domingos, já que ainda não existia TV e o rádio pegava mal nessa região. “Os jovens do extre-ma jogavam no campo de terra e a sociedade de Extrema comparecia e vibrava, era a diversão da cidade. Então vinham times de São Paulo jogar aqui e era novidades para nós, e dávamos todo o esforço possível para ganhar e orgulhar o povo”.O futebol entusiasmou os cidadãos, a mocidade crescendo, o povo participando, os nomes dos joga-dores correndo de boca em boca e a torcida aumentando. “Extrema chegou a uma altura importante para o futebol dentro do municí-pio. E tínhamos só aquele campo de terra feito pelos presos como diziam os mais antigos e que só de-pois virou gramado. Tinha pessoas de São Paulo que vinham jogar, tivemos jogadores que vieram de belo horizonte para trabalhar na estrada para abrir a rodovia e jogaram muita bola com a gente”, conta o saudosista Tião.A construção da rodovia facilitou também a vinda de equipes de outros municípios para Extrema, já que a antiga estrada de terra era

de difícil acesso. Após alguns anos jogando pelo Extrema F.C, em 1959 Sebastião se muda para São Paulo em busca de um emprego. Com a economia difícil na época, o futebol auxiliou o jogador a se manter, alguns ti-mes que o conheciam de Extrema começaram a chamá-lo para jogar, foi assim que Tião chegou ao São Caetano, famoso clube paulista, e começou a ganhar dinheiro com sua paixão. Mas o amor pelo seu clube de origem falou mais alto, em 1964 durante suas férias o atleta veio até a cidade e disputou uma partida junto com seus anti-gos colegas, vencendo a equipe de Bueno Brandão por 1x0. A equipe que sem ele havia perdido por 5x1 exigiu sua volta e lhe garantiu um emprego de gerente em um posto de garantindo então o retorno de seu astro.Tiãozinho relembra diversos jogos importantes após o seu retorno, um dos destaques para ele foi contra a Companhia Metropolita-na de Transporte Coletivo de São Paulo (CBTC) e os adversários, com time considerado superior, ficaram concentrados por alguns dias, mas não conseguiram superar o Lobo da Montanha que venceu de 7x1.

“Guardo na memória a partida contra o bragantino que veio fazer um jogo treino e empatamos de 3x3, lembro desse jogo pelo que fiz no campo e pelo reconhecimento do povo e do meu pai que era um super esportista e extremense apaixonado”, recorda o futebolista.Sebastião conta que guarda da época também a lembrança dos amigos, pessoas que não convive-riam se não fosse o futebol e cita o nome de alguns deles: O goleiro Ari, Barbosinha, Fisgão, o Vardinho, Dito Preto, Azor, Dito Egídio, Paulo Gordo, Vasco, Osvaldinho, Oscar Rabelo, Valter Bonifácio e Ataliba que segundo ele era extraordiná-rio. “Compusemos um time que deu trabalho, ficamos 32 partidas invictas, mas jogávamos muito e treinávamos muito, toda terça

e quarta-feira. Tinha também o segundo quadro de atletas que participavam, mas nunca joguei lá, pois pelo que consta parece que joguei bem”, revive o jogador. Com um grupo fechado de bons jogadores, os demais interessados acabavam ficando de lado o que resultou na formação de um clube rival, Os Tamoios, que se mudaram para outro campo, mas a equipe nunca fez frente ao Lobo da Mon-tanha.Os bons jogadores extremenses eram reconhecidos por toda re-gião, algumas equipes municipais vinham recrutá-los para algumas partidas, eles até participavam quando não tinham jogos no mu-nicípio, mas a prioridade para eles sempre foi o Extrema F.C. Sebastião Egídio jogou no Extrema F.C até 1975, segundo ele após esse época perdeu as forças para jogar por causa da idade. “O fute-bol é muito importante para mim,

sou muito agradecido ao clube, me engrandeceu muito. Tenho certeza que a bandeira do Extrema vai tremular no meu cortejo. As pessoas daquele tempo res-peitam a gente pelo que foi feito, mas o time não deu nada financei-ramente para ninguém, mas nós fizemos parte do time e ninguém pode negar que fomos útil. Daque-les 23 jogadores, somente 3 estão vivos”, afirma. Atualmente, o Extrema F.C não tem equipe formada, o que entristece o antigo jogador. “Daquela época até agora o que a gente observa é que o extrema perdeu a voz ativa no fu-tebol, eu não sei o porquê, mas não temos uma equipe. Temos pessoas que jogam bem no município, assis-to o campeonato municipal e vejo jogadores bons, que podem formar uma equipe boa e competir aqui dentro da cidade. Tenho a impres-são que os jovens vão correspon-der”, conclui Sebastião Egídio.

Page 15: Aniversário de Extrema
Page 16: Aniversário de Extrema