aníbal pereira dos reis_a senhora aparecida - a verdadeira historia

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  • A SENHORA APARECIDA

    A verdadeira histria por

    Anbal Pereira dos Reis ex-sacerdote catlico romano

    "...porque os costumes dos povos so vaidade; pois cortam do bosque um madeiro,

    obra das mos do artfice, com o machado; com prata e ouro o enfeitam,

    com pregos e martelos o fixam, para que no oscile.

    Os dolos so como um espantalho em pepinal, e no podem falar;

    necessitam que quem os leve, porquanto no podem andar. No tenhais receio deles, pois no podem fazer mal,

    e no est neles o fazer o bem." Jeremias 10:1-5

    ESTA PUBLICAO NO UM ATAQUE OU DESRESPEITO S PESSOAS QUE PROFESSAM O CATOLICISMO ROMANO ...

    ...mas sim um servio de utilidade pblica, trazendo luz verdades comprovadas

    acerca da manipulao exercida sobre o povo brasileiro, que tem o direito de saber dos fatos ocorridos

    e que ocorrem nos bastidores e que por escusos interesses,

    TENTA-SE POR TODOS OS MEIOS IMPEDIR A SUA DIVULGAO

    Contedo: Prefcio Captulo 1 - DEVOTO DA SENHORA APARECIDA Captulo 2 - FUI UM PADRE DEVOTO DA SENHORA APARECIDA Captulo 3 - NEM A GANNCIA, META PRIMORDIAL DOS CLRIGOS

    "APARECIDCIOS" ME ABRIU OS OLHOS Captulo 4 - A SURPREENDENTE REVELAO Captulo 5 - A VERDADEIRA HISTRIA DA SENHORA APARECIDA Captulo 6 - A RAZO DO NOVO SURTO DO "APARECIDISMO" Captulo 7 - A SANTACAP, "CAPITAL MARIANA" DO PAS Captulo 8 - A ROSA DE OURO Captulo 9 - A SANTACAP, CENTRO DE TURISMO Captulo 10 - OS MILAGRES DE APARECIDA

  • PREFCIO da 10 edio No dia 24 de junho de 1967 apresentei este livro ao pblico brasileiro com as seguintes palavras: "A passagem do 250 aniversrio da Senhora Aparecida" oferece ao clero romano uma outra oportunidade para neste ano de 1967, recrudescer a propaganda de sua seita neste pas infelicitado pelos seus embustes. Proporciona-me outrossim o feliz ensejo de apresentar aos meus patrcios o relato verdadeiro sobre a 'apario da santa'. Sentir-me-ei recompensado pelo fato de poder contribuir assim com o esforo do nosso povo no sentido de sua emancipao religiosa." Com efeito, cumulou-me Deus com muitas recompensas a autoria destas pginas. Reconheo-me compensado pelas inmeras pessoas que, ao lerem-nas, libertaram-se do embuste. Compensado pelas centenas e centenas de almas que, libertas da aparecidolatria em resultado de sua leitura, se renderam a Jesus Cristo e por Ele foram salvas. Compensado pelos sofrimentos a mim impostos da parte dos interessados em usufruir as rendas produzidas com a explorao da Senhora Aparecida, como aconteceu a Paulo Apstolo quando, em feso, a Verdade do Evangelho punha em perigo o lucro dos fabricantes de imagens da Senhora Diana e dos promotores da dianolatria. O meu grande ttulo de glria reside nesses sofrimentos. E a sofrer mais me disponho conquanto isso resulte na promoo do Nome Sacrossanto de Jesus Cristo e na salvao das almas. Este livro, cuja 10. edio agora sai a lume, todo refundido e recheado de novos fatos, de uma atualidade permanente porque o aparecidismo prossegue em seu nefasto programa de iludir os ingnuos e estimular a idolatria com a sua seqncia de horrores. O simples relato do episdio da "descoberta" da imagem e a exposio de alguns dentre os muitos fatos vinculados Aparecida so chocantes em sua contundncia. Da a oportunidade deste livro. Alis, a Aparecida demonstra de maneira gritante ser o catolicismo romano o mesmo de sempre. E refratrio a qualquer substancial transformao, apesar de propalados intentos renovadores do Conclio Ecumnico Vaticano II. E Aparecida no se constitui em anomalia num organismo em renovao. Aparecida, conforme demonstram o interesse da hierarquia episcopal em seu favor, a construo da sua enorme baslica e a munificncia pontifcia de Paulo VI ao lhe enviar, atravs de um cardeal, seu legado "a latere", a ROSA DE OURO, nas comemoraes do jubileu de 1967, Aparecida se integra soberana na estrutura do catolicismo romano, que sempre o mesmo na sua pertincia antievanglica e idlatra. Atual e oportuno continua este livro. A sua 10. edio prosseguir a tarefa de dissemin-lo Brasil afora. E Deus continuar a abeno-lo como instrumento de Sua Misericrdia em benefcio das almas para libert-las do pecado e da iniquidade da idolatria. Dr. ANBAL PEREIRA DOS REIS ex-Sacerdote Catlico Romano Araatuba, 26 de setembro de 1974. 1. DEVOTO DA SENHORA APARECIDA No clima profundamente religioso de minha famlia, aprendi, desde muito criana, a ser ardente devoto da Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, segundo pretende o clero. Como bons catlicos, enviaram-me meus pais, aos seis anos de idade, ao catecismo paroquial na igreja-matriz de So Joaquim da Barra (Estado de So Paulo), minha terra natal. Lembro-me perfeitamente. Foi no ltimo domingo do ms de maio de 1931. Nossa aula de catecismo terminara mais cedo, antes das 3 horas, por causa da procisso do encerramento de Maio, o "Ms de Nossa Senhora"... Sob a celeuma da enorme azfama revoavam as naves do templo. As "Filhas de Maria" davam os retoques finais nos andores. O de "So" Benedito, todo de amarelo, deveria sair: "onde j se viu procisso sem a sua presena?". O de "So" Sebastio, que s saia em sua festa, em janeiro, neste ano desfilaria no encalo dos outros em cumprimento de uma promessa de um dos Junqueira, famlia abastada da regio. O da Imaculada Conceio estava sendo ornamentado na casa de Dona Sara, a presidente da Pia Unio das Filhas de Maria. Iramos v-lo na procisso. Reinava irrequieta curiosidade na expectativa de uma grande e agradvel surpresa. A imagem precisava ser mesmo um deslumbramento porque seria coroada ao final da procisso, sob a chuva intensa de multicoloridos fogos de artifcio. Rarssimamente nosso vigrio, o padre Eugnio, aparecia no catecismo. Aos domingos tarde, o seu grande compromisso se resumia em, cervejando, jogar baralho no bar do Paulo Trombini, ao lado do cinema local. Naquele dia ele foi. Insofrido, depois de haver explicado que cada pas, cada estado, cada cidade tem um santo protetor, contou-nos que o papa declarara "Nossa Senhora Aparecida", padroeira do Brasil. Elucidou, ainda, que Maria "Santssima" uma s e que as diversas e muitas denominaes a ela atribuidas no supem diversas "nossas senhoras". uma s! Tendo, porm, se manifestado em Lourdes, chamada "Nossa Senhora de Lourdes"; tendo aparecido em Ftima dita "Nossa Senhora de Ftima", etc. Relatou-nos, tambm como apareceu "Nossa Senhora Aparecida" no Rio Paraba. Explicou que o Rio Paraba no ficava no Estado desse nome, porm, sim no Estado de So Paulo. Informou-nos, ainda na sua pressa, que no dia 31 daquele mesmo ms de maio, no Rio de Janeiro, a ento Capital da

  • Repblica, haveria uma grande festa, com a presena de todos os bispos do Pas, para coroar rainha do Brasil a "Senhora Aparecida". Lembro-me outrossim do meu encantamento quando na procisso, vi o andor dessa Senhora, o mais lindo de todos. Todo iluminado, ornamentado de lantejoulas e ladeado de duas bandeiras e rodeado de pajens trajados de veludo azul. E a imagem sobre o globo terrestre onde apareciam os contornos do mapa de nossa Ptria. No sermo, o padre convidou os fiis para assistirem missa do dia 31 em regozijo pelas solenidades a se darem no Rio de Janeiro, oportunidade em que, a propsito, informou, contaria os fatos relacionados com a apario da "miraculosa Santa". Com efeito, nesse dia, relatou: Certa ocasio, o Governador da Capitania de So Paulo, Conde de Assumar, em viagem para Minas Gerais, pernoitou em Guaratinguet, no Norte do nosso Estado. Ento a Cmara local decidiu oferecer-lhe um banquete com uma grande variedade de pratos base de peixe. ordem dada pela Cmara, os trs pescadores, Domingos Martins Garcia, Joo Alves e Felipe Pedroso foram ao Rio Paraba, em cuja margem direita se localiza a cidade de Guaratinguet. Principiaram as suas tentativas de pesca no Porto de Jos Corra Leite, descendo at o Porto de Itaguassu, onde Joo Alves, ao lanar sua rede, colheu, entre alguns peixes, o corpo de uma imagem, sem cabea. E, ao repetir a operao mais abaixo, estupefato, verificou, envolta nos fios da tarrafa, a cabea da esttua. Os esforos, antes improfcuos, tornaram-se compensados com o xito de abundante pescaria. A cabea ajustou-se exatamente ao corpo da imagem e, maravilhados, os pescadores viram ambas as partes colarem-se fixamente, apenas encostadas. Foram os dois primeiros milagres da "Senhora Aparecida" no Rio Paraba, aos 13 de outubro de 1717. E prosseguiu o vigrio no seu conto: Felipe Pedroso, piedosamente, levou o achado para a sua casa, onde o conservou pelo espao de seis anos. Muita gente da redondeza ia, especialmente aos sbados, rezar diante do oratrio. Muitos "milagres" aconteciam e a devoo se divulgou. Em 1743, construiu-se uma capela. Em 1846, iniciaram-se as obras de construo de um templo mais vasto, concludas em Dezembro de 1888 e permanecem na atual baslica. Findo o seu conto, o nosso vigrio conclamou todos os fiis presentes a se prostrarem ajoelhados para, em unssono, repetirem uma reza Senhora Aparecida coroada, naquela hora, l no Rio de Janeiro, padroeira e rainha do Brasil: "Escolhendo por essencial padroeira e advogada da nossa Ptria, ns queremos que ela seja inteiramente Vossa. Vossa sua natureza sem par, Vossas as suas riquezas, Vossos os campos e as montanhas, os vales e os rios. Vossa a sociedade, Vossos os lares e seus habitantes, com seus coraes e tudo o que eles tm e possuem; Vosso, enfim, todo o Brasil... Por Vossa intercesso, temos recebido todos os bens das mos de Deus e todos os bens esperamos ainda e sempre, por Vossa intercesso..." Demonstra essa frmula, ainda outra vez, a abismal distncia entre o Evangelho e o catolicismo... Durante os anos do meu curso primrio, sempre assisti e participei de comemoraes de nossas datas nacionais, em cujos programas sempre se acentuou a Aparecida. Para mim, ser devoto da Senhora Aparecida era condio indispensvel para ser bom brasileiro. Concludo o curso ginasial, fui para Campinas (Estado de So Paulo) estudar no Seminrio Diocesano "Nossa Senhora Aparecida", onde no se ouvia um sermo sem que ela fosse mencionada. A jaculatria: "Nossa Senhora Aparecida, rogai por ns", repetia-se ao final de cada dezena do rosrio desfiado na enfadonha repetio da "Ave Maria" defronte do altar-mor da capela encimado com a sua imagem. Aconteceu em setembro de 1942 o IV Congresso Eucarstico Nacional, em So Paulo. A Senhora Aparecida foi intitulada "peregrina do Congresso". Programou-se o comparecimento da VERDADEIRA IMAGEM. Ento, certa noite, o diretor do Seminrio foi capela pedir rezas para que ela ficasse em So Paulo tambm durante os dias do Congresso. E, depois de haver eu ouvido pela centsima vez o relato de sua apario, o padre, naquela oportunidade, com o intuito de elucidar os seus receios, destacou este pormenor: Depois de aparecida, os pescadores levaram a imagem para a casa de um deles, Felipe Pedroso, onde ficou alguns anos. Numa manh, a famlia espantada deu pela falta da "santa". Ansiosos, todos foram procur-la. Encontraram-na, depois de tanta angstia, no alto da colina. Levaram-na, de novo, para o seu altarzinho antigo, na casa do pescador. Poucas noites seguintes, repetiu-se o incidente. Desconfiaram os devotos que a Senhora queria ficar numa igreja construda no alto do morro. Vieram as contribuies, a capelinha foi edificada e a imagem entronizada em seu altar, donde sara uma nica vez, em maio de 1931, quando fora levada ao Rio de Janeiro para ser coroada rainha e padroeira do Brasil. A histria de imagens fujonas, por carncia de imaginao da parte do clero, se repete, como no caso da Penha, no Estado do Esprito Santo e no Rio de Janeiro, e no Rocio, no Paran. Pobreza idntica ocorre na apario de tantas "Senhoras" a envolver, num fastidioso plgio, crianas subnutridas e anormais, como em Lourdes, Salete e Ftima. Receava-se agora, esclarecido pelo padre, que "Nossa Senhora", durante a noite voasse de So Paulo para a sua baslica em Aparecida do Norte. Pedia-nos rezas e mortificaes para que a "santa peregrina" se dignasse permanecer na Capital Paulista durante os dias do Congresso Eucarstico. Fervoroso devoto, rezei muitos rosrios e fiz muitos "sacrifcios" nessa inteno. A recepo da imagem aparecida constituiu-se numa das mais pomposas festividades daquele congresso, cuja imponncia se constata pelo milho de pessoas a acompanhar a procisso do seu encerramento, quando a populao de So Paulo ainda se encontrava aqum daquela quantidade de gente. Conduzia-se processionalmente a esttua da "peregrina" todas as noites, da catedral da Praa da

  • S, onde fora entronizada, para o Vale do Anhangabau, com o fim de presidir as sesses solenes. Essas procisses, sem terem sido incorporadas no programa oficial das comemoraes eucarsticas, se transformaram em alvoroadas apoteoses. Retornava a imagem, em seguida, para receber as homenagens das multides a se revezarem dia e noite. O povo devoto permanecia ali aos ps da "santa peregrina" no desgnio de vener-la condignamente porque supunha-se satisfeita permaneceria em So Paulo at ao fim das solenidades. A imagem ficou. Foi exaltada em extremo. O Congresso programado para ser eucarstico, acabou sendo "aparecdico". Dom Jos Gaspar de Afonseca e Silva, cognominado "o arcebispo de Nossa Senhora Aparecida", a confirmar o mrito desta alcunha, erigiu, na Vrzea do Ipiranga, uma nova parquia dedicada a essa senhora. Mas, qual no foi o nosso desapontamento ao sabermos o engodo: a verdadeira imagem no viera a So Paulo! Recebera-mos apenas um fac-smile! Encerradas as festividades do Congresso, fora entregue recm instalada parquia! Alguns seminaristas se revoltaram e se julgaram vtimas de um ludbrio. Rezamos tanto diante daquela imagem, supondo-a A VERDADEIRA... Conformei-me por estar convicto de que o povo no merecia sua "augusta" presena... E porque "as autoridades eclesisticas agiram com prudncia"... Afinal, todas essas circunstncias suscitaram em minha alma um afeto entranhado padroeira do Brasil... 2. FUI UM PADRE DEVOTO DA SENHORA APARECIDA Ao ordenar-me padre, em 1949, senti-me no dever de ir sua baslica cantar uma missa, por sinal a segunda porque cantara a primeira em minha terra natal. Nesse ensejo, adquiri uma sua imagem, fac-smile, benta pelo padre superior do convento, destinada por mim a me servir de companhia e penhor constante das bnos celestiais em favor do meu sacerdcio. Entranhadamente devoto da Senhora Aparecida, oferecia, como presente, uma sua imagem fac-smile, a todas as noivas por mim abenoadas no casamento. Completados dez anos de sacerdcio, recebi, como uma verdadeira promoo, minha transferncia para Guaratinguet, a cidade mais prxima de Aparecida. Localizada margem direita do Rio Paraba, no Estado de So Paulo, Guaratinguet, dista, pela Via Dutra, aproximadamente, 220 km do Rio de Janeiro, 185 de So Paulo e 8 de Aparecida.

    Fui nomeado proco da novel parquia de "Nossa Senhora da Glria", no Bairro do Pedregulho. Sua igreja, que de to pequena, o povo a cognominara de "igrejinha", no oferecia condies para, realmente, ser uma matriz paroquial. Decidi, por isso, construir um vasto templo. Constitua-se-me imensa prerrogativa edificar essa obra consagrada Virgem Maria, e sonhava com um templo majestoso erguido naquele outeiro do Pedregulho a olhar a "Baslica Nacional da Padroeira", plantada na colina de Aparecida. L do alto da torre da minha matriz, fiquei muitas vezes a contemplar a "Baslica da Rainha do Brasil"...

    Eu odiava os evanglicos, aos quais chamava de hereges

    por combaterem "Nossa Senhora". Nesse tempo, apareceu l em Guaratinguet, um pastor. No seu desejo de esclarecer o povo, contratou, numa das emissoras radiofnicas locais, um horrio para um programa evanglico. Muitos catlicos se descontentaram com as suas explicaes. Um meu colega, o clrigo Oswaldo Bindo, no seu programa de rdio, decidiu responder ao pastor. Estabelecida a polmica, a cidade inteira se transformou em estdio para assistir a contenda. O coitado do padre pediu gua em menos de uma semana. Evidentemente, qualquer jovem das nossas Escolas Bblicas Dominicais, com a Bblia na mo, pe qualquer padre a correr. Ns, os padres em Guaratinguet, estvamos acuados, arrasados, com o fracasso do colega! E na certeza absoluta de que, se qualquer um de ns fosse responder ao pastor, cairamos no mesmo ridculo. O Pastor Joo de Deus Soares prosseguia dando os seus esclarecimentos. Nessas alturas, o assunto girava em torno de Maria, de cuja face o pregador retirava toda a caiao ignbil que Me de Jesus imps o catolicismo ao longo dos tempos. Naquela oportunidade, encerrara eu, com uma retumbante procisso, as festividades da padroeira da minha parquia. O Pastor Evanglico botou gua na fervura do meu entusiasmo, criticando o meu desfile mariano e citando Isaas (45:20). Transtornei-me de clera! Noutro dia, o Pastor resolveu apresentar aos seus radiouvintes os pontos coincidentes entre a Diana dos efsios e a Aparecida dos brasileiros, luz do relato de Atos dos Apstolos 19:23-41.Ns no tnhamos fora de argumento. E o jeito foi apelar para o argumento da fora! E se demorssemos, perderamos muitos dos nossos melhores fiis... A mentira, a calnia, o achincalhe so os melhores argumentos para os covardes sem argumento. Incumbiram-me de resolver o problema. Apelei para a violncia, comandando um batalho de fanticos. E, em menos de uma hora, num domingo noite, foi

  • destrudo inteiramente, o templo do Pastor Joo de Deus Soares, lotado de pessoas participantes do culto. A Senhora Aparecida deve-me tambm este favor!

    No dia imediato, no programa "Marreta na Bigorna", da Rdio Aparecida, o clrigo Galvo, desatou uma gargalhada satnica e parabenizou os catlicos de Guaratinguet pela faanha... O arcebispo de So Paulo, congratulou-se vivamente comigo e, horas aps o nosso encontro, declarou, por um grande jornal de So Paulo, que lamentava os fatos ocorridos em Guaratinguet!

    O clero catlico a hierarquia dos homens de duas caras!!! Dos refolhados!!!

    Estreitssimas mais ainda se tornaram minhas relaes com os padres responsveis pela baslica de Aparecida, em cujo convento se fabricava, exclusivamente para o consumo interno, cerveja mui apreciada entre os reverendos. No trato com os clrigos seculares, constatei a falta de amor fraterno entre eles. Supunha, todavia, que houvesse entre os regulares ou conventuais, como os franciscanos, jesutas, dominicanos, salesianos, redentoristas. Engano! Entre estes ltimos, que so os responsveis pela baslica e de quem mais me aproximei, acontece a mesma carncia, seno pior. L dentro do seu convento, ao lado da "rainha" do Brasil, os padres se estracinham com dio extremado. Os apelidos so os mais humilhantes. Havia l o "padre Tortinho", o "padre Marreta", o "padre Aventura", o "padre Zoraide", o "Madame Fifi"... E de cada um havia um motivo especial indicado pelo prprio vocbulo... 3. NEM A GANNCIA, META PRIMORDIAL DOS CLRIGOS APARECDICOS" ME ABRIU OS OLHOS... Sentia, outrossim, a frieza espiritual naquele ambiente de clrigos, profissionais da religio. Sempre os vi tratando das coisas de sua seita com ganncia srdida. S lhes interessava o que d lucro. A respeito de qualquer assunto, a pergunta sempre esta: Quanto rende? acompanhada do sinal caracterstico de se friccionarem as pontas dos dedos polegar e indicador. E fazem praa disso at na sua emissora. Certa feita, chegou uma carta, perguntando sobres as riquezas da Senhora Aparecida. Respondeu-a Victor Coelho de Almeida, no seu programa radiofnico: "Sim, 'Nossa Senhora' muito rica. Rica mesmo! Ela tem hotis, restaurantes, bares, casas de aluguel muitas casas de aluguel! kombis, peruas, automveis. Ela tem muito dinheiro... Dinheiro que os seus fiis mandam e trazem... Ela tem muitas jias, anis, braceletes, colares. Ela tem muito ouro e pedras preciosas. At a princesa Isabel lhe deu preciosas jias. Quem tem ouro e pedras preciosas, mande para 'Nossa Senhora'... " A cupidez tamanha que as suas lojas no respeitam sequer o Domingo. Se cerrarem as suas portas deixaro de ganhar no dia de maior afluncia de peregrinos. O devoto chega para cumprir uma promessa. Compra uma vela na loja pertencente aos padres e, a propsito situada ao lado da baslica e anexa porta de entrada da emissora. Ao entrar no templo, porm, depara-se com a proibio terminante de acender velas. Apresenta-se-lhe, outrossim, a soluo: deixar o brando numa caixa adrede colocada ao lado do altar da "padroeira". O "pagador de promessa" sai na doce iluso de que o padre vai, em sala adequada, queimar a sua vela em honra da santa. Engana-se porque um dos sacristes recolhe todas as l depositadas, levando-as novamente para a loja. E a vela do devoto caiu no crculo rendoso dos clrigos. Sai da loja. Vai para a caixa da baslica. Volta loja. De novo na baslica..., E o dinheiro cresce na "caixa registradora". Tudo l comercializado! E os redentoristas no admitem concorrncia, nem por parte dos seus colegas de outras igrejas. Num fim de ano, um sacerdote do Rio de Janeiro, com o objetivo de angariar fundos para a construo de um templo, instalou, num terreno alugado, um prespio mecanizado e movido a eletricidade, cobrando dos interessados o ingresso ao local. Pois, os padres da baslica protestaram e obrigaram o coitado a "arrumar a trouxa e dar o fora". Todo o mundo s pode ver o prespio deles para lhes deixar o dinheiro. Em Aparecida, arrecadao de esmolas direito reservado... De todas as partes afluem contribuies para os seus cofres. Mas, ningum pode ir l colher uma migalha...

    A ganncia atinge os paroxismos da usura! Fui convidado para celebrar um casamento de pessoas amigas e muito ricas. Por ser sbado tarde, havia muitos outros. Os noivos, meus amigos, pagaram todas as elevadas propinas estabelecidas pela direo do santurio aparecidiano. medida em que os noivos adentravam no templo, ao som da "marcha nupcial", um servente da baslica enrolava o grosso tapete de veludo gren. que logo atrs, entrava uma par de nubentes pobres. No lhes permitiram as posses, pagar a taxa referente ao tapete e tiveram de passar "sob os olhares maternais da incomparvel protetora dos brasileiros", por essa humilhao. O pior ainda aconteceu depois! Chegados junto aos degraus do altar da Senhora Padroeira, foram embargados seus passos pele referido servente, que os encaminhou a um altar lateral. A noiva, desconsolada, explicou ao sacerdote celebrante de suas npcias, que viera do Paran precisamente para casar-se no altar da "rainha" em cumprimento de uma promessa. Inteis seus rogos e vs as suas

  • lgrimas... O padre irritado alegou que essa promessa no tinha valor algum e "mastigou", em cinco minutos, a frmula do ritual. Tudo isso me indignava. Mas, tudo isso consolidava ainda mais minha devoo Senhora Aparecida. Compadecia-me dela por v-la cercada desse deboche e explorada por essa chusma de crpulas. Um bispo do interior paulista tem carradas de razes ao afirmar que a Aparecida a vergonha do catolicismo no Brasil! O Conclio Ecumnico Vaticano II, falido desde seu incio, foi incapaz de modificar essa situao sempre interessante para o clero cpido, em cujo peito, ao invs de corao, encontra-se instalado um cofre. O Ministro Mrio Andreazza, dos Transportes, a convite, visitou Aparecida, em 13 de julho de 1969. Cercaram-no de salamaleques os clrigos chefiados pelo arcebispo aparecidlatra, o cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, com a sua ladainha de reivindicaes em favor da construo da nova baslica e de outras obras catlicas. Surpreendido o cardeal e seus sabujos, incontido e sem subterfgios, o Ministro demonstrou a sua desaprovao permanncia, ao redor da baslica, das "caixinhas" (pequenas bancas onde so vendidos santinhos, imagens e outros apetrechos aparecdicos). Quase todos os dias freqentava eu a baslica, onde permanecia muito tempo rezando, de joelhos, o rosrio diante da imagem. Desde a tenra infncia, ansiei por certeza de minha salvao eterna. Procurei-a em inmeras devoes a mim sugeridas ou aconselhadas. Busquei-a no exerccio do ministrio sacerdotal catlico. Macerei-me, chicoteei-me, jejuei... Vali-me da prtica da caridade, criando e dirigindo obras sociais. Tudo em vo... Tomei-me de esperanas quando cheguei em Guaratinguet. Imensa era minha expectativa de encontrar na Senhora Aparecida a bno da certeza da vida eterna. Por isso, ia amide sua igreja rezar longos rosrios defronte da sua imagem, no aguardo de uma resposta celestial... 4. A SURPREENDENTE REVELAO Numa tarde de quarta-feira, no comeo do ano de 1961, em seguida s funes rituais da "novena perptua", a que eu assistira, um sacerdote com um "psiu" tirou-me do meu recolhimento devoto. Aproximei-me dele. Perguntou-me queima-roupa: O que voc vem fazer aqui quase todos os dias? Rezar "Nossa Senhora Aparecida", respondi-lhe. E, ante o sorriso gracejador do padre, esclareci: Sou muito devoto de "Nossa Rainha" e espero dela todas as graas necessrias para a minha salvao eterna... No pude mais falar porque o padre me interceptou com vivacidade: Voc parece um beato vulgar. Que lhe poder dar essa esttua de barro? Ela no tem valor algum. Ns gostamos dela porque nos traz muito dinheiro. E, levando as duas mos aos bolsos, fez o gesto significativo de quem carreia vultuosas somas. Pvido, arrisquei a pergunta: Mas... E os padres no crem em "Nossa Senhora Aparecida"? Um retumbante NO! abafou as ltimas slabas da minha interrogao. Ela no vale nada. Tanto assim que se cair do altar ela se quebra. de barro!!! Sa da baslica atordoado. Passei a noite seguinte em claro, rememorando fatos e tirando concluses. Aterrorizado, sentia esboroarem-se as restantes iluses da minha vida religiosa. Encorajado pelo propsito de servir a Deus desvencilhado de todos os embustes, decidi levar at s conseqncias extremas a minha investigao sobre o assunto. No me foi muito difcil. Aproveitei a fraqueza daquele sacerdote e, noutro dia, abordei-o novamente. Relatou-me ele os verdadeiros fatos relacionados com a imagem da Senhora Aparecida. Relato esse confirmado ulteriormente por outros sacerdotes, seus confrades conventuais. Compadeo-me do brasileiro... Povo de excepcionais qualidades. Inteligente e dotado de sentimentos primorosos. Capaz de herosmos e to paciente... Haver, porventura, povo mais paciente que o brasileiro? Quanta esperana ele vem revelando em tanto sofrimento... Em tanta explorao a que submetido. Muitas vezes ludibriado em sua boa f. Porm, sempre confiante.

    um crime de lesa-humanidade explorar-se esse povo. Por isso, estou revelando estas informaes.

    Desejo ardentemente cooperar com esse povo excepcional, em sua libertao dos embusteiros.

    Eu sei perfeitamente que recrudescero as perseguies movidas pelo clero contra mim.

    Mas, vale a pena sofrer pela emancipao espiritual do Brasil. Ao preparar a nova edio deste livro, recordo-me das muitas almas, anteriormente devotas sinceras da "padroeira do Brasil", pela instrumentalidade destas pginas, libertas da aparecidolatria e convertidas a Jesus Cristo. Lembro-me, por exemplo, de Dona Glorinha, residente no Interior Capixaba.

  • Devotssima da "incomparvel Senhora", em romaria, visitava a imagem pelo menos uma vez cada ano. Pessoa amiga oferecera-lhe um exemplar deste livro. A curiosidade sobrepujara o seu propsito de recusar a sua leitura, pois temia ofender a sua Senhora Aparecida. Guard-lo-ia por alguns dias e o devolveria ao proprietrio, um crente fiel e ansioso por esclarecer os iludidos. Sua curiosidade, porm, superou a fora do seu propsito. Lendo-o, revoltou-se contra o escritor, atirando-lhe, apesar de distante, insultos pesadssimos. Quis buscar alvio para os seus remorsos por ter feito semelhante leitura. E foi Aparecida confessar o seu grande pecado (???). O acerdote confessor recriminou-a asperamente por haver lido o livro do "padre excomungado". E imps-lhe, como penitncia, a reza de longas devoes diante do altar da "santa". Concluda a penitncia imposta, saiu compra de "lembranas" destinadas a parentes, comadres e companheiras de irmandade do sagrado corao. Separara j medalhas, xcaras, copos, canecos, pratos, quadros... Tudo com dsticos ou decalques da "senhora". Chegava ao fim a sua tarefa de selecionar as "lembranas", quando os seus olhos se esbugalharam numa coisa horrorosa. Esbugalharam-se num pinico a exibir, colada no seu fundo, a estampa da "incomparvel Aparecida". Indignada, deixou todas as bugigangas sobre o balco e o comerciante falando sozinho. Regressou casa. Releu o livro. Procurou o seu proprietrio. Ouviu-lhe as explicaes pormenorizadas sobre o plano de salvao do pecador. Rendeu-se. Renunciou a idolatria. Arrependeu-se. Converteu-se. Aceitou pela f Jesus Cristo como o seu NICO e TODO-SUFICIENTE SALVADOR. Crente consagrada, hoje conta a sua experincia de converso no intuito de levar a Verdade do Evangelho a tantos pobres escravos da aparecidolatria.

    Brasileiros, a Senhora Aparecida uma falcatrua! um conto do vigrio!!!

    Voc que se supe seu devoto, est sendo enganado! Voc que tem em casa a sua imagem e lhe acende velas, est sendo ludibriado! Voc que lhe manda esmolas, est sendo esbulhado! Voc que vai, em romarias, sua baslica, est sendo ridicularizado! Sim, senhores! Eu vi os padres zombar e pilheriar dos romeiros... Vi-os a praguejar os devotos romeiros que colocam no "sagrado cofre" notas velhas e rotas a lhes exigirem consumo de adesivos... A um deles um devoto perguntou: Seu vigrio, por que a Senhora Aparecida morena? Eis a resposta: Porque ela de barro!!!

    Pobre povo que confia numa protetora feita de barro... 5. A VERDADEIRA HISTRIA DA SENHORA APARECIDA Vou relatar os fatos verdicos referentes imagem dessa Senhora. Localiza-se o incio de sua histria no perodo da Colonizao Brasileira. Corriam muitas lendas sobre descobertas de jazidas riqussimas de ouro e outras preciosidades. O contgio do entusiasmo atingia as vascas do fascnio. O povo paulista, sobretudo, ardia numa febre desvairada provocada pelas lendas das esmeraldas, as valiosssimas pedras verdes, cujas montanhas se encravavam quais seios beres em plena selva. Este sonho acutilante que produziu as maiores epopias das nossas Bandeiras, uma das mais empolgantes pginas da Histria-Ptria. Se no descobriram as montanhas verdes das esmeraldas, os bandeirantes plantaram cidades e dilataram o territrio nacional apertado at ento na faixa estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, imposto pelo papa Alexandre VI aos descobridores espanhis e portugueses. Sim! Essas Entradas que desbravaram o serto, devassando e conquistando, com sua audcia o imenso territrio do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de Mato Grosso, do Paran, de Gois e de grande parte de Minas Gerais. Porque a "bota de sete lguas" dos bandeirantes chutou os limites de Tordesilhas... A miragem das montanhas de pedras verdes ardeu, por vrias dcadas, na mente de muitos brasileiros do Planalto de Piratininga. fulgurou, sobretudo, no esprito do indmito Ferno Dias Paes Leme, o bandeirante por antonomsia, cuja morte, em plena selva, transferiu para Sebastio Raposo Tavares o fascnio de desvendar o segredo daquela descoberta alucinante. O fim desastrado da jornada de Raposo Tavares, em 1713, entanto, assinalou o ltimo sonho das esmeraldas, que deixou, em So Paulo, qual cicatriz, um profundo sentimento de frustrao. de se notar que, exceo de uma ou outra, todas as Bandeiras, iniciaram sua jornada, saindo do Planalto Piratininga no pelo Rio Paraba, em cujo Vale deixavam, como rastro, uma enorme expectativa na alma do povo. Se as esmeraldas, porm, foram uma quimera no transubstanciada em realidade, diferente resultado ocorreu com o ouro, explorado em Minas Gerais, o causador do incndio de irresistvel cobia, origem de muitos crimes e inominveis traies. Naquela poca em que o Brasil era Colnia de Portugal, no se dividia ele em Provncias ou Estados como hoje. Repartia-se em Capitanias, dirigida cada qual por um governador nomeado por El Rei

  • portugus e vindo diretamente de Alm-Mar. O Governador Dom Braz Baltazar da Silveira no conseguiu mais por cobro s desordens reinantes na Capitania de So Paulo e Minas Gerais, de sua jurisdio, nem reprimir o contrabando do ouro e, muito menos, coletar os impostos estabelecidos pela Coroa Real. El Rei Dom Joo V houve por bem, nessa conjuntura, chamar o inbil Governador e substitu-lo. E, em junho de 1717, o Capito Geral, Dom Pedro de Almeida, Conde de Assumar, aportou no rio de Janeiro, donde, via Santos, se encaminhou, incontinenti, para So Paulo, aos 4 de setembro de 1717. Num ambiente tranqilo e, ainda, oprimido pelas frustraes da Bandeira de Raposo Tavares, o novo Governador, aos 4 de setembro de 1717, foi empossado no seu cargo. Ao contrrio de Piratininga, nas Minas Gerais, o clima era de exaltao incendiada pela ganncia de ouro, cuja minerao provocava os mais pacatos. Competia ao Governador recm-empossado restabelecer a justia, recolher os tributos e exigir o retorno da ordem. O Conde de Assumar toparia com uma barreira formidvel a lhe embargar a consumao dos seus propsitos. que os frades eram "dos elementos mais perniciosos entre os que tinham entrado e continuavam a entrar com as avalanches, que enchiam aqueles distritos, e no s porque se entregavam desenfreadamente ao ganho como todo aquele mundo, mas ainda porque, valendo-se do seu ascendente sobre o esprito da massa, eram quase sempre os promotores de todas as desordens". Desgraadamente os compndios de Histria do Brasil adotados por nossas escolas aureolam os padres e os frades do tempo da nossa Colonizao com as glrias de heris. Os seus autores sabem que, se disserem a verdade, os seus livros no tero guarida nos ginsios, em grande parte, dirigidos, maquiavelicamente, por padres e freiras, ou deles recebem "orientao". Aquelas nossas informaes, acima entre-aspeadas, so de Rocha Pombo, registradas em sua Histria do Brasil (Rio de Janeiro - 1905, vol 6, pgina 245) cuja PRIMEIRA EDIO deveria ser lida por todo intelectual patrcio. Destaco em caixa alta a PRIMEIRA EDIO porque as subseqentes foram criminosamente resumidas e mutiladas. Destas podaram-se todos os informes sobre os latrocnios, extorses, atrocidades e crimes cometidos pelos clrigos missionrios. A maioria dos brasileiros supe que naqueles tempos, Portugal aambarcava todo o ouro bateado pelos lavageiros ou garimpado nos veios das rochas. Supe-se, tambm, que, em tempos posteriores, a Inglaterra usurpou-o das bruacas lusitanas. Verdade que o Reino estabelecia impostos, arrecadados pela quintagem, com o fim de beneficiar o seu errio. Os frades, contudo, no vieram para o Brasil com a misso de catequizar. O Historiador Rocha Pombo, no passo j referido, informa-nos que o Conde de Assumar, dentre as questes a enfrentar, tinha de se haver com a da "expulso de todos os religiosos regulares que no tivessem naquela Provncia do seu domnio uma funo certa, prpria do seu apostolado". Tinham esses "religiosos" (frades cognominados pela legislao romanista de "religiosos regulares") outra incumbncia bem diversa da apregoada e que causou graves prejuzos ao Brasil. Vieram carrear ouro para o papa e para os seus conventos na Europa! O ouro do Brasil, em grande parte, encontra-se ainda hoje em poder do Vaticano, que o faz ocupar o segundo lugar mundial no mercado desse valor precioso, cujas reservas o papa deposita no Federal Reserve Bank, em Washington. O papado no ocupa o primeiro lugar no mundo nesse mercado porque preferiu trocar uma parte do seu ouro com outros valores, como dlares, que atingem a cifra astronmica de 15 bilhes, e em ttulos de sociedades italianas avaliados em 1 trilho de liras e de sociedades de outros pases cotados em 2 bilhes de libras esterlinas. E essa riqueza fabulosa e atual do Vaticano o faz o maior acionrio de todo o mundo! Convencido da gravidade da situao em Minas Gerais e da sua responsabilidade em recobrar a ordem, o Conde de Assumar decidiu interferir pessoalmente. Deixando como seu substituto em So Paulo, o oficial de grande patente, Manuel Bueno da Fonseca, partiu, em fins do mesmo ms de sua posse (setembro de 1717), com destino a Ribeiro do Carmo (hoje Mariana), em Minas Gerais. Naqueles remotos tempos essa viagem s podia ser feita via Vale do Paraba (Norte do Estado de So Paulo). Guaratinguet uma das cidades desse Vale. Foi fundada margem direita do Rio Paraba, em 1641, pelo Capito-Mr Dionsio da Costa, lugar-tenente do donatrio e, por isso, gozava de grande prestgio at os fins do regime das Capitanias. O conde de Assumar chegou, com sua comitiva, nessa cidade, aos 12 de outubro. Prontamente, as autoridades locais, solcitas em aguard-lo, promoveram-lhe toda sorte de homenagens e respeitos. Por ser o catolicismo a religio oficial do Reino, o vigrio destacava-se nas cidades como a autoridade mais importante. O "batizado" pelo padre catlico eqivalia ao registro civil. O casamento era s no religioso. Quem no era catlico, como um criminoso de lesa-ptria, no podia casar-se e nem registrar os filhos... Esta posio do catolicismo outorgava aos vigrios, o ensejo de serem timos arrecadadores de riquezas para o pontfice de Roma. Em Guaratinguet, encontrava-se, como vigrio, o jovem padre Jos Alves Vilela. Como todo clrigo, conhecia perfeitamente a arte de bajular. Pelo prprio fato de ser o catolicismo romano a religio oficial do Reino de Portugal, a nomeao dos bispos dependia inteiramente da indicao feita pelo Rei. O padre Vilela sofria de "bispite" aguda. Do desejo desenfreado de ser bispo! Percebeu na passagem do Conde de Assumar por sua parquia, uma extraordinria oportunidade de, sabujando, credenciar-se s boas graas do Governador, que o apontaria a El Rei como candidato

  • mitra. E mos obra! A par das demonstraes cvicas de respeito ao Governador promovidas pela Cmara, o padre Alves Vilela, como autoridade mais importante do lugar, programou festas religiosas de grande aparato para impressionar o homenageado. Desde sempre o clero gostou de se valer de seu ritualismo litrgico para engodar as autoridades civis com o objetivo de sugar-lhes subvenes ou propiciar clima para se manter prestigiado. Num dos nossos Estados, os bispos condenaram a candidatura de certo cidado governana. Feridas as eleies e vitorioso o candidato anatematizado, os "amantssimos ordinrios" promoveram-lhe demonstraes de "afeto e deferncia", culminando a sabujice, no dia de sua investidura com uma missa de "ao de graas" mui solene. Note-se, a ttulo de informao, que o termo cannico designativo do bispo diocesano "ordinrio". Para se colocar bem diante do Conde Governador, preocupado e zangado com os clrigos baderneiros de Minas Gerais, "promotores de todas as desordens" (Rocha Pombo loc.cit.), o padre Vilela tomou atitude oposta aos seus colegas. Reconheceu na sua subservincia ao chefe da Capitania uma oportunssima manobra para conquistar-lhe a simpatia. Entre o clero h traidores dos padres traidores! Enquanto os frades de Minas traam sua posio aparentemente de catequistas, causando baderna, o padre Vilela manifestava-se servil. Nas guas turvas da situao de descrdito em que se imergiam os frades, o padre Vilela quis pescar um peixe gordo. O peixe de uma posio perante o Governador favorabilssima s suas pretenses "bispais". E, como o peixe se pega pela boca, alvitrou oferecer ao Conde um opparo banquete. Mas, um desses banquetes de assinalar marco na histria da culinria! Notabilizara-se o Rio Paraba pelas suas guas piscosas. Por isso, os pratos em peixe distinguiam a cozinha valeparaibana. O banquete oferecido pela comunidade guaratinguetaense ao ilustre viajante, na programao estabelecida pelo incensador clrigo Vilela, revelar-se-ia por grande fartura de peixes nas mais diversas modalidades de temperos. O jovem e pretensioso vigrio divisou no ambiente uma circunstncia especialssima para ser aproveitada naquele acontecimento. E decidiu capitalizar a seu favor a frustrao do povo do Vale pelos insucessos das ltimas Bandeiras, cujas miragens de esmeraldas se esboroaram. Decepcionado, todavia, no se descorooara o povo. Esperava encontrar alguma coisa de notvel. Desde o princpio do seu paroquiato travara Vilela conhecimento com os pescadores de sua freguesia e da regio. Deles, e somente deles, que esperava a mais decidida colaborao nas suas festividades religiosas porque a pesca, naqueles tempos, acima mesmo da agricultura incipiente, se estabelecia como a mais importante fonte de riquezas do Norte da Capitania. E, dentre os pescadores seus conhecidos, trs se distinguiam pela espontaneidade em auxiliar, pela singeleza da sua f e, sobretudo, pelo seu acatamento s solicitaes do vigrio. Domingos Martins Garcia, Joo Alves e Felipe Pedroso, os seus nomes! Procurou-os, ento, o clrigo Vilela, incumbindo-lhes da pesca para o banquete-homenagem. Nem estranharam a dedicao e o interesse do seu vigrio por aquela pesca. Supunham-no desejoso realmente de exaltar vista do Governador as qualidades da cozinha da Vila, de lhe demonstrar respeito e, certamente, creditar a regio a favores futuros. Admirados, contudo, receberam no dia do banquete (13 de outubro de 1717), manh cedo, as ordens do vigrio no sentido de que lanassem suas redes no Porto de Itaguass, prximo do Morro dos Coqueiros. Como ativos pescadores, sabiam que os peixes permanecem mais nas partes calmas do rio e no possvel pesca alguma junto de um porto, onde h tanta movimentao. Toda aquela zona dispunha do Rio Paraba como principal via de comunicaes e transportes. E, dentre os portos, o de Itaguass se notabilizara por servir vasta extenso. Em vista da sua prpria profisso, entenderam os pescadores a ineficcia da ordem estravagante do vigrio. Mas, ingnuos, e submissos, obedeceram. No lhes convinha desacatar o sacerdote ameaador e capaz de praguej-lo e amaldio-los. Lanaram a rede na convico de nada apanhar. Surpresos, porm, retiraram das guas uma imagenzinha, de 0,30m de altura, talhada em terracota escura, nos moldes da Madona de Murilo, que o clero se utiliza como smbolo da "IMACULADA CONCEIO" de Maria. Decidiram guardar a imagem aparecida nas guas dentro do embornal e prosseguir alm sua tarefa. Obtida a quantidade de pescado exigida pelo clrigo anfitrio, foram sua residncia fazer-lhe a entrega. E, jubilosos e na sua crena ingnua, mostraram ao padre, misturado na comitiva do Governador, a imagem aparecida. Enternecido o vigrio pelo sucesso do seu empreendimento, pois, ningum soubera e nem desconfiara de sua ida durante a madrugada ao Porto de Itaguass para deixar nas guas aquela imagem, despejava suas expresses religiosas e deslambidas acentuando o "fator milagre" daquela descoberta. Todo o povo daquela regio, presente em Guaratinguet, para receber o Governador, Conde de Assumar, ludibriado em sua credulidade, exultou com o "milagre" sucedido, vinculando-o santidade do seu vigrio e divulgou a notcia distncia.

    "Arre! Se falharam as aventuras em busca de esmeraldas, o "milagre" interveio para dar ao povo desiludido uma preciosidade muito maior!!!", parafusava o padre, que, de propsito, havia colocado a imagem nas guas do Porto de Itaguass. Na inteno de valorizar o enredo do seu estratagema religioso achou melhor entregar a esttua a um dos pescadores, Felipe Pedroso, residente no sop do Morro dos Coqueiros. Retirando-se o Conde de Assumar no seguimento de sua viagem, os fiis, em procisso, acompanharam o felizardo pescador, que, piedosamente, colocou, sob a emoo dos circunstantes, a imagem aparecida entre os "santos" do seu tosco oratrio.

  • Inglrios os esforos do vigrio Vilela junto ao Governador! To assoberbado de problemas em sua curta estadia no Brasil testa da Capitania de So Paulo, no teve sequer a lembrana de sugerir a El Rei o nome do proco de Guaratinguet como candidato a bispo de alguma diocese do Reino. No se desesperanou o padre. Decidiu incentivar a devoo da senhora aparecida, promovendo atos religiosos na casa de Felipe Pedroso. Quem sabe se o seu nome assim ligado esttua aparecida "milagrosamente", se encheria de fama e repercutiria nos ouvidos do supersticiosssimo El Rei Dom Joo V, que ouvia missas sobre missas, distribua dinheiro a rodo a quantos santos figuravam no calendrio, enchia de ouro os conventos e, enlevado por violenta paixo sua amante, a freira Paula, do Convento de Odivelas, alcanou do papa o ttulo de Rei Fidelssimo. As esmolas lanadas, em grande cpia, no oratrio da "santa", permitiram ao vigrio sonhador da mitra episcopal, repartir com o devoto Felipe Pedroso, que pode obter numerrio para comprar uma pequena fazenda e construir casa nova em Ponte Alta, tambm nas proximidades do Porto de Itaguass, onde entronizou, em oratrio novo, a imagem de terracota aparecida. A devoo mais importante e mais concorrida nesse local acontecia aos sbados noite. Sucedeu a Felipe Pedroso, aps sua morte, na incumbncia religiosa, o seu filho Atansio. Um pouco arredio a essas beatices, este herdeiro achou melhor construir fora da casa uma capelinha para se ver livre das importunaes dos devotos e transferiu Silvana da Rocha o mister de puxar as rezas e os cnticos. Primava a rezadeira-mor, Silvana, em dirigir o rosrio dos sbados, incrementando a afluncia dos humildes com animados bailes regados a pinga aps a reza, na inteno de alegrar os devotos caboclos desprovidos de outros divertimentos. Os anos se passaram e o nome do padre Alves Vilela, sem ser sugerido nas eleies dos bispos! Em 1742, Dom Joo V foi acometido de uma paralisia que o imobilizou para sempre, apesar de suas treze jornadas s Caldas da Rainha (nas proximidades de Leiria, ainda muitas pessoas por ser uma das mais importantes estaes termais de Portugal), escoltado por um exrcito de freiras e padres interesseiros. O vigrio de Guaratinguet, agora j encanecido, porm esperanoso, mantinha-se a par de todas as notcias vindas de Alm Atlntico. Conhecedor da carolice de El Rei e sua magnanimidade em proveito dos clrigos, urdiu outra investida com o objetivo de atrair as atenes "majestticas" sobre si. Certo sbado, em 1743, quando os devotos chegaram capela, surpresos, deram pela falta da santa aparecida. Atnitos ficaram quando Silvana Rocha desconhecia tambm o seu paradeiro, mesmo depois de se informar com Atansio. Desesperados, correram falar com o vigrio, que se fingiu surpreendido. Aconselhou-os, porm, a que dessem uma batida nas redondezas e que no se esquecessem de ir at o alto do Morro dos Coqueiros. Dceis orientao do padre, vasculharam todos os recantos, e, por fim, subiram os rapazes ao Morro, onde, para alvio geral, encontraram a imagem encostada em uma pedra. Nessa noite, o rosrio foi rezado com mais fervor, os hinos mais vibrantes e o baile mais animado com cachaa distribuda abundante na algazarra do reencontro da Senhora Aparecida. Noutros sbados, o fato misterioso se repetiu sem que os pobres devotos percebessem a mo do vigrio atrs de tudo. O padre Vilela, ao sentir-se seguro do xito de seu plano, num sbado, foi at Ponte Alta puxar ele a reza. Desta feita, ainda outra vez, a busca da imagem fugidia precedeu o ato religioso, porque o padre ainda outra vez, retirara-a s ocultas e levara-a para o cume do Morro. Ento, na qualidade de vigrio e ministro de Deus, aconselhou o povo devoto que se construsse no alto do Morro dos Coqueiros um templo para a "santa". "Nossa Senhora, afirmava, quer que se construa uma capela l no alto do Morro". De imediato, foram abundantes os donativos. Todos queriam concorrer a fim de contentar os desejos da "santa" aparecida no sentido de que lhe erigissem um templo no cume do Morro dos Coqueiros, conforme havia interpretado o vigrio aquelas fugas constantes. Em cumprimento de exigncias eclesisticas, o padre Jos Alves Vilela valeu-se do Bispado do rio de Janeiro, a cuja jurisdio cannica se submetia para requerer a devida licena a fim de edificar o templo. Recorde-se que o Bispado de So Paulo, a cuja jurisdio eclesistica, posteriormente, pertenceram Aparecida e Guaratinguet, somente foi criado em 1745. Na esperana de divulgar nas altas rodas clericais o valor sobrenatural da sua "santa" aparecida, o que lhe poderia render prestgio junto a El Rei, saliento em seu requerimento: "...que pelos muitos milagres que tem feito a dita Senhora, a todos aqueles moradores, desejam erigir uma capela com o ttulo da mesma Senhora da Conceio Aparecida, no distrito da dita freguezia em lugar decente e pblico por concorrerem muitos romeiros a visitar a dita Senhora que se acha at agora em lugar pouco decente..." A proviso de licena foi passada na chancelaria do bispado do Rio de Janeiro, em 5 de maio de 1743. E tudo se tornou mui fcil, porquanto, Dona Margarida Nunes Rangel, proprietria do Morro dos Coqueiros, houve por magnanimidade, fazer doao de toda a colina. Afluram donativos abundantes e, a 26 de julho de 1745, o padre Vilela benzeu o templo e rezou nele a primeira missa, suspirando para que El Rei, o beato sonso Dom Joo V, se lembrasse dele nas escolhas dos bispos. J alquebrado pela idade avanada morreu, como simples vigrio de Guaratinguet, o padre ambicioso, e a Aparecida caiu na vala comum das pequenas capelas do Interior Brasileiro.

  • 6. A RAZO DO NOVO SURTO DO "APARECIDISMO" Em fins do sculo passado, Aparecida foi tirada de sua insignificncia, onde permanecera por mais de cem anos aps a morte do seu criador, o vigrio Jos Alves Vilela. Em 8 de dezembro de 1888, o bispo de So Paulo, Dom Lino Deodato de Carvalho, benzeu um novo templo construdo em substituio do anterior erigido pelo sacerdote inventor da "santa" e resolveu entreg-lo administrao de alguma ordem ou congregao religiosa. A congregao dos padres redentoristas gozava, na poca, de grande nomeada nos crculos romanistas, pois o seu fundador, o italiano Afonso de Liguori, alm de ser canonizado santo, em 1839, havia sido, em 1871, proclamado pelo papa Pio IX, "doutor da igreja". Dentre as suas diversas obras literrias, destacam-se a "Teologia Moral" e as "Instrues e Mtodo para os Confessores", pelo seu contedo repleto de normas utilizveis com grande resultado no confessionrio, o instrumento infernal da escravizao das conscincias. Por causa da "importncia" de Liguori, cresceu a influncia de sua ordem religiosa, e tambm em razo da sua finalidade, que consiste em se disporem os padres, seus membros, a pregar misses populares. Distinguem-se estas por uma srie de pregaes retumbantes e fantasmagricas com arremates de procisses imbecilizadoras. Liguori estabeleceu a sua congregao para a Itlia Meridional do seu tempo, com uma populao rural ignorante e de sangue quente. Referindo-se a esses italianos, o clrigo redentorista Hitz, observa: "gostam das manifestaes fortes... So superficiais, levianos, desmazelados, supersticiosos, e apegam-se, sobretudo, s prticas exteriores da religio" (Hitz "A pregao missionria do Evangelho", Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1962, pg. 181). Foi para conservar esse povo agrilhoado s supersties romanistas, assim considerado pelos seus lderes religiosos, que Liguori determinou, com mincias, os temas e os esquemas dos sermes das "santas misses" a serem pregadas por seus padres. No plano do fundador dos padres redentoristas, os fiis devem, ao final desse trabalho, ser encaminhados ao confessionrio para que se consume o seu cativeiro espiritual. As "santas misses" dos redentoristas fundam-se num moralismo antropocntrico, infinitamente distante do Evangelho. Alis, servem bem ao romanismo, cujo ritual coloca o endeusamento da criatura acima de tudo. O bispo de So Paulo, Dom Lino Deodato de Carvalho, julgou os brasileiros semelhantes aos depreciados italianos meridionais por estarem tambm, os nossos patrcios, seus contemporneos, encharcados das supersties catlicas. E entregou o templo da Senhora Aparecida direo dos padres redentoristas, em fins de 1894. Esses padres, incontinenti, comearam suas incurses fanatizadoras pelo Interior dos Estados de So Paulo, Minas Gerais, Paran e Rio de Janeiro, por meio das misses populares, quando divulgaram profusamente as lendas referentes Senhora Aparecida. O nosso povo, humilde e distante das fontes puras da Bblia, aceitou ingenuamente e sem qualquer exame, essa fbula, que, tambm eu, em criana, ouvi. Pelo confessionrio, os redentoristas impunham aos fiis, narcotizados com as suas mentiras e modelados aos seus caprichos, penitncias de rezar frmulas especiais Aparecida e de ir ao seu santurio em romarias. O povo desprovido de recursos essenciais a uima subsistncia condigna e imerso nas trevas do analfabetismo, sempre presa fcil dos embusteiros, mxime quando se apresentam revestidos de roupagens exticas e com a voz repassada de acentos ameaadores. Os pregoeiros do "aparecidismo" espalharam entre o nosso pobre e abandonado povo, no intuito de fanatiz-lo e escraviz-lo mais, aquela deslambida "Orao a Nossa Senhora Aparecida para pedir a Sua Proteo", que assim comea: "Oh Incomparvel Senhora da Conceio Aparecida, Me de Deus, rainha dos anjos, advogada dos pecadores..." Em seguida a esta relao de tantas heresias, o pobre brasileiro suplica-lhe que o livre da "peste, fome, guerra, troves, raios, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar". Aconselhado pelo missionrio, o simplrio cola o papel dessa reza atrs das portas de sua casa e se supe imunizado, protegido e livre de todas as desgraas. Quando eu era proco em Guaratinguet, num domingo, fui rezar missa numa capela da zona rural. Desabara durante a noite precedente um horrendo temporal. E a notcia lgubre enchia de tristeza todos os moradores da regio! Um raio penetrara numa choa e fulminara todos os seus moradores. Encaminhei-me para l. Entrei no casebre. Olhos esgazeados de pavor, encontrei trs corpos esturricados no cho. E atrs das portas toscas a protetora reza da "incomparvel"... As primeiras "santas misses" populares produziram os frutos esperados. J em 1900 comearam as romarias. O novo bispo de So Paulo, Dom Antonio Cndido de Alvarenga, continuou o interesse de seu antecessor, Dom Lino, pela Aparecida, pois previa os resultados financeiros com o comrcio da credulidade das massas. Em conseqncia, no s incentivou os vigrios das parquias a promoverem romarias, mas, ele pessoalmente organizou uma. A comercializao e a traficncia da devoo Senhora Aparecida tornaram-se rendosas, alm de todas as estimativas, que o bispo de So Paulo no admitiu se tornasse ela parquia da Diocese de Taubat. Com efeito, em julho de 1908, o papa Pio X desmembrou da Diocese de So Paulo, que abrangia todo o territrio do Estado, as dioceses de Botucatu, Campinas, So Carlos, Ribeiro Preto e Taubat. Esta inclua todo o Norte do Estado de So Paulo, desde o Municpio de Jacare, inclusive, at o limite do Estado Fluminense, exceo de Aparecida que, apesar de encravada bem no centro do bispado de Taubat, continuava pertencendo jurisdio eclesistica do arcebispado de So Paulo. Ocorreu esta anomalia escandalosa como resultado da ganncia do arcebispo, vido de se locupletar com as fortunas

  • continuamente depositadas nos cofres da Senhora Aparecida. Em 1931, conforme j referimos, vieram sua proclamao e coroao como padroeira e rainha do

    Brasil, em execuo de uma astcia poltica. Antes, o padroeiro do Brasil era "So" Pedro de Alcntara, que, por haver sido membro de ilustre e principesca famlia espanhola durante o domnio da Espanha sobre o Reino de Portugal, obtivera de Roma esse "padroado". Os tempos eram outros e o povo brasileiro no se tornara f do frade espanhol. Ento, os "ordinrios" brasileiros decidiram aposent-lo e arranjar do papa um outro padroeiro. Afora o prestgio popular, o candidato, por certo, precisaria satisfazer injunes polticas e ter a sua meca localizada onde houvesse maior concentrao demogrfica. A paraense Senhora de Nazar, a capixaba Senhora da Penha e o baiano Senhor do Bonfim, se bem que prestigiados popularmente em suas regies, careciam satisfazer as outras condies. Cumprindo-as todas a Senhora Aparecida foi a eleita. Mais recentemente, em junho de 1958, o papa Pio XII criou a Arquidiocese de Aparecida, com o territrio da parquia do mesmo nome desmembrado da Arquidiocese de So Paulo, e de outras parquias retiradas da Diocese de Taubat. No obstante, porm, todas as promoes em torno da divulgao dos "fatos" relacionados com a Aparecida, das demonstraes de f na mesma, das romarias, de suas imensas riquezas... No obstante os padres afirmarem da boca pr fora que crem na apario prodigiosa da Senhora Aparecida... Apesar da oferta da Rosa de Ouro pelo pontfice Paulo VI e sua aparatosa entrega em agosto de 1967... Apesar de tudo isso, at hoje, o Vaticano se conservou silencioso a respeito. Desafio a qualquer padre de Aparecida a que me apresente um documento do pontfice romano pelo qual haja pronunciado sobre a autenticidade dos "acontecimentos prodigiosos" pelo clero divulgado entre o povo. Eles no aceitam o desafio porque nem o papa cr nesse "prodgio". Bem ao contrrio! Ele sabe que tudo falcatrua. E falcatrua to mal engendrada que nem capaz de forjar documentos, ttica to de sua ndole. S as pessoas fanaticamente narcotizadas pela idolatria no querem enxergar e continuam devotas da Aparecida. A fim de dar aos padres reptados uma dose de calmante, apresento-lhes o parecer do monge beneditino, Estvo Bettencourt: "As autoridades eclesisticas no se empenham por definir a autenticidade de tais portentos,

    nem mesmo a dos episdios concernentes apario da Senhora Imaculada no Porto de Itaguass em 1717... A Santa Igreja, de modo nenhum, entende fazer de tais relatos matria

    de f..." (in "pergunte e responderemos" 71/1963, questo 5).

    Catlico! No continue enganado! Use sua cabea para raciocinar e no v mais no conto do vigrio! O prprio monge beneditino Estvo Bettencourt declara que aquilo tudo no "matria de f". Ele no cr! Nem o papa e nem os padres prestam f aos seus relatos sobre a Senhora Aparecida! 7. A SANTACAP, "CAPITAL MARIANA" DO PAS Elevada, em 1958, categoria de Arquidiocese, s em 1964 recebeu o seu arcebispo na pessoa do cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, at ento ocupante do slio paulopolitano. Motta sempre se revelara interessado em promover Aparecida e, com a habilidade poltica peculiar ao seu temperamento, conseguiu da Santa S conteporarizasse a nomeao do seu titular, pois desejava ser ele o investido no munus de arcebispo da "capital brasileira da f". Se envidara esforos para a sua instalao como Arquidiocese, parecer-lhe-ia justia instalar-se ele prprio em seu trono arquiepiscopal, embora 6 anos devessem decorrer como sede vacante. Idealizara e empenhara-se em transformar Aparecida num dos centros catlicos mais importantes do mundo. Seria nesse intento insuficiente a devoo popular Senhora Aparecida. Alis, aquela efervescncia de f incrementada pelo IV Congresso Eucarstico de So Paulo, celebrado em 1942, fora passageiro. Como arcebispo de So Paulo, a cuja Arquidiocese pertencia a simples parquia de Aparecida, Motta notara na segunda metade da dcada de 40 o decrscimo do nmero de peregrinos em proporo com o aumento populacional do Pas e com a imensa propaganda intensificada atravs da distribuio, sobretudo s parquias, de imagens fac-smiles. Insuficiente a devoo popular como fundamento para concretizar o seu sonho de criar a SANTACAP, imitao dos grandes e antigos centros idlatras do mundo, como feso com a sua Senhora Diana, em cuja honra se construra uma das sete maravilhas do orbe, o cardeal Vasconcelos Motta optou pela construo de um grande e soberbo templo. Uma baslica gigantesca e de ricas propores arquitetnicas a se credenciar ao orgulho do catolicismo brasileiro. O maior templo religioso do mundo depois da baslica de So Pedro, em Roma !!! A baslica de So Pedro tem 200 metros de comprimento, incluindo-se o prtico. A de Aparecida, 170. E, depois dela, vem a de So Paulo, em Londres, com 158 metros. Esta seguida do templo de Liverpool, tambm na Inglaterra, que mede 154 metros de comprimento. Seguem-se-lhe o Duomo, em Florena, da Itlia, com 150; o de Colnia, na Alemanha, com 145; o da Imaculada, em Washington,

  • EEUU, com 137; o Duomo, em Milo, com 135; o templo de Notre Dame, Chartres, na Frana, com 133; o de Sevilha, na Espanha, com 129; o de So Joo de Latro, em Roma, com 124; o de So Paulo, no Brasil, com 100; o de S.Patrick, em Nova Iorque, EEUU, com 99; o de Santa Maria Maior, em Roma, com 98; o de Bauprais, no Canad, com 80 metros. A nova baslica de Aparecida, quando inteiramente concluda ter 170 metros de comprimento por 150 metros de largura, cobrindo um espao de 25.500 metros quadrados. Por sonhar alto, o arcebispo aparecidlatra inclui no plano completo da obra outros departamentos inclusive o prdio para a emissora radiofnica e de televiso. Em conseqncia salta vista a impossibilidade de se construir no cume do antigo Morro dos Coqueiros, onde se encontra a atual baslica, apodada da velha. Recorde-se o fato de haver sido esta erigida no alto daquele morro em ateno s exigncias da prpria Senhora Aparecida, inconformada de ficar embaixo e, por isso, "fugia" da capelinha, indo postar-se l em cima. As suas repetidas "fugas" revelaram (?) aos devotos a sua vontade de lhe ser dedicada uma capela no cocuruto do outeiro, inaugurada, alis, em 1745, sob o hissopo do vigrio Jos Alves Vilela, ao tempo, proco em Guaratinguet. Esta pequena capela, quando, em fins do sculo passado, se incrementara a devoo aparecdica, se tornara exgua, foi pelo bispo de So Paulo, Dom Lino Deodado de Carvalho, substituda por um templo maior, ainda, no cume do antigo Morro dos Coqueiros. Afigurava-se impossvel desagradar a "santa" e contrariar-lhe a mariana vontade de ser instalada l em cima da colina, cujos coqueiros cederam lugar ao casario que se comprime em suas rampas. Constri-se o templo noutro lugar... E se depois a imagem aparecida no quiser ficar nela?, decerto refletia o bispo, que, aos 8 de dezembro de 1888, benzeu a ento nova baslica, hoje reputada velha, por ser anacrnica, obsoleta e superada. Ao cardeal Motta, embora se confesse devoto aparecidiano, falecem aqueles escrpulos. Como se conseguir tamanha construo l em cima do Morro dos Coqueiros? Se so necessrios 400 mil metros quadrados de rea, como derrubar todas as casas empoleiradas colina acima? Seria acabar com a cidade... A crer-se nos informes clericais, a imagem "milagrosa" saiu do lugar, por ela prpria escolhido apenas duas nicas e rpidas vezes: quando de sua coroao no Rio de Janeiro, em maio de 1931, e, em 14 de julho de 1945, quando, em So Paulo esteve numa manifestao poltico-catlica. Tirar-se a imagem de l de sua querida baslica arriscar-se ao desagrado da Senhora. Era isso que se proclamava anos passados. Se o arcebispo aparecidopolitano e empreendedor da nova baslica acreditasse no "milagre" de haver ela prpria escolhido o lugar do seu trono no topo da colina, esta construo seria l em cima mesmo. Como incorreria em desobedincia Senhora? Jamais! Nem que fosse para gastar todos os milhes de cruzeiros depositados pelos fiis devotos nos cofres aos seus ps instalados, com o fim de cobrir as desapropriaes da cidade inteira. Mas a AURI SACRA FAMES a sagrada fome do ouro fala muito mais alto do que todos os escrpulos... E, como resultado, a edificao da nova e descomunal baslica em outro local, iniciada em 1952, j se encontra em fase final. O mais interessante, porm, que a Senhora mudou de opinio. Assanhou-lhe a vaidade a grandeza do seu novo templo. Para ele transportada, decidiu submeter-se vontade cardinalcia e se acomodou em seu novo altar erigido num elevado octogonal, a 1,5m de altura com 9 degraus e 10 metros de dimetro. Ela gosta mais do bem-bom das novssimas instalaes... Hoje, para evitar qualquer comentrio da oposio ou o raciocnio de algum devoto mais inteligente, os padres deixaram de mencionar em seus relatos aparecdicos a antiga "vontade" da Senhora fujona. Nos planos clericais a nova baslica, pelas suas propores arquitetnicas e pela sua suntuosidade, deve se constituir no grande motivo de atrao de romeiros a elevar Aparecida categoria de principal centro de peregrinao do mundo, dignificando este Pas, o mais catlico de todos. Em estilo romntico-moderno, cobre uma rea construda de 25.500 metros quadrados, tendo sua frente a Praa das Comemoraes de 69 mil metros quadrados com a capacidade de 300 mil pessoas. No interior do templo se estendem trs naves de 22 x 40 metros cada, alm das naves deambulatrias ou de circulao de 7 metros de largura cada uma num desenvolvimento de 340 metros. As capelas sacramentais, onde se administram os chamados sacramentos do batismo, da confisso, da confirmao, da eucaristia e do matrimnio, so de 22 x 38 metros cada. A torre imponente, levantada na superfcie de 20 x 20 metros, atinge a 100 metros de altura, abrangendo 16 andares, com 336 janelas de vidro com caixilhos e venezianas de alumnio e consumiu um milho e meio de tijolos. Dois elevadores com capacidade para 60 pessoas transportam os visitantes. Erguida fora do templo, a ele se liga por uma galeria de 36 metros de comprimento, 8 de largura e 11 de altura. Como seria impossvel deixar de ser, no interior da torre os padres instalaram um bar-restaurante e lojas. Construda a baslica em forma de cruz grega, a sua cpula, como uma meia esfera, erguida bem no centro de toda construo, com o dimetro interno de 34 metros e a altura de 60, cobre 2.327 metros quadrados e revestida de alumnio anodizado a lhe fornecer uma cor dourada. Esta cpula sustenta, num pequeno mirante, uma cruz grega de 3 metros de altura, sob cujo centro geomtrico se eleva sobre 9 degraus, o altar-mor da baslica, de 10 metros de dimetro, a ostentar, em nicho de ouro, a imagem da Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, recoberta de jias e pedrarias preciosas, onde imensa populao padece fome e sofre a carncia dos recursos bsicos para uma vida digna. Ao redor deste

  • soberbo altar-mor, em torno da plataforma, se enumeram 12 pequenos altares a permitir a celebrao simultnea de 13 missas, o supremo culto idlatra do catolicismo, em homenagem aparecidolatria. Por considerarem antiquado o mtodo, os padres redentoristas responsveis pela administrao da baslica e pela promoo do aparecidismo, hoje em dia, deixaram de utilizar tanto as chamadas "santas misses" inculcadas pelo seu fundador, Afonso de Liguori, nos estatutos da ordem. Prevalecem-se de meios mecnicos de divulgao, como o jornal e o rdio. A Rdio Aparecida, pela sua potencialidade, se emparelha com a grandeza material da nova baslica e se capacita a atender os planos de incrementar sempre mais a aparecidolatria. Reservaram-se 12 mil metros quadrados dentro da rea dos 400 mil para se erguer um prdio dividido em 3 pavimentos. O trreo se reserva para um auditrio com a capacidade de alojar 1.500 pessoas, que tero o seu cinema. No 1 pavimento ficam os escritrios, uma capela e o salo nobre destinado s reunies do Clube dos Scios com cerca de 400 mil arrolados. O 2 andar se destina instalao de todo o equipamento da Rdio Aparecida, que dever ser a mais potente emissora da Amrica Latina, e da futura TV, com 6 estdios: um de gravao de radioteatro, 3 de locuo, um de gravao de peas orquestrais e outro de gravao de discos e fitas e a tcnica central de comando dos estdios, alm da discoteca, do departamento tcnico e do almoxarifado. a tcnica da comunicao superlativamente refinada a servio da massificao do aparecidismo, porque, dentro dos prognsticos clericais o brasileiro deve continuar agrilhoado aos seus embustes. A SANTACAP, com a sua descomunal baslica, pretende reviver a idade urea da Senhora Diana, cujo templo se contava entre as sete maravilhas do mundo. Alis, em feso, aos 11 de outubro de 431, se deu o incio oficial da mariolatria com a proclamao do dogma de Maria Me de Deus. Nesta era intitulada de ps-conciliar, quando muitos ainda supem haver o catolicismo romano se transformado e aberto mo de certas doutrinas contrrias Bblia, inclusive as relativas a Maria, a religio do papa recrudesce e reaviva o culto marioltrico acrescentando-lhe novos dogmas, como o de Maria Me da Igreja, que inclui os da Maria Co-redentora, Advogada, Medianeira e Adjutrix, proclamado aos 21 de novembro de 1964. Recrudesce e reaviva o culto marioltrico entre o pobre povo subjugado s suas feitiarias, prestigiando os santurios marianos, centros de romarias e peregrinaes. O prprio papa Paulo VI, em 13 de maio de 1967, viajou at Ftima, em Portugal com o propsito de oficializar as comemoraes cinqentenrias daquela Senhora. Aparecida ofertou o romano pontfice uma Rosa de Ouro, trazida por uma cardeal a latere, a assinalar a passagem dos seus 250 anos. Dom Humberto Mozzoni, o nncio papal no Brasil, no dia 5 de julho de 1969, ano de sua chegada, viajou SANTACAP no intento de prestar o seu culto pessoal Senhora Aparecida. "Vim cidade de Aparecida, disse ele, para, como todo o povo brasileiro, venerar Nossa Senhora Aparecida. E colocar sob sua proteo a minha misso no Brasil"( O Estado de So Paulo, 6 de julho de 1969). O Clonclio Ecumnico Vaticano II deixou intactas as estruturas romanistas sobre as quais simplesmente passou uma caiao a fim de lhe dar novos ares. E s! eixou outrossim intocveis os cedios mtodos de envolvimento poltico to do gosto multissecular do clero. Quando, em 1972, o Brasil celebrou o sesquicentenrio de sua Independncia, quis ele vincular-se oficialmente sua programao. E, para se promover, nada melhor do que promover a aparecidolatria. Alegou, ento, contra todas as evidncias, haver Pedro I estado em Aparecida com o fim de rezar diante da imagem, na oportunidade em que pernoitou em Guaratinguet, quando de sua viagem do Rio de Janeiro a So Paulo, onde proclamara dias seguintes a Independncia de nossa Ptria. Desprovido de qualquer pejo, reivindicou o clero a passagem por Aparecida do corao de Dom Pedro I, quando, em 1972, foi de Portugal trazido em definitivo para o Brasil. Desprovido de qualquer pejo e sem o receio de ser desmascarado porque o povo evita o trabalho de raciocinar, pois em 1822 nada existia em Aparecida, alm da pequenina e tosca capela no alto do Morro dos Coqueiros, construida pelo ganancioso padre Vilela. Aparecida continuava ainda incgnita do beatrio. Aparecida era ainda o Morro dos Coqueiros. E s Morro dos Coqueiros. As estatsticas dos ltimos anos demonstram intensificar-se entre o nosso povo o culto aparecidoltrico. s nmeros abaixo comprovam nossa assertiva: ANO 1971 ANO 1972 BATIZADOS 16.303 18.892 COMUNHES 1.383.053 1.628.140 A SANTACAP, de cuja promoo em largussima escala se incumbe a Rdio Aparecida, a SANTACAP, centralizada agora na soberba baslica, com o aumento crescente dos romeiros em cada ano, demonstrado no pequeno quadro estatstico acima, o atestado gritante de encontrar o catolicismo romano em polo diametralmente oposto ao Evangelho, o que o torna absolutamente refratrio Bblia, a Palavra de Deus.

    Catolicismo idolatria

    em todas as suas formas ignbeis e alienantes de Deus.

  • O Ecumenismo, pois, ridcula fanfarronada. Ridcula fanfarronada com a vil misso de assinalar os apstatas misturados entre o povo de Deus. 8. A ROSA DE OURO No dia 15 de agosto de 1967, ano comemorativo do 250. aniversrio do encontro da imagem de terracota no Porto de Itaguass, a baslica de Aparecida recebeu das mos do cardeal Amleto Giovanni Cicognani, legado "a latere" de Paulo VI, uma ROSA DE OURO, munificncia do sumo pontfice. Esta ocorrncia serviu para assanhar a aparecidolatria. Mobilizaram-se todos os recursos a fim de assinalar o evento com estrepitosas solenidades. Esculpida pelo prof. Mrio de Marchis, constitu-se numa jia. Dois grandes ramos com folhas e botes de ouro se entrelaam at o vrtice onde se desabrocha a rosa, tambm de ouro. No lugar do pistilo da rosa engasta-se um oprculo, uma cpsula, que contm blsamo do Peru e p de almscar, significando a fragrncia da rainha das flores. Entre os dois ramos encontra-se esculpido o emblema de Pauilo VI, pois ambas, a mariolatria e a papolatria, andam de parelha. E na base l-se a seguinte inscrio: "Paulus VI PM Apparitiopolitanae aedi sacrae B.M. Virgini Imm. DD.III Non. Mar. A + MCMLXVII ". A outros santurios marianos, como Guadalupe, Ftima e Lourdes, o pontfice Montini tem, outrossim, contemplado com semelhante presente rgio. s, os brasileiros conscientes da espoliao sofrida pela nossa Ptria, quando, ao tempo de sua Colonizao, os clrigos carregaram o nosso ouro e transformaram Portugal num mero entreposto na execuo dos seus planos de exoro e chantagem carreando essa nossa riqueza para os depsitos do romano pontfice; ns, os brasileiros conscientes, sentimo-nos indignados com esse gesto de Paulo VI, pois desejamos que, em nome da Justia, ele repare os crimes praticados contra o Brasil, devolvendo todo o nosso "metal precioso" guardado nos seus cofres vaticanos. Dispensaramos de bom grado o envio da ROSA DE OURO feita com as nossas prprias riquezas h sculos de ns roubadas. e esse presente se constitui num sarcasmo Nao Brasileira espoliada em seus bens naturais pelo clero romanista, a ROSA DE OURO expressa sobremodo o contexto catlico-romano de todas a eras. om efeito, expressa o catolicismo ps-conciliar, ainda mais alvorotado na mariolatria, porque ao benzer na Capela Sixtina, aquela jia, em 5 de maro de 1967, quando a liturgia romana assinalava o IV Domingo da Quaresma, chamado Dominica Laetare ou Domingo das Rosas, o pontfice declarou na presena de uma representao brasileira: "No Santurio de Nossa Senhora Aparecida, ela (a rosa) dar testemunho de nossa constante orao Virgem Santssima para que interceda junto de seu Filho pelo progresso espiritual e material do Brasil (...) Vamos a Maria para chegar a Jesus. Amando desse modo Nossa Senhora, poderemos compreend-la em sua real grandeza e, atravs dela, chegaremos ao Cristo, filho de Deus". Dispensam-se profundos conhecimentos bblicos para se constatar luz do Evangelho os

    absurdos desse pronunciamento do papa.

    Se as palavras pontifcias proferidas na oportunidade da bno da ROSA DE OURO demonstram a relutncia, a procrastinao, do catolicismo na idolatria, apesar da farta propaganda de suas reformas levadas a efeito pelo Conclio Ecumnico Vaticano II; se o envio dessa jia um insulto do clero romano ao Brasil, vilipendiado e espoliado por ele desde os primrdios de sua Colonizao, quando aqui aportaram os primeiros missionrios do embuste, a ROSA DE OURO comprova outra vez ser o catolicismo, embora rotulado com terminologia bblica, a continuao e a sustentao do paganismo antigo. Catolicismo e paganismo se eqivalem porque so idnticos. Ou melhor, o catolicismo o nome atual do paganismo encarregado de enxovalhar os vocbulos mais sagrados, inclusive o Nome Sacrossanto de Jesus Cristo. nde ter ido buscar o catolicismo a prtica de se oferecerem Rosas de Ouro seno no paganismo antigo? Efetivamente, na mais longnqua antigidade o paganismo celebrava a chegada da primavera e a uberdade da terra com tpicas festas populares e cerimnias religiosas aos seus deuses, destacando-se as procisses quando o povo levava braadas de flores e as depositava nos altares dos seus templos. O catolicismo, ao encampar quase todas as prticas do seu antecessor pago, adotou tambm essas comemoraes. Na Idade Mdia, quando o romanismo usufruiu o seu apogeu, recebia-se a primavera como a vitria sobre o inverno com procisses presididas por sacerdotes e bispos, em que os fiis desfilavam portando flores colhidas nos campos e jardins, cristalizando-se assim o costume pago. No sculo X a festa passou a ser celebrada no IV Domingo da Quaresma, Dominica Laetare, que sempre cai no princpio da primavera da Europa. Este domingo se apresenta como um parntesis de alegria no tempo penitencial da Quaresma, o perodo precedente semana chamada santa. Neste dia, ento, o papa em Roma presidia a procisso das rosas da o domingo se cognominar tambm o Domingo das Rosas levando uma ROSA DE OURO com a determinao de oferec-la a altos dignatrios, igrejas ou instituies religiosas. Encontra-se uma referncia documental do ano de 1049 do fato de haver o papa Leo IX lembrado "a obrigao determinada ao mosteiro das religiosas de Santa

  • Cruz de Tulle (Alscia), em recompensa de terem sido isentas da jurisdio do bispo local e sujeitas diretamente ao sumo pontfice, do envio anual de uma Rosa de Ouro ou de doze onas do precioso metal" que o papa destinaria, posteriormente, a eventuais ofertas. A prtica de se oferecer a Rosa de Ouro a santurios, catedrais, igrejas, dignatrios eclesisticos, prncipes, reis, imperadores, firmou-se como tradio e multiplicou-se enormemente durante o perodo de permanncia dos papas em Avinho (1305 1378). Dessa poca, quando se comps a frmula de sua bno especial, expressando os seus simbolismos, at o sculo XV, a ddiva consistia apenas em uma rosa que, freqentemente, tinha tambm uma pedra preciosa incrustada. A partir desse sculo, especialmente depois do papa Sixto V (1471 1484), acrescentaram-se-lhe ramos, folhas e botes, mantendo-se, com freqncia, as incrustaes de pedras de rara beleza e alto valor.Tm sido oferecidas rosas valiosssimas. Sabe-se l quanto ouro brasileiro, transubstanciado nessas flores, j anda espalhado mundo afora, enquanto nosso Pas se submete a ingentes sacrifcios na nsia e na busca de melhores condies, que o libertem do subdesenvolvimento. Em 1886, Leo XIII, num impulso escandaloso de munificncia perdulria, ofereceu Rainha Cristina, regente da Espanha, uma Rosa de Ouro composta de 9 flores, 12 botes e 100 folhas tudo em ouro sobre um vaso artisticamente trabalhado. E sendo a Aparecida um captulo integrante da estrutura idlatra do catolicismo, fica-lhe bem uma Rosa de Ouro, reminiscncia de antigas prticas pags... Com a rsea e urea honorificncia, "o papa deseja honrar a riqueza espiritual do Brasil". Ofereceu-a ao santurio de Aparecida por se concentrar no culto a Maria toda essa riqueza. Sua entrega, a fazer juz ao seu valor intrnseco, ao seu simbolismo e sua finalidade, deveria revestir-se de grande pompa. Comearam estas com a especial dinstino de ser o portador da preciosa jia, o cardeal Amleto Giovanni Cicognani, designado pop Paulo VI o seu legado "a latere" para vir de Roma ao Brasil investido no munus de, em seu nome, deposit-la no altar da Senhora de terracota. O clero mobilizou todo o seu arsenal de recursos no sentido de recepcionar, altura de sua dignidade, o cardeal legado. Em sendo outrossim o papa chefe de um Estado, o Vaticano, cabia ao Governo Brasileiro a tarefa de distinguir o "nobre" representante com as honrarias atribudas aos chefes de Estado. A sagacidade do clero inexcedvel... Juntaram-se dois acontecimentos: o religioso e o poltico. Entrelaaram-nos os padres, porque, na conformidade de seus propsitos, o acontecimento religioso do 250. aniversrio de Aparecida deveria provocar um acontecimento poltico a envolver as mais destacadas autoridades da Nao. Governadores Estaduais, chefes militares, ministros e o prprio Presidente da Repblica, o Marechal Costa e Silva, l compareceram no dia 15 de agosto de 1967. O pontfice, o soberano do clero, ao enviar a ROSA DE OURO como smbolo religioso, aproveitou a oportunidade para, como chefe de Estado do Vaticano, estreitar relaes polticas com os polticos brasileiros. Nesse intento, pois, ofereceu ao Presidente Costa e Silva um crucifixo de ouro trabalhado, do sculo XIX, que pertencera a um clebre poeta francs. Esta pea riqussima fica assentada num pedestal de oliveira. Ao Governador Abreu Sodr, de So Paulo, enviou uma medalha tambm de ouro. Quanto ouro! E se propala a notcia sobre a pobreza dos padres... O Presidente da Repblica compareceu. Fizera-se acompanhar de sua esposa. Blindara-o rgida segurana sob a responsabilidade de 1.800 policiais. Por acaso faltaria Senhora Aparecida poder para proteg-lo? De fato, alguns incidentes provocaram deapontamentos. O Presidente chegou de avio no aeroporto da Escola de Especialistas de Aeronutica de Guaratinguet. Muitos jornalistas o aguardavam. ltima hora, porm, cancelou-se o valor das credenciais fornecidas pelo Comando da Escola e os rapazes da imprensa ficaram impedidos de se aproximarem do Supremo Mandatrio da Nao. Na via Dutra, porque o legado do papa fora de automvel de So Paulo a Aparecida, 7 km antes de So Jos dos Campos, trs dos carros da comitiva do cardeal se chocaram causando vtimas. A grande massa popular postada fora da baslica no aguardo do pontifcio "a latere", sofreu a inclemncia da chuva intermitente e imprevista. E o acidente automobilstico provocou o atraso da chegada do cortejo cardinalcio, obrigando os devotos penitncia mais prolongada das intemprides metereolgicas. Estas ainda motivaram ltima hora alteraes em todo o programa. Os aborrecimentos, todavia, foram um pouco compensados com alguns incidentes jocosos. "A Folha de So Paulo" (16 de agosto de 1967) relata: "Enquanto o cardeal-legado no chega, o padre Antonio Siqueira, vigrio da baslica, fica no microfone. quem provoca alguns sorrisos do Marechal e muitos da assistncia. Seu apelido "Dom Camilo", por sua semelhana fsica e modos 'acaipirados' de se dirigir ao pblico. Durante uma hora fez o povo dar vinte vivas a Nossa Senhora Aparecida, ao Presidente, ao cardeal-legado, s autoridades, a todo mundo. Depois da cerimnia, voltaria a puxar vivas e alertar, pelo microfone, os romeiros sobre o perigo de ladres por l". ! Ao Exrcito sobravam razes quando montou um dispositivo policial to rgido em torno da pessoa do Presidente. Se junto da Senhora Aparecida, h tantos ladres que numa solenidade importantssima, o vigrio da baslica se v na contingncia de prevenir os fiis contra os "lanceiros", por que confiar na "santa"? Se ela no protege os seus devotos dos ladres, acaso protegeria o Presidente de algum terrorista? Ainda em seu exemplar de 16 de agosto de 1967, "A Folha de So Paulo" conta: "Durante a cerimnia religiosa, Costa e Silva saiu do seu ar srio e compenetrado. Um padre, junto com Dom Antonio Macedo, lhe trouxe, em pergaminho, a ata da solenidade da entrega da Rosa de Ouro". Queria seu autgrafo no pergaminho, depois pediria o de todas as autoridades civis ali presentes... O Presidente no conseguia escrever com a pequenina caneta, especial para tinta nanquim. E

  • borrou a sua assinatura depois de vrias tentativas. Rindo, disse ao padre que, "quando virem isso, vo pensar que o Presidente era analfabeto". A "sagrada fome de riquezas" ri o corao do clero. Dinheiro a sua mxima preocupao. Enquanto fotgrafos e cinegrafistas, durante as solenidades, procuravam fixar o legado papal nos mais diversos ngulos, o ento nncio apostlico, Dom Sebastio Baggio, comentou em italiano: "se cada foto valesse um dlar, V. Excia. seria milionrio". Exposta na baslica de Aparecida, junto com a suntuosidade do templo e junto com a imagem, o mvel central de tudo, a Rosa de Ouro, "smbolo de Maria, a Rosa Mstica, invocada na Ladainha Lauretiana", se tornou tambm objeto de culto. Diante dela os pobres devotos se ajoelham e atravs dela almejam obter bnos da padroeira. Com os intestinos roncando de fome se prostram diante do ouro... Jesus multiplicou pes para saciar os famintos e o papa multiplica rosas de ouro para, insultando a pobreza, agrilhoar as almas na escravido da idolatria. Esquece-se o papa do Precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro Imaculado e Incontaminado... E exibe ouro, como se ouro pudesse resgatar o pecador de sua v maneira de viver (1 Pedro 1:18-19). Ao mencionar a "v maneira de viver", o apstolo Pedro se referia ao culto de imagens taxado pela Bblia com as expresses mais contundentes como mentira, idolatria, falsidade, engano, adultrio, prostituio e vaidade. 9. A SANTACAP, CENTRO DE TURISMO "A Capital Brasileira da F" considerada um dos maiores centros de peregrinao do mundo. Eis o motivo principal para transform-la num grande local de turismo. Como se encontra, a cidade de Aparecida um escndalo de misria. Misria de higiene nos insuficientes restaurantes. Misria nos sanitrios integrados numa miservel e obsoleta rede de esgotos que despeja o volume de detritos no Rio Paraba, emporcalhando as guas onde fora descoberta a rica imagem e que serve para desalentar e envenenar a populao. Misria de gua, porque alm de poluda, se esfora por chegar s torneiras atravs de um servio hidrulico de mais de 30 anos passados. Misria de planejamento, a causa de subir o casario colina acima, saturando desordenadamente a topografia. Um grupo investidor da Capital Paulista decidiu aplicar bilhes de cruzeiros no intento de tornar a cidade-santurio no principal centro de atrao turstica e religiosa da Amrica do Sul. "Empreendimentos Nossa Senhora Aparecida" a sociedade limitada que se prope a, numa rea de 40 alqueires, construir o Parque de Aparecida, o super-centro turstico-reeligioso. Nele encontrar-se- tudo para uma permanncia mais prolongada dos romeiros e turistas na cidade. Planejam-se terrenos ajardinados, arborizados e urbanizados, com locais prprios para as crianas brincarem e guardas especialmente treinados para cuidar delas. Uma lagoa com barquinhos, aves decorativas e pequenos iates para passeios fluviais pelo Paraba completaro o panorama ecolgico. Um jardim zoolgico e outro botnico exibiro a fauna e a flora brasileiras. Um museu iconogrfico expor as imagens mais veneradas em todas as regies do Brasil. Capelas votivas recolhero os ex-votos. Reproduzir-se-o os mais famosos santurios do mundo (Ftima, Lourdes, Guadalupe, El Pilar e Lujn) facilitando a organizao de festas religiosas com a participao das colnias correspondentes no Brasil. Lances da Histria Ptria sero recordados na cidade colonial, com instalaes nos moldes da Disneylndia, que reproduziro fortes e outras construes do Brasil Colnia, e pequenas lagoas tero rplica das caravelas de Cabral. Uma estao rodoviria, dotada de "shopping center" bares e restaurantes, receber os nibus de excurso. Repetir-se-o por todo o Parque as casas de lanche, churrascarias, estacionamentos e postos de servio. Instalar-se-o motis para hospedagem de famlias com carros em pequenos bangals. Um enorme e confortvel hotel oferecer acomodaes completas para as classes A e B. Um teatro com concha acstica e auditrio ao ar livre apresentar peas de temas religiosos, cvicos, clssicos e folclricos, e tambm concertos musicais, danas tpicas e missas campais. Charretes e trenzinhos conduziro os devotos-turistas a diversos passeios. Um bondinho areo do tipo monotrilho circular por toda a extenso do Parque e tambm far ligao com as duas baslicas, propiciando nas estaes elevadas mirantes e bares. A Associao dos Romeiros de Aparecida, uma entidade religiosa j existente, ter a sua sede social, com restaurantes, piscinas, salas de repouso e de leitura, campos e quadras para a prtica de esportes diversos, auditrio, cinema, capela e outras dependncias. O grupo "Empreendimentos Nossa Senhora Aparecida" lanou em fins de 1967 o projeto mirabolante. No dia 6 de janeiro de 1968, o cardeal Agnelo Rossi, ento arcebispo de So Paulo, celebrou missa no Mosteiro de So Bento a impetrar o amparo da Senhora Aparecida sobre os idealizadores presentes e genuflexos. Benzeu a maquete e os projetos da ARA ("Associao dos Romeiros de Aparecida") e entronizou a imagem aparecdica nos escritrios centrais da ENSA ("Empreendimentos Nossa Senhora Aparecida"), instalados em So Paulo, Rua Boa Vista, 314. Fecundados os projetos e os planos com as bnos cardinalcias de Agnelo Rossi, a ENSA passou a promover a venda de quotas de valor imobilirio e comercial capazes de oferecer o direito participao nos lucros em forma de renda mensal crescente e reajustvel. A vasta propaganda feita pela grande imprensa, sob o ttulo: "VAMOS TRANSFORMAR APARECIDA NA MAIOR CIDADE-SANTURIO DO MUNDO", anunciava: "O preo de lanamento da QUOTA TOTAL de

  • Cr$ 655,00, fixo e no reajustvel, a ser pago da seguinte forma: Cr$ 55,00 de entrada e 30 prestaes mensais de Cr$ 20,00. Propunha-se a ENSA dar imediato incio s obras, que deveriam ser entregues por etapas e concludas totalmente at 1970. Decerto a bno de Agnelo Rossi redundou em maldio, pois j nos encontramos em fins de 1974, quando se prepara a 10 Edio deste livro, e as obras nem comeadas foram. Continuam restritas maquete e aos engavetados projetos.

    Quem sabe se no futuro outra bno cardinalcia ser mais forte do que a do Rossi ou a Senhora Aparecida se compadecer de outros empreendedores propiciando-lhes a explorao de um negcio rendosssimo. 10. OS MILAGRES DE APARECIDA O melhor processo